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NOVA VERSÃO I N T E R N A C I O N A L

ATRAVÉS DA V I D A E DOS

TEMPOS BÍBLICOS
AUTOR, LUGAR E DATA DA R E D A Ç Ã O
Poucos estudiosos questionam que Ageu, o profeta, tenha escrito o livro que leva seu nome, mas sobre esse autor nada sabemos além do
que encontramos no livro.
Ageu datou com precisão suas mensagens, sendo todas elas transmitidas entre agosto e dezembro de 520 a.C.

DESTINATÁRIO
Zorobabel retornou para Jerusalém em 538 a.C. com cerca de 50 mil judeus a fim de reconstruir o templo. Durante anos, os que haviam
retornado foram desencorajados pela oposição e por isso abandonaram o projeto. As mensagens de Ageu tinham o propósito de incentivar
os judeus a concluir a obra de reconstrução do templo.

FATOS CULTURAIS E DESTAQUES


As palavras de Ageu foram dirigidas à comunidade pós-exílica dezoito anos após o primeiro retorno dos exilados. O templo ainda não havia
sido restaurado, e a liderança estava bastante desencorajada, não só por causa da oposição local, mas também pela letargia do próprio
povo. Dario, da Pérsia, tinha interesse em preservar as religiões de seu império. Portanto, levando-se em conta o impulso que seu apoio
podia oferecer, está claro que os judeus eram mais responsáveis pela inatividade que seus oponentes.
A mensagem do profeta era essencialmente uma exortação à perseverança no esforço de restabelecer a comunidade e o templo.
Da perspectiva de alguns intérpretes, porém, a mensagem de Ageu era mais que isso: constituía um chamado à revolta contra a autori­
dade persa. Os que sustentam esse ponto de vista veem Ageu como um zelote messiânico convencido de que o reino escatológico só se
concretizaria se Zorobabel fosse corajoso o suficiente para libertar-se da dominação estrangeira. Essa interpretação, entretanto, parece
extrair do texto muito mais do que ele pretende transmitir (ver “Teria Ageu liderado uma rebelião messiânica?”, em Ag 2).

LINHA DO T E M P O

r ........
14 0 0 A.c. 1300 1200 1100 1 000 900 800 700 600 500 400

Queda de J e ru salé m (5 8 6 a.C.)


1
P rim eiro retorno d os exilados a J e ru salé m (5 3 8 a.C.)
í
M inisté rio s de Ageu e Zacarias (ca. 5 2 0 -4 8 0 a.C.)

Redação do livro de A geu (520 a.C.)

C onclusão do te m p lo (5 1 6 a.C.)
l
S egundo retorno a J e ru salé m , sob a lid e ra nça de Esdras (4 5 8 a.C.)
1
Terce iro re to m o a Jeru salé m , sob a lid e ra nça d e Neem ias (4 4 5 a.C.)
i
M inisté rio de M a la qu ia s (ca. 4 4 0 -4 3 0 a.C.)
i

ENQUANTO V O C Ê LÊ
Tente estudar esta pequena obra tendo em mãos um livro de registros para listar as conseqüências da obediência e da desobediência. Você
também pode memorizá-las. Considerando-se os prós e contras, você consegue identificar um “vencedor”?
1522 INTRODUÇÃO A AGEU

VOCÊ S A B IA ?
• No clima árido da região, o orvalho é abundante durante a estação de cultivo e muitas vezes tão desejável quanto a chuva (1.10).
• Qualquer roupa que entrasse em contato com a ‘‘carne consagrada” (de um animal separado para o sacrifício) se tornava “santa”
(ver Lv 6.27), mas não podia passar a santidade para um terceiro objeto. A impureza cerimonial era transmitida mais facilmente que a
santidade, uma vez que qualquer coisa tocada por uma pessoa impura se tornava impura também (Ag 2.12,13).
• 0 anel de selar era um tipo de carimbo, cuja impressão em argila ou em cera funcionava como assinatura. Era usado no dedo ou sus­
penso num cordão ao redor do pescoço e podia servir como penhor ou garantia do pagamento de uma dívida (2.23).

TEMAS ,u|3n0!)í
0 livro de Ageu inclui os seguintes temas:
1. Prioridades. 0 povo havia negligenciado a reconstrução do templo de Deus, concentrando os esforços na construção de belas casas para
si (1.2-4,9). Ageu insistia em que o templo e a obra de Deus tinham prioridade. Eles deveriam “prestar atenção” (1.5,7; 2.15,18) a seus
caminhos, de modo que a alegria e a glória de Deus fossem suas metas principais (1.8).
2. Obediência. Existem conseqüências para quem desobedece a Deus (1.6,11; 2.16,17). Mas, quando o povo se mostra obediente (1.12),
Deus, por sua graça, proporciona a eles o encorajamento (1.14), a força (2.4,5) e os recursos (2.8) para que possam cumprir sua vontade.
Deus prometeu à comunidade pós-exílica abençoá-los com sua presença (2.9), paz (2.9) e prosperidade (2.19) em troca da obediência.

SUMÁRIO
I. Primeira mensagem: o chamado para a reconstrução do templo (1.1-11)
II. A resposta de Zorobabel e o povo (1.12-15)
III. Segunda mensagem: a glória prometida (2.1-9)
IV. Terceira mensagem: um povo impuro é abençoado (2.10-19)
V. Quarta mensagem: promessa a Zorobabel (2.20-23)
AGEU 2.3 1523

A Ordem para a Reconstrução do Templo


No primeiro dia do sexto mês do segundo ano do reinado de Dario,3 a palavra do S e n h o r veio
1.1 aEd 4.24;
»Ed 5 .1 ;c Ed 5.3;
m 1.12-13;
«Ed 2.2; <1Cr 6.15;
I por meio do profeta Ageubao governador0 de Judá, Zorobabel,dfilho de Sealtiel, e ao sumo sacer­
dote Josué,e filho de Jeozadaque,1dizendo:
Ed 3.2
2 “Assim diz o S e n h o r dos Exércitos: Este povo afirma: ‘Ainda não chegou o tempo de reconstruir
a casa do S e n h o r ’ ”.
1.3 € d 5.1 3 Por isso, a palavra do S e n h o r veio novamente por meio do profeta Ageu:94 “Acaso é tempo de
1 .4 h2Sm 7.2;
*v. 9; J r 33.12 vocês morarem em casas de fino acabamento,henquanto a minha casa continua destruída?1”
1.5 iLm 3.40 5 Agora, assim diz o S e n h o r dos Exércitos: “Vejam aonde os seus caminhos os levaramj 6Vocês
1.6 kDt 28.38;
>g 2.16; Zc 8.10 têm plantado muito, e colhido pouco.kVocês comem, mas não se fartam. Bebem, mas não se satis­
fazem. Vestem-se, mas não se aquecem. Aquele que recebe salário,1recebe-o para colocá-lo numa
bolsa furada”.
1.8 "S 1 132.13-14 7 Assim diz o S e n h o r dos Exércitos: “Vejam aonde os seus caminhos os levaram! 8 Subam o
monte para trazer madeira. Construam o templo", para que eu me alegre™ e nele seja glorificado”,
diz o S e n h o r . 9 “Vocês esperavam muito, mas, eis que veio pouco. E o que vocês trouxeram para casa eu
dissipei com um sopro. E por que o fiz?”, pergunta o S e n h o r dos Exércitos. “Por causa do meu templo,
1.10 °Lv 26.19; que ainda está destruído" enquanto cada um de vocês se ocupa com a sua própria casa.10 Por isso, por
Dt 28.23
1.11 PDt 28.22; causa de vocês, o céu reteve o orvalho e a terra deixou de dar o seu fruto.0 11 Nos campos e nos montes
Rs 17.1; iA g 2.17
provoquei uma secaP que atingiu o trigo, o vinho, o azeite e tudo mais que a terra produz, e também
os homens e o gado. O trabalho das mãos de vocês foi prejudicado”.'!
1.12 »v. 1; sv. 14; 12 Zorobabel/ filho de Sealtiel, o sumo sacerdote Josué, filho de Jeozadaque, e todo o restante do
Is 1.9; Ag 2.2; <ls
5 0.10; uDt 31.12 povos obedeceram* à voz do S e n h o r , o seu Deus, por causa das palavras do profeta Ageu, a quem o
S e n h o r , o seu Deus, enviara. E o povo temeuuo S e n h o r .
1.13 W t 28.20; 13Então Ageu, o mensageiro do S e n h o r , trouxe esta mensagem do S e n h o r para o povo: “Eu estou
Rm 8.31
1.14 "E d 5.2; comvvocês”, declara o S e n h o r . 14 Assim o S e n h o r encorajou o governador de Judá, Zorobabel,* filho
»v. 12
de Sealtiel, o sumo sacerdote Josué, filho de Jeozadaque, e todo o restante do povo,xe eles começaram
a trabalhar no templo do S e n h o r dos Exércitos, o seu Deus,15 no vigésimo quarto dia do sexto mêsv
do segundo ano do reinado de Dario.

O Esplendor do Novo Templo

2 .3 >Ed 3.12;
2 N o vigésim o p rim eiro dia do sétim o m ês, veio a palavra do S e n h o r p o r m eio do p ro feta Ageu:
2 “P erg u n te o seguinte ao governador de Judá, Z orobabel, filho de Sealtiel, ao sum o sacerdote
Josué, filho de Jeozadaque, e ao restan te do p o v o :3 Q uem de vocês viu este tem p lo 2 em seu prim eiro
aZ c 4 .1 0
esplendor? C om parado a ele, não é com o n a d a o que vocês veem agora?3

0 1.8 Hebraico: a c a sa ; também nos versículos 9 e 14, e em 2 .3 ,7 ,9 e 15.

1.1 A data é 29 de agosto de 520 a.C. O rei Dario mencionado aqui é 1.4 “Casas de fino acabamento” é geralmente uma referência às residên­
Dario Histaspes, também chamado Dario I ou Dario, o Grande (ver cias reais, revestidas com painéis de cedro (ver lR s 7.3,7; J r 22.14,15).
“Dario I”, em Ed 5), que governou a Pérsia de 521 a 4 8 6 a.C. Dario é 1.10 No clima árido da região, o orvalho é abundante durante a estação
bem conhecido na arqueologia por causa da inscrição de Beistum, escrita de cultivo e muitas vezes tão desejável quanto a chuva.
em três línguas e bastante rebuscada, na face de um penhasco do Irã. Esse 1.11 A seca, quase sempre uma precursora da fome (ver “Fome n o antigo
monumento ajudou a decifrar as inscrições cuneiformes, trazendo à luz Oriente Médio” em G n 42), afetava os “montes” porque as colinas eram
sobre a cultura e a história da Mesopotâmia antiga. cultivadas por terraplenagens. O trigo, o vinho e o azeite eram as três
O “primeiro dia” era a lua nova, quando os profetas eram às vezes con­ colheitas básicas da terra (ver “Comida e agricultura”, em R t 2); o óleo
sultados. As festas de lua nova incluíam sacrifícios e banquetes especiais de azeitona era usado como alimento, perfume e remédio.
e representavam uma pausa no trabalho. 1.13 O termo “mensageiro” é muitas vezes sinônimo de “profeta” (ver
Para mais informações sobre Zorobabel, ver nota em Ed 1.8; sobre Josué, “Profetas na Bíblia e nas nações pagás”, em Am 7).
ver nota em Ed 2.2. Jeozadaque havia sido levado cativo por Nabuco- 1.15 A data é 21 de setembro de 5 20 a.C.
donosor (lC r 6.15). 2.1 A data é 17 de outub.ro de 520 a.C., o último dia da festa das
1.2 Lançados os alicerces do templo, em 536 a.C. (ver Ed 3.8 -1 0 ), cabanas. Embora a colheita em tais circunstâncias fosse escassa, era o
o povo tomou-se desleixado e paralisou o trabalho até 520 a.C. (ver Ed tempo em que se celebrava a colheita de verão (ver “Festas de Israel”,
4 .1-5,24). em Lv 23).
1.3 Num período de quatro meses, em 520 a.C., Ageu recebeu várias 2.3 Os exilados mais antigos tinham visto o templo de Salomão (ver “O
mensagens proféticas (ver “Profetas na Bíblia e nas nações pagás”, em templo de Salomão e outros templos antigos”, em lC r 29) antes de ele
Am 7; e “Oráculos no mundo antigo”, em H c 1). A convocação para ser destruído pelos babilônios em 586 a.C. Esse versículo faz referência
a obra de reconstrução do templo, feita por Ageu, não foi a primeira ao seu “primeiro esplendor” porque o templo de Zorobabel era conside­
iniciativa para restaurar essa estrutura. De acordo com Ed 5 .1 3-16, rado uma continuação do templo de Salomão. A reação dos repatriados
o projeto começou após o decreto de Ciro, em 538 a.C. (cf. Ed 1). Os mais velhos na cerimônia de lançamento dos alicerces do templo é des­
judeus repatriados concluíram a fundação pouco depois (Ed 3.8-11), crita em Ed 3.12.
contudo permitiram que a oposição os impedisse de continuar a obra
do templo (Ed 4.23,24).
1524 AGEU 2.4

4 “Coragem, Zorobabel”, declara o S e n h o r . “Coragem,b sumo sacerdote Josué, filho de Jeoza- 2 .4 b1 Cr 28.20;
Zc 8.9; Ef 6.10;
daque. Coragem! Ao trabalho, ó povo da terra!”, declara o S e n h o r . “Porque eu estou comc vocês”, <2Sm 5.10; A t 7.9
declara o S e n h o r dos Exércitos.5 “Esta é a aliança que fiz com vocês quando vocês saíram do Egito:d 2 .5 dÊx 29.46;
«Ne 9.20; Is 63.11
Meu espíritoe está entre vocês. Não tenham medo”.

2 .7 A expressão “o desejado de todas as nações” (conforme alguns ma- foi incumbido de animar os homens mais velhos, que conheceram o
nuscritos; ver nota da NVI) ocorre somente aqui em toda a Bíblia. Mais templo de Salomão, mais magnífico, e estavam desapontados com
uma vez, depois que o templo foi erguido, no tempo de Esdras, o profeta o que contemplavam agora. Ageu garantiu que Deus estava com eles e

Teria Ageu liderado uma rebelião messiânica?


AGEU 2 0 livro de Ageu é um dos menores esse profeta não só aguardava a reconstru­ 0 governador foi tão somente incentivado a
documentos da Bíblia, consistindo de quatro ção do templo, mas também a restauração executar a tarefa de reconstruir o templo de
mensagens que somam apenas 600 pala­ da monarquia davídica. Em seu oráculo Jerusalém, antecipando o futuro maravilho­
vras, aproximadamente. Também é um dos final, Ageu aplica elevados títulos a Zoro­ so que estava por vir. Zorobabel foi convoca­
livros datados com maior precisão em toda a babel, filho de Sealtiel e neto do último rei do para atender às expectativas da herança
Bíblia. Está registrado que o profeta recebeu davídico, Joaquim: deixada por seu antepassado Davi, porém
seus quatro oráculos num espaço de quinze nenhuma ação foi exigida além da recons­
semanas, durante o outono do segundo ano ❖ Zorobabel é chamado "meu servo" (Ag trução do templo.
do rei persa Dario I1 que reinou de 521 a 2.23), título também aplicado a Davi (1Rs É certo que o livro de Ageu reflete a es­
486 a.C.2 11.34; SI 78.70; Ez 34.23) e para o "servo" perança, comum a todos os profetas, de um
Durante esse período, Judá existiu como messiânico de Isaías (Is 42.1; 49.6; 52.13; futuro glorioso para Sião:
parte de um grande distrito administrativo 53.11).
(satrapia) do Império Persa, chamado Abar ❖ Deus declara que fará tremer os céus e • f Deus fará tremer o Universo (v. 6,21).
Naharah (significa "além do rio"; cf. Ed 4.10; a terra, derrubando tronos e aniquilando • f Ele removerá o domínio das nações (v. 22),
Ne 2.7). Cada satrapia pagava um tributo o poder das nações (Ag 2.21,22). 0 reinado e elas pagarão tributo a Israel (v. 7,8; ver
anual e era administrada por um governa­ messiânico estava prestes a começar, e Zoro­ Êx 12.35,36).
dor persa. Não obstante, a política imperial babel estaria no comando. Ele promoverá um segundo êxodo
da Pérsia, que iniciou com Ciro, o Grande, e • f Zorobabel foi escolhido e honrado como (Ag 2.5,22) e estabelecerá seu rei escolhido
continuou no governo de Dario, incentivava um anel de selar real (v. 23).4 (v. 23).
de maneira significativa a autonomia local.3 •1* Ele habitará outra vez no meio de seu
Uma extensão dessa política levou os persas Duas questões têm sido levantadas: povo (1.13; 2.4,9).
a apoiar a construção de templos e santuá­ Ageu acreditava que Zorobabel seria o Mes­
rios locais (2Cr 36.23; Is 44.26-28). A maior sias? 0 profeta estava incitando a rebelião
preocupação de Ageu nesse contexto era o contra o governo persa?
incentivo ao término da reconstrução do Na realidade, Ageu não exortou Zoroba­
templo de Jerusalém. Suas mensagens eram bel a reivindicar um ofício messiânico nem
dirigidas aos principais líderes da comuni­ encorajou os judeus a se rebelar contra a
dade: Zorobabel, o governador, e Josué, o Pérsia.5 Nada no livro sugere a expectativa
sumo sacerdote. deque a promessa da exaltação definitiva de
Certos aspectos do simbolismo de Ageu Sião seria cumprida de imediato ou que Zo­
levaram alguns estudiosos a concluir que robabel fosse o agente de seu cumprimento.

'V e r o Glossário na p. 2080 para as definições das palavras em n egrito. 2Ver "Dario I", em Ed 5. 3Ver "Ciro, o Grande", em Ed 1. 4Ver "Anéis de sinete", em Et 8.
V er "H istó ria persa antiga a té D ario", em Et 1; e "H istória persa a ntig a d e Xerxes em d ia n te ", em Et 1.
AGEU 2.23 1525

2 .6 'Is 1 0.25; flHb 6 Assim diz o S e n h o r dos Exércitos: “Dentro de pouco tempo* farei tremer o céu, a terra,s o mar e
12.26*
2.7 hls 60.7 o continente.7Farei tremer todas as nações, as quais trarão para cá os seus tesouros,0e encherei este
templohde glória”, diz o S e n h o r dos Exércitos.8“Tanto a prata quanto o ouro me pertencem”, declara
2 .9 ‘SI a o S e n h o r dos Exércitos.9“A glória' deste novo templo será maior do que a do antigo”, diz o S e n h o r
dos Exércitos. “E neste lugar estabelecerei a paz”, declara o S e n h o r dos Exércitos.

Promessa de Bênçãos
2.10 iy. 1 10No vigésimo quarto dia do nono mêsj no segundo ano do reinado de Dario, a palavra do S e n h o r
veio ao profeta Ageu:
2 .1 1 N_v 1 0 .1 0 -1 1 ; 11Assim diz o S e n h o r dos Exércitos: “Faça aos sacerdoteska seguinte pergunta sobre a Lei:
D t 1 7 .8 - 1 1 ; Ml 2 .7
2 . 1 2 'Lv 6 .2 7 ; 12Se alguém levar carne consagrada na borda de suas vestes e com elas tocar num pão, ou em algo
Mt 2 3 .19
cozido, ou em vinho, ou em azeite ou em qualquer comida, isso ficará consagrado?1” Os sacerdotes
responderam: “Não”.
13Em seguida, perguntou Ageu: “Se alguémficar impuro por tocar num cadáver e depois tocar em
alguma dessas coisas, ela ficará impura?”
“Sim”, responderam os sacerdotes, “ficará impura.m”
14Ageu transmitiu esta resposta do S e n h o r : “É o que acontece com este povo e com esta nação.
Tudo o que fazem e tudo o que me oferecem11é impuro.
2 .1 5 oAg 1 .5 ; PEd
3 .1 0 ; € d 4 .2 4
15“Agora prestem atenção;0de hoje em diante*’ reconsiderem. Em que condições vocês viviam
2 . 1 6 'Ag 1.6 antes que se colocasseP pedra sobre pedra no templo do S e n h o r ? '! Quando alguém chegava a um
monte de trigo procurando vinte medidas, havia apenas dez. Quando alguém ia ao depósito de vinho
2 .1 7 ®Ag 1 . 1 1 ; «Dt para tirar cinqüenta medidas, só encontrava vinte.r 17Eu destruí todo o trabalho das mãos de vocês,s
2 8 .22; 1 Rs 8 .3 7 ;
A m 4 .9 ; uA m 4 .6 com mofo,* ferrugem e granizo, mas vocês não sevoltaram para mim”, declara o S e n h o r . u 18“A partir
2 .1 8 vZc 8.9
de hoje, vigésimo quarto dia do nono mês, atentem para o dia em que os fundamentosvdo templo do
S e n h o r foram lançados. Reconsiderem: 19ainda há alguma semente no celeiro? Até hoje a videira,
a figueira, a romeira e a oliveira não têm dado fruto. Mas, de hoje em diante, abençoarei vocês.”

As Promessas para Zorobabel


20A palavra do S e n h o r veio a Ageu pela segunda vez, no vigésimo quarto dia do nono mês:
2.21 « E d 5.2 21“Diga a Zorobabel,wgovernador de Judá, que eu farei tremer o céu e a terra.22Derrubarei tronos e
2 .2 2 *D n 2.4 4 ;
vMq 5 .1 0 ; * J z 7 .2 2 destruirei o poder dos reinos estrangeiros.* Virarei os carros'' e os seus condutores; os cavalos e os seus
cavaleiros cairão, cada um pela espada do seu companheiro.2
2.2 3 ais 4 3 .1 0 23“Naquele dia”, declara o S e n h o r dos Exércitos, “eu o tomarei, meu servo3Zorobabel, filho de
Sealtiel”, declara o S e n h o r , “e farei de você um anel de selar, porque o tenho escolhido”, declara o
S e n h o r dos Exércitos.

‘ 2 .7 A Vulgata e algumas outras traduções dizem e o desejado de todas as nações virá.


6 2 .1 5 O u desde os dias passados.

em pouco tempo abalaria os céus, a terra, o mar e o continente e que na Bíblia e no antigo Oriente Médio”, em Lv 1; e “Pureza ritual em Israel
“o desejado de todas as nações” viria encher a casa com sua glória. Alguns e no antigo Oriente Médio”, em Lv 10).
comentaristas remetem a profecia ao primeiro advento de Cristo; outros 2 .1 6 Sobre as “medidas de vinho”, ver “O lagar”, em Is 63.
a relacionam com sua segunda vinda; outros ainda negam qualquer apli­ 2 .1 7 A ferrugem provavelmente era causada pelo ardente vento oriental
cação messiânica, entendendo que a expressão “o desejado de todas as (o siroco), que soprava do deserto no fim da primavera e começo do
nações” significa “as coisas desejáveis de todas as nações” — seus bens outono, secando a vegetação.
mais preciosos (cf. Is 60.5,11; 61.6). 2 .1 9 As uvas, os figos e as romãs amadureciam em agosto e setembro;
2.8 Assim como se providenciara a prata e o ouro para o templo de as azeitonas, de setembro a novembro (ver “Comida e agricultura”, em
Salomão (lC r 2 9.2,7), o templo de Zorobabel também seria abastecido R t 2). Na primeira safra de grãos, a colheita em tais circunstâncias era
deles (Ed 6.5). escassa (ver 1.11 e nota).
2.10 A data é 18 de dezembro de 520 a.C. 2 .2 3 Sobre a expressão “naquele dia”, ver nota em J1 1.15.
2.11 Dentre as responsabilidades dos sacerdotes estavam ensinar e in­ O anel de selar era um tipo de carimbo, cuja impressão em argila ou em
terpretar a Lei (ver nota em Jr 18.18; ver também “Os levitas e os sacer­ cera funcionava como assinatura (ver Et 8.8). Um anel de selar, usado
dotes”, em 2C r 24). no dedo (como aqui e em Et 3.10) ou suspenso num cordão ao redor
2.12,13 Qualquer roupa que entrasse em contato com a “carne consa­ do pescoço (ver “Anéis de sinete”, em Et 8) podia servir como penhor
grada” (de um animal separado para o sacrifício) se tomava “santa” (ver ou garantia do pagamento de uma dívida. A menção ao anel aqui apa­
Lv 6 .2 7 ), mas não podia passar a santidade para um terceiro objeto. rentemente revoga a maldição lançada sobre o rei Joaquim em Jr 22.24.
A impureza cerimonial era transmitida mais facilmente que a santidade, O próprio Zorobabel era a garantia de que a glória futura do templo
uma vez que qualquer coisa tocada por uma pessoa impura se tomava seria concretizada.
impura também (ver Nm 19.11-13,22; ver também “Sacrifícios e ofertas

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