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ID: 74133789 01-04-2018
CONDUÇÃO
RENAULT ZOE 40 CR
FAÇAMOS
AS CONTAS...
"Um carro elétrico sai caro, é demorado a carregar e stressante
de utilizar". Esta frase estava correta há... dois anos atrás.
Sim. As coisas estão a mudar assim tão depressa
gama Renault Zoe acaba de
receber mais um elemento, especialmente vocacionado para
nos fazer perder menos tempo nas recargas de bateria. Tra-
ta-se do Zoe 40 CR (Carga Rápida), capaz de aceitar uma po-
tência de carga de 43 kW, enquanto o modelo anterior, o Zoe
40, que continuará em comercialização, apenas consegue
recarregar a 22 kW. Este é, assim, um importante modelo de
reforço naquela que já é. neste momento, a gama de carros
elétricos puros mais vendida em Portugal, com quase 8o0
unidades comercializadas em 2017.
Esta nova versão consegue tempos de recarga que chegam
a ser 3o por cento inferiores aos do Zoe 40 já existente, ou
seja, para uma recarga de zero a 8o por cento dos 4o kWh
de capacidade da bateria, o Zoe 40 CR precisa apenas de
65 minutos, contra os too minutos necessários ao modelo
anterior. A única condição é que o posto de carregamento
seja um dos de carga rápida, de 43 kW (64A). Nesse tempo,
o novo Zoe CR recebe energia suficiente para percorrer até
300 quilómetros em ciclo NEDC. Esta é, portanto, a solução
perfeita para quem pretenda fazer uma viagem mais longa
com o Zoe e tenha a possibilidade de encontrar um posto de
recarga rápida pelo caminho, tarefa que está a tornar-se cada
vez menos complicada, já que, em Portugal, só a rede Mobi.e
vai disponibilizar cerca de 700 postos de carga rápida até ao
final deste ano.
O modelo é igualmente atrativo para empresas que possam
disponibilizar de postos de recarga rápida próprios, poden-
do assim reduzir drasticamente os tempos de imobilização
da sua frota de elétricos puros.
Os dois modelos Zoe 4o diferem apenas no motor (agora o
R90 de 88 cv em vez do Q90 de 92 cv) e na forma de gestão
energética, já que a bateria de ia módulos (192 células) é a
mesma, com 41 kWh de capacidade utilizável e 400 volts de
tensão total.
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A aquisição de um Zoe torna-se agora ainda mais atrativa,
se levarmos em conta que este modelo tem um preço mui-
to comparável ao da versão Zoe 40, distando daquele apenas
700 eu ros quando adquirido por um particular, para além de
ser possível adquirir o veículo sem ter de suportar.os cus-
tos de aquisição da bateria. Nesta circunstância, um Zoe 40
CR fica por 18 820 € quando comprado por um particular
(15 460 € se comprado por uma empresa), já contabilizando
o incentivo do Estado no valor de 2250€.
Tanto a tabela de preços como a flexibilidade de acesso fi-
nanceiro a um Zoe 40 CR comprovam que já lá vai o tempo
em que a compra de um carro elétrico puro era pouco mais
do que uma demonstração de ecofundamentalismo. Bem
vistas as coisas, um Renault Clio TCe 90 começa nos 15 860€
e um dCi começa nos 19 960€. Preços comparáveis, com
o óbice de implicarem inevitáveis custos em combustível,
sempre superiores às despesas de utilização de um Zoe, mes-
mo contabilizando os 69 € mensais pelo aluguer da bateria.
1,4 EUROS AOS CEM
Se o comprador preferir a modalidade de aquisição total, in-
cluindo a bateria, esta também está disponível e o carro fica
por 27 995€ para particulares ou por 23195€ para empresas. Em
qualquer dos casos, os consumos de um Zoe 40 ou 40 CR ron-
darão sempre os 1,4 € aos cem quilómetros se o carregamento
for feito em horas de vazio (geralmente à noite) com tarifa bi-
-horária, o que equivale a pouco mais que o custo de um litro
de gasóleo aos too km. Mesmo que a tarifa e o momento de re-
carga não sejam os mais vantajosos, o consumo de eletricidade
por cada ioo km dificilmente ultrapassará os 2,4 euros.
Existem ainda outras razões de ordem financeira que levam
muita gente a olhar para um carro destes com renovado inte-
resse: sendo um elétrico puro, está isento do Imposto Úni-
co de Circulação (IUC) e, pelos mesmos motivos, tem livre
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CONDUÇÃO
RENAULT ZOE 40 CR

•..41É-tiP
E.,

acesso a qualquer centro de cidade, por mais histórico que

ele seja, beneficiando até, em muitas cidades, de estaciona-
mento gratuito. Mesmo em Lisboa, basta adquirir um dísti-
co que custa tze/ano. As despesas de manutenção são outro
atrativo, com a Renault a indicar que uma revisão de um Zoe
custa entre 30 e 50 ouros. O reduzido número de peças de
desgaste de um carro elétrico é parte da explicação para este
facto, ao que se associa o menor tempo de mão-de-obra ne-
cessário para as operações de manutenção. E no caso em que
o veículo é adquirido por uma empresa há ainda que consi-
derar a redução de custos associada à isenção da tributação
autónoma.
Não é, no entanto, por se tratar de um elétrico que a marca
deixa de atribuir ao Zoe a mesma garantia de cinco anos ou
100 mil quilómetros da restante gama, com o acréscimo de,
no caso da aquisição, a bateria ter a sua própria garantia de
oito anos ou 160 mil quilómetros. Já na modalidade de alu-
guer da bateria a grande aposta estará na tranquilidade de es-
pírito associada à certeza de que a Renault garante sempre o
bom funcionamento desta acima de 75 por cento da sua capa-
cidade inicial, beneficiando de assistência gratuita em todas
as avarias ou substituição, se necessário.
Mesmo nos casos em que a utilização suponha maiores qui-
lometragens, é possível estender o pacote base de aluguer da
bateria (até 7500 km/ano) mediante o pagamento de mais to
euros por mês a cada 2.50o km adicionais, ou mesmo subscre-
ver a quilometragem ilimitada por 119 €/mês.

AUTONOMIA A CRESCER
O novo Renault Zoe 40 CR anuncia uma autonomia de 370
quilómetros em circuito misto (NEDC). Este valor é, obvia-
mente, influenciado pelo estilo de condução, tipo de trajeto,
topografia, utilização da climatização e até a temperatura
ambiente. Mas, na realidade, o mesmo se passa com um veí-
culo de combustão interna. No entanto, confirmámos ao

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GASTAR DOIS EUROS AOS CEM, OU MENOS,
É AGORATÃO REALISTA COMO PERCORRER
MAIS DE 200 KM COM UMA HORA DE RECARGA
volante do novo modelo que é perfeitamente seguro contar
com zoo km de autonomia real em pleno inverno, mesmo
incluindo muita autoestrada no trajeto e praticando uma
condução bem desembaraçada. Esta é, aliás, a parte mais
fácil, já que os 220 Nm de binário estão disponíveis de for-
ma total a partir do arranque, o que faz do Zoe um utilitário
extremamente ágil e agradável de conduzir. Com o tempo,
vamos depois aprendendo a recuperar autonomia aliviando
cedo o acelerador, para que o efeito regenerativo seja mais
eficaz. É possível fazê-lo sem perder ritmo, antecipando as
desacelerações quando a paragem se afigura inevitável, por
exemplo quando há mais trânsito ou quando o semáforo
passa a amarelo. Em estrada aberta, onde o Zoe tem menos
oportunidades para regenerar energia através da desacele-
ração e travagem, também é possível assumir uma atitude
mais regrada, deixando-o deslizar nas descidas sem tocar no
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acelerador. Não tivemos qualquer destas preocupações num
trajeto de cerca de no km.entre Lisboa e Mafra e chegámos
com mais de too km de autonomia restante, sem sequer ter-
mos utilizado o modo ECO. Seria mais do que suficiente para
termos chegado a Coimbra, deixando o Zoe a recarregar du-
rante o almoço e depois voltar para Lisboa ou seguir para o
Porto, por exemplo.
De regresso à garagem, ligámos o Zoe 4o CR à wallbox de 43
kW e este mostrou-nos de imediato na instrumentação que
estaria de novo totalmente carregado em cerca de $o minu-
tos (para mais zoo km, no mínimo) ou, caso necessitássemos
de sair mais cedo que isso, poderíamos contar com cerca de
8o por cento da carga em meia-hora. Convém ainda lembrar
que a Renault oferece a todos os clientes particulares a wall-
box de recarga (7,4 kW), com a qual o veículo recarrega na
garagem lá de casa em cerca de oito horas. O