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os seres vivos e

o ambiente
POR LUIS CARRILHO · PUBLICADO 5 DE
OUTUBRO DE 2012 · ACTUALIZADO 5 DE
MARÇO DE 2019

INTERAÇÕES
ENTRE OS SERES
VIVOS E
O AMBIENTE
 

O QUE SÃO FATORES
ABIÓTICOS
 

Fatores abióticos
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Os fatores abióticos são os fatores


do meio que influenciam os seres
vivos.

 
Os principais fatores abióticos são:
SUGESTÕES DE LEITURA

a luz
a temperatura
a água
o solo
o vento

 
Livro: O Poeta Faz-se aos 10 Anos

INFLUÊNCIA DA LUZ
NAS PLANTAS
Livro “As minhas Emoções: aprende a
 
gostar das tuas emoções”

Fototropismo
 

As plantas necessitam de luz para


Livro: “A Odisseia de Homero Adaptada sobreviver pois é a fonte de energia
para Jovens” que utilizam para realizar o processo
de fotossíntese.

CAMPANHA ATÉ DIA 30 DE JANEIRO! Por isso, as plantas têm tendência


em se movimentar (lentamente) em
direção à luz solar. A este
movimento dá-se o nome de
fototropismo.

Fototropismo

movimento lento das plantas em


direção à luz solar
 

Influência no
desenvolvimento conforme
a necessidade de luz direta e
intensa ou sombra
 

No entanto, existem plantas que se


desenvolvem melhor sob a ação de
GUIAS DE VIAGEM E CONVERSAÇÃO luz direta e intensa e outras que
necessitam de sombra:

Plantas heliófilas

desenvolvem-se melhor sob a


ação direta de luz direta e
intensa

Plantas umbrófilas

necessitam para o seu


desenvolvimento de sombra (ex:
fetos e musgos)

Influência do fotoperíodo
(número de horas de luz
diárias)
 
As plantas são classificadas
conforme a influência do número de
horas diárias na sua floração:

Plantas de dia longo

florescem quando o fotoperíodo


é, em média, superior a 12 horas

Plantas de dia curto

florescem quando o fotoperíodo


é, em média, inferior a 8 horas

Plantas indiferentes

não são influenciadas pelo


fotoperíodo

Estratificação vertical
 

Nas zonas com muita vegetação a


luz condiciona a distribuição das
plantas:

Estrato herbáceo

 camada vegetal inferior

 
Estrato arbustivo

camada vegetal intermédia

Estrato arbóreo

camada vegetal superior.

As características de cada um destes


estratos fornecem habitats
específicos para diferentes seres
vivos.

INFLUÊNCIA DA LUZ
NOS ANIMAIS
 

Fototaxia
 

Existem animais que são atraídos


pela luz e outros que não suportam a
luz:

Animais lucífilos
são atraídos pela luz –
apresentam fototaxia positiva,
ou seja, deslocam-se em direção
a uma fonte luminosa (ex: traças
e borboletas)

Animais lucífugos

não suportam a luz –


apresentam fototaxia negativa,
ou seja, deslocam-se em direção
oposta a uma fonte luminosa (ex:
morcego e minhoca)

Influência da luz na sua


atividade
 

Os animais realizam as suas


atividades diárias em função da
presença ou ausência de luz:

Animais diurnos

encontram-se ativos durante o


dia (ex: águia)

Animais notívagos (ou noturnos)

encontram-se ativos durante a


noite (ex: morcego e coruja)
 

Influência da luz na
distribuição dos animais nos
oceanos
 

No fundo dos oceanos, onde existe


uma quase escuridão total, apenas
existem animais com adaptações
próprias como os peixes abissais. A
maior parte dos seres marinhos
encontram-se junto à superfície.

Influência do fotoperíodo na
reprodução
 

A reprodução de alguns animais é


também condicionada pelo
fotoperíodo. Isso faz com que
determinadas espécies tenham
determinadas épocas de reprodução.
(ex: o veado tem tipicamente o seu
período reprodutor em outubro)

Influência do fotoperíodo na
morfologia
 
Alguns mamíferos (ex:lebre-do-ártico)
mudam a cor da sua pelagem e
algumas aves mudam a cor da sua
penugem conforme o fotoperíodo.
Esta característica facilita a
camuflagem do animal, fazendo com
que se confunda mais facilmente
com o meio ambiente, ficando assim
mais protegido contra predadores.

Influência do fotoperíodo no
comportamento
 

Migrações

Deslocações regulares de um ser


vivo para locais que conferem
melhores condições
de sobrevivência. (ex: andorinha)

É o número de horas diárias que


indica aos animais o momento para
iniciarem a sua migração.

INFLUÊNCIA DA
TEMPERATURA NAS
PLANTAS
 

Adaptações das plantas à


variação da temperatura
 

Para sobreviver às condições


desfavoráveis durante a estação fria
algumas plantas:

perdem as folhas – plantas de


folha caduca ou caducifólias (ex:
castanheiro)
ficam reduzidas à
parte subterrânea (ex: narciso)
ficam reduzidas a sementes (ex:
milho)

INFLUÊNCIA DA
TEMPERATURA NOS
ANIMAIS
 

Intervalo de tolerância,
temperatura ótima e
temperatura letal
 
A vida só é possível dentro de
intervalos de temperatura que se
designam  por intervalos de
tolerância e que variam de espécie
para espécie. Dentro desse intervalo
existe uma temperatura em que o
ser vivo se desenvolve melhor –
temperatura ótima. No entanto, se
os limites desse intervalo forem
ultrapassados atinge-se uma
temperatura letal que pode levar à
morte do ser vivo.

De acordo com a sua amplitude


térmica os seres vivos podem ser
classificados como:

Seres euritérmicos:

se têm uma grande amplitude


térmica (ex: lobo)

Seres estenotérmicos:

se têm uma pequena amplitude


térmica (ex: serpente)

Seres homeotérmicos e
seres poiquilotérmicos
 
Seres homeotérmicos (ex: mamíferos
e aves)

conseguem manter a
temperatura do corpo constante,
independentemente da
temperatura ambiente

Seres poiquilotérmicos (ex: peixes,


répteis e anfíbios)

a temperatura do corpo varia


conforme a temperatura
ambiente

Adaptações dos animais às


diferentes temperaturas do
meio ambiente
 

Adaptações comportamentais

Ambientes quentes:

Estivação
redução da atividade
durante a estação quente
(ex: caracol e crocodilo)

Ambientes frios:

Hibernação
redução da atividade
durante a estação fria (ex:
ouriço-cacheiro e urso)

Migração

Deslocação regular de um ser


vivo para locais que conferem
melhores condições de
sobrevivência. (ex: andorinha e
baleia)

Adaptações corporais

Ambientes quentes:

Orelhas grandes, o que permite


aumentar a superfície de perda
de calor para o ambiente
Pelo curto, para mais facilmente
perder calor corporal

Ambientes frios:

Orelhas pequenas, o que


permite diminuir a superfície de
perda de calor para o ambiente
Pelo longo, para mais
dificilmente perder calor corporal
Camada espessa de gordura,
que impede a perda de calor

 
Adaptações fisiológicas

Ambientes quentes

arfar, o que permite perder calor

Ambientes frios

ereção dos pelos, o que permite


criar uma camada de ar isolante
junto à pele, diminuindo assim
as perdas de calor

INFLUÊNCIA DA ÁGUA
NOS SERES VIVOS
 

Importância da água para


os seres vivos
 

Todos os seres vivos precisam de


água para sobreviver pois é o seu
principal constituinte e é necessária
para as suas funções vitais. Por isso
existe maior vegetação e animais
nos locais com maior humidade e
pluviosidade.

 
No entanto, nem todos os seres
vivos dependem da mesma
quantidade de água:

Seres hidrófilos:

vivem permanentemente na
água (ex: polvo e nenúfar)

Seres higrófilos:

vivem em locais húmidos (ex:


minhoca e arrozal)

Seres mesófilos:

necessitam de quantidades
moderadas de água (ex: cavalo e
sobreiro)

Seres xerófilos:

vivem em locais secos (ex:


dromedário e cato)

Adaptações das plantas à


escassez de água
 
Plantas de climas secos (ex. cato)
apresentam:

raízes longas e pouco


profundas, para captar a maior
quantidade de água possível
caules carnudos, para acumular
água de reserva
folhas de pequenas dimensões
ou reduzidas a espinhos, para
não perderem água por
transpiração

Adaptações dos animais à


escassez de água
 

Os animais de clima seco podem


apresentar:

reservas de gordura que
utilizam para produzir água (ex:
dromedário e camelo)
revestimento impermeável que
evita a perda de água por
transpiração (ex: escorpião)

Existem ainda animais (ex: gerbilo)


que não transpiram, produzem
pouca urina e são mais ativos
durante a noite de forma a evitar
perdas de água.

 
 

INFLUÊNCIA DO SOLO
NOS SERES VIVOS
 

O substrato e a importância
do solo para os seres vivos
 

A maioria dos seres vivos precisa de


um substrato para realizarem as
suas atividades vitais e garantirem a
sua sobrevivência. O substrato é o
meio sólido que serve de suporte à
maior parte dos seres vivos.

Nos ambientes aquáticos


encontramos:

substratos moles, como


os fundos arenosos que podem
ser encontrados no leito dos rios
e nos oceanos
substratos duros, como
as rochas, sobre as quais vivem
animais como as lapas e os
mexilhões.

Nos ambientes terrestres, os seres


vivos desenvolvem as suas
atividades em interação com os
solos.

O solo é a camada mais superficial


da crusta terrestre, sendo
constituído por matéria orgânica,
matéria mineral, água e ar. É
bastante importante porque
funciona como habitat para uma
grande diversidade de seres
vivos (ex: insetos, minhocas, toupeiras,
fungos e bactérias) e porque serve
como meio de fixação para as
plantas e de captação de água e
minerais essenciais para o seu
crescimento e desenvolvimento.

Influência do tipo de solo na


distribuição dos seres vivos
 

A porosidade do solo influencia a


distribuição dos seres vivos, pois há
seres vivos que povoam solos
arenosos e outros solos mais
compactos.

No entanto, também a composição


do solo, permeabilidade, humidade
e textura influenciam a distribuição
dos seres vivos.

 
 

INFLUÊNCIA DO VENTO
NOS SERES VIVOS
 

Importância do vento
 

Contribui para a dispersão de


algumas sementes, de modo a
que estas se possam dispersar
por uma maior área e de forma a
encontrarem condições mais
apropriadas à sobrevivências
das plantas após a germinação
É responsável pelo transporte
de bactérias e de fungos, bem
como das suas
estruturas reprodutoras
(esporos).
Nos ambientes aquáticos,
promove o arejamento das
águas e dá origem à
ondulação dos oceanos

Influência do vento na
morfologia dos seres vivos
 
Em regiões muito ventosas
encontram-se,
preferencialmente, plantas rasteiras
e animais de pequeno porte
e achatados.

Influência do vento no
comportamento dos animais
 

Os gafanhotos por vezes


movimentam-se aproveitando a
deslocação das massas de ar,
formando nuvens de gafanhotos
As aves de rapina (ex: falcão)
aproveitam as massas de ar
quente para planar, gastando
assim menos energia
As rotas de migração são
influenciadas pelos ventos
dominantes em determinadas
regiões

Relação entre as alterações


do meio e a evolução ou a
extinção de espécies
 

Os fatores abióticos condicionam


largamente a biodiversidade. No
passado, extinções em massa,
provocadas por alterações súbitas
do meio ambiente, levaram ao
desaparecimento de algumas
espécies e criaram condições
propícias à diversificação e à
dispersão de outras.

Revê aqui a
matéria/resumo/síntese de
Ciências Naturais:

II – FATORES ABIÓTICOS I from


sandranascimento
 
III – FATORES ABIÓTICOS II from
sandranascimento
 

EXERCÍCIOS

Em breve

O que tens de saber neste capítulo,


segundo o programa e metas
curriculares de Ciências Naturais –
8º ano:

 
DOMÍNIO: SUSTENTABILIDADE NA
TERRA

SUBDOMÍNIO: ECOSSISTEMAS

Analisar as dinâmicas de
interação existentes entre os
seres vivos e o ambiente

1. Descrever a influência de cinco


fatores abióticos (luz, água, solo,
temperatura, vento) nos
ecossistemas.
2. Apresentar exemplos de
adaptações dos seres vivos aos
fatores abióticos estudados.
3. Testar variáveis que permitam
estudar, em laboratório, a
influência dos fatores abióticos
nos ecossistemas.
4. Concluir acerca do modo como
as diferentes variáveis do meio
influenciam os ecossistemas.
5. Prever a influência dos fatores
abióticos na dinâmica dos
ecossistemas da região onde a
escola se localiza.
6. Relacionar as alterações do meio
com a evolução ou a extinção de
espécies.

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