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INTRODUÇÃO

 A infra-estrutura rodoviária pública do


Brasil, foi reorganizada no pós-guerra, a
partir de fins da década de 50,
AULA 1 – ESTRADAS - I impulsionada pela instalação da
indústria automobilística no país e pela
efetivação de um modelo de vinculação
tributária, anteriormente criado, que
PROF. Msc. ROBISON NEGRI dava sustentação financeira à
conservação e à expansão da rede de
rodovias.

MODALIDADES DE TRANSPORTE INTRODUÇÃO

 As estatísticas oficiais  Criação de estruturas institucionais


públicas, principalmente no nível federal
 no ano de 1998, o modo rodoviário foi e nos níveis estaduais, atribuindo a
responsável por 62,60 % da quantidade de entidades departamentais e autárquicas
carga transportada no Brasil, em toneladas- competentes as respectivas
quilômetro; responsabilidades pela execução das
políticas rodoviárias federal e estaduais.
 e por 96,02 % do número de passageiros-
quilômetro transportados no país (GEIPOT,
1999, p. 271-272).

INTRODUÇÃO BASES LEGAIS

 Legislação apropriada  Após o encerramento da Segunda Guerra


Mundial, foi instituido o Decreto-Lei n° 8.463,
 Sucessivos Planos Nacionais de Viação: de 27 dez. 1945;
 desenvolvimento físico da infra-estrutura  O processo foi encabeçado pelo Engenheiro
rodoviária, Maurício Joppert da Silva (1891 - 1985);
 Fundo Rodoviário Nacional (FRN), suprido
 evolução tecnológica do setor –com com recursos financeiros oriundos da
recursos arrecadação de tributos incidentes sobre a
propriedade de veículos automotores e sobre
 o país chega a vislumbrar as fronteiras o consumo de combustíveis e de
do conhecimento da tecnologia lubrificantes. Os recursos desse fundo, por
rodoviária em meados da década de 70. força de lei, eram investidos exclusivamente
no desenvolvimento do setor rodoviário.
BASES LEGAIS RESUMO
 Reorganizou o Departamento Nacional de  Essa era a lógica do processo: de
Estradas de Rodagem – DNER (órgão um lado, foram criados recursos
responsável pelo setor rodoviário, criado
em 1937), dando-lhe a forma de Autarquia, tributários específicos para o
com estrutura técnica e administrativa desenvolvimento do setor
adequada. rodoviário, e de outro, foi criada
 Veio a se constituir também na base (ou reorganizada) a estrutura
jurídica que fundamentou a organização da técnico-administrativa competente
administração pública do setor rodoviário
nos Estados e Territórios, no Distrito para gerir a aplicação desses
Federal e mesmo nos Municípios do Brasil. recursos.

DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS

 DOS RECURSOS DO FRN  Organizada Institucional:

 40% dos recursos do fundo eram  As atividades relacionadas com a


destinados à União, formulação da política de transporte
 60% restantes alocados aos Estados, rodoviário foram atribuídas a um
Territórios e Distrito Federal. ministério (atualmente, o Ministério
dos Transportes);
 As relacionadas à execução da política
de transporte rodoviário foram
atribuídas ao DNER, órgão que foi
encarregado de gerir a aplicação dos
recursos do FRN destinados à União.

ORGANIZAÇÃO DO SETOR ORGANIZAÇÃO DO SETOR

 Ao DNER cabia também gerenciar a  Para habilitarem-se ao recebimento dos


distribuição da parcela de 60% dos recursos do FRN que lhes cabiam, os
recursos do FRN destinada aos Estados, Estados, Territórios e o Distrito Federal
Territórios e Distrito Federal, que era foram instados a criar seus próprios
rateada entre essas unidades órgãos setoriais, na forma de autarquias
administrativas, mediante quotas (Departamentos de Estradas de Rodagem
estabelecidas proporcionalmente aos – DER, ou Departamentos Autônomos de
respectivos consumos de combustíveis e Estradas de Rodagem – DAER).
lubrificantes líquidos (36%), às
respectivas populações (12%) e às
respectivas superfícies territoriais (12%).
ORGANIZAÇÃO DO SETOR ORGANIZAÇÃO DO SETOR
 Assim, as estruturas governamentais dos  Três anos após a instituição da Lei
Estados (e do Distrito Federal) para o Joppert, os Municípios foram também
setor rodoviário acabaram sendo integrados ao modelo como beneficiários
organizadas de forma similar à do dos recursos do FRN, por força da Lei n°
governo federal: às Secretarias de Estado 302, de 13 jul. 1948, passando a
foram atribuídas as tarefas relacionadas distribuição dos recursos vinculados a ser
com a formulação das políticas estaduais feita nas proporções de 40% para a
de transporte rodoviário, e às suas União, 48% para os Estados, Territórios e
autarquias (DER ou DAER) foram Distrito Federal, e 12% para os
reservados os encargos relacionados com Municípios.
a execução das respectivas políticas
rodoviárias estaduais.

ORGANIZAÇÃO DO SETOR MUDANÇAS


 No nível municipal, as tarefas de formulação das
políticas rodoviárias foram atribuídas geralmente  Década de 70, modificação da
a Secretarias Municipais. No entanto, a distribuição dos recursos tributários.
organização para as atividades relacionadas com
a execução dessas políticas municipais de
transporte rodoviário acabou sendo diferenciada  Desfederalização dos tributos relativos à
em relação ao que aconteceu nos âmbitos propriedade de veículos automotores, ao
federal e estaduais, verificando-se desde casos consumo de combustíveis e
de Municípios que estruturaram seus próprios lubrificantes, e à prestação de serviços
Departamentos Municipais de Estradas de de transporte rodoviário, todos oriundos
Rodagem (em geral, nos Municípios de maior dos usuários de rodovias.
porte), a casos em que as tarefas relacionadas
com a execução das políticas rodoviárias
municipais foram atribuídas a órgãos da
administração direta ou mesmo assumidas pelos
próprios gabinetes dos Prefeitos.

MUDANÇAS OUTROS MODELOS

 Sem o FRN, a administração pública do  Fundo Rodoviário (apenas para conservação


setor rodoviário passou a contar de rodovias),
basicamente com recursos  Modalidades de concessão de rodovias à
orçamentários, escassos e disputados iniciativa privada (para viabilizar a realização
com outras áreas igualmente ou mais de investimentos mediante a cobrança de
carentes, e com financiamentos de pedágio dos usuários);
entidades de desenvolvimento,  Tentativas de instituição de imposto seletivo
dependendo da capacidade de sobre hidrocarbonetos, derivados de
petróleo, combustíveis e óleos lubrificantes,
endividamento disponível dos órgãos com vinculação de parcelas a investimentos
públicos. em infra-estrutura do Sistema Nacional de
 Constituição Federal de 1988. Viação.
ORGANIZAÇÃO DO SETOR ORGANIZAÇÃO DO SETOR
 MUDANÇAS:  MUDANÇAS:

 Fim do Sistema de Financiamento.  Ministério dos Transporte:


 Decentralização.  ANTT – Agencia Nacional de Transportes
Terrestres.
 Redução dos Quadros.
 DNIT – Departamento Nacional de Infra-
 Conseções Estrutura Terrestre.

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