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Sexo Muito Prazer PDF
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ejaculação retardada e
diminuição ou perda da libido.
E nas mulheres:
dificuldade relacionada ao desejo sexual (hi-
poatividade, aversão sexual);
dificuldade na excitação sexual;
dificuldade relacionada ao orgasmo e
dor sexual (dispareunia, vaginismo, dor se-
xual não relacionada ao coito).
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Auto-estima
Nosso ponto de partida é o momento em que
existir é ser, e ser a partir do desejo do outro.
Uma pessoa necessita ser desejada por outro
ser humano para poder existir. E este é um re-
quisito básico para nossa auto-estima: sermos o
objeto de desejo de alguém. Se nascemos sem
termos sido desejados, nossa história já começa
mal.
A nossa auto-estima é construída a partir do
momento em que nascemos, aliás, até mesmo an-
tes, dependendo do quanto fomos desejados. A
partir daí, a forma como nossos pais nos tratam, o
valor que nos dão, o reconhecimento e o reforço
que recebemos, por parte deles, a cada progresso
que fazemos, desde a primeira mamada, o engati-
nhar, os primeiros passos, as primeiras palavras,
é que vão construindo a nossa auto-estima. Cada
vez que nos esforçamos para fazer alguma coisa,
é importante recebermos o reforço positivo. Ex-
pressões como: “Isso, filhinho(a)”, “muito bem”,
“assim mesmo”, “você vai conseguir” são estí-
mulos, nos incentivam, nos fazem acreditar que
somos capazes. É dessa forma que a nossa auto-
estima vai sendo construída, e é ela a responsável
pela nossa sensação de segurança, de confiança
em nós mesmos, em nossas capacidades. Se eu
não acredito em mim, na minha capacidade de
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conquistar alguém ou alguma coisa, não vou con-
fiar no outro.
É claro que essa conquista tem limites. Não
se pode cair no outro extremo que é achar que se
pode tudo e não tolerar a frustração de um “não”.
A supervalorização pessoal também não é uma
atitude positiva, pois aquele que age assim acaba
se achando muito superior aos outros e torna-se
bastante complicado o relacionamento com ele.
Ninguém nunca será bom o bastante para essa
pessoa.
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são muito responsáveis pelos conceitos machis-
tas dos filhos. Durante a infância, até campeonato
para ver quem tem o maior pênis os meninos fa-
zem. E por aí a fora.
Quanto às meninas, os comentários são: “Fe-
cha essas pernas, isso é jeito de sentar?” “Que
feia.” “Tira a mão daí.” Ao contrário dos meninos,
que são estimulados e reforçados por esse ato, a
menina é desestimulada a tocar em sua genitália.
“Menina bonita tem que ser comportada.” É assim
que se inibe sexualmente uma menina. “Esse vesti-
do está muito curto.” “Que biquíni pequeno.” “Está
muito assanhada essa menina, que feia.”
Entre as meninas, é estimulada a relação com
as bonecas (reforço para que venham a ser mães),
e depois, ou juntamente, a aparência. Muito cedo
hoje em dia elas já começam a competir por quem
está com a roupa mais transada, o cabelo mais isso,
as unhas mais aquilo. Até concurso de beleza é fre-
qüente entre crianças pequenas. Enfim, as brinca-
deiras e valores dos meninos e das meninas são
completamente diferentes e estão muito relacio-
nados com a sua educação, o que faz com que se
comportem de maneiras diferentes frente ao sexo.
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