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Planejamento em Saúde

Planejamento em Saúde

Disciplina: SAÚDE PÚBLICA I (MS-052)


Prof. Walfrido Kühl Svoboda
Planejamento em Saúde
• Histórico, Evolução
• Conceito
• Normativo X Estratégico
• Mário Testa e Carlos Matus
• Operacionalização
HISTÓRICO / EVOLUÇÃO:
Planejamento
Normativo Estratégico

1. Um único ator 1. Vários atores planejam;


planeja;

2. Diagnóstico único; 2. Diagnóstico é explicação


situacional da realidade;

3. Nega a existência 3. Trabalha a partir do conflito;


de conflito;

4. Normatiza para 4. A norma é um desenho do


alcançar o objetivo; que deve ser viabilizado em
outros momentos;

5. Sistema fechado. 5. Sistema aberto.


Planejamento
Normativo Estratégico
Realidade
Neutro
Social
ESTADO
Ator 1
ESTADO
Único ator Ator 2

Sujeito
Prognosticável
Ator 3
Comportamentos
passíveis, estáveis Probabilidades do
“EU COM O OUTRO”
Planejamento
MÁRIO TESTA (1983-1987)

Na América Latina, o objetivo central do


planejamento deve contribuir para
promover a criação de condições que
possibilitem a realização de ações que
conduzam a mudanças sócio-políticas e
econômicas nos países.
Planejamento
MÁRIO TESTA

É imprescindível o reconhecimento
efetivo do social como totalidade, única
maneira de conseguir uma correta
caracterização do setorial e de formular
propostas que o articulem de modo
correto com outras formulações.
Planejamento
Diagnóstico em Saúde

Um diagnóstico é a caracterização de
uma situação orientada pelos propósitos
que dão origem aos mesmos;

O planejamento global e da saúde em


particular tem três grandes propósitos.
Planejamento
Diagnóstico em Saúde

Propósito Viés Âmbito da


realidade
1. De crescimento Administrativo Setorial
ou reprodução

2. De mudança Estratégico Forças sociais em


relação ao setor

3. De legitimação Ideológico Forças sociais do


setor em relação a
totalidade social
Planejamento
Diagnóstico em Saúde

Um diagnóstico é um momento
analítico, mas não pode se esgotar na
análise, deve concluir com uma síntese
das observações que compõem os
diferentes níveis examinados

MOMENTO INTEGRADOR !!!


Planejamento
MÁRIO TESTA

ORGANIZAÇÃO - - - O conceito abrange 2


aspectos:
• Institucional, ou da consolidação
burocrática de uma organização em
geral
• O agrupamento de pessoas com
interesses comuns
Planejamento
MÁRIO TESTA

PODER - - - Pode ser representado de


duas formas:
• Poder cotidiano resultado de seu
exercício;

• Como “Tipos específicos de poder”.


Planejamento
MÁRIO TESTA

SABER
TIPOS DE PODER:
• Poder Técnico +
• Poder Administrativo
PRÁTICA
TEMPO TÉCNICO
TEMPO POLÍTICO =
• Poder Político IDEOLOGIA
Planejamento
MÁRIO TESTA

Estabelece uma relação entre


propósitos, métodos para alcançá-los e
organização das instituições que se
encarregam de realizá-los!

Postulado de Coerência
Postulado da Coerência
Propósito

Método Organização
Planejamento
CARLOS MATUS (1988)

Decálogo do Planejamento

SITUAÇÃO
MOMENTO
Um decálogo do
Planejamento
CARLOS MATUS
1 Planeja quem governa;
2 O planejamento refere-se ao presente;
O planejamento exige um cálculo
3
situacional;
O planejamento se refere a
4
oportunidades reais;
O planejamento é inseparável da
5 gerência;
Um decálogo do
Planejamento
O planejamento situacional é, por
6
definição necessariamente político;
O planejamento nunca está referindo
7
a adivinhação do futuro;
8 O plano é modular;
O planejamento não é monopólio
9
nosso;
O planejamento não domina o tempo e
10 não se deixa enrijecer por ele.
TRÊS ADVERTÊNCIAS
Cada âmbito problemático requer um
desenho particular (resolver caso a caso);
A planificação não cessa nunca, é um
processo contínuo que acompanha a
realidade mutável;
É um processo de:
“aprendizagem-correção-aprendizagem”;
Deve-se corrigir a trajetória a cada
certo tempo tendo como referência
direcional a situação-objetiva.
A Direção do Plano

Arco Conjuntural

IO
SI Sx Sy Sn... ou
SO

Arco Direcional
Planejamento

1. MOMENTO EXPLICATIVO:
- É o equivalente ao diagnóstico da
planificação normativa;
- Coloca a complexa tarefa de priorizar.

Fluxograma Situacional:
Consiste em diagramar as causalidades
sistêmicas que temos captado pela experiência,
pelo conhecimento sistemático teórico e prático,
e pela verificação empírica de algumas relações
causais.
Planejamento

2. MOMENTO NORMATIVO:
Desenho da S.O.;
Checagem entre S.I. e S.O.;
Definição de projetos;
Identificação dos atores sociais;
Construção de cenários.
Planejamento

3. MOMENTO ESTRATÉGICO:
Programação;
Análise de viabilidade;
Construção de viabilidade.

4. MOMENTO TÁTICO-OPERACIONAL:
Ação;
Acompanhamento e avaliação.
Análise da Desenho das
situação atual Estratégias
• Identificação, • Ordenamento
seleção e temporal dos
priorização de programas de ação
problemas •Análise de
• Análise dos viabilidade
problemas •Elaboração dos
projetos
prioritários DEVE dinamizadores AÇÃO
SER
Momento
Momento Momento Momento
Tático-
Explicativo Normativo Estratégico
Operacional
É PODE
Definição da
situação desejada SER
Execução e
• Desenho do que se Acompanhamento
quer
• Desenho do
• Cenários prováveis
modelo de
•Identificação dos
monitoramento e
atores sociais
avaliação
•Desenho das
soluções
Avaliação
Estruturas:
- ambiente físico;
- equipamentos.

Processos – “Como fazer?”

Resultado – Impacto das ações sobre a


realidade!!!
Referências Bibliográficas
• TARRIDE, M. I. Saúde Pública: Uma Complexidade
Anunciada. Ed. Fiocruz. Rio de Janeiro, 1998.

• CANESQUI, A. M. Dilemas e Desafios das Ciências


Sociais na Saúde Coletiva. Ed. HUCITEC ABRASCO.
São Paulo – Rio de Janeiro, 1995.

• BAPTISTA, M. V. Planejamento – Introdução à


Metodologia do Planejamento Social. 2a ed. Ed.
Cortez & Moraes Ltda. São Paulo, 1978.

• COTTA, R. M. M. Descentralização das Políticas de


Saúde: do Imaginário ao Real. Ed. UFV. Viçosa,
1998.
Referências Bibliográficas
• MARCELINO, G. F. Governo, Imagem e Sociedade.
FUNCEP. Brasília, 1988.

• TESTA, M. Pensamento Estratégico e Lógica de


Programação – O Caso da Saúde. Traduzido por Ângela
Maria Tijiwa. Ed. HUCITEC ABRASCO. São Paulo –
Rio de Janeiro, 1993.

• MINISTÉRIO DA SAÚDE. www.saude.gov.br

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