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INSTALAÇÕES DE
CLIMATIZAÇÃO E
REFRIGERAÇÃO
1ª PARTE
ÍNDICE
ÍNDICE DE FIGURAS
ÍNDICE DE TABELAS
CAPÍTULO 4
É importante termos a noção que existem várias soluções que podem ser aplicadas para
climatizar um espaço ou um conjunto de espaços.
Alguns factores que influenciam a solução a adoptar são:
Qualidade do ar a obter;
Potência de instalação;
Consumo energético;
Poluição ambiental;
Custos de exploração;
Segurança dos trabalhadores e utilizadores.
1.1 CLIMATIZAÇÃO
No Verão a energia libertada pelas actividades das pessoas, equipamentos (motores, fornos,
etc.) e aparelhos de iluminação aumentam a temperatura do ar no interior de um espaço físico,
pelo que ao fim de algum tempo poderia tornar-se muito incómodo trabalhar nesse local. De
forma análoga no Inverno, as perdas de calor através da envolvente podem significar um
abaixamento da temperatura interior, tornando desconfortável o exercício de determinada
actividade por parte dos ocupantes.
De forma a minimizar estes efeitos desagradáveis tenta-se que as cargas térmicas sejam
dissipadas pelo fluido de acondicionamento térmico utilizado.
Nos sistemas centrais o fluido é aquecido ou arrefecido num local exterior àquele que se quer
climatizar.
Caso o aquecimento ou arrefecimento do fluido que provoca a climatização do espaço seja
feito por troca de calor num permutador com um outro fluido que sofreu um aquecimento ou
arrefecimento (equipamento principal) obtemos um sistema com circuito secundário: onde
circula o fluido térmico que remove/fornece calor ao espaço a climatizar (vd. figura 5.2).
Figura 1.2: Sistema centralizado de aquecimento (2 tubos) de retorno invertido e com circuito secundário.
Figura 1.3: Sistema de aquecimento (de 2 tubos) apenas com circuito primério.
Em alguns casos, quando o fluido térmico utilizado é água em ambos os circuitos, existe a
mistura entre o circuito primário e secundário (vd. figura 1.4).
Figura 1.4: Sistema centralizado de aquecimento (de 2 tubos) com mistura entre o circuito primário e
secundário.
Figura 1.5: Exemplo de um sistema frigorífico do tipo seco (A) e um sistema frigorífico do tipo inundado
(B).
Existe, portanto, um enorme conjunto de opções possíveis para efectuar a climatização dos
edifícios, sendo que alguns pormenores deverão ser tidos em consideração: consumo
energético necessário a que se junta a operação do sistema e manutenção, concepção do
sistema, equipamentos escolhidos, etc.
1.2 SISTEMAS
Figura 1.6: Sistema de climatização com circuito primário (encontra-se representado o sistema
vulgarmente conhecido por split).
Começa-se a aceitar um terceiro grupo específico designado por sistemas modulares. Estão
neste caso, os sistemas de volume de refrigerante variável (VRV). Apenas existe um circuito:
o refrigerante (primário) vai até aos locais a climatizar (vd. figura 5.7).
Estes sistemas não podem ser directamente classificados como centralizados pois é um
sistema que serve um conjunto de zonas de um edifício e que pode ser facilmente ampliado.
Um sistema VRV climatiza normalmente entre 4 a 15 zonas distintas, sendo constituído por
uma unidade exterior e 4 a 15 unidades interiores. Por vezes também são designados por
sistemas semi-centralizados.
Figura 1.8: As unidades individuais enviam ou retiram calor ao fluido (água) que circula num sistema que
percorre todo o edifício. Existe assim um circuito que serve a totalidade do edifício (circuito de água) e
simultaneamente um conjunto de unidades individuais.
Figura 1.9: Exemplo de um sistema multisplit com uma unidade exterior servindo três unidades
interiores.
A classificação dos sistemas não pode ser considerada apenas como uma forma pedagógica ou
de sistematização. Face ao actual RSECE, o facto de um determinado sistema pertencer a um
ou outro grande grupo tem implicações. O regulamento impõe restrições ao uso de sistemas
individuais e considera apenas a existência de dois grupos: Sistemas unitários e Sistemas
centralizados. Não existem recomendações para todos os casos apresentados mas, para fins de
aplicação do regulamento dos sistemas de climatização, será natural considerar-se um sistema
VRV como associado aos sistemas do tipo centralizado, enquanto que um sistema multisplit
deverá ser considerado como sistema unitário.
Os sistemas também podem ser classificados quanto ao fluido térmico utilizado (refrigerante
secundário). Esta classificação é utilizada em sistemas centralizados.
Os sistemas podem ser:
Tudo-ar – onde o frio ou calor é transportado para o local a climatizar através do ar,
previamente arrefecido ou aquecido numa Unidade de Tratamento de Ar, UTA.
Existem dois tipos de sistemas:
o Volume de Ar Constante (VAC);
o Volume de Ar Variável (VAV);
No primeiro caso, o caudal de ar a fornecer é constante e o sistema permite alterar as
condições de fornecimento de forma a garantir a remoção da carga térmica existente.
O sistema VAC, embora simples, tem vindo a cair em desuso devido principalmente
aos elevados consumos de ventilação. O sistema VAV, que na sua forma mais simples
tem o problema de um fornecimento de ar deficiente quando a carga térmica a retirar é
Figura 1.10: Sistema VAC com possibilidade Figura 1.11: Sistema VAV com possibilidade de
de aquecimento e arrefecimento do ar e re- aquecimento e arrefecimento do ar e controlo do caudal
aquecimento terminal do ar no local a climatizar.
Figura 1.12: Sistema VAV com pleno retorno. O caudal a fornecer à sala é regulado pela temperatura
existente e em função da carga térmica a retirar.
O sistema VAC pode conduzir a consumos energéticos elevados. Nos sistemas Tudo-
Ar, o retorno à UTA pode ser feito por uma conduta própria ou recorrendo a zonas
comuns do edifício. Consoante o sistema utilizado pode ou não haver admissão de ar
novo, proveniente do exterior.
Tudo-água – o frio ou o calor é levado ao local a climatizar, respectivamente por, água
refrigerada ou água quente.
Figura 1.13: Sistema ar-água. O ar tratado assegura a taxa de renovação necessária enquanto que a água
assegura a remoção da carga térmica interior.
As instalações, tendo em conta a forma como o fluido térmico está em contacto com o meio a
arrefecer e com o exterior, podem ser classificadas como:
Sistema directo;
Sistema indirecto;
Sistema de perda total (por exemplo: azoto líquido).
O sistema directo consiste num sistema sem circuitos secundários onde o evaporador está em
contacto com o meio a arrefecer (sistema tudo-refrigerante). O sistema indirecto consiste num
sistema com circuito secundário que vai servir para o arrefecimento do local (sistema
centralizado tudo-ar). No sistema de perda total, o arrefecimento é efectuado à custa da perda
do fluido para a atmosfera (não tem aplicação em edifícios).
calor, o problema é à partida resolvido visto que cada unidade terminal pode remover ou
ceder quantidades de calor distintas (regulação individual).
Nos sistemas Tudo-água, a solução do problema passa pela regulação individual das baterias
(dos ventiloconvectores). Nos sistemas Tudo-ar existem diferentes possibilidades que
permitem resolver o problema. Uma das soluções é a do reaquecimento terminal recorrendo a
sistemas VAC. Esta solução simples é energicamente insuficiente quando o reaquecimento
terminal é realizado por resistência eléctrica (o que levou a serem impostas restrições
regulamentares à sua aplicação). Uma solução energeticamente eficiente é a dos sistemas de
dupla conduta, como se representa na figura 1.14. No entanto, este sistema raramente é
utilizado, pois necessita de um volume de condutas superior à de qualquer outro sistema e os
custos associados à sua aplicação também são muito superiores.
Figura 1.14: Sistema de dupla conduta. As correctas condições de insuflação, nas diferentes salas, são
obtidas através da mistura controlada do ar quente e de ar frio.
As soluções nos casos de sistemas de VAV passam pela limitação do caudal de insuflação e
pela utilização de reaquecimento terminal, de uma forma semelhante à utilizada nos sistemas
VAC ou através da inclusão de pleno retorno. Ambas as soluções evitam que o caudal
fornecido tenda para zero à medida que a carga térmica se reduz e se eliminam os problemas
de equilíbrio do sistema de condutas. No entanto, a primeira solução é energeticamente
deficiente quando comparada com a segunda, pelo que para reduzir esta deficiência costuma-
se adoptar o controlo da temperatura do caudal principal.
Para além dos problemas inerentes à remoção das cargas térmicas nos diferentes locais de um
edifício, e ao transporte do fluido térmico aos locais a climatizar, é necessário atender à forma
como é produzido o calor e o frio. Este problema põe-se ao nível do circuito primário e
depende do equipamento escolhido.
Se optarmos por utilizar uma caldeira para realizar o aquecimento as necessidades de calor
variam ao longo do ano, pelo que a potência necessária também irá variar.
Quando uma caldeira utiliza um determinado combustível falamos em funcionamento em
carga parcial mas que se traduz numa perda de eficiência.
Caso optemos por utilizar uma caldeira eléctrica, o maior problema reside no custo do
consumo energético e a sua forma de aproveitamento, o que muitas vezes não acontece da
forma mais apropriada.
Quando recorremos a um sistema de bomba de calor, com um sistema de compressão de
vapor ou de absorção, o calor recebido no evaporador pode ser retirado ao exterior ou servir
para produzir frio útil.
No caso de utilizarmos um sistema frigorífico, de compressão de vapor ou de absorção, para
efectuar o arrefecimento, o calor cedido pelo condensador pode ser enviado para o exterior ou
servir para produzir aquecimento útil.
Figura 1.15: UTA para aquecimento e arrefecimento do ar utilizando um sistema de expansão directa e
recuperação do calor do condensador.
Figura 1.16: Exemplo de um sistema de cogeração utilizando uma fornalha como gerador de vapor, uma
turbina de contra-pressão e subtiragem de vapor para fins de aquecimento.
Neste caso, a alta pressão é determinada pelo barrilete da fornalha. O aquecimento da água
com passagem a vapor e sobreaquecimento do vapor corresponde à evolução teórica a pressão
constante. A expansão da turbina a vapor constante corresponde à evolução teórica a entropia
constante. A energia produzida pela expansão dos gases na turbina é transmitida ao veio
acoplado ao gerador eléctrico. O arrefecimento do vapor no condensador, com passagem do
fluido ao estado líquido, corresponde à evolução teórica de arrefecimento a pressão constante.
A evolução na bomba, com elevação da pressão da água, corresponde à evolução teórica a
entropia constante. O vapor utilizado no aquecimento é obtido numa subtiragem à turbina. Os
condensados resultantes da utilização deste vapor são misturados com o caudal de água
proveniente do condensador.
Produção de gás quente e utilização de turbina a gás acoplada a gerador de
electricidade. Utilizam o ciclo de Joule, correspondente a uma evolução s-p-s-p, ou
seja, as evoluções num ciclo teórico simples ocorrem da seguinte forma: entropia
constante (fase de compressão), pressão constante (fase de aquecimento), entropia
Figura 1.17: Exemplo de um sistema de cogeração que utiliza um módulo de produção de energia eléctrica
de turbina a gás e aproveitamento dos gases de escape para aquecimento.
A alta pressão é determinada pela taxa de compressão dos compressores, enquanto que a
baixa pressão corresponde à pressão atmosférica. A evolução de compressão corresponde à
evolução teórica da entropia constante. A queima de combustível nas câmaras de combustão
corresponde à evolução teórica de aquecimento a pressão constante. Na análise
termodinâmica deste ciclo considera-se que os gases de combustão têm propriedades
termodinâmicas idênticas às do ar (hipótese aceitável pelo excesso de ar na combustão). A
expansão na turbina a gás corresponde à evolução teórica a entropia constante. A energia
produzida pela expansão dos gases na turbina é transmitida ao veio acoplado ao gerador
eléctrico. Os gases, antes de serem enviados para a atmosfera, são arrefecidos, aquecendo um
fluido (por exemplo: água). O restante arrefecimento ocorre na atmosfera, no exterior da
instalação (os gases de exaustão são lançados na atmosfera e o ar fresco é comprimido pelo
compressor). Esta evolução corresponde a um arrefecimento a pressão constante.
Produção de gás quente e accionamento directo do gerador de electricidade através de
um motor de combustão interna. Normalmente, recorre-se a um motor de explosão ou
a um motor diesel.
Figura 1.18: Exemplo de um sistema de trigeração utilizando um motor diesel e com aproveitamento dos
gases de escape e do sistema de arrefecimento do motor para produzir aquecimento. O calor é utilizado
directamente para aquecimento de água e para o funcionamento de um sistema frigorífico de absorção.
Neste caso, a alta pressão é determinada pela taxa de compressão do motor, enquanto que a
baixa pressão corresponde à pressão de admissão do ar no motor. As evoluções do ciclo
termodinâmico ocorrem no interior do motor. A energia produzida pelo ciclo é transmitida ao
veio acoplado ao gerador eléctrico. O calor utilizado no aquecimento e no funcionamento do
sistema frigorífico de absorção é obtido no aproveitamento da temperatura dos gases de
escape e do sistema de arrefecimento do motor.
1.4 PROJECTO
Após a fase de projecto surge a fase de lançamento da execução da obra a concurso na qual
são apresentadas e analisadas as diferentes propostas de execução da obra A responsabilidade
da execução da obra é do empreiteiro geral que apresentou a melhor proposta. Este ajusta com
o dono da obra a sua realização e em muitas das vezes delega a execução de algumas
especialidades, tais como as instalações eléctricas e as instalações mecânicas, em sub-
empreiteiros da respectiva especialidade. A empresa responsável pela sub-empreitada das
instalações AVAC deve fornecer todo o equipamento e material de AVAC a instalar pelo seu
corpo de pessoal técnico qualificado e realizar no fim da instalação os testes e os ajustes
necessários de iodo o sistema AVAC.
Depois, já durante a fase de exploração do edifício, a condução e a manutenção do sistema
AVAC devem ser norteadas de modo a manter as condições de conforto ambiental dentro do
edifício, minimizar os consumos de energia e garantir que o sistema esteja sempre em
condições de bom funcionamento.
Por outro lado, o projectista do sistema AVAC com base no conhecimento das cargas
térmicas deve propor soluções que consigam:
Mais uma vez se realça o facto de que na escolha do sistema de condicionamento de ar deve
haver um bom entendimento entre as diferentes partes envolvidas. O projectista tem então
como tarefas principais a seu cargo:
Esta informação é apresentada nos desenhos do sistema e nas especificações técnicas para
posterior utilização nas fases de concurso e de instalação do equipamento de ar condicionado.
Nos casos dos sistemas em que o caudal de ar insuflado no ambiente seja variável é, sem
dúvida, necessário prestar especial atenção porque em determinadas alturas, nomeadamente
sob condições de carga reduzida, a distribuição do ar na zona ocupada pode ser deficiente
devido à velocidade do ar em contacto com os ocupantes poder ser muito baixa, a diluição dos
contaminantes tomar-se insuficiente e, eventualmente o ruído variável pode tomar-se
incomodativo.
A manutenção da humidade relativa dentro dos limites aceitáveis pode ser conseguida duma
forma adequada desde que os efeitos da carga sensível e da carga latente sejam controlados
separadamente. Quando o processo de remoção da carga sensível e da carga latente, é feito em
simultâneo, como é exemplo o processo que ocorre numa bateria de arrefecimento, surgem
dificuldades no controlo da humidade relativa porque o funcionamento da bateria é
comandado normalmente pelo termóstato.
É neste âmbito que é importante estudar as características e limitações dos diferentes tipos de
sistemas de condicionamento de ar, para saber até que ponto é que um determinado sistema é
adequado ou não, para um determinado caso particular de condicionamento de ar.
Os sistemas de condicionamento de ar adoptados na prática, podem ser classificados segundo
o tipo de fluido ou fluidos que se empregam nos equipamentos terminais existentes nos
ambientes condicionados para anular o efeito das cargas térmicas latentes e sensíveis desses
mesmos ambientes.
Deste modo podem então ser definidos os seguintes quatro grupos de sistemas de
condicionamento de ar:
• Sistemas Tudo Ar;
• Sistemas Tudo Água;
• Sistemas Água-Ar;
• Sistemas individuais;
• Sistemas centralizados;
• Sistemas semi-centralizados.
Existem inúmeros tipos de sistemas AVAC e formas de serem utilizados para controlar as
condições ambientais no interior dos edifícios. Em cada aplicação, o projectista deve pois
considerar as características de cada tipo de sistema e decidir qual a melhor solução a
escolher.
Nos locais técnicos centralizados existem normalmente unidades produtoras de água gelada e
de água quente ("Chillers/Bomba de calor" e Caldeiras) que asseguram a produção primária
de frio e de calor, utilizando fluidos refrigerantes e água, necessária nos equipamentos de
Nesta classe dos sistemas tudo ar é possível ainda definir os seguintes grupos relativamente ao
modo como é feita a distribuição de ar:
Nos sistemas com percurso simples, a distribuição do ar frio ou quente é feito apenas por uma
conduta até ao local a climatizar e as baterias principais, de aquecimento e de arrefecimento,
existentes na unidade de tratamento de ar (UTA) estão montadas em série. A temperatura do
escoamento de ar que chega a cada um dos locais é idêntica em todos.
Dentro destes dois grupos de sistemas existem sistemas com características particulares bem
diferentes, tais como poderem servir uma ou mais que uma zona, permitirem tirar partido da
variação de caudal de ar e possuírem reaquecimento terminal ou não. Na Tabela 5.1,
apresentam-se então os Sistemas Tudo Ar mais comuns.
Este tipo de sistema Tudo Ar é o mais simples e aplica-se só a uma zona térmica como por
exemplo um local de grande dimensão. Poderá também servir satisfatoriamente um conjunto
de salas distintas desde que não haja uma diferença significativa na evolução temporal das
cargas térmicas de cada uma dessas salas.
Caso a zona térmica a climatizar englobe várias salas, o ar tratado na unidade de tratamento
de ar é distribuído a todas essas salas nas mesmas condições de temperatura e humidade.
Este sistema é caracterizado por um caudal de ar de insuflação sempre constante durante todo
o ano quer na estação de arrefecimento quer na estação de aquecimento. Com os sistemas a
volume de ar constante consegue-se obter uma distribuição do ar na zona térmica sempre
constante e independente do regime de funcionamento do sistema. Um dos inconvenientes
deste sistema é o elevado consumo de energia associado ao funcionamento dos ventiladores
durante os períodos de funcionamento a carga parcial reduzida.
Nos sistemas em que é feita a recirculação de parte do ar extraído da zona térmica para que
depois a mistura obtida com o ar novo seja devidamente tratada e distribuída pela zona
térmica condicionada. A recirculação é feita por questões de economia de energia, contudo
existem alturas em que o estado do ar exterior está em melhores condições do que o ar
recirculado relativamente ao estado do ar que se pretende na insuflação. Deste modo, os
registos de ar novo, de recirculação e de rejeição devem ser comandados de forma a tirar
partido das condições favoráveis do estado do ar exterior. Quando o ar do retorno estiver em
melhore condições para proporcionar poupança de energia não deve ser utilizado na totalidade
porque deve ser garantido na insuflação um caudal mínimo de ar novo para assegurar a
qualidade do ar interior. Por outro lado, existem aplicações específicas como são exemplo os
blocos operatórios dos hospitais em que não é permitido efectuar recirculação de ar.
A vantagem deste tipo de sistema consiste na sua simplicidade, e não requer um espaço
disponível menor que os sistemas com percurso duplo. A desvantagem que apresenta reside
no facto de não haver diferenciação no controlo da temperatura dos diferentes espaços, o que
limita a sua aplicação.
Quando o edifício a climatizar é composto por um conjunto de salas com cargas térmicas
distintas é possível controlar a temperatura de cada uma das salas com o sistema anterior
complementado com baterias de reaquecimento terminal junto de cada uma das salas. O
reaquecimento terminal pode ser feito com água quente, vapor ou mesmo até electricidade e é
controlado pelo termóstato de cada zona.
As Figura 1.21 e Figura 1.22 referem-se a este sistema Tudo Ar com reaquecimento terminal.
As trocas de calor sensível existentes nas condutas de distribuição de ar não foram
consideradas nesta representação.
Figura 1.21: Esquema de uma instalação cem percurso simples-volume de ar constante com reaquecimento
terminal.
Figura 1.22: Evoluções do ar num sistema com percurso simples-volume de ar constante e com
reaquecimento terminal (Situação de Verão).
O facto dos ganhos de calor latente em cada uma das salas ser distinto e o conteúdo de
humidade do ar de insuflação ser comum a todas as salas conduz a que a humidade relativa
nos diferentes espaços apresente valores distintos nas diferentes salas. Caso se pretenda com
este tipo de sistema também controlar a humidade relativa em cada uma das salas deve ser
adicionado ao sistema um leque de humidificadores terminais cujo desempenho é controlado
pelos respectivos humidostatos.
O funcionamento da bateria de arrefecimento central deve ser controlado de modo a que o ar
que sai da unidade de tratamento de ar central apresente um conteúdo de humidade mínimo
que permita controlar a humidade relativa da sala mais crítica.
Este tipo de sistema simples de Volume de Ar Variável VAV é aplicado, geralmente a vários
locais dum edifício com necessidades de arrefecimento durante todo o ano. Neste sistema, o
ar é tratado na UTA e depois distribuído a temperatura constante pela conduta de distribuição.
Em cada ramificação é instalada uma unidade terminal de volume de ar variável que tem por
função fazer variar o caudal de insuflação em função da carga térmica de modo a controlar a
temperatura de cada local conforme se mostra na Figura 5.23.
Figura 1.23: Evolução do caudal de ar numa unidade terminal VAV em função das necessidades de
arrefecimento.
Os dispositivos terminais de insuflação a utilizar numa instalação com sistemas VAV devem
ser difusores que proporcionem um forte efeito de indução para garantir uma boa mistura do
ar insuflado com o ar da sala, mesmo quando o caudal de ar seja baixo.
A vantagem principal deste sistema consiste na economia de energia alcançada com a redução
do consumo energético envolvido na movimentação do ar devido ao facto de se distribuir
apenas a quantidade de ar necessária em cada instante para obter as condições interiores.
Deste modo, o caudal de ar que circula na UTA é também variável e normalmente é
Figura 1.24: Esquema de uma instalação com percurso simples-volume de ar Variável sem reaquecimento
terminal.
O campo de aplicação deste tipo de sistema de Volume de Ar Variável está pois limitado a
espaços interiores dos edifícios caracterizados por necessidades de arrefecimento durante todo
o ano e pouco variáveis.
Figura 1.25: Evoluções do ar num sistema com percurso simples-volume de ar variável sem
reaquecimento terminal.
ventilador. Este controlo garante uma pressão estática constante a montante de cada unidade
terminal VAV e impede que a restricção ao escoamento imposta pela acção do controlo
termoestático de algumas zonas não interfira no funcionamento das restantes unidades
terminais.
Os sistemas de VAV com reaquecimento terminal instalado junto das unidades terminais de
variação de caudal permitem satisfazer as necessidades de aquecimento e de arrefecimento
dum local e admitem uma maior variação da carga térmica relativamente à versão anterior.
Com este sistema, para além da variação do caudal de insuflação também é possível variar a
temperatura de insuflação.
No Verão, quando a carga térmica dum local é máxima, o caudal de ar de insuflação assume o
valor máximo e a temperatura o valor mínimo. Quando a carga térmica diminui, o termóstato
faz com que o caudal de ar insuflado diminua proporcionalmente enquanto que a temperatura
de insuflação permanece constante, até que o caudal atinge o valor mínimo. A partir desta
situação se as necessidades de arrefecimento do local continuarem a baixar, o caudal de ar
mantém-se no valor mínimo, a bateria de reaquecimento entra em funcionamento e eleva
progressivamente a temperatura de insuflação.
No Inverno, quando exista um local com necessidades de aquecimento, local tipicamente
situado na periferia do edifício, o caudal deve manter-se no mínimo e o funcionamento da
bateria de reaquecimento é controlado pelo termóstato do ambiente do local em questão. Este
funcionamento das unidades terminais com reaquecimento está caracterizado na Figura 5.26.
Em termos gerais, para que seja garantido um bom funcionamento do sistema, o caudal
mínimo regulado nestas unidades VAV não deve ser inferior a 40 % do seu caudal máximo.
Figura 1.26: Evoluções do caudal de ar e da potência de reaquecimento numa unidade terminal VAV com
reaquecimento em função das necessidades de arrefecimento e de aquecimento.
Figura 1.27: Esquema de uma instalação com percurso simples-volume de ar variável com reaquecimento
terminal.
Figura 1.28: Evoluções do ar num sistema com percurso simples-volume de ar variável com reaquecimento
terminal.
Os sistemas de percurso duplo são constituídos por duas condutas de distribuição ar,
transportando uma ar quente e a outra ar frio, desde a unidade de tratamento de ar até às
caixas de mistura situadas junto de cada local. Na unidade de tratamento de ar, as baterias de
aquecimento e de arrefecimento estão dispostas em paralelo. Na caixa de mistura associada a
cada zona. Mediante a informação do respectivo termóstato, é feita a mistura de ar quente e
com ar frio para obter a temperatura do ar de insuflação correcta.
O sistema é dito de volume de ar constante porque o caudal de insuflação em cada local é
sempre constante embora as percentagens de ar quente e ar frio variem.
Para definir qual o caudal de ar a insuflar em cada zona deve-se primeiro calcular o caudal de
insuflação nas situações extremas de arrefecimento e de aquecimento. Deste modo,
conhecendo as temperaturas do ar na conduta de ar quente e na conduta de ar frio, a
temperatura interior de cada zona e as componentes sensíveis da carga térmica de
aquecimento e de arrefecimento nas condições extremas de projecto é possível calcular os
caudais de ar, que deveriam ser utilizados perante estas duas solicitações extremas. Como os
valores dos caudais não são necessariamente iguais e o sistema é do tipo volume de ar
constante deve-se então adoptar o maior dos valores calculados para o caudal de insuflação.
Na Figura 1.29 apresentam-se as três situações possíveis do funcionamento da caixa de
mistura. Na primeira situação, os caudais de insuflação nas condições extremas de projecto de
arrefecimento e de aquecimento não resultam da mistura e são constituídos respectivamente
por ar frio e por ar quente. Na segunda situação constata-se que as necessidades máximas de
aquecimento são suprimidas por uma mistura de ar quente com ar frio. Na terceira situação
sucede precisamente o contrário.
Figura 1.29: Funcionamento das caixas de mistura dos sistemas dupla conduta com caudal constante.
Na Figura 1.30 representa-se o esquema da instalação dum sistema deste tipo, usualmente
designada por Dupla Conduta, aplicado a duas zonas. A Figura 1.31 ilustra o funcionamento
desta instalação para uma situação particular em que é necessário arrefecer a sala A e aquecer
a sala B em simultâneo.
A principal vantagem deste sistema consiste na possibilidade de satisfazer simultaneamente
as necessidades de arrefecimento e de aquecimento das diferentes zonas dum edifício com
controlo individual da temperatura.
Este sistema exige um espaço considerável para as condutas, é um sistema relativamente caro,
não é eficiente do ponto de vista da utilização racional de energia e apresenta alguns
problemas no controlo da humidade.
Figura 1.30: Esquema de uma instalação com percurso duplo-volume de ar constante (Dupla Conduta).
Figura 1.32: Esquema de uma instalação com percurso duplo-volume de ar constante (Multizona).
Relativamente ao sistema anterior constata-se que o seu custo não é tão elevado desde que o
número de zonas não seja elevado e desde que o percurso das condutas não seja demasiado
longo. Poderá em alguns casos exigir menor espaço para a passagem das condutas uma vez
que da unidade de tratamento de ar parte apenas uma conduta para cada zona.
Os sistemas com Percurso Duplo e com Volume de Ar variável são idênticos ao sistema
convencional de Dupla Conduta referido anteriormente com diferença de o caudal de ar
misturado nas caixa de mistura de cada zona poder ser variável em função das necessidades
de arrefecimento ou de aquecimento.
Na Figura 1.33 ilustram-se dois exemplos possíveis do funcionamento da caixa de mistura.
Figura 1.33: Funcionamento das caixas de mistura nos sistemas dupla conduta com
caudal de ar variável
Nestes sistemas tudo água não existe um circuito de distribuição de ar novo pelos espaços. O
processo de renovação do ar em cada espaço é assegurado duma forma natural através das
infiltrações de aberturas das janelas ou de entradas de ar junto das unidades terminais.
Os ventilo-convectores não são mais que pequenas unidades de tratamento de ar instaladas
nos próprios locais que condicionam.
São constituídos basicamente por um ventilador e respectivo motor, filtro e uma ou duas
baterias. As montagens mais usuais são do tipo bancada e de tecto. Os ventilo-convectores de
tecto são montados na horizontal enquanto que os de bancada são montados na vertical,
apoiados no chão junto da parede e normalmente sob as janela.
a) b)
a)-Vertical b)Horizontal
Em alguns casos, o aquecimento pode também ser assegurado por uma bateria de resistências
eléctricas. A circulação da água quente ou fria nos sistemas a ventilo-convectores é feita em
circuito fechado em que o retomo é directo ou invertido conforme se mostra nas figuras 1.35,
1.36 e 1.37.
A vantagem dos sistemas com retorno invertido reside no facto dos circuitos hidráulicos
através de cada unidade terminal ficarem normalmente muito mais próximos duma situação
de equilíbrio entre si do que nos sistemas com retorno directo. O equilíbrio dos diferentes
ramais é feito através de válvulas de equilíbrio estático instaladas em cada um dos ramais ou
através de válvulas de equilíbrio dinâmico instaladas normalmente apenas nos ramais das
unidades terminais.
Neste tipo de sistemas com distribuição de água quente e fria é também usual classificá-los
como circuitos de dois, três ou quatro tubos relativamente ao tipo da configuração da
alimentação e do retorno da água quente e fria nos ventilo-convectores.
Os ventilo-convectores deste sistemas têm uma bateria comum onde passa a água quente ou a
água fria e em que o controlo da temperatura ambiente é feito através da variação do caudal
que passa na bateria Esta variação de caudal pode ser assegurada por válvulas modulantes de
duas vias ou três vias como se ilustra nas figuras 1.39 a) e b).
a) b)
Figura 1.39: Controlo da temperatura ambiente através de ventilo-convectores com sistema a dois tubos.
Figura 1.40: a)- Sistema a dois tubos apenas com arrefecimento com água gelada
Figura 1.41: b) Sistema a dois tubos com arrefecimento e aquecimento usando bomaba de calor.
Neste tipo de instalação, a bateria de cada um dos ventilo-convectores pode ser alimentada
em qualquer instante por água quente ou por água fria, satisfazendo deste modo as
necessidades de aquecimento ou de arrefecimento dum determinado local independentemente
do tipo de necessidades dos outros locais.
O sistema é dito ser a três tubos porque o circuito apresenta duas idas, água quente e água
fria, e um único retorno comum à água quente e água fria.
A modulação do caudal é assegurada por válvulas modulantes de duas vias ou de três vias.
Nas figuras 1.43 a) e b) estão ilustradas estas duas situações.
a) b)
Figura 1.43: Controlo da temperatura ambiente através de ventilo-convectores com sistema a três tubos.
A válvula não misturadora de três vias representada na figura 1.43 b) é responsável pela
selecção do modo de funcionamento da bateria, aquecimento ou arrefecimento, e pela
modulação do caudal de água que atravessa a bateria em função das necessidades detectadas
pelo termóstato ambiente.
No caso da figura 1.43 b) uma das válvulas encontra-se sempre fechada enquanto a outra
realiza a modulação do caudal em função da carga térmica do local.
A Figura 1.44 ilustra um esquema simplificado duma instalação dum sistema a três tubos.
Este sistema de distribuição de água em circuito a três tubos não é muito atractivo do ponto
de vista da utilização racional de energia porque o envio da mistura dos retornos das
diferentes unidades terminais, umas funcionando em aquecimento e outras em arrefecimento,
nas mesmas condições de temperatura quer para o "chiller" (UPAG) quer para a caldeira ou
outro dispositivo de aquecimento (UPAQ) traduz-se numa perda de eficiência energética do
sistema na sua globalidade
A selecção e a modulação do caudal de água quente ou de água fria que deve passar no
ventilo-convector são feitas, de acordo com o sinal detectado pelo termóstato ambiente, por
válvulas modulantes de duas ou três vias. Nas figuras 1.45 a) e b) estão ilustradas duas destas
situações.
a) b)
Figura 1.45: Controlo da temperatura ambiente através de ventilo-convectores com sistema a quatro
tubos.
A Figura 1.46 mostra um esquema simplificado duma instalação típica dum sistema a quatro
tubos. A diferença principal relativamente ao sistema anterior reside no facto dos retornos dos
ventilo-convectores funcionando em arrefecimento nunca se misturarem com os retornos dos
ventilo-convectores operando em aquecimento, mesmo quando estes tenham apenas uma
bateria comum para as duas funções.
Os sistemas a quatro tubos embora apresentem um custo inicial mais elevado permite
melhorar a eficiência energética do sistema e consequentemente reduzir os custos de
exploração relativamente aos sistemas a três tubos.
Nestes sistemas, o condicionamento dos ambientes dos diferentes locais é feito utilizando em
simultâneo a distribuição de água e de ar.
O ar que se introduz mecanicamente nos locais é designado por ar primário e é constituído
normalmente apenas por ar novo que foi tratado centralmente numa unidade de tratamento de
ar novo UTAN.
Estes sistemas são ditos Ar-Água porque além de ser insuflado ar primário é também utilizada
água nas unidades terminais instaladas em cada um dos locais. O caudal de água quente ou
fria que circula nas baterias destas unidades terminais pode ser regulado por válvulas
termostáticas em função do sinal detectado por cada termóstato de ambiente. As unidades
terminais mais usuais são os ventilo-convectores, painéis radiantes ou unidades de indução. O
circuito de distribuição da água quente e fria pode ser efectuado a dois, três ou quatro tubos.
O ar primário que alimenta cada um dos locais pode entrar directamente no ambiente, através
de grelhas ou difusores, ou então ser canalizado directamente para as unidades terminais onde
se mistura com o ar recirculado, para depois ser então introduzido no ambiente.
a) b)
Figura 1.47: Introdução directa do ar primário em unidades terminais.
Na figura 1.47 a) mostra-se uma configuração típica das unidades de indução. O ar primário
entra primeiro num "plenum", isolado acusticamente, para depois ser injectado através de
várias tubeiras na câmara de distribuição de modo a que, o efeito de indução obtido, consiga
assegurar a recírculação do ar ambiente pela unidade de indução. Deste modo o ar recirculado
ao entrar na unidade contacta directamente com as baterias, só depois se mistura com o ar
primário na câmara de distribuição. O funcionamento das tubeiras exige que os valores de
pressão estática no "plenum" de alimentação de ar primário sejam elevados, normalmente
compreendidos entre 250 e 500 Pa.
Na figura 1.47 b) ilustra-se o caso da alimentação directa de ar primário a um ventilo-
convector. Neste caso, o ar primário mistura-se previamente com o ar de recirculação. O
ventilador é responsável pela movimentação desta mistura através das baterias, pela
distribuição do ar de insuflação e ainda pela recirculação do ar ambiente. Quando a
alimentação não é feita directamente no ventilo-convector, o ventilador apenas movimenta
um escoamento de ar de recirculação. Tanto as unidades de indução como os ventilo-
convectores são necessários que estejam munidos dum sistema de recolha e de evacuação de
condensados caso o arrefecimento seja acompanhado dum processo de desumidificação.
Na figura 1.48 está representado um esquema duma instalação dum sistema Ar-Água.
A unidade de tratamento de ar novo para além de possuir as baterias de arrefecimento e de
aquecimento poderá também dispor dum recuperador de calor ou duma bateria de pré-
aquecimento. O humidificador poderá ser do tipo evaporativo ou de injecção directa de vapor
e é utilizado normalmente na época de aquecimento para garantir um nível mínimo de
humidade nos diferentes locais. O sensor de humidade é normalmente colocado na conduta do
ar rejeitado.
Figura 1.48: Instalação dum sistema Ar-Água com unidades de indução a quatro tubos.
Uma vantagem destes sistemas Ar-Água relativamente aos sistemas Tudo Ar consiste na
necessidade de menor espaço para a passagem das condutas uma vez que o caudal em jogo é
menor.
Figura 1.49: Instalação dum sistema Ar-Água com ventilo-convectores a quatro tubos.
Estes sistemas são designados por sistemas de expansão directa dum fluido refrigerante em
que os elementos principais que compõem o ciclo frigorífico são o evaporador, o compressor,
o condensador e o dispositivo de expansão. O compressor é normalmente accionado por
motor eléctrico, contudo recentemente estão a surgir no mercado sistemas com compressão
mecânica accionada por motor a gás.
Nas figuras 1.50 a) e b) mostram-se os dois modos de funcionamento obtidos numa bomba de
calor reversível.
a) b)
Figura 1.50: Bomba de calor reversível,
Este processo está ilustrado na figura 1.50 a) e é conseguido quando a bateria desempenha a
função de evaporador no ciclo frigorífico. Quando o funcionamento deste sistema consiste em
controlar a temperatura duma zona, aplicação mais comum, o calor retirado ao escoamento de
ar que atravessa este tipo de equipamento depende da componente sensível da carga térmica
que é necessário remover da zona em questão. Deste modo havendo desumidificação o calor
retirado no evaporador engloba a uma parcela não controlada de remoção de carga térmica
latente da zona, maior ou menor do que em rigor seria desejável, e obrigatoriamente a
componente sensível. Este fluxo energético juntamente com potência associada ao trabalho do
compressor são libertados no condensador normalmente arrefecido a ar ou a água.
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