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SESMT – Serviço Especializado em Engenharia da Segurança PO 001-00

e em Medicina do Trabalho
PROCEDIMENTO OPERACIONAL Página 1 de 20
ATIDIDADE: MOVIMENTAÇÃO DE CARGA COM EMPILHADEIRA

1.0 – OBJETIVO
Este procedimento tem como objetivo padronizar os meios e formas de conduzir a
empilhadeira de maneira adequada dentro e fora do setor fabril com a adoção de procedimentos
de rotina pautadas pelas normas, promovendo maior segurança ao operador e pedestres, com o
intuito de preservar o patrimônio da empresa e a integridade física dos seus colaboradores
definindo responsáveis e responsabilidades, fornecendo limites para a utilização e trabalho da
empilhadeira bem como inibir o mal uso do equipamento e fundamentalmente sensibilizando
os operadores de empilhadeira quanto a necessidade de neutralizar ao máximo a possibilidade
de provocar acidentes.

2.0 – CAMPO DE APLICAÇÃO


As empilhadeiras são equipamentos muito versáteis, destina-se tanto à
movimentação vertical como horizontal de materiais de praticamente todos os tipos,
substituindo, com vantagens, talhas, pontes rolantes e também o próprio homem realizando
tarefas que ocupariam várias pessoas.
Podem ser utilizadas nas mais variadas situações: movimentação de produtos
acabados ou matéria – prima, colocação de estoques, seleção de itens para expedição,
movimentação de paletes, bobinas, sacarias tubos ou toras, tambores peças volumosas,
materiais quentes ou corrosivos, caçambas, contêiner, por exemplo, permitindo elevadas alturas
de armazenagem, entre outras atividades.

3.0 – REFERÊNCIAS
 NR 11 – Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais.
Disponível em: http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR11.pdf. Acessado em:
19/02/2017.

Elaboradores: Camila Maria Aprovador: 1/20


Jéssica Ramalho
Luiz Fernades Giovanni Bruno L. de S. Brito.
Tatiana do Nascimento
Tiago Martins
Wescley Marques
PO001-00 Versão: 22/02/2017
 Apostila para operador de empilhadeira. Instrutor: Welinton Tulio S. dos
Santos. Registro MTE: 16774 – RJ. Disponível em:< http://pt.slideshare.net/WelintonTulio
/apostila-para-operadores-de-empilhadeira>. Acessado em: 19/02/2017.
 Operação, manutenção e segurança de empilhadeiras. Facilitador: Engº
Amarildo Tomaz-Crea:72734. 2010. Disponível em: < http://www.maius.com.br/downloads/
Cursos%20Operacao%20e%20Manutencao% 0de%20E mpilhadeira.pdf >. Acessado em:
20/02/2017.
 Manual de operação com empilhadeiras. Trucks equipamentos e peças. SP.
Disponível em: http://www.braziltrucks.com.br/arquivos_download/Manual%20de%20Opera
%C3%A7%C3%A3o%20com%20Empilhadeiras.pdf>. Acessado em: 20/02/2017.

4.0 – DEFINIÇÕES
Audiometria: É um exame que avalia a audição e deve ser realizado pelo
profissional especializado.
Avariação: Algo que está avariado, quebrado, com algum defeito.
Check list:: É a lista de itens a serem verificados diariamente.
CIPA: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
Cipeiro: Integrante da CIPA.
Corrosivo: Substância que por reação química é capaz de destruir ou
irreversivelmente danificar substâncias ou superfícies com as quais esteja em contato, incluindo
os tecidos vivos.
Eletrocardiograma: É um exame que permite, por meio de gráficos, registrar
oscilações elétricas que resultam da atividade do músculo cardíaco.
Eletroencefalograma: É um exame que permite o estudo do registro gráfico das
correntes elétricas espontâneas desenvolvidas no cérebro
Expedição: Ação ou efeito de expedir; distribuir ou entregar. Ato de fazer com que
alguma coisa atinja o seu propósito: expedição de um produto.
Oftalmologista: Medico que realiza cirurgias, prescreve tratamentos e correções
para os distúrbios de visão.
Palete: É uma base de madeira, metal ou plástico que é utilizado para
movimentação de cargas.
Pontes rolantes: são equipamentos compostos por três itens essenciais: a viga, o
carro e a talha. Esse conjunto integrado proporciona condições ideais e seguras para o transporte
e movimentação das cargas.

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Talhas: São o coração das pontes rolantes. São equipamentos que transformam
força elétrica, pneumática ou humana em movimento vertical linear de subida ou descida, de
cargas cujas massas, por normas de segurança e ergonomia, não podem ser executadas seres
humanos. Os movimentos verticais podem ser curtos, como em pequenas obras, ou, longos,
como para içar caixas de ferramentas no ato de torres eólicas.

5.0 – MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA


Os resíduos gerados durante a atividade devem ser separados, armazenados e
destinados corretamente.

6.0 – DESCRIÇÃO DA INSTRUÇÃO


6.1 – Generalidades
As empilhadeiras somente devem ser postas em funcionamento e utilizadas por
operador habilitado, treinado e autorizado. Assegure-se que a empilhadeira é adequada à área
na qual será utilizada e que a área está adequada a sua utilização.
Ao iniciar o seu turno de trabalho, o operador deve efetuar um exame visual na
empilhadeira para verificar a existência de vazamentos, a falta de algum componente e também
fazer em poucos minutos uma verificação básica nos principais pontos da máquina. Assim
procedendo, ele estará executando uma manutenção preventiva no equipamento.
Os operadores e autorizados a operar empilhadeiras, devem ser cadastrados na
segurança do trabalho. Nenhum outro funcionário poderá operar empilhadeira se não for
cadastrado e nem estiver portando o cartão de identificação.
Os operadores e autorizados deverão passar por exames médicos periódicos, onde
terão que fazer os seguintes exames complementares:
- Eletrocardiograma;
- Eletroencefalograma;
- Audiometria;
- Encaminhamento (emissão de laudo) ao oftalmologista.
Todos os operadores e autorizados devem passar por uma reciclagem anual de
segurança na operação de empilhadeira.
Todos os operadores, autorizados, devem obedecer e cumprir os dispostos na NR-
11 (Transporte, movimentação, armazenagem, e manuseio de materiais), além deste
procedimento.

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6.2 – Equipamentos de proteção coletiva (EPC)
Os EPC’s são itens fixos ou móveis, instalados no ambiente de trabalho e que
buscam assegurar aos colaboradores e terceiros a saúde e a integridade física. Entre os
principais equipamentos, estão:

 Cones e correntes que delimitam espaços ou grades de contenção;


 Alertas luminosos;
 Placas com indicações de alertas, caminhos e sinalizações;
 Faixas e fitas de segurança;
 Alarmes e sirenes;
 Dispositivos de bloqueio diversos;
 Extintores
 Trava de fixação dos garfos.

6.3 – Equipamentos de proteção individual (EPI)


Os EPI’s são essenciais para garantir a proteção do colaborador, tanto em relação
às possíveis ameaças à saúde, quanto para a segurança durante atividades específicas. Entre as
suas categorias estão:
 Proteção da cabeça (capacete, capuz);
 Proteção dos olhos e face (óculos);
 Proteção auditiva (protetor auricular, abafadores);
 Proteção do tronco (vestimenta);
 Proteção das vias respiratórias (máscara);
 Proteção dos membros superiores (luva);
 Proteção dos membros inferiores (calçado, calça);
 Proteção contra quedas e movimentos bruscos: cinto de segurança, protetor do
operador e grade de segurança (empilhadeira).

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6.4 – Procedimento para movimentação de carga com empilhadeira

ETAPAS PARA A EXECUÇÃO SEGURA DA ATIVIDADE (PASSO A PASSO)

DESCRIÇÃO DAS ETAPAS RISCO DA ATIVIDADE MEDIDAS DE CONTROLE


1 - Realizar inspeção visual na
empilhadeira antes de começar
as atividades observando o
estado dos pneus como: cortes,
rachaduras, sujeira nos sulcos,
aros deformado ou quebrado, a
Riscos de acidentes, Realizar uma inspeção
pressão dos mesmos, se há
estouro de pneus, ruptura detalhada, com os respectivos
vazamentos de óleo,
dos garfos. EPI's para a atividade, antes da
combustível ou líquido do
execução dos trabalhos.
radiador, se o protetor de carga
esta desalinhado ou empenado, o
estado dos garfos, verificar os
freios e se as luzes de
advertência estão funcionando
perfeitamente.
2 - Engatar a chave de contato e
verificar se as
luzes do painel acendem
Riscos de acidentes,
normalmente, ligar o motor, Realizar uma inspeção
inalação de fumaça, estouro
subir e descer os garfos para detalhada, com os respectivos
do cilindro ocasionando
testas os comandos hidráulicos, EPI's para a atividade, antes da
vazamento de óleo
verificar a fumaça do execução dos trabalhos.
hidráulico, atropelamento.
escapamento, o funcionamento
dos cilindros de elevação e o
sinal sonoro da luz de ré.
3 - Realizar inspeção visual no
local de trabalho e nas áreas ao
Atenção na área de trabalho
entorno, retirar os possíveis
antes da execução dos
obstáculos que atrapalhem ou Tropeços no local de
trabalhos, sinalizar a área de
possa causar acidentes, no ato da trabalho.
trabalho e organização do local
execução dos trabalhos observar
de trabalho.
a existência de sinalização na
área a qual irá se trabalhar.
4 - Para início dos trabalhos,
subir na empilhadeira tomando o
comando da mesma, mantendo a
postura adequada ajustando a
posição do banco de acordo
Quedas de nível, postura Conscientizar quanto à postura
com suas necessidades e
incorreta. correta.
conforto, antes de dar a partida
na empilhadeira. Não ajuste o
banco com a máquina em
movimento (Ajustar o cinto de
segurança, se houver).

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5 - Após dar a partida no motor
deixe-o aquecer em marcha lenta
por 5 minutos, durante o
aquecimento verifique o Conscientizar quanto ao uso de
Quedas de nível, ruído.
funcionamento dos sistemas, EPI's corretos para a atividade.
teste os sinais sonoros como
buzina e alarmes.

6 - Aproxime-se da carga com


cuidado para não provocar
ferimentos em pessoas
e nem danificar a carga.
Posicione a máquina próximo a
Quedas de nível, Conscientizar quanto ao
carga a ser levantada, ajustando
atropelamento, posicionamento do
os garfos adequadamente para
tombamentos da carga e/ou equipamento bem como a
oferecer o máximo suporte à
da empilhadeira, ruptura capacidade que o mesmo
carga, e observar para que a
dos garfos suporta.
carga levantada não ultrapasse a
capacidade da empilhadeira e a
carga seja mais alta que o
protetor de carga.

7 - Após o levantamento da
carga e posicionamento para o
transporte, não permitir que Atropelamento, Atenção na área de trabalho,
ninguém passe por baixo esmagamento, tombamento sinalização da área de trabalho
dos garfos levantados, e atentar de cargas e/ou da e organização do local de
a movimentação de empilhadeira trabalho.
trabalhadores na área ao entorno.

8 - Antes de transportar a carga


para outro lugar, observar o
trecho o qual será trafegado de Atenção na área de trabalho,
Atropelamento,
modo evitar superfícies sinalização da área de trabalho
tombamento de cargas e/ou
escorregadias como areia, lama e organização do local de
da empilhadeira
ou pedras. Se inevitável, dirigir trabalho.
devagar.

9 - No ato do transporte, não


transportar cargas mais altas do
que o protetor de carga para
evitar quedas damesma. Não
Quedas de nível, Atenção na área de trabalho,
incline a carga elevada, isto
atropelamento, Sinalização da área de trabalho
podeprovocar o tombamento
tombamentos da carga e/ou e organização do local de
frontal da empilhadeira. Não
da empilhadeira. trabalho.
trafegue sobre obstáculos.
Manusear apenas cargas
estáticas.

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10 - Lembrar que a empilhadeira
é projetada para um só operador.
Não leve caronas e não
ultrapasse outra empilhadeira
trafegando no mesmo sentido.
Conscientizar quanto o
Não se distraia. Olhe sempre Quedas de nível,
transporte correto, atenção na
para onde você está trafegando. atropelamento, risco de
área de trabalho e organização
Utilize a transmissão com acidentes.
na área de trabalho.
suavidade. Evite mudanças de
marcha bruscas. Toque a buzina
nos cruzamentos e em áreas que
você tem a visão prejudicada.

11- Após o transporte, depositar


a carga com bastante cuidado,
Quedas de nível,
para que não venha sofrer Atenção na área de trabalho,
esmagamentos,
avariações tanto na carga como Sinalização da área de trabalho
atropelamento,
na empilhadeira e não permitir e organização do local de
tombamentos da carga e/ou
que o ajudante fique perto da trabalho.
da empilhadeira.
empilhadeira nessa operação

12 - Seguir os procedimentos
acima quantas vezes forem
necessários para a carga,
******** ********
transporte e descarga com
empilhadeira.

13 - Ao Término dos Trabalhos


estacione a empilhadeira em
sempre em área segura e ******** ********
permitida.

 – Procedimento em caso de acidentes, incêndio, mal-estar e doença do


trabalho
 Em caso de acidentes durante a realização dessa atividade: O colaborador deve
solicitar imediatamente a ajuda de outro colaborados mais próximo, avisar o seu supervisor a
fim de providenciar o socorro imediato e avisar ao setor de Segurança do Trabalho.
 Em casos de tombamento da empilhadeira: Caso a empilhadeira tombe
lateralmente, não tente sair enquanto ela estiver em movimento, poderá ficar preso nos
controles. O procedimento correto é: Firme as duas mãos na direção, afaste os joelhos um do
outro, procure apoio para os pés, vire a cabeça para o lado contrário da queda e permaneça
dentro do compartimento do protetor do operador.

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 Em casos de incêndio: Não obstrua nem danifique equipamentos de proteção e
combate a incêndio. Equipamentos de emergência como extintores, hidrantes, macas, entre
outros. Não podem ficar obstruídos por cargas ou outros veículos estacionados. Cada
empilhadeira deve ser equipada com um extintor de incêndio. O operador deve garantir que ele
seja verificado e tenha recebido assistência técnica de acordo com as normas legais vigentes.
Procure familiarizar-se com o manejo dos extintores de incêndio. Combata o fogo com o
extintor instalado na empilhadeira ou nas proximidades (CO2 ou PQS). Comunique
imediatamente os bombeiros se não conseguir apagar as chamas. Em caso de incêndio no
estabelecimento, ao ouvir o alarme de incêndio, encoste imediatamente e pare a empilhadeira,
deixando a pista livre para pedestres. Prossiga após o termino da emergência. Lembre-se que a
prioridade é dos pedestres
 Em caso de sintomas de mal-estar e dores: O colaborador deve imediatamente
suspender sua atividade, comunicar seu superior e o setor de Segurança do Trabalho com o
objetivo de providenciar o auxílio necessário para sanar tal problema e, se necessário
encaminhar para consulta médica especializada e, por fim, avaliar esse está em total condição
de retornar a sua atividade com segurança.
 Em caso de doença do trabalho: O colaborador deve informar o setor de
Segurança do Trabalho para ser encaminhado a consulta com o médico do trabalho da empresa
com a finalidade de investigar e comprovar nexo causal entre a doença e a atividade
desenvolvida.

6.5 – Procedimento para limpeza do posto de trabalho


Com arrumação e limpeza adequadas nos locais ou zonas de trabalho, pode ser
eliminado um grande número de condições de insegurança, origem de múltiplos acidentes,
contribuindo para a segurança no trabalho pelo efeito psicológico exercido sobre os
trabalhadores.

 É responsabilidade do colaborador manter o local de trabalho limpo e


organizado. Cada coisa deve estar no local designado e os objetos que obstruam a passagem
devem ser retirados.
 O material deve ser armazenado maneira adequada ao seu peso e organizado
em local especifico com a finalidade de não atrapalhar o trânsito de pedestres, maquinas e vir
a causar acidentes.
 Os corredores e postos de trabalho devem estar sinalizados.

 Evitar trabalhar com os pisos escorregadios (óleos, gorduras, etc.).


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 A empilhadeira deve estar livre de resíduos de graxas e óleos, os quais por sua
vez, fixam poeiras e outros detritos; e não deve ter em sua superfície quaisquer objetos ou
substancias que venham proporcionar um acidente ou início de incêndio.
 Proceda a limpeza da sua empilhadeira regularmente, usando intervalos de
serviço. Receba e entregue a empilhadeira e o local de trabalho limpo.

6.6 – Condições para a realização do trabalho com empilhadeira


Existem algumas condições fundamentais para a realização do trabalho com
empilhadeira. Caso algumas dessas condições sejam desobedecidas e exista o risco a saúde ou a
integridade física dos trabalhadores, a realização dos serviços será imediatamente interrompida
e o colaborador sofrerá penalidades.
 Os operadores de empilhadeira deverão ser habilitados e qualificados, esses só
poderão dirigir durante o horário de trabalho e portando um cartão de identificação, com nome e
fotografia, em lugar visível. O cartão terá validade de 1(um) ano salvo imprevisto, e para
revalidação, o empregado deverá passar por exame de saúde completo e cursos de aprimoramento
por conta do empregador.
 Todos os operadores e autorizados, quando estiverem operando empilhadeiras,
deverão utilizar obrigatoriamente e independente do setor que circularem, o uniforme da empresa
e todos os EPI’s necessários.
 O operador só deve operar a empilhadeira quando se sentir em boas condições
físicas.
 Nunca opere a empilhadeira com os calçados e/ou mãos molhados ou sujos de
graxa.
 O operador de empilhadeira não pode irritar-se com o trabalho ou com o colega,
a calma é imprescindível para realização de trabalhos com segurança.
 O operador deve ficar alerta enquanto opera a empilhadeira. A falta de atenção
ou distração implica em riscos ao próprio operador, aos outros, a empilhadeira ou a carga.
 O operador deve permaneça sentado todo o tempo que estiver operando a
empilhadeira e conservar a cabeça, braços, mãos, pernas e pés dentro do compartimento do
operador.
 Enquanto estiver dirigindo, não fume.
 Não é permitido iniciar o trabalho com a empilhadeira sem ter deito sua inspeção
visual e preencher o check-list.

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 Durante o carregamento ou descarregamento, não deve ser permitido pessoas
próximo a empilhadeira.
 Nenhuma carga deverá ser levantada utilizando apenas um garfo.
 Nunca transporte outras pessoas na empilhadeira. A empilhadeira não foi
projetada para transportar passageiros. O operador será responsabilizado por qualquer lesão que
o carona venha sofrer em caso de acidente.
 Não é permitido subir nos garfos ou na torre de elevação da empilhadeira. Se
emergencialmente for preciso utilizá-la para isso, use uma gaiola de segurança com guarda corpo
e que fique firmemente fixado aos garfos. O trabalhador que estiver suspenso sobre os garfos
deverá estar equipado com cinto de segurança, cujo o cabo deverá estar ancorado em um ponto
fixo fora da empilhadeira.
 Não permita, em locais fechados, que uma empilhadeira permaneça parada por
longos períodos com o motor em funcionamento. A fumaça e os gases, particularmente em áreas
restritas, podem ser desagradáveis e até perigosos.
 Não sobrecarregue a empilhadeira, colocando cargas que excedam sua capacidade
nominal.
 Nunca use a empilhadeira para empurrar ou rebocar outra empilhadeira,
equipamento ou cargas. O sistema de garfos não foi projetado para ações de empurrar, assim
como os pneus não foram projetados para trabalhos de arraste.
 O operador deve sempre seguir o regulamento de trânsito interno da empresa.
 Desloque em velocidade compatível. As velocidades exageradas dificultam as
manobras de conversões, podem fazer a empilhadeira tombar lateralmente e prejudicam uma
freada emergencial.
 Nunca carregar material solto, este deverá ser transportado em recipientes
próprios ou plataformas com proteção lateral.
 Evite freadas bruscas quando estiver movimentando-se para frente com cargas,
pois a empilhadeira para, mas a carga desliza dos garfos vindo a cair.
 Não use paletes com defeitos ou danificados.
 A disposição da carga não deverá dificultar o transito, a iluminação, o acesso às
saídas de emergência.

6.7 –Particularidades e penalidades

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6.8 Os operadores e autorizados a operar empilhadeiras, devem ser cadastrados na
segurança do trabalho. Nenhum outro funcionário poderá operar empilhadeira se não for
cadastrado e nem estiver portando o cartão de identificação.
A ficha de operação de empilhadeira (anexo B), terá anexada cópias dos resultados
de cada exame, além da Carteira Nacional de Habilitação e certificados de habilitação para
empilhadeiras.
Este procedimento trabalha com o método "ponto a ponto", que estabelece uma
pontuação na ficha do operador (autorizado), cada ocorrência vale um número (vide anexo A),
no acúmulo de 7 pontos o mesmo será advertido por escrito, ressaltando que todas as
ocorrências serão anexadas em seu cadastro.
Cada ocorrência que for constatada, independente da gravidade, o operador deverá
participar do programa de Reorientação de Segurança. Onde o operador ou o autorizado
receberá novamente as orientações básicas de segurança em trinta minutos, sendo obrigatória a
sua participação e liberação por parte de seu líder.
O autorizado ou operador de empilhadeira que chegar ou exceder 21 pontos em seu
prontuário, estará recebendo sua terceira advertência por escrito, podendo assim ser dispensado
por justa causa.
O operador autorizado prestador de serviço terceirizado estará sujeito as mesmas
normas, regras e penalidades do funcionário da empresa.
Cabe ao supervisor da área cobrar dos prestadores de serviço esta documentação e
proibir a operação de empilhadeiras a falta dos mesmos. A segurança do trabalho fiscalizará e
cobrará do terceiro e do supervisor da área.
Os líderes e supervisores também serão penalizados se não cumprirem as normas e
este procedimento. A penalidade aplicada neste caso é igual ao dos operadores e autorizados.
A aplicação de penalidades é de responsabilidade somente da Segurança do
Trabalho, Segurança Patrimonial e da CIPA (qualquer cipeiro), acompanhada do supervisor.

6.9 –Áreas de circulação/sinalização


Em relação as áreas de circulação das empilhadeiras, temos que, alguns pontos
devem ser atendidos a sinalização. A sinalização de trânsito para circulação interna poderá ser
feita utilizando-se as seguintes medidas:
 Placas indicando velocidade máxima;

 Sinalização horizontal demarcando estacionamentos e vias de circulação


internas;

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 Sinalização luminosa de trânsito nos pontos de conflito de circulação (veículos
e pedestres);
 Avisos para os usuários, sobre os riscos do trânsito. Os sinais de trânsito devem
ser claros;
 Espelhos parabólicos para visualização em ângulo.
 Devem ser consideradas instruções sobre buzinar;
 Marcações das entradas com o nome de prédio ou departamento podem ajudar a
evitar movimentos desnecessários de trafego;
 Use barreira dura para separar os pedestres das áreas de tráfego de
empilhadeiras;
 Restringir as pessoas de entrar em áreas onde a empilhadeira está operando;
 Mantenha uma distância segura da empilhadeira sempre que possível;
 Os pedestres devem sempre esperar que o operador de empilhadeira perceba que
ele está na área. Faça contato visual com o operador para garantir que ele o viu;
 Verifique se a área é bem iluminada e não existem obstáculos;
 Seja cauteloso perto de cantos cegos, portas e corredores estreitos. Buzine a
empilhadeira nos cruzamentos;
 Use roupas de alta visibilidade, se tiver que trabalhar em áreas de conflito;
 Limitar velocidade de deslocamento de empilhadeira;
 Não passe sob garfos levantados;
 Se tiver que fazer alguma operação em áreas de grande movimentação de
pessoas, espere para fazer a tarefa em horários de menor movimentação.

6.10 –Verificação e inspeção


O checklist de empilhadeira é utilizado para inspecionar as condições do
equipamento e deve ser preenchido no início de cada turno antes de iniciar a operação a
inspeção deverá ser feita pelo operador. Geralmente, essa inspeção consiste num teste funcional
da empilhadeira, num controle visual a fim de detectar defeitos óbvios dos acessórios. Os
resultados das inspeções regulares deverão ser registrados pelo pessoal que as realizar,
(checklist) que deverá ser obrigatoriamente assinado.
Verifique com atenção esse e outros itens:

 Mau funcionamento dos freios;

 Mau funcionamento da direção;

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 Mau funcionamento da embreagem, câmbio;
 Avaria de montagem do mastro;
 Vazamentos em sistemas ou transmissão hidráulica;
 Falta de dispositivos de segurança, inadequada ou com defeito;
 Os pontos cegos ou obstruções que bloqueiam a visão do operador;
 Painéis de controle e operação.
A fim de garantir uma utilização da empilhadeira sem riscos, esta deverá ser
mantida em perfeitas condições de utilização e operação, de modo a evitar qualquer tipo de
risco eventual. Para tal, é necessário controlar o estado da empilhadeira através de inspeções e
de testes. Os mesmos deverão ser organizados pelo operador e realizados por pessoas
qualificadas.
Após reparações ou alterações importantes antes de funcionar, uma empilhadeira
nova ou uma empilhadeira que tenha sido submetido à manutenção ou alterações significativas,
deverá ser inspecionada e testada. Se o motor não tiver trabalhado durante várias semanas, ou
se o filtro do óleo tiver sido mudado, ligue o motor e deixe-o trabalhar na lenta durante alguns
minutos, antes de utilizar a empilhadeira.
Se em algum momento a empilhadeira estiver falhando ou se houver motivo para
considerá-la insegura, suspenda as operações e informe imediatamente a supervisão;
É proibida toda e qualquer alteração do veículo, especialmente no que se refere aos
dispositivos de segurança.
.
Um serviço de manutenção minucioso e profissional é uma das condições principais
para o bom rendimento e uma utilização segura do veículo. O desleixo no cumprimento regular
dos trabalhos de manutenção pode ocasionar a pane no veículo, além de representar um perigo
potencial tanto para pessoas, como para o trabalho em si. A manutenção e conservação de
veículos industriais só podem ser levadas a efeito por pessoal especializado.

6.11 – Responsabilidades
6.11.1 – Empregador
 Fornecer EPIs adequados para a função;
 Capacitar os operadores;
 Só permitir que funcionários autorizados, opere a empilhadeira;
 Cobrar dos funcionários o bom estado das máquinas;
 Não exigir que os trabalhos sejam feitos com pressa.

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 Prezar pela segurança.

6.11.2 – Supervisor
 Conferir todos os equipamentos a serem utilizados na atividade;
 Avaliar as condições do local e dos funcionários;
 Acompanhar o vencimento dos treinamentos dos operadores;
 Paralisar a atividade quando encontrar alguma irregularidade que coloque
em risco a segurança e a integridade física do colaborador e efetuar punições.

6.11.3 – SESMT:
 Verificar se os profissionais estão qualificados para a operação de
empilhadeira, desde que possuam com bom aproveitamento todos os quesitos constantes deste
procedimento.
 Solicitar e/ou fornecer curso com carga horária mínima de 30 horas, por
entidade e/ou profissional qualificado e credenciado para tal;
 Solicitar e/ou fornecer exames médicos completos para a função;
 Manter o arquivo das Fichas dos operadores sempre atualizado;
 Solicitar e/ou fornecer curso básico de prevenção e combate a incêndio;
 Fornecer identificação para crachá, diferenciando dos demais funcionários,
constando nome, função e prazo de validade, sendo este de um ano.

6.11.4 – Operador de Empilhadeira


 Realizar a atividade seguindo o procedimento;
 Verificar a máquina, se está em condições de operação;
 Utilizar os EPI’s recomendados;
 Manter a segurança nas operações, tendo habilidade no controle da
empilhadeira nos deslocamentos e no armazenamento das cargas.

6.12 – Treinamento
Os operadores de empilhadeiras, além de possuírem boa saúde física e mental,
também devem receber um treinamento obrigatório a fim de habilitar-se para operação com
empilhadeiras. A norma regulamentadora nº 11 (NR 11) aprovada pela portaria 3214 de 08 de
janeiro de 1978 determina que todos os operadores de empilhadeira recebam treinamento

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específico por conta do empregador. Esse treinamento que habilita uma pessoa para a função de
operador. A empresa é responsabilizada, caso possuir em seus quadros de funcionários,
operadores de empilhadeira sem o referido curso. O treinamento na segurança é fundamental
para todos os operadores. O operador deve ser consciente de suas responsabilidades e dos seus
deveres.
O Curso visa capacitar o profissional na área de Transporte, movimentação,
armazenamento e manuseio de materiais, com o objetivo de fornecer instruções e procedimentos
para operar a empilhadeira com segurança e eficiência, de forma a evitar acidentes e preservar as
boas condições do equipamento.
Deve conter:
 Introdução;
 Acidentes do trabalho – causas e consequências;
 Componentes da Empilhadeira: motor, transmissão, embreagem, sistema
hidráulico, painel de instrumentos, etc;
 Conceitos de Segurança do Trabalho: Normas Regulamentadoras / Acidentes;
 Equipamentos de proteção (E.P.C. e E.P.I.);
 Operação da Empilhadeira (prática) com exercícios de dificuldade crescente;
 Manobras diversas;
 Conscientização da Importância do Manual de Instruções;
 Responsabilidades do operador, conforme CBO (Classificação Brasileira de
Ocupações) M.T.E;
 Tipos de Empilhadeiras;
 Prevenção de Acidentes;
 Primeiros Socorros;
 Aulas expositivas e práticas em área separada da produção, ou conforme
indicação SESMT;
 Configuração do espaço para a parte prática com empilhadeira, pallets, tambores,
cones, fitas de isolamento de área, cargas inutilizadas (sucatas etc);
 E.P.I.´s completos conforme S.E.S.M.T;
 Responsabilidades do Operador;
 Checklist– Inspeção diária da Empilhadeira– Tabela de observação diária
Identificação dos instrumentos do painel e componentes;
 Normas Regulamentadoras: NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem
e manuseio de Materiais; NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos NR 17
PO 001-0 15/20
– Ergonomia; NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção;
NR 06 – Equipamentos de Proteção Individual E.P.I;
Ao final do curso, com o objetivo de buscar melhorias, e a pedido da contratada, a
Contratante entregará em até 10 dias úteis uma avaliação do treinamento com sugestões técnicas
do instrutor, dividida em duas partes distintas, a saber:
 Parte I – Indicadores de aspectos individuais de cada participante do evento:
-Assiduidade e Pontualidade – Participação e Desempenho.
 Parte II – Sugestões do instrutor e medidas complementares para a continuidade
do desenvolvimento profissional dos participantes e aprimoramento da sua área: -Treinamentos
complementares; -Práticas a serem adotadas no trabalho; -Recomendações ao superior imediato
do treinando.
Curso Operador de Empilhadeira Elétrica – NR 11
Capacitação participantes sem experiência (carga horária mínima = 40 horas/aula), capacitação
participantes com experiência (carga horária mínima = 16 horas/aula) e atualização (carga
horária mínima = 08 horas/aula).
Será expedido o Certificado para cada participante que atingir o aproveitamento
mínimo de 70% (teórico e prático) conforme preconiza as Normas Regulamentadoras.
Atualização (Reciclagem): É recomendável anualmente ou se ocorrer evento que
indique a necessidade de atualização.

7 – REGISTROS
 Cadastro de Trabalhador Capacitado e Autorizados;
 Ficha de Operação de Empilhadeiras

8-– HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES


VERSÃO DATA RESUMODAS ALTERAÇÕES
00 22/02/2017 1.Emissão inicial do documento.

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9 - ANEXOS:

ANEXO A - QUADRO DE PENALIDADES

Leve 2 pontos
Grave 4 pontos
Gravíssima 6 pontos

As penalidades leves: São aquelas que podem vir a danificar os materiais que
serão transportados e armazenados.
As penalidades graves: São aquelas que além de danificar os materiais que serão
transportados e armazenados, podem vir a causar riscos ao operador.
As penalidades gravíssimas: São aquelas que além de danificar os materiais,
causar riscos aos operados, podem causar acidentes entre pedestres e outros colaboradores.

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ANEXO B - FIXA DE OPERAÇÃO DE EMPILHADEIRA

FICHA DE OPERAÇÃO DE MPILHADEIRA


NOME: REGISTRO: C.CUSTO:

ENDEREÇO: BAIRRO: ADMISSÃO:

FOTO 3X4
CIDADE: TELEFONE DATA NASCIMENTO:

CNH: VALIDADE CONCLUSÃO DO CURSO

CATEGORIA:

AUTORIZADO A OPERAR EMPILHADEIRA


AUDIOMETRIA EXAME VENCIMENTO

OFTAMOLÓGICO

CLÍNICO/PERIÓDICO

PENALIDADES
DATA: GRAVIDADE:: PONTOS: ASSINATURA DO ASSINATURA DA
FUNCIONÁRIOS: SUPERVISÃO:

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VERSO DA FICHA

OCORRÊNCIAS
DATA: OCORRÊNCIAS: DATA: OCORRÊNCIAS:

PARECER MÉDICO
DATA: ANOTAÇÕES: ASSINATURA:

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ANEXO C - FIXA DE CHECK LIST DE EMPILHADEIRA

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