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VADE MECUM PAULISTA 2.

Direito Constitucional
Constituição Estadual
Lei 11.377/2003

Direito Pessoal
Lei 10.261/1968
LC 924/2002
Decreto 54.376/2009
LC 1179/2012
LC 1093/2009
LC 500/1974
LC 1270/2015

Direito Previdenciário
Emendas Constitucionais (referências)
Lei 9717/1998 Lei 14.653/2011
LC 1010/2007
LC 180/1978
LC 1012/2007
Decreto 52.859/2008
LC 1013/2007
Decreto 52.860/2008
Direito Ambeintal
LC 140/2011
Lei 9209/1997
Lei 13.507/2009
Lei 12.300/2006

Direito Tributário

Lei 13.296/2008
Lei 10.705/2000
Lei 6.374/1989
Lei 12.799/2008
Lei 13.457/209
Lei 13.160/2008

Direito Financeiro
Decreto 6021/2007

Obra atualizada com base no Vade Mecum Paulista disponibilizado pela Profª Thaís Souza
A

Ficha informativa
Texto com alterações
CONSTITUIÇÃO ESTADUAL, DE 05 DE OUTUBRO DE 1989
(Atualizada até a Emenda Constitucional nº 45, de 18 de dezembro de 2017)

CONSTITUIÇÃO ESTADUAL, DE 05 DE OUTUBRO DE 1989.

PREÂMBULO

O Povo Paulista, invocando a proteção de Deus, e inspirado nos princípios constitucionais da


República e no ideal de a todos assegurar justiça e bem-estar, decreta e promulga, por seus
representantes, a CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO.

TÍTULO I
Dos Fundamentos do Estado

Artigo 1º - O Estado de São Paulo, integrante da República Federativa do Brasil, exerce as


competências que não lhe são vedadas pela Constituição Federal.
Artigo 2º - A lei estabelecerá procedimentos judiciários abreviados e de custos reduzidos para as
ações cujo objeto principal seja a salvaguarda dos direitos e liberdades fundamentais.
Artigo 3º - O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que declararem
insuficiência de recursos.
Artigo 4º - Nos procedimentos administrativos, qualquer que seja o objeto, observar-se-ão, entre
outros requisitos de validade, a igualdade entre os administrados e o devido processo legal,
especialmente quanto à exigência da publicidade, do contraditório, da ampla defesa e do
despacho ou decisão motivados.

TÍTULO II
Da Organização dos Poderes
CAPÍTULO I
Disposições Preliminares

Artigo 5º - São Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o


Executivo e o Judiciário.
§1º - É vedado a qualquer dos Poderes delegar atribuições.
§2º - O cidadão, investido na função de um dos Poderes, não poderá exercer a de outro, salvo as
exceções previstas nesta Constituição.
Artigo 6º - O Município de São Paulo é a Capital do Estado.
Artigo 7º - São símbolos do Estado a bandeira, o brasão de armas e o hino.
Artigo 8º - Além dos indicados no artigo 26 da Constituição Federal, incluem-se entre os bens do
Estado os terrenos reservados às margens dos rios e lagos do seu domínio.

CAPÍTULO II
Do Poder Legislativo
SEÇÃO I
Da Organização do Poder Legislativo
Artigo 9º - O Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa, constituída de Deputados,
eleitos e investidos na forma da legislação federal, para uma legislatura de quatro anos.
§1º - A Assembleia Legislativa reunir-se-á, em sessão legislativa anual, independentemente de
convocação, de 1º de fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro.
§2º - No primeiro ano da legislatura a Assembleia Legislativa reunir-se-á, da mesma forma, em
sessões preparatórias, a partir de 15 de março, para a posse de seus membros e eleição da
Mesa. (NR)
- § 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 11/11/1996.
§3º - As reuniões marcadas para as datas fixadas no § 1º serão transferidas para o primeiro dia
útil subsequente, quando recaírem em sábado, domingo ou feriado.
§4º - A sessão legislativa não será interrompida sem aprovação do projeto de lei de diretrizes
orçamentárias e sem deliberação sobre o projeto de lei do orçamento e sobre as contas prestadas
pelo Governador, referentes ao exercício anterior. (NR)
- § 4º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 5, de 18/12/1998.
§5º - A convocação extraordinária da Assembleia Legislativa far-se-á:
1 - pelo Presidente, nos seguintes casos:
a) decretação de estado de sítio ou de estado de defesa que atinja todo ou parte do território
estadual;
b) intervenção no Estado ou em Município;
c) recebimento dos autos de prisão de Deputado, na hipótese de crime inafiançável.
2 - pela maioria absoluta dos membros da Assembleia Legislativa ou pelo Governador, em caso de
urgência ou interesse público relevante.
§6º - Na sessão legislativa extraordinária, a Assembleia Legislativa somente deliberará sobre a
matéria para a qual foi convocada, vedado o pagamento de parcela indenizatória de valor superior
ao subsídio mensal. (NR)
- § 6º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 10 - A Assembleia Legislativa funcionará em sessões públicas, presente, nas sessões
deliberativas, pelo menos um quarto de seus membros e, nas sessões exclusivamente de
debates, pelo menos um oitavo de seus membros. (NR)
- Artigo 10, "caput", com redação dada pela Emenda Constitucional nº 36, de 17/05/2012.
§1º - Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações da Assembleia Legislativa e de
suas Comissões serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus
membros.
§2º - O voto será público. (NR)
- § 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 12, de 28/06/2001.
Artigo 11 - Os membros da Mesa e seus substitutos serão eleitos para um mandato de dois anos.
§1º - A eleição far-se-á, em primeiro escrutínio, pela maioria absoluta da Assembleia Legislativa.
§2º - É vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente.
Artigo 12 - Na constituição da Mesa e das Comissões assegurar-se-á, tanto quanto possível, a
representação proporcional dos partidos políticos com assento na Assembleia Legislativa.
Artigo 13 - A Assembleia Legislativa terá Comissões permanentes e temporárias, na forma e com
as atribuições previstas no Regimento Interno.
§1º - Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
1 - discutir e votar projetos de lei que dispensarem, na forma do Regimento Interno, a competência
do Plenário, salvo se houver, para decisão deste, requerimento de um décimo dos membros da
Assembleia Legislativa;
2 - convocar Secretário de Estado, sem prejuízo do disposto no artigo 52-A, para prestar
pessoalmente, no prazo de 30 (trinta) dias, informações sobre assunto previamente determinado,
importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada; (NR)
- Item 2 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 27, de 15/06/2009.
3 - convocar dirigentes de autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e
fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público, para prestar informações sobre assuntos de
área de sua competência, previamente determinados, no prazo de trinta dias, sujeitando-se, pelo
não comparecimento sem justificação adequada, às penas da lei;
4 - convocar o Procurador-Geral de Justiça, o Procurador-Geral do Estado e o Defensor Público-
Geral, para prestar informações a respeito de assuntos previamente fixados, relacionados com a
respectiva área;
5 - acompanhar a execução orçamentária;
6 - realizar audiências públicas dentro ou fora da sede do Poder Legislativo;
7 - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou
omissões das autoridades ou entidades públicas;
8 - velar pela completa adequação dos atos do Poder Executivo que regulamentem dispositivos
legais;
9 - tomar o depoimento de autoridade e solicitar o de cidadão;
10 - fiscalizar e apreciar programas de obras, planos estaduais, regionais e setoriais de
desenvolvimento e, sobre eles, emitir parecer;
11 - convocar representantes de empresa resultante de sociedade desestatizada e representantes
de empresa prestadora de serviço público concedido ou permitido, para prestar informações sobre
assuntos de sua área de competência, previamente determinados, no prazo de 30 (trinta) dias,
sujeitando-se, pelo não comparecimento sem adequada justificação, às penas da lei. (NR)
- Item 11 acrescentado pela Emenda Constitucional nº 10, de 20/02/2001.
§2º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento Interno, serão criadas mediante
requerimento de um terço dos membros da Assembleia Legislativa, para apuração de fato
determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, quando for o caso, encaminhadas aos
órgãos competentes do Estado para que promovam a responsabilidade civil e criminal de quem de
direito.
§3º - O Regimento Interno disporá sobre a competência da Comissão representativa da
Assembleia Legislativa que funcionará durante o recesso, quando não houver convocação
extraordinária.
§4º - Aplicam-se ao Conselho de Defesa das Prerrogativas Parlamentares da Assembleia
Legislativa as competências previstas nos itens 2, 3, 7 e 11 do § 1º deste artigo, para apuração de
fatos e informações estritamente afetos à inobservância ou infringência das prerrogativas das
Deputadas e Deputados. (NR)
- § 4º acrescentado pela Emenda Constitucional nº 42, de 15/10/2015.

SEÇÃO II
Dos Deputados

Artigo 14 - Os Deputados são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos. (NR)
- Artigo 14, "caput", com redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 12/03/2002.
§1º - Os Deputados, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o
Tribunal de Justiça. (NR)
- § 1º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§2º - Desde a expedição do diploma, os membros da Assembleia Legislativa não poderão ser
presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de
vinte e quatro horas à Assembleia Legislativa, para que, pelo voto da maioria de seus membros,
resolva sobre a prisão. (NR)
§3º - Recebida a denúncia contra Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Tribunal de
Justiça dará ciência à Assembleia Legislativa que, por iniciativa de partido político nela
representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o
andamento da ação. (NR)
§4º - O pedido de sustação será apreciado pela Assembleia Legislativa no prazo improrrogável de
quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. (NR)
§5º - A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato. (NR)
§6º - Os Deputados não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou
prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles
receberam informações. (NR)
§7º - A incorporação às Forças Armadas de Deputados, embora militares e ainda que em tempo
de guerra, dependerá de prévia licença da Assembléia Legislativa. (NR)
§8º - As imunidades de Deputados subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser
suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Assembléia Legislativa, nos casos de
atos praticados fora do recinto dessa Casa, que sejam incompatíveis com a execução da
medida. (NR)
- §§ 2º ao 8º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 12/03/2002.
§9º - O Deputado ou a Deputada, sempre que representando uma das Comissões Permanentes,
Comissões Parlamentares de Inquérito ou a Assembleia Legislativa, neste último caso mediante
deliberação do Plenário, terá livre acesso às repartições públicas, podendo diligenciar
pessoalmente junto aos órgãos da administração direta e indireta e agências reguladoras,
sujeitando-se os respectivos responsáveis às sanções civis, administrativas e penais previstas em
lei, na hipótese de recusa ou omissão. (NR)
- § 9º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 31, de 21/10/2009.
§9º-A - Suprimido.
- § 9º-A suprimido pela Emenda Constitucional nº 31, de 21/10/2009.
§10 - No caso de inviolabilidade por quaisquer opiniões, palavras, votos e manifestações verbais
ou escritas de deputado em razão de sua atividade parlamentar, impende-se o arquivamento de
inquérito policial e o imediato não-conhecimento de ação civil ou penal promovida com
inobservância deste direito do Poder Legislativo, independentemente de prévia comunicação ao
deputado ou à Assembleia Legislativa. (NR)
§11 - Salvo as hipóteses do § 10, os procedimentos investigatórios e as suas diligências de caráter
instrutório somente serão promovidos perante o Tribunal de Justiça, e sob seu controle, a quem
caberá ordenar toda e qualquer providência necessária à obtenção de dados probatórios para
demonstração de alegado delito de deputado. (NR)
- §§ 10 e 11 acrescentados pela Emenda Constitucional nº 15, de 15/05/2002.
Artigo 15 - Os Deputados não poderão:
I - desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública,
sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o
contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, incluindo os de que sejam
demissíveis “ad nutum”, nas entidades constantes da alínea anterior;
II - desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de
contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis “ad nutum”, nas entidades referidas na
alínea “a” do inciso I;
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere a alínea “a”
do inciso I;
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato eletivo federal, estadual ou municipal.
Artigo 16 - Perderá o mandato o Deputado:
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça-parte das sessões ordinárias,
salvo licença ou missão autorizada pela Assembleia Legislativa;
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição Federal;
VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. (NR)
- A expressão "nos crimes apenados com reclusão, atentatórios ao decoro parlamentar", acrescentada ao inciso VI pela
Emenda Constitucional nº 18, de 30/03/2004, foi declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da
ADI nº 3200/2004, julgada em 22/05/2014.
§1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no Regimento Interno, o
abuso das prerrogativas asseguradas ao Deputado ou a percepção de vantagens indevidas.
§2º - Nos casos dos incisos I, II e VI deste artigo, a perda do mandato será decidida pela
Assembleia Legislativa, por votação nominal e maioria absoluta, mediante provocação da Mesa ou
de partido político representado no Legislativo, assegurada ampla defesa. (NR)
- § 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 11, de 28/06/2001.
§3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa, de ofício ou
mediante provocação de qualquer dos membros da Assembleia Legislativa ou de partido político
nela representado, assegurada ampla defesa.
Artigo 17 - Não perderá o mandato o Deputado:
I - investido na função de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do
Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou Chefe de Missão Diplomática temporária;
II - licenciado pela Assembleia Legislativa por motivo de doença ou para tratar, sem subsídio, de
interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por
sessão legislativa. (NR)
- Inciso II com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§1º - O Suplente será convocado, nos casos de vaga, com a investidura nas funções previstas
neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias.
§2º - Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição, se faltarem mais de quinze meses
para o término do mandato.
§3º - Na hipótese do inciso I deste artigo, o Deputado poderá optar pelo subsídio fixado aos
parlamentares estaduais. (NR)
- § 3º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 18 - O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembleia
Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie,
para os Deputados Federais, observado o que dispõem os artigos 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153,
III, e 153, § 2º, I, da Constituição Federal. (NR)
- Artigo 18, "caput", com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Parágrafo único - Os Deputados farão declaração pública de bens, no ato da posse e no término
do mandato.

SEÇÃO III
Das Atribuições do Poder Legislativo

Artigo 19 - Compete à Assembleia Legislativa, com a sanção do Governador, dispor sobre todas
as matérias de competência do Estado, ressalvadas as especificadas no artigo 20, e
especialmente sobre:
I - sistema tributário estadual, instituição de impostos, taxas, contribuições de melhoria e
contribuição social;
II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida
pública e empréstimos externos, a qualquer título, pelo Poder Executivo;
III - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que
estabelece o artigo 47, XIX, “b”; (NR)
- Inciso III com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
IV - autorização para a alienação de bens imóveis do Estado ou a cessão de direitos reais a eles
relativos, bem como o recebimento, pelo Estado, de doações com encargo, não se considerando
como tal a simples destinação específica do bem;
V - autorização para cessão ou para concessão de uso de bens imóveis do Estado para
particulares, dispensado o consentimento nos casos de permissão e autorização de uso,
outorgada a título precário, para atendimento de sua destinação específica;
VI - criação e extinção de Secretarias de Estado e órgãos da administração pública; (NR)
- Inciso VI com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
VII - bens do domínio do Estado e proteção do patrimônio público;
VIII - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público, da Defensoria Pública e da
Procuradoria Geral do Estado;
IX - normas de direito financeiro.
Artigo 20 - Compete, exclusivamente, à Assembleia Legislativa:
I - eleger a Mesa e constituir as Comissões;
II - elaborar seu Regimento Interno;
III - dispor sobre a organização de sua Secretaria, funcionamento, polícia, criação, transformação
ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços e a iniciativa de lei para fixação da
respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias; (NR)
- Inciso III com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
IV - dar posse ao Governador e ao Vice-Governador eleitos e conceder-lhes licença para
ausentar-se do Estado, por mais de quinze dias;
V - apresentar projeto de lei para fixar, para cada exercício financeiro, os subsídios do Governador,
do Vice-Governador, dos Secretários de Estado e dos Deputados Estaduais; (NR)
- Inciso V com redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 08/04/2005.
VI - tomar e julgar, anualmente, as contas prestadas pela Mesa da Assembleia Legislativa, pelo
Governador e pelo Presidente do Tribunal de Justiça, respectivamente, do Poder Legislativo, do
Poder Executivo e do Poder Judiciário, e apreciar os relatórios sobre a execução dos Planos de
Governo;
VII - decidir, quando for o caso, sobre intervenção estadual em Município;
VIII - autorizar o Governador a efetuar ou contrair empréstimos, salvo com Município do Estado,
suas entidades descentralizadas e órgãos ou entidades federais;
IX - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar;
X - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, inclusive os da administração
descentralizada;
XI - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas do Estado, após arguição em sessão
pública;
XII - aprovar previamente, após argüição em sessão pública, a escolha dos titulares dos cargos de
Conselheiros do Tribunal de Contas, indicados pelo Governador do Estado; (NR)
- Inciso XII com redação dada pela Emenda Constitucional nº 12, de 28/06/2001.
XIII - suspender, no todo ou em parte, a execução de lei ou ato normativo declarado
inconstitucional em decisão irrecorrível do Tribunal de Justiça;
XIV - convocar Secretários de Estado, dirigentes, diretores e Superintendentes de órgãos da
administração pública indireta e fundacional e Reitores das universidades públicas estaduais para
prestar, pessoalmente, informações sobre assuntos previamente determinados, no prazo de trinta
dias, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificativa; (NR)
- Inciso XIV com redação dada pela Emenda Constitucional nº 9, de 19/05/2000.
- Inciso XIV ver STF - ADI nº 5289/2015.
XV - convocar o Procurador-Geral de Justiça, o Procurador-Geral do Estado e o Defensor Público-
Geral, para prestar informações sobre assuntos previamente determinados, no prazo de trinta
dias, sujeitando-se às penas da lei, na ausência sem justificativa;
XVI - requisitar informações dos Secretários de Estado, dirigentes, diretores e superintendentes de
órgãos da administração pública indireta e fundacional, do Procurador-Geral de Justiça, dos
Reitores das universidades públicas estaduais e dos diretores de Agência Reguladora sobre
assunto relacionado com sua pasta ou instituição, importando crime de responsabilidade não só a
recusa ou o não atendimento, no prazo de trinta dias, bem como o fornecimento de informações
falsas; (NR)
- Inciso XVI com redação dada pela Emenda Constitucional nº 24, de 23/01/2008.
- Inciso XVI ver STF - ADI nº 4052/2008 e nº 5289/2015.
XVII - declarar a perda do mandato do Governador;
XVIII - autorizar referendo e convocar plebiscito, exceto nos casos previstos nesta Constituição;
XIX - autorizar ou aprovar convênios, acordos ou contratos de que resultem para o Estado
encargos não previstos na lei orçamentária;
XX - mudar temporariamente sua sede;
XXI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa de
outros Poderes;
XXII - solicitar intervenção federal, se necessário, para assegurar o livre exercício de suas
funções;
XXIII - destituir o Procurador-Geral de Justiça, por deliberação da maioria absoluta de seus
membros;
XXIV - solicitar ao Governador, na forma do Regimento Interno, informações sobre atos de sua
competência privativa, bem como ao Presidente do Tribunal de Justiça, informações de natureza
eminentemente administrativa;
- Inciso XXIV com redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, de 17/09/2015.
XXV - receber a denúncia e promover o respectivo processo, no caso de crime de
responsabilidade do Governador do Estado;
XXVI - apreciar, anualmente, as contas do Tribunal de Contas.

SEÇÃO IV
Do Processo Legislativo
Artigo 21 - O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emenda à Constituição;
II - lei complementar;
III - lei ordinária;
IV - decreto legislativo;
V - resolução.
Artigo 22 - A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Assembleia Legislativa;
II - do Governador do Estado;
III - de mais de um terço das Câmaras Municipais do Estado, manifestando-se, cada uma delas,
pela maioria relativa de seus membros;
IV - de cidadãos, mediante iniciativa popular assinada, no mínimo, por um por cento dos eleitores.
§1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de estado de defesa ou de estado de
sítio.
§2º - A proposta será discutida e votada em dois turnos, considerando-se aprovada quando
obtiver, em ambas as votações, o voto favorável de três quintos dos membros da Assembleia
Legislativa.
§3º - A emenda à Constituição será promulgada pela Mesa da Assembleia Legislativa, com o
respectivo número de ordem.
§4º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada não poderá ser objeto de nova
proposta na mesma sessão legislativa.
Artigo 23 - As leis complementares serão aprovadas pela maioria absoluta dos membros da
Assembleia Legislativa, observados os demais termos da votação das leis ordinárias.
Parágrafo único - Para os fins deste artigo, consideram-se complementares:
1 - a Lei de Organização Judiciária;
2 - a Lei Orgânica do Ministério Público;
3 - a Lei Orgânica da Procuradoria Geral do Estado;
4 - a Lei Orgânica da Defensoria Pública;
5 - a Lei Orgânica da Polícia Civil;
6 - a Lei Orgânica da Polícia Militar;
7 - a Lei Orgânica do Tribunal de Contas;
8 - a Lei Orgânica das Entidades Descentralizadas;
9 - a Lei Orgânica do Fisco Estadual;
10 - os Estatutos dos Servidores Civis e dos Militares;
11 - o Código de Educação;
12 - o Código de Saúde;
13 - o Código de Saneamento Básico;
14 - o Código de Proteção ao Meio Ambiente;
15 - o Código Estadual de Proteção contra Incêndios e Emergências;
16 - a Lei sobre Normas Técnicas de Elaboração Legislativa;
17 - a Lei que institui regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões;
18 - a Lei que impuser requisitos para a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de
Municípios ou para a sua classificação como estância de qualquer natureza.
Artigo 24 - A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou
Comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao
Procurador-Geral de Justiça e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
§1º - Compete, exclusivamente, à Assembleia Legislativa a iniciativa das leis que disponham
sobre:
1 - criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios; (NR)
2 - regras de criação, organização e supressão de distritos nos Municípios. (NR)
- Itens 1 e 2 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 2, de 21/02/1995.
3 - subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado, observado o que
dispõem os artigos 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I, da Constituição Federal. (NR)
- Item 3 acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
4 - declaração de utilidade pública de entidades de direito privado. (NR)
- Item 4 acrescentado pela Emenda Constitucional nº 24, de 23/01/2008.
- Item 4 ver STF - ADI nº 4052/2008.
§2º - Compete, exclusivamente, ao Governador do Estado a iniciativa das leis que disponham
sobre:
1 - criação e extinção de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e
autárquica, bem como a fixação da respectiva remuneração;
2 - criação e extinção das Secretarias de Estado e órgãos da administração pública, observado o
disposto no artigo 47, XIX; (NR)
- Item 2 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
3 - organização da Procuradoria Geral do Estado e da Defensoria Pública do Estado, observadas
as normas gerais da União;
4 - servidores públicos do Estado, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e
aposentadoria; (NR)
5 - militares, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração,
reforma e transferência para inatividade, bem como fixação ou alteração do efetivo da Polícia
Militar; (NR)
- Itens 4 e 5 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
6 - criação, alteração ou supressão de cartórios notariais e de registros públicos.
- Item 6 ver STF - ADI nº 4223/2009.
§3º - O exercício direto da soberania popular realizar-se-á da seguinte forma:
1 - a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação de projeto de lei subscrito por, no
mínimo, cinco décimos de unidade por cento do eleitorado do Estado, assegurada a defesa do
projeto, por representante dos respectivos responsáveis, perante as Comissões pelas quais
tramitar;
2 - um por cento do eleitorado do Estado poderá requerer à Assembleia Legislativa a realização de
referendo sobre lei;
3 - as questões relevantes aos destinos do Estado poderão ser submetidas a plebiscito, quando
pelo menos um por cento do eleitorado o requerer ao Tribunal Regional Eleitoral, ouvida a
Assembleia Legislativa;
4 - o eleitorado referido nos itens anteriores deverá estar distribuído em, pelo menos, cinco dentre
os quinze maiores Municípios com não menos que dois décimos de unidade por cento de eleitores
em cada um deles;
5 - não serão suscetíveis de iniciativa popular matérias de iniciativa exclusiva, definidas nesta
Constituição;
6 - o Tribunal Regional Eleitoral, observada a legislação federal pertinente, providenciará a
consulta popular prevista nos itens 2 e 3, no prazo de sessenta dias.
§4º - Compete, exclusivamente, ao Tribunal de Justiça a iniciativa das leis que disponham sobre:
1 - criação e extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que
lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, incluído o
Tribunal de Justiça Militar; (NR)
- Item 1 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
2 - organização e divisão judiciárias, bem como criação, alteração ou supressão de ofícios e
cartórios judiciários.
§5º - Não será admitido o aumento da despesa prevista:
1 - nos projetos de iniciativa exclusiva do Governador, ressalvado o disposto no artigo 174, §§ 1º e
2º;
2 - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Assembleia Legislativa, do
Poder Judiciário e do Ministério Público.
§ 6º - Dispositivo com eficácia suspensa, por decisão liminar em Ação Direta de
Inconstitucionalidade.
- Em 02/08/2017, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, nos autos da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº
2073870-54.2017.8.26.0000, concedeu decisão liminar para suspender, com efeito "ex nunc", a eficácia da Emenda
Constitucional nº 43, de 10/11/2016, que acrescentou o § 6º.
Artigo 25 - Nenhum projeto de lei que implique a criação ou o aumento de despesa pública será
sancionado sem que dele conste a indicação dos recursos disponíveis, próprios para atender aos
novos encargos.
Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica a créditos extraordinários.
Artigo 26 - O Governador poderá solicitar que os projetos de sua iniciativa tramitem em regime de
urgência.
Parágrafo único - Se a Assembléia Legislativa não deliberar em até quarenta e cinco dias, o
projeto será incluído na ordem do dia até que se ultime sua votação. (NR)
- Parágrafo único com redação dada pela Emenda Constitucional nº 22, de 25/05/2006.
Artigo 27 - O Regimento Interno da Assembleia Legislativa disciplinará os casos de decreto
legislativo e de resolução cuja elaboração, redação, alteração e consolidação serão feitas com
observância das mesmas normas técnicas relativas às leis.
Artigo 28 - Aprovado o projeto de lei, na forma regimental, será ele enviado ao Governador que,
aquiescendo, o sancionará e promulgará.
§1º - Se o Governador julgar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao
interesse público, veta-lo-á, total ou parcialmente, dentro de quinze dias úteis, contados da data do
recebimento, comunicando, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente da Assembleia
Legislativa, o motivo do veto.
§2º - O veto parcial deverá abranger, por inteiro, o artigo, o parágrafo, o inciso, o item ou alínea.
§3º - Sendo negada a sanção, as razões do veto serão comunicadas ao Presidente da Assembleia
Legislativa e publicadas se em época de recesso parlamentar.
§4º - Decorrido o prazo, em silêncio, considerar-se-á sancionado o projeto, sendo obrigatória a
sua promulgação pelo Presidente da Assembleia Legislativa no prazo de dez dias.
§5º - A Assembleia Legislativa deliberará sobre a matéria vetada, em único turno de votação e
discussão, no prazo de trinta dias de seu recebimento, considerando-se aprovada quando obtiver
o voto favorável da maioria absoluta de seus membros.
§6º - Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no § 5º, o veto será incluído na ordem do
dia da sessão imediata, até sua votação final. (NR)
- § 6º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 22, de 25/05/2006.
§7º - Se o veto for rejeitado, será o projeto enviado para promulgação, ao Governador.
§8º - Se, na hipótese do § 7º, a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo
Governador, o Presidente da Assembleia Legislativa promulgará e, se este não o fizer, em igual
prazo, caberá ao Primeiro Vice-Presidente fazê-lo.
Artigo 29 - A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá ser renovada, na
mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Assembleia
Legislativa. (NR)
- A expressão “Ressalvados os projetos de iniciativa exclusiva”, que iniciava o dispositivo, foi declarada inconstitucional
pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI nº 1546/1996, julgada em 03/12/1998.

SEÇÃO V
Da Procuradoria da Assembleia Legislativa

Artigo 30 - À Procuradoria da Assembleia Legislativa compete exercer a representação judicial, a


consultoria e o assessoramento técnico-jurídico do Poder Legislativo.
Parágrafo único - Lei de iniciativa da Mesa da Assembleia Legislativa organizará a Procuradoria
da Assembleia Legislativa, observados os princípios e regras pertinentes da Constituição Federal
e desta Constituição, disciplinará sua competência e disporá sobre o ingresso na classe inicial,
mediante concurso público de provas e títulos.

SEÇÃO VI
Do Tribunal de Contas

Artigo 31 - O Tribunal de Contas do Estado, integrado por sete Conselheiros, tem sede na Capital
do Estado, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território estadual, exercendo, no que
couber, as atribuições previstas no artigo 96 da Constituição Federal.
§1º - Os Conselheiros do Tribunal serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes
requisitos:
1 - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;
2 - idoneidade moral e reputação ilibada;
3 - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração
pública;
4 - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija
conhecimentos mencionados no item anterior.
§2º - Os Conselheiros do Tribunal serão escolhidos na seguinte ordem, sucessivamente: (NR)
1 - dois terços pela Assembleia Legislativa; (NR)
2 - um terço pelo Governador do Estado, com aprovação pela Assembleia Legislativa, observadas
as regras contidas no inciso I do § 2º do artigo 73 da Constituição Federal. (NR)
- § 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 33, de 01/11/2011.
§3º - Os Conselheiros terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos e subsídios dos
Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado, aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e
pensão, as normas constantes do artigo 40 da Constituição Federal e do artigo 126 desta
Constituição. (NR)
- § 3º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§4º - Os Conselheiros, nas suas faltas e impedimentos, serão substituídos na forma determinada
em lei, depois de aprovados os substitutos, pela Assembleia Legislativa.
§5º - Os Substitutos de Conselheiros, quando no efetivo exercício da substituição, terão as
mesmas garantias e impedimentos do titular.
§6º - Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado farão declaração pública de bens, no ato
da posse e no término do exercício do cargo.

SEÇÃO VII
Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária

Artigo 32 - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Estado,


das entidades da administração direta e indireta e das fundações instituídas ou mantidas pelo
Poder Público, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação de subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pela Assembleia Legislativa, mediante controle externo, e pelo
sistema de controle interno de cada Poder.
Parágrafo único - Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, de direito público ou de
direito privado que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores
públicos ou pelos quais o Estado responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de
natureza pecuniária.
Artigo 33 - O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, será exercido com auxílio do
Tribunal de Contas do Estado, ao qual compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Governador do Estado, mediante parecer prévio
que deverá ser elaborado em sessenta dias, a contar do seu recebimento;
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores
públicos da administração direta e autarquias, empresas públicas e sociedades de economia
mista, incluídas as fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público estadual, e as contas
daqueles que derem perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário;
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título,
na administração direta e autarquias, empresas públicas e empresas de economia mista, incluídas
as fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo
de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e
pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato
concessório;
IV - avaliar a execução das metas previstas no plano plurianual, nas diretrizes orçamentárias e no
orçamento anual;
V - realizar, por iniciativa própria, da Assembleia Legislativa, de comissão técnica ou de inquérito,
inspeções e auditoria de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas
unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, do Ministério Público e
demais entidades referidas no inciso II;
VI - fiscalizar as aplicações estaduais em empresas de cujo capital social o Estado participe de
forma direta ou indireta, nos termos do respectivo ato constitutivo;
VII - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados ao Estado e pelo Estado, mediante
convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres;
VIII - prestar as informações solicitadas pela Assembleia Legislativa ou por comissão técnica
sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre
resultados de auditorias e inspeções realizadas;
IX - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as
sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano
causado ao erário;
X - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada a ilegalidade;
XI - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Assembleia
Legislativa;
XII - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados;
XIII - emitir parecer sobre a prestação anual de contas da administração financeira dos Municípios,
exceto a dos que tiverem Tribunal próprio;
XIV - comunicar à Assembleia Legislativa qualquer irregularidade verificada nas contas ou na
gestão públicas, enviando-lhe cópia dos respectivos documentos.
§1º - No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pela Assembleia
Legislativa que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo, as medidas cabíveis.
§2º - Se a Assembleia Legislativa ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as
medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.
§3º - O Tribunal encaminhará à Assembleia Legislativa, trimestral e anualmente, relatório de suas
atividades.
Artigo 34 - A Comissão a que se refere o artigo 33, inciso V, diante de indícios de despesas não
autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não
aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias,
preste os esclarecimentos necessários.
§1º - Não prestados os esclarecimentos, ou considerados esses, insuficientes, a Comissão
solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.
§2º - Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar
dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá à Assembleia Legislativa sua
sustação.
Artigo 35 - Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema
de controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos do Estado;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto à eficácia e eficiência da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração estadual, bem
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle sobre o deferimento de vantagens e a forma de calcular qualquer parcela
integrante do subsídio, vencimento ou salário de seus membros ou servidores; (NR)
- Inciso III com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
IV - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres do Estado;
V - apoiar o controle externo, no exercício de sua missão institucional.
§1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade,
ilegalidade, ou ofensa aos princípios do artigo 37 da Constituição Federal, dela darão ciência ao
Tribunal de Contas do Estado, sob pena de responsabilidade solidária.
§2º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou entidade sindical é parte legítima para, na
forma da lei, denunciar irregularidades ao Tribunal de Contas ou à Assembleia Legislativa.
Artigo 36 - O Tribunal de Contas prestará suas contas, anualmente, à Assembleia Legislativa, no
prazo de sessenta dias, a contar da abertura da sessão legislativa.

CAPÍTULO III
Do Poder Executivo
SEÇÃO I
Do Governador e Vice-Governador do Estado

Artigo 37 - O Poder Executivo é exercido pelo Governador do Estado, eleito para um mandato de
quatro anos, podendo ser reeleito para um único período subsequente, na forma estabelecida na
Constituição Federal. (NR)
- Artigo 37 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 38 - Substituirá o Governador, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o
Vice-Governador.
Parágrafo único - O Vice-Governador, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei
complementar, auxiliará o Governador, sempre que por ele convocado para missões especiais.
Artigo 39 - A eleição do Governador e do Vice-Governador realizar-se-á no primeiro domingo de
outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano
anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de
janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no artigo 77 da Constituição
Federal. (NR)
- Artigo 39 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 40 - Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, ou vacância dos
respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Governança o Presidente da
Assembleia Legislativa e o Presidente do Tribunal de Justiça.
Artigo 41 - Vagando os cargos de Governador e Vice-Governador, far-se-á eleição noventa dias
depois de aberta a última vaga.
§1º - Ocorrendo a vacância no último ano do período governamental, aplica-se o disposto no
artigo anterior.
§2º - Em qualquer dos casos, os sucessores deverão completar o período de governo restante.
Artigo 42 - Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração
pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o
disposto no artigo 38, I, IV e V, da Constituição Federal.
Artigo 43 - O Governador e o Vice-Governador tomarão posse perante a Assembleia Legislativa,
prestando compromisso de cumprir e fazer cumprir a Constituição Federal e a do Estado e de
observar as leis.
Parágrafo único - Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Governador ou o Vice-
Governador, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
Artigo 44 - O Governador e o Vice-Governador não poderão, sem licença da Assembleia
Legislativa, ausentar-se do Estado por período superior a quinze dias, sob pena de perda do
cargo.
Parágrafo único - O pedido de licença, amplamente motivado, indicará, especialmente, as razões
da viagem, o roteiro e a previsão de gastos.
Artigo 45 - O Governador deverá residir na Capital do Estado.
Artigo 46 - O Governador e o Vice-Governador deverão, no ato da posse e no término do
mandato, fazer declaração pública de bens.

SEÇÃO II
Das Atribuições do Governador

Artigo 47 - Compete privativamente ao Governador, além de outras atribuições previstas nesta


Constituição:
I - representar o Estado nas suas relações jurídicas, políticas e administrativas;
II - exercer, com o auxílio dos Secretários de Estado, a direção superior da administração
estadual;
III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como, no prazo nelas estabelecido, não
inferior a trinta nem superior a cento e oitenta dias, expedir decretos e regulamentos para sua fiel
execução, ressalvados os casos em que, nesse prazo, houver interposição de ação direta de
inconstitucionalidade contra a lei publicada; (NR)
- Inciso III com redação dada pela Emenda Constitucional nº 24, de 23/01/2008.
- Inciso III ver STF - ADI nº 4052/2008.
IV - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
V - prover os cargos públicos do Estado, com as restrições da Constituição Federal e desta
Constituição, na forma pela qual a lei estabelecer;
VI - nomear e exonerar livremente os Secretários de Estado;
VII - nomear e exonerar os dirigentes de autarquias, observadas as condições estabelecidas nesta
Constituição;
VIII - decretar e fazer executar intervenção nos Municípios, na forma da Constituição Federal e
desta Constituição;
IX - prestar contas da administração do Estado à Assembleia Legislativa, na forma desta
Constituição;
X - apresentar à Assembleia Legislativa, na sua sessão inaugural, mensagem sobre a situação do
Estado, solicitando medidas de interesse do Governo;
XI - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
XII - fixar ou alterar, por decreto, os quadros, vencimentos e vantagens do pessoal das fundações
instituídas ou mantidas pelo Estado, nos termos da lei;
XIII - indicar diretores de sociedade de economia mista e empresas públicas;
XIV - praticar os demais atos de administração, nos limites da competência do Executivo;
XV - subscrever ou adquirir ações, realizar ou aumentar capital, desde que haja recursos hábeis,
de sociedade de economia mista ou de empresa pública, bem como dispor, a qualquer título, no
todo ou em parte, de ações ou capital que tenha subscrito, adquirido, realizado ou aumentado,
mediante autorização da Assembleia Legislativa;
XVI - delegar, por decreto, a autoridade do Executivo, funções administrativas que não sejam de
sua exclusiva competência;
XVII - enviar à Assembleia Legislativa projetos de lei relativos ao plano plurianual, diretrizes
orçamentárias, orçamento anual, dívida pública e operações de crédito;
XVIII - enviar à Assembleia Legislativa projeto de lei sobre o regime de concessão ou permissão
de serviços públicos;
XIX - dispor, mediante decreto, sobre: (NR)
a) organização e funcionamento da administração estadual, quando não implicar aumento de
despesa, nem criação ou extinção de órgãos públicos; (NR)
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. (NR)
- Inciso XIX acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Parágrafo único - A representação a que se refere o inciso I poderá ser delegada por lei, de
iniciativa do Governador, a outra autoridade.

SEÇÃO III
Da Responsabilidade do Governador

Artigo 48 - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal.


Parágrafo único - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal
Federal.
- Artigo 48 e seu parágrafo único foram declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI nº
2220/2000, julgada em 16/11/2011.
Artigo 49 - Admitida a acusação contra o Governador, por dois terços da Assembleia Legislativa,
será ele submetido a julgamento perante o Superior Tribunal de Justiça, nas infrações penais
comuns. (NR)
- A expressão “ou, nos crimes de responsabilidade, perante Tribunal Especial”, que encerrava o dispositivo, foi declarada
inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI nº 2220/2000, julgada em 16/11/2011.
§1º - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal.
§2º - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal.
- §§ 1º e 2º foram declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI nº 2220/2000, julgada em
16/11/2011.
§3º - O Governador ficará suspenso de suas funções:
1 - nas infrações penais comuns, recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Superior Tribunal de
Justiça;
2 - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal.
- Item 2 do § 3º foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI nº 2220/2000, julgada em
16/11/2011.
§4º - Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o
afastamento do Governador, sem prejuízo do prosseguimento do processo.
§5º - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal.
§6º - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal.
- §§ 5º e 6º foram declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI nº 1021/1994, julgada em
19/10/1995.
Artigo 50 - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal.
- Artigo 50 foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI nº 2220/2000, julgada em
16/11/2011.

SEÇÃO IV
Dos Secretários de Estado

Artigo 51 - Os Secretários de Estado serão escolhidos entre brasileiros maiores de vinte e um


anos e no exercício dos direitos políticos.
Artigo 52 - Os Secretários de Estado, auxiliares diretos e da confiança do Governador, serão
responsáveis pelos atos que praticarem ou referendarem no exercício do cargo, bem como por
retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício. (NR)
- Artigo 52 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 24, de 23/01/2008.
§1º - Os Secretários de Estado responderão, no prazo estabelecido pelo inciso XVI do artigo 20,
os requerimentos de informação formulados por Deputados e encaminhados pelo Presidente da
Assembleia após apreciação da Mesa, reputando-se não praticado o ato de seu ofício sempre que
a resposta for elaborada em desrespeito ao parlamentar ou ao Poder Legislativo, ou que deixar de
referir-se especificamente a cada questionamento feito. (NR)
§2º - Para os fins do disposto no § 1º deste artigo, os Secretários de Estado respondem pelos atos
dos dirigentes, diretores e superintendentes de órgãos da administração pública direta, indireta e
fundacional a eles diretamente subordinados ou vinculados. (NR)
§3º - Aos diretores de Agência Reguladora aplica-se o disposto no § 1º deste artigo. (NR)
- §§ 1º ao 3º acrescentados pela Emenda Constitucional nº 24, de 23/01/2008.
- Artigo 52, "caput", e parágrafos ver STF - ADI nº 4052/2008.
Artigo 52-A - Caberá a cada Secretário de Estado, semestralmente, comparecer perante a
Comissão Permanente da Assembleia Legislativa a que estejam afetas as atribuições de sua
Pasta, para prestação de contas do andamento da gestão, bem como demonstrar e avaliar o
desenvolvimento de ações, programas e metas da Secretaria correspondente. (NR)
§1º - Aplica-se o disposto no "caput" deste artigo aos Diretores de Agências Reguladoras. (NR)
§2º - Aplicam-se aos procedimentos previstos neste artigo, no que couber, aqueles já disciplinados
em Regimento Interno do Poder Legislativo. (NR)
- Artigo 52-A acrescentado pela Emenda Constitucional nº 27 de 15/06/2009.
§3º - O comparecimento do Secretário de Estado, com a finalidade de apresentar,
quadrimestralmente, perante Comissão Permanente do Poder Legislativo, a demonstração e a
avaliação do cumprimento das metas fiscais por parte do Poder Executivo suprirá a
obrigatoriedade constante do "caput" deste artigo. (NR)
- § 3º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 31, de 21/10/2009.
§4º - No caso das Universidades Públicas Estaduais e da Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo, incumbe, respectivamente, aos próprios Reitores e ao Presidente, efetivar,
anualmente e no que couber, o disposto no "caput" deste artigo. (NR)
- § 4º acrescentado pela Emenda Constitucional nº 37, de 05/12/2012.
Artigo 53 - Os Secretários farão declaração pública de bens, no ato da posse e no término do
exercício do cargo, e terão os mesmos impedimentos estabelecidos nesta Constituição para os
Deputados, enquanto permanecerem em suas funções.

CAPÍTULO IV
Do Poder Judiciário
SEÇÃO I
Disposições Gerais

Artigo 54 - São órgãos do Poder Judiciário do Estado: (NR)


I - o Tribunal de Justiça; (NR)
II - o Tribunal de Justiça Militar; (NR)
III - os Tribunais do Júri; (NR)
IV - as Turmas de Recursos; (NR)
V - os Juízes de Direito; (NR)
VI - as Auditorias Militares; (NR)
VII - os Juizados Especiais; (NR)
VIII - os Juizados de Pequenas Causas. (NR)
- Artigo 54 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 20/05/1999.
Artigo 55 - Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia financeira e administrativa.
Parágrafo único - São assegurados, na forma do artigo 99 da Constituição Federal, ao Poder
Judiciário, recursos suficientes para manutenção, expansão e aperfeiçoamento de suas atividades
jurisdicionais, visando ao acesso de todos à Justiça.
Artigo 56 - Dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de
diretrizes orçamentárias, o Tribunal de Justiça, pelo seu Órgão Especial, elaborará proposta
orçamentária do Poder Judiciário, encaminhando-a, por intermédio de seu Presidente, ao Poder
Executivo, para inclusão no projeto de lei orçamentária. (NR)
- Artigo 56 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 20/05/1999.
Artigo 57 - À exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos pela Fazenda
Estadual ou Municipal e correspondentes autarquias, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão
exclusivamente na ordem cronológica de apresentação de precatórios e à conta dos respectivos
créditos, proibida a designação de casos ou pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos
adicionais abertos para esse fim.
§1º - É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária
ao pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de
precatórios judiciários, apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do
exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente. (NR)
§2º - As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder
Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal de Justiça proferir a decisão exequenda e
determinar o pagamento segundo as possibilidades do depósito, e autorizar, a requerimento do
credor, e exclusivamente para o caso de preterimento de seu direito de precedência, o sequestro
da quantia necessária à satisfação do débito. (NR)
§3º - Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários,
vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e
indenizações por morte ou invalidez, fundadas na responsabilidade civil, em virtude de sentença
transitada em julgado. (NR)
§4º - O disposto no "caput" deste artigo, relativamente à expedição dos precatórios, não se aplica
aos pagamentos de obrigações definidas em lei como de pequeno valor que a Fazenda Estadual
ou Municipal deva fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. (NR)
- §§ 1º ao 4º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§5º - São vedados a expedição de precatório complementar ou suplementar de valor pago, bem
como fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução, a fim de que seu pagamento não
se faça, em parte, na forma estabelecida no § 4º deste artigo e, em parte, mediante expedição de
precatório. (NR)
§6º - A lei poderá fixar valores distintos para o fim previsto no § 4º deste artigo, segundo as
diferentes capacidades das entidades de direito público. (NR)
§7º - Incorrerá em crime de responsabilidade o Presidente do Tribunal de Justiça se, por ato
comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatório. (NR)
- §§ 5º ao 7º acrescentados pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 58 - Ao Tribunal de Justiça, mediante ato de seu Presidente, compete nomear, promover,
remover, aposentar e colocar em disponibilidade os juízes de sua Jurisdição, ressalvado o
disposto no artigo 62, exercendo, pelos seus órgãos competentes, as demais atribuições previstas
nesta Constituição. (NR)
- Artigo 58 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 20/05/1999.
Parágrafo único - Caberá ainda ao Presidente do Tribunal de Justiça, observadas as
disponibilidades orçamentárias, indeferir as férias de quaisquer de seus membros por necessidade
de serviço, ou determinar a reassunção imediata de magistrado no exercício de seu cargo,
cabendo a este, nas hipóteses aqui previstas, o direito à correspondente indenização das férias no
mês subsequente ao indeferimento, ou a anotação para gozo oportuno, a requerimento do
interessado. (NR)
- Parágrafo único acrescentado pela Emenda Constitucional nº 32, de 09/12/2009.
- Parágrafo único ver STF - ADI nº 4438/2010.
Artigo 59 - A Magistratura é estruturada em carreira, observados os princípios, garantias,
prerrogativas e vedações estabelecidas na Constituição Federal, nesta Constituição e no Estatuto
da Magistratura.
Parágrafo único - O benefício da pensão por morte deve obedecer o princípio do artigo 40, § 7º,
da Constituição Federal. (NR)
- Parágrafo único com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 60 - No Tribunal de Justiça haverá um Órgão Especial, com vinte e cinco
Desembargadores, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais de
competência do Tribunal Pleno, inclusive para uniformizar a jurisprudência divergente entre suas
Seções e entre estas e o Plenário.
Artigo 61 - O acesso dos Desembargadores ao Órgão Especial, respeitadas a situação existente
e a representação do quinto constitucional, dar-se-á pelos critérios de antiguidade e eleição,
alternadamente.
Parágrafo único - Pelo primeiro critério, a vaga será preenchida pelo Desembargador mais
antigo, salvo recusa oportunamente manifestada. Pelo segundo, serão elegíveis pelo Tribunal
Pleno. (NR)
- Parágrafo único com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 62 - O Presidente e o 1º Vice-Presidente do Tribunal de Justiça e o Corregedor Geral da
Justiça, eleitos, a cada biênio, pela totalidade dos Desembargadores, dentre os integrantes do
órgão especial, comporão o Conselho Superior da Magistratura. (NR)
- Artigo 62, "caput", teve sua redação alterada pela Emenda Constitucional nº 7, de 11/03/1999, que posteriormente foi
declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI nº 2012/1999, julgada em
27/10/2011, permanecendo a redação original.
- O dispositivo encontra-se com eficácia suspensa por força de medida cautelar deferida pelo Supremo Tribunal Federal
nos autos da ADI nº 3976/2007, em 14/11/2007.
§1º - Haverá um Vice-Corregedor-Geral da Justiça, para desempenhar funções, em caráter
itinerante, em todo o território do Estado.
§2º - Cada Seção do Tribunal de Justiça será presidida por um Vice-Presidente.
Artigo 63 - Um quinto dos lugares dos Tribunais de Justiça e de Justiça Militar será composto de
advogados e de membros do Ministério Público, de notório saber jurídico e reputação ilibada, com
mais de dez anos de efetiva atividade profissional ou na carreira, indicados em lista sêxtupla, pela
Seção Estadual da Ordem dos Advogados do Brasil ou pelo Ministério Público, conforme a classe
a que pertencer o cargo a ser provido. (NR)
Parágrafo único - Dentre os nomes indicados, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça formará
lista tríplice, encaminhando-a ao Governador do Estado que, nos vinte dias subsequentes,
escolherá um de seus integrantes para o cargo e o nomeará. (NR)
- Artigo 63 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 25, de 12/05/2008.
- A expressão “depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta da Assembleia Legislativa”, que encerra o parágrafo único do
artigo 63, foi declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI nº 4150/2008, julgada em 25/02/2015.
Artigo 64 - As decisões administrativas dos Tribunais de segundo grau serão motivadas e
tomadas em sessão pública, sendo as de caráter disciplinar tomadas por voto da maioria absoluta
dos membros do Tribunal de Justiça, ou de seu Órgão Especial, salvo nos casos de remoção,
disponibilidade e aposentadoria de magistrado, por interesse público, que dependerão de voto de
dois terços, assegurada ampla defesa. (NR)
- Artigo 64 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 65 - Aos órgãos do Poder Judiciário do Estado competem a administração e uso dos
imóveis e instalações forenses, podendo ser autorizada parte desse uso a órgãos diversos, no
interesse do serviço judiciário, como dispuser o Tribunal de Justiça, asseguradas salas privativas,
condignas e permanentes aos advogados e membros do Ministério Público e da Defensoria
Pública, sob a administração das respectivas entidades.
Artigo 66 - Os processos cíveis já findos em que houver acordo ou satisfação total da pretensão
não constarão das certidões expedidas pelos Cartórios dos Distribuidores, salvo se houver
autorização da autoridade judicial competente.
Parágrafo único - As certidões relativas aos atos de que cuida este artigo serão expedidas com
isenção de custos e emolumentos, quando se trate de interessado que declare insuficiência de
recursos.
Artigo 67 - As comarcas do Estado serão classificadas em entrâncias, nos termos da Lei de
Organização Judiciária.
Artigo 68 - O ingresso na atividade notarial e registral, tanto de titular como de preposto, depende
de concurso público de provas e títulos, não se permitindo que qualquer serventia fique vaga sem
abertura de concurso por mais de seis meses.
Parágrafo único - Compete ao Poder Judiciário a realização do concurso de que trata este artigo,
observadas as normas da legislação estadual vigente.

SEÇÃO II
Da Competência do Tribunal de Justiça (NR)
- Seção II com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.

Artigo 69 - Compete privativamente ao Tribunal de Justiça: (NR)


- Artigo 69, "caput", com redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 20/05/1999.
I - pela totalidade de seus membros, eleger os órgãos diretivos, na forma de seu regimento
interno; (NR)
- Inciso I com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
II - pelos seus órgãos específicos:
a) elaborar seu regimento interno, com observância das normas de processo e das garantias
processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos
jurisdicionais e administrativos; (NR)
- Alínea “a” com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares, velando pelo exercício da respectiva atividade
correcional;
c) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros, e aos servidores que lhes
forem subordinados;
d) prover, por concurso público de provas, ou provas e títulos, ressalvado o disposto no parágrafo
único do artigo 169 da Constituição Federal, os cargos de servidores que integram seus quadros,
exceto os de confiança, assim definidos em lei, que serão providos livremente.
Artigo 70 - Compete privativamente ao Tribunal de Justiça, por deliberação de seu Órgão
Especial, propor à Assembleia Legislativa, observado o disposto no artigo 169 da Constituição
Federal:
I - a alteração do número de seus membros e dos membros do Tribunal de Justiça Militar; (NR)
II - a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos
que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes,
incluído o Tribunal de Justiça Militar; (NR)
III - a criação ou a extinção do Tribunal de Justiça Militar; (NR)
- Incisos I ao III com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
IV - a alteração da organização e da divisão judiciária.
Artigo 71 - Revogado.
- Artigo 71 revogado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 71-A - O Tribunal de Justiça poderá funcionar de forma descentralizada, constituindo
Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as
fases do processo. (NR)
Parágrafo único - O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de
audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva
jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. (NR)
- Artigo 71-A acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 72 - A Lei de Organização Judiciária poderá criar cargos de Juiz de Direito Substituto em
Segundo Grau, a serem classificados em quadro próprio, na mais elevada entrância do primeiro
grau e providos mediante concurso de remoção.
§1º - A designação será feita pelo Tribunal de Justiça para substituir seus membros ou nele
auxiliar, quando o acúmulo de feitos evidenciar a necessidade de sua atuação. (NR)
- § 1º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§2º - Em nenhuma hipótese haverá redistribuição ou passagem de processos, salvo para o voto
do revisor.

SEÇÃO III
Do Tribunal de Justiça

Artigo 73 - O Tribunal de Justiça, órgão superior do Poder Judiciário do Estado, com jurisdição em
todo o seu território e sede na Capital, compõe-se de Desembargadores em número que a lei fixar,
providos pelos critérios de antiguidade e de merecimento, em conformidade com o disposto nos
artigos 58 e 63 deste Capítulo.
Parágrafo único - O Tribunal de Justiça exercerá, em matéria administrativa de interesse geral do
Poder Judiciário, direção e disciplina da Justiça do Estado.
Artigo 74 - Compete ao Tribunal de Justiça, além das atribuições previstas nesta Constituição,
processar e julgar originariamente:
I - nas infrações penais comuns, o Vice-Governador, os Secretários de Estado, os Deputados
Estaduais, o Procurador-Geral de Justiça, o Procurador-Geral do Estado, o Defensor Público-
Geral e os Prefeitos Municipais;
II - nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os juízes do Tribunal de
Justiça Militar, os juízes de Direito e os juízes de Direito do juízo militar, os membros do Ministério
Público, exceto o Procurador-Geral de Justiça, o Delegado-Geral da Polícia Civil e o Comandante-
Geral da Polícia Militar; (NR)
- Inciso II com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
III - os mandados de segurança e os “habeas data” contra atos do Governador, da Mesa e da
Presidência da Assembleia, do próprio Tribunal ou de algum de seus membros, dos Presidentes
dos Tribunais de Contas do Estado e do Município de São Paulo, do Procurador-Geral de Justiça,
do Prefeito e do Presidente da Câmara Municipal da Capital;
IV - os “habeas corpus”, nos processos cujos recursos forem de sua competência ou quando o
coator ou paciente for autoridade diretamente sujeita a sua jurisdição, ressalvada a competência
do Tribunal de Justiça Militar, nos processos cujos recursos forem de sua competência;
V - os mandados de injunção, quando a inexistência de norma regulamentadora estadual ou
municipal, de qualquer dos Poderes, inclusive da administração indireta, torne inviável o exercício
de direitos assegurados nesta Constituição;
VI - a representação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal,
contestados em face desta Constituição, o pedido de intervenção em Município e ação de
inconstitucionalidade por omissão, em face de preceito desta Constituição;
VII - as ações rescisórias de seus julgados e as revisões criminais nos processos de sua
competência;
VIII - Revogado.
- Inciso VIII revogado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
IX - os conflitos de atribuição entre as autoridades administrativas e judiciárias do Estado;
X - a reclamação para garantia da autoridade de suas decisões;
XI - a representação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo municipal, contestados em
face da Constituição. (NR)
- A expressão “Federal”, que encerrava o inciso XI, foi julgada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da
ADI nº 347/1990, julgada em 20/09/2006.
Artigo 75 - Compete, também, ao Tribunal de Justiça:
I - provocar a intervenção da União no Estado para garantir o livre exercício do Poder Judiciário,
nos termos desta Constituição e da Constituição Federal;
II - requisitar a intervenção do Estado em Município, nas hipóteses previstas em lei.
Artigo 76 - Compete, outrossim, ao Tribunal de Justiça, processar e julgar, originariamente ou em
grau de recurso, as demais causas que lhe forem atribuídas por lei complementar.
§1º - Cabe-lhe, também, a execução de sentença nas causas de sua competência originária,
facultada, em qualquer fase do processo, a delegação de atribuições.
§2º - Cabe-lhe, ainda, processar e julgar os recursos relativos às causas que a lei especificar,
entre aquelas não reservadas à competência privativa do Tribunal de Justiça Militar ou dos órgãos
recursais dos Juizados Especiais. (NR)
- § 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 77 - Compete, ademais, ao Tribunal de Justiça, por seus órgãos específicos, exercer
controle sobre atos e serviços auxiliares da justiça, abrangidos os notariais e os de registro.

SEÇÃO IV
Revogada
- Seção IV revogada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 78 - Revogado.
- Artigo 78 revogado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 79 - Revogado.
- Artigo 79 revogado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.

SEÇÃO V
Da Justiça Militar do Estado (NR)
- Seção V com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.

Artigo 79-A - A Justiça Militar do Estado será constituída, em primeiro grau, pelos juízes de Direito
e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo Tribunal de Justiça Militar. (NR)
- Artigo 79-A acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 79-B - Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares do Estado, nos
crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada
a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ainda decidir sobre a perda do posto e da
patente dos oficiais e da graduação das praças. (NR)
- Artigo 79-B acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 80 - O Tribunal de Justiça Militar do Estado, com jurisdição em todo o território estadual e
com sede na Capital, compor-se-á de sete juízes, divididos em duas câmaras, nomeados em
conformidade com as normas da Seção I deste Capítulo, exceto o disposto no artigo 60, e
respeitado o artigo 94 da Constituição Federal, sendo quatro militares Coronéis da ativa da Polícia
Militar do Estado e três civis.
Artigo 81 - Compete ao Tribunal de Justiça Militar processar e julgar:
I - originariamente, o Chefe da Casa Militar, o Comandante-Geral da Polícia Militar, nos crimes
militares definidos em lei, os mandados de segurança e os “habeas corpus”, nos processos cujos
recursos forem de sua competência ou quando o coator ou coagido estiverem diretamente sujeitos
a sua jurisdição e às revisões criminais de seus julgados e das Auditorias Militares;
II - em grau de recurso, os policiais militares, nos crimes militares definidos em lei, observado o
disposto no artigo 79-B. (NR)
- Inciso II com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§1º - Compete ainda ao Tribunal exercer a correição geral sobre as atividades de Polícia Judiciária
Militar, bem como decidir sobre a perda do posto e da patente dos Oficiais e da graduação das
praças.
§2º - Compete aos juízes de Direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes
militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao
Conselho de Justiça, sob a presidência do juiz de Direito, processar e julgar os demais crimes
militares. (NR)
§3º - Os serviços de correição permanente sobre as atividades de Polícia Judiciária Militar e do
Presídio Militar serão realizados pelo juiz de Direito do juízo militar designado pelo Tribunal. (NR)
- §§ 2º e 3º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 82 - Os juízes do Tribunal de Justiça Militar e os juízes de Direito do juízo militar gozam dos
mesmos direitos, vantagens e subsídios e sujeitam-se às mesmas proibições dos
Desembargadores do Tribunal de Justiça e dos juízes de Direito, respectivamente. (NR)
Parágrafo único - Os juízes de Direito do juízo militar serão promovidos ao Tribunal de Justiça
Militar nas vagas de juízes civis, observado o disposto nos artigos 93, III e 94 da Constituição
Federal. (NR)
- Artigo 82 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.

SEÇÃO VI
Dos Tribunais do Júri

Artigo 83 - Os Tribunais do Júri têm as competências e garantias previstas no artigo 5º, XXXVIII
da Constituição Federal. Sua organização obedecerá ao que dispuser a lei federal e, no que
couber, a Lei de Organização Judiciária.

SEÇÃO VII
Das Turmas de Recursos
Artigo 84 - As Turmas de Recursos são formadas por juízes de direito titulares da mais elevada
entrância de Primeiro Grau, na Capital ou no Interior, observada a sua sede, nos termos da
resolução do Tribunal de Justiça, que designará seus integrantes, os quais poderão ser
dispensados, quando necessário, do serviço de suas varas.
§1º - As Turmas de Recursos constituem-se em órgão de segunda instância, cuja competência é
vinculada aos Juizados Especiais e de Pequenas Causas.
§2º - A designação prevista neste artigo deverá ocorrer antes da distribuição dos processos de
competência da Turma de Recursos.

SEÇÃO VIII
Dos Juízes de Direito

Artigo 85 - Os juízes de Direito integram a carreira da Magistratura e exercem a jurisdição comum


estadual de primeiro grau, nas comarcas e juízos, segundo a competência determinada por lei.
Artigo 86 - O Tribunal de Justiça, através de seu Órgão Especial, designará juízes de entrância
especial com competência exclusiva para questões agrárias.
§1º - A designação prevista neste artigo só pode ser revogada a pedido do juiz ou por deliberação
da maioria absoluta do órgão especial.
§2º - No exercício dessa jurisdição, o juiz deverá, sempre que necessário à eficiente prestação
jurisdicional, deslocar-se até o local do litígio.
§3º - O Tribunal de Justiça organizará a infraestrutura humana e material necessária ao exercício
dessa atividade jurisdicional.

SEÇÃO IX
Dos Juizados Especiais e dos Juizados de Pequenas Causas

Artigo 87 - Os Juizados Especiais das Causas Cíveis de Menor Complexidade e das Infrações
Penais de Menor Potencial Ofensivo terão sua composição e competência definidas em lei,
obedecidos os princípios previstos no artigo 98, I, da Constituição Federal.
Artigo 88 - A lei disporá sobre a criação, funcionamento e processo dos Juizados de Pequenas
Causas a que se refere o artigo 24, X, da Constituição Federal.

SEÇÃO X
Da Justiça de Paz

Artigo 89 - A Justiça de Paz compõe-se de cidadãos remunerados, eleitos pelo voto direto,
universal e secreto, com mandato de quatro anos, e tem competência para, na forma da lei,
celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de
habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas
na legislação.

SEÇÃO XI
Da Declaração de Inconstitucionalidade e da Ação Direta de Inconstitucionalidade

Artigo 90 - São partes legítimas para propor ação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo
estaduais ou municipais, contestados em face desta Constituição ou por omissão de medida
necessária para tornar efetiva norma ou princípio desta Constituição, no âmbito de seu interesse:
I - o Governador do Estado e a Mesa da Assembleia Legislativa;
II - o Prefeito e a Mesa da Câmara Municipal;
III - o Procurador-Geral de Justiça;
IV - o Conselho da Seção Estadual da Ordem dos Advogados do Brasil;
V - as entidades sindicais ou de classe, de atuação estadual ou municipal, demonstrando seu
interesse jurídico no caso;
VI - os partidos políticos com representação na Assembleia Legislativa, ou, em se tratando de lei
ou ato normativo municipais, na respectiva Câmara.
§1º - O Procurador-Geral de Justiça será sempre ouvido nas ações diretas de
inconstitucionalidade.
§2º - Quando o Tribunal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato
normativo, citará, previamente, o Procurador-Geral do Estado, a quem caberá defender, no que
couber, o ato ou o texto impugnado.
§3º - Declarado inconstitucional, em controle difuso, pelo Supremo Tribunal Federal.
- § 3º foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal nos autos do Recurso Extraordinário nº 199293/1996,
julgado em 19/05/2004, e teve a sua execução suspensa pela Resolução nº 46/2005, de 28/06/2005, do Senado Federal.
§4º - Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma desta
Constituição, a decisão será comunicada ao Poder competente para a adoção das providências
necessárias à prática do ato que lhe compete ou início do processo legislativo, e, em se tratando
de órgão administrativo, para a sua ação em trinta dias, sob pena de responsabilidade.
§5º - Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou de seu órgão especial poderá o
Tribunal de Justiça declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal,
como objeto de ação direta.
§6º - Nas declarações incidentais, a decisão dos Tribunais dar-se-á pelo órgão jurisdicional
colegiado competente para exame da matéria.

CAPÍTULO V
Das Funções Essenciais à Justiça
SEÇÃO I
Do Ministério Público

Artigo 91 - O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do


Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses
sociais e individuais indisponíveis.
Parágrafo único - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e
a independência funcional.
Artigo 92 - Ao Ministério Público é assegurada autonomia administrativa e funcional, cabendo-lhe,
na forma de sua lei complementar:
I - praticar atos próprios de gestão;
II - praticar atos e decidir sobre a situação funcional do pessoal ativo e inativo da carreira e dos
serviços auxiliares, organizados em quadros próprios;
III - adquirir bens e serviços e efetuar a respectiva contabilização;
IV- propor à Assembleia Legislativa a criação e a extinção de seus cargos e serviços auxiliares,
bem como a fixação dos subsídios de seus membros, observados os parâmetros estabelecidos na
lei de diretrizes orçamentárias e no artigo 169 da Constituição Federal; (NR)
- Inciso IV com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
V - prover os cargos iniciais de carreira e dos serviços auxiliares, bem como nos casos de
promoção, remoção e demais formas de provimento derivado;
VI - organizar suas secretarias e os serviços auxiliares das Promotorias de Justiça;
VII - compor os órgãos da Administração Superior;
VIII - elaborar seus regimentos internos;
IX - exercer outras competências dela decorrentes.
§1º - O Ministério Público instalará as Promotorias de Justiça e serviços auxiliares em prédios sob
sua administração.
§2º - As decisões do Ministério Público, fundadas em sua autonomia funcional e administrativa,
obedecidas as formalidades legais, têm eficácia plena e executoriedade imediata, ressalvada a
competência constitucional dos Poderes do Estado.
Artigo 93 - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites
estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias, encaminhando-a, por intermédio do Procurador-
Geral de Justiça, ao Poder Executivo, para inclusão no projeto de lei orçamentária.
§1º - Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias próprias e globais do Ministério
Público serão entregues, na forma do artigo 171, sem vinculação a qualquer tipo de despesa.
§2º - Os recursos próprios, não originários do Tesouro Estadual, serão utilizados em programas
vinculados aos fins da Instituição, vedada outra destinação.
§3º - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Ministério
Público, quanto à legalidade, legitimidade e economicidade, aplicação de dotações e recursos
próprios e renúncia de receitas, será exercida pela Assembleia Legislativa, mediante controle
externo, e pelo sistema de controle interno estabelecido na sua lei complementar e, no que
couber, no artigo 35 desta Constituição.
Artigo 94 - Lei complementar, cuja iniciativa é facultada ao Procurador-Geral de Justiça, disporá
sobre:
I - normas específicas de organização, atribuições e Estatuto do Ministério Público, observados,
entre outros, os seguintes princípios:
a) ingresso na carreira mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação
da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se, do bacharel em direito, no
mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de
classificação; (NR)
- Alínea “a” com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
b) promoção voluntária, por antiguidade e merecimento, alternadamente, de entrância a entrância,
e da entrância mais elevada para o cargo de Procurador de Justiça, aplicando-se, por
assemelhação, o disposto no artigo 93, III, da Constituição Federal;
c) subsídios fixados com diferença não excedente a dez por cento de uma para outra entrância, e
da entrância mais elevada para o cargo de Procurador-Geral de Justiça, cujo subsídio, em
espécie, a qualquer título, não poderá ultrapassar o teto fixado nos artigos 37, XI, da Constituição
Federal e 115, XII, desta Constituição; (NR)
d) aposentadoria, observado o disposto no artigo 40 da Constituição Federal e no artigo 126 desta
Constituição; (NR)
e) o benefício da pensão por morte deve obedecer o princípio do artigo 40, § 7º, da Constituição
Federal; (NR)
- Alíneas “c” a “e” com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
II - elaboração de lista tríplice, entre integrantes da carreira, para escolha do Procurador-Geral de
Justiça pelo Governador do Estado, para mandato de dois anos, permitida uma recondução;
III - destituição do Procurador-Geral de Justiça por deliberação da maioria absoluta da Assembleia
Legislativa; (NR)
- Inciso III com redação dada pela Emenda Constitucional nº 12, de 28/06/2001.
IV - controle externo da atividade policial;
V - procedimentos administrativos de sua competência;
VI - regime jurídico dos membros do Ministério Público, integrantes de quadro especial, que
oficiam junto aos Tribunais de Contas;
VII - demais matérias necessárias ao cumprimento de seus fins institucionais.
§1º - Decorrido o prazo previsto em lei, sem nomeação do Procurador-Geral de Justiça, será
investido no cargo o integrante mais votado da lista tríplice prevista no inciso II deste artigo.
§2º - O Procurador-Geral de Justiça fará declaração pública de bens, no ato da posse e no término
do mandato.
Artigo 95 - Os membros do Ministério Público têm as seguintes garantias:
I - vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença
judicial transitada em julgado;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado
competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada a
ampla defesa; (NR)
III - irredutibilidade de subsídio, observado, quanto à remuneração, o disposto na Constituição
Federal. (NR)
- Incisos II e III com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Parágrafo único - O ato de remoção e de disponibilidade de membro do Ministério Público, por
interesse público, fundar-se-á em decisão por voto de dois terços do órgão colegiado competente,
assegurada ampla defesa.
Artigo 96 - Os membros do Ministério Público sujeitam-se, entre outras, às seguintes proibições:
I - receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas
processuais;
II - exercer a advocacia;
III - participar de sociedade comercial, na forma da lei;
IV - exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de
magistério, se houver compatibilidade de horário;
V - exercer atividade político-partidária; (NR)
- Inciso V com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
VI - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades
públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; (NR)
VII - exercer a advocacia no juízo ou tribunal perante o qual atuava, antes de decorridos três anos
do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. (NR)
- Incisos VI e VII acrescentados pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 97 - Incumbe ao Ministério Público, além de outras funções:
I - exercer a fiscalização dos estabelecimentos prisionais e dos que abriguem idosos, menores,
incapazes ou portadores de deficiências, sem prejuízo da correição judicial;
II - deliberar sobre sua participação em organismos estatais de defesa do meio ambiente, do
consumidor, de política penal e penitenciária e outros afetos a sua área de atuação;
III - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa ou entidade
representativa de classe, por desrespeito aos direitos assegurados na Constituição Federal e
nesta Constituição, as quais serão encaminhadas a quem de direito, e respondidas no prazo
improrrogável de trinta dias.
Parágrafo único - Para promover o inquérito civil e os procedimentos administrativos de sua
competência, o Ministério Público poderá, nos termos de sua lei complementar:
1 - requisitar dos órgãos da administração direta ou indireta, os meios necessários à sua
conclusão;
2 - propor à autoridade administrativa competente a instauração de sindicância para a apuração
de falta disciplinar ou ilícito administrativo.

SEÇÃO II
Da Procuradoria Geral do Estado

Artigo 98 - A Procuradoria Geral do Estado é instituição de natureza permanente, essencial à


administração da justiça e à Administração Pública Estadual, vinculada diretamente ao
Governador, responsável pela advocacia do Estado, sendo orientada pelos princípios da
legalidade e da indisponibilidade do interesse público. (NR)
- Artigo 98, "caput", com redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 14/04/2004.
§1º - Lei orgânica da Procuradoria Geral do Estado disciplinará sua competência e a dos órgãos
que a compõem e disporá sobre o regime jurídico dos integrantes da carreira de Procurador do
Estado, respeitado o disposto nos artigos 132 e 135 da Constituição Federal. (NR)
§2º - Os Procuradores do Estado, organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de
concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em
todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica na forma do
"caput" deste artigo. (NR)
§3º - Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após três anos de efetivo
exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório
circunstanciado das corregedorias. (NR)
- §§ 1º ao 3º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 99 - São funções institucionais da Procuradoria Geral do Estado:
I - representar judicial e extrajudicialmente o Estado e suas autarquias, inclusive as de regime
especial, exceto as universidades públicas estaduais; (NR)
II - exercer as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo e das
entidades autárquicas a que se refere o inciso anterior; (NR)
- Incisos I e II com redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 14/04/2004.
III - representar a Fazenda do Estado perante o Tribunal de Contas;
IV - exercer as funções de consultoria jurídica e de fiscalização da Junta Comercial do Estado;
V - prestar assessoramento jurídico e técnico-legislativo ao Governador do Estado; (NR)
- Inciso V com redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 14/04/2004.
VI - promover a inscrição, o controle e a cobrança da dívida ativa estadual;
VII - propor ação civil pública representando o Estado;
VIII - prestar assistência jurídica aos Municípios, na forma da lei;
IX - realizar procedimentos administrativos, inclusive disciplinares, não regulados por lei especial;
(NR)
- Inciso IX com redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 14/04/2004.
X - exercer outras funções que lhe forem conferidas por lei.
Artigo 100 - A direção superior da Procuradoria Geral do Estado compete ao Procurador-Geral do
Estado, responsável pela orientação jurídica e administrativa da instituição, ao Conselho da
Procuradoria Geral do Estado e à Corregedoria-Geral do Estado, na forma da respectiva Lei
Orgânica.
Parágrafo único - O Procurador-Geral do Estado será nomeado pelo Governador, em comissão,
entre os Procuradores que integram a carreira e terá tratamento, prerrogativas e representação de
Secretário de Estado, devendo apresentar declaração pública de bens, no ato da posse e de sua
exoneração. (NR)
- Parágrafo único com redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 14/04/2004.
- Parágrafo único foi objeto da ADI nº 2581/2001, perante o Supremo Tribunal Federal, tendo sido a ação julgada
improcedente em 16/08/2007, portanto reconhecida a constitucionalidade do dispositivo.
Artigo 101 - Vinculam-se à Procuradoria Geral do Estado, para fins de atuação uniforme e
coordenada, os órgãos jurídicos das universidades públicas estaduais, das empresas públicas,
das sociedades de economia mista sob controle do Estado, pela sua Administração centralizada
ou descentralizada, e das fundações por ele instituídas ou mantidas. (NR)
Parágrafo único - As atividades de representação judicial, consultoria e assessoramento jurídico
das universidades públicas estaduais poderão ser realizadas ou supervisionadas, total ou
parcialmente, pela Procuradoria Geral do Estado, na forma a ser estabelecida em convênio. (NR)
- Artigo 101 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 14/04/2004.
Artigo 102 - As autoridades e servidores da Administração Estadual ficam obrigados a atender às
requisições de certidões, informações, autos de processo administrativo, documentos e diligências
formuladas pela Procuradoria Geral do Estado, na forma da lei.

SEÇÃO III
Da Defensoria Pública

Artigo 103 - À Defensoria Pública, instituição essencial à função jurisdicional do Estado, compete
a orientação jurídica e a defesa dos necessitados, em todos os graus.
§1º - Lei Orgânica disporá sobre a estrutura, funcionamento e competência da Defensoria Pública,
observado o disposto na Constituição Federal e nas normas gerais prescritas por lei complementar
federal. (NR)
§2º - À Defensoria Pública é assegurada autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua
proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e
subordinação ao disposto no artigo 99, § 2º, da Constituição Federal. (NR)
- §§ 1º e 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.

SEÇÃO IV
Da Advocacia

Artigo 104 - O advogado é indispensável à administração da justiça e, nos termos da lei, inviolável
por seus atos e manifestações, no exercício da profissão.
Parágrafo único - É obrigatório o patrocínio das partes por advogados, em qualquer juízo ou
tribunal, inclusive nos juizados de menores, nos juizados previstos nos incisos VIII e IX do artigo
54 e junto às turmas de recursos, ressalvadas as exceções legais.
Artigo 105 - O Poder Executivo manterá, no sistema prisional e nos distritos policiais, instalações
destinadas ao contato privado do advogado com o cliente preso.
Artigo 106 - Os membros do Poder Judiciário, as autoridades e os servidores do Estado zelarão
para que os direitos e prerrogativas dos advogados sejam respeitados, sob pena de
responsabilização na forma da lei.
Artigo 107 - O advogado que não seja defensor público, quando nomeado para defender autor ou
réu pobre, terá os honorários fixados pelo juiz, na forma que a lei estabelecer.
Artigo 108 - As atividades correicionais nos Cartórios Judiciais contarão, necessariamente, com a
presença de um representante da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de São Paulo.
Artigo 109 - Para efeito do disposto no artigo 3º desta Constituição, o Poder Executivo manterá
quadros fixos de defensores públicos em cada juizado e, quando necessário, advogados
designados pela Ordem dos Advogados do Brasil - SP, mediante convênio.
- O Supremo Tribunal Federal conferiu interpretação conforme a Constituição ao artigo 109 nos autos da ADI nº
4163/2008, julgada em 29/02/2012.

SEÇÃO V
Do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana

Artigo 110 - O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana será criado por lei
com a finalidade de investigar as violações de direitos humanos no território do Estado, de
encaminhar as denúncias a quem de direito e de propor soluções gerais a esses problemas.

TÍTULO III
Da Organização do Estado
CAPÍTULO I
Da Administração Pública
SEÇÃO I
Disposições Gerais

Artigo 111 - A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes do
Estado, obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade,
razoabilidade, finalidade, motivação, interesse público e eficiência. (NR)
- Artigo 111 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 111-A - É vedada a nomeação de pessoas que se enquadram nas condições de
inelegibilidade nos termos da legislação federal para os cargos de Secretário de Estado,
Secretário-Adjunto, Procurador-Geral de Justiça, Procurador-Geral do Estado, Defensor Público-
Geral, Superintendentes e Diretores de órgãos da administração pública indireta, fundacional, de
agências reguladoras e autarquias, Delegado-Geral de Polícia, Reitores das universidades
públicas estaduais e ainda para todos os cargos de livre provimento dos poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário do Estado. (NR)
- Artigo 111-A acrescentado pela Emenda Constitucional nº 34, de 21/03/2012.
Artigo 112 - As leis e atos administrativos externos deverão ser publicados no órgão oficial do
Estado, para que produzam os seus efeitos regulares. A publicação dos atos não normativos
poderá ser resumida.
Artigo 113 - A lei deverá fixar prazos para a prática dos atos administrativos e estabelecer
recursos adequados à sua revisão, indicando seus efeitos e forma de processamento.
Artigo 114 - A administração é obrigada a fornecer a qualquer cidadão, para a defesa de seus
direitos e esclarecimentos de situações de seu interesse pessoal, no prazo máximo de dez dias
úteis, certidão de atos, contratos, decisões ou pareceres, sob pena de responsabilidade da
autoridade ou servidor que negar ou retardar a sua expedição. No mesmo prazo deverá atender
às requisições judiciais, se outro não for fixado pela autoridade judiciária.
Artigo 115 - Para a organização da administração pública direta e indireta, inclusive as fundações
instituídas ou mantidas por qualquer dos Poderes do Estado, é obrigatório o cumprimento das
seguintes normas:
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preenchem os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (NR)
- Inciso I com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia, em concurso público
de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão, declarado
em lei, de livre nomeação e exoneração;
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período. A nomeação do candidato aprovado obedecerá à ordem de classificação;
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, o aprovado em concurso
público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados
para assumir cargo ou emprego, na carreira;
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo,
e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento; (NR)
- Inciso V com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical, obedecido o disposto
no artigo 8º da Constituição Federal;
VII - o servidor e empregado público gozarão de estabilidade no cargo ou emprego desde o
registro de sua candidatura para o exercício de cargo de representação sindical ou no caso
previsto no inciso XXIII deste artigo, até um ano após o término do mandato, se eleito, salvo se
cometer falta grave definida em lei;
VIII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; (NR)
- Inciso VIII com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
IX - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para os portadores de deficiências,
garantindo as adaptações necessárias para a sua participação nos concursos públicos e definirá
os critérios de sua admissão;
X - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado, para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público;
XI - a revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos, sem distinção de índices entre
servidores públicos civis e militares, far-se-á sempre na mesma data e por lei específica,
observada a iniciativa privativa em cada caso; (NR)
XII - em conformidade com o artigo 37, XI, da Constituição Federal, a remuneração e o subsídio
dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e
fundacional, os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente
ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o
subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados
Estaduais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este
limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (NR)
- Incisos XI e XII com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
XIII - até que se atinja o limite a que se refere o inciso anterior, é vedada a redução de salários que
implique a supressão das vantagens de caráter individual, adquiridas em razão de tempo de
serviço, previstas no artigo 129 desta Constituição. Atingido o referido limite, a redução se aplicará
independentemente da natureza das vantagens auferidas pelo servidor;
XIV - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
XV - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração de pessoal do serviço público, observado o disposto na Constituição Federal; (NR)
- Inciso XV com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
XVI - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores sob o mesmo título ou idêntico
fundamento;
XVII - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis,
observado o disposto na Constituição Federal; (NR)
- Inciso XVII com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
XVIII - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver
compatibilidade de horários:
a) de dois cargos de professor;
b) de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas; (NR)
- Alínea “c” com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
XIX - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas,
direta ou indiretamente, pelo Poder Público; (NR)
- Inciso XIX com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
XX - a administração fazendária e seus agentes fiscais de rendas, aos quais compete exercer,
privativamente, a fiscalização de tributos estaduais, terão, dentro de suas áreas de competência e
jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;
XX-A - a administração tributária, atividade essencial ao funcionamento do Estado, exercida por
servidores de carreiras específicas, terá recursos prioritários para a realização de suas atividades
e atuará de forma integrada com as administrações tributárias da União, de outros Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de
informações fiscais, na forma da lei ou convênio; (NR)
- Inciso XX-A acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
XXI - a criação, transformação, fusão, cisão, incorporação, privatização ou extinção das
sociedades de economia mista, autarquias, fundações e empresas públicas depende de prévia
aprovação da Assembleia Legislativa;
XXII - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades
mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa
privada;
XXIII - fica instituída a obrigatoriedade de um Diretor Representante e de um Conselho de
Representantes, eleitos pelos servidores e empregados públicos, nas autarquias, sociedades de
economia mista e fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público, cabendo à lei definir os
limites de sua competência e atuação;
XXIV - é obrigatória a declaração pública de bens, antes da posse e depois do desligamento, de
todo o dirigente de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia e fundação instituída
ou mantida pelo Poder Público;
XXV - os órgãos da administração direta e indireta ficam obrigados a constituir Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes - CIPA - e, quando assim o exigirem suas atividades, Comissão de
Controle Ambiental, visando à proteção da vida, do meio ambiente e das condições de trabalho
dos seus servidores, na forma da lei;
XXVI - ao servidor público que tiver sua capacidade de trabalho reduzida em decorrência de
acidente de trabalho ou doença do trabalho será garantida a transferência para locais ou
atividades compatíveis com sua situação;
XXVII - é vedada a estipulação de limite de idade para ingresso por concurso público na
administração direta, empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia e fundações
instituídas ou mantidas pelo Poder Público, respeitando-se apenas o limite constitucional para
aposentadoria compulsória;
XXVIII - os recursos provenientes dos descontos compulsórios dos servidores públicos, bem como
a contrapartida do Estado, destinados à formação de fundo próprio de previdência, deverão ser
postos, mensalmente, à disposição da entidade estadual responsável pela prestação do benefício,
na forma que a lei dispuser;
XXIX - a administração pública direta e indireta, as universidades públicas e as entidades de
pesquisa técnica e científica oficiais ou subvencionadas pelo Estado prestarão ao Ministério
Público o apoio especializado ao desempenho das funções da Curadoria de Proteção de
Acidentes do Trabalho, da Curadoria de Defesa do Meio Ambiente e de outros interesses coletivos
e difusos.
§1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas da administração pública
direta, indireta, fundações e órgãos controlados pelo Poder Público deverá ter caráter educacional,
informativo e de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos e imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
§2º - É vedada ao Poder Público, direta ou indiretamente, a publicidade de qualquer natureza fora
do território do Estado, para fins de propaganda governamental, exceto às empresas que
enfrentam concorrência de mercado e divulgação destinada a promover o turismo estadual. (NR)
- § 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 29 de 21/10/2009.
§3º - A inobservância do disposto nos incisos II, III e IV deste artigo implicará a nulidade do ato e a
punição da autoridade responsável, nos termos da lei.
§4º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestadoras de serviços
públicos, responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
§5º - As entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas ou mantidas
pelo Poder Público, o Ministério Público, bem como os Poderes Legislativo e Judiciário,
publicarão, até o dia trinta de abril de cada ano, seu quadro de cargos e funções, preenchidos e
vagos, referentes ao exercício anterior.
§6º - É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes dos artigos
40, 42 e 142 da Constituição Federal e dos artigos 126 e 138 desta Constituição com a
remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma
desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre
nomeação e exoneração. (NR)
§7º - Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XII do
"caput" deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. (NR)
§8º - Para os fins do disposto no inciso XII deste artigo e no inciso XI do artigo 37 da Constituição
Federal, poderá ser fixado no âmbito do Estado, mediante emenda à presente Constituição, como
limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa
inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados
Estaduais. (NR)
- §§ 6º ao 8º acrescentados pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 116 - Os vencimentos, vantagens ou qualquer parcela remuneratória, pagos com atraso,
deverão ser corrigidos monetariamente, de acordo com os índices oficiais aplicáveis à espécie.

SEÇÃO II
Das Obras, Serviços Públicos, Compras e Alienações

Artigo 117 - Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e


alienações serão contratados mediante processo de licitação pública, que assegure igualdade de
condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento,
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as
exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das
obrigações.
Parágrafo único - É vedada à administração pública direta e indireta, inclusive fundações
instituídas ou mantidas pelo Poder Público, a contratação de serviços e obras de empresas que
não atendam às normas relativas à saúde e segurança no trabalho.
Artigo 118 - As licitações de obras e serviços públicos deverão ser precedidas da indicação do
local onde serão executados e do respectivo projeto técnico completo, que permita a definição
precisa de seu objeto e previsão de recursos orçamentários, sob pena de invalidade da licitação.
Parágrafo único - Na elaboração do projeto mencionado neste artigo, deverão ser atendidas as
exigências de proteção do patrimônio histórico-cultural e do meio ambiente, observando-se o
disposto no § 2º do artigo 192 desta Constituição.
Artigo 119 - Os serviços concedidos ou permitidos ficarão sempre sujeitos à regulamentação e
fiscalização do Poder Público e poderão ser retomados quando não atendam satisfatoriamente
aos seus fins ou às condições do contrato.
Parágrafo único - Os serviços de que trata este artigo não serão subsidiados pelo Poder Público,
em qualquer medida, quando prestados por particulares.
Artigo 120 - Os serviços públicos serão remunerados por tarifa previamente fixada pelo órgão
executivo competente, na forma que a lei estabelecer.
Artigo 121 - Órgãos competentes publicarão, com a periodicidade necessária, os preços médios
de mercado de bens e serviços, os quais servirão de base para as licitações realizadas pela
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público.
Artigo 122 - Os serviços públicos, de natureza industrial ou domiciliar, serão prestados aos
usuários por métodos que visem à melhor qualidade e maior eficiência e à modicidade das tarifas.
Parágrafo único - Cabe ao Estado explorar diretamente, ou mediante concessão, na forma da lei,
os serviços de gás canalizado em seu território, incluído o fornecimento direto a partir de
gasodutos de transporte, de maneira a atender às necessidades dos setores industrial, domiciliar,
comercial, automotivo e outros. (NR)
- Parágrafo único com redação dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 18/12/1998.
Artigo 123 - Revogado.
- Artigo 123 revogado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.

CAPÍTULO II
Dos Servidores Públicos do Estado
SEÇÃO I
Dos Servidores Públicos Civis
Artigo 124 - Os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações
instituídas ou mantidas pelo Poder Público terão regime jurídico único e planos de carreira.
§1º - A lei assegurará aos servidores da administração direta isonomia de vencimentos para
cargos de atribuições iguais ou assemelhados do mesmo Poder, ou entre servidores dos Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à
natureza ou ao local de trabalho.
§2º - No caso do parágrafo anterior, não haverá alteração nos vencimentos dos demais cargos da
carreira a que pertence aquele cujos vencimentos foram alterados por força da isonomia.
§3º - Aplica-se aos servidores a que se refere o "caput" deste artigo e disposto no artigo 7º, IV, VI,
VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX da Constituição Federal.
§4º - Lei estadual poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos
servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no artigo 37, XI, da Constituição
Federal e no artigo 115, XII, desta Constituição. (NR)
- § 4º acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 125 - O exercício do mandato eletivo por servidor público far-se-á com observância do
artigo 38 da Constituição Federal.
§1º - Fica assegurado ao servidor público, eleito para ocupar cargo em sindicato de categoria, o
direito de afastar-se de suas funções, durante o tempo em que durar o mandato, recebendo seus
vencimentos e vantagens, nos termos da lei.
§2º - O tempo de mandato eletivo será computado para fins de aposentadoria especial.
Artigo 126 - Aos servidores titulares de cargos efetivos do Estado, incluídas suas autarquias e
fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante
contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas,
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (NR)
- Artigo 126, "caput", com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§1º - Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão
aposentados: (NR)
1 - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto
se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou
incurável, na forma da lei; (NR)
2 - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição; (NR)
3 - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no
serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as
seguintes condições: (NR)
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinquenta e cinco anos de
idade e trinta de contribuição, se mulher; (NR)
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com
proventos proporcionais ao tempo de contribuição. (NR)
§2º - Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão
exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria
ou que serviu de referência para a concessão da pensão. (NR)
§3º - Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão
consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos
regimes de previdência de que tratam este artigo e o artigo 201 da Constituição Federal, na forma
da lei. (NR)
§4º - É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de
aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos
definidos em leis complementares, os casos de servidores: (NR)
1 - portadores de deficiência; (NR)
2 - que exerçam atividades de risco; (NR)
3 - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física. (NR)
§5º - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em
relação ao disposto no § 1º, 3, “a”, para o professor que comprove exclusivamente tempo de
efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e
médio. (NR)
- §§ 1º ao 5º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§6º - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal.
- § 6º foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI nº 755/1992, julgada em 01/07/1996.
§6º-A - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta
Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de
previdência previsto neste artigo. (NR)
- § 6º-A acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§7º - Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual: (NR)
1 - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para
os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o artigo 201 da Constituição
Federal, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à
data do óbito; ou (NR)
2 - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o
falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência
social de que trata o artigo 201 da Constituição Federal, acrescido de setenta por cento da parcela
excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito. (NR)
- § 7º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§8º - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal.
- § 8º acrescentado pela Emenda Constitucional nº 1, de 20/12/1990, foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal
Federal nos autos da ADI nº 582/1991, julgada em 17/06/1999.
§8º-A - É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter
permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. (NR)
§9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de
aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. (NR)
§10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição
fictício. (NR)
§11 - Aplica-se o limite fixado no artigo 115, XII, desta Constituição e do artigo 37, XI, da
Constituição Federal à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da
acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a
contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de
proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição,
cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. (NR)
§12 - Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos titulares de
cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de
previdência social. (NR)
§13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o
regime geral de previdência social. (NR)
§14 - O Estado, desde que institua regime de previdência complementar para os seus respectivos
servidores titulares de cargo efetivo, poderá fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a
serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os
benefícios do regime geral de previdência social de que trata o artigo 201 da Constituição
Federal. (NR)
§15 - O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa
do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no artigo 202 e seus parágrafos, da
Constituição Federal, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência
complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de
benefícios somente na modalidade de contribuição definida. (NR)
§16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser
aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de
instituição do correspondente regime de previdência complementar. (NR)
§17 - Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no §3°
serão devidamente atualizados, na forma da lei. (NR)
§18 - Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo
regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do
regime geral de previdência social de que trata o artigo 201 da Constituição Federal, com
percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. (NR)
§19 - O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria
voluntária estabelecidas no § 1º, 3, “a”, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um
abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as
exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, 2. (NR)
§20 - Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os
servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime
em cada ente estatal, ressalvado o disposto no artigo 142, § 3º, X, da Constituição Federal. (NR)
§21 - A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos
de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os
benefícios do regime geral de previdência social de que trata o artigo 201 da Constituição Federal,
quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante. (NR)
§22 - O servidor, após noventa dias decorridos da apresentação do pedido de aposentadoria
voluntária, instruído com prova de ter cumprido os requisitos necessários à obtenção do direito,
poderá cessar o exercício da função pública, independentemente de qualquer formalidade. (NR)
- §§ 8º-A ao 22 acrescentados pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 127 - Aplica-se aos servidores públicos estaduais, para efeito de estabilidade, o disposto
no artigo 41 da Constituição Federal.
Artigo 128 - As vantagens de qualquer natureza só poderão ser instituídas por lei e quando
atendam efetivamente ao interesse público e às exigências do serviço.
Artigo 129 - Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de
serviço, concedido no mínimo por quinquênio, e vedada a sua limitação, bem como a sexta-parte
dos vencimentos integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos
vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no artigo 115, XVI, desta Constituição.
Artigo 130 - Ao servidor será assegurado o direito de remoção para igual cargo ou função, no
lugar de residência do cônjuge, se este também for servidor e houver vaga, nos termos da lei.
Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se também ao servidor cônjuge de titular de
mandato eletivo estadual ou municipal.
Artigo 131 - O Estado responsabilizará os seus servidores por alcance e outros danos causados à
administração, ou por pagamentos efetuados em desacordo com as normas legais, sujeitando-os
ao sequestro e perdimento dos bens, nos termos da lei.
Artigo 132 - Os servidores titulares de cargos efetivos do Estado, incluídas suas autarquias e
fundações, desde que tenham completado cinco anos de efetivo exercício, terão computado, para
efeito de aposentadoria, nos termos da lei, o tempo de contribuição ao regime geral de previdência
social decorrente de atividade de natureza privada, rural ou urbana, hipótese em que os diversos
sistemas de previdência social se compensarão financeiramente, segundo os critérios
estabelecidos em lei. (NR)
- Artigo 132 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 133 - O servidor, com mais de cinco anos de efetivo exercício, que tenha exercido ou
venha a exercer cargo ou função que lhe proporcione remuneração superior à do cargo de que
seja titular, ou função para a qual foi admitido, incorporará um décimo dessa diferença, por ano,
até o limite de dez décimos.
- A expressão “a qualquer título”, que integrava o dispositivo, foi declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal
nos autos do Recurso Extraordinário nº 219934/1997, julgado em 13/10/2004, e teve a sua execução suspensa pela
Resolução nº 51/2005, de 13/07/2005, do Senado Federal.
Artigo 134 - O servidor, durante o exercício do mandato de vereador, será inamovível.
Artigo 135 - Ao servidor público titular de cargo efetivo do Estado será contado, como efetivo
exercício, para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tempo de contribuição decorrente de
serviço prestado em cartório não oficializado, mediante certidão expedida pela Corregedoria-Geral
da Justiça. (NR)
- Artigo 135 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 136 - O servidor público civil demitido por ato administrativo, se absolvido pela Justiça, na
ação referente ao ato que deu causa à demissão, será reintegrado ao serviço público, com todos
os direitos adquiridos.
Artigo 137 - A lei assegurará à servidora gestante mudança de função, nos casos em que for
recomendado, sem prejuízo de seus vencimentos ou salários e demais vantagens do cargo ou
função-atividade.

SEÇÃO II
Dos Servidores Públicos Militares
Artigo 138 - São servidores públicos militares estaduais os integrantes da Polícia Militar do
Estado.
§1º - Aplica-se, no que couber, aos servidores a que se refere este artigo, o disposto no artigo 42
da Constituição Federal.
§2º - Naquilo que não colidir com a legislação específica, aplica-se aos servidores mencionados
neste artigo o disposto na seção anterior.
§3º - O servidor público militar demitido por ato administrativo, se absolvido pela Justiça, na ação
referente ao ato que deu causa à demissão, será reintegrado à Corporação com todos os direitos
restabelecidos.
§4º - O oficial da Polícia Militar só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do Oficialato
ou com ele incompatível, por decisão do Tribunal de Justiça Militar do Estado.
§5º - O oficial condenado na Justiça comum ou militar à pena privativa de liberdade superior a dois
anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no parágrafo
anterior.
§6º - O direito do servidor militar de ser transferido para a reserva ou ser reformado será
assegurado, ainda que respondendo a inquérito ou processo em qualquer jurisdição, nos casos
previstos em lei específica.

CAPÍTULO III
Da Segurança Pública
SEÇÃO I
Disposições Gerais

Artigo 139 - A Segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é


exercida para a preservação da ordem pública e incolumidade das pessoas e do patrimônio.
§1º - O Estado manterá a Segurança Pública por meio de sua polícia, subordinada ao Governador
do Estado.
§2º - A polícia do Estado será integrada pela Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.
§3º - A Polícia Militar, integrada pelo Corpo de Bombeiros é força auxiliar, reserva do Exército.

SEÇÃO II
Da Polícia Civil

Artigo 140 - À Polícia Civil, órgão permanente, dirigida por delegados de polícia de carreira,
bacharéis em Direito, incumbe, ressalvada a competência da União, as funções de polícia
judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.
§1º - O Delegado-Geral da Polícia Civil, integrante da última classe da carreira, será nomeado
pelo Governador do Estado e deverá fazer declaração pública de bens no ato da posse e da sua
exoneração.
§2º - No desempenho da atividade de polícia judiciária, instrumental à propositura de ações
penais, a Polícia Civil exerce atribuição essencial à função jurisdicional do Estado e à defesa da
ordem jurídica. (NR)
§3º - Aos Delegados de Polícia é assegurada independência funcional pela livre convicção nos
atos de polícia judiciária. (NR)
§4º - O ingresso na carreira de Delegado de Polícia dependerá de concurso público de provas e
títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases,
exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, dois anos de atividades jurídicas, observando-se,
nas nomeações, a ordem de classificação. (NR)
§5º - A exigência de tempo de atividade jurídica será dispensada para os que contarem com, no
mínimo, dois anos de efetivo exercício em cargo de natureza policial-civil, anteriormente à
publicação do edital de concurso. (NR)
- §§ 2º ao 5º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 03/04/2012.
§6º - A remoção de integrante da carreira de delegado de polícia somente poderá ocorrer
mediante pedido do interessado ou manifestação favorável do Colegiado Superior da Polícia Civil,
nos termos da lei. (NR)
§7º - Lei Orgânica e Estatuto disciplinarão a organização, o funcionamento, os direitos, deveres,
vantagens e regime de trabalho da Polícia Civil e de seus integrantes, servidores especiais,
assegurado na estruturação das carreiras o mesmo tratamento dispensado, para efeito de
escalonamento e promoção, aos delegados de polícia, respeitadas as leis federais
concernentes. (NR)
§8º - Lei específica definirá a organização, funcionamento e atribuições da Superintendência da
Polícia Técnico-Científica, que será dirigida, alternadamente, por perito criminal e médico legista,
sendo integrada pelos seguintes órgãos: (NR)
I - Instituto de Criminalística; (NR)
II - Instituto Médico Legal. (NR)
- §§ 3º, 4º e 5º renumerados para §§ 6º, 7º e 8º pela Emenda Constitucional nº 35, de 03/04/2012.
- Artigo 140, § 8º, ver STF - ADI nº 2861/2003.

SEÇÃO III
Da Polícia Militar

Artigo 141 - À Polícia Militar, órgão permanente, incumbe, além das atribuições definidas em lei, a
polícia ostensiva e a preservação da ordem pública.
§1º - O Comandante-Geral da Polícia Militar será nomeado pelo Governador do Estado dentre
oficiais da ativa, ocupantes do último posto do Quadro de Oficiais Policiais Militares, conforme
dispuser a lei, devendo fazer declaração pública de bens no ato da posse e de sua exoneração.
§2º - Lei Orgânica e Estatuto disciplinarão a organização, o funcionamento, direitos, deveres,
vantagens e regime de trabalho da Polícia Militar e de seus integrantes, servidores militares
estaduais, respeitadas as leis federais concernentes.
§3º - A criação e manutenção da Casa Militar e Assessorias Militares somente poderão ser
efetivadas nos termos em que a lei estabelecer.
§4º - O Chefe da Casa Militar será escolhido pelo Governador do Estado entre oficiais da ativa,
ocupantes do último posto do Quadro de Oficiais Policiais Militares.
Artigo 142 - Ao Corpo de Bombeiros, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução
de atividades de defesa civil, tendo seu quadro próprio e funcionamento definidos na legislação
prevista no §2º do artigo anterior.

SEÇÃO IV
Da Política Penitenciária

Artigo 143 - A legislação penitenciária estadual assegurará o respeito às regras mínimas da


Organização das Nações Unidas para o tratamento de reclusos, a defesa técnica nas infrações
disciplinares e definirá a composição e competência do Conselho Estadual de Política
Penitenciária.

TÍTULO IV
Dos Municípios e Regiões
CAPÍTULO I
Dos Municípios
SEÇÃO I
Disposições Gerais

Artigo 144 - Os Municípios, com autonomia política, legislativa, administrativa e financeira se


auto-organizarão por Lei Orgânica, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal
e nesta Constituição.
Artigo 145 - A criação, a fusão, a incorporação e o desmembramento de Municípios far-se-ão por
lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de
consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação
dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei, nos termos do
artigo 18, § 4º, da Constituição Federal. (NR)
- Artigo 145, "caput", com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Parágrafo único - O território dos Municípios poderá ser dividido em distritos, mediante lei
municipal, atendidos os requisitos previstos em lei complementar, garantida a participação popular.
Artigo 145-A - A alteração da denominação de Municípios, quando não resultar do disposto no
artigo 145, far-se-á por lei estadual e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, à
população do respectivo Município. (NR)
§1º - O plebiscito será realizado pelo Tribunal Regional Eleitoral, mediante solicitação da Câmara
Municipal, instruída com representação subscrita por, no mínimo, 1% (um por cento) dos eleitores
domiciliados no respectivo Município e informação do órgão técnico competente sobre a
inexistência de topônimo correlato no Estado ou em outra unidade da Federação. (NR)
§2º - Caso o resultado do plebiscito seja favorável à alteração proposta, o Tribunal Regional
Eleitoral o encaminhará à Assembleia Legislativa para a elaboração da lei estadual mencionada
no "caput". (NR)
- Artigo 145-A acrescentado pela Emenda Constitucional nº 30, de 21/10/2009.
Artigo 146 - A classificação de Municípios Turísticos, assim considerados as Estâncias e os
Municípios de Interesse Turístico, far-se-á por lei estadual e dependerá da observância de
condições e requisitos mínimos estabelecidos em lei complementar e da manifestação do órgão
técnico competente. (NR)
§1º - O Poder Executivo deverá encaminhar à Assembleia Legislativa, a cada três anos, projeto de
Lei Revisional dos Municípios Turísticos, a ser disciplinado na lei complementar prevista no ‘caput’
deste artigo. (NR)
§2º - O Estado manterá, na forma que a lei estabelecer, um Fundo de Melhoria dos Municípios
Turísticos, com o objetivo de desenvolver programas de melhoria e preservação ambiental,
urbanização, serviços e equipamentos turísticos. (NR)
§3º - O Fundo de Melhoria dos Municípios Turísticos terá dotação orçamentária anual
correspondente a 11% (onze por cento) da totalidade da arrecadação dos impostos municipais das
Estâncias no exercício imediatamente anterior, limitada ao valor inicial da última dotação
atualizado pela variação anual nominal da receita de impostos estaduais estimada na subsequente
proposta orçamentária. (NR)
§4º - Os critérios para a distribuição, transferência e aplicação dos recursos do Fundo de Melhoria
dos Municípios Turísticos serão estabelecidos em lei, garantida a destinação de 20% (vinte por
cento) para os Municípios de Interesse Turístico. (NR)
- Artigo 146 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 09/04/2015.
Artigo 147 - Os Municípios poderão, por meio de lei municipal, constituir guarda municipal,
destinada à proteção de seus bens, serviços e instalações, obedecidos os preceitos da lei federal.
Artigo 148 - Lei estadual estabelecerá condições que facilitem e estimulem a criação de Corpos
de Bombeiros Voluntários nos Municípios respeitada a legislação federal.

SEÇÃO II
Da Intervenção

Artigo 149 - O Estado não intervirá no Município, salvo quando:


I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; (NR)
- Inciso III com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para a observância de princípios
constantes nesta Constituição, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
§1º - O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, prazo e condições de execução e,
se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação da Assembleia Legislativa, no
prazo de vinte e quatro horas.
§2º - Estando a Assembleia Legislativa em recesso, far-se-á convocação extraordinária, no
mesmo prazo de vinte e quatro horas, para apreciar a Mensagem do Governador do Estado.
§3º - No caso do inciso IV, dispensada a apreciação pela Assembleia Legislativa, o decreto limitar-
se-á a suspender a execução do ato impugnado, se esta medida bastar ao restabelecimento da
normalidade, comunicando o Governador do Estado seus efeitos ao Presidente do Tribunal de
Justiça.
§4º - Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes
voltarão, salvo impedimento legal, sem prejuízo da apuração administrativa, civil ou criminal
decorrente de seus atos.
§5º - O interventor prestará contas de seus atos ao Governador do Estado e aos órgãos de
fiscalização a que estão sujeitas as autoridades afastadas.

SEÇÃO III
Da Fiscalização Contábil, Financeira, Orçamentária, Operacional e Patrimonial

Artigo 150 - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do


Município e de todas as entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, finalidade, motivação, moralidade, publicidade e interesse público,
aplicação de subvenções e renúncia de receitas, será exercida pela Câmara Municipal, mediante
controle externo, e pelos sistemas de controle interno de cada Poder, na forma da respectiva lei
orgânica, em conformidade com o disposto no artigo 31 da Constituição Federal.
Artigo 151 - O Tribunal de Contas do Município de São Paulo será composto por cinco
Conselheiros e obedecerá, no que couber, aos princípios da Constituição Federal e desta
Constituição.
Parágrafo único - Aplicam-se aos Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo
as normas pertinentes aos Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado.
- Artigo 151, "caput", e parágrafo único ver STF - ADI nº 346/1990 e nº 4776/2012.

CAPÍTULO II
Da Organização Regional
SEÇÃO I
Dos Objetivos, Diretrizes e Prioridades

Artigo 152 - A organização regional do Estado tem por objetivo promover:


I - o planejamento regional para o desenvolvimento sócio-econômico e melhoria da qualidade de
vida;
II - a cooperação dos diferentes níveis de governo, mediante a descentralização, articulação e
integração de seus órgãos e entidades da administração direta e indireta com atuação na região,
visando ao máximo aproveitamento dos recursos públicos a ela destinados;
III - a utilização racional do território, dos recursos naturais, culturais e a proteção do meio
ambiente, mediante o controle da implantação dos empreendimentos públicos e privados na
região;
IV - a integração do planejamento e da execução de funções públicas de interesse comum aos
entes públicos atuantes na região;
V - a redução das desigualdades sociais e regionais.
Parágrafo único - O Poder Executivo coordenará e compatibilizará os planos e sistemas de
caráter regional.

SEÇÃO II
Das Entidades Regionais

Artigo 153 - O território estadual poderá ser dividido, total ou parcialmente, em unidades regionais
constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, mediante lei complementar, para integrar
a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum, atendidas
as respectivas peculiaridades.
§1º - Considera-se região metropolitana o agrupamento de Municípios limítrofes que assuma
destacada expressão nacional, em razão de elevada densidade demográfica, significativa
conurbação e de funções urbanas e regionais com alto grau de diversidade, especialização e
integração sócio-econômica, exigindo planejamento integrado e ação conjunta permanente dos
entes públicos nela atuantes.
§2º - Considera-se aglomeração urbana o agrupamento de Municípios limítrofes que apresente
relação de integração funcional de natureza econômico-social e urbanização contínua entre dois
ou mais Municípios ou manifesta tendência nesse sentido, que exija planejamento integrado e
recomende ação coordenada dos entes públicos nela atuantes.
§3º - Considera-se microrregião o agrupamento de Municípios limítrofes que apresente, entre si,
relações de interação funcional de natureza físico-territorial, econômico-social e administrativa,
exigindo planejamento integrado com vistas a criar condições adequadas para o desenvolvimento
e integração regional.
Artigo 154 - Visando a promover o planejamento regional, a organização e execução das funções
públicas de interesse comum, o Estado criará, mediante lei complementar, para cada unidade
regional, um conselho de caráter normativo e deliberativo, bem como disporá sobre a organização,
a articulação, a coordenação e, conforme o caso, a fusão de entidades ou órgãos públicos
atuantes na região, assegurada, nestes e naquele, a participação paritária do conjunto dos
Municípios, com relação ao Estado.
§1º - Em regiões metropolitanas, o conselho a que alude o “caput” deste artigo integrará entidade
pública de caráter territorial, vinculando-se a ele os respectivos órgãos de direção e execução,
bem como as entidades regionais e setoriais executoras das funções públicas de interesse
comum, no que respeita ao planejamento e às medidas para sua implementação.
§2º - É assegurada, nos termos da lei complementar, a participação da população no processo de
planejamento e tomada de decisões, bem como na fiscalização da realização de serviços ou
funções públicas em nível regional.
§3º - A participação dos municípios nos conselhos deliberativos e normativos regionais, previstos
no “caput” deste artigo, será disciplinada em lei complementar.
Artigo 155 - Os Municípios deverão compatibilizar, no que couber, seus planos, programas,
orçamentos, investimentos e ações às metas, diretrizes e objetivos estabelecidos nos planos e
programas estaduais, regionais e setoriais de desenvolvimento econômico-social e de ordenação
territorial, quando expressamente estabelecidos pelo conselho a que se refere o artigo 154.
Parágrafo único - O Estado, no que couber, compatibilizará os planos e programas estaduais,
regionais e setoriais de desenvolvimento, com o plano diretor dos Municípios e as prioridades da
população local.
Artigo 156 - Os planos plurianuais do Estado estabelecerão, de forma regionalizada, as diretrizes,
objetivos e metas da Administração Estadual.
Artigo 157 - O Estado e os Municípios destinarão recursos financeiros específicos, nos
respectivos planos plurianuais e orçamentos, para o desenvolvimento de funções públicas de
interesse comum, observado o disposto no artigo 174 desta Constituição.
Artigo 158 - Em região metropolitana ou aglomeração urbana, o planejamento do transporte
coletivo de caráter regional será efetuado pelo Estado, em conjunto com os municípios integrantes
das respectivas entidades regionais.
Parágrafo único - Caberá ao Estado a operação do transporte coletivo de caráter regional,
diretamente ou mediante concessão ou permissão.

TÍTULO V
Da Tributação, das Finanças e dos Orçamentos
CAPÍTULO I
Do Sistema Tributário Estadual
SEÇÃO I
Dos Princípios Gerais

Artigo 159 - A receita pública será constituída por tributos, preços e outros ingressos.
Parágrafo único - Os preços públicos serão fixados pelo Executivo, observadas as normas gerais
de Direito Financeiro e as leis atinentes à espécie.
Artigo 160 - Compete ao Estado instituir:
I - os impostos previstos nesta Constituição e outros que venham a ser de sua competência;
II - taxas em razão do exercício do poder de polícia, ou pela utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos de sua atribuição, específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte, ou postos a
sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas;
IV - contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime
previdenciário e de assistência social, na forma do artigo 149, § 1º, da Constituição Federal. (NR)
- Inciso IV com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para
conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos
da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
§2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
Artigo 161 - O Estado proporá e defenderá a isenção de impostos sobre produtos componentes
da cesta básica.
Parágrafo único - Observadas as restrições da legislação federal, a lei definirá, para efeito de
redução ou isenção da carga tributária, os produtos que integrarão a cesta básica, para
atendimento da população de baixa renda.
Artigo 162 - O Estado coordenará e unificará serviços de fiscalização e arrecadação de tributos,
bem como poderá delegar à União, a outros Estados e Municípios, e deles receber encargos de
administração tributária.

SEÇÃO II
Das Limitações do Poder de Tributar

Artigo 163 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado ao Estado:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida,
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver
instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou, observado o disposto na alínea “b”; (NR)
- Alínea “c” acrescentada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributo, ressalvada a
cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público Estadual;
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social sem fins
lucrativos, atendidos os requisitos de lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão;
VII - respeitado o disposto no artigo 150 da Constituição Federal, bem assim na legislação
complementar específica, instituir tributo que não seja uniforme em todo o território estadual, ou
que implique distinção ou preferência em relação a Município em detrimento de outro, admitida a
concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-
econômico entre as diferentes regiões do Estado;
VIII - instituir isenções de tributos da competência dos Municípios.
§1º - A proibição do inciso VI, “a”, é extensiva às autarquias e às fundações instituídas ou
mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados
aos seus fins essenciais ou deles decorrentes.
§2º - As proibições do inciso VI, “a”, e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda
e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas
aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços
ou tarifas pelo usuário.
§3º - A contribuição de que trata o artigo 160, IV, só poderá ser exigida após decorridos noventa
dias da publicação da lei que a houver instituído ou modificado, não se lhe aplicando o disposto no
inciso III, "b", deste artigo.
§4º - As proibições expressas no inciso VI, alíneas “b” e “c”, compreendem somente o patrimônio,
a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas
mencionadas.
§5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos
impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.
§6º - Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido,
anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderão ser concedidos
mediante lei estadual específica, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o
correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no artigo 155, § 2º, XII, “g”, da
Constituição Federal. (NR)
- § 6º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§7º - Para os efeitos do inciso V, não se compreende como limitação ao tráfego de bens a
apreensão de mercadorias, quando desacompanhadas de documentação fiscal idônea, hipótese
em que ficarão retidas até a comprovação da legitimidade de sua posse pelo proprietário.
- § 7º foi objeto da ADI nº 395/1990, perante o Supremo Tribunal Federal, tendo sido a ação julgada improcedente em
17/05/2007, portanto reconhecida a constitucionalidade do dispositivo.
§8º - A vedação do inciso III, “c”, não se aplica à fixação da base de cálculo do imposto previsto no
artigo 165, I, “c”. (NR)
- § 8º acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 164 - É vedada a cobrança de taxas:
I - pelo exercício do direito de petição ao Poder Público em defesa de direitos ou contra ilegalidade
ou abuso de poder;
II - para a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e
esclarecimentos de interesse pessoal.

SEÇÃO III
Dos Impostos do Estado

Artigo 165 - Compete ao Estado instituir:


I - impostos sobre:
a) transmissão “causa mortis” e doação de quaisquer bens ou direitos;
b) operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual, intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se
iniciem no exterior;
c) propriedade de veículos automotores;
II - adicional de até cinco por cento do que for pago à União por pessoas físicas ou jurídicas
domiciliadas no território do Estado de São Paulo, a título do imposto previsto no artigo 153, III, da
Constituição Federal, incidentes sobre lucros, ganhos e rendimentos de capital.
§1º - O imposto previsto no inciso I, “a”:
1 - incide sobre:
a) bens imóveis situados neste Estado e direitos a eles relativos;
b) bens móveis, títulos e créditos, cujo inventário ou arrolamento for processado neste Estado;
c) bens móveis, títulos e créditos, cujo doador estiver domiciliado neste Estado;
2 - terá suas alíquotas limitadas aos percentuais máximos fixados pelo Senado Federal.
§2º - O imposto previsto no inciso I, “b”, atenderá ao seguinte:
1 - será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação
de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou
em outro Estado ou pelo Distrito Federal;
2 - a isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário da legislação:
a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações
seguintes;
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores;
3 - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços;
4 - terá as suas alíquotas fixadas nos termos do artigo 155, § 2º, IV, V e VI, da Constituição
Federal;
5 - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final
localizado em outro Estado, adotar-se-á:
a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto;
b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele;
6 - na hipótese da alínea “a” do item anterior, caberá a este Estado, quando nele estiver localizado
o destinatário, o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual;
7 - incidirá também:
a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica,
ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim
como o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto a este Estado, quando nele estiver
situado o estabelecimento destinatário da mercadoria, bem ou serviço; (NR)
- Alínea “a” com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não
compreendidos na competência tributária dos Municípios;
8 - não incidirá:
a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a
destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto
cobrado nas operações e prestações anteriores; (NR)
- Alínea “a” com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, incluindo lubrificantes, combustíveis
líquidos e gasosos dele derivados e energia elétrica;
c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no artigo 153, § 5º, da Constituição Federal;
d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons
e imagens de recepção livre e gratuita; (NR)
- Alínea “d” acrescentada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
9 - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos
industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à
industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos;
§3º - O produto das multas provenientes do adicional do imposto de renda será aplicado
obrigatoriamente na construção de casas populares.
§4º - O imposto previsto no inciso I, “c”: (NR)
1 - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; (NR)
2 - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização. (NR)
- § 4º acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 166 - Lei de iniciativa do Poder Executivo isentará do imposto as transmissões “causa
mortis” de imóvel de pequeno valor, utilizado como residência do beneficiário da herança.
Parágrafo único - A lei a que se refere o “caput” deste artigo estabelecerá as bases do valor
referido, de conformidade com os índices oficiais fixados pelo Governo Federal.

SEÇÃO IV
Da Repartição das Receitas Tributárias

Artigo 167 - O Estado destinará aos Municípios:


I - cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto sobre a propriedade de veículos
automotores licenciados em seus respectivos territórios;
II - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto sobre operações relativas à
circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação;
III - vinte e cinco por cento dos recursos que receber nos termos do artigo 159, II, da Constituição
Federal;
IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio
econômico que couber ao Estado, nos termos do § 4º do artigo 159 da Constituição Federal e na
forma da lei a que se refere o inciso III do mesmo artigo. (NR)
- Inciso IV acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§1º - As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso II, serão
creditadas conforme os seguintes critérios:
1 - três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação
de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios;
2 - até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual.
§2º - As parcelas de receita pertencentes aos Municípios mencionados no inciso III serão
creditadas conforme os critérios estabelecidos no §1º.
§3º - Cabe à lei dispor sobre o acompanhamento, pelos beneficiários, do cálculo das quotas e da
liberação das participações previstas neste artigo.
Artigo 168 - É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos
atribuídos nesta seção aos Municípios, neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos a
impostos.
Parágrafo único - A proibição contida no “caput” não impede o Estado de condicionar a entrega
de recursos ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias, e ao cumprimento do
disposto no artigo 198, § 2º, III, e § 3º, da Constituição Federal. (NR)
- Parágrafo único com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.

CAPÍTULO II
Das Finanças

Artigo 169 - A despesa de pessoal ativo e inativo ficará sujeita aos limites estabelecidos na lei
complementar a que se refere o artigo 169 da Constituição Federal.
Parágrafo único - A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de
cargos ou a alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão de pessoal, a qualquer
título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas
ou mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas:
1 - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de
pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
2 - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas
públicas e as sociedades de economia mista.
Artigo 170 - O Poder Executivo publicará e enviará ao Legislativo, até trinta dias após o
encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
§1º - Até dez dias antes do encerramento do prazo de que trata este artigo, as autoridades nele
referidas remeterão ao Poder Executivo as informações necessárias.
§2º - Os Poderes Judiciário e Legislativo, bem como o Tribunal de Contas e o Ministério Público,
publicarão seus relatórios, nos termos deste artigo.
Artigo 171 - Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos
suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do
Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em
duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o artigo 165, § 9º, da Constituição
Federal. (NR)
- Artigo 171 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 172 - Os recursos financeiros, provenientes da exploração de gás natural, que couberem
ao Estado por força do disposto no § 1º do artigo 20 da Constituição Federal, serão aplicados
preferencialmente na construção, desenvolvimento e manutenção do sistema estadual de gás
canalizado.
Artigo 173 - São agentes financeiros do Tesouro Estadual os hoje denominados Banco do Estado
de São Paulo S/A e Caixa Econômica do Estado de São Paulo S/A.

CAPÍTULO III
Dos Orçamentos

Artigo 174 - Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão, com observância dos preceitos
correspondentes da Constituição Federal:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
§1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública estadual para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as
relativas aos programas de duração continuada.
§2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração
pública estadual, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
§3º - Os planos e programas estaduais previstos nesta Constituição serão elaborados em
consonância com o plano plurianual.
§4º - A lei orçamentária anual compreenderá:
1 - o orçamento fiscal referente aos Poderes do Estado, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público;
2 - o orçamento de investimentos das empresas em que o Estado, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
3 - o orçamento de seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta e indireta, bem como os fundos e fundações instituídas ou mantidas pelo
Poder Público;
4 - o orçamento da verba necessária ao pagamento de débitos oriundos de sentenças transitadas
em julgado, constantes dos precatórios judiciais apresentados até 1º de julho, a serem
consignados diretamente ao Poder Judiciário, ressalvados os créditos de natureza alimentícia e as
obrigações definidas em lei como de pequeno valor. (NR)
- Item 4 acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§5º - A matéria do projeto das leis a que se refere o "caput" deste artigo será organizada e
compatibilizada em todos os seus aspectos setoriais e regionais pelo órgão central de
planejamento do Estado.
§6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo dos efeitos decorrentes
de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e
creditícia.
§7º - Os orçamentos previstos no §4º, itens 1 e 2, deste artigo, compatibilizados com o plano
plurianual, terão, entre suas funções, a de reduzir desigualdades inter-regionais.
§8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
§9º - O Governador enviará à Assembleia Legislativa: (NR)
1 - até 15 de agosto do primeiro ano do mandato do Governador eleito, o projeto de lei dispondo
sobre o plano plurianual; (NR)
2 - até 30 de abril, anualmente, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias; e (NR)
3 - até 30 de setembro, de cada ano, o projeto de lei da proposta orçamentária para o exercício
subsequente. (NR)
- § 9º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 24, de 23/01/2008.
Artigo 175 - Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao
orçamento anual e aos créditos adicionais, bem como suas emendas, serão apreciados pela
Assembleia Legislativa.
§ 1º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem serão
admitidas desde que:
1 - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
2 - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Municípios.
3 - sejam relacionadas:
a) com correção de erros ou omissões;
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§2º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando
incompatíveis com o plano plurianual.
§3º - O Governador poderá enviar mensagem ao Legislativo para propor modificações nos
projetos a que se refere este artigo, enquanto não iniciada, na Comissão competente, a votação
da parte cuja alteração é proposta.
§4º - Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta
seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.
§5º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante
créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
§ 6º - As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão de 0,3% (três décimos por
cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo
que a metade do percentual a ser estabelecido será destinada a ações e serviços públicos de
saúde. (NR)
§ 7º - A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no § 6º
deste artigo, inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do item 1 do parágrafo
único do artigo 222, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais. (NR)
§ 8º - É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 6º
deste artigo, em montante de 0,3% (três décimos por cento) da receita corrente líquida realizada
no exercício anterior, conforme os critérios definidos na lei de diretrizes orçamentárias. (NR)
§ 9º - Os restos a pagar poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução
financeira prevista no § 8º deste artigo, em montante estabelecido na lei de diretrizes
orçamentárias. (NR)
§ 10 - Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não
cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, o
montante previsto no § 8º deste artigo poderá ser reduzido em até a mesma proporção da
limitação incidente sobre o conjunto das despesas discricionárias. (NR)
- §§ 6º a 10 acrescentados pela Emenda Constitucional nº 45, de 18/12/2017, produzindo efeitos a partir da execução
orçamentária do exercício financeiro subsequente.
Artigo 176 - São vedados:
I - o início de programas, projetos e atividades não incluídos na lei orçamentária anual;
II - a realização de despesas ou assunção de obrigações diretas que excedam os créditos
orçamentários ou adicionais;
III - a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com fim preciso,
aprovados pelo Poder Legislativo, por maioria absoluta;
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas as permissões
previstas no artigo 167, IV, da Constituição Federal e a destinação de recursos para a pesquisa
científica e tecnológica, conforme dispõe o artigo 218, §5º, da Constituição Federal;
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem
indicação dos recursos correspondentes;
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir “déficit” de empresas, fundações e fundos,
inclusive dos mencionados no artigo 165, §5º, da Constituição Federal.
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.
§1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de
responsabilidade.
§2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do
exercício financeiro subsequente.

TÍTULO VI
Da Ordem Econômica
CAPÍTULO I
Dos Princípios Gerais da Atividade Econômica

Artigo 177 - O Estado estimulará a descentralização geográfica das atividades de produção de


bens e serviços, visando ao desenvolvimento equilibrado das regiões.
Artigo 178 - O Estado dispensará às microempresas, às empresas de pequeno porte constituídas
sob as leis brasileiras e que tenham sede e administração no país, aos micro e pequenos
produtores rurais, assim definidos em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-los
pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias e creditícias, ou pela eliminação
ou redução destas, por meio de lei. (NR)
- Artigo 178, "caput", com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Parágrafo único - As microempresas e empresas de pequeno porte constituem categorias
econômicas diferenciadas apenas quanto às atividades industriais, comerciais, de prestação de
serviços e de produção rural a que se destinam.
Artigo 179 - A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.

CAPÍTULO II
Do Desenvolvimento Urbano

Artigo 180 - No estabelecimento de diretrizes e normas relativas ao desenvolvimento urbano, o


Estado e os Municípios assegurarão:
I - o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e a garantia do bem-estar de seus
habitantes;
II - a participação das respectivas entidades comunitárias no estudo, encaminhamento e solução
dos problemas, planos, programas e projetos que lhes sejam concernentes;
III - a preservação, proteção e recuperação do meio ambiente urbano e cultural;
IV - a criação e manutenção de áreas de especial interesse histórico, urbanístico, ambiental,
turístico e de utilização pública;
V - a observância das normas urbanísticas, de segurança, higiene e qualidade de vida;
VI - a restrição à utilização de áreas de riscos geológicos;
VII - as áreas definidas em projetos de loteamento como áreas verdes ou institucionais não
poderão ter sua destinação, fim e objetivos originariamente alterados, exceto quando a alteração
da destinação tiver como finalidade a regularização de: (NR)
a) loteamentos, cujas áreas verdes ou institucionais estejam total ou parcialmente ocupadas por
núcleos habitacionais de interesse social destinados à população de baixa renda, e cuja situação
esteja consolidada ou seja de difícil reversão; (NR)
b) equipamentos públicos implantados com uso diverso da destinação, fim e objetivos
originariamente previstos quando da aprovação do loteamento; (NR)
c) imóveis ocupados por organizações religiosas para suas atividades finalísticas. (NR)
- Inciso VII com redação dada pela Emenda Constitucional nº 26, de 15/12/2008.
§1º - As exceções contempladas nas alíneas “a” e “b” do inciso VII deste artigo serão admitidas
desde que a situação das áreas objeto de regularização esteja consolidada até dezembro de
2004, e mediante a realização de compensação, que se dará com a disponibilização de outras
áreas livres ou que contenham equipamentos públicos já implantados nas proximidades das áreas
objeto de compensação. (NR)
- § 1º acrescentado pela Emenda Constitucional nº 23, de 31/01/2007.
§2º - A compensação de que trata o parágrafo anterior poderá ser dispensada, por ato
fundamentado da autoridade municipal competente, desde que nas proximidades da área pública
cuja destinação será alterada existam outras áreas públicas que atendam as necessidades da
população. (NR)
- § 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 26, de 15/12/2008.
§3º - A exceção contemplada na alínea ‘c’ do inciso VII deste artigo será permitida desde que a
situação das áreas públicas objeto de alteração da destinação esteja consolidada até dezembro
de 2004, e mediante a devida compensação ao Poder Executivo Municipal, conforme diretrizes
estabelecidas em lei municipal específica. (NR)
- § 3º acrescentado pela Emenda Constitucional nº 26, de 15/12/2008.
Artigo 181 - Lei municipal estabelecerá em conformidade com as diretrizes do plano diretor,
normas sobre zoneamento, loteamento, parcelamento, uso e ocupação do solo, índices
urbanísticos, proteção ambiental e demais limitações administrativas pertinentes.
§1º - Os planos diretores, obrigatórios a todos os Municípios, deverão considerar a totalidade de
seu território municipal.
§2º - Os Municípios observarão, quando for o caso, os parâmetros urbanísticos de interesse
regional, fixados em lei estadual, prevalecendo, quando houver conflito, a norma de caráter mais
restritivo, respeitadas as respectivas autonomias.
§3º - Os Municípios estabelecerão, observadas as diretrizes fixadas para as regiões
metropolitanas, microrregiões e aglomerações urbanas, critérios para regularização e urbanização,
assentamentos e loteamentos irregulares.
§4º - É vedado aos Municípios, nas suas legislações edilícias, a exigência de apresentação da
planta interna para edificações unifamiliares. No caso de reformas, é vedado a exigência de
qualquer tipo de autorização administrativa e apresentação da planta interna para todas as
edificações residenciais, desde que assistidas por profissionais habilitados. (NR)
- § 4º acrescentado pela Emenda Constitucional nº 16, de 25/11/2002.
Artigo 182 - Incumbe ao Estado e aos Municípios promover programas de construção de
moradias populares, de melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico.
Artigo 183 - Ao Estado, em consonância com seus objetivos de desenvolvimento econômico e
social, cabe estabelecer, mediante lei, diretrizes para localização e integração das atividades
industriais, considerando os aspectos ambientais, locacionais, sociais, econômicos e estratégicos,
e atendendo ao melhor aproveitamento das condições naturais urbanas e de organização
especial.
Parágrafo único - Competem aos Municípios, de acordo com as respectivas diretrizes de
desenvolvimento urbano, a criação e a regulamentação de zonas industriais, obedecidos os
critérios estabelecidos pelo Estado, mediante lei, e respeitadas as normas relacionadas ao uso e
ocupação do solo e ao meio ambiente urbano e natural.

CAPÍTULO III
Da Política Agrícola, Agrária e Fundiária

Artigo 184 - Caberá ao Estado, com a cooperação dos Municípios:


I - orientar o desenvolvimento rural, mediante zoneamento agrícola inclusive;
II - propiciar o aumento da produção e da produtividade, bem como a ocupação estável do campo;
III - manter estrutura de assistência técnica e extensão rural;
IV - orientar a utilização racional de recursos naturais de forma sustentada, compatível com a
preservação do meio ambiente, especialmente quanto à proteção e conservação do solo e da
água;
V - manter um sistema de defesa sanitária animal e vegetal;
VI - criar sistema de inspeção e fiscalização de insumos agropecuários;
VII - criar sistema de inspeção, fiscalização, normatização, padronização e classificação de
produtos de origem animal e vegetal;
VIII - manter e incentivar a pesquisa agropecuária;
IX - criar programas especiais para fornecimento de energia, de forma favorecida, com o objetivo
de amparar e estimular a irrigação;
X - criar programas específicos de crédito, de forma favorecida, para custeio e aquisição de
insumos, objetivando incentivar a produção de alimentos básicos e da horticultura.
§1º - Para a consecução dos objetivos assinalados neste artigo, o Estado organizará sistema
integrado de órgãos públicos e promoverá a elaboração e execução de planos de
desenvolvimento agropecuários, agrários e fundiários.
§2º - O Estado, mediante lei, criará um Conselho de Desenvolvimento Rural, com objetivo de
propor diretrizes à sua política agrícola, garantida a participação de representantes da comunidade
agrícola, tecnológica e agronômica, organismos governamentais, de setores empresariais e de
trabalhadores.
Artigo 185 - O Estado compatibilizará a sua ação na área agrícola e agrária para garantir as
diretrizes e metas do Programa Nacional de Reforma Agrária.
Artigo 186 - A ação dos órgãos oficiais atenderá, de forma preferencial, aos imóveis que cumpram
a função social da propriedade, e especialmente aos mini e pequenos produtores rurais e aos
beneficiários de projeto de reforma agrária.
Artigo 187 - A concessão real de uso de terras públicas far-se-á por meio de contrato, onde
constarão, obrigatoriamente, além de outras que forem estabelecidas pelas partes, cláusulas
definidoras:
I - da exploração das terras, de modo direto, pessoal ou familiar, para cultivo ou qualquer outro tipo
de exploração que atenda ao plano público de política agrária, sob pena de reversão ao
concedente;
II - da obrigatoriedade de residência dos beneficiários na localidade de situação das terras;
III - da indivisibilidade e da intransferibilidade das terras, a qualquer título, sem autorização
expressa e prévia do concedente;
IV - da manutenção das reservas florestais obrigatórias e observância das restrições ambientais
do uso do imóvel, nos termos da lei.
Artigo 188 - O Estado apoiará e estimulará o cooperativismo e o associativismo como instrumento
de desenvolvimento sócio-econômico, bem como estimulará formas de produção, consumo,
serviços, créditos e educação co-associadas, em especial nos assentamentos para fins de reforma
agrária.
Artigo 189 - Caberá ao Poder Público, na forma da lei, organizar o abastecimento alimentar,
assegurando condições para a produção e distribuição de alimentos básicos.
Artigo 190 - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal.
- Artigo 190 foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI nº 403/1990, julgada em
01/07/2002.

CAPÍTULO IV
Do Meio Ambiente, dos Recursos Naturais e do Saneamento
SEÇÃO I
Do Meio Ambiente

Artigo 191 - O Estado e os Municípios providenciarão, com a participação da coletividade, a


preservação, conservação, defesa, recuperação e melhoria do meio ambiente natural, artificial e
do trabalho, atendidas as peculiaridades regionais e locais e em harmonia com o desenvolvimento
social e econômico.
Artigo 192 - A execução de obras, atividades, processos produtivos e empreendimentos e a
exploração de recursos naturais de qualquer espécie, quer pelo setor público, quer pelo privado,
serão admitidas se houver resguardo do meio ambiente ecologicamente equilibrado.
§1º - A outorga de licença ambiental, por órgão ou entidade governamental competente, integrante
de sistema unificado para esse efeito, será feita com observância dos critérios gerais fixados em
lei, além de normas e padrões estabelecidos pelo Poder Público e em conformidade com o
planejamento e zoneamento ambientais.
§2º - A licença ambiental, renovável na forma da lei, para a execução e a exploração mencionadas
no “caput” deste artigo, quando potencialmente causadoras de significativa degradação do meio
ambiente, será sempre precedida, conforme critérios que a legislação especificar, da aprovação do
Estudo Prévio de Impacto Ambiental e respectivo relatório a que se dará prévia publicidade,
garantida a realização de audiências públicas.
Artigo 193 - O Estado, mediante lei, criará um sistema de administração da qualidade ambiental,
proteção, controle e desenvolvimento do meio ambiente e uso adequado dos recursos naturais,
para organizar, coordenar e integrar as ações de órgãos e entidades da administração pública
direta e indireta, assegurada a participação da coletividade, com o fim de:
I - propor uma política estadual de proteção ao meio ambiente;
II - adotar medidas, nas diferentes áreas de ação pública e junto ao setor privado, para manter e
promover o equilíbrio ecológico e a melhoria da qualidade ambiental, prevenindo a degradação em
todas as suas formas e impedindo ou mitigando impactos ambientais negativos e recuperando o
meio ambiente degradado;
III - definir, implantar e administrar espaços territoriais e seus componentes representativos de
todos os ecossistemas originais a serem protegidos, sendo a alteração e supressão, incluindo os
já existentes, permitidas somente por lei;
IV - realizar periodicamente auditorias nos sistemas de controle de poluição e de atividades
potencialmente poluidoras;
V - informar a população sobre os níveis de poluição, a qualidade do meio ambiente, as situações
de risco de acidentes, a presença de substâncias potencialmente nocivas à saúde, na água
potável e nos alimentos, bem como os resultados das monitoragens e auditorias a que se refere o
inciso IV deste artigo;
VI - incentivar a pesquisa, o desenvolvimento e a capacitação tecnológica para a resolução dos
problemas ambientais e promover a informação sobre essas questões;
VII - estimular e incentivar a pesquisa, o desenvolvimento e a utilização de fontes de energias
alternativas, não poluentes, bem como de tecnologias brandas e materiais poupadores de energia;
VIII - fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação genética;
IX - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais das espécies e dos ecossistemas;
X - proteger a flora e a fauna, nesta compreendidos todos os animais silvestres, exóticos e
domésticos, vedadas as práticas que coloquem em risco sua função ecológica e que provoquem
extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade, fiscalizando a extração, produção,
criação, métodos de abate, transporte, comercialização e consumo de seus espécimes e
subprodutos;
XI - controlar e fiscalizar a produção, armazenamento, transporte, comercialização, utilização e
destino final de substâncias, bem como o uso de técnicas, métodos e instalações que comportem
risco efetivo ou potencial para a qualidade de vida e meio ambiente, incluindo o de trabalho;
XII - promover a captação e orientar a aplicação de recursos financeiros destinados ao
desenvolvimento de todas as atividades relacionadas com a proteção e conservação do meio
ambiente;
XIII - disciplinar a restrição à participação em concorrências públicas e ao acesso a benefícios
fiscais e créditos oficiais às pessoas físicas e jurídicas condenadas por atos de degradação do
meio ambiente;
XIV - promover medidas judiciais e administrativas de responsabilização dos causadores de
poluição ou de degradação ambiental;
XV - promover a educação ambiental e a conscientização pública para a preservação,
conservação e recuperação do meio ambiente;
XVI - promover e manter o inventário e o mapeamento da cobertura vegetal nativa, visando à
adoção de medidas especiais de proteção, bem como promover o reflorestamento, em especial,
às margens de rios e lagos, visando à sua perenidade;
XVII - estimular e contribuir para a recuperação da vegetação em áreas urbanas, com plantio de
árvores, preferencialmente frutíferas, objetivando especialmente a consecução de índices mínimos
de cobertura vegetal;
XVIII - incentivar e auxiliar tecnicamente as associações de proteção ao meio ambiente
constituídas na forma da lei, respeitando a sua autonomia e independência de atuação;
XIX - instituir programas especiais mediante a integração de todos os seus órgãos, incluindo os de
crédito, objetivando incentivar os proprietários rurais a executarem as práticas de conservação do
solo e da água, de preservação e reposição das matas ciliares e replantio de espécies nativas;
XX - controlar e fiscalizar obras, atividades, processos produtivos e empreendimentos que, direta
ou indiretamente, possam causar degradação do meio ambiente, adotando medidas preventivas
ou corretivas e aplicando as sanções administrativas pertinentes;
XXI - realizar o planejamento e o zoneamento ambientais, considerando as características
regionais e locais, e articular os respectivos planos, programas e ações;
Parágrafo único - O sistema mencionado no “caput” deste artigo será coordenado por órgão da
administração direta que será integrado por:
a) Conselho Estadual do Meio Ambiente, órgão normativo e recursal, cujas atribuições e
composição serão definidas em lei;
b) órgãos executivos incumbidos da realização das atividades de desenvolvimento ambiental.
Artigo 194 - Aquele que explorar recursos naturais fica obrigado a recuperar o meio ambiente
degradado, de acordo com a solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da
lei.
Parágrafo único - É obrigatória, na forma da lei, a recuperação, pelo responsável, da vegetação
adequada nas áreas protegidas, sem prejuízo das demais sanções cabíveis.
Artigo 195 - As condutas e atividades lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas
físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, com aplicação de multas diárias e
progressivas no caso de continuidade da infração ou reincidência, incluídas a redução do nível de
atividade e a interdição, independentemente da obrigação dos infratores de reparação aos danos
causados.
Parágrafo único - O sistema de proteção e desenvolvimento do meio ambiente será integrado
pela Polícia Militar, mediante suas unidades de policiamento florestal e de mananciais, incumbidas
da prevenção e repressão das infrações cometidas contra o meio ambiente, sem prejuízo dos
corpos de fiscalização dos demais órgãos especializados.
Artigo 196 - A Mata Atlântica, a Serra do Mar, a Zona Costeira, o Complexo Estuarino Lagunar
entre Iguape e Cananeia, os Vales dos Rios Paraíba, Ribeira, Tietê e Paranapanema e as
unidades de conservação do Estado, são espaços territoriais especialmente protegidos e sua
utilização far-se-á na forma da lei, dependendo de prévia autorização e dentro de condições que
assegurem a preservação do meio ambiente.
Artigo 197 - São áreas de proteção permanente:
I - os manguezais;
II - as nascentes, os mananciais e matas ciliares;
III - as áreas que abriguem exemplares raros da fauna e da flora, bem como aquelas que sirvam
como local de pouso ou reprodução de migratórios;
IV - as áreas estuarinas;
V - as paisagens notáveis;
VI - as cavidades naturais subterrâneas.
Artigo 198 - O Estado estabelecerá, mediante lei, os espaços definidos no inciso V do artigo
anterior, a serem implantados como especialmente protegidos, bem como as restrições ao uso e
ocupação desses espaços, considerando os seguintes princípios:
I - preservação e proteção da integridade de amostras de toda a diversidade de ecossistemas;
II - proteção do processo evolutivo das espécies;
III - preservação e proteção dos recursos naturais.
Artigo 199 - O Poder Público estimulará a criação e manutenção de unidades privadas de
conservação.
Artigo 200 - O Poder Público Estadual, mediante lei, criará mecanismos de compensação
financeira para Municípios que sofrerem restrições por força de instituição de espaços territoriais
especialmente protegidos pelo Estado.
Artigo 201 - O Estado apoiará a formação de consórcios entre os Municípios, objetivando a
solução de problemas comuns relativos à proteção ambiental, em particular à preservação dos
recursos hídricos e ao uso equilibrado dos recursos naturais.
Artigo 202 - As áreas declaradas de utilidade pública, para fins de desapropriação, objetivando a
implantação de unidades de conservação ambiental, serão consideradas espaços territoriais
especialmente protegidos, não sendo nelas permitidas atividades que degradem o meio ambiente
ou que, por qualquer forma, possam comprometer a integridade das condições ambientais que
motivaram a expropriação.
Artigo 203 - São indisponíveis as terras devolutas estaduais, apuradas em ações discriminatórias
e arrecadadas pelo Poder Público, inseridas em unidades de preservação ou necessárias à
proteção dos ecossistemas naturais.
Artigo 204 - Fica proibida a caça, sob qualquer pretexto, em todo o Estado.
- Artigo 204 ver STF - ADI nº 350/1990.

SEÇÃO II
Dos Recursos Hídricos

Artigo 205 - O Estado instituirá, por lei, sistema integrado de gerenciamento dos recursos
hídricos, congregando órgãos estaduais e municipais e a sociedade civil, e assegurará meios
financeiros e institucionais para:
I - a utilização racional das águas superficiais e subterrâneas e sua prioridade para abastecimento
às populações;
II - o aproveitamento múltiplo dos recursos hídricos e o rateio dos custos das respectivas obras, na
forma da lei;
III - a proteção das águas contra ações que possam comprometer o seu uso atual e futuro;
IV - a defesa contra eventos críticos, que ofereçam riscos à saúde e segurança públicas e
prejuízos econômicos ou sociais;
V - a celebração de convênios com os Municípios, para a gestão, por estes, das águas de
interesse exclusivamente local;
VI - a gestão descentralizada, participativa e integrada em relação aos demais recursos naturais e
às peculiaridades da respectiva bacia hidrográfica;
VII - o desenvolvimento do transporte hidroviário e seu aproveitamento econômico.
Artigo 206 - As águas subterrâneas, reservas estratégicas para o desenvolvimento econômico-
social e valiosas para o suprimento de água às populações, deverão ter programa permanente de
conservação e proteção contra poluição e superexplotação, com diretrizes em lei.
Artigo 207 - O Poder Público, mediante mecanismos próprios, definidos em lei, contribuirá para o
desenvolvimento dos Municípios em cujos territórios se localizarem reservatórios hídricos e
naqueles que recebam o impacto deles.
Artigo 208 - Fica vedado o lançamento de efluentes e esgotos urbanos e industriais, sem o devido
tratamento, em qualquer corpo de água.
Artigo 209 - O Estado adotará medidas para controle da erosão, estabelecendo-se normas de
conservação do solo em áreas agrícolas e urbanas.
Artigo 210 - Para proteger e conservar as águas e prevenir seus efeitos adversos, o Estado
incentivará a adoção, pelos Municípios, de medidas no sentido:
I - da instituição de áreas de preservação das águas utilizáveis para abastecimento às populações
e da implantação, conservação e recuperação de matas ciliares;
II - do zoneamento de áreas inundáveis, com restrições a usos incompatíveis nas sujeitas a
inundações frequentes e da manutenção da capacidade de infiltração do solo;
III - da implantação de sistemas de alerta e defesa civil, para garantir a segurança e a saúde
públicas, quando de eventos hidrológicos indesejáveis;
IV - do condicionamento, à aprovação prévia por organismos estaduais de controle ambiental e de
gestão de recursos hídricos, na forma da lei, dos atos de outorga de direitos que possam influir na
qualidade ou quantidade das águas superficiais e subterrâneas;
V - da instituição de programas permanentes de racionalização do uso das águas destinadas ao
abastecimento público e industrial e à irrigação, assim como de combate às inundações e à
erosão.
Parágrafo único - A lei estabelecerá incentivos para os Municípios que aplicarem,
prioritariamente, o produto da participação no resultado da exploração dos potenciais energéticos
em seu território, ou da compensação financeira, nas ações previstas neste artigo e no tratamento
de águas residuárias.
Artigo 211 - Para garantir as ações previstas no artigo 205, a utilização dos recursos hídricos será
cobrada segundo as peculiaridades de cada bacia hidrográfica, na forma da lei, e o produto
aplicado nos serviços e obras referidos no item 1, do parágrafo único, deste artigo.
Parágrafo único - O produto da participação do Estado no resultado da exploração de potenciais
hidroenergéticos em seu território, ou da compensação financeira, será aplicado, prioritariamente:
1 - em serviços e obras hidráulicas e de saneamento de interesse comum, previstos nos planos
estaduais de recursos hídricos e de saneamento básico;
2 - na compensação, na forma da lei, aos Municípios afetados por inundações decorrentes de
reservatórios de água implantados pelo Estado, ou que tenham restrições ao seu desenvolvimento
em razão de leis de proteção de mananciais.
Artigo 212 - Na articulação com a União, quando da exploração dos serviços e instalações de
energia elétrica, e do aproveitamento energético dos cursos de água em seu território, o Estado
levará em conta os usos múltiplos e o controle das águas, a drenagem, a correta utilização das
várzeas, a flora e a fauna aquáticas e a preservação do meio ambiente.
Artigo 213 - A proteção da quantidade e da qualidade das águas será obrigatoriamente levada em
conta quando da elaboração de normas legais relativas a florestas, caça, pesca, fauna,
conservação da natureza, defesa do solo e demais recursos naturais e ao meio ambiente.

SEÇÃO III
Dos Recursos Minerais

Artigo 214 - Compete ao Estado:


I - elaborar e propor o planejamento estratégico do conhecimento geológico de seu território,
executando programa permanente de levantamentos geológicos básicos, no atendimento de
necessidades do desenvolvimento econômico e social, em conformidade com a política estadual
do meio ambiente;
II - aplicar o conhecimento geológico ao planejamento regional, às questões ambientais, de erosão
do solo, de estabilidade de encostas, de construção de obras civis e à pesquisa e exploração de
recursos minerais e de água subterrânea;
III - proporcionar o atendimento técnico nas aplicações do conhecimento geológico às
necessidades das Prefeituras do Estado;
IV - fomentar as atividades de mineração, de interesse sócio-econômico-financeiro para o Estado,
em particular de cooperativas, pequenos e médios mineradores, assegurando o suprimento de
recursos minerais necessários ao atendimento da agricultura, da indústria de transformação e da
construção civil do Estado, de maneira estável e harmônica com as demais formas de ocupação
do solo e atendimento à legislação ambiental;
V - executar e incentivar o desenvolvimento tecnológico aplicado à pesquisa, exploração racional e
beneficiamento de recursos minerais.

SEÇÃO IV
Do Saneamento

Artigo 215 - A lei estabelecerá a política das ações e obras de saneamento básico no Estado,
respeitando os seguintes princípios:
I - criação e desenvolvimento de mecanismos institucionais e financeiros, destinados a assegurar
os benefícios do saneamento à totalidade da população;
II - prestação de assistência técnica e financeira aos Municípios, para o desenvolvimento dos seus
serviços;
III - orientação técnica para os programas visando ao tratamento de despejos urbanos e industriais
e de resíduos sólidos, e fomento à implantação de soluções comuns, mediante planos regionais
de ação integrada.
Artigo 216 - O Estado instituirá, por lei, plano plurianual de saneamento estabelecendo as
diretrizes e os programas para as ações nesse campo.
§1º - O plano, objeto deste artigo deverá respeitar as peculiaridades regionais e locais e as
características das bacias hidrográficas e dos respectivos recursos hídricos.
§2º - O Estado assegurará condições para a correta operação, necessária ampliação e eficiente
administração dos serviços de saneamento básico prestados por concessionária sob seu controle
acionário.
§3º - As ações de saneamento deverão prever a utilização racional da água, do solo e do ar, de
modo compatível com a preservação e melhoria da qualidade da saúde pública e do meio
ambiente e com a eficiência dos serviços públicos de saneamento.

TÍTULO VII
Da Ordem Social
CAPÍTULO I
Disposição Geral

Artigo 217 - Ao Estado cumpre assegurar o bem-estar social, garantindo o pleno acesso aos bens
e serviços essenciais ao desenvolvimento individual e coletivo.

CAPÍTULO II
Da Seguridade Social
SEÇÃO I
Disposição Geral

Artigo 218 - O Estado garantirá, em seu território, o planejamento e desenvolvimento de ações


que viabilizem, no âmbito de sua competência, os princípios de seguridade social previstos nos
artigos 194 e 195 da Constituição Federal.

SEÇÃO II
Da Saúde

Artigo 219 - A saúde é direito de todos e dever do Estado.


Parágrafo único - Os Poderes Públicos Estadual e Municipal garantirão o direito à saúde
mediante:
1 - políticas sociais, econômicas e ambientais que visem ao bem-estar físico, mental e social do
indivíduo e da coletividade e à redução do risco de doenças e outros agravos;
2 - acesso universal e igualitário às ações e ao serviço de saúde, em todos os níveis;
3 - direito à obtenção de informações e esclarecimentos de interesse da saúde individual e
coletiva, assim como as atividades desenvolvidas pelo sistema;
4 - atendimento integral do indivíduo, abrangendo a promoção, preservação e recuperação de sua
saúde.
Artigo 220 - As ações e os serviços de saúde são de relevância pública, cabendo ao Poder
Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle.
§1º - As ações e os serviços de preservação da saúde abrangem o ambiente natural, os locais
públicos e de trabalho.
§2º - As ações e serviços de saúde serão realizados, preferencialmente, de forma direta, pelo
Poder Público ou através de terceiros, e pela iniciativa privada.
§3º - A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
§4º - A participação do setor privado no sistema único de saúde efetivar-se-á segundo suas
diretrizes, mediante convênio ou contrato de direito público, tendo preferência as entidades
filantrópicas e as sem fins lucrativos.
§5º - As pessoas físicas e as pessoas jurídicas de direito privado, quando participarem do sistema
único de saúde, ficam sujeitas às suas diretrizes e às normas administrativas incidentes sobre o
objeto de convênio ou de contrato.
§6º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílio ou subvenções às instituições
privadas com fins lucrativos.
Artigo 221 - Os Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde, que terão sua composição,
organização e competência fixadas em lei, garantem a participação de representantes da
comunidade, em especial, dos trabalhadores, entidades e prestadores de serviços da área de
saúde, além do Poder Público, na elaboração e controle das políticas de saúde, bem como na
formulação, fiscalização e acompanhamento do sistema único de saúde.
Artigo 222 - As ações e os serviços de saúde executados e desenvolvidos pelos órgãos e
instituições públicas estaduais e municipais, da administração direta, indireta e fundacional,
constituem o sistema único de saúde, nos termos da Constituição Federal, que se organizará ao
nível do Estado, de acordo com as seguintes diretrizes e bases:
I - descentralização com direção única no âmbito estadual e no de cada Município, sob a direção
de um profissional de saúde;
II - municipalização dos recursos, serviços e ações de saúde, com estabelecimento em lei dos
critérios de repasse das verbas oriundas das esferas federal e estadual;
III - integração das ações e serviços com base na regionalização e hierarquização do atendimento
individual e coletivo, adequado às diversas realidades epidemiológicas;
IV - universalização da assistência de igual qualidade com instalação e acesso a todos os níveis,
dos serviços de saúde à população urbana e rural;
V - gratuidade dos serviços prestados, vedada a cobrança de despesas e taxas sob qualquer
título.
Parágrafo único - O Poder Público Estadual e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e
serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados
sobre: (NR)
1 - no caso do Estado, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o artigo 165 da
Constituição Estadual e dos recursos de que tratam os artigos 157 e 159, I, “a”, e II, da
Constituição Federal, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos Municípios; (NR)
2 - no caso dos Municípios, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o artigo 156
da Constituição Federal e dos recursos de que tratam os artigos 158, I e II, e 159, I, “b”, da
Constituição Federal e artigo 167 da Constituição Estadual. (NR)
- Parágrafo único acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 223 - Compete ao sistema único de saúde, nos termos da lei, além de outras atribuições:
I - a assistência integral à saúde, respeitadas as necessidades específicas de todos os segmentos
da população;
II - a identificação e o controle dos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual e
coletiva, mediante, especialmente, ações referentes à:
a) vigilância sanitária;
b) vigilância epidemiológica;
c) saúde do trabalhador;
d) saúde do idoso;
e) saúde da mulher;
f) saúde da criança e do adolescente;
g) saúde dos portadores de deficiências;
III - a implementação dos planos estaduais de saúde e de alimentação e nutrição, em termos de
prioridades e estratégias regionais, em consonância com os Planos Nacionais;
IV - a participação na formulação da política e na execução das ações de saneamento básico;
V - a organização, fiscalização e controle da produção e distribuição dos componentes
farmacêuticos básicos, medicamentos, produtos químicos, biotecnológicos, imunobiológicos,
hemoderivados e outros de interesse para a saúde, facilitando à população o acesso a eles;
VI - a colaboração na proteção do meio ambiente, incluindo do trabalho, atuando em relação ao
processo produtivo para garantir:
a) o acesso dos trabalhadores às informações referentes a atividades que comportem riscos à
saúde e a métodos de controle, bem como aos resultados das avaliações realizadas;
b) a adoção de medidas preventivas de acidentes e de doenças do trabalho;
VII - a participação no controle e fiscalização da produção, armazenamento, transporte, guarda e
utilização de substâncias de produtos psicoativos, tóxicos e teratogênicos;
VIII - a adoção de política de recursos humanos em saúde e na capacitação, formação e
valorização de profissionais da área, no sentido de propiciar melhor adequação às necessidades
específicas do Estado e de suas regiões e ainda àqueles segmentos da população cujas
particularidades requerem atenção especial, de forma a aprimorar a prestação de assistência
integral;
IX - a implantação de atendimento integral aos portadores de deficiências, de caráter
regionalizado, descentralizado e hierarquizado em níveis de complexidade crescente, abrangendo
desde a atenção primária, secundária e terciária de saúde, até o fornecimento de todos os
equipamentos necessários à sua integração social;
X - a garantia do direito à auto-regulação da fertilidade como livre decisão do homem, da mulher
ou do casal, tanto para exercer a procriação como para evitá-la, provendo por meios educacionais,
científicos e assistenciais para assegurá-lo, vedada qualquer forma coercitiva ou de indução por
parte de instituições públicas ou privadas;
XI - a revisão do Código Sanitário Estadual a cada cinco anos;
XII - a fiscalização e controle do equipamento e aparelhagem utilizados no sistema de saúde, na
forma da lei.
Artigo 224 - Cabe à rede pública de saúde, pelo seu corpo clínico especializado, prestar o
atendimento médico para a prática do aborto nos casos excludentes de antijuridicidade, previstos
na legislação penal.
Artigo 225 - O Estado criará banco de órgãos, tecidos e substâncias humanas.
§1º - A lei disporá sobre as condições e requisitos que facilitem a remoção de órgão, tecidos e
substâncias humanas, para fins de transplante, obedecendo-se à ordem cronológica da lista de
receptores e respeitando-se, rigorosamente, as urgências médicas, pesquisa e tratamento bem
como, a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo
de comercialização.
§2º - A notificação, em caráter de emergência, em todos os casos de morte encefálica
comprovada, tanto para hospital público, como para a rede privada, nos limites do Estado, é
obrigatória.
§3º - Cabe ao Poder Público providenciar recursos e condições para receber as notificações que
deverão ser feitas em caráter de emergência, para atender ao disposto nos §§1º e 2º.
Artigo 226 - É vedada a nomeação ou designação, para cargo ou função de chefia ou
assessoramento na área de Saúde, em qualquer nível, de pessoa que participe de direção,
gerência ou administração de entidades que mantenham contratos ou convênios com o sistema
único de saúde, a nível estadual, ou sejam por ele credenciadas.
Artigo 227 - O Estado incentivará e auxiliará os Órgãos Públicos e entidades filantrópicas de
estudos, pesquisa e combate ao câncer, constituídos na forma da lei, respeitando a sua autonomia
e independência de atuação científica.
Artigo 228 - O Estado regulamentará, em seu território, todo processo de coleta e percurso de
sangue.
Artigo 229 - Compete à autoridade estadual, de ofício ou mediante denúncia de risco à saúde,
proceder à avaliação das fontes de risco no ambiente de trabalho e determinar a adoção das
devidas providências para que cessem os motivos que lhe deram causa.
§1º - Ao sindicato de trabalhadores, ou a representante que designar, é garantido requerer a
interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo o ambiente de trabalho, quando houver
exposição a risco iminente para a vida ou a saúde dos empregados.
§2º - Em condições de risco grave ou iminente no local de trabalho, será lícito ao empregado
interromper suas atividades, sem prejuízo de quaisquer direitos, até a eliminação do risco.
§3º - O Estado atuará para garantir a saúde e a segurança dos empregados nos ambientes de
trabalho.
§4º - É assegurada a cooperação dos sindicatos de trabalhadores nas ações de vigilância
sanitária desenvolvidas no local de trabalho.
Artigo 230 - O Estado garantirá o funcionamento de unidades terapêuticas para recuperação de
usuários de substâncias que geram dependência física ou psíquica, resguardado o direito de livre
adesão dos pacientes, salvo ordem judicial.
Artigo 231 - Assegurar-se-á ao paciente, internado em hospitais da rede pública ou privada, a
faculdade de ser assistido, religiosa e espiritualmente, por ministro de culto religioso.

SEÇÃO III
Da Promoção Social

Artigo 232 - As ações do Poder Público, por meio de programas e projetos na área de promoção
social, serão organizadas, elaboradas, executadas e acompanhadas com base nos seguintes
princípios:
I - participação da comunidade;
II - descentralização administrativa, respeitada a legislação federal, cabendo a coordenação e
execução de programas às esferas estadual e municipal, considerados os Municípios e as
comunidades como instâncias básicas para o atendimento e realização dos programas;
III - integração das ações dos órgãos e entidades da administração em geral, compatibilizando
programas e recursos e evitando a duplicidade de atendimento entre as esferas estadual e
municipal.
Parágrafo único - É facultado ao Poder Público vincular a programa de apoio à inclusão e
promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária, vedada a aplicação desses
recursos no pagamento de: (NR)
1 - despesas com pessoal e encargos sociais; (NR)
2 - serviço da dívida; (NR)
3 - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações
apoiados. (NR)
- Parágrafo único acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 233 - As ações governamentais e os programas de assistência social, pela sua natureza
emergencial e compensatória, não deverão prevalecer sobre a formulação e aplicação de políticas
sociais básicas nas áreas de saúde, educação, abastecimento, transporte e alimentação.
Artigo 234 - O Estado subvencionará os programas desenvolvidos pelas entidades assistenciais
filantrópicas e sem fins lucrativos, com especial atenção às que se dediquem à assistência aos
portadores de deficiências, conforme critérios definidos em lei, desde que cumpridas as exigências
de fins dos serviços de assistência social a serem prestados.
Parágrafo único - Compete ao Estado a fiscalização dos serviços prestados pelas entidades
citadas no “caput” deste artigo.
Artigo 235 - Revogado.
- Artigo 235 revogado pela Emenda Constitucional nº 44, de 18/12/2017.
Artigo 236 - O Estado criará o Conselho Estadual de Promoção Social, cuja composição, funções
e regulamentos serão definidos em lei.

CAPÍTULO III
Da Educação, da Cultura e dos Esportes e Lazer
SEÇÃO I
Da Educação

Artigo 237 - A educação, ministrada com base nos princípios estabelecidos no artigo 205 e
seguintes da Constituição Federal e inspirada nos princípios de liberdade e solidariedade humana,
tem por fim:
I - a compreensão dos direitos e deveres da pessoa humana, do cidadão, do Estado, da família e
dos demais grupos que compõem a comunidade;
II - o respeito à dignidade e às liberdades fundamentais da pessoa humana;
III - o fortalecimento da unidade nacional e da solidariedade internacional;
IV - o desenvolvimento integral da personalidade humana e a sua participação na obra do bem
comum;
V - o preparo do indivíduo e da sociedade para o domínio dos conhecimentos científicos e
tecnológicos que lhes permitam utilizar as possibilidades e vencer as dificuldades do meio,
preservando-o;
VI - a preservação, difusão e expansão do patrimônio cultural;
VII - a condenação a qualquer tratamento desigual por motivo de convicção filosófica, política ou
religiosa, bem como a quaisquer preconceitos de classe, raça ou sexo;
VIII - o desenvolvimento da capacidade de elaboração e reflexão crítica da realidade.
Artigo 238 - A lei organizará o Sistema de Ensino do Estado de São Paulo, levando em conta o
princípio da descentralização.
Artigo 239 - O Poder Público organizará o Sistema Estadual de Ensino, abrangendo todos os
níveis e modalidades, incluindo a especial, estabelecendo normas gerais de funcionamento para
as escolas públicas estaduais e municipais, bem como para as particulares.
§1º - Os Municípios organizarão, igualmente, seus sistemas de ensino.
§2º - O Poder Público oferecerá atendimento especializado aos portadores de deficiências,
preferencialmente na rede regular de ensino.
§3º - As escolas particulares estarão sujeitas à fiscalização, controle e avaliação, na forma da lei.
§4° - O Poder Público adequará as escolas e tomará as medidas necessárias quando da
construção de novos prédios, visando promover a acessibilidade das pessoas com deficiência ou
com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e obstáculos nos espaços e
mobiliários. (NR)
- § 4º acrescentado pela Emenda Constitucional nº 39, de 27/01/2014.
Artigo 240 - Os Municípios responsabilizar-se-ão prioritariamente pelo ensino fundamental,
inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria, e pré-escolar, só podendo atuar
nos níveis mais elevados quando a demanda naqueles níveis estiver plena e satisfatoriamente
atendida, do ponto de vista qualitativo e quantitativo.
Artigo 241 - O Plano Estadual de Educação, estabelecido em lei, é de responsabilidade do Poder
Público Estadual, tendo sua elaboração coordenada pelo Executivo, consultados os órgãos
descentralizados do Sistema Estadual de Ensino, a comunidade educacional, e considerados os
diagnósticos e necessidades apontados nos Planos Municipais de Educação.
Artigo 242 - O Conselho Estadual de Educação é órgão normativo, consultivo e deliberativo do
sistema de ensino do Estado de São Paulo, com suas atribuições, organização e composição
definidas em lei.
Artigo 243 - Os critérios para criação de Conselhos Regionais e Municipais de Educação, sua
composição e atribuições, bem como as normas para seu funcionamento, serão estabelecidos e
regulamentados por lei.
Artigo 244 - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais
das escolas públicas de ensino fundamental.
Artigo 245 - Nos três níveis de ensino, será estimulada a prática de esportes individuais e
coletivos, como complemento à formação integral do indivíduo.
Parágrafo Único - A prática referida no “caput”, sempre que possível, será levada em conta em
face das necessidades dos portadores de deficiências.
Artigo 246 - É vedada a cessão de uso de próprios públicos estaduais, para o funcionamento de
estabelecimentos de ensino privado de qualquer natureza.
Artigo 247 - A educação da criança de zero a seis anos, integrada ao sistema de ensino,
respeitará as características próprias dessa faixa etária.
Artigo 248 - O órgão próprio de educação do Estado será responsável pela definição de normas,
autorização de funcionamento, supervisão e fiscalização das creches e pré-escolas públicas e
privadas no Estado.
Parágrafo único - Aos Municípios, cujos sistemas de ensino estejam organizados, será delegada
competência para autorizar o funcionamento e supervisionar as instituições de educação das
crianças de zero a seis anos de idade.
Artigo 249 - O ensino fundamental, com oito anos de duração é obrigatório para todas as
crianças, a partir dos sete anos de idade, visando a propiciar formação básica e comum
indispensável a todos.
§1º - É dever do Poder Público o provimento, em todo o território paulista, de vagas em número
suficiente para atender à demanda do ensino fundamental obrigatório e gratuito.
§2º - A atuação da administração pública estadual no ensino público fundamental dar-se-á por
meio de rede própria ou em cooperação técnica e financeira com os Municípios, nos termos do
artigo 30, VI, da Constituição Federal, assegurando a existência de escolas com corpo técnico
qualificado e elevado padrão de qualidade, devendo ser definidas com os Municípios formas de
colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório. (NR)
- § 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§3º - O ensino fundamental público e gratuito será também garantido aos jovens e adultos que, na
idade própria, a ele não tiveram acesso, e terá organização adequada às características dos
alunos.
§4º - Caberá ao Poder Público prover o ensino fundamental diurno e noturno, regular e supletivo,
adequado às condições de vida do educando que já tenha ingressado no mercado de trabalho.
§5º - É permitida a matrícula no ensino fundamental, a partir dos seis anos de idade, desde que
plenamente atendida a demanda das crianças de sete anos de idade.
Artigo 250 - O Poder Público responsabilizar-se-á pela manutenção e expansão do ensino médio,
público e gratuito, inclusive para os jovens e adultos que, na idade própria, a ele não tiveram
acesso, tomando providências para universalizá-lo.
§1º - O Estado proverá o atendimento do ensino médio em curso diurno e noturno, regular e
supletivo, aos jovens e adultos, especialmente trabalhadores, de forma compatível com suas
condições de vida.
§2º - Além de outras modalidades que a lei vier a estabelecer no ensino médio, fica assegurada a
especificidade do curso de formação do magistério para a pré-escola e das quatro primeiras séries
do ensino fundamental, inclusive com formação de docentes para atuarem na educação de
portadores de deficiências.
Artigo 251 - A lei assegurará a valorização dos profissionais de ensino, mediante fixação de
planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional, carga horária
compatível com o exercício das funções e ingresso exclusivamente por concurso público de
provas e títulos.
Artigo 252 - O Estado manterá seu próprio sistema de ensino superior, articulado com os demais
níveis.
Parágrafo único - O sistema de ensino superior do Estado de São Paulo incluirá universidades e
outros estabelecimentos.
Artigo 253 - A organização do sistema de ensino superior do Estado será orientada para a
ampliação do número de vagas oferecidas no ensino público diurno e noturno, respeitadas as
condições para a manutenção da qualidade de ensino e do desenvolvimento da pesquisa.
Parágrafo único - As universidades públicas estaduais deverão manter cursos noturnos que, no
conjunto de suas unidades, correspondam a um terço pelo menos, do total das vagas por elas
oferecidas.
Artigo 254 - A autonomia da universidade será exercida, respeitando, nos termos do seu estatuto,
a necessária democratização do ensino e a responsabilidade pública da instituição, observados os
seguintes princípios:
I - utilização dos recursos de forma a ampliar o atendimento à demanda social, tanto mediante
cursos regulares, quanto atividades de extensão;
II - representação e participação de todos os segmentos da comunidade interna nos órgãos
decisórios e na escolha de dirigentes, na forma de seus estatutos.
§1º - A lei criará formas de participação da sociedade, por meio de instâncias públicas externas à
universidade, na avaliação do desempenho da gestão dos recursos. (NR)
- Parágrafo único transformado em § 1º pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§2º - É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma
da lei. (NR)
§3º - O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica. (NR)
- §§ 2º e 3º acrescentados pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 255 - O Estado aplicará, anualmente, na manutenção e no desenvolvimento do ensino
público, no mínimo, trinta por cento da receita resultante de impostos, incluindo recursos
provenientes de transferências.
Parágrafo único - A lei definirá as despesas que se caracterizem como manutenção e
desenvolvimento do ensino.
Artigo 256 - O Estado e os Municípios publicarão, até trinta dias após o encerramento de cada
trimestre, informações completas sobre receitas arrecadadas e transferências de recursos
destinados à educação, nesse período e discriminadas por nível de ensino.
Artigo 257 - A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das
necessidades do ensino fundamental.
Parágrafo único - Parcela dos recursos públicos destinados à educação deverá ser utilizada em
programas integrados de aperfeiçoamento e atualização para os educadores em exercício no
ensino público.
Artigo 258 - O Poder Público poderá, mediante convênio, destinar parcela dos recursos de que
trata o artigo 255 a instituições filantrópicas, definidas em lei, para a manutenção e o
desenvolvimento de atendimento educacional, especializado e gratuito a educandos portadores de
necessidades especiais. (NR)
- Artigo 258 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 13, de 04/12/2001.

SEÇÃO II
Da Cultura

Artigo 259 - O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e o acesso às
fontes da cultura, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão de suas manifestações.
Artigo 260 - Constituem patrimônio cultural estadual os bens de natureza material e imaterial,
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referências à identidade, à ação e à
memória dos diferentes grupos formadores da sociedade nos quais se incluem:
I - as formas de expressão;
II - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
III - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações
artístico-culturais;
IV - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,
paleontológico, ecológico e científico.
Artigo 261 - O Poder Público pesquisará, identificará, protegerá e valorizará o patrimônio cultural
paulista, através do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e
Turístico do Estado de São Paulo - CONDEPHAAT, na forma que a lei estabelecer.
Artigo 262 - O Poder Público incentivará a livre manifestação cultural mediante:
I - criação, manutenção e abertura de espaços públicos devidamente equipados e capazes de
garantir a produção, divulgação e apresentação das manifestações culturais e artísticas;
II - desenvolvimento de intercâmbio cultural e artístico com os Municípios, integração de
programas culturais e apoio à instalação de casas de cultura e de bibliotecas públicas;
III - acesso aos acervos das bibliotecas, museus, arquivos e congêneres;
IV - promoção do aperfeiçoamento e valorização dos profissionais da cultura;
V - planejamento e gestão do conjunto das ações, garantida a participação de representantes da
comunidade;
VI - compromisso do Estado de resguardar e defender a integridade, pluralidade, independência e
autenticidade das culturas brasileiras, em seu território;
VII - cumprimento, por parte do Estado, de uma política cultural não intervencionista, visando à
participação de todos na vida cultural;
VIII - preservação dos documentos, obras e demais registros de valor histórico ou científico.
Artigo 263 - A lei estimulará, mediante mecanismos específicos, os empreendimentos privados
que se voltem à preservação e à restauração do patrimônio cultural do Estado, bem como
incentivará os proprietários de bens culturais tombados, que atendam às recomendações de
preservação do patrimônio cultural.
Artigo 263-A - É facultado ao Poder Público vincular a fundo estadual de fomento à cultura até
cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, para o financiamento de programas e
projetos culturais, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de: (NR)
I - despesas com pessoal e encargos sociais; (NR)
II - serviço da dívida; (NR)
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações
apoiados. (NR)
- Artigo 263-A acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.

Ã
SEÇÃO III
Dos Esportes e Lazer

Artigo 264 - O Estado apoiará e incentivará as práticas esportivas formais e não formais, como
direito de todos.
Artigo 265 - O Poder Público apoiará e incentivará o lazer como forma de integração social.
Artigo 266 - As ações do Poder Público e a destinação de recursos orçamentários para o setor
darão prioridade:
I - ao esporte educacional, ao esporte comunitário e, na forma da lei, ao esporte de alto
rendimento;
II - ao lazer popular;
III - à construção e manutenção de espaços devidamente equipados para as práticas esportivas e
o lazer;
IV - à promoção, estímulo e orientação à prática e difusão da Educação Física;
V - à adequação dos locais já existentes e previsão de medidas necessárias quando da
construção de novos espaços, tendo em vista a prática de esportes e atividades de lazer por parte
dos portadores de deficiências, idosos e gestantes, de maneira integrada aos demais cidadãos.
Parágrafo único - O Poder Público estimulará e apoiará as entidades e associações da
comunidade dedicadas às práticas esportivas.
Artigo 267 - O Poder Público incrementará a prática esportiva às crianças, aos idosos e aos
portadores de deficiências.

CAPÍTULO IV
Da Ciência e Tecnologia

Artigo 268 - O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa e a


capacitação tecnológica.
§1º - A pesquisa científica receberá tratamento prioritário do Estado, diretamente ou por meio de
seus agentes financiadores de fomento, tendo em vista o bem público e o progresso da ciência.
§2º - A pesquisa tecnológica voltar-se-á preponderantemente para a solução dos problemas
sociais e ambientais e para o desenvolvimento do sistema produtivo, procurando harmonizá-lo
com os direitos fundamentais e sociais dos cidadãos.
Artigo 269 - O Estado manterá Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia com o objetivo de
formular, acompanhar, avaliar e reformular a política estadual científica e tecnológica e coordenar
os diferentes programas de pesquisa.
§1º - A política a ser definida pelo Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia deverá orientar-se
pelas seguintes diretrizes:
1 - desenvolvimento do sistema produtivo estadual;
2 - aproveitamento racional dos recursos naturais, preservação e recuperação do meio ambiente;
3 - aperfeiçoamento das atividades dos órgãos e entidades responsáveis pela pesquisa científica e
tecnológica;
4 - garantia de acesso da população aos benefícios do desenvolvimento científico e tecnológico;
5 - atenção especial às empresas nacionais, notadamente às médias, pequenas e microempresas.
§2º - A estrutura, organização, composição e competência desse Conselho serão definidas em lei.
Artigo 270 - O Poder Público apoiará e estimulará, mediante mecanismos definidos em lei,
instituições e empresas que invistam em pesquisa e criação de tecnologia, observado o disposto
no artigo 218, § 4º, da Constituição Federal.
Artigo 271 - O Estado destinará o mínimo de um por cento de sua receita tributária à Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, como renda de sua privativa administração, para
aplicação em desenvolvimento científico e tecnológico.
Parágrafo único - A dotação fixada no “caput”, excluída a parcela de transferência aos
Municípios, de acordo com o artigo 158, IV, da Constituição Federal, será transferida
mensalmente, devendo o percentual ser calculado sobre a arrecadação do mês de referência e
ser pago no mês subsequente.
Artigo 272 - O patrimônio físico, cultural e científico dos museus, institutos e centros de pesquisa
da administração direta, indireta e fundacional são inalienáveis e intransferíveis, sem audiência da
comunidade científica e aprovação prévia do Poder Legislativo.
Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica à doação de equipamentos e insumos
para a pesquisa, quando feita por entidade pública de fomento ao ensino e à pesquisa científica e
tecnológica, para outra entidade pública da área de ensino e pesquisa em ciência e tecnologia.

CAPÍTULO V
Da Comunicação Social

Artigo 273 - A ação do Estado, no campo da comunicação, fundar-se-á sobre os seguintes


princípios:
I - democratização do acesso às informações;
II - pluralismo e multiplicidade das fontes de informação;
III - visão pedagógica da comunicação dos órgãos e entidades públicas.
Artigo 274 - Os órgãos de comunicação social pertencentes ao Estado, as fundações instituídas
ou mantidas pelo Poder Público ou a quaisquer entidades sujeitas, direta ou indiretamente, ao seu
controle econômico, serão utilizados de modo a assegurar a possibilidade de expressão e
confronto das diversas correntes de opinião.

CAPÍTULO VI
Da Defesa do Consumidor

Artigo 275 - O Estado promoverá a defesa do consumidor mediante adoção de política


governamental própria e de medidas de orientação e fiscalização, definidas em lei.
Parágrafo único - A lei definirá também os direitos básicos dos consumidores e os mecanismos
de estímulo à auto-organização da defesa do consumidor, de assistência judiciária e policial
especializada e de controle de qualidade dos serviços públicos.
Artigo 276 - O Sistema Estadual de Defesa do Consumidor, integrado por órgãos públicos das
áreas de saúde, alimentação, abastecimento, assistência judiciária, crédito, habitação, segurança
e educação, com atribuições de tutela e promoção dos consumidores de bens e serviços, terá
como órgão consultivo e deliberativo o Conselho Estadual de Defesa do Consumidor, com
atribuições e composição definidas em lei.

CAPÍTULO VII
Da Proteção Especial
SEÇÃO I
Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem, do Idoso e dos Portadores de
Deficiências (NR)
- Seção I com redação dada pela Emenda Constitucional nº 38 de 16/10/2013.

Artigo 277 - Cabe ao Poder Público, bem como à família, assegurar à criança, ao adolescente, ao
jovem, ao idoso e aos portadores de deficiências, com absoluta prioridade, o direito à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda
forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e agressão. (NR)
- Artigo 277, "caput", com redação dada pela Emenda Constitucional nº 38 de 16/10/2013.
Parágrafo único - O direito à proteção especial, conforme a lei, abrangerá, entre outros, os
seguintes aspectos:
1 - garantia à criança e ao adolescente de conhecimento formal do ato infracional que lhe seja
atribuído, de igualdade na relação processual, representação legal, acompanhamento psicológico
e social e defesa técnica por profissionais habilitados;
2 - obrigação de empresas e instituições, que recebam do Estado recursos financeiros para a
realização de programas, projetos e atividades culturais, educacionais, de lazer e outros afins, de
preverem o acesso e a participação de portadores de deficiências.
Artigo 278 - O Poder Público promoverá programas especiais, admitindo a participação de
entidades não governamentais e tendo como propósito:
I - assistência social e material às famílias de baixa renda dos egressos de hospitais psiquiátricos
do Estado, até sua reintegração na sociedade;
II - concessão de incentivo às empresas para adequação de seus equipamentos, instalações e
rotinas de trabalho aos portadores de deficiências;
III - garantia às pessoas idosas de condições de vida apropriadas, frequência e participação em
todos os equipamentos, serviços e programas culturais, educacionais, esportivos, recreativos e de
lazer, defendendo sua dignidade e visando à sua integração à sociedade;
IV - integração social de portadores de deficiências, mediante treinamento para o trabalho,
convivência e facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos;
V - criação e manutenção de serviços de prevenção, orientação, recebimento e encaminhamento
de denúncias referentes à violência;
VI - instalação e manutenção de núcleos de atendimento especial e casas destinadas ao
acolhimento provisório de crianças, adolescentes, idosos, portadores de deficiências e vítimas de
violência, incluindo a criação de serviços jurídicos de apoio às vítimas, integrados a atendimento
psicológico e social;
VII - nos internamentos de crianças com até doze anos nos hospitais vinculados aos órgãos da
administração direta ou indireta, é assegurada a permanência da mãe, também nas enfermarias,
na forma da lei;
VIII - prestação de orientação e informação sobre a sexualidade humana e conceitos básicos da
instituição da família, sempre que possível, de forma integrada aos conteúdos curriculares do
ensino fundamental e médio;
IX - criação e manutenção de serviços e programas de prevenção e orientação contra
entorpecentes, álcool e drogas afins, bem como de encaminhamento de denúncias e atendimento
especializado, referentes à criança, ao adolescente, ao adulto e ao idoso dependentes.
Artigo 279 - Os Poderes Públicos estadual e municipal assegurarão condições de prevenção de
deficiências, com prioridade para a assistência pré-natal e à infância, bem como integração social
de portadores de deficiências, mediante treinamento para o trabalho e para a convivência,
mediante:
I - criação de centros profissionalizantes para treinamento, habilitação e reabilitação profissional
de portadores de deficiências, oferecendo os meios adequados para esse fim aos que não tenham
condições de frequentar a rede regular de ensino;
II - implantação de sistema “Braille” em estabelecimentos da rede oficial de ensino, em cidade pólo
regional, de forma a atender às necessidades educacionais e sociais dos portadores de
deficiências.
Parágrafo único - As empresas que adaptarem seus equipamentos para o trabalho de portadores
de deficiências poderão receber incentivos, na forma da lei.
Artigo 280 - É assegurado, na forma da lei, aos portadores de deficiências e aos idosos, acesso
adequado aos logradouros e edifícios de uso público, bem como aos veículos de transporte
coletivo urbano.
Artigo 281 - O Estado propiciará, por meio de financiamentos, aos portadores de deficiências, a
aquisição dos equipamentos que se destinam a uso pessoal e que permitam a correção,
diminuição e superação de suas limitações, segundo condições a serem estabelecidas em lei.

SEÇÃO II
Dos Índios

Artigo 282 - O Estado fará respeitar os direitos, bens materiais, crenças, tradições e todas as
demais garantias conferidas aos índios na Constituição Federal.
§1º - Compete ao Ministério Público a defesa judicial dos direitos e interesses das populações
indígenas, bem como intervir em todos os atos do processo em que os índios sejam partes.
§2º - A Defensoria Pública prestará assistência jurídica aos índios do Estado, suas comunidades e
organizações.
§3º - O Estado protegerá as terras, as tradições, usos e costumes dos grupos indígenas
integrantes do patrimônio cultural e ambiental estadual.
Artigo 283 - A lei disporá sobre formas de proteção do meio ambiente nas áreas contíguas às
reservas e áreas tradicionalmente ocupadas por grupos indígenas, observado o disposto no artigo
231 da Constituição Federal.

TÍTULO VIII
Disposições Constitucionais Gerais
Artigo 284 - O Estado comemorará, anualmente, no período de 3 a 9 de julho, a Revolução
Constitucionalista de 1932.
Artigo 285 - Fica assegurado a todos livre e amplo acesso às praias do litoral paulista
§1º - Sempre que, de qualquer forma, for impedido ou dificultado esse acesso, o Ministério Público
tomará imediata providência para a garantia desse direito.
§2º - O Estado poderá utilizar-se da desapropriação para abertura de acesso a que se refere o
“caput”.
Artigo 286 - Fica assegurada a criação de creches nos presídios femininos e, às mães
presidiárias, a adequada assistência aos seus filhos durante o período de amamentação.
Artigo 287 - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal.
Parágrafo único - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal
Federal.
- Artigo 287 e seu parágrafo único foram declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI nº
326/1990, julgada em 13/10/1994.
Artigo 288 - É assegurada a participação dos servidores públicos nos colegiados e diretorias dos
órgãos públicos em que seus interesses profissionais, de assistência médica e previdenciários
sejam objeto de discussão e deliberação, na forma da lei.
Artigo 289 - O Estado criará crédito educativo, por meio de suas entidades financeiras, para
favorecer os estudantes de baixa renda, na forma que dispuser a lei.
Artigo 290 - Toda e qualquer pensão paga pelo Estado, a qualquer título, não poderá ser de valor
inferior ao do salário mínimo vigente no País.
Artigo 291 - Todos terão o direito de, em caso de condenação criminal, obter das repartições
policiais e judiciais competentes, após reabilitação, bem como no caso de inquéritos policiais
arquivados, certidões e informações de folha corrida, sem menção aos antecedentes, salvo em
caso de requisição judicial, do Ministério Público, ou para fins de concurso público.
Parágrafo único - Observar-se-á o disposto neste artigo quando o interesse for de terceiros.
Artigo 292 - O Poder Executivo elaborará plano de desenvolvimento orgânico e integrado, com a
participação dos Municípios interessados, abrangendo toda a zona costeira do Estado.
Artigo 293 - Os Municípios atendidos pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São
Paulo poderão criar e organizar seus serviços autônomos de água e esgoto.
Parágrafo único - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal
Federal.
- Paragráfo único foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI nº 1746/1997, julgada em
18/09/2014.
Artigo 294 - Fica assegurada a participação da sociedade civil nos conselhos estaduais previstos
nesta Constituição, com composição e competência definidas em lei.
Artigo 295 - O Estado manterá um sistema unificado visando à localização, informação e
referências de pessoas desaparecidas.
Artigo 296 - É vedada a concessão de incentivos e isenções fiscais às empresas que
comprovadamente não atendam às normas de preservação ambiental e às relativas à saúde e à
segurança do trabalho.
Artigo 297 - São também aplicáveis no Estado, no que couber, os artigos das Emendas à
Constituição Federal que não integram o corpo do texto constitucional, bem como as alterações
efetuadas no texto da Constituição Federal que causem implicações no âmbito estadual, ainda
que não contempladas expressamente pela Constituição do Estado. (NR)
- Artigo 297 acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.

ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS

Artigo 1º - Os Deputados integrantes da atual legislatura, iniciada em 15 de março de 1987,


exercerão seus mandatos até 15 de março de 1991, data em que se iniciará a legislatura seguinte.
Parágrafo único - Os Deputados eleitos para a legislatura seguinte à atual exercerão seus
mandatos até 14 de março de 1995. (NR)
- Paragráfo único com redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 11/11/1996.
Artigo 2º - O atual Governador do Estado, empossado em 15 de março de 1987, exercerá seu
mandato até 15 de março de 1991, data em que tomará posse o Governador eleito para o período
seguinte.
Parágrafo único - O Governador eleito para o período seguinte ao atual exercerá seu mandato
até 1º de janeiro de 1995.
Artigo 3º - A revisão constitucional será iniciada imediatamente após o término da prevista no
artigo 3º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal e aprovada
pelo voto da maioria absoluta dos membros da Assembleia Legislativa.
Artigo 4º - O Regimento Interno da Assembleia Legislativa estabelecerá normas procedimentais
com rito especial e sumaríssimo, com o fim de adequar esta Constituição ou suas leis
complementares à legislação federal.
Artigo 5º - A Capital do Estado poderá ser transferida mediante lei, desde que estudos técnicos
demonstrem a conveniência dessa mudança e após plebiscito, com resultado favorável, pelo
eleitorado do Estado.
Artigo 6º - Até 28 de junho de 1990, as empresas públicas, sociedades de economia mista e as
fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público estadual incorporarão aos seus estatutos as
normas desta Constituição que digam respeito às suas atividades e serviços.
Artigo 7º - As quatro primeiras vagas de Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, ocorridas
a partir da data da publicação desta Constituição, serão preenchidas na conformidade do disposto
no artigo 31, § 2º, item 2, desta Constituição.
Parágrafo único - Após o preenchimento das vagas, na forma prevista neste artigo, serão
obedecidos o critério e a ordem fixados pelo artigo 31, §§ 1º e 2º, desta Constituição.
- O Supremo Tribunal Federal conferiu interpretação conforme a Constituição ao parágrafo único do artigo 7º do ADCT nos
autos da ADI nº 374/1990, julgada em 22/03/2012.
Artigo 8º - Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, no prazo de cento e oitenta dias,
proporão uma forma de integração dos seus controles internos em conformidade com o artigo 35
desta Constituição.
Artigo 9º - Enquanto não forem criados os serviços auxiliares a que se refere o artigo 92, IV, desta
Constituição, o Ministério Público terá assegurados, em caráter temporário, os meios necessários
ao desempenho das funções a que se refere o artigo 97.
Artigo 10 - Dentro de cento e oitenta dias, a contar da promulgação desta Constituição, o Poder
Executivo encaminhará à Assembleia Legislativa o projeto de Lei Orgânica a que se refere o artigo
103, parágrafo único. Enquanto não entrar em funcionamento a Defensoria Pública, suas
atribuições poderão ser exercidas pela Procuradoria de Assistência Judiciária da Procuradoria
Geral do Estado ou por advogados contratados ou conveniados com o Poder Público.
Artigo 11 - Aos procuradores do Estado, no prazo de sessenta dias da promulgação da Lei
Orgânica da Defensoria Pública, será facultada opção, de forma irretratável, pela permanência no
quadro da Procuradoria Geral do Estado, ou no quadro de carreira de Defensor Público,
garantidas as vantagens, níveis e proibições.
Artigo 11-A - A assunção das funções dos órgãos jurídicos das autarquias, inclusive as de regime
especial, pela Procuradoria Geral do Estado fica condicionada à adequação da estrutura
organizacional desta, sem prejuízo da possibilidade de imediata designação de Procuradores do
Estado para a execução de tarefas específicas do interesse das entidades autárquicas, por ato do
Procurador-Geral do Estado, mediante prévia solicitação do respectivo Superintendente. (NR)
§1º - Os cargos e as funções-atividades de Procurador de Autarquia, inclusive as de regime
especial, exceto as universidades públicas estaduais, ficarão extintos, na vacância, na forma a ser
estabelecida em lei, assegurado aos seus atuais titulares e ocupantes o exercício das atribuições
respectivas, bem como a ascensão funcional, nos termos da legislação em vigor. (NR)
§2º - Enquanto não efetivada por completo a assunção dos órgãos jurídicos das autarquias pela
Procuradoria Geral do Estado, a eles continuará aplicável o disposto no artigo 101, “caput”, desta
Constituição, permanecendo os Procuradores de Autarquia que os integram sujeitos às
disposições legais atinentes a direitos e deveres, garantias e prerrogativas, proibições e
impedimentos dos Procuradores do Estado. (NR)
- Artigo 11-A acrescentado pela Emenda Constitucional nº 19, de 14/04/2004.
Artigo 12 - Os créditos a que se refere o artigo 57, §§ 3º e 4º, bem como os saldos devedores dos
precatórios judiciários, incluindo-se o remanescente de juros e correção monetária pendentes de
pagamento na data da promulgação desta Constituição, serão pagos em moeda corrente com
atualização até a data do efetivo depósito, da seguinte forma:
I - no exercício de 1990, serão pagos os precatórios judiciários protocolados até 01/07/83;
II - no exercício de 1991, os protocolados no período de 02/07/83 a 01/07/85;
III - no exercício de 1992, os protocolados no período de 02/07/85 a 01/07/87;
IV - no exercício de 1993, os protocolados no período de 02/07/87 a 01/07/89;
V - no exercício de 1994, os protocolados no período de 02/07/89 a 01/07/91;
VI - no exercício de 1995, os protocolados no período de 02/07/91 a 01/07/93;
VII - no exercício de 1996, os protocolados no período de 02/07/93 a 01/07/94;
VIII - no exercício de 1997, os protocolados no período de 02/07/94 a 01/07/96.
§1º - Os precatórios judiciários referentes aos créditos de natureza não alimentar, sujeitos ao
preceito estabelecido no artigo 33 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da
Constituição Federal estão excluídos da forma de pagamento disposta neste artigo.
§2º - A forma de pagamento a que se refere este artigo não desobriga as entidades a efetuarem o
pagamento na forma do artigo 100 da Constituição Federal e artigo 57, §§ 1º e 2º, desta
Constituição.
Artigo 12-A - Ressalvados os créditos definidos em lei como de pequeno valor, os de natureza
alimentícia, os de que trata o artigo 33 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da
Constituição Federal e suas complementações e os que já tiverem os seus respectivos recursos
liberados ou depositados em juízo, os precatórios pendentes na data de promulgação da Emenda
à Constituição Federal nº 30, de 13 de setembro de 2000, e os que decorram de ações iniciais
ajuizadas até 31 de dezembro de 1999 serão liquidados pelo seu valor real, em moeda corrente,
acrescido dos juros legais, em prestações anuais, iguais e sucessivas, no prazo máximo de dez
anos, permitida a cessão de créditos. (NR)
§1º - É permitida a decomposição de parcelas, a critério do credor. (NR)
§2º - As prestações anuais a que se refere o "caput" deste artigo terão, se não liquidadas até o
final do exercício a que se referem, poder liberatório do pagamento de tributos da entidade
devedora. (NR)
§3º - O prazo referido no "caput" deste artigo fica reduzido para dois anos, nos casos de
precatórios judiciais originários de desapropriação de imóvel residencial do credor, desde que
comprovadamente único à época da imissão na posse. (NR)
§4º - O Presidente do Tribunal competente deverá, vencido o prazo ou em caso de omissão no
orçamento, ou preterição ao direito de precedência, a requerimento do credor, requisitar ou
determinar o sequestro de recursos financeiros da entidade executada, suficientes à satisfação da
prestação. (NR)
- Artigo 12-A acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 13 - O Tribunal de Justiça, no prazo de cento e oitenta dias contados da promulgação
desta Constituição, encaminhará projeto de lei fixando a forma e os termos para criação de
Tribunais de Alçada Regionais, a que se refere o artigo 71.
Artigo 14 - A competência das Turmas de Recursos a que se refere o artigo 84 entrará em vigor à
medida que forem designados seus juízes. Tais designações terão seu início dentro de seis
meses, pela Comarca da Capital.
Artigo 15 - O Tribunal de Justiça, dentro do prazo de noventa dias, após a promulgação desta
Constituição, encaminhará projeto de lei à Assembleia Legislativa, dispondo sobre a organização,
competência e instalação dos Juizados Especiais a que se refere o artigo 87.
§1º - São mantidos os Juizados Especiais de Pequenas Causas criados com base na Lei Federal
nº 7.244, de 7 de novembro de 1984, e na Lei Estadual nº 5.143, de 28 de maio de 1986, bem
como suas instâncias recursais.
§2º - O projeto a que se refere o “caput” deste artigo deverá prever a instalação, na Capital, de
Juizados Especiais em número suficiente e localização adequada ao atendimento da população
dos bairros periféricos.
Artigo 16 - Até a elaboração da lei que criar e organizar a Justiça de Paz, ficam mantidos os
atuais juízes e suplentes de juiz de casamentos, até a posse de novos titulares, assegurando-lhes
os direitos e atribuições conferidos aos juízes de paz de que tratam os artigos 98, II, da
Constituição Federal, artigo 30 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e artigo 89
desta Constituição.
Artigo 17 - Lei a ser editada no prazo de quatro meses após a promulgação desta Constituição,
disporá sobre normas para criação dos cartórios extra-judiciais, levando-se em consideração sua
distribuição geográfica, a densidade populacional e a demanda do serviço.
- Artigo 17 ver ADI nº 4223/2009.
§1º - O Poder Executivo providenciará no sentido de que, no prazo de seis meses após a
publicação da lei mencionada no “caput” deste artigo, seja dado cumprimento a ela, instalando-se
os cartórios.
§2º - Os cartórios extrajudiciais localizar-se-ão, obrigatoriamente, na circunscrição onde tenham
atribuições.
Artigo 18 - Os servidores civis da administração direta, autárquica e das fundações instituídas ou
mantidas pelo Poder Público em exercício na data da promulgação desta Constituição, que não
tenham sido admitidos na forma regulada pelo artigo 37 da Constituição Federal, são
considerados estáveis no serviço público, desde que contassem, em 5 de outubro de 1988, cinco
anos continuados, em serviço.
§1º - O tempo de serviço dos servidores referidos neste artigo será contado como título, quando
se submeterem a concurso para fins de efetivação, na forma da lei.
§2º - O disposto neste artigo não se aplica aos ocupantes de cargos, funções e empregos de
confiança ou em comissão, nem aos que a lei declare de livre exoneração, cujo tempo de serviço
não será computado para os fins do "caput" deste artigo, exceto se se tratar de servidor.
§3º - O disposto neste artigo não se aplica aos professores de nível superior, nos termos da lei.
§4º - Para os integrantes das carreiras docentes do magistério público estadual não se considera,
para os fins previstos no “caput”, a interrupção ou descontinuidade de exercício por prazo igual ou
inferior a noventa dias, exceto nos casos de dispensa ou exoneração solicitadas pelo servidor.
Artigo 19 - Para os efeitos do disposto no artigo 133, é assegurado ao servidor o cômputo de
tempo de exercício anterior à data da promulgação desta Constituição.
Artigo 20 - O pagamento do adicional por tempo de serviço e da sexta parte, na forma prevista no
artigo 129, será devido a partir do primeiro dia do mês seguinte ao da publicação desta
Constituição, vedada sua acumulação com vantagem já percebida por esses títulos.
Artigo 21 - Dentro de cento e oitenta dias, proceder-se-á à revisão dos direitos dos servidores
públicos inativos e pensionistas e à atualização dos proventos e pensões a eles devidos, a fim de
ajustá-los ao disposto no artigo 126, § 4º, desta Constituição e ao que dispõe a Constituição
Federal, retroagindo seus efeitos a 5 de outubro de 1988.
Artigo 22 - Os atuais Supervisores de Ensino do Quadro do Magistério, aposentados, que
exerciam cargos ou funções idênticas às do antigo Inspetor de Ensino Médio, sob a égide da Lei
nº 9.717, de 31 de janeiro de 1967 ou do Decreto nº 49.532, de 26 de abril de 1968, em regime
especial de trabalho ou de dedicação exclusiva, terão assegurado o direito à contagem do período
exercido, para fim de incorporação.
Artigo 23 - Aos servidores extranumerários estáveis do Estado, ficam asseguradas todas as
vantagens pecuniárias concedidas aos que, exercendo idênticas funções, foram beneficiados
pelas disposições da Constituição Federal de 1967.
Artigo 24 - Os exercentes da função-atividade de Orientador Trabalhista e Orientador Trabalhista
Encarregado, originários do quadro da Secretaria de Relações do Trabalho, os Assistentes de
Atendimento Jurídico da Fundação Estadual de Amparo ao Trabalhador Preso, bem como os
servidores públicos que sejam advogados e que prestam serviços na Procuradoria de Assistência
Judiciária da Procuradoria Geral do Estado, serão aproveitados na Defensoria Pública, desde que
estáveis em 5 de outubro de 1988.
Parágrafo único - Os servidores referidos no “caput” deste artigo serão aproveitados em função-
atividade ou cargo idêntico ou correlato ao que exerciam anteriormente.
Artigo 25 - Ao servidor ocupante de cargo em comissão ou designado para responder pelas
atribuições de cargo vago retribuído mediante “pro-labore”, ou em substituição de Direção, Chefia
ou Encarregatura, com direito à aposentadoria, que contar, no mínimo cinco anos contínuos ou
dez intercalados em cargo de provimento dessa natureza, fica assegurada a aposentadoria com
proventos correspondentes ao cargo que tiver exercido ou que estiver exercendo, desde que
esteja em efetivo exercício há pelo menos um ano, na data da promulgação desta Constituição.
Artigo 26 - Os vencimentos do servidor público estadual que teve transformado o seu cargo ou
função anteriormente à data da promulgação desta Constituição, corresponderão, no mínimo,
àqueles atribuídos ao cargo ou função de cujo exercício decorreu a transformação.
Parágrafo único - Aplica-se aos proventos dos aposentados o disposto no “caput” do presente
artigo.
Artigo 27 - Aplica-se o disposto no artigo 8º e seus parágrafos do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias da Constituição Federal aos servidores públicos civis da
administração direta, autárquica, fundacional e aos empregados das empresas públicas ou
sociedade de economia mista, sob controle estatal.
Artigo 28 - Será contado para todos os fins, como de efetivo exercício, na carreira em que se
encontrem, o tempo de serviço dos ex-integrantes das carreiras da antiga Guarda Civil, Força
Pública, Polícia Marítima, Aérea e de Fronteiras e outras carreiras policiais extintas.
Artigo 29 - Fica assegurada promoção na inatividade aos ex-integrantes da Força Pública,
Guarda Civil, Polícia Marítima, Aérea e de Fronteiras que se encontravam no serviço ativo em 9 de
abril de 1970, hoje na ativa ou inatividade, vinculados às Polícias Civil e Militar, mediante
requerimento feito até noventa dias após promulgada esta Constituição que não tenham sido
contemplados, de maneira isonômica, pelo artigo seguinte e pelas Leis nº 418/85, 4.794/85,
5.455/86 e 6.471/89.
Artigo 30 - Aos integrantes inativos da Polícia Militar do Estado, a partir de 15 de março de 1968,
em virtude de invalidez, a pedido, após trinta anos ou mais de serviço, ou por haver atingido a
idade limite para permanência no serviço ativo e que não foram beneficiados por lei posterior
àquela data, fica assegurado, a partir da promulgação desta Constituição, o apostilamento do título
ao posto ou graduação imediatamente superior ao que possuíam quando da transferência para a
inatividade, com vencimentos e vantagens integrais, observando-se o disposto no artigo 40, §§ 4º
e 5º, da Constituição Federal, inclusive.
Parágrafo único - Os componentes da extinta Força Pública do Estado, que em 8 de abril de
1970 se encontravam em atividade na graduação de subtenente, terão seus títulos apostilados no
posto superior ao que se encontram na data da promulgação desta Constituição, restringindo-se o
benefício exclusivamente aos segundos-tenentes.
Artigo 31 - O concurso público, prorrogado uma vez, por período inferior ao prazo de validade
previsto no edital de convocação, e em vigor em 5 de outubro de 1988, terá automaticamente
ajustado o período de sua validade, de acordo com os termos do inciso III do artigo 37 da
Constituição Federal.
Artigo 32 - As normas de prevenção de acidentes e doenças do trabalho integrarão,
obrigatoriamente, o Código Sanitário do Estado, sendo o seu descumprimento passível das
correspondentes sanções administrativas.
Artigo 33 - O Poder Público promoverá, no prazo de três anos, a identificação prévia de áreas e o
ajuizamento de ações discriminatórias, visando a separar as terras devolutas das particulares, e
manterá cadastro atualizado dos seus recursos fundiários.
Artigo 34 - Até que lei complementar disponha sobre a matéria, na forma do artigo 145 desta
Constituição, a criação de Municípios fica condicionada à observância dos seguintes requisitos:
I - população mínima de dois mil e quinhentos habitantes e eleitorado não inferior a dez por cento
da população;
II - centro urbano já constituído, com um mínimo de duzentas casas;
III - a área da nova unidade municipal deve ser distrito ou subdistrito há mais de três anos e ter
condições apropriadas para a instalação da Prefeitura e da Câmara Municipal;
IV - a área deve apresentar solução de continuidade de pelo menos cinco quilômetros, entre o seu
perímetro urbano e a do Município de origem, excetuando-se, neste caso, os distritos e
subdistritos integrantes de áreas metropolitanas;
V - a área não pode interromper a continuidade territorial do Município de origem;
VI - o nome do novo Município não pode repetir outro já existente no País, bem como conter a
designação de datas e nomes de pessoas vivas.
§1º - Ressalvadas as Regiões Metropolitanas, a área da nova unidade municipal independe de ser
distrito ou subdistrito quando pertencer a mais de um Município, preservada a continuidade
territorial.
§2º - O desmembramento de Município ou Municípios, para a criação de nova unidade municipal,
não lhes poderá acarretar a perda dos requisitos estabelecidos neste artigo.
§3º - Somente será considerada aprovada a emancipação quando o resultado favorável do
plebiscito obtiver a maioria dos votos válidos, tendo votado a maioria absoluta dos eleitores.
§4º - As eleições para Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores serão designadas dentro de noventa
dias, a partir da publicação da lei emancipadora, salvo se faltarem menos de dois anos para as
eleições municipais gerais, hipótese em que serão realizadas com estas.
§5º - O término do primeiro mandato dar-se-á em 31 de dezembro de 1992.
Artigo 35 - Com a finalidade de regularizar-se a situação imobiliária do Município de Barão de
Antonina, fica o Estado autorizado a conceder títulos de legitimação de posse, comprovada,
administrativamente, apenas a morada permanente, por si ou sucessores, pelo prazo de dez anos,
aos ocupantes das terras devolutas localizadas naquele Município, bem como para a própria
Prefeitura Municipal, comprovada para esta, apenas, a efetiva ocupação, relativamente aos
imóveis, áreas e logradouros públicos.
Artigo 36 - O Estado criará, na forma da lei, por prazo não inferior a dez anos, os Fundos de
Desenvolvimento Econômico e Social do Vale do Ribeira e do Pontal do Paranapanema.
Artigo 37 - Os fundos existentes na data da promulgação desta Constituição extinguir-se-ão, se
não forem ratificados pela Assembleia Legislativa no prazo de um ano.
Artigo 38 - Os conselhos, fundos, entidades e órgãos previstos nesta Constituição, não existentes
na data da sua promulgação, serão criados mediante lei de iniciativa do Poder Executivo, que terá
o prazo de cento e oitenta dias para remeter à Assembleia Legislativa o projeto. No mesmo prazo,
remeterá os projetos de adaptação dos já existentes e que dependam de lei para esse fim.
Artigo 39 - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o artigo 165, § 9º da
Constituição Federal, serão obedecidas as seguintes normas:
I - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias do Estado será encaminhado até oito meses antes
do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro
período da sessão legislativa;
II - o projeto de lei orçamentária anual do Estado será encaminhado até três meses antes do
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão
legislativa.
Artigo 40 - Enquanto não forem disciplinados por lei o plano plurianual e as diretrizes
orçamentárias, não se aplica à lei de orçamento o disposto no artigo 175, § 1º, item 1, desta
Constituição.
Artigo 41 - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal.
- Artigo 41 foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI nº 403/1990, julgada em
01/07/2002.
Artigo 42 - O Estado, no exercício da competência prevista no artigo 24, incisos VI, VII e VIII, da
Constituição Federal, no que couber, elaborará, atendendo suas peculiaridades, o Código de
Proteção ao Meio Ambiente, no prazo de cento e oitenta dias.
Artigo 43 - Fica o Poder Público, no prazo de dois anos, obrigado a iniciar obras de adequação,
atendendo ao disposto no artigo 205 desta Constituição.
Artigo 44 - Ficam mantidas as unidades de conservação atualmente existentes, promovendo o
Estado a sua demarcação, regularização dominial e efetiva implantação no prazo de cinco anos,
consignando nos próximos orçamentos as verbas para tanto necessárias.
Artigo 45 - O Poder Público, dentro de cento e oitenta dias demarcará as áreas urbanizadas na
Serra do Mar, com vistas a definir as responsabilidades do Estado e dos Municípios, em que se
enquadram essas áreas, a fim de assegurar a preservação do meio ambiente e ao disposto no
artigo 12, § 2º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal.
Artigo 46 - No prazo de três anos, a contar da promulgação desta Constituição, ficam os Poderes
Públicos Estadual e Municipal obrigados a tomar medidas eficazes para impedir o bombeamento
de águas servidas, dejetos e de outras substâncias poluentes para a represa Billings.
Parágrafo único - Qualquer que seja a solução a ser adotada, fica o Estado obrigado a consultar
permanentemente os Poderes Públicos dos Municípios afetados.
Artigo 47 - O Poder Executivo implantará no prazo de um ano, a contar da data da promulgação
desta Constituição, na Secretaria de Estado da Saúde, banco de órgãos, tecidos e substâncias
humanas.
Artigo 48 - A Assembleia Legislativa, no prazo de um ano, contado da promulgação desta
Constituição, elaborará lei complementar específica, disciplinando o Sistema Previdenciário do
Estado.
Artigo 49 - Nos dez primeiros anos da promulgação desta Constituição, o Poder Público
desenvolverá esforços, com a mobilização de todos os setores organizados da sociedade e com a
aplicação de, pelo menos, cinquenta por cento dos recursos a que se refere o artigo 255 desta
Constituição, para eliminar o analfabetismo e universalizar o ensino fundamental, com qualidade
satisfatória.
Artigo 50 - Até o ano 2000, bienalmente, o Estado e os Municípios promoverão e publicarão
censos que aferirão os índices de analfabetismo e sua relação com a universalização do ensino
fundamental, de conformidade com o preceito estabelecido no artigo 60, do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias da Constituição Federal.
Artigo 51 - No prazo de cento e vinte dias, a contar da promulgação desta Constituição, o Poder
Público estadual deverá definir a situação escolar dos alunos matriculados em escolas de 1º e 2º
graus da rede particular que, nos últimos cinco anos, tiveram suas atividades suspensas ou
encerradas por desrespeito a disposições legais, obedecida a legislação aplicável à espécie.
Artigo 52 - Nos termos do artigo 253 desta Constituição e do artigo 60, parágrafo único do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal, o Poder Público Estadual
implantará ensino superior público e gratuito nas regiões de maior densidade populacional, no
prazo de até três anos, estendendo as unidades das universidades públicas estaduais e
diversificando os cursos de acordo com as necessidades sócio-econômicas dessas regiões.
Parágrafo único - A expansão do ensino superior público a que se refere o “caput” poderá ser
viabilizada na criação de universidades estaduais, garantido o padrão de qualidade.
Artigo 53 - O disposto no parágrafo único do artigo 253 deverá ser implantado no prazo de dois
anos.
Artigo 54 - A lei, no prazo de cento e oitenta dias após a promulgação do Código do Consumidor,
a que se refere o artigo 48 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição
Federal, estabelecerá normas para proteção ao consumidor.
Artigo 55 - A lei disporá sobre a adaptação dos logradouros públicos, dos edifícios de uso público
e dos veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado aos portadores de
deficiências.
Artigo 56 - No prazo de cinco anos, a contar da promulgação desta Constituição, os sistemas de
ensino municipal e estadual tomarão todas as providências necessárias à efetivação dos
dispositivos nela previstos, relativos à formação e reabilitação dos portadores de deficiências, em
especial e quanto aos recursos financeiros, humanos, técnicos e materiais.
Parágrafo único - Os sistemas mencionados neste artigo, no mesmo prazo, igualmente,
garantirão recursos financeiros, humanos, técnicos e materiais, destinados a campanhas
educativas de prevenção de deficiências.
Artigo 57 - Aos participantes ativos da Revolução Constitucionalista de 1932 serão assegurados
os seguintes direitos:
I - pensão especial, sendo inacumulável com quaisquer rendimentos recebidos dos cofres
públicos, exceto os benefícios previdenciários, ressalvado o direito de opção;
II - em caso de morte, pensão à viúva, companheira ou dependente, na forma do inciso anterior.
Parágrafo único - A concessão da pensão especial a que se refere o inciso I, substitui, para todos
os efeitos legais, qualquer outra pensão já concedida aos ex-combatentes.
Artigo 58 - Salvo disposições em contrário, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário deverão
propor os projetos que objetivam dar cumprimento às determinações desta Constituição, bem
como, no que couber, da Constituição Federal, até a data de 28 de junho de 1990, para
apreciação pela Assembleia Legislativa.
Artigo 59 - A Imprensa Oficial do Estado promoverá a edição do texto integral desta Constituição
que, gratuitamente, será colocado à disposição de todos os interessados.
Artigo 60 - O Estado entregará aos Municípios vinte e cinco por cento do montante de recursos
recebidos da União com base no artigo 91 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da
Constituição Federal, respeitando-se, ainda, o disposto nos §§ 2º a 4º do mesmo artigo. (NR)
- Artigo 60 acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 61 - Fica instituído, para vigorar até o ano de 2010, no âmbito do Poder Executivo
Estadual, o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, a ser regulado por lei complementar
com o objetivo de proporcionar aos residentes no Estado de São Paulo o acesso a níveis dignos
de sobrevivência, cujos recursos serão aplicados em ações complementares de nutrição,
habitação, educação, saúde, reforço de renda familiar e outros programas de relevante interesse
social voltados para a melhoria da qualidade de vida. (NR)
§1º - Compõem o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza: (NR)
1 - a parcela do produto da arrecadação correspondente a um adicional de até dois pontos
percentuais da alíquota do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e
sobre Operações de Serviço de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação -
ICMS, ou do imposto que vier a substituí-lo, sobre produtos e serviços supérfluos definidos em lei
complementar federal; (NR)
2 - dotações orçamentárias; (NR)
3 - doações, de qualquer natureza, de pessoas físicas ou jurídicas do País ou do exterior; (NR)
4 - outras doações, de qualquer natureza, a serem definidas da regulamentação do próprio
fundo. (NR)
§2º - Para o financiamento do Fundo poderá ser instituído um adicional de até dois pontos
percentuais na alíquota do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e
sobre Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS incidente
sobre produtos e serviços supérfluos e nas condições definidas em lei complementar federal, não
se aplicando, sobre este percentual, o disposto no artigo 158, IV, da Constituição Federal. (NR)
§3º - O Fundo previsto neste artigo terá Conselho Consultivo e de Acompanhamento que conte
com a participação da sociedade civil, nos termos da lei. (NR)
- Artigo 61 acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 62 - Na ausência da lei complementar a que se refere o artigo 198, § 3º, da Constituição
Federal, deverá ser observado para o cumprimento do parágrafo único do artigo 222 da
Constituição Estadual o disposto no artigo 77 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
da Constituição Federal. (NR)
- Artigo 62 acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Sala das Sessões da Assembleia Legislativa, na Cidade de São Paulo, em 5 de outubro de 1989,
436º da fundação de São Paulo.
Tonico Ramos - Presidente
Nabi Abi Chedid - 1º Secretário
Vicente Botta - 2º Secretário
Mauro Bragato - 1º Vice-Presidente
Sylvio Benito Martini - 2º Vice-Presidente
Maurício Nagib Najar - 3º Secretário
Hilkias de Oliveira - 4º Secretário
Roberto Hilvo Giovani Purini - Relator da Comissão de Sistematização
José Antonio Barros Munhoz - Presidente da Comissão de Sistematização
Inocêncio Erbella - Vice-Presidente da Comissão de Sistematização
Abdo Antonio Hadade
Adilson Monteiro Alves
Afanásio Jazadji
Alcides Carlos Bianchi
Aloysio Nunes Ferreira Filho
Antonio Adolpho Lobbe Neto
Antonio Calixto
Antonio Carlos de Campos Machado
Antonio Carlos Tonca Falseti
Antonio Erasmo Dias
Antonio Lucas Buzato
Antonio Luiz Lima do Amaral Furlan
Antonio Rubens Costa de Lara
Arnaldo Calil Pereira Jardim
Ary Kara José
Carlos Alberto Eugênio Apolinário
Clara Levin Ant
Daniel Marins Alessi
Edson Edinho Coelho Araújo
Edson Ferrarini
Eduardo Bittencourt Carvalho
Eni Luiza Galante
Erci Aparecida Martinelli de Lima Ayala
Expedito Soares Batista
Fauze Carlos
Fernando Vasco Leça do Nascimento
Fernando Silveira
Francisco Carlos de Souza
Francisco Ribeiro Nogueira
Getúlio Kiyotomo Hanashiro
Guiomar Namo de Mello
Inôcencio Erbella
Hatiro Shimomoto
Israel Zekcer
Ivan Espíndola de Ávila
Ivan Valente
Jairo Ribeiro de Mattos
João Bastos Soares
João do Pulo Carlos de Oliveira
Jorge Tadeu Mudalen
José Antônio Barros Munhoz
José Cicote
José de Castro Coimbra
José Dirceu de Oliveira e Silva
José Francisco Archimedes Lammoglia
José Mentor Guilherme de Mello Neto
Jurandyr da Paixão de Campos Freire Filho
Laerte Pinto da Cunha
Luiz Benedicto Máximo
Luiz Francisco da Silva
Luiz Lauro Ferreira
Marcelino Romano Machado
Miguel Martini
Mílton José Baldochi
Moisés Sragowicz Lipnik
Néfi TalesNelson Mancini
NicolauOsmar Thibes
Oswaldo Bettio
Osvaldo Sbeghen
Paulo Osório Silveira Bueno
Randal Juliano Garcia
Roberto Gouveia Nascimento
Roberto Hilvo Giovani Purini
Roberval Conte Lopes Lima
Ruth Escobar
Sebastião Bognar
Tadashi Kuriki
Valdemar Corauci Sobrinho
Vanderlei Macris
Vergílio Dalla Pria Netto
Vitor Sapienza
Wadih HelúWaldemar Chubaci
Waldemar Mattos Silveira
Waldyr Alceu Trigo
Walter Mendes
LEI N. 11.377, DE 14 DE ABRIL DE 2003

Define as obrigações de pequeno valor, previstas no § 3.º do Artigo 100 da Constituição Federal, e
os precatórios judiciais excepcionados pelo "caput" do Artigo 78 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias e dá outras providências

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:


Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:
Artigo 1.º - São consideradas de pequeno valor, para os fins do disposto no § 3.º do Artigo 100 da
Constituição Federal, as obrigações que a Fazenda do Estado de São Paulo, Autarquias,
Fundações e Universidades estaduais devam quitar em decorrência de decisão final, da qual não
penda recurso ou defesa, inclusive da conta de liquidação, cujo valor seja igual ou inferior a
1.135,2885 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs, independente da natureza do
crédito.
§ 1.º - Considera-se valor da obrigação, para os fins do disposto no "caput", o total apurado em
conta de liquidação homologada ou aprovada no processo de origem, atualizado até a data de
expedição do ofício judicial requisitando o pagamento.
§ 2.º - As obrigações de que trata este artigo terão os respectivos valores atualizados
monetariamente e acrescidos os juros legais de 6% (seis por cento) ao ano, utilizado o critério
"pro rata tempore", até a data do efetivo pagamento, que se fará no prazo máximo de 90 (noventa)
dias, a contar do recebimento da requisição, na forma a ser estabelecida em decreto.
Artigo 2.º - Serão considerados também de pequeno valor os precatórios judiciários que a
Fazenda do Estado de São Paulo, Autarquias, Fundações e Universidades estaduais devam
quitar, nos termos do § 1.º do Artigo 100 da Constituição Federal, em relação aos quais não
penda recurso ou defesa, cujo valor seja igual ou inferior a 1.135,2885 Unidades Fiscais do
Estado de São Paulo - UFESPs.
§ 1.º - Para os fins do disposto no "caput", considera-se valor do precatório a importância
expressa no ofício requisitório, ou a do respectivo saldo, atualizada até a data da publicação desta
lei.
§ 2.º - Os precatórios de que trata este artigo serão relacionados em ordem cronológica apartada
dos demais e liquidados em até 90 (noventa) dias, a contar da publicação desta lei, assegurada
preferência aos relativos a créditos de natureza alimentícia.
Artigo 3.º - O disposto no artigo anterior poderá ser aplicado, no que couber, a precatórios em
relação aos quais penda defesa ou recurso, mediante requerimento das partes exeqüentes nos
autos do processo, após o trânsito em julgado, e desde que o valor, nesse momento, seja igual ou
inferior a 1.135,2885 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs, caso em que a
liquidação será feita em até 90 (noventa) dias, a contar da intimação da entidade devedora.
Artigo 4.º - É vedado o fracionamento, repartição ou quebra do valor global da execução, de
modo que o pagamento se faça, em parte, na forma estabelecida no "caput" do Artigo 1.º desta lei
e, em parte, com a expedição de precatório.
§ 1.º - É facultada às partes exeqüentes a renúncia ao crédito, no que exceder ao valor
estabelecido no "caput" dos Artigos 1.º ou 2.º, para que possam optar pelo pagamento na forma
desta lei, sempre considerado o valor global da execução.
§ 2.º - A opção pelo recebimento do crédito na forma prevista nesta lei, a ser exercida nos autos
do processo, implica a renúncia do restante dos créditos porventura existentes e que sejam
oriundos do mesmo processo.
Artigo 5.º - Os valores dos precatórios a serem liquidados na forma do Artigo 78 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias, serão atualizados monetariamente e acrescidos de juros
legais de 6% (seis por cento) ao ano, até o efetivo pagamento de cada anualidade, com final
quitação na décima e última parcela.
Parágrafo único - Nos casos em que haja determinação judicial transitada em julgado para o
cômputo de juros compensatórios ou de juros acima do limite legal, estes serão calculados até a
data do pagamento da primeira parcela.
Artigo 6.º - A redução do prazo a que alude o § 3.º do Artigo 78 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias está condicionada à comprovação em juízo de que o imóvel
desapropriado era residencial do credor e único à época da imissão na posse, produzindo efeitos
a partir da intimação da entidade devedora estadual pela Presidência do Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo.
Artigo 7.º - A cessão de créditos decorrentes de precatórios cujos valores sejam parcelados na
forma do Artigo 78 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias produzirá efeitos somente
depois de comunicada ao juízo da execução, no processo de origem, e intimada a entidade
devedora.
Artigo 8.º - O efeito liberatório do pagamento de tributos estaduais, que venha a ser atribuído às
prestações não liquidadas, nos termos do § 2.º do Artigo 78 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, dependerá de requerimento expresso do credor ao juízo da
execução, no processo de origem, e produzirá efeitos a partir da intimação da entidade devedora
pela Presidência do Tribunal que houver requisitado o pagamento.
Artigo 9.º - Observada a ordem cronológica de pagamento em cada classe, os créditos
decorrentes de decisões judiciais serão ordenados nas seguintes classes, distintas e autônomas:
I - créditos decorrentes de obrigações de pequeno valor;
II - precatórios relativos a crédito de natureza alimentícia de pequeno valor;
III - precatórios relativos a créditos de natureza não alimentícia de pequeno valor;
IV - precatórios relativos a créditos de natureza alimentícia;
V - precatórios relativos a créditos de natureza não alimentícia parcelados na forma do Artigo 78
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;
VI - precatórios relativos a créditos de natureza não alimentícia não incluídos nos incisos
anteriores.
Artigo 10 - Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.
Palácio dos Bandeirantes, 14 de abril de 2003.
GERALDO ALCKMIN
Eduardo Refinetti Guardia
Secretário da Fazenda
Arnaldo Madeira
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 14 de abril de 2003.
A

Ficha informativa
Texto compilado
LEI Nº 10.261, DE 28 DE OUTUBRO DE 1968
(Atualizada até a Lei Complementar nº 1.310, de 04 de outubro de 2017)

Dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado

TÍTULO I

Disposições Preliminares

Artigo 1º - Esta lei institui o regime jurídico dos funcionários públicos civis do Estado.
Parágrafo único - As suas disposições, exceto no que colidirem com a legislação especial,
aplicam-se aos funcionários dos 3 Poderes do Estado e aos do Tribunal de Contas do Estado.
Artigo 2º - As disposições desta lei não se aplicam aos empregados das autarquias, entidades
paraestatais e serviços públicos de natureza industrial, ressalvada a situação daqueles que, por lei
anterior, já tenham a qualidade de funcionário público.
Parágrafo único - Os direitos, vantagens e regalias dos funcionários públicos só poderão ser
estendidos aos empregados das entidades a que se refere este artigo na forma e condições que a
lei estabelecer.
Artigo 3º - Funcionário público, para os fins deste Estatuto, é a pessoa legalmente investida em
cargo público.
Artigo 4º - Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um
funcionário.
Artigo 5º - Os cargos públicos são isolados ou de carreira.
Artigo 6º - Aos cargos públicos serão atribuídos valores determinados por referências numéricas,
seguidas de letras em ordem alfabética, indicadoras de graus.
Parágrafo único - O conjunto de referência e grau constitui o padrão do cargo.
Artigo 7º - Classe é o conjunto de cargos da mesma denominação.
Artigo 8º - Carreira é o conjunto de classes da mesma natureza de trabalho, escalonadas
segundo o nível de complexidade e o grau de responsabilidade.
Artigo 9º - Quadro é o conjunto de carreiras e de cargos isolados.
Artigo 10 - É vedado atribuir ao funcionário serviços diversos dos inerentes ao seu cargo, exceto
as funções de chefia e direção e as comissões legais.

TÍTULO II

DO PROVIMENTO, DO EXERCÍCIO E DA VACÂNCIA DOS CARGOS PÚBLICOS

CAPÍTULO I

Do Provimento

Artigo 11 - Os cargos públicos serão providos por:


I - nomeação;
II - transferência;
III - reintegração;
IV - acesso;
V - reversão;
VI - aproveitamento; e
VII - readmissão.
Artigo 12 - Não havendo candidato habilitado em concurso, os cargos vagos, isolados ou de
carreira, só poderão ser ocupados no regime da legislação trabalhista, até o prazo máximo de 2
(dois) anos, considerando-se findo o contrato após esse período, vedada a recondução.

CAPÍTULO II

Das Nomeações

SEÇÃO I

Das Formas de Nomeação

Artigo 13 - As nomeações serão feitas:


I - em caráter vitalício, nos casos expressamente previstos na Constituição do Brasil;
II - em comissão, quando se tratar de cargo que em virtude de lei assim deva ser provido; e
III - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de provimento dessa natureza.

SEÇÃO II

Da Seleção de Pessoal

SUBSEÇÃO I

Do Concurso

Artigo 14 - A nomeação para cargo público de provimento efetivo será precedida de concurso
público de provas ou de provas e títulos.
Parágrafo único - As provas serão avaliadas na escala de 0 (zero) a 100 (cem) pontos e aos
títulos serão atribuídos, no máximo, 50 (cinqüenta) pontos.
Artigo 15 - A realização dos concursos será centralizada num só órgão.
Artigo 16 - As normas gerais para a realização dos concursos e para a convocação e indicação
dos candidatos para o provimento dos cargos serão estabelecidas em regulamento.
Artigo 17 - Os concursos serão regidos por instruções especiais, expedidas pelo órgão
competente.
Artigo 18 - As instruções especiais determinarão, em função da natureza do cargo:
I - se o concurso será:
1 - de provas ou de provas e títulos; e
2 - por especializações ou por modalidades profissionais, quando couber;
II - as condições para provimento do cargo referentes a:
1 - diplomas ou experiência de trabalho;
2 - capacidade física; e
3 - conduta;
III - o tipo e conteúdo das provas e as categorias de títulos;
IV - a forma de julgamento das provas e dos títulos;
V - os critérios de habilitação e de classificação; e
VI - o prazo de validade do concurso.
Artigo 19 - As instruções especiais poderão determinar que a execução do concurso, bem como a
classificação dos habilitados, seja feita por regiões.
Artigo 20 - A nomeação obedecerá à ordem de classificação no concurso.
SUBSEÇÃO II

Das Provas de Habilitação

Artigo 21 - As provas de habilitação serão realizadas pelo órgão encarregado dos concursos, para
fins de transferência e de outras formas de provimento que não impliquem em critério competitivo.
Artigo 22 - As normas gerais para realização das provas de habilitação serão estabelecidas em
regulamento, obedecendo, no que couber, ao estabelecido para os concursos.

CAPÍTULO III

Das Substituições

Artigo 23 - Haverá substituição no impedimento legal e temporário do ocupante de cargo de


chefia ou de direção.
Parágrafo único - Ocorrendo a vacância, o substituto passará a responder pelo expediente da
unidade ou órgão correspondente até o provimento do cargo.
Artigo 24 - A substituição, que recairá sempre em funcionário público, quando não for automática,
dependerá da expedição de ato de autoridade competente.
§ 1º - O substituto exercerá o cargo enquanto durar o impedimento do respectivo ocupante.
§ 2º - O substituto, durante todo o tempo em que exercer a substituição terá direito a perceber o
valor do padrão e as vantagens pecuniárias inerentes ao cargo do substituído e mais as vantagens
pessoais a que fizer jus.
§ 3º - O substituto perderá, durante o tempo da substituição, o vencimento ou a remuneração e
demais vantagens pecuniárias inerentes ao seu cargo, se pelo mesmo não optar.
Artigo 25 - Exclusivamente para atender à necessidade de serviço, os tesoureiros, caixas e outros
funcionários que tenham valores sob sua guarda, em caso de impedimento, serão substituídos por
funcionários de sua confiança, que indicarem, respondendo a sua fiança pela gestão do substituto.
Parágrafo único - Feita a indicação, por escrito, ao chefe da repartição ou do serviço, este
proporá a expedição do ato de designação, aplicando-se ao substituto a partir da data em que
assumir as funções do cargo, o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 24.

CAPÍTULO IV

Da Transferência

Artigo 26 - O funcionário poderá ser transferido de um para outro cargo de provimento efetivo.
Artigo 27 - As transferências serão feitas a pedido do funcionário ou "ex-officio", atendidos
sempre a conveniência do serviço e os requisitos necessários ao provimento do cargo.
Artigo 28 - A transferência será feita para cargo do mesmo padrão de vencimento ou de igual
remuneração, ressalvados os casos de transferência a pedido, em que o vencimento ou a
remuneração poderá ser inferior.
Artigo 29 - A transferência por permuta se processará a requerimento de ambos os interessados
e de acordo com o prescrito neste capítulo.
- Nota: vide Decreto nº 4.633, de 01/10/1974.

CAPÍTULO V

Da Reintegração
Artigo 30 - A reintegração é o reingresso no serviço público, decorrente da decisão judicial
passada em julgado, com ressarcimento de prejuízos resultantes do afastamento.
Artigo 31 - A reintegração será feita no cargo anteriormente ocupado e, se este houver sido
transformado, no cargo resultante.
§ 1º - Se o cargo estiver preenchido, o seu ocupante será exonerado, ou, se ocupava outro cargo,
a este será reconduzido, sem direito a indenização.
§ 2º - Se o cargo houver sido extinto, a reintegração se fará em cargo equivalente, respeitada a
habilitação profissional, ou, não sendo possível, ficará o reintegrado em disponibilidade no cargo
que exercia.
Artigo 32 - Transitada em julgado a sentença, será expedido o decreto de reintegração no prazo
máximo de 30 (trinta) dias.

CAPÍTULO VI

Do Acesso

Artigo 33 - Acesso é a elevação do funcionário, dentro do respectivo quadro a cargo da mesma


natureza de trabalho, de maior grau de responsabilidade e maior complexidade de atribuições,
obedecido o interstício na classe e as exigências a serem instituídas em regulamento.
§ 1º - Serão reservados para acesso os cargos cujas atribuições exijam experiência prévia do
exercício de outro cargo.
§ 2º - O acesso será feito mediante aferição do mérito dentre titulares de cargos cujo exercício
proporcione a experiência necessária ao desempenho das atribuições dos cargos referidos no
parágrafo anterior.
Artigo 34 - Será de 3 (três) anos de efetivo exercício o interstício para concorrer ao acesso.

CAPÍTULO VII

Da Reversão

Artigo 35 - Reversão é o ato pelo qual o aposentado reingressa no serviço público a pedido ou ex-
officio.
§ 1º - A reversão ex-officio será feita quando insubsistentes as razões que determinaram a
aposentadoria por invalidez.
§ 2º - Não poderá reverter à atividade o aposentado que contar mais de 58 (cinqüenta e oito) anos
de idade.
§ 3º - No caso de reversão ex-officio, será permitido o reingresso além do limite previsto no
parágrafo anterior.
§ 4º - A reversão só poderá efetivar-se quando, em inspeção médica, ficar comprovada a
capacidade para o exercício do cargo.
§ 5º - Se o laudo médico não for favorável, poderá ser procedida nova inspeção de saúde, para o
mesmo fim, decorridos pelo menos 90 (noventa) dias.
§ 6º - Será tornada sem efeito a reversão ex-officio e cassada a aposentadoria do funcionário que
reverter e não tomar posse ou não entrar em exercício dentro do prazo legal.
Artigo 36 - A reversão far-se-á no mesmo cargo.
§ 1º - Em casos especiais, a juízo do Governo, poderá o aposentado reverter em outro cargo, de
igual padrão de vencimentos, respeitada a habilitação profissional.
§ 2º - A reversão a pedido, que será feita a critério da Administração, dependerá também da
existência de cargo vago, que deva ser provido mediante promoção por merecimento.

CAPÍTULO VIII
Do Aproveitamento

Artigo 37 - Aproveitamento é o reingresso no serviço público do funcionário em disponibilidade.


Artigo 38 - O obrigatório aproveitamento do funcionário em disponibilidade ocorrerá em vagas
existentes ou que se verificarem nos quadros do funcionalismo.
§ 1º - O aproveitamento dar-se-á, tanto quanto possível, em cargo de natureza e padrão de
vencimentos correspondentes ao que ocupava, não podendo ser feito em cargo de padrão
superior.
§ 2º - Se o aproveitamento se der em cargo de padrão inferior ao provento da disponibilidade, terá
o funcionário direito à diferença.
§ 3º - Em nenhum caso poderá efetuar -se o aproveitamento sem que, mediante inspeção médica,
fique provada a capacidade para o exercício do cargo.
§ 4º - Se o laudo médico não for favorável, poderá ser procedida nova inspeção de saúde, para o
mesmo fim, decorridos no mínimo 90 (noventa) dias.
§ 5º - Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade do funcionário que,
aproveitado, não tomar posse e não entrar em exercício dentro do prazo legal.
§ 6º - Será aposentado no cargo anteriormente ocupado, o funcionário em disponibilidade que for
julgado incapaz para o serviço público, em inspeção médica.
§ 7º - Se o aproveitamento se der em cargo de provimento em comissão, terá o aproveitado
assegurado, no novo cargo, a condição de efetividade que tinha no cargo anteriormente ocupado.
(NR)
- § 7º acrescentado pelo Decreto-Lei nº 76, de 27/05/1969.

CAPÍTULO IX

Da Readmissão

Artigo 39 - Readmissão é o ato pelo qual o ex-funcionário, demitido ou exonerado, reingressa no


serviço público, sem direito a ressarcimento de prejuízos, assegurada, apenas, a contagem de
tempo de serviço em cargos anteriores, para efeito de aposentadoria e disponibilidade.
§ 1º - A readmissão do ex-funcionário demitido será obrigatoriamente precedida de reexame do
respectivo processo administrativo, em que fique demonstrado não haver inconveniente, para o
serviço público, na decretação da medida.
§ 2º - Observado o disposto no parágrafo anterior, se a demissão tiver sido a bem do serviço
público, a readmissão não poderá ser decretada antes de decorridos 5 (cinco) anos do ato
demissório.
Artigo 40 - A readmissão será feita no cargo anteriormente exercido pelo ex-funcionário ou, se
transformado, no cargo resultante da transformação.

CAPÍTULO X

Da Readaptação

Artigo 41 - Readaptação é a investidura em cargo mais compatível com a capacidade do


funcionário e dependerá sempre de inspeção médica.
Artigo 42 - A readaptação não acarretará diminuição, nem aumento de vencimento ou
remuneração e será feita mediante transferência.

CAPÍTULO XI

Da Remoção
Artigo 43 - A remoção, que se processará a pedido do funcionário ou ex-officio, só poderá ser
feita:
I - de uma para outra repartição, da mesma Secretaria; e
II - de um para outro órgão da mesma repartição.
Parágrafo único - A remoção só poderá ser feita respeitada a lotação de cada repartição.
Artigo 44 - A remoção por permuta será processada a requerimento de ambos os interessados,
com anuência dos respectivos chefes e de acordo com o prescrito neste Capítulo.
Artigo 45 - O funcionário não poderá ser removido ou transferido ex-officio para cargo que deva
exercer fora da localidade de sua residência, no período de 6 (seis) meses antes e até 3 (três)
meses após a data das eleições.
Parágrafo único - Essa proibição vigorará no caso de eleições federais, estaduais ou municipais,
isolada ou simultaneamente realizadas.

CAPÍTULO XII

Da Posse

Artigo 46 - Posse é o ato que investe o cidadão em cargo público.


Artigo 47 - São requisitos para a posse em cargo público:
I - ser brasileiro;
II - ter completado 18 (dezoito) anos de idade;
III - estar em dia com as obrigações militares;
IV - estar no gozo dos direitos políticos;
V - ter boa conduta;
VI - gozar de boa saúde, comprovada em inspeção realizada em órgão médico oficial;
VI - gozar de boa saúde, comprovada em inspeção realizada por órgão médico oficial do Estado,
para provimento de cargo efetivo, ou mediante apresentação de Atestado de Saúde Ocupacional,
expedido por médico registrado no Conselho Regional correspondente, para provimento de cargo
em comissão; (NR)
- Inciso VI com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, de 01/07/2010.
VII - possuir aptidão para o exercício do cargo; e
VIII - ter atendido às condições especiais prescritas para o cargo.
Parágrafo único - A deficiência da capacidade física, comprovadamente estacionária, não será
considerada impedimento para a caracterização da capacidade psíquica e somática a que se
refere o item VI deste artigo, desde que tal deficiência não impeça o desempenho normal das
funções inerentes ao cargo de cujo provimento se trata.
Artigo 48 - São competentes para dar posse:
I - Os Secretários de Estado, aos diretores gerais, aos diretores ou chefes das repartições e aos
funcionários que lhes são diretamente subordinados; e
II - Os diretores gerais e os diretores ou chefes de repartição ou serviço, nos demais casos, de
acordo com o que dispuser o regulamento.
Artigo 49 - A posse verificar-se-á mediante a assinatura de termo em que o funcionário prometa
cumprir fielmente os deveres do cargo.
Parágrafo único - O termo será lavrado em livro próprio e assinado pela autoridade que der
posse.
Artigo 50 - A posse poderá ser tomada por procuração quando se tratar de funcionário ausente do
Estado, em comissão do Governo ou, em casos especiais, a critério da autoridade competente.
Artigo 51 - A autoridade que der posse deverá verificar, sob pena de responsabilidade, se foram
satisfeitas as condições estabelecidas, em lei ou regulamento, para a investidura no cargo.
Artigo 52 - A posse deverá verificar-se no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da
publicação do ato de provimento do cargo, no órgão oficial.
§ 1º - O prazo fixado neste artigo poderá ser prorrogado por mais 30 (trinta) dias, a requerimento
do interessado.
§ 2º - O prazo inicial para a posse do funcionário em férias ou licença, será contado da data em
que voltar ao serviço.
§ 3º - Se a posse não se der dentro do prazo, será tornado sem efeito o ato de provimento.
Artigo 53 — A contagem do prazo a que se refere o artigo anterior, poderá ser suspensa até o máximo de 120 (cento e
vinte) dias, a partir da data em que o funcionário apresentar guia ao órgão médico encarregado da inspeção até a data da
expedição do certificado de sanidade e capacidade física, sempre que a inspeção médica exigir essa providência.
Parágrafo único — O prazo a que se refere este artigo recomeçará a correr sempre que o candidato, sem motivo
justificado, deixe de submeter-se aos exames médicos julgados necessários.
Artigo 53 - A contagem do prazo a que se refere o artigo anterior poderá ser suspensa nas
seguintes hipóteses: (NR)
I - por até 120 (cento e vinte) dias, a critério do órgão médico oficial, a partir da data de
apresentação do candidato junto ao referido órgão para perícia de sanidade e capacidade física,
para fins de ingresso, sempre que a inspeção médica exigir essa providência; (NR)
II - por 30 (trinta) dias, mediante a interposição de recurso pelo candidato contra a decisão do
órgão médico oficial (NR).
§ 1º - o prazo a que se refere o inciso I deste artigo recomeçará a correr sempre que o candidato,
sem motivo justificado, deixe de submeter-se aos exames médicos julgados necessários. (NR)
§ 2º - a interposição de recurso a que se refere o inciso II deste artigo dar-se-á no prazo máximo
de 5 (cinco) dias, a contar da data de decisão do órgão médico oficial. (NR)
- Artigo 53 com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, de 01/07/2010.
Artigo 54 - O prazo a que se refere o art. 52 para aquele que, antes de tomar posse, for
incorporado às Forças Armadas, será contado a partir da data da desincorporação.
Artigo 55 — A posse do funcionário estável, que for nomeado para outro cargo, independerá de exame médico, desde que
se encontre em exercício.
Artigo 55 - o funcionário efetivo, nomeado para cargo em comissão, fica dispensado, no ato da
posse, da apresentação do atestado de que trata o inciso VI do artigo 47 desta lei. (NR)
- Artigo 55 com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, de 01/07/2010.

CAPÍTULO XIII

Da Fiança

Artigo 56 — Aquele que fôr nomeado para cargo de provimento dependente de prestação de fiança, não poderá entrar em
exercício sem a prévia satisfação dessa exigência.
§ 1º — A fiança poderá ser prestada:
I — em dinheiro;
II — em títulos da Dívida Públca da União ou do Estado; e
III — em apólices de seguro de fidelidade funcional, emitidas por institutos oficiais ou companhias legalmente autorizadas.
§ 2º — Não poderá ser autorizado o levantamento da fiança antes de tomadas as contas do funcionário.
§ 3º — O responsável por alcance ou desvio de material não ficará isento da ação administrativa e criminal que couber,
ainda que o valor da fiança seja superior ao prejuízo verificado.
Artigo 56 - Revogado.
- Artigo 56 revogado pela Lei Complementar nº 575, de 11/11/1988.

CAPÍTULO XIV

Do Exercício

Artigo 57 - O exercício é o ato pelo qual o funcionário assume as atribuições e responsabilidades


do cargo.
§ 1º - O início, a interrupção e o reinicio do exercício serão registrados no assentamento individual
do funcionário.
§ 2º - O início do exercício e as alterações que ocorrerem serão comunicados ao órgão
competente, pelo chefe da repartição ou serviço em que estiver lotado o funcionário.
Artigo 58 - Entende-se por lotação, o número de funcionários de carreira e de cargos isolados que
devam ter exercício em cada repartição ou serviço.
Artigo 59 - O chefe da repartição ou de serviço em que for lotado o funcionário é a autoridade
competente para dar-lhe exercício.
Parágrafo único - É competente para dar exercício ao funcionário, com sede no Interior do
Estado, a autoridade a que o mesmo estiver diretamente subordinado.
Artigo 60 - O exercício do cargo terá início dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados:
I - da data da posse; e
II - da data da publicação oficial do ato, no caso de remoção.
§ 1º - Os prazos previstos neste artigo poderão ser prorrogados por 30 (trinta) dias, a
requerimento do interessado e a juízo da autoridade competente.
§ 2º - No caso de remoção, o prazo para exercício de funcionário em férias ou em licença, será
contado da data em que voltar ao serviço.
§ 3º - No interesse do serviço público, os prazos previstos neste artigo poderão ser reduzidos para
determinados cargos.
§ 4º - O funcionário que não entrar em exercício dentro do prazo será exonerado.
Artigo 61 - Em caso de mudança de sede, será concedido um período de trânsito, até 8 (oito)
dias, a contar do desligamento do funcionário.
Artigo 62 - O funcionário deverá apresentar ao órgão competente, logo após ter tomado posse e
assumido o exercício, os elementos necessários à abertura do assentamento individual.
Artigo 63 - Salvo os casos previstos nesta lei, o funcionário que interromper o exercício por mais
de 30 (trinta) dias consecutivos, ficará sujeito à pena de demissão por abandono de cargo.
Artigo 64 - O funcionário deverá ter exercício na repartição em cuja lotação houver claro.
Artigo 65 - Nenhum funcionário poderá ter exercício em serviço ou repartição diferente daquela
em que estiver lotado, salvo nos casos previstos nesta lei, ou mediante autorização do
Governador.
Artigo 66 - Na hipótese de autorização do Governador, o afastamento só será permitido, com ou
sem prejuízo de vencimentos, para fim determinado e prazo certo.
Parágrafo único - O afastamento sem prejuízo de vencimentos poderá ser condicionado ao
reembolso das despesas efetuadas pelo órgão de origem, na forma a ser estabelecida em
regulamento. (NR)
- Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar nº 1.043, de 09/05/2008.
Artigo 67 - O afastamento do funcionário para ter exercício em entidades com as quais o Estado
mantenha convênios, reger-se-á pelas normas nestes estabelecidas.
Artigo 68 - O funcionário poderá ausentar-se do Estado ou deslocar-se da respectiva sede de
exercício, para missão ou estudo de interesse do serviço público, mediante autorização expressa
do Governador.
Artigo 68-A - O funcionário poderá afastar-se do Estado para atuar em organismo internacional de
que o Brasil participe ou com o qual coopere, mediante autorização expressa do Governador, com
prejuízo dos vencimentos e demais vantagens do cargo. (NR)
- Artigo 68-A acrescentado pela Lei Complementar nº 1.310, de 04/10/2017.
Artigo 69 - Os afastamentos de funcionários para participação em congressos e outros certames
culturais, técnicos ou científicos, poderão ser autorizados pelo Governador, na forma estabelecida
em regulamento.
Artigo 70 — O funcionário prêso em flagrante ou preventivamente, pronunciado ou condenado por crime inafiançável, será
considerado afastado do exercício do cargo até condenação ou absolvição passada em julgado.
§ 1º — Durante o afastamento, o funcionário perceberá apenas 2/3 (dois terços) do vencimento ou remuneração, tendo
direito à diferença, se fôr, a final, absolvido.
§ 2º — No caso de condenação, se esta não fôr de natureza que detemine a demissão do funcionário, continuará ele
afastado até o cumprimento total da pena, com direito a 2/3 (dois terços) do vencimento ou remuneração.
Artigo 70 - O servidor preso em flagrante, preventiva ou temporariamente ou pronunciado será
considerado afastado do exercício do cargo, com prejuízo da remuneração, até a condenação ou
absolvição transitada em julgado. (NR)
§ 1º - Estando o servidor licenciado, sem prejuízo de sua remuneração, será considerada cessada
a licença na data em que o servidor for recolhido à prisão. (NR)
§ 2º - Se o servidor for, ao final do processo judicial, condenado, o afastamento sem remuneração
perdurará até o cumprimento total da pena, em regime fechado ou semi-aberto, salvo na hipótese
em que a decisão condenatória determinar a perda do cargo público. (NR)
- Artigo 70 com redação dada pela Lei Complementar nº 1.012, de 05/04/2007.
Artigo 71 - As autoridades competentes determinarão o afastamento imediato do trabalho, do
funcionário que apresente indícios de lesões orgânicas ou funcionais causadas por raios X ou
substâncias radioativas, podendo atribuir-lhe conforme o caso, tarefas sem risco de radiação ou
conceder-lhe licença "ex-officio" na forma do art. 194 e seguintes.
Artigo 72 - O funcionário, quando no desempenho do mandato eletivo federal ou estadual, ficará
afastado de seu cargo, com prejuízo do vencimento ou remuneração.
Artigo 73 — No caso de mandato legislativo municipal, o afastamento somente se dará quando o horário das sessões das
respectivas Câmaras coincidir com o horário normal de trabalho a que estiver sujeito o funcionário.
§ 1º — Quando a vereança fôr remunerada, o funcionário poderá optar pelo subsídio ou pelo vencimento ou remuneração.
§ 2º — Na hipótese de vereança gratuita, o afastamento a que alude êste artigo será sem prejuízo do vencimento ou
remuneração.
Artigo 73 - O exercício do mandato de Prefeito, ou o de Vereador, quando remunerado,
determinará o afastamento do funcionário, com a faculdade de opção entre os subsídios do
mandato e os vencimentos ou a remuneração do cargo, inclusive vantagens pecuniárias, ainda
que não incorporadas. (NR)
Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se igualmente à hipótese de nomeação de
Prefeito. (NR)
- Artigo 73 com redação dada pela Lei Complementar nº 87, de 25/04/1974.
Artigo 74 — No caso de mandato de prefeito, o funcionário ficará afastado de seu cargo, podendo optar pelos vencimento
ou remuneração de um ou de outro.
Artigo 74 - Quando não remunerada a vereança, o afastamento somente ocorrerá nos dias de
sessão e desde que o horário das sessões da Câmara coincida com o horário normal de trabalho
a que estiver sujeito o funcionário. (NR)
§ 1º - Na hipótese prevista neste artigo, o afastamento se dará sem prejuízo de vencimentos e
vantagens, ainda que não incorporadas, do respectivo cargo.(NR)
§ 2º - É vedada a remoção ou transferência do funcionário durante o exercício do mandato. (NR)
- Artigo 74 com redação dada pela Lei Complementar nº 87, de 25/04/1974.
Artigo 75 - O funcionário, devidamente autorizado pelo Governador, poderá afastar-se do cargo
para participar de provas de competições desportivas, dentro ou fora do Estado.
§ 1º - O afastamento de que trata este artigo, será precedido de requisição justificada do órgão
competente.
§ 2º - O funcionário será afastado por prazo certo, nas seguintes condições:
I - sem prejuízo do vencimento ou remuneração, quando representar o Brasil, ou o Estado, em
competições desportivas oficiais; e
II - com prejuízo do vencimento ou remuneração, em quaisquer outros casos.

CAPÍTULO XV

Da Contagem de Tempo de Serviço

Artigo 76 — O tempo de serviço público, assim considerado o exclusivamente prestado à União, Estados, Municípios e
Autarquias em geral, será contado singelamente para todos os fins.
- Suspensa a aplicabilidade pela Administração com base no pronunciamento do Secretário de Estado - Chefe da Casa
Civil de 04/08/1971, publicado no DOE de 06/08/1971, pág. 3.
Artigo 76 - O tempo de serviço público, assim considerado o exclusivamente prestado ao Estado
e suas Autarquias, será contado singelamente para todos os fins.
Parágrafo único - O tempo de serviço público prestado à União, outros Estados e Municípios, e
suas autarquias, anteriormente ao ingresso do funcionário no serviço público estadual, será
contado integralmente para os efeitos de aposentadoria e disponibilidade.
- Artigo 76 com redação dada pela Lei Complementar nº 318, de 10/03/1983.
Nota: O artigo 1º da Lei Complementar nº 437, de 23/12/1985, fixou a vigência deste artigo para 21/12/1984.
Artigo 77 - A apuração do tempo de serviço será feita em dias.
§ 1º - Serão computados os dias de efetivo exercício, do registro de freqüência ou da folha de
pagamento.
§ 2º - O número de dias será convertido em anos, considerados sempre estes como de 365
(trezentos e sessenta e cinco) dias.
§ 3º - Feita a conversão de que trata o parágrafo anterior, os dias restantes, até 182 (cento e
oitenta e dois), não serão computados, arredondando-se para 1 (um) ano, na aposentadoria
compulsória ou por invalidez, quando excederem esse número.
Artigo 78 - Serão considerados de efetivo exercício, para todos os efeitos legais, os dias em que o
funcionário estiver afastado do serviço em virtude de:
I - férias;
II - casamento, até 8 (oito) dias;
III - falecimento do cônjuge, filhos, pais e irmãos, até 8 (oito) dias;
IV - falecimento dos sogros, do padrasto ou madrasta, até 2 (dois) dias;
IV - falecimento dos avós, netos, sogros, do padrasto ou madrasta, até 2 (dois) dias; (NR)
- Inciso IV com redação dada pela Lei Complementar nº 318, de 10/03/1983.
V - serviços obrigatórios por lei;
VI - licença quando acidentado no exercício de suas atribuições ou atacado de doença
profissional;
VII - licença à funcionária gestante;
VIII - licenciamento compulsório, nos termos do art. 206;
IX - licença-prêmio;
X - faltas abonadas nos termos do parágrafo 1º do art. 110, observados os limites ali fixados;
XI - missão ou estudo dentro do Estado, em outros pontos do território nacional ou no estrangeiro,
nos termos do art. 68;
XII - nos casos previstos no art. 122;
XIII - afastamento por processo administrativo, se o funcionário for declarado inocente ou se a
pena imposta for de repreensão ou multa; e, ainda, os dias que excederem o total da pena de
suspensão efetivamente aplicada;
XIV - trânsito, em decorrência de mudança de sede de exercício, desde que não exceda o prazo
de 8 (oito) dias; e
XV - provas de competições desportivas, nos termos do item I, do § 2º, do art. 75.
XVI - licença-paternidade, por 5 (cinco) dias; (NR)
- Inciso XVI acrescentado pela Lei Complementar nº 1.054, de 07/07/2008.
Artigo 79 — Os dias em que o funcionário deixar de comparecer ao serviço em virtude de mandato legislativo municipal,
nos têrmos do art. 73, serão considerados de efetivo exercício para todos os efeitos legais.
Artigo 79 - Os dias em que o funcionário deixar de comparecer ao serviço em virtude de mandato
legislativo municipal serão considerados de efetivo exercício para todos os eleitos legais. (NR)
- Artigo 79, "caput", com redação dada pela Lei Complementar nº 124, de 11/11/1975.
Parágrafo único — No caso de vereança remunerada, os dias de afastamento não serão
computados para fins de vencimento ou remuneração, salvo se por eles tiver optado o funcionário.
Artigo 80 - Será contado para todos os efeitos, salvo para a percepção de vencimento ou
remuneração:
I - o afastamento para provas de competições desportivas nos termos do item II do § 2º do art. 75;
e
II - as licenças previstas nos arts. 200 e 201.
Artigo 81 — Para efeito de disponibilidade e aposentadoria será contado o tempo de:
I — afastamento junto a entidades paraestatais e serviços públicos de natureza industrial; e
II — licença para tratamento de saúde.
Artigo 81 - Os tempos adiante enunciados serão contados: (NR)
I - para efeito de concessão de adicional por tempo de serviço, sexta-parte, aposentadoria e
disponibilidade: (NR)
a) o de afastamento nos termos dos artigos 65 e 66 junto a outros poderes do Estado, a fundações
instituídas pelo Estado ou empresas em que o Estado tenha participação majoritária pela sua
Administração Centralizada ou Descentralizada, bem como junto a órgãos da Administração Direta
da União, de outros Estados e Municípios, e de suas autarquias; (NR)
b) o de afastamento nos termos do artigo 67; (NR)
II - para efeito de disponibilidade e aposentadoria, o de licença para tratamento de saúde.(NR)
- Artigo 81 com redação dada pela Lei Complementar nº 318, de 10/03/1983.
Artigo 82 — O tempo de mandato eletivo federal ou estadual, ou de mandato de prefeito, será contado para fins de
aposentadoria e de promoção por antigüidade.
Artigo 82 - O tempo de mandato federal e estadual, bem como o municipal, quando remunerado,
será contado para fins de aposentadoria e de promoção por antiguidade. (NR)
Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se à hipótese de nomeação de Prefeito. (NR)
- Artigo 82 com redação dada pela Lei Complementar nº 87, de 25/04/1974.
Artigo 83 - Para efeito de aposentadoria será contado o tempo em que o funcionário esteve em
disponibilidade.
Artigo 84 - É vedada a acumulação de tempo de serviço concorrente ou simultaneamente
prestado, em dois ou mais cargos ou funções, à União, Estados, Municípios ou Autarquias em
geral.
Parágrafo único - Em regime de acumulação é vedado contar tempo de um dos cargos para
reconhecimento de direito ou vantagens no outro.
Artigo 85 - Não será computado, para nenhum efeito, o tempo de serviço gratuito.

CAPÍTULO XVI

Da Vacância

Artigo 86 - A vacância do cargo decorrerá de:


I - exoneração;
II - demissão;
III - transferência;
IV - acesso;
V - aposentadoria; e
VI - falecimento.
§ 1º - Dar-se-á a exoneração:
1 - a pedido do funcionário;
2 - a critério do Governo, quando se tratar de ocupante de cargo em comissão; e
3 - quando o funcionário não entrar em exercício dentro do prazo legal.
§ 2º - A demissão será aplicada como penalidade nos casos previstos nesta lei.

TÍTULO III

DA PROMOÇÃO

CAPÍTULO ÚNICO

Da Promoção

Artigo 87 - Promoção é a passagem do funcionário de um grau a outro da mesma classe e se


processará obedecidos, alternadamente, os critérios de merecimento e de antigüidade na forma
que dispuser o regulamento.
Artigo 88 - O merecimento do funcionário será apurado em pontos positivos e negativos.
§ 1º - Os pontos positivos se referem a condições de eficiência no cargo e ao aperfeiçoamento
funcional resultante do aprimoramento dos seus conhecimentos.
§ 2º - Os pontos negativos resultam da falta de assiduidade e da indisciplina.
Artigo 89 - Da apuração do merecimento será dada ciência ao funcionário.
Artigo 90 - A antigüidade será determinada pelo tempo de efetivo exercício no cargo e no serviço
público, apurado em dias.
Artigo 91 - As promoções serão feitas em junho e dezembro de cada ano, dentro de limites
percentuais a serem estabelecidos em regulamento e corresponderão às condições existentes até
o último dia do semestre imediatamente anterior.
Artigo 92 - Os direitos e vantagens que decorrerem da promoção serão contados a partir da
publicação do ato, salvo quando publicado fora do prazo legal, caso em que vigorará a contar do
último dia do semestre a que corresponder.
Parágrafo único - Ao funcionário que não estiver em efetivo exercício, só se abonarão as
vantagens a partir da data da reassunção.
Artigo 93 - Será declarada sem efeito a promoção indevida, não ficando o funcionário, nesse
caso, obrigado a restituições, salvo na hipótese de declaração falsa ou omissão intencional.
Artigo 94 - Só poderão ser promovidos os servidores que tiverem o interstício de efetivo exercício
no grau.
Parágrafo único - O interstício a que se refere este artigo será estabelecido em regulamento.
Artigo 95 - Dentro de cada quadro, haverá para cada classe, nos respectivos graus, uma lista de
classificação, para os critérios de merecimento e antigüidade.
Parágrafo único - Ocorrendo empate terão preferência, sucessivamente:
1 - na classificação por merecimento:
a) os títulos e os comprovantes de conclusão de cursos, relacionados com a função exercida;
b) a assiduidade;
c) a antigüidade no cargo;
d) os encargos de família; e
e) a idade;
2 - na classificação por antigüidade:
a) o tempo no cargo;
b) o tempo de serviço prestado ao Estado;
c) o tempo de serviço público;
d) os encargos de família; e
e) a idade.
Artigo 96 - O funcionário em exercício de mandato eletivo federal ou estadual ou de mandato de
prefeito, somente poderá ser promovido por antigüidade.
Artigo 97 - Não serão promovidos por merecimento, ainda que classificados dentro dos limites
estabelecidos no regulamento, os funcionários que tiverem sofrido qualquer penalidade nos dois
anos anteriores à data de vigência da promoção.
Artigo 98 - O funcionário submetido a processo administrativo poderá ser promovido, ficando,
porém, sem efeito a promoção por merecimento no caso de o processo resultar em penalidade.
Artigo 99 - Para promoção por merecimento é indispensável que o funcionário obtenha número de
pontos não inferior à metade do máximo atribuível.
Artigo 100 - O merecimento do funcionário é adquirido na classe.
Artigo 101 — Como tempo de serviço público, para efeito de promoção, será considerado o prestado à União, Estados,
Municípios e Autarquias em geral.
Artigo 101 - Revogado.
- Artigo 101 revogado pela Lei Complementar nº 318, de 10/03/1983.
Artigo 102 - O tempo no cargo será o efetivo exercício, contado na seguinte conformidade:
I - a partir da data em que o funcionário assumir o exercício do cargo, nos casos de nomeação,
transferência a pedido, reversão e aproveitamento;
II - como se o funcionário estivesse em exercício, no caso de reintegração;
III - a partir da data em que o funcionário assumir o exercício do cargo do qual foi transferido, no
caso de transferência ex-officio; e
IV - a partir da data em que o funcionário assumir o exercício do cargo reclassificado ou
transformado.
Artigo 103 - Será contado como tempo no cargo o efetivo exercício que o funcionário houver
prestado no mesmo cargo, sem solução de continuidade, desde que por prazo superior a 6 (seis)
meses:
I - como substituto; e
II - no desempenho de função gratificada, em período anterior à criação do respectivo cargo.
Artigo 104 - As promoções obedecerão à ordem de classificação.
Artigo 105 - Haverá em cada Secretaria de Estado uma Comissão de Promoção que terá as
seguintes atribuições:
I - eleger o respectivo presidente;
II - decidir as reclamações contra a avaliação do mérito, podendo alterar, fundamentalmente, os
pontos atribuídos ao reclamante ou a outros funcionários;
III - avaliar o mérito do funcionário quando houver divergência igual ou superior a 20 (vinte) pontos
entre os totais atribuídos pelas autoridades avaliadoras;
IV - propor à autoridade competente a penalidade que couber ao responsável pelo atraso na
expedição e remessa do Boletim de Promoção, pela falta de qualquer informação ou de elementos
solicitados, pelos fatos de que decorram irregularidade ou parcialidade no processamento das
promoções;
V - Avaliar os títulos e os certificados de cursos apresentados pelos funcionários; e
VI - dar conhecimento aos interessados mediante afixação na repartição:
1 - das alterações de pontos feitos nos Boletins de Promoção; e
2 - dos pontos atribuídos pelos títulos e certificados de cursos.
Artigo 106 - No processamento das promoções cabem as seguintes reclamações:
I - da avaliação do mérito; e
II - da classificação final.
§ 1º - Da avaliação do mérito podem ser interpostos pedidos de reconsideração e recurso, e, da
classificação final, apenas recurso.
§ 2º - Terão efeito suspensivo as reclamações relativas à avaliação do mérito.
§ 3º - Serão estabelecidos em regulamento as normas e os prazos para o processamento das
reclamações de que trata este artigo.
Artigo 107 - A orientação das promoções do funcionalismo público civil será centralizada,
cabendo ao órgão a que for deferida tal competência:
I - expedir normas relativas ao processamento das promoções e elaborar as respectivas escalas
de avaliação, com a aprovação do Governador;
II - orientar as autoridades competentes quanto à avaliação das condições de promoção;
III - realizar estudos e pesquisas no sentido de averiguar a eficiência do sistema em vigor,
propondo medidas tendentes ao seu aperfeiçoamento; e
IV - opinar em processos sobre assuntos de promoção, sempre que solicitado.

TÍTULO IV

DOS DIREITOS E DAS VANTAGENS DE ORDEM PECUNIÁRIA

CAPÍTULO I

Do Vencimento e da Remuneração

SEÇÃO I

Disposições Gerais

Artigo 108 - Vencimento é a retribuição paga ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo,
correspondente ao valor do respectivo padrão fixado em lei, mais as vantagens a ele incorporadas
para todos os efeitos legais.
Artigo 109 - Remuneração é a retribuição paga ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo,
correspondente a 2/3 (dois terços) do respectivo padrão, mais as quotas ou porcentagens que, por
lei, lhe tenham sido atribuídas e as vantagens pecuniárias a ela incorporadas.
Artigo 110 - O funcionário perderá:
I - o vencimento ou remuneração do dia. quando não comparecer ao serviço, salvo no caso
previsto no § 1º deste artigo; e
II - 1/3 (um terço) do vencimento ou remuneração diária, quando comparecer ao serviço dentro da
hora seguinte à marcada para o início do expediente ou quando dele retirar-se dentro da última
hora.
§ 1º — As faltas ao serviço, até o máximo de 6 (seis) por ano, não excedendo a uma por mês, poderão ser abonadas por
motivo de moléstia comprovada, mediante apresentação de atestado médico no primeiro dia em que comparecer ao
serviço.
§ 1º - As faltas ao serviço, até o máximo de 6 (seis) por ano, não excedendo a uma por mês, em
razão de moléstia ou outro motivo relevante, poderão ser abonadas pelo superior imediato, a
requerimento do funcionário, no primeiro dia útil subseqüente ao da falta. (NR)
- § 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 294, de 02/09/1982.
§ 2º - No caso de faltas sucessivas, justificadas ou injustificadas, os dias intercalados —
domingos, feriados e aqueles em que não haja expediente — serão computados exclusivamente
para efeito de desconto do vencimento ou remuneração.
Artigo 111 - As reposições devidas pelo funcionário e as indenizações por prejuízos que causar à
Fazenda Pública Estadual, serão descontadas em parcelas mensais não excedentes da décima
parte do vencimento ou remuneração ressalvados os casos especiais previstos neste Estatuto.
Artigo 112 - Só será admitida procuração para efeito de recebimento de quaisquer importâncias
dos cofres estaduais, decorrentes do exercício do cargo, quando o funcionário se encontrar fora
da sede ou comprovadamente impossibilitado de locomover-se.
Artigo 113 - O vencimento, remuneração ou qualquer vantagem pecuniária atribuídos ao
funcionário, não poderão ser objeto de arresto, seqüestro ou penhora, salvo:
I - quando se tratar de prestação de alimentos, na forma da lei civil; e
II - nos casos previstos no Capítulo II do Título VI deste Estatuto.
Artigo 114 - É proibido, fora dos casos expressamente consignados neste Estatuto, ceder ou
gravar vencimento, remuneração ou qualquer vantagem decorrente do exercício de cargo público.
Artigo 115 - O vencimento ou remuneração do funcionário não poderá sofrer outros descontos,
exceto os obrigatórios e os autorizados por lei.
Artigo 116 - As consignações em folha, para efeito de desconto de vencimentos ou remuneração,
serão disciplinadas em regulamento.

SEÇÃO II

Do Horário e do Ponto

Artigo 117 - O horário de trabalho nas repartições será fixado pelo Governo de acordo com a
natureza e as necessidades do serviço.
Artigo 118 - O período de trabalho, nos casos de comprovada necessidade, poderá ser
antecipado ou prorrogado pelo chefe da repartição ou serviço.
Parágrafo único - No caso de antecipação ou prorrogação, será remunerado o trabalho
extraordinário, na forma estabelecida no art. 136.
Artigo 119 - Nos dias úteis, só por determinação do Governador poderão deixar de funcionar as
repartições públicas ou ser suspenso o expediente.
Artigo 120 - Ponto é o registro pelo qual se verificará, diariamente, a entrada e saída do
funcionário em serviço.
§ 1º - Para registro do ponto serão usados, de preferência, meios mecânicos.
§ 2º - É vedado dispensar o funcionário do registro do ponto, salvo os casos expressamente
previstos em lei.
§ 3º - A infração do disposto no parágrafo anterior determinará a responsabilidade da autoridade
que tiver expedido a ordem, sem prejuízo da ação disciplinar cabível.
Artigo 121 - Para o funcionário estudante, conforme dispuser o regulamento, poderão ser
estabelecidas normas especiais quanto à freqüência ao serviço.
Artigo 122 - O funcionário que comprovar sua contribuição para banco de sangue mantido por
órgão estatal ou paraestatal, ou entidade com a qual o Estado mantenha convênio, fica
dispensado de comparecer ao serviço no dia da doação.
Artigo 123 - Apurar-se-á a freqüência do seguinte modo:
I - pelo ponto; e
II - pela forma determinada, quanto aos funcionários não sujeitos a ponto.

Í
CAPÍTULO II

Das Vantagens de Ordem Pecuniária

SEÇÃO I

Disposições Gerais

Artigo 124 - Além do valor do padrão do cargo, o funcionário só poderá receber as seguintes
vantagens pecuniárias:
I - adicionais por tempo de serviço;
II - gratificações;
III - diárias;
IV - ajudas de custo;
V - salário-família e salário-esposa;
VI - auxílio para diferenças de caixa;
VI - Revogado;
- Inciso VI revogado pelo Decreto-lei de 27/02/1970.
VII - quota-parte de multas e porcentagens fixadas em lei;
VIII - honorários, quando fora do período normal ou extraordinário de trabalho a que estiver sujeito,
for designado para realizar investigações ou pesquisas científicas, bem como para exercer as
funções de auxiliar ou membro de bancas e comissões de concurso ou prova, ou de professor de
cursos de seleção e aperfeiçoamento ou especialização de servidores, legalmente instituídos,
observadas as proibições atinentes a regimes especiais de trabalho fixados em lei;
IX - honorários pela prestação de serviço peculiar à profissão que exercer e, em função dela, à
Justiça, desde que não a execute dentro do período normal ou extraordinário de trabalho a que
estiver sujeito e sejam respeitadas as restrições estabelecidas em lei pela subordinação a regimes
especiais de trabalho; e
X - outras vantagens ou concessões pecuniárias previstas em leis especiais ou neste Estatuto.
§ 1º - Excetuados os casos expressamente previstos neste artigo, o funcionário não poderá
receber, a qualquer título, seja qual for o motivo ou forma de pagamento, nenhuma outra
vantagem pecuniária dos órgãos do serviço público, das entidades autárquicas ou paraestatais ou
outras organizações públicas, em razão de seu cargo ou função nos quais tenha sido mandado
servir.
§ 2º - O não cumprimento do que preceitua este artigo importará na demissão do funcionário, por
procedimento irregular, e na imediata reposição, pela autoridade ordenadora do pagamento, da
importância indevidamente paga.
§ 3º - Nenhuma importância relativa às vantagens constantes deste artigo será paga ou devida ao
funcionário, seja qual for o seu fundamento, se não houver crédito próprio, orçamentário ou
adicional.
Artigo 125 - As porcentagens ou quotas-partes, atribuídas em virtude de multas ou serviços de
fiscalização e inspeção, só serão creditadas ao funcionário após a entrada da importância
respectiva, a título definitivo, para os cofres públicos.
Artigo 126 - O funcionário não fará jus à percepção de quaisquer vantagens pecuniárias, nos
casos em que deixar de perceber o vencimento ou remuneração, ressalvado o disposto no
parágrafo único do art. 160.

SEÇÃO Il

Dos Adicionais por Tempo de Serviço

Artigo 127 - O funcionário terá direito, após cada período de 5 (cinco) anos, contínuos, ou não, à
percepção de adicional por tempo de serviço, calculado à razão de 5% (cinco por cento) sobre o
vencimento ou remuneração, a que se incorpora para todos os efeitos.
Parágrafo único — O adicional por tempo de serviço será concedido pela autoridade competente, na forma que fôr
estabelecida em regulamento.
Parágrafo único - O adicional por tempo de serviço será concedido pela autoridade competente, na forma que for
estabelecida em regulamento, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data da completação do
período aquisitivo, sob pena de ser responsabilizado o servidor que der causa ao descumprimento do prazo ora fixado.
(NR)
- Parágrafo único com redação dada pela Lei Complementar nº 792, de 20/3/1995.
Nota: A Lei Complementar nº 792, de 20/3/1995 foi declarada Inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal nos autos
da ADI nº 3.167, julgada em 18/06/2007.
Parágrafo único — O adicional por tempo de serviço será concedido pela autoridade competente,
na forma que fôr estabelecida em regulamento.
Artigo 128 - A apuração do qüinqüênio será feita em dias e o total convertido em anos,
considerados estes sempre como de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.
Artigo 129 - Vetado.
Artigo 130 - O funcionário que completar 25 (vinte e cinco) anos de efetivo exercício perceberá
mais a sexta-parte do vencimento ou remuneração, a estes incorporada para todos os efeitos.
Artigo 131 - O funcionário que exercer cumulativamente cargos ou funções, terá direito aos
adicionais de que trata esta Seção, isoladamente, referentes a cada cargo ou a função.
Artigo 132 - O ocupante de cargo em comissão fará jus aos adicionais previstos nesta Seção,
calculados sobre o vencimento que perceber no exercício desse cargo, enquanto nele
permanecer.
Artigo 133 - Ao funcionário no exercício de cargo em substituição aplica-se o disposto no artigo
anterior.
Artigo 134 - Para efeito dos adicionais a que se refere esta Seção, será computado o tempo de
serviço, na forma estabelecida nos arts. 76 e 78.

SEÇÃO III

Das Gratificações

Artigo 135 - Poderá ser concedida gratificação ao funcionário:


I - pela prestação de serviço extraordinário;
II - pela elaboração ou execução de trabalho técnico ou científico ou de utilidade para o serviço
público;
III - a título de representação, quando em função de gabinete, missão ou estudo fora do Estado ou
designação para função de confiança do Governador;
IV - quando designado para fazer parte de órgão legal de deliberação coletiva; e
V - outras que forem previstas em lei.
Artigo 136 - A gratificação pela prestação de serviço extraordinário será paga por hora de trabalho
prorrogado ou antecipado, na mesma razão percebida pelo funcionário em cada hora de período
normal de trabalho a que estiver sujeito.
Parágrafo único - A prestação de serviço extraordinário não poderá exceder a duas horas diárias
de trabalho.
Artigo 137 - É vedado conceder gratificação por serviço extraordinário, com o objetivo de
remunerar outros serviços ou encargos.
§ 1º - O funcionário que receber importância relativa a serviço extraordinário que não prestou, será
obrigado a restituí-la de uma só vez, ficando ainda sujeito à punição disciplinar.
§ 2º - Será responsabilizada a autoridade que infringir o disposto no caput deste artigo.
Artigo 138 - Será punido com pena de suspensão e, na reincidência, com a de demissão, a bem
do serviço público, o funcionário:
I - que atestar falsamente a prestação de serviço extraordinário; e
II - que se recusar, sem justo motivo, à prestação de serviço extraordinário.
Artigo 139 - O funcionário que exercer cargo de direção não poderá perceber gratificação por
serviço extraordinário.
§ 1º - O disposto neste artigo não se aplica durante o período em que subordinado de titular de
cargo nele mencionado venha a perceber, em conseqüência do acréscimo da gratificação por
serviço extraordinário, quantia que iguale ou ultrapasse o valor do padrão do cargo de direção.
§ 2º - Aos titulares de cargos de direção, para efeito do parágrafo anterior, apenas será paga
gratificação por serviço extraordinário correspondente à quantia a esse título percebida pelo
subordinado de padrão mais elevado.
Artigo 140 - A gratificação pela elaboração ou execução de trabalho técnico ou científico, ou de
utilidade para o serviço, será arbitrada pelo Governador, após sua conclusão.
Artigo 141 - A gratificação a título de representação, quando o funcionário for designado para
serviço ou estudo fora do Estado, será arbitrada pelo Governador, ou por autoridade que a lei
determinar, podendo ser percebida cumulativamente com a diária.
Artigo 142 - A gratificação relativa ao exercício em órgão legal de deliberação coletiva, será fixada
pelo Governador.
Artigo 143 - A gratificação de representação de gabinete, fixada em regulamento, não poderá ser
percebida cumulativamente com a referida no inciso I do art. 135.

SEÇÃO IV

Das Diárias

Artigo 144 - Ao funcionário que se deslocar temporariamente da respectiva sede, no desempenho


de suas atribuições, ou em missão ou estudo, desde que relacionados com o cargo que exerce,
poderá ser concedida, além do transporte, uma diária a título de indenização das despesas de
alimentação e pousada.
§ 1º - Não será concedida diária ao funcionário removido ou transferido, durante o período de
trânsito.
§ 2º - Não caberá a concessão de diária quando o deslocamento de funcionário constituir
exigência permanente do cargo ou função.
§ 3º - Entende-se por sede o município onde o funcionário tem exercício.
§ 4º - O disposto no "caput" deste artigo não se aplica aos casos de missão ou estudo fora do
País.
§ 5º - As diárias relativas aos deslocamentos de funcionários para outros Estados e Distrito
Federal, serão fixadas por decreto.
Artigo 145 — O cálculo das diárias será feito na base do valor do padrão do cargo.
Parágrafo único — As diárias para os cargos sujeitos ao regime de remuneração serão fixadas em decreto do Poder
Executivo, obedecidos os limites que forem estabelecidos para os demais cargos.
Artigo 145 - O valor das diárias será fixado em decreto. (NR)
- Artigo 145 com redação dada pela Lei Complementar nº 556, de 15/07/1988.
Artigo 146 - A tabela de diárias, bem como as autoridades que as concederem, deverão constar
de decreto.
Artigo 147 - O funcionário que indevidamente receber diária, será obrigado a restituí-la de uma só
vez, ficando ainda sujeito à punição disciplinar.
Artigo 148 - É vedado conceder diárias com o objetivo de remunerar outros encargos ou serviços.
Parágrafo único - Será responsabilizada a autoridade que infringir o disposto neste artigo.

SEÇÃO V

Das Ajudas de Custo

Artigo 149 - A juízo da Administração, poderá ser concedida ajuda de custo ao funcionário que no
interesse do serviço passar a ter exercício em nova sede.
§ 1º - A ajuda de custo destina-se a indenizar o funcionário das despesas de viagem e de nova
instalação .
§ 2º - O transporte do funcionário e de sua família compreende passagem e bagagem e correrá
por conta do Governo.
Artigo 150 - A ajuda de custo, desde que em território do País, será arbitrada pelos Secretários de
Estado, não podendo exceder importância correspondente a 3 (três) vezes o valor do padrão do
cargo.
Parágrafo único - O regulamento fixará o critério para o arbitramento, tendo em vista o número de
pessoas que acompanham o funcionário, as condições de vida na nova sede, a distância a ser
percorrida, o tempo de viagem e os recursos orçamentários disponíveis.
Artigo 151 - Não será concedida ajuda de custo:
I - ao funcionário que se afastar da sede ou a ela voltar, em virtude de mandato eletivo; e
II - ao que for afastado junto a outras Administrações.
Parágrafo único - O funcionário que recebeu ajuda de custo, se for obrigado a mudar de sede
dentro do período de 2 (dois) anos poderá receber, apenas, 2/3 (dois terços) do benefício que lhe
caberia.
Artigo 152 - Quando o funcionário for incumbido de serviço que o obrigue a permanecer fora da
sede por mais de 30 (trinta) dias, poderá receber ajuda de custo sem prejuízos das diárias que lhe
couberem.
Parágrafo único - A importância dessa ajuda de custo será fixada na forma do art. 150, não
podendo exceder a quantia relativa a 1 (uma) vez o valor do padrão do cargo.
Artigo 153 - Restituirá a ajuda de custo que tiver recebido:
I - o funcionário que não seguir para a nova sede dentro dos prazos fixados, salvo motivo
independente de sua vontade, devidamente comprovado sem prejuízo da pena disciplinar cabível;
II - o funcionário que, antes de concluir o serviço que lhe foi cometido, regressar da nova sede,
pedir exoneração ou abandonar o cargo.
§ 1º - A restituição poderá ser feita parceladamente, a juízo da autoridade que houver concedido a
ajuda de custo, salvo no caso de recebimento indevido, em que a importância por devolver será
descontada integralmente do vencimento ou remuneração, sem prejuízo da pena disciplinar
cabível.
§ 2º - A responsabilidade pela restituição de que trata este artigo, atinge exclusivamente a pessoa
do funcionário.
§ 3º - Se o regresso do funcionário for determinado pela autoridade competente ou por motivo de
força maior devidamente comprovado, não ficará ele obrigado a restituir a ajuda de custo.
Artigo 154 - Caberá também ajuda de custo ao funcionário designado para serviço ou estudo no
estrangeiro.
Parágrafo único - A ajuda de custo de que trata este artigo será arbitrada pelo Governador.

SEÇÃO VI

Do Salário-Família e do Salário-Esposa

Artigo 155 - O salário-família será concedido ao funcionário ou ao inativo por:


I - filho menor de 18 (dezoito) anos; e
II - filho inválido de qualquer idade.
Parágrafo único - Consideram-se dependentes, desde que vivam total ou parcialmente às
expensas do funcionário, os filhos de qualquer condição, os enteados e os adotivos, equiparando-
se a estes os tutelados sem meios próprios de subsistência.
Artigo 156 - A invalidez que caracteriza a dependência é a incapacidade total e permanente para
o trabalho.
Artigo 157 - Quando o pai e a mãe tiverem ambos a condição de funcionário público ou de inativo
e viverem em comum, o salário-família será concedido a um deles.
Parágrafo único - Se não viverem em comum, será concedido ao que tiver os dependentes sob
sua guarda, ou a ambos, de acordo com a distribuição de dependentes.
Artigo 158 - Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto e a madrasta e, na falta destes, os
representantes legais dos incapazes.
Artigo 158-A - Fica assegurada, nas mesmas bases e condições, ao cônjuge supérstite ou ao
responsável legal pelos filhos do casal, a percepção do salário-família a que tinha direito o
funcionário ou inativo falecidos. (NR)
- Artigo 158-A acrescentado pela Lei Complementar nº 177, de 28/04/1978.
Artigo 159 - A concessão e a supressão do salário-família serão processadas na forma
estabelecida em lei.
Artigo 160 - Não será pago o salário-família nos casos em que o funcionário deixar de perceber o
respectivo vencimento ou remuneração.
Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica aos casos disciplinares e penais, nem
aos de licença por motivo de doença em pessoa da família.
Artigo 161 - É vedada a percepção de salário-família por dependente em relação ao qual já esteja
sendo pago este benefício por outra entidade pública federal, estadual ou municipal, ficando o
infrator sujeito às penalidades da lei.
Artigo 162 - O salário esposa será concedido ao funcionário que não perceba vencimento ou
remuneração de importância superior a 2 (duas) vezes o valor do menor vencimento pago pelo
Estado, desde que a mulher não exerça atividade remunerada.
Parágrafo único - A concessão do benefício a que se refere este artigo será objeto de
regulamento.

SEÇÃO VII

Outras Concessões Pecuniárias

Artigo 163 - O Estado assegurará ao funcionário o direito de pleno ressarcimento de danos ou


prejuízos, decorrentes de acidentes no trabalho, do exercício em determinadas zonas ou locais e
da execução de trabalho especial, com risco de vida ou saúde.
Artigo 164 - Ao funcionário licenciado, para tratamento de saúde poderá ser concedido transporte,
se decorrente do tratamento, inclusive para pessoa de sua família.
Artigo 165 - Poderá ser concedido transporte à família do funcionário, quando este falecer fora da
sede de exercício, no desempenho de serviço.
§ 1º - A mesma concessão poderá ser feita à família do funcionário falecido fora do Estado.
§ 2º - Só serão atendidos os pedidos de transporte formulados dentro do prazo de 1 (um) ano, a
partir da data em que houver falecido o funcionário.
Artigo 166 — Ao funcionário que, no desempenho das atribuições normais de seu cargo, pagar ou receber em moeda
corrente, poderá ser concedido um auxílio para cobrir as diferenças de caixa, na forma que fôr estabelecida em
regulamento.
Artigo 166 - Revogado.
- Artigo 166 revogado pelo Decreto-lei de 27/02/1970.
Artigo 167 - A concessão de que trata o artigo anterior só poderá ser deferida ao funcionário que
se encontre no exercício do cargo e mantenha contato com o público, pagando ou recebendo em
moeda corrente.
Artigo 168 — Ao cônjuge ou na falta deste, à pessoa que provar ter feito despesas em virtude do falecimento do
funcionário ou inativo, será concedido, a título de funeral, a importância correspondente a 1 (um) mês de vencimento ou
remuneração.
Parágrafo único — O pagamento será efetuado pela respectiva repartição pagadora, no dia em que lhe fôr apresentado o
atestado de óbito pelo cônjuge ou pessoa a cujas expensas houver sido efetuado o funeral, ou procurador legalmente
habilitado, feita a prova de identidade.
Artigo 168 - Ao cônjuge, companheiro ou companheira ou, na sua falta, aos filhos de qualquer condição ou aos pais, será
concedido auxílio-funeral, a título de assistência à família do servidor ativo ou inativo falecido, de valor correspondente a 1
(um) mês da remuneração. (NR)
§ 1º - Se o óbito de integrante da carreira de Agente de Segurança Penitenciária e da classe de Agente de Escolta e
Vigilância Penitenciária ocorrer em decorrência de lesões recebidas no exercício de suas funções, o valor do auxílio-funeral
corresponderá a 2 (dois) meses da respectiva remuneração. (NR)
§ 2º - A concessão do valor do benefício nos termos do § 1º deste artigo dependerá da comprovação da causa do óbito,
resultante de competente apuração.(NR)
§ 3º - As despesas com o funeral do servidor e do inativo que tenham sido efetuadas por terceiros serão ressarcidas até o
limite previsto no “caput” deste artigo. (NR)
§ 4º - As despesas com o funeral que forem custeadas por entidade prestadora de serviços dessa natureza serão
ressarcidas até o limite previsto no “caput” deste artigo, mediante a apresentação de alvará judicial. (NR)
§ 5º - O pagamento do auxílio-funeral será efetuado pela respectiva unidade pagadora, mediante a apresentação pelo
interessado ou por procurador legalmente habilitado, da certidão de óbito, do comprovante das despesas efetivamente
realizadas ou do alvará judicial, juntamente com a prova de identidade do requerente. (NR)
§ 6º - O pagamento do auxílio-funeral será efetuado uma única vez, nos termos das disposições deste artigo. (NR)
§ 7º - Quando as despesas com o funeral do servidor ou inativo forem efetuadas por terceiros ou por entidade prestadora
de serviços dessa natureza, e em valor inferior ao limite previsto no “caput” ou no parágrafo 1º deste artigo, conforme o
caso, a diferença para atingir o limite neles previstos será paga ao cônjuge, companheiro ou companheira, ou, na sua falta,
aos filhos de qualquer condição ou aos pais. (NR)
- Artigo 168 com redação dada pela Lei Complementar nº 1.012, de 05/04/2007.
Artigo 168 - Ao cônjuge, ao companheiro ou companheira ou, na falta destes, à pessoa que
provar ter feito despesas em virtude do falecimento de funcionário ativo ou inativo será concedido
auxílio-funeral, a título de benefício assistencial, de valor correspondente a 1 (um) mês da
respectiva remuneração. (NR)
§ 1º - o pagamento será efetuado pelo órgão competente, mediante apresentação de atestado de
óbito pelas pessoas indicadas no "caput" deste artigo, ou procurador legalmente habilitado, feita a
prova de identidade. (NR)
§ 2º - no caso de integrante da carreira de Agente de Segurança Penitenciária ou da classe de
Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, se ficar comprovado, por meio de competente
apuração, que o óbito decorreu de lesões recebidas no exercício de suas funções, o benefício
será acrescido do valor correspondente a mais 1 (um) mês da respectiva remuneração, cujo
pagamento será efetivado mediante apresentação de alvará judicial. (NR)
§ 3º - o pagamento do benefício previsto neste artigo, caso as despesas tenham sido custeadas
por terceiros, em virtude da contratação de planos funerários, somente será efetivado mediante
apresentação de alvará judicial. (NR)
- Artigo 168 com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, de 01/07/2010.
Artigo 169 - O Governo do Estado poderá conceder prêmios em dinheiro, dentro das dotações
orçamentárias próprias, aos funcionários autores dos melhores trabalhos, classificados em
concursos de monografias de interesse para o serviço público.
Artigo 170 — O funcionário que completar 50 (cinquenta) anos de efetivo exercício receberá um prêmio em dinheiro igual a
12 (doze) vêzes o vencimento ou a remuneração que perceber nessa data.
Artigo 170 - Revogado.
- Artigo 170 com revogado pelo Decreto-Lei nº 24, de 28/03/1969.

CAPÍTULO III

Das Acumulações Remuneradas

Artigo 171 - É vedada a acumulação remunerada, exceto:


I - a de um juiz e um cargo de professor;
II - a de dois cargos de professor;
III - a de um cargo de professor e outro técnico ou científico; e
IV - a de dois cargos privativos de médico.
- Nota: vide art. 37, XVI da Constituição Federal.
§ 1º - Em qualquer dos casos, a acumulação somente é permitida quando haja correlação de
matérias e compatibilidade de horários.
§ 2º - A proibição de acumular se estende a cargos, funções ou empregos em autarquias,
empresas públicas e sociedades de economia mista.
§ 3º - A proibição de acumular proventos não se aplica aos aposentados, quanto ao exercício de
mandato eletivo, cargo em comissão ou ao contrato para prestação de serviços técnicos ou
especializados.
Artigo 172 - O funcionário ocupante de cargo efetivo, ou em disponibilidade, poderá ser nomeado
para cargo em comissão, perdendo, durante o exercício desse cargo, o vencimento ou
remuneração do cargo efetivo ou o provento, salvo se optar pelo mesmo.
Artigo 173 - Não se compreende na proibição de acumular, desde que tenha correspondência
com a função principal, a percepção das vantagens enumeradas no art. 124.
Artigo 174 - Verificado, mediante processo administrativo, que o funcionário está acumulando,
fora das condições previstas neste Capítulo, será ele demitido de todos os cargos e funções e
obrigado a restituir o que indevidamente houver recebido.
§ 1º - Provada a boa-fé, o funcionário será mantido no cargo ou função que exercer há mais
tempo.
§ 2º - Em caso contrário, o funcionário demitido ficará ainda inabilitado pelo prazo de 5 (cinco)
anos, para o exercício de função ou cargo público, inclusive em entidades que exerçam função
delegada do poder público ou são por este mantidas ou administradas.
Artigo 175 - As autoridades civis e os chefes de serviço, bem como os diretores ou responsáveis
pelas entidades referidas no parágrafo 2º do artigo anterior e os fiscais ou representantes dos
poderes públicos junto às mesmas, que tiverem conhecimento de que qualquer dos seus
subordinados ou qualquer empregado da empresa sujeita à fiscalização está no exercício de
acumulação proibida, farão a devida comunicação ao órgão competente, para os fins indicados no
artigo anterior.
Parágrafo único - Qualquer cidadão poderá denunciar a existência de acumulação ilegal.

TÍTULO V

DOS DIREITOS E VANTAGENS EM GERAL

CAPÍTULO I

Das Férias

Artigo 176 - O funcionário terá direito ao gozo de 30 (trinta) dias de férias anuais, observada a
escala que for aprovada.
§ 1º - É proibido levar à conta de férias qualquer falta ao trabalho.
§ 2º - É proibida a acumulação de férias, salvo por absoluta necessidade de serviço e pelo
máximo de 2 (dois) anos consecutivos.
§ 3º - O período de férias será reduzido para 20 (vinte) dias, se o servidor, no exercício anterior,
tiver, considerados em conjunto, mais de 10 (dez) não comparecimentos correspondentes a faltas
abonadas, justificadas e injustificadas ou às licenças previstas nos itens IV, VI e VII do art. 181.
§ 4º - Durante as férias, o funcionário terá direito a todas as vantagens, como se estivesse em
exercício.
Artigo 177 - Atendido o interesse do serviço, o funcionário poderá gozar férias de uma só vez ou
em dois períodos iguais.
Artigo 178 - Somente depois do primeiro ano de exercício no serviço público, adquirirá o
funcionário direito a férias.
Parágrafo único - Será contado para efeito deste artigo o tempo de serviço prestado em outro
cargo público, desde que entre a cessação do anterior e o início do subseqüente exercício não
haja interrupção superior a 10 (dez) dias.
Artigo 179 - Caberá ao chefe da repartição ou do serviço, organizar, no mês de dezembro, a
escala de férias para o ano seguinte, que poderá alterar de acordo com a conveniência do serviço.
Artigo 180 - O funcionário transferido ou removido, quando em gozo de férias, não será obrigado
a apresentar-se antes de terminá-las.

CAPÍTULO II

Das Licenças
SEÇÃO I

Disposições Gerais

Artigo 181 — O funcionário poderá ser licenciado:


I — para tratamento de saúde;
II — quando acidentado no exercício de suas atribuições ou atacado de doença profissional;
III — no caso previsto no art. 198;
IV — por motivo de doença em pessoa de sua família;
V — para cumprir obrigações concernentes ao serviço militar;
VI — para tratar de interesses particulares;
VII — no caso previsto no art. 205;
VIII — compulsoriamente, como medida profilática; e
IX — como prêmio de assiduidade.
Parágrafo único — Ao funcionário ocupante de cargo em comissão serão concedidas as licenças previstas neste artigo,
salvo a referida no item VI.
Artigo 181 - O funcionário efetivo poderá ser licenciado:(NR)
I - para tratamento de saúde; (NR)
II - quando acidentado no exercício de suas atribuições ou acometido por doença profissional;
(NR)
III - no caso previsto no artigo 198; (NR)
IV - por motivo de doença em pessoa de sua família; (NR)
V - para cumprir obrigações concernentes ao serviço militar; (NR)
VI - para tratar de interesses particulares; (NR)
VII - no caso previsto no artigo 205; (NR)
VIII - compulsoriamente, como medida profilática; (NR)
IX - como prêmio de assiduidade. (NR)
§ 1º - Ao funcionário ocupante exclusivamente de cargo em comissão serão concedidas as
licenças previstas neste artigo, salvo as referidas nos incisos IV, VI e VII. (NR)
§ 2º - As licenças previstas nos incisos I a III serão concedidas ao funcionário de que trata o § 1º
deste artigo mediante regras estabelecidas pelo regime geral de previdência social. (NR)
- Artigo 181 com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, de 01/07/2010.
Artigo 182 — A licença dependente de inspeção médica será concedida pelo prazo indicado no respectivo laudo.
Artigo 182 - As licenças dependentes de inspeção médica serão concedidas pelo prazo indicado
pelos órgãos oficiais competentes. (NR)
- Artigo 182 com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, de 01/07/2010.
Artigo 183 — Finda a licença, o funcionário deverá reassumir, imediatamente, o exercício do cargo, salvo prorrogação.
Parágrafo único — A infração deste artigo importará na perda total do vencimento ou remuneração correspondente ao
período de ausência e, se esta exceder a 30 (trinta) dias, ficará o funcionário sujeito à pena de demissão por abandono de
cargo.
Artigo 183 - Finda a licença, o funcionário deverá reassumir, imediatamente, o exercício do cargo.
(NR)
§ 1º - o disposto no "caput" deste artigo não se aplica às licenças previstas nos incisos V e VII do
artigo 181, quando em prorrogação. (NR)
§ 2º - a infração do disposto no "caput" deste artigo importará em perda total do vencimento ou
remuneração correspondente ao período de ausência e, se esta exceder a 30 (trinta) dias, ficará o
funcionário sujeito à pena de demissão por abandono de cargo. (NR)
- Artigo 183 com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, de 01/07/2010.
Artigo 184 - O funcionário licenciado nos termos dos itens I a IV do art. 181, é obrigado a
reassumir o exercício, se for considerado apto em inspeção médica realizada ex-officio ou se não
subsistir a doença na pessoa de sua família.
Parágrafo único - O funcionário poderá desistir da licença, desde que em inspeção médica fique
comprovada a cessação dos motivos determinantes da licença.
Artigo 185 — A licença poderá ser prorrogada ex-officio ou mediante solicitação do funcionário.
§ 1º — O pedido de prorrogação deverá ser apresentado pelo menos 8 (oito) dias antes de findo o prazo da licença; se
indeferido, contar-se-á como de licença o período compreendido entre o seu término e a data do conhecimento oficial do
despacho denegatório.
§ 2º — Não se aplica o disposto neste artigo às licenças previstas nos itens VI e IX, do art. 181, observando-se no que
couber, o disposto nas Seções VII e X desse Capítulo.
Artigo 185 - As licenças previstas nos incisos I, II e IV do artigo 181 não serão concedidas em
prorrogação, cabendo ao funcionário ou à autoridade competente ingressar, quando for o caso,
com um novo pedido. (NR)
- Artigo 185 com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, de 01/07/2010.
Artigo 186 — As licenças previstas nos itens I e II do art. 181, concedidas dentro de 60 (sessenta) dias, contados da
terminação da anterior, serão consideradas em prorrogação.
Artigo 186 - Revogado.
- Artigo 186 revogado pela Lei Complementar nº 1.123, de 01/07/2010.
Artigo 187 - O funcionário licenciado nos termos dos itens I e II do art. 181 não poderá dedicar-se
a qualquer atividade remunerada, sob pena de ser cassada a licença e de ser demitido por
abandono do cargo, caso não reassuma o seu exercício dentro do prazo de 30 (trinta) dias.
Artigo 188 — O funcionário licenciado nos termos dos itens I e II do art. 181 ficará obrigado a seguir rigorosamente o
tratamento médico adequado à doença, sob pena de lhe ser suspenso o pagamento do vencimento ou remuneração.
Artigo 188 - Revogado.
- Artigo 188 revogado pela Lei Complementar nº 1.123, de 01/07/2010.
Artigo 189 — O órgão médico oficial fiscalizará a observância do disposto no artigo anterior.
Artigo 189 - Revogado.
- Artigo 189 revogado pela Lei Complementar nº 1.123, de 01/07/2010.
Artigo 190 - O funcionário que se recusar a submeter-se à inspeção médica, quando julgada
necessária, será punido com pena de suspensão.
Parágrafo único - A suspensão cessará no dia em que se realizar a inspeção.

SEÇÃO II

Da Licença para Tratamento de Saúde

Artigo 191 — Ao funcionário que, por motivo de saúde, estiver impossibilitado para o exercício do cargo, será concedida
licença, mediante inspeção em órgão médico oficial, até o máximo de 4 (quatro) anos, com vencimento ou remuneração.
Artigo 191 - Ao funcionário que, por motivo de saúde, estiver impossibilitado para o exercício do
cargo, será concedida licença até o máximo de 4 (quatro) anos, com vencimento ou
remuneração. (NR)
- Artigo 191 com redação dada pela Lei complementar nº 1.196, de 27/02/2013.
§ 1º - Findo o prazo, previsto neste artigo, o funcionário será submetido à inspeção médica e
aposentado, desde que verificada a sua invalidez, permitindo-se o licenciamento além desse
prazo, quando não se justificar a aposentadoria.
§ 2º - Será obrigatória a reversão do aposentado, desde que cessados os motivos determinantes
da aposentadoria.
Artigo 192 - O funcionário ocupante de cargo em comissão poderá ser aposentado, nas
condições do artigo anterior, desde que preencha os requisitos do art. 227.
Artigo 193 — A licença para tratamento de saúde dependerá de inspeção médica, realizada em órgão oficial e poderá ser
concedida:
I — a pedido do funcionário; e
II — "ex-officio"
Artigo 193 - A licença para tratamento de saúde dependerá de inspeção médica oficial e poderá
ser concedida: (NR)
I - a pedido do funcionário; (NR)
II - “ex officio”. (NR)
§ 1º - A inspeção médica de que trata o “caput” deste artigo poderá ser dispensada, a critério do
órgão oficial, quando a análise documental for suficiente para comprovar a incapacidade laboral,
observado o estabelecido em decreto. (NR)
§ 2º - A licença “ex officio” de que trata o inciso II deste artigo será concedida por decisão do
órgão oficial: (NR)
1 - quando as condições de saúde do funcionário assim o determinarem; (NR)
2 - a pedido do órgão de origem do funcionário. (NR)
§ 3º - O funcionário poderá ser dispensado da inspeção médica de que trata o “caput” deste artigo
em caso de licença para tratamento de saúde de curta duração, conforme estabelecido em
decreto. (NR);
- Artigo 193 com redação dada pela Lei complementar nº 1.196, de 27/02/2013.

SEÇÃO III

Da Licença ao Funcionário Acidentado no Exercício de suas Atribuições ou Atacado de


Doença Profissional

Artigo 194 — O funcionário acidentado no exercício de suas atribuições ou que tenha adquirido doença profissional, terá
direito à licença com vencimento ou remuneração.
Parágrafo único — Considera-se também acidente a agressão sofrida e não provocada pelo funcionário, no exercício de
suas funções.
Artigo 194 - O funcionário acidentado no exercício de suas atribuições ou que tenha adquirido
doença profissional terá direito à licença com vencimento ou remuneração. (NR)
Parágrafo único - Considera-se também acidente: (NR)
1 - a agressão sofrida e não provocada pelo funcionário, no exercício de suas funções; (NR)
2 - a lesão sofrida pelo funcionário, quando em trânsito, no percurso usual para o trabalho. (NR)
- Artigo 194 com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, de 01/07/2010.
Artigo 195 - A licença prevista no artigo anterior não poderá exceder de 4 (quatro) anos.
Parágrafo único - No caso de acidente, verificada a incapacidade total para qualquer função
pública, será desde logo concedida aposentadoria ao funcionário.
Artigo 196 — A comprovação do acidente, indispensável para a concessão da licença, será feita em processo, que deverá
iniciar-se no prazo de 8 (oito) dias, contados do evento.
Artigo 196 - A comprovação do acidente, indispensável para a concessão da licença, será feita
em procedimento próprio, que deverá iniciar-se no prazo de 10 (dez) dias, contados da data do
acidente. (NR)
§ 1º - O funcionário deverá requerer a concessão da licença de que trata o "caput" deste artigo
junto ao órgão de origem. (NR)
§ 2º - Concluído o procedimento de que trata o "caput" deste artigo caberá ao órgão médico oficial
a decisão. (NR)
§ 3º - O procedimento para a comprovação do acidente de que trata este artigo deverá ser
cumprido pelo órgão de origem do funcionário, ainda que não venha a ser objeto de licença. (NR)
- Artigo 196 com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, de 01/07/2010.
Artigo 197 - Para a conceituação do acidente da doença profissional, serão adotados os critérios
da legislação federal de acidentes do trabalho.

SEÇÃO IV

Da Licença à Funcionária Gestante

Artigo 198 — À funcionária gestante será concedida, mediante inspeção médica, licença de 120 (cento e vinte) dias com
vencimento ou remuneração.
§ 1º — Salvo prescrição médica em contrário, a licença será concedida a partir do oitavo mês de gestação.
§ 2º — Uma vez ocorrido o parto, sem que tenha sido requerida a licença, esta será concedida pela metade, a contar do
dia do evento, desde que pleiteada sua concessão até 15 (quinze) dias após.
Artigo 198 - À funcionária gestante será concedida, mediante inspeção médica, licença de 120 (cento e vinte) dias com
vencimentos ou remuneração. (NR)
§ 1.º - Salvo prescrição médica em contrário, a licença será concedida a partir do oitavo mês de gestação. (NR)
§ 2.º - Ocorrido o parto, sem que tenha sido requerida a licença, será esta concedida mediante apresentação da certidão
de nascimento e vigorará a partir da data do evento, podendo retroagir até (quinze) dias. (NR)
§ 3.º - No caso de natimorto, será concedida a licença para tratamento de saúde, a critério médico, na forma prevista no
artigo 193 (NR)
- Artigo 198 com redação dada pela Lei Complementar n° 76, de 07/05/1973.
Artigo 198 - À funcionária gestante será concedida, mediante inspeção médica, licença de 180 (cento e oitenta) dias com
vencimento ou remuneração, observado o seguinte: (NR)
I - salvo prescrição médica em contrário, a licença poderá ser concedida a partir do oitavo mês de gestação; (NR)
- Artigo 198, "caput" e Inciso I com redação dada pela Lei complementar nº 1.054, de 07/07/2008.
Artigo 198 - À funcionária gestante será concedida licença de 180 (cento e oitenta) dias com
vencimento ou remuneração, observado o seguinte: (NR)
I - a licença poderá ser concedida a partir da 32ª (trigésima segunda) semana de gestação,
mediante documentação médica que comprove a gravidez e a respectiva idade gestacional; (NR).
- Artigo 198, "caput" e Inciso I com redação dada pela Lei complementar nº 1.196, de 27/02/2013.
II - ocorrido o parto, sem que tenha sido requerida a licença, será esta concedida mediante a
apresentação da certidão de nascimento e vigorará a partir da data do evento, podendo retroagir
até 15 (quinze) dias; (NR)
III - durante a licença, cometerá falta grave a servidora que exercer qualquer atividade remunerada
ou mantiver a criança em creche ou organização similar; (NR)
Parágrafo único - No caso de natimorto, será concedida a licença para tratamento de saúde, a
critério médico, na forma prevista no artigo 193. (NR)
- Incisos II,III e parágrafo único com redação dada pela Lei complementar nº 1.054, de 07/07/2008.

SEÇÃO V

Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família

Artigo 199 — O funcionário poderá obter licença, por motivo de doença do cônjuge e de parentes até segundo grau.
§ 1º — Provar-se-á a doença em inspeção médica na forma prevista no artigo 193.
§ 2º — A licença de que trata este artigo será concedida com vencimento ou remuneração até 1 (um) mês e com os
seguintes descontos:
I — de 1/3 (um terço), quando exceder a 1 (um) mês até 3 (três)
II — de 2/3 (dois terços), quando exceder a 3 (três) até 6 (seis)
III — sem vencimento ou remuneração do sétimo ao vigésimo mês.
Artigo 199 - O funcionário poderá obter licença, por motivo de doença do cônjuge e de parentes
até segundo grau. (NR)
§ 1º - Provar-se-á a doença em inspeção médica na forma prevista no artigo 193. (NR)
§ 2º - A licença de que trata este artigo será concedida com vencimentos ou remuneração até 1
(um) mês e com os seguintes descontos: (NR)
1 - de 1/3 (um terço), quando exceder a 1 (um) mês até 3 (três); (NR)
2 - 2/3 (dois terços), quando exceder a 3 (três) até 6 (seis); (NR)
3 - sem vencimento ou remuneração do sétimo ao vigésimo mês. (NR)
§ 3º - Para os efeitos do § 2º deste artigo, serão somadas as licenças concedidas durante o
período de 20 (vinte) meses, contado da primeira concessão. (NR)
- Artigo 199 com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, de 01/07/2010.

SEÇÃO VI

Da Licença para Atender a Obrigações Concernentes ao Serviço Militar

Artigo 200 - Ao funcionário que for convocado para o serviço militar e outros encargos da
segurança nacional, será concedida licença sem vencimento ou remuneração.
§ 1º - A licença será concedida mediante comunicação do funcionário ao chefe da repartição ou do
serviço, acompanhada de documentação oficial que prove a incorporação.
§ 2º - O funcionário desincorporado reassumirá imediatamente o exercício, sob pena de demissão
por abandono do cargo, se a ausência exceder a 30 (trinta) dias.
§ 3º - Quando a desincorporação se verificar em lugar diverso do da sede, os prazos para
apresentação serão os previstos no art. 60.
Artigo 201 - Ao funcionário que houver feito curso para ser admitido como oficial da reserva das
Forças Armadas, será também concedida licença sem vencimento ou remuneração, durante os
estágios prescritos pelos regulamentos militares.

SEÇÃO VII

Da Licença para Tratar de Interesses Particulares

Artigo 202 - Depois de 5 (cinco) anos de exercício, o funcionário poderá obter licença, sem
vencimento ou remuneração, para tratar de interesses particulares, pelo prazo máximo de 2 (dois)
anos.
§ 1º - Poderá ser negada a licença quando o afastamento do funcionário for inconveniente ao
interesse do serviço.
§ 2º - O funcionário deverá aguardar em exercício a concessão da licença.
§ 3º - A licença poderá ser gozada parceladamente a juízo da Administração, desde que dentro do
período de 3 (três) anos.
§ 4º - O funcionário poderá desistir da licença, a qualquer tempo, reassumindo o exercício em
seguida.
Artigo 203 - Não será concedida licença para tratar de interesses particulares ao funcionário
nomeado, removido ou transferido, antes de assumir o exercício do cargo.
Artigo 204 - Só poderá ser concedida nova licença depois de decorridos 5 (cinco) anos do término
da anterior.

SEÇÃO VIII

Da Licença à Funcionária Casada com Funcionário ou Militar

Artigo 205 - A funcionária casada com funcionário estadual ou com militar terá direito à licença,
sem vencimento ou remuneração, quando o marido for mandado servir, independentemente de
solicitação, em outro ponto do Estado ou do território nacional ou no estrangeiro.
Parágrafo único - A licença será concedida mediante pedido devidamente instruído e vigorará
pelo tempo que durar a comissão ou a nova função do marido.

SEÇÃO IX

Da Licença Compulsória

Artigo 206 - O funcionário, ao qual se possa atribuir a condição de fonte de infecção de doença
transmissível, poderá ser licenciado, enquanto durar essa condição, a juízo de autoridade sanitária
competente, e na forma prevista no regulamento.
Artigo 207 - Verificada a procedência da suspeita, o funcionário será licenciado para tratamento
de saúde na forma prevista no art. 191, considerando-se incluídos no período da licença os dias
de licenciamento compulsório.
Artigo 208 - Quando não positivada a moléstia, deverá o funcionário retornar ao serviço,
considerando -se como de efetivo exercício para todos os efeitos legais, o período de licença
compulsória.

Ã
SEÇÃO X

Da licença-prêmio

Artigo 209 - O funcionário terá direito, como prêmio de assiduidade, à licença de 90 (noventa)
dias em cada período de 5 (cinco) anos de exercício ininterrupto, em que não haja sofrido
qualquer penalidade administrativa.
Parágrafo único - O período da licença será considerado de efetivo exercício para todos os
efeitos legais, e não acarretará desconto algum no vencimento ou remuneração.
Artigo 210 - Para fins da licença prevista nesta Seção, não se consideram interrupção de
exercício:
I - os afastamentos enumerados no art. 78, excetuado o previsto no item X; e
II - as faltas abonadas, as justificadas e os dias de licença a que se referem os itens I e IV do art.
181 desde que o total de todas essas ausências não exceda o limite máximo de 30 (trinta) dias, no
período de 5 (cinco) anos.
Artigo 211 — Será contado para efeito da licença de que trata esta Seção, o tempo de serviço prestado à União, Estados e
Municípios e Autarquias em geral, desde que entre a cessação do anterior e o início do subsequente não haja interrupção
superior a 30 (trinta) dias.
Artigo 211 - Revogado.
- Artigo 211 revogado pela Lei Complementar nº 318, de 10/03/1983.
Artigo 212 — O requerimento da licença será instruído com certidão de tempo de serviço.
Artigo 212 - A licença-prêmio será concedida mediante certidão de tempo de serviço,
independente de requerimento do funcionário, e será publicada no Diário Oficial do Estado, nos
termos da legislação em vigor. (NR)
- Artigo 212 com redação dada pela Lei Complementar nº 1048, de 10/06/2008.
Artigo 213 — A requerimento do funcionário, a licença poderá ser gozada em parcelas não inferiores a 30 (trinta) dias.
Parágrafo único — Caberá às autoridades competentes para conceder a licença, tendo em vista o interesse do serviço,
decidir por seu gôzo por inteiro ou parceladamente.
Artigo 213 - A licença-prêmio deverá ser usufruída no prazo de 4 (quatro) anos e 9 (nove) meses, a contar do término do
período aquisitivo. (NR)
§ 1.º - A requerimento do funcionário, a licença poderá ser gozada em parcelas não inferiores a 30 (trinta) dias. (NR)
§ 2.º - Caberá à autoridade competente para conceder a licença, autorizar o seu gozo, respeitada a regra contida no
"caput" deste artigo. (NR)
- Artigo 213 com redação dada pela Lei Complementar nº 857, de 20/05/1999.
Artigo 213 - O funcionário poderá requerer o gozo da licença-prêmio: (NR)
I - por inteiro ou em parcelas não inferiores a 15 (quinze) dias; (NR)
II - até o implemento das condições para a aposentadoria voluntária. (NR)
§ 1º - Caberá à autoridade competente: (NR)
1 - adotar, após manifestação do chefe imediato, sem prejuízo para o serviço, as medidas
necessárias para que o funcionário possa gozar a licença-prêmio a que tenha direito; (NR)
2 - decidir, após manifestação do chefe imediato, observada a opção do funcionário e respeitado o
interesse do serviço, pelo gozo da licença-prêmio por inteiro ou parceladamente. (NR)
§ 2º - A apresentação de pedido de passagem à inatividade, sem a prévia e oportuna
apresentação do requerimento de gozo, implicará perda do direito à licença-prêmio. (NR)
- Artigo 213 com redação dada pela Lei Complementar nº 1.048, de 10/06/2008.
Artigo 214 — O funcionário deverá aguardar em exercício a concessão da licença.
Parágrafo único — Dependerá de novo requerimento, o gozo da licença, quando não iniciada dentro de 30 (trinta) dias,
contados da publicação do ato que a houver concedido.
Artigo 214 - O funcionário deverá aguardar em exercício a apreciação do requerimento de gozo
da licença-prêmio. (NR)
Parágrafo único - O gozo da licença-prêmio dependerá de novo requerimento, caso não se inicie
em até 30 (trinta) dias contados da publicação do ato que o houver autorizado. (NR)
- Artigo 214 com redação dada pela Lei Complementar nº 1.048, de 10/06/2008.
Artigo 215 — O funcionário efetivo, que conte, pelo menos 15 (quinze) anos de serviço, poderá optar pelo gozo da metade
do período de licença-prêmio a que tiver direito, recebendo, em dinheiro, imprtância equivalente aos vencimentos
correspondentes à outra metade.
Parágrafo único - No caso deste artigo, poderá o funcionário gozar o período restante de 45 (quarenta e cinco) dias, por
inteiro ou em duas parcelas, de 30 (trinta) e de 15 (quinze) dias, independentemente da ordem estabelecida neste
parágrafo, a juízo da Administração quanto à oportunidade. (NR)
- Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar n° 78 de 25/06/1973.
Artigo 215 - Revogado.
- Artigo 215 revogado pela Lei Complementar nº 644, de 26/12/1989.
Artigo 216 — O cálculo a que se refere o artigo anterior será efetuado com base no padrão de vencimentos à época da
opção.
Artigo 216 - Revogado.
- Artigo 216 revogado pela Lei Complementar nº 644, de 26/12/1989.

CAPÍTULO III

Da Estabilidade

Artigo 217 - É assegurada a estabilidade somente ao funcionário que, nomeado por concurso,
contar mais de 2 (dois) anos de efetivo exercício.
Artigo 218 - O funcionário estável só poderá ser demitido em virtude de sentença judicial ou
mediante processo administrativo, assegurada ampla defesa.
Parágrafo único - A estabilidade diz respeito ao serviço público e não ao cargo, ressalvando-se à
Administração o direito de aproveitar o funcionário em outro cargo de igual padrão, de acordo com
as suas aptidões.

CAPÍTULO IV

Da Disponibilidade

Artigo 219 - O funcionário poderá ser posto em disponibilidade remunerada:


I - no caso previsto no § 2º do art. 31; e
II - quando, tendo adquirido estabilidade, o cargo for extinto por lei.
Parágrafo único - O funcionário ficará em disponibilidade até o seu obrigatório aproveitamento
em cargo equivalente.
Artigo 220 - O provento da disponibilidade não poderá ser superior ao vencimento ou
remuneração e vantagens percebidos pelo funcionário.
Artigo 221 - Qualquer alteração do vencimento ou remuneração e vantagens percebidas pelo
funcionário em virtude de medida geral, será extensiva ao provento do disponível, na mesma
proporção.

CAPÍTULO V

Da Aposentadoria

Artigo 222 - O funcionário será aposentado:


I - por invalidez;
II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos; e
III - voluntariamente, após 35 (trinta e cinco) anos de serviço.
§ 1º - No caso do item III, o prazo é reduzido a 30 (trinta) anos para as mulheres.
§ 2º - Os limites de idade e de tempo de serviço para a aposentadoria poderão ser reduzidos, nos
termos do parágrafo único do art. 94 da Constituição do Estado de São Paulo.
Artigo 223 - A aposentadoria prevista no item I do artigo anterior, só será concedida, após a
comprovação da invalidez do funcionário, mediante inspeção de saúde realizada em órgão médico
oficial.
Artigo 224 - A aposentadoria compulsória prevista no item II do art. 222 é automática.
Parágrafo único - O funcionário se afastará no dia imediato àquele em que atingir a idade limite,
independentemente da publicação do ato declaratório da aposentadoria.
Artigo 225 - O funcionário em disponibilidade poderá ser aposentado nos termos do art. 222.
Artigo 226 - O provento da aposentadoria será:
I - igual ao vencimento ou remuneração e demais vantagens pecuniárias incorporadas para esse
efeito:
1 - quando o funcionário, do sexo masculino, contar 35 (trinta e cinco) anos de serviço e do sexo
feminino, 30 (trinta) anos; e
2 - quando ocorrer a invalidez.
II - proporcional ao tempo de serviço, nos demais casos.
Artigo 227 - As disposições dos itens I e II do art. 222 aplicam-se ao funcionário ocupante de
cargo em comissão, que contar mais de 15 (quinze) anos de exercício ininterrupto nesse cargo,
seja ou não ocupante de cargo de provimento efetivo.
Artigo 228 - A aposentadoria prevista no item III do art. 222 produzirá efeito a partir da publicação
do ato no "Diário Oficial".
Artigo 229 - O pagamento dos proventos a que tiver direito o aposentado deverá iniciar-se no mês
seguinte ao em que cessar a percepção do vencimento ou remuneração.
Artigo 230 - O provento do aposentado só poderá sofrer descontos autorizados em lei.
Artigo 231 - O provento da aposentadoria não poderá ser superior ao vencimento ou
remuneração e demais vantagens percebidas pelo funcionário.
Artigo 232 - Qualquer alteração do vencimento ou remuneração e vantagens percebidas pelo
funcionário em virtude de medida geral, será extensiva ao provento do aposentado, na mesma
proporção.

CAPÍTULO VI

Da Assistência ao Funcionário

Artigo 233 - Nos trabalhos insalubres executados pelos funcionários, o Estado é obrigado a
fornecer-lhes gratuitamente equipamentos de proteção à saúde.
Parágrafo único - Os equipamentos aprovados por órgão competente, serão de uso obrigatório
dos funcionários, sob pena de suspensão.
Artigo 234 - Ao funcionário é assegurado o direito de remoção para igual cargo no local de
residência do cônjuge, se este também for funcionário e houver vaga.
Artigo 235 - Havendo vaga na sede do exercício de ambos os cônjuges, a remoção poderá ser
feita para o local indicado por qualquer deles, desde que não prejudique o serviço.
Artigo 236 - Somente será concedida nova remoção por união de cônjuges ao funcionário que for
removido a pedido para outro local, após transcorridos 5 (cinco) anos.
Artigo 237 - Considera-se local, para os fins dos arts. 234 a 236, o município onde o cônjuge tem
sua residência.
Artigo 238 - O ato que remover ou transferir o funcionário estudante de uma para outra cidade
ficará suspenso se, na nova sede, não existir estabelecimento congênere, oficial, reconhecido ou
equiparado àquele em que o interessado esteja matriculado.
§ 1º - Efetivar-se-á a transferência, se o funcionário concluir o curso, deixar de cursá-lo ou for
reprovado durante 2 (dois) anos.
§ 2º - Anualmente, o interessado deverá fazer prova, perante a repartição a que esteja
subordinado, de que está freqüentando regularmente o curso em que estiver matriculado.

CAPÍTULO VII

Do Direito de Petição
Artigo 239 — É permitido ao funcionário requerer ou representar, pedir reconsideração e recorrer de decisões desde que o
faça dentro das normas de urbanidade e em termos, observadas as seguintes regras:
I — nenhuma solicitação, qualquer que seja a sua forma, poderá ser:
1. dirigida à autoridade incompetente para decidi-la; e
2. encaminhada, se não, por intermédio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o funcionário;
II — o pedido de reconsideração só será cabível quando contiver novos argumentos e será sempre dirigido à autoridade
que tiver expedido o ato ou proferido a decisão;
III — nenhum pedido de reconsideração poderá ser renovado;
IV — o pedido de reconsideração deverá ser decidido no prazo máximo de 30 (trinta) dias;
V — só caberá recurso quando houver pedido de reconsideração desatendido ou não decicido no prazo legal;
VI — o recurso será dirigido à autoridade a que estiver imediatamente subordinada a que tenha expedido o ato ou proferido
a decisão e, sucessivamente na escala ascedente, às demais autoridades; e
VII — nenhum recurso poderá ser enviado mais de uma vez à mesma autoridade.
§ 1º — Em hipótese alguma, poderá ser recebida petição, pedido de reconsideração ou recurso que não atenda às
prescrições deste artigo, devendo a autoridade à qual forem encaminhadas tais peças, indeferi-las de plano.
§ 2º — A decisão final dos recursos a que se refere este artigo deverá ser dada dentro do prazo de 90 (noventa) dias,
contados da data do recebimento na repartição, e uma vez proferida, será imediatamente publicada, sob pena de
responsabilidade do funcionário infrator. Se a decisão não fôr proferida dentro desse prazo, poderá o funcionário desde
logo interpor recurso à autoridade superior.
§ 3º — Os pedidos de reconsideração e os recursos não têm efeito suspensivo, os que forem providos, porém, darão lugar
às retificações necessárias, retroagindo os seus efeitos à data do ato impugnado, desde que outra providência não
determine a autoridade quanto aos efeitos relativos ao passado.
Artigo 239 - É assegurado a qualquer pessoa, física ou jurídica, independentemente de
pagamento, o direito de petição contra ilegalidade ou abuso de poder e para defesa de direitos.
(NR)
§ 1º - Qualquer pessoa poderá reclamar sobre abuso, erro, omissão ou conduta incompatível no
serviço público.(NR)
§ 2º - Em nenhuma hipótese, a Administração poderá recusar-se a protocolar, encaminhar ou
apreciar a petição, sob pena de responsabilidade do agente. (NR)
- Artigo 239 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 240 — O direito de pleitear, na esfera administrativa, prescreve a partir da data da publicação, no órgão oficial, do
ato impugnado, ou, quando este fôr de natureza reservada, da data em que dele tiver conhecimento o funcionário:
I — em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de que decorreram a demissão, aposentadoria ou disponibilidade do funcionário; e
II — em 120 (cento e vinte) dias, nos demiais casos.
Parágrafo único — Os recursos ou pedidos de reconsideração, quando cabíveis, e apresentados dentro dos prazos de que
trata este artigo, interrompem a prescrição, até 2 (duas) vezes no máximo, determinando a contagem de novos prazos, a
partir da data da publicação oficial do despacho denegatório ou restritivo do pedido.
Artigo 240 - Ao servidor é assegurado o direito de requerer ou representar, bem como, nos termos
desta lei complementar, pedir reconsideração e recorrer de decisões, no prazo de 30 (trinta) dias,
salvo previsão legal específica. (NR)
- Artigo 240 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.

TÍTULO VI

DOS DEVERES, DAS PROIBIÇÕES E DAS RESPONSABILIDADES

CAPÍTULO I

Dos Deveres e das Proibições

SEÇÃO I

Dos Deveres
Artigo 241 - São deveres do funcionário:
I - ser assíduo e pontual;
II - cumprir as ordens superiores, representando quando forem manifestamente ilegais;
III - desempenhar com zelo e presteza os trabalhos de que for incumbido;
IV - guardar sigilo sobre os assuntos da repartição e, especialmente, sobre despachos, decisões
ou providências;
V - representar aos superiores sobre todas as irregularidades de que tiver conhecimento no
exercício de suas funções;
VI - tratar com urbanidade os companheiros de serviço e as partes;
VI - tratar com urbanidade as pessoas; (NR)
- Inciso VI com redação dada pela Lei Complementar nº 1.096, de 24/09/2009.
VII - residir no local onde exerce o cargo ou, onde autorizado;
VIII - providenciar para que esteja sempre em ordem, no assentamento individual, a sua
declaração de família;
IX - zelar pela economia do material do Estado e pela conservação do que for confiado à sua
guarda ou utilização;
X - apresentar -se convenientemente trajado em serviço ou com uniforme determinado, quando for
o caso;
XI - atender prontamente, com preferência sobre qualquer outro serviço, às requisições de papéis,
documentos, informações ou providências que lhe forem feitas pelas autoridades judiciárias ou
administrativas, para defesa do Estado, em Juízo;
XII - cooperar e manter espírito de solidariedade com os companheiros de trabalho,
XIII - estar em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço que
digam respeito às suas funções; e
XIV - proceder na vida pública e privada na forma que dignifique a função pública.

SEÇÃO II

Das Proibições

Artigo 242 - Ao funcionário é proibido:


I - referir-se depreciativamente, em informação, parecer ou despacho ou pela imprensa, ou qualquer meio de divugação,
às autoridades constituídas e aos atos da Administração, podendo, porém, em trabalho devidamente assinado, apreciá-los
sob o aspecto doutrinário e da organização e eficiência do serviço;
I - Revogado.
- Inciso I revogado pela Lei Complementar nº 1.096, de 24/09/2009.
II - retirar, sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer documento ou objeto
existente na repartição;
III - entreter-se, durante as horas de trabalho, em palestras, leituras ou outras atividades estranhas
ao serviço;
IV - deixar de comparecer ao serviço sem causa justificada;
V - tratar de interesses particulares na repartição;
VI - promover manifestações de apreço ou desapreço dentro da repartição, ou tornar-se solidário
com elas;
VII - exercer comércio entre os companheiros de serviço, promover ou subscrever listas de
donativos dentro da repartição; e
VIII - empregar material do serviço público em serviço particular.
Artigo 243 - É proibido ainda, ao funcionário:
I - fazer contratos de natureza comercial e industrial com o Governo, por si, ou como
representante de outrem;
II - participar da gerência ou administração de empresas bancárias ou industriais, ou de
sociedades comerciais, que mantenham relações comerciais ou administrativas com o Governo do
Estado, sejam por este subvencionadas ou estejam diretamente relacionadas com a finalidade da
repartição ou serviço em que esteja lotado;
III - requerer ou promover a concessão de privilégios, garantias de juros ou outros favores
semelhantes, federais, estaduais ou municipais, exceto privilégio de invenção própria;
IV - exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego ou função em empresas,
estabelecimentos ou instituições que tenham relações com o Governo, em matéria que se
relacione com a finalidade da repartição ou serviço em que esteja lotado;
V - aceitar representação de Estado estrangeiro, sem autorização do Presidente da República;
VI - comerciar ou ter parte em sociedades comerciais nas condições mencionadas no item II deste
artigo, podendo, em qualquer caso, ser acionista, quotista ou comanditário;
VII - incitar greves ou a elas aderir, ou praticar atos de sabotagem contra o serviço público;
VIII - praticar a usura;
IX - constituir-se procurador de partes ou servir de intermediário perante qualquer repartição
pública, exceto quando se tratar de interesse de cônjuge ou parente até segundo grau;
X - receber estipêndios de firmas fornecedoras ou de entidades fiscalizadas, no País, ou no
estrangeiro, mesmo quando estiver em missão referente à compra de material ou fiscalização de
qualquer natureza;
XI - valer-se de sua qualidade de funcionário para desempenhar atividade estranha às funções ou
para lograr, direta ou indiretamente, qualquer proveito; e
XII - fundar sindicato de funcionários ou deles fazer parte.
Parágrafo único — Não está compreendida na proibição dos itens II e VI deste artigo, a
participação do funcionário em sociedades em que o Estado seja acionista, bem assim na direção
ou gerência de cooperativas e associações de classe, ou como seu sócio.
Artigo 244 - É vedado ao funcionário trabalhar sob as ordens imediatas de parentes, até segundo
grau, salvo quando se tratar de função de confiança e livre escolha, não podendo exceder a 2
(dois) o número de auxiliares nessas condições.

CAPÍTULO II

Das Responsabilidades

Artigo 245 - O funcionário é responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar à
Fazenda Estadual, por dolo ou culpa, devidamente apurados.
Parágrafo único - Caracteriza-se especialmente a responsabilidade:
I - pela sonegação de valores e objetos confiados à sua guarda ou responsabilidade, ou por não
prestar contas, ou por não as tomar, na forma e no prazo estabelecidos nas leis, regulamentos,
regimentos, instruções e ordens de serviço;
II - pelas faltas, danos, avarias e quaisquer outros prejuízos que sofrerem os bens e os materiais
sob sua guarda, ou sujeitos a seu exame ou fiscalização;
III - pela falta ou inexatidão das necessárias averbações nas notas de despacho, guias e outros
documentos da receita, ou que tenham com eles relação; e
IV - por qualquer erro de cálculo ou redução contra a Fazenda Estadual.
Artigo 246 - O funcionário que adquirir materiais em desacordo com disposições legais e
regulamentares, será responsabilizado pelo respectivo custo, sem prejuízo das penalidades
disciplinares cabíveis, podendo-se proceder ao desconto no seu vencimento ou remuneração.
Artigo 247 - Nos casos de indenização à Fazenda Estadual, o funcionário será obrigado a repor,
de uma só vez, a importância do prejuízo causado em virtude de alcance, desfalque, remissão ou
omissão em efetuar recolhimento ou entrada nos prazos legais.
Artigo 248 - Fora dos casos incluídos no artigo anterior, a importância da indenização poderá ser
descontada do vencimento ou remuneração não excedendo o desconto à 10ª (décima) parte do
valor destes.
Parágrafo único - No caso do item IV do parágrafo único do art. 245, não tendo havido má-fé,
será aplicada a pena de repreensão e, na reincidência, a de suspensão.
Artigo 249 - Será igualmente responsabilizado o funcionário que, fora dos casos expressamente
previstos nas leis, regulamentos ou regimentos, cometer a pessoas estranhas às repartições, o
desempenho de encargos que lhe competirem ou aos seus subordinados.
Artigo 250 - A responsabilidade administrativa não exime o funcionário da responsabilidade civil
ou criminal que no caso couber, nem o pagamento da indenização a que ficar obrigado, na forma
dos arts. 247 e 248, o exame da pena disciplinar em que incorrer.
§ 1º - A responsabilidade administrativa é independente da civil e da criminal.(NR)
§ 2º - Será reintegrado ao serviço público, no cargo que ocupava e com todos os direitos e
vantagens devidas, o servidor absolvido pela Justiça, mediante simples comprovação do trânsito
em julgado de decisão que negue a existência de sua autoria ou do fato que deu origem à sua
demissão.(NR)
§ 3º - O processo administrativo só poderá ser sobrestado para aguardar decisão judicial por
despacho motivado da autoridade competente para aplicar a pena.(NR)
- §§ 1º ao 3º acrescentados pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.

TÍTULO VII

DAS PENALIDADES

DAS PENALIDADES, DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE E DAS PROVIDÊNCIAS


PRELIMINARES (NR)

- Título VII com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003

CAPÍTULO I

Das Penalidades e de sua Aplicação

Artigo 251 - São penas disciplinares:


I - repreensão;
II - suspensão;
III - multa;
IV - demissão;
V - demissão a bem do serviço público; e
VI - cassação de aposentadoria ou disponibilidade
Artigo 252 - Na aplicação das penas disciplinares serão consideradas a natureza e a gravidade
da infração e os danos que dela provierem para o serviço público.
Artigo 253 - A pena de repreensão será aplicada por escrito, nos casos de indisciplina ou falta de
cumprimento dos deveres.
Artigo 254 - A pena de suspensão, que não excederá de 90 (noventa) dias, será aplicada em
caso de falta grave ou de reincidência.
§ 1º - O funcionário suspenso perderá todas as vantagens e direitos decorrentes do exercício do
cargo.
§ 2º - A autoridade que aplicar a pena de suspensão poderá converter essa penalidade em multa,
na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, sendo o
funcionário, nesse caso, obrigado a permanecer em serviço.
Artigo 255 - A pena de multa será aplicada na forma e nos casos expressamente previstos em lei
ou regulamento.
Artigo 256 - Será aplicada a pena de demissão nos casos de:
I - abandono de cargo;
II - procedimento irregular, de natureza grave;
III - ineficiência no serviço;
IV - aplicação indevida de dinheiros públicos, e
V - ausência ao serviço, sem causa justificável, por mais de 45 (quarenta e cinco) dias,
interpoladamente, durante 1 (um) ano.
§ 1º - Considerar-se-á abandono de cargo, o não comparecimento do funcionário por mais de (30)
dias consecutivos ex-vi do art. 63.
§ 2º - A pena de demissão por ineficiência no serviço, só será aplicada quando verificada a
impossibilidade de readaptação.
Artigo 257 - Será aplicada a pena de demissão a bem do serviço público ao funcionário que:
I - for convencido de incontinência pública e escandalosa e de vício de jogos proibidos;
II - praticar crime contra a boa ordem da administração pública, a fé pública e a Fazenda Estadual, ou previsto nas leis
relativas à segurança e à defesa nacional.
II - praticar ato definido como crime contra a administração pública, a fé pública e a Fazenda
Estadual, ou previsto nas leis relativas à segurança e à defesa nacional; (NR)
- Inciso II com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
III - revelar segredos de que tenha conhecimento em razão do cargo, desde que o faça
dolosamente e com prejuízo para o Estado ou particulares;
IV - praticar insubordinação grave;
V - praticar, em serviço, ofensas físicas contra funcionários ou particulares, salvo se em legítima
defesa;
VI - lesar o patrimônio ou os cofres públicos;
VII - receber ou solicitar propinas, comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie,
diretamente ou por intermédio de outrem, ainda que fora de suas funções mas em razão delas;
VIII - pedir, por empréstimo, dinheiro ou quaisquer valores a pessoas que tratem de interesses ou
o tenham na repartição, ou estejam sujeitos à sua fiscalização;
IX - exercer advocacia administrativa; e
X - apresentar com dolo declaração falsa em matéria de salário-família, sem prejuízo da
responsabilidade civil e de procedimento criminal, que no caso couber.
XI - praticar ato definido como crime hediondo, tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins e terrorismo; (NR)
XII - praticar ato definido como crime contra o Sistema Financeiro, ou de lavagem ou ocultação de
bens, direitos ou valores; (NR)
XIII - praticar ato definido em lei como de improbidade.(NR)
- Incisos XI ao XIII acrescentados pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 258 - O ato que demitir o funcionário mencionará sempre a disposição legal em que se
fundamenta.
Artigo 259 - Será aplicada a pena de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, se ficar
provado que o inativo:
I - praticou, quando em atividade, falta grave para a qual é cominada nesta lei a pena de demissão
ou de demissão a bem do serviço público;
II - aceitou ilegalmente cargo ou função pública;
III - aceitou representação de Estado estrangeiro sem prévia autorização do Presidente da
República; e
IV - praticou a usura em qualquer de suas formas.
Artigo 260 — Para aplicação das penalidades previstas no artigo 251, são competentes:
I — o Governador;
II — os Secretários de Estado, até a de suspensão;
III — os diretores gerais, até a de suspensão, limitada a 30 (trinta) dias;
IV — os chefes de diretorias ou divisões, até a de suspensão limitada a 15 (quinze) dias; e
V — os chefes de serviço ou de seção, até a de suspensão limitada a 8 (oito) dias.
Artigo 260 - Para aplicação das penalidades previstas no artigo 251, são competentes: (NR)
I - o Governador; (NR)
II - os Secretários de Estado, o Procurador Geral do Estado e os Superintendentes de Autarquia;
(NR)
III - os Chefes de Gabinete, até a de suspensão; (NR)
IV - os Coordenadores, até a de suspensão limitada a 60 (sessenta) dias; e (NR)
V - os Diretores de Departamento e Divisão, até a de suspensão limitada a 30 (trinta) dias. (NR)
Parágrafo único - Havendo mais de um infrator e diversidade de sanções, a competência será da
autoridade responsável pela imposição da penalidade mais grave. (NR)
- Artigo 260 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 261 — Prescreverá:
I — em 2 (dois) anos, a falta sujeita à pena de repreensão, multa ou suspensão; e
II — em 5 (cinco) anos, a falta sujeita à pena de demissão, de demissão a bem do serviço público e de cassação de
aposentadoria e disponibilidade.
Parágrafo único — A falta também prevista em lei penal, como crime, prescreverá juntamente com este.
Artigo 261 - Prescreverá a punibilidade: (NR)
I - da falta sujeita à pena de repreensão, multa ou suspensão, em 2 (dois) anos; (NR)
II - da falta sujeita à pena de demissão, de demissão a bem do serviço público e de cassação da aposentadoria e
disponibilidade, em 5 (cinco) anos; (NR)
III - da falta também prevista em lei, como infração penal, no mesmo prazo correspondente à prescrição da punibilidade
desta. (NR)
Parágrafo único - O prazo da prescrição inicia-se no dia em que a autoridade tomar conhecimento da existência da
falta e interrompe-se pela abertura de sindicância ou quando for o caso, pela instauração do processo administrativo. (NR)
- Artigo 261 com redação dada pela lei Complementar n° 61, de 21/08/1972.
Artigo 261 - Extingue-se a punibilidade pela prescrição: (NR)
I - da falta sujeita à pena de repreensão, suspensão ou multa, em 2 (dois) anos; (NR)
II - da falta sujeita à pena de demissão, de demissão a bem do serviço público e de cassação da
aposentadoria ou disponibilidade, em 5 (cinco) anos; (NR)
III - da falta prevista em lei como infração penal, no prazo de prescrição em abstrato da pena
criminal, se for superior a 5 (cinco) anos. (NR)
§ 1º - A prescrição começa a correr: (NR)
1 - do dia em que a falta for cometida; (NR)
2 - do dia em que tenha cessado a continuação ou a permanência, nas faltas continuadas ou
permanentes. (NR)
§ 2º - Interrompem a prescrição a portaria que instaura sindicância e a que instaura processo
administrativo.(NR)
§ 3º - O lapso prescricional corresponde: (NR)
1 - na hipótese de desclassificação da infração, ao da pena efetivamente aplicada; (NR)
2 - na hipótese de mitigação ou atenuação, ao da pena em tese cabível. (NR)
§ 4º - A prescrição não corre: (NR)
1 - enquanto sobrestado o processo administrativo para aguardar decisão judicial, na forma do §
3º do artigo 250; (NR)
2 - enquanto insubsistente o vínculo funcional que venha a ser restabelecido. (NR)
§ 5º - Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do fato
nos assentamentos individuais do servidor. (NR)
§ 6º - A decisão que reconhecer a existência de prescrição deverá desde logo determinar, quando
for o caso, as providências necessárias à apuração da responsabilidade pela sua ocorrência. (NR)
- Artigo 261 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 262 - O funcionário que, sem justa causa, deixar de atender a qualquer exigência para cujo
cumprimento seja marcado prazo certo, terá suspenso o pagamento de seu vencimento ou
remuneração até que satisfaça essa exigência.
Parágrafo único - Aplica-se aos aposentados ou em disponibilidade o disposto neste artigo.
Artigo 263 - Deverão constar do assentamento individual do funcionário todas as penas que lhe
forem impostas.

CAPÍTULO II

Da Prisão Administrativa e da Suspensão Preventiva

Das Providências Preliminares (NR)

- Capítulo II com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003

Artigo 264 — Cabe, dentro das respectivas competências, aos Secretários de Estado, aos Diretores Gerais e aos Chefes
de repartição, ordenar a prisão administrativa dos responsáveis pelos dinheiros e valores pertencentes à Fazenda Estadual
ou que se acharem sob a guarda desta nos casos de alcance, remissão ou omissão em efetuar as entradas nos devidos
prazos.
§ 1º — Ordenada a prisão, será ela requisitada à autoridade policial e comunicada, imediatamente, à autoridade judiciária
competente, para os devidos efeitos.
§ 2º — Os Secretários de Estado, os Diretores Gerais e os Chefes de repartição, providenciarão no sentido de ser iniciado
com urgência e imediatamente concluído, o processo de tomada de contas.
§ 3º — A prisão administrativa não poderá exceder a 90 (noventa) dias.
Artigo 264 - A autoridade que, por qualquer meio, tiver conhecimento de irregularidade praticada
por servidor é obrigada a adotar providências visando à sua imediata apuração, sem prejuízo das
medidas urgentes que o caso exigir. (NR)
- Artigo 264 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 265 — Poderá ser ordenada, pelo chefe de repartição, a suspensão preventiva do funcionário, até 30 (trinta) dias,
desde que o seu afastamento seja necessário para averiguações de faltas cometidas, cabendo aos Secretários de Estado,
prorrogá-la até 90 (noventa) dias, findo os quais cessarão os efeitos da suspensão, ainda que o processo administrativo
não estaja concluído.
Artigo 265 - A autoridade realizará apuração preliminar, de natureza simplesmente investigativa,
quando a infração não estiver suficientemente caracterizada ou definida autoria. (NR)
§ 1º - A apuração preliminar deverá ser concluída no prazo de 30 (trinta) dias. (NR)
§ 2º - Não concluída no prazo a apuração, a autoridade deverá imediatamente encaminhar ao
Chefe de Gabinete relatório das diligências realizadas e definir o tempo necessário para o término
dos trabalhos. (NR)
§ 3º - Ao concluir a apuração preliminar, a autoridade deverá opinar fundamentadamente pelo
arquivamento ou pela instauração de sindicância ou de processo administrativo. (NR)
- Artigo 265 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 266 — Durante o período da prisão ou da suspensão preventiva, o funcionário perderá 1/3 (um terço) do vencimento
ou remuneração.
Artigo 266 - Determinada a instauração de sindicância ou processo administrativo, ou no seu
curso, havendo conveniência para a instrução ou para o serviço, poderá o Chefe de Gabinete, por
despacho fundamentado, ordenar as seguintes providências: (NR)
I - afastamento preventivo do servidor, quando o recomendar a moralidade administrativa ou a
apuração do fato, sem prejuízo de vencimentos ou vantagens, até 180 (cento e oitenta) dias,
prorrogáveis uma única vez por igual período; (NR)
II - designação do servidor acusado para o exercício de atividades exclusivamente burocráticas
até decisão final do procedimento; (NR)
III - recolhimento de carteira funcional, distintivo, armas e algemas; (NR)
IV - proibição do porte de armas; (NR)
V - comparecimento obrigatório, em periodicidade a ser estabelecida, para tomar ciência dos atos
do procedimento. (NR)
§ 1º - A autoridade que determinar a instauração ou presidir sindicância ou processo
administrativo poderá representar ao Chefe de Gabinete para propor a aplicação das medidas
previstas neste artigo, bem como sua cessação ou alteração. (NR)
§ 2º - O Chefe de Gabinete poderá, a qualquer momento, por despacho fundamentado, fazer
cessar ou alterar as medidas previstas neste artigo. (NR)
- Artigo 266 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 267 — O funcionário terá direito:
I — à diferença de vencimento ou remuneração e à contagem de tempo de serviço relativo ao período da prisão ou da
suspensão preventiva, quando do processo não resultar punição, ou esta se limitar às penas de repreensão ou multa; e
II — à diferença de vencimento ou remuneração e à contagem do tempo de serviço, correspondente ao período de
afastamento excedente do prazo da suspensão efetivamente aplicada.
Artigo 267 - O período de afastamento preventivo computa-se como de efetivo exercício, não
sendo descontado da pena de suspensão eventualmente aplicada. (NR)
- Artigo 267 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.

TÍTULO VIII

Do Processo Administrativo

DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR (NR)


CAPÍTULO I

Da Instauração do Processo

Das Disposições Gerais (NR)

- Título VIII e Capítulo I com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.

Artigo 268 — A aplicação do disposto neste Título se fará sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência de
lei anterior.
Artigo 268 - A apuração das infrações será feita mediante sindicância ou processo administrativo,
assegurados o contraditório e a ampla defesa. (NR)
- Artigo 268 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 269 — Instaura-se processo administrativo ou sindicância, a fim de apurar ação ou omissão de funcionário público,
puníveis disciplinarmente.
Artigo 269 - Será instaurada sindicância quando a falta disciplinar, por sua natureza, possa
determinar as penas de repreensão, suspensão ou multa. (NR)
- Artigo 269 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 270 — Será obrigatório o processo administrativo quando a falta disciplinar, por sua natureza, possa determinar a
pena de demissão.
Parágrafo único — O processo será precedido de sindicância, quando não houver elementos suficientes para se concluir
pela existência da falta ou de sua autoria.
Artigo 270 - Será obrigatório o processo administrativo quando a falta disciplinar, por sua
natureza, possa determinar as penas de demissão, de demissão a bem do serviço público e de
cassação de aposentadoria ou disponibilidade. (NR)
- Artigo 270 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 271 — No caso dos artigos 253 e 254, poder-se-á aplicar a pena pela verdade sabida, salvo se, pelas circunstâncias
da falta, fôr conveniente instaurar-se sindicância ou processo.
Parágrafo único — Entende-se por verdade sabida o conhecimento pessoal e direto de falta por parte da autoridade
competente para aplicar a pena.
Artigo 271 - Os procedimentos disciplinares punitivos serão realizados pela Procuradoria Geral do
Estado e presididos por Procurador do Estado confirmado na carreira. (NR)
- Artigo 271 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 272 — São competentes para determinar a instauração de processo administrativo, as autoridades enumeradas no
artigo 260 até o número III, inclusive, e, para determinar a instauração de sindicância, as autoridades enumeradas no
mesmo artigo até o número IV.

CAPÍTULO II

Da Sindicância

Artigo 272 - São competentes para determinar a instauração de sindicância as autoridades


enumeradas no artigo 260. (NR)
Parágrafo único - Instaurada a sindicância, o Procurador do Estado que a presidir comunicará o
fato ao órgão setorial de pessoal. (NR)
- Artigo 272 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 273 — A sindicância, como meio sumário de verificação, será cometida a funcionário, comissão de funcionários, de
condição hierárquica nunca inferior à do indiciado, ou a Comissão Processante Permanente a que se refere o art. 278.
Artigo 273 - Aplicam-se à sindicância as regras previstas nesta lei complementar para o processo
administrativo, com as seguintes modificações: (NR)
I - a autoridade sindicante e cada acusado poderão arrolar até 3 (três) testemunhas; (NR)
II - a sindicância deverá estar concluída no prazo de 60 (sessenta) dias; (NR)
III - com o relatório, a sindicância será enviada à autoridade competente para a decisão. (NR)
- Artigo 273 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 274 — Promove-se a sindicância:
I — como preliminar do processo, nos temos do parágrafo único do artigo 270; e
II — quando não fôr obrigatória a instalação do processo administrativo.
Parágrafo único - Denúncia anônima não poderá ser acolhida para efeito de instauração de sindicância (NR)
- Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar n° 322, de 13/05/1983.
Artigo 275 — A comissão, ou o funcionário incumbido da sindicância, dando-se início imediato, procederá às seguintes
diligências:
I — ouvirá testemunhas para esclarecimento dos fatos referidos na portaria de designação e o acusado, se julgar
necessário para esclarecimento dos mesmos ou a bem de sua defesa, permitindo-lhe juntada de documentos e indicação
de provas; e
II — colherá as demais provas que houver, concluindo pela procedência, ou não, da argüição feita contra o funcionário.
Artigo 276 — A sindicância deverá ser ultimada dentro de 30 (trinta) dias, prorrogáveis por igual prazo, a critério da
autoridade que a houver mandado instaurar.
Artigo 277 — A critério da autoridade que designar, o funcionário incumbido para proceder à sindicância poderá dedicar
todo o seu tempo àquele encargo, ficando, em consequência, automaticamente dispensado do serviço da repartição,
durante a realização dos trabalhos a que se refere o artigo 275.

CAPÍTULO III
Das Comissões Processantes

CAPÍTULO III

Do Processo Administrativo (NR)


- Capítulo III com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.

Artigo 274 - São competentes para determinar a instauração de processo administrativo as


autoridades enumeradas no artigo 260, até o inciso IV, inclusive. (NR)
- Artigo 274 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 275 - Não poderá ser encarregado da apuração, nem atuar como secretário, amigo íntimo
ou inimigo, parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau inclusive,
cônjuge, companheiro ou qualquer integrante do núcleo familiar do denunciante ou do acusado,
bem assim o subordinado deste. (NR)
- Artigo 275 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 276 - A autoridade ou o funcionário designado deverão comunicar, desde logo, à
autoridade competente, o impedimento que houver. (NR)
- Artigo 276 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 277 - O processo administrativo deverá ser instaurado por portaria, no prazo improrrogável
de 8 (oito) dias do recebimento da determinação, e concluído no de 90 (noventa) dias da citação
do acusado. (NR)
§ 1º - Da portaria deverão constar o nome e a identificação do acusado, a infração que lhe é
atribuída, com descrição sucinta dos fatos, a indicação das normas infringidas e a penalidade mais
elevada em tese cabível. (NR)
§ 2º - Vencido o prazo, caso não concluído o processo, o Procurador do Estado que o presidir
deverá imediatamente encaminhar ao seu superior hierárquico relatório indicando as providências
faltantes e o tempo necessário para término dos trabalhos. (NR)
§ 3º - O superior hierárquico dará ciência dos fatos a que se refere o parágrafo anterior e das
providências que houver adotado à autoridade que determinou a instauração do processo. (NR)
- Artigo 277 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 278 — Em cada Secretaria de Estado haverá Comissões Processantes Permanentes, destinadas a realizar os
processos adminstrativos.
§ 1º — Os membros das Comissões Processantes Permanentes serão designados pelos Secretários de Estado, com
aprovação do Governador.
§ 2º — O disposto neste artigo não impede a designação de comissões especiais pelo Governador do Estado.
Artigo 278 - Autuada a portaria e demais peças preexistentes, designará o presidente dia e hora
para audiência de interrogatório, determinando a citação do acusado e a notificação do
denunciante, se houver. (NR)
§ 1º - O mandado de citação deverá conter: (NR)
1 - cópia da portaria; (NR)
2 - data, hora e local do interrogatório, que poderá ser acompanhado pelo advogado do acusado;
(NR)
3 - data, hora e local da oitiva do denunciante, se houver, que deverá ser acompanhada pelo
advogado do acusado; (NR)
4 - esclarecimento de que o acusado será defendido por advogado dativo, caso não constitua
advogado próprio; (NR)
5 - informação de que o acusado poderá arrolar testemunhas e requerer provas, no prazo de 3
(três) dias após a data designada para seu interrogatório; (NR)
6 - advertência de que o processo será extinto se o acusado pedir exoneração até o interrogatório,
quando se tratar exclusivamente de abandono de cargo ou função, bem como inassiduidade. (NR)
§ 2º - A citação do acusado será feita pessoalmente, no mínimo 2 (dois) dias antes do
interrogatório, por intermédio do respectivo superior hierárquico, ou diretamente, onde possa ser
encontrado. (NR)
§ 3º - Não sendo encontrado em seu local de trabalho ou no endereço constante de seu
assentamento individual, furtando-se o acusado à citação ou ignorando-se seu paradeiro, a
citação far-se-á por edital, publicado uma vez no Diário Oficial do Estado, no mínimo 10 (dez) dias
antes do interrogatório. (NR)
- Artigo 278 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 279 — As Comissões Processantes Permanentes serão constituídas de 3 (três) funcionários, nomeados pelo prazo
de 2 (dois) anos, facultada a recondução, cabendo a presidência a Procurador do Estado.
§ 1º — Haverá tantas Comissões quantas forem julgadas necessárias.
§ 2º — Os membros da Comissão poderão ser dispensados a qualquer tempo, com aprovação do Governador.
Artigo 279 - Havendo denunciante, este deverá prestar declarações, no interregno entre a data da
citação e a fixada para o interrogatório do acusado, sendo notificado para tal fim. (NR)
§ 1º - A oitiva do denunciante deverá ser acompanhada pelo advogado do acusado, próprio ou
dativo. (NR)
§ 2º - O acusado não assistirá à inquirição do denunciante; antes porém de ser interrogado,
poderá ter ciência das declarações que aquele houver prestado. (NR)
- Artigo 279 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 280 — Não poderá ser encarregado de proceder a sindicância, nem fazer parte da Comissão Processante, mesmo
como secretário desta, parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau inclusive do
denunciante ou indiciado, bem como o subordinado deste.
Parágrafo único — Ao funcionário designado incumbirá comunicar, desde logo, à autoridade competente, o impedimento
que houver, de acordo com este artigo.
Artigo 280 - Não comparecendo o acusado, será, por despacho, decretada sua revelia,
prosseguindo-se nos demais atos e termos do processo. (NR)
- Artigo 280 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 281 — Os membros das Comissões Processantes Permanentes, bem como os respectivos secretários, dedicarão
todo o seu tempo aos trabalhos pertinentes aos processos administrativos e às sindicâncias de que foram encarregados,
ficando dispensados do serviço da repartição durante todo o prazo da nomeação de que trata o artigo 279.
Parágrafo único — Nas comissões não permanentes, também compostas de 3 (três) membros, somente por expressa
determinação da autoridade que as designar, poderão seus integrantes ser afastados do exercício dos cargos, durante a
realização do processo.
Artigo 281 - Ao acusado revel será nomeado advogado dativo. (NR)
- Artigo 281 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 282 — Fica sujeira à aprovação dos Diretores Gerais das Secretarias de Estado, a designação de servidor
encarregado de secretariar os trabalhos das Comissões Processantes.
Artigo 282 - O acusado poderá constituir advogado que o representará em todos os atos e termos
do processo. (NR)
§ 1º - É faculdade do acusado tomar ciência ou assistir aos atos e termos do processo, não sendo
obrigatória qualquer notificação. (NR)
§ 2º - O advogado será intimado por publicação no Diário Oficial do Estado, de que conste seu
nome e número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, bem como os dados necessários
à identificação do procedimento. (NR)
§ 3º - Não tendo o acusado recursos financeiros ou negando-se a constituir advogado, o
presidente nomeará advogado dativo. (NR)
§ 4º — O acusado poderá, a qualquer tempo, constituir advogado para prosseguir na sua defesa.
(NR)
- Artigo 282 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.

CAPÍTULO IV
Dos Atos e Têrmos Processuais

Artigo 283 — O processo administrativo deverá ser iniciado dentro do prazo improrrogável de 8 (oito) dias, contados de
sua instauração e concluído no de 60 (sessenta) dias, a contar da citação do indiciado.
§ 1º — Poderá a autoridade que determinou a instauração do processo, prorrogar-lhe o prazo até mais 60 (sessenta) dias,
por despacho, em representação circunstanciada que lhe fizer o Presidente da Comissão.
§ 2º — Somente o Governador, em casos especiais e mediante representação da autoridade que determinou a instauração
do processo, poderá autorizar nova e última prorrogação do prazo, por tempo não excedente ao do parágrafo anterior.
Artigo 283 - Comparecendo ou não o acusado ao interrogatório, inicia-se o prazo de 3 (três) dias
para requerer a produção de provas, ou apresentá-las. (NR)
§ 1º - O presidente e cada acusado poderão arrolar até 5 (cinco) testemunhas. (NR)
§ 2º - A prova de antecedentes do acusado será feita exclusivamente por documentos, até as
alegações finais. (NR)
§ 3º - Até a data do interrogatório,será designada a audiência de instrução. (NR)
- Artigo 283 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003
Artigo 284 — Autuadas a portaria e demais peças preexistentes, designará o Presidente dia e hora para a audiência inicial,
citado o indiciado e notificado o denunciante, se houver, e as testemunhas.
§ 1º — A citação do indiciado será feita pessoalmente, com prazo mínimo de 24 (vinte e quatro) horas, e será
acompanhada de extrato da portaria que lhe permita conhecer o motivo do processo.
§ 2º — Achando-se o indiciado ausente do lugar, será citado por via postal, em carta registrada, jundando-se ao processo o
comprovante do registro; não sendo encontrado o indiciado, ou ignorando-se o seu paradeiro, a citação se fará com o
prazo de 15 (quinze) dias, por edital inserto por três vezes seguidas no órgão oficial.
§ 3º — O prazo a que se refere o parágrafo anterior, "in fine", será contado da primeira publicação, certificando o
secretário, no processo as datas em que as publicações foram feita.
§ 4º — Quando fôr desconhecido o paradeiro de alguma testemunha, o Presidente solicitará à Polícia informações
necessárias à notificação.
Artigo 284 - Na audiência de instrução, serão ouvidas, pela ordem, as testemunhas arroladas pelo
presidente e pelo acusado. (NR)
Parágrafo único - Tratando-se de servidor público, seu comparecimento poderá ser solicitado ao
respectivo superior imediato com as indicações necessárias. (NR)
- Artigo 284 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 285 — Aos chefes diretos dos servidores notificados a comparecer perante a Comissão Processante, será dado
imediato conhecimento dos termos da notificação.
Parágrafo único — Tratando-se de militar, o seu comparecimento será requisitado ao respectivo Comando, com as
indicações necessárias.
Artigo 285 - A testemunha não poderá eximir-se de depor, salvo se for ascendente, descendente,
cônjuge, ainda que legalmente separado, companheiro, irmão, sogro e cunhado, pai, mãe ou filho
adotivo do acusado, exceto quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a
prova do fato e de suas circunstâncias. (NR)
§ 1º - Se o parentesco das pessoas referidas for com o denunciante, ficam elas proibidas de
depor, observada a exceção deste artigo.(NR)
§ 2º - Ao servidor que se recusar a depor, sem justa causa, será pela autoridade competente
adotada a providência a que se refere o artigo 262, mediante comunicação do presidente. (NR)
§ 3º - O servidor que tiver de depor como testemunha fora da sede de seu exercício, terá direito a
transporte e diárias na forma da legislação em vigor, podendo ainda expedir-se precatória para
esse efeito à autoridade do domicílio do depoente. (NR)
§ 4º - São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão,
devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu
testemunho. (NR)
- Artigo 285 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 286 — Feita a citação, sem que compareça o indiciado, prosseguir-se-á no processo à sua revelia.
Artigo 286 - A testemunha que morar em comarca diversa poderá ser inquirida pela autoridade do
lugar de sua residência, expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo razoável,
intimada a defesa. (NR)
§ 1º - Deverá constar da precatória a síntese da imputação e os esclarecimentos pretendidos, bem
como a advertência sobre a necessidade da presença de advogado. (NR)
§ 2º - A expedição da precatória não suspenderá a instrução do procedimento. (NR)
§ 3º - Findo o prazo marcado, o procedimento poderá prosseguir até final decisão; a todo tempo, a
precatória, uma vez devolvida, será juntada aos autos. (NR)
- Artigo 286 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003
Artigo 287 — No dia aprazado será ouvido o denunciante, se comparecer, e, na mesma audiência, o indiciado que, dentro
do prazo de cinco dias, depositará ou apresentará rol de testemunhas até o máximo de dez, as quais serão notificadas.
Respeitado o limite acima, poderá o indiciado, durante a produção da prova, substituir as testemunhas ou indicar outras no
lugar das que não compareceram.
Parágrafo único — O indiciado não assistirá à inquirição do denunciante. Antes, porém, de prestar as próprias declarações,
ser-lhe-ão lidas, pelo secretário, as que houver aquele prestado.
Artigo 287 - As testemunhas arroladas pelo acusado comparecerão à audiência designada
independente de notificação. (NR)
§ 1º - Deverá ser notificada a testemunha cujo depoimento for relevante e que não comparecer
espontaneamente. (NR)
§ 2º - Se a testemunha não for localizada, a defesa poderá substituí-la, se quiser, levando na
mesma data designada para a audiência outra testemunha, independente de notificação. (NR)
- Artigo 287 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 288 — No mesmo dia, se possível, e nos dias subsequentes, tomar-se-á o depoimento das testemunhas
apresentadas pelo denunciate ou arroladas pela Comissão, e, a seguir, o das testemunhas indicadas pelo indiciado.
Parágrafo único — É permitido ao indiciado reperguntar às testemunhas, por intermédio do Presidente, que poderá
indeferir as reperguntas que não tiverem conexão com a falta, consignando-se no termo as reperguntas indeferidas.
Artigo 288 - Em qualquer fase do processo, poderá o presidente, de ofício ou a requerimento da
defesa, ordenar diligências que entenda convenientes. (NR)
§ 1º - As informações necessárias à instrução do processo serão solicitadas diretamente, sem
observância de vinculação hierárquica, mediante ofício, do qual cópia será juntada aos autos. (NR)
§ 2º - Sendo necessário o concurso de técnicos ou peritos oficiais, o presidente os requisitará,
observados os impedimentos do artigo 275. (NR)
- Artigo 288 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 289 — A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor, salvo o caso de proibição legal, nos termos do
artigo 207 do Código de Processo Penal ou em se tratando das pessoas mencionadas no artigo 206 do referido Código.
§ 1º — Ao servidor público que se recusar a depor, sem fundamento, será pela autoridade competente aplicada a sanção a
que se refere o artigo 262, mediante comunicação da Comissão Processante.
§ 2º — No caso em que a pessoa estranha ao serviços público se recuse a depor perante a Comissão, o Presidente
solicitará à autoridade policial a providência cabível a fim de ser ouvida na Polícia a testemunha. Nesse caso, o Presidente
encaminhará à autoridade policial, deduzida por itens, a matéria de fato sobre a qual deverá ser ouvida a testemunha.
Artigo 289 - Durante a instrução, os autos do procedimento administrativo permanecerão na
repartição competente. (NR)
§ 1º - Será concedida vista dos autos ao acusado, mediante simples solicitação, sempre que não
prejudicar o curso do procedimento. (NR)
§ 2º - A concessão de vista será obrigatória, no prazo para manifestação do acusado ou para
apresentação de recursos, mediante publicação no Diário Oficial do Estado. (NR)
§ 3º - Não corre o prazo senão depois da publicação a que se refere o parágrafo anterior e desde
que os autos estejam efetivamente disponíveis para vista. (NR)
§ 4º - Ao advogado é assegurado o direito de retirar os autos da repartição, mediante recibo,
durante o prazo para manifestação de seu representado, salvo na hipótese de prazo comum, de
processo sob regime de segredo de justiça ou quando existirem nos autos documentos originais
de difícil restauração ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos na
repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado. (NR)
- Artigo 289 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 290 — O servidor público que tiver de depor como testemunha fora da sede de sua função, terá direito a transporte e
diárias na forma da legislação em vigor.
Artigo 290 - Somente poderão ser indeferidos pelo presidente, mediante decisão fundamentada,
os requerimentos de nenhum interesse para o esclarecimento do fato, bem como as provas
ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias. (NR)
- Artigo 290 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 291 — Como ato preliminar, ou no decorrer do processo, poderá o Presidente representar a quem de direito, nos
têrmos do artigo 265, pedindo a suspensão preventiva do indiciado.
Artigo 291 - Quando, no curso do procedimento, surgirem fatos novos imputáveis ao acusado,
poderá ser promovida a instauração de novo procedimento para sua apuração, ou, caso
conveniente, aditada a portaria, reabrindo-se oportunidade de defesa. (NR)
- Artigo 291 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 292 — Durante o processo, poderá o Presidente ordenar toda e qualquer diligência que se afigure conveniente.
Parágrafo único — Caso seja necessário o concurso de técnicos ou peritos oficiais, o Presidente os requisitará à
autoridade competente, observado, também, quanto aos técnicos e peritos, o impedimento a que se refere o artigo 280.
Artigo 292 - Encerrada a fase probatória, dar-se-á vista dos autos à defesa, que poderá
apresentar alegações finais, no prazo de 7 (sete) dias. (NR)
Parágrafo único - Não apresentadas no prazo as alegações finais, o presidente designará
advogado dativo, assinando-lhe novo prazo. (NR)
- Artigo 292 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 293 — É permitido à Comissão tomar conhecimento de arguições novas que surgirem contra o indiciado, caso em
que este terá direito de produzir contra elas as provas que tiver.
Artigo 293 - O relatório deverá ser apresentado no prazo de 10 (dez) dias, contados da
apresentação das alegações finais. (NR)
§ 1º - O relatório deverá descrever, em relação a cada acusado, separadamente, as
irregularidades imputadas, as provas colhidas e as razões de defesa, propondo a absolvição ou
punição e indicando, nesse caso, a pena que entender cabível. (NR)
§ 2º - O relatório deverá conter, também, a sugestão de quaisquer outras providências de
interesse do serviço público. (NR)
- Artigo 293 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 294 — Vetado.
Parágrafo único — O Presidente da Comissão poderá denegar o requerimento manifestamente protelatório ou de nenhum
interêsse para o esclarecimento do fato, fundamentando a sua decisão.
Artigo 294 - Relatado, o processo será encaminhado à autoridade que determinou sua
instauração. (NR)
- Artigo 294 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 295 — Para os efeitos do artigo anterior, será notificado o indiciado, pessoalmente ou por ccarta entregue no
endereço que houver indicado, no lugar do processo.
Artigo 295 - Recebendo o processo relatado, a autoridade que houver determinado sua
instauração deverá, no prazo de 20 (vinte) dias, proferir o julgamento ou determinar a realização
de diligência, sempre que necessária ao esclarecimento de fatos. (NR)
- Artigo 295 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 296 — O advogado terá intervenção limitada à que é permitida nesta lei ao próprio indiciado, podendo representá-lo
em qualquer ato processual, salvo naqueles em que a Comissão Processante julgar conveniente a presença do indiciado.
Parágrafo único — Vetado.
Artigo 296 - Determinada a diligência, a autoridade encarregada do processo administrativo terá
prazo de 15 (quinze) dias para seu cumprimento, abrindo vista à defesa para manifestar-se em 5
(cinco) dias. (NR)
- Artigo 296 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 297 — Encerrados os atos concernentes à prova, será, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, dada vista dos autos ao
indiciado, para apresentar defesa, no prazo de dez dias.
Parágrafo único — Durante este prazo, terá o indiciado vista dos autos em presença do secretário ou de um dos membros
da Comissão, no lugar do processo.
Artigo 297 - Quando escaparem à sua alçada as penalidades e providências que lhe parecerem
cabíveis, a autoridade que determinou a instauração do processo administrativo deverá propô-las,
justificadamente, dentro do prazo para julgamento, à autoridade competente. (NR)
- Artigo 297 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 298 — No caso de revelia do indiciado ou esgotado o prazo do artigo anterior, sem que haja sido apresentada
defesa, o Presidente designará um funcionário para produzi-la, assinando-lhe novo prazo.
§ 1º — A designação referida neste artigo recairá, sempre que possível, em diplomado em direito.
§ 2º — O funcionário designado não se poderá escusar da incumbência, sem motivo justo, sob pena de repreensão, a ser
aplicada pela autoridade competente.
Artigo 298 - A autoridade que proferir decisão determinará os atos dela decorrentes e as
providências necessárias a sua execução. (NR)
- Artigo 298 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 299 — Findo o prazo de defesa, a Comissão apresentará o seu relatório dentro de 10 (dez) dias.
§ 1º — Neste relatório, a Comissão apreciará, em relação a cada indiciado, separadamente, as irregularidades de que
forem acusados, as provas colhidas, as razões de defesa, propondo, então, a absolvição ou a punição e indicando, neste
caso, a pena que couber.
§ 2º — Deverá, também, a Comissão, em seu relatório, sugerir quaisquer outras providências que lhe parecerem de
interêsse do serviço público.
Artigo 299 - As decisões serão sempre publicadas no Diário Oficial do Estado, dentro do prazo de
8 (oito) dias, bem como averbadas no registro funcional do servidor. (NR)
- Artigo 299 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 300 — Recebendo o relatório da Comissão, acompanhado do processo, a autoridade que houver determinado a sua
instauração deverá proferir o julgamento dentro do prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período.
§ 1º — As diligências que se fizerem necessárias, deverão ser determinadas e realizadas dentro do prazo máximo
mencionado neste artigo.
§ 2º — Se o processo não fôr julgado no prazo indicado neste artigo, o indiciado, caso esteja suspenso, reassumirá
automaticamente o seu cargo ou função, e aguardará em exercício o julgamento, salvo o caso de prisão administrativa que
ainda perdure.
Artigo 300 - Terão forma processual resumida, quando possível, todos os termos lavrados pelo
secretário, quais sejam: autuação, juntada, conclusão, intimação, data de recebimento, bem como
certidões e compromissos. (NR)
§ 1º - Toda e qualquer juntada aos autos se fará na ordem cronológica da apresentação,
rubricando o presidente as folhas acrescidas. (NR)
§ 2º - Todos os atos ou decisões, cujo original não conste do processo, nele deverão figurar por
cópia. (NR)
- Artigo 300 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 301 — Quando escaparem à sua alçada as penalidades e providências que lhe parecerem cabíveis, a autoridade
que determinou a instauração do processo administrativo deverá propô-las, justificadamente, dentro do prazo marcado
para julgamento, à autoridade competente.
§ 1º — Na hipótese deste artigo, o prazo para julgamento final será o do artigo 300.
§ 2º — A autoridade julgadora determinará a expedição dos atos decorrentes do julgamento e as providências necessárias
à sua execução.
§ 3º — As decisões serão sempre publicadas no órgão oficial, dentro do prazo de oito dias.
Artigo 301 - Constará sempre dos autos da sindicância ou do processo a folha de serviço do
indiciado. (NR)
- Artigo 301 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 302 — Terão forma processual resumida, quando possível, todos os termos lavrados pelo secretário, quais sejam:
autuação, juntada, conclusão, intimação, data de recebimento, bem como certidões e compromissos.
Artigo 302 - Quando ao funcionário se imputar crime, praticado na esfera administrativa, a
autoridade que determinou a instauração do processo administrativo providenciará para que se
instaure, simultaneamente, o inquérito policial. (NR)
Parágrafo único - Quando se tratar de crime praticado fora da esfera administrativa, a autoridade
policial dará ciência dele à autoridade administrativa. (NR)
- Artigo 302 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 303 — Toda e qualquer juntada aos autos se fará na ordem cronológica da apresentação, rubricando o Presidente
as folhas acrescidas.
Artigo 303 - As autoridades responsáveis pela condução do processo administrativo e do inquérito
policial se auxiliarão para que os mesmos se concluam dentro dos prazos respectivos. (NR)
- Artigo 303 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 304 — Quando ao funcionário se imputar crime, praticado na esfera administrativa, a autoridade que determinou a
instauração do processo administrativo providenciará para que se instaure, simultaneamente, o inquérito policial.
Parágrafo único — Quando se tratar de crime praticado fora da esfera administrativa, a autoridade policial dará ciência dele
à autoridade administrativa.
Artigo 304 - Quando o ato atribuído ao funcionário for considerado criminoso, serão remetidas à
autoridade competente cópias autenticadas das peças essenciais do processo. (NR)
- Artigo 304 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 305 — As autoridades referidas no artigo anterior se auxiliarão para que o processo administrativo e o inquérito
policial se concluam dentro dos prazos respectivos.
Artigo 305 - Não será declarada a nulidade de nenhum ato processual que não houver influído na
apuração da verdade substancial ou diretamente na decisão do processo ou sindicância. (NR)
- Artigo 305 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 306 — Quando o ato atribuído ao funcionário fôr considerado criminoso, serão remetidas à autoridade competente,
cópias autenticadas das peças essenciais do processo.
Artigo 306 - É defeso fornecer à imprensa ou a outros meios de divulgação notas sobre os atos
processuais, salvo no interesse da Administração, a juízo do Secretário de Estado ou do
Procurador Geral do Estado. (NR)
- Artigo 306 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 307 — É defeso fornecer à imprensa ou a outros meios de divulgação, notas sobre os atos processuais, salvo no
interesse da Administração, a juízo da autoridade que houver determinado o processo.
Artigo 307 - Decorridos 5 (cinco) anos de efetivo exercício, contados do cumprimento da sanção
disciplinar, sem cometimento de nova infração, não mais poderá aquela ser considerada em
prejuízo do infrator, inclusive para efeito de reincidência. (NR)
Parágrafo único - A demissão e a demissão a bem do serviço público acarretam a
incompatibilidade para nova investidura em cargo, função ou emprego público, pelo prazo de 5
(cinco) e 10 (dez) anos, respectivamente. (NR)
- Artigo 307 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.

CAPÍTULO IV

Do Processo por Abandono do Cargo ou Função e por Inassiduidade (NR)


- Capítulo IV com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.

Artigo 308 — Todos os atos ou decisões, cujo original não conste do processo, nele deverão figurar por cópia autenticada.
Artigo 308 - Verificada a ocorrência de faltas ao serviço que caracterizem abandono de cargo ou
função, bem como inassiduidade, o superior imediato comunicará o fato à autoridade competente
para determinar a instauração de processo disciplinar, instruindo a representação com cópia da
ficha funcional do servidor e atestados de freqüência. (NR)
- Artigo 308 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 309 — Constará sempre dos autos da sindicância ou do processo a folha de serviço do indiciado, requisitada para
tal fim à repartição competente.
Artigo 309 - Não será instaurado processo para apurar abandono de cargo ou função, bem como
inassiduidade, se o servidor tiver pedido exoneração. (NR)
- Artigo 309 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 310 — Não será declarada a nulidade de nenhum ato processual que não houver influído na apuração da verdade
substancial, ou, diretamente, da decisão do processo ou da sindicância.
Artigo 310 - Extingue-se o processo instaurado exclusivamente para apurar abandono de cargo
ou função, bem como inassiduidade, se o indiciado pedir exoneração até a data designada para o
interrogatório, ou por ocasião deste. (NR)
- Artigo 310 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.

CAPÍTULO V
Do Processo por Abandono do Cargo ou Função

Artigo 311 — No caso de abandono do cargo ou função, instaurado o processo e feita a citação, na forma dos artigos 272
e 284, comparecendo o indiciado e tomadas as suas declarações, terá ele o prazo de 5 (cinco) dias para oferecer defesa
ou requerer a produção da prova que tiver, que só podem versar sobre força maior ou coação ilegal.
§ 1º — Observar-se-á, então, no que couber, o disposto nos artigos 288, 297, 299 e seguintes.
§ 2º — No caso de revelia, será designado pelo Presidente um funcionário para servir de defensor, observando-se o
disposto na parte final deste artigo, e no que couber, o disposto nos artigos 288 e seguintes.
Artigo 311 - A defesa só poderá versar sobre força maior, coação ilegal ou motivo legalmente
justificável. (NR)
- Artigo 311 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.

TÍTULO IX
DA REVISÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

CAPÍTULO V

Dos Recursos (NR)


- Capítulo V com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.

Artigo 312 — Dar-se-á revisão dos processos findos, mediante recurso do punido:
I — quando a decisão fôr contrária a texto expresso de lei ou à evidência dos autos;
II — quando a decisão se fundar em depoimento, exames ou documentos comprovadamente falsos ou errados; e
III — quando, após a decisão, se descobrirem novas provas da inocência do punido ou de circunstância que autorize pena
mais branda.
Parágrafo único — Os pedidos que não se fundarem nos casos enumerados no artigo serão indeferidos "in limine".
Artigo 312 - Caberá recurso, por uma única vez, da decisão que aplicar penalidade. (NR)
§ 1º - O prazo para recorrer é de 30 (trinta) dias, contados da publicação da decisão impugnada
no Diário Oficial do Estado ou da intimação pessoal do servidor, quando for o caso. (NR)
§ 2º - Do recurso deverá constar, além do nome e qualificação do recorrente, a exposição das
razões de inconformismo. (NR)
§ 3º - O recurso será apresentado à autoridade que aplicou a pena, que terá o prazo de 10 (dez)
dias para, motivadamente, manter sua decisão ou reformá-la. (NR)
§ 4º - Mantida a decisão, ou reformada parcialmente, será imediatamente encaminhada a reexame
pelo superior hierárquico. (NR)
§ 5º - O recurso será apreciado pela autoridade competente ainda que incorretamente
denominado ou endereçado. (NR)
- Artigo 312 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 313 — A revisão, que poderá verificar-se a qualquer tempo, não autoriza a agravação da pena.
§ 1º — O pedido será sempre dirigido à autoridade que aplicou a pena, ou que a tiver confirmado em grau de recurso.
§ 2º — Não será admissível a reiteração do pedido, salvo se fundado em novas provas.
Artigo 313 - Caberá pedido de reconsideração, que não poderá ser renovado, de decisão tomada
pelo Governador do Estado em única instância, no prazo de 30 (trinta) dias. (NR)
- Artigo 313 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 314 — A revisão poderá ser pedida pelo próprio punido, ou procurador legalmente habilitado, ou, no caso de morte
do punido, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
Artigo 314 - Os recursos de que trata esta lei complementar não têm efeito suspensivo; os que
forem providos darão lugar às retificações necessárias, retroagindo seus efeitos à data do ato
punitivo. (NR)
- Artigo 314 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.

CAPÍTULO VI

Da Revisão (NR)
- Capítulo VI com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.

Artigo 315 — Não constitui fundamento para revisão a simples alegação de injustiça da penalidade.
Artigo 315 - Admitir-se-á, a qualquer tempo, a revisão de punição disciplinar de que não caiba
mais recurso, se surgirem fatos ou circunstâncias ainda não apreciados, ou vícios insanáveis de
procedimento, que possam justificar redução ou anulação da pena aplicada. (NR)
§ 1º - A simples alegação da injustiça da decisão não constitui fundamento do pedido. (NR)
§ 2º - Não será admitida reiteração de pedido pelo mesmo fundamento. (NR)
§ 3º - Os pedidos formulados em desacordo com este artigo serão indeferidos. (NR)
§ 4º - O ônus da prova cabe ao requerente. (NR)
- Artigo 315 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 316 — A revisão será processada por Comissão Processante Permanente, ou a juizo do Governador, por comissão
composta de 3 (três) funcionários de condição hierárquica nunca inferior à do punido, cabendo a presidência a bacharel em
direito.
§ 1º — Será impedido de funcionar na revisão quem houver composto a comissão de processo administrativo.
§ 2º — O Presidente designará um funcionário para secretariar a Comissão.
Artigo 316 - A pena imposta não poderá ser agravada pela revisão. (NR)
- Artigo 316 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 317 — Ao processo de revisão será apensado o processo administrativo ou sua cópia, marcando o Presidente o
prazo de 5 (cinco) dias para que o requerente junte as provas que tiver, ou indique as que pretenda produzir.
Artigo 317 - A instauração de processo revisional poderá ser requerida fundamentadamente pelo
interessado ou, se falecido ou incapaz, por seu curador, cônjuge, companheiro, ascendente,
descendente ou irmão, sempre por intermédio de advogado. (NR)
Parágrafo único - O pedido será instruído com as provas que o requerente possuir ou com
indicação daquelas que pretenda produzir. (NR)
- Artigo 317 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 318 — Concluída a instrução do processo, será aberta vista ao requerente perante o secretário, pelo prazo de 10
(dez) dias, para apresentação de alegações.
Artigo 318 - A autoridade que aplicou a penalidade, ou que a tiver confirmado em grau de recurso,
será competente para o exame da admissibilidade do pedido de revisão, bem como, caso deferido
o processamento, para a sua decisão final. (NR)
- Artigo 318 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 319 — Decorrido esse prazo, ainda que sem alegações, será o processo encaminhado, com relatório fundamentado
da Comissão e, dentro de 15 (quinze) dias, à autoridade competente para o julgamento.
Artigo 319 - Deferido o processamento da revisão, será este realizado por Procurador de Estado
que não tenha funcionado no procedimento disciplinar de que resultou a punição do requerente.
(NR)
- Artigo 319 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 320 — Será de 30 (trinta) dias o prazo para esse julgamento, sem prejuízo das diligências que a autoridade entenda
necessárias ao melhor esclarecimento do processo.
Artigo 320 - Recebido o pedido, o presidente providenciará o apensamento dos autos originais e
notificará o requerente para, no prazo de 8 (oito) dias, oferecer rol de testemunhas, ou requerer
outras provas que pretenda produzir. (NR)
Parágrafo único - No processamento da revisão serão observadas as normas previstas nesta lei
complementar para o processo administrativo. (NR)
- Artigo 320 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 321 — Julgada procedente a revisão, a Administração determinará a redução ou o cancelamento da pena.
Artigo 321 - A decisão que julgar procedente a revisão poderá alterar a classificação da infração,
absolver o punido, modificar a pena ou anular o processo, restabelecendo os direitos atingidos
pela decisão reformada. (NR)
- Artigo 321 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.

Disposições Finais

Artigo 322 - O dia 28 de outubro será consagrado ao "Funcionário Público Estadual".


Artigo 323 - Os prazos previstos neste Estatuto serão todos contados por dias corridos.
Parágrafo único - Não se computará no prazo o dia inicial, prorrogando-se o vencimento, que
incidir em sábado, domingo, feriado ou facultativo, para o primeiro dia útil seguinte.
Artigo 324 - As disposições deste Estatuto se aplicam aos extranumerários, exceto no que
colidirem com a precariedade de sua situação no Serviço Público.

Disposições Transitórias

Artigo 325 - Aplicam-se aos atuais funcionários interinos as disposições deste Estatuto, salvo as
que colidirem com a natureza precária de sua investidura e, em especial, as relativas a acesso,
promoção, afastamentos, aposentadoria voluntária e às licenças previstas nos itens VI, VII e IX do
artigo 181.
Artigo 326 - Serão obrigatoriamente exonerados os ocupantes interinos de cargos para cujo
provimento for realizado concurso.
Parágrafo único - As exonerações serão efetivadas dentro de 30 (trinta) dias, após a
homologação do concurso.
Artigo 327 — Até a regulamentação do disposto no art. 163, fica mantido o atual sistema das gratificações pelo exercício
em determinadas zonas ou locais e pela execução de trabalho especial, com risco de vida ou saúde.
Artigo 327 - Revogado.
- Artigo 327 revogado pelo Decreto-lei nº 60, de 15/05/1969.
Artigo 328 - Dentro de 120 (cento e vinte) dias proceder-se-á ao levantamento geral das atuais
funções gratificadas, para efeito de implantação de novo sistema retribuitório dos encargos por
elas atendidos.
Parágrafo único - Até a implantação do sistema de que trata este artigo, continuarão em vigor as
disposições legais referentes à função gratificada.
Artigo 329 - Ficam expressamente revogadas:
I - as disposições de leis gerais ou especiais que estabeleçam contagem de tempo em divergência
com o disposto no Capítulo XV do Título II, ressalvada, todavia, a contagem, nos termos da
legislação ora revogada, do tempo de serviço prestado anteriormente ao presente Estatuto;
II - a Lei nº 1.309, de 29 de novembro de 1951 e as demais disposições atinentes aos
extranumerários; e
III - a Lei nº 2.576, de 14 de janeiro de 1954.
Artigo 330 - Vetado.
Artigo 331 - Revogam-se as disposições em contrário.
Palácio dos Bandeirantes, aos 28 de outubro de 1968.
ROBERTO COSTA DE ABREU SODRÉ
Luiz Francisco da Silva Carvalho, Secretário da Justiça
Luiz Arrobas Martins, Secretário da Fazenda
Herbert Victor Levy, Secretário da Agricultura
Eduardo Riomey Yassuda, Secretário dos Serviços e Obras Públicas
Firmino Rocha de Freitas, Secretário dos Transportes
Antonio Barros de Ulhôa Cintra, Secretário da Educação
Hely Lopes Meirelles, Secretário da Segurança Pública
José Felício Castellano, Secretário da Promoção Social
Raphael Baldacci, Secretário do Trabalho, Indústria e Comércio
Onadyr Marcondes, Secretário da Economia e Planejamento
Walter Sidnei Pereira Leser, Secretário da Saúde Pública
Waldemar Lopes Ferraz, Secretário do Interior
Orlando Gabriel Zancaner, Secretário da Cultura Esportes e Turismo
José Henrique Turner, Secretário para os Assuntos da Casa Civil
Hélio Lourenço de Oliveira, Vice-Reitor no exercício da Reitoria da Universidade de São Paulo
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa aos 28 de outubro de 1968
Nelson Petersen da Costa, Diretor Administrativo substituto
A

Ficha informativa
LEI COMPLEMENTAR Nº 924, DE 16 DE AGOSTO DE 2002

Institui incorporação ao servidor público, nos termos que especifica

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:


Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei complementar:
Artigo 1º - O servidor com mais de cinco anos de efetivo exercício, que tenha exercido ou venha a
exercer, a qualquer título, cargo ou função que lhe proporcione remuneração superior à do cargo
de que seja titular, ou função para a qual foi admitido, incorporará um décimo dessa diferença, por
ano, até o limite de dez décimos.
Artigo 2º - As despesas decorrentes desta lei complementar correrão por conta das dotações
orçamentárias próprias, consignadas no orçamento vigente.
Artigo 3º - Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus
efeitos financeiros a 5 de outubro de 1989.
Palácio dos Bandeirantes, 16 de agosto de 2002.
GERALDO ALCKMIN
Fernando Dall’Acqua
Secretário da Fazenda
Rubens Lara
Secretário-Chefe da Casa Civil
Dalmo Nogueira Filho
Secretário do Governo e Gestão Estratégica
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 16 de agosto de 2002.
DECRETO Nº 54.376, DE 26 DE MAIO DE 2009
Disciplina a aplicação, no âmbito da Administração Direta e Autárquica, do disposto na Súmula
Vinculante nº 13 do Supremo Tribunal Federal

JOSÉ SERRA, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais e
considerando o disposto na Súmula Vinculante nº 13 do Supremo Tribunal Federal,
Decreta:
Artigo 1º - Os processos e expedientes destinados à nomeação, pelo Governador do Estado ou
por Superintendente de Autarquia, para o exercício de cargo em comissão deverão ser instruídos
com declaração negativa do interessado nos moldes, conforme o caso, dos Anexos I ou II, que
fazem parte integrante deste decreto.
Artigo 2º - Os atuais titulares de cargos da natureza a que alude o artigo anterior, no âmbito da
Administração Centralizada e Autárquica, deverão, no prazo de 60 (sessenta) dias contados da
publicação deste decreto, preencher e entregar, ao órgão de recursos humanos da respectiva
Secretaria de Estado ou Autarquia, declaração nos termos, conforme o caso, dos Anexos I ou II
deste decreto.
§ 1º - Para o fim de que trata o “caput”, considerar-se-á como “autoridade nomeante” o Chefe do
Poder Executivo ou o Superintendente da respectiva autarquia na data de preenchimento da
declaração.
§ 2º - O esgotamento do prazo a que alude o “caput” sem a apresentação da correspondente
declaração implicará presunção de inexistência de vínculo para os fins previstos neste decreto,
sujeitando-se o servidor, na hipótese de omissão, às sanções disciplinares constantes da Lei nº
10.261, de 28 de outubro de 1968 - Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado.
Artigo 3º - Os casos de declaração positiva serão submetidos à autoridade nomeante, aplicando-
se, em caso de dúvida, o disposto no artigo 6º deste decreto.
Artigo 4º - O disposto neste decreto não se aplica à nomeação para os cargos de Secretário de
Estado e de Procurador Geral do Estado.
Artigo 5º - As designações para o exercício de funções de confiança, no âmbito da Administração
Centralizada ou Autárquica, sujeitam-se às mesmas restrições, constantes deste decreto,
aplicáveis à nomeação de cargos em comissão, devendo o interessado preencher e entregar ao
respectivo órgão de recursos humanos declaração nos moldes, conforme o caso, dos Anexos III
ou IV, observado o disposto no § 2º do artigo 2º.
Parágrafo único - Para os atuais ocupantes de função de confiança, considerar-se-á como
“autoridade designante” aquela com competência para a prática desse ato na data de
preenchimento da declaração.
Artigo 6º - Os casos controversos envolvendo identificação de parentesco para os fins deste
decreto deverão ser submetidos à Unidade Central de Recursos Humanos, da Secretaria de
Gestão Pública, que poderá solicitar, quando necessário, o pronunciamento da Consultoria
Jurídica que serve à Pasta.
Artigo 7º - O representante da Fazenda do Estado perante empresas em que este detenha a
maioria do capital votante ou junto às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público adotará
providências visando à aplicação do disposto neste decreto, no que couber, a essas entidades.
Artigo 8º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio dos Bandeirantes, 26 de maio de 2009
JOSÉ SERRA
Antonio Júlio Junqueira de Queiróz
Secretário-Adjunto, Respondendo pelo Expediente da Secretaria de Agricultura e Abastecimento
Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho
Secretário de Desenvolvimento
João Sayad
Secretário da Cultura
Paulo Renato Costa Souza
Secretário da Educação
Dilma Seli Pena
Secretária de Saneamento e Energia
Mauro Ricardo Machado Costa
Secretário da Fazenda
Lair Alberto Soares Krähenbühl
Secretário da Habitação
Mauro Guilherme Jardim Arce
Secretário dos Transportes
Luiz Antonio Guimarães Marrey
Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania
Francisco Graziano Neto
Secretário do Meio Ambiente
Rogério Pinto Coelho Amato
Secretário Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social
Francisco Vidal Luna
Secretário de Economia e Planejamento
Luiz Roberto Barradas Barata
Secretário da Saúde
Antonio Ferreira Pinto
Secretário da Segurança Pública
Lourival Gomes
Secretário da Administração Penitenciária
José Luiz Portella Pereira
Secretário dos Transportes Metropolitanos
Guilherme Afif Domingos
Secretário do Emprego e Relações do Trabalho
Claury Santos Alves da Silva
Secretário de Esporte, Lazer e Turismo
Bruno Caetano Raimundo
Secretário de Comunicação
José Henrique Reis Lobo
Secretário de Relações Institucionais
Sidney Estanislau Beraldo
Secretário de Gestão Pública
Carlos Alberto Vogt
Secretário de Ensino Superior
Linamara Rizzo Battistella
Secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência
Aloysio Nunes Ferreira Filho
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicado na Casa Civil, aos 26 de maio de 2009.

ANEXO I
a que se referem os artigos 1º e 2º do Decreto nº 54.376,
de 26 de maio de 2009
ANEXO II
a que se referem os artigos 1º e 2º do Decreto nº 54.376,
de 26 de maio de 2009
ANEXO III
a que se refere o artigo 5º do Decreto nº 54.376, de 26 de
maio de 2009
ANEXO IV
a que se referem o artigo 5º do Decreto nº 54.376, de 26
de maio de 2009
A

Ficha informativa
LEI COMPLEMENTAR Nº 1.179, DE 26 DE JUNHO DE 2012

Altera a Lei Complementar nº 432, de 18 de dezembro de 1985, que dispõe sobre a concessão do
adicional de insalubridade, na forma que especifica

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:


Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei complementar:
Artigo 1º - O artigo 3º da Lei Complementar nº 432, de 18 de dezembro de 1985, passa a vigorar
com a seguinte redação:
“Artigo 3º - O adicional de insalubridade será pago ao funcionário ou servidor de acordo com a
classificação nos graus máximo, médio e mínimo, correspondendo, respectivamente, aos
seguintes valores:
I - a partir de 1º de janeiro de 2010, R$ 408,00 (quatrocentos e oito reais), R$ 204,00 (duzentos e
quatro reais) e R$ 102,00 (cento e dois reais);
II - a partir de 1º de janeiro de 2011, R$ 432,00 (quatrocentos e trinta e dois reais), R$ 216,00
(duzentos e dezesseis reais) e R$ 108,00 (cento e oito reais);
III - a partir de 1º de março de 2011, R$ 436,00 (quatrocentos e trinta e seis reais), R$ 218,00
(duzentos e dezoito reais) e R$ 109,00 (cento e nove reais);
IV - a partir de 1º de janeiro de 2012, R$ 497,60 (quatrocentos e noventa e sete reais e sessenta
centavos), R$ 248,80 (duzentos e quarenta e oito reais e oitenta centavos) e R$ 124,40 (cento e
vinte e quatro reais e quarenta centavos).
Parágrafo único - O valor do adicional a que se refere este artigo será reajustado, anualmente, no
mês de março, com base no Índice de Preços ao Consumidor - IPC, apurado pela Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas - FIPE.” (NR)
Artigo 2º - As despesas decorrentes da aplicação desta lei complementar correrão à conta das
dotações próprias consignadas no orçamento vigente, suplementadas, se necessário.
Artigo 3º - Esta lei complementar entra em vigor na data da sua publicação, retroagindo seus
efeitos a 1º de janeiro de 2010.
Palácio dos Bandeirantes, 26 de junho de 2012.
GERALDO ALCKMIN
Andrea Sandro Calabi
Secretário da Fazenda
Júlio Francisco Semeghini Neto
Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Regional
Davi Zaia
Secretário de Gestão Pública
Sidney Estanislau Beraldo
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 26 de junho de 2012.
A

Ficha informativa
Texto compilado
LEI COMPLEMENTAR Nº 1.093, DE 16 DE JULHO DE 2009
(Atualizada até a Lei Complementar nº 1.314, de 28 de dezembro de 2017)

Dispõe sobre a contratação por tempo determinado de que trata o inciso X do artigo 115 da
Constituição Estadual

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:


Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei complementar:
Artigo 1º - A contratação por tempo determinado de que trata o inciso X do artigo 115 da
Constituição Estadual, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público,
será formalizada mediante contrato e nas seguintes hipóteses:
I - urgência e inadiabilidade de atendimento de situação que possa comprometer ou ocasionar
prejuízo à saúde ou à segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens,
públicos ou particulares;
II - necessidade de pessoal em área de prestação de serviços essenciais, em decorrência de:
a) dispensa, demissão, exoneração, falecimento e aposentadoria;
b) criação de novas unidades ou ampliação das já existentes;
c) afastamentos que a lei considere como de efetivo exercício;
d) licença para tratamento de saúde;
III - necessidade justificada de execução de função eventual, transitória e determinada:
a) relativa à consecução de projetos de informatização;
b) de natureza técnica nas áreas de pesquisa científica, tecnológica, educacional e cultural;
c) de natureza técnica especializada, no âmbito de projetos implementados mediante contratos de
financiamento externo e acordos de cooperação internacional, desenvolvidos sob a subordinação
de órgão público estadual;
IV - para suprir atividade docente da rede de ensino público estadual, que poderá ser feita nas
hipóteses previstas no inciso II deste artigo e, ainda, quando:
a) o número reduzido de aulas não justificar a criação de cargo correspondente;
b) houver saldo de aulas disponíveis, até o provimento do cargo correspondente;
c) ocorrer impedimento do responsável pela regência de classe ou magistério das aulas.
Parágrafo único - Observado o disposto no artigo 5º desta lei complementar, a contratação
somente será celebrada, nas hipóteses previstas nas alíneas “a” e “b” do inciso II deste artigo, se
estiver em trâmite, conforme o caso, processo para a realização de concurso público ou para a
criação de cargos.
Artigo 2º - A contratação nos termos desta lei complementar será celebrada, em cada área, pelo
respectivo Secretário de Estado, pelo Procurador Geral do Estado, ou pelo Dirigente da Autarquia,
que poderão delegar a competência para a prática do ato, e:
I - dependerá de autorização do Governador;
II - será precedida de processo seletivo simplificado, submetido às condições estabelecidas em
regulamento próprio elaborado pela Secretaria de Gestão Pública, por intermédio do órgão central
de recursos humanos;
III - deverá ser objeto de ampla divulgação.
Parágrafo único - Na hipótese referida no inciso I do artigo 1º desta lei complementar, o processo seletivo poderá ser
apenas classificatório, de acordo com os requisitos previstos no respectivo edital.
Parágrafo único - Nas hipóteses referidas nos incisos I e IV do artigo 1º desta lei complementar, o
processo seletivo poderá ser apenas classificatório, de acordo com os requisitos previstos no
respectivo edital. (NR)
- Parágrafo único com redação dada pela Lei Complementar nº 1.215, de 30/10/2013.
Artigo 3º - Quando houver empate, a classificação resolver-se-á favoravelmente ao candidato que
tiver pela ordem:
I - em relação à atividade a ser desempenhada:
a) escolaridade mais compatível;
b) maior tempo de experiência;
II - maior grau de escolaridade;
III - maiores encargos de família.
Parágrafo único - Quando algum candidato, dentre os empatados na ordem de classificação, tiver
idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, dar-se-á preferência ao de maior idade, nos termos
da Lei federal nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 - Estatuto do Idoso.
Artigo 4º - Para ser contratado, o candidato deverá preencher as seguintes condições:
I - estar em gozo de boa saúde física e mental;
II - não ser portador de deficiência incompatível com o exercício da atividade a ser
desempenhada;
III - não exercer cargo, emprego ou função públicos na Administração direta e indireta da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, exceto nos casos previstos no inciso XVI do
artigo 37 da Constituição Federal e inciso XVIII do artigo 115 da Constituição Estadual;
IV - possuir escolaridade e experiência compatíveis com a atividade a ser desempenhada, de
acordo com os requisitos estabelecidos no edital;
V - ter boa conduta.
Parágrafo único - As condições estabelecidas nos incisos I e II deste artigo deverão ser
comprovadas mediante atestados expedidos por órgãos ou entidades integrantes do Sistema
Único de Saúde no Estado de São Paulo.
Artigo 5º - O órgão ou a autarquia interessada na contratação poderá convocar, previamente à
abertura do processo seletivo a que se refere esta lei complementar, candidatos remanescentes
aprovados em concurso público realizado pela Administração direta e Autarquias do Estado de
São Paulo, correspondente à atividade a ser desempenhada e observada a ordem de
classificação.
Parágrafo único - O candidato remanescente que atender à convocação, mesmo sendo
contratado, não perderá o direito à classificação obtida no concurso público, nem à respectiva
escolha de vagas.
Artigo 6º - É vedada, sob pena de nulidade, a contratação da mesma pessoa, com fundamento
nesta lei complementar, ainda que para atividades diferentes, antes de decorridos 200 (duzentos)
dias do término do contrato.
- Vide Lei Complementar nº 1.276, de 01/12/2015, que autorizou o Poder Executivo a adotar prazo inferior ao
estabelecido no artigo 6º.
§ 1º - Para suprir atividade docente da rede de ensino público estadual, os docentes poderão
celebrar novo contrato de trabalho, observada a existência de recursos financeiros, com
fundamento nesta lei complementar, decorridos 180 (cento e oitenta) dias do término do contrato.
(NR)
§ 2º - Quando o novo contrato de trabalho a que se refere o § 1º deste artigo tiver como
contratados docentes indígenas, o prazo ali estabelecido corresponderá a 30 (trinta) dias. (NR)
- §§ 1º e 2º acrescentados pela Lei Complementar nº 1.277, de 22/12/2015.
Artigo 7º - A contratação será efetuada pelo tempo estritamente necessário para atender às hipóteses previstas nesta lei
complementar, observada a existência de recursos financeiros e o prazo máximo de até 12 (doze) meses, ressalvada,
quanto à vigência, a contratação para função docente, que fica limitada ao ano letivo fixado no calendário escolar.
§ 1º - Os direitos e obrigações decorrentes da contratação para função docente ficarão suspensos sempre que ao
contratado não forem atribuídas aulas, sendo-lhe facultado, no período de vigência do contrato, aceitar ou não as que
forem oferecidas.
§ 2º - Findo o prazo de vigência, o contrato estará automaticamente extinto.
Artigo 7º - A contratação será efetuada pelo tempo estritamente necessário para atender às
hipóteses previstas nesta lei complementar, observada a existência de recursos financeiros e o
prazo máximo de 12 (doze) meses. (NR)
- Artigo 7º, "caput", com redação dada pela Lei Complementar nº 1.132, de 10/02/2011, retroagindo seus efeitos a
17/07/2009.
§ 1º - A contratação para o exercício de função docente poderá ser prorrogada até o último dia letivo do ano em que
findar o prazo previsto no “caput” deste artigo. (NR)
§ 2º - Os direitos e obrigações decorrentes da contratação para função docente ficarão suspensos sempre que ao
contratado não forem atribuídas aulas, sendo-lhe facultado, no período de vigência do contrato, aceitar ou não as que
forem oferecidas. (NR)
- §§ 1º e 2º com redação dada pela Lei Complementar nº 1.132, de 10/02/2011, retroagindo seus efeitos a 17/07/2009.
§ 1º - A contratação para o exercício de função docente terá o prazo máximo de 3 (três) anos e
poderá ser prorrogada até o último dia letivo do ano em que findar esse prazo. (NR)
§ 2º - Os direitos e obrigações decorrentes da contratação para função docente ficarão suspensos
sempre que ao contratado não forem atribuídas aulas. (NR)
- §§ 1º e 2º com redação dada pela Lei Complementar nº 1.277, de 22/12/2015.
§ 3º - Findo o prazo de vigência, o contrato estará automaticamente extinto. (NR)
- § 3º com redação dada pela Lei Complementar nº 1.132, de 10/02/2011, retroagindo seus efeitos a 17/07/2009.
Artigo 8º - O contrato celebrado com fundamento nesta lei complementar extinguir-se-á antes do
término de sua vigência:
I - por iniciativa do contratado;
II - com o retorno do titular, nas hipóteses previstas nas alíneas “c” e “d” do inciso II e alínea “c” do
inciso IV do artigo 1º desta lei complementar;
III - pela extinção ou conclusão do objeto, nas hipóteses previstas nos incisos I e III do artigo 1º
desta lei complementar;
IV - por descumprimento de obrigação legal ou contratual por parte do contratado;
V - com o provimento do cargo correspondente;
VI - com a criação ou classificação do cargo, e respectivo provimento, nas hipóteses das alíneas
“a” e “b” do inciso IV do artigo 1º desta lei complementar;
VII - nas hipóteses de o contratado:
a) preencher a vaga relativa ao concurso para o qual foi aprovado, nos termos do artigo 5º desta
lei complementar;
b) ser convocado para serviço militar obrigatório ou serviço civil alternativo, quando houver
incompatibilidade de horário;
c) assumir mandato eletivo que implique afastamento do serviço;
VIII - por conveniência da Administração.
§ 1º - A extinção do contrato com fundamento nos incisos I a VII deste artigo far-se-á sem direito a
indenização.
§ 2º - A extinção do contrato com fundamento no inciso VIII deste artigo implicará o pagamento ao
contratado de indenização correspondente a 1 (uma) vez o valor da remuneração mensal fixada
no contrato, ou, quando for o caso, da média mensal da remuneração fixada no contrato, até o
advento da extinção.
§ 3º - Na hipótese do inciso IV deste artigo, previamente ao ato que rescindir o contrato, será
assegurada ao contratado a faculdade de exercer o direito de defesa, no prazo de 3 (três) dias
úteis, devendo o procedimento ser concluído dentro de 10 (dez) dias contados da data do
protocolo das razões de defesa ou do decurso do prazo para apresentá-las.
Artigo 9º - O contratado não poderá receber atribuições, funções ou encargos não previstos no
respectivo contrato.
Artigo 10 - O contratado nos termos desta lei complementar está sujeito aos mesmos deveres,
proibições e responsabilidades previstos na Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, aplicando-se
aos docentes, subsidiariamente, as disposições da Lei complementar nº 444, de 27 de dezembro
de 1985.
Artigo 11 - A remuneração do contratado nos termos desta lei complementar será fixada:
I - para o desempenho de atividades correspondentes às de cargos públicos, em importância não
superior à retribuição inicial destes, acrescida das vantagens pecuniárias inerentes à função, ao
horário e ao local de exercício;
II - para o desempenho de função docente por período de 1 (um) até 15 (quinze) dias, em
importância correspondente às horas-aula efetivamente ministradas;
III - para o desempenho de outras atividades, em importância não superior:
a) à da remuneração inicial estabelecida pela legislação estadual vigente para servidores que
exerçam função assemelhada;
b) ao valor definido pelo Poder Executivo, que não poderá ultrapassar os limites legais, nas
demais hipóteses.
Artigo 12 - Fica assegurado ao contratado nos termos desta lei complementar:
I - o décimo terceiro salário, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês trabalhado ou fração
superior a 15 (quinze) dias;
II - o pagamento das férias, decorridos 12 (doze) meses de efetivo exercício da função.
Artigo 13 - Serão consideradas como dias trabalhados as ausências do contratado em virtude de:
I - casamento, até 2 (dois) dias consecutivos;
II - falecimento de pais, irmãos, cônjuge, companheiro ou filhos, até 2 (dois) dias consecutivos;
III - serviços obrigatórios por lei.
Artigo 14 - O contratado poderá requerer o abono ou a justificação de faltas, observadas as
condições estabelecidas em decreto.
Artigo 15 - As faltas abonadas e as consideradas justificadas pela autoridade competente não
serão computadas para os fins do inciso IV do artigo 8º desta lei complementar.
Artigo 16 - Os limites de faltas abonadas, justificadas e injustificadas serão fixados em decreto.
Artigo 17 - O contratado perderá a totalidade da remuneração do dia quando comparecer ou
retirar-se do serviço fora de horário, ressalvadas as hipóteses previstas em decreto e os casos de
consulta ou tratamento de saúde, previstos em lei.
Artigo 18 - Sempre que a natureza e a necessidade do serviço assim o exigirem, os Secretários
de Estado, o Procurador Geral do Estado e os Dirigentes de Autarquias poderão, com anuência do
Secretário de Gestão Pública, expedir normas específicas quanto ao horário de trabalho dos
contratados nos termos desta lei complementar.
Artigo 19 - As normas de registro e controle de frequência dos contratados para suprir atividade
docente, nas hipóteses previstas no inciso IV do artigo 1º desta lei complementar, serão
estabelecidas em ato específico da Secretaria da Educação.
Artigo 20 - O contratado na forma do disposto nesta lei complementar ficará vinculado ao Regime
Geral de Previdência Social, nos termos da legislação federal.
Artigo 21 - Caberá ao órgão setorial de recursos humanos do órgão ou da autarquia contratante
registrar, controlar e acompanhar a execução dos contratos celebrados, observado o disposto no
artigo 2º desta lei complementar.
Parágrafo único - O órgão ou a autarquia contratante encaminhará, mensalmente, ao órgão
central de recursos humanos, por intermédio do seu órgão setorial, os dados relativos aos
contratos celebrados com base nesta lei complementar, para fins de controle.
Artigo 22 - Sem prejuízo da nulidade do contrato, a inobservância das disposições desta lei
complementar importará responsabilidade administrativa da autoridade signatária e do contratado,
e, se for o caso, solidariedade quanto à devolução de valores percebidos pelo contratado.
Artigo 23 - Esta lei complementar aplica-se aos órgãos da Administração direta e às Autarquias
cujo pessoal seja submetido ao regime jurídico próprio dos servidores titulares de cargos efetivos.
Artigo 24 - Fica vedada, a partir da publicação desta lei complementar, a admissão de pessoal
com fundamento na Lei nº 500, de 13 de novembro de 1974.
Parágrafo único - Ficam extintas as funções-atividades submetidas ao regime jurídico instituído
pela lei de que trata o “caput” deste artigo, na seguinte conformidade:
1 - na vacância, as que se encontrarem preenchidas;
2 - na data da publicação desta lei complementar, as que estiverem vagas.
Artigo 25 - As contratações de pessoal após o advento da Lei complementar nº 1.010, de 1º de
junho de 2007, sob o regime jurídico da Lei nº 500, de 13 de novembro de 1974, estarão
automaticamente extintas:
I - findo o prazo de contratação, quando a vigência tiver sido estipulada;
II - após o decurso de 12 (doze) meses, contados da data da publicação desta lei complementar,
quando o prazo da vigência da contratação não tiver sido definido.
Parágrafo único - No caso de função docente, observado o § 1º do artigo 7º desta lei
complementar e o artigo 11 da Lei complementar nº 836, de 30 de dezembro de 1997, as
contratações a que se refere o “caput” deste artigo estarão automaticamente extintas após 2 (dois)
anos letivos subsequentes ao que estiver em curso na data da publicação desta lei complementar.
Artigo 26 - O Poder Executivo regulamentará esta lei complementar.
Artigo 27 - As despesas resultantes desta lei complementar correrão à conta das dotações
consignadas no orçamento vigente, ficando o Poder Executivo autorizado a abrir créditos
adicionais, se necessário, nos termos do artigo 43 da Lei federal nº 4.320, de 17 de março de
1964.
Artigo 28 - Esta lei complementar e suas disposições transitórias entram em vigor na data de sua
publicação, ficando revogados o artigo 13 da Lei nº 7.698, de 10 de janeiro de 1992 e a Lei
complementar nº 733, de 23 de novembro de 1993.

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Artigo 1º - Aos servidores ocupantes de funções de docente abrangidas pelo disposto no § 2º do


artigo 2º da Lei complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007, será assegurada a atribuição de
carga horária equivalente a 12 (doze) horas semanais de trabalho, composta por 10 (dez) horas
em atividades com alunos e 2 (duas) horas de trabalho pedagógico na escola, em atividades
coletivas, observadas as seguintes condições:
I - os docentes deverão se inscrever e participar obrigatoriamente de processo de avaliação anual,
no seu respectivo campo de atuação, na forma a ser disciplinada pela Secretaria da Educação;
II - os docentes que obtiverem índices iguais ou superiores aos mínimos fixados pela Secretaria de
Educação ficarão dispensados das avaliações anuais subsequentes e passarão a concorrer, entre
seus pares, no processo de atribuição de classes ou de aulas, na Faixa 3 a que se refere o inciso I
do artigo 45 da Lei complementar nº 444, de 27 de dezembro de 1985, antes dos demais
servidores indicados na mesma faixa e antes dos candidatos à admissão como docentes;
III - a classificação final do docente para o processo de atribuição de classes ou de aulas, no
respectivo campo de atuação, observará a ordem decrescente da soma dos pontos referentes ao
tempo de serviço e aos títulos com os pontos obtidos na avaliação anual, que terá o limite máximo
de 80 (oitenta) pontos;
IV - caso o total de aulas atribuídas no respectivo campo de atuação resulte aquém do limite
fixado no “caput” deste artigo, aos docentes serão atribuídas horas de complementação de carga
horária, no mínimo até atingir o referido limite, devendo ser cumpridas pelo docente de acordo
com as normas expedidas pela Secretaria da Educação;
V - os docentes que não obtiverem os índices mínimos fixados no processo de avaliação não
poderão concorrer no processo de atribuição de classes ou aulas e deverão cumprir a totalidade
da carga horária prevista no “caput” deste artigo de acordo com as normas expedidas pela
Secretaria da Educação, sem prejuízo da participação obrigatória nos subsequentes processos de
avaliação anual.
Parágrafo único - A Secretaria de Educação poderá autorizar a participação dos docentes
referidos no inciso II deste artigo nas avaliações anuais subsequentes, devendo ser considerada,
para fins de classificação no processo de atribuição de classes ou aulas, o melhor índice obtido
pelo docente nas avaliações de que participou.
Artigo 2º - Aplica-se o disposto no inciso V do artigo 1º destas Disposições Transitórias aos
docentes que não possuam a habilitação mínima exigida para atribuição de classes ou aulas nos
respectivos campos de atuação, estabelecido o prazo de 1 (um) ano, contado da data da vigência
desta lei complementar, para obtenção da referida habilitação.
Artigo 3º - Aos docentes abrangidos pelo disposto no parágrafo único do artigo 25 desta lei
complementar serão atribuídas classes ou aulas disponíveis, conforme condições e limites
estabelecidos pela Secretaria da Educação, observados os incisos I e III do artigo 1º destas
Disposições Transitórias.
Artigo 4º - Os docentes abrangidos por estas Disposições Transitórias serão dispensados, caso
não se inscrevam ou imotivadamente não participem do processo de avaliação previsto no inciso I
de seu artigo 1º, sem prejuízo do disposto no artigo 35, IV, da Lei nº 500, de 13 de novembro de
1974.
Artigo 5º - Os contratados para o exercício de função docente nos termos desta lei complementar
poderão celebrar novo contrato de trabalho, cuja vigência fica limitada ao período correspondente
ao ano letivo de 2012, desde que atendidos os seguintes requisitos: (NR)
I - aprovação em processo seletivo simplificado; (NR)
II - decurso do prazo de 40 (quarenta) dias, contados do término do contrato anteriormente
celebrado; (NR)
III - ato específico da autoridade contratante que justifique a urgência e a inadiabilidade da adoção
da medida. (NR)
Parágrafo único - Em caso de absoluta necessidade, devidamente justificada pela autoridade
contratante, o disposto neste artigo poderá ser aplicado para o ano letivo de 2013, limitado o
número máximo de contratações a até 50% (cinquenta por cento) das que houverem sido
celebradas para o ano letivo de 2012 (NR)
- Artigo 5º das Disposições Transitórias acrescentados pela Lei Complementar nº 1.163, de 04/01/2012.
Artigo 6º - Para o ano letivo de 2014, os docentes contratados nos termos desta lei complementar
poderão celebrar novo contrato de trabalho, com vigência correspondente ao citado ano letivo,
sendo que o número máximo de contratações não poderá ultrapassar o limite das celebradas no
ano letivo de 2013, desde que atendidos os seguintes requisitos: (NR)
I - classificação em processo seletivo simplificado; (NR)
II - decurso do prazo de 40 (quarenta) dias, contados do término do contrato anteriormente
celebrado; (NR)
III - ato específico da autoridade contratante que justifique a urgência e a inadiabilidade da adoção
da medida. (NR)
§ 1º - Em caso de absoluta necessidade, devidamente justificada pela autoridade contratante, o
disposto neste artigo poderá ser aplicado para os anos letivos de 2015 e de 2016, limitado, em
cada ano, o número máximo de contratações a até 50% (cinquenta por cento) e até 40% (quarenta
por cento), respectivamente, das que tenham sido celebradas no ano letivo de 2014. (NR)
§ 2º - O decurso do prazo de 40 (quarenta) dias, contados do término do contrato anteriormente
celebrado, poderá ser aplicado uma única vez, para cada docente contratado. (NR)
§ 3º - Após a extinção do contrato celebrado nos termos do artigo 5º das Disposições Transitórias
desta lei complementar, fica vedada, sob pena de nulidade, a contratação do mesmo docente
antes de decorridos 200 (duzentos) dias do término do contrato. (NR)
- Artigo 6º das Disposições Transitórias acrescentados pela Lei Complementar nº 1.215, de 30/10/2013.
Artigo 7º - Para fins de classificação para os processos de atribuição de classes e aulas
efetuados a partir do ano letivo de 2014, os servidores ocupantes de função docente, abrangidos
pelo disposto no § 2º do artigo 2º da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007, estão
dispensados da realização de avaliação anual, devendo se inscrever e participar obrigatoriamente
do processo anual de atribuição de classes e aulas, no respectivo campo de atuação, observada a
forma disciplinada pela Secretaria da Educação. (NR)
- Artigo 7º das Disposições Transitórias acrescentado pela Lei Complementar nº 1.215, de 30/10/2013.
Artigo 8º - Fica excepcionalmente reduzido para 40 (quarenta) dias, no ano letivo de 2018, o
prazo estabelecido no §1º do artigo 6º para celebração de novo contrato de trabalho pelos
docentes contratados nos termos desta lei complementar. (NR)
- Artigo 8º acrescentado pela Lei Complementar nº 1.314, de 28/12/2017.
Palácio dos Bandeirantes, 16 de julho de 2009
JOSÉ SERRA
Paulo Renato Souza
Secretário da Educação
Luiz Roberto Barradas Barata
Secretário da Saúde
Sidney Estanislau Beraldo
Secretário de Gestão Pública
Mauro Ricardo Machado Costa
Secretário da Fazenda
Francisco Vidal Luna
Secretário de Economia e Planejamento
Aloysio Nunes Ferreira Filho
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 16 de julho de 2009.
A

Ficha informativa
Texto com alterações
LEI Nº 500, DE 13 DE NOVEMBRO DE 1974
(Atualizada até a Lei Complementar nº 1.054, de 07 de julho de 2008)

Institui o regime jurídico dos servidores admitidos em caráter temporário e dá providências


correlatas

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:


Faço saber que nos termos dos parágrafos 1º e 3º do artigo 24 da Constituição do Estado
(Emenda n. 2), promulgo a seguinte lei:

CAPÍTULO I

Da Admissão

Artigo 1º - Além dos funcionários públicos poderá haver na Administração estadual servidores
admitidos em caráter temporário: (NR)
I - para o exercício de função-atividade correspondente à função de serviço público de natureza
permanente; (NR)
II - para o desempenho de função-atividade de natureza técnica, mediante contrato bilateral, por
prazo certo e determinado; ou trabalhos rurais, todos de natureza transitória, ou ainda, (NR)
III - para a execução de determinada obra serviços de campo a critério da Administração, para a
execução de serviços decorrentes de convênios. (NR)
Parágrafo único - Em casos excepcionais, decorrentes de calamidade pública, epidemias ou
grave comoção interna, poderão ser admitidos servidores em caráter temporário, na forma do
inciso I, para o exercício das funções-atividades de que trata o inciso : deste artigo com o fim de
dar atendimento à emergência e pelo prazo em que esta perdurar. (NR)
- Artigo 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 12/05/1978, retroagindo seus efeitos a 01/03/1978.
Artigo 2º - Revogado.
- Artigo 2º revogado pela Lei nº 900, de 18/12/1975.
Artigo 3º - Os servidores de que tratam os incisos I e II do artigo 1º reger-se-ão pelas normas
desta lei, aplicando-se aos de que trata o inciso III, as normas da legislação trabalhista. (NR)
§ 1º - Poderá, também, a critério da Administração, ser admitido pessoal no regime trabalhista
para o desempenho das funções a que se referem os incisos I e II do artigo 1º, na forma a ser
disciplinada em decreto. (NR)
§ 2º - As disposições desta lei relativas aos servidores admitidos em caráter temporário não se
aplicam ao pessoal admitido nos termos do parágrafo anterior, exceto as dos artigos 5º, 6º, 7º, 8º e
9º. (NR)
§ 3º - As autoridades que admitirem servidores nos termos da legislação trabalhista além da
observância das normas previstas nesta mesma legislação deverão providenciar, sob pena de
responsabilidade funcional. sua inscrição para fins previdenciários e o recolhimento das
respectivas contribuições. (NR)
- Artigo 3º com redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 12/05/1978, retroagindo seus efeitos a 01/03/1978.
Artigo 4º - Os servidores a que se refere o inciso I do artigo 1º, admitidos para funções
correspondentes a cargos em regimes especiais de trabalho, poderão ser incluídos nesses
regimes na forma da legislação em vigor.

É
Artigo 5º - É vedada a admissão nos termos do artigo 1º sob quaisquer denominações: (NR)
I - para atribuições correspondentes às funções de serviço público, na área da Administração
Centralizada, referentes is atividades de representação judiciai e extrajudicial, de consultoria
jurídica do Executivo e da Administração em gera, de assistência jurídica e de assessoramento
técnico-legislativo de assistência judiciária aos necessitados, de arrecadação e fiscalização de
tributos, de manutenção da ordem e segurança pública internas bem como de direção; (NR)
II - quando houver na mesma Secretaria, cargo vago correspondente à função e candidatos
aprovados em concurso público com prazo de validade não extinto. (NR)
- Artigo 5º com redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 12/05/1978, retroagindo seus efeitos a 01/03/1978.
Artigo 6º - As admissões serão sempre precedidas de processo, iniciado por proposta
devidamente justificada, e serão feitas: (NR)
I - as relativas às funções de que tratam os incisos I e II do artigo 1º, pelo Secretário de Estado,
com autorização do Chefe do Executivo, sujeitas as do inciso I a seleção, nos termos da legislação
em vigor; (NR)
II - as relativas à funções de que trata o inciso III, do artigo 1º, mediante portaria da autoridade
competente, com autorização do Secretário de Estado. (NR)
Parágrafo único - Constarão obrigatoriamente das propostas de admissão a função a ser
desempenhada o salário, a dotação orçamentáriaa própria e a demonstração da existência de
recursos. (NR)
- Artigo 6º com redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 12/05/1978, retroagindo seus efeitos a 01/03/1978.
Artigo 7º - As condições para admissão dos servidores de que trata o inciso I do artigo 1º,
relativas a diplomas ou experiência de trabalho, conduta e outras exigências legais, constarão das
instruções especiais das provas de seleção.
Artigo 8º - A proposta de admissão dos servidores de que trata o inciso II do artigo 1º será
instruída com os seguintes documentos:
I - prova de nacionalidade brasileira;
II - prova de estar em dia com as obrigações relativas ao serviço militar;
III - prova de estar no gozo dos direitos políticos;
IV - prova de boa conduta;
V - prova de sanidade e capacidade física;
VI - títulos científicos ou profissionais que comprovem a habilitação para o desempenho da função
técnica, reconhecidamente especializada;
VII - minuta de contrato.
Parágrafo único - Quando se tratar de contrato de estrangeiros serão dispensados os requisitos
constantes dos incisos I e III, se o estrangeiro for residente no país, e os dos incisos I a IV, se não
residente.
Artigo 9º - As provas de seleção, para a admissão dos servidores de que trata o inciso l do Artigo
1.º, serão realizadas, em cada caso, por comissão para esse fim especialmente constituída nas
Secretarias de Estado. (NR)
- Artigo 9º com redação dada pela Lei nº 900, de 18/12/1975.
Parágrafo único - Revogado.
- Parágrafo único revogado pela Lei nº 900, de 18/12/1975.
Artigo 10 - Revogado.
- Artigo 10 revogado pela Lei nº 900, de 18/12/1975.
Artigo 11 - Respeitado o disposto no inciso II do artigo 5º, terão preferência, para serem admitidos
nos termos desta lei, os candidatos habilitados em concurso público realizado pelos órgãos
centrais, setoriais ou subsetoriais de recursos humanos, para cargos correspondentes às funções
a que se refere o inciso I, do artigo 1º, sem prejuízo do direito à nomeação, obedecida, em
qualquer caso, a ordem de classificação. (NR)
- Artigo 11 com redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 12/05/1978, retroagindo seus efeitos a 01/03/1978.

CAPÍTULO II

Do Exercício

Artigo 12 - O servidor admitido deverá assumir o exercício dentro do prazo improrrogável de 30


(trinta) dias.
§ 1º - Em caso de urgência poderá ser reduzido o prazo previsto neste artigo, devendo essa
circunstância constar das instruções especiais das provas de seleção ou, no caso de contrato, da
proposta de admissão.
§ 2º - Se o exercício não se iniciar dentro do prazo, será a admissão declarada sem efeito.
Artigo 13 - Ao assumir o exercício o servidor deverá apresentar certificado de sanidade e
capacidade física fornecido por órgão médico oficial.
Parágrafo único - O servidor de que trata o inciso I do artigo 1º deverá ainda apresentar a
documentação comprobatória do preenchimento das condições para admissão, constantes das
instruções especiais das provas de seleção.
Artigo 14 - A contagem do prazo a que se refere o artigo 12 poderá ser suspensa até o máximo
de 120 (cento e vinte) dias, a partir da data em que o servidor apresentar guia ao órgão médico,
encarregado da inspeção, até a data da expedição do certificado de sanidade e capacidade física,
sempre que a inspeção médica exigir essa providência.
Parágrafo único - O prazo a que se refere este artigo recomeçará a correr sempre que o
candidato, sem motivo justificado, deixe de submeter-se aos exames médicos julgados
necessários.
Artigo 15 - Os servidores regidos por esta lei poderão ser afastados, com ou sem prejuízo de
seus salários, sempre para fim determinado e por prazo certo, ouvido previamente o Titular da
Pasta a que estiverem subordinados, mediante autorização do Governador, nas seguintes
hipóteses:
I - para missão ou estudo de interesse do serviço público, fora do Estado ou da respectiva sede de
exercício;
II - para participação em congressos e outros certames culturais, técnicos ou científicos;
III - para participação em provas de competições desportivas, desde que haja requisição
justificada do órgão competente.
Parágrafo único - Na hipótese do inciso III, o afastamento será concedido sem prejuízo do
salário, quando o servidor representar o Brasil ou o Estado em competições desportivas oficiais, e,
com prejuízo de salário, em quaisquer outros casos.
Artigo 16 - Serão considerados de efetivo exercício, para os efeitos desta lei, os dias em que o
servidor estiver afastado do serviço em virtude de:
I - férias;
II - casamento, até 8 (oito) dias;
III - falecimento do cônjuge, filhos, pais e irmãos até 8 (oito) dias;
IV - falecimento dos avós, netos, sogros, padrasto ou madrasta, até 2 (dois) dias; (NR)
- Inciso IV com redação dada pela Lei Complementarº 318, de 10/03/1983, retroagindo seus efeitos a 01/01/1983.
V - serviços obrigatórios por lei;
VI - licença quando acidentado no exercício de suas atribuições ou atacado de doença
profissional;
VII - licença à servidora gestante;
VIII - licenciamento compulsório como medida profilática;
IX - faltas abonadas nos termos do § 1º do artigo 20, observados os limites ali fixados;
X - faltas em virtude de consulta ou tratamento no Instituto de Assistência Médica ao Servidor
Público Estadual (IAMSPE) referentes à sua própria pessoa, nos termos da Lei n. 10.432, de 29
de dezembro de 1971;
XI - afastamentos, nos termos do artigo 15 desta lei, deste que concedidos sem prejuízo de
salários;
XII - falta por 1 (um) dia, por doação de sangue, desde que comprovada a contribuição para banco
de sangue mantido por órgão estatal ou paraestatal ou entidade com a qual o Estado mantenha
convênio;
XIII - trânsito, em decorrência de mudança de sede de exercício, até 8 (oito) dias.
XIV - licença-paternidade, por 5 (cinco) dias; (NR)
- Inciso XIV com redação dada pela Lei Complementar nº 1.054, de 07/07/2008.
Parágrafo único - Os dias em que o servidor estiver afastado do serviço, em decorrência das
faltas a que se refere o inciso X, serão considerados de efetivo exercício para fins de percepção
de salário e de aposentadoria. (NR)
- Parágrafo único com redação dada pela Lei Complementar nº 318, de 10/03/1983, retroagindo seus efeitos a
01/01/1983.
Artigo 17 - Será contado para os efeitos desta lei, salvo para a percepção de salário:
I - o período de licença por convocação para o serviço militar e outros encargos da segurança
nacional;
II - o período de licença para frequência aos estágios prescritos pelos regulamentos militares;
III - o período de afastamento para participação em provas de competições desportivas, quando
concedido com prejuízo de salário.
Artigo 18 - Aplicam-se aos servidores regidos por esta lei as disposições vigentes para os
funcionários públicos civis do Estado relativas a horário e ponto, salvo cláusula contratual, no caso
dos servidores de que trata o inciso II do artigo 1º.

CAPÍTULO III

Dos Direitos e das Vantagens em Geral

SEÇÃO I

Do Salário e Vantagens de Ordem Pecuniária

Artigo 19 - O salário do servidor não poderá ultrapassar os limites fixados por lei para o
vencimento do cargo a que corresponder.
Artigo 20 - O servidor perderá o salário do dia, quando não comparecer ao serviço, salvo no caso
de faltas abonadas.
§ 1º - As faltas ao serviço, até o máximo de 6 (seis) por ano, não excedendo a uma por mês, em
razão de moléstia ou outro motivo relevante, poderão ser abonadas pelo superior imediato, a
requerimento do servidor, no primeiro dia útil subsequente ao da falta. (NR)
- § 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 294, de 02/09/1982.
§ 2º - No caso de faltas sucessivas, justificadas ou injustificadas, os dias intercalados - domingos,
feriados e aqueles em que não haja expediente - serão computados exclusivamente para efeito de
desconto do salário.
Artigo 21 - O servidor perderá 1/3 (um terço) do salário do dia quando comparecer ao serviço
dentro da hora seguinte à marcada para o início do expediente ou quando dele retirar-se dentro de
última hora.
Artigo 22 - Aplicam-se aos servidores regidos por esta lei as disposições vigentes para os
funcionários públicos civis do Estado relativas a serviço extraordinário, representação, participação
em órgão legal de deliberação coletiva, diárias, ajuda de custo, salário-familia, salário-esposa e
auxílio-funeral.
Parágrafo único - Ao servidor que pagar ou receber em moeda corrente, poderá ser concedida
gratificação "pro labore", nas mesmas bases e condições da atribuída aos funcionários públicos
civis do Estado.
Artigo 23 - O Estado assegurará ao servidor o direito ao pleno ressarcimento do danos ou
prejuízos, decorrentes de acidentes no trabalho, do exercício em determinadas zonas ou locais e
da execução de trabalho especial, com risco de vida ou saúde.

SEÇÃO II

Das Férias e Licenças

Artigo 24 - Para efeito de aquisição e gozo de férias aplicam-se aos servidores regidos por essa
lei as disposições vigentes para os funcionários públicos civis do Estado.
Artigo 25 - Poderá ser concedida licença:
I - para o servidor acidentado no exercício de suas atribuições ou acometido de doença
profissional;
II - para tratamento de saúde;
III - por motivo de doença em pessoa da família;
IV - para cumprimento de obrigações concernentes ao serviço militar;
V - compulsoriamente, como medida profilática;
VI - para a servidora gestante.
VII - para tratar de interesses particulares. (NR)
Parágrafo único - A licença de que trata o inciso VII deste artigo somente poderá ser concedida
aos servidores, admitidos com fundamento nos incisos I ou II do artigo 1,º desta lei, que tenham
adquirido estabilidade em decorrência do disposto no artigo 19 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias da Constituição Federal. (NR)
- Inciso VII e parágrafo único acrescentados pela Lei Complementar nº 814, de 23/07/1996.
Artigo 26 - Aplicam-se às licenças a que se refere o artigo anterior as normas a elas pertinentes
contidas na legislação em vigor para os funcionários públicos civis do Estado.

SEÇÃO III

Da Aposentadoria

Artigo 27 - O servidor será aposentado: (NR)


I - por invalidez; (NR)
II - compulsoriamente aos 70 (setenta) anos de idade; (NR)
III - voluntariamente após 35 (trinta e cinco) anos de serviço. (NR)
Parágrafo único - No caso do inciso III, o prazo e reduzido a 30 (trinta) anos para as mulheres.
(NR)
- Artigo 27 com redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 12/05/1978, retroagindo seus efeitos a 01/03/1978.
Artigo 28 - A aposentadoria prevista no inciso I do artigo anterior só será concedida após a
comprovação da invalidez do servidor, mediante inspeção de saúde realizada em órgão médico
oficial.
Artigo 29 - A aposentadoria compulsória prevista no inciso II do artigo 27 é automática.
Parágrafo único - O servidor se afastará no dia imediato àquele em que atingir a idade-limite,
independentemente da publicação do ato declaratório da aposentadoria.
Artigo 30 - Aposentado o servidor, os proventos serão integrais, nos casos, dos incisos I e III do
artigo 27, e, proporcionais ao tempo de serviço no caso da aposentadoria compulsória. (NR)
- Artigo 30, "caput", com redação dada pela Lei Complementar nº 209, de 17/01/1979, retroagindo seus efeitos a
01/03/1978.
Parágrafo único - Na aposentadoria compulsória, os proventos serão calculados nas mesmas
bases e proporções vigentes para o funcionário público civil do Estado.
Artigo 31 - Para efeito de aposentadoria compulsória será contado o tempo de licença para
tratamento de saúde.

CAPÍTULO IV

Da Reversão

Artigo 32 - A reversão do servidor aposentado por invalidez ocorrerá quando insubsistentes as


razões que determinaram a aposentadoria.
§ 1º - A reversão só poderá efetivar-se quando, em inspeção médica, ficar comprovada a
capacidade para o exercício da função.
§ 2º - Será tornada sem efeito a reversão e cassada a aposentadoria do servidor que reverter e
não entrar em exercício dentro do prazo improrrogável de 30 (trinta) dias.

CAPÍTULO V

Dos Deveres, das Proibições e das Responsabilidades

Artigo 33 - Além das obrigações que decorrem normalmente da própria função, está o servidor
sujeito aos mesmos deveres e às mesmas proibições, assim como ao regime de responsabilidade
e às penas disciplinares de repreensão, suspensão e multa vigentes para o funcionário público
civil do Estado.
Artigo 34 - O servidor deverá exercer as atribuições pertinentes às funções para as quais foi
admitido, ficando proibido de desempenhar tarefas que se constituam em desvio de função,
responsabilizado o funcionário que der causa a tal irregularidade.

CAPÍTULO VI

Da Dispensa

Artigo 35 - Dar-se-á a dispensa do servidor:


I - a pedido;
II - no caso de criação do cargo correspondente, a partir da data do exercício de seu titular;
III - a critério da Administração, independentemente da criação do cargo correspondente, no caso
de cessação da necessidade do serviço;
IV - quando o servidor não corresponder ou incorrer em responsabilidade disciplinar.
§ 1º - Aplicar-se-á ao servidor a dispensa a bem do serviço público nos mesmos casos em que, ao
funcionário, seja aplicada a demissão agravada.
§ 2º - A dispensa de caráter disciplinar será sempre motivada.
Artigo 36 - Será aplicada a pena de dispensa:
I - por abandono da função, quando o servidor ausentar-se do serviço por mais de 15 (quinze) dias
consecutivos;
II - quando o servidor faltar sem causa justificável, por mais de 30 (trinta) dias interpolados durante
o ano.
Artigo 37 - Compete ao Secretário de Estado dispensar o servidor, podendo, no caso do inciso I
do artigo 35, delegar essa atribuição a outra autoridade.
Artigo 38 - A dispensa, nos casos previstos no inciso IV do artigo 35, será precedida de
notificação ao servidor, para que se defenda no prazo de 10 (dez) dias.
§ 1º - A competência para proceder à notificação é da autoridade responsável pelo órgão, de ofício
ou em face de proposta do chefe imediato do servidor.
§ 2º - Não sendo encontrado o servidor, a notificação de que trata este artigo será feita mediante
edital publicado por 3 (três) vezes consecutivas no órgão oficial.
Artigo 39 - A defesa do servidor consistirá em alegações escritas, assegurada a juntada de
documentos.
§ 1º - Quando, em consequência das alegações do servidor, se fizerem necessárias novas
diligências para o esclarecimento dos fatos, a autoridade competente determinará a sua
realização, fixando o respectivo prazo e designando um funcionário para se desincumbir daquela
tarefa.
§ 2º - Na hipótese do parágrafo anterior a autoridade competente mandará dar vista do processo
ao servidor, a fim de que, dentro do prazo de 10 (dez) dias, se manifeste sobre os novos
elementos coligidos.
§ 3º - A autoridade competente, à vista dos elementos constantes do processo, fará relatório do
ocorrido, submetendo os autos ao Secretário de Estado para julgamento.
Artigo 40 - No caso de abandono de função, a defesa cingir-se-á aos motivos de força maior ou
coação ilegal.
Artigo 41 - Quando ao servidor se imputar crime ou contravenção penal praticado na esfera
administrativa, o fato será comunicado à autoridade policial para que se instaure,
simultaneamente, o competente inquérito.
Parágrafo único - Quando se tratar de crime ou contravenção penal praticado fora da esfera
administrativa, a autoridade policial dará ciência dele à autoridade administrativa.

CAPÍTULO VII

Disposições Finais

Artigo 42 - Os admitidos para funções docentes ficam sujeitos ao regime, instituído por esta lei,
aplicando-se-lhes, excepcionalmente, quanto à admissão, seleção, jornada de trabalho,
retribuição, férias e dispensa, as normas a serem expedidas por decreto, mediante proposta da
Secretaria da Educação, aplicando-se aos atuais docentes temporários o disposto no artigo 5º das
Disposições Transitórias, atendida, no que couber, a legislação federal pertinente.
Artigo 43 - Os menores reeducandos que prestem serviços à Administração, ao atingirem a idade
de 18 (dezoito) anos, poderão ser admitidos nos termos do inciso I, do artigo 1º dispensada a
seleção e em continuação, mediante ato do Secretário de Estado.
§ 1º - A aplicação do disposto neste artigo fica condicionada à verificação da conduta e eficiência
demonstradas em serviço pelo reeducando.
§ 2º - Para atender às disposições do parágrafo anterior, deverá o chefe imediato do reeducando
prestar as informações cabíveis à autoridade superior.
§ 3º - Será computado, para os efeitos legais, o tempo de serviço prestado ao Estado pelo
reeducando.
Artigo 44 - Os servidores regidos por esta lei serão contribuintes obrigatórios do Instituto de
Previdência de Estado de São Paulo (IPESP) e do Instituto de Assistência Médica ao Servidor
Público Estadual (IAMSPE), nas mesmas bases e condições a que estão sujeitos os funcionários,
fazendo jus a idênticos benefícios a estes concedidos.
Parágrafo único - O disposto neste artigo, a critério da Administração, poderá ser aplicado ao
pessoal que vier a ser admitido no regime trabalhista na forma prevista no artigo 3º. (NR)
- Parágrafo único com redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 12/05/1978, retroagindo seus efeitos a
01/03/1978.
Artigo 45 - Os requerimentos, pedidos de reconsideração e recursos formulados pelos servidores
regidos por esta lei obedecerão aos mesmos requisitos e prazos estipulados na legislação vigente
para os funcionários públicos civis do Estado.
Artigo 46 - Para os servidores abrangidos pelo inciso I do artigo 1º considerar-se-á, entre outros,
como título, quando do concurso para provimento dos cargos correspondentes, na forma que
dispuser o regulamento, a experiência de trabalho adquirida em decorrência do tempo de serviço
já prestado do Estado e a aprovação na seleção pública a que se houverem submetido para o
exercício das funções.
Artigo 47 - No caso de nomeação para cargo público o tempo de serviço prestado pelos
servidores regidos por esta lei será computado de acordo com a legislação pertinente ao
funcionário.
Artigo 48 - As despesas resultantes da execução desta lei correrão à conta de créditos
suplementares que o Poder Executivo está autorizado a abrir, nos termos do inciso I, do artigo 7º,
da Lei n. 103, de 10 de dezembro de 1973.
Artigo 49 - Esta lei e suas disposições transitórias entrarão em vigor na data de sua publicação.

Disposições Transitórias

Artigo 1º - Os atuais admitidos a título precário para funções com denominações correspondentes
às cargos públicos ficam enquadrados no inciso I do artigo 1º desta lei, passando a perceber
salário, equivalente ao vencimento do grau inicial da classe correspondente, observado quando for
o caso, a disposto no artigo 42,
§ 1º - Dentro de 90 (noventa) dias, as Secretarias de Estado procederão ao enquadramento dos
admitidos para as funções enumeradas nos incisos I a III, do artigo 5º desta lei, observadas as
proibições neles contidas.
§ 2º - Os admitidos a título precário para funções com denominações não correspondentes às dos
cargos públicos terão seu enquadramento revisto e procedido pelo CEPS, observadas as
proibições dos incisos I a III, do artigo 6º desta lei.
Artigo 2º - Ao antigo pessoal para obras, não abrangido pelo § 2º do artigo 177 da Constituição do
Brasil, de 1967, bem como aos já admitidos no regime da legislação trabalhista, fica facultada
opção pelo enquadramento no inciso I do artigo 1º desta lei, observado o disposto nos §§ 1º e 2º
do artigo anterior.
§ 1º - A opção deverá ser manifestada por escrito, perante a autoridade competente, no prazo de
60 (sessenta) dias.
§ 2º - Ao pessoal a que se refere este artigo não se aplica o disposto no inciso II do artigo 35 desta
lei.
Artigo 3º - As disposições do artigo anterior poderão ser aplicadas mediante decreto específico,
ao pessoal para obras das autarquias que se encontre na situação nele prevista à data da
publicação da presente lei.
Artigo 4º - Dentro de 120 (cento e vinte) dias, a partir da vigência desta lei as Secretarias de
Estado procederão ao levantamento do pessoal enquadrado no inciso I do artigo 1º desta lei,
propondo, dentro de igual prazo, a contar do término do anterior, a criação dos cargos
correspondentes que poderão ser relotados para outras Secretarias, se excederem às
necessidades dos serviços das repartições em que foram admitidos.
Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica nos casos a que se refere o parágrafo
único do artigo 31 do Estatuto do Magistério.
Artigo 5º - O provimento dos cargos que venham a ser criados na forma prevista no artigo anterior
far-se-á mediante concurso público de provas e títulos.
§ 1º - Consideram-se títulos, nos termos deste artigo, para fins de classificação, a experiência
adquirida em decorrência do tempo de serviço prestado em função idêntico àquela do cargo em
concurso e outros que vierem a ser estabelecidos em regulamento.
§ 2º - A experiência será computada à razão de 0,5 (meio) ponto por mês de serviço efetivamente
prestado até o máximo de 40 (quarenta) pontos.
Artigo 6º - Será computado, para os efeitos desta lei, o tempo do serviço prestado pelo pessoal a
que se referem os artigos 1º e 2º destas Disposições Transitórias.
Palácio dos Bandeirantes, 13 de novembro de 1974.
LAUDO NATEL
Waldemar Mariz de Oliveira Júnior
Secretário da Justiça
Carlos Antonio Rocca
Secretário da Fazenda
Rubens Araújo Dias
Secretário da Agricultura
José Meiches
Secretário dos Serviços e Obras Públicas
Paulo Salim Maluf
Secretário dos Transportes
Paulo Gotnes Romeo
Secretário da Educação
Antonio Erasmo Dias
Secretário da Segurança Pública
Mário Romeu de Lucca
Secretário da Promoção Social
Ciro Albuquerque
Secretário da Saúde
Sergio Baptista Zaccarelli
Secretário de Economia e Planejamento
Hugo Lacorte Vitale
Secretário do Interior
Pedro de Magalhães Padilha
Secretário de Cultura, Esportes e Turismo
Henri Couri Aldar
Secretário do Estado-Chefe da Casa Civil
Publicada na Assessória Técnico-Legislativa, aos 13 de novembro de 1974.
Nelson Petersen da Costa
Diretor Administrativo - Subst.
A

Ficha informativa
LEI COMPLEMENTAR Nº 1.270, DE 25 DE AGOSTO DE 2015

Lei Orgânica da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:


Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei complementar:

TÍTULO I
Da Competência e Organização

CAPÍTULO I
Disposições Preliminares

Artigo 1º - Esta lei complementar reorganiza a Procuradoria Geral do Estado, define suas
atribuições e as de seus órgãos e dispõe sobre o regime jurídico dos integrantes da carreira de
Procurador do Estado.
Artigo 2º - A Procuradoria Geral do Estado é instituição de natureza permanente, essencial à
administração da justiça e à Administração Pública Estadual, vinculada diretamente ao
Governador, responsável pela advocacia do Estado, sendo orientada pelos princípios da
legalidade, da indisponibilidade do interesse público, da unidade e da eficiência.

CAPÍTULO II
Das Atribuições

Artigo 3º - São atribuições da Procuradoria Geral do Estado, sem prejuízo de outras que lhe
forem outorgadas por normas constitucionais e legais:
I - representar judicial e extrajudicialmente o Estado e suas autarquias, inclusive as de regime
especial, exceto as universidades públicas;
II - exercer, com exclusividade, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder
Executivo e das entidades autárquicas a que se refere o inciso I deste artigo;
III - representar, com exclusividade, a Fazenda do Estado perante o Tribunal de Contas;
IV - prestar assessoramento jurídico e técnico-legislativo ao Governador;
V - promover, com exclusividade, a inscrição, o controle e a cobrança da dívida ativa estadual;
VI - propor ou responder as ações judiciais, de qualquer natureza, que tenham por objeto a defesa
do erário ou do interesse público, bem como nelas intervir, na forma da lei;
VII - prestar assistência jurídica aos Municípios, na forma do artigo 25, inciso III, desta lei
complementar;
VIII - realizar procedimentos administrativos, inclusive disciplinares, não regulados por lei especial;
IX - acompanhar inquéritos policiais sobre crimes funcionais, fiscais ou contra a Administração
Pública e atuar como assistente da acusação nas respectivas ações penais, quando for o caso;
X - patrocinar as ações diretas de inconstitucionalidade, as ações declaratórias de
constitucionalidade e as arguições de descumprimento de preceito fundamental propostas pelo
Governador, acompanhando e intervindo naquelas que envolvam interesse do Estado;
XI - definir, previamente, a forma de cumprimento de decisões judiciais;
XII - propor a extensão administrativa da eficácia de decisões judiciais reiteradas;
XIII - promover a uniformização da jurisprudência administrativa e da interpretação das normas,
tanto na Administração Direta como na Indireta;
XIV - manifestar-se sobre as divergências jurídicas entre órgãos da Administração Direta ou
Indireta;
XV - opinar previamente à formalização dos contratos administrativos, convênios, termos de
ajustamento de conduta, consórcios públicos ou atos negociais similares celebrados pelo Estado e
suas autarquias, observado o disposto no artigo 45 desta lei complementar;
XVI - representar o Estado e suas autarquias nas assembleias gerais das sociedades de que
sejam acionistas;
XVII - promover a discriminação de terras e a regularização fundiária no Estado;
XVIII - representar ao Governador sobre providências de ordem jurídica reclamadas pelo interesse
público e pela boa aplicação das normas vigentes;
XIX - coordenar, para fins de atuação uniforme, os órgãos jurídicos das universidades públicas,
das empresas públicas, das sociedades de economia mista sob controle do Estado, pela sua
administração centralizada ou descentralizada, e das fundações por ele instituídas ou mantidas,
observado o disposto no § 8º deste artigo;
XX - gerir e administrar os fundos especiais de despesa que lhe são afetos;
XXI - integrar o Tribunal de Impostos e Taxas, observada a legislação pertinente.
§ 1º - A Procuradoria Geral do Estado, em caráter excepcional e em razão de relevante interesse
público, poderá contratar jurista para a emissão de parecer sobre matéria específica, mediante
prévia motivação do Procurador Geral do Estado e oitiva do Conselho.
§ 2º - A representação extrajudicial atribuída à Procuradoria Geral do Estado não exclui o
exercício das competências próprias do Governador, Secretários de Estado e dirigentes de
autarquias, na celebração de contratos e de outros instrumentos jurídicos.
§ 3º - Na formulação de propostas a que se refere o inciso XII deste artigo, que tratem de matéria
tributária, será colhida a prévia manifestação da Secretaria da Fazenda.
§ 4º - As propostas de edição e reexame de súmulas, para os fins do disposto no inciso XIII deste
artigo, serão formuladas ao Procurador Geral pelos órgãos superiores ou de coordenação setorial
da Procuradoria Geral do Estado, pelos Secretários de Estado e pelos dirigentes das entidades da
administração descentralizada.
§ 5º - As súmulas aprovadas pelo Procurador Geral passarão a vigorar após homologação pelo
Governador e publicação no Diário Oficial do Estado.
§ 6º - Nenhuma decisão da Administração Pública Direta ou Indireta poderá ser exarada em
divergência com as súmulas.
§ 7º - As autoridades e servidores da Administração Estadual ficam obrigados a atender às
requisições de certidões, informações, autos de processo administrativo, documentos e diligências
formuladas pela Procuradoria Geral do Estado, dispensando às respectivas requisições tratamento
prioritário.
§ 8º - A supervisão e a realização, total ou parcial, das atividades de representação judicial,
consultoria e assessoramento jurídico das universidades públicas pela Procuradoria Geral do
Estado ficam condicionadas à celebração de convênio entre o Estado e a universidade
interessada.
Artigo 4º - A Procuradoria Geral do Estado, observado o disposto no inciso X do artigo 7º, poderá
reconhecer a procedência de pedidos formulados em ações judiciais, deixar de propô-las, desistir
das já propostas ou transigir em relação ao objeto litigioso, bem como deixar de interpor recursos
ou desistir dos já interpostos.

CAPÍTULO III
Da Organização

Artigo 5º - A Procuradoria Geral do Estado, cujas atribuições se exercem em três áreas de


atuação - Consultoria Geral, Contencioso Geral e Contencioso Tributário-Fiscal - é integrada pelos
seguintes órgãos:
I - Superiores:
a) Gabinete do Procurador Geral;
b) Conselho da Procuradoria Geral do Estado;
c) Corregedoria da Procuradoria Geral do Estado;
II - de Coordenação Setorial:
a) Subprocuradoria Geral do Contencioso Geral;
b) Subprocuradoria Geral do Contencioso Tributário-Fiscal;
c) Subprocuradoria Geral da Consultoria Geral;
III - Auxiliares:
a) Centro de Estudos - CE;
b) Câmara de Integração e Orientação Técnica - CIOT;
c) Câmara de Conciliação da Administração Estadual - CCAE;
d) Centro de Estágios.
IV - de Apoio:
a) Centro de Engenharia, Cadastro Imobiliário e Geoprocessamento - CECIG;
b) Centro de Tecnologia da Informação - CTI;
V - de Administração: Coordenadoria de Administração - CA;
VI - Complementares:
a) Conselho da Advocacia da Administração Pública Estadual;
b) Ouvidoria da Procuradoria Geral do Estado.
§ 1º - A Procuradoria Geral do Estado terá quadro de pessoal próprio, com cargos diretivos e de
assessoramento, de provimento em comissão, e cargos de provimento efetivo, estruturados em
carreira que atenda às necessidades institucionais.
§ 2º - Os órgãos de Coordenação Setorial contarão com estrutura administrativa para execução de
sua atividade fim e disporão das seguintes assistências e órgãos de execução:
1 - Subprocuradoria Geral do Contencioso Geral:
a) Assistência de Defesa do Meio Ambiente, Assistência de Políticas Públicas, Assistência de
Pessoal e Assistência de Arbitragens;
b) Procuradorias Especializadas: Procuradoria do Contencioso Judicial, Procuradoria do
Contencioso Ambiental e Imobiliário, Procuradoria do Contencioso de Pessoal e Procuradoria de
Execuções;
2 - Subprocuradoria Geral do Contencioso Tributário-Fiscal:
a) Assistências: Assistência de Recuperação de Ativos e Assistência de Leilões Judiciais;
b) Procuradorias Especializadas: Procuradoria Fiscal e Procuradoria da Dívida Ativa;
3 - Subprocuradoria Geral da Consultoria Geral:
a) Assistências: Assistência de Procedimentos Especiais, Assistência de Gestão de Imóveis,
Assistência Jurídica aos Municípios e Assistência de Apoio Operacional da PGE;
b) Procuradorias Especializadas: Procuradoria Administrativa, Procuradoria da Fazenda junto ao
Tribunal de Contas, Procuradoria de Procedimentos Disciplinares e Procuradoria de Assuntos
Tributários;
c) Consultorias Jurídicas e Procuradoria da Junta Comercial.
§ 3º - As Procuradorias Regionais e a Procuradoria do Estado de São Paulo em Brasília integram
as Áreas do Contencioso Geral e do Contencioso Tributário-Fiscal.

CAPÍTULO IV
Dos Órgãos Superiores

SEÇÃO I
Do Procurador Geral do Estado

Artigo 6º - O Procurador Geral do Estado, responsável pela orientação jurídica e administrativa da


instituição, será nomeado pelo Governador, em comissão, entre os Procuradores em atividade
confirmados na carreira, e terá tratamento, prerrogativas e representação de Secretário de Estado,
devendo apresentar declaração pública de bens, no ato da posse e da exoneração.
Artigo 7º - Além das competências previstas na Constituição Estadual e em lei, cabe ao
Procurador Geral:
I - fixar a orientação jurídica e administrativa da instituição;
II - planejar o desenvolvimento institucional e a atuação funcional da Procuradoria Geral do
Estado, definir objetivos estratégicos, diretrizes e programas de metas, bem como providenciar os
meios e os recursos necessários à sua consecução;
III - superintender, orientar e coordenar as atividades da Procuradoria Geral do Estado, atuando
em colaboração com os demais órgãos superiores;
IV - encarregar-se do relacionamento institucional da Procuradoria Geral do Estado, perante a
Administração Estadual e fora dela;
V - representar o Estado na celebração de convênios e celebrar termos de cooperação com
órgãos da Advocacia Pública dos demais entes federativos, para a cooperação mútua no
desempenho das atribuições do Procurador do Estado, notadamente nas ações judiciais movidas
fora deste Estado, observadas as normas regulamentares;
VI - submeter ao Governador lista tríplice, formada pelo Conselho, para nomeação do Procurador
do Estado Corregedor Geral;
VII - submeter ao Conselho o encaminhamento ao Governador de proposta de destituição do
Procurador do Estado Corregedor Geral, nas hipóteses do artigo 15, inciso XXVII, desta lei
complementar;
VIII - propor ao Governador a declaração de nulidade de atos administrativos da Administração
Direta e Indireta;
IX - representar ao órgão competente sobre a inconstitucionalidade de leis e emendas
constitucionais ou ilegalidade de atos administrativos de qualquer natureza;
X - desistir, transigir, firmar compromisso e confessar nas ações de interesse da Fazenda do
Estado;
XI - receber citações e notificações nas ações propostas contra o Estado e suas autarquias;
XII - definir parâmetros, nos casos não previstos em lei, para o não ajuizamento, desistência,
transação, compromisso e confissão nas ações judiciais de interesse do Estado e de suas
autarquias, bem como para a dispensa de inscrição na dívida ativa;
XIII - exercer, com o apoio de seu Gabinete, assessoramento jurídico e técnico-legislativo ao
Governador;
XIV - propor a estrutura, a organização e as atribuições da Procuradoria Geral do Estado, bem
como a criação e a extinção de seus cargos e funções, ouvido o Conselho;
XV - promover a lotação dos cargos da Procuradoria Geral do Estado e a classificação de seus
ocupantes, bem como conceder-lhes exoneração, afastamento, permuta, direitos e vantagens;
XVI - designar Procuradores do Estado para o exercício das funções de confiança previstas nos
artigos 65, 69, incisos I e IV, e 72 desta lei complementar;
XVII - determinar a instauração de sindicância ou processo administrativo disciplinar contra
integrantes da carreira de Procurador do Estado, bem como aplicar-lhes as sanções disciplinares;
XVIII - presidir o Conselho da Procuradoria Geral do Estado e dar cumprimento às suas
deliberações, nos termos desta lei complementar;
XIX - homologar a lista de classificação referente ao concurso para ingresso na carreira de
Procurador do Estado;
XX - presidir o Conselho da Advocacia da Administração Pública e dar cumprimento às suas
deliberações;
XXI - elaborar a proposta orçamentária da Procuradoria Geral do Estado, em conformidade com a
lei de diretrizes orçamentárias, e remetê-la à autoridade competente, para inclusão no projeto de
lei orçamentária anual, assim como aplicar as respectivas dotações;
XXII - definir a posição processual do Estado e de suas autarquias nas ações populares e civis
públicas;
XXIII - propor ao Governador a extensão administrativa da eficácia de decisões judiciais
reiteradas;
XXIV - aprovar e submeter à homologação do Governador súmulas de uniformização da
jurisprudência administrativa;
XXV - editar atos normativos e referendar leis e decretos que se relacionem à Procuradoria Geral
do Estado;
XXVI - designar o Presidente da Comissão de Concurso de Ingresso, ouvido o Conselho;
XXVII - expor previamente ao Conselho a proposta orçamentária e o Plano Anual de Diretrizes e
Metas da Procuradoria Geral do Estado;
XXVIII - comparecer, semestralmente, perante a comissão permanente da Assembleia Legislativa
a que estejam afetas as suas atribuições para prestar contas do andamento da gestão, bem como
demonstrar e avaliar o desenvolvimento de ações, programas e metas da Procuradoria Geral do
Estado referentes ao ano anterior.
§ 1º - O Procurador Geral poderá delegar as atribuições previstas nos incisos X, XI e XXII deste
artigo, observando-se que, na hipótese do inciso XXII, a atribuição poderá apenas ser delegada
aos Subprocuradores Gerais.
§ 2º - O Procurador Geral poderá avocar o exame de qualquer matéria compreendida na
competência funcional dos Subprocuradores Gerais, ou rever atos e decisões destes.
Ã
SEÇÃO II
Do Gabinete do Procurador Geral

Artigo 8º - O Gabinete do Procurador Geral, órgão incumbido de auxiliá-lo no exercício de suas


funções, será constituído por um Procurador Geral Adjunto, um Procurador do Estado Chefe de
Gabinete, por Procuradores do Estado Assessores e por pessoal de apoio técnico e
administrativo.
§ 1º - O Procurador Geral Adjunto e o Procurador do Estado Chefe de Gabinete serão nomeados
pelo Governador, em comissão, por indicação do Procurador Geral, dentre Procuradores do
Estado em atividade confirmados na carreira, que não registrem punição de natureza disciplinar
nos últimos 5 (cinco) anos, devendo apresentar declaração pública de bens, no ato da posse e da
exoneração.
§ 2º - Compete ao Procurador Geral Adjunto:
1 - substituir o Procurador Geral em suas ausências temporárias e impedimentos;
2 - colaborar com o Procurador Geral no exercício de suas atribuições institucionais;
3 - promover, com o auxílio da Câmara de Integração e Orientação Técnica, que presidirá, a
integração e articulação entre as Áreas do Contencioso e da Consultoria Geral, para efeito de
atuação conjunta e harmônica;
4 - coordenar e orientar a participação dos Procuradores do Estado em órgãos colegiados da
Administração Estadual, externos à Procuradoria Geral do Estado.
§ 3º - Além de competências próprias previstas em lei, o Procurador do Estado Chefe de Gabinete
terá as seguintes atribuições:
1 - coordenar as atividades desempenhadas pelo Serviço de Informação ao Cidadão - SIC da
Procuradoria Geral do Estado;
2 - coordenar as atividades desempenhadas pela Ouvidoria da Procuradoria Geral do Estado;
3 - supervisionar as atividades desempenhadas pelo Grupo Setorial de Planejamento, Orçamento
e Finanças Públicas da Procuradoria Geral do Estado;
4 - outras atribuições que lhe forem conferidas por resolução do Procurador Geral.
Artigo 9º - Integram o Gabinete do Procurador Geral:
I - Assessoria Jurídica do Gabinete, para assuntos de interesse geral, especialmente o
assessoramento jurídico do Governador, de órgãos que lhe sejam diretamente vinculados e do
Fundo de Solidariedade do Estado de São Paulo - FUSSESP, inclusive a elaboração de minutas
de informação em mandados de injunção e mandados de segurança impetrados contra atos das
respectivas autoridades, sem prejuízo de outros assuntos que lhe sejam submetidos pelo
Procurador Geral;
II - Assessoria Técnico-Legislativa, para o assessoramento jurídico ao exercício das funções
legislativas e normativas que a Constituição do Estado outorga ao Governador;
III - Assessoria de Empresas e de Fundações;
IV - Assessoria de Precatórios Judiciais;
V - Assessoria de Contencioso Judicial;
VI - Assessoria de Coordenação de Regionais, para auxílio em assuntos gerais relacionados à
atuação das Procuradorias Regionais.
§ 1º - As atividades das Assessorias poderão ser realizadas por equipes especializadas, sob a
coordenação de um Procurador do Estado Assessor Chefe designado pelo Procurador Geral.
§ 2º - As atribuições das equipes especializadas que integram as Assessorias e das suas
respectivas coordenações serão detalhadas em ato do Procurador Geral.
§ 3º - A Assessoria de Precatórios Judiciais e a Assessoria de Coordenação de Regionais
vinculam-se ao Procurador Geral Adjunto.
Artigo 10 - O Grupo Setorial de Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas funcionará junto
ao Gabinete do Procurador Geral, com composição e atribuições decorrentes de legislação
própria.
Parágrafo único - O Gabinete do Procurador Geral contará com Assessoria de Comunicação e
Imprensa e unidades de apoio técnico e administrativo.

SEÇÃO III
Do Conselho da Procuradoria Geral do Estado
Artigo 11 - O Conselho da Procuradoria Geral do Estado será integrado pelo Procurador Geral,
que o presidirá, pelo Corregedor Geral, pelos Subprocuradores Gerais, pelo Procurador do Estado
Chefe do Centro de Estudos, na condição de membros natos, e por 8 (oito) membros eleitos entre
Procuradores do Estado em atividade, sendo 1 (um) representante para cada nível da carreira e
mais 1 (um) representante para cada área de atuação.
Artigo 12 - A eleição dos membros do Conselho a que se refere o artigo 11 desta lei
complementar será disciplinada por decreto.
§ 1º - O mandato dos membros eleitos do Conselho será de 2 (dois) anos, vedada a recondução.
§ 2º - Os Conselheiros eleitos farão jus a gratificação “pro labore” enquanto estiverem no efetivo
exercício do mandato, não se sujeitando à remoção de que trata o artigo 103, inciso II, alínea “a”,
desta lei complementar.
Artigo 13 - Todos os membros do Conselho terão direito a voto, cabendo ao Presidente, também,
o de desempate.
Artigo 14 - Os membros do Conselho serão substituídos, em suas faltas e impedimentos, da
seguinte forma:
I - o Procurador Geral, pelo Procurador Geral Adjunto;
II - o Procurador do Estado Corregedor Geral, pelo Procurador do Estado Corregedor Geral
Adjunto;
III - os Subprocuradores Gerais, pelos Subprocuradores Gerais Adjuntos;
IV - o Procurador do Estado Chefe do Centro de Estudos, por um de seus Assistentes;
V - os Conselheiros eleitos, pelos respectivos suplentes.
Artigo 15 - Compete ao Conselho da Procuradoria Geral do Estado:
I - elaborar lista tríplice a ser encaminhada ao Governador para escolha do Procurador do Estado
Corregedor Geral;
II - referendar a escolha do Procurador do Estado Chefe do Centro de Estudos e dos membros do
Conselho Curador a que se refere o § 1º do artigo 49 desta lei complementar;
III - decidir, pelo voto de 2/3 (dois terços) de seus membros, pela convocação de Procurador ou
servidor da Procuradoria Geral do Estado para prestar esclarecimentos sobre sua atuação
funcional;
IV - deliberar, mediante proposta do Procurador Geral, sobre a abertura de concurso de remoção;
V - organizar e dirigir os concursos de ingresso e de promoção na carreira de Procurador do
Estado e realizar o concurso de remoção, processando e julgando reclamações e recursos a eles
pertinentes;
VI - fixar os critérios de merecimento para fins de promoção;
VII - elaborar lista de classificação do concurso de ingresso para homologação pelo Procurador
Geral e publicação;
VIII - convocar os Procuradores do Estado empossados para a escolha de vagas, de acordo com
a ordem de classificação no concurso de ingresso;
IX - decidir sobre a confirmação na carreira de Procurador do Estado, nos termos do artigo 91
desta lei complementar;
X - deliberar sobre a remoção de oficio e a remoção compulsória;
XI - manifestar-se previamente e em caráter vinculante sobre pedidos de afastamento de
integrantes da carreira e suas renovações anuais, ressalvados os casos previstos nesta lei
complementar;
XII - determinar, sem prejuízo da competência do Procurador Geral e do Corregedor Geral, a
instauração de sindicâncias e de processos administrativos disciplinares contra integrantes da
carreira de Procurador do Estado;
XIII - opinar sobre aplicação de penalidade disciplinar a Procurador do Estado, bem como nos
recursos correspondentes;
XIV - referendar proposta do Procurador Geral para criação de novas unidades, subunidades ou
órgãos da Procuradoria Geral do Estado, bem como para alteração da sede ou dos limites
territoriais das Procuradorias Regionais;
XV - referendar proposta do Procurador Geral para fixação ou alteração do número de
Procuradores do Estado destinados a cada um dos órgãos de execução das Áreas do
Contencioso e da Consultoria Geral;
XVI - fixar, mediante proposta do Procurador Geral, os requisitos para a classificação em órgãos
de execução da Procuradoria Geral do Estado, bem como para o desempenho de atribuições e
funções de confiança previstas nesta lei complementar;
XVII - deliberar sobre a criação e a fixação de vagas de estagiários;
XVIII - manifestar-se obrigatoriamente nas propostas de alteração de estrutura, organização e
atribuições da Procuradoria Geral do Estado e regime jurídico dos Procuradores do Estado;
XIX - opinar sobre a proposta de orçamento anual da Procuradoria Geral do Estado, na forma e
nos prazos estabelecidos em seu regimento;
XX - fixar o número de Corregedores Auxiliares, observado o disposto nesta lei complementar;
XXI - opinar sobre medidas propostas pela Corregedoria da Procuradoria Geral do Estado;
XXII - pronunciar-se sobre qualquer matéria que lhe seja encaminhada pelo Procurador Geral;
XXIII - representar ao Procurador Geral sobre providências reclamadas pelo interesse público,
concernentes à Procuradoria Geral do Estado;
XXIV - propor ao Procurador Geral a adoção de medidas concernentes ao aperfeiçoamento,
estrutura e funcionamento da Instituição;
XXV - tutelar as prerrogativas funcionais, desagravando Procurador do Estado ofendido no
exercício de seu cargo e oficiando as autoridades competentes;
XXVI - examinar relatórios de correição e de levantamentos estatísticos elaborados pela
Corregedoria Geral;
XXVII - decidir, pelo voto de 2/3 (dois terços) de seus membros, pelo encaminhamento ao
Governador de proposta do Procurador Geral visando à destituição do Corregedor Geral em caso
de abuso de poder, conduta incompatível ou grave omissão dos deveres do cargo, assegurada
ampla defesa;
XXVIII - manifestar-se sobre proposta de contratação de jurista, formulada pelo Procurador Geral,
nos termos do artigo 3º, § 1º, desta lei complementar;
XXIX - elaborar seu regimento interno.
§ 1º - As sessões do Conselho, com periodicidade estabelecida em regulamento, serão públicas,
ressalvadas as hipóteses legais de sigilo, e instaladas com a presença da maioria absoluta de
seus membros.
§ 2º - As deliberações do Conselho serão motivadas, publicadas por extrato e tomadas pela
maioria dos membros presentes à sessão, salvo expressa previsão em sentido contrário.
§ 3º - Aos Procuradores do Estado será assegurada a manifestação nas sessões do Conselho, na
forma definida em seu regimento interno.

SEÇÃO IV
Da Corregedoria da Procuradoria Geral do Estado

Artigo 16 - A Corregedoria da Procuradoria Geral do Estado será constituída por um Procurador


do Estado Corregedor Geral, um Procurador do Estado Corregedor Geral Adjunto e por
Procuradores do Estado Corregedores Auxiliares.
§ 1º - O Corregedor Geral será nomeado pelo Governador, para mandato de 2 (dois) anos,
permitida uma recondução, dentre os integrantes dos dois últimos níveis da carreira de Procurador
do Estado, que não registrem punição de natureza disciplinar nos últimos 5 (cinco) anos, indicados
em lista tríplice formada pelos membros do Conselho, após votação secreta e uninominal.
§ 2º - Compete ao Governador a destituição do Corregedor Geral, observado o disposto no artigo
15, inciso XXVII, desta lei complementar.
§ 3º - O Corregedor Geral Adjunto e os Corregedores Auxiliares serão indicados pelo Corregedor
Geral e designados pelo Procurador Geral, entre os Procuradores do Estado com mais de 5
(cinco) anos de efetivo exercício na carreira que não registrem punição de natureza disciplinar nos
últimos 5 (cinco) anos.
§ 4º - Ao Corregedor Geral Adjunto compete substituir o Corregedor Geral em suas faltas e
impedimentos e colaborar na condução das atividades administrativas afetas à Corregedoria.
§ 5º - O número de Corregedores Auxiliares será fixado pelo Conselho da Procuradoria Geral do
Estado, proporcionalmente ao número de integrantes da carreira em efetivo exercício,
provenientes das três áreas de atuação da Procuradoria Geral do Estado.
§ 6º - O Corregedor Geral Adjunto e os Corregedores Auxiliares desempenharão suas funções
com prejuízo das atribuições do cargo de Procurador do Estado.
Artigo 17 - A Corregedoria da Procuradoria Geral do Estado é o órgão orientador e fiscalizador
das atividades funcionais e da conduta de seus membros, incumbindo-lhe, dentre outras
atribuições:
I - fiscalizar e orientar as atividades dos órgãos da Procuradoria Geral do Estado e dos integrantes
da carreira, no exercício de suas funções;
II - apreciar as representações que lhe forem encaminhadas relativamente à atuação da
Procuradoria Geral do Estado e dos integrantes da carreira;
III - realizar correições nos órgãos da Procuradoria Geral do Estado e nos órgãos jurídicos das
autarquias referidas no artigo 3º, inciso I, desta lei complementar, propondo ao Procurador Geral e
ao Conselho medidas necessárias à racionalização e eficiência dos serviços;
IV - organizar e divulgar os dados estatísticos das atividades desenvolvidas pelos diversos órgãos
da Procuradoria Geral do Estado, propondo a criação de cargos ou sua redistribuição;
V - fornecer subsídios para a avaliação periódica dos Procuradores do Estado e verificar o
atendimento aos padrões de desempenho profissional estabelecidos;
VI - requisitar cópias de peças e trabalhos, certidões e informações, relativos às atividades
desenvolvidas pelos integrantes da carreira;
VII - realizar, com exclusividade, procedimentos disciplinares contra integrantes da carreira de
Procurador do Estado;
VIII - encaminhar ao Procurador Geral proposta de regulamento do estágio probatório dos
integrantes da carreira;
IX - acompanhar o estágio probatório dos Procuradores do Estado e, quando necessário, prestar
ao Conselho informações acerca da respectiva conduta e do desempenho profissional;
X - submeter ao Conselho da Procuradoria Geral do Estado proposta de confirmação ou de
exoneração do Procurador do Estado em estágio probatório;
XI - indicar ao Procurador Geral as necessidades materiais ou de pessoal nos serviços afetos à
Procuradoria Geral do Estado.
Artigo 18 - Compete ao Corregedor Geral, dentre outras atribuições:
I - instaurar de ofício, por determinação do Procurador Geral ou do Conselho, apurações
preliminares, sindicâncias e processos administrativos disciplinares contra Procuradores do
Estado e servidores da Procuradoria Geral do Estado, nas infrações conexas, e designar o
Corregedor Auxiliar encarregado da sua realização;
II - determinar e superintender a organização de informações relativas à atividade funcional dos
Procuradores do Estado;
III - expedir atos visando à regularidade e ao aperfeiçoamento dos serviços da Procuradoria Geral
do Estado.

CAPÍTULO V
Dos Órgãos de Coordenação Setorial

SEÇÃO I
Das Subprocuradorias Gerais

Artigo 19 - A Subprocuradoria Geral do Contencioso Geral, a Subprocuradoria Geral do


Contencioso Tributário-Fiscal e a Subprocuradoria Geral da Consultoria Geral serão constituídas
pelos Subprocuradores Gerais, Subprocuradores Gerais Adjuntos, Procuradores do Estado
Assistentes e por pessoal de apoio técnico e administrativo.
Parágrafo único - Os Subprocuradores Gerais serão nomeados pelo Governador, em comissão,
por indicação do Procurador Geral, dentre os Procuradores do Estado com mais de 5 (cinco) anos
de efetivo exercício na carreira e que não registrem punição de natureza disciplinar nos últimos 5
(cinco) anos, devendo apresentar declaração pública de bens, no ato da posse e da exoneração.
Artigo 20 - Compete ao Subprocurador Geral do Contencioso Geral e ao Subprocurador Geral do
Contencioso Tributário-Fiscal:
I - coordenar, supervisionar e regulamentar a atuação em juízo do Estado e de suas autarquias,
definindo orientações e estratégias gerais que deverão ser seguidas pelos respectivos órgãos de
execução;
II - indicar ao Procurador Geral os respectivos Subprocuradores Gerais Adjuntos, seus
Assistentes, os Procuradores do Estado Chefes das Procuradorias Especializadas das suas
respectivas áreas de atuação, bem como os das Procuradorias Regionais;
III - promover a alocação de recursos necessários ao funcionamento das unidades que lhes sejam
vinculadas;
IV - adotar medidas que visem ao aperfeiçoamento e à uniformização da atuação das unidades
que lhes sejam vinculadas;
V - propor ao Procurador Geral a criação de Procuradorias Especializadas do Contencioso Geral,
do Contencioso Tributário-Fiscal e de Procuradorias Regionais, sua extinção ou remanejamento;
VI - propor ao Procurador Geral a divisão em subunidades das Procuradorias Especializadas, da
Procuradoria do Estado de São Paulo em Brasília e das Procuradorias Regionais;
VII - fixar critérios para distribuição do trabalho entre os Procuradores do Estado classificados nas
suas respectivas áreas de atuação, que resultem na atribuição de tarefas de maior complexidade
e repercussão, visando à especialização profissional e à otimização dos recursos humanos
disponíveis;
VIII - autorizar o não ajuizamento, desistência, transação, compromisso e confissão nas ações
judiciais de interesse do Estado e de suas autarquias, conforme os parâmetros estabelecidos por
ato do Procurador Geral;
IX - fixar os critérios de atuação dos Procuradores do Estado junto aos juizados especiais federal e
estadual da Fazenda Pública, com vistas à conciliação das partes processuais, observados os
parâmetros estabelecidos por ato do Procurador Geral;
X - fixar os critérios de distribuição das ações judiciais ajuizadas fora do território do Estado de
São Paulo;
XI - cooperar com as Procuradorias Gerais de outros entes federativos para a defesa dos
interesses do Estado de São Paulo;
XII - autorizar a sustação de cobranças ou o parcelamento de débitos, antes ou depois do
ajuizamento, e o cancelamento ou a dispensa de inscrição na dívida ativa, conforme os
parâmetros estabelecidos por ato do Procurador Geral;
XIII - autorizar a adjudicação ou a arrematação de bens e decidir sobre sua destinação;
XIV - manter contato com autoridades da Administração Estadual, em assuntos de interesse da
respectiva área de atuação, dando ciência ao Procurador Geral;
XV - instituir sistema de gerenciamento de dados relativos à qualidade e à produtividade da
atuação dos respectivos órgãos de execução;
XVI - decidir sobre qualquer outra matéria de interesse exclusivo das suas respectivas áreas de
atuação, ressalvada a competência privativa do Procurador Geral.
§ 1º - As atribuições previstas neste artigo poderão ser delegadas.
§ 2º - O Subprocurador Geral da Consultoria Geral deverá ser ouvido previamente à definição do
conteúdo da argumentação do Estado em juízo, quando se tratar de matéria que possa ter
especial repercussão na sua área de atuação.
Artigo 21 - Compete ao Subprocurador Geral da Consultoria Geral:
I - coordenar, supervisionar e regulamentar a atuação extrajudicial do Estado e de suas
autarquias, definindo orientações destinadas aos órgãos de execução vinculados à Área da
Consultoria Geral;
II - indicar ao Procurador Geral o Subprocurador Geral Adjunto, seus Assistentes e os
Procuradores do Estado Chefes das Procuradorias Especializadas da Área da Consultoria Geral,
das Consultorias Jurídicas e da Procuradoria da Junta Comercial;
III - designar os Procuradores do Estado classificados nas Consultorias Jurídicas, observado o
disposto no artigo 74, parágrafo único, desta lei complementar;
IV - promover a alocação de recursos necessários ao funcionamento das unidades que lhes sejam
vinculadas;
V - adotar medidas que visem ao aperfeiçoamento e à uniformização da atuação das unidades e
dos órgãos da Área da Consultoria Geral;
VI - propor ao Procurador Geral a criação de Procuradorias Especializadas e de Consultorias
Jurídicas, e a extinção ou remanejamento das existentes;
VII - propor ao Procurador Geral a divisão em subunidades das Procuradorias Especializadas e
das Consultorias Jurídicas;
VIII - fixar critérios para distribuição do trabalho entre os Procuradores do Estado classificados nas
suas respectivas áreas de atuação, que resultem na atribuição de tarefas de maior complexidade
e repercussão, visando preferencialmente à especialização profissional e à otimização dos
recursos humanos disponíveis;
IX - aprovar pareceres e fixar orientações jurídicas, submetendo ao Procurador Geral as matérias
de relevância ou que possam ter repercussão para toda a Administração Estadual;
X - manter contatos com autoridades da Administração Estadual, em assuntos de interesse da
área, dando ciência ao Procurador Geral;
XI - instituir sistema de gerenciamento de dados relativos à qualidade e à produtividade da
atuação dos órgãos de execução vinculados à Área da Consultoria Geral;
XII - decidir sobre qualquer outra matéria de interesse da Área da Consultoria Geral, ressalvada a
competência privativa do Procurador Geral.
§ 1º - As atribuições previstas neste artigo poderão ser delegadas.
§ 2º - O Subprocurador Geral do Contencioso Geral e o Subprocurador Geral do Contencioso
Tributário-Fiscal deverão ser ouvidos previamente à aprovação a que se refere o inciso IX deste
artigo, quando se tratar de matéria que possa ter especial repercussão nas suas respectivas áreas
de atuação. Artigo 22 - Compete aos Subprocuradores Gerais Adjuntos:
I - coletar dados e informações para orientar os Subprocuradores Gerais na fixação de orientações
destinadas aos respectivos órgãos de execução;
II - informar ao Subprocurador Geral a necessidade de aperfeiçoamento e uniformização da
atuação das unidades vinculadas à respectiva Subprocuradoria Geral;
III - diagnosticar as tarefas de maior complexidade e repercussão e auxiliar na fixação de critérios
para distribuição do trabalho, nos termos do disposto no inciso VII do artigo 20 e no inciso VIII do
artigo 21, ambos desta lei complementar;
IV - monitorar sistema de gerenciamento de dados relativos à qualidade e à produtividade da
atuação dos respectivos órgãos de execução;
V - colaborar na condução das atividades administrativas afetas à respectiva Subprocuradoria
Geral;
VI - substituir os Subprocuradores Gerais em suas faltas e impedimentos;
VII - outras atribuições delegadas pelo Subprocurador Geral.
Artigo 23 - Compete às Assistências a seguir relacionadas, integrantes da Subprocuradoria Geral
do Contencioso Geral:
I - à Assistência de Defesa do Meio Ambiente:
a) realizar a interlocução da Procuradoria Geral do Estado com os demais órgãos da
Administração Estadual e com outros órgãos e entidades em matéria ambiental;
b) coordenar a atuação dos órgãos do Contencioso Geral em questões relacionadas à defesa do
meio ambiente;
c) prestar orientação e apoio técnico aos Procuradores do Estado incumbidos de atuar na defesa
do meio ambiente, com vistas à especialização e à uniformização de teses e procedimentos;
II - à Assistência de Políticas Públicas:
a) a institucionalização de canais de comunicação entre os órgãos da Administração e os da
Procuradoria Geral do Estado para a transmissão recíproca de informações técnicas, de maneira
célere e segura, a respeito das ações judiciais;
b) coordenar a atuação dos órgãos do Contencioso Geral perante o Poder Judiciário em questões
relacionadas a políticas públicas;
c) prestar orientação e apoio técnico aos órgãos do Contencioso Geral em questões relacionadas
a políticas públicas, com vistas à especialização na matéria e uniformização de teses e
procedimentos;
d) agir preventivamente na solução de litígios, propondo a criação de grupos de estudo ou de
trabalho para o desenvolvimento de temas específicos e sugerindo alteração de procedimentos
para aprimoramento da atuação em juízo;
e) opinar sobre a celebração de acordos em ações coletivas que versem sobre políticas públicas e
sobre a formalização de termos de ajustamento de conduta no âmbito de inquéritos civis, sem
prejuízo da manifestação da Subprocuradoria Geral da Consultoria Geral;
III - à Assistência de Pessoal:
a) realizar a interlocução da Procuradoria Geral do Estado com os demais órgãos da
Administração Estadual e com outros órgãos e entidades em matéria concernente a servidor
público;
b) coordenar a atuação dos órgãos do Contencioso Geral nas questões relacionadas à matéria de
servidor público;
c) prestar orientação e apoio técnico aos Procuradores do Estado em matéria de servidor público,
com vistas à especialização e à uniformização de teses e procedimentos;
IV - à Assistência de Arbitragens:
a) atuar em todos os procedimentos arbitrais de interesse da Fazenda Pública;
b) promover a interlocução da Procuradoria Geral do Estado com os demais órgãos e entidades
da Administração Estadual para subsidiar a defesa da Fazenda Pública nas arbitragens
instauradas;
c) coordenar a atuação das empresas e fundações nas arbitragens de interesse desses entes,
quando não for o caso de representação direta pela Procuradoria Geral do Estado;
d) opinar a respeito do juízo de conveniência de a Fazenda Pública submeter-se à arbitragem,
prévia ou posteriormente ao conflito;
e) emitir orientações genéricas ou específicas a respeito das questões relacionadas à arbitragem.
Artigo 24 - Compete às Assistências a seguir relacionadas, integrantes da Subprocuradoria Geral
do Contencioso Tributário-Fiscal:
I - à Assistência de Recuperação de Ativos:
a) coordenar a recuperação de dívidas inscritas de maior potencial econômico;
b) traçar metas de arrecadação para as unidades incumbidas da cobrança da dívida ativa e indicar
os procedimentos e orientações para seu alcance, com a aprovação do Subprocurador Geral do
Contencioso Tributário-Fiscal;
c) outras atribuições fixadas pelo Subprocurador Geral do Contencioso Tributário-Fiscal;
II - à Assistência de Leilões Judiciais, coordenar as atividades relacionadas aos leilões judiciais.
§ 1º - Insere-se nas atribuições da Subprocuradoria Geral do Contencioso Tributário-Fiscal a
elaboração de minutas de informações em mandados de segurança e de injunção envolvendo
matéria tributária impetrados contra autoridades fazendárias, ressalvada a competência da
Procuradoria de Assuntos Tributários.
§ 2º - A competência de que trata o § 1° deste artigo poderá ser delegada.
Artigo 25 - Compete às Assistências a seguir relacionadas, integrantes da Subprocuradoria Geral
da Consultoria Geral:
I - à Assistência de Procedimentos Especiais:
a) controlar os expedientes oriundos do Tribunal de Contas e realizar os procedimentos
administrativos não disciplinares deles decorrentes, no âmbito das atribuições da Procuradoria
Geral do Estado;
b) realizar procedimentos administrativos não disciplinares, conforme atribuição legal ou
regulamentar, especialmente o de reparação de danos previsto na Lei nº 10.177, de 30 de
novembro de 1998;
c) realizar outros procedimentos administrativos não disciplinares por expressa determinação do
Procurador Geral ou do Subprocurador Geral da Consultoria Geral;
II - à Assistência de Gestão de Imóveis:
a) realizar a interlocução da Procuradoria Geral do Estado com os demais órgãos da
Administração Estadual e com outros órgãos e entidades em matéria imobiliária, sem prejuízo das
atribuições das unidades da Área da Consultoria Geral;
b) coordenar e orientar a atuação das unidades da Área da Consultoria Geral para a execução da
política patrimonial imobiliária do Estado;
c) prestar orientação e apoio técnico aos Procuradores do Estado da Área da Consultoria Geral
incumbidos de atuar em matéria imobiliária, com vistas à uniformização de teses e procedimentos;
d) responder consultas jurídicas que envolvam matéria imobiliária, mediante solicitação da
Subprocuradoria Geral da Consultoria Geral;
III - à Assistência Jurídica aos Municípios, prestar assistência jurídica em assuntos de natureza
extrajudicial às Prefeituras e às Câmaras Municipais;
IV - à Assistência de Apoio Operacional:
a) emitir manifestação sobre matéria que lhe foi submetida pelo Subprocurador Geral da
Consultoria Geral;
b) opinar em procedimentos disciplinares, inclusive nos respectivos recursos;
c) manifestar-se sobre minutas de atos convocatórios de licitação, de contratos, convênios e
demais instrumentos de ajuste de interesse da Procuradoria Geral do Estado, cabendolhe opinar
sobre recursos interpostos em certames licitatórios;
d) elaborar minuta de informações em mandado de segurança impetrado contra ato do Procurador
Geral, exceto nas ações que versem sobre matéria fiscal e tributária.
Artigo 26 - As atividades das Assistências a que se referem os artigos 23, 24 e 25 desta lei
complementar poderão ser organizadas em equipes especializadas, sob a coordenação de um
Procurador do Estado Assistente, designado por ato do Procurador Geral.
Parágrafo único - As atribuições das equipes especializadas que integram as Assistências e de
suas respectivas coordenações serão fixadas por ato do Procurador Geral.
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SEÇÃO II
Dos Órgãos de Execução

SUBSEÇÃO I
Disposições Gerais

Artigo 27 - Os órgãos de execução de que trata este capítulo serão integrados por um Procurador
do Estado Chefe, respectivamente, com as seguintes atribuições:
I - orientar, coordenar e superintender a atuação dos Procuradores do Estado e os serviços
administrativos;
II - aplicar os critérios fixados pelo Subprocurador Geral da respectiva área de atuação, para
distribuição do trabalho entre os Procuradores do Estado;
III - desenvolver estratégias para atuação diferenciada em assuntos ou ações judiciais de elevado
valor ou de maior interesse para a Administração Estadual;
IV - zelar pela qualidade técnica, presteza e eficiência do trabalho produzido pelos Procuradores
do Estado, aprovando pareceres jurídicos ou assinando em conjunto peças processuais
consideradas relevantes;
V - avaliar periodicamente o desempenho profissional de cada Procurador do Estado,
comunicando o resultado à Corregedoria Geral, podendo propor ao Procurador Geral a anotação
de elogio em prontuário;
VI - manter sistema de controle de resultados qualitativos e quantitativos para o trabalho
executado nas Áreas do Contencioso e da Consultoria Geral, com o fornecimento de dados
gerenciais que permitam o aprimoramento da atuação jurídica do Estado e de suas autarquias;
VII - decidir sobre questões administrativas, no âmbito de sua competência.
Parágrafo único - Os Procuradores do Estado Chefes serão auxiliados por Procuradores do
Estado Assistentes.
Artigo 28 - As Procuradorias Especializadas, as Procuradorias Regionais, a Procuradoria do
Estado de São Paulo em Brasília e as Consultorias Jurídicas poderão ser divididas em
subunidades para melhor organização dos serviços.
§ 1º - A divisão em subunidades considerará aspectos quantitativos, territoriais e relativos à sua
natureza, complexidade, importância estratégica, valor econômico envolvido e grau de dificuldade
na execução, no que se refere à distribuição dos serviços.
§ 2º - No âmbito da subunidade, o Procurador do Estado designado para a respectiva chefia
exercerá as competências previstas no artigo 27 desta lei complementar, no que couber.
Artigo 29 - Os parâmetros de acompanhamento de recursos pelas Procuradorias Especializadas
e pelas Procuradorias Regionais serão definidos por resolução do Procurador Geral.
Artigo 30 - As Procuradorias Regionais poderão ser reorganizadas por decreto, vedado o
aumento de despesa, observandose a divisão administrativa do Estado, salvo se relevantes
razões de interesse público justificarem composição diversa.

SUBSEÇÃO II
Dos Órgãos de Execução da Área do Contencioso Geral

Da Procuradoria do Contencioso Judicial

Artigo 31 - É atribuição da Procuradoria do Contencioso Judicial a representação do Estado e de


suas autarquias em processos ou em ações de qualquer natureza e objeto, exceto naqueles de
competência privativa de outras Procuradorias. Da Procuradoria do Contencioso Ambiental e
Imobiliário
Artigo 32 - São atribuições da Procuradoria do Contencioso Ambiental e Imobiliário:
I - nas Comarcas da Região Metropolitana de São Paulo - RMSP:
a) representar o Estado e suas autarquias em processos ou ações de qualquer natureza, cujo
objeto principal, incidente ou acessório, verse sobre direitos reais ou possessórios, patrimônio
imobiliário, proteção do meio ambiente e águas de domínio do Estado;
b) promover ações discriminatórias de terras devolutas do Estado e de legitimação de posse,
providenciar a expedição de títulos de domínio e a incorporação ao patrimônio do Estado das que
se encontrarem vagas ou livres de posse legítima, e propor sua destinação, na forma de lei;
c) promover, por via amigável ou judicial, as desapropriações de interesse do Estado e de suas
autarquias;
II - fornecer aos demais órgãos da Procuradoria Geral do Estado os subsídios que lhe forem
solicitados em questões relativas ao patrimônio imobiliário e ambiental do Estado e de suas
autarquias;
III - realizar e desenvolver outras atividades de apoio ao Procurador Geral nos assuntos de
natureza normativa relacionados com o patrimônio imobiliário e ambiental.

Da Procuradoria do Contencioso de Pessoal

Artigo 33 - É atribuição da Procuradoria do Contencioso de Pessoal representar o Estado e suas


autarquias em processos ou ações de qualquer natureza, cujo objeto principal, incidente ou
acessório, verse sobre matéria concernente a servidores públicos.

Da Procuradoria de Execuções

Artigo 34 - É atribuição da Procuradoria de Execuções a representação judicial do Estado e de


suas autarquias nos processos em fase de liquidação e de execução de sentença, até
atendimento final ao requisitório judicial.
§ 1º - A competência da Procuradoria de Execuções abrange as ações que tramitam nas unidades
subordinadas à Subprocuradoria Geral do Contencioso Geral.
§ 2º - O Subprocurador Geral do Contencioso Geral poderá limitar a competência prevista no
“caput” deste artigo, atendendo à necessidade da organização dos serviços.

SUBSEÇÃO III
Dos Órgãos de Execução da Área do Contencioso Tributário-Fiscal

Da Procuradoria Fiscal

Artigo 35 - São atribuições da Procuradoria Fiscal:


I - promover a cobrança da dívida ativa ajuizada do Estado e de suas autarquias;
II - representar o Estado nos processos de inventário, arrolamento, divórcio, falência, recuperação
judicial, bem como em quaisquer outros nos quais houver interesse do Estado em matéria
tributária;
III - defender os interesses do Estado e de suas autarquias nas ações e processos de qualquer
natureza, inclusive mandados de segurança, relativos à matéria tributária;
IV - representar o Estado e suas autarquias em processos ou ações que versem sobre matéria
financeira relacionada com a arrecadação tributária;
V - atuar, como assistente de acusação, nas hipóteses de crimes contra a ordem tributária, se for o
caso.

Da Procuradoria da Dívida Ativa

Artigo 36 - São atribuições da Procuradoria da Dívida Ativa:


I - promover o controle da dívida ativa do Estado e de suas autarquias;
II - realizar os atos de inscrição na dívida ativa, zelando pela sua celeridade e segurança;
III - promover a cobrança da dívida ativa não ajuizada do Estado e de suas autarquias;
IV - gerenciar dados e informações sobre a inscrição e a cobrança da Dívida Ativa.
Parágrafo único - As atribuições previstas neste artigo poderão ser delegadas às Procuradorias
Regionais, conforme disciplina fixada pelo Subprocurador Geral do Contencioso Tributário-Fiscal.

SUBSEÇÃO IV
Das Procuradorias Regionais

Artigo 37 - São atribuições das Procuradorias Regionais:


I - exercer as atribuições definidas nos artigos 31 a 35 desta lei complementar nas respectivas
Comarcas;
II - executar serviços de natureza especial que lhes forem atribuídos pelo Procurador Geral;
III - exercer outras atribuições definidas em lei ou normas regulamentares;
IV - desenvolver as atividades do Centro de Estudos na respectiva unidade, na forma do disposto
nos artigos 46, parágrafo único, e 47, parágrafo único, desta lei complementar.

SUBSEÇÃO V
Da Procuradoria do Estado de São Paulo em Brasília

Artigo 38 - A Procuradoria do Estado de São Paulo em Brasília atuará nos processos judiciais e
administrativos de interesse do Estado e de suas autarquias, em tramitação nos órgãos e tribunais
sediados na Capital Federal.

SUBSEÇÃO VI
Dos Órgãos de Execução da Área da Consultoria Geral

Da Procuradoria Administrativa

Artigo 39 - São atribuições da Procuradoria Administrativa, entre outras:


I - manifestar-se sobre matéria jurídica de especial interesse da Administração Pública Estadual,
em virtude de sua repercussão ou complexidade;
II - acompanhar a atividade jurídico-consultiva da Administração, propondo, quando for o caso, a
uniformização da interpretação e da aplicação de dispositivos constitucionais, legais e
regulamentares;
III - manifestar-se sobre propostas de extensão administrativa de decisões judiciais;
IV - manifestar-se sobre propostas de edição ou de reexame de súmulas de uniformização da
jurisprudência administrativa do Estado.

Da Procuradoria da Fazenda junto ao Tribunal de Contas

Artigo 40 - São atribuições da Procuradoria da Fazenda junto ao Tribunal de Contas, entre outras:
I - representar e defender, com exclusividade, os interesses da Fazenda do Estado perante o
Tribunal de Contas;
II - requerer as medidas previstas na Lei Orgânica do Tribunal de Contas quando verificar a
ocorrência de ilegalidade de ato determinativo de despesas, inclusive na hipótese de contratos,
em relação aos quais não tenha havido manifestação anterior da Procuradoria Geral do Estado ou
a manifestação tenha sido contrária ao ato;
III - opinar verbalmente, ou por escrito, a requerimento próprio, por deliberação do Plenário, das
Câmaras ou mediante despacho da Presidência ou de qualquer Conselheiro, nos processos
sujeitos a fiscalização e julgamento do Tribunal, desde que presente interesse estadual;
IV - participar das sessões do Tribunal Pleno e das Câmaras, manifestando-se nos termos legais e
regimentais;
V - levar ao conhecimento dos órgãos da Administração Direta e Indireta do Estado e do Tribunal
de Contas, para os fins de direito, a ocorrência de qualquer crime, ilegalidade ou irregularidade de
que venha a ter ciência;
VI - remeter à autoridade competente para execução cópia autêntica dos atos de imposição de
multa e das decisões condenatórias de responsáveis em alcance ou de restituição de quantias em
processo de tomada de contas;
VII - velar, supletivamente, pela execução das decisões do Tribunal de Contas;
VIII - interpor os recursos cabíveis e requerer a revisão e rescisão de julgados;
IX - opinar nas matérias de interesse do erário sujeitas à jurisdição e à competência do Tribunal de
Contas;
X - representar ao Subprocurador Geral da Consultoria Geral a respeito de mudança de
entendimento ou reiterada divergência entre a orientação jurídica da Procuradoria Geral do Estado
e as decisões daquela Corte.
Parágrafo único - A atuação dos Procuradores do Estado junto ao Tribunal de Contas observará
as orientações fixadas pelo Procurador Geral e pelo Subprocurador Geral da Consultoria Geral.
Da Procuradoria da Junta Comercial

Artigo 41 - São atribuições da Procuradoria da Junta Comercial exercer as funções de assessoria


e consultoria jurídicas e de fiscalização da Junta Comercial do Estado, cabendo-lhe, ainda, oficiar
em juízo, em matéria e questão relativa à prática de atos de registro público de empresas e de
atividades afins.
Parágrafo único - Aplica-se à Procuradoria da Junta Comercial o disposto nos artigos 44 e 45
desta lei complementar.

Da Procuradoria de Procedimentos Disciplinares

Artigo 42 - São atribuições da Procuradoria de Procedimentos Disciplinares:


I - realizar, desde a portaria inicial até o relatório conclusivo, os procedimentos disciplinares não
regulados por lei especial, em face de servidores da Administração Direta e Autárquica,
independentemente de seu regime jurídico;
II - realizar, excepcionalmente, apurações disciplinares, mediante determinação do Procurador
Geral;
III - estudar, elaborar e propor:
a) instruções de caráter geral e súmulas para uniformização da jurisprudência administrativa do
Estado em matéria de procedimentos disciplinares;
b) medidas para o aprimoramento da celeridade, eficácia e segurança dos procedimentos
disciplinares;
IV - acompanhar, quando for o caso, inquéritos e processos criminais que envolvam servidores do
Estado;
V - requisitar informações a outros órgãos ou entidades da Administração, que serão prestadas no
prazo que for assinado, sob pena de responsabilidade do agente que der causa ao atraso;
VI - prestar orientação técnica em matéria disciplinar às unidades administrativas.

Da Procuradoria de Assuntos Tributários

Artigo 43 - Compete à Procuradoria de Assuntos Tributários prestar consultoria e assessoramento


jurídico em matéria fiscal e em matéria tributária, em especial:
I - emitir parecer jurídico por determinação do Procurador Geral ou dos Subprocuradores Gerais e
por solicitação do Secretário da Fazenda;
II - examinar anteprojetos de lei e minutas de decreto, por determinação do Procurador Geral ou
por solicitação do Secretário da Fazenda;
III - representar objetivando a propositura de ação de controle abstrato de constitucionalidade de
lei ou de ato normativo, bem como elaborar informações e manifestações relativas a essas ações;
IV - elaborar minutas de informações em mandados de segurança e em mandados de injunção
impetrados contra ato do Governador do Estado, do Procurador Geral e do Secretário da Fazenda.
Parágrafo único - A competência de que trata o inciso IV deste artigo poderá ser delegada por
ato do Subprocurador-Geral da Consultoria Geral.

Das Consultorias Jurídicas

Artigo 44 - São atribuições das Consultorias Jurídicas:


I - exercer as atividades de consultoria e assessoramento jurídico em assuntos de interesse dos
órgãos e das entidades atendidos, incluindo a participação em reuniões, realização de estudos,
formulação de propostas e elaboração de instrumentos jurídicos;
II - opinar em procedimentos disciplinares quando provocadas pela autoridade competente e
obrigatoriamente nos casos em que houver recurso;
III - manifestar-se sobre minutas de atos convocatórios de licitação, contratos, convênios e demais
instrumentos de ajuste de interesse da Administração Estadual, cabendo-lhes, a critério da
autoridade competente, opinar sobre recursos interpostos em certames licitatórios;
IV - manifestar-se sobre a constitucionalidade e a legalidade de atos administrativos e de
anteprojetos de lei de interesse dos órgãos e entidades atendidos;
V - prestar assessoramento aos órgãos vinculados às respectivas Pastas, em procedimentos
administrativos em tramitação junto ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas, sempre que
necessário à tutela dos interesses da Administração Estadual;
VI - elaborar minutas de informações em mandados de segurança e em mandados de injunção
impetrados contra ato de autoridade administrativa dos órgãos e entidades atendidos, no âmbito
de sua competência;
VII - encaminhar, prioritariamente, expedientes relativos a ações judiciais, mantendo controle até
sua devolução ao órgão requisitante;
VIII - examinar e encaminhar os autos de processos relativos à cobrança de débitos ao órgão de
execução competente;
IX - propor ao Subprocurador Geral da Consultoria Geral a fixação de diretrizes e a uniformização
de entendimento jurídico entre os órgãos consultivos.
§ 1º - As Secretarias de Estado, a Polícia Civil, a Polícia Militar e as autarquias serão atendidas
por Consultorias Jurídicas específicas.
§ 2º - Caberá aos órgãos e entidades a que se refere o § 1° deste artigo providenciar local
adequado para o funcionamento das respectivas Consultorias Jurídicas, fornecendo-lhes o suporte
administrativo necessário, e definir as autoridades competentes para o encaminhamento dos
expedientes que lhes forem destinados.
Artigo 45 - Será obrigatória a manifestação prévia das Consultorias Jurídicas nos expedientes que
versem sobre:
I - licitação, contratos administrativos e convênios;
II - anteprojetos de lei e minutas de decretos regulamentares;
III - procedimentos disciplinares no âmbito da Administração Direta e Autárquica, ressalvado o
disposto no inciso II do “caput” do artigo 44 desta lei complementar;
IV - edição de súmulas para uniformização da jurisprudência administrativa e extensão
administrativa de decisões judiciais reiteradas.
Parágrafo único - O Procurador Geral poderá dispensar a manifestação das Consultorias
Jurídicas:
1 - nas hipóteses do inciso I deste artigo, quando houver minutas-padrão de editais de licitação, de
contratos, de convênios, e respectivos procedimentos, pré-aprovados pela Procuradoria Geral do
Estado;
2 - nas hipóteses do inciso II deste artigo, em relação a determinadas matérias, em atendimento a
requerimento fundamentado da autoridade competente.

CAPÍTULO VI
Dos Órgãos Auxiliares

SEÇÃO I
Do Centro de Estudos

Artigo 46 - Ao Centro de Estudos, órgão auxiliar da Procuradoria Geral do Estado, compete


promover o aprimoramento profissional e cultural dos Procuradores do Estado, do pessoal técnico
e administrativo e dos estagiários e a melhoria das condições de trabalho, e especialmente:
I - auxiliar na realização do concurso de ingresso na carreira de Procurador do Estado;
II - elaborar, em caráter permanente, estudos, avaliações e propostas para aperfeiçoamento dos
concursos de ingresso e de promoção e dos critérios de recrutamento dos Procuradores do
Estado e de aferição de merecimento;
III - organizar o curso de adaptação à carreira de que trata o artigo 90, § 1º, item 1, desta lei
complementar, e contribuir para a adaptação funcional do Procurador do Estado em estágio
probatório;
IV - organizar e promover cursos, seminários, estágios, treinamentos e atividades correlatas,
visando ao aperfeiçoamento dos Procuradores do Estado, estagiários e servidores da Instituição;
V - organizar e promover cursos de pós-graduação, por meio da Escola Superior da Procuradoria
Geral do Estado - ESPGE, admitida a participação de terceiros interessados, nos termos da
regulamentação;
VI - fomentar a criação de grupos de estudo para discussão de assuntos de interesse institucional
e prestar-lhes suporte administrativo;
VII - promover a divulgação de matéria doutrinária, legislativa e jurisprudencial de interesse da
Instituição;
VIII - editar revistas de estudos jurídicos e boletins periódicos;
IX - efetivar a organização sistemática de pareceres e de trabalhos forenses, bem como da
legislação, doutrina e jurisprudência, relacionados com as atividades e os fins da Administração
Pública;
X - elaborar estudos e pesquisas bibliográficas por solicitação de órgãos da Procuradoria Geral do
Estado;
XI - manter o acervo da Biblioteca Central e registros relativos às Bibliotecas Setoriais;
XII - colaborar com a organização e a conservação dos documentos e arquivos da Procuradoria
Geral do Estado;
XIII - propor ao Procurador Geral a adoção de programas para o melhoramento e a modernização
da infraestrutura dos órgãos da Procuradoria Geral, com utilização de recursos próprios;
XIV - prestar suporte administrativo à Câmara de Integração e Orientação Técnica.
Parágrafo único - O Centro de Estudos poderá descentralizar suas atividades, a fim de facilitar e
incentivar a participação e integração de todos os Procuradores do Estado.
Artigo 47 - O Centro de Estudos será dirigido por um Procurador do Estado Chefe, designado
pelo Procurador Geral e referendado pelo Conselho da Procuradoria Geral do Estado, auxiliado
por Procuradores do Estado Assistentes, nas atividades concernentes a:
I - divulgação;
II - aperfeiçoamento e ajuda financeira;
III - Escola Superior da Procuradoria Geral do Estado - ESPGE;
IV - atividades regionais.
Parágrafo único - O Centro de Estudos contará com a colaboração de um Procurador do Estado
classificado em cadauma das Procuradorias Regionais e da Procuradoria do Estado de São Paulo
em Brasília para, sem prejuízo de suas atribuições, representá-lo nas unidades descentralizadas.
Artigo 48 - A ESPGE tem por finalidade a especialização da advocacia estatal e a difusão do
conhecimento jurídico entre profissionais de escolaridade superior, com a promoção da respectiva
titulação de seus alunos, nos termos da legislação vigente.
Artigo 49 - A ESPGE será integrada por um Conselho Curador, de caráter normativo e
deliberativo, constituído pelos seguintes membros:
I - Procurador do Estado Chefe do Centro de Estudos, como membro nato, que o presidirá;
II - Procurador do Estado Assistente, Coordenador Geral da ESPGE, como membro nato;
III - 5 (cinco) integrantes do corpo docente da ESPGE, dentre eles, no mínimo, 3 (três)
Procuradores do Estado em atividade;
IV - 2 (dois) representantes da comunidade científica, de notório saber jurídico;
V - 1 (um) representante do corpo discente, eleito por seus pares, para um mandato de 2 (dois)
anos, vedada a reeleição.
§ 1º - Os representantes a que se referem os incisos III e IV deste artigo serão escolhidos pelo
Procurador Geral e referendados pelo Conselho da Procuradoria Geral do Estado para mandato
de 2 (dois) anos, permitida uma única recondução.
§ 2º - Caberá ao Conselho Curador aprovar seu regimento interno e também o da ESPGE.
Artigo 50 - O Centro de Estudos disporá de Fundo Especial de Despesa para consecução de
suas finalidades, na forma da lei, constituído de recursos provenientes de dotações orçamentárias
consignadas anualmente no orçamento do Estado e de receitas que lhe forem legalmente
atribuídas, mais as seguintes:
I - doações, auxílios, contribuições, subvenções, patrocínios ou investimentos recebidos de
instituições públicas ou entidades privadas;
II - renda de bens patrimoniais;
III - valores arrecadados a título de inscrição no concurso de ingresso na Procuradoria Geral do
Estado;
IV - valores auferidos com a realização de cursos, seminários, treinamentos, estágios e
publicações;
V - rendimentos financeiros decorrentes da aplicação de saldos disponíveis.
Artigo 51 - Para os fins a que se refere o artigo 46 e para a gestão dos recursos referidos no
artigo 50, contará o Centro de Estudos com o apoio da Coordenadoria de Administração da
Procuradoria Geral do Estado e, ainda, com unidades definidas em decreto para as seguintes
atividades:
I - protocolo e registro de documentos;
II - serviços de administração;
III - material e patrimônio;
IV - biblioteca;
V - apoio às atividades de:
a) publicação e divulgação;
b) formação e aperfeiçoamento;
c) programas de ajuda financeira a Procuradores do Estado e servidores da PGE.
Artigo 52 - Para a consecução de seus objetivos, o Centro de Estudos poderá representar a
Procuradoria Geral do Estado na celebração de termos de cooperação com institutos
educacionais, universidades e instituições e entidades públicas ou privadas nacionais ou
estrangeiras.

SEÇÃO II
Da Câmara de Integração e Orientação Técnica - CIOT

Artigo 53 - A Câmara de Integração e Orientação Técnica - CIOT - tem por finalidade integrar os
órgãos de coordenação setorial para fins de racionalização, uniformização e orientação técnica
das atividades dos órgãos de execução.
§ 1º - A CIOT será composta pelos Subprocuradores Gerais, pelo Procurador do Estado Assessor
de Coordenação de Regionais e pelo Procurador do Estado Chefe da Procuradoria Administrativa,
sob a presidência do Procurador Geral Adjunto.
§ 2º - A critério dos membros da CIOT, poderão ser convidados Procuradores do Estado e demais
servidores da Administração para participar de suas reuniões.
§ 3º - O funcionamento e as atribuições da CIOT serão definidos em resolução do Procurador
Geral.
§ 4º - As deliberações da CIOT serão submetidas a homologação do Procurador Geral, que
determinará as providências para sua efetivação.

SEÇÃO III
Da Câmara de Conciliação da Administração Estadual - CCAE

Artigo 54 - À Câmara de Conciliação da Administração Estadual - CCAE compete buscar solução


de controvérsias de natureza jurídica entre entidades da Administração Estadual, em sede
administrativa, por meio de conciliação.
§ 1º - Compete ao Procurador Geral Adjunto a coordenação dos trabalhos da CCAE, com o auxílio
de Procuradores do Estado conciliadores, designados por ato do Procurador Geral.
§ 2º - A critério dos membros da CCAE, poderão ser convidados Procuradores do Estado e
demais servidores da Administração para participar de suas atividades.
§ 3º - O funcionamento da CCAE será definido em resolução do Procurador Geral.
Artigo 55 - O conciliador e os representantes dos órgãos e das entidades em conflito deverão,
utilizando-se dos meios legais e observados os princípios da Administração Pública, envidar
esforços para que a conciliação se realize.
Artigo 56 - Realizada a conciliação, será lavrado o respectivo termo e submetido à homologação
do Procurador Geral.
Parágrafo único - O termo de conciliação homologado será encaminhado à CCAE.
Artigo 57 - A CCAE poderá solicitar a manifestação da Procuradoria Administrativa sobre questão
jurídica para dirimir a controvérsia, que será submetida ao Procurador Geral, por intermédio do
Subprocurador Geral da Consultoria Geral.

SEÇÃO IV
Do Centro de Estágios

Artigo 58 - Ao Centro de Estágios, coordenado pelo Procurador do Estado Chefe de Gabinete,


compete:
I - propor:
a) as áreas de formação profissional admissíveis para estágio;
b) o número de estagiários de cada área a serem admitidos nos diversos órgãos da Procuradoria
Geral do Estado;
c) normas gerais e específicas para os estágios;
II - selecionar os candidatos, inclusive por meio de entidades conveniadas;
III - credenciar e descredenciar os estagiários, exercendo atividade correcional geral.

CAPÍTULO VII
Da Comissão de Concurso de Ingresso

Artigo 59 - A Comissão de Concurso de Ingresso, colegiado de natureza transitória, incumbida de


processar o concurso de ingresso na carreira de Procurador do Estado, será presidida por um
membro da carreira em efetivo exercício designado pelo Procurador Geral, e integrada,
obrigatoriamente, pelo Procurador do Estado Chefe do Centro de Estudos e por um representante
da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB, Secção de São Paulo, com participação em todas as
suas fases.
§ 1º - O Conselho da Procuradoria Geral do Estado indicará os membros para integrar a
Comissão, escolhidos entre:
1 - preferencialmente, procuradores do Estado da ativa ou aposentados com titulação acadêmica,
especialização ou atuação reconhecida em uma das matérias examinadas;
2 - outros profissionais do Direito com titulação acadêmica correspondente, no mínimo, ao grau de
doutor.
§ 2º - O Presidente da Comissão poderá solicitar aos órgãos da Procuradoria Geral do Estado o
apoio necessário à realização do certame.

CAPÍTULO VIII
Dos Órgãos de Apoio

SEÇÃO I
Da Coordenação dos Órgãos de Apoio

Artigo 60 - Os órgãos de apoio serão coordenados por Procurador do Estado confirmado na


carreira, designado pelo Procurador Geral.

SEÇÃO II
Do Centro de Engenharia, Cadastro Imobiliário e Geoprocessamento - CECIG

Artigo 61 - O Centro de Engenharia, Cadastro Imobiliário e Geoprocessamento - CECIG, e os


Serviços de Engenharia e Cadastro Imobiliário das Procuradorias Regionais são os órgãos
responsáveis pelos trabalhos técnicos de engenharia necessários aos serviços da Procuradoria
Geral do Estado.
Artigo 62 - São atribuições dos órgãos a que se refere o artigo 61 desta lei complementar:
I - inventariar, levantar, demarcar, avaliar e cadastrar os próprios estaduais, ilhas, lagos, lagoas,
rios e respectivos terrenos marginais de domínio do Estado;
II - levantar e avaliar qualquer bem imóvel, quando solicitado pela Administração;
III - organizar e atualizar cadastro geral de próprios estaduais e de imóveis em processo de
incorporação, a qualquer título, especialmente por desapropriação ou ação discriminatória;
IV - auxiliar os Procuradores do Estado nas ações judiciais e indicar representante para atuar
como assistente técnico, quando solicitado.
Parágrafo único - As atividades indicadas nos incisos I a III deste artigo poderão ser executadas
por entidade ou órgão da Administração Estadual, facultado o acompanhamento pelos órgãos a
que se refere o artigo 61 desta lei complementar.

SEÇÃO III
Do Centro de Tecnologia da Informação - CTI
Artigo 63 - Compete ao Centro de Tecnologia da Informação - CTI, desenvolver e orientar a
implantação ou integração de sistemas eletrônicos de informação, de interesse para as atividades
da Procuradoria Geral do Estado.
Parágrafo único - A estrutura e o funcionamento do órgão previsto no “caput” deste artigo serão
fixados por decreto.

CAPÍTULO IX
Da Coordenadoria de Administração - CA

Artigo 64 - Compete à Coordenadoria de Administração - CA, a execução da gestão orçamentária


e financeira da Procuradoria Geral do Estado e o atendimento nas questões relativas às áreas de:
I - patrimônio;
II - infraestrutura material;
III - pessoal e recursos humanos;
IV - transportes;
V - comunicações administrativas.
Parágrafo único - Caberá, ainda, à CA a orientação e supervisão das unidades subsetoriais a ela
vinculadas em relação às atividades previstas neste artigo, conforme estrutura definida em
decreto.
Artigo 65 - O Coordenador de Administração será designado entre Procuradores do Estado
confirmados na carreira e auxiliado por Procuradores do Estado Assistentes e pessoal técnico e
administrativo.
Artigo 66 - São unidades da Coordenadoria de Administração:
I - Departamento de Orçamento e Finanças;
II - Departamento de Recursos Humanos;
III - Departamento de Suprimentos e Atividades Complementares;
IV - Grupo de Apoio Técnico.
§ 1º - Compete ao Departamento de Orçamento e Finanças planejar, gerenciar, coordenar e
executar as atividades relacionadas com os Sistemas de Administração Financeira e
Orçamentária.
§ 2º - Compete ao Departamento de Recursos Humanos planejar, gerenciar, coordenar e executar
as atividades inerentes à administração de recursos humanos.
§ 3º - Compete ao Departamento de Suprimentos e Atividades Complementares planejar,
gerenciar, coordenar e executar os serviços de administração de material e patrimônio, transportes
internos motorizados, manutenção, comunicações administrativas e outras atividades auxiliares.
§ 4º - Compete ao Grupo de Apoio Técnico prestar suporte nas áreas de atuação do Coordenador
da Administração.

CAPÍTULO X
Dos Órgãos Complementares

SEÇÃO I
Do Conselho da Advocacia da Administração Pública Estadual

Artigo 67 - O Conselho da Advocacia da Administração Pública Estadual, constituído para orientar


a atuação uniforme e coordenada dos órgãos jurídicos da administração direta e indireta,
observado o disposto no artigo 3°, inciso XIX, desta lei complementar, será presidido pelo
Procurador Geral e composto pelos seguintes membros:
I - Procurador Geral Adjunto;
II - Subprocuradores Gerais;
III - 5 (cinco) representantes dos órgãos jurídicos das empresas públicas, das sociedades de
economia mista sob controle do Estado e das fundações por ele instituídas ou mantidas,
escolhidos na forma do regulamento, para mandato de 1 (um) ano, permitida uma única
recondução;
IV - Procurador do Estado Assessor Chefe da Assessoria de Empresas e Fundações.
Parágrafo único - As universidades públicas poderão indicar conjuntamente um representante de
seus órgãos jurídicos para compor o Conselho de que trata o “caput” deste artigo.
Artigo 68 - São atribuições do Conselho da Advocacia da Administração Pública Estadual:
I - manifestar-se previamente sobre as propostas de edição de súmulas de uniformização de
jurisprudência administrativa e de extensão administrativa da eficácia de decisões judiciais
reiteradas referentes à Administração Indireta;
II - sugerir medidas para o aprimoramento da legislação estadual ou de sua execução;
III - propor medidas que visem ao aperfeiçoamento e à uniformização de atuação dos órgãos
jurídicos da Administração Estadual;
IV - propor medidas destinadas à correção dos atos praticados em desconformidade com a
orientação jurídica ou as diretrizes fixadas para toda a Administração Estadual e à apuração de
responsabilidades, quando for o caso.

SEÇÃO II
Da Ouvidoria

Artigo 69 - A Ouvidoria da Procuradoria Geral do Estado é o órgão responsável pelo exercício das
competências previstas na legislação estadual, em atendimento à proteção e à defesa do usuário
dos serviços públicos prestados pela Procuradoria Geral do Estado, com estrutura e atribuições
estabelecidas em decreto, observado o seguinte:
I - o Ouvidor da Procuradoria Geral do Estado será designado por ato do Procurador Geral entre
Procuradores do Estado com mais de 5 (cinco) anos de efetivo exercício na carreira e que não
registrem punição de natureza disciplinar nos últimos 5 (cinco) anos, indicados em lista tríplice
formada pelos membros do Conselho, após votação secreta e uninominal;
II - o mandato do Ouvidor será de 2 (dois) anos, permitida uma recondução;
III - o Ouvidor será auxiliado por Procuradores do Estado Subouvidores e substituído por suplente
nos seus impedimentos;
IV - os Procuradores do Estado Subouvidores serão indicados pelo Ouvidor e designados por ato
do Procurador Geral, devendo atuar sem prejuízo das atribuições normais.
Parágrafo único - A Ouvidoria apresentará ao Conselho da Procuradoria Geral do Estado
relatório semestral das atividades do órgão, sugestões e propostas para o aprimoramento do
serviço público.

TÍTULO II
Da Carreira de Procurador do Estado

CAPÍTULO I
Dos Níveis

Artigo 70 - Os cargos de provimento efetivo da carreira de Procurador do Estado são organizados


em níveis, observada a seguinte estrutura:
I - Procurador do Estado Nível I;
II - Procurador do Estado Nível II;
III - Procurador do Estado Nível III;
IV - Procurador do Estado Nível IV;
V - Procurador do Estado Nível V.

CAPÍTULO II
Dos Cargos em Comissão

Artigo 71 - São cargos de provimento em comissão privativos de Procurador do Estado:


I - Procurador Geral do Estado;
II - Procurador do Estado Corregedor Geral;
III - Procurador Geral do Estado Adjunto;
IV - Procurador do Estado Chefe de Gabinete;
V - Subprocurador Geral do Estado.
Parágrafo único - A nomeação para os cargos de que trata este artigo atenderá aos requisitos
previstos nesta lei complementar.

CAPÍTULO III
Das Funções

Artigo 72 - Constituem funções de confiança privativas de Procurador do Estado:


I - Subprocurador Geral Adjunto;
II - Procurador do Estado Assessor, Procurador do Estado Assessor Chefe, Procurador do Estado
Chefe, e Procurador do Estado Ouvidor Geral;
III - Procurador do Estado Assistente, Procurador do Estado Corregedor Geral Adjunto, Procurador
do Estado Coordenador Geral de Administração, Procurador do Estado Coordenador dos Órgãos
de Apoio;
IV - Procurador do Estado Corregedor Auxiliar;
V - Procurador do Estado Chefe de Subunidade.
§ 1º - Para o exercício das funções previstas neste artigo, serão designados Procuradores do
Estado confirmados na carreira, por ato do Procurador Geral, observado o disposto nesta lei
complementar.
§ 2º - As funções de confiança de Procurador do Estado Assessor e de Procurador do Estado
Assistente não poderão exceder a 10% (dez por cento) do número total de cargos efetivos da
carreira de Procurador do Estado.
Artigo 73 - Caberá ao Conselho da Procuradoria Geral do Estado deliberar sobre a fixação das
atribuições das funções de confiança previstas nesta lei complementar, mediante proposta do
Procurador Geral.

CAPÍTULO IV
Da Lotação e da Classificação

Artigo 74 - Os Procuradores do Estado serão lotados na Procuradoria Geral do Estado e


classificados nos órgãos de execução pelo Procurador Geral.
Parágrafo único - Para efeito do disposto no “caput” deste artigo, as consultorias jurídicas
previstas no artigo 44 desta lei complementar, sediadas no mesmo município, serão consideradas,
em seu conjunto, um único órgão de execução.
Artigo 75 - Caberá ao Conselho deliberar sobre o número de Procuradores do Estado destinados
a cada um dos órgãos da Procuradoria Geral do Estado e os requisitos necessários para a
respectiva classificação, mediante proposta do Procurador Geral.

CAPÍTULO V
Do Concurso de Ingresso

Artigo 76 - O ingresso na carreira de Procurador do Estado se dará mediante aprovação prévia


em concurso público de provas e títulos, e será realizado quando houver, no mínimo, 20 (vinte)
cargos vagos a serem preenchidos, mediante autorização do Governador do Estado.
§ 1º - O concurso compreenderá provas escritas e prova oral, ambas com caráter eliminatório, e
avaliação de títulos.
§ 2º - Na avaliação de títulos somente serão computáveis:
1 - título de doutor em direito conferido por Faculdade de Direito oficial ou reconhecida, ou por
Escola de Direito estrangeira de reconhecido valor;
2 - título de docente, por concurso, em Faculdade de Direito oficial ou reconhecida;
3 - diploma ou certificado de conclusão de curso de especialização, mestrado, extensão
universitária ou equivalente, com duração mínima de 2 (dois) anos, ministrado por Faculdade de
Direito oficial ou reconhecida, ou por Escola de Direito estrangeira de reconhecido valor;
4 - obra jurídica editada;
5 - exercício, por mais de 1 (um) ano, de cargo, emprego ou função de natureza jurídica em
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações;
6 - estágio, como estudante de Direito, na Procuradoria Geral do Estado com duração de ao
menos 1 (um) ano;
Artigo 77 - O ingresso na carreira se dará no cargo de Procurador do Estado Nível I.
Artigo 78 - O Conselho indicará os membros que comporão a Comissão de Concurso de
Ingresso, observado o disposto no artigo 59 desta lei complementar.
Artigo 79 - O edital conterá as matérias sobre as quais versarão as provas, respectivos
programas e critérios de avaliação dos títulos, assim como o número de cargos vagos existentes.
Artigo 80 - São requisitos para inscrição:
I - ser brasileiro nato ou naturalizado;
II - haver recolhido ao Fundo Especial de Despesa do Centro de Estudos a taxa de inscrição
fixada no edital.
§ 1º - O edital poderá estabelecer outros requisitos para inscrição ou aprovação no concurso de
ingresso, especialmente nota mínima para aprovação em cada matéria, bem com o limite máximo
de candidatos aprovados na segunda prova escrita, obedecendo-se a classificação em ordem
decrescente do total de pontos obtidos na primeira prova.
§ 2º - O Conselho fixará o valor da taxa d e inscrição e fará constar do edital o prazo de validade
do concurso e a possibilidade de aproveitamento de candidatos habilitados, observada a ordem de
classificação, em número não superior ao dobro das vagas existentes na data da abertura do
certame.
Artigo 81 - A lista de classificação será elaborada pelo Conselho e encaminhada ao Procurador
Geral para homologação e publicação.

CAPÍTULO VI
Da Nomeação

Artigo 82 - Os cargos iniciais da carreira de Procurador do Estado serão providos em caráter


efetivo, por nomeação, obedecida a ordem de classificação no concurso público de que trata o
capítulo anterior.

CAPÍTULO VII
Da Posse e do Compromisso

Artigo 83 - Os Procuradores serão empossados pelo Procurador Geral, em sessão solene do


Conselho da Procuradoria Geral do Estado, mediante assinatura de termo de compromisso em
que o empossado prometa cumprir fielmente os deveres do cargo.
Parágrafo único - É de 30 (trinta) dias, contados da publicação do decreto de nomeação, o prazo
para a posse de Procurador do Estado, prorrogável por igual período a critério do Procurador
Geral, sob pena de insubsistência do ato de provimento.
Artigo 84 - São condições para a posse:
I - ter aptidão física e psíquica, comprovada por laudo médico oficial, nos termos da legislação
pertinente;
II - estar quite com o serviço militar ou o serviço alternativo atribuído pelas Forças Armadas, na
forma da lei;
III - estar quite com a Justiça Eleitoral e em gozo dos direitos políticos;
IV - estar inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil - OAB, na condição de Advogado;
V - ter boa conduta, comprovada por declaração do próprio interessado de que:
a) não teve condenação criminal definitiva;
b) não teve aplicação de pena de demissão nos últimos 5 (cinco) anos ou de demissão a bem do
serviço público nos últimos 10 (dez) anos;
VI - apresentar declaração de bens.

CAPITULO VIII
Da Classificação e do Exercício

Artigo 85 - O Procurador do Estado deverá entrar em exercício no prazo de 30 (trinta) dias a


contar da posse, prorrogável por igual período, a critério do Procurador Geral, sob pena de
exoneração.
§ 1º - O Procurador do Estado empossado será provisoriamente classificado no Gabinete do
Procurador Geral, à disposição do Centro de Estudos, iniciando o exercício do cargo pela
frequência às atividades que lhe forem programadas pelo referido órgão.
§ 2º - A duração das atividades a que se refere o § 1° deste artigo será determinada por ato do
Procurador Geral.
Artigo 86 - O Conselho da Procuradoria Geral do Estado convocará os Procuradores empossados
para a escolha de vagas, por ordem de classificação no concurso de ingresso.
§ 1º - Para efeito do disposto no “caput” deste artigo, não serão disponibilizadas vagas na
Procuradoria Administrativa e na Procuradoria de Assuntos Tributários.
§ 2º - O Procurador do Estado que não atender à convocação a que se refere o “caput” deste
artigo perderá o direito à escolha da vaga.
Artigo 87 - O Procurador Geral classificará os empossados nos órgãos de execução da
Procuradoria Geral do Estado, de conformidade com a escolha a que se refere o artigo 86 desta
lei complementar, ou de ofício, na hipótese do § 2º do mesmo artigo.
Artigo 88 - Em caso de mudança de sede de exercício, será concedido período de trânsito de até
8 (oito) dias, a contar da publicação do ato que determinar a nova classificação.
Artigo 89 - Nas hipóteses de reingresso na carreira, o Procurador do Estado terá o prazo de 10
(dez) dias para entrar em exercício, a contar da publicação do ato de classificação.

CAPÍTULO IX
Do Estágio Probatório

Artigo 90 - Os 3 (três) primeiros anos de exercício no cargo de Procurador do Estado servirão


para verificação do preenchimento dos requisitos mínimos necessários à sua confirmação na
carreira.
§ 1º - Constituem requisitos de que trata este artigo:
1 - certificado de frequência no curso de adaptação à carreira;
2 - conduta profissional compatível com o exercício do cargo.
§ 2º - Nas hipóteses dos incisos I a III do artigo 115 desta lei complementar, os requisitos para
confirmação na carreira deverão ser cumpridos após cessado o afastamento.
Artigo 91 - A verificação do cumprimento dos re-quisitos de que trata o artigo 90 desta lei
complementar será feita pela Corregedoria da Procuradoria Geral do Estado, que remeterá ao
Conselho, até 120 (cento e vinte) dias antes do término do estágio, relatório circunstanciado sobre
a conduta e o desempenho profissional do Procurador do Estado, concluindo,
fundamentadamente, sobre sua confirmação ou exoneração.
Parágrafo único - O Conselho abrirá o prazo de 10 (dez) dias para defesa do interessado, caso o
parecer da Corregedoria seja pela exoneração, e decidirá pelo voto da maioria absoluta dos seus
membros.
Artigo 92 - O Procurador Geral expedirá o ato de exoneração do Procurador de Estado em
estágio probatório quando:
I - o Conselho manifestar-se contrariamente à confirmação;
II - o interessado não houver concluído o curso de adaptação à carreira.

CAPÍTULO X
Do Regime de Trabalho

Artigo 93 - Os Procuradores do Estado sujeitam-se a Jornada Integral de Trabalho, caracterizada


pela exigência da prestação de 40 (quarenta) horas semanais de trabalho, com dedicação
exclusiva, vedado o exercício da advocacia fora do âmbito das atribuições previstas nesta lei
complementar.

CAPÍTULO XI
Da Promoção

Artigo 94 - A promoção consiste na elevação do cargo do Procurador do Estado para nível


imediatamente superior na carreira.
Artigo 95 - A promoção será processada anualmente pelo Conselho da Procuradoria Geral do
Estado, segundo os critérios alternativos de antiguidade e de merecimento, em proporções iguais.
§ 1º - Poderá concorrer à promoção o Procurador do Estado que no dia 31 de dezembro do ano a
que corresponder a promoção tenha cumprido o interstício a que se refere o artigo 97 desta lei
complementar.
§ 2º - A promoção produzirá efeitos a partir do dia 1º de janeiro do ano seguinte ao que
corresponder à promoção.
§ 3º - A abertura do concurso de promoção dar-se-á, anualmente, no mês de janeiro.
§ 4º - Obedecido o interstício e as demais exigências estabelecidas em decreto, poderão ser
beneficiados com a promoção 15% (quinze por cento) do contingente integrante de cada um dos
níveis dos cargos de Procurador do Estado, em atividade, existente na data da abertura do
processo de promoção.
§ 5º - Quando o contingente integrante do nível for igual ou inferior a 6 (seis) Procuradores do
Estado, poderá ser beneficiado com a promoção 1 (um) Procurador, desde que atendidas as
exigências legais.
§ 6º - Na vacância, os cargos dos níveis II a V retornarão ao nível inicial da carreira.
Artigo 96 - A participação no concurso de promoção depende de inscrição do interessado.
Artigo 97 - Somente poderá concorrer à promoção o integrante da carreira de Procurador do
Estado que contar, no mínimo, 3 (três) anos de efetivo exercício no respectivo nível.
§ 1º - Serão computados para os fins do disposto no “caput” deste artigo os afastamentos
previstos no artigo 78 do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, e o
período de licença para tratamento de saúde não excedente a 90 (noventa) dias, por interstício.
§ 2º - Para efeito de promoção por antiguidade, também serão computados os afastamentos
previstos nos artigos 79, 80 e 82 do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado, e 125, §
1º, da Constituição Estadual.
§ 3º - Não se aplica o disposto no “caput” deste artigo se não houver Procurador do Estado que
preencha tal requisito.
Artigo 98 - Não podem concorrer à promoção por merecimento:
I - os membros efetivos do Conselho;
II - o Procurador do Estado que tenha reingressado na carreira há menos de 6 (seis) meses,
exceto no caso de reintegração;
III - o Procurador do Estado que tenha sofrido punição em procedimento administrativo disciplinar
nos 3 (três) anos anteriores à data da abertura do concurso.
Artigo 99 - A antiguidade será apurada pelo tempo de efetivo exercício no nível.
§ 1º - O Procurador Geral fará publicar no Diário Oficial do Estado, em janeiro de cada ano, a lista
de antiguidade dos Procuradores do Estado por nível da carreira, contando em dias o tempo de
serviço no nível, na carreira e no serviço público estadual.
§ 2º - As reclamações contra a lista de antiguidade deverão ser apresentadas no prazo de 5
(cinco) dias da respectiva publicação.
§ 3º - O empate na classificação por antiguidade resolver-se-á favoravelmente ao candidato que
tiver:
1 - maior tempo de serviço na carreira;
2 - maior tempo de serviço público estadual;
3 - maior idade;
4 - mais encargos de família.
Artigo 100 - O mérito, para efeito de promoção, será aferido segundo critérios estabelecidos em
deliberação do Conselho da Procuradoria Geral do Estado, que observará a competência
profissional, eficiência no exercício da função pública, dedicação, pontualidade e zelo no
cumprimento das obrigações funcionais, aprimoramento da cultura jurídica e serviços relevantes
para a instituição.
§ 1º - Os elementos indispensáveis à avaliação do mérito serão considerados a partir das
condições existentes na precedente promoção por antiguidade ou por merecimento, inclusive no
que se refere ao resultado das avaliações periódicas de desempenho profissional.
§ 2º - O integral cumprimento de mandato de membro do Conselho da Procuradoria Geral do
Estado terá peso qualificado na aferição de merecimento para efeito de concurso de promoção.
§ 3º - O disposto no § 2° deste artigo aplica-se também aos membros natos do Conselho, desde
que o tenham integrado durante, pelo menos, 2 (dois) anos.
Artigo 101 - O Conselho designará Comissão de Promoção, composta por Procuradores do
Estado confirmados na carreira,assegurada a representação paritária das áreas de atuação, com
os objetivos de auxiliar na avaliação do merecimento, segundo os critérios definidos em
deliberação, e de fornecer subsídios para a elaboração da respectiva lista de classificação.
§ 1º - O Conselho fará publicar a lista de classificação por merecimento no Diário Oficial do
Estado, contando-se da publicação o prazo de 5 (cinco) dias para recurso.
§ 2º - O recurso será decidido pelo Conselho, por maioria simples, ouvida a Comissão de
Promoção.
Artigo 102 - O Conselho elaborará e encaminhará ao Procurador Geral, para as providências
cabíveis, a lista consolidada de classificação dos candidatos por ambos os critérios, indicando em
separado aqueles que alcançaram o direito à promoção, de acordo com o número de vagas.

CAPÍTULO XII
Das Remoções

Artigo 103 - A classificação dos integrantes da carreira de Procurador do Estado somente poderá
ser alterada:
I - por iniciativa do Procurador do Estado nos seguintes casos:
a) concurso de remoção;
b) permuta, a critério do Procurador Geral, ouvidos os Subprocuradores Gerais;
c) união de cônjuges ou companheiros, inclusive na hipótese de união estável homoafetiva;
II - em razão do interesse público, mediante deliberação motivada de 2/3 (dois terços) dos
membros do Conselho, nos seguintes casos:
a) de ofício;
b) compulsoriamente, após a conclusão de procedimento disciplinar.
§ 1º - É vedada a inscrição em concurso de remoção de Procurador do Estado afastado da
carreira.
§ 2º - A remoção por concurso consiste em procedimento realizado pelo Conselho da Procuradoria
Geral do Estado, no qual se assegure a divulgação das vagas a serem preenchidas e a
possibilidade de escolha pelos interessados, observado o critério de antiguidade, nos termos do
edital de abertura do certame.
§ 3º - A abertura do concurso a que se refere o § 2° deste artigo será deliberada pelo Conselho da
Procuradoria Geral do Estado, mediante proposta do Procurador Geral, da qual constará a relação
de vagas, podendo haver a reserva de até ¼ (um quarto) destas para provimento por futuros
integrantes da carreira aprovados no respectivo concurso de ingresso.
§ 4º - A remoção por permuta não será admitida se o Procurador do Estado interessado estiver
afastado da carreira ou não possa assumir as funções no novo órgão de classificação no prazo de
30 (trinta) dias, salvo as hipóteses de afastamento legal pelo período de até 6 (seis) meses.
§ 5º - A remoção a que se refere a alínea “c” do inciso I deste artigo dependerá da existência de
vaga e da conveniência do serviço, não sendo admitida se demonstrado prejuízo para o órgão de
classificação.
Artigo 104 - A classificação de integrantes da Área da Consultoria Geral na Procuradoria
Administrativa se dará sem observância do disposto no artigo 103 desta lei complementar, após
oitiva do Subprocurador Geral da Área da Consultoria Geral e da manifestação do Procurador do
Estado interessado.
Parágrafo único - A classificação de integrantes das demais áreas de atuação na Procuradoria
Administrativa observará o disposto no artigo 103, inciso II, “a”, desta lei complementar.

CAPÍTULO XIII
Do Reingresso

Artigo 105 - O reingresso na carreira de Procurador do Estado se dará somente por reintegração,
reversão ou aproveitamento.
Artigo 106 - Reintegração é o reingresso do Procurador do Estado em decorrência de decisão
judicial transitada em julgado.
Artigo 107 - Reversão é o reingresso do Procurador do Estado aposentado por invalidez quando
insubsistentes as razões que determinaram o ato de aposentação.
§ 1º - A reversão somente poderá efetivar-se quando, em inspeção médica, ficar comprovada a
capacidade para o exercício do cargo.
§ 2º - Na reversão de ofício poderá ser suspenso o pagamento dos respectivos proventos caso o
inativo, injustificadamente, não se apresente para a realização da inspeção de saúde.
§ 3º - Constatada a insubsistência das condições que impuseram a inativação, será deflagrado
procedimento de invalidação do ato de aposentação.
§ 4º - Anulado o ato de aposentadoria, o servidor que não assumir o exercício no prazo legal
deverá ter instaurado contra si processo administrativo disciplinar, por inassiduidade ou abandono
de cargo, conforme o caso.
§ 5º - A reversão se fará em cargo vago, elevado ao mesmo nível em que se encontrava o
aposentado no momento de sua aposentadoria, sendo o tempo de afastamento por tal motivo
considerado apenas para efeito de nova aposentadoria.
Artigo 108 - Aproveitamento é o reingresso do Procurador do Estado em disponibilidade.
§ 1º - O aproveitamento será obrigatório na primeira vaga e se efetivará mediante elevação do
cargo vago ao mesmo nível em que se encontrava o interessado no momento da declaração de
disponibilidade.
§ 2º - Em nenhum caso poderá se efetivar o aprovei¬tamento sem que, mediante inspeção
médica, fique provada a capacidade para o exercício do cargo.
§ 3º - Será tornado sem efeito o ato de aproveitamento e cessada a disponibilidade do Procurador
do Estado que não comparecer à inspeção de saúde ou não assumir o exercício no prazo legal.
§ 4º - Será aposentado no cargo que ocupava o Procurador do Estado em disponibilidade que, em
inspeção de saúde, for julgado incapaz para o seu exercício.

CAPÍTULO XIV
Da Exoneração, da Demissão e da Aposentadoria

Artigo 109 - A exoneração será concedida ao Procurador do Estado mediante requerimento, com
efeito retroativo à data do protocolo.
Artigo 110 - A demissão do Procurador do Estado só poderá ocorrer em decorrência de processo
administrativo disciplinar, assegurada a ampla defesa, na forma dos artigos 147 e seguintes desta
lei complementar.
Artigo 111 - O Procurador do Estado aposentado não perderá seus direitos, vantagens e
prerrogativas, ficando-lhe assegurados aqueles atribuídos aos Procuradores do Estado em
atividade, salvo os incompatíveis com a sua condição de inativo.

TÍTULO III
Dos Direitos, das Garantias e das Prerrogativas do Procurador do Estado

CAPÍTULO I
Das Férias, Licenças e Afastamentos

Artigo 112 - O Procurador do Estado terá direito ao gozo de 30 (trinta) dias de férias anuais,
podendo ser divididas em períodos de 15 (quinze) dias.
Parágrafo único - É proibida a acumulação de férias, salvo por absoluta necessidade de serviço e
pelo máximo de 2 (dois) anos consecutivos.
Artigo 113 - Sem prejuízo dos vencimentos e vantagens pecuniárias, conceder-se-á licença:
I - para tratamento de saúde;
II - por motivo de doença do cônjuge, companheiro(a), inclusive na hipótese de união estável
homoafetiva, parentes consanguíneos e afins, em linha reta, até o 2º grau;
III - maternidade;
IV - paternidade;
V - adoção;
VI - prêmio;
VII - para casamento;
VIII - por luto, em virtude de falecimento do cônjuge, companheiro(a), inclusive na hipótese de
união estável homoafetiva, filhos, enteados, pais, padrasto ou madrasta e irmãos, até 8 (oito) dias;
IX - por luto, em virtude de falecimento dos avós, netos e sogros, até 2 (dois) dias;
X - por acidente de trabalho ou doença profissional;
XI - compulsoriamente, como medida profilática, nos termos do Estatuto dos Funcionários Públicos
Civis do Estado;
XII - em outros casos previstos em lei.
Artigo 114 - O Procurador do Estado, após 5 (cinco) anos de efetivo exercício, poderá requerer
licença, com prejuízo dos vencimentos e vantagens pecuniárias, para tratar de assuntos
particulares, pelo prazo de 2 (dois) anos, podendo ser negada se inconveniente ao interesse do
serviço.
Parágrafo único - Não será concedida nova licença antes de decorridos 10 (dez) anos do término
da anterior.
Artigo 115 - Os afastamentos de qualquer natureza somente serão concedidos mediante prévia
aprovação do Conselho da Procuradoria Geral do Estado, sob pena de nulidade do ato, exceto
para exercer:
I - mandato eletivo;
II - mandato em entidade de classe de Procurador do Estado;
III - cargo de Ministro de Estado, de Secretário de Estado ou equivalentes.
Parágrafo único - É vedado o afastamento durante o estágio probatório, exceto para a
participação em certames científicos de duração inferior a 1 (uma) semana e nas hipóteses
mencionadas nos incisos I, II e III deste artigo.
Artigo 116 - Após 5 (cinco) anos ininterruptos de serviço público, em que não haja sofrido
penalidade disciplinar, é assegurado o direito a licença-prêmio de 90 (noventa) dias, de que trata o
inciso VI do artigo 113 desta lei complementar, observando-se os demais termos e condições do
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado.
Artigo 117 - São considerados como de efetivo exercício, para todos os efeitos legais, os dias em
que o Procurador do Estado não estiver exercendo suas funções em razão de:
I - licenças previstas no artigo 113, sendo que as previstas nos incisos I e II deverão observar o
disposto no artigo 97, § 1°, desta lei complementar;
II - férias;
III - período de trânsito;
IV - afastamentos previstos nos artigos 115 e 143, inciso I, ambos desta lei complementar.

CAPÍTULO II
Das Prerrogativas e das Garantias

Artigo 118 - São prerrogativas e garantias do Procurador do Estado, além das previstas em lei,
notadamente a que dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil -
OAB:
I - não ser constrangido, por qualquer modo ou forma, a agir em desconformidade com a sua
consciência ético-profissional;
II - requisitar auxílio e colaboração das autoridades públicas para o exercício de suas atribuições;
III - requisitar das autoridades competentes certidões, informações, autos de processo
administrativo, documentos e diligências necessários ao desempenho de suas funções nos prazos
e condições fixadas em decreto;
IV - utilizar-se dos meios de comunicação estaduais quando o interesse do serviço o exigir;
V - postular em juízo ou fora deste sem instrumento de mandato e com dispensa de emolumentos
e custas;
VI - ter garantida a irredutibilidade de vencimentos, nos termos da Constituição Federal;
VII - obter, sem custo, a carteira funcional;
VIII - obter, mediante reembolso, o custeio da anuidade da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB;
IX - dispor de instalações condignas e compatíveis com o exercício de suas funções;
X - ter acesso a dados e informações relativos à sua pessoa existentes nos órgãos da
Procuradoria Geral do Estado, com direito à retificação e à complementação dos mesmos, se o
caso;
XI - computar como tempo de serviço público estadual, para todos os fins, exceto aposentadoria, o
tempo de estágio na Procuradoria Geral do Estado de São Paulo;
XII - ter garantida a inviolabilidade por seus atos e manifestações no exercício de suas funções,
observado o disposto no inciso III do artigo 122 desta lei complementar;
XIII - ter garantida a inamovibilidade em relação ao órgão de execução em que estiver
classificado, ressalvadas as hipóteses de remoção, nos termos dos artigos 103 e 104 desta lei
complementar.
Artigo 119 - Em caso de infração penal imputada a Procurador do Estado, a autoridade policial,
dela tomando conhecimento, comunicará o fato ao Procurador Geral.
Artigo 120 - A prisão de Procurador do Estado, em qualquer circunstância, será imediatamente
comunicada ao Procurador Geral, sob pena de responsabilidade, e será cumprida nos termos da
lei que dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil - OAB.

TÍTULO IV
Dos Deveres, Proibições e Impedimentos

CAPÍTULO I
Dos Deveres e das Proibições

Artigo 121 - São deveres do Procurador do Estado, entre outros previstos em lei:
I - defender a ordem jurídica, pugnar pela boa aplicação das leis vigentes e pela celeridade da
administração da justiça;
II - desempenhar com zelo e presteza, dentro dos prazos, os serviços a seu cargo e os que, na
forma da lei, lhe forem atribuídos pelo Procurador Geral;
III - proceder na vida pública e privada de forma que dignifique a função pública;
IV - zelar pelos bens confiados à sua guarda;
V - observar, nos casos indicados em lei, sigilo quanto à matéria dos procedimentos judiciais e
administrativos em que atuar, sendo pessoalmente responsável por toda manifestação, em
qualquer meio de divulgação, a respeito de matéria judicial ou administrativa a seu cargo;
VI - residir na sede de exercício, salvo autorização do Procurador Geral;
VII - manter assiduidade;
VIII - representar sobre irregularidades que afetem o bom desempenho de suas atribuições;
IX - sugerir providências tendentes ao aperfeiçoamento dos serviços;
X - manter atualizados os seus dados pessoais e curriculares.
Artigo 122 - Além das proibições decorrentes do exercício de cargo público, ao Procurador do
Estado é vedado:
I - aceitar cargo, emprego ou função pública fora dos casos autorizados em lei;
II - exercer a advocacia fora do âmbito das atribuições institucionais;
III - empregar em qualquer expediente oficial, ou intervenção oral, expressão ou termo
incompatíveis com o dever de urbanidade, tal como definido pelo Código de Ética e Disciplina da
Ordem dos Advogados do Brasil - OAB;
IV - valer-se da qualidade de Procurador do Estado para obter qualquer vantagem;
V - exercer o magistério em desacordo com a Constituição Federal, observadas as diretrizes
fixadas pelo Procurador Geral e pelo Corregedor Geral.

CAPÍTULO II
Dos Impedimentos e das Suspeições

Artigo 123 - É defeso ao Procurador do Estado exercer suas funções em processo judicial ou
administrativo:
I - em que seja parte ou de qualquer forma interessado;
II - em que haja atuado como advogado de qualquer das partes;
III - em que seja parte ou tenha interesse cônjuge ou companheiro, parente consanguíneo ou afim,
em linha reta ou colateral, até o terceiro grau;
IV - nos casos previstos na legislação processual e na lei que dispõe sobre o Estatuto da
Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil - OAB.
Artigo 124 - O Procurador do Estado não poderá participar de Comissão ou Banca de Concurso,
intervir no seu julgamento e votar sobre organização de lista para promoção, quando concorrer
parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, bem como seu
cônjuge ou companheiro.
Artigo 125 - Não poderão servir sob a chefia imediata de Procurador do Estado o seu cônjuge ou
companheiro e parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.
Artigo 126 - O Procurador do Estado dar-se-á por suspeito quando:
I - houver interesse moral;
II - houver proferido parecer favorável à pretensão deduzida em juízo pela parte adversa;
III - ocorrer qualquer dos demais casos previstos na legislação processual.
Artigo 127 - Nas hipóteses previstas neste capítulo, o Procurador do Estado comunicará ao seu
superior hierárquico imediato, em expediente próprio, os motivos do impedimento ou da
suspeição, para que este os acolha ou rejeite.
Parágrafo único - Aplicam-se ao Procurador Geral as disposições deste capítulo, observado o
seguinte:
1 - nos casos de procedimento disciplinar, será observado o disposto no artigo 168 desta lei
complementar;
2 - nos demais casos, o Procurador Geral, em ato fundamentado, encaminhará a matéria ao seu
substituto legal ou a submeterá ao Governador.

TÍTULO V
Do Regime Disciplinar

CAPÍTULO I
Das Atividades Correcionais

Artigo 128 - Além de vistorias e de inspeções, a atividade funcional dos integrantes da carreira de
Procurador do Estado está sujeita a:
I - correição permanente;
II - correição ordinária;
III - correição extraordinária.
Artigo 129 - Correição permanente é a realizada pelos chefes dos órgãos de execução da
Procuradoria Geral do Estado, sem prejuízo da competência da Corregedoria.
§ 1º - Fica assegurado ao responsável pela correição permanente o livre acesso aos arquivos
existentes na respectiva unidade, que contenham os trabalhos executados pelo Procurador do
Estado.
§ 2º - Compete ao Procurador do Estado Chefe informar ao Corregedor Geral os dados relevantes
extraídos das correições permanentes, quando for o caso.
Artigo 130 - Correição ordinária é a realizada bienalmente pelo Corregedor Geral e pelos
Corregedores Auxiliares em todos os órgãos da Procuradoria Geral do Estado para verificar a
regularidade e a eficiência dos serviços, bem como a atuação do Procurador do Estado em
exercício na respectiva unidade.
Parágrafo único - A periodicidade prevista neste artigo poderá ser reduzida em relação a
qualquer órgão da Procuradoria Geral do Estado, a critério do Corregedor Geral.
Artigo 131 - Correição extraordinária é a realizada pelo Corregedor Geral e pelos Corregedores
Auxiliares, de ofício ou por determinação do Procurador Geral.
Artigo 132 - Qualquer pessoa poderá representar ao Corregedor Geral sobre abusos, erros ou
omissões cometidos por integrantes da carreira de Procurador do Estado.
Artigo 133 - Concluída a correição, o Corregedor Geral apresentará ao Procurador Geral relatório
circunstanciado dos fatos apurados e das providências adotadas, propondo as que excedam às
suas atribuições.

CAPÍTULO II
Das Infrações, Penalidades e Prescrição

Artigo 134 - Os Procuradores do Estado são passíveis das seguintes sanções disciplinares:
I - repreensão;
II - suspensão;
III - multa;
IV - demissão;
V - demissão a bem do serviço público;
VI - cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
Artigo 135 - As sanções previstas no artigo 134 desta lei complementar serão aplicadas:
I - a de repreensão, em casos de indisciplina ou falta de cumprimento dos deveres;
II - a de suspensão, que não excederá a 90 (noventa) dias, será aplicada em caso de falta grave
ou de reincidência;
III - a de multa será aplicada na forma e nos casos expressamente previstos em lei ou
regulamento;
IV - a de demissão, nos casos de:
a) abandono de cargo, consistente na interrupção do exercício pelo Procurador do Estado por
mais de 30 (trinta) dias consecutivos;
b) inassiduidade, por ausência ao serviço, sem causa justificável, por mais de 45 (quarenta e
cinco) dias, interpoladamente, no período de 12 (doze) meses;
c) procedimento irregular de natureza grave;
d) ineficiência no serviço;
e) aplicação indevida de recursos públicos;
f) exercício da advocacia fora do âmbito das atribuições institucionais;
V - a de demissão a bem do serviço público, nos casos de:
a) lesão dolosa aos cofres públicos, dilapidação do patrimônio estadual ou de bens confiados à
sua guarda;
b) aceitação ilegal de cargo, emprego ou função pública;
c) exercício da advocacia contra o Estado de São Paulo e suas autarquias;
d) prática de ato com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública;
e) prática de ato definido como crime contra a Administração Pública, a fé pública e a Fazenda
Estadual, ou previsto nas leis relativas à segurança e à defesa nacional;
f) prática de outros atos definidos como crime apenados com reclusão ou crime inafiançável e
imprescritível, nos termos da Constituição Federal;
g) prática de ato definido em lei como crime contra o Sistema Financeiro, ou de lavagem ou
ocultação de bens, direitos ou valores;
h) prática de ato definido em lei como de improbidade;
VI - cassação de aposentadoria ou disponibilidade, nos casos de infração punível com demissão
ou demissão a bem do serviço público, praticada durante o exercício de cargo.
§ 1º - A pena de suspensão acarreta a perda dos direitos e das vantagens decorrentes do
exercício do cargo, não podendo ter início durante os períodos de férias ou de licença do infrator.
§ 2º - A autoridade que aplicar a pena de suspensão poderá convertê-la em multa, na base de
50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, devendo o Procurador do
Estado, neste caso, permanecer em exercício.
§ 3º - Considera-se reincidência, para os efeitos desta lei complementar, a prática de nova
infração, dentro de 5 (cinco) anos, contados do cumprimento da sanção disciplinar.
Artigo 136 - Na aplicação das penas disciplinares, considerar- se-ão os antecedentes do infrator,
a natureza e a gravidade da infração, as circunstâncias em que foi praticada e os danos que dela
resultaram ao serviço público.
Artigo 137 - As penas serão impostas pela autoridade competente, após prévia manifestação do
Conselho da Procuradoria Geral do Estado no processo administrativo disciplinar ou sindicância,
conforme o caso, devendo constar do assentamento individual do punido.
Artigo 138 - Para aplicação das penalidades previstas no artigo 134 desta lei complementar, são
competentes:
I - o Governador;
II - o Procurador Geral.
Artigo 139 - Extingue-se a punibilidade pela prescrição:
I - em 2 (dois) anos, da infração punível com repreensão, suspensão ou multa;
II - em 5 (cinco) anos, da infração punível com demissão, demissão a bem do serviço público e
cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
III - no prazo da prescrição em abstrato da pena criminal, se for superior a 5 (cinco) anos, na
hipótese de a infração ser prevista em lei como infração penal.
Artigo 140 - A prescrição começa a correr:
I - do dia em que a falta for cometida;
II - do dia em que tenha cessado a continuação ou a permanência, nas faltas continuadas ou
permanentes.
§ 1º - Interrompe a prescrição a portaria que instaura sindicância ou a que instaura processo
administrativo.
§ 2º - O lapso prescricional corresponde:
1 - na hipótese de desclassificação da infração, ao da pena efetivamente aplicada;
2 - na hipótese de mitigação ou atenuação, ao da pena em tese cabível.
§ 3º - A prescrição não corre:
1 - enquanto sobrestado o procedimento administrativo para aguardar decisão judicial, na forma
do artigo 141, § 1º, item 3, desta lei complementar;
2 - enquanto insubsistente o vínculo funcional que venha a ser restabelecido.
§ 4º - A decisão que reconhecer a existência de prescrição deverá determinar desde logo, quando
for o caso, as providências necessárias à apuração da responsabilidade pela sua ocorrência.

CAPÍTULO III
Do Procedimento Disciplinar

SEÇÃO I
Das Disposições Gerais

Artigo 141 - As infrações disciplinares imputadas a Procurador do Estado serão apuradas


mediante os seguintes procedimentos, assegurados o contraditório e a ampla defesa:
I - sindicância, quando a falta disciplinar, por sua natureza, possa determinar as penas de
repreensão, suspensão ou multa;
II - processo administrativo, quando a falta disciplinar, por sua natureza, possa determinar as
penas de demissão, de demissão a bem do serviço público e de cassação de aposentadoria ou
disponibilidade.
§ 1º - Os procedimentos disciplinares de que trata esteartigo:
1 - serão realizados exclusivamente pela Corregedoria da Procuradoria Geral do Estado e
presididos pelo Corregedor Geral ou por Corregedor Auxiliar por ele designado;
2 - terão caráter sigiloso, exceto a decisão final e a que julgar recurso ou revisão, que serão
publicadas no Diário Oficial do Estado, dentro do prazo de 8 (oito) dias, e averbadas no registro
funcional do Procurador do Estado;
3 - não poderão ser sobrestados, salvo para aguardar decisão judicial, mediante despacho
motivado da autoridade competente para aplicar a pena, observado o disposto no artigo 140, § 3º,
item 1, desta lei complementar.
§ 2º - Quando não houver elementos suficientes para a caracterização da infração ou da sua
autoria, será instaurada apuração preliminar, de natureza investigativa.
Artigo 142 - Os procedimentos disciplinares de que trata o artigo 141 desta lei complementar
serão instaurados por determinação:
I - do Procurador Geral;
II - do Corregedor Geral;
III - do Conselho da Procuradoria Geral do Estado.
Artigo 143 - Determinada a instauração de sindicância ou de processo administrativo disciplinar,
ou no seu curso, havendo conveniência para a instrução ou para o serviço, poderá o Corregedor
Geral, por despacho fundamentado, ordenar as seguintes providências:
I - afastamento preventivo do Procurador do Estado, quando o recomendar a moralidade
administrativa ou a apuração do fato, sem prejuízo de vencimentos ou vantagens, até 180 (cento e
oitenta) dias, prorrogáveis uma única vez por igual período;
II - designação do Procurador do Estado acusado para o exercício de atividades exclusivamente
burocráticas até decisão final do procedimento;
III - comparecimento obrigatório, em periodicidade a ser estabelecida, para tomar ciência dos atos
do procedimento.
§ 1º - A autoridade que determinar a instauração ou presidir a sindicância ou o processo
administrativo poderá representar ao Corregedor Geral, para propor a aplicação das medidas
previstas neste artigo, bem como sua cessação ou alteração.
§ 2º - O Corregedor Geral poderá, a qualquer momento, por despacho fundamentado, fazer cessar
ou alterar as medidas previstas neste artigo.
Artigo 144 - O período de afastamento preventivo computa-se como de efetivo exercício, não
sendo descontado da pena de suspensão eventualmente aplicada.
Artigo 145 - Nas hipóteses previstas no artigo 135, inciso I, e após a portaria de instauração da
sindicância a que se refere o artigo 146, ambos desta lei complementar, o Corregedor Geral
proporá ao Procurador do Estado acusado a suspensão do procedimento pelo prazo de 1 (um)
ano, desde que não tenha sido apenado por outra infração disciplinar nos últimos 5 (cinco) anos.
§ 1º - O Corregedor Geral especificará as condições da suspensão, em especial a apresentação
de relatórios trimestrais de atividades e a frequência regular sem faltas injustificadas.
§ 2º - A suspensão será revogada se o beneficiário vier a ser processado por outra falta disciplinar
ou se descumprir as condições estabelecidas no § 1º deste artigo, prosseguindo-se,nestes casos,
os procedimentos disciplinares cabíveis.
§ 3º - Expirado o prazo da suspensão e tendo sido cumpridas suas condições, o Corregedor Geral
encaminhará os autos ao Procurador Geral para a declaração da extinção da punibilidade.
§ 4º - Não será concedido novo benefício idêntico durante o dobro do prazo da anterior
suspensão, contado da declaração de extinção da punibilidade, na forma do § 3° deste artigo.
§ 5º - Durante o período da suspensão não correrá prazo prescricional, ficando vedado ao
Procurador do Estado acusado ocupar cargo em comissão ou exercer função de confiança.

SEÇÃO II
Da Sindicância

Artigo 146 - Aplicam-se à sindicância as regras previstas nesta lei complementar para o processo
administrativo disciplinar, com as seguintes modificações:
I - a autoridade sindicante e cada acusado poderão arrolar até 3 (três) testemunhas;
II - a sindicância deverá estar concluída em 60 (sessenta) dias.

SEÇÃO III
Do Processo Administrativo Disciplinar

Artigo 147 - O processo administrativo disciplinar será instaurado mediante portaria do


Corregedor Geral, no prazo de 8 (oito) dias contados do recebimento da determinação a que se
refere o artigo 142 desta lei complementar.
§ 1º - A portaria deverá conter o nome e a identificação do acusado, a infração que lhe é atribuída,
com descrição dos fatos, indicação das normas infringidas e a penalidade mais elevada em tese
cabível.
§ 2º - As publicações relativas a processo administrativo disciplinar mencionarão o respectivo
número, omitindo o nome do acusado, que será identificado pelas iniciais, exceto na citação por
edital e nas hipóteses mencionadas no artigo 141, § 1º, item 2, desta lei complementar.
§ 3º - As citações e intimações no processo administrativo disciplinar serão feitas no prazo de 10
(dez) dias e as notificações das partes e dos interessados no prazo de 48 (quarenta e oito) horas
antes da realização do ato processual objeto da respectiva comunicação.
Artigo 148 - A autoridade processante será secretariada por servidor da Procuradoria Geral do
Estado, exceto nas audiências e nos atos promovidos fora da Capital, quando poderá ser indicado
servidor devidamente compromissado para tal fim.
Artigo 149 - Aplicam-se à autoridade processante e ao secretário as hipóteses de impedimento e
suspeição previstas nesta lei complementar.
Parágrafo único - Não poderá ser encarregado da apuração Procurador do Estado em estágio
probatório.
Artigo 150 - O Corregedor Auxiliar ou o servidor designado para os fins do artigo 148 desta lei
complementar deverá comunicar, desde logo, ao Corregedor Geral impedimento ou suspeição que
houver.
Artigo 151 - Autuada a portaria e demais peças preexistentes, designará a autoridade
processante dia e hora para audiência de interrogatório, determinando a citação do acusado e a
notificação do denunciante, se houver.
Artigo 152 - O acusado será citado pessoalmente e poderá constituir advogado, que será
intimado por publicação no Diário Oficial do Estado para os atos do processo.
§ 1º - O mandado de citação deverá conter:
1 - cópia da portaria;
2 - data, hora e local do interrogatório, que poderá ser acompanhado pelo advogado do acusado;
3 - data, hora e local da oitiva do denunciante, se houver, que poderá ser acompanhada pelo
advogado do acusado;
4 - cientificação de que o acusado será defendido por advogado dativo, caso não constitua
advogado próprio;
5 - informação de que o acusado poderá arrolar testemunhas e requerer provas, no prazo de 3
(três) dias após a data designada para seu interrogatório;
6 - advertência de que o processo será extinto se o acusado pedir exoneração até o interrogatório,
quando se tratar exclusivamente de abandono de cargo, bem como de inassiduidade.
§ 2º - A citação do acusado será feita pessoalmente, por intermédio do respectivo superior
hierárquico, ou via postal, com aviso de recebimento.
§ 3º - Não sendo encontrado ou furtando-se à citação, o acusado será citado por edital, publicado
uma única vez no Diário Oficial, no mínimo 10 (dez) dias antes do interrogatório.
§ 4º - Não comparecendo o acusado, será declarada sua revelia, designando-se para promover-
lhe a defesa um advogadodativo, salvo se o indiciado constituir advogado, o que poderá fazer a
qualquer tempo.
§ 5º - O advogado será intimado por publicação no Diário Oficial do Estado, de que conste seu
nome e número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil - OAB, bem como os dados
necessários à identificação do procedimento.
Artigo 153 - Havendo denunciante, este deverá prestar declarações, no interregno entre a data da
citação e a fixada para o interrogatório do acusado, sendo notificado para tal fim.
§ 1º - A oitiva do denunciante deverá ser acompanhada pelo advogado do acusado, próprio ou
dativo.
§ 2º - O acusado não assistirá à inquirição do denunciante, podendo, antes de ser interrogado, ter
ciência das declarações que aquele houver prestado.
Artigo 154 - A autoridade processante indeferirá os requerimentos impertinentes ou meramente
protelatórios, fundamentando a decisão, da qual se intimará o acusado.
Artigo 155 - Comparecendo ou não o acusado ao interrogatório, inicia-se o prazo de 3 (três) dias
para requerer a produção de provas, ou apresentá-las.
§ 1º - O presidente e cada acusado poderão arrolar até 5 (cinco) testemunhas.
§ 2º - A prova de antecedentes do acusado será feita exclusivamente por documentos, até as
alegações finais.
§ 3º - Até a data do interrogatório, será designada a audiência de instrução.
Artigo 156 - Na audiência de instrução, serão ouvidas, pela ordem, as testemunhas arroladas pela
autoridade processante e pelo acusado.
Parágrafo único - Tratando-se de servidor público, seu comparecimento poderá ser solicitado ao
respectivo superior imediato com as indicações necessárias.
Artigo 157 - A testemunha não poderá se eximir de depor, salvo se for ascendente, descendente,
cônjuge, ainda que legalmente separado, companheiro, irmão, sogro e cunhado, pai, mãe ou filho
adotivo do acusado, exceto quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a
prova do fato e de suas circunstâncias.
§ 1º - Se o parentesco das pessoas referidas for com o denunciante, ficam elas proibidas de
depor, observada a exceção deste artigo.
§ 2º - O servidor que se recusar a depor, sem justa causa, terá suspenso o pagamento de seu
vencimento ou remuneração pela autoridade competente, até que satisfaça essa exigência,
mediante comunicação da autoridade processante.
§ 3º - O servidor que tiver de depor como testemunha fora da sede de seu exercício, terá direito a
transporte e ao recebimento de diárias na forma da legislação em vigor, podendo ainda ser
expedida carta precatória para esse efeito à autoridade do domicílio do depoente.
§ 4º - São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão,
devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem testemunhar.
Artigo 158 - A testemunha que morar em comarca diversa poderá ser inquirida pela autoridade do
lugar de sua residência, expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo razoável,
intimada a defesa.
§ 1º - Deverá constar da carta precatória a síntese da imputação e os esclarecimentos
pretendidos, bem como a advertência sobre a necessidade da presença de advogado.
§ 2º - A expedição da carta precatória não suspenderá a instrução do procedimento.
§ 3º - Findo o prazo marcado, o procedimento poderá prosseguir até final decisão; a todo tempo, a
precatória, uma vez devolvida, será juntada aos autos.
Artigo 159 - As testemunhas arroladas pelo acusado comparecerão à audiência designada,
independentemente de notificação.
§ 1º - Deverá ser notificada a testemunha cujo depoimento for relevante e que não comparecer
espontaneamente.
§ 2º - Se a testemunha não for localizada, a defesa poderá substituí-la, se quiser, levando na
mesma data designada para a audiência outra testemunha, independentemente de notificação.
Artigo 160 - Havendo mais de um acusado os prazos serão comuns e em dobro.
Artigo 161 - Em qualquer fase do processo administrativo disciplinar, poderá a autoridade
processante, de ofício ou a requerimento da defesa, ordenar diligências que entenda
convenientes.
§ 1º - As informações necessárias à instrução do processo serão solicitadas diretamente, sem
observância de vinculação hierárquica, mediante ofício, do qual cópia será juntada aos autos.
§ 2º - As informações a que se refere o §1° deste artigo poderão ser obtidas por meio eletrônico
oficial, devendo ser juntada via impressa aos autos.
§ 3º - Sendo necessário o concurso de técnicos ou de peritos oficiais, a autoridade processante os
requisitará, observadas as hipóteses de impedimento e suspeição previstas nesta lei
complementar.
Artigo 162 - Durante a instrução, os autos do processo administrativo disciplinar permanecerão na
repartição competente.
§ 1º - Será concedida ao acusado vista dos autos, mediante simples solicitação, desde que não
prejudique o curso do procedimento, bem como extração de cópias, por meio de requerimento e
com especificação das peças processuais de seu interesse.
§ 2º - A concessão de vista será obrigatória, no prazo para manifestação do acusado ou para
apresentação de recursos, mediante publicação no Diário Oficial do Estado.
§ 3º - Não corre o prazo senão depois da publicação a que se refere o § 2° deste artigo e desde
que os autos estejam efetivamente disponíveis para vista.
§ 4º - Ao advogado é assegurado o direito de retirar os autos da repartição, mediante recibo,
durante o prazo para manifestação de seu representado, salvo na hipótese de prazo comum,
quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer circunstância
relevante que justifique a permanência dos autos na repartição, reconhecida pela autoridade
processante em despacho motivado.
Artigo 163 - Serão indeferidos pela autoridade processante, mediante decisão fundamentada, os
requerimentos desnecessários ao esclarecimento do fato e as provas ilícitas, impertinentes,
desnecessárias ou protelatórias.
Artigo 164 - Quando, no curso do procedimento, surgirem fatos novos imputáveis ao acusado,
poderá ser promovida a instauração de novo procedimento para sua apuração ou, caso
conveniente, aditada a portaria, reabrindo-se oportunidade de defesa.
Artigo 165 - Encerrada a fase probatória, dar-se-á vista dos autos à defesa, que poderá
apresentar alegações finais, no prazo de 7 (sete) dias.
Parágrafo único - Não apresentadas no prazo as alegações finais, a autoridade processante
designará advogado dativo, assinando-lhe novo prazo.
Artigo 166 - O relatório deverá ser apresentado no prazo de 10 (dez) dias, contados da
apresentação das alegações finais.
§ 1º - O relatório deverá descrever, em relação a cada acusado, separadamente, as
irregularidades imputadas, as provas colhidas e as razões de defesa, propondo a absolvição ou a
punição, indicando, neste caso, a pena que entender cabível.
§ 2º - O relatório deverá conter, também, a sugestão de quaisquer outras providências de
interesse do serviço público.
Artigo 167 - Concluído o procedimento com a elaboração do relatório opinativo, os autos serão
enviados pelo Corregedor Geral, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Conselho da
Procuradoria Geral do Estado, para deliberação.
Parágrafo único - O Conselho poderá:
1 - determinar ou propor novas diligências;
2 - reconhecer a existência de defeitos ou de nulidades e determinar ou propor as providências
para o saneamento, quando for o caso;
3 - propor o arquivamento, a absolvição ou a condenação;
4 - propor a aplicação de penalidade;
5 - determinar ou propor qualquer providência de interesse da Administração.
Artigo 168 - Encerrada a apreciação do procedimento, o Conselho emitirá parecer conclusivo e
encaminhará os autos ao Procurador Geral que, em 10 (dez) dias, os decidirá ou, nas hipóteses
de impedimento e suspeição previstas nesta lei complementar, os encaminhará ao Governador
para decisão.
Artigo 169 - A conclusão do processo administrativo disciplinar poderá indicar
fundamentadamente a remoção compulsória do indiciado.
Artigo 170 - Terão forma processual resumida, quando possível, todos os termos lavrados pelo
secretário, quais sejam: autuação, juntada, conclusão, intimação, data de recebimento, bem como
certidões e compromissos.
§ 1º - Toda e qualquer juntada aos autos se fará na ordem cronológica da apresentação,
rubricando o presidente as folhas acrescidas.
§ 2º - Todos os atos ou decisões, cujo original não conste do processo, nele deverão figurar por
cópia.
Artigo 171 - Constará sempre dos autos da sindicância ou do processo a folha de serviço
atualizada do indiciado.
Artigo 172 - Quando ao Procurador do Estado se imputar crime, praticado na esfera
administrativa, a autoridade que determinou a instauração do processo administrativo
providenciará para que se instaure, simultaneamente, o inquérito policial.
Parágrafo único - Quando se tratar de crime praticado fora da esfera administrativa, a autoridade
policial cientificará a autoridade administrativa.
Artigo 173 - As autoridades responsáveis pela condução do processo administrativo e do inquérito
policial se auxiliarão, para que os mesmos se concluam dentro dos prazos respectivos.
Artigo 174 - Quando o ato atribuído ao Procurador do Estado for considerado criminoso, serão
remetidas à autoridade competente cópias autenticadas das peças essenciais do processo.
Artigo 175 - Não será declarada a nulidade de nenhum ato processual que não houver
influenciado na apuração da verdade substancial ou diretamente na decisão do processo
administrativo disciplinar ou sindicância.
Artigo 176 - Dos atos, termos e documentos principais do processo administrativo disciplinar
extrair-se-ão cópias para a formação de autos suplementares.
Artigo 177 - Ao término do processo administrativo, os autos serão arquivados na Corregedoria
da Procuradoria Geral do Estado.
Artigo 178 - Decorridos 5 (cinco) anos de efetivo exercício, contados da data do cumprimento da
sanção disciplinar, sem cometimento de nova infração, não mais poderá aquela ser considerada
em prejuízo do acusado, inclusive para efeito de reincidência.
Parágrafo único - A demissão e a demissão a bem do serviço público acarretam a
incompatibilidade para nova investidura em cargo, função ou emprego público, pelo prazo de 5
(cinco) e 10 (dez) anos, respectivamente.
Artigo 179 - O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar é de 90 (noventa)
dias contados da data da citação do acusado.

SEÇÃO IV
Do Processo por Abandono do Cargo e por Inassiduidade

Artigo 180 - Verificada a ocorrência de faltas ao serviço que caracterizem abandono de cargo,
bem como inassiduidade, o superior imediato comunicará o fato à autoridade competente para
determinar a instauração de processo disciplinar, instruindo a representação com cópia da ficha
funcional do Procurador do Estado e com atestados de frequência.
Artigo 181 - Não será instaurado processo para apurar abandono de cargo, bem como
inassiduidade, se o Procurador do Estado tiver pedido exoneração.
Artigo 182 - Extingue-se o processo instaurado exclusivamente para apurar abandono de cargo,
bem como inassiduidade, se o indiciado pedir exoneração até a data designada para o
interrogatório, ou por ocasião deste.
Artigo 183 - A defesa só poderá versar sobre força maior, coação ilegal ou motivo legalmente
justificável.

SEÇÃO V
Dos Recursos
Artigo 184 - Da decisão que aplicar a penalidade caberá:
I - recurso hierárquico, quando aplicada a pena pelo Procurador Geral do Estado;
II - pedido de reconsideração, quando aplicada a pena pelo Governador.
§ 1º - O recurso, cabível uma única vez, da decisão que aplicar penalidade, será interposto pelo
acusado no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação da decisão impugnada no Diário
Oficial do Estado ou da intimação pessoal do Procurador do Estado, quando for o caso.
§ 2º - Do recurso deverá constar, além do nome e da qualificação do recorrente, a exposição das
razões de inconformismo.
§ 3º - O Procurador Geral terá prazo de 10 (dez) dias para, motivadamente, manter ou reformar
sua decisão, ouvido o Conselho da Procuradoria Geral do Estado.
§ 4º - Mantida a decisão, ou reformada parcialmente, será imediatamente encaminhada a reexame
pelo superior hierárquico.
§ 5º - A pena imposta não poderá ser agravada pela decisão do recurso.
§ 6º - O recurso será apreciado pela autoridade competente ainda que incorretamente
denominado ou endereçado.
Artigo 185 - Os recursos de que trata esta lei complementar não têm efeito suspensivo; os que
forem providos darão lugar às retificações necessárias, retroagindo seus efeitos à data do ato
punitivo.

CAPÍTULO IV
Da Revisão

Artigo 186 - Admitir-se-á, a qualquer tempo, a revisão de punição disciplinar de que não caiba
mais recurso, se surgirem fatos ou circunstâncias ainda não apreciados, ou vícios insanáveis de
procedimento, que possam justificar redução ou anulação da pena aplicada.
§ 1º - A simples alegação da injustiça da decisão não constitui fundamento do pedido.
§ 2º - Não será admitida reiteração de pedido pelo mesmo fundamento.
§ 3º - Os pedidos formulados em desacordo com este artigo serão indeferidos.
§ 4º - O ônus da prova cabe ao requerente.
Artigo 187 - A pena imposta não poderá ser agravada pela revisão.
Artigo 188 - A instauração de processo revisional poderá ser requerida fundamentadamente pelo
interessado ou, se falecidoou incapaz, por seu curador, cônjuge, companheiro, ascendente,
descendente ou irmão, sempre por intermédio de advogado.
Parágrafo único - O pedido será instruído com as provas que o requerente possuir ou com a
indicação daquelas que pretenda produzir.
Artigo 189 - A autoridade que aplicou a penalidade, ou que a tiver confirmado em grau de recurso,
será competente para o exame da admissibilidade do pedido de revisão, bem como, caso deferido
o processamento, para a sua decisão final.
Artigo 190 - Deferido o processamento da revisão, o pedido será encaminhado ao Corregedor
Geral que designará Corregedor Auxiliar que não tenha funcionado no procedimento disciplinar de
que resultou a punição do requerente.
Artigo 191 - O Corregedor Auxiliar determinará seu apensamento ao procedimento disciplinar
original e notificará o requerente para, no prazo de 8 (oito) dias, oferecer rol de testemunhas, ou
requerer outras provas que pretenda produzir.
Parágrafo único - No processamento da revisão serão observadas as normas previstas nesta lei
complementar para o processo administrativo disciplinar.
Artigo 192 - Encerrada a instrução, será aberta vista ao requerente para, no prazo de 3 (três)
dias, apresentar alegações finais.
Artigo 193 - Decorrido o prazo de que trata o artigo 192 desta lei complementar, e dentro de 30
(trinta) dias, o Corregedor Auxiliar elaborará relatório conclusivo sobre a procedência ou não do
pedido e enviará os autos ao Corregedor Geral, que os remeterá ao Conselho para deliberação.
Parágrafo único - Após a manifestação do Conselho, os autos serão remetidos ao Procurador
Geral para:
1 - decidir sobre o pedido, no prazo de 20 (vinte) dias, sem prejuízo das diligências que entender
necessárias para melhor esclarecimento dos fatos;
2 - opinar conclusivamente e submeter ao Governador do Estado, quando esse houver proferido a
decisão final no procedimento disciplinar objeto da revisão.
Artigo 194 - A decisão que julgar procedente a revisão poderá alterar a classificação da infração,
absolver o punido, modificar a pena ou anular o processo, restabelecendo os direitos atingidos
pela decisão reformada.

TÍTULO VI
Do Fundo Especial da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo

Artigo 195 - Fica criado, no âmbito da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, o Fundo
Especial da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo - FUNPROGESP.
Artigo 196 - O FUNPROGESP tem por finalidade complementar os recursos financeiros
indispensáveis ao aparelhamento da Procuradoria Geral do Estado, destinando-se esses recursos,
preferencialmente, às despesas com investimento em inovação tecnológica.
Artigo 197 - O FUNPROGESP terá como gestor o Procurador Geral, que designará órgão da
Procuradoria Geral do Estado incumbido de organizar a contabilidade financeira e o plano de
aplicação dos recursos.
Artigo 198 - Constituem receitas do FUNPROGESP:
I - dotações orçamentárias próprias;
II - recursos provenientes das receitas de outros fundos;
III - recursos provenientes de aluguéis ou de permissões de uso de espaços livres para terceiros,
onde funcionem os órgãos da Procuradoria Geral do Estado;
IV - recursos provenientes do produto de alienação de equipamentos, veículos, outros materiais
permanentes ou material inservível ou dispensável;
V - rendimentos financeiros dos recursos do próprio fundo;
VI - outros recursos que lhe forem expressamente atribuídos por lei.
Artigo 199 - Os bens adquiridos por intermédio do FUNPROGESP serão incorporados ao
patrimônio da Procuradoria Geral do Estado.
Artigo 200 - O FUNPROGESP terá escrituração contábil própria, observadas as legislações
federal e estadual, bem como as normas emanadas do Tribunal de Contas do Estado de São
Paulo.
Parágrafo único - A prestação de contas de aplicação e da gestão financeira do FUNPROGESP
será consolidada na Procuradoria Geral do Estado, por ocasião do encerramento do
correspondente exercício.
Artigo 201 - O Procurador Geral, mediante resolução, editará os atos complementares
necessários ao funcionamento do FUNPROGESP.

TÍTULO VII
Das Disposições Finais

Artigo 202 - Os vencimentos e as vantagens pecuniárias dos integrantes da carreira de


Procurador do Estado e dos ocupantes dos cargos em comissão e das funções de confiança
referidos, respectivamente, nos artigos 70, 71 e 72 desta lei complementar, serão fixados em lei
complementar, de iniciativa do Governador.
Artigo 203 - Ficam acrescidos os §§ 1º, 2º e 3º ao artigo 3º da Lei Complementar nº 724, de 15 de
julho de 1993, com a seguinte redação:
“Artigo 3º - .......................................................
....................................................................
§ 1º - Quando necessário o deslocamento de sua sede de exercício, o Procurador do Estado fará
jus ao recebimento de diária, na forma fixada por ato do Procurador Geral, equivalente ao
percentual de até 1/30 (um trinta avos) dos vencimentos do Procurador do Estado Nível I.
§ 2º - Em situações excepcionais, poderá o Procurador Geral estabelecer condições para o
pagamento antecipado de diárias.
§ 3º - O Procurador do Estado que, em virtude de promoção, remoção ou designação, passar a ter
exercício em nova sede, ali passando a residir em caráter permanente, terá direito, a título de
ajuda de custo para as despesas de sua instalação, ao equivalente a 30 (trinta) diárias integrais.”
(NR).
Artigo 204 - Passa a vigorar com a seguinte redação o § 2º do artigo 55, da Lei Complementar nº
93, de 28 de maio de 1974, com a redação que lhe conferiu o artigo 13, da Lei Complementar nº
907, de 21 de dezembro de 2001:
“Artigo 55 - .......................................................
....................................................................
§ 2º - Do total depositado nos termos deste artigo, serão destinados:
1 - até 3% (três por cento) para pagamento de Prêmio de Incentivo à Produtividade e Qualidade
(PIPQ) aos servidores em exercício na Procuradoria Geral do Estado;
2 - 2% (dois por cento) ao Fundo Especial de Despesas do Centro de Estudos, visando ao
aperfeiçoamento intelectual dos integrantes da carreira de Procurador do Estado, formação e
aperfeiçoamento funcional dos servidores em exercício na Procuradoria Geral do Estado e à
contratação de jurista para emitir parecer de interesse da Instituição;
3 - 4% (quatro por cento) ao Fundo Especial da Procuradoria Geral do Estado - FUNPROGESP.”
(NR).
Artigo 205 - Aplicam-se subsidiariamente aos ocupantes de cargos de Procurador do Estado as
disposições do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado, no que não colidirem com esta
lei complementar.
Artigo 206 - Ficam criados, na Tabela I do Subquadro de Cargos Públicos (SQC-III), do quadro da
Procuradoria Geral do Estado, 170 (cento e setenta) cargos de provimento efetivo de Procurador
do Estado nível I, enquadrados na referência 1, da Escala de Vencimentos de que trata o artigo 2º
da Lei Complementar nº 724, de 15 de julho de 1993, alterada pelo artigo 1º da Lei nº 8.826, de 11
de julho de 1994.
Artigo 207 - As despesas decorrentes da aplicação desta lei complementar correrão à conta das
dotações próprias consignadas no orçamento vigente, suplementadas se necessário.
Artigo 208 - Esta lei complementar e suas disposições transitórias entram em vigor na data da
sua publicação, ficando revogado o artigo 3° da Lei Complementar n° 1.077, de 11 de dezembro
de 2008.

TÍTULO VIII
Das Disposições Transitórias

Artigo 1º - Os cargos, de provimento em comissão, de Procurador do Estado Assessor Chefe, de


Procurador do Estado Assessor, de Procurador do Estado Assistente e de Procurador do Estado
Chefe do Quadro da Procuradoria Geral do Estado e da Casa Civil serão extintos 30 (trinta) dias
após a entrada em vigor da lei complementar mencionada no artigo 202 das disposições finais
desta lei complementar, fixando-se, a partir da extinção dos cargos prevista neste artigo, o cargo
de Procurador do Estado Nível V, como paradigma para cálculo de direitos referenciados aos
mencionados cargos extintos.
Artigo 2º - A partir da extinção dos cargos de provimento em comissão de Procurador do Estado
Assessor Chefe, Procurador do Estado Assessor e Procurador do Estado Assistente prevista no
artigo 1° destas Disposições Transitórias, os cargos dessas denominações, assim como os de
Procurador do Estado Chefe que, por força de disposições legais anteriores, estiveram providos
em caráter efetivo, ficarão com a denominação alterada para Procurador do Estado Nível V.
Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se aos Procuradores do Estado aposentados em
cargos das mesmas denominações.
Artigo 3º - Fica mantido o regime de trabalho dos integrantes da carreira de Procurador do Estado
que na data da publicação desta lei complementar estejam sujeitos à Jornada Parcial de Trabalho,
caracterizada pela exigência da prestação de 30 (trinta) horas semanais de trabalho, não se lhes
aplicando o disposto no inciso VIII do artigo 118 desta lei complementar.
Artigo 4º - Enquanto não completada a assunção dos órgãos jurídicos das autarquias pela
Procuradoria Geral do Estado, a eles continuará aplicável o disposto no artigo 101, “caput”, da
Constituição Estadual, permanecendo os Procuradores de autarquia que os integram sujeitos às
disposições atinentes a direitos e deveres, garantias e prerrogativas, proibições e impedimentos
previstos nesta lei complementar.
Palácio dos Bandeirantes, 25 de agosto de 2015.
GERALDO ALCKMIN
Elival da Silva Ramos
Procurador Geral do Estado
Renato Villela
Secretário da Fazenda
Marcos Monteiro
Secretário de Planejamento e Gestão
Edson Aparecido dos Santos
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 25 de agosto de 2015.
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 9.717, DE 27 DE NOVEMBRO DE 1998.

Dispõe sobre regras gerais para a organização e o


Conversão da MPv nº 1.723, de 1998 funcionamento dos regimes próprios de previdência social dos
servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal
Vide Decreto nº 3.048, de 1999 e dos Municípios, dos militares dos Estados e do Distrito
Federal e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Os regimes próprios de previdência social dos servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos militares dos Estados e do Distrito Federal deverão ser organizados, baseados em
normas gerais de contabilidade e atuária, de modo a garantir o seu equilíbrio financeiro e atuarial, observados os
seguintes critérios:

I - realização de avaliação atuarial inicial e em cada balanço utilizando-se parâmetros gerais, para a
organização e revisão do plano de custeio e benefícios; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.187-13, de 2001)

II - financiamento mediante recursos provenientes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
e das contribuições do pessoal civil e militar, ativo, inativo e dos pensionistas, para os seus respectivos regimes;

III - as contribuições e os recursos vinculados ao Fundo Previdenciário da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios e as contribuições do pessoal civil e militar, ativo, inativo, e dos pensionistas, somente
poderão ser utilizadas para pagamento de benefícios previdenciários dos respectivos regimes, ressalvadas as
despesas administrativas estabelecidas no art. 6º, inciso VIII, desta Lei, observado os limites de gastos estabelecidos
em parâmetros gerais; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.187-13, de 2001)

IV - cobertura de um número mínimo de segurados, de modo que os regimes possam garantir diretamente a
totalidade dos riscos cobertos no plano de benefícios, preservando o equilíbrio atuarial sem necessidade de
resseguro, conforme parâmetros gerais;

V - cobertura exclusiva a servidores públicos titulares de cargos efetivos e a militares, e a seus respectivos
dependentes, de cada ente estatal, vedado o pagamento de benefícios, mediante convênios ou consórcios entre
Estados, entre Estados e Municípios e entre Municípios;

VI - pleno acesso dos segurados às informações relativas à gestão do regime e participação de representantes
dos servidores públicos e dos militares, ativos e inativos, nos colegiados e instâncias de decisão em que os seus
interesses sejam objeto de discussão e deliberação;

VII - registro contábil individualizado das contribuições de cada servidor e dos entes estatais, conforme
diretrizes gerais;

VIII - identificação e consolidação em demonstrativos financeiros e orçamentários de todas as despesas fixas e


variáveis com pessoal inativo civil, militar e pensionistas, bem como dos encargos incidentes sobre os proventos e
pensões pagos;

IX - sujeição às inspeções e auditorias de natureza atuarial, contábil, financeira, orçamentária e patrimonial dos
órgãos de controle interno e externo.

X - vedação de inclusão nos benefícios, para efeito de percepção destes, de parcelas remuneratórias pagas em
decorrência de local de trabalho, de função de confiança ou de cargo em comissão, exceto quando tais parcelas
integrarem a remuneração de contribuição do servidor que se aposentar com fundamento no art. 40 da Constituição
Federal, respeitado, em qualquer hipótese, o limite previsto no § 2o do citado artigo; (Redação dada pela Lei nº 10.887,
de 2004)

XI - vedação de inclusão nos benefícios, para efeito de percepção destes, do abono de permanência de que
tratam o § 19 do art. 40 da Constituição Federal, o § 5º do art. 2º e o § 1º do art. 3º da Emenda Constitucional nº 41,
de 19 de dezembro de 2003. (Redação dada pela Lei nº 10.887, de 2004)

Parágrafo único. Aplicam-se, adicionalmente, aos regimes próprios de previdência social dos entes da Federação
os incisos II, IV a IX do art. 6o. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.187-13, de 2001)
Art. 1o-A. O servidor público titular de cargo efetivo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
ou o militar dos Estados e do Distrito Federal filiado a regime próprio de previdência social, quando cedido a órgão ou
entidade de outro ente da federação, com ou sem ônus para o cessionário, permanecerá vinculado ao regime de origem.
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.187-13, de 2001)

Art. 2o A contribuição da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e
fundações, aos regimes próprios de previdência social a que estejam vinculados seus servidores não poderá ser inferior
ao valor da contribuição do servidor ativo, nem superior ao dobro desta contribuição.(Redação dada pela Lei nº 10.887,
de 2004)

§ 1o A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são responsáveis pela cobertura de eventuais
insuficiências financeiras do respectivo regime próprio, decorrentes do pagamento de benefícios previdenciários.
(Redação dada pela Lei nº 10.887, de 2004)

§ 2o A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios publicarão, até 30 (trinta) dias após o encerramento
de cada bimestre, demonstrativo financeiro e orçamentário da receita e despesa previdenciárias acumuladas no
exercício financeiro em curso.(Redação dada pela Lei nº 10.887, de 2004)

§ 3o (revogado) (Redação dada pela Lei nº 10.887, de 2004)

§ 4o (revogado) (Redação dada pela Lei nº 10.887, de 2004)

§ 5o (revogado) (Redação dada pela Lei nº 10.887, de 2004)

§ 6o (revogado) (Redação dada pela Lei nº 10.887, de 2004)

§ 7o (revogado) (Redação dada pela Lei nº 10.887, de 2004)

Art. 2o-A. (Revogado pela Lei nº 10.887, de 2004)

Art. 3o As alíquotas de contribuição dos servidores ativos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios para
os respectivos regimes próprios de previdência social não serão inferiores às dos servidores titulares de cargos efetivos
da União, devendo ainda ser observadas, no caso das contribuições sobre os proventos dos inativos e sobre as
pensões, as mesmas alíquotas aplicadas às remunerações dos servidores em atividade do respectivo ente estatal.
(Redação dada pela Lei nº 10.887, de 2004)

Art. 4º (Revogado pela Lei nº 10.887, de 2004)

Art. 5º Os regimes próprios de previdência social dos servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos militares dos Estados e do Distrito Federal não poderão conceder benefícios distintos
dos previstos no Regime Geral de Previdência Social, de que trata a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, salvo
disposição em contrário da Constituição Federal.

Parágrafo único. Fica vedada a concessão de aposentadoria especial, nos termos do § 4º do art. 40 da
Constituição Federal, até que lei complementar federal discipline a matéria. (Redação dada pela Medida Provisória nº
2.187-13, de 2001)

Art. 6º Fica facultada à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, a constituição de fundos
integrados de bens, direitos e ativos, com finalidade previdenciária, desde que observados os critérios de que trata o
artigo 1º e, adicionalmente, os seguintes preceitos:

I - (Revogado pela Medida Provisória nº 2.187-13, de 2001)

II - existência de conta do fundo distinta da conta do Tesouro da unidade federativa;

III - (Revogado pela Medida Provisória nº 2.187-13, de 2001)

IV - aplicação de recursos, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional;

V - vedação da utilização de recursos do fundo de bens, direitos e ativos para empréstimos de qualquer
natureza, inclusive à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, a entidades da administração indireta e
aos respectivos segurados;

VI - vedação à aplicação de recursos em títulos públicos, com exceção de títulos do Governo Federal;
VII - avaliação de bens, direitos e ativos de qualquer natureza integrados ao fundo, em conformidade com a Lei
4.320, de 17 de março de 1964 e alterações subseqüentes;

VIII - estabelecimento de limites para a taxa de administração, conforme parâmetros gerais;

IX - constituição e extinção do fundo mediante lei.

Art. 7º O descumprimento do disposto nesta Lei pelos Estados, Distrito Federal e Municípios e pelos respectivos
fundos, implicará, a partir de 1º de julho de 1999:

I - suspensão das transferências voluntárias de recursos pela União;

II - impedimento para celebrar acordos, contratos, convênios ou ajustes, bem como receber empréstimos,
financiamentos, avais e subvenções em geral de órgãos ou entidades da Administração direta e indireta da União;

III - suspensão de empréstimos e financiamentos por instituições financeiras federais.

IV - suspensão do pagamento dos valores devidos pelo Regime Geral de Previdência Social em razão da Lei no
9.796, de 5 de maio de 1999. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.187-13, de 2001)

Art. 8º Os dirigentes do órgão ou da entidade gestora do regime próprio de previdência social dos entes estatais,
bem como os membros dos conselhos administrativo e fiscal dos fundos de que trata o art. 6º, respondem
diretamente por infração ao disposto nesta Lei, sujeitando-se, no que couber, ao regime repressivo da Lei no 6.435,
de 15 de julho de 1977, e alterações subseqüentes, conforme diretrizes gerais.

Parágrafo único. As infrações serão apuradas mediante processo administrativo que tenha por base o auto, a
representação ou a denúncia positiva dos fatos irregulares, em que se assegure ao acusado o contraditório e a ampla
defesa, em conformidade com diretrizes gerais.

Art. 9º Compete à União, por intermédio do Ministério da Previdência e Assistência Social:

I - a orientação, supervisão e o acompanhamento dos regimes próprios de previdência social dos servidores
públicos e dos militares da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e dos fundos a que se refere o
art. 6º, para o fiel cumprimento dos dispositivos desta Lei;

II - o estabelecimento e a publicação dos parâmetros e das diretrizes gerais previstos nesta Lei.

III - a apuração de infrações, por servidor credenciado, e a aplicação de penalidades, por órgão próprio, nos
casos previstos no art. 8o desta Lei. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.187-13, de 2001)

Parágrafo único. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios prestarão ao Ministério da Previdência
e Assistência Social, quando solicitados, informações sobre regime próprio de previdência social e fundo
previdenciário previsto no art. 6o desta Lei. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.187-13, de 2001)

Art. 10. No caso de extinção de regime próprio de previdência social, a União, o Estado, o Distrito Federal e os
Municípios assumirão integralmente a responsabilidade pelo pagamento dos benefícios concedidos durante a sua
vigência, bem como daqueles benefícios cujos requisitos necessários a sua concessão foram implementados
anteriormente à extinção do regime próprio de previdência social.

Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 27 de novembro de 1998; 177o da Independência e 110o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO


Waldeck Ornélas

Este texto não substitui o publicado no DOU de 28.11.1998


A

Ficha informativa
LEI Nº 14.653, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2011

Institui o regime de previdência complementar no âmbito do Estado de São Paulo, fixa o limite
máximo para a concessão de aposentadorias e pensões de que trata o artigo 40 da Constituição
Federal, autoriza a criação de entidade fechada de previdência complementar, na forma de
fundação, e dá outras providências

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:


Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

CAPÍTULO I
Do Regime de Previdência Complementar

Artigo 1º - Fica instituído, no âmbito do Estado de São Paulo, o regime de previdência


complementar a que se refere o artigo 40, §§ 14 e 15, da Constituição Federal.
§ 1º - O regime de previdência complementar de que trata o “caput” deste artigo, de caráter
facultativo, aplica-se aos que ingressarem no serviço público estadual a partir da data da
publicação desta lei, e abrange:
1 - os titulares de cargos efetivos, assim considerados os servidores cujas atribuições, deveres e
responsabilidades específicas estejam definidas em estatutos ou normas estatutárias e que
tenham sido aprovados por meio de concurso público de provas ou de provas e títulos ou de
provas de seleção equivalentes;
2 - os titulares de cargos vitalícios ou efetivos da Administração direta, suas autarquias e
fundações, da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas e seus Conselheiros, das
Universidades, do Poder Judiciário e seus membros, do Ministério Público e seus membros, da
Defensoria Pública e seus membros;
3 - os servidores ocupantes, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração, bem como de outro cargo temporário ou de emprego junto à
Administração direta, suas autarquias e fundações, à Assembleia Legislativa, ao Tribunal de
Contas, às Universidades, ao Poder Judiciário, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à
Polícia Militar.
§ 2º - O regime de previdência complementar poderá também ser oferecido aos Deputados da
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, desde que não integrem outro regime próprio de
previdência pública de qualquer ente da federação.
§ 3º - O regime de previdência complementar poderá ser oferecido também para os servidores
titulares de cargos efetivos, servidores ocupantes, exclusivamente, de cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração, bem como de outro cargo temporário ou de
emprego dos municípios do Estado de São Paulo, suas autarquias e fundações, desde que,
autorizados por lei municipal, tenham firmado convênio de adesão e aderido a plano de benefícios
previdenciários complementares administrados pela Fundação de Previdência Complementar do
Estado de São Paulo - SP-PREVCOM.
§ 4º - A integração ao regime de previdência complementar depende de adesão, mediante prévia
e expressa opção do interessado por plano de benefícios instituído nos termos desta lei.
§ 5º - As condições para a adesão de que trata o § 4º deste artigo serão estabelecidas em
regulamento.
Artigo 2º - Para os efeitos desta lei, entende-se por:
I - patrocinador:
a) o Estado de São Paulo, por meio dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do Tribunal de
Contas, das Universidades, do Ministério Público e da Defensoria Pública;
b) os municípios paulistas, suas autarquias e fundações, mediante prévia autorização do Conselho
Deliberativo da SP-PREVCOM, por maioria absoluta, e desde que firmem convênio de adesão e
venham a aderir ao plano de benefícios previdenciários complementares administrados pela
referida entidade.
II - participante: a pessoa física, assim definida na forma do artigo 1º desta lei, que aderir ao plano
de benefícios previdenciários complementares administrado pela SP-PREVCOM;
III - assistido: o participante ou o seu beneficiário em gozo de benefício de prestação continuada;
IV - contribuição: os valores vertidos ao plano de benefícios previdenciários complementares pelos
participantes e pelo patrocinador, com o objetivo de constituir as reservas que garantam os
benefícios contratados e custear despesas administrativas da SP-PREVCOM;
V - estatuto: o conjunto de regras que define a constituição e funcionamento da SP-PREVCOM;
VI - multipatrocinada: a entidade fechada de previdência complementar que congrega mais de um
patrocinador ou instituidor;
VII - multiplano: a entidade fechada de previdência complementar que administra plano ou
conjunto de planos de benefícios para diversos grupos de participantes, com independência
patrimonial e financeira entre planos;
VIII - multiportfólio: opção oferecida aos participantes para alocação das suas reservas
garantidoras em diferentes carteiras de investimentos, observadas as regras constantes no
regulamento dos planos de benefícios previdenciários complementares;
IX - plano de benefícios previdenciários complementares: o conjunto de obrigações e direitos
derivado das regras do regulamento definidoras do custeio e dos benefícios de caráter
previdenciário, que possui patrimônio próprio, independência patrimonial, contábil e financeira com
relação aos demais planos de benefícios previdenciários complementares administrados pela SP-
PREVCOM, inexistindo solidariedade entre os planos;
X - regulamento: o conjunto de normas disciplinadoras do plano de benefícios previdenciários
complementares;
XI - renda: o benefício de renda mensal continuada paga ao assistido, conforme regras
estabelecidas no regulamento do plano de benefícios previdenciários complementares;
XII - saldo de conta: o valor acumulado em nome do participante, com o resultado das
contribuições vertidas pelo participante e pelo patrocinador acrescido dos resultados dos
investimentos e deduzidos os custos dos benefícios não programados, as despesas
administrativas, na forma fixada pelo regulamento do plano de benefícios previdenciários
complementares e demais despesas previstas no plano de custeio;
XIII - atividade-fim: aquela relacionada à gestão das reservas garantidoras, à gestão do passivo
atuarial, à gestão e ao pagamento dos benefícios previdenciários complementares e demais
atividades próprias de entidades fechadas de previdência complementar, podendo haver a
contratação de gestores de recursos, de pessoas jurídicas especializadas na custódia de valores
mobiliários, serviços jurídicos, consultorias atuariais, auditorias externas independentes e serviços
de tecnologia da informação;
XIV - atividade-meio: aquela de mero suporte à consecução das finalidades da SP-PREVCOM.
Artigo 3º - Aplica-se o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de
previdência social de que trata o artigo 201 da Constituição Federal às aposentadorias e pensões
a serem concedidas pelo regime próprio de previdência social do Estado de São Paulo de que
trata o artigo 40 da Constituição Federal aos servidores e demais agentes públicos e membros de
Poder de que trata o § 1º do artigo 1º desta lei, independentemente de sua adesão ao regime de
previdência complementar por ela instituído.

CAPÍTULO II
Da Entidade Fechada de Previdência Complementar

Artigo 4º - Fica o Poder Executivo autorizado a criar entidade fechada de previdência


complementar, de natureza pública, denominada Fundação de Previdência Complementar do
Estado de São Paulo - SP-PREVCOM, com a finalidade de administrar e executar plano de
benefícios de caráter previdenciário complementar, nos termos das Leis Complementares federais
nos 108 e 109, ambas de 29 de maio de 2001, vinculada à Secretaria da Fazenda.
Parágrafo único - A natureza pública da SP-PREVCOM a que se refere o § 15 do artigo 40 da
Constituição Federal consistirá na:
1 - submissão à legislação federal sobre licitação e contratos administrativos na atividade-meio;
2 - realização de concurso público para a contratação de pessoal, exceto aqueles de provimento
por livre nomeação;
3 - criação de empregos e fixação dos quantitativos e dos salários nos termos do artigo 47, inciso
XII, da Constituição do Estado de São Paulo;
4 - publicação anual, na Imprensa Oficial do Estado de São Paulo - IMESP e em sítio oficial da
administração pública, dos seus demonstrativos contábeis, atuariais, financeiros e de benefícios,
sem prejuízo do fornecimento de informações aos participantes e assistidos do plano de
benefícios previdenciários complementares e ao órgão regulador e fiscalizador das entidades
fechadas de previdência complementar, na forma das Leis Complementares federais nos 108 e
109, ambas de 29 de maio de 2001.

Seção I
Da Estrutura Organizacional da SP-PREVCOM

Artigo 5º - A SP-PREVCOM organizar-se-á sob a forma de fundação, sem fins lucrativos, dotada
de autonomia administrativa, financeira, patrimonial e de gestão de recursos humanos, e terá sede
e foro na Capital do Estado de São Paulo, observado o contido no artigo 21 desta lei.
Artigo 6º - A estrutura organizacional da SP-PREVCOM será constituída de Conselho
Deliberativo, Conselho Fiscal e Diretoria Executiva.
§ 1º - O Conselho Deliberativo, órgão máximo da estrutura organizacional, é responsável pela
definição da política geral de administração da SP-PREVCOM e de seus planos de benefícios
previdenciários complementares, podendo criar conselho consultivo com a participação de
representantes de cada um dos comitês gestores previstos no § 1º do artigo 9º desta lei.
§ 2º - O Conselho Fiscal é o órgão de controle interno da SP-PREVCOM.
§ 3º - A Diretoria Executiva é o órgão responsável pela administração da SP-PREVCOM, em
conformidade com a política de administração traçada pelo Conselho Deliberativo.
Artigo 7º - A composição do Conselho Deliberativo, integrado por 6 (seis) membros titulares e
respectivos suplentes, e do Conselho Fiscal, integrado por 4 (quatro) membros titulares e
respectivos suplentes, será paritária entre representantes eleitos pelos participantes e assistidos e
representantes indicados pelo patrocinador, cabendo a estes a indicação do conselheiro
presidente, que terá, além do seu, o voto de qualidade.
§ 1º - Os membros do Conselho Deliberativo e do Conselho Fiscal representantes do patrocinador
serão designados pelo Governador do Estado.
§ 2º - A presidência do Conselho Deliberativo será exercida por um dos membros designados na
forma do § 1º deste artigo, mediante indicação do Governador do Estado.
§ 3º - A escolha dos representantes dos participantes e assistidos dar-se-á por meio de eleição
direta entre seus pares, conforme regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo.
§ 4º - O presidente do Conselho Fiscal será eleito pelos membros do Conselho devidamente
constituído, devendo a escolha recair sobre um dos membros indicados pelos participantes e
assistidos.
Artigo 8º - A Diretoria Executiva será composta, no máximo, por 6 (seis) membros nomeados pelo
Conselho Deliberativo, mediante indicação do Governador do Estado.
Parágrafo único - Compete ao Conselho Deliberativo, mediante decisão fundamentada, a
exoneração de membros da Diretoria Executiva, observando-se o disposto no estatuto da SP-
PREVCOM.
Artigo 9º - Por ato da Diretoria Executiva, deverão ser criados:
I - um Comitê Gestor para cada plano de benefícios previdenciários complementares;
II - um Comitê de Investimentos.
§ 1º - O Comitê Gestor é o órgão responsável pela definição da estratégia das aplicações
financeiras e acompanhamento do respectivo plano de benefícios previdenciários complementares
da SP-PREVCOM, observadas as diretrizes fixadas pelo Conselho Deliberativo e pelo comitê de
investimentos, conforme seja determinado no estatuto dessa entidade.
§ 2º - O Comitê de Investimentos é o órgão responsável por assessorar a Diretoria Executiva na
gestão econômico-financeira dos recursos administrados pela SP-PREVCOM, conforme seja
determinado no estatuto dessa entidade.
Artigo 10 - Os membros do Comitê Gestor e do Comitê de Investimentos não poderão integrar o
Conselho Deliberativo, o Conselho Fiscal e a Diretoria Executiva, tendo diferentes deveres,
atribuições e responsabilidades, conforme seja determinado no estatuto da SP-PREVCOM.
Artigo 11 - A remuneração e as vantagens de qualquer natureza recebidas pelos membros da
Diretoria Executiva da SP-PREVCOM serão fixadas pelo seu Conselho Deliberativo.
Artigo 12 - A remuneração dos membros do Conselho Deliberativo, do Conselho Fiscal e dos
membros de Comitê Gestor será fixada por ato do Governador do Estado e limitada a 20% (vinte
por cento), 15% (quinze por cento) e 10% (dez por cento), respectivamente, do valor da
remuneração do Diretor Presidente da SPPREVCOM.
Parágrafo único - Os membros do Comitê de Investimentos definidos em regimento interno não
serão remunerados.
Artigo 13 - Os requisitos previstos nos incisos I a IV do artigo 20 da Lei Complementar federal nº
108, de 29 de maio de 2001, aplicam-se aos membros da Diretoria Executiva, aos membros dos
Conselhos Deliberativo e Fiscal e aos integrantes dos comitês gestores de plano, nos seguintes
termos:
I - comprovada experiência no exercício de atividade na área financeira, administrativa, contábil,
jurídica, de fiscalização, atuarial ou de auditoria;
II - não ter sofrido condenação criminal transitada em julgado;
III - não ter sofrido penalidade administrativa por infração da legislação da seguridade social,
inclusive da previdência complementar ou como servidor público;
IV - ter formação de nível superior.
Artigo 14 - Aos membros da Diretoria Executiva, nos termos do artigo 21 da Lei Complementar
federal nº 108, de 29 de maio de 2001, é vedado:
I - exercer simultaneamente atividade no patrocinador;
II - integrar concomitantemente o Conselho Deliberativo ou Fiscal da entidade e, mesmo depois do
término do seu mandato na Diretoria Executiva, enquanto não tiver suas contas aprovadas;
III - ao longo do exercício do mandato prestar serviços a instituições integrantes do sistema
financeiro.
§ 1º - Nos 12 (doze) meses seguintes ao término do exercício da função, o ex-diretor estará
impedido de prestar, direta ou indiretamente, independentemente da forma ou natureza do
contrato, qualquer tipo de serviço às empresas do sistema financeiro que impliquem a utilização
das informações a que teve acesso em decorrência da função exercida, sob pena de
responsabilidade civil e penal.
§ 2º - Durante o impedimento, ao ex-diretor, que não tiver sido destituído, ou que pedir
afastamento, será assegurada a possibilidade de prestar serviços à entidade, ou em qualquer
órgão da administração pública, desde que não tenha acesso a informações privilegiadas,
garantindo-se-lhe remuneração equivalente à função de direção que exerceu.

Seção II
Da Gestão dos Recursos Garantidores

Artigo 15 - A gestão das aplicações dos recursos da SP-PREVCOM poderá ser própria, por
entidade autorizada e credenciada ou mista.
§ 1º - Para os efeitos do disposto no “caput” deste artigo, considera-se:
1 - gestão própria: as aplicações realizadas diretamente pela SP-PREVCOM;
2 - gestão por entidade autorizada e credenciada: as aplicações realizadas por intermédio de
instituição financeira ou de outra instituição autorizada nos termos da legislação em vigor para o
exercício profissional de administração de carteiras;
3 - gestão mista: as aplicações realizadas parte por gestão própria e parte por gestão por entidade
autorizada e credenciada.
§ 2º - A definição da composição e dos percentuais máximos de cada modalidade de gestão
constará na política de investimentos dos planos de benefícios a ser fixada anualmente pelo
Conselho Deliberativo.
Artigo 16 - O regulamento do plano de benefícios previdenciários complementares poderá
estipular as regras que permitam ao participante optar, a seu exclusivo critério e sob sua
responsabilidade, por uma das carteiras de investimentos disponibilizadas pela SP-PREVCOM
(multiportfólio), seguindo, para tanto, as diretrizes a serem fixadas pelo Conselho Deliberativo.

Seção III
Das Disposições Gerais
Artigo 17 - O Conselho Deliberativo aprovará a instituição de código de ética e conduta que
deverá conter, dentre outras, as seguintes regras:
I - de confidencialidade, relativa a dados e informações a que seus membros tenham acesso no
exercício de suas funções;
II - para prevenir conflito de interesses;
III - para proibir operações dos dirigentes com partes relacionadas.
Parágrafo único - O código de ética e conduta deverá ter ampla divulgação entre conselheiros,
dirigentes, empregados e, especialmente, entre os participantes e assistidos.
Artigo 18 - O regime jurídico de pessoal da SPPREVCOM será o previsto na Consolidação das
Leis do Trabalho - CLT.
Artigo 19 - A Diretoria Executiva editará ato próprio com normas gerais sobre as contratações
para a atividade-fim, dando publicidade às mesmas.
Artigo 20 - Cabe à Diretoria Executiva a prestação de informações de forma regular e imediata a
conselheiros, patrocinadores, instituidores, participantes e assistidos.
Parágrafo único - As informações, prestadas em linguagem clara e acessível, com a utilização
dos meios adequados, abrangem:
1 - as políticas de investimentos;
2 - as premissas e hipóteses atuariais;
3 - a situação econômica e financeira;
4 - os custos incorridos na administração dos planos de benefícios;
5 - a situação de cada participante ou assistido perante seu plano de benefícios.
Artigo 21 - A SP-PREVCOM observará os princípios norteadores da administração pública, em
especial os da eficiência e da economicidade, bem como adotará mecanismos de gestão
operacional que maximizem a utilização de recursos.
§ 1º - As despesas administrativas terão sua fonte de custeio definida no regulamento do plano de
benefícios previdenciários complementares, observado o disposto no “caput” do artigo 7º da Lei
Complementar federal nº 108, de 29 de maio de 2001, e o orçamento anual da SP-PREVCOM.
§ 2º - O montante de recursos destinados à cobertura das despesas administrativas será revisado
ao final de cada ano para o atendimento do disposto no “caput” deste artigo.
Artigo 22 - A SP-PREVCOM será mantida integralmente por suas receitas, oriundas das
contribuições dos participantes, assistidos e patrocinadores, dos resultados financeiros de suas
aplicações e de doações e legados de qualquer natureza.
§ 1º - A contribuição normal do patrocinador para o plano de benefícios previdenciários
complementares, em hipótese alguma, excederá a contribuição individual dos participantes.
§ 2º - Cada patrocinador será responsável pelo recolhimento de suas contribuições e pela
transferência à SP-PREVCOM das contribuições descontadas dos seus participantes, observado o
disposto nesta lei, no estatuto da SP-PREVCOM e no regulamento do plano de benefícios
previdenciários complementares.
§ 3º - Os recursos previdenciários oriundos da compensação financeira de que trata a Lei federal
nº 9.796, de 5 de maio de 1999, pertencerão exclusivamente à unidade gestora do Regime Próprio
de Previdência Social - São Paulo Previdência - SPPREV.
Artigo 23 - A SP-PREVCOM desenvolverá programa de educação financeira e previdenciária
destinado a dirigentes, empregados, patrocinadores, instituidores, participantes e assistidos, com
os seguintes objetivos:
I - melhorar a qualidade da gestão;
II - oferecer aos dirigentes e empregados a possibilidade de desenvolver habilidades e
conhecimentos necessários ao desempenho de suas funções;
III - oferecer aos participantes e assistidos ferramentas úteis para o planejamento e o controle de
sua vida econômica e financeira;
IV - oferecer aos participantes e assistidos capacitação para o exercício da fiscalização e
acompanhamento do seu patrimônio previdenciário.

CAPÍTULO III
Dos Planos de Benefícios a serem Implementados e Administrados pela SP-PREVCOM
Seção I
Das Condições Gerais dos Planos de Benefícios

Artigo 24 - Os planos de benefícios da SP-PREVCOM serão criados por ato do Conselho


Deliberativo da SP-PREVCOM, mediante solicitação dos patrocinadores.
§ 1º - O Estado de São Paulo, por meio dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do
Tribunal de Contas, das Universidades, do Ministério Público e da Defensoria Pública deverão
solicitar a criação de plano de previdência complementar para seus membros e servidores, no
prazo de 90 (noventa) dias da data do início do funcionamento da SP-PREVCOM, onerando os
recursos dos seus respectivos orçamentos.
§ 2º - Caso os Poderes ou instituições referidos no § 1º deste artigo não solicitem a criação de
plano de previdência complementar para seus membros e servidores no prazo previsto, será
oferecido um dos planos de previdência complementar destinado aos servidores do Poder
Executivo, assegurada a portabilidade para o plano próprio quando for instituído.
Artigo 25 - Os planos de benefícios da SP-PREVCOM serão estruturados na modalidade de
contribuição definida, nos termos do disposto nas Leis Complementares federais nos 108 e 109,
ambas de 29 de maio de 2001, da regulamentação estabelecida pelos órgãos regulador e
fiscalizador das entidades fechadas de previdência complementar, e financiados de acordo com os
planos de custeio definidos nos termos do artigo 18 da Lei Complementar federal no 109, de 29 de
maio de 2001, observadas as demais disposições da Lei Complementar federal nº 108, de 29 de
maio de 2001.
§ 1º - Observado o disposto no § 3º do artigo 18 da Lei Complementar federal nº 109, de 29 de
maio de 2001, o valor dos benefícios programados será calculado de acordo com o montante do
saldo de conta acumulado, devendo o valor do benefício ser permanentemente ajustado ao
referido saldo, na forma prevista no regulamento do respectivo plano de benefícios previdenciários
complementares.
§ 2º - Os benefícios não programados serão definidos no regulamento do respectivo plano de
benefícios previdenciários complementares, devendo ser assegurados, no mínimo, os benefícios
decorrentes dos eventos de invalidez e de morte, que poderão ser contratados externamente ou
assegurados pelo próprio plano de benefícios previdenciários complementares.
Artigo 26 - Os requisitos para aquisição, manutenção e perda da qualidade de participante e de
assistido, assim como os requisitos de elegibilidade, forma de concessão, cálculo e pagamento
dos benefícios deverão constar dos regulamentos dos planos de benefícios previdenciários
complementares, observadas as disposições das Leis Complementares federais nos 108 e 109,
ambas de 29 de maio de 2001, e a regulamentação dos órgãos regulador e fiscalizador das
entidades fechadas de previdência complementar.
Artigo 27 - Os planos de benefícios não poderão receber aportes patronais a título de serviço
passado.

Seção II
Da Manutenção e da Filiação

Artigo 28 - Poderá permanecer filiado ao respectivo plano de benefícios previdenciários


complementares, o participante:
I - afastado a outro órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta da União,
Estados, Distrito Federal e Municípios, inclusive suas empresas públicas e sociedades de
economia mista;
II - afastado ou licenciado do cargo efetivo temporariamente, com ou sem recebimento de
remuneração;
III - que optar pelo benefício proporcional diferido ou pelo autopatrocínio, na forma estabelecida
pelos órgãos regulador e fiscalizador das entidades fechadas de previdência complementar e no
regulamento do plano de benefícios previdenciários complementares.
§ 1º - O regulamento do plano de benefícios previdenciários complementares disciplinará as
regras para a manutenção do custeio do plano de benefícios previdenciários complementares,
observada a legislação aplicável.
§ 2º - O patrocinador arcará com a sua contribuição somente quando o afastamento ou a licença
do cargo efetivo se der sem prejuízo do recebimento de sua remuneração.
Seção III
Da Base de Cálculo

Artigo 29 - As contribuições do patrocinador e do participante incidirão sobre a parcela da


remuneração que exceder o limite máximo a que se refere o artigo 3º desta lei, observado, quanto
ao patrocinador, o disposto no inciso XI do artigo 37 da Constituição Federal.
§ 1º - Os abrangidos pelo disposto no artigo 1º desta lei, cuja remuneração seja inferior ao valor
do teto dos benefícios pagos pelo regime geral de previdência social, poderão optar por contribuir
para a SP-PREVCOM, sem a contribuição do patrocinador, sendo que a base de cálculo será
fixada no plano de custeio.
§ 2º - Para os efeitos desta lei e para os planos em que seja patrocinador o Estado de São Paulo,
por meio dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do Tribunal de Contas, das
Universidades, do Ministério Público e da Defensoria Pública, considera-se remuneração:
1 - o valor do subsídio do participante;
2 - o valor do vencimento ou do salário do participante, acrescido das vantagens pecuniárias
permanentes estabelecidas em lei, incorporadas ou incorporáveis, e, mediante opção expressa do
servidor, das parcelas remuneratórias não incorporáveis, excluídas:
a) as diárias para viagens;
b) o auxílio-transporte;
c) o salário-família;
d) o salário-esposa;
e) o auxílio-alimentação;
f) o abono de permanência de que tratam o § 19 do artigo 40 da Constituição Federal, o § 5º do
artigo 2º e o § 1º do artigo 3º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003.
§ 3º - Na hipótese de contribuição do participante sobre parcelas remuneratórias não
incorporáveis, não haverá contrapartida do patrocinador.
Artigo 30 - Para os planos em que seja patrocinador o Estado de São Paulo, por meio dos
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do Tribunal de Contas, das Universidades, do
Ministério Público e da Defensoria Pública, o valor da contribuição do patrocinador será igual à do
participante, observado o disposto no regulamento do plano de benefícios previdenciários
complementares, não podendo exceder o percentual de 7,5% (sete e meio por cento) sobre a sua
remuneração, como definida no § 2º do artigo 29 desta lei.
Parágrafo único - Além da contribuição normal de que trata o “caput” deste artigo, o regulamento
poderá admitir o aporte de contribuições extraordinárias, tal como previsto no artigo 19, parágrafo
único, inciso II, da Lei Complementar federal nº 109, de 29 de maio de 2001, sem aporte
correspondente do patrocinador.

Seção IV
Das Disposições Especiais

Artigo 31 - O plano de custeio previsto no artigo 18 da Lei Complementar federal nº 109, de 29 de


maio de 2001, discriminará o percentual mínimo da contribuição do participante e do patrocinador,
conforme o caso, para cada um dos benefícios previstos no plano de benefícios previdenciários
complementares, observado o disposto no artigo 6º da Lei Complementar federal nº 108, de 29 de
maio de 2001.
Artigo 32 - A SP-PREVCOM manterá o controle das reservas constituídas em nome do
participante, registrando contabilmente as contribuições deste e as do patrocinador.
Artigo 33 - Durante a fase de percepção de renda programada e atendidos os requisitos
estabelecidos no plano de benefícios previdenciários complementares, o assistido poderá portar
as reservas constituídas em seu nome para entidade de previdência complementar ou companhia
seguradora autorizada a operar planos de previdência complementar, com o objetivo específico de
contratar plano de renda vitalícia, observado o disposto no § 2º do artigo 33 da Lei Complementar
federal nº 109, de 29 de maio de 2001.

CAPÍTULO IV
Do Controle e Fiscalização

Artigo 34 - A supervisão e fiscalização da SP-PREVCOM e de seus planos de benefícios


previdenciários complementares compete ao órgão fiscalizador das entidades fechadas de
previdência complementar, sem prejuízo das competências constitucionais do Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo.
§ 1º - A competência exercida pelo órgão referido no “caput” deste artigo não exime o patrocinador
da responsabilidade pela supervisão e fiscalização sistemática das atividades da SP-PREVCOM.
§ 2º - Os resultados da supervisão e fiscalização exercidas pelo patrocinador serão encaminhados
ao órgão mencionado no “caput” deste artigo.
Artigo 35 - Aplica-se, no âmbito da SP-PREVCOM, o regime disciplinar previsto no Capítulo VII da
Lei Complementar federal nº 109, de 29 de maio de 2001.

CAPÍTULO V
Das Disposições Gerais

Artigo 36 - Para atender às despesas decorrentes da execução desta lei, fica o Poder Executivo
autorizado a:
I - abrir, em caráter excepcional, créditos especiais até o limite de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões
de reais) destinados à cobertura das despesas referentes ao custeio do primeiro ano de
implantação da SP-PREVCOM;
II - aportar recursos adicionais para atender as despesas administrativas da SP-PREVCOM,
enquanto a taxa de administração fixada nos regulamentos ou respectivos planos de custeio dos
benefícios previdenciários for insuficiente ao seu suprimento.
Parágrafo único - Os valores dos créditos adicionais a que se refere este artigo serão cobertos na
forma prevista do § 1º do artigo 43 da Lei federal nº 4.320, de 17 de março de 1964.
Artigo 37 - Observado o disposto no artigo 33, I, da Lei Complementar federal nº 109, de 29 de
março de 2001, o Poder Executivo adotará providências para a constituição e funcionamento da
SP-PREVCOM no prazo de até 240 (duzentos e quarenta) dias contados da data da publicação
desta lei.
Parágrafo único - No mesmo prazo previsto no “caput” deste artigo, contado a partir da data em
que for publicada a autorização para seu funcionamento, a SP-PREVCOM adotará providências
para instituir e operar planos de benefícios previdenciários complementares, que deverão ser
oferecidos aos interessados, tão logo concedida a autorização prevista no artigo 6º da Lei
Complementar federal nº 109, de 29 de março de 2001, mediante ampla divulgação.
Artigo 38 - Esta lei e suas Disposições Transitórias entram em vigor na data de sua publicação.

CAPÍTULO VI
Disposições Transitórias

Artigo 1º - O Governador do Estado designará os membros que deverão compor provisoriamente


o Conselho Deliberativo e o Conselho Fiscal da SP-PREVCOM.
Parágrafo único - O mandato dos conselheiros de que trata o “caput” deste artigo será de até 24
(vinte e quatro) meses, durante os quais será realizada eleição direta para que os participantes e
assistidos escolham os seus representantes e o patrocinador indique os seus representantes.
Artigo 2º - A SP-PREVCOM poderá, em sua fase de implantação, admitir empregados em caráter
temporário, mediante processo seletivo.
Artigo 3º - Para o funcionamento inicial da SPPREVCOM poderão ser afastados servidores e
empregados do Estado de São Paulo e das pessoas jurídicas integrantes da sua administração
direta ou indireta, mediante reembolso.
Parágrafo único - Fica vedada a cessão de empregados da SP-PREVCOM para outros órgãos do
Estado de São Paulo.
Artigo 4º - Observado o disposto nos artigos 1º, 3º e 27 da parte permanente desta lei, o regime
de previdência complementar poderá ser aplicado aos atuais servidores públicos estaduais
admitidos com fundamento na CLT, aos atuais deputados da Assembleia Legislativa do Estado de
São Paulo, desde que não integrem outro regime próprio de previdência pública de qualquer ente
da federação, bem como aos atuais servidores ocupantes exclusivamente de cargos em
comissão, declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
Palácio dos Bandeirantes, 22 de dezembro de 2011.
GERALDO ALCKMIN
Andrea Sandro Calabi
Secretário da Fazenda
Cibele Franzese
Secretária Adjunta Respondendo pelo Expediente da Secretaria de Gestão Pública
Júlio Francisco Semeghini Neto
Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Regional
Sidney Estanislau Beraldo
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 22 de dezembro de 2011.
A

Ficha informativa
Texto com alterações
LEI COMPLEMENTAR Nº 1.010, DE 01 DE JUNHO DE 2007
(Atualizada até a Lei nº 13.549, de 26 de maio de 2009)

Dispõe sobre a criação da SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREV, entidade gestora do Regime
Próprio de Previdência dos Servidores Públicos - RPPS e do Regime Próprio de Previdência dos
Militares do Estado de São Paulo - RPPM

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:


Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei complementar:

CAPÍTULO I

DA CRIAÇÃO E DA COMPETÊNCIA

Artigo 1º - Fica criada a SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREV, entidade gestora única do
Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos titulares de cargos efetivos - RPPS e do
Regime Próprio de Previdência dos Militares do Estado de São Paulo - RPPM, autarquia sob
regime especial com sede e foro na cidade de São Paulo - SP e prazo de duração indeterminado.
Parágrafo único - O regime especial, a que se refere o "caput", caracteriza-se por autonomia
administrativa, financeira, patrimonial e de gestão de recursos humanos e autonomia nas suas
decisões.
Artigo 2º - São segurados do RPPS e do RPPM do Estado de São Paulo, administrados pela
SPPREV:
I - os titulares de cargos efetivos, assim considerados os servidores cujas atribuições, deveres e
responsabilidades específicas estejam definidas em estatutos ou normas estatutárias e que
tenham sido aprovados por meio de concurso público de provas ou de provas e títulos ou de
provas de seleção equivalentes;
II - os membros da Polícia Militar do Estado, assim definidos nos termos do artigo 42 da
Constituição Federal.
§ 1º - Aplicam-se as disposições constantes desta lei aos servidores titulares de cargos vitalícios,
efetivos e militares, da Administração direta e indireta, da Assembléia Legislativa, do Tribunal de
Contas do Estado e seus Conselheiros, das Universidades, do Poder Judiciário e seus membros,
e do Ministério Público e seus membros, da Defensoria Pública e seus membros.
§ 2º - Por terem sido admitidos para o exercício de função permanente, inclusive de natureza
técnica, e nos termos do disposto no inciso I deste artigo, são titulares de cargos efetivos os
servidores ativos e inativos que, até a data da publicação desta lei, tenham sido admitidos com
fundamento nos incisos I e II do artigo 1º da Lei nº 500, de 13 de novembro de 1974.
§ 3º - O disposto no § 2º deste artigo aplica-se aos servidores que, em razão da natureza
permanente da função para a qual tenham sido admitidos, estejam na mesma situação ali prevista.
Artigo 3º - A SPPREV tem por finalidade administrar o Regime Próprio de Previdência dos
Servidores Públicos titulares de cargos efetivos - RPPS e o Regime Próprio de Previdência dos
Militares do Estado de São Paulo - RPPM, cabendo-lhe:
I - a administração, o gerenciamento e a operacionalização dos regimes;
II - a concessão, pagamento e manutenção dos benefícios assegurados pelos regimes;
III - a arrecadação e cobrança dos recursos e contribuições necessários ao custeio dos regimes;
IV - a gestão dos fundos e recursos arrecadados; e
V - a manutenção permanente do cadastro individualizado dos servidores públicos ativos e
inativos, dos militares do serviço ativo, dos agregados ou licenciados, da reserva remunerada ou
reformado, e respectivos dependentes, e dos pensionistas.
§ 1º - Na consecução de suas finalidades a SPPREV atuará com independência e imparcialidade,
visando o interesse público, observados os princípios da legalidade, impessoalidade, publicidade,
moralidade e eficiência.
§ 2º - O ato de concessão dos benefícios para o membro ou servidor do Poder Judiciário, da
Assembléia Legislativa, do Tribunal de Contas do Estado, do Ministério Público, da Defensoria
Pública e das Universidades será assinado pelo chefe do respectivo Poder, entidade autônoma ou
órgão autônomo, que o remeterá, em seguida, à SPPREV para formalização, pagamento e
manutenção.
§ 3º - O ato que conceder a aposentadoria indicará as regras constitucionais, permanentes ou de
transição, aplicadas, o valor dos proventos e o regime a que ficará sujeita sua revisão ou
atualização.
§ 4º - Cada Poder, órgão autônomo ou entidade fará as comunicações necessárias para que a
SPPREV observe os direitos à integralidade e à paridade de remuneração, quando assegurados.
§ 5º - Fica vedado à SPPREV o desempenho das seguintes atividades:
1 - concessão de empréstimos de qualquer natureza, inclusive à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios, a entidades da Administração indireta e aos servidores públicos ativos e
inativos, aos militares do serviço ativo, agregados ou licenciados, da reserva remunerada ou
reformado, e aos pensionistas e demais empregados do Estado de São Paulo;
2 - celebrar convênios ou consórcios com outros Estados ou Municípios com o objetivo de
pagamento de benefícios;
3 - aplicar recursos em títulos públicos, com exceção de títulos do Governo Federal;
4 - atuação nas demais áreas da seguridade social ou qualquer outra área não pertinente a sua
precípua finalidade;
5 - atuar como instituição financeira, bem como prestar fiança, aval ou obrigar-se, em favor de
terceiros, por qualquer outra forma.
§ 6º - O cadastro a que se refere o inciso V deste artigo, dentre outras informações julgadas
relevantes ou necessárias nos termos da legislação aplicável, conterá:
1 - nome e demais dados pessoais, inclusive dos dependentes;
2 - matrícula e outros dados funcionais;
3 - remuneração utilizada como base para as contribuições do servidor ou do militar a qualquer
regime de previdência, mês a mês;
4 - valores mensais e acumulados da contribuição;
5 - valores mensais e acumulados da contribuição do ente federativo.
§ 7º - Aos servidores públicos ativos e aos militares do serviço ativo serão disponibilizadas,
anualmente, as informações constantes de seu cadastro individualizado, nos termos e prazos
definidos em regulamento.
§ 8º - Os valores constantes do cadastro individualizado a que se refere o inciso V deste artigo
serão consolidados para fins contábeis.
Artigo 4º - Caberá ao Poder Executivo instalar a SPPREV, devendo seu regulamento, aprovado
por decreto do Poder Executivo no prazo máximo de 90 (noventa) dias a contar da data de
publicação desta lei complementar, fixar-lhe a estrutura organizacional e estabelecer as demais
regras necessárias à instalação e funcionamento da entidade.
Parágrafo único - A SPPREV vincula-se à Secretaria de Estado da Fazenda, que a
supervisionará.

CAPÍTULO II

DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

Seção I

Dos Órgãos de Administração


Artigo 5º - A SPPREV terá como órgãos de administração o Conselho de Administração, a
Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal.

Seção II

Do Conselho de Administração

Artigo 6º - O Conselho de Administração é o órgão de deliberação superior da SPPREV,


competindo-lhe fixar as diretrizes gerais de atuação da SPPREV, praticar atos e deliberar sobre
matéria que lhe seja atribuída por lei ou regulamento e:
I - aprovar os regimentos internos;
II - aprovar o orçamento anual;
III - aprovar os Relatórios anuais da Diretoria Executiva e as demonstrações financeiras de cada
exercício;
IV - atuar como Conselho de Administração do fundo a que se refere o artigo 31 desta lei
complementar; e
V - manifestar-se sobre qualquer assunto de interesse da SPPREV que lhe seja submetido pela
Diretoria Executiva.
Artigo 7º - O Conselho de Administração será composto por 14 (catorze) membros efetivos e
respectivos suplentes, com mandato de 2 ( dois) anos, permitida uma recondução, escolhidos na
seguinte conformidade:
I - 7 (sete) membros efetivos e respectivos suplentes indicados pelo Governador do Estado, sendo
um membro efetivo e seu suplente, obrigatoriamente, da Polícia Militar do Estado de São Paulo,
no posto de Coronel PM, todos demissíveis "ad nutum";
II - 1 (um) membro efetivo e respectivo suplente indicados pelos servidores ativos e inativos do
Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ambos escolhidos entre os seus
servidores titulares de cargos efetivos;
III - 1 (um) membro efetivo e respectivo suplente indicados pelos servidores ativos e inativos do
Poder Legislativo, ambos escolhidos entre seus servidores titulares de cargos efetivos;
IV - 2 (dois) membros efetivos e respectivos suplentes indicados pelos servidores ativos do Poder
Executivo, titulares de cargos efetivos, e seus pensionistas;
V - 1 (um) membro efetivo e respectivo suplente indicados pelos servidores inativos do Poder
Executivo, ex-titulares de cargos efetivos, e seus pensionistas;
VI - 1 (um) membro efetivo e respectivo suplente indicados pelos militares do serviço ativo, da
reserva remunerada ou reformado, e seus pensionistas;
VII - 1 (um) membro efetivo e respectivo suplente indicados pelos servidores ativos e inativos das
Universidades estaduais e seus pensionistas.
§ 1º - Os membros do Conselho de Administração deverão ter formação universitária e
comprovada experiência profissional em uma das seguintes áreas: seguridade, administração,
economia, finanças, direito, contabilidade, atuária ou engenharia.
§ 2º - O Poder Executivo disciplinará, no prazo de até 90 (noventa) dias contados da publicação
desta lei complementar, os procedimentos gerais para nomeação e indicação dos representantes
dos servidores ativos, inativos e pensionistas, bem como dos militares do serviço ativo, da reserva
remunerada ou reformado e pensionistas, garantindo-se a participação exclusiva das entidades
representativas, sindicais e associativas no processo de indicação.
§ 3º - O Governador do Estado escolherá, dentre os membros do Conselho de Administração, o
seu Presidente e Vice-Presidente.
§ 4º - A indicação dos membros do Conselho de Administração deverá ser feita no prazo máximo
de 180 (cento e oitenta) dias:
1 - a contar da publicação do decreto a que se refere o § 2º deste artigo, no que respeita à sua
primeira composição; e
2 - antes do término do mandato dos respectivos Conselheiros, nas composições subseqüentes.
§ 5º - Na hipótese de não atendimento dos prazos estabelecidos no § 4º deste artigo, a indicação
dos Conselheiros far-se-á mediante livre escolha do Chefe do Poder Executivo, observados os
requisitos previstos no § 1º deste artigo.
Artigo 8º - O Conselho de Administração reunir-se-á, ordinariamente, uma vez ao mês, com a
presença da maioria absoluta de seus membros e deliberará por maioria simples dentre os
presentes, cabendo ao Presidente do Conselho o voto de qualidade.
Parágrafo único - O Diretor Executivo Presidente terá assento nas reuniões do Conselho de
Administração, com direito a voz, mas sem voto.

Seção III

Da Diretoria Executiva

Artigo 9º - A Diretoria Executiva é o órgão de execução das atividades que competem à SPPREV.
Artigo 10 - A Diretoria Executiva será composta por 5 (cinco) diretores executivos, cujas
atribuições serão definidas em decreto regulamentar, sendo: (NR)
I - Diretor Presidente; (NR)
II - Diretor de Administração e Finanças; (NR)
III - Diretor de Relacionamento com o Segurado; (NR)
IV - Diretor de Benefícios - Servidores Públicos; (NR)
V - Diretor de Benefícios - Militares. (NR)
- Artigo 10 com redação dada pela Lei Complementar nº 1.058, de 16/09/2008.
Artigo 11 - Ao Diretor Presidente compete organizar e supervisionar as atividades da SPPREV e
exercer as demais atribuições definidas em regulamento.
Artigo 12 - Compete aos diretores desempenhar as atribuições previstas em regulamento, além
daquelas que lhes forem delegadas pelo Diretor Presidente.

Seção IV

Do Conselho Fiscal

Artigo 13 - O Conselho Fiscal é o órgão de fiscalização e controle interno da SPPREV,


competindo-lhe:
I - analisar as demonstrações financeiras e demais documentos contábeis da entidade, emitindo
parecer e encaminhando-os ao Conselho de Administração;
II - opinar sobre assuntos de natureza econômico-financeira e contábil que lhes sejam submetidos
pelo Conselho de Administração ou pela Diretoria Executiva;
III - atuar como Conselho Fiscal do fundo a que se refere o artigo 31 desta lei complementar; e,
IV - comunicar ao Conselho de Administração fatos relevantes que apurar no exercício de suas
atribuições.
Parágrafo único - No desempenho de suas funções, o Conselho Fiscal, que se reunirá
mensalmente, poderá requisitar e examinar livros e documentos da SPPREV que se fizerem
necessários, bem como, justificadamente, solicitar o auxílio de especialistas e peritos.
Artigo 14 - O Conselho Fiscal será composto por 6 (seis) membros efetivos e respectivos
suplentes, com mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução.
§ 1º - Os membros do Conselho Fiscal, observado o disposto no § 2º deste artigo, serão
escolhidos da seguinte forma:
1 - 3 (três) membros efetivos e seus respectivos suplentes indicados pelo Governador do Estado,
todos demissíveis "ad nutum";
2 - 1 (um) membro efetivo e seu suplente oriundos do Poder Executivo, indicados pelos seus
servidores ativos, inativos, ou pelos militares do serviço ativo, da reserva remunerada ou
reformado, e respectivos pensionistas;
3 - 1 (um) membro efetivo e respectivo suplente oriundos do Poder Judiciário e Ministério Público,
indicados pelos seus servidores ativos e inativos e pelos pensionistas; e
4 - 1 (um) membro efetivo e respectivo suplente oriundos do Poder Legislativo, indicados pelos
seus servidores ativos e inativos e pelos pensionistas.
§ 2º - A indicação dos membros efetivos e suplentes do Conselho Fiscal referidos nos itens 2 e 3
do § 1º deste artigo se dará de forma alternada e sucessiva entre os responsáveis pelas
indicações, na seguinte conformidade:
1 - na primeira composição do Conselho Fiscal:
a) o membro efetivo a que se refere o item 2 será indicado pelos servidores ativos, inativos e
pensionistas do Poder Executivo, e o respectivo suplente pelos militares do serviço ativo, da
reserva remunerada ou reformados e pensionistas;
b) o membro efetivo a que se refere o item 3 será indicado pelos servidores ativos e inativos e
pelos pensionistas oriundos do Poder Judiciário e o respectivo suplente pelos servidores ativos e
inativos e pelos pensionistas oriundos do Ministério Público;
2 - na segunda composição do Conselho Fiscal:
a) o membro efetivo a que se refere o item 2 será indicado pelos militares do serviço ativo, da
reserva remunerada ou reformados e pensionistas e o respectivo suplente pelos servidores ativos,
inativos e pensionistas do Poder Executivo;
b) o membro efetivo a que se refere o item 3 será indicado pelos servidores ativos e inativos e
pelos pensionistas oriundos do Ministério Público e o respectivo suplente pelos oriundos do Poder
Judiciário;
§ 3º - Aplica-se aos membros do Conselho Fiscal o disposto nos §§ 1°, 2º, 4º e 5°, do artigo 7º
desta lei complementar.
§ 4º - O presidente do Conselho será eleito pelos membros do Conselho Fiscal devidamente
constituído, devendo a escolha recair sobre um dos membros indicados pelos servidores.

Seção V

Das demais disposições

Artigo 15 - A fim de implantar o sistema de renovação parcial e periódica dos Conselhos de


Administração e Fiscal, o primeiro mandato de metade dos conselheiros e respectivos suplentes
será acrescido de 50% (cinqüenta por cento) do prazo definido nesta lei complementar.
Parágrafo único - O regulamento definirá quais os membros da primeira composição dos
Conselhos que terão o prazo de duração de seus mandatos estendido nos termos do "caput"
deste artigo.
Artigo 16 - É vedado ao Conselheiro e ao Diretor Executivo o exercício simultâneo de mais de um
cargo de administração na SPPREV.
Artigo 17 - Os membros dos Conselhos de Administração e Fiscal somente perderão o mandato
em virtude de:
I - condenação penal transitada em julgado;
II - decisão desfavorável em processo administrativo irrecorrível; ou
III - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
IV - três ausências consecutivas ou cinco alternadas nas reuniões do Conselho, que não forem
justificadas.
§ 1º - Instaurado processo administrativo para apuração de irregularidades poderá o Governador
do Estado, por solicitação do Secretário de Estado supervisor, determinar o afastamento provisório
do Conselheiro, até a conclusão do processo.
§ 2º - O afastamento de que trata o § 1º deste artigo não implica prorrogação do mandato ou
permanência no Conselho de Administração ou Fiscal além da data inicialmente prevista para o
seu término.
§ 3º - Pelo exercício irregular da função pública, os membros dos Conselhos de Administração e
Fiscal e da Diretoria Executiva responderão penal, civil e administrativamente, nos termos da
legislação aplicável, em especial a Lei federal nº 8.429, de 2 de junho de 1992 (Lei de
Improbidade Administrativa).
Artigo 18 - Na hipótese de vacância nos Conselhos de Administração e Fiscal, assumirá o
respectivo suplente ou, na impossibilidade, outro membro será indicado pelos respectivos
responsáveis, devendo o novo membro exercer o mandato pelo período remanescente.
Artigo 19 - A remuneração mensal dos membros dos Conselhos de Administração e Fiscal
corresponderá a 20% (vinte por cento) da remuneração do Diretor Presidente da SPPREV,
observados os critérios estabelecidos em regulamento.
Artigo 20 - A representação judicial da SPPREV, com prerrogativas processuais de Fazenda
Pública, será exercida pela Procuradoria Geral do Estado, a qual exercerá, também,
representação extrajudicial, consultoria e assessoria jurídica, conforme definido em regulamento
próprio.
Artigo 21 - O pessoal da SPPREV será admitido sob o regime da Consolidação das Leis do
Trabalho - C.L.T.
Artigo 22 - Ficam criados, na SPPREV, 5 (cinco) cargos de Diretor Executivo, com o vencimento
mensal R$ 9.667,00 (nove mil, seiscentos e sessenta e sete reais).
Parágrafo único - Os cargos a que se refere o "caput" deste artigo serão extintos quando for
implementado o Quadro de Pessoal de que trata o artigo 39 desta lei complementar.

CAPÍTULO III

DAS DISPOSIÇÕES ECONÔMICAS E FINANCEIRAS

Seção I

Da São Paulo Previdência - SPPREV

Artigo 23 - A SPPREV organizará a administração do RPPS e do RPPM com base em normas


gerais de contabilidade e atuária, de modo a garantir seu equilíbrio financeiro e atuarial,
observados os critérios definidos pelas legislações estadual e federal aplicáveis e respectivos
regulamentos.
Artigo 24 - O patrimônio, as receitas e as disponibilidades de caixa da SPPREV serão mantidos
em conta específica.
Parágrafo único - A SPPREV deverá realizar escrituração contábil distinta da mantida pelo
Tesouro Estadual, inclusive quanto às rubricas destacadas no orçamento para pagamento de
benefícios, e também adotar os planos de contas definidos pelas autoridades reguladoras
competentes.
Artigo 25 - A SPPREV receberá mensalmente, para custeio de sua instalação e funcionamento,
remuneração correspondente à taxa de administração definida anualmente e aprovada por ato do
Poder Executivo, respeitados os limites estabelecidos na legislação.
Parágrafo único - Cada órgão, entidade e Poder contabilizará como despesa a taxa de
administração estabelecida no "caput" deste artigo, proporcionalmente ao valor da respectiva folha
de pagamento do pessoal vinculado ao RPPS e ao RPPM, relativamente ao exercício financeiro
anterior.
Artigo 26 - Os valores dos benefícios pagos pela SPPREV serão:
I - computados para efeito de cumprimento de vinculações legais e constitucionais de gastos em
áreas específicas;
II - deduzidos do repasse obrigatório de recursos a outras entidades, órgãos ou Poderes dos quais
os inativos, ou respectivos beneficiários, forem originários.
Artigo 27 - O Estado de São Paulo é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências
financeiras do RPPS e do RPPM decorrentes do pagamento de benefícios previdenciários,
observada a insuficiência apurada em cada um dos Poderes e órgãos autônomos.
Parágrafo único - Entende-se por insuficiência financeira o valor resultante da diferença entre o
valor total da folha de pagamento dos benefícios previdenciários e o valor total das contribuições
previdenciárias dos servidores, dos Poderes, entidades autônomas e órgãos autônomos do
Estado.
Artigo 28 - Ficam o Poder Executivo e o IPESP autorizados a repactuar as dívidas e os haveres
existentes entre si e os demais órgãos integrantes do RPPS e RPPM, e assim consolidar as
demais obrigações em favor dos dois regimes próprios de previdência social.
§ 1º - O ajuste de que trata o "caput" deste artigo deve prever o pagamento integral dos montantes
devidos pelo Estado em até 10 (dez) anos a contar da publicação desta lei.
§ 2º - Os recursos aportados pelo Estado para a cobertura de insuficiências financeiras nos termos
desta lei serão utilizados pelo Executivo como pagamento dos compromissos a que se refere o
"caput" deste artigo.
§ 3º - Fica a Fazenda do Estado autorizada a assumir a responsabilidade pelo pagamento:
1 - de débitos do IPESP, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios
judiciários insatisfeitos;
2 - de débitos previdenciários da CBPM, oriundos de sentenças transitadas em julgado,
constantes de precatórios judiciários insatisfeitos.
§ 4º - As obrigações assumidas pela Fazenda do Estado, em conseqüência da autorização de que
trata o § 3º, serão consideradas no ajuste de que trata o "caput" deste artigo.
Artigo 29 - A SPPREV disponibilizará ao público, inclusive por meio de rede pública de
transmissão de dados, informações atualizadas sobre as receitas e despesas do RPPS e do
RPPM, bem como os critérios e parâmetros adotados para garantir o seu equilíbrio financeiro e
atuarial.
Artigo 30 - A SPPREV deverá realizar avaliação atuarial inicial e em cada balanço, bem como
poderá manter auditoria externa, por entidade independente legalmente habilitada nas áreas
contábil, de benefícios e atuarial, conforme previsto em regulamento.

Seção II

Da Constituição de Fundo com Finalidade Previdenciária

Artigo 31 - Fica o Poder Executivo autorizado a constituir fundo com finalidade previdenciária, de
natureza contábil, destinado a recepcionar os recursos e o patrimônio previdenciários, sob a
direção, administração e gestão da SPPREV.
§ 1º - Os recursos do fundo a que se refere o "caput" deste artigo serão destinados
exclusivamente ao pagamento de benefícios previdenciários do RPPS e do RPPM.
§ 2º - Caberá à SPPREV, por intermédio dos seus órgãos de administração, a representação, a
administração e a gestão do fundo a que se refere o "caput" deste artigo, na forma prevista nesta
lei complementar.
§ 3º - A SPPREV deverá manter os recursos destinados ao pagamento de benefícios em conta
específica em nome do fundo a que se refere o "caput" deste artigo.
§ 4º - O fundo a que se refere o "caput" deste artigo e a SPPREV terão registros cadastrais e
contabilidade distintos, não havendo entre eles qualquer comunicação ou direitos, inexistindo
solidariedade ou subsidiariedade obrigacionais ativas ou passivas.
Artigo 32 - O fundo a que se refere o artigo 31 desta lei complementar contará com recursos
constituídos por:
I - bens, direitos e ativos dotados pelo Estado de São Paulo;
II - contribuições previdenciárias mensais dos servidores públicos, ativos e inativos, dos militares
do serviço ativo, dos agregados ou licenciados, da reserva remunerada ou reformados, e dos
respectivos pensionistas, nos termos da legislação aplicável;
III - contribuição previdenciária do Estado, em contrapartida à contribuição dos servidores públicos
civis, ativos e inativos, dos militares do serviço ativo, dos agregados ou licenciados, da reserva
remunerada ou reformados, e dos respectivos pensionistas;
IV - aportes extraordinários do Estado;
V - acervo patrimonial de órgãos e entidades estaduais que lhe forem transferidos por ato do
Poder Executivo;
VI - rendimentos das aplicações financeiras de seus recursos;
VII - produto da alienação de seus bens;
VIII - aluguéis e outros rendimentos derivados dos bens componentes de seu patrimônio;
IX - doações, subvenções e legados;
X - outros recursos consignados no orçamento do Estado, inclusive os decorrentes de créditos
suplementares;
XI - receitas decorrentes do reconhecimento de dívidas do Estado com o IPESP, vencidas antes
da vigência desta lei complementar e apuradas nos termos do artigo 28 desta lei.
Parágrafo único - A contribuição previdenciária do Estado, a que se refere o "caput" do artigo 2º
da Lei federal nº 9.717, de 27 de novembro de 1998, alterada pela Lei federal nº 10.887, de 18 de
junho de 2004, para os regimes próprios de previdência de que trata o artigo 2º desta lei
complementar, corresponderá ao dobro do valor da contribuição do servidor ativo.
Artigo 33 - Os recursos garantidores das reservas técnicas, fundos e provisões do fundo a que se
refere o artigo 31 desta lei complementar serão aplicados de acordo com as condições de
mercado e da legislação aplicável à matéria, e observadas as regras de segurança, solvência,
liquidez, rentabilidade, proteção e prudência financeira.
Artigo 34 - A gestão dos bens imóveis do fundo a que se refere o artigo 31 desta lei
complementar será realizada visando compatibilizar a diversificação dos investimentos à
legislação e regulamentação aplicáveis, de modo a obter melhor rentabilidade.
Parágrafo único - Fica autorizada a alienação ou oneração dos bens imóveis dotados ao fundo a
que se refere o artigo 31 desta lei complementar devendo tal alienação ou oneração observar os
valores praticados pelo mercado imobiliário e reverter em seu benefício.

CAPÍTULO IV DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS


Artigo 35 - A SPPREV poderá, durante os 24 (vinte e quatro) meses subseqüentes a sua
instalação, solicitar a colaboração onerosa, mediante afastamento, de servidores públicos, de
militares do serviço ativo e empregados de órgãos ou entidades integrantes da Administração
Pública Estadual, para o exercício de atribuições compatíveis com os respectivos níveis de
formação profissional.
Parágrafo único - A despesa decorrente do afastamento de servidores públicos, militares do
serviço ativo e empregados da Administração Pública Estadual, sem prejuízo de vencimentos,
salários e demais vantagens, será ressarcida ao órgão ou entidade de origem, pela SPPREV.
Artigo 36 - As atribuições conferidas pela legislação em vigor ao Instituto de Previdência do
Estado de São Paulo - IPESP, à Caixa Beneficente da Polícia Militar - CBPM, às Secretarias de
Estado e às entidades da Administração indireta do Estado, bem como aos Tribunal de Justiça,
Ministério Público e Universidades, relacionadas à administração e pagamento de benefícios
previdenciários, serão assumidas pela SPPREV, conforme cronograma a ser definido por decreto.
Artigo 37 - Fica o Poder Executivo autorizado a:
I - transferir para a SPPREV o acervo patrimonial do IPESP e da CBPM, relativos às competências
que lhe são atribuídas por esta lei complementar, de acordo com o cronograma referido no artigo
36 desta lei complementar;
II - transferir para a SPPREV o acervo patrimonial das Secretarias de Estado e das entidades da
Administração indireta do Estado, relativos às competências que lhe são atribuídas por esta lei
complementar, de acordo com o cronograma referido no artigo 36 desta lei complementar;
III - remanejar, transferir ou utilizar os saldos orçamentários do IPESP, da CBPM, das Secretarias
de Estado e das entidades da Administração indireta do Estado, para atender as despesas
previdenciárias e de instalação e estruturação da SPPREV.
Parágrafo único - Até que se conclua a instalação da SPPREV os órgãos, entidades e unidades
dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, e do Ministério Público ficam incumbidos de
assegurar o suporte necessário ao funcionamento da SPPREV.
Artigo 38 - Os órgãos, entidades e unidades dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, e do
Ministério Público deverão transferir à SPPREV as informações constantes do acervo técnico e
documental relacionado às atividades que lhe são atribuídas, na conformidade do cronograma a
que se refere o artigo 36 desta lei complementar.
Artigo 39 - O Poder Executivo apresentará, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias a
contar da data de publicação desta lei complementar, projeto de lei dispondo sobre a criação do
Quadro de Pessoal da SPPREV e a fixação da remuneração dos empregos públicos, cargos e
funções de confiança.
Artigo 40 - A SPPREV deverá estar instalada e em pleno funcionamento, tendo assumido a
administração e execução de todas as atividades que lhe são conferidas nos termos desta lei
complementar, inclusive no que se refere aos Poderes Judiciário e Legislativo, e ao Ministério
Público, em até 2 (dois) anos após a publicação desta lei complementar, período no qual os
órgãos, entidades e unidades dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, e do Ministério
Público, deverão fornecer à SPPREV, mensalmente, as informações relativas a dados cadastrais e
folha de pagamento dos seus membros e servidores públicos, ativos e inativos, dos militares do
serviço ativo, dos agregados ou licenciados, da reserva remunerada ou reformados, necessárias
ao atendimento das exigências contidas na Lei federal nº 9.717, de 27 de novembro de 1998, com
alterações introduzidas pela Lei federal nº 10.887, de 18 de junho de 2004, e regulamentação
própria.
§ 1º - Revogado.
- § 1º revogado pela Lei nº 13.549, de 26/05/2009, produzindo efeitos 30 (trinta) dias após sua publicação.
§ 2º - As funções previdenciárias da CBPM serão transferidas para a SPPREV, permanecendo a
CBPM com as suas funções não previdenciárias, na forma a ser definida em regulamento.
Artigo 41 - Fica o Poder Executivo autorizado a abrir crédito suplementar no orçamento do
Estado, até o valor de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), destinados à implementação das
medidas previstas nesta lei complementar.
Artigo 42 - Cada Poder, órgão autônomo ou entidade será responsável pela satisfação dos
créditos de seus membros ou servidores inativos, e respectivos beneficiários, pendentes na data
da publicação desta lei.
Artigo 43 - Fica suprimida a possibilidade de dispensa imotivada, pelo Estado, dos docentes do
magistério público estadual, admitidos até a publicação desta lei, com fundamento na Lei nº 500,
de 13 de novembro de 1974.
Artigo 44 - Em conseqüência do disposto no artigo 43, fica excluída a aplicabilidade aos docentes
do magistério público estadual da hipótese de dispensa prevista no inciso III do artigo 35 da Lei nº
500, de 13 de novembro de 1974.
Artigo 45 - Ficam revogados o artigo 25 da Lei n.º 452, de 2 de outubro de 1974 e os artigos 133,
140, 141, 142 e 143, todos da Lei Complementar nº180, de 12 de maio de 1978.
Artigo 46 - Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio dos Bandeirantes, em 1º de junho de 2007.
José Serra
Mauro Ricardo Machado Costa
Secretário da Fazenda
Sidney Beraldo
Secretário de Gestão Pública
Aloysio Nunes Ferreira Filho
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, em 1º de junho de 2007.
A

Ficha informativa
LEI COMPLEMENTAR Nº 180, DE 12 DE MAIO DE 1978

Dispõe sobre a instituição do Sistema de Administração de Pessoal e dá providências correlatas

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:


Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei complementar:

TÍTULO I

Do Sistema de Administração de Pessoal

CAPÍTULO I

Das Disposições Preliminares

Artigo 1º - Esta lei complementar institui o Sistema de Administração de Pessoal relativo aos
funcionários públicos civis e servidores da Administração Centralizada e das Autarquias do Estado.
Artigo 2º - O Sistema de Administração de Pessoal tem por objetivo considerar adequadamente a
eficiência dos recursos humanos, respondendo às necessidades de planejamento, coordenação,
execução e controle das atividades de administração de pessoal, em função do planejamento e da
ação governamentais.

CAPÍTULO II

Dos órgãos Integrantes do Sistema

Artigo 3º - O Sistema de Administração de Pessoal compreende os seguintes tipos de órgãos:


I - órgão central de recursos humanos;
II - órgãos setoriais e subsetoriais, integrados nas Secretarias de Estado.
Artigo 4º - Aos órgãos do Sistema de Administração de Pessoal incumbem as seguintes
atribuições:
I - ao órgão central de recursos humanos: o planejamento, a coordenação, a orientação técnica e o
controle, em nível central, das atividades da administração de pessoal civil da Administração
Centralizada e das Autarquias;
II - aos órgãos setoriais: o planejamento, a coordenação, a orientação técnica, o controle e, quando
for o caso, a execução, sempre em integração com o órgão central, das atividades de
administração do pessoal civil das Secretarias de Estado a que pertencerem;
III - aos órgãos subsetoriais: a execução das atividades de administração do pessoal civil das
unidades administrativas a que pertencerem.

CAPÍTULO III

Dos Conceitos Básicos

Artigo 5º - Para os fins desta lei complementar considera-se:


I - função de serviço público: conjunto de atribuições cometidas a funcionário público ou a servidor;
II - cargo público: conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a funcionário público;
III - função-atividade: conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a servidor;
VI - referência numérica: símbolo indicativo do nível de vencimentos
V - servidor: pessoa admitida para exercer função-atividade;
IV - funcionário público: pessoa legalmente investida em cargo público; fixado para o cargo ou
função-atividade;
VII - grau: valores fixados para uma referência numérica;
VIII - padrão: conjunto da referência numérica e grau;
IX - classe: conjunto de cargos e/ou funções-atividades, da mesma denominação e amplitude de
vencimentos;
X - série de classes: conjunto de classes da mesma natureza de trabalho, hierarquicamente
escalonadas de acordo com o grau de complexidade das atribuições e o nível de responsabilidade;
XI - quadro: conjunto de cargos e de funções-atividades pertencentes a Secretaria de Estado ou a
autarquia;
XII - posto de trabalho, lugar em determinada unidade administrativa, necessário ao desempenho
de uma função de serviço público;
XIII - lotação: soma dos postos de trabalho fixados para cada unidade administrativa.
Artigo 6º - As funções de serviço público, na área da Administração Centralizada, referentes às
atividades de representação judicial e extrajudicial, de consultoria jurídica, assistência jurídica e de
assessoramento técnico-legislativo, de assistência judiciária aos necessitados, de arrecadação e
fiscalização de tributos, de manutenção da ordem e segurança pública internas, bem como de
direção, somente poderão ser desempenhadas por funcionários públicos titulares de cargos.
Artigo 7º - O Quadro a que se refere o inciso XI, do artigo 5º, desta lei complementar, compõe-se
de 2 (dois) subquadros, a saber:
I - Subquadro de Cargos Públicos (SQC);
II - Subquadro de Funções-Atividades (SQF).
§ 1º - O Subquadro de Cargos Públicos (SQC) compreende as seguintes tabelas:
1. Tabela I (SQC-I): constituída de cargos de provimento em comissão;
2. Tabela II (SQC-II): constituída de cargos de provimento efetivo, que comportam substituição;
3. Tabela III (SQC-III): constituída de cargos de provimento efetivo, que não comportam
substituição.
§ 2º - O Subquadro de Funções-Atividades (SQF) compreende as seguintes tabelas:
1. Tabela I (SQF-I): constituída de funções-atividades que comportam substituição;
2. Tabela II (SQF-II): constituída de funções-atividades que não comportam substituição.
§ 3º - Para os cargos integrados na Tabela I, poderá haver substituição exclusivamente para
aqueles cujas atribuições sejam de natureza diretiva, de chefia e encarregatura, e, nos demais
casos, quando do afastamento do titular por motivo de férias, licença-prêmio, licença para
tratamento de saúde ou licença à gestante.

TÍTULO II

Da Seleção de Pessoal

CAPÍTULO I

Dos Concursos Públicos

Artigo 8º - O provimento mediante nomeação para cargos efetivos será precedido de concurso
público de provas ou de provas e títulos.
Artigo 9º - O prazo máximo de validade do concurso público será de 2 (dois) anos.
Artigo 10 - Os concursos públicos reger-se-ão por instruções especiais que estabelecerão, em
função da natureza do cargo:
I - se o concurso será;
a) de provas ou de provas e títulos; e
b) por especializações ou por modalidades profissionais, quando couber.
II - as condições para provimento do cargo referentes a:
a) diplomas ou experiência de trabalho;
b) capacidade física; e
c) conduta.
III - o tipo e conteúdo das provas e as categorias de títulos;
IV - a forma de julgamento das provas e dos títulos;
V - os critérios de habilitação e classificação;
VI - o prazo de validade do concurso.
Parágrafo único - As instruções especiais poderão determinar que a execução do concurso
público, bem como a classificação dos candidatos, sejam feitas a nível local ou regional.
Artigo 11 - A nomeação obedecerá à ordem de classificação no concurso.
Parágrafo único - Vetado.

CAPÍTULO II

Dos Processos Seletivos

SEÇÃO I

Dos Processos Seletivos para Admissão

Artigo 12 - Os processos seletivos para admissão de servidor para atividades de natureza


permanente serão realizados com observância das disposições referentes a concursos públicos.

SEÇÃO II

Dos Demais Processos Seletivos

Artigo 13 - Os processos seletivos para provimento de cargos e preenchimento de funções-


atividades por transposição e acesso serão realizados pelos órgãos encarregados dos concursos
públicos.

CAPÍTULO III

Da Iniciativa para a Seleção de Pessoal

Artigo 14 - Caberá ao órgão central de recursos humanos:


I - autorizar a abertura de concursos públicos e de processos seletivos, quando intersecretariais,
observada a existência de recursos orçamentários hábeis;
II - fixar as normas e diretrizes gerais para a realização dos concursos públicos e processos
seletivos;
III - prestar orientação e supervisão técnica aos órgãos setoriais na realização dos concursos
públicos e processos seletivos, bem como fiscalizar tais concursos e processos;
IV - realizar diretamente concursos públicos e processos seletivos a critério da Administração.
Artigo 15 - Os concursos públicos e processos seletivos serão realizados, em todas as fases,
pelos órgãos setoriais, de acordo com a orientação e as normas emanadas do órgão central,
ressalvado o disposto no inciso IV do artigo anterior.
Parágrafo único - Os órgãos setoriais poderão delegar a execução dos concursos e processos
seletivos aos órgãos subsetoriais, quando for o caso.

TÍTULO III

Do Provimento de Cargos e do Preenchimento de Funções-Atividades

CAPÍTULO I

Dos Cargos Públicos e das Funções-Atividades

Artigo 16 - Os cargos públicos poderão ser providos:


I - em comissão;
II - em caráter efetivo;
III - em caráter temporário, nos termos do inciso III, do artigo 92, da Constituição do Estado
(Emenda nº 2).
Artigo 17 - As funções-atividades poderão ser preenchidas:
I - para o desempenho de funções de serviço público de natureza permanente, em atendimento a
necessidade inadiável, vedadas as admissões em número superior a 1/3 (um terço) da lotação
global das Secretarias de Estado;
II - para o desempenho de função reconhecidamente especializada, de natureza técnica, mediante
contrato bilateral, por prazo certo e determinado;
III - para a execução de determinada obra, serviços de campo ou trabalhos rurais, todos de
natureza transitória.
Parágrafo único - Não ficam sujeitas ao limite fixado no inciso I as admissões destinadas às
atividades docentes, médicas e paramédicas, bem como para as atividades de campo na área da
agricultura.

CAPÍTULO II

Das Formas de Provimento de Cargos e Preenchimento de Funções-Atividades

Artigo 18 - São formas de provimento de cargos públicos:


I - a nomeação;
II - a transposição;
III - o acesso;
IV - a reintegração;
V - a reversão;
VI - o aproveitamento;
VII - a readmissão.
Parágrafo único - O provimento dos cargos nas formas indicadas neste artigo far-se-á sempre em
caráter efetivo, exceto quando da nomeação nas hipóteses mencionadas nos incisos I e III, do
artigo 16, desta lei complementar.
Artigo 19 - São formas de preenchimento de funções-atividades:
I - a admissão;
II - a transposição;
III - o acesso;
IV - a reversão.

SEÇÃO I

Da Nomeação

Artigo 20 - As nomeações serão feitas:


I - em comissão, quando se tratar de cargo que em virtude de lei assim deva ser provido;
II - em caráter efetivo, quando se tratar de provimento de cargo dessa natureza;
III - em caráter temporário, na hipótese prevista no inciso III, do artigo 92, da Constituição do
Estado (Emenda nº 2).

SEÇÃO II

Da Admissão

Artigo 21 - As admissões serão feitas:


I - por prazo indeterminado, para o desempenho de funções de serviço público de natureza
permanente;
II - por prazo certo e determinado, quando se tratar de funções de natureza técnica ou de funções
transitórias para execução de determinada obra, serviços de campo ou trabalhos rurais, ou ainda, a
critério da Administração, para a execução de serviços decorrentes de convênios.
Parágrafo único - Ficam vedadas admissões para as hipóteses previstas no artigo 6º desta lei
complementar.
SEÇÃO III

Da Transposição

Artigo 22 - Transposição é o instituto que objetiva a alocação dos recursos humanos do serviço
público de acordo com aptidões e formação profissional, mediante:
I - a, passagem do funcionário de um para outro cargo de provimento efetivo, porém de conteúdo
ocupacional diverso;
II - a passagem do servidor de uma para outra função-atividade de natureza permanente, porém de
conteúdo ocupacional diverso.
Artigo 23 - A transposição efetuar-se-á mediante processo seletivo especial, respeitadas as
exigências de habilitação, condições e requisitos do cargo a ser provido ou da função-atividade a
ser preenchida, na forma prevista em regulamento.
Parágrafo único - Vetado.
Artigo 24 - Antes da abertura de concurso público ou de processo seletivo para provimento de
cargos ou preenchimento de funções-atividades, parte das vagas de determinadas classes poderá
ser reservada para transposição.
Artigo 25 - Quando o número de candidatos habilitados para provimento mediante transposição for
insuficiente para preencher as vagas respectivas, reverterão estas para os candidatos habilitados
para provimento mediante nomeação.
Parágrafo único - O mesmo procedimento de reversão de vagas será adotado quando o número
de candidatos habilitados para provimento mediante nomeação for insuficiente para preenchimento
das vagas que lhes foram destinadas.
Artigo 26 - O disposto no artigo anterior aplica se aos processos seletivos para preenchimento de
funções-atividades, mediante admissão ou transposição.
Artigo 27 - Os cargos e funções-atividades de direção, chefia e encarregatura, pertencentes à
Tabela II dos respectivos subquadros, serão providos ou preenchidos mediante transposição, não
se lhes aplicando o disposto nos artigos 24 e 25 desta lei complementar.
Artigo 28 - Em casos excepcionais, quando em decorrência de inspeção médica verificar-se
modificação do estado físico ou mental do funcionário ou do servidor, modificação essa que venha
a alterar sua capacidade para o trabalho, poderá o funcionário ou servidor ser readaptado,
mediante transposição, para cargo ou função-atividade mais compatível e de igual padrão.
Parágrafo único - Na hipótese prevista neste artigo não se aplica o disposto nos artigos 23 e 24
desta lei complementar, ficando o funcionário ou servidor sujeito à prova de habilitação que for
julgada necessária.

SEÇÃO IV

Do Acesso

Artigo 29 - Acesso é o instituto pelo qual o funcionário ou servidor, mediante processo seletivo
especial, passa a integrar a classe imediatamente superior àquela em que se encontrar, dentro da
respectiva série de classes.
Artigo 30 - As exigências, requisitos, interstícios e demais procedimentos aplicáveis ao acesso,
referentes a cada série de classes, serão propostos pelos órgãos setoriais e submetidos à
aprovação do órgão central de recursos humanos.

SEÇÃO V

Da Reintegração

Artigo 31 - Reintegração é o reingresso do funcionário no serviço público, em decorrência de


decisão judicial transitada em julgado, com ressarcimento dos prejuízos resultantes de sua
demissão.
Artigo 32 - A reintegração será feita no cargo anteriormente ocupado.
§ 1º - Se o cargo houver sido transformado, far-se-á a reintegração no que dele resultar.
§ 2º - No caso de extinção do cargo anteriormente ocupado, far-se-á a reintegração em cargo de
vencimentos equivalentes, respeitada a habilitação; não sendo isso possível, ficará o reintegrado
em disponibilidade até o seu obrigatório aproveitamento.
§ 3º - Se o cargo anteriormente ocupado estiver provido, conduzir-se-á seu ocupante a cargo de
igual denominação.
Artigo 33 - Transitada em julgado a sentença, será expedido o decreto de reintegração no prazo
máximo de 30 (trinta) dias.

SEÇÃO VI

Da Reversão

Artigo 34 - Reversão é o ato pelo qual o aposentado reingressa no serviço público a pedido ou «ex
officio».
§ 1º - Não poderá reverter à atividade o aposentado que tiver mais de 60 (sessenta) anos de idade.
§ 2º - No caso de reversão «ex officio» não se aplica o disposto no parágrafo anterior.
§ 3º - A reversão «ex officio» será feita quando insubsistentes as razões que determinaram a
aposentadoria por invalidez.
§ 4º - A reversão só poderá efetivar-se quando, em inspeção médica, ficar comprovada a
capacidade para o exercício do cargo.
§ 5º - Se o laudo médico não for favorável, poderá ser feita nova inspeção de saúde, para o mesmo
fim, decorridos pelo menos 90 (noventa) dias.
§ 6º - Será tornada sem efeito a reversão «ex officio» e cassada a aposentadoria do funcionário ou
servidor que não tomar posse ou não entrar em exercício dentro do prazo legal.
Artigo 35 - A reversão far-se-á em cargo ou função-atividade de idêntica denominação à daquele
ocupado por ocasião da aposentadoria.
Parágrafo único - Em casos especiais, a juízo da Administração, poderá o aposentado reverter em
outro cargo ou função-atividade de igual padrão, respeitados os requisitos para provimento do
cargo ou preenchimento da função-atividade.

SEÇÃO VII

Do Aproveitamento

Artigo 36 - Aproveitamento é o reingresso, no serviço público, do funcionário em disponibilidade.


§ 1º - O obrigatório aproveitamento do funcionário em disponibilidade ocorrerá em vaga existente
ou que se verificar nos quadros do funcionalismo.
§ 2º - O aproveitamento dar-se-á, tanto quando possível, em cargo de natureza e padrão
correspondentes ao anteriormente ocupado, não podendo ser feito em cargo de padrão superior.
§ 3º - Se o aproveitamento se der em cargo de padrão inferior, terá o funcionário direito à diferença.
§ 4º - Em nenhum caso poderá efetuar-se o aproveitamento sem que, mediante inspeção médica
fique provada a capacidade para o exercício
§ 5º - Se o laudo médico não for favorável, poderá ser feita nova inspeção de saúde, para o mesmo
fim, decorridos no mínimo 90 (noventa) dias.
§ 6º - Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade do funcionário que
não tomar posse ou não entrar em exercício dentro do prazo legal.
§ 7º - Será aposentado no cargo que ocupava o funcionário em disponibilidade que, em inspeção
médica, for julgado incapaz para o serviço público.
§ 8º - Se o aproveitamento se der em cargo de provimento em comissão, assegurar-se-á ao
funcionário, neste cargo, a condição de efetividade que tinha no cargo anteriormente ocupado.

SEÇÃO VIII

Da Readmissão

Artigo 37 - Readmissão é o ato pelo qual o ex-funcionário, demitido ou exonerado, reingressa no


serviço público, sem direito a ressarcimento de prejuízos, assegurada, apenas, a contagem de
tempo de serviço em cargos anteriores.
§ 1º - A readmissão do ex-funcionário demitido será obrigatoriamente precedida de reexame do
respectivo processo administrativo, em que fique demonstrado não haver inconveniente, para o
serviço público, na decretação da medida.
§ 2º - Observado o disposto no parágrafo anterior, se a demissão tiver sido a bem do serviço
público, a readmissão não poderá ser decretada antes de decorridos 5 (cinco) anos do ato
demissório.
§ 3º - A readmissão será feita no cargo anteriormente exercido pelo ex-funcionário ou, se
transformado, no cargo resultante da transformação.

TÍTULO IV

Dos Postos de Trabalho

CAPÍTULO I

Das Disposições Preliminares

Artigo 38 - Os postos de trabalho serão fixados, extintos ou relotados de uma para outra unidade
administrativa, mediante decreto, em função das necessidades de serviço e observados os limites
dos recursos orçamentários.
Artigo 39 - Ao posto de trabalho poderá corresponder tanto um cargo público quanto uma função-
atividade.
Parágrafo único - Poderão ser designados para os postos de trabalho funcionários ou servidores,
desde que titulares de cargos ou funções-atividades que lhes sejam compatíveis.

CAPÍTULO II

Da Correspondência entre Postos de Trabalho, Cargos e Funções-Atividades

Artigo 40 - A cada cargo provido ou função-atividade preenchida deverá corresponder um posto de


trabalho.
Artigo 41 - É vedado manter funcionário ou servidor sem designação para posto de trabalho.
Artigo 42 - O total de cargo e de funções-atividades de uma unidade administrativa deverá ser, no
máximo, equivalente à soma de postos de trabalho fixados para essa unidade.
Artigo 43 - O funcionário ou servidor, cujo posto de trabalho seja relotado de uma para outra
unidade administrativa, terá o seu cargo ou função-atividade transferido para essa nova unidade.

CAPÍTULO III

Da Lotação das Secretarias de Estado

Artigo 44 - Constituirá a lotação geral de uma Secretaria de Estado a soma dos postos de trabalho
fixados para as diversas unidades administrativas que a compõem.
Artigo 45 - A lotação geral a que se refere o artigo anterior poderá conter 2 (duas) partes:
I - Parte Permanente (PPT), constituída de todos os postos de trabalho necessários ao
desempenho das atividades normais e específicas das unidades administrativas;
II - Parte Suplementar (PST), constituída exclusivamente dos postos de trabalho que deixarem de
ser necessários.
Parágrafo único - Se desnecessário, o posto de trabalho, ao qual corresponda uma função-
atividade exercida por servidor sem estabilidade, não será integrado na PST, extinguindo-se na
forma disciplinada nesta lei complementar.

CAPÍTULO IV

Da Extinção dos Postos de Trabalho


Artigo 46 - O posto de trabalho será extinto sempre que se tornar desnecessário o desempenho
das atividades que lhe forem inerentes.
Artigo 47 - Na extinção de posto de trabalho serão observadas as seguintes normas:
I - quando ao poste de trabalho corresponder cargo público, proceder-se-á:
a) à extinção do posto de trabalho se o cargo correspondente estiver vago;
b) à integração do posto de trabalho na Parte Suplementar, até que o seu ocupante venha a ser
designado para outro posto de trabalho ou ocorra a vacância;
II - quando ao posto de trabalho corresponder uma função-atividade exercida por servidor estável,
proceder-se-á à integração do posto de trabalho na Parte Suplementar, até que o seu ocupante
venha a ser designado cara outro posto de trabalho ou ocorra a vacância;
III - quando ao posto de trabalho corresponder função-atividade vaga ou exercida por servidor não
estável, proceder-se-á à extinção do posto de trabalho e da função-atividade.
Artigo 48 - O funcionário ou o servidor estável, cujo posto de trabalho tenha sido integrado na
Parte Suplementar da lotação, deverá obrigatoriamente ser designado para outro posto de
trabalho.
Parágrafo único - A designação de que trata este artigo deverá ser feita para posto de trabalho
que se encontre vago ou preenchido por servidor não estável.
Artigo 49 - A designação prevista no artigo anterior será efetivada:
I - mediante transferência do cargo de que o funcionário é titular, se:
a) existir posto de trabalho vago correspondente ao cargo;
b) existir função-atividade preenchida por servidor não estável, hipótese em que a função será
extinta;
II - mediante transferência da função-atividade de que o servidor estável é titular, se:
a) existir posto de trabalho vago, correspondente à função-atividade;
b) existir função-atividade preenchida por servidor não estável, hipótese em que a função será
extinta.
Artigo 50 - Após 5 (cinco) anos de permanência do funcionário ou servidor em posto de trabalho
integrado na Parte Suplementar, o cargo ou função-atividade correspondente poderá ser extinto ou
declarada sua desnecessidade.
Artigo 51 - Na hipótese do artigo anterior, o funcionário ou o servidor estável ficará em
disponibilidade remunerada, com proventos proporcionais ao tempo de serviço, nos termos do
parágrafo único do artigo 100 da Constituição da República.

TÍTULO V

Da Mobilidade Funcional

CAPÍTULO I

Das Disposições Preliminares

Artigo 52 - Mobilidade funcional é a utilização plena e eficaz dos recursos humanos do serviço
público por intermédio de institutos que permitam:
I - o constante aproveitamento do funcionário e do servidor em cargos ou funções-atividades mais
compatíveis com suas aptidões, potencialidade e habilitação profissional;
II - o adequado dimensionamento e distribuição dos recursos humanos, consoante as reais
necessidades das unidades administrativas.
Artigo 53 - Os institutos básicos da mobilidade funcional são:
I - a transposição;
II - o acesso;
III - a transferência;
IV - a remoção.
Parágrafo único - Os institutos referidos nos incisos I e II regem-se pelas disposições contidas nos
artigos 22 a 30 desta lei complementar e pelas normas legais e regulamentares pertinentes.

CAPÍTULO II

Da Transferência
Artigo 54 - Transferência é a passagem de cargo ou função-atividade de uma para outra unidade
do mesmo Quadro ou de Quadros diversos, respeitada a lotação a que se refere o artigo 44 desta
lei complementar.
Artigo 55 - A transferência poderá ser feita a pedido ou «ex officio», atendida sempre a
conveniência do serviço.
Parágrafo único - Vetado.

CAPÍTULO III

Da Remoção

Artigo 56 - A remoção, que se processará a pedido do funcionário ou «ex officio», só poderá ser
feita de uma para outra unidade administrativa da mesma Secretaria, respeitada a lotação.
Parágrafo único - A remoção «ex officio» somente será procedida em o de comprovada
necessidade de serviço.
Artigo 57 - A remoção por permuta será processada a requerimento cessados, com anuência dos
respectivos chefes.

TÍTULO VI

Da Vacância de Cargos e de Funções-Atividades

Artigo 58 - A vacância do cargo decorrerá de:


I - exoneração;
II - demissão;
III - transposição;
IV - acesso;
V - aposentadoria;
VI - falecimento.
§ 1º - Dar-se-á a exoneração:
1. a pedido do funcionário;
2. a critério da Administração, quando se tratar de ocupante de cargo em comissão ou de titular de
cargo provido nos termos do inciso III do artigo 92 da Constituição do Estado (Emenda nº 2);
3. quando o funcionário não entrar em exercício dentro do prazo legal.
§ 2º - A demissão será aplicada como penalidade, nos casos previstos em lei.
Artigo 59 - A vacância da função-atividade decorrerá de:
I - dispensa;
II - transposição;
III - acesso;
IV - aposentadoria;
V - falecimento.
§ 1º - Dar-se-á a dispensa:
1. a pedido do servidor;
2. a critério da Administração;
3. quando o servidor incorrer em responsabilidade disciplinar.
§ 2º - Aplicar-se-á ao servidor a dispensa a bem do serviço público nos mesmos casos em que, ao
funcionário, seja aplicada a demissão agravada.
§ 3º - A dispensa de caráter disciplinar será sempre motivada.

TÍTULO VII

Da Escala de Vencimentos

CAPÍTULO I

Dos Conceitos de Vencimento, Remuneração e Salário


Artigo 60 - Vencimento é a retribuição paga mensalmente ao funcionário pelo efetivo exercício do
cargo, correspondente ao valor do padrão fixada em lei.
Artigo 61 - Remuneração é a retribuição paga mensalmente ao funcionário pelo efetivo exercício
do cargo, correspondente ao valor do padrão e ao valor das quotas que, por lei, lhe tenham sido
atribuídas a título de prêmio de produtividade.
Artigo 62 - Salário é a retribuição paga mensalmente ao servidor pelo efetivo exercício da função-
atividade, correspondente ao valor do padrão fixado em lei.

CAPÍTULO II

Da Composição da Escala de Vencimentos

Artigo 63 - A Escala de Vencimentos dos cargos e funções-atividades da Administração


Centralizada e Autárquica do Estado é constituída de 77 (setenta e sete) referências numéricas
representadas por números arábicos, contendo cada uma 5 (cinco) graus indicados por letras
maiúsculas, em ordem alfabética, de «A» a «E».
Parágrafo único - Na composição da escala observar-se-á, sempre, a razão de 5% (cinco por
cento) entre o valor de uma referência e a que lhe for imediatamente subsequente.
Artigo 64 - Os valores dos graus de cada referência numérica da Escala de Vencimentos são
fixados em 3 (três) Tabelas constantes do Anexo I, aplicáveis aos cargos e funções-atividades, de
acordo com a jornada ou regime de trabalho a que estejam sujeitos os seus titulares, na seguinte
conformidade:
I - Tabela I para os sujeitos à Jornada Completa de Trabalho de que trata o artigo 71 desta lei
complementar;
II - Tabela II para os sujeitos à Jornada Comum de Trabalho de que trata o «caput» do artigo 74
desta lei complementar;
III - Tabela III aplicável:
a) aos funcionários e servidores sujeitos ao regime Especial de Trabalho Policial, instituído pela Lei
nº 10.291, de 26 de novembro de 1968, e ao regime de que trata o artigo 1º da Lei nº 7.626, de 6
de dezembro de 1962;
b) aos ocupantes de cargos docentes do Quadro do Magistério; e
c) aos ocupantes de cargos ou funções-atividades sujeitos a jornada inferior a 30 (trinta) horas
semanais de trabalho.
Parágrafo único - Para os funcionários sujeitos ao regime de remuneração aplicar-se-ão os
valores fixados na Tabela I.
Artigo 65 - A escala de que trata o artigo 63, obedecido o disposto em seu parágrafo único, bem
como os valores dos padrões a ela correspondentes, somente poderão ser alterados por lei.
Parágrafo único - Vetado.

CAPÍTULO III

Da Amplitude de Vencimentos

Artigo 66 - A cada classe corresponderá determinada amplitude de vencimentos.


Parágrafo único - Constitui a amplitude de vencimentos da classe o número de referências em
que o cargo ou a função-atividade poderá evoluir.
Artigo 67 - Na fixação da amplitude de vencimentos serão considerados os seguintes fatores:
I - complexidade das atribuições próprias do cargo ou da função-atividade;
II - perspectiva de mobilidade funcional;
III - bases e condições salariais vigentes no mercado de trabalho;
IV - efeito da experiência na elevação dos padrões de desempenho do funcionário ou servidor.
Artigo 68 - Em decorrência da aplicação dos fatores a que se refere o artigo anterior as classes
ficam assim discriminadas:
I - classe de amplitude I, com 16 (dezesseis) referências, inclusive a inicial e a final;
II - classe de amplitude II, com 18 (dezoito) referências, inclusive a inicial e a final;
III - classe de amplitude III, com 20 (vinte) referências, inclusive a inicia e a final;
IV - classe de amplitude IV, com 22 (vinte e duas) referências, inclusive a inicial e a final;
V - classe de amplitude V, com 24 (vinte e quatro) referências, inclusive a inicial e a final.
Parágrafo único - Na vacância os cargos e funções-atividades retornarão à referência inicial da
amplitude fixada para a classe.

CAPÍTULO IV

Do Enquadramento das Classes

Artigo 69 - O enquadramento das classes na Escala de Vencimentos, bem como a amplitude e a


velocidade evolutiva correspondentes, ficam estabelecidos na conformidade do Anexo II, que faz
parte integrante desta lei complementar.

TÍTULO VIII

Das Jornadas de Trabalho

Artigo 70 - Ficam instituídas as seguintes jornadas de trabalho para os funcionários e servidores:


I - Jornada Completa de Trabalho;
II - Jornada Comum de Trabalho.
Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica aos funcionários e servidores cujos cargos
ou funções-atividades sejam exercidos em Regime Especial de Trabalho Policial.
Artigo 71 - A Jornada Completa de Trabalho instituída pelo inciso I do artigo anterior caracteriza-se
pela exigência da prestação, pelos funcionários e servidores, de 40 (quarenta) horas semanais de
trabalho, independentemente de restrições referentes ao exercício profissional em qualquer
modalidade própria da profissão, ou de atividades particulares remuneradas.
Parágrafo único - O desempenho do exercício profissional ou de atividades particulares
remuneradas não exclui a observância dos artigos 242 e 243 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de
1968, e não deverá, em qualquer hipótese, interferir no desempenho das atribuições do funcionário
ou servidor, nem acarretar prejuízo ao cumprimento de horário e período de trabalho na forma que
vier a ser fixada pela Administração.
Artigo 72 - De acordo com a natureza de determinados cargos ou funções-atividades, poderá ser
exigido que o funcionário ou servidor desempenhe suas atribuições com proibição do exercício
profissional respectivo e/ou do desempenho de atividades particulares remuneradas, sem que em
decorrência desta proibição venham os funcionários ou servidores a auferir qualquer acréscimo de
vencimentos ou salários.
Parágrafo único - Não se incluem na proibição de que trata este artigo as atividades de ensino e
de difusão cultural.
Artigo 73 - Os cargos ou funções-atividades cujos ocupantes devam ficar sujeitos às restrições
previstas no artigo anterior serão fixados em decreto.
Artigo 74 - Os funcionários e servidores sujeitos à Jornada Comum de Trabalho deverão cumprir
30 (trinta) horas semanais de trabalho.
§ 1º - O disposto neste artigo não se aplica aos funcionários e servidores para os quais disposição
legal tenha fixado jornada inferior a 30 (trinta) horas semanais de trabalho.
§ 2º - O disposto no parágrafo anterior não se aplica aos cargos ou funções-atividades de Médico e
Cirurgião-Dentista, cujo exercício poderá ser feito na Jornada Comum de Trabalho fixada no
«caput» deste artigo.
Artigo 75 - Ficam sujeitos à Jornada Completa de Trabalho os funcionários e servidores, cujos
cargos e funções-atividades tenham sido abrangidos pelo Regime de Dedicação Exclusiva de que
trata o artigo 33 da Lei nº 10.168, de 10 de julho de 1968.
Parágrafo único - Aplica-se o disposto neste artigo aos funcionários e servidores cujos cargos ou
funções-atividades:
1. tenham suas denominações alteradas por esta lei complementar e que anteriormente hajam sido
abrangidos pelo Regime de Dedicação Exclusiva;
2. tenham sido abrangidos pelo Regime de Dedicação Exclusiva em virtude de inclusões,
extensões e aplicações determinadas por leis posteriores.
Artigo 76 - O funcionário ou servidor em Jornada Completa de Trabalho não poderá retornar à
Jornada Comum de Trabalho.
Artigo 77 - O funcionário ou servidor que vier a prover cargo ou preencher função-atividade que,
em virtude de dispositivo legal, esteja incluído em Jornada Completa de Trabalho, fica obrigado a
essa jornada a partir da data do exercício, independentemente de convocação.
Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica aos cargos e funções-atividades de
Médico e Cirurgião-Dentista, bem como aos cargos e funções-atividades de chefia e de
encarregatura a eles correspondentes, cujo exercício poderá ser feito em Jornada Comum de
Trabalho.
Artigo 78 - Os funcionários ou servidores, em Jornada Completa de Trabalho ao passarem à
inatividade, somente terão seus proventos calculados com base nos valores dos padrões de
vencimentos constantes da Tabela I se, na data da aposentadoria, houverem prestado serviço
contínuo nessa jornada pelo menos nos 5 (cinco) anos imediatamente anteriores.
§ 1º - Na hipótese de aposentadoria por invalidez não se aplica a condição prevista neste artigo.
§ 2º - Os funcionários e servidores que vierem á se aposentar voluntariamente ou por implemento
de idade, sem que hajam completado 5 (cinco) anos em Jornada Completa de Trabalho, terão seus
proventos calculados em razão da jornada de trabalho a que estiverem sujeitos no período
correspondente aos últimos 5 (cinco) anos imediatamente anteriores à aposentadoria, na seguinte
conformidade:
1. 1/5 (um quinto) do valor do padrão fixado na Tabela I para cada ano em que, no período
mencionado neste parágrafo, estiverem sujeitos à Jornada Completa de Trabalho;
2. 1/5 (um quinto) do valor do padrão fixado nas Tabelas II ou III, conforme o caso, para cada ano
em que, no período mencionado neste parágrafo, estiveram sujeitos à Jornada Comum de
Trabalho.
§ 3º - Será considerado como de Jornada Completa de Trabalho o tempo em que o funcionário ou
servidor tenha prestado serviço no Regime de Dedicação Exclusiva.
Artigo 79 - Aos ocupantes de cargos e funções abrangidos por esta lei complementar não será
devido qualquer acréscimo percentual, vantagem pecuniária ou gratificação de qualquer natureza,
pela prestação de serviço em Jornada Completa de Trabalho.

TÍTULO IX

Das Substituições

Artigo 80 - Haverá substituição no impedimento legal e temporário de ocupante de cargo ou de


função-atividade a que correspondam atribuições de comando de unidade administrativa, assim
caracterizadas aquelas referentes a direção, chefia e encarregatura.
Parágrafo único - O titular de cargo de direção, chefia e encarregatura correspondentes a funções
de serviço público privativas de funcionário público nos termos do artigo 6º desta lei complementar,
somente poderá ser substituído por outro titular de cargo.
Artigo 81 - Ocorrendo vacância de cargo ou função-atividade, o substituto passará a responder
pelo expediente da unidade ou órgão correspondente até o provimento do cargo ou o
preenchimento da função-atividade.
Artigo 82 - A substituição, quando não for automática, dependerá de ato de autoridade
competente.
Parágrafo único - O substituto exercerá o cargo ou função-atividade enquanto perdurar o
impedimento do respectivo titular.
Artigo 83 - Exclusivamente para atender às necessidades de serviço, os funcionários ou
servidores que tenham valores sob sua guarda, em caso de impedimento, serão substituídos por
funcionários ou servidores de sua confiança, que indicarem, respondendo a sua fiança pela gestão
do substituto.

TÍTULO X

Da Promoção

Artigo 84 - Promoção é a passagem do funcionário ou do servidor de um grau a outro da mesma


referência e processar-se-á obedecidos, alternadamente, os critérios de merecimento e de
antigüidade.
Artigo 85 - Anualmente serão promovidos até 20% (vinte por cento) dos funcionários e servidores
da mesma classe.
Artigo 86 - Os procedimentos, interstícios e demais condições referentes à promoção constarão de
regulamento, a ser proposto pelo órgão central de recursos humanos.

TÍTULO XI

Do Sistema de Pontos

CAPÍTULO I

Das Disposições Preliminares

Artigo 87 - Fica instituído o sistema de pontos, aplicável à elevação dos cargos e funções-
atividades ao longo das referências numéricas que compõem a Escala de Vencimentos,
Artigo 88 - Para os fins previstos no artigo anterior, a Administração, com fundamento em
disposições legais específicas, atribuirá pontos a seus funcionários e servidores.
Artigo 89 - Os pontos atribuídos têm por finalidade propiciar a passagem do funcionário ou do
servidor a nível de retribuição mais elevado, pelo enquadramento de seu cargo ou de sua função-
atividade em referência numérica superior da Escala de Vencimentos e no mesmo grau em que se
encontre.
Artigo 90 - A aplicação do sistema de pontos determinará, partindo-se da referência inicial da
classe correspondente, a referência numérica em que deve ser enquadrado o cargo ou a função-
atividade.

CAPÍTULO II

Dos Princípios Fundamentais do Sistema de Pontos

Artigo 91 - Para os fins do sistema ora instituído, a cada 5 (cinco) pontos inteiros o funcionário ou
servidor terá seu cargo ou função-atividade enquadrado na referência numérica imediatamente
superior.
Artigo 92 - O cargo do funcionário, ou a função-atividade do servidor, enquadrar-se-á em
referência numérica situada tantas referências acima da inicial de sua classe quanto for a parte
inteira da divisão, por 5 (cinco), do total de pontos obtidos.
Parágrafo único - Vetado.
Artigo 93 - O funcionário ou servidor, em razão dos pontos que lhe sejam atribuídos, excetuada a
hipótese prevista no artigo 112 desta lei complementar, poderá ter seu cargo ou função-atividade
elevado a referências superiores da Escala de Vencimentos, ainda que ultrapasse a referência
numérica final da classe a que pertença.

CAPÍTULO III

Da Aplicação do Sistema de Pontos no Adicional por Tempo de Serviço

Artigo 94 - Para os funcionários e servidores abrangidos por esta lei complementar, o adicional por
tempo de serviço de que trata o inciso VIII do artigo 92 da Constituição do Estado (Emenda nº2)
passará a ser concedido exclusivamente mediante atribuição de pontos na forma disciplinada neste
capítulo.
Artigo 95 - Para efeito do artigo anterior, serão atribuídos ao funcionário ou servidor 5 (cinco)
pontos na data em que completar cada período de 5 (cinco) anos de serviço contínuos ou não,
observado o disposto no artigo 91 desta lei complementar.
Artigo 96 - Em consequência da concessão do adicional por tempo de serviço com base no
sistema de pontos, ficam cessados, para os funcionários e servidores abrangidos por esta lei
complementar, os efeitos do artigo 13 e seus parágrafos da Lei nº 6.043, de 20 de janeiro de 1961,
do artigo 127 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, e do artigo 28 do Decreto-Lei
Complementar nº 11, de 2 de março de 1970.

CAPÍTULO IV
Da Aplicação do Sistema de Pontos na Evolução Funcional

SEÇÃO I

Das Disposições Preliminares

Artigo 97 - Evolução funcional é a passagem do cargo ou função-atividade a nível de retribuição


mais elevado, na classe a que pertence, em consequência de avaliação anual do desempenho do
funcionário ou servidor.
Artigo 98 - Para fins de evolução funcional, em cada processo avaliatório serão atribuídos pontos a
funcionários e servidores, com o efeito previsto no artigo 91 desta lei complementar.

SEÇÃO II

Dos Conceitos de Avaliação

Artigo 99 - O funcionário ou servidor terá seu desempenho avaliado na unidade em que esteja
prestando serviço, comparativamente com o desempenho de outros funcionários ou servidores
integrantes do mesmo grupo objeto da avaliação.
Artigo 100 - A avaliação será o resultado do exclusivo julgamento do superior imediato.
Artigo 101 - Em consequência da avaliação, o funcionário ou servidor terá seu desempenho
qualificado segundo um dos seguintes conceitos:
I - muito bom - (MB);
II - bom - (B);
III - regular - (R).

SEÇÃO III

Da Velocidade Evolutiva

Artigo 102 - Para fins de evolução funcional, cada classe terá fixada sua velocidade evolutiva em
uma das seguintes categorias:
I - classe de velocidade evolutiva - VE-1;
II - classe de velocidade evolutiva - VE-2;
III - classe de velocidade evolutiva - VE-3;
IV - classe de velocidade evolutiva - VE-4;
V - classe de velocidade evolutiva - VE-5.
Artigo 103 - A velocidade evolutiva será definida em função dos seguintes fatores:
I - amplitude de vencimentos;
II - exigência de maior aperfeiçoamento e especialização profissional e/ou funcional;
III - perspectiva de oferta e demanda no mercado de trabalho.
Artigo 104 - A velocidade evolutiva determina o número de pontos e poderão ser atribuídos aos
funcionários ou servidores da mesma classe, observada a seguinte escala de pontos:
I - classe de velocidade evolutiva VE-1:
a) 2 (dois) pontos para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como «muito
bom»;
b) 1 (um) ponto para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como «bom»;
c) 0 (zero) ponte para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como «regular»;
II - classe de velocidade evolutiva VE-2:
a) 3 (três) pontos para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como «muito
bom»;
b) 1,5 (um e meio) ponto para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como
«bom»;
c) 0 (zero) ponto para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como «regular»;
III - classe de velocidade evolutiva VE-3:
a) 4 (quatro) pontos para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como «muito
bom»;
b) 2 (dois) pontos para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como «bom»;
c) 0 (zero) ponto para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como «regular»;
IV - classe de velocidade evolutiva VE-4:
a) 5 (cinco) pontos para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como «muito
bom»;
b) 2,5 (dois e meio) pontos para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como
«bom»;
c) 0 (zero) ponte para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como «regular»;
V - classe de velocidade evolutiva VE-5:
a) 6 (seis) pontos para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como «muito
bom»;
b) 3 (três) pontos para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como «bom»;
c) 0 (zero) ponto para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como «regular».

SEÇÃO IV

Dos Procedimentos para a Evolução Funcional

SUBSEÇÃO I

Da Constituição dos Grupos

Artigo 105 - Para fins de evolução funcional, serão constituídos, em cada Secretaria de Estado,
grupos compostos por diferentes classes, na forma a ser disciplinada em decreto.
Parágrafo único - Os grupos de que trata este artigo deverão ser formados de classes cuja
escolaridade, especialização, grau de responsabilidade, nível de complexidade das atribuições e
outros fatores sejam comparáveis ou guardem homogeneidade.
Artigo 106 - Para cada grupo haverá um processo avaliatório específico que poderá ocorrer em
períodos distintos, observada a periodicidade de uma avaliação por ano, contado a partir da data
da publicação desta lei complementar.
Artigo 107 - Cada grupo deverá reunir o total de funcionários titulares de cargos e de servidores
ocupantes de funções-atividades, das diversas classes que o compõem, assim considerados todos
os funcionários e servidores dessas classes que se encontrem em efetivo exercício na Secretaria
integrantes, ou não, de seu Quadro.
Parágrafo único - Para os fins de que trata este artigo serão considerados inclusive os
funcionários e servidores extranumerários que se encontrem em uma das situações previstas nos
artigos 78 e 191, da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, bem como os servidores admitidos
em caráter temporário, nos termos do artigo 1º da Lei nº 500, de 13 de novembro de 1974, que se
encontrem afastados com fundamento nos artigos 16 e 25 da mesma lei.

SUBSEÇÃO II

Da Aplicação dos Conceitos Avaliatórios

Artigo 108 - Na avaliação do desempenho dos funcionários e servidores integrantes do mesmo


grupo e com exercício na mesma Secretaria, os conceitos avaliatórios serão compulsoriamente
atribuídos de acordo com os seguintes percentuais:
I - a 20% (vinte por cento) do total de funcionários e servidores o conceito de desempenho «muito
bom»;
II - a 60% (sessenta por cento) do total de funcionários e servidores o conceito de desempenho
«bom»;
III - a 20% (vinte por cento) do total de funcionários e servidores o conceito de desempenho
«regular».
Parágrafo único - Quando em decorrência do cálculo efetuado na forma deste artigo resultar
número fracionário, proceder-se-á ao arredondamento para a unidade imediatamente superior ou
inferior, mantido o total do grupo.
Artigo 109 - Com base nos números obtidos de conformidade com o disposto no artigo anterior o
Secretário de Estado, em conjunto com os dirigentes das unidades a ele diretamente subordinadas,
passará a fixar, para cada uma dessas unidades, o número de funcionários e servidoras que
poderão receber o conceito «muito bom», «bom» e «regular», dentre os que compõem o grupo sob
avaliação.
§ 1º - Caberá aos dirigentes das unidades administrativas dar continuidade ao processo de
distribuição quantitativa dos conceitos avaliatórios para as unidades que lhes são subordinadas e,
assim, sucessivamente, até que os conceitos tenham sido atribuídos a cada integrante do grupo
sob avaliação, seja ele funcionário ou servidor.
§ 2º - No decorrer do processo de que trata este artigo poderão os dirigentes, em virtude do
desempenho dos elementos que integram algumas unidades administrativas, destinar-lhes maior
incidência de aplicação dos conceitos «muito bom», «bom» ou «regular», reduzindo, na mesma
proporção, a incidência desses conceitos em outras unidades, de forma a manter inalteradas, na
Secretaria, as proporções estabelecidas no artigo anterior.

SUBSEÇÃO III

Do Superior Imediato na Avaliação de Desempenho

Artigo 110 - Caberá ao superior imediato proceder, anualmente, a avaliação do desempenho dos
funcionários e servidores que lhe estejam subordinados, aplicando os conceitos previstos no artigo
101 desta lei complementar.
§ 1º - Aplicados os conceitos, atribuir-se-ão automaticamente ao funcionário e ao servidor os
pontos que lhes correspondam, de acordo com a velocidade evolutiva da classe e em
conformidade com a escala de pontos estabelecida no artigo 104 desta lei complementar.
§ 2º - O superior imediato deverá apresentar relatório, justificando o critério utilizado na avaliação.

SEÇÃO V

Das Demais Disposições

Artigo 111 - O funcionário ou servidor não terá seu desempenho avaliado enquanto estiver:
I - afastado para prestar serviços junto a empresas, fundações, órgãos da União, de outros Estados
e Municípios;
II - licenciado para tratamento de saúde, por prazo superior a 6 (seis) meses, nas hipóteses
previstas nos artigos 191, 194 e 199 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, e nos incisos I, II,
III e IV do artigo 25 da Lei nº 500, de 13 de novembro de 1974;
§ 1º - O funcionário ou servidor, quando afastado para exercício de mandato eletivo federal,
estadual ou municipal, não integrará respectivo grupo sob avaliação, atribuindo-se-lhe os pontos
correspondentes ao conceito «muito bom» da classe a que pertence.
§ 2º - Aplica-se disposto no parágrafo anterior ao funcionário ou servidor, quando nomeado para o
cargo de Prefeito.
§ 3º - O funcionário ou servidor afastado com fundamento na Lei federal nº 4.737, de 15 de julho de
1965, não integrará o respectivo grupo sob avaliação, atribuindo-se-lhe os pontos correspondentes
ao conceito «bom» da classe a que pertence.
Artigo 112 - O funcionário ou servidor deixará de ser avaliado quando o seu cargo ou função-
atividade atingir a referência final da classe a que pertença.
Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se aos casos previstos nos §§ 1º e 2º do artigo
anterior.
Artigo 113 - Os funcionários e servidores alcançados pelos artigos 111 e 112, poderão continuar a
se beneficiar do sistema de pontos, em decorrência de pontos que lhes venham a ser atribuídos
com base nas demais hipóteses previstas nesta lei complementar.
Artigo 114 - Dos procedimentos relativos à evolução funcional só caberá recurso ao superior
mediato.
§ 1º - Acolhido o recurso, serão revistas as avaliações relativas à respectiva unidade administrativa
para observância do disposto nos artigos 108 e 109 desta lei complementar.
§ 2º - Vetado.
Artigo 115 - Sem prejuízo da apuração de responsabilidades, sera declarada sem efeito a
evolução funcional indevida.

Í
CAPÍTULO V

Da Aplicação do Sistema de Pontos nas Formas de Provimento de Cargos e de


Preenchimento de Funções-Atividades

SEÇÃO I

Na Nomeação e Admissão

Artigo 116 - O funcionário ou servidor, ao ingressar no serviço público, terá seu cargo ou função-
atividade enquadrado na referência numérica inicial da respectiva classe, sem que lhe sejam
consignados quaisquer pontos.
Artigo 117 - Para fins de enquadramento do cargo ou função-atividade do funcionário ou servidor
que já tenha tempo de serviço público prestado ao Estado e venha a ser nomeado para cargo em
caráter efetivo, ou admitido para função-atividade de natureza permanente, proceder-se-á ao
ajustamento do número de pontos acumulados em seu prontuário, até a data da nomeação ou
admissão, mediante observância das seguintes normas:
I - apurar-se-á, inicialmente, o número de pontos que lhe tenham sido atribuídos:
a) em virtude da concessão de adicionais por tempo de serviço;
b) com fundamento no artigo 24 ou no artigo 25 das Disposições Transitórias desta lei
complementar;
II - se a parte inteira da divisão, por 5 (cinco), dos pontos apurados na forma do inciso I, adicionada
à referência inicial da nova classe, resultar em referência numérica superior a do cargo ou função-
atividade anteriormente ocupado, ficarão consignados no prontuário, sob os títulos que lhes são
próprios, apenas os pontos apurados na forma do mesmo inciso;
III - se a parte inteira da divisão, por 5 (cinco), dos pontos apurados na forma do inciso I,
adicionada à referência inicial da nova classe, resultar em referência numérica igual ou inferior a do
cargo ou função-atividade anteriormente ocupado, proceder-se-á da seguinte forma:
a) se a referência do cargo ou função-atividade anteriormente ocupado for inferior à referência final
da nova classe, ficarão consignados, no prontuário, pontos que corresponderem à soma:
1. do resto da divisão, por 5 (cinco), do número de pontos acumulados no prontuário, até a data de
nomeação ou admissão; e
2. de mais tantas vezes 5 (cinco) pontos quanto for a diferença entre o número indicativo da
referência inicial da nova classe e o da referência do cargo ou função-atividade anteriormente
ocupado;
b) se a referência do cargo ou função-atividade anteriormente ocupado for igual ou superior à
referência final da nova classe, ficarão consignados, no prontuário, pontos em número igual a
tantas vezes 5 (cinco) pontos quanto for a diferença entre o número indicativo da referência Inicial
e o da final da nova classe.
§ 1º - Nas hipóteses do inciso III, quer se verifique a situação caracterizada na alínea «a», quer a
da alínea «b», o total dos pontos apurados nos termos da alínea aplicável ficará registrado na
seguinte conformidade:
1. sob os títulos que lhes forem próprios, registrar-se-ão os pontos apurados na forma do inciso I;
2. sob o título de evolução funcional, registrar-se-ão os pontos de que trata a alínea «a» do inciso
III ou a alínea «b» do mesmo inciso,
conforme o caso, que excederem os apurados na forma do inciso I.
§ 2º - Ajustados os pontos na forma estabelecida neste artigo, o respectivo cargo ou função-
atividade será enquadrado em referência numérica situada tantas referências acima da inicial da
nova classe, quanto for a parte inteira da divisão, por 5 (cinco), do total de pontos decorrentes do
ajustamento.
Artigo 118 - Nos casos de nomeação de funcionário titular de cargo efetivo, ou servidor, ocupante
de função-atividade de natureza permanente, para cargo de provimento em comissão observar-se-
ão, para fins de ajustamento dos pontos acumulados e enquadramento do cargo, as disposições do
artigo 119 desta lei complementar.
§ 1º - Ocorrendo a exoneração do cargo em comissão e o retorno do funcionário ou servidor ao
exercício do cargo de que é titular ou da função de que é ocupante, proceder-se-á ao ajustamento
do número de pontos acumulados até a data da exoneração, devendo ficar consignados no
prontuário do funcionário ou servidor:
1. os pontos que lhe tenham sido atribuídos em virtude da concessão de adicionais por tempo de
serviço;
2. os pontos que lhe tenham sido atribuídos com fundamento no artigo 24 ou no artigo 25 das
Disposições Transitórias desta lei complementar;
3. o resultado da soma dos pontos ajustados na forma do inciso III do artigo 119 e dos pontos que
lhe tenham sido atribuídos em decorrência da avaliação de desempenho pele exercício do cargo
em comissão, dividido pelo número de pontos correspondentes ao conceito «bom (B)» previsto
para a classe a que pertence o cargo em comissão, multiplicado pelo número de pontos
correspondentes ao conceito «bom (B)» previsto para a classe a que pertence o cargo efetivo de
que é titular ou a função-atividade de que é ocupante.
§ 2º - Ajustados os pontos na forma estabelecida no parágrafo anterior, o respectivo cargo efetivo
ou função-atividade de natureza permanente será enquadrado em referência numérica situada
tantas referências acima da inicial da classe a que pertence, quanto for a parte inteira da divisão,
por 5 (cinco), do total de pontos decorrentes do ajustamento.
§ 3º - Vetado.

SEÇÃO II

No Acesso

Artigo 119 - No provimento de cargos e no preenchimento de funções-atividades, mediante


acesso, proceder-se-á ao ajustamento do número de pontos acumulados até a data do acesso,
devendo ficar consignados no prontuário do funcionário ou servidor:
I - os pontos que lhe tenham sido atribuídos em virtude da concessão de adicionais por tempo de
serviço;
II - os pontos que lhe tenham sido atribuídos com fundamento no artigo 24 ou no artigo 25 das
Disposições Transitórias desta lei complementar;
III - os pontos que lhe tenham sido atribuídos em decorrência da avaliação de desempenho,
divididos pelo número de pontos correspondentes ao conceito «bom (B)» previsto para a classe a
que pertence o cargo ou função-atividade anteriormente ocupado, e multiplicados pelo número de
pontos correspondentes ao conceito «bom (B)» previsto para a nova classe.
Parágrafo único - Ajustados os pontos na forma estabelecida neste artigo, o respectivo cargo ou
função-atividade será enquadrado em referência numérica situada tantas referências acima da
inicial da nova classe, quanto for a parte inteira da divisão, por 5 (cinco), do total de pontos
decorrentes do ajustamento.

SEÇÃO III

Na Transposição

Artigo 120 - No provimento de cargos e no preenchimento de funções-atividades mediante


transposição, para fins de ajustamento dos pontos acumulados e enquadramento do cargo ou
função-atividade, observar-se-ão:
I - nos casos de transposição para cargos ou funções-atividades de direção, chefia e
encarregatura, as normas do artigo 119 desta lei complementar;
II - nos demais casos de transposição, as normas do artigo 117 desta lei complementar.

SEÇÃO IV

Na Reintegração, na Reversão, no Aproveitamento e na Readmissão

Artigo 121 - Nos casos de reintegração, de reversão, de aproveitamento e de readmissão, o


funcionário readquirirá o total de pontos obtidos e será enquadrado na mesma referência em que
se encontrava no cargo anteriormente ocupado.

TÍTULO XII
Da Gratificação de Natal

Artigo 122 - Pica instituída a partir de 1º de agosto de 1978, para os funcionários e servidores
abrangidos por esta lei complementar, gratificação de Natal como benefício a ser concedido em
substituição àquele de que tratam os artigos 209 a 216 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968,
a qual será paga no mês de dezembro de cada ano, nas bases e condições estabelecidas nesta lei
complementar, independentemente do vencimento, da remuneração ou do salário a que fizerem jus
os funcionários ou servidores nesse mês, calculando-se a gratificação correspondente a 1978
proporcionalmente ao prazo de vigência do benefício nesse exercício.
Artigo 123 - A gratificação de Natal corresponderá à soma, quando for o caso, das seguintes
parcelas percebidas pele funcionário ou pelo servidor no mês de novembro do respectivo ano:
I - valor do padrão do cargo ou da função-atividade de que é titular;
II - vantagens pecuniárias referentes a:
a) gratificação correspondente ao Regime Especial de Trabalho Policial;
b) gratificação pela sujeição ao regime de que trata o artigo 1º da Lei nº 7.626, de 6 de dezembro
de 1962;
c) gratificações a que se referem os artigos 22 e 23 da Lei Complementar nº 114, de 13 de
novembro de 1974;
d) sexta-parte dos vencimentos ou da remuneração.
Parágrafo único - Ao valor obtido na conformidade deste artigo será adicionado, quando for o
caso, o valor correspondente a 1/12 (um doze avos) das quantias mensalmente percebidas pelo
funcionário ou pelo servidor nos 12 (doze) meses anteriores a dezembro do respectivo ano, a título
de:
1. gratificação «pro labore» de que trata a Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974;
2. prêmio de produtividade atribuído à classe de Agente Fiscal de Rendas com fundamento na Lei
Complementar nº 112, de 15 de outubro de 1974;
3. gratificação de representação;
4. aulas excedentes ministradas;
5. substituição em cargos ou funções-atividades na forma do artigo 195;
6. gratificação «pro labore» a que se refere o artigo 196.
Artigo 124 - Os funcionários nomeados e os servidores admitidos, bem como os exonerados ou
dispensados no correr do ano, farão jus à gratificação na base de 1/12 (um doze avos) por mês de
serviço prestado no período correspondente, calculada na forma prevista no artigo anterior.
§ 1º - Para os funcionários exonerados e para os servidores dispensados, o mês a ser considerado,
para os fins previstos no «caput» do artigo anterior, será aquele em que ocorreu a exoneração ou a
dispensa.
§ 2º - Para os fins previstos neste artigo, a fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de serviço
será considerada como mês integral.
Artigo 125 - Os funcionários e servidores que durante o ano tenham sido afastados ou licenciados
com prejuízo de vencimentos, remuneração ou salário, não terão computado esse período para fins
de cálculo da gratificação de Natal.
Parágrafo único - Na hipótese deste artigo, a gratificação de Natal a que fizer jus o funcionário ou
servidor será calculada na base de 1/12 (um doze avos) por mês, considerados apenas aqueles
meses em que percebeu os respectivos vencimentos, remuneração ou salário.
Artigo 126 - Para os funcionários e servidores que durante o período de aquisição do benefício
hajam sido afastados nos termos do artigo 70 ou licenciados com base no artigo 199, ambos da Lei
nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, a gratificação de Natal a que fizerem jus corresponderá a
1/12 (um doze avos) das quantias por eles mensalmente percebidas.
Artigo 127 - Na hipótese de o funcionário ou servidor falecer no curso do mês de dezembro, no
respectivo exercício pagar-se-á a gratificação de Natal nos termos do disposto neste Título.
Artigo 128 - A gratificação de Natal, ora instituída, será concedida nas mesmas bases e condições
aos inativos.
Artigo 129 - De conformidade com o disposto no artigo 122, poderão os funcionários e servidores
optar, a qualquer tempo, pela gratificação de Natal ou pela licença-prêmio de que tratam os artigos
209 a 216 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968.
§ 1º - o funcionário ou servidor que, nos termos deste artigo, optar pelos benefícios referentes a
futuras licenças-prêmios deverá fazê-lo através de manifestação escrita, avidamente protocolada,
deixando, consequentemente, de perceber a gratificação de Natal, enquanto prevalecer a opção.
§ 2º - A inocorrência de manifestação do funcionário ou servidor, na forma do parágrafo anterior,
será considerada opção tácita pelo percebimento da gratificação de Natal, deixando,
consequentemente, de ser computado o tempo para a obtenção da licença-prêmio.
Artigo 130 - O funcionário que tenha optado pela licença-prêmio poderá, a qualquer tempo,
solicitar seja cessado o efeito dessa opção.
§ 1º - Na hipótese de que trata este artigo, o funcionário passará a fazer jus à gratificação de Natal
a partir do mês subsequente à cessação da opção, não se computando, para os fins da
gratificação, o tempo anterior em que permaneceu como optante da licença-prêmio.
§ 2º - A gratificação de Natal será calculada nas mesmas bases previstas no artigo 123 e paga na
proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço prestado, contado a partir do mês
subsequente ao do protocolamento do pedido de cessação da opção.
Artigo 131 - Os funcionários que não tenham feito uso do direito de opção pela licença-prêmio
poderão fazê-lo, a qualquer tempo, cessando, a partir da data da opção, o recebimento da
gratificação de Natal e iniciando-se na mesma data a contagem de tempo para fins de obtenção da
licença-prêmio.
Parágrafo único - Na hipótese de que trata este artigo, o funcionário fará jus à gratificação de
Natal calculada nas bases previstas no artigo 123 e paga na proporção de 1/12 (um doze avos) por
mês de serviço prestado, enquanto não optante.

TÍTULO XIII

Do Sistema Previdenciário e Assistência Médica

CAPÍTULO I

Da Pensão Mensal

SEÇÃO I

Das Disposições Preliminares

Artigo 132 - O regime de pensão mensal, instituído pela Lei nº 4.832, de 4 de setembro de 1958,
com alterações posteriores, passará a obedecer às disposições deste Capítulo.

SEÇÃO II

Dos Contribuintes

Artigo 133 - São contribuintes obrigatórios todos os funcionários públicos e servidores civis do
Estado, inclusive os inativos, sob qualquer regime jurídico de trabalho, que recebam dos cofres
públicos estipêndios de qualquer natureza, compreendendo:
I - os funcionários públicos e servidores civis da Administração Centralizada e das Autarquias do
Estado;
II - os funcionários e servidores da Assembléia Legislativa do Estado;
III - os membros da Magistratura, do Ministério Público e os funcionários e servidores do Poder
Judiciário;
IV - os conselheiros, funcionários e servidores do Tribunal de Contas do Estado;
V - os inativos dos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e do Tribunal de Contas de Estado.
Artigo 134 - As inserções de contribuintes far-se-ão de acordo com as normas estabelecidas em
regulamento.
Artigo 135 - Ao contribuinte obrigatório que tenha perdido essa qualidade, por qualquer motivo, é
facultado revalidar sua inscrição, desde que o requeira no prazo de 6 (seis) meses, a contar da
data em que perdeu essa qualidade, sujeitando-se ao pagamento das contribuições previstas nos
artigos 137, 140 e 141, conforme o caso.
§ 1º - As contribuições facultativas de que trata este artigo serão reajustadas sempre que houver
revalorização do vencimento, remuneração ou salário do funcionário ou servidor de igual categoria
e padrão, inclusive das demais vantagens computadas na retribuição-base vigente na data em que
o interessado tenha perdido a qualidade de contribuinte obrigatório.
§ 2º - O não recolhimento das contribuições, decorridos 6 (seis) meses da última contribuição
vencida, importará no cancelamento da inscrição, cessada para o Instituto de Previdência do
Estado de São Paulo toda e qualquer responsabilidade, inclusive não assistindo ao contribuinte o
direito à devolução das contribuições efetuadas.
§ 3º - As condições para regularizar inscrição, prazo e forma de recolhimento das contribuições
serão estabelecidas em regulamento.
Artigo 136 - Na hipótese de o contribuinte facultativo voltar à condição de contribuinte obrigatório
nos termos do artigo 133, a inscrição facultativa será automaticamente cancelada, sem devolução
das contribuições efetuadas.

SEÇÃO III

Das Contribuições

Artigo 137 - As contribuições dos funcionários, servidores e demais contribuintes previstos no


artigo 133, devidas à razão de 6% (seis por cento) e calculadas sobre a retribuição-base percebida
mensalmente, serão consignadas nas respectivas folhas de pagamento, não se considerando as
deduções efetuadas.
§ 1º - A retribuição-base será constituída de vencimentos, remuneração, salários, gratificações «pro
labore», gratificação relativa a regime especial de trabalho e outras vantagens pecuniárias,
excetuadas as parcelas relativas a salário-família, salário-esposa, diárias de viagens, ajuda de
custo, auxílio-funeral, representação de qualquer natureza e equivalentes.
§ 2º - A retribuição-base do inativo será constituída dos proventos totais percebidos, excluídas as
parcelas relativas a salário-família e salário-esposa.
§ 3º - O valor percebido pelo funcionário ou servidor a título de aulas excedentes, será computado
para efeito de retribuição-base.
§ 4º - A retribuição-base do funcionário sujeito ao regime de remuneração será constituída do valor
do padrão do cargo, do valor das quotas percebidas a título de prêmio de produtividade e do valor
de outras vantagens incorporadas à remuneração.
§ 5º - Na hipótese do parágrafo anterior, observar-se-á o seguinte:
1. a retribuição-base será apurada trimestralmente devendo vigorar, em cada trimestre, o valor
médio da percebida no trimestre anterior;
2. o funcionário poderá, a qualquer tempo, requerer que sua contribuição seja calculada sempre
sobre a maior das retribuições-base que resultarem das sucessivas apurações feitas na forma do
item anterior;
3. a eventual desistência do pedido formulado nos termos do item anterior não acarretará
devolução das contribuições efetuadas.
§ 6º - Se o contribuinte obrigatório vier a exercer cargo em comissão, a contribuição passará a ser
calculada sobre a retribuição-base percebida no exercício desse cargo.
§ 7º - Se o contribuinte obrigatório vier a exercer cargo em substituição ou responder pelas
atribuições de cargo vago, a contribuição passará a ser calculada sobre a retribuição-base
correspondente a esse cargo enquanto no exercício do mesmo cargo.
§ 8º - Na hipótese de acumulação permitida em lei, a contribuição passará a ser calculada sobre as
retribuições-base correspondentes aos cargos ou funções acumulados.
§ 9º - No caso de contribuinte inativo que venha a exercer cargo ou função em comissão com
percepção cumulativa de proventos e vencimentos ou salários, a contribuição passará a ser
calculada sobre as respectivas retribuições-base.
§ 10 - O contribuinte que, por qualquer motivo, deixar de perceber retribuição-base
temporariamente, deverá recolher diretamente ao IPESP as contribuições previstas neste e nos
artigos 140 e 141, conforme o caso.
§ 11 - A contribuição será devida sobre a gratificação de Natal.
Artigo 138 - Durante doze meses, a partir daquele em que se verificar a inscrição do contribuinte
será devida, além da contribuição de que trata o artigo anterior, jóia calculada à razão de 1% (um
por cento) sobre a retribuição-base, devendo consignar-se o seu valor em folha de pagamento.
Artigo 139 - As contribuições devidas na forma do artigo 137 e não recolhidas pelo contribuinte no
prazo regulamentar ficarão sujeitas ao juro de 1% (um por cento) ao mês.
Artigo 140 - Os Poderes do Estado e as entidades referidas no artigo 133 contribuirão com parcela
de valor igual a 6% (seis por cento) sobre a retribuição-base de seus membros, funcionários ou
servidores, recolhida na forma e no prazo previstos no artigo 142.
Artigo 141 - As entidades vinculadas ao regime previdenciário do Estado, mediante convênio com
o IPESP ou outra forma de filiação, contribuirão com parcela de valor igual a 6% (seis por cento)
sobre a retribuição-base de seus funcionários ou servidores, recolhida na forma e no prazo
previstos no artigo 142.
Artigo 142 - As contribuições consignadas em folha de pagamento e descontadas dos
contribuintes na forma do artigo 137, bem como as devidas na forma dos artigos 140 e 141,
deverão ser depositadas em conta própria do Instituto de Previdência do Estado de São Paulo, no
Banco do Estado de São Paulo S.A. ou na Caixa Econômica do Estado de São Paulo S.A., na
mesma data em que forem pagas aos contribuintes quaisquer importâncias constitutivas de suas
retribuições-base.
Parágrafo único - As contribuições não depositadas no prazo previsto neste artigo ficarão sujeitas
ao juro de 1% (um por cento) ao mês.
Artigo 143 - Compete ao Instituto de Previdência do Estado de São Paulo fiscalizar a arrecadação
e o recolhimento de qualquer importância que lhe seja devida e verificar as folhas de pagamento
dos funcionários ou servidores do Estado e das entidades vinculadas ao regime previdenciário,
ficando os responsáveis obrigados a prestar os esclarecimentos e as informações que lhes forem
solicitados.

SEÇÃO IV

Dos Benefícios e dos Beneficiários

Artigo 144 - A pensão mensal dos beneficiários será de 75% (setenta e cinco por cento) da
retribuição-base vigente na data do falecimento do contribuinte, sobre a qual estiver sendo
calculada a contribuição nos termos do artigo 137.
Parágrafo único - Na hipótese prevista no § 3º do artigo 137, para cálculo da pensão mensal
tomar-se-á por base, no que respeita às aulas excedentes, a média das aulas ministradas nos 12
(doze) meses anteriores ao do óbito, adotado o valor unitário vigente na data desse evento.
Artigo 145 - Os beneficiários farão jus à pensão mensal a partir da data do falecimento do
contribuinte, cessando na mesma data a obrigação de contribuir.
Parágrafo único - O pagamento da pensão mensal terá início dentro de, no máximo, 60 (sessenta)
dias da data em que o beneficiário completar a documentação exigida para a sua habilitação.
Artigo 146 - A pensão prevista no artigo 144, devida no mês de dezembro de cada ano, será
sempre acrescida de gratificação de Natal de igual valor, exceto, se o pagamento desta se
processar com fundamento no artigo 127.
Artigo 147 - São beneficiários obrigatórios do contribuinte:
I - o cônjuge sobrevivente;
II - os filhos incapazes e os inválidos, de qualquer condição ou sexo e as filhas solteiras;
III - os pais do contribuinte solteiro, viúvo, separado judicialmente ou divorciado, desde que vivam
sob sua dependência econômica, mesmo quando não exclusiva, e não existam outros beneficiários
obrigatórios ou instituídos nos termos do artigo 152.
§ 1º - Os filhos legitimados, os naturais e os reconhecidos equiparam-se aos legítimos.
§ 2º - Atingindo o filho beneficiário a idade de 21 (vinte e um) anos, ou a de 25 (vinte e cinco) anos
se estiver frequentando curso de nível superior, cessa o seu direito à pensão.
§ 3º - A pensão atribuída ao incapaz ou inválido será devida enquanto durar a incapacidade ou
invalidez e à filha solteira até o casamento.
§ 4º - Mediante declaração escrita do contribuinte, os dependentes enumerados no inciso III deste
artigo poderão concorrer com o cônjuge e com as pessoas designadas na forma do artigo 152,
salvo se existirem filhos
Artigo 148 - Por morte do contribuinte, adquirem direito à pensão mensal, na razão da metade, o
cônjuge sobrevivente, e, pela outra metade, em partes iguais, os filhos, observado o disposto no
artigo anterior.
§ 1º - Se não houver filhos, a pensão será deferida, por inteiro, ao cônjuge supérstite.
§ 2º - Cessando o direito à pensão dos filhos do contribuinte, nos termos dos §§ 2º e 3º do artigo
anterior, o respectivo benefício reverterá ao cônjuge sobrevivente, ressalvada a hipótese do artigo
149.
§ 3º - Se viúvo o contribuinte, ou se o cônjuge sobrevivente, nos termos do artigo 149, não tiver
direito à pensão, será o benefício pago integralmente em partes iguais, aos filhos do falecido,
observado o disposto no artigo anterior.
§ 4º - O cônjuge sobre vivente que contrair novas núpcias perderá, o direito à pensão em benefício
dos filhos do contribuinte falecido, na forma do parágrafo anterior.
§ 5º - Na hipótese do parágrafo anterior, a viuvez subseqüente não restabelece o direito à pensão
do cônjuge do contribuinte.
Artigo 149 - Não terá direito à pensão o cônjuge que, na data do falecimento do contribuinte,
estivar dele separado judicialmente, divorciado ou houver abandonado o lar há mais de seis
meses, devendo, nesta hipótese, a exclusão do benefício ser promovida pelos interessados, ou
pelo Instituto de Previdência do Estado de São Paulo, mediante ação judicial.
§ 1º - Não perderá, porém, o cônjuge sobrevivente, o direito à pensão:
1. se, na separação judicial, tiver sido declarado inocente;
2. se, em virtude de separação consensual, prestava-lhe o contribuinte pensão alimentícia;
3. se foi justo o abandono do lar.
§ 2º - Para os efeitos deste artigo, caduca em 6 (seis) meses, contados da morte do contribuinte, o
direito de os interessados pleitearem a exclusão do cônjuge supérstite, por abandono do lar.
Artigo 150 - Fica facultado ao contribuinte instituir como beneficiários os enteados e os adotivos.
§ 1º - Os enteados e os adotivos concorrerão em igualdade de condições com os filhos do
contribuinte, salvo se este dispuser que se lhes atribua menor parte.
§ 2º - Aplica-se aos enteados e aos adotivos o disposto para os filhos do contribuinte.
§ 3º - A instituição de beneficiários prevista no «caput», bem como a atribuição de benefício em
menor parte, nos termos do § 1º, será feita mediante testamento ou simples declaração de vontade
de próprio punho do contribuinte, devidamente testemunhada e registrada.
Artigo 151 - Inexistindo filhos de leitos anteriores, o contribuinte poderá destinar ao seu cônjuge a
totalidade da pensão, observada a forma prevista no § 3º do artigo anterior.
Artigo 152 - O contribuinte solteiro, viúvo, separado judicialmente ou divorciado, poderá designar
beneficiária companheira ou pessoas que vivam sob sua dependência econômica, ressalvado o
direito que competir a seus filhos e preenchidas as seguintes condições:
I - na hipótese de companheira, desde que na data do falecimento do contribuinte com ele
mantivesse vida em comum durante, no mínimo, 5 (cinco) anos;
II - nos demais casos, desde que se trate de menor de 21 (vinte e um) anos ou maior de 60
(sessenta) anos de idade, ou inválido.
§ 1º - Ao contribuinte separado judicialmente admitir-se-á instituir beneficiário, nos termos deste
artigo, somente se não configuradas as hipóteses previstas nos itens 1 e 2 do § 1º do artigo 149.
§ 2º - No caso do item 2 do § 1º do artigo 149, poderá o contribuinte instituir beneficiário na forma
deste artigo, com a metade da pensão que competir ao cônjuge separado judicialmente, observado
o disposto no «caput» deste artigo, última parte.
§ 3º - Será automaticamente cancelada a inscrição dos beneficiários, se o contribuinte vier a
contrair núpcias ou, se separado judicialmente, restabelecer a sociedade conjugal.
§ 4º - São provas de vida em comum, o mesmo domicilio, conta bancária em conjunto, encargos
domésticos evidentes, a indicação como dependente em registro de associação de qualquer
natureza e na declaração de rendimentos para efeito do imposto de renda, ou, ainda, quaisquer
outras que possam formar elemento de convicção, a critério do IPESP,
§ 5º - A existência de filho em comum com a companheira supre as condições estabelecidas no
inciso I deste artigo, desde que, na data do falecimento do contribuinte, comprovadamente,
mantivessem vida em comum.
§ 6º - A designação de beneficiários, nos termos deste artigo, é ato de vontade do contribuinte, e,
ressalvado o disposto no parágrafo anterior, não pode ser suprida.
§ 7º - Fica facultado ao contribuinte, a todo o tempo, revogar a designação de beneficiários.
Artigo 153 - Poderá o contribuinte sem filhos com direito à pensão, instituir beneficiários parentes
até 2º (segundo) grau, se forem incapazes ou inválidos, ressalvado, na razão da metade, o direito
que competir ao seu cônjuge.
Parágrafo único - Na hipótese deste artigo, aplicar-se-á o disposto nos §§ 2º e 3º, do artigo 147, §
3º, do artigo 150 e § 7º, do artigo anterior.
Artigo 154 - Sobrevindo o falecimento de qualquer dos beneficiários, observar-se-á o seguinte:
I - se o falecido for o cônjuge ou a companheira, sua pensão acrescerá, em partes iguais, a dos
filhos legítimos, legitimados, naturais e reconhecidos, enteados ou adotivos do contribuinte;
II - se o falecido for filho legítimo, legitimado, natural e reconhecido, enteado ou adotivo do
contribuinte, a respectiva pensão reverterá ao cônjuge supérstite.
§ 1º - Na hipótese do inciso I, observar-se-á o disposto nos §§ 2º e 3º, do artigo 147.
§ 2º - Na hipótese do inciso II, dar-se-á a reversão somente se o cônjuge sobrevivente não estiver
impedido de receber o benefício, nos termos do artigo 149, ou se não houver contraído novas
núpcias.
Artigo 155 - Nenhum beneficiário poderá receber mais de uma pensão mensal prevista neste
Capítulo, salvo os descendentes de casal contribuinte.
Artigo 156 - As pensões devidas aos beneficiários do contribuinte serão reajustadas,
automaticamente, quando ocorrer:
I - aumento geral da retribuição dos funcionários públicos e servidores civis estaduais;
II - revalorização retribuitória de categoria igual à do contribuinte falecido;
III - alteração do valor das vantagens percebidas pelo contribuinte na data do óbito.
Parágrafo único - O reajuste operar-se-á a partir da vigência dos novos valores.
Artigo 157 - A pensão é mensal e extingue-se com a morte casamento cessação da incapacidade
ou invalidez do beneficiário, ressalvado o disposto no parágrafo 2º, do artigo 147, nos parágrafos 2º
e 4º do artigo 148, e no parágrafo 2º, do artigo 150.
Artigo 158 - A incapacidade e a invalidez, para os fins dos artigos 147, § 3º, 152 e 153 desta lei
complementar será verificada mediante inspeção, por junta de médicos do IPESP ou por ele
credenciados.
Artigo 159 - As pensões concedidas, salvo quanto às importâncias devidas ao próprio IPESP, não
são passíveis de penhora ou arresto, nem estão sujeitas a inventário ou partilhas judiciais ou
extrajudiciais, sendo nula de pleno direito toda alienação, cessão ou constituição de ônus de que
sejam objeto, defesa a outorga de poderes irrevogáveis ou em causa própria para seu
recebimento.

SEÇÃO V

Da Decadência e da Prescrição

Artigo 160 - O direito à pensão mensal não está sujeito à decadência ou prescrição.
Artigo 161 - Prescreverão no prazo de 5 (cinco) anos, contados da data em que forem devidas, as
prestações mensais referentes ao benefício.

SEÇÃO VI

Das Demais Disposições

Artigo 162 - A pensão devida no mês de dezembro de 1978 será acrescida da gratificação de
Natal, de que trata o artigo 146, em importância correspondente a 5/12 (cinco doze avos) do valor
da pensão.
Artigo 163 - O Poder Executivo expedirá decreto regulamentando este Capítulo, no qual serão
consolidadas as normas em vigor relativas ao regime de pensão mensal.

CAPÍTULO II

Da Assistência Médica e Hospitalar

Artigo 164 - A assistência médica e hospitalar, prestada pelo Instituto de Assistência Médica ao
Servidor Público Estadual IAMSPE a seus contribuintes e beneficiários, continuará a reger-se pelas
disposições do Decreto-lei nº 257, de 29 de maio de 1970, e da legislação posterior.
Artigo 165 - Os incisos I e II e o § 1º do artigo 2º da Lei nº 71, de 11 de dezembro de 1972,
alterados pelo artigo 2º da Lei nº 106, de 11 de junho de 1973, passam a vigorar com a seguinte
redação:
«Artigo 2º - .........................................................................................................................................
I - contribuição obrigatória de 2% (dois por cento), calculada sobre a retribuição total do funcionário
ou servidor, apurada mensalmente e constituída, para esse efeito, de vencimentos, salários,
gratificações «pró-labore», gratificação relativa a regimes especiais de trabalho e outras vantagens
pecuniárias, excetuadas as parcelas relativas a salário-família, salário-esposa, diárias de viagens,
ajuda de custo, auxílio-funeral. representação de qualquer natureza e equivalentes;
II - contribuição de 2% (dois por cento), calculada sobre os proventos totais do inativo apurada
mensalmente, excetuadas as parcelas relativas a salário-família e salário-esposa;
.................................................................................................................................................................
§ 1º - A contribuição a que se refere o inciso I, deste artigo incidirá sobre o valor total da
remuneração dos funcionários sujeitos a esse regime retribuitório.»

TÍTULO XIV

Das Disposições Gerais e Finais

Artigo 166 - Sempre que se verificar majoração do salário mínimo, será assegurada ao funcionário
e ao servidor da Administração Centralizada e Autárquica, que perceba retribuição inferior ao seu
valor, abono correspondente à diferença.
§ 1º - Para efeito do disposto neste artigo, serão consideradas todas as vantagens pecuniárias
percebidas pelo funcionário ou pelo servidor, exceto o salário-família e o salário-esposa.
§ 2º - Cessará o pagamento do abono sempre que, em virtude de elevação de vencimentos ou
salários, promoção, evolução funcional, ou qualquer outra causa, a retribuição do funcionário ou
servidor atinja importância igual ou superior ao valor do salário mínimo.
§ 3º - O abono de que trata este artigo não se incorporará aos vencimentos ou salários, nem será
considerado para efeito de cálculo de quaisquer vantagens e das contribuições ao Instituto de
Assistência Médica ao Servidor Público Estadual.
Artigo 167 - A denominação dos cargos ou funções-atividades poderá, mediante decreto, ser
acrescida de expressão que identifique a área de especialização dos respectivos titulares.
Parágrafo único - Da aplicação do disposto neste artigo não decorrerá qualquer alteração na
situação retribuitória do cargo ou função-atividade.
Artigo 168 - Os cargos de Chefe de Seção Técnica, Supervisor de Equipe Técnica e Encarregado
de Setor Técnico, abrangidos pelas disposições da Lei Complementar nº 75, de 14 de dezembro de
1972, serão enquadrados de acordo com a habilitação profissional dos respectivos titulares, na
conformidade do Anexo VIII, que faz parte integrante desta lei complementar.
Parágrafo único - Os titulares de cargos não abrangidos por este artigo serão enquadrados na
forma prevista no Anexo II.
Artigo 169 - As alterações de denominação, enquadramento, reenquadramento, classificação e
integração em Tabelas dos Subquadros dos cargos e funções-atividades operadas por esta lei
complementar e demais normas dela decorrentes, não modificam, salvo disposição em contrário, a
situação jurídica do respectivo ocupante.
Artigo 170 - Quando, em decorrência de provimento de cargo ou preenchimento de função-
atividade, de evolução funcional ou de concessão de adicional por tempo de serviço, o funcionário
ou servidor tiver seu cargo ou função enquadrado em referência superior da Escala de
Vencimentos, conservará ua nova referência o mesmo grau em que se encontrava classificado na
referência anterior.
Artigo 171 - O Poder Executivo encaminhará à Assembléia Legislativa projeto de lei dispondo
sobre a constituição de séries de classes as quais correspondam encargos de direção
assessoramento e assistência que passarão a constituir carreiras executivas e de assessoramento.
Artigo 172 - Os órgãos setoriais de recursos humanos proporão ao órgão central a constituição,
em suas respectivas Secretarias, das séries de classes a que se refere o artigo anterior
Parágrafo único - Na elaboração das propostas serão considerados:
1 - a natureza técnica ou administrativa das atividades;
2 - a estrutura organizacional;
3 - as exigências mínimas de escolaridade ou habilitação profissional;
4 - os requisitos para ingresso na classe inicial e as condições e critérios para acesso às classes
superiores;
5 - a composição quantitativa das séries de classes.
Artigo 173 - Para fins de ingresso na classe inicial e de acesso às classes superiores serão
exigidos, como requisito, cursos específicos, com a finalidade de selecionar e qualificar os
funcionários e servidores para o exercício das atribuições pertinentes aos integrantes da carreira
executiva e de assessoramento.
Parágrafo único - A critério da Administração, poderão ser realizados processos seletivos
específicos para o provimento de cargos da série de classes, aos quais concorrerão funcionários e
servidores aprovados nos cursos mencionados neste artigo.
Artigo 174 - Caberá à Fundação do Desenvolvimento Administrativo a realização dos cursos
referidos no artigo anterior, podendo desenvolvê-los e ministrá-los diretamente ou mediante
convênios com outras instituições de ensino de notória qualificação.
Artigo 175 - A lei que dispuser sobre a constituição das séries de classes a que se refere o artigo
171 deverá prever a integração, nas mesmas, dos cargos de Agente do Serviço Civil, de que trata
o artigo 14, das Disposições Transitórias, desta lei complementar. de acordo com a área de
especialização, qualificação profissional e nível hierárquico de seus ocupantes.
Artigo 176 - Os titulares de cargos de Agente do Serviço Civil, que vierem a integrar as séries de
classes na forma prevista no artigo anterior, ficam dispensados da exigência a que alude o artigo
173, sujeitando-se, porém, a programas especiais de atualização e aperfeiçoamento, promovidos
pela Fundação do Desenvolvimento Administrativo.
Artigo 177 - Os integrantes das séries de classes a serem criadas na forma do artigo 171,
exercerão atividades de direção, assessoramento ou assistência, na respectiva área de
especialização.
Artigo 178 - A vantagem relativa à sexta-parte dos vencimentos integrais prevista no inciso VIII, do
artigo 92, da Constituição do Estado (Emenda nº 2), e de que trata o artigo 130, da Lei nº 10.261,
de 28 de outubro de 1968, corresponderá a 1/6 (um sexto):
I - do valor do padrão em que estiver enquadrado o cargo do funcionário;
II - de valor das vantagens pecuniárias incorporadas e desde que não computadas no valor do
padrão.
§ 1º - O adicional por tempo de serviço previsto no Inciso VIII, do artigo 92, da Constituição do
Estado (Emenda nº 2), e de que tratam o artigo 127 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, e
o artigo 28, do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de março de 1970, está compreendido, para
todos os efeitos, no valor da sexta-parte, calculada nos termos deste artigo, em decorrência da
aplicação dos artigos 94 a 96, desta lei complementar.
§ 2º - Sobre os valores da sexta-parte, apurados na forma do «caput» deste artigo, não incidirão
adicionais ou quaisquer outras vantagens pecuniárias.
Artigo 179 - Vetado.
Artigo 180 - A gratificação a que se refere o artigo 22, da Lei Complementar nº 114, de 13 de
novembro de 1974, calculada com base na Tabela III da Escala de Vencimentos, corresponderá:
I - para o Professor I à diferença entre os valores fixados para o grau «A», da referência 33 e o das
referências 35 ou 38, conforme o caso;
II - para o Professor II, à diferença entre os valores fixados para o grau «A», das referências 35 e
38.
Artigo 181 - O Professor designado para dirigir escolas agrupadas exercerá essa função sem
prejuízo da docência e terá seus vencimentos calculados com base na Tabela I da Escala de
Vencimentos, enquanto perdurar a designação.
Artigo 182 - A gratificação percebida pelo funcionário ou servidor, ocupante de cargo ou função
policial civil, com fundamento na Lei nº 10.291, de 26 de novembro de 1968, ou na Lei nº 7.626, de
6 de dezembro de 1962, fica mantida em 120% (cento e vinte por cento) do valor do padrão em
que estiver enquadrado o respectivo cargo ou função.
Artigo 183 - O Regime Especial de Trabalho Policial de que trata a Lei nº 10.291, de 26 de
novembro de 1968, com suas alterações posteriores, passa a aplicar-se, nas mesmas bases e
condições, aos cargos de Encarregado de Disciplina e Encarregado de Setor (Presídio) do Quadro
da Secretaria da Justiça.
§ 1º - Os cargos de que trata este artigo ficam excluídos do Regime de Dedicação Exclusiva.
§ 2º - A gratificação que venha sendo percebida pela sujeição ao Regime de Dedicação Exclusiva,
ainda que incorporada, fica substituída pela gratificação correspondente ao Regime Especial de
Trabalho Policial, vedado, em qualquer hipótese, o percebimento cumulativo.
§ 3º - Para os fins do parágrafo anterior, os servidores que tiverem incorporada a gratificação
relativa ao Regime de Dedicação Exclusiva deverão renunciar, expressamente, no prazo de 30
(trinta) dias, às vantagens pecuniárias decorrentes dessa incorporação.
§ 4º - Os cargos abrangidos por este artigo, após a aplicação do Regime Especial de Trabalho
Policial nele prevista, serão enquadrados na forma disciplinada no artigo 7º das Disposições
Transitórias desta lei complementar.
Artigo 184 - O disposto no artigo anterior aplica-se aos aposentados em cargos ou funções de
mesma denominação, que tenham incorporada aos seus proventos parcela correspondente a
regime
especial de trabalho, observada a legislação pertinente.
Artigo 185 - Os cargos de Mestre de Ofício, de Recreacionista e Técnico de Planejamento ficam
incluídos na Jornada Completa de Trabalho instituída pelo inciso I, do artigo 70, desta lei
complementar.
Artigo 186 - A gratificação de que trata o artigo 2º, do Decreto-lei nº 162, de 18 de novembro de
1969, passa a ser calculada sobre o valor fixado para o padrão "21-A" da Tabela I da Escala de
Vencimentos.
Artigo 187 - O valor unitário da quota dos funcionários sujeitos ao regime de remuneração é a
importância correspondente a 0,2395% (dois mil trezentos e noventa e cinco décimos milésimos
por cento) do valor fixado para o padrão «37-A» da Tabela I da Escala de Vencimentos.
Artigo 188 - Os limites para atribuição de prêmio de produtividade ao Agente Fiscal de Rendas,
previstos nos §§ 2º e 4º do artigo 8º da Lei Complementar nº 112, de 15 de outubro de 1974, ficam
fixados, respectivamente, em 1.100 (mil e cem) quotas e 1.400 (mil e quatrocentas) quotas.
Artigo 189 - O artigo 21, da Lei Complementar nº 112, de 15 de outubro de 1974, mantidos os seus
parágrafos, passa a vigorar com a seguinte redação:
«Artigo 21 - Nos municípios onde não houver classificação de Agente Fiscal de Rendas, os
serviços de expediente interno do Posto Fiscal poderão ser executados por funcionário ou servidor
lotado na unidade fiscal ou na coletoria, o qual perceberá «pro labore» mensal de até 25% (vinte e
cinco por cento) do grau «a» da referência 25 da Tabela I da Escala de Vencimentos, de acordo
com a categoria da unidade, fixado em ato do Secretário da Fazenda.»
Artigo 190 - Ficam atribuídas ao Agente Fiscal de Rendas que tenha se aposentado anteriormente
à vigência da Lei Complementar nº 112, de 15 de outubro de 1974, 300 (trezentas) quotas a título
de prêmio de produtividade, calculadas nos termos do artigo 187 desta lei complementar.
§ 1º - A aplicação do disposto neste artigo condiciona-se à expressa renúncia à vantagem
pecuniária fixada em número de quotas incorporadas à remuneração, integradas no patrimônio ou,
ainda, calculada nos proventos do Agente Fiscal de Rendas, decorrente das extintas função
gratificada e gratificação «pro labore» ou do prêmio de produtividade.
§ 2º - O disposto neste artigo aplica-se, igualmente, aos cálculos de pensões dos beneficiários de
Agentes Fiscais de Rendas.
Artigo 191 - Passam a vigorar com a seguinte redação os artigos 1º, 2º, 12 e 15 da Lei nº 443, de
24 de setembro de 1974:
«Artigo 1º - As gratificações «pro labore» de Coletor e de Inspetor de Arrecadação, a que se
referem o artigo 2º da Lei nº 1.553, de 29 de dezembro de 1951, e o artigo 60 da Lei nº 3.684, de
31 de dezembro de 1956, alterados, respectivamente, pelos artigos 1º e 2º da Lei nº 10.392, de 14
de dezembro de 1970, serão atribuídas na seguinte conformidade:
I - Exator com função de Inspetor de Arrecadação - gratificação de valor igual a 120% (cento e
vinte por cento) do padrão «25-A» da Tabela I da Escala de Vencimentos;
II - Exator com função de Coletor em:
a) Coletoria de Categoria I - gratificação de valor igual a 70% (setenta por cento) do padrão «25-A»
da Tabela I da Escala de Vencimentos;
b) Coletoria de Categoria II - gratificação de valor igual a 60% (sessenta por cento) do padrão «25-
A» da Tabela I da Escala de Vencimentos;
c) Coletoria de Categoria III - gratificação de valor igual a 30% (trinta por cento) do padrão «25-A»
da Tabela I da Escala de Vencimentos.
Artigo 2º - Ao Exator designado para a função de Arrecadador de Receita será atribuída
gratificação «pro labore» de valor igual a 25% (vinte e cinco por cento) do padrão «25-A» da Tabela
I da Escala de Vencimentos.
Parágrafo único - A designação de Exator para a função de que trata este artigo somente será
feita se comprovada a necessidade da Coletoria de manter o seu exercício como atividade principal
e permanente.
.................................................................................................................................................................
Artigo 12 - O valor das vantagens pecuniárias incorporadas aos vencimentos do Exator, a título de
gratificação «pro labore», será reajustado sempre que ocorrer elevação de vencimentos dos
funcionários públicos civis do Estado, mediante aplicação do percentual de aumento previsto para
o padrão «25-A» da Tabela I da Escala de Vencimentos.
Parágrafo único - Se a elevação de vencimentos dos funcionários públicos civis do Estado ocorrer
a partir de qualquer mês do primeiro trimestre do ano, será reajustado, além do valor das
vantagens pecuniárias incorporadas anteriormente, o valor da parcela incorporada na forma do
artigo 8º.
.................................................................................................................................................................
Artigo 15 - O valor da gratificação «pro labore» já incorporado aos proventos de Exator será
reajustado sempre e somente quando ocorrer elevação de vencimentos dos funcionários públicos
civis do Estado, mediante aplicação do percentual de aumento previsto para o padrão «25-A» da
Tabela I da Escala de Vencimentos.»
Artigo 192 - O Exator que houver obtido qualquer das vantagens pecuniárias previstas no artigo 2º
das Disposições Transitórias da Lei nº 443 de 24 de setembro de 1974, e no artigo 1º da Lei nº
1.000 de 8 de junho de 1976, somente poderá beneficiar-se de novas incorporações com base no
artigo 8º da mencionada Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974.
Artigo 193 - Às gratificações «pro labore», incorporadas nos termos dos artigos 2º e 3º das
Disposições Transitórias da Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974, do artigo 1º da Lei nº 1.000, de
8 de junho de 1976, e, ainda, nos termos do artigo 46 das Disposições Transitórias desta lei
complementar, aplica-se o disposto nos artigos 10, 12 e 13 da Lei nº 443, de 24 de setembro de
1974.
Artigo 194 - Para o fim de percepção mensal da gratificação «pro labore», atribuída na forma e nos
limites previstos nos artigos 1º e 2º da Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974, alterados pelo artigo
191 desta lei complementar, será deduzido o valor correspondente à vantagem pecuniária
incorporada nos termos:
I - do artigo 8º da Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974;
II - do artigo 2º das Disposições Transitórias da Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974;
III - do artigo 1º da Lei nº 1.000, de 8 de junho de 1976.
Parágrafo único - Para o fim do disposto neste artigo, será também deduzido o valor da vantagem
pecuniária correspondente à extinta função de Escrivão de Coletoria.
Artigo 195 - Durante o tempo em que exercer a substituição, de que tratam os artigos 80 a 83, o
substituto terá seus vencimentos ou salários calculados na seguinte conformidade:
I - proceder-se-á, inicialmente, ao ajustamento dos pontos acumulados no cargo ou função-
atividade de que é titular efetivo, apurando-se:
a) os pontos que lhe tenham sido atribuídos em virtude da concessão de adicionais por tempo de
serviço;
b) os pontos que lhe tenham sido atribuídos com fundamento no artigo 24 ou no artigo 25 das
Disposições Transitórias desta lei complementar;
c) os pontos que lhe tenham sido atribuídos em decorrência da avaliação de desempenho,
divididos pelo número de pontos correspondentes ao conceito «bom (B)», previsto para a classe a
que pertence o cargo de que é titular e multiplicados pelo número de pontos correspondentes ao
mesmo conceito fixado para a classe a que pertence o cargo do substituído;
II - ajustados os pontos na forma estabelecida no inciso anterior, os vencimentos ou salários do
substituto serão calculados com base na referência numérica situada tantas referências acima da
referência inicial da classe a que pertença o cargo do substituído, quanto for a parte inteira da
divisão, por 5 (cinco), do total de pontos decorrentes do ajustamento.
Parágrafo único - O ajustamento de pontos a que alude este artigo far-se-á, exclusivamente, para
fins de percepção de vencimentos ou salários, durante o tempo em que o funcionário ou servidor
exercer a substituição.
Artigo 196 - Para os funcionários e servidores abrangidos por esta lei complementar, o valor do
«pro labore» de que trata o artigo 28, da Lei nº 10.168, de 10 de julho de 1968, corresponderá à
diferença entre o valor do padrão de seu cargo ou de sua função-atividade e o do padrão do cargo
de encarregatura, chefia ou direção cabível na unidade administrativa, observado o disposto ao
artigo anterior.
Artigo 197 - Os valores do salário-família e do salário-esposa ficam fixados em Cr$ 120,00 (cento
e vinte cruzeiros).
Artigo 198 - Ficam majoradas em 40% (quarenta por cento) as gratificações mensais pagas pelas
folhas de laborterapia aos egressos que prestam serviços aos órgãos da Secretaria da Saúde, bem
como as que são pagas pelas folhas de laborterapia aos internados nos Hospitais de Dermatologia
Sanitária.
Artigo 199 - A escala de referências e graus de vencimentos dos cargos da carreira de Procurador
do Estado, a que se refere o artigo 54, da Lei Complementar nº 93, de 28 de maio de 1974, fica
fixada de conformidade com o Anexo II, que faz parte integrante desta lei complementar.
§ 1º - Os cargos de carreira de Procurador do Estado, padrões «20-A», «20-B», «20-C», «20-D» e
«20-E», ficam distribuídos na série de classes de Procurador do Estado, prevista no Anexo II desta
lei complementar, na seguinte conformidade:
1. os dos padrões «20-A» e «20-B», bem como os que se encontrarem vagos na data de
publicação desta lei complementar, na classe de Procurador do Estado - Nível I;
2. os dos padrões «20-C» e «20-D» na classe de Procurador do Estado - Nível II;
3. os do padrão «20-E» na classe de Procurador do Estado - Nível III.
§ 2º - O enquadramento dos cargos de Procurador do Estado nas referências numéricas da Escala
de Vencimentos far-se-á com observância dos artigos 4º e 5º das Disposições Transitórias desta lei
complementar.
§ 3º - Lei específica fixará o número de cargos de cada uma das classes de Procurador do Estado.
Artigo 200 - Ficam mantidas as competências do Conselho de Polícia Civil e do Conselho da
Procuradoria Geral do Estado, para a realização dos concursos e processos seletivos de ingresso
e de acesso, bem como para o processamento das promoções das classes policiais civis e de
Procurador do Estado, respectivamente.
Parágrafo único - Aos cargos iniciais da série de classes de Procurador do Estado não se aplica o
instituto da transposição, de que tratam os artigos 22 a 28, bem como o inciso I do artigo 53 desta
lei complementar.
Artigo 201 - Aos cargos do Quadro do Magistério não se aplicam os institutos previstos nos artigos
22 a 30, bem como nos incisos I e II do artigo 53, desta lei complementar, mantida a legislação
específica que tenha disciplinado as formas de provimento de tais cargos.
Artigo 202 - Os exames médicos, para fins de ingresso no serviço público ou de licença para
tratamento de saúde, previstos na legislação vigente, serão realizados pelos órgãos ou entidades
oficiais ou, ainda, por instituições médicas que mantenham convênios com a Administração
Centralizada ou Descentralizada do Estado, na forma estabelecida em decreto.
Artigo 203 - Passam a vigorar com a seguinte redação os artigos 1º, 3º, 5º, 6º, 11 e 27 da Lei nº
500, de 13 de novembro de 1974:
«Artigo 1º - Além dos funcionários públicos poderá haver na Administração estadual servidores
admitidos em caráter temporário:
I - para o exercício de função-atividade correspondente à função de serviço público de natureza
permanente;
II - para o desempenho de função-atividade de natureza técnica, mediante contrato bilateral, por
prazo certo e determinado; ou trabalhos rurais, todos de natureza transitória, ou ainda,
III - para a execução de determinada obra serviços de campo a critério da Administração, para a
execução de serviços decorrentes de convênios.
Parágrafo único - Em casos excepcionais, decorrentes de calamidade pública, epidemias ou
grave comoção interna, poderão ser admitidos servidores em caráter temporário, na forma do
inciso I, para o exercício das funções-atividades de que trata o inciso : deste artigo com o fim de
dar atendimento à emergência e pelo prazo em que esta perdurar.
.................................................................................................................................................................
Artigo 3º - Os servidores de que tratam os incisos I e II do artigo 1º reger-se-ão pelas normas
desta lei, aplicando-se aos de que trata o inciso III, as normas da legislação trabalhista.
§ 1º - Poderá, também, a critério da Administração, ser admitido pessoal no regime trabalhista para
o desempenho das funções a que se referem os incisos I e II do artigo 1º, na forma a ser
disciplinada em decreto.
§ 2º - As disposições desta lei relativas aos servidores admitidos em caráter temporário não se
aplicam ao pessoal admitido nos termos do parágrafo anterior, exceto as dos artigos 5º, 6º, 7º, 8º e
9º.
§ 3º - As autoridades que admitirem servidores nos termos da legislação trabalhista além da
observância das normas previstas nesta mesma legislação deverão providenciar, sob pena de
responsabilidade funcional. sua inscrição para fins previdenciários e o recolhimento das respectivas
contribuições.
.................................................................................................................................................................
Artigo 5º - É vedada a admissão nos termos do artigo 1º. sob quaisquer denominações:
I - para atribuições correspondentes às funções de serviço público, na área da Administração
Centralizada, referentes is atividades de representação judiciai e extrajudicial, de consultoria
jurídica do Executivo e da Administração em gera, de assistência jurídica e de assessoramento
técnico-legislativo de assistência judiciária aos necessitados, de arrecadação e fiscalização de
tributos, de manutenção da ordem e segurança pública internas bem como de direção;
II - quando houver na mesma Secretaria, cargo vago correspondente à função e candidatos
aprovados em concurso público com prazo de validade não extinto.
Artigo 6º - As admissões serão sempre precedidas de processo, iniciado por proposta
devidamente justificada, e serão feitas:
I - as relativas às funções de que tratam os incisos I e II do artigo 1º, pelo Secretário de Estado,
com autorização do Chefe do Executivo, sujeitas as do inciso I a seleção, nos termos da legislação
em vigor;
II - as relativas à funções de que trata o inciso III, do artigo 1º, mediante portaria da autoridade
competente, com autorização do Secretário de Estado.
Parágrafo único - Constarão obrigatoriamente das propostas de admissão a função a ser
desempenhada o salário, a dotação orçamentáriaa própria e a demonstração da existência de
recursos.
.................................................................................................................................................................
Artigo 11 - Respeitado o disposto no inciso II do artigo 5º, terão preferência, para serem admitidos
nos termos desta lei, os candidatos habilitados em concurso público realizado pelos órgãos
centrais, setoriais ou subsetoriais de recursos humanos, para cargos correspondentes às funções a
que se refere o inciso I, do artigo 1º, sem prejuízo do direito à nomeação, obedecida, em qualquer
caso, a ordem de classificação.
.................................................................................................................................................................
Artigo 27 - O servidor será aposentado:
I - por invalidez;
II - compulsoriamente aos 70 (setenta) anos de idade;
III - voluntariamente após 35 (trinta e cinco) anos de serviço.
Parágrafo único - No caso do inciso III, o prazo e reduzido a 30 (trinta) anos para as mulheres.»
Artigo 204 - Fica acrescentado ao artigo 44, da Lei nº 500, de 13 de novembro de 1974, o seguinte
parágrafo único:
«Parágrafo único - O disposto neste artigo, a critério da Administração, poderá ser aplicado ao
pessoal que vier a ser admitido no regime trabalhista na forma prevista no artigo 3º».
Artigo 205 - Para os fins desta lei complementar, passam a ser considerados servidores:
I - os admitidos em caráter temporário nos termos do artigo 1º da Lei nº 500, de 13 de novembro de
1974;
II - os atuais extranumerários;
III - os atuais funcionários interinos.
IV - os servidores admitidos nos termos da legislação trabalhista.
§ 1º - Os servidores referidos nos incisos II e ,I, passam a exercer funções-atividades
correspondentes a funções de serviço público de natureza permanente.
§ 2º - Os interinos a que alude o inciso III ficam, a partir da data da publicação desta lei
complementar, sujeitos ao regime instituído pela Lei nº 500, de 13 de novembro de 1974, e suas
alterações posteriores, e exonerados dos respectivos cargos.
§ 3º - Aos servidores de que trata o inciso IV deste artigo não se aplicam os benefícios desta lei
complementar que já lhes estejam assegurados pela legislação federal.
Artigo 206 - Ao servidor extranumerário aplica-se o disposto no inciso III do artigo 222 da Lei nº
10.261, de 28 de outubro de 1968.
Artigo 207 - Os ocupantes dos cargos de Assessor Chefe, Chefe de Gabinete, Comandante Geral,
Coordenador, Coordenador de Polícia. Delegado Geral, Diretor Geral, referência «CD-14»,
Procurador Geral do Estado, Secretário Particular, constantes do Anexo II, com vencimentos
iniciais fixados na referência «60», não terão o seu desempenho avaliado enquanto neles
permanecerem atribuindo-se-lhes, anualmente, para fins de evolução funcional, pontos em número
correspondente ao conceito «muito bom» previsto para a classe a que pertence o cargo em
comissão.
§ 1º - O funcionário ou servidor cuja situação se enquadre na disposição deste artigo, não será
computado para efeito da distribuição percentual prevista nos incisos I a III do artigo 108,
§ 2º - Ao funcionário ou servidor investido em cargo de Secretário de Estado ou de Secretário
Extraordinário serão atribuídos, anualmente, para fins de evolução do cargo efetivo de que seja
titular ou da função-atividade de que seja ocupante, pontos em número correspondente ao conceito
«muito bom» previsto para a classe a que pertence, observado, ainda, o disposto no parágrafo
anterior.
Artigo 208 - Passam a integrar o Quadro do Magistério os cargos de Secretário de Delegacia de
Ensino, com a denominação que lhes é dada no Anexo II.
Parágrafo único - Os ocupantes dos cargos de que trata este artigo desempenharão, entre outras,
atividades de assistência junto às Delegacias de Ensino ou a Divisões Regionais.
Artigo 209 - Serão extintos, na vacância, os cargos anteriormente integrados na Parte
Suplementar dos respectivos Quadros.
Artigo 210 - Ficam extintas as Comissões de Fiscalização de Regime de Dedicação Exclusiva, a
Comissão de Regimes Especiais de Trabalho (CRET) e a Comissão Especial de Progressão.
Parágrafo único - Os acervos da Comissão de Regimes Especiais de Trabalho (CRET) e da
Comissão Especial de Progressão ficam transferidos para o órgão central de recursos humanos,
integrantes do Sistema de Administração de Pessoal.
Artigo 211 - Fica extinta a partir do 60º (sexagésimo) dia contado da data da publicação desta lei
complementar, a Comissão Especial de Paridade de que trata o artigo 33 do Decreto-lei
Complementar nº 11, de 2 de março de 1970, alterado pelo Decreto-lei Complementar nº 13, de 25
de março de 1970.
Parágrafo único - O acervo, as atribuições e competências da Comissão aludida neste artigo
ficam transferidos para o órgão central de recursos humanos, integrante do Sistema de
Administração de Pessoa.
Artigo 212 - Os títulos dos funcionários e dos servidores abrangidos por esta lei complementar
serão apostilados pelas autoridades competentes.
Artigo 213 - Os cargos de Assistente Jurídico e de Assessor Técnico Legislativo resultantes da
transformação de cargos da carreira de Procurador do Estado, operada nos termos do artigo 12
das Disposições Transitórias, continuarão a ela vinculados, aplicando-se-lhes as disposições
específicas da Lei Complementar nº 93 de 28 de maio de 1974.
Artigo 214 - Esta lei complementar e suas Disposições Transitórias serão aplicadas, nas mesmas
bases e condições, aos funcionários e servidores das Autarquias, da Universidade de São Paulo,
da Universidade Estadual de Campinas e da Universidade Estadual Paulista «Júlio de Mesquita
Filho», mediante decreto de acordo com propostas das respectivas Autarquias.
Parágrafo único - O decreto a que alude este artigo será expedido dentro do prazo de 60
(sessenta) dias contados da publicação desta lei complementar.
Artigo 215 - As disposições desta lei complementar aplicar-se-ão, mediante decreto, aos
servidores integrantes:
I - do Quadro Especial instituído pelo artigo 7º da Lei nº 119, de 29 te junho de 1973 com a
alteração introduzida pela Lei nº 388, de 13 de agosto de 1974, composto de cargos e funções
pertencentes à Superintendência de Águas e Esgotos da Capital - SAEC e ao Fomento Estadual
de Saneamento Básico - PESB, sob a responsabilidade da Secretaria de Obras e do Meio
Ambiente;
II - do Quadro Especial instituído pelo artigo 7º da Lei nº 10.430. de 16 de dezembro de 1971,
integrado na Secretaria da Fazenda, composto dos cargos e funções pertencentes à ex-autarquia
Caixa Econômica do Estado de São Paulo:
III - da Parte Especial do Quadro da ex-autarquia Instituto de Pesquisas Tecnológicas, sob a
responsabilidade da Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia.
§ 1º - Os funcionários dos Quadros Especiais, de que trata este artigo, que tenham sido nomeados
em decorrência de aprovação em concurso público, de provas ou de provas e títulos, poderão
concorrer, mediante transposição, ao provimento de cargos pertencentes à Administração
Centralizada.
§ 2º - Os funcionários e servidores dos referidos Quadros que não atendam à condição prevista no
parágrafo anterior poderão concorrer ao preenchimento de funções-atividades da Administração
Centralizada.
§ 3º - O decreto a que alude o «caput» deste artigo será expedido dentro do prazo de 60 (sessenta)
dias, contados da publicação desta lei complementar.
Artigo 216 - Aplicam-se aos contribuintes referidos no artigo 133 as normas previstas no Título
XIII, ainda que não abrangidos pelas demais disposições desta lei complementar.
Artigo 217 - Vetado.
Artigo 218 - Vetado.
Parágrafo único - Vetado.
Artigo 219 - Vetado.
I - Vetado.
II - Vetado.
Artigo 220 - O artigo 3º da Lei Complementar nº 112, de 15 de outubro de 1974, fica acrescido do
seguinte parágrafo:
«§ 3º - Entendem-se por atividades referentes à difusão cultural aquelas que se destinam a difundir
idéias, conhecimentos e informações inclusive por meio de obras de arte e do jornalismo.»
Artigo 221 - Vetado.
Artigo 222 - Aos funcionários e servidores sujeitos ao Regime de Tempo Integral, não pertencentes
a carreira de Pesquisador Científico, criada pela Lei Complementar nº 125, de 18 de novembro de
1975, aplicam-se as disposições desta lei complementar, enquadrando-se os respectivos cargos ou
funções na forma prevista no artigo 4º das Disposições Transitórias, de acordo com a classe de
origem, excluído o qualificativo Pesquisador Científico.
§ 1º - Para os funcionários e servidores abrangidos por este artigo, computar-se-á, para fins do
item 2 da alínea «a» do inciso I, e do item 2, da alínea «a» do inciso II, do artigo 4º, das
Disposições Transitórias, a vantagem correspondente ao Regime de Tempo Integral.
§ 2º - Os funcionários e servidores abrangidos por este artigo ficam excluídos do Regime de Tempo
Integral, passando automaticamente à Jornada Completa de Trabalho.
Artigo 223 - As despesas decorrentes da aplicação desta lei complementar no presente exercício,
serão atendidas mediante:
I - créditos suplementares que o Poder Executivo está autorizado a abrir, de acordo com as
disposições constantes do Orçamento-Programa;
II - créditos suplementares que o Poder Executivo fica autorizado a abrir, durante o exercício, às
diversas Secretarias, até o limite de Cr$ 10.800.000.000,00 (dez bilhões e oitocentos milhões de
cruzeiros), de conformidade com os artigos 7º, inciso I, e 43 da Lei federal nº 4.320, de 17 de
março de 1964.
Artigo 224 - Esta lei complementar e suas Disposições Transitórias entrarão em vigor na data de
sua publicação, retroagindo os seus efeitos a 1º de março de 1978, revogadas as disposições
gerais ou especiais que disponham sobre a matéria disciplinada nesta mesma lei complementar, e
expressamente:
I - a Lei nº 8.291, de 4 de setembro de 1964;
II - a Lei Complementar nº 102, de 12 de agosto de 1974;
III - o artigo 5º das Disposições Transitórias da Lei Complementar nº 112, de 15 de outubro de
1974;
IV - os artigos 3º e 9º da Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974, bem como os artigos 3º a 7º das
Disposições Transitórias da mesma lei;
V - a Lei nº 1.000, de 8 de junho de 1976.

TÍTULO XV

Das Disposições Transitórias

Artigo 1º - Os atuais funcionários ou servidores, que estejam no Regime de Dedicação Exclusiva a


que alude o artigo 75 desta lei complementar, ficam incluídos em Jornada Completa de Trabalho.
Artigo 2º - Os atuais funcionários ou servidores ocupantes de cargos ou funções abrangidos pelo
Regime de Dedicação Exclusiva a que alude o artigo 75 desta lei complementar, que ainda estejam
em Jornada Comum de Trabalho, somente poderão ser incluídos em Jornada Completa de
Trabalho mediante convocação pela autoridade competente.
§ 1º - A admissão de servidores para o desempenho de funções de serviço público de natureza
permanente condiciona-se à prévia convocação, quando cabível, dos atuais funcionários ou
servidores da respectiva unidade administrativa em Jornada Completa de Trabalho.
§ 2º - Vetado.
Artigo 3º - Os atuais cargos ou funções serão enquadrados nas referências numéricas da Escala
de Vencimentos, de acordo com a Tabela que, nos termos do artigo 64 desta lei complementar,
seja aplicável ao funcionário ou ao servidor.
Artigo 4º - Para efeito do disposto no artigo anterior, observar-se-ão, quando aplicável a Tabela I
prevista no inciso I do artigo 64 desta lei complementar, as seguintes regras de enquadramento:
I - se o funcionário ou servidor não fizer jus à sexta-parte dos vencimentos :
a) apurar-se-á o valor correspondente à soma das parcelas percebidas, com base na legislação
vigente, em 28 de fevereiro de 1978, a título de:
1. padrão do cargo ou função;
2. gratificação pela sujeição ao Regime de Dedicação Exclusiva, de que trata o artigo 33 da Lei nº
10.168, de 10 de julho de 1968:
3. adicional por tempo de serviço, previsto no inciso VIII do artigo 92 da Constituição do Estado
(Emenda nº 2), de que tratam os artigos 13 da Lei nº 6.043, de 20 de janeiro de 1961; 127 da Lei nº
10.261, de 28 de outubro de 1968; e 28 do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de março de
1970;
4. gratificação de nível instituída pela Lei Complementar nº 75, de 14 de dezembro de 1972, com
as alterações da Lei Complementar nº 89, de 13 de maio de 1974;
5. outras vantagens pecuniárias incorporadas e sobre as quais haja incidência do adicional por
tempo de serviço aludido no item 3;
b) o resultado da soma apurada na forma da alínea anterior será multiplicado pelo coeficiente de
enquadramento referente à classe a que pertença o cargo ou função, constante do Anexo II;
c) ao resultado da multiplicação prevista na alínea anterior somar-se-ão as parcelas percebidas,
com base na legislação vigente, em 28 de fevereiro de 1978, a título de:
1. vantagem assegurada pelo § 1º, do artigo 9º, do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de março
de 1970, alterado pelo artigo 1º, do Decreto-lei Complementar nº 13, de 25 de março de 1970;
2. qualquer outra vantagem pessoal de valor inalterável sobre a qual não haja incidência de
adicional por tempo de serviço aludido no item 3, da alínea «a»;
d) o cargo ou função do funcionário ou servidor será enquadrado na referência numérica cujo valor
seja igual ao valor obtido na operação prevista na alínea anterior, respeitado o grau em que se
encontrar classificado na referência atual;
II - se o funcionário ou servidor fizer jus à sexta-parte dos vencimentos:
a) apurar-se-á o valor correspondente à soma das parcelas percebidas, com base na legislação
vigente, em 28 de fevereiro de 1978, a título de:
1. padrão do cargo ou função;
2. gratificação pela sujeição ao Regime de Dedicação Exclusiva, de que trata o artigo 33, da Lei nº
10.168, de 10 de julho de 1968;
3. adicional por tempo de serviço, previsto no inciso VIII, do artigo 92, da Constituição do Estado
(Emenda nº 2), de que tratam os artigos 13, da Lei nº 6.043, de 20 de janeiro de 1961; 127, da Lei
nº 10.261, de 28 de outubro de 1968; e 28, do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de março de
1970;
4. gratificação de nível instituída pela Lei Complementar nº 75, de 14 de dezembro de 1972, com
as alterações da Lei Complementar nº 89, de 13 de maio de 1974;
5. sexta-parte dos vencimentos prevista no inciso VIII, do artigo 92, da Constituição do Estado
(Emenda nº 2), de que trata o artigo 130, da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968;
6. outras vantagens pecuniárias incorporadas e sobre as quais haja incidência do adicional por
tempo de serviço aludido no item 8 ou da sexta-parte referida no item anterior;
b) o resultado da soma apurada na forma da alínea anterior será multiplicado pelo coeficiente de
enquadramento referente à classe a que pertença o cargo ou função, constante do Anexo II;
c) ao resultado da multiplicação prevista na alínea anterior somar-se-ão parcelas percebidas, com
base na legislação vigente, em 28 de fevereiro de 1978, a título de:
1. vantagem assegurada pelo § 1º, do artigo 9º, do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de março
de 1970, alterado pelo artigo 1º, do Decreto-Lei Complementar nº 13, de 25 de março de 1970;
2. qualquer outra vantagem pessoal de valor inalterável sobre a qual não haja incidência do
adicional por tempo de serviço aludido no item 3 ou da sexta-parte referida no item 5, ambos da
alínea «a».
d) apurar-se-á o valor correspondente a 6/7 (seis sétimos) do resultado da soma prevista na alínea
anterior;
e) o cargo ou função do funcionário ou servidor será enquadrado na referência numérica cujo valor
seja igual ao valor obtido na operação prevista na alínea anterior, respeitado o grau em que se
encontrar classificado na referência atual.
§ 1º - Para os titulares de cargos de direção administrativa aos quais são tenham sido aplicadas as
disposições da Lei Complementar nº 102, de 12 de agosto de 1974, será computado, para o fim
previsto neste artigo, nas operações de que cuidam a alínea «a» do inciso I, e alínea «a» do inciso
II, c valor correspondente à vantagem referida nos itens 4 das mesmas alíneas.
§ 2º - O disposto n' parágrafo anterior não se aplica aos titulares de cargos de especialista de
educação do Quadro do Magistério.
§ 3º - Não se compreendem nas vantagens a que aludem o item 5, da alínea «a». do inciso I, e o
item 6, da alínea «a», do inciso II, as gratificações «pro labore» atribuídas a Exatores.
Artigo 5º - Para efeito do disposto no artigo 3º, destas Disposições Transitórias, observar-se-ão,
quando aplicável a Tabela II prevista no inciso II, do artigo 64, desta lei complementar, as seguintes
regras de enquadramento;
1 - se o funcionário ou servidor não fizer jus à sexta-parte dos vencimentos:
a) apurar-se-á o valor correspondente à soma das parcelas percebidas, com base na legislação
vigente, em 28 de fevereiro de 1978, a titulo de:
1. padrão do cargo ou função;
2. adiciona per tempo de serviço, previsto no inciso VIII, do artigo 92 da Constituição do Estado
(Emenda nº 2), de que traiam os artigos 13, da Lei nº 6.043, de 20 de janeiro de 1961; 127, da Lei
ns. 10.261, de 28 de outubro de 1968; : 28, do Decreto-lei Complementar nº 1_ de 2 de março de
1970;
3. gratificação de nível instituída pela Lei Complementar nº 75, de 14 de dezembro de 1972, no
valor determinado com funda men no artigo 11, da mesma lei, com a redação que lhe foi dada pelo
inciso V, do artigo 1º da Lei Complementar nº 89, de 13 de maio de 1974, observadas as demais
alterações por ela efetuadas;
4. outras vantagens pecuniárias incorporadas e sobre as quais haja incidência do adicional por
tempo de serviço aludido no item 2;
b) o resultado da soma apurada na forma da alínea anterior será multiplicado pelo coeficiente de
enquadramento referente à classe a que pertença o cargo ou função, constante do Anexo II;
c) na hipótese de o Regime de Dedicação Exclusiva ser nos termos da legislação pertinente,
aplicável ao cargo ou função, o resultado da operação prevista na alínea anterior será multiplicado
por um dos seguintes coeficientes de ajustamento à jornada de trabalho, fixados segundo a
gratificação que na forma estabelecida no artigo 15, do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de
março de 1970, seria atribuível ao funcionário ou servidor em decorrência de sua colocação no
mencionado regime:
1. coeficiente de 1,125 (um inteiro e cento e vinte e cinco milésimos), se atribuível gratificação de
50% (cinqüenta por cento),
2. coeficiente de 1,5 (um inteiro e cinco décimos), se atribuível gratificação de 100% (cem por
cento);
d) ao resultado da multiplicação prevista na alínea «b» ou na alínea anterior conforme o caso,
somar-se-ão as parcelas percebidas, com base na legislação vigente, a título de:
1. vantagem assegurada pelo § 1º, do artigo 9º. ao Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de março
de 1970, alterado pelo artigo 1º. do Decreto-lei Complementar nº 13, de 25 de março de 1970;
2. qualquer outra vantagem pessoal de valor inalterável sobre a qual não haja incidência do
adicional por tempo de serviço aludido no item 2, da alínea «a»;
e) o cargo ou função do funcionário ou servidor será enquadrado na referência numérica cujo valor
seja igual ao valor obtido na operação prevista na alínea anterior, respeitado o grau em que se
encontrar classificado na referência atual;
II - se o funcionário ou servidor fizer jus à sexta-parte dos vencimentos:
a) apurar-se-á o valor correspondente à soma das parcelas percebidas, com base na legislação
vigente, em 28 de fevereiro de 1978, a título de:
1. padrão do cargo ou função;
2. adicional por tempo de serviço, previsto no inciso VIII, do arti o 92, da Constituição do Estado
(Emenda nº 2), de que tratam os artigos 13, da Lei nº 6.043, de 20 de janeiro de 1961; 127, da Lei
nº 10.261, de 28 de outubro de 1968: e 28, do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de março de
1970;
3. gratificação de nível instituída pela Lei Complementar nº 75, de 14 de dezembro de 1972 no
valor determinado com fundamento no artigo 11, da mesma lei com a redação que lhe foi dada pelo
inciso V, ao artigo 1º. da Lei Complementar nº 89, de 13 de maio de 1974, observadas as demais
alterações por ela efetuadas;
4. sexta-parte dos vencimentos, prevista no inciso VIII, do artigo 92 da Constituição do Estado
(Emenda nº 2), de que trata c artigo 130 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968;
5. outras vantagens pecuniárias incorporadas e sobre as quais haja incidência do adicional por
tempo de serviço aludido no tem ou da sexta-parte referida no item anterior;
b) o resultado da soma apurada na forma da alínea anterior será multiplicado pelo coeficiente de
enquadramento referente à classe a que pertença o cargo ou função, constante do Anexo II;
b na hipótese de o Regime de Dedicação Exclusiva ser, nos termos da legislação pertinente,
aplicável ao cargo ou função, o resultado da operação prevista na alínea anterior será multiplicado
por um dos seguintes coeficientes de ajustamento à jornada de trabalho, fixados segundo a
gratificação que, na forma estabelecida no artigo 15 do Decreto-lei Complementar nº 11 de 2 de
março de 1970, seria atribuível ao funcionário ou servidor em decorrência de sua colocação no
mencionado regime:
1. coeficiente de 1,125 (um inteiro e cento e vinte e cinco milésimos se atribuível gratificação de
50% (cinqüenta por cento
2. coeficiente de 1,5 (um inteiro e cinco décimos), se atribuível gratificação de 100% (cem por
cento);
d) ao resultado da multiplicação prevista na alínea «b» ou na alínea anterior conforme o caso.
somar-se-ão as parcelas percebidas, com base na legislação vigente, em 28 de fevereiro de 1978,
a título de:
1. vantagem assegurada pelo § 1º, do artigo 9º, do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de março
de 1970, alterado pelo artigo 1º, do Decreto-lei Complementar nº 13, de 25 de março de 1970;
2. qualquer outra vantagem pessoal de valor inalterável sobre a qual n.i naja incidência do adicional
por tempo de serviço aludido no item 2 ou da sexta-parte referida no item 4, ambos da alínea «a»;
e) apurar-se-á o valor correspondente a 6/7 (seis sétimos) do resultado da soma prevista na alínea
anterior;
f) o cargo ou função do funcionário ou servidor será enquadrado na referência numérica cujo valor
seja igual ao valor obtido na operação prevista na alínea anterior, respeitado o grau em que se
encontrar classificado na referência atual.
§ 1º - Para os titulares de cargos de direção administrativa, aos quais não tenham sido aplicadas as
disposições da Lei Complementar nº 102, de 12 de agosto de 1974, será computado para o fim
previsto neste artigo, nas operações de que cuidam a alínea «a», do inciso I, e a alínea «a», do
inciso II, o valor correspondente à vantagem referida nos itens 3 das mesmas alíneas.
§ 2º - O disposto no parágrafo anterior não se aplica aos titulares de cargos de especialista de
educação do Quadro do Magistério.
§ 3º - Não se compreendem nas vantagens a que aludem o item 4, da alínea «a», do inciso 1, e o
item 5, da alínea «a», do inciso II, as gratificações «pro labore» atribuídas a Exatores.
Artigo 6º - Para efeito do disposto no artigo 3º, destas Disposições Transitórias, tratando-se de
ocupantes de cargos docentes do Quadro do Magistério, bem como de ocupantes ae cargos ou
funções-atividades sujeitos à jornada inferior a 30 (trinta) horas semanais de trabalho, observar-se-
ão, aplicada a Tabela III prevista no inciso III, do artigo 64, desta lei complementar, as seguintes
regras de enquadramento:
I - se o funcionário ou servidor não fizer jus à sexta-parte dos vencimentos:
a) apurar-se-á o valor correspondente à soma das parcelas percebidas, com base na legislação
vigente, em 28 de fevereiro de 1978, a título de:
1. padrão do cargo ou função;
2. adicionai por tempo de serviço, previsto no inciso VIII, do artigo 92 da Constituição do Estado
(Emenda nº 2), de que tratam os artigos 13, da Lei nº 6.043, de 20 do janeiro de 1961; 127, da Lei
nº 10.261, de 28 de oitubro de 1968; e 28. do Decreto-lei Complementar nº 11 de 2 de março de
1970;
3. gratificação de nível instituída pela Lei Complementar nº 75, de i4 de dezembro de 1972, no
valor determinado com fundamento no artigo 11, da mesma lei. com a redação que lhe io cada pelo
inciso V, do artigo 1º da Lei Complementar nº 89, de 13 de maio de 1974, observadas as demais
alterações por ela efetuadas;
4. outras vantagens pecuniárias incorporadas e sobre as quais haja incidência do adicional por
tempo de serviço aludido no item 2;
b) o resultado da soma apurada na forma da alínea anterior será multiplicado pelo coeficiente de
enquadramento referente à classe a que pertença o cargo ou função constante do Anexo II;
c) ao resultado da multiplicação prevista na alínea anterior somar-se-á a parcela percebida, com
base na legislação vigente, a título de vantagem assegurada pelo § 1º do artigo 9º do Decreto-lei
Complementar nº 11, de 2 de março de 1970, alterado pelo artigo 1º do Decreto-lei Complementar
nº 13, de 25 de março de 1970;
d) o cargo ou função do funcionário ou servidor será enquadrado na referência numérica cujo valor
seja igual ao valor obtido na operação prevista na alínea anterior, respeitado o grau em que se
encontrar classificado na referência atual;
II - se o funcionário ou servidor fizer jus à sexta-parte dos vencimentos:
a) apurar-se-á o valor correspondente à soma das parcelas percebidas, com base na legislação
vigente, em 28 de fevereiro de 1978, a título de:
1. padrão do cargo ou função;
2. adiciona por tempo de serviço, previsto no inciso VIII do artigo 92 da Constituição do Estado
(Emenda nº 2), de que tratam os artigos 13 da Lei nº 6.043, de 20 de janeiro de 1961; 127 da Lei nº
10.261, de 28 de outubro de 1968; e 28 do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de março de
1970;
3. gratificação de nível instituída pela Lei Complementar nº 75, de 14 de dezembro de 1972, no
valor determinado com fundamento no artigo 11 da mesma lei. com a redação que lhe foi dada pelo
inciso V do artigo 1º da Lei Complementar nº 89, de 13 de maio de 1974, observadas as demais
alterações por ela efetuadas.
4. sexta-parte dos vencimentos, prevista no inciso VIII do artigo 92 da Constituição do Estado
(Emenda nº 2), de que trata o artigo 130 da Lei nº 10.261 de 28 de outubro de 1968;
5. outras vantagens pecuniárias incorporadas e sobre as quais haja incidência do adicional por
tempo de serviço aludido no item 2 ou da sexta-parte referida ao item anterior;
b) o resultado da soma apurada na forma da alínea anterior será multiplicado pelo coeficiente de
enquadramento referente à classe a que pertença o cargo ou função, constante do Anexo II;
c) ao resultado da multiplicação prevista na alínea anterior somar-se-á a parcela percebida, com
base na legislação vigente, a título de vantagem assegurada pelo :, 1º do artigo 9º do Decreto-lei
Complementar nº 11, de 2 de março de 1970, alterado pelo artigo 1º do Decreto-lei Complementar
nº 13, de 25 de março de 1970;
d) apurar-se-á o valor correspondente a 6/7 (seis sétimos) do resultado da soma prevista na alínea
anterior;
e) o cargo ou função do funcionário ou servidor será enquadrado na referência numérica cujo valor
seja igual ao valor obtido na operação prevista na alínea anterior, respeitado o grau em que se
encontrar classificado na referência atual.
Artigo 7º - Para efeito do disposto no artigo 3º destas Disposições Transitórias tratando-se de
funcionários ou servidores ocupantes de cargos ou funções policiais civis, sujeitos a Regime
Especial de trabalho Policial, ou ao regime de que trata o artigo 1º da Lei nº 7.626, de 6 de
dezembro de 1962, observar-se-ão, aplicada a Tabela III prevista no inciso III do artigo 64 desta lei
complementar, as seguintes regras de enquadramento:
1 - se o funcionário ou servidor não fizer jus à sexta-parte dos vencimentos:
a) apurar-se-á o valor correspondente à soma das parcelas percebidas, com base na legislação
vigente, em 28 de fevereiro de 1978, a título de:
1. padrão do cargo ou função;
2. gratificação pela sujeição ao Regime Especial de Trabalho Policia, de que trata a Lei nº 10.291
de 26 de novembro de 1968 com suas alterações posteriores, ou ao regime de que trata o artigo 1º
da Lei nº 7.626 de 6 de dezembro de 1962;
3. adiciona por tempo de serviço, previsto no inciso VIII do artigo 92 da Constituição do Estado
(Emenda nº 2), de que tratam os artigos 13 da Lei nº 6.043, de 20 de janeiro de 1961; 127 da Lei nº
10.261 de 28 de outubro de 1968; e 28 do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de março de 1970;
4. gratificação de nível instituída pela Lei Complementar nº 89, de 13 de ma.c de 1974;
5. outras vantagens pecuniárias incorporadas e sobre as quais haja incidência do adicional por
tempo de serviço aludido no item 3:
b) o resultado da soma apurada na forma da alínea anterior será multiplicado pelo coeficiente de
enquadramento referente à classe a que pertença o cargo ou função, constante do Anexo II;
c) o resultado da operação referida na alínea anterior será dividido pelo coeficiente 2,2 (dois
inteiros e deis décimos);
d) ao resultado da divisão prevista na alínea anterior somar-se-á a parcela percebida, com base na
legislação vigente, em 28 de fevereiro de 1978, a título de vantagem assegurada pelo § 1º do artigo
9º do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de março de 1970, alterado pelo artigo 1º do Decreto-
lei Complementar nº 13, de 25 de março de 1970;
e) o cargo ou função do funcionário ou servidor será enquadrado na referência numérica cujo valor
seja igual ao valor obtido na operação prevista na alínea anterior, respeitado o grau em que se
encontrar classificado na referencia atual;
II - se o funcionário ou servidor fizer jus à sexta parte dos vencimentos:
a) apurar-se-á o valor correspondente à soma das parcelas percebidas, com base na legislação
vigente, em 28 de fevereiro de 1978, a título de:
1. padrão do cargo ou função;
2. gratificação pela sujeição ao Regime Especial de Trabalho Policial, de que trata a Lei nº 10.291
de 26 de novembro de 1968, com suas alterações posteriores, ou ao regime de que trata o artigo 1º
da Lei nº 7.626, de 6 de dezembro de 1962;
3. adicional por tempo de serviço, previsto no inciso VIII do artigo 92 da Constituição do Estado
(Emenda nº 2), de que tratam os artigos 13 da Lei nº 6.043, de 20 de janeiro de 1961; 127 da Lei nº
10.261, de 28 de outubro de 1968; e 28 do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de março de
1970;
4. gratificação de nível instituída pela Lei Complementar nº 75, de 14 de dezembro de 1972, com
as alterações da Lei Complementar nº 89, de 13 de maio de 1974;
5. sexta-parte dos vencimentos prevista no inciso VIII do artigo 92 da Constituição do Estado
(Emenda nº 2), de que trata o artigo 130 da Lei nº 10.261 de 28 de outubro de 1968;
6. outras vantagens pecuniárias incorporadas e sobre as quais haja incidência do adicional por
tempo de serviço aludido no item 3 ou da sexta-parte referida no item anterior:
b) o resultado da soma apurada na forma da alínea anterior será multiplicado pelo coeficiente de
enquadramento referente à classe a que pertença o cargo ou função, constante do Anexo II;
c) o resultado da operação referida na alínea anterior será dividido pelo coeficiente 2,2 (dois
inteiros e dois décimos):
d) ao resultado da divisão prevista na alínea anterior somar-se-á a parcela percebida, com base na
legislação vigente, em 28 de fevereiro de 1978, a título de vantagem assegurada pelo § 1º do
artigo 9º do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 lê março de 1970, alterado pelo artigo 1º do
Decreto-lei Complementar nº 13, de 25 de março de 1970;
e) apurar-se-á o valor correspondente a 6/7 (seis sétimos) do resultado da soma prevista na alínea
anterior;
f) o cargo ou função do funcionário ou servidor será enquadrado na referência numérica cujo valor
seja igual ao valor obtido na operação prevista na alínea anterior, respeitado o grau em que se
encontrar classificado na referência atual.
Artigo 8º - Para efeito do disposto no artigo 3º destas Disposições Transitórias, tratando-se de
ocupantes de cargos de Agente Fiscal de Rendas, observar-se-ão, aplicada a Tabela I prevista no
inciso I do artigo 64 desta lei complementar as seguintes regras de enquadramento:
I - apurar-se-á o valor correspondente à soma das parcelas percebidas pelo funcionário com base
na legislação vigente, em 28 de fevereiro de 1978, a título de:
a) 2/3 (dois terços) do padrão do cargo;
b) quotas atribuídas ao cargo na forma do § 2º do artigo 5º da Lei Complementar nº 112, de 15 de
outubro de 1974;
c) adicional por tempo de serviço, previsto no inciso VIII do artigo 92 da Constituição do Estado
(Emenda nº 2), de que tratam os artigos 13 da Lei nº 6.043, de 20 de janeiro de 1961; 127 da Lei nº
10.261, de 28 de outubro de 1968; e 28 do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de março de
1970;
d) outras vantagens pecuniárias, exceto a sexta-parte da remuneração, sobre as quais haja
incidência de adicional por tempo de serviço aludido na alínea anterior, desde que não fixadas em
número de quotas atribuídas em decorrência das extintas função gratificada e gratificação «pro
labore» ou do prêmio de produtividade;
II - o resultado da soma apurada na forma do inciso anterior será multiplicado pele coeficiente de
enquadramento referente à classe a que pertença o cargo, constante do Anexo II;
III - o cargo do funcionário será enquadrado na referencia numérica cujo valor seja igual ao valor
obtido na operação prevista no inciso anterior, respeitado o grau em que se encontrar classificado
na referência atual.
Artigo 9º - Obtido o resultado final decorrente da aplicação das regras previstas nos artigos 4º a 8º
destas Disposições Transitórias, e respeitado o grau em que se encontrar classificado o funcionário
ou servidor, far-se-á o enquadramento mediante observância das seguintes disposições:
I - se o resultado obtido não for igual ao valor exato de uma referência, o cargo ou função-atividade
será enquadrado na referência à qual corresponda o valor mais próximo;
II - se o resultado obtido for inferior ao valor fixado para a referência inicial da classe, o
enquadramento do cargo ou da função-atividade far-se-á nessa referência inicial;
III - se o resultado obtido for superior ao valor fixado para a referência final da classe, o
enquadramento far-se-á na referência à qual corresponda o valor mais próximo do referido
resultado, independentemente da amplitude de vencimentos fixada para a classe.
Artigo 10 - Quando em decorrência do disposto no inciso I do artigo anterior, o cargo ou função-
atividade for enquadrado em padrão cujo valor, acrescido de gratificação relativa ao Regime
Especial de Trabalho Policial de que trata o artigo 182, se cabível, bem como da sexta-parte dos
vencimentos,
calculada na forma do artigo 178, se for o caso, seja inferior ao que resultar da multiplicação, do
coeficiente 1,38 (um inteiro e trinta e oito centésimos), pelo resultado da soma apurada na forma da
alínea «a» do inciso I do artigo 4º; da alínea «a» do inciso II do artigo 4º; da alínea «a» do inciso I
do artigo 5º; da alínea «a» do inciso II do artigo 5º; da alínea «a» do inciso I do artigo 6º; da alínea
«a» do inciso II do artigo 6º; da alínea «a» do inciso I do artigo 7º; da alínea «a» do inciso II do
artigo 7º, destas Disposições Transitórias, conforme o caso, observar-se-ão as seguintes
disposições:
I - o funcionário ou servidor terá assegurada, como vantagem pessoal, a importância
correspondente à diferença entre o valor que resultar da multiplicação prevista no «caput» e o valor
do padrão em que o cargo ou função-atividade foi enquadrado, acrescido este de gratificação
relativa ao Regime Especial de Trabalho Policial, se cabível, bem como da sexta-parte dos
vencimentos, se for o caso;
II - cessará a percepção da vantagem pessoal de que trata o inciso anterior no mês em que o
funcionário ou servidor vier a ter o seu cargo ou função-atividade reenquadrado ou elevado para o
padrão imediatamente superior, salvo se a elevação tiver decorrido do disposto no artigo 95 desta
lei complementar.
Parágrafo único - Na hipótese de que cuida este artigo, se o funcionário ou servidor perceber uma
ou ambas as vantagens a que se referem os itens 1 e 2 da alínea «c» do inciso I do artigo 4º; os
itens 1 e 2 da alínea «c» do inciso II do artigo 4º; os itens 1 e 2 da alínea «d» do inciso I do artigo
5º; os itens 1 e 2 da alínea «d» do inciso II do artigo 5º; a alínea «c» do inciso I do artigo 6º; a
alínea «c» do inciso II do artigo 6º; a alínea «d» do inciso I do artigo 7º; a alínea «d» do inciso II do
artigo 7º, determinar-se-á o valor da vantagem pessoal de que trata o inciso I deste artigo, na
seguinte conformidade:
1. ao resultado da multiplicação prevista no «caput» somar-se-á o valor das vantagens
mencionadas neste parágrafo;
2. o valor da vantagem pessoal referida no inciso I corresponderá à diferença entre o valor que
resultar da soma a que se refere o item anterior e o valor do padrão em que o cargo ou função-
atividade foi enquadrado, acrescido este de gratificação relativa ao Regime Especial de Trabalho
Policial, se cabível, bem como da sexta-parte dos vencimentos, se for o caso.
Artigo 11 - O funcionário ou servidor que, em 28 de fevereiro de 1978, se encontrasse
respondendo pelas atribuições de cargo vago de chefia ou encarregatura, inclusive de Secretário
de Escola, nos termos do parágrafo único, do artigo 23, da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de
1968, ou no exercício de função dessa natureza, retribuída mediante «pro labore», nos termos do
artigo 28, da Lei nº 10.168, de 10 de julho de 1968, terá o cargo do qual seja titular efetivo ou a
função-atividade de que seja ocupante, transformado em cargo ou função-atividade
correspondente àqueles, desde que, na data da publicação desta lei complementar, conte pelo
menos 2 (dois) anos, contínuos ou não, de exercício nas mencionadas atribuições ou função e, no
mínimo, 5 (cinco) anos de efetivo exercício no serviço público.
§ 1º - A transformação prevista neste artigo dependerá de requerimento a ser formulado dentro de
30 (trinta) dias, contados da data da publicação desta lei complementar.
§ 2º - O órgão central de recursos humanos fará publicar relação nominal dos funcionários e
servidores abrangidos por este artigo, indicando a denominação do cargo ou da função-atividade
transformados e a do cargo ou da função-atividade resultantes da transformação.
§ 3º - Aplica-se o disposto neste artigo, nas mesmas bases e condições, ao funcionário que,
preenchido o requisito de tempo previsto no «caput», estivesse, a 28 de fevereiro de 1978,
exercendo em caráter de substituição contínua há, pelo menos, 1 (um) ano, cargo de chefia ou de
encarregatura, inclusive de Secretário de Escola, nas seguintes hipóteses:
1. se o mencionado cargo do respectivo titular for transformado nos termos dos artigos 12 ou 14
destas Disposições Transitórias;
2. se, mesmo não se operando a transformação a que alude o item anterior, houver ou vier a haver
dentro do prazo de 1 (um) ano, contado da data da publicação desta lei complementar, na área da
respectiva Secretaria de Estado, cargo vago de chefia ou de encarregatura, de mesma natureza e
atribuições, caso em que recairá a preferência sobre o funcionário mais antigo no exercício da
substituição.
§ 4º - O disposto neste artigo aplica-se, nas mesmas bases e condições, ao servidor que
preenchido o requisito de tempo previsto no «caput» que estivesse, a 28 de fevereiro de 1978,
exercendo em caráter de substituição contínua há, pelo menos, 1 (um) ano, cargo de chefia ou de
encarregatura, inclusive de Secretário de Escola, se o mencionado cargo do respectivo titular for
transformado nos termos dos artigos 12 ou 14 destas Disposições Transitórias, caso em que a
função-atividade de que seja ocupante o servidor será transformada em função-atividade
correspondente às atribuições do cargo que estiver exercendo na data da publicação desta lei
complementar.
§ 5º - Os cargos e funções-atividades de chefia e encarregatura, inclusive de Secretário de Escola,
decorrentes da transformação prevista neste artigo, ficam integrados na Tabela II do Subquadro de
Cargos Públicos (SQC-II) e na Tabela I do subquadro de Funções-Atividades (SQF-I), das
respectivas Secretarias de Estado às quais pertençam os cargos de chefia e encarregatura
exercidos e as funções-atividades retribuídos mediante «pro labore», nos termos do artigo 28, da
Lei nº 10.168, de 10 de julho de 1968.
Artigo 12 - O funcionário que, em 28 de fevereiro de 1978, se encontrasse no exercício de cargo
em comissão constante do Anexo III, terá o cargo do qual seja titular efetivo transformado em cargo
correspondente àquele, desde que conte, na data da publicação desta lei complementar, pelo
menos 2 (dois) anos, contínuos ou não, de exercício como titular ou substituto em cargos de
provimento em comissão na área da Administração Pública Estadual, e 5 (cinco) anos de efetivo
exercício no serviço público.
§ 1º - A transformação prevista neste artigo dependerá de requerimento a ser formulado dentro de
30 (trinta) dias, contados da data da publicação desta lei complementar;
§ 2º - O órgão central de recursos humanos fará publicar relação nominal dos funcionários
abrangidos por este artigo, indicando a denominação do cargo transformado e a do cargo
resultante da transformação.
§ 3º - Os cargos decorrentes da transformação prevista neste artigo ficam integrados na Tabela III
(SQC-III) das respectivas Secretarias de Estado a que pertençam os cargos em comissão.
§ 4º - Para os fins do disposto no «caput» deste artigo, computar-se-á, também, o período em que
o funcionário exerceu cargo ou função de direção ou chefia, na área da Administração Pública
Estadual.
§ 5º - O disposto neste artigo aplica-se aos servidores que se encontrem na situação nele prevista,
os quais, observadas as mesmas condições e prazos, terão as funções de que são titulares
transformadas em função-atividade de denominação idêntica àquela do cargo exercido.
§ 6º - As funções-atividades de que trata o parágrafo anterior ficam integradas na Tabela II (SQF-II)
do Quadro das respectivas Secretarias às quais pertençam os cargos em comissão.
Artigo 13 - Vetado.
I - Vetado.
II - Vetado.
§ 1º - Vetado.
§ 2º - Vetado.
§ 3º - Vetado.
§ 4º - Vetado.
§ 5º - Vetado.
§ 6º - Vetado.
Artigo 14 - Serão transformados em cargos de Agente do Serviço Civil, identificados por
algarismos romanos de I a VIII, na forma estabelecida no Anexo IV:
I - o cargo efetivo do funcionário que, em 28 de fevereiro de 1978, por ato nomeatório ou
designatório, estivesse ocupando ou se encontrasse no exercício de cargo em comissão ou de
função indicado no Anexo IV, e conte, na data da publicação desta lei complementar, no mínimo, 5
(cinco) anos de efetivo exercício no serviço público;
II - o cargo efetivo do funcionário que, em 28 de fevereiro de 1978, se encontrasse por ato
designatório no exercício de função de direção indicada no Anexo IV, retribuída mediante «pro
labore», nos termos do artigo 28, da Lei nº 10.168, de 10 de julho de 1968, e conte, na data da
publicação desta lei complementar, no mínimo, 5 (cinco) anos de efetivo exercício no serviço
público;
III - o cargo efetivo do funcionário que, em 28 de fevereiro de 1978, estivesse respondendo pelas
atribuições de cargo vago de direção, nos termos do parágrafo único, do artigo 23, da Lei nº
10.261, de 28 de outubro de 1968, ou, em caráter de substituição contínua, se encontrasse no
exercício de cargo de direção, num e noutro caso indicados no Anexo IV, desde que conte, na data
da publicação desta lei complementar, pelo menos, 1 (um) ano contínuo de exercício nas
mencionadas atribuições ou substituição e, no mínimo, 5 (cinco) anos de efetivo exercício no
serviço público.
§ 1º - A aplicação do disposto neste artigo condiciona-se a comprovação de que, na data da
publicação desta lei complementar, conte o funcionário, pelo menos, 2 (dois) anos, contínuos ou
não, de exercício em cargos ou funções de direção, chefia, assessoramento ou assistência, na
área da Administração Pública Estadual.
§ 2º - A transformação prevista neste artigo dependerá de requerimento a ser formulado dentro de
30 (trinta) dias, contados da data da publicação desta lei complementar.
§ 3º - O funcionário efetivo em qualquer dos cargos indicados no Anexo IV poderá ter o seu cargo
transformado no de Agente do Serviço Civil, na forma prevista neste artigo, desde que, dentro de
30 (trinta) dias, contados da data da publicação desta lei complementar, expresse, por escrito, sua
vontade.
§ 4º - Os vencimentos mensais dos cargos de Agente do Serviço Civil ficam fixados em referências
numéricas, constantes da Escala de Vencimentos prevista no artigo 63, observado o disposto no
artigo 64, ambas desta lei complementar.
§ 5º - A referência inicial, a amplitude e a velocidade evolutiva dos cargos de Agente do Serviço
Civil são as indicadas no Anexo IV.
§ 6º - Os cargos de Agente do Serviço Civil, decorrentes da transformação prevista neste artigo,
ficam integrados na Tabela III (SQC-III) das respectivas Secretarias de Estado, às quais pertençam
os cargos em comissão e as funções retribuídas mediante «pro labore», nos termos do artigo 28,
da Lei nº 10.168, de 10 de julho de 1968.
§ 7º - Dentro de 90 (noventa) dias, contados da data da publicação desta lei complementar, o órgão
central de recursos humanos fará publicar relação nominal dos funcionários abrangidos por este
artigo, indicando a denominação do cargo transformado e a do cargo resultante da transformação.
§ 8º - Até que ocorra a integração prevista no artigo 176, os funcionários que tiverem seus cargos
efetivos transformados no de Agente do Serviço Civil permanecerão:
1. nas hipóteses dos incisos I e II, no exercício dos cargos em comissão ou das funções diretivas
de que sejam titulares, assegurada à Administração a faculdade de exonerá-los ou dispensá-los a
qualquer tempo e designá-los para outras funções diretivas, de assessoramento ou de assistência;
2. na hipótese do inciso III, no exercício das funções que estejam desempenhando na respectiva
unidade administrativa, assegurada à Administração a faculdade de designá-los para outras
funções diretivas, de assessoramento ou de assistência.
§ 9º - O disposto neste artigo aplica-se aos servidores que se encontrem na situação nele prevista,
os quais, observadas as mesmas condições e prazos, terão as funções-atividades de que são
titulares transformadas em funções-atividades de Agente do Serviço Civil, na forma estabelecida no
Anexo IV.
§ 10 - As funções-atividades de que trata o parágrafo anterior ficam integradas na Tabela II (SQP-
II) das respectivas Secretarias de Estado às quais pertençam os cargos em comissão e as funções
retribuídas mediante «pro labore», nos termos do artigo 28, da Lei nº 10.168, de 10 de julho de
1968.
§ 11 - Vetado.
Artigo 15 - Os funcionários abrangidos pelos artigos 11 e 12 destas Disposições Transitórias, que
fizerem uso da opção neles prevista, terão o enquadramento efetuado no cargo resultante da
transformação, aplicando-se ao mesmo o coeficiente de enquadramento fixado para este cargo.
Artigo 16 - O enquadramento dos cargos de Agente do Serviço Civil far-se-á pela aplicação do
mesmo coeficiente fixado para o cargo em comissão ou de direção no qual estava o funcionário em
exercício em 28 de fevereiro de 1978, nas condições previstas no artigo 14 destas Disposições
Transitórias.
Artigo 17 - As funções exercidas por servidores extranumerários, admitidos em caráter temporário,
nos termos do inciso I, do artigo 1º, da Lei nº 500, de 13 de novembro de 1974, ou por servidores
admitidos nos termos da legislação trabalhista, cujas denominações não coincidam com as de
cargos constantes do Anexo II, serão enquadrados mediante decreto, observado o disposto nos
artigos 3º a 7º destas Disposições Transitórias.
Artigo 18 - Os servidores admitidos a título precário, abrangidos pelos f § 1º e 2º, do artigo 1º, das
Disposições Transitórias, da Lei nº 500, de 13 de novembro de 1974, ficam sujeitos ao regime
instituído pela referida lei.
Parágrafo único - O enquadramento dos servidores de que trata este artigo far-se-á mediante
decreto de acordo com proposta dos órgãos setoriais, ouvido o órgão central de recursos humanos.
Artigo 19 - Os proventos dos inativos serão revistos de acordo com os enquadramentos
determinados por esta lei complementar, aplicando-se-lhes, quando for o caso:
I - a alínea «c» do inciso II, do artigo 5º destas Disposições Transitórias;
II - os §§ 1º, dos artigos 4º e 5º, destas Disposições Transitórias, aos inativos que, ao passarem à
inatividade, eram titulares dos cargos de que tratam aquelas disposições.
§ 1º - A revisão de proventos dos funcionários e servidores que, ao passarem à inatividade,
incorporaram parcialmente a gratificação correspondente ao Regime de Dedicação Exclusiva, far-
se-á na seguinte conformidade:
1. somar-se-ão as parcelas percebidas com base na legislação vigente em 28 de fevereiro de 1978
mencionadas nas alíneas «a», dos incisos I e II, dos artigos 5º ou 6º destas Disposições
Transitórias conforme o caso devendo ser-lhes acrescido o valor percebido a título de gratificação
pela sujeição ao Regime de Dedicação Exclusiva de que trata o artigo 33, da Lei nº 10.168, de 10
de julho de 1968;
2. proceder-se-á conforme o caso, aos cálculos de que tratam as alíneas «b», «c» e «d» do inciso I
do artigo 5º; «b», «c», «d» e «e» do inciso II do artigo 5º; «b» e «c», do inciso I, do artigo 6º; «b»,
«c» e «d», do inciso II, do artigo 6º. ambos destas Disposições Transitórias;
3. o resultado do cálculo de que cuida o item anterior será multiplicado pelo valor do padrão e
dividido pela soma dos valores desse padrão e da gratificação percebida pela sujeição ao Regime
de Dedicação Exclusiva;
4. com base na Tabela II ou III, conforme a que, nos termos dos artigos 5º e 6º, destas Disposições
Transitórias, seria aplicável ao funcionário ou servidor em atividade e ocupante de cargo ou função
de denominação idêntica à do inativo, determinar-se-á a referência cujo valor seja igual ao valor
obtido na operação prevista no item anterior, respeitado o grau em que se encontrar classificado na
referência atual;
5. determinado o padrão na forma do item anterior, os proventos do inativo serão calculados, em
função do regime de trabalho a que esteve sujeito no período correspondente aos últimos 5 (cinco)
anos imediatamente anteriores à aposentadoria, mediante observância das seguintes disposições:
a) 1/5 (um quinto) do valor do padrão, fixado na Tabela I, para cada ano em que, no período
referido neste item, esteve sujeito ao Regime de Dedicação Exclusiva;
b) 1/5 (um quinto) do valor do padrão, fixado na Tabela II ou III, conforme a que, nos termos dos
artigos 5º e 6º, destas Disposições Transitórias, seria aplicável ao funcionário ou servidor em
atividade e ocupante de cargo ou função de denominação idêntica à do inativo, para cada ano em
que, no período referido neste item, não esteve sujeito ao Regime de Dedicação Exclusiva.
§ 2º - A revisão de proventos dos funcionários e servidores que, ao passarem à inatividade,
incorporaram parcialmente a gratificação correspondente ao Regime Especial de Trabalho Policial,
ou ao regime de que trata o artigo 1º, da Lei nº 7.626, de 6 de dezembro de 1962, far-se-á na
seguinte conformidade:
1. somar-se-ão as parcelas percebidas com base na legislação vigente em 28 de fevereiro de
1978, mencionadas na alínea «a», dos incisos I e II do artigo 6º, destas Disposições Transitórias,
devendo ser-lhes acrescido o valor percebido a título de gratificação pela sujeição ao Regime
Especial de Trabalho Policial de que trata a Lei nº 10.291, de 26 de novembro de 1968, ou ao
regime de que trata o artigo 1º, da Lei nº 7.626, de 6 de dezembro de 1962;
2. proceder-se-á aos cálculos de que tratam as alíneas «b» e «c», do inciso I, ou «b», «c» e «d»,
do inciso II, ambos do artigo 6º destas Disposições Transitórias;
3. o resultado do cálculo de que trata o item anterior será multiplicado pelo valor do padrão e
dividido pela soma dos valores desse padrão e da gratificação percebida pela sujeição ao Regime
Especial de Trabalho Policial de que trata a Lei nº 10.291, de 26de novembro de 1968, ou ao
regime ae que trata o artigo 1º da Lei nº 7.626, de 6 de dezembro de 1962;
4. os proventos do inativo serão calculados com base na referência numérica constante da Tabela
in, cujo valor seja igual ao valor obtido na operação prevista no item anterior, respeitado o grau em
que se encontrar classificado na referência atual;
5. feito o enquadramento do inativo na forma do item anterior, calcular-se-á a parcela da
gratificação correspondente ao Regime Especial de Trabalho Policial ou ao regime de que trata o
artigo 1º, da Lei nº 7.626, de 6 de dezembro de 1962, na proporção de 24% (vinte e quatro por
cento) do valor do padrão em que for enquadrado, por ano em que o funcionário ou o servidor
esteve sujeito a esse regime nos últimos 5 (cinco) anos imediatamente anteriores à aposentadoria.
§ 3º - Os proventos dos aposentados em cargos ou funções cujas denominações não coincidam
com as estabelecidas nos Anexos desta lei complementar serão fixados por decreto, observado o
disposto nos artigos 3º a 7º destas Disposições Transitórias.
Artigo 20 - Para efeito de implantação do sistema de pontos, e tendo em vista o disposto no artigo
93, ficam atribuídos ao funcionário ou servidor, na data da vigência desta lei complementar, tantas
vezes 5 (cinco) pontos quanto for a diferença entre o número indicativo da referência inicial da
classe a que pertença o funcionário ou servidor e o daquela em que tiver sido enquadrado o
respectivo cargo ou função-atividade.
§ 1º - Se da aplicação do disposto no «caput» deste artigo resultar número de pontos inferior ao
número de anos de serviço público contados para efeito de adicional por tempo de serviço até 28
de fevereiro de 1978, serão atribuídos ao funcionário ou servidor tantos pontos quantos forem os
aludidos anos de serviço público.
§ 2º - O disposto no parágrafo anterior não se aplica aos servidores admitidos em caráter
temporário
Artigo 21 - Na hipótese de que trata o § 1º, do artigo anterior, o cargo ou função-atividade será
reenquadrado. em referência situada tantas referências acima da inicial da mesma classe. quanto
for a parte inteira da divisão, por 5 (cinco), do número de pontos atribuídos com fundamento no
referido dispositivo.
Parágrafo único - O reenquadramento de que cuida este artigo vigorará a partir do primeiro dia do
mês subsequente ao da vigência desta lei complementar.
Artigo 22 - Quando, em decorrência da aplicação do disposto no artigo 9º destas Disposições
Transitórias, resultar enquadramento do cargo ou da função-atividade do funcionário ou do servidor
em referência cujo valor seja inferior àquele a que se referem as alíneas «d» do inciso I, do artigo
4º, «e», do inciso II, do artigo 4º, «e», do inciso I, do artigo 5º. «f», do inciso II, do artigo 5º, «d», do
inciso I, do artigo 6.' «e». do inciso II, do artigo 6º, «e», do inciso I, do artigo 7º, «f». do inciso II, do
artigo 7º, e o inciso III, do artigo 8º, adotar-se-ão os seguintes procedimentos:
I - multiplica-se por 100 (cem) o valor correspondente à diferença entre o valor obtido mencionado
no «caput» e o valor do padrão em que o cargo ou função foram enquadrados;
II - divide-se o resultado da operação prevista no inciso anterior pelo valor do padrão em que o
cargo ou função foram enquadrados;
III - o quociente da divisão prevista no inciso anterior corresponderá ao número de pontos
atribuídos ao funcionário ou servidor e que serão adicionados àqueles de que trata o artigo anterior.
Artigo 23 - Os pontos atribuídos na forma estabelecida nos artigos 20 e 22 destas Disposições
Transitórias ficam consignados no prontuário do funcionário ou servidor:
I - sob o título de adicional por tempo de serviço, tantas vezes 5 (cinco) pontos quantos forem os
quinquênios completos até 28 de fevereiro de 1978;
II - sob o título de evolução funcional, os restantes.
Parágrafo único - A consignação dos pontos no prontuário objetiva, para efeito de observância do
disposto no artigo 92, determinar quantas referências acima da inicial de sua classe se situa o
cargo do funcionário ou a função-atividade do servidor em decorrência da aplicação das regras de
enquadramento previstas nesta lei complementar.
Artigo 24 - Aos funcionários que, na data da publicação desta lei complementar, já tenham
completado 25 (vinte e cinco) anos de efetivo exercício e façam jus à sexta-parte dos vencimentos
de que trata o artigo 178, enquanto permanecerem em atividade, serão atribuídos, anualmente, 2
(dois) pontos, pelo prazo máximo de 10 (dez) anos, contados a partir da vigência desta lei
complementar.
§ 1º - A atribuição de pontos prevista neste artigo far-se-á também aos servidores que, na data da
publicação desta lei complementar, já tenham completado 25 (vinte e cinco) anos de serviço
público.
§ 2º - A atribuição dos pontos prevista neste artigo cessará automaticamente:
1. quando o beneficiário alcançar a referência final de sua classe, ainda que esta hipótese venha a
se realizar antes de decorridos os 10 (dez) anos;
2. ao término do décimo ano de sua concessão, ainda que o beneficiário não tenha alcançado a
referência final de sua classe.
§ 3º - Não terá aplicação o disposto neste artigo se, em decorrência do enquadramento
determinado no artigo 3º destas Disposições Transitórias, o funcionário ou servidor houver atingido
a referência final da respectiva classe.
Artigo 25 - Aos atuais funcionários, quando completarem 25 (vinte e cinco) anos de serviço público
e adquirirem direito à percepção da sexta-parte dos vencimentos de que trata o artigo 178, será
atribuído 1 (um) ponto por ano de efetivo exercício que já tenham prestado, até a data da
publicação desta lei complementar, observado o limite máximo de 20 (vinte) pontos.
Parágrafo único - Aos atuais servidores, quando completarem 25 (vinte e cinco) anos de serviço
público, será atribuído 1 (um) ponto por ano de efetivo exercício que já tenham prestado até a data
da publicação desta lei complementar, observado o limite máximo de 20 (vinte) pontos.
Artigo 26 - Aos aposentados e aos atuais funcionários e servidores quando passarem à
inatividade, desde que não tenham atingido a referência final da classe a que pertençam, serão
atribuídos, anualmente, 2 (dois) pontos durante o prazo máximo de 10 (dez) anos contados a partir
da vigência desta lei complementar.
Parágrafo único - A atribuição dos pontos prevista neste artigo cessará automaticamente:
1. quando o beneficiário alcançar a referência final fixada para a classe a que pertencia, ainda que
esta hipótese venha a se realizar antes de decorridos os 10 (dez) anos;
2. ao término do décimo ano do início da vigência desta lei complementar, ainda que o beneficiário
não tenha recebido o benefício de que trata este artigo por 10 (dez) anos ou que não tenha
alcançado a referência final de sua classe.
Artigo 27 - No primeiro processo avaliatório, caso não venha a ser concluído o cadastramento dos
funcionários e servidores nas unidades em que prestam serviços, fica facultado excepcionalmente,
à Administração, para fins de dimensionamento dos grupos sob avaliação, atribuir, a todos os
funcionários e servidores os pontos correspondentes ao conceito avaliatório «bom» da respectiva
classe, na forma prevista no artigo 104 desta lei complementar.
Artigo 28 - Será revisto o enquadramento dos funcionários cuja promoção por graus, relativa a
período anterior à data da vigência desta lei complementar, vier a ser concedida após essa data.
Parágrafo único - Até que seja baixado o regulamento a que se refere o artigo 86 as promoções
continuarão a ser processadas com base nas normas legais e regulamentares em vigor.
Artigo 29 - Os cargos de Professor, referência 16, Professor Primário, referência 16, Professor,
referência 20, da Tabela II da Parte Permanente aos Quadros de Ensino das Secretarias da Justiça
e da Promoção Social, e de Diretor de Escola Primária, referência «CD-3», de idênticas Tabela e
Parte do Quadro da Secretaria da Promoção Social, passam a integrar o Quadro do Magistério,
instituído pelo artigo 3º da Lei Complementar nº 114 de 13 de novembro de 1974, aplicando-se aos
seus titulares, nas mesmas bases e condições, o disposto na referida lei complementar.
Artigo 30 - Os cargos a que se refere o artigo anterior ficam com sua denominação e referência
alteradas na conformidade do Anexo V, que faz parte integrante desta lei complementar.
Artigo 31 - Os cargos do Quadro de Ensino das Secretarias da Segurança Pública, Esportes e
Turismo, Cultura, Ciência e Tecnologia, Agricultura e Saúde, passam a integrar os Quadros das
respectivas Secretarias, ficando os indicados no Anexo V, com suas denominações, referências,
Parte e Tabela alteradas na forma nele indicada.
Artigo 32 - Os cargos do Quadro de Ensino não abrangidos pelos artigos 29 e 31 destas
Disposições Transitórias passam a integrar os Quadros das Secretarias a que pertençam.
Artigo 33 - Ficam extintos os cargos vagos do Quadro de Ensino das Secretarias da Saúde e da
Agricultura.
Artigo 34 - O disposto nos artigos 29, 30 e 31, destas Disposições Transitórias aplica-se nas
mesmas bases e condições aos inativos, aos extranumerários e aos servidores admitidos nos
termos do inciso I do artigo 1º da Lei nº 500, de 13 de novembro de 1974, cujas funções tenham
denominações idênticas as constantes do Anexo V.
Artigo 35 - Fica extinto o Quadro de Ensino, criado pela alínea «c» do artigo 1º do Decreto-lei nº
14.138, de 18 de agosto de 1944
Artigo 36 - Fica vedada a admissão de servidores, exceto na Secretaria da Educação, para o
exercício de funções com denominações idênticas às de cargo do Quadro do Magistério.
Artigo 37 - Dentro de 90 (noventa) dias da vigência desta le complementar, as Secretarias farão
publicar a relação dos cargos e funções e dos respectivos titulares, abrangidos pelos artigos 29, 30
e 31 destas Disposições Transitórias.
Artigo 38 - O enquadramento previsto nos artigos 29, 30, 31 e 34 destas Disposições Transitórias
retroagirá a 14 de novembro de 1974.
Artigo 30 - Observadas as normas dos artigos 29, 30, 31 e 34 serão os cargos e funções
constantes da situação nova do Anexo V enquadrados de acordo com os artigos 3º a 6 destas
Disposições Transitórias, conforme o caso.
Artigo 40 - Os funcionários e servidores, que tenham seus cargos ou funções enquadrados nos
termos dos artigos 3º a 8º destas Disposições Transitórias, não mais farão jus, por haverem sido
absorvidos nos padrões das respectivas Tabelas I, II e III da Escala de Vencimentos, às seguir ()
gratificações ou vantagens pecuniárias, inclusive suas extensões e aplicações:
I - o percentual correspondente ao adicional por tempo de serviço fixado pelo artigo 13 e seus
parágrafos da Lei nº 6.043, de 20 de janeiro de 1961 mencionado no artigo 12. da Lei nº 10.261, de
28 de outubro de 1968, e uniformizado pelo artigo 28 do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de
março de 1970;
II - a gratificação pela sujeição ao Regime de Dedicação Exclusiva de que tratam:
a) os artigos 1º 2º e 100 da Lei nº 9.717, de 30 de janeiro de 1967;
b) o artigo 26 da Lei nº 6.786, de 6 de abril de 1962, restabelecido pelos artigos 13 a 15 da Lei nº
8.478 de 11 de dezembro de 1964;
c) o artigo 53 da Lei nº 9.717, de 30 de janeiro de 1967, com a redação alterada pelo artigo 1º da
Lei nº 9.993, de 20 de dezembro de 1967;
d) o artigo 30 da Lei nº 9.717, de 30 de janeiro de 1967;
e) o artigo 1. da Lei nº 9.860 de 9 de outubro de 1967;
f) o artigo 1º da Lei nº 10.059 de 8 de fevereiro de 1968;
III - a vantagem assegurada pelo §, 1º do artigo 9º do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de
março de 1970;
IV - a vantagem a que se refere o artigo 3º do Decreto-lei nº 171, de 22 de dezembro de 1969;
V - a gratificação de nível instituída pela Lei Complementar nº 75, de 14 de dezembro de 1972, com
as alterações efetuadas pela Lei Complementar n. 89, de 13 de maio de 1974:
VI - as vantagens pecuniárias que tenham sido computadas para efeito de enquadramento, na
forma dos seguintes artigos destas Disposições Transitórias:
a) item 5 da alínea «a» do inciso I do artigo 4º;
b) item 2 da alínea «c» do inciso I do artigo 4º;
c) item 6 da alínea «a» do inciso II do artigo 4º;
d) item 2 da alínea «c» do inciso II do artigo 4º;
e) item 4 da alínea «a» do inciso I do artigo 5º;
f) item 2 da alínea «d» do inciso I do artigo 5º;
g) item 5 da alínea «a» do inciso II do artigo 5º;
h) item 2 da alínea «d» do inciso II do artigo 5º;
i) item 4 da alínea «a» do inciso I do artigo 6º;
j) item 5 da alínea «a» do inciso II do artigo 6º;
l) item 5 da alínea «a» do inciso I do artigo 7º;
m) item 6 da alínea «a» do inciso II do artigo 7º;
n) alínea «d» do inciso I do artigo 8º.
VII - as quotas atribuídas aos ocupantes de cargos de Agente Fiscal de Rendas, com fundamento
no § 2º do artigo 5º da Lei Complementar nº 112, de 15 de outubro de 1974.
Artigo 41 - O disposto no artigo 6º desta lei complementar não se aplica aos servidores que
estejam atualmente no exercício das funções ali referidas.
Artigo 42 - O disposto no § 2º, do artigo 78, não se aplica ao funcionário ou servidor que, à data da
vigência desta lei complementar, já tenha incorporado integralmente a gratificação correspondente
ao Regime de Dedicação Exclusiva.
Artigo 43 - Vetado.
Parágrafo único - Vetado.
Artigo 44 - Para todos os efeitos legais, ficam incorporadas à remuneração do Agente Fiscal de
Rendas, a título de prêmio de produtividade, quotas em número determinado com base na média
mensal das que lhe houverem sido atribuídas nos exercícios de 1975, 1976 e 1977, na seguinte
conformidade:
I - 1/5 (um quinto) da média mensal relativa ao exercício de 1975;
II - 1/5 (um quinto) da média mensal relativa ao exercício de 1976;
III - 1/5 (um quinto) da média mensal relativa ao exercício de 1977.
§ 1º - Nos casos em que o Agente Fiscal de Rendas, nos exercícios de 1975, 1976 e 1977, esteve
afastado para o exercício de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, ou, ainda, para o
exercício de cargo em comissão pertencente aos Poderes do Estado ou à administração autárquica
estadual serão atribuídas, a título de prêmio de produtividade, para o único efeito da incorporação
prevista neste artigo, quotas em número equivalente ao limite máximo previsto no § 2º do artigo 8º,
da Lei Complementar nº 112, de 15 de outubro de 1974, em sua redação original, por mês de
afastamento.
§ 2º - A incorporação de que trata este artigo deverá ser requerida dentro de 30 (trinta) dias,
contados da data da publicação desta lei complementar e condiciona-se a expressa renúncia às
quotas incorporadas com fundamento em qualquer disposição legal, decorrentes das extintas
função gratificada e gratificação «pro labore» ou do prêmio de produtividade.
§ 3º - A incorporação a que se refere este artigo far-se-á uma só vez e produzirá seus efeitos a
partir de 1º de abril de 1978.
§ 4º - Serão desprezadas as frações que resultarem dos cálculos necessários a aplicação do
disposto neste artigo.
§ 5º - A incorporação processada nos termos deste artigo exclui a de que trata o artigo 9º da Lei
Complementar nº 112, de 15 de outubro de 1974, correspondente ao exercício de 1978 e relativa
ao ano-base de 1977.
§ 6º - Fica assegurado ao Agente Fiscal de Rendas abrangido pelo § 1º do artigo 5º das
Disposições Transitórias da Lei Complementar nº 112, de 15 de outubro de 1974, que, na data da
publicação desta lei complementar, esteja no exercício de qualquer das funções aludidas no § 3º do
artigo 8º da citada Lei Complementar nº 112, de 15 de outubro de 1974, o direito de valer-se do
disposto no mencionado artigo 5º, na redação dada pelo artigo 2º da Lei Complementar nº 141, de
8 de junho de 1976, em substituição à incorporação de que trata este artigo, desde que, no prazo
de 30 (trinta) dias, contados da data da publicação desta lei complementar, protocole pedido no
qual fique expressamente manifestada a opção.
Artigo 45 - O § 2º, do artigo 6º, das Disposições Transitórias, da Lei Complementar nº 112, de 15
de outubro de 1974, passa a vigorar com a seguinte redação:
«§ 2º - O exercício da opção facultada neste artigo fica condicionado à expressa renúncia às
quotas incorporadas a título de prêmio de produtividade, com fundamento em qualquer disposição
legal, bem como a qualquer outra vantagem incorporada a remuneração ou integrada no
patrimônio do optante, decorrente da função gratificada ou gratificação «pro labore», extintas por
esta ou por leis anteriores.»
Artigo 46 - Fica assegurado ao exator, ocupante de cargo ou função na data da vigência da Lei nº
443, de 24 de setembro de 1974, o direito de incorporar aos seus vencimentos por ocasião do
requerimento de aposentadoria a vantagem pecuniária correspondente a 1/5 (um quinto) da
gratificação «pro labore» atribuída à função exercida nessa data, por ano de exercício, contínuo ou
não, em caráter efetivo ou de substituição, em qualquer das funções previstas nos artigos 1º e 2º
da mencionada lei, alterados pelo artigo 191 desta lei complementar, observada, como limit
máximo, a importância atribuída à respectiva função naquela data.
§ 1º - Aplica-se o disposto neste artigo desde que na data da aposentadoria, o Exator esteja no
exercício da respectiva função por período mínimo de 1 (um) ano.
§ 2º - O disposto neste artigo se aplica ao exator que:
1. na data da vigência da Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974, estivesse no exercício, como
titular, de qualquer das funções previstas no artigo 1. da mencionada Lei, bem como ao que, tendo
a exercido anteriormente àquela data, tenha vindo ou venha a exercê-las posteriormente;
2. tenha sido ou venha a ser designado para o exercício, como titular, da função prevista no artigo
2º da Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974, alterado pelo artigo 191 desta lei complementar.
§ 3º - Para a aplicação do disposto neste artigo, observar-se-ão as seguintes disposições:
1. a incorporação será processada mediante requerimento do interessado e condiciona-se a
expressa renúncia às vantagens pecuniárias já incorporadas ao seu patrimônio nos termos do
artigo 8º, da Lei nº 443 de 24 de setembro de 1974, do artigo 2º das Disposições Transitórias, da
mesma lei, do artigo 1º, da Lei nº 1.000, de 8 de junho de 1976, bem como à decorrente de
gratificação «pro-labore» relativa à extinta função de Escrivão de Coletoria;
2. o valor da gratificação «pró-labore» a incorporar será determinado com base no disposto nos
artigos 1º e 2º, da Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974, alterados pelo artigo 191 desta lei
complementar, segundo a classificação efetuada nos termos do artigo 4º daquela lei;
3. será computado, também, o tempo de serviço durante o qual o exator tenha exercido,
anteriormente à vigência da Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974, como atividade principal e
permanente, funções próprias de «Caixa» bem como o tempo de exercício na extinta função de
Escrivão de Coletoria, retribuída com gratificação «pro labore».
Artigo 47 - O valor das vantagens pecuniárias incorporadas aos vencimentos do exator, a título de
gratificação «pro labore» prevista na Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974, fica, nos termos do
artigo 12 da mesma lei, alterado pelo artigo 191 desta lei complementar, reajustado em 39,08%
(trinta e nove inteiros e oito centésimos por cento). para o exercício de 1978 e a partir da vigência
desta lei complementar.
Artigo 48 - O valor das vantagens pecuniárias incorporadas aos proventos do exator, até 28 de
fevereiro de 1978, a título de gratificação «pro labore» prevista na Lei nº 443, de 24 de setembro de
1974, fica, nos termos do artigo 15 da mesma lei, alterado pelo artigo 191 desta lei complementar,
reajustado em 39,08% (trinta e nove inteiros e oito centésimos por cento), para o exercício de 1978
e a partir da vigência desta lei complementar.
Artigo 49 - O funcionário do Quadro do Magistério que se encontrasse, em 28 de fevereiro de
1978, respondendo pelas atribuições de cargo ou de funções de Diretor de Escola, na área da
Secretaria da Educação, terá o cargo do qual seja titular transformado em cargo de Assistente de
Ensino II, desde que, na data da publicação desta lei complementar, conte, pelo menos, 2 (dois)
anos, contínuos ou não, de exercício naquelas atribuições ou funções.
§ 1º - A transformação prevista neste artigo dependerá de requerimento a ser formulado dentro de
30 (trinta) dias, contados da data da publicação desta lei complementar.
§ 2º - O órgão central de recursos humanos fará publicar relação nominal dos funcionários
abrangidos por este artigo, indicando a denominação do cargo transformado e a do cargo
resultante da transformação.
§ 3º - Aplica-se o disposto neste artigo, nas mesmas bases e condições, ao funcionário que, em 28
de fevereiro de 1978, estivesse exercendo, em caráter de substituição, cargo de Diretor de Escola
e preencha um dos seguintes requisitos:
1. que a substituição atendido o requisito de tempo previsto no «caput», venha sendo exercida há,
pelo menos, 1 (um) ano contínuo, contado até a data da publicação desta lei complementar;
2. que tenha exercido cargo de Diretor de Escola, na qualidade de responsável pelas atribuições de
cargo vago ou de substituto durante 5 (cinco) anos contínuos.
§ 4º - As referências inicial e final do cargo de Assistente de Ensino II correspondem,
respectivamente, às referências 44 e 65, fixada a Amplitude da classe em A-IV e a Velocidade
Evolutiva em VE-4.
§ 5º - Os cargos decorrentes da transformação prevista neste artigo ficam integrados na Tabela III
(SQC-III) do Quadro do Magistério.
§ 6º - Os ocupantes dos cargos de que trata este artigo desempenharão, entre outras, atividades
de assistência junto às escolas, Delegacias de Ensino ou Divisões Regionais bem como exercerão
as funções de Diretor de Escola em suas faltas ou impedimentos.
Artigo 50 - Nos casos em que o titular de função retribuída mediante «pró-labore», nos termos do
artigo 28, da Lei nº 10.168, de 10 de julho de 1968, tenha sido abrangido pelo artigo 11 destas
Disposições Transitórias sem que entre a denominação da função e a dos cargos indicados no
Anexo II desta lei complementar haja correspondência, será esta determinada, para fins de
enquadramento, em decreto a ser expedido dentro de 30 (trinta) dias contados da data da
publicação desta lei complementar.
Artigo 51 - Será integrado na classe de Agente do Serviço Civil, de que trata o artigo 14, das
Disposições Transitórias, o funcionário municipal ou de autarquia do Estado que preencha,
cumulativamente, os seguintes requisitos:
I - seja, no município ou na autarquia, titula/ de cargo efetivo há mais de 15 (quinze) anos ou tenha
sido investido em virtude de concurso público;
II - esteja ocupando ou exercendo em 28 de fevereiro de 1978, cargo em comissão do Quadro da
Administração direta;
III - conte, na data da publicação desta lei complementar, pelo menos, 2 (dois) anos contínuos ou
não de exercício em cargos de provimento em comissão ou de função de assessoramento, dos
Quadros da Administração direta.
§ 1º - Far-se-á a integração na forma estabelecida no Anexo IV para o cargo em comissão que o
funcionário estiver exercendo na data da publicação desta lei complementar.
§ 2º - A integração prevista neste artigo dependerá de requerimento a ser formulado, dentro de 30
(trinta) dias, contados da data da publicação desta lei complementar.
II - escala de referências de vencimentos e salários de que trata o inciso II, do artigo 5º, da Lei
Complementar nº 152, de 31 de março de 1977:

Palácio dos Bandeirantes, 12 de maio de 1978.


PAULO EGYDIO MARTINS
Manoel Pedro Pimentel
Secretário da Justiça
Murillo Macedo
Secretário da Fazenda
Paulo da Rocha Camargo
Secretário da Agricultura
Francisco Henrique Fernando de Barros
Secretário de Obras e Meio Ambiente
Thomaz Pompeu Borges Magalhães
Secretário dos Transportes
José Bonifácio Coutinho Nogueira
Secretário da Educação
Walter Sidney Pereira Leser
Secretário da Saúde
Enio Viegas Monteiro de Lima
Secretário da Segurança Pública
Mário de Moraes Altenfelder Silva
Secretário da Promoção Social
Max Feffer
Secretário de Cultura, Ciência e Tecnologia
Wlastermiller de Senço
Secretário de Esportes e Turismo
Roberto Augusto Ferreira de Barros Galvão
Secretário do Trabalho
Fernando Milliet de Oliveira
Secretário de Administração
Jorge Wilheim
Secretário de Economia e Planejamento
João Lopes Guimarães
Secretário do Interior
Afrânio de Oliveira
Secretário de Estado - Chefe da Casa Civil
Péricles Eugênio da Silva Ramos
Secretário do Governo
Roberto Cerqueira César
Secretário dos Negócios Metropolitanos
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 12 de maio de 1978.
Nelson Petersen da Costa
Diretor Administrativo - Substituto
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Retificações

LEI COMPLEMENTAR Nº 180, DE 12 DE MAIO DE 1978

Dispõe sobre a instituição do Sistema de Administração de Pessoal e dá providências correlatas


Leia-se como segue e não como constou da publicação:
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Artigo 5º -
.................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
IV - funcionário público: pessoa legalmente investida em cargo público;
V - servidor: pessoa admitida para exercer função-atividade;
VI - referência numérica: símbolo indicativo do nível de vencimentos fixado para o cargo ou função-
atividade;
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.................................................................................................................................................................
Artigo 26 - O disposto no artigo anterior aplica-se
..............................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 32
.................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 1º - Se o cargo houver sido transformado, far-se-á a reintegração no que dele resultar.
.................................................................................................................................................................
Artigo 37 -
..................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 2º - Observado o disposto no parágrafo anterior ..............................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 44 - Constituirá a lotação
...........................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 68
...............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
III - classe de amplitude III, com 20 (vinte) referências, inclusive a inicial e a final;
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 71 -
................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
....................................................................... caracteriza-se
................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 78 -
................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
1. 1/5 (um quinto) do valor do padrão fixado na Tabela I para cada ano em que, no período
mencionado neste parágrafo, estiverem sujeitos à Jornada Completa de Trabalho;
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 93 - O funcionário ou servidor, em razão dos pontos que lhe sejam atribuídos, excetuada a
hipótese prevista no artigo 112 desta lei complementar,
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 94 -
.................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
........................................................................................... (Emenda nº 2), ..........................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 106 -
...............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
............................................................................... específico,
..............................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 107 -
...............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
....................................................................... Secretaria,
.......................................................................
.................................................................................................................................................................
Parágrafo único -
.......................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
................................. nos artigos 78 e 191, ambos da
............................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 111 -
................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 1º - O funcionário ou servidor, quando afastado para o exercício de mandato eletivo federal,
estadual ou municipal, não integrará o
..................................................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 2º - Aplica-se o .................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 115 -
...............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
................................................. será
......................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 117 -
...............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
II - se a parte inteira da divisão, por 5 (cinco), dos pontos apurados na forma do inciso I, adicionada
à referência inicial da nova classe, resultar em referência numérica superior à ..................................
.................................................................................................................................................................
III - se a parte inteira da divisão, por 5 (cinco), dos pontos apurados na forma do inciso I,
adicionada à referência inicial da nova classe, resultar em referência numérica igual ou inferior à
.......................
.................................................................................................................................................................
Artigo 118 - Nos casos de nomeação de funcionário, titular de cargo efetivo, ou servidor, ocupante
de função-atividade de natureza permanente, para cargo de provimento em comissão,
......................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
3. o resultado
..........................................................................................................................................
......................................................................... em comissão, multiplicado
.............................................
............................................... § 2º -
.........................................................................................................
......................................................................................................... do total de pontos
..........................
.................................................................................................................................................................
Artigo 122 -
................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
......................................... gratificação de Natal,
....................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 137 -
...............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 3º - O valor percebido pelo funcionário ou servidor, .......................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
......................................... § 5º ..............................................................................................................
1. a retribuição-base será apurada trimestralmente, .......................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 7º -
.......................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................. correspondente a esse cargo
...............................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 138 -
...............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
................................... inscrição do contribuinte,
.....................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 146 -
...............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
........................................................................... valor exceto se o
........................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 148 -
..............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 3º -
.......................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
..................................................................... integralmente,
..................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 149 -
..............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 2º - Para os efeitos deste artigo, caduca em 6 (seis) meses contados da morte do contribuinte,
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 152 -
..............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
II - nos demais casos, desde que se trate de menor de 21 (vinte e um) anos ou maior de 60
(sessenta) anos de idade ou inválido.
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 4º - São provas de vida em comum o mesmo domicílio, ................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 153 - Poderá o contribuinte sem filhos com direito à pensão, instituir beneficiários parentes
até o 2º (segundo) grau se forem incapazes ou inválidos, ressalvado, na razão da metade, o direito
que competir ao seu cônjuge.
Parágrafo único - Na hipótese deste artigo, aplicar-se-á o disposto nos §§ 2º e 3º do artigo 147, §
3º do artigo 150 e § 7º do artigo anterior.
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 1º - Na hipótese do inciso I, observar-se-á o disposto nos §§ 2º e 3º do artigo 147.
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 157 - A pensão é mensal e extingue-se com a morte, casamento, cessação da incapacidade
ou invalidez do beneficiário, ressalvado o disposto no § 2º do artigo 147, nos §§ 2º e 4º do artigo
148 e no § 2º do artigo 150.
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 158 -
.............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
................................................................................... lei complementar, ..............................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 165 - Os incisos I e II e o § 1º
....................................................................................................
.................................................................................................................................................................
«Artigo 2º - ..........................................................................................................................................
I
..............................................................................................................................................................
......................................................................... auxílio funeral,
..............................................................
.................................................................................................................................................................
§ 1º - A contribuição a que se refere o inciso I deste artigo incidirá ....................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 168 -
..............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................... Supervisor de Equipe Técnica
..........................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 169 -
..............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................. e funções-atividades,
..........................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 171 -
..............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................. encargos de direção,
...........................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 172 -
...............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................. artigo anterior.
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 173
...............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Parágrafo único -
.....................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................. cargos das séries de classes,
..............................
.................................................................................................................................................................
Artigo 175 - A lei que dispuser sobre a constituição das séries de classes a que se refere o artigo
171 deverá prever a integração nas mesmas, dos cargos de Agente do Serviço Civil de que trata o
artigo 14 das Disposições Transitórias, desta lei complementar, de acordo com a área de
especialização, qualificação profissional e nível hierárquico de seus ocupantes.
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 178 - A vantagem relativa à sexta-parte dos vencimentos integrais, prevista no inciso VIII do
artigo 92 da Constituição do Estado (Emenda nº 2) e de que trata o artigo 130 da Lei nº 10.261, de
28 de outubro de 1968, corresponderá a 1/6 (um sexto):
I - do valor padrão em que estiver enquadrado o cargo do funcionário;
II - do valor das vantagens pecuniárias incorporadas e desde que não computadas no valor do
padrão.
§ 1º - O adicional por tempo de serviço previsto no inciso VIII do artigo 92 da Constituição do
Estado (Emenda nº 2) e de que tratam o artigo 127 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, e o
artigo 28 do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de março de 1970, está compreendido para
todos os efeitos, no valor da sexta-parte, calculada nos termos deste artigo em decorrência da
aplicação dos artigos 94 a 96 desta lei complementar.
§ 2º - Sobre os valores da sexta-parte, apurados na forma do «caput» deste artigo, não incidirão
adicionais ou quaisquer outras vantagens pecuniárias.
Artigo 179 - Vetado.
Artigo 180 - A gratificação a que se refere o artigo 22 da Lei Complementar nº 114, de 13 de
novembro de 1974, calculada com base na Tabela III da Escala de Vencimentos corresponderá:
I - para o Professor I, à diferença entre os valores fixados para o grau «A» da referência 33 e o das
referências 35 ou 38 conforme o caso;
II - para o Professor II, à diferença entre os valores fixados para o grau «A» das referências 35 e
38.
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 183 - O Regime Especial de Trabalho Policial de que trata a Lei nº 10.291, de 26 de
novembro de 1968, com suas alterações posteriores
............................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 185 -
..............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
............................................... inciso I do artigo 70 desta lei complementar.
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 186 - A gratificação de que trata o artigo 2º do Decreto-lei nº 162, de 18 de novembro de
..........................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 189 - O artigo 21 da Lei
.............................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 192 - O Exator que houver obtido qualquer das vantagens pecuniárias previstas no artigo 2º
das Disposições Transitórias da Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974, e no artigo 1º da Lei
nº1.000, ..............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 194 -
..............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
............................................................................ gratificação «pro labore»,
..........................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 196 - Para os funcionários e servidores abrangidos por esta lei complementar, o valor do
«pro labore» de que trata o artigo 28 da Lei nº ....................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 199 -
..............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................. refere o artigo 54 da Lei
......................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 201 - Aos cargos do Quadro do Magistério não se aplicam os institutos previstos nos artigos
22 a 30, bem como nos incisos I e II do artigo 53 desta lei ................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 203 -
..............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
«Artigo 1º
- ..............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
II -
.............................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
......................................................................... contrato bilateral,
.........................................................
.................................................................................................................................................................
III -
...........................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
................................................................................ determinada obra,
.................................................
.................................................................................................................................................................
Parágrafo único -
......................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................. inciso I deste artigo,
.............................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 3º - Os servidores de que tratam os incisos I e II do artigo 1º reger-se-ão pelas normas
desta lei, aplicando-se aos de que trata o inciso III as normas da legislação trabalhista.
§ 1º - Poderá também a critério da Administração, ser admitido pessoal no regime trabalhista para
o desempenho das funções a que se referem os incisos I e II do artigo 1º na forma a ser
disciplinada em decreto.
§ 2º - As disposições desta lei relativas aos servidores admitidos em caráter temporário não se
aplicam ao pessoal admitido nos termos do parágrafo anterior, exceto as dos artigos 5º, 6º, 7º, 8º e
9º.
§ 3º - As autoridades que admitirem servidores nos termos da legislação trabalhista, além da
observância das normas previstas nesta mesma legislação, deverão providenciar, sob pena de
responsabilidade funcional sua inscrição para fins previdenciários e o recolhimento das respectivas
contribuições.
.................................................................................................................................................................
Artigo 5º - É vedada a admissão nos termos do artigo 1º, sob quaisquer denominações:
I - para atribuições correspondentes às funções de serviço público, na área da Administração
Centralizada, referentes às atividades de representação judicial e extrajudicial, de consultoria
jurídica do Executivo e da Administração em geral, de assistência jurídica e de assessoramento
técnico-legislativo, de assistência judiciária aos necessitados, de arrecadação e fiscalização de
tributos, de manutenção da ordem e segurança pública internas, bem como de direção;
II - quando houver, na mesma Secretaria, cargo vago correspondente à função e candidatos
aprovados em concurso público com prazo de validade não extinto.
Artigo 6º - As admissões serão sempre precedidas de processo iniciado por proposta devidamente
justificada, e serão feitas:
I - as relativas às funções de tratam os incisos I e II do artigo 1º, pelo Secretário de Estado, com
autorização do Chefe do Executivo, sujeitas as do inciso I a seleção, nos termos da legislação em
vigor;
II - as relativas às funções de que trata o inciso III do artigo 1º, mediante portaria da autoridade
competente, com autorização do Secretário de Estado.
Parágrafo único - Constarão obrigatoriamente das propostas de admissão a função a ser
desempenhada, o salário, a dotação orçamentária própria e a demonstração da existência de
recursos.
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 11 - Respeitado o disposto no inciso II do artigo 5º terão preferência, para serem admitidos
nos termos desta lei, os candidatos habilitados em concurso público realizado pelos órgãos
centrais, setoriais ou subsetoriais de recursos humanos, para cargos correspondentes às funções a
que se refere o inciso I do artigo 1º, sem prejuízo do direito à nomeação, obedecida em qualquer
caso, a ordem de classificação.
.................................................................................................................................................................
Artigo 27 - O servidor será aposentado:
I - por invalidez;
II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade;
III - voluntariamente, após 35 (trinta e cinco) anos de serviço.
Parágrafo único - No caso do inciso III, o prazo é reduzido a 30 (trinta) anos para as mulheres.»
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 204 - Fica acrescentado ao artigo 44 da Lei nº 500, ...............................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 205 -
..............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
III - os atuais funcionários interinos;
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 1º - Os servidores referidos nos incisos II e III passam ..................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 207 - Os ocupantes dos cargos de Assessor Chefe, Chefe de Gabinete, Comandante Geral,
Coordenador, Coordenador de Polícia, Delegado Geral, Diretor Geral referência «CD-14»,
Procurador Geral do Estado, Secretário Particular, constantes do Anexo II, com vencimentos
iniciais fixados na referência «60», não terão o seu desempenho avaliado enquanto neles
permanecerem, atribuindo-se-lhes, anualmente, para fins de evolução funcional, pontos em número
correspondente ao conceito «muito bom», previsto para a classe a que pertence o cargo em
comissão;
§ 1º - O funcionário ou servidor, .........................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 210 -
..............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Parágrafo único -
......................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
..................................................... integrante do Sistema de
.................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 211 - Fica extinta,
.......................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Parágrafo único -
......................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
............................................de Pessoal.
.................................................................................................................................................................
Artigo 213 - Os cargos de Assistente Jurídico e de Assessor Técnico-Legislativo resultantes
...........
.................................................................................................................................................................
................................... Lei Complementar nº 93, de 28
.........................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 214 -
..............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
........................................................................... mediante decreto, de
.................................................
.................................................................................................................................................................
Parágrafo único - O decreto a que alude este artigo será expedido dentro do prazo de 60
(sessenta) dias, contados da publicação desta lei complementar.
.................................................................................................................................................................
Artigo 215 -
..............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
I - do Quadro Especial instituído pelo artigo 7º da Lei nº 119, de 29 de junho de 1973, com ...........
II - do Quadro Especial instituído pelo artigo 7º da Lei nº 10.430, de .................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 220 - O artigo 3º da Lei Complementar nº 112, de 15 de outubro de 1974, fica acrescido do
seguinte parágrafo:
«§ 3º - Entendem-se por atividades referentes à difusão cultural aquelas que se destinam a difundir
idéias, conhecimentos e informações, inclusive por meio de obras de arte e do jornalismo.»
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 222 -
...............................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
................................................................................... à carreira de
.......................................................
.................................................................................................................................................................
§ 1º - Para os funcionários e servidores abrangidos por este artigo, computar-se-á, para fins do
item 2 da alínea «a» do inciso I e do item 2 da alínea «a» do inciso II do artigo 4º das Disposições
Transitórias, a vantagem correspondente ao Regime de Tempo Integral.
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 223 - As despesas decorrentes da aplicação desta lei complementar, no
................................

TÍTULO XV

Das Disposições Transitórias

Artigo 4º -
..............................................................................................................................................
II -
..........................................................................................................................................................
a) .........................................................................................................................................................
2 - ........................................................ o artigo 33 da Lei nº 10.168,
.....................................................
.................................................................................................................................................................
b) ........................................................................... alínea anterior
.......................................................
.................................................................................................................................................................
c) ..........................................................................................................................................................
1. vantagem assegurada pelo § 1º do artigo 9º do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de março
de 1970, alterado pelo artigo 1º do Decreto-lei Complementar nº 13, de 25 de março de 1970;
2. qualquer outra vantagem pessoal
......................................................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 1º - Para os titulares de cargos de direção administrativa, aos quais não tenham sido aplicadas as
disposições da Lei Complementar nº 102, de 12 de agosto de 1974, será computado, para o fim
previsto neste artigo, nas operações de que cuidam a alínea «a» do inciso I e a alínea «a» do
inciso II, o valor correspondente à vantagem referida nos itens 4 das mesmas alíneas.
.................................................................................................................................................................
§ 3º - Não se compreendem nas vantagens a que aludem o item 5 da alínea «a» do inciso I e o
item 6 da alínea «a» do inciso II as gratificações «pro labore» atribuídas a Exatores.
Artigo 5º - Para efeito do disposto no artigo 3º destas Disposições Transitórias, observar-se-ão,
quando aplicável a Tabela II prevista no inciso II do artigo 64 desta lei complementar, as seguintes
regras de enquadramento:
I - se o funcionário ou servidor não fizer jus à sexta-parte dos vencimentos:
.................................................................................................................................................................
2. adicional por tempo de serviço, previsto no inciso VIII do artigo 92 da Constituição do Estado
(Emenda nº 2), de que tratam os artigos 13 da Lei nº 6.043, de 20 de janeiro de 1961; 127 da Lei nº
10.261, de 28 de outubro de 1968; e 28 do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de março de
1970;
3. gratificação de nível instituída pela Lei Complementar nº 75, de 14 de dezembro de 1972, no
valor determinado com fundamento no artigo 11 da mesma lei, com a redação que lhe foi dada pelo
inciso V do artigo 1º da Lei Complementar nº 89, de 13 de maio de 1974, observadas as demais
alterações por ela efetuadas;
4. ....................................................................... serviço aludido
...........................................................
.................................................................................................................................................................
c) ............................................. ser, nos
................................................................................................
que, na forma estabelecida no artigo 15 do Decreto-lei Complementar
.................................................
1. .................. (.......... milésimos), ............... 50% (cinquenta por cento);
.................................................................................................................................................................
d) .................................................... alínea anterior,
..............................................................................
1. ............................................................................................. §1º do artigo 9º do Decreto-lei
Complementar nº 11, de 2 de março de 1970, alterado pelo artigo 1º do Decreto-lei Complementar
nº 13, de 25 de março de 1970;
2. ............................................ aludido no item 2 da alínea «a»; ..........................................................
II -
.............................................................................................................................................................
2. adicional por tempo de serviço, previsto no inciso VIII do artigo 92 da Constituição do Estado
(Emenda nº 2), de que tratam os artigos 13 da Lei nº 6.043, de 20 de janeiro de 1961; 127 da Lei nº
10.261, de 28 de outubro de 1968; e 28 do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de março de
1970;
3. gratificação de nível instituída pela Lei Complementar nº 75, de 14 de dezembro de 1972, no
valor determinado com fundamento no artigo 11 da mesma lei, com a redação que lhe foi dada pelo
inciso V do artigo 1º da Lei Complementar nº 89, de 13 de maio de 1974, observadas as demais
alterações por ela efetuadas;
4. ............................................. inciso VIII do artigo .......... que trata o artigo 130 da Lei nº 10.261,
de 28 de outubro de 1968;
5. .......................... haja incidência ......................... no item 2 ou da
....................................................
.................................................................................................................................................................
c) .......................... no artigo 15 do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de março de 1970, ...........
1.....................(.......... milésimos), se ............... (.................. por cento);
.................................................................................................................................................................
d) ao resultado da multiplicação prevista na alínea «b» ou na alínea anterior, conforme o caso,
somar-se-ão as parcelas percebidas, com base na legislação vigente, em 28 de fevereiro de 1978,
a título de:
.................................................................................................................................................................
2. .................................................................. a qual não haja
................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 3º - Não se compreendem nas vantagens a que aludem o item 4 da alínea «a» do inciso I e o
item 5 da alínea «a» do inciso I e o item 5 da alínea «a» do inciso II as gratificações «pro labore»
atribuídas a Exatores.
Artigo 6º - ........................... previsto no inciso III do artigo 64 ...........................................................
.................................................................................................................................................................
2. adicional por tempo de serviço, previsto no inciso VIII do artigo 92 da Constituição do Estado
(Emenda nº 2), de que tratam os artigos 13 da Lei nº 6.043, de 20 de janeiro de 1961; 127 da Lei nº
10.261, de 28 de outubro de 1968; e 28 do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de março de
1970;
3. gratificação de nível instituída pela Lei Complementar nº 75, de 14 de dezembro de 1972, no
valor determinado com fundamento no artigo 11 da mesma lei, com a redação que lhe foi dada pelo
inciso V do artigo 1º ............................................................................ ;
4. ..........................................................................................................................................................
b) .......................................................................... função, constante ..................................................
.................................................................................................................................................................
II - ......................................................................................................................................................
a) .........................................................................................................................................................
2. adicional por .....................................................................................................................................
3. ...................... da mesma lei, com a redação
.....................................................................................
4. ......................................... Lei 10.261, de .........................................................................................
5. ..........................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
c) ......................................... vantagem assegurada pelo § 1º do artigo 9º ..........................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 7º - ............................. Disposições Transitórias, tratando-se
........................................................
.................................................................................................................................................................
I - ........................................................................................................................................................
a) ..........................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
2. gratificação pela sujeição ao Regime Especial de Trabalho Policial de que trata a Lei nº 10.291,
de 26 de novembro de 1968, com suas alterações posteriores, ou ao regime de que trata o artigo 1º
da Lei nº 7.626, de 6 de dezembro de 1962;
3. adicional por .............................................. da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968;
................
.................................................................................................................................................................
4. ..................................................... 13 de maio de 1974.
II - .......................................................................................................................................................
5. ............................. o artigo 130 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968;
.................................................................................................................................................................
Artigo 8º - ................... desta lei complementar, as seguintes
.................................................................
I - ................... legislação vigente em 28 de ........................................................................................
Artigo 10 - Quando, em .......................................................................................................................
Parágrafo único
.....................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
1. ao resultado da multiplicação prevista no «caput» soma-se o valor das vantagens mencionadas
neste parágrafo;
.................................................................................................................................................................
Artigo 11 - O funcionário ou servidor que em 28 de fevereiro de 1978 se encontrasse respondendo
pelas atribuições de cargo vago de chefia ou encarregatura, inclusive de Secretário de Escola, nos
termos do parágrafo único do artigo 23 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, ou no exercício
de função dessa natureza, retribuída mediante «pro labore», nos termos do artigo 28 da Lei nº
10.168, de 10 de julho de 1968, terá o cargo do qual seja titular efetivo ou a função-atividade de
que seja ocupante transformado em cargo ou função-atividade
..................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 4º - .............. servidor que, ............ no «caput», ............................................................................
§ 5º - .................... Tabela I do Subquadro .......................................................................................
Artigo 12 - ..........................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 2º - publicar a relação nominal de funcionários abrangidos por este artigo
..........................................
Artigo 14 - ..........................................................................................................................................
II - ................... artigo 28 da Lei .........................................................................................................
III - ....................... parágrafo único do ...............................................................................................
§ 6º - ................. artigo 28 da ...........................................................................................................
§ 7º - ............... 90 (noventa) dias contados ......................................................................................
Artigo 17 - ............... serão enquadrados mediante ............................................................................
Artigo 18 - .......... pelos §§ 1º e 2º do artigo .....................................................................................
Parágrafo único - ................................. mediante decreto de
.................................................................
Artigo 19 - ..........................................................................................................................................
I - a alínea «c» do ..............................................................................................................................
II - os §§ 1º dos artigos 4º e 5º destas Disposições Transitórias aos inativos ................................
§ 1º - ................................................................................................................................................
1. somar-se-ão as parcelas percebidas com base na legislação vigente em 28 de fevereiro de
1978, mencionadas nas alíneas «a» dos incisos I e II dos artigos 5º ou 6º destas Disposições
Transitórias conforme o caso, devendo ser-lhes acrescido o valor percebido a título de gratificação
pela sujeição ao Regime de Dedicação Exclusiva de que trata o artigo 33 da Lei nº 10.168, de 10
de julho de 1968;
2. proceder-se-á, conforme o caso, aos cálculos de que tratam as alíneas «b», «c», e «d» do inciso
I do artigo 5º; «b», «c», «d» e «e» do inciso II do artigo 5º; «b» e «c» do inciso I do artigo 6º; «b»,
«c», e «d» do inciso II do artigo 6º, ambos destas Disposições Transitórias;
4. ......................................... artigos 5º e 6º destas ............................................................................
5. ..........................................................................................................................................................
b) ......................................... artigos 5º e 6º destas ............................................................................
§ 2º - .......................................................... o artigo 1º da Lei ..........................................................
1. ................ legislação vigente em ..................... de 1978,
..................................................................
alínea «a» dos ................I e II do artigo 6º............... do artigo 1º da Lei ..............................................
2. .......................................... inciso I ou ..................................... e «d» do ..........................................
3. ...................................... o artigo 1º da Lei .......................................................................................
..............................................................................................................................................................
5. ...................................... o artigo 1º da Lei .......................................................................................
Artigo 20 - ................................... artigo 92, ficam ..............................................................................
Artigo 21 - ............ o § 1º do ..................... será reenquadrado, .........................................................
............... mesma classe, ......................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 22 - Quando, em decorrência da aplicação do disposto no artigo 9º destas Disposições
Transitórias, resultar enquadramento do cargo ou da função-atividade do funcionário ou do servidor
em referência cujo valor seja inferior àquele a que se referem as alíneas «d» do inciso I do artigo
4º, «e» do inciso II do artigo 4º, «e» do inciso I do artigo 5º, «f» do inciso II do artigo 5º, «d» do
inciso I do artigo 6º, «e» do inciso II do artigo 6º, «e» do inciso II do artigo 7º, «f» do inciso II do
artigo 7º, e o inciso III do artigo 8º, adotar-se-ão os seguintes procedimentos:
.................................................................................................................................................................
Artigo 25 - .......................................... prestado até
.............................................................................
Artigo 26 - ................................... 10 (dez) anos, contados
..................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 27 - ................................... serviços, fica facultado, .................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 28 - ............................................................................................................................................
Parágrafo único - .................................. o artigo 86,
.............................................................................
Artigo 29 - ................................... Complementar nº 114, de
...............................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 31 - ................................ na forma nele indicada.
.................................................................................................................................................................
Artigo 33 - ................................... vagos no Quadro
.............................................................................
Artigo 34 - ..................................... 29, 30 e 31 destas
.........................................................................
Artigo 35 - ................................... o Quadro do Ensino ............................. agosto de 1944.
.................................................................................................................................................................
Artigo 36 - ................................... idênticos às
.....................................................................................
Artigo 37 - ................................... desta lei complementar
...................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 39 - ................................... artigos 3º a 6º destas Disposições Transitórias, ........................
Artigo 40 - ................................... às seguintes ...................................................................................
I - ....... tempo de serviço, .......... janeiro de 1961, mencionado no artigo 127 da .............................
II - .......................................................................................................................................................
a) os artigos 1º, 2º e ............................................................................................................................
b) ................................... Lei nº 8.478, de ............................................................................................
e) ................................... o artigo 1º da Lei nº 9.860, ..........................................................................
i) ................................... Lei nº 10.059, de ...........................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 42 - ............................... § 2º do artigo 78 não .........................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 44 - ............................... de produtividade ................................................................................
I - .......................................................................................................................................................
II - ......................................................................................................................................................
III - .....................................................................................................................................................
§ 1º - ............ autárquica estadual, ........... previsto no § 2º do artigo 8º da ......................................
.................................................................................................................................................................
§ 4º - ..................................... necessários à aplicação .....................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 45 - O § 2º do artigo 6º das Disposições Transitórias ..............................................................
«§ 2º - ................................ incorporadas, a .............................. à remuneração .......... anteriores».
.................................................................................................................................................................
Artigo 46 - ............................... vencimentos, .....................................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 1º - .................................... desde que, na .....................................................................................
§ 2º - ................................... ao Exator que:
1. ...................................... no artigo 1º ...............................................................................................
2. ...................................... no artigo 2º da ..........................................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 3º - .................................................................................................................................................
1. a incorporação será processada mediante requerimento do interessado e condiciona-se à
expressa renúncia às vantagens pecuniárias já incorporadas ao seu patrimônio no termos do artigo
8º da Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974, do artigo 2º das Disposições Transitórias da mesma
lei, do artigo 1º da Lei nº 1.000, de 8 de junho de 1976, bem como à decorrente de gratificação
«pro labore» relativa à extinta função de Escrivão de Coletoria;
2. o valor da gratificação «pro labore» a incorporar será determinado com base no disposto nos
artigos 1º e 2º da Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974, alterados pelo artigo 191 desta lei
complementar, segundo a classificação efetuada nos termos do artigo 4º daquela lei;
3. será computado, também, o tempo de serviço durante o qual o Exator tenha exercido,
anteriormente à vigência da Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974, como atividade principal e
permanente, funções próprias de «Caixa», bem como o tempo de exercício na extinta função de
Escrivão de Coletoria, retribuída com gratificação «pro labore».
Artigo 47 - O valor das vantagens pecuniárias incorporadas aos vencimentos do Exator, a título de
gratificação «pro labore» prevista na Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974, fica nos termos do
artigo 12 da mesma lei, alterado pelo artigo 191 desta mesma lei complementar, reajustado em
39,08% (trinta e nove inteiros e oito centésimos por cento), para o exercício de 1978 e a partir da
vigência desta lei complementar.
Artigo 48 - ............................... proventos do Exator, ..........................................................................
Artigo 49 - ........................ atribuições de cargo vago ou de
................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 3º - ..................................................................................................................................................
1. ......................... que a substituição, ............................. desta lei complementar;
2. ........................ de substituto,
............................................................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 6º - ........................... Regionais, bem .............................................................................................
Artigo 50 - ............................... artigo 28 da Lei nº 10.168, de ..... destas Disposições Transitórias,
.................................................................................................................................................................
Artigo 51 - ............................................................................................................................................
I - .............................. titular de cargo ..................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 52 - ...................... e 14 das Disposições
...................................................................................
Artigo 53 - ...................... Transitórias, as ............................................................................................
Artigo 54 - ..................... optar no prazo ..............................................................................................
§ 1º - .......................... no § 2º do artigo 32 do ..................................................................................
§ 2º - ............................ específicos, em ............................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 59 - ...........................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
I - escala de referências de vencimentos e salários de que trata o inciso I do artigo 5º da Lei
Complementar nº 152, de 31 de março de 1977;
REF.
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
40
1.261,00
.................................................................................................................................................................
46
1.486,00
.................................................................................................................................................................
87
3.229,00
88
3.347,00
.................................................................................................................................................................
93
4.656,00
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
II - escala de referências de vencimentos e salários de que trata o inciso II do artigo 5º da Lei
Complementar nº 152, de 31 de março de 1977;
I - ................................................................................................................
II - ...............................................................................................................
III - ..............................................................................................................
IV - ..............................................................................................................
V - ........................... 3.126,00
VI - .......................... 3.273,00
VII - .............................................................................................................
VIII - ............................................................................................................
IX - ..............................................................................................................
X - ...............................................................................................................
XI - ..............................................................................................................
XII - .............................................................................................................
XIII - ......................... 4.935,00
XIV - ............................................................................................................
XV - .............................................................................................................
XVI - ............................................................................................................
Palácio ................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................

LEI COMPLEMENTAR Nº 180, DE 12 DE MAIO DE 1978

Dispõe sobre a instituição do Sistema de Administração de Pessoal e dá providências correlatas


Retificações
Na publicação do «D.O.» de 20-5-1978, página 3 (Retificações), leia-se o § 3º, do Artigo 5º, das
Disposições Transitórias, como segue e não como foi publicado:
«Artigo 5º ..............................................................................................................................................
§ 3º - Não se compreendem nas vantagens a que aludem o item 4 da alínea «a» do inciso I e o
item 5 da alínea «a» do inciso II as gratificações «pro labore» atribuídas a Exatores.»

Retificações
No Anexo II a que se refere o artigo 69 da Lei Complementar nº 180, de 12 de maio de 1978
ENQUADRAMENTO DAS CLASSES
onde se lê:
Situação Atual
Situação Nova
«Assistente de Compras PP-III ....................
Assistente de Administração SQC ....................»
leia-se:

«Assistente de Compras PP-III ....................


Oficial de Administração SQC ..........................»
onde se lê:

«Assistente de Compras PS ........................


Assistente de Administração SQC ....................»
leia-se:

«Assistente de Compras PS ........................


Oficial de Administração SQC ..........................»

Retificação
No Anexo II a que se refere o artigo 69 da Lei Complementar nº 180, de 12 de maio de 1978
ENQUADRAMENTO DAS CLASSES
Onde se lê:
SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA
"Auditor II PP-I ... Auditor II SQC-I ... "
Leia-se:
"Auditor II PP-I ... Auditor SQC-I ... "
A

Ficha informativa
LEI COMPLEMENTAR Nº 1.012, DE 05 DE JULHO DE 2007

Altera a Lei Complementar nº 180, de 12 de maio de 1978; a Lei nº 10261, de 28 de outubro de


1968; a Lei Complementar nº 207, de 5 de janeiro de 1979.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:


Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei complementar:

Seção I Da Pensão

Artigo 1º - Os artigos 144, 147, 148, 149, 150, 155 e 158 da Lei Complementar nº 180, de 12 de
maio de 1978, passam a vigorar com a seguinte redação:
“Artigo 144 - O valor inicial da pensão por morte devida aos dependentes de servidor falecido será
igual à totalidade da remuneração no cargo efetivo em que se deu o óbito, ou à dos proventos do
inativo na data do óbito, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de
previdência social, de que trata o artigo 201 da Constituição Federal, acrescido de 70% (setenta
por cento) da parcela que exceder esse limite.
“Parágrafo único - O cálculo do valor inicial da pensão mensal, na situação prevista no § 3º do
artigo 137 desta lei complementar, no caso do servidor que vier a falecer antes de sua
aposentadoria, tomará por base a média das aulas ministradas nos 12 (doze) meses anteriores ao
do óbito, adotando-se o valor unitário vigente na data do óbito.” (NR)
“Artigo 147 - São dependentes do servidor, para fins de recebimento de pensão:
“I - o cônjuge ou o companheiro ou a companheira, na constância, respectivamente, do casamento
ou da união estável;
“II - o companheiro ou a companheira, na constância da união homoafetiva;
“III - os filhos, de qualquer condição ou sexo, de idade igual à prevista na Legislação do Regime
Geral de Previdência Social e não emancipados, bem como os inválidos para o trabalho e os
incapazes civilmente, estes dois últimos desde que comprovadamente vivam sob dependência
econômica do servidor;
“IV - os pais, desde que comprovadamente vivam sob dependência econômica do servidor e não
existam dependentes das classes mencionadas nos incisos I, II ou III deste artigo, ressalvado o
disposto no § 3º deste artigo.
“§ 1º - O enteado e o menor tutelado equiparam-se ao filho desde que comprovadamente vivam
sob dependência econômica do servidor.
“§ 2º - A pensão atribuída ao filho inválido ou incapaz será devida enquanto durar a invalidez ou a
incapacidade.
“§ 3º - Mediante declaração escrita do servidor, os dependentes a que se refere o inciso IV deste
artigo poderão concorrer em igualdade de condições com os demais.
“§ 4º - A invalidez ou a incapacidade supervenientes à morte do servidor não conferem direito à
pensão, exceto se tiverem início durante o período em que o dependente usufruía o benefício.
“§ 5º - A comprovação de dependência econômica dos dependentes enumerados na segunda
parte do inciso III, no inciso IV e no § 1° deste artigo deverá ter como base à data do óbito do
servidor e ser feita de acordo com as regras e critérios estabelecidos em norma regulamentar.
“§ 6º - Na falta de decisão judicial com trânsito em julgado reconhecendo a união estável, o
companheiro ou companheira deverá comprová-la conforme estabelecido em norma
regulamentar.” (NR)
“Artigo 148 - Com a morte do servidor a pensão será paga aos dependentes, mediante rateio, em
partes iguais.
“§ 1º - O valor da pensão será calculado de acordo com a regra prevista no “caput” do artigo 144
desta lei complementar, procedendo-se, posteriormente, à divisão do benefício em quotas, nos
termos deste artigo.
“§ 2º - O pagamento do benefício retroagirá à data do óbito, quando requerido em até 60
(sessenta) dias depois deste.
“§ 3º - O pagamento do benefício será feito a partir da data do requerimento, quando ultrapassado
o prazo previsto no § 2º deste artigo.
“§ 4º - A pensão será concedida ao dependente que primeiro vier requerê-la, admitindo-se novas
inclusões a qualquer tempo, as quais produzirão efeitos financeiros a partir da data em que forem
requeridas, nos termos dos parágrafos 2º e 3º deste artigo.
“§ 5º - A perda da qualidade de dependente pelo pensionista implica na extinção de sua quota de
pensão, admitida a reversão da respectiva quota somente de filhos para cônjuge ou companheiro
ou companheira e destes para aqueles.
“§ 6º - Com a extinção da última quota de pensão, extingue-se o benefício.” (NR)
“Artigo 149 - A perda da condição de beneficiário dar-se-á em virtude de:
“I - falecimento, considerada para esse fim a data do óbito;
“II - não cumprimento de qualquer dos requisitos ou condições estabelecidos nesta lei
complementar;
“III - matrimônio ou constituição de união estável.
“Parágrafo único - Aquele que perder a qualidade de beneficiário, não a restabelecerá.” (NR)
“Artigo 150 - O ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-companheira somente terá direito à pensão se
o servidor lhe prestava pensão alimentícia na data do óbito.
“Parágrafo único - O ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-companheira concorrerá em igualdade de
condições com os demais dependentes, sendo o valor de seu benefício limitado ao valor da
pensão alimentícia que recebia do servidor.” (NR)
“Artigo 155 - Nenhum beneficiário poderá receber mais de uma pensão decorrente desta lei
complementar, exceto filho, enteado e menor tutelado, de casal contribuinte, assegurado aos
demais o direito de opção pela pensão mais vantajosa.” (NR)
“Artigo 158 - A incapacidade e a invalidez, para os fins previstos no artigo 147 desta lei
complementar, serão verificadas mediante inspeção por junta médica pericial.” (NR)
Artigo 2º - Fica assegurada a continuidade do pagamento aos atuais beneficiários de pensão
enquanto mantiverem as condições que, sob a égide da legislação anterior, lhes garantia a
percepção do benefício.
Parágrafo único - Na ocorrência de novo rateio do benefício aplicar-se-ão as regras previstas na
legislação a que se refere o “caput” deste artigo.
Artigo 3º - Para os óbitos ocorridos antes da vigência desta lei complementar, o valor do benefício
da pensão e a forma de cálculo das quotas devidas a cada um dos dependentes obedecerão às
regras previstas na legislação vigente na data do óbito.
Parágrafo único - Na ocorrência de novo rateio do benefício aplicar-se-ão as regras previstas na
legislação a que se refere o “caput” deste artigo.

Seção II Do Salário-Família, do Auxílio-Reclusão e Funeral

Artigo 4º - O Título XIII, da Lei Complementar nº 180, de 12 de maio de 1978, fica acrescido do
Capítulo I-A e dos artigos 163-A e 163-B, com a seguinte redação:
“CAPÍTULO I-A - Do Salário-família e do Auxílioreclusão.
“Artigo 163-A - Ao servidor ou ao inativo de baixa renda será concedido salário-família por:
“I - filho ou equiparado de qualquer condição menor de 14 (quatorze) anos; e
II - filho inválido de qualquer idade.
“§ 1º - O pagamento do salário-família é condicionado à apresentação da certidão de nascimento
do filho ou da documentação relativa ao equiparado ou ao inválido e, anualmente, à apresentação
de atestado de vacinação obrigatória e de comprovação de freqüência à escola do filho menor ou
equiparado, nos termos do regulamento.
“§ 2º - O critério para aferição da baixa renda do servidor ou do inativo será o mesmo utilizado
para trabalhadores vinculados ao Regime Geral de Previdência Social.” (NR)
“Artigo 163-B - Aos dependentes de servidor de baixa renda recolhido à prisão, nos termos do
artigo 70 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, será concedido auxílio-reclusão.
“§ 1º - O pagamento do auxílio-reclusão obedecerá aos mesmos critérios estabelecidos no artigo
148 desta lei complementar, enquanto o servidor permanecer na situação de que trata o “caput”
deste artigo.
“§ 2º - Consideram-se dependentes, para fins do disposto no “caput” deste artigo, as pessoas
discriminadas nos incisos I a IV e no § 1º do artigo 147 desta lei complementar.
“§ 3º - O direito à percepção do benefício cessará:
“I - no caso de extinção da pena;
“II - se ao servidor, ao final do processo criminal, for imposta a perda do cargo;
“III - se da decisão administrativa irrecorrível, em processo disciplinar, resultar imposição da pena
demissória, simples ou agravada; e
“IV - por morte do servidor ou do beneficiário do auxílio.
“§ 4º - O pagamento do benefício de que trata este artigo será suspenso em caso de fuga,
concessão de liberdade condicional ou alteração do regime prisional para prisão albergue,
podendo ser retomados os pagamentos, no caso de modificação dessas situações.
“§ 5º - O requerimento para obtenção do auxílio-reclusão, além de outros requisitos previstos em
lei ou regulamento, será instruído, obrigatoriamente, com certidão do efetivo recolhimento do
servidor à prisão, expedida por autoridade competente, devendo ser renovada a cada 3 (três)
meses, junto à unidade previdenciária, para fins de percepção do benefício.
“§ 6º - O critério para aferição da baixa renda do servidor a que alude o “caput” deste artigo é o
mesmo utilizado para os servidores sujeitos ao Regime Geral de Previdência Social.” (NR)
Artigo 5º - Ao servidor recolhido à prisão antes da data da vigência desta lei complementar
aplicar-se-ão as regras previstas na legislação então vigente.
Artigo 6º - Os artigos 70 e 168 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, passam a vigorar com
a seguinte redação:
“Artigo 70 - O servidor preso em flagrante, preventiva ou temporariamente ou pronunciado será
considerado afastado do exercício do cargo, com prejuízo da remuneração, até a condenação ou
absolvição transitada em julgado.
“§ 1º - Estando o servidor licenciado, sem prejuízo de sua remuneração, será considerada
cessada a licença na data em que o servidor for recolhido à prisão.
“§ 2º - Se o servidor for, ao final do processo judicial, condenado, o afastamento sem remuneração
perdurará até o cumprimento total da pena, em regime fechado ou semi-aberto, salvo na hipótese
em que a decisão condenatória determinar a perda do cargo público.” (NR)
“Artigo 168 - Ao cônjuge, companheiro ou companheira ou, na sua falta, aos filhos de qualquer
condição ou aos pais, será concedido auxílio-funeral, a título de assistência à família do servidor
ativo ou inativo falecido, de valor correspondente a 1 (um) mês da remuneração.
“§ 1º - Se o óbito de integrante da carreira de Agente de Segurança Penitenciária e da classe de
Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária ocorrer em decorrência de lesões recebidas no
exercício de suas funções, o valor do auxílio-funeral corresponderá a 2 (dois) meses da respectiva
remuneração.
“§ 2º - A concessão do valor do benefício nos termos do § 1º deste artigo dependerá da
comprovação da causa do óbito, resultante de competente apuração.
“§ 3º - As despesas com o funeral do servidor e do inativo que tenham sido efetuadas por terceiros
serão ressarcidas até o limite previsto no “caput” deste artigo.
“§ 4º - As despesas com o funeral que forem custeadas por entidade prestadora de serviços dessa
natureza serão ressarcidas até o limite previsto no “caput” deste artigo, mediante a apresentação
de alvará judicial.
“§ 5º - O pagamento do auxílio-funeral será efetuado pela respectiva unidade pagadora, mediante
a apresentação pelo interessado ou por procurador legalmente habilitado, da certidão de óbito, do
comprovante das despesas efetivamente realizadas ou do alvará judicial, juntamente com a prova
de identidade do requerente.
“§ 6º - O pagamento do auxílio-funeral será efetuado uma única vez, nos termos das disposições
deste artigo.
“§ 7º - Quando as despesas com o funeral do servidor ou inativo forem efetuadas por terceiros ou
por entidade prestadora de serviços dessa natureza, e em valor inferior ao limite previsto no
“caput” ou no parágrafo 1º deste artigo, conforme o caso, a diferença para atingir o limite neles
previstos será paga ao cônjuge, companheiro ou companheira, ou, na sua falta, aos filhos de
qualquer condição ou aos pais.” (NR)
Artigo 7º - O artigo 51 da Lei Complementar nº 207, de 5 de janeiro de 1979, passa a vigorar com
a seguinte redação:
“Artigo 51 - Ao cônjuge, companheiro ou companheira ou, na sua falta, aos filhos de qualquer
condição ou aos pais, será concedido auxílio-funeral, a título de assistência à família do policial
civil ativo ou inativo falecido, de valor correspondente a 1 (um) mês da remuneração.
“§ 1º - Se o óbito do policial civil ocorrer em decorrência de lesões recebidas no exercício de suas
funções, o valor do auxílio-funeral corresponderá a 2 (dois) meses da respectiva remuneração.
“§ 2º - A concessão do valor do benefício nos termos do § 1º deste artigo dependerá da
comprovação da causa do óbito, resultante de competente apuração.
“§ 3º - As despesas com o funeral do policial civil ativo ou inativo que tenham sido efetuadas por
terceiros serão ressarcidas até o limite previsto no “caput” deste artigo.
“§ 4º - As despesas com o funeral que forem custeadas por entidade prestadora de serviços dessa
natureza serão ressarcidas até o limite previsto no “caput” deste artigo, mediante a apresentação
de alvará judicial.
“§ 5º - O pagamento do auxílio-funeral será efetuado pela respectiva unidade pagadora, mediante
a apresentação, pelo interessado ou por procurador legalmente habilitado, da certidão de óbito, do
comprovante das despesas efetivamente realizadas ou do alvará judicial, juntamente com a prova
de identidade do requerente.
“§ 6º - O pagamento do auxílio-funeral será efetuado uma única vez, nos termos das disposições
deste artigo.
“§ 7º - Quando as despesas com o funeral do policial civil ativo ou inativo forem efetuadas por
terceiros ou por entidade prestadora de serviços dessa natureza, e em valor inferior ao limite
previsto no “caput” ou no parágrafo 1º deste artigo, conforme o caso, a diferença para atingir o
limite neles previstos será paga ao cônjuge, companheiro ou companheira, ou, na sua falta, aos
filhos de qualquer condição ou aos pais.” (NR)

Seção III Da Contribuição e da Base de Cálculo

Artigo 8º - A contribuição social dos servidores públicos titulares de cargos efetivos, ativos e dos
militares do governo de São Paulo, para a manutenção do regime próprio de previdência social do
Estado, incluídas suas autarquias e fundações, será de 11% (onze por cento) e incidirá sobre a
totalidade da base de contribuição.
§ 1º - Para os fins desta lei complementar, entende-se como base de contribuição o total dos
vencimentos do servidor, incluindo-se o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens
pecuniárias permanentes estabelecidas em lei ou por outros atos concessivos, dos adicionais de
caráter individual e de quaisquer outras vantagens, excluídas:
1. as diárias para viagens;
2. o auxílio-transporte;
3. o salário-família;
4. o salário-esposa;
5. o auxílio-alimentação;
6. as parcelas remuneratórias pagas em decorrência de local de trabalho;
7. a parcela percebida em decorrência do exercício de cargo em comissão ou de função de
confiança;
8. as demais vantagens não incorporáveis instituídas em lei; e
9. o abono de permanência de que tratam o § 19 do artigo 40 da Constituição Federal, o § 5º do
artigo 2º e o § 1º do artigo 3º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003 e
referido no artigo 4º desta lei complementar.
§ 2º - O servidor titular de cargo efetivo poderá optar pela inclusão na base de contribuição de
parcelas remuneratórias percebidas em decorrência de local de trabalho, de exercício de cargo em
comissão ou de função de confiança, para efeito de cálculo do seu benefício previdenciário,
respeitada, em qualquer hipótese, a limitação estabelecida no § 2º do artigo 40 da Constituição
Federal.
§ 3º - A inclusão das vantagens referidas no parágrafo anterior para efeito de cálculo do benefício
previdenciário dependerá do cumprimento de tempo mínimo de contribuição, valores médios
observados, dentre outros requisitos a serem previstos na regulamentação desta lei
complementar.
§ 4º - A regulamentação disciplinará as disposições deste artigo.
§ 5º - A contribuição dos servidores de que trata o “caput” deste artigo entrará em vigor após 90
(noventa) dias da data da publicação desta lei complementar.
§ 6º - A contribuição dos servidores de que tratam as Leis Complementares n.ºs 180, de 12 de
maio de 1978, 943, de 23 de junho de 2003 e 954, de 31 de dezembro de 2003 dos servidores
civis; bem como a Lei nº 452, de 2 de outubro de 1974 dos militares ficam mantidas, inclusive
proporcionalmente aos dias de vigência, quando for o caso, até o início do recolhimento das
contribuições a que se refere o “caput” deste artigo.
Artigo 9º - Os aposentados e os pensionistas do Estado, inclusive os de suas Autarquias e
Fundações, do Poder Judiciário, Poder Legislativo, Universidades, Tribunal de Contas, Ministério
Público, Defensoria Pública e Polícia Militar, contribuirão com 11% (onze por cento), incidentes
sobre o valor da parcela dos proventos de aposentadorias e pensões que supere o limite máximo
estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social.
Parágrafo único - Nos casos de acumulação remunerada de aposentadorias e/ou pensões,
considerar-se-á, para fins de cálculo da contribuição de que trata o “caput” deste artigo, o
somatório dos valores percebidos, de forma que a parcela remuneratória imune incida uma única
vez.
Artigo 10 - O décimo-terceiro salário será considerado para fins de incidência das contribuições
de que tratam os artigos 8º e 9º desta lei complementar.

Seção IV Do Abono de Permanência

Artigo 11 - O servidor titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências para
aposentadoria voluntária estabelecidas na alínea a, do inciso III, do § 1º, do artigo 40 da
Constituição Federal, ou que tenha cumprido os requisitos do § 5º do artigo 2º ou do § 1º do artigo
3º, ambos da Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, e que opte por
permanecer em atividade, fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua
contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas
no inciso II do § 1o do artigo 40 da Constituição Federal.
Parágrafo único - Não será incluído na base de cálculo para fixação do valor de qualquer
benefício previdenciário o abono a que se refere o “caput” deste artigo.

Seção V Dos Afastamentos

Artigo 12 - O servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem direito à remuneração, terá
suspenso o seu vínculo com o regime próprio de previdência social do Estado enquanto durar o
afastamento ou a licença, não lhe assistindo, neste período, os benefícios do mencionado regime.
§ 1º- Será assegurada ao servidor licenciado ou afastado sem remuneração a manutenção da
vinculação ao regime próprio de previdência social do Estado, mediante o recolhimento mensal da
respectiva contribuição, assim como da contribuição patronal prevista na legislação aplicável,
observando-se os mesmos percentuais e incidente sobre a remuneração total do cargo a que faz
jus no exercício de suas atribuições, computando-se, para esse efeito, inclusive, as vantagens
pessoais.
§ 2º - O recolhimento de que trata o § 1° deve ser efetuado até o segundo dia útil após a data do
pagamento das remunerações dos servidores públicos.
§ 3º - Em caso de atraso no recolhimento, serão aplicados os encargos moratórios previstos para
a cobrança dos tributos estaduais, cessando, após 60 (sessenta) dias, as coberturas
previdenciárias até a total regularização dos valores devidos, conforme dispuser o regulamento.
Seção VI
Das Disposições Finais

Artigo 13 - O disposto nesta lei complementar aplica-se aos servidores titulares de cargos efetivos
da Administração direta e indireta, da Assembléia Legislativa, do Tribunal de Contas do Estado de
São Paulo e seus Conselheiros, além das Universidades, Defensoria Pública, Poder Judiciário e
seus membros, e Ministério Público e seus membros, abrangidos pela Lei Complementar nº 1.010,
de 1º de junho de 2007.
Parágrafo único - Aos servidores militares ativos, da reserva reformada e seus pensionistas
aplicam-se somente as regras previstas nos artigos 8º e seguintes desta lei complementar.
Artigo 14 - O Poder Executivo deverá regulamentar esta lei complementar no prazo de 180 (cento
e oitenta) dias a contar de sua publicação.
Artigo 15 - Com a entrada em vigor das contribuições previstas nos artigos 8º e 9º desta lei
complementar, ficam revogadas as contribuições previstas nas Leis Complementares nºs 943, de
23 de junho de 2003, 954, de 31 de dezembro de 2003, e 180, de 12 de maio de 1978, bem como
da Lei nº 452, de 2 de outubro de 1974.
Artigo 16 - Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio dos Bandeirantes, 5 de julho de 2007.
JOSÉ SERRA
Mauro Ricardo Machado Costa
Secretário da Fazenda
Aloysio Nunes Ferreira Filho
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 5 de julho de 2007.
DECRETO Nº 52.859, DE 02 DE ABRIL DE 2008
Regulamenta a Lei Complementar nº 1.012, de 5 de julho de 2007
JOSÉ SERRA, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais
e com fundamento no artigo 14 da Lei Complementar nº 1.012, de 5 de julho de 2007,
Decreta:
CAPÍTULO I
Disposição Preliminar
Artigo 1º - As disposições deste decreto aplicam-se aos segurados do Regime Próprio de
Previdência Social - RPPS de que trata o artigo 2º da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho
de 2007.
CAPÍTULO II
Das Contribuições Sociais ao RPPS
SEÇÃO I
Da Contribuição do Servidor Ativo
Artigo 2º - A contribuição social do servidor ativo ao RPPS é de 11% (onze por cento) e incidirá
sobre a totalidade da base de contribuição, nos termos do artigo 8º da Lei Complementar nº 1.012,
de 5 de julho de 2007.
Artigo 3º - A base de contribuição referida no artigo 2º deste decreto corresponde à totalidade do
subsídio, da remuneração ou dos vencimentos, incluídas as vantagens pecuniárias permanentes,
os adicionais de caráter individual e quaisquer outras vantagens pessoais incorporadas ou
suscetíveis de incorporação e excluídos unicamente:
I - as diárias para viagens;
II - o auxílio-transporte;
III - o salário-família;
IV - o salário-esposa;
V - o auxílio-alimentação;
VI - as parcelas remuneratórias pagas em decorrência de local de trabalho;
VII - a parcela percebida em decorrência do exercício de cargo em comissão ou de função de
confiança;
VIII - o abono de permanência;
IX - a parcela correspondente a 1/3 (um terço) de férias;
X - outras vantagens não incorporáveis instituídas em lei.
§ 1º - O décimo terceiro salário será considerado para a aferição da base de contribuição de que
trata o "caput" deste artigo.
§ 2º - O servidor poderá optar pela inclusão na base de contribuição das parcelas remuneratórias
a que se referem os incisos VI e VII deste artigo, para efeito de cálculo do benefício
previdenciário, respeitada, em qualquer hipótese a limitação estabelecida no § 2° do artigo 40 da
Constituição Federal.
§ 3º - A opção de que trata o § 2º deste artigo, admissível depois de se iniciar a percepção da
parcela a que se referir, será exercida com o preenchimento de formulário próprio fornecido pela
São Paulo Previdência - SPPREV e produzirá efeitos:
1. no mês em que for manifestada, se a comunicação à SPPREV ocorrer até o cadastramento da
parcela;
2. no mês seguinte ao da manifestação, quando comunicada à SPPREV em período posterior ao
fixado no item anterior.
§ 4º - Os descontos efetuados no subsídio, na remuneração ou nos vencimentos, em razão de
faltas justificadas e injustificadas ou perda de vencimentos, somente serão considerados, para a
aferição da base de contribuição, quando o servidor tenha ingressado no serviço público após a
publicação da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003.
Ã
SEÇÃO II
Da Contribuição do Inativo e do Pensionista
Artigo 4º - A contribuição social para o RPPS, devida pelos aposentados e pensionistas, será de
11% (onze por cento), incidente sobre a parcela dos proventos de aposentadoria e de pensão que
supere o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social -
RGPS.
§ 1º - Quando o inativo ou pensionista seja portador de doença incapacitante e nos termos do §
21 do artigo 40 da Constituição Federal, a contribuição prevista no "caput" deste artigo incidirá
apenas sobre a parcela dos proventos de aposentadoria e de pensão que supere o dobro do limite
máximo estabelecido para os benefícios do RGPS.
§ 2º - Para os fins do disposto no parágrafo anterior e conforme o artigo 151 da Lei federal nº
8.213, de 24 de julho de 1991, considera-se portador de doença incapacitante quem seja
acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa; hanseníase; alienação mental; neoplasia
maligna; cegueira; paralisia irreversível e incapacitante; cardiopatia grave; doença de Parkinson;
espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave; estado avançado da doença de Paget (osteíte
deformante); síndrome da deficiência imunológica adquirida-Aids; e contaminação por radiação,
com base em conclusão da medicina especializada.
§ 3º - Nos casos de percepção cumulativa de proventos de aposentadoria ou de pensão,
considerar-se-á, para o cálculo da contribuição de que trata o "caput" deste artigo, o somatório
dos valores percebidos, de forma que o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS
incida uma única vez.
§ 4º - O décimo terceiro salário será considerado para fins de incidência da contribuição de que
trata o "caput" deste artigo.
SEÇÃO III
Da Contribuição do Estado
Artigo 5º - A contribuição previdenciária do Estado de São Paulo para o custeio do RPPS
corresponderá ao dobro do valor da contribuição dos servidores, nos termos do parágrafo único
do artigo 32 da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007.
Parágrafo único - O Estado é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras
do RPPS, decorrentes do pagamento dos benefícios previdenciários.
SEÇÃO IV
Do Recolhimento e da Finalidade das Contribuições
Artigo 6º - As contribuições devidas pelos servidores, pelos inativos e pensionistas e pelo Estado,
para o custeio do RPPS, serão contabilizadas separadamente e recolhidas em favor da SPPREV
na data do pagamento do subsídio, dos vencimentos ou da remuneração, dos proventos de
aposentadoria e das pensões.
§ 1º - A contribuição dos servidores ativos, dos inativos e dos pensionistas dar-se-á mediante
desconto mensal na respectiva folha de pagamento.
§ 2º - Os recursos provenientes das contribuições a que se refere o "caput" deste artigo:
1. destinam-se exclusivamente ao custeio dos benefícios previdenciários do RPPS;
2. deverão ser contabilizados em contas específicas;
3. serão administrados segundo as regras contidas nas Resoluções do Conselho Monetário
Nacional - CMN e sob a orientação, a supervisão e o acompanhamento do Ministério da
Previdência e Assistência Social, nos termos do artigo 9º, inciso I, da Lei federal nº 9.717, de 27
de novembro de 1998.
§ 3º - Ficam vedados empréstimos e financiamentos de qualquer natureza, para qualquer pessoa
física ou jurídica, bem como o pagamento de benefícios previdenciários mediante convênio ou
consórcios, nos termos da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007.
CAPÍTULO III
Do Servidor Público Afastado ou Licenciado e de sua Vinculação ao RPPS
Artigo 7º O servidor afastado ou licenciado manterá seu vínculo ao RPPS:
I - quando cedido a órgão ou entidade de outro ente da federação, com ou sem ônus para o
cessionário, nos termos do artigo 1º-A, da Lei federal nº 9.717, de 27 de novembro de 1998,
incluído pela Medida Provisória nº 2.817-13, de 2001;
II - quando o tempo de licenciamento seja considerado como de efetivo exercício no cargo;
III - durante o afastamento do cargo efetivo para o exercício de mandato eletivo.
Parágrafo único - O servidor que, durante o exercício do mandato de Vereador, ocupe
concomitantemente seu cargo efetivo, permanece vinculado, por este, ao RPPS e filia-se, pelo
mandato eletivo, ao RGPS.
Artigo 8º - Quando não se tratar de hipótese indicada no artigo 7º deste decreto e ressalvada a
opção de que trata o § 1º deste artigo, o servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem
direito à remuneração, terá suspenso o seu vínculo com o RPPS enquanto durar o afastamento ou
a licença, não lhe assistindo, neste período, os benefícios do mencionado regime.
§ 1º - O servidor licenciado ou afastado sem remuneração poderá optar pela manutenção da
vinculação ao RPPS.
§ 2º - A manutenção do vínculo com o RPPS dependerá do recolhimento mensal, pelo servidor, da
respectiva contribuição e da contribuição do Estado.
§ 3º - O recolhimento de que trata o § 2º deste artigo:
1. observará os mesmos percentuais e incidirá sobre a totalidade da base de cada contribuição,
como se o servidor estivesse no exercício de suas atribuições;
2. deverá ser efetuado até o segundo dia útil após a data do pagamento das remunerações dos
servidores públicos.
§ 4º - Em caso de atraso no recolhimento, serão aplicados os encargos moratórios previstos para
a cobrança dos tributos estaduais, cessando, após 60 (sessenta) dias, as coberturas
previdenciárias até a total regularização dos valores devidos.
§ 5º - A opção pela manutenção do vínculo com o RPPS poderá ser feita no momento do
afastamento do cargo, ou em até 30 (trinta) dias após a publicação do ato que a tiver deferido.
Artigo 9º - Quando o servidor seja cedido a outro ente federativo, e o ônus de pagar sua
remuneração seja do órgão ou da entidade cessionária, a este também caberá:
I - realizar o desconto da contribuição devida pelo servidor;
II - pagar a contribuição devida pelo ente de origem;
III - repassar à SPPREV as importâncias relativas às contribuições mencionadas nos incisos I e II
deste artigo.
§ 1º - Caso o cessionário não repasse as contribuições à SPPREV no prazo legal, caberá ao
órgão ou ente cedente efetuá-lo, sem prejuízo do reembolso de tais valores junto ao cessionário.
§ 2º - O termo ou ato de cessão do servidor com ônus para o cessionário deverá prever a
responsabilidade deste pelo desconto, recolhimento e repasse das contribuições previdenciárias à
SPPREV, conforme valores informados mensalmente pelo cedente.
Artigo 10 - Quando o servidor seja cedido a outro ente federativo, sem ônus para o cessionário, o
cedente continuará responsável pelo desconto e pelo repasse das contribuições à SPPREV.
Artigo 11 - Nas hipóteses de cessão, licenciamento ou afastamento de servidor, de que trata o
artigo 7º, inciso I, deste decreto, o cálculo da contribuição será feito de acordo com a
remuneração do cargo efetivo de que o servidor é titular.
§ 1º - É facultado ao servidor requerer à SPPREV a inclusão na base de contribuição das parcelas
remuneratórias complementares, pagas pelo ente cessionário e não componentes da
remuneração do cargo efetivo, quando percebidas em decorrência de local de trabalho, de
exercício de cargo em comissão ou de função de confiança.
§ 2º - Sobre as parcelas referidas no § 1º deste artigo não incidirão contribuições para o RPPS do
ente cessionário, nem para o RGPS.
CAPÍTULO IV
Do Abono de Permanência
Artigo 12 - Os servidores que tenham completado ou venham a completar as exigências para a
aposentadoria voluntária e optem por permanecer em atividade poderão requerer o abono de
permanência a que se refere o § 19 do artigo 40 da Constituição Federal, acrescido pelo artigo 1º
da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003.
Parágrafo único - O requerimento a que se refere o "caput" deste artigo será feito com o
preenchimento de formulário próprio e dirigido ao órgão setorial ou subsetorial de recursos
humanos ao qual o interessado estiver vinculado.
Artigo 13 - O valor do abono de permanência será equivalente ao da contribuição social
efetivamente descontada do servidor ativo ou recolhida por este ao RPPS.
§ 1º - Deferido o abono de permanência, o órgão no qual o servidor estiver lotado arcará, a partir
da data do requerimento, com o pagamento integral do respectivo valor.
§ 2º - A concessão do abono de permanência não dispensa o órgão ou ente público a que se
refere o § 1º deste artigo de reter e recolher à SPPREV a contribuição social do servidor e a
contribuição devida pelo Estado.
Artigo 14 - O direito ao abono de permanência cessará na data da aposentadoria do servidor, em
qualquer de suas modalidades.
Artigo 15 - O abono de permanência não será incluído na base de cálculo para fixação do valor
de qualquer benefício previdenciário.
Artigo 16 - No caso de acúmulo de cargos, o abono de permanência será devido considerando-se
cada cargo no qual o servidor tenha implementado as condições para aposentadoria.
Artigo 17 - Na hipótese de afastamento com prejuízo do subsídio, dos vencimentos ou da
remuneração, o abono de permanência será pago pelo órgão ou ente cedente, observado o
disposto no § 2º deste artigo.
§ 1º - O pagamento do abono de permanência não dispensa o órgão ou ente cessionário de reter
e recolher à SPPREV a contribuição social do servidor e a contribuição do Estado, por ele
suportada.
§ 2º - O órgão setorial ou subsetorial de recursos humanos a que seja apresentado o
requerimento a que se refere o artigo 12 deste decreto informará o seu deferimento ao órgão ou
ente cessionário, para o devido reembolso ao servidor, a partir da data do ingresso do pedido no
protocolo.
§ 3º - É do órgão cedente a responsabilidade pelo repasse à SPPREV da contribuição do Estado.
CAPÍTULO V
Da Pensão e da Comprovação da Dependência Econômica
Artigo 18 - Têm direito à pensão por morte do servidor:
I - o cônjuge ou o companheiro ou companheira, na constância, respectivamente, do casamento
ou da união estável;
II - o companheiro ou a companheira, na constância da união homoafetiva;
III - os filhos, de qualquer condição ou sexo, de idade igual à prevista na legislação do regime
geral da previdência social e não emancipados, bem como os inválidos para o trabalho e os
incapazes civilmente, estes dois últimos desde que comprovadamente vivam sob dependência
econômica do servidor;
IV - os pais, desde que comprovadamente vivam sob dependência econômica do servidor, e não
existam dependentes das classes mencionadas nos incisos I, II ou III deste artigo, ressalvado o
disposto no § 3º deste artigo.
§ 1º - O enteado e o menor tutelado equiparam-se ao filho, desde que comprovadamente vivam
sob dependência econômica do servidor.
§ 2º - A pensão atribuída ao filho inválido ou incapaz será devida enquanto durar a invalidez ou
incapacidade.
§ 3º - Mediante declaração escrita do servidor, os dependentes enumerados no inciso IV deste
artigo poderão concorrer em igualdade de condições com os demais.
§ 4º - A invalidez ou a incapacidade supervenientes à morte do servidor não conferem direito à
pensão, exceto se tiverem início durante o período em que o dependente usufruía o benefício.
§ 5º - Considera-se união estável, para os fins do inciso I deste artigo, aquela verificada entre
homem e mulher, como entidade familiar, quando forem solteiros, separados judicialmente,
divorciados ou viúvos, ou tenham prole em comum, enquanto não se separarem.
§ 6º - Considera-se união homoafetiva, para os fins do inciso II deste artigo, aquela verificada
entre pessoas do mesmo sexo, como entidade familiar.
Artigo 19 - A pensão de que trata o artigo 18 deste decreto será paga aos beneficiários, mediante
rateio, em partes iguais.
§ 1º - O pagamento da pensão retroagirá à data do óbito, quando requerido em até 60 (sessenta)
dias depois deste e, ultrapassado esse prazo, será feito a partir da data do requerimento.
§ 2º - A pensão será concedida ao dependente que primeiro vier a requerê-la, admitindo-se novas
inclusões a qualquer tempo, cujos efeitos financeiros serão produzidos nos termos do § 1º deste
artigo.
§ 3º - Com a perda da qualidade de dependente, será extinta a respectiva quota de pensão e esta
somente reverterá de filhos para cônjuge ou companheiro ou companheira e destes para aqueles.
§ 4º - Com a extinção da última quota de pensão, extingue-se o benefício.
Artigo 20 - Quando a pensão seja postulada pelo companheiro ou companheira do servidor, a
união estável ou a união homoafetiva será comprovada com a apresentação de requerimento à
SPPREV, instruído com, no mínimo, três documentos, relativos a aspectos diferentes, dentre os
enumerados a seguir:
I - contrato escrito;
II - declaração de coabitação;
III - cópia de declaração de imposto de renda;
IV - disposições testamentárias;
V - certidão de nascimento de filho em comum;
VI - certidão ou declaração de casamento religioso;
VII - comprovação de residência em comum;
VIII - comprovação de encargos domésticos que evidenciem a existência de sociedade ou
comunhão nos atos da vida civil;
IX - procuração ou fiança reciprocamente outorgada;
X - comprovação de compra e venda de imóvel em conjunto;
XI - contrato de locação de imóvel em que figurem como locatários ambos os conviventes;
XII - comprovação de conta bancária conjunta;
XIII - apólice de seguro em que conste o(a) companheiro(a) como beneficiário(a);
XIV - registro em associação de classe no qual conste o(a) companheiro(a) como beneficiário(a);
XV - inscrição em instituição de assistência médica do(a) companheiro(a) como beneficiário(a).
Parágrafo único - A apresentação de decisão judicial irrecorrível reconhecendo a união estável
ou a união homoafetiva dispensa a apresentação dos documentos enumerados no "caput" deste
artigo.
Artigo 21 - A comprovação de dependência econômica, necessária para o deferimento de pensão
ao filho inválido para o trabalho ou incapaz civilmente, ao enteado, ao menor tutelado e aos pais
do servidor, será feita com a apresentação de, no mínimo, três documentos, dentre os
enumerados a seguir:
I - declaração pública feita perante tabelião;
II - cópia de declaração de imposto de renda, em que conste nominalmente o interessado como
dependente;
III - disposições testamentárias;
IV - comprovação de residência em comum;
V - apólice de seguro em que conste o interessado como beneficiário;
VI - registro em associação de classe onde conste o interessado como beneficiário;
VII - inscrição em instituição de assistência médica do interessado como beneficiário.
Parágrafo único - Sem prejuízo do disposto no "caput" deste artigo, os dependentes que
integrem as classes a seguir indicadas também instruirão seus requerimentos:
1. o filho inválido, com laudo fornecido por médico perito designado pela SPPREV, demonstrativo
de sua invalidez, e com sua certidão de nascimento;
2. o filho civilmente incapaz, com cópia de sentença declaratória de interdição transitada em
julgado, e com sua certidão de nascimento;
3. o enteado, com sua certidão de nascimento e com certidão demonstrativa de que seu genitor
era casado com o servidor;
4. o menor tutelado que não possua bens próprios, com sua certidão de nascimento, o termo de
tutela definitiva e a declaração, firmada pelo servidor ou por seu responsável, de que não tem
bens próprios para seu sustento;
5. o pai e a mãe, com a certidão de nascimento do servidor e a declaração escrita em que este
tenha nomeado um deles ou ambos como dependentes, a qual somente terá eficácia quando não
tenham bens próprios para seu sustento.
Artigo 22 - Por decisão motivada, o Diretor Presidente da SPPREV poderá indeferir os
requerimentos previstos nos artigos 20 e 21 deste decreto, quando os documentos exibidos não
bastem para demonstrar que o interessado, na data do óbito do servidor, dependia
economicamente dele ou atendia aos demais requisitos fixados na lei para a aquisição e o
exercício do direito à pensão.
CAPÍTULO VI
Do Salário-Família, Do Auxílio Reclusão e Funeral
Artigo 23 - Ao servidor ou ao inativo de baixa renda será concedido salário-família por:
I - filho ou equiparado de qualquer condição menor de 14 (quatorze) anos;
II - filho inválido de qualquer idade.
§ 1º - O critério para aferição da baixa renda do servidor ou do inativo será o mesmo utilizado para
trabalhadores vinculados ao RGPS.
§ 2º - O pagamento do salário-família será devido a partir da data da apresentação da certidão de
nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado ou ao inválido e estará
condicionado à apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória, até seis anos de idade,
e de comprovação de freqüência à escola do filho menor ou equiparado, a partir dos seis anos de
idade.
§ 3º - O benefício do salário-família ficará suspenso até que o interessado apresente o atestado
de vacinação obrigatória e o comprovante de freqüência escolar, referidos no § 3º deste artigo.
§ 4º - A freqüência escolar será comprovada com a apresentação de documento, relativo ao aluno
e emitido pelo estabelecimento de ensino, na forma da legislação própria.
Artigo 24 - Aos dependentes de servidor de baixa renda, enquanto permanecer recolhido à
prisão, será concedido auxílio-reclusão.
§ 1º - O critério para aferição da baixa renda do servidor a que alude o "caput" deste artigo é o
mesmo utilizado para os trabalhadores sujeitos ao RGPS.
§ 2º - O valor do auxílio-reclusão será idêntico ao do salário de contribuição do servidor.
§ 3º - O pagamento do auxílio-reclusão obedecerá aos mesmos critérios estabelecidos no artigo
19 deste decreto.
§ 4º - Consideram-se dependentes, para fins do disposto no "caput" deste artigo, as pessoas
mencionadas no artigo 18 deste decreto.
§ 5º - O direito à percepção do benefício cessará:
1. no caso de extinção da pena;
2. se ao servidor, ao final do processo criminal, for imposta a perda do cargo;
3. se da decisão administrativa irrecorrível, em processo disciplinar, resultar imposição da pena
demissória, simples ou agravada;
4. por morte do servidor ou do beneficiário do auxílio.
§ 6º - O pagamento do benefício de que trata este artigo será suspenso em caso de fuga,
concessão de liberdade condicional ou alteração do regime prisional para prisão albergue e
somente será retomado caso se modifiquem essas situações.
§ 7º - O requerimento para obtenção do auxílio-reclusão será instruído com a certidão do efetivo
recolhimento do servidor à prisão, expedida por autoridade competente, devendo ser renovada a
cada 3 (três) meses e apresentada pelo interessado à SPPREV, para fins de percepção do
benefício.
Artigo 25 - Ao cônjuge, companheiro ou companheira ou, na sua falta, aos filhos de qualquer
condição ou aos pais será concedido auxílio-funeral, a título de assistência à família do servidor
ativo ou inativo falecido, de valor correspondente a 1 (um) mês da remuneração.
§ 1º - Se o óbito do policial civil, de integrante da carreira de Agente de Segurança Penitenciária e
da classe de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária ocorrer em decorrência de lesões
recebidas no exercício de suas funções, o valor do auxílio-funeral corresponderá a 2 (dois) meses
da respectiva remuneração.
§ 2º - A concessão do valor do benefício nos termos do § 1º deste artigo dependerá da
comprovação da causa do óbito, resultante de competente apuração.
§ 3º - As despesas com o funeral do servidor e do inativo que tenham sido efetuadas por terceiros
serão ressarcidas até o limite previsto no "caput" deste artigo.
§ 4º - As despesas com o funeral que tenham sido custeadas por entidade prestadora de serviços
dessa natureza serão ressarcidas até o limite previsto no "caput" deste artigo, mediante a
apresentação de alvará judicial.
§ 5º - O pagamento do auxílio-funeral ficará condicionado à apresentação da prova de identidade
do requerente, da certidão de óbito, do comprovante das despesas efetivamente realizadas e do
alvará judicial.
§ 6º - O pagamento do auxílio-funeral será efetuado uma única vez, nos termos das disposições
deste artigo.
§ 7º - Quando as despesas com o funeral do servidor ou inativo forem efetuadas por terceiros ou
por entidade prestadora de serviços dessa natureza, e em valor inferior ao limite previsto no
"caput" ou no § 1º deste artigo, conforme o caso, a diferença para atingir o limite neles previstos
será paga ao cônjuge, companheiro ou companheira, ou, na sua falta, aos filhos de qualquer
condição ou aos pais.
§ 8º - A comprovação de qualidade de companheiro ou companheira, em união estável ou união
homoafetiva, para o recebimento do auxílio-funeral, dar-se-á nos termos dos artigos 18 e 20 deste
decreto.
Artigo 26 - O auxílio-reclusão, o salário-família e o auxílio-funeral serão geridos pela SPPREV,
mediante reembolso do órgão de origem, quando o respectivo beneficiário for servidor inativo ou
seu dependente.
CAPÍTULO VII
Das Disposições Finais e Transitórias
Artigo 27 - No prazo de 30 (trinta) dias, a contar da publicação deste decreto, os órgãos setoriais
ou subsetoriais de recursos humanos, ou seus correspondentes, nos órgãos cedentes, fornecerão
à SPPREV a relação dos servidores afastados, com a indicação do início de cada afastamento, do
órgão ou ente em que estão em exercício e da existência, ou não, de prejuízo para o subsídio, os
vencimentos ou a remuneração.
Artigo 28 - Para o servidor que se encontrava em atividade antes da publicação da Lei
Complementar nº 1012, de 5 de julho de 2007, e que optar pela inclusão na base de contribuição
de parcelas remuneratórias percebidas em decorrência de local de trabalho, de exercício de cargo
em comissão ou de função de confiança, no cálculo de seus benefícios previdenciários serão
observados os seguintes critérios:
I - o tempo mínimo de contribuição será de 1 (um) ano;
II - o valor corresponderá a 1/30 (um trinta avos) para a servidora, e 1/35 (um trinta e cinco avos)
para o servidor, por ano de contribuição, até o limite de 30/30 (trinta trinta avos) e 35/35 (trinta e
cinco trinta e cinco avos), respectivamente, aferidos sobre a média do período.
Artigo 29 - Os valores das contribuições que não tenham sido recolhidos à SPPREV serão, nos
termos do inciso II do artigo 26 da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007, deduzidos
do repasse obrigatório de recursos imediatamente posterior, feito ao órgão ou entidade
responsável pela respectiva retenção e pagamento.
Artigo 30 - A SPPREV manterá um cadastro individualizado para cada contribuinte do RPPS, nos
termos do inciso V do artigo 3º da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007, que será
atualizado permanentemente com as informações fornecidas pelos órgãos da Administração
direta e indireta do Estado de São Paulo.
Parágrafo único - O contribuinte receberá anualmente, no mês do seu aniversário, as
informações constantes do seu cadastro, que lhe serão fornecidas pela SPPREV mediante
comprovante impresso ou certidão eletrônica devidamente autenticada, nos termos do § 7º do
artigo 3º da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007.
Artigo 31 - Compete ao Diretor Presidente da SPPREV, no exercício de sua atribuição de orientar,
supervisionar e regulamentar o RPPS, estabelecer e publicar parâmetros, procedimentos e
diretrizes gerais, necessários para dar aplicação às disposições deste decreto.
Artigo 32 - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio dos Bandeirantes, 2 de abril de 2008
JOSÉ SERRA
Mauro Ricardo Machado Costa
Secretário da Fazenda
Aloysio Nunes Ferreira Filho
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicado na Casa Civil, aos 2 de abril de 2008.
A

Ficha informativa
Texto com alterações
LEI COMPLEMENTAR Nº 1.013, DE 06 DE JULHO DE 2007
(Atualizada até a Lei Complementar nº 1.123, de 01 de julho de 2010)

Altera a Lei n. 452, de 2 de outubro de 1974, e o Decreto-lei n. 260, de 29 de maio de 1970

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:


Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei complementar:
Artigo 1º - Os artigos 6º, 8º, 9º, 10, 11, 16, 20, 23, 26, 29, 31 e o inciso II do artigo 34, todos da Lei
nº 452, de 2 de outubro de 1974, que instituiu a Caixa Beneficente da Polícia Militar - CBPM, em
cumprimento ao disposto no artigo 42 e seus parágrafos da Constituição Federal, passam a
vigorar com a seguinte redação:
"Artigo 6º - São contribuintes obrigatórios:
I - os militares do serviço ativo;
II - os militares agregados ou licenciados;
III - os militares da reserva remunerada ou reformados;
IV - os pensionistas dos militares a que se referem os incisos I, II e III deste artigo." (NR)
Artigo 8º - São dependentes do militar, para fins de recebimento de pensão:
I - o cônjuge ou o companheiro ou companheira, na constância, respectivamente, do casamento
ou da união estável;
II - os filhos, de qualquer condição ou sexo, de idade igual à prevista na legislação do regime geral
da previdência social e não emancipados, bem como os inválidos para o trabalho e os incapazes
civilmente, esses dois últimos desde que comprovadamente vivam sob dependência econômica
do militar;
III - os pais, desde que comprovadamente vivam sob dependência econômica do militar, e não
existam dependentes das classes mencionadas nos incisos I ou II deste artigo, ressalvado o
disposto no parágrafo § 3° deste artigo.
§ 1º - O enteado e o menor tutelado equiparam-se ao filho desde que comprovadamente vivam
sob dependência econômica do militar.
§ 2º - A pensão atribuída ao filho inválido ou incapaz será devida enquanto durar a invalidez ou
incapacidade.
§ 3º - Mediante declaração escrita do militar os dependentes enumerados no inciso III deste artigo
poderão concorrer em igualdade de condições com os demais.
§ 4º - A invalidez ou a incapacidade supervenientes à morte do militar não conferem direito à
pensão, exceto se tiverem início durante o período em que o dependente usufruía o benefício.
§ 5º - A comprovação de dependência econômica dos dependentes enumerados na segunda
parte do inciso II, no inciso III e no § 1° deste artigo deverá ter como base a data do óbito do
militar de acordo com as regras e critérios estabelecidos em norma regulamentar.
§ 6º - Na falta de decisão judicial com trânsito em julgado reconhecendo a união estável, o
companheiro ou companheira deverá comprová-la conforme estabelecido em norma
regulamentar." (NR)
Artigo 9º - Com a morte do militar, a pensão será paga aos dependentes mediante rateio, em
partes iguais.
§ 1º - O valor da pensão será calculado de acordo com a regra prevista no artigo 26 desta lei,
procedendo-se, posteriormente, à divisão do benefício em quotas, nos termos deste artigo.
§ 2º - O pagamento do benefício retroagirá à data do óbito, quando requerido em até 60
(sessenta) dias depois deste.
§ 3º - O pagamento do benefício será feito a partir da data do requerimento, quando ultrapassado
o prazo previsto no § 2º deste artigo.
§ 4º - A pensão será concedida ao dependente que primeiro vier a requerê-la, admitindo-se novas
inclusões a qualquer tempo, que produzirão efeitos financeiros a partir da data em que forem
requeridas, nos termos dos parágrafos 2° e 3° deste artigo.
§ 5º - A perda da qualidade de dependente pelo pensionista implica na extinção de sua quota de
pensão, admitida a reversão da respectiva quota somente de filhos para cônjuge ou companheiro
ou companheira e destes para aqueles.
§ 6º - Com a extinção da última quota de pensão extingue-se o benefício." (NR)
Artigo 10 - A perda da qualidade de dependente dar-se-á em virtude de:
I - falecimento, considerada para esse fim a data do óbito;
II - não cumprimento de qualquer dos requisitos ou condições estabelecidos nesta lei;
III - matrimônio ou constituição de união estável.
Parágrafo único - Aquele que perder a qualidade de dependente não a restabelecerá." (NR)
Artigo 11 - O ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-companheira somente terão direito à pensão se o
militar lhe prestava pensão alimentícia na data do óbito.
Parágrafo único - O ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-companheira concorrerão em igualdade de
condições com os demais dependentes, sendo o valor de seu benefício limitado ao valor da
pensão alimentícia que recebia do militar." (NR)
Artigo 16 - Nenhum dependente poderá receber mais de uma pensão decorrente desta lei, exceto
filho, enteado e menor tutelado, de casal contribuinte, assegurado aos demais o direito de opção
pela pensão mais vantajosa." (NR)
Artigo 20 - A incapacidade e a invalidez, para os fins previstos no artigo 8° desta lei, serão
verificadas mediante perícia por junta de saúde militar." (NR)
Artigo 23 - O direito à pensão não está sujeito à decadência ou prescrição." (NR)
Artigo 26 - O valor inicial da pensão por morte devida aos dependentes do militar falecido será
igual à totalidade da remuneração do militar no posto ou graduação em que se deu o óbito, ou dos
proventos do militar da reserva remunerada ou reformado na data do óbito, até o limite máximo
estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o artigo 201 da
Constituição Federal, acrescido de 70% (setenta por cento) da parcela que exceder esse limite,
exceto na situação prevista no § 1º do artigo 1º da Lei nº 5.451, de 22 de dezembro de 1986,
quando o valor do benefício corresponderá à integralidade dos vencimentos ou proventos do
militar." (NR)
Artigo 29 - Fica assegurado o direito à percepção de auxílio-reclusão ao dependente de militar do
serviço ativo, da reserva remunerada, do reformado e do agregado percebendo vencimentos ou
licenciado que estiver preso provisoriamente ou condenado a pena privativa de liberdade, até 2
(dois) anos, enquanto permanecer em regime fechado ou estiver internado por medida de
segurança.
§ 1º - O pagamento do auxílio-reclusão obedecerá aos mesmos critérios estabelecidos no artigo 9º
desta lei, enquanto o militar permanecer na situação de que trata o "caput" deste artigo.
§ 2º - Consideram-se dependentes, para os fins do disposto no "caput" deste artigo, as pessoas
discriminadas nos incisos I a III e no § 1º do artigo 8º desta lei.
§ 3º - Durante o pagamento do auxílio-reclusão o policial militar deixará de perceber vencimentos.
§ 4º - O direito à percepção do benefício cessará:
1. no caso da extinção da pena;
2. com a exoneração, demissão ou expulsão do militar, ou com sua colocação em liberdade
definitiva;
3. por morte do militar ou do dependente.
§ 5º - O pagamento do benefício de que trata este artigo será suspenso em caso de fuga,
concessão de liberdade condicional ou progressão do regime prisional, podendo ser retomados os
pagamentos no caso de modificação dessas situações.
§ 6º - O requerimento para obtenção do auxílio-reclusão, além de outros requisitos previstos em lei
ou regulamento, será instruído, obrigatoriamente, com certidão do efetivo recolhimento à prisão do
militar do serviço ativo, da reserva remunerada, do reformado e do agregado percebendo
vencimentos ou do licenciado, expedida por autoridade competente, devendo ser renovada a cada
3 (três) meses, junto à unidade previdenciária, para fins de percepção do benefício.
§ 7º - A condenação criminal superveniente à demissão ou expulsão do militar não confere
qualquer direito ao auxílio-reclusão de que trata este artigo." (NR)
Artigo 31 - A taxa de contribuição para a assistência médico-hospitalar e odontológica é de 2%
(dois por cento) da respectiva retribuição-base.
§ 1º - A taxa de contribuição dos pensionistas da CBPM é de 1% (um por cento) do valor da
pensão que estejam percebendo.
§ 2º - As taxas de contribuição de que trata este artigo serão recolhidas diretamente à CBPM, que
as repassará, de imediato, à Cruz Azul de São Paulo.
§ 3º - A retribuição-base mensal será constituída dos vencimentos, indenização por sujeição ao
Regime Especial de Trabalho Policial Militar, gratificações, outras vantagens pecuniárias e
proventos, excetuadas as parcelas relativas a salário-família, diárias, ajuda de custo, transporte,
auxílio-funeral, representações de qualquer natureza e equivalente." (NR)
Artigo 34 - .............................................................
II - os filhos, de qualquer condição ou sexo, de idade igual à prevista na legislação do regime geral
da previdência social e não emancipados, bem como os inválidos para o trabalho e os incapazes
civilmente, esses dois últimos desde que comprovadamente vivam sob dependência econômica
do militar;" (NR)
Artigo 2º - Para os óbitos ocorridos antes da data da publicação desta lei complementar, o cálculo
da pensão devida ao dependente obedecerá as regras da legislação vigente na data do óbito.
Parágrafo único - Na ocorrência de novo rateio do benefício aplicar-se-ão as regras previstas na
legislação a que se refere o "caput" deste artigo.
Artigo 3º - Ficam assegurados aos atuais pensionistas os direitos previdenciários previstos na
legislação vigente antes da data da publicação desta lei complementar, enquanto mantiverem as
condições que, sob a égide da legislação anterior, lhes garantia o benefício.
Artigo 4º - Ao militar do serviço ativo, ao agregado percebendo vencimentos, ao licenciado, ao da
reserva remunerada ou ao reformado será concedido salário-família por:
I - filho ou equiparado de qualquer condição menor de 14 (quatorze) anos;
II - filho inválido de qualquer idade.
§ 1º - O pagamento do salário-família é condicionado à apresentação da certidão de nascimento
do filho ou da documentação relativa ao equiparado ou ao inválido e, anualmente, à apresentação
de atestado de vacinação obrigatória e de comprovação de freqüência à escola do filho menor ou
equiparado, nos termos do regulamento.
§ 2º - O critério para fins de pagamento do salário-família será o mesmo utilizado para os
trabalhadores vinculados ao Regime Geral de Previdência Social.
Artigo 5º - Ao militar recolhido à prisão antes da data da vigência desta lei complementar aplicar-
se-ão as regras previstas na legislação então vigente.
Artigo 6º - Ao cônjuge, companheiro ou companheira ou, na falta destes, à pessoa que provar ter
feito despesas em virtude do falecimento do policial militar do serviço ativo, do agregado
percebendo vencimentos, do licenciado, da reserva remunerada ou do reformado, será concedido
auxílio-funeral, a título de benefício assistencial, de valor correspondente a 1 (um) mês da
respectiva remuneração. (NR)
§ 1º - o pagamento será efetuado pelo órgão competente, mediante apresentação de atestado de
óbito pelas pessoas indicadas no ‘caput’ deste artigo, ou procurador legalmente habilitado, feita a
prova de identidade. (NR)
§ 2º - no caso de ficar comprovado, por meio de competente apuração, que o óbito do militar
decorreu de lesões recebidas no exercício da função policial, o benefício será acrescido do valor
correspondente a mais 1 (um) mês da respectiva remuneração, cujo pagamento será efetivado
mediante apresentação de alvará judicial. (NR)
§ 3º - o pagamento do benefício previsto neste artigo, caso as despesas tenham sido custeadas
por terceiros, em virtude da contratação de planos funerários, somente será efetivado mediante
apresentação de alvará judicial. (NR)
- Artigo 6º com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, de 01/07/2010.
Artigo 7º - A contribuição previdenciária dos militares do serviço ativo, para a manutenção do
regime próprio de previdência dos militares do Estado, será de 11% (onze por cento) e incidirá
sobre a totalidade da base de contribuição.
§ 1º - Para os fins desta lei complementar, entende-se como base de contribuição o total dos
vencimentos do militar, incluindo-se o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens
pecuniárias permanentes estabelecidas em lei ou por outros atos concessivos, dos adicionais de
caráter individual e de quaisquer outras vantagens, excluídas:
1. as diárias para viagens;
2. o auxílio-transporte;
3. o salário-família;
4. o salário-esposa;
5. o auxílio-alimentação;
6. as parcelas percebidas em decorrência de local de trabalho;
7. as parcelas percebidas em decorrência do exercício de cargo em comissão ou de função de
confiança;
8. as demais vantagens não incorporáveis instituídas em lei.
§ 2º - O militar poderá optar pela inclusão, na base de contribuição, de parcelas remuneratórias
percebidas em decorrência de local de trabalho, de exercício de cargo em comissão ou de função
de confiança, para efeito de cálculo do seu benefício previdenciário, respeitada, em qualquer
hipótese, a limitação estabelecida no § 2º do art. 40 da Constituição Federal.
§ 3º - A inclusão das vantagens referidas no parágrafo anterior para efeito de cálculo do benefício
previdenciário dependerá do cumprimento de tempo mínimo de contribuição e valores médios
observados, dentre outros requisitos a serem previstos na regulamentação desta lei
complementar.
§ 4º - A contribuição dos militares de que trata o "caput" deste artigo entrará em vigor após 90
(noventa) dias da data da publicação desta lei complementar.
§ 5º - A contribuição previdenciária dos militares de que tratam as Leis Complementares nºs 943,
de 23 de junho de 2003 e 954, de 31 de dezembro de 2003, bem como a Lei nº 452, de 2 de
outubro de 1974 ficam mantidas, inclusive proporcionalmente aos dias de vigência, quando for o
caso, até o início do recolhimento das contribuições a que se refere o "caput" deste artigo.
§ 6º - As disposições deste artigo serão disciplinadas em regulamento.
Artigo 8º - Os militares da reserva remunerada, reformados, agregados e os pensionistas
contribuirão com 11% (onze por cento), incidentes sobre o valor da parcela dos proventos de
aposentadorias e pensões que supere o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime
Geral de Previdência Social.
Parágrafo único - Nos casos de acumulação remunerada de aposentadorias e/ou pensões,
considerar-se-á, para fins de cálculo da contribuição de que trata o "caput" deste artigo, o
somatório dos valores percebidos, de forma que a parcela remuneratória imune incida uma única
vez.
Artigo 9º - O décimo-terceiro salário será considerado para fins de incidência das contribuições de
que tratam os artigos 7º e 8º desta lei complementar.
Artigo 10 - O militar afastado ou licenciado do cargo, sem direito à remuneração, terá suspenso o
seu vínculo com o regime próprio de previdência dos militares do Estado enquanto durar o
afastamento ou a licença, não lhe assistindo, neste período, os benefícios do mencionado regime.
§ 1º - Será assegurada ao militar licenciado ou afastado sem remuneração a manutenção da
vinculação ao regime próprio de previdência dos militares do Estado, mediante o recolhimento
mensal da respectiva contribuição, observando-se os mesmos percentuais, e incidente sobre a
remuneração total do cargo a que faz jus quando no exercício de suas atribuições, computando-
se, para esse efeito, inclusive, as vantagens pessoais.
§ 2º - O recolhimento de que trata o § 1º deve ser efetuado até o segundo dia útil após a data do
pagamento dos vencimentos dos militares.
§ 3º - Em caso de atraso no recolhimento, serão aplicados os encargos moratórios previstos para
a cobrança dos tributos estaduais, cessando, após 60 (sessenta) dias, as coberturas
previdenciárias até a total regularização dos valores devidos, conforme dispuser o regulamento.
Artigo 11 - Com a entrada em vigor das contribuições previdenciárias previstas nos artigos 7º e 8º
desta lei complementar, ficam revogadas as contribuições previstas nas Leis Complementares nºs
943, de 23 de junho de 2003, e 954, de 31 de dezembro de 2003, bem como no artigo 24 da Lei nº
452, de 2 de outubro de 1974.
Artigo 12 - O Poder Executivo deverá regulamentar esta lei complementar no prazo de 180 (cento
e oitenta) dias a contar de sua publicação.
Artigo 13 - Os incisos I e II do artigo 7º do Decreto-lei nº 260, de 29 de maio de 1970, passam a
vigorar com a seguinte redação:
"Artigo 7º - .............................................................
I - não perceberá vencimentos e vantagens nas situações previstas nos incisos III, IV, V, VI, VIII, X,
XII e XIII do artigo 5º deste decreto-lei;
II - perceberá dois terços dos vencimentos e vantagens do respectivo posto ou graduação nos
casos dos incisos II e VII do artigo 5º deste decreto-lei;" (NR)
Artigo 14 - Ficam revogados os artigos 7º, 12, 13, 14, 15, 17, 19, 24, 28, 33, 39 e 43, e os incisos
III e IV do artigo 34 da Lei nº 452, de 2 de outubro de 1974.
Artigo 15 - Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio dos Bandeirantes, aos 6 de julho de 2007.
José Serra
Mauro Ricardo Machado Costa
Secretário da Fazenda
Ronaldo Augusto Bretas Margazão
Secretário da Segurança Pública
Aloysio Nunes Ferreira Filho
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 6 de julho de 2007.
DECRETO Nº 52.860, DE 02 DE ABRIL DE 2008
Regulamenta a contribuição previdenciária dos militares do serviço ativo, da reserva remunerada,
reformados, agregados e respectivos pensionistas, nos termos da Lei Complementar nº 1.013, de
6 de julho de 2007, e dá providências correlatas
JOSÉ SERRA, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais,
Decreta:
CAPÍTULO I
Disposição Preliminar
Artigo 1º - A contribuição previdenciária para a manutenção do Regime Próprio de Previdência
dos Militares do Estado - RPPM, de que trata a Lei Complementar nº 1.013, de 6 de julho de 2007,
obedecerá às normas estabelecidas neste decreto.
CAPÍTULO II
Dos Contribuintes Obrigatórios para o RPPM
Artigo 2º - São contribuintes obrigatórios para o RPPM:
I - os militares do serviço ativo;
II - os militares agregados ou licenciados, que continuarem a perceber vencimentos nessa
situação;
III - os militares da reserva remunerada ou reformados;
IV - os pensionistas dos militares a que se referem os incisos I, II e III deste artigo.
Artigo 3º - Para fins de controle da São Paulo Previdência - SPPREV, entidade gestora do RPPM,
será aberto um cadastro individualizado para cada contribuinte, nos termos do inciso V do artigo
3º da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007.
Parágrafo único - As informações constantes do cadastro de cada contribuinte serão
disponibilizadas anualmente, no mês de seu aniversário, mediante comprovante impresso ou
certidão eletrônica devidamente autenticada, nos termos do § 7º do artigo 3º da Lei Complementar
nº 1.010, de 1º de junho de 2007.
Artigo 4º - A contribuição previdenciária dos militares do serviço ativo, para o RPPM, devida a
partir de 5 de outubro de 2007, é de 11% (onze por cento) e incidirá sobre a totalidade da base de
contribuição.
§ 1º - Para fins de cálculo da contribuição previdenciária devida, entende-se como base de
contribuição o total dos vencimentos do militar, incluindo-se o padrão, acrescido das vantagens
pecuniárias permanentes estabelecidas em lei ou por outros atos concessivos, dos adicionais de
caráter individual e de quaisquer outras vantagens, excluídas:
1. as diárias para viagens;
2. o auxílio-transporte;
3. o salário-família;
4. o salário-esposa;
5. o auxílio-alimentação;
6. as parcelas percebidas em decorrência de local de trabalho;
7. as parcelas percebidas em decorrência do exercício de cargo em comissão ou de função de
confiança;
8. as demais vantagens não incorporáveis instituídas em lei.
§ 2º - O policial militar, mediante requerimento encaminhado ao órgão de pessoal da Polícia
Militar, poderá optar pela inclusão, na base de contribuição, das parcelas remuneratórias a que se
referem os itens 6 e 7 do § 1º deste artigo, para efeito de cálculo do seu benefício previdenciário,
que produzirá efeitos:
1. no mês da manifestação, se esta ocorrer até o cadastramento da parcela;
2. no mês seguinte ao da opção, quando a manifestação ocorrer em período posterior ao fixado
no item 1 deste parágrafo.
§ 3º - Para os militares que ingressaram na Polícia Militar a partir de 1º de outubro de 2007, a
inclusão das parcelas a que se refere o § 2º deste artigo, para efeito de cálculo do benefício
previdenciário, observará os seguintes critérios:
1. tempo mínimo de contribuição de 1 (um) ano;
2. o valor corresponderá a 1/30 (um trinta avos) por ano de contribuição, calculado sobre a média
do período.
Artigo 5º - Os militares da reserva remunerada, reformados, agregados e os pensionistas
contribuem com 11% (onze por cento), incidentes sobre o valor da parcela dos proventos de
inatividade e pensões que supere o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime
Geral de Previdência Social - RGPS.
Parágrafo único - Nos casos de acumulação remunerada de proventos e/ou pensões, considerar-
se-á, para fins de cálculo da contribuição de que trata o "caput" deste artigo, o somatório dos
valores percebidos, de forma que a parcela remuneratória imune incida uma única vez.
Artigo 6º - O décimo-terceiro salário será considerado para fins de incidência das contribuições
de que tratam os artigos 4º e 5º deste decreto.
Artigo 7º - A partir de 1º de setembro de 2007, a contribuição do Estado para o custeio do RPPM
é o dobro da contribuição do militar da ativa.
Parágrafo único - O produto de arrecadação deverá ser contabilizado em conta específica e
administrado segundo as regras contidas nas resoluções do Conselho Monetário Nacional - CMN,
ficando vedados empréstimos e financiamentos de qualquer natureza para qualquer pessoa, bem
como o pagamento de benefícios previdenciários mediante convênio ou consórcios, nos termos do
§ 5º, do artigo 3º da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007, e seus atos normativos.
Artigo 8º - As contribuições devidas para o custeio do RPPM serão recolhidas em favor da
SPPREV na mesma data do pagamento dos vencimentos, proventos e pensões, mediante
desconto mensal na respectiva folha de pagamento e contabilizadas separadamente.
§ 1º - O Estado é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras do RPPM
decorrentes do pagamento dos benefícios previdenciários, na mesma data referida neste artigo.
§ 2º - Os recursos provenientes das contribuições instituídas pela Lei Complementar nº 1.013, de
6 de julho de 2007, destinam-se exclusivamente ao custeio do RPPM.
CAPÍTULO III
Das Prestações
Artigo 9º - O Regime Próprio de Previdência dos Militares do Estado - RPPM, compreende as
seguintes prestações, expressas em benefícios e serviços:
I - proventos da inatividade;
II - pensão por morte;
III - auxílio-reclusão;
IV - salário-família.
SEÇÃO I
Dos Proventos da Inatividade
Artigo 10 - O ato do Comandante Geral que efetivar a passagem para a reserva ou a reforma do
militar do Estado indicará sua fundamentação legal, especificando a regra de cálculo, integral ou
proporcional, a que faz jus nos termos da legislação em vigor.
Artigo 11 - Nas situações de inatividade remunerada previstas na legislação em vigor, o órgão de
pessoal da Polícia Militar encaminhará as informações funcionais e previdenciárias ao Diretor de
Benefícios - Militares da SPPREV, para formalização, pagamento e manutenção do benefício.
SEÇÃO II
Da Pensão
Artigo 12 - O direito à pensão não está sujeito à decadência ou prescrição.
Artigo 13 - São dependentes do militar, para fins de recebimento de pensão:
I - o cônjuge ou o companheiro ou companheira, na constância, respectivamente, do casamento
ou da união estável;
II - os filhos, de qualquer condição ou sexo, de idade igual à prevista na legislação do regime geral
da previdência social e não emancipados, bem como os inválidos para o trabalho e os incapazes
civilmente, esses dois últimos desde que comprovadamente vivam sob dependência econômica
do militar;
III - os pais, desde que comprovadamente vivam sob dependência econômica do militar, e não
existam dependentes das classes mencionadas nos incisos I ou II deste artigo, ressalvado o
disposto no § 3º deste artigo.
§ 1º - O enteado e o menor tutelado equiparam-se ao filho desde que comprovadamente vivam
sob dependência econômica do militar.
§ 2º - A pensão atribuída ao filho inválido ou incapaz será devida enquanto durar a invalidez ou
incapacidade.
§ 3º - Mediante declaração escrita do militar, encaminhada ao Diretor de Benefícios - Militares da
SPPREV, os dependentes enumerados no inciso III deste artigo poderão concorrer em igualdade
de condições com os demais.
§ 4º - A incapacidade e a invalidez, para os fins deste artigo, serão verificadas mediante perícia
por Junta de Saúde Militar.
§ 5º - A invalidez ou a incapacidade supervenientes à morte do militar não conferem direito à
pensão, exceto se tiverem início durante o período em que o dependente usufruía o benefício.
Artigo 14 - A comprovação da união estável para fins de pensão, será feita mediante processo,
instruído com, no mínimo, três dos seguintes instrumentos probantes, ao final do qual será emitido
parecer e decisão:
I - contrato escrito;
II - declaração pública de coabitação feita perante tabelião;
III - cópia de declaração de imposto de renda;
IV - disposições testamentárias;
V - certidão de nascimento de filho em comum;
VI - certidão/declaração de casamento religioso;
VII - comprovação de residência em comum;
VIII - comprovação de encargos domésticos que evidenciem a existência de sociedade ou
comunhão nos atos da vida civil;
IX - procuração ou fiança reciprocamente outorgada;
X - comprovação de compra e venda de imóvel em conjunto;
XI - contrato de locação de imóvel em que figurem como locatários ambos os conviventes;
XII - comprovação de conta bancária conjunta;
XIII - apólice de seguro em que conste o(a) companheiro(a) como beneficiário(a);
XIV - registro em associação de classe onde conste o(a) companheiro(a) como beneficiário(a);
XV - inscrição em instituição de assistência médica do(a) companheiro(a) como beneficiário(a).
Parágrafo único - A apresentação de decisão judicial irrecorrível reconhecendo a união estável
dispensa a apresentação dos documentos anteriormente enumerados.
Artigo 15 - A comprovação de dependência econômica para fins de pensão será feita mediante
processo, instruído com, no mínimo, três dos seguintes instrumentos probantes, ao final do qual
será emitido parecer e decisão:
I - declaração pública feita perante tabelião;
II - cópia de declaração de imposto de renda, em que conste nominalmente o interessado como
dependente;
III - disposições testamentárias;
IV - comprovação de residência em comum;
V - apólice de seguro em que conste o interessado como beneficiário;
VI - registro em associação de classe onde conste o interessado como beneficiário;
VII - inscrição em instituição de assistência médica do interessado como beneficiário.
Artigo 16 - Com a morte do militar, a pensão será paga aos dependentes mediante rateio, em
partes iguais.
Parágrafo único - O valor inicial da pensão por morte devida aos dependentes do militar falecido
será igual à totalidade da remuneração do militar no posto ou graduação em que se deu o óbito,
ou dos proventos do militar da reserva remunerada ou reformado na data do óbito, até o limite
máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o
artigo 201 da Constituição Federal, acrescido de 70% (setenta por cento) da parcela que exceder
esse limite, exceto na situação prevista no § 1º do artigo 1º da Lei nº 5.451, de 22 de dezembro de
1986, quando o valor do benefício corresponderá à integralidade dos vencimentos ou proventos
do militar.
Artigo 17 - O pagamento do benefício retroagirá à data do óbito, quando requerido em até 60
(sessenta) dias deste, mediante a apresentação de requerimento ao Diretor de Benefícios -
Militares da SPPREV.
§ 1º - O pagamento do benefício será feito a partir da data do requerimento, quando ultrapassado
o prazo previsto no "caput" deste artigo.
§ 2º - A pensão será concedida ao dependente que primeiro vier a requerê-la, admitindo-se novas
inclusões a qualquer tempo, que produzirão efeitos financeiros a partir da data em que forem
requeridas, nos termos do "caput" e § 1º deste artigo.
§ 3º - A perda da qualidade de dependente pelo pensionista implica na extinção de sua quota de
pensão, admitida a reversão da respectiva quota somente de filhos para cônjuge ou
companheiro(a), e destes para aqueles.
§ 4º - Com a extinção da última quota de pensão extingue-se o benefício.
§ 5º - A pensão ou a quota respectiva será paga diretamente ao beneficiário ou a seu
representante legal.
Artigo 18 - O Diretor Presidente da SPPREV editará normas complementares estabelecendo
modelo-padrão de requerimento da pensão de que trata esta seção e relacionando a
documentação que o instruirá.
Artigo 19 - A perda da qualidade de dependente dar-se-á em virtude de:
I - falecimento, considerada para esse fim a data do óbito;
II - não cumprimento de qualquer dos requisitos ou condições estabelecidos em lei;
III - matrimônio ou constituição de união estável.
Parágrafo único - Aquele que perder a qualidade de dependente não a restabelecerá.
Artigo 20 - O ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-companheira somente terão direito à pensão se
o militar lhe prestava pensão alimentícia na data do óbito, o que deverá ser comprovado mediante
requerimento instruído com cópia da decisão judicial ou homologação de acordo entre as partes, e
a respectiva certidão de objeto e pé ou inteiro teor.
Parágrafo único - O ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-companheira concorrerão em igualdade
de condições com os demais dependentes, sendo o valor de seu benefício limitado ao valor da
pensão alimentícia que recebia do militar.
Artigo 21 - Nenhum dependente poderá receber mais de uma pensão decorrente deste RPPM,
exceto filho, enteado e menor tutelado, de casal contribuinte, assegurado aos demais o direito de
opção pela pensão mais vantajosa.
Artigo 22 - Para os óbitos ocorridos antes da data da publicação da Lei Complementar nº 1.013,
de 6 de julho de 2007, o cálculo da pensão devida ao dependente obedecerá as regras da
legislação vigente na data do óbito.
Parágrafo único - Na ocorrência de novo rateio do benefício aplicar-se-ão as regras previstas na
legislação a que se refere o "caput" deste artigo, ficando assegurados aos atuais pensionistas os
direitos previdenciários previstos na legislação vigente antes da data da publicação da Lei
Complementar nº 1.013, de 6 de julho de 2007, enquanto mantiverem as condições que, sob a
égide da legislação anterior, lhes garantia o benefício.
Artigo 23 - O órgão de pessoal da Polícia Militar fornecerá ao Diretor de Benefícios - Militares da
SPPREV as informações e documentos que forem solicitados para instruir cadastro de
contribuinte ou processo de pensão.
Artigo 24 - O órgão de pessoal da Polícia Militar, remeterá ao Diretor de Benefícios - Militares da
SPPREV, por ocasião da transferência para a reserva, reforma ou do óbito do contribuinte, extrato
de seus assentamentos individuais, contendo as informações funcionais e previdenciárias
pertinentes.
SEÇÃO III
Do Auxílio-Reclusão
Artigo 25 - Fica assegurado o direito à percepção de auxílio-reclusão ao dependente de militar do
serviço ativo e do agregado percebendo vencimentos ou licenciado que estiver preso
provisoriamente ou condenado a pena privativa de liberdade, até 2 (dois) anos, enquanto
permanecer em regime fechado ou estiver internado por medida de segurança.
§ 1º - O auxílio-reclusão será pago aos dependentes mediante rateio, enquanto o militar
permanecer na situação de que trata o "caput" deste artigo.
§ 2º - Poderão requerer o pagamento do auxílio-reclusão os dependentes relacionados nos
incisos I a III do artigo 13 deste decreto.
§ 3º - O direito à percepção do benefício cessará:
1. no caso da extinção da pena;
2. com a exoneração, demissão ou expulsão do militar, ou com sua colocação em liberdade
definitiva;
3. por morte do militar ou do dependente.
§ 4º - Durante o pagamento do auxílio-reclusão o policial militar deixará de perceber vencimentos.
§ 5º - O pagamento do benefício de que trata este artigo será suspenso em caso de fuga,
concessão de liberdade condicional ou progressão do regime prisional, podendo ser retomados os
pagamentos no caso de modificação dessas situações.
§ 6º - O requerimento para obtenção do auxílio-reclusão será instruído, obrigatoriamente, com
certidão do efetivo recolhimento à prisão do militar expedida por autoridade competente, devendo
ser renovada a cada 3 (três) meses, junto à SPPREV, para fins de percepção do benefício,
mediante requerimento encaminhado ao Diretor de Benefícios - Militares.
§ 7º - A condenação criminal superveniente à demissão ou expulsão do militar não confere
qualquer direito ao auxílio-reclusão de que trata este artigo.
Artigo 26 - O valor do auxílio-reclusão será calculado na forma do parágrafo único do artigo 16
deste decreto.
Artigo 27 - O Órgão de Pessoal da Polícia Militar será o gestor do auxílio-reclusão.
Artigo 28 - Ao militar recolhido à prisão antes da data da vigência da Lei Complementar nº 1013,
de 6 de julho de 2007, aplicar-se-ão as regras previstas na legislação então vigente.
SEÇÃO IV
Do Salário-Família
Artigo 29 - Será concedido salário-família ao militar do serviço ativo, ao agregado percebendo
vencimentos, ao licenciado, ao da reserva remunerada ou ao reformado, que se enquadre na
situação de baixa renda, nos termos da lei, por:
I - filho ou equiparado de qualquer condição menor de 14 (quatorze) anos;
II - filho inválido de qualquer idade.
§ 1º - O pagamento do salário-família fica condicionado ao encaminhamento de requerimento, em
caso de militar da ativa, ao órgão de pessoal da Polícia Militar, em caso de militar inativo, ao
Diretor de Benefícios - Militares da SPPREV, instruído com certidão de nascimento do filho ou da
documentação relativa ao equiparado ou ao inválido e, anualmente, à apresentação de atestado
de vacinação obrigatória e, para os maiores de 6 (seis) anos de idade, de comprovação de
freqüência à escola do filho menor ou equiparado.
§ 2º - O critério para fins de pagamento do salário-família será o mesmo utilizado para os
trabalhadores vinculados ao Regime Geral de Previdência Social.
§ 3º - O Diretor de Benefícios - Militares analisará o pedido e, caso preencha os requisitos legais,
preparará o ato de concessão do benefício.
Artigo 30 - A São Paulo Previdência - SPPREV será a gestora do salário-família dos inativos
mediante reembolso do órgão de origem.
Parágrafo único - O Órgão de Pessoal da Polícia Militar será o gestor do salário-família dos
militares da ativa.
CAPÍTULO IV
Do Auxílio-Funeral
Artigo 31 - Ao cônjuge, companheiro ou companheira ou, na sua falta, aos filhos de qualquer
condição ou aos pais do militar do serviço ativo, do agregado percebendo vencimentos, do
licenciado, da reserva remunerada ou do reformado falecido, será concedido auxílio-funeral, a
título de assistência à família, de valor correspondente a 1 (um) mês da respectiva remuneração.
§ 1º - Se o óbito do militar ocorrer em decorrência de lesões recebidas no exercício da função
policial, o valor do auxílio-funeral corresponderá a 2 (dois) meses da respectiva remuneração.
§ 2º - A concessão do valor do benefício nos termos do § 1º deste artigo dependerá da
comprovação da causa do óbito, resultante de competente apuração, assegurada a concessão
imediata dos valores constantes do caput deste artigo.
§ 3º - As despesas com o funeral do militar do serviço ativo, agregado percebendo vencimentos,
licenciado, da reserva remunerada ou reformado, que tenham sido efetuadas por terceiros serão
ressarcidas, até o limite previsto no "caput" deste artigo.
§ 4º - As despesas com o funeral que forem custeadas por entidade prestadora de serviços dessa
natureza serão ressarcidas, até o limite previsto no "caput" deste artigo, mediante a apresentação
de alvará judicial.
§ 5º - O pagamento do auxílio-funeral fica condicionado ao encaminhamento de requerimento do
beneficiário ou de procurador legalmente habilitado, em caso de militar da ativa, ao órgão de
pessoal da Polícia Militar, em caso de militar inativo, ao Diretor de Benefícios - Militares da
SPPREV, instruído com certidão de óbito, comprovante das despesas efetivamente realizadas ou
alvará judicial, juntamente com prova de identidade do requerente.
§ 6º - Quando as despesas com o funeral forem efetuadas por terceiros ou por entidade
prestadora de serviços dessa natureza, e em valor inferior ao limite previsto no "caput" e no § 1º
deste artigo, a diferença para atingir o limite neles previstos será paga ao cônjuge, companheiro
ou companheira, ou, na sua falta, aos filhos de qualquer condição ou aos pais.
§ 7º - A concessão do auxílio-funeral ao cônjuge, companheiro ou companheira, ou, na sua falta,
aos filhos de qualquer condição ou aos pais, exclui o direito ao ressarcimento das despesas feitas
por terceiros ou por entidades prestadoras de serviços dessa natureza, e será efetuado uma única
vez, nos termos das disposições deste artigo.
Artigo 32 - A São Paulo Previdência - SPPREV fará o adiantamento do pagamento do auxílio-
funeral dos inativos, devendo ser reembolsado pelo Órgão de Pessoal da Polícia Militar.
Parágrafo único - O Órgão de Pessoal da Polícia Militar será o gestor do auxílio-funeral dos
militares da ativa.
CAPÍTULO V
Das Disposições Finais e Transitórias
Artigo 33 - Ao militar afastado ou licenciado do cargo aplicam-se, no que couber, as disposições
referentes ao afastamento e licenciamento dos servidores públicos civis.
Artigo 34 - Caso não seja repassada a contribuição do militar do Estado em atividade, a
contribuição patronal e a insuficiência até o dia do pagamento dos seus respectivos militares
inativos e pensionistas, o valor correspondente à folha paga será deduzido do repasse obrigatório
imediatamente posterior, conforme inciso II do artigo 26 da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de
junho de 2007.
Artigo 35 - Para o militar do Estado que se encontrava no serviço ativo a partir de 15 de setembro
de 1997 até 1º de outubro de 2007, que optar pela inclusão na base de contribuição de parcelas
remuneratórias percebidas em decorrência de local de trabalho, de exercício de cargo em
comissão ou de função de confiança, no cálculo de seus benefícios previdenciários serão
observados os seguintes critérios:
I - tempo mínimo de contribuição de 1 (um) ano;
II - o valor corresponderá a 3/30 (três trinta avos) por ano de contribuição, até o limite de 30/30
(trinta trinta avos) aferidos sobre a média do período.
Artigo 36 - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio dos Bandeirantes, 2 de abril de 2008
JOSÉ SERRA
Mauro Ricardo Machado Costa
Secretário da Fazenda
Ronaldo Augusto Bretas Marzagão
Secretário da Segurança Pública
Aloysio Nunes Ferreira Filho
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicado na Casa Civil, aos 2 de abril de 2008.
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI COMPLEMENTAR Nº 140, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2011

Fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e


do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para
a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do
exercício da competência comum relativas à proteção das
paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente,
ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à
preservação das florestas, da fauna e da flora; e altera a
Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei
Complementar:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1o Esta Lei Complementar fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do
art. 23 da Constituição Federal, para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas
ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais
notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das
florestas, da fauna e da flora.

Art. 2o Para os fins desta Lei Complementar, consideram-se:

I - licenciamento ambiental: o procedimento administrativo destinado a licenciar atividades ou empreendimentos


utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar
degradação ambiental;

II - atuação supletiva: ação do ente da Federação que se substitui ao ente federativo originariamente detentor das
atribuições, nas hipóteses definidas nesta Lei Complementar;

III - atuação subsidiária: ação do ente da Federação que visa a auxiliar no desempenho das atribuições
decorrentes das competências comuns, quando solicitado pelo ente federativo originariamente detentor das atribuições
definidas nesta Lei Complementar.

Art. 3o Constituem objetivos fundamentais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no
exercício da competência comum a que se refere esta Lei Complementar:

I - proteger, defender e conservar o meio ambiente ecologicamente equilibrado, promovendo gestão


descentralizada, democrática e eficiente;

II - garantir o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico com a proteção do meio ambiente, observando a


dignidade da pessoa humana, a erradicação da pobreza e a redução das desigualdades sociais e regionais;

III - harmonizar as políticas e ações administrativas para evitar a sobreposição de atuação entre os entes
federativos, de forma a evitar conflitos de atribuições e garantir uma atuação administrativa eficiente;

IV - garantir a uniformidade da política ambiental para todo o País, respeitadas as peculiaridades regionais e
locais.

CAPÍTULO II

DOS INSTRUMENTOS DE COOPERAÇÃO

Art. 4o Os entes federativos podem valer-se, entre outros, dos seguintes instrumentos de cooperação
institucional:
I - consórcios públicos, nos termos da legislação em vigor;

II - convênios, acordos de cooperação técnica e outros instrumentos similares com órgãos e entidades do Poder
Público, respeitado o art. 241 da Constituição Federal;

III - Comissão Tripartite Nacional, Comissões Tripartites Estaduais e Comissão Bipartite do Distrito Federal;

IV - fundos públicos e privados e outros instrumentos econômicos;

V - delegação de atribuições de um ente federativo a outro, respeitados os requisitos previstos nesta Lei
Complementar;

VI - delegação da execução de ações administrativas de um ente federativo a outro, respeitados os requisitos


previstos nesta Lei Complementar.

§ 1o Os instrumentos mencionados no inciso II do caput podem ser firmados com prazo indeterminado.

§ 2o A Comissão Tripartite Nacional será formada, paritariamente, por representantes dos Poderes Executivos da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com o objetivo de fomentar a gestão ambiental compartilhada e
descentralizada entre os entes federativos.

§ 3o As Comissões Tripartites Estaduais serão formadas, paritariamente, por representantes dos Poderes
Executivos da União, dos Estados e dos Municípios, com o objetivo de fomentar a gestão ambiental compartilhada e
descentralizada entre os entes federativos.

§ 4o A Comissão Bipartite do Distrito Federal será formada, paritariamente, por representantes dos Poderes
Executivos da União e do Distrito Federal, com o objetivo de fomentar a gestão ambiental compartilhada e
descentralizada entre esses entes federativos.

§ 5o As Comissões Tripartites e a Comissão Bipartite do Distrito Federal terão sua organização e funcionamento
regidos pelos respectivos regimentos internos.

Art. 5o O ente federativo poderá delegar, mediante convênio, a execução de ações administrativas a ele atribuídas
nesta Lei Complementar, desde que o ente destinatário da delegação disponha de órgão ambiental capacitado a
executar as ações administrativas a serem delegadas e de conselho de meio ambiente.

Parágrafo único. Considera-se órgão ambiental capacitado, para os efeitos do disposto no caput, aquele que
possui técnicos próprios ou em consórcio, devidamente habilitados e em número compatível com a demanda das ações
administrativas a serem delegadas.

CAPÍTULO III

DAS AÇÕES DE COOPERAÇÃO

Art. 6o As ações de cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão ser
desenvolvidas de modo a atingir os objetivos previstos no art. 3o e a garantir o desenvolvimento sustentável,
harmonizando e integrando todas as políticas governamentais.

Art. 7o São ações administrativas da União:

I - formular, executar e fazer cumprir, em âmbito nacional, a Política Nacional do Meio Ambiente;

II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas atribuições;

III - promover ações relacionadas à Política Nacional do Meio Ambiente nos âmbitos nacional e internacional;

IV - promover a integração de programas e ações de órgãos e entidades da administração pública da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, relacionados à proteção e à gestão ambiental;

V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio à Política Nacional do Meio Ambiente;

VI - promover o desenvolvimento de estudos e pesquisas direcionados à proteção e à gestão ambiental,


divulgando os resultados obtidos;

VII - promover a articulação da Política Nacional do Meio Ambiente com as de Recursos Hídricos,
Desenvolvimento Regional, Ordenamento Territorial e outras;
VIII - organizar e manter, com a colaboração dos órgãos e entidades da administração pública dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, o Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (Sinima);

IX - elaborar o zoneamento ambiental de âmbito nacional e regional;

X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos;

XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a
proteção do meio ambiente;

XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem
risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, na forma da lei;

XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuição para licenciar ou autorizar,
ambientalmente, for cometida à União;

XIV - promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades:

a) localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país limítrofe;

b) localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma continental ou na zona econômica exclusiva;

c) localizados ou desenvolvidos em terras indígenas;

d) localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pela União, exceto em Áreas de Proteção
Ambiental (APAs);

e) localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados;

f) de caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental, nos termos de ato do Poder Executivo, aqueles
previstos no preparo e emprego das Forças Armadas, conforme disposto na Lei Complementar no 97, de 9 de junho de
1999;

g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em
qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da
Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen); ou

h) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposição da Comissão Tripartite
Nacional, assegurada a participação de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), e considerados
os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento; Regulamento

XV - aprovar o manejo e a supressão de vegetação, de florestas e formações sucessoras em:

a) florestas públicas federais, terras devolutas federais ou unidades de conservação instituídas pela União, exceto
em APAs; e

b) atividades ou empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, pela União;

XVI - elaborar a relação de espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção e de espécies sobre-explotadas
no território nacional, mediante laudos e estudos técnico-científicos, fomentando as atividades que conservem essas
espécies in situ;

XVII - controlar a introdução no País de espécies exóticas potencialmente invasoras que possam ameaçar os
ecossistemas, habitats e espécies nativas;

XVIII - aprovar a liberação de exemplares de espécie exótica da fauna e da flora em ecossistemas naturais frágeis
ou protegidos;

XIX - controlar a exportação de componentes da biodiversidade brasileira na forma de espécimes silvestres da


flora, micro-organismos e da fauna, partes ou produtos deles derivados;

XX - controlar a apanha de espécimes da fauna silvestre, ovos e larvas;

XXI - proteger a fauna migratória e as espécies inseridas na relação prevista no inciso XVI;

XXII - exercer o controle ambiental da pesca em âmbito nacional ou regional;


XXIII - gerir o patrimônio genético e o acesso ao conhecimento tradicional associado, respeitadas as atribuições
setoriais;

XXIV - exercer o controle ambiental sobre o transporte marítimo de produtos perigosos; e

XXV - exercer o controle ambiental sobre o transporte interestadual, fluvial ou terrestre, de produtos perigosos.

Parágrafo único. O licenciamento dos empreendimentos cuja localização compreenda concomitantemente áreas
das faixas terrestre e marítima da zona costeira será de atribuição da União exclusivamente nos casos previstos em
tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a
participação de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e considerados os critérios de porte,
potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento. Regulamento

Art. 8o São ações administrativas dos Estados:

I - executar e fazer cumprir, em âmbito estadual, a Política Nacional do Meio Ambiente e demais políticas nacionais
relacionadas à proteção ambiental;

II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas atribuições;

III - formular, executar e fazer cumprir, em âmbito estadual, a Política Estadual de Meio Ambiente;

IV - promover, no âmbito estadual, a integração de programas e ações de órgãos e entidades da administração


pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, relacionados à proteção e à gestão ambiental;

V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio às Políticas Nacional e Estadual de Meio
Ambiente;

VI - promover o desenvolvimento de estudos e pesquisas direcionados à proteção e à gestão ambiental,


divulgando os resultados obtidos;

VII - organizar e manter, com a colaboração dos órgãos municipais competentes, o Sistema Estadual de
Informações sobre Meio Ambiente;

VIII - prestar informações à União para a formação e atualização do Sinima;

IX - elaborar o zoneamento ambiental de âmbito estadual, em conformidade com os zoneamentos de âmbito


nacional e regional;

X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos;

XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a
proteção do meio ambiente;

XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem
risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, na forma da lei;

XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuição para licenciar ou autorizar,
ambientalmente, for cometida aos Estados;

XIV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais,


efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, ressalvado o
disposto nos arts. 7o e 9o;

XV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos localizados ou desenvolvidos em


unidades de conservação instituídas pelo Estado, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs);

XVI - aprovar o manejo e a supressão de vegetação, de florestas e formações sucessoras em:

a) florestas públicas estaduais ou unidades de conservação do Estado, exceto em Áreas de Proteção Ambiental
(APAs);

b) imóveis rurais, observadas as atribuições previstas no inciso XV do art. 7o; e

c) atividades ou empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, pelo Estado;


XVII - elaborar a relação de espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção no respectivo território, mediante
laudos e estudos técnico-científicos, fomentando as atividades que conservem essas espécies in situ;

XVIII - controlar a apanha de espécimes da fauna silvestre, ovos e larvas destinadas à implantação de criadouros
e à pesquisa científica, ressalvado o disposto no inciso XX do art. 7o;

XIX - aprovar o funcionamento de criadouros da fauna silvestre;

XX - exercer o controle ambiental da pesca em âmbito estadual; e

XXI - exercer o controle ambiental do transporte fluvial e terrestre de produtos perigosos, ressalvado o disposto no
inciso XXV do art. 7o.

Art. 9o São ações administrativas dos Municípios:

I - executar e fazer cumprir, em âmbito municipal, as Políticas Nacional e Estadual de Meio Ambiente e demais
políticas nacionais e estaduais relacionadas à proteção do meio ambiente;

II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas atribuições;

III - formular, executar e fazer cumprir a Política Municipal de Meio Ambiente;

IV - promover, no Município, a integração de programas e ações de órgãos e entidades da administração pública


federal, estadual e municipal, relacionados à proteção e à gestão ambiental;

V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio às Políticas Nacional, Estadual e Municipal de
Meio Ambiente;

VI - promover o desenvolvimento de estudos e pesquisas direcionados à proteção e à gestão ambiental,


divulgando os resultados obtidos;

VII - organizar e manter o Sistema Municipal de Informações sobre Meio Ambiente;

VIII - prestar informações aos Estados e à União para a formação e atualização dos Sistemas Estadual e Nacional
de Informações sobre Meio Ambiente;

IX - elaborar o Plano Diretor, observando os zoneamentos ambientais;

X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos;

XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a
proteção do meio ambiente;

XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem
risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, na forma da lei;

XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuição para licenciar ou autorizar,
ambientalmente, for cometida ao Município;

XIV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, promover o
licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos:

a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme tipologia definida pelos respectivos
Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade;
ou

b) localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental
(APAs);

XV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, aprovar:

a) a supressão e o manejo de vegetação, de florestas e formações sucessoras em florestas públicas municipais e


unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); e

b) a supressão e o manejo de vegetação, de florestas e formações sucessoras em empreendimentos licenciados


ou autorizados, ambientalmente, pelo Município.
Art. 10. São ações administrativas do Distrito Federal as previstas nos arts. 8o e 9o.

Art. 11. A lei poderá estabelecer regras próprias para atribuições relativas à autorização de manejo e supressão
de vegetação, considerada a sua caracterização como vegetação primária ou secundária em diferentes estágios de
regeneração, assim como a existência de espécies da flora ou da fauna ameaçadas de extinção.

Art. 12. Para fins de licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos
ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, e
para autorização de supressão e manejo de vegetação, o critério do ente federativo instituidor da unidade de
conservação não será aplicado às Áreas de Proteção Ambiental (APAs).

Parágrafo único. A definição do ente federativo responsável pelo licenciamento e autorização a que se refere o
caput, no caso das APAs, seguirá os critérios previstos nas alíneas “a”, “b”, “e”, “f” e “h” do inciso XIV do art. 7o, no inciso
XIV do art. 8o e na alínea “a” do inciso XIV do art. 9o.

Art. 13. Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, ambientalmente, por um único ente
federativo, em conformidade com as atribuições estabelecidas nos termos desta Lei Complementar.

§ 1o Os demais entes federativos interessados podem manifestar-se ao órgão responsável pela licença ou
autorização, de maneira não vinculante, respeitados os prazos e procedimentos do licenciamento ambiental.

§ 2o A supressão de vegetação decorrente de licenciamentos ambientais é autorizada pelo ente federativo


licenciador.

§ 3o Os valores alusivos às taxas de licenciamento ambiental e outros serviços afins devem guardar relação de
proporcionalidade com o custo e a complexidade do serviço prestado pelo ente federativo.

Art. 14. Os órgãos licenciadores devem observar os prazos estabelecidos para tramitação dos processos de
licenciamento.

§ 1o As exigências de complementação oriundas da análise do empreendimento ou atividade devem ser


comunicadas pela autoridade licenciadora de uma única vez ao empreendedor, ressalvadas aquelas decorrentes de
fatos novos.

§ 2o As exigências de complementação de informações, documentos ou estudos feitas pela autoridade


licenciadora suspendem o prazo de aprovação, que continua a fluir após o seu atendimento integral pelo empreendedor.

§ 3o O decurso dos prazos de licenciamento, sem a emissão da licença ambiental, não implica emissão tácita
nem autoriza a prática de ato que dela dependa ou decorra, mas instaura a competência supletiva referida no art. 15.

§ 4o A renovação de licenças ambientais deve ser requerida com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias
da expiração de seu prazo de validade, fixado na respectiva licença, ficando este automaticamente prorrogado até a
manifestação definitiva do órgão ambiental competente.

Art. 15. Os entes federativos devem atuar em caráter supletivo nas ações administrativas de licenciamento e na
autorização ambiental, nas seguintes hipóteses:

I - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado ou no Distrito Federal, a União
deve desempenhar as ações administrativas estaduais ou distritais até a sua criação;

II - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Município, o Estado deve
desempenhar as ações administrativas municipais até a sua criação; e

III - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado e no Município, a União deve
desempenhar as ações administrativas até a sua criação em um daqueles entes federativos.

Art. 16. A ação administrativa subsidiária dos entes federativos dar-se-á por meio de apoio técnico, científico,
administrativo ou financeiro, sem prejuízo de outras formas de cooperação.

Parágrafo único. A ação subsidiária deve ser solicitada pelo ente originariamente detentor da atribuição nos
termos desta Lei Complementar.

Art. 17. Compete ao órgão responsável pelo licenciamento ou autorização, conforme o caso, de um
empreendimento ou atividade, lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo para a apuração de
infrações à legislação ambiental cometidas pelo empreendimento ou atividade licenciada ou autorizada.
§ 1o Qualquer pessoa legalmente identificada, ao constatar infração ambiental decorrente de empreendimento ou
atividade utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores, pode dirigir representação ao órgão
a que se refere o caput, para efeito do exercício de seu poder de polícia.

§ 2o Nos casos de iminência ou ocorrência de degradação da qualidade ambiental, o ente federativo que tiver
conhecimento do fato deverá determinar medidas para evitá-la, fazer cessá-la ou mitigá-la, comunicando imediatamente
ao órgão competente para as providências cabíveis.

§ 3o O disposto no caput deste artigo não impede o exercício pelos entes federativos da atribuição comum de
fiscalização da conformidade de empreendimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores ou utilizadores de
recursos naturais com a legislação ambiental em vigor, prevalecendo o auto de infração ambiental lavrado por órgão que
detenha a atribuição de licenciamento ou autorização a que se refere o caput.

CAPÍTULO IV

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 18. Esta Lei Complementar aplica-se apenas aos processos de licenciamento e autorização ambiental
iniciados a partir de sua vigência.

§ 1o Na hipótese de que trata a alínea “h” do inciso XIV do art. 7o, a aplicação desta Lei Complementar dar-se-á a
partir da entrada em vigor do ato previsto no referido dispositivo.

§ 2o Na hipótese de que trata a alínea “a” do inciso XIV do art. 9o, a aplicação desta Lei Complementar dar-se-á a
partir da edição da decisão do respectivo Conselho Estadual.

§ 3o Enquanto não forem estabelecidas as tipologias de que tratam os §§ 1o e 2o deste artigo, os processos de
licenciamento e autorização ambiental serão conduzidos conforme a legislação em vigor.

Art. 19. O manejo e a supressão de vegetação em situações ou áreas não previstas nesta Lei Complementar dar-
se-ão nos termos da legislação em vigor.

Art. 20. O art. 10 da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 10. A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e


atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou
capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental dependerão de prévio
licenciamento ambiental.

§ 1o Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva concessão serão


publicados no jornal oficial, bem como em periódico regional ou local de grande circulação,
ou em meio eletrônico de comunicação mantido pelo órgão ambiental competente.

§ 2o (Revogado).

§ 3o (Revogado).

§ 4o (Revogado).” (NR)

Art. 21. Revogam-se os §§ 2º, 3º e 4º do art. 10 e o § 1o do art. 11 da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.

Art. 22. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 8 de dezembro de 2011; 190o da Independência e 123o da República.

DILMA ROUSSEFF
Francisco Gaetani

Este texto não substitui o publicado no DOU de 9.12.2011 e retificado em 12.12.2011

*
LEI N. 9.509, DE 20 DE MARÇO
DE 1997

(Projeto de lei n. 53/92, do deputado Ricardo Trípoli - PSDB)

Dispõe sobre a Política Estadual do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e
aplicação

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:


Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

CAPÍTULO I

Da Política Estadual do Meio Ambiente

SEÇÃO I

Disposições Preliminares

Artigo 1.º - Esta lei estabelece a Política Estadual do Meio Ambiente, seus objetivos, mecanismos
de formulação e aplicação e constitui o Sistema Estadual de Administração da Qualidade
Ambiental, Proteção. Controle e Desenvolvimento do Meio Ambiente e Uso Adequado dos
Recursos Naturais - SEAQUA, nos termos do Artigo 225 da Constituição Federal e o Artigo 193 da
Constituição do Estado.
Artigo 2.º - A Política Estadual do Meio Ambiente tem por objetivo garantir a todos da presente e
das futuras gerações, o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, visando assegurar, no Estado, condições ao
desenvolvimento sustentável, com justiça social, aos interesses da seguridade social e à proteção
da dignidade da vida humana e, atendidos especialmente os seguintes princípios:
I - adoção de medidas, nas diferentes áreas de ação pública e junto ao setor privado, para manter
e promover o equilíbrio ambiental e a melhoria da qualidade ambiental, prevenindo a degradação
em todas as suas formas e impedindo ou mitigando impactos ambientais negativos e recuperando
o meio ambiente degradado;
II - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
III - definição, implantação e administração de espaços territoriais e seus componentes,
representativos de todos os ecossistemas originais a serem protegidos;
IV - realização do planejamento e zoneamento ambiental, considerando as características
regionais e locais, e articulação dos respectivos planos, programas e ações;
V - controle e fiscalização de obras, atividades, processos produtivos e empreendimentos que,
direta ou indiretamente, possam causar degradação ao meio ambiente, adotando medidas
preventivas ou corretivas e aplicando as sanções administrativas pertinentes;
VI - controle e fiscalização da produção, armazenamento, transporte, comercialização, utilização e
do destino final de substancias, bem como do uso de técnicas, métodos e instalações que
comportem risco à vida, à qualidade de vida, ao meio ambiente, inclusive do trabalho;
VII - realização periódica de auditorias ambientais nos sistemas de controle de poluição e nas
atividades potencialmente poluidoras;
VIII - informação da população sobre os níveis de poluição, a qualidade do meio ambiente, as
situações de risco de acidentes, a presença de substâncias nocivas e potencialmente nocivas à
saúde e ao meio ambiente, nos alimentos, na água, no solo e no ar, bem como o resultado das
auditorias a que se refere o inciso VII deste artigo;
IX - exigência para que todas as atividades e empreendimentos sujeitos ao licenciamento
ambiental, adotem técnicas que minimizem o uso de energia e água, bem como o volume e
potencial poluidor dos efluentes líquidos, gasosos e sólidos;
X - promoção da educação e conscientização ambiental com o fim de capacitar a população para
o exercício da cidadania;
XI - preservação e restauração dos processos ecológicos essenciais das espécies e
ecossistemas;
XII - proteção da flora e fauna, nesta compreendidos todos os animais silvestres, exóticos e
domésticos, vedadas as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, que provoquem a
extinção das espécies ou submetam os animais à crueldade, fiscalizando a extração, produção,
criação, métodos de abate, transporte, comercialização e consumo de seus espécimes e
subprodutos;
XIII - fiscalização das entidades dedicadas à pesquisa e manipulação genética;
XIV - instituição de programas especiais mediante a integração de todos os órgãos públicos,
incluindo os de crédito, objetivando incentivar os proprietários e usuários de áreas rurais a
executarem as práticas de conservação dos recursos ambientais, especialmente do solo e da
água, bem como de preservação e reposição das matas ciliares e replantio de espécies nativas;
XV - estabelecimento de diretrizes para a localização e integração das atividades industriais,
considerando os aspectos ambientais, locacionais, sociais, econômicos e estratégicos;
XVI - instituição de diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento
básico e transporte:
XVII - imposição ao poluidor de penalidades e da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos
causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins
econômicos, através de atos administrativos e de ações na justiça, sem prejuízo das demais
penalidades previstas em lei, incumbindo, para tanto, os órgãos competentes, da administração
direta, indireta e fundacional da obrigação de promover as medidas judiciais para a
responsabilização dos causadores da poluição e degradação ambiental, esgotadas as vias
administrativas;
XVIII - restrição à participação das pessoas físicas e jurídicas punidas e/ou condenadas por atos
de degradação ambiental em licitações promovidas pelos órgãos da administração direta, indireta
ou fundacional do Estado, ou de por eles serem contratadas, bem como ao acesso a benefícios
fiscais e créditos oficiais do Estado;
XIX - incentivo à pesquisa, ao desenvolvimento e à capacitação tecnológica para a resolução dos
problemas ambientais e promoção da informação sobre estas questões:
XX - promoção e manutenção do inventário e do mapeamento da cobertura vegetal nativa,
visando a adoção de medidas especiais de proteção, bem como promoção do reflorestamento em
especial, as margens de rios, lagos, represas e das nascentes, visando a sua perenidade;
XXI - estímulo e contribuição para a recuperação da vegetação em áreas urbanas, com plantio de
árvores, preferencialmente frutíferas, objetivando especialmente a consecução de índices
mínimos de cobertura vegetal; e
XXII - incentivo e auxílio técnico às associações de proteção ao meio ambiente, constituídas na
forma da lei, respeitando a sua autonomia e independência de atuação.
Artigo 3.º - Para os fins previstos nesta lei, entende-se por:
I - meio ambiente: o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química
e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;
II - degradação da qualidade ambiental: a alteração adversa das características do meio ambiente;
III - poluição: a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou
indiretamente:
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos; e
f) afetem desfavoravelmente a qualidade de vida;
IV - poluidor: a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou
indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental;
V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais, subterrâneas, meteóricas,
os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora;
VI - espaços territoriais especialmente protegidos: áreas que por força da legislação sofrem
restrição de uso, como Unidades de Conservação, Áreas Naturais Tombadas, Áreas de Proteção
aos Mananciais e outras previstas na legislação pertinente; e
VII - Unidades de Conservação: Parques, Florestas, Reservas Biológicas, Estações Ecológicas,
Áreas de Relevante Interesse Ecológico, Monumentos Naturais, Jardins Botânicos, Jardins
Zoológicos e Hortos Florestais, e outras definidas em legislação específica.

SEÇÃO II

Dos Objetivos da Política Estadual do Meio Ambiente

Artigo 4.º - A Política Estadual do Meio Ambiente visará:


I - à compatibilização do desenvolvimento econômico e social com a preservação da qualidade do
meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
II - a definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade ambiental e ao
equilíbrio ecológico, com o fim de assegurar a todos o direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, nos termos do "caput" do Artigo 225 da Constituição Federal e do Artigo 191 da
Constituição Estadual;
III - ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas ao
uso e manejo de recursos ambientais;
IV - a preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua utilização sustentada
e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à
vida:
V - a imposição ao poluidor, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao
usuário, da contribuição pela utilização dos recursos ambientais com fins econômicos;
VI - ao desenvolvimento de pesquisas e tecnologias orientadas para o uso sustentado dos
recursos ambientais;
VII - a disponibilização de tecnologias de manejo sustentado do meio ambiente; e
VIII - a conscientização pública para a preservação do meio ambiente, através da divulgação de
relatórios anuais sobre a qualidade ambiental no Estado, da divulgação de dados e informações
ambientais e da promoção de campanhas educativas.
Artigo 5.º - As diretrizes da Política Estadual do Meio Ambiente serão formuladas através de
normas e planos, destinados a orientar a ação do Poder Público no que se relaciona com a
recuperação e preservação da qualidade ambiental, manutenção do equilíbrio ecológico,
desenvolvimento sustentável, melhoria da qualidade de vida, observados os princípios
estabelecidos no Artigo 2.° desta lei.
Parágrafo único - As atividades e empreendimentos públicos e privados serão exercidos em
consonância com as diretrizes da Política Estadual do Meio Ambiente.

CAPITULO II

Do Sistema Estadual de Administração da Qualidade Ambiental - SEAQUA

SEÇÃO I

Dos Objetivos

Artigo 6.º - O Sistema Estadual de Administração da Qualidade Ambiental, Proteção, Controle e


Desenvolvimento do Meio Ambiente e Uso Adequado dos Recursos Naturais - SEAQUA, tem por
objetivo organizar, coordenar e integrar as ações de órgãos e entidades da administração direta,
indireta e fundacional instituídas pelo poder público, assegurada a participação da coletividade,
para a execução da Política Estadual do Meio Ambiente visando à proteção, controle e
desenvolvimento do meio ambiente e uso sustentável dos recursos naturais, nos termos do Artigo
193 da Constituição do Estado.

SEÇÃO II

Ó
Dos Órgãos

Artigo 7.º - Os órgãos e entidades da administração direta, indireta e fundacional do Estado e dos
Municípios instituídos pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade
ambiental, administração de recursos naturais, bem como as voltadas para manutenção e
recuperação da qualidade de vida constituirão o Sistema Estadual de Administração da Qualidade
Ambiental - SEAQUA, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, que será
assim estruturado:
I - Vetado;
II - Órgão Central: a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SMA), com a finalidade de planejar,
coordenar, supervisionar, controlar, como órgão estadual, a Política Estadual do Meio Ambiente,
bem como as diretrizes governamentais fixadas para a administração da qualidade ambiental;
III - Órgãos Executores: os instituídos pelo Poder Público Estadual com a finalidade de executar e
fazer executar, como órgão estadual, a política e diretrizes governamentais fixadas para a
administração da qualidade ambiental;
IV - Órgãos Setoriais: os órgãos ou entidades integrantes da administração estadual direta,
indireta e fundacional, cujas atividades estejam associadas às de proteção da qualidade ambiental
e de vida ou àqueles de disciplinamento de uso dos recursos ambientais e aqueles responsáveis
por controlar a produção, comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que
comportem risco para a vida, qualidade de vida e o meio ambiente;
V - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização
ambiental nas suas respectivas áreas de atuação.
§ 1.º - Os Municípios também poderão estabelecer normas supletivas e complementares às
normas federais e estaduais relacionadas com a administração da qualidade ambiental, uso dos
recursos ambientais, desenvolvimento sustentável e controle da produção, comercialização e o
emprego de técnicas, método, substâncias que comportem risco para a vida, qualidade de vida e
o meio ambiente.
§ 2.º - Os órgãos integrantes do SEAQUA, deverão fornecer os resultados das análises
efetivadas, relatórios de vistoria, processo de licenciamento ambiental e documentação sob a sua
guarda, quando solicitado por cidadão e/ou organização não governamental interessada.

SEÇÃO III

Do Conselho Estadual do Meio Ambiente - CONSEMA

Artigo 8.º - Vetado:


I - Vetado
II - Vetado
III - Vetado
IV - Vetado
V - Vetado
a) - Vetado
b) - Vetado
c) - Vetado
VI - Vetado
VII - Vetado
VIII - Vetado
IX - Vetado
X - Vetado
XI - Vetado
XII - Vetado
XIII - Vetado
§ 1.º - Vetado
§ 2.º - Vetado
§ 3.º - Vetado
Artigo 9.º - Vetado
I - Vetado
II - Vetado
Artigo 10 - Vetado
I - Vetado
II - Vetado
III - Vetado
IV - Vetado
V - Vetado
VI - Vetado
VII - Vetado
VIII - Vetado
IX - Vetado
X - Vetado
XI - Vetado
§ 1.º - Vetado
§ 2.º - Vetado
§ 3.º - Vetado
§ 4.º - Vetado
§ 5.º - Vetado
a) - Vetado
b) - Vetado
§ 6.º - Vetado
Artigo 11 - Vetado
§ 1.º - Vetado
§ 2.º - Vetado
§ 3.º - Vetado
§ 4.º - Vetado
Artigo 12 - Vetado

Seção IV

Do Órgão Central

Artigo 13. - Caberá à Secretaria de Estado do Meio Ambiente - SMA, órgão central do SEAQUA,
sem prejuízo das demais competências que lhe são legalmente conferidas:
I - coordenar o processo de formulação, aprovação, execução, avaliação e atualização da Política
Estadual do Meio Ambiente;
II - efetuar análises das políticas públicas setoriais que tenham impacto no meio ambiente;
III - aprovar os planos, programas e orçamentos dos órgãos executores e coordenar a execução;
IV - articular e coordenar os planos e ações decorrentes da Política Estadual do Meio Ambiente
com os órgãos setoriais e locais;
V - gerir as interfaces com os Estados limítrofes e com a União no que concerne a políticas,
planos e ações ambientais;
VI - definir a política de informações para gestão ambiental e acompanhar a sua execução;
VII - prover o suporte da Secretaria Administrativa e das Câmaras Técnicas do CONSEMA.
§ 1.º - A aprovação da Política Estadual do Meio Ambiente dependerá de manifestação prévia do
CONSEMA.
§ 2.º - O resultado da análise das políticas públicas que tenham impacto ambiental deverá ser
submetido ao Governador, ouvido o CONSEMA.
Artigo 14 - Vetado:
I - vetado;
II - vetado;
III - vetado;
IV - vetado; e
V - vetado.

SEÇÃO V

Da Atuação do Sistema Estadual de Administração da Qualidade Ambiental - SEAQUA


Artigo 15 - A atuação do SEAQUA se efetivará mediante a articulação coordenada dos órgãos e
entidades que o constituem, observando, dentre outros:
I - o acesso da opinião pública às informações relativas às agressões ao meio ambiente, às ações
de proteção ambiental, e ao uso sustentado dos recursos ambientais e aos processos de
licenciamento ambiental, na forma estabelecida pela legislação federal e estadual pertinente e
pelo CONSEMA.
II - as normas e padrões municipais editados complementarmente à legislação federal e estadual.
Parágrafo único - As normas e padrões dos Municípios poderão fixar parâmetros de emissão,
ejeção e emanação de agentes poluidores, observados os limites federais e estaduais.
Artigo 16 - Os órgãos e entidades da administração direta, indireta e fundacional do Estado cujas
atividades estejam relacionadas às de proteção da qualidade ambiental ou àquelas de
disciplinamento e controle do uso dos recursos ambientais, bem como os órgãos e entidades
estaduais responsáveis pela execução de programas e projetos e pelo controle e fiscalização de
atividades capazes de provocar degradação ambiental, prestarão ao CONSEMA informações
sobre seus planos de ação e programas em execução, consubstanciados em relatórios anuais,
sem prejuizo de relatórios parciais para atendimento de solicitações específicas.
§ 1.º - A Secretaria de Estado do Meio Ambiente publicará no Diário Oficial do Estado até o dia 31
de março de cada ano a consolidação dos relatórios mencionados neste artigo em um "Relatório
Anual da Qualidade Ambiental" no Estado de São Paulo, do qual constarão, também, as
avaliações e recomendações, notadamente, quanto a revisão de prioridades, programas e ações,
recursos financeiros, tecnologias e participação comunitária no âmbito do SEAQUA.
§ 2.º - O Relatório Anual, referido no parágrafo anterior deverá ser enviado ao CONSEMA, para as
providências de sua alçada e apreciação.
Artigo 17 - O CONSEMA poderá solicitar informações e pareceres dos órgãos da administração
pública direta, indireta e fundacional do Estado e das administrações municipais, que deverão ser
prestados no prazo máximo de 15 (quinze) dias úteis.
Artigo 18. - As informações requeridas aos órgãos e entidades integrantes do SEAQUA, por
pessoa física ou jurídica que comprove legítimo interesse, serão prestadas no prazo estabelecido
no Artigo 8.° da Lei Federal n. 7.347, de 24 de julho de 1985.
Parágrafo único - As informações prestadas nos termos do "caput" deste artigo deverão
preservar o sigilo industrial e evitar a concorrência desleal.

CAPÍTULO III

Do Licenciamento das Atividades

Artigo 19 - A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e


atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras,
bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental,
dependerão de prévio licenciamento, no órgão estadual competente, integrante do SEAQUA, sem
prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.
§ 1.º - Vetado.
§ 2.º - O EIA/RIMA será realizado por técnicos habilitados, e o coordenador dos trabalhos de cada
equipe de especialistas é obrigado a registrar o termo de Responsabilidade Técnica (RT) no
Conselho Regional de sua categoria profissional.
§ 3.º - Respeitada a matéria de sigilo industrial, assim expressamente caracterizada e justificada,
a pedido do interessado, o RIMA, devidamente fundamentado, será acessível, assim bem como
todos os trabalhos que foram contratados para estudos de viabilidade técnica e econômica, bem
como os citados nas notas bibliográficas do EIA e do RIMA, na biblioteca da SMA e de todos os
municípios localizados na área de influência do empreendimento, correndo todas as despesas por
conta do proponente do projeto.
§ 4.º - Resguardado o sigilo industrial, os pedidos de licenciamento, em qualquer modalidade, sua
renovação e a respectiva concessão da licença, serão objeto de publicação resumida, paga pelo
interessado, no Diário Oficial do Estado e em um periódico de grande circulação, regional ou local,
conforme modelo aprovado pelo CONSEMA.
§ 5.º - O CONSEMA convocará Audiência Pública para debater processo de licenciamento
ambiental sempre que julgar necessário ou quando requerido por:
a) órgãos da administração direta, indireta e fundacional da União, Estados e Municípios;
b) organizações não governamentais, legalmente constituídas, para a defesa dos interesses
difusos relacionados à proteção ao meio ambiente e dos recursos naturais; c) por 50 (cinquenta)
ou mais cidadãos, devidamente identificados;
d) partidos políticos, Deputados Estaduais, Deputados Federais e Senadores eleitos em São
Paulo;
e) organizações sindicais legalmente constituídas.
Artigo 20 - O poder público, no exercício de sua competência de controle, expedirá as seguintes
licenças:
I - Licença Prévia (LP), na fase preliminar do planejamento da atividade, contendo requisitos
básicos a serem atendidos na fase de localização, instalação e operação, observados os planos
municipais, estaduais e federais de uso do solo e desenvolvimento;
II - Licença de Instalação (LI), autorizando o inicio da implantação, de acordo com as
especificações constantes do Projeto Executivo aprovado; e
III - Licença de Operação (LO), autorizando após as verificações necessárias, o inicio da atividade
licenciada e o funcionamento de seus equipamentos de controle de poluição, de acordo com o
previsto nas Licenças Previa e de Instalação.
Artigo 21 - Iniciadas as atividades de implantação e operação, antes da expedição das
respectivas licenças, os dirigentes dos órgãos responsáveis pela expedição do licenciamento
deverão, sob pena de responsabilidade funcional grave, sem prejuízo da imposição de outras
penalidades, implementar medidas administrativas de interdição, que, se não forem de pronto
acatadas, deverão ser imediatamente seguidas de medidas judiciais impetradas pelo órgão
jurídico competente, de embargo, e outras providências cautelares, bem como comunicar
imediatamente ao CONSEMA, para os fins do inciso V do Artigo 8.° desta lei, além de comunicar o
fato às entidades financiadoras do projeto.
Artigo 22 - Nos casos em que o licenciamento ocorrer no âmbito da Administração Federal, o
parecer a ser oferecido pelo SEAQUA será proposto pela SMA e apreciado pelo CONSEMA.
Artigo 23 - No exercício da ação fiscalizadora, fica assegurada aos agentes de fiscalização a
entrada a qualquer dia e hora, e a permanência pelo tempo que se tornar necessário, em
estabelecimentos e propriedades públicos ou privadas.
§ 1.º - Os agentes, quando obstados, poderão requisitar força policial para garantir o exercício de
suas atribuições.
§ 2.º - Quando a fiscalização for realizada por solicitação de entidade sindical, organização não
governamental, legalmente constituída, para a defesa dos interesses difusos relacionados à
proteção do meio ambiente e dos recursos naturais, partidos políticos e parlamentares, os
mesmos poderão acompanhar as atividades de fiscalização ou nomear técnico habilitado para
representá-los.
Artigo 24 - Os órgãos integrantes do SEAQUA, na análise dos projetos submetidos ao seu
exame, exigirão que sejam adotadas, pelo interessado, previamente à expedição da Licença de
Operação (LO), ou renovação da referida licença, medidas capazes de assegurar que as
matérias-primas, insumos e bens produzidos tenham padrão de qualidade que elimine ou reduza
o efeito poluente, derivado de seu emprego e utilização, aos níveis legalmente permitidos, e
sistema de descarte de efluentes líquidos, gasosos e resíduos sólidos devidamente licenciado
pelo órgão competente.
Artigo 25 - O protocolamento do processo de licenciamento ambiental junto ao órgão competente,
deverá ser instruído com o comprovante do recolhimento do "Preço de Análise", cujo valor será
fixado em UFESP - Unidade Fiscal do Estado de São Paulo, ou no índice que vier substituí-lo,
mantido o valor, em moeda corrente à época da substituição, conforme tipo, porte e complexidade
do empreendimento submetido ao processo de licenciamento.
Artigo 26 - Qualquer órgão ou entidade da administração direta, indireta e fundacional do Estado,
integrantes ou não do SEAQUA, que for chamado a emitir parecer ou, por qualquer outra forma, a
manifestar-se nos processos de licenciamento de atividades, mesmo nos casos em que o
licenciamento competir à administração federal, deverá fazê-lo dentro do prazo de 60 (sessenta)
dias, contados da data em que estiver em posse de toda a documentação necessária, sob pena
de responsabilidade funcional grave de seus titulares.

CAPÍTULO IV

Dos Incentivos
Artigo 27 - As entidades e instituições públicas e privadas de financiamento ou gestoras de
incentivos, condicionarão a sua concessão à comprovação do licenciamento previsto nesta lei e
certidão do CONSEMA declarando o interessado não estar incluso nas restrições previstas no
inciso V do Artigo 8.° desta lei.

CAPÍTULO V

Das penalidades

Artigo 28 - Constitui infração, para os efeitos desta lei, toda ação ou omissão que importe na
inobservância de preceitos estabelecidos ou na desobediência às determinações de caráter
normativo dos órgãos das autoridades administrativas competentes.
Artigo 29 - As infrações às disposições desta lei, de seu regulamento, bem como das normas,
padrões e exigências técnicas serão, a critério da autoridade competente, classificadas em leves,
graves e gravíssimas, levando-se em conta:
I - a intensidade do dano, efetivo ou potencial;
II - as circunstâncias atenuantes ou agravantes;
III - os antecedentes do infrator; e
IV - a capacidade econômica do infrator.
Parágrafo único - Responderá pela infração quem por qualquer modo a cometer, concorrer para
sua prática ou dela se beneficiar.
Artigo 30 - As infrações de que trata o artigo anterior serão punidas com as seguintes
penalidades:
I - advertência;
II - multa de 10 a 10.000 vezes o valor da Unidade Fiscal do Estado de São Paulo - UFESP;
III - interdição temporária ou definitiva;
IV - embargo;
V - demolição:
VI - suspensão de financiamento e benefícios fiscais; e
VII - apreensão ou recolhimento, temporário ou definitivo.
§ 1.º - A penalidade de multa será imposta observados os seguintes limites:
1. de 10 a 1.000 vezes o valor da UFESP, nas infrações leves;
2. de 1.001 a 5.000 vezes o mesmo valor, nas infrações graves; e
3. de 5.000 a 10.000 vezes o mesmo valor, nas infrações gravíssimas.
§ 2.º - A multa será recolhida com base no valor da UFESP a data de seu efetivo pagamento.
§ 3.º - Ocorrendo a extinção da UFESP, adotar-se-á, para os efeitos desta lei, o mesmo índice que
a substituir.
§ 4.º - Nos casos de reincidência, caracterizado pelo cometimento de nova infração da mesma
natureza e gravidade, a multa corresponderá ao dobro da anteriormente imposta,
cumulativamente.
§ 5.º - Nos casos de infração continuada, a critério da autoridade competente, poderá ser imposta
multa diária de 1 a 10.000 vezes o valor da UFESP.
§ 6.º - A penalidade de interdição definitiva ou temporária será imposta nos casos de perigo à
saúde pública, podendo, também, ser aplicada, a critério da autoridade competente, nos casos de
infração continuada e a partir da terceira reincidência.
§ 7.º - As penalidades de embargo e demolição serão impostas na hipótese de obras ou
construções feitas sem licença ou com ela desconformes.
§ 8.º - A penalidade de recolhimento temporário ou definitivo será aplicada nos casos de perigo à
saúde pública ou, a critério da autoridade pública, nos de infração continuada ou a partir da
terceira reincidência.
§ 9.º - A penalidade de suspensão de financiamento e benefícios fiscais será imposta conforme
dispõe o inciso V do Artigo 8.° desta lei.
§ 10 - As penalidades estabelecidas nos incisos III e IV deste artigo poderão ser impostas
cumulativamente com as previstas nos incisos I e II
Artigo 31 - As multas poderão ter sua exigibilidade suspensa quando o infrator, nos termos e
condições aceitas e aprovadas pelas autoridades competentes, se obrigar a adoção de medidas
específicas para fazer cessar e corrigir a degradação ambiental.
§ 1.º - Cumpridas todas as obrigações assumidas pelo infrator, a multa poderá ter redução de até
50% (cinquenta por cento) de seu valor.
§ 2.º - O infrator não poderá beneficiar-se da redução da multa prevista neste artigo se deixar de
cumprir, parcial ou totalmente, qualquer das medidas especificadas nos prazos estabelecidos e
nos casos de reincidência.
Artigo 32 - Independentemente da aplicação das penalidades referidas no Artigo 30 e da
existência de culpa, fica o poluidor obrigado a indenizar ou reparar os danos causados ao meio
ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade.
Artigo 33 - As entidades e órgãos do SEAQUA deverão encaminhar direta e imediatamente ao
Ministério Público do Estado os elementos necessários para as providências de sua alçada em
relação ao poluidor que expuser a perigo a incolumidade humana, animal ou vegetal, a situação
de perigo existente ou a estiver tornando mais grave, nos termos da legislação pertinente.
Parágrafo único - A autoridade, funcionário ou servidor que deixar de cumprir a obrigação de que
trata este artigo, ou agir para impedir, dificultar ou retardar o seu cumprimento, incorrerá nas
mesmas responsabilidades do poluidor. sem prejuízo das demais penalidades administrativas e
penais.

CAPITULO VII

Das Disposições Finais

Artigo 39 - O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta lei no prazo de 120 (cento e vinte)
dias, a contar de sua publicação, bem como, no mesmo prazo, fixará o valor das multas previstas
no Artigo 30 desta lei.
Artigo 40 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.

Das Disposições Transitórias

Artigo 1.º - Enquanto não for regulamentada a presente lei, continuará vigorando o valor das
multas estabelecidas na legislação vigente para os casos da espécie.
Artigo 2.º - Vetado.
Palácio dos Bandeirantes, 20 de março de 1997.
MÁRIO COVAS
Yoshiaki Nakano
Secretário da Fazenda
Fábio José Feldmann
Secretário do Meio Ambiente
Robson Marinho
Secretário-Chefe da Casa Civil
Antonio Angarita
Secretário do Governo e Gestão Estratégica
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 20 de março de 1997.

LEI N. 9.509, DE 20 DE MARÇO DE 1997

Dispõe sobre a Politica Estadual do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e
aplicação

Retificação do D.O. de 21-3-97


Seção IV
Artigo 13..........
VI -..........
Onde se lê:........ para gestão.........
Leia-se:........ para a gestão................
A

Ficha informativa
LEI Nº 13.507, DE 23 DE ABRIL DE 2009

Dispõe sobre o Conselho Estadual da Meio Ambiente - CONSEMA, e dá providências correlatas.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:


Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:
Artigo 1º - O Conselho Estadual do Meio Ambiente - CONSEMA, criado pelo Decreto nº 20.903,
de 26 de abril de 1983, na condição de órgão consultivo, normativo e recursal, que integra o
Sistema Estadual de Administração da Qualidade Ambiental, Proteção, Controle e
Desenvolvimento do Meio Ambiente e Uso Adequado dos Recursos Naturais - SEAQUA, passa a
regerse nos termos desta lei.
Artigo 2º - São atribuições do CONSEMA:
I - estabelecer normas relativas à avaliação, ao controle, à manutenção, à recuperação e à
melhoria da qualidade ambiental;
II - opinar sobre a prevenção da poluição e de outras formas de degradação ambiental, sem
prejuízo das competências atribuídas aos demais órgãos integrantes do SEAQUA;
III - emitir pronunciamento prévio a respeito da Política Estadual do Meio Ambiente e acompanhar
sua execução;
IV - avaliar as políticas públicas com relevante impacto ambiental e propor mecanismos de
mitigação e recuperação do meio ambiente;
V - manifestar-se sobre a Avaliação Ambiental Estratégica das políticas, planos e programas
ambientais;
VI - apreciar Estudos de Impacto Ambiental - EIA e seus respectivos Relatórios de Impacto sobre
o Meio Ambiente - RIMA, por solicitação do Secretário do Meio Ambiente ou por decisão do
Plenário, mediante requerimento de um quarto de seus membros;
VII - manifestar-se sobre a instituição de espaços especialmente protegidos e zoneamentos
ecológicoeconômicos, bem como sobre a instituição de planos de manejo das unidades de
conservação;
VIII - incentivar a criação e o funcionamento institucional dos Conselhos Municipais de Meio
Ambiente;
IX - decidir, em instância administrativa, os recursos que lhe forem submetidos para apreciação,
na forma estabelecida em regulamento;
X - solicitar informações aos órgãos e às entidades da administração direta, indireta e fundacional
do Estado, da União e dos Municípios, cujas atividades estejam relacionadas com a proteção da
qualidade ambiental, o disciplinamento e o controle do uso dos recursos ambientais, assim como
aos responsáveis pela execução de programas e projetos e pelo controle de fiscalização de
atividades capazes de provocar degradação ambiental;
XI - apreciar o Relatório Anual da Qualidade Ambiental do Estado de São Paulo, emitindo
manifestação conclusiva, em conformidade com o disposto no § 2º do artigo 16 da Lei nº 9.509, de
20 de março de 1997;
XII - conduzir audiências públicas para debates de processos de licenciamento ambiental sujeitos
a EIA/RIMA, de criação de unidades de conservação, ou de qualquer outra questão de interesse
ambiental, nas hipóteses previstas no § 5º do artigo 19 da Lei nº 9.509 de 20 de março de 1997;
XIII - criar ou extinguir Comissões Temáticas e Câmaras Regionais, mediante proposta do
Secretário do Meio Ambiente;
XIV - aprovar e alterar seu regimento interno.
Artigo 3º - O CONSEMA terá a seguinte estrutura:
I - Presidência;
II - Secretaria Executiva;
III - Plenário;
IV - Comissões Temáticas;
V - Câmaras Regionais.
Parágrafo único - Caberá à Secretaria do Meio Ambiente prover suporte administrativo, financeiro
e operacional ao Conselho, como unidade integrante do Gabinete do Secretário.
Artigo 4º - O CONSEMA será presidido pelo Secretário do Meio Ambiente ou por seu substituto
legal.
Parágrafo único - O Secretário Executivo do Conselho substituirá o Presidente em suas
ausências e impedimentos.
Artigo 5º - A Secretaria Executiva atuará como unidade de apoio, encarregada de desempenhar
atividades administrativas e propiciar os meios necessários para o adequado funcionamento do
CONSEMA, dando o encaminhamento adequado às suas deliberações e recomendações.
Parágrafo único - O Secretário Executivo do Conselho, ou seu substituto eventual, será
designado pelo Secretário do Meio Ambiente.
Artigo 6º - O Plenário é o órgão superior de deliberação do CONSEMA e será constituído na
forma do artigo 7º desta lei.
Parágrafo único - As decisões do CONSEMA serão formalizadas por meio de deliberações,
publicadas no Diário Oficial do Estado.
Artigo 7º - O Plenário do CONSEMA terá composição paritária entre órgãos e entidades
governamentais e não governamentais do Estado e será integrado, na forma estabelecida em
regulamento, por 36 (trinta e seis) membros e seus respectivos suplentes, na seguinte
conformidade:
I - O Secretário do Meio Ambiente, que o presidirá;
II - 17 (dezessete) representantes de órgãos e entidades governamentais;
III - 18 (dezoito) representantes de entidades não governamentais, sendo seis eleitos por
entidades ambientalistas.
Parágrafo único - Somente poderão eleger representantes as entidades ambientalistas
constituídas há pelo menos 1 (um) ano, nos termos da lei civil, desde que comprovem atuação
efetiva na defesa ou preservação do meio ambiente, com regular cadastro junto à Secretaria do
Meio Ambiente.
Artigo 8º - O Governador do Estado nomeará os membros titulares e suplentes do CONSEMA,
indicados pelos dirigentes das entidades e dos órgãos representados.
Artigo 9º - O mandato dos conselheiros será de 2 (dois) anos, sendo permitida uma recondução
por igual período.
Artigo 10 - A função dos conselheiros do CONSEMA não será remunerada, sendo considerada
serviço de natureza relevante.
Artigo 11 - Aos membros do Plenário, representantes de entidades ambientalistas sediadas no
interior do Estado, fica assegurado o custeio de despesas de deslocamento para o
comparecimento às reuniões ordinárias constantes do calendário ou de convocação
extraordinária, na forma que dispuser seu regimento interno.
Parágrafo único - As despesas mencionadas no “caput” deste artigo serão custeadas com
recursos próprios da Secretaria do Meio Ambiente.
Artigo 12 - Cabe às Comissões Temáticas analisar e propor ao Plenário normas e medidas
destinadas à gestão da qualidade do meio ambiente.
Parágrafo único - As Comissões Temáticas terão sua composição, suas atribuições e
funcionamento definidos no ato de sua criação, na forma a ser disciplinada pelo regimento interno
do CONSEMA.
Artigo 13 - As Câmaras Regionais constituem órgãos colegiados consultivos encarregados da
discussão e da elaboração de normas e de políticas ambientais de suas respectivas áreas
territoriais de competência, a serem apreciadas pelas Comissões Temáticas ou pelo Plenário.
Parágrafo único - As Câmaras Regionais serão instaladas em regiões do Estado que
compreendem uma ou mais Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos - UGRHI.
Artigo 14 - O regimento interno do CONSEMA disporá sobre a organização, o funcionamento, as
atribuições e outras matérias de interesse do Plenário, das Comissões Temáticas e das Câmaras
Regionais.
Artigo 15 - O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 90 (noventa) dias.
Artigo 16 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio dos Bandeirantes, 23 de abril de 2009
JOSÉ SERRA
Francisco Graziano Neto
Secretário do Meio Ambiente
Dilma Seli Pena
Secretária de Saneamento e Energia
Aloysio Nunes Ferreira Filho
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 23 de abril de 2009.
A

Ficha informativa
LEI Nº 12.300, DE 16 DE MARÇO DE 2006
(Projeto de lei nº 326/2005, do Deputado Arnaldo Jardim - PPS e outros)

Institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos e define princípios e diretrizes

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:


Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

TÍTULO I
Da Política Estadual De Resíduos Sólidos

CAPÍTULO I
Dos Princípios e Objetivos

Artigo 1º - Esta lei institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos e define princípios e diretrizes,
objetivos, instrumentos para a gestão integrada e compartilhada de resíduos sólidos, com vistas à
prevenção e ao controle da poluição, à proteção e à recuperação da qualidade do meio ambiente,
e à promoção da saúde pública, assegurando o uso adequado dos recursos ambientais no Estado
de São Paulo.
Artigo 2º - São princípios da Política Estadual de Resíduos Sólidos:
I - a visão sistêmica na gestão dos resíduos sólidos que leve em consideração as variáveis
ambientais, sociais, culturais, econômicas, tecnológicas e de saúde pública;
II - a gestão integrada e compartilhada dos resíduos sólidos por meio da articulação entre Poder
Público, iniciativa privada e demais segmentos da sociedade civil;
III - a cooperação interinstitucional com os órgãos da União e dos Municípios, bem como entre
secretarias, órgãos e agências estaduais;
IV - a promoção de padrões sustentáveis de produção e consumo;
V - a prevenção da poluição mediante práticas que promovam a redução ou eliminação de
resíduos na fonte geradora;
VI - a minimização dos resíduos por meio de incentivos às práticas ambientalmente adequadas de
reutilização, reciclagem, redução e recuperação;
VII - a garantia da sociedade ao direito à informação, pelo gerador, sobre o potencial de
degradação ambiental dos produtos e o impacto na saúde pública;
VIII - o acesso da sociedade à educação ambiental;
IX - a adoção do princípio do poluidor-pagador;
X - a responsabilidade dos produtores ou importadores de matérias-primas, de produtos
intermediários ou acabados, transportadores, distribuidores, comerciantes, consumidores,
catadores, coletores, administradores e proprietários de área de uso público e coletivo e
operadores de resíduos sólidos em qualquer das fases de seu gerenciamento;
XI - a atuação em consonância com as políticas estaduais de recursos hídricos, meio ambiente,
saneamento, saúde, educação e desenvolvimento urbano;
XII - o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico,
gerador de trabalho e renda;
Artigo 3º - São objetivos da Política Estadual de Resíduos Sólidos:
I - o uso sustentável, racional e eficiente dos recursos naturais;
II - a preservação e a melhoria da qualidade do meio ambiente, da saúde pública e a recuperação
das áreas degradadas por resíduos sólidos;
III - reduzir a quantidade e a nocividade dos resíduos sólidos, evitar os problemas ambientais e de
saúde pública por eles gerados e erradicar os "lixões", "aterros controlados" , "bota-foras" e
demais destinações inadequadas;
IV - promover a inclusão social de catadores, nos serviços de coleta seletiva;
V - erradicar o trabalho infantil em resíduos sólidos promovendo a sua integração social e de sua
família;
VI - incentivar a cooperação intermunicipal, estimulando a busca de soluções consorciadas e a
solução conjunta dos problemas de gestão de resíduos de todas as origens;
VII - fomentar a implantação do sistema de coleta seletiva nos Municípios.
Parágrafo único - Para alcançar os objetivos colimados, caberá ao Poder Público, em parceria
com a iniciativa privada:
1. articular, estimular e assegurar as ações de eliminação, redução, reutilização, reciclagem,
recuperação, coleta, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos;
2. incentivar a pesquisa, o desenvolvimento, a adoção e a divulgação de novas tecnologias de
reciclagem, tratamento e disposição final de resíduos sólidos, inclusive de prevenção à poluição;
3. incentivar a informação sobre o perfil e o impacto ambiental de produtos através da
autodeclaração na rotulagem, análise de ciclo de vida e certificação ambiental;
4. promover ações direcionadas à criação de mercados locais e regionais para os materiais
recicláveis e reciclados;
5. incentivar ações que visem ao uso racional de embalagens;
6. instituir linhas de crédito e financiamento para a elaboração e implantação de Planos de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos;
7. instituir programas específicos de incentivo para a implantação de sistemas ambientalmente
adequados de tratamento e disposição final de resíduos sólidos;
8. promover a implantação, em parceria com os Municípios, instituições de ensino e pesquisa e
organizações não-governamentais, de programa estadual de capacitação de recursos humanos
com atuação na área de resíduos sólidos;
9. incentivar a criação e o desenvolvimento de cooperativas e associações de catadores de
materiais recicláveis que realizam a coleta e a separação, o beneficiamento e o reaproveitamento
de resíduos sólidos reutilizáveis ou recicláveis;
10. promover ações que conscientizem e disciplinem os cidadãos para o adequado uso do sistema
de coleta de resíduos sólidos urbanos;
11. assegurar a regularidade, continuidade e universalidade nos sistemas de coleta, transporte,
tratamento e disposição de resíduos sólidos urbanos;
12. criar incentivos aos Municípios que se dispuserem a implantar, ou a permitir a implantação, em
seus territórios, de instalações licenciadas para tratamento e disposição final de resíduos sólidos,
oriundos de quaisquer outros Municípios;
13. implantar Sistema Declaratório Anual para o controle da geração, estocagem, transporte e
destinação final de resíduos industriais;
14. promover e exigir a recuperação das áreas degradadas ou contaminadas por gerenciamento
inadequado dos resíduos sólidos mediante procedimentos específicos fixados em regulamento;
15. promover a gestão integrada e compartilhada de resíduos sólidos, apoiando a concepção,
implementação e gerenciamento dos sistemas de resíduos sólidos com participação social e
sustentabilidade.

CAPÍTULO II
DOS INSTRUMENTOS

Artigo 4º - São instrumentos da Política Estadual de Resíduos Sólidos:


I - o planejamento integrado e compartilhado do gerenciamento dos resíduos sólidos;
II - os Planos Estadual e Regionais de Gerenciamento de Resíduos Sólidos;
III - os Planos dos Geradores;
IV - o Inventário Estadual de Resíduos Sólidos;
V - o Sistema Declaratório Anual de Resíduos Sólidos;
VI - o termo de compromisso e termo de ajustamento de conduta;
VII - os acordos voluntários ou propostos pelo Governo, por setores da economia;
VIII - o licenciamento, a fiscalização e as penalidades;
IX - o monitoramento dos indicadores da qualidade ambiental;
X - o aporte de recursos orçamentários e outros, destinados prioritariamente às práticas de
prevenção da poluição, à minimização dos resíduos gerados e à recuperação de áreas
degradadas e remediação de áreas contaminadas por resíduos sólidos;
XI - os incentivos fiscais, tributários e creditícios que estimulem as práticas de prevenção da
poluição e de minimização dos resíduos gerados e a recuperação de áreas degradadas e
remediação de áreas contaminadas por resíduos sólidos;
XII - as medidas fiscais, tributárias, creditícias e administrativas que inibam ou restrinjam a
produção de bens e a prestação de serviços com maior impacto ambiental;
XIII - os incentivos à gestão regionalizada dos resíduos sólidos;
XIV - as linhas de financiamento de fundos estaduais;
XV - a divulgação de dados e informações incluindo os programas, as metas, os indicadores e os
relatórios ambientais;
XVI - a disseminação de informações sobre as técnicas de prevenção da poluição, de
minimização, de tratamento e destinação final de resíduos;
XVII - a educação ambiental;
XVIII - a gradação de metas, em conjunto com os setores produtivos, visando à redução na fonte e
à reciclagem de resíduos que causem riscos à saúde pública e ao meio ambiente;
XIX - o incentivo à certificação ambiental de produtos;
XX - o incentivo à autodeclaração ambiental na rotulagem dos produtos;
XXI - o incentivo às auditorias ambientais;
XXII - o incentivo ao seguro ambiental;
XXIII - o incentivo mediante programas específicos para a implantação de unidades de coleta,
triagem, beneficiamento e reciclagem de resíduos;
XXIV - o incentivo ao uso de resíduos e materiais reciclados como matéria-prima;
XXV - o incentivo a pesquisa e a implementação de processos que utilizem as tecnologias limpas.

CAPÍTULO III
Das Definições

Artigo 5º - Para os efeitos desta lei, consideram-se:


I - resíduos sólidos: os materiais decorrentes de atividades humanas em sociedade, e que se
apresentam nos estados sólido ou semi-sólido, como líquidos não passíveis de tratamento como
efluentes, ou ainda os gases contidos;
II - prevenção da poluição ou redução na fonte: a utilização de processos, práticas, materiais,
produtos ou energia que evitem ou minimizem a geração de resíduos na fonte e reduzam os riscos
para a saúde humana e para o meio ambiente;
III - minimização dos resíduos gerados: a redução, ao menor volume, quantidade e periculosidade
possíveis, dos materiais e substâncias, antes de descartá-los no meio ambiente;
IV - gestão compartilhada de resíduos sólidos: a maneira de conceber, implementar e gerenciar
sistemas de resíduos, com a participação dos setores da sociedade com a perspectiva do
desenvolvimento sustentável;
V - gestão integrada de resíduos sólidos: a maneira de conceber, implementar, administrar os
resíduos sólidos considerando uma ampla participação das áreas de governo responsáveis no
âmbito estadual e municipal;
VI - unidades receptoras de resíduos: as instalações licenciadas pelas autoridades ambientais
para a recepção, segregação, reciclagem, armazenamento para futura reutilização, tratamento ou
destinação final de resíduos;
VII - aterro sanitário: local utilizado para disposição final de resíduos urbanos, onde são aplicados
critérios de engenharia e normas operacionais especiais para confinar esses resíduos com
segurança, do ponto de vista de controle da poluição ambiental e proteção à saúde pública;
VIII - aterro industrial: técnica de disposição final de resíduos sólidos perigosos ou não perigosos,
que utiliza princípios específicos de engenharia para seu seguro confinamento, sem causar danos
ou riscos à saúde pública e à segurança, e que evita a contaminação de águas superficiais,
pluviais e subterrâneas, e minimiza os impactos ambientais;
IX - área contaminada: área, terreno, local, instalação, edificação ou benfeitoria que contém
quantidades ou concentrações de matéria em condições que causem ou possam causar danos à
saúde humana, ao meio ambiente e a outro bem a proteger;
X - área degradada: área, terreno, local, instalação, edificação ou benfeitoria que por ação
humana teve as suas características ambientais deterioradas;
XI - remediação de área contaminada: adoção de medidas para a eliminação ou redução dos
riscos em níveis aceitáveis para o uso declarado;
XII - co-processamento de resíduos em fornos de produção de clínquer: técnica de utilização de
resíduos sólidos industriais a partir do seu processamento como substituto parcial de matéria-
prima ou combustível, no sistema forno de produção de clínquer, na fabricação do cimento;
XIII - reciclagem: prática ou técnica na qual os resíduos podem ser usados com a necessidade de
tratamento para alterar as suas características físico-químicas;
XIV - unidades geradoras: as instalações que por processo de transformação de matéria-prima,
produzam resíduos sólidos de qualquer natureza;
XV - aterro de resíduos da construção civil e de resíduos inertes: área onde são empregadas
técnicas de disposição de resíduos da construção civil classe A, conforme classificação específica,
e resíduos inertes no solo, visando à reservação de materiais segregados, de forma a possibilitar o
uso futuro dos materiais e/ou futura utilização da área, conforme princípios de engenharia para
confiná-los ao menor volume possível, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente;
XVI - resíduos perigosos: aqueles que em função de suas propriedades químicas, físicas ou
biológicas, possam apresentar riscos à saúde pública ou à qualidade do meio ambiente;
XVII - reutilização: prática ou técnica na qual os resíduos podem ser usados na forma em que se
encontram sem necessidade de tratamento para alterar as suas características físico-químicas;
XVIII - deposição inadequada de resíduos: todas as formas de depositar, descarregar, enterrar,
infiltrar ou acumular resíduos sólidos sem medidas que assegurem a efetiva proteção ao meio
ambiente e à saúde pública;
XIX - coleta seletiva: o recolhimento diferenciado de resíduos sólidos, previamente selecionados
nas fontes geradoras, com o intuito de encaminhá-los para reciclagem, compostagem, reuso,
tratamento ou outras destinações alternativas.
Artigo 6º - Nos termos desta lei, os resíduos sólidos enquadrar-se-ão nas seguintes categorias:
I - resíduos urbanos: os provenientes de residências, estabelecimentos comerciais e prestadores
de serviços, da varrição, de podas e da limpeza de vias, logradouros públicos e sistemas de
drenagem urbana passíveis de contratação ou delegação a particular, nos termos de lei municipal;
II - resíduos industriais: os provenientes de atividades de pesquisa e de transformação de
matérias-primas e substâncias orgânicas ou inorgânicas em novos produtos, por processos
específicos, bem como os provenientes das atividades de mineração e extração, de montagem e
manipulação de produtos acabados e aqueles gerados em áreas de utilidade, apoio, depósito e de
administração das indústrias e similares, inclusive resíduos provenientes de Estações de
Tratamento de Água - ETAs e Estações de Tratamento de Esgosto - ETEs;
III - resíduos de serviços de saúde: os provenientes de qualquer unidade que execute atividades
de natureza médico-assistencial humana ou animal; os provenientes de centros de pesquisa,
desenvolvimento ou experimentação na área de farmacologia e saúde; medicamentos e
imunoterápicos vencidos ou deteriorados; os provenientes de necrotérios, funerárias e serviços de
medicina legal; e os provenientes de barreiras sanitárias;
IV - resíduos de atividades rurais: os provenientes da atividade agropecuária, inclusive os resíduos
dos insumos utilizados;
V - resíduos provenientes de portos, aeroportos, terminais rodoviários, e ferroviários, postos de
fronteira e estruturas similares: os resíduos sólidos de qualquer natureza provenientes de
embarcação, aeronave ou meios de transporte terrestre, incluindo os produzidos nas atividades de
operação e manutenção, os associados às cargas e aqueles gerados nas instalações físicas ou
áreas desses locais;
VI - resíduos da construção civil - os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições
de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais
como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas,
madeiras, compensados, forros e argamassas, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros,
plásticos, tubulações e fiação elétrica, comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou
metralha.
Parágrafo único - Os resíduos gerados nas operações de emergência ambiental, em acidentes
dentro ou fora das unidades geradoras ou receptoras de resíduo, nas operações de remediação
de áreas contaminadas e os materiais gerados nas operações de escavação e dragagem deverão
ser previamente caracterizados e, em seguida encaminhados para destinação adequada.
Artigo 7º - Os resíduos sólidos que, por suas características exijam ou possam exigir sistemas
especiais para acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento ou destinação
final, de forma a evitar danos ao meio ambiente e à saúde pública, serão definidos pelos órgãos
estaduais competentes.

TÍTULO II
Da Gestão dos Resíduos Sólidos

CAPÍTULO I
Das Disposições Preliminares

Artigo 8º - As unidades geradoras e receptoras de resíduos deverão ser projetadas, implantadas


e operadas em conformidade com a legislação e com a regulamentação pertinente, devendo ser
monitoradas de acordo com projeto previamente aprovado pelo órgão ambiental competente.
Artigo 9º - As atividades e instalações de transporte de resíduos sólidos deverão ser projetadas,
licenciadas, implantadas e operadas em conformidade com a legislação em vigor, devendo a
movimentação de resíduos ser monitorada por meio de registros rastreáveis, de acordo com o
projeto previamente aprovado pelos órgãos previstos em lei ou regulamentação específica.
Artigo 10 - As unidades receptoras de resíduos de caráter regional e de uso intermunicipal terão
prioridade na obtenção de financiamentos pelos organismos oficiais de fomento.
Artigo 11 - vetado.
Artigo 12 - Os governos estadual e municipais, consideradas as suas particularidades, deverão
incentivar e promover ações que visem a reduzir a poluição difusa por resíduos sólidos.
Artigo 13 - A gestão dos resíduos sólidos urbanos será feita pelos Municípios, de forma,
preferencialmente, integrada e regionalizada, com a cooperação do Estado e participação dos
organismos da sociedade civil, tendo em vista a máxima eficiência e a adequada proteção
ambiental e à saúde pública.
Parágrafo único - Nas regiões metropolitanas, as soluções para gestão dos resíduos sólidos
deverão seguir o plano metropolitano de resíduos sólidos com participação do Estado, Municípios
e da sociedade civil.
Artigo 14 - São proibidas as seguintes formas de destinação e utilização de resíduos sólidos:
I - lançamento "in natura" a céu aberto;
II - deposição inadequada no solo;
III - queima a céu aberto;
IV - deposição em áreas sob regime de proteção especial e áreas sujeitas a inundação;
V - lançamentos em sistemas de redes de drenagem de águas pluviais, de esgotos, de
eletricidade, de telecomunicações e assemelhados;
VI - infiltração no solo sem tratamento prévio e projeto aprovado pelo órgão de controle ambiental
estadual competente;
VII - utilização para alimentação animal, em desacordo com a legislação vigente;
VIII - utilização para alimentação humana;
IX - encaminhamento de resíduos de serviços de saúde para disposição final em aterros, sem
submetêlos previamente a tratamento específico, que neutralize sua periculosidade.
§ 1º - Em situações excepcionais de emergência sanitária e fitossanitária, os órgãos da saúde e
de controle ambiental competentes poderão autorizar a queima de resíduos a céu aberto ou outra
forma de tratamento que utilize tecnologia alternativa.
§ 2º - vetado.
Artigo 15 - vetado.
Artigo 16 - Os responsáveis pela degradação ou contaminação de áreas em decorrência de suas
atividades econômicas, de acidentes ambientais ou pela disposição de resíduos sólidos, deverão
promover a sua recuperação ou remediação em conformidade com procedimentos específicos,
estabelecidos em regulamento.
Artigo 17 - A importação, a exportação e o transporte interestadual de resíduos, no Estado,
dependerão de prévia autorização dos órgãos ambientais competentes.
Parágrafo único - Os resíduos sólidos gerados no Estado somente poderão ser enviados para
outros Estados da Federação, mediante prévia aprovação do órgão ambiental do Estado receptor.
Artigo 18 - A Administração Pública optará, preferencialmente, nas suas compras e contratações,
pela aquisição de produtos de reduzido impacto ambiental, que sejam não-perigosos, recicláveis e
reciclados, devendo especificar essas características na descrição do objeto das licitações,
observadas as formalidades legais.
CAPÍTULO II
Dos Planos De Gerenciamento De Resíduos Sólidos

Artigo 19 - O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, a ser elaborado pelo gerenciador dos
resíduos e de acordo com os critérios estabelecidos pelos órgãos de saúde e do meio ambiente,
constitui documento obrigatoriamente integrante do processo de licenciamento das atividades e
deve contemplar os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento,
armazenamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final, bem como a eliminação dos
riscos, a proteção à saúde e ao ambiente, devendo contemplar em sua elaboração e
implementação:
I - vetado;
II - as diretrizes estabelecidas no Plano Estadual de Recursos Hídricos e no Plano Estadual de
Saneamento, quando houver;
III - o cronograma de implantação e programa de monitoramento e avaliação das medidas e das
ações implementadas.
Parágrafo único - O programa de monitoramento e demais mecanismos de acompanhamento
das metas dos planos de gerenciamento de resíduos previstos nesta lei serão definidos em
regulamento.
Artigo 20 - O Estado apoiará, de modo a ser definido em regulamento, os Municípios que
gerenciarem os resíduos urbanos em conformidade com Planos de Gerenciamento de Resíduos
Urbanos.
§ 1º - Os Planos referidos no "caput" deverão ser apresentados a cada quatro anos e contemplar:
1. a origem, a quantidade e a caracterização dos resíduos gerados, bem como os prazos máximos
para sua destinação;
2. a estratégia geral do responsável pela geração, reciclagem, tratamento e disposição dos
resíduos sólidos, inclusive os provenientes dos serviços de saúde, com vistas à proteção da saúde
pública e do meio ambiente;
3. as medidas que conduzam à otimização de recursos, por meio da cooperação entre os
Municípios, assegurada a participação da sociedade civil, com vistas à implantação de soluções
conjuntas e ação integrada;
4. a definição e a descrição de medidas e soluções direcionadas:
a) às praticas de prevenção à poluição;
b) à minimização dos resíduos gerados, através da reutilização, reciclagem e recuperação;
c) à compostagem;
d) ao tratamento ambientalmente adequado;
5. os tipos e a setorização da coleta;
6. a forma de transporte, armazenamento e disposição final;
7. as ações preventivas e corretivas a serem praticadas no caso de manuseio incorreto ou de
acidentes;
8. as áreas para as futuras instalações de recebimento de resíduos, em consonância com os
Planos Diretores e legislação de uso e ocupação do solo;
9. o diagnóstico da situação gerencial atual e a proposta institucional para a futura gestão do
sistema;
10. o diagnóstico e as ações sociais, com a avaliação da presença de catadores nos lixões e nas
ruas das cidades, bem como as alternativas da sua inclusão social;
11. as fontes de recursos para investimentos, operação do sistema e amortização de
financiamentos.
§ 2º - O horizonte de planejamento do Plano de Gerenciamento de Resíduos Urbanos deve ser
compatível com o período de implantação dos seus programas e projetos, ser periodicamente
revisado e compatibilizado com o plano anteriormente vigente.
§ 3º - Os Municípios com menos de 10.000 (dez mil) habitantes de população urbana, conforme
último censo, poderão apresentar Planos de Gerenciamento de Resíduos Urbanos simplificados,
na forma estabelecida em regulamento.
Artigo 21 - Os gerenciadores de resíduos industriais deverão seguir, na elaboração dos
respectivos Planos de Gerenciamento, as gradações de metas estabelecidas pelas suas
associações representativas setoriais e pelo órgão ambiental.
§ 1º - Para os efeitos deste artigo, entre outros, serão considerados os seguintes setores
produtivos:
1. atividade de extração de minerais;
2. indústria metalúrgica;
3. indústria de produtos de minerais não-metálicos;
4. indústria de materiais de transporte;
5. indústria mecânica;
6. indústria de madeira, de mobiliário, e de papel, papelão e celulose;
7. indústria da borracha;
8. indústria de couros, peles e assemelhados e de calçados;
9. indústria química e petroquímica;
10. indústria de produtos farmacêuticos, veterinários e de higiene pessoal;
11. indústria de produtos alimentícios;
12. indústria de bebidas e fumo;
13. indústria têxtil e de vestuário, artefatos de tecidos e de viagem;
14. indústria da construção;
15. indústria de produção de materiais plásticos;
16. indústria de material elétrico, eletrônico e de comunicação;
17. indústria de embalagens.
§ 2º - O Plano de Gerenciamento de Resíduos Industriais poderá prever a implantação de Bolsas
de Resíduos, objetivando o reaproveitamento e o gerenciamento eficiente dos resíduos sólidos,
conforme definido em regulamento.
§ 3º - O Plano de Gerenciamento de Resíduos Industriais poderá prever a destinação em centrais
integradas de tratamento para múltiplos resíduos.
§ 4º - Os órgãos ambientais competentes poderão, na forma estabelecida em regulamento, exigir
a apresentação do Plano de Gerenciamento de Resíduos Industriais para efeito de aprovação,
avaliação e controle.
Artigo 22 - Os órgãos do meio ambiente e da saúde definirão os estabelecimentos de saúde que
estão obrigados a apresentar o Plano de Gerenciamento de Resíduos.
Artigo 23 - vetado.
Artigo 24 - vetado.

CAPÍTULO III
Dos Resíduos Urbanos

Artigo 25 - Os Municípios são responsáveis pelo planejamento e execução com regularidade e


continuidade, dos serviços de limpeza, exercendo a titularidade dos serviços em seus respectivos
territórios.
Parágrafo único - A prestação dos serviços mencionados no "caput" deverá adequar-se às
peculiaridades e necessidades definidas pelo Município, nos Planos de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos Urbanos.
Artigo 26 - A taxa de limpeza urbana é o instrumento que pode ser adotado pelos Municípios para
atendimento do custo da implantação e operação dos serviços de limpeza urbana.
§ 1º - Com vistas à sustentabilidade dos serviços de limpeza urbana, os Municípios poderão fixar
os critérios de mensuração dos serviços, para efeitos de cobrança da taxa de limpeza urbana, com
base, entre outros, nos seguintes indicadores:
1. a classificação dos serviços;
2. a correlação com o consumo de outros serviços públicos;
3. a quantidade e freqüência dos serviços prestados;
4. a avaliação histórica e estatística da efetividade de cobrança em cada região geográfica
homogênea;
5. a autodeclaração do usuário.
§ 2º - Poderão ser instituídas taxas e tarifas diferenciadas de serviços especiais, referentes aos
resíduos que:
1. contenham substâncias ou componentes potencialmente perigosos à saúde pública e ao meio
ambiente;
2. por sua quantidade ou suas características, tornem onerosa a operação do serviço público de
coleta, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos urbanos.
Artigo 27 - vetado:
I - vetado;
II - vetado;
III - vetado.
Artigo 28 - Os usuários dos sistemas de limpeza urbana deverão acondicionar os resíduos para
coleta de forma adequada, cabendo-lhes observar as normas municipais que estabelecem as
regras para a seleção e acondicionamento dos resíduos no próprio local de origem, e que
indiquem os locais de entrega e coleta.
§ 1º - Cabe ao Poder Público Municipal, por meio dos órgãos competentes, dar ampla publicidade
às disposições e aos procedimentos do sistema de limpeza urbana, bem como da forma de
triagem e seleção, além dos locais de entrega dos resíduos.
§ 2º - A coleta de resíduos urbanos será feita, preferencialmente, de forma seletiva e com inclusão
social.
Artigo 29 - O Estado deve, nos limites de sua competência e atribuições:
I - promover ações objetivando a que os sistemas de coleta, transporte, tratamentos e disposição
final de resíduos sólidos sejam estendidos a todos os Municípios e atendam aos princípios de
regularidade, continuidade, universalidade em condições sanitárias de segurança;
II - incentivar a implantação, gradativa, nos Municípios da segregação dos resíduos sólidos na
origem, visando ao reaproveitamento e à reciclagem;
III - estimular os Municípios a atingirem a autosustentabilidade econômica dos seus sistemas de
limpeza urbana, mediante orientação para a criação e implantação de mecanismos de cobrança e
arrecadação compatíveis com a capacidade de pagamento da população;
IV - fomentar a elaboração de legislação e atos normativos específicos de limpeza urbana nos
Municípios, em consonância com as políticas estadual e federal;
V - criar mecanismos que facilitem o uso e a comercialização dos recicláveis e reciclados em
todas as regiões do Estado;
VI - incentivar a formação de consórcios entre Municípios com vistas ao tratamento,
processamento de resíduos e comercialização de materiais recicláveis;
VII - fomentar parcerias das indústrias recicladoras com o Poder Público e a iniciativa privada nos
programas de coleta seletiva e no apoio à implantação e desenvolvimento de associações ou
cooperativas de catadores.
Artigo 30 - O Estado adotará critérios de elegibilidade para financiamento de projetos, programas
e sistemas de resíduos sólidos aos Municípios que contemplem ou estejam de acordo com:
I - as diretrizes e recomendações dos planos regionais e estadual de resíduos sólidos;
II - a sustentabilidade financeira dos empreendimentos através da demonstração dos instrumentos
específicos de custeio;
III - a sustentabilidade técnico-operacional por meio de programas continuados de capacitação e
educação ambiental;
IV - vetado.

CAPÍTULO IV
Dos Resíduos Industriais

Artigo 31 - O gerenciamento dos resíduos industriais, especialmente os perigosos, desde a


geração até a destinação final, será feito de forma a atender os requisitos de proteção ambiental e
de saúde pública, com base no Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de que trata esta
lei.
Artigo 32 - Compete aos geradores de resíduos industriais a responsabilidade pelo seu
gerenciamento, desde a sua geração até a sua disposição final, incluindo:
I - a separação e coleta interna dos resíduos, de acordo com suas classes e características;
II - o acondicionamento, identificação e transporte interno, quando for o caso;
III - a manutenção de áreas para a sua operação e armazenagem;
IV - a apresentação dos resíduos à coleta externa, quando cabível, de acordo com as normas
pertinentes e na forma exigida pelas autoridades competentes;
V - o transporte, tratamento e destinação dos resíduos, na forma exigida pela legislação
pertinente.
Artigo 33 - O emprego de resíduos industriais perigosos, mesmo que tratados, reciclados ou
recuperados para utilização como adubo, matéria-prima ou fonte de energia, bem como suas
incorporações em materiais, substâncias ou produtos, dependerá de prévia aprovação dos órgãos
competentes, mantida, em qualquer caso, a responsabilidade do gerador.
§ 1º - O fabricante deverá comprovar que o produto resultante da utilização dos resíduos referidos
no "caput" deste artigo não implicará risco adicional à saúde pública e ao meio ambiente.
§ 2° - É vedada a incorporação de resíduos industriais perigosos em materiais, substâncias ou
produtos, para fins de diluição de substâncias perigosas.
Artigo 34 - As instalações industriais para o processamento de resíduos são consideradas
unidades receptoras de resíduos, estando sujeitas às exigências desta lei.

CAPÍTULO V
Dos Resíduos Perigosos

Artigo 35 - Os resíduos perigosos que, por suas características, exijam ou possam exigir sistemas
especiais para acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento ou destinação
final, de forma a evitar danos ao meio ambiente e à saúde pública, deverão receber tratamento
diferenciado durante as operações de segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento,
transporte, tratamento e disposição final.
Artigo 36 - O licenciamento, pela autoridade de controle ambiental, de empreendimento ou
atividade que gere resíduo perigoso condicionar-se-á à comprovação de capacidade técnica para
o seu gerenciamento.
Artigo 37 - vetado:
I - vetado;
II - vetado;
III - vetado;
IV - vetado;
V - vetado;
VI - vetado.
Artigo 38 - A coleta e gerenciamento de resíduos perigosos, quando não forem executados pelo
próprio gerador, somente poderão ser exercidos por empresas autorizadas pelo órgão de controle
ambiental para tal fim.
Artigo 39 - O transporte dos resíduos perigosos deverá ser feito com emprego de equipamentos
adequados, sendo devidamente acondicionados e rotulados em conformidade com as normas
nacionais e internacionais pertinentes.
Parágrafo único - Quando houver movimentação de resíduos perigosos para fora da unidade
geradora, os geradores, transportadores e as unidades receptoras de resíduos perigosos deverão,
obrigatoriamente, utilizar o Manifesto de Transporte de Resíduos, de acordo com critérios
estabelecidos pela legislação vigente.
Artigo 40 - Aquele que executar o transporte de resíduos perigosos deverá verificar, junto aos
órgãos de trânsito do Estado e dos Municípios, as rotas preferenciais por onde a carga deverá
passar, e informar ao órgão de controle ambiental estadual o roteiro de transporte.

TÍTULO III
Da Informação

CAPÍTULO I
Da Informação e da Educação Ambiental

Artigo 41 - O órgão ambiental elaborará e apresentará, anualmente, o Inventário Estadual de


Resíduos, que constará de:
I - cadastro de fontes prioritárias, efetiva ou potencialmente, poluidoras, industriais, de
transportadoras e locais de disposição de resíduos sólidos, especialmente, os industriais e os
perigosos;
II - sistema declaratório;
III - relação de fontes e substâncias consideradas de interesse.
Parágrafo único - O inventário referido no "caput" deverá ser, obrigatoriamente, apresentado à
Assembléia Legislativa do Estado.
Artigo 42 - Fica assegurado ao público em geral, o acesso às informações relativas a resíduos
sólidos existentes nos bancos de dados dos órgãos e das entidades da administração direta e
indireta do Estado.
Artigo 43 - Compete ao Poder Público fomentar e promover a educação ambiental sobre resíduos
sólidos, inclusive por meio de convênios com entidades públicas e privadas.
Artigo 44 - Os fabricantes, importadores ou fornecedores de produtos e serviços que gerem
resíduo potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou ao ambiente devem informar à
comunidade sobre os riscos decorrentes de seu manejo, de maneira ostensiva e adequada.
Artigo 45 - Os fabricantes e os importadores de produtos que gerem resíduos potencialmente
nocivos ao meio ambiente devem informar os consumidores sobre os impactos ambientais deles
decorrentes, bem como sobre o seu processo de produção, por meio de rotulagem, em
conformidade com os critérios estabelecidos pelo órgão ambiental estadual competente.

CAPÍTULO II
Do Sistema Declaratório Anual

Artigo 46 - As fontes geradoras, os transportadores e as unidades receptoras de resíduos ficam


obrigadas a apresentar, anualmente, declaração formal contendo as quantidades de resíduos
gerados, armazenados, transportados e destinados, na forma a ser fixada no regulamento desta
lei.
Artigo 47 - Os geradores e/ou responsáveis pelo gerenciamento de resíduos sólidos perigosos
devem informar, anualmente, ou sempre que solicitado pelas autoridades competentes do Estado
e do Municípios:
I - a quantidade de resíduos gerados, manipulados, acondicionados, armazenados, coletados,
transportados ou tratados, conforme cada caso específico, assim como a natureza dos mesmos e
sua disposição final;
II - as medidas adotadas com o objetivo de reduzir a quantidade e a periculosidade dos resíduos e
de aperfeiçoar tecnicamente o seu gerenciamento;
III - as instalações de que dispõem e os procedimentos relacionados ao gerenciamento de
resíduos;
IV - os dados que forem julgados necessários pelos órgãos competentes.

TÍTULO IV
Das Responsabilidades, Infrações E Penalidades

CAPÍTULO I
Das Responsabilidades

Artigo 48 - Os geradores de resíduos são responsáveis pela gestão dos mesmos.


Parágrafo único - Para os efeitos deste artigo, equipara-se ao gerador o órgão municipal ou a
entidade responsável pela coleta, pelo tratamento e pela disposição final dos resíduos urbanos.
Artigo 49 - No caso de ocorrências envolvendo resíduos que coloquem em risco o ambiente e a
saúde pública, a responsabilidade pela execução de medidas corretivas será:
I - do gerador, nos eventos ocorridos em suas instalações;
II - do gerador e do transportador, nos eventos ocorridos durante o transporte de resíduos sólidos;
III - do gerador e do gerenciador de unidades receptoras, nos eventos ocorridos nas instalações
destas últimas.
§ 1º - Os derramamentos, os vazamentos ou os despejos acidentais de resíduos deverão ser
comunicados por qualquer dos responsáveis, imediatamente após o ocorrido, à defesa civil, aos
órgãos ambiental e de saúde pública competentes.
§ 2º - O gerador do resíduo derramado, vazado ou despejado acidentalmente deverá fornecer,
quando solicitado pelo órgão ambiental competente, todas as informações relativas à quantidade e
composição do referido material, periculosidade e procedimentos de desintoxicação e de
descontaminação.
Artigo 50 - Os geradores e gerenciadores de unidades receptoras de resíduos sólidos deverão
requerer, junto aos órgãos competentes, registro de encerramento de atividades.
Parágrafo único - A formalização do pedido de registro a que se refere o "caput" deste artigo
deverá, para as atividades previstas em regulamento, ser acompanhada de relatório conclusivo de
auditoria ambiental atestando a qualidade do solo, do ar e das águas na área de impacto do
empreendimento.
Artigo 51 - O gerador de resíduos de qualquer origem ou natureza e seus sucessores respondem
pelos danos ambientais, efetivos ou potenciais.
§ 1º - Os geradores dos resíduos referidos, seus sucessores, e os gerenciadores das unidades
receptoras, em atendimento ao principio do poluidor-pagador, são responsáveis pelos resíduos
remanescentes da desativação de sua fonte geradora, bem como pela recuperação das áreas por
eles contaminadas.
§ 2º - O gerenciador de unidades receptoras responde solidariamente com o gerador, pelos danos
de que trata este artigo, quando estes se verificarem em sua instalação.
Artigo 52 - O gerador de resíduos sólidos de qualquer origem ou natureza, assim como os seus
controladores, respondem solidariamente pelos danos ambientais, efetivos ou potenciais,
decorrentes de sua atividade, cabendo-lhes proceder, às suas expensas, às atividades de
prevenção, recuperação ou remediação, em conformidade com a solução técnica aprovada pelo
órgão ambiental competente, dentro dos prazos assinalados, ou, em caso de inadimplemento,
ressarcir, integralmente, todas as despesas realizadas pela administração pública para a devida
correção ou reparação do dano ambiental.
Artigo 53 - Os fabricantes, distribuidores ou importadores de produtos que, por suas
características, exijam ou possam exigir sistemas especiais para acondicionamento,
armazenamento, coleta, transporte, tratamento ou destinação final, de forma a evitar danos ao
meio ambiente e à saúde pública, mesmo após o consumo de seus resíduos desses itens, são
responsáveis pelo atendimento de exigências estabelecidas pelo órgão ambiental.
Artigo 54 - As unidades de tratamento de resíduos de serviços de saúde somente poderão ser
licenciadas quando localizadas em áreas em que a legislação de uso e ocupação do solo permitir
o uso industrial ou quando localizadas dentro de áreas para recepção de resíduos previamente
licenciadas.
Artigo 55 - vetado.
Parágrafo único - vetado.
Artigo 56 - Compete ao administrador dos portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários,
o gerenciamento completo dos resíduos sólidos gerados nesses locais.
Artigo 57 - Na forma desta lei, são responsáveis pelo gerenciamento dos resíduos de construção
civil:
I - o proprietário do imóvel e/ou do empreendimento;
II - o construtor ou empresa construtora, bem como qualquer pessoa que tenha poder de decisão
na construção ou reforma;
III - as empresas e/ou pessoas que prestem serviços de coleta, transporte, beneficiamento e
disposição de resíduos de construção civil.

CAPÍTULO II
Das Infrações e Penalidades

Artigo 58 - Constitui infração, para efeitos desta lei, toda ação ou omissão que importe
inobservância dos preceitos por ela estabelecidos.
Artigo 59 - As infrações às disposições desta lei, do seu regulamento e dos padrões e exigências
técnicas dela decorrentes serão sancionadas em conformidade com o disposto nos artigos 28 a 33
da Lei nº 9.509, de 20 de março de 1997, e legislação pertinente.
Artigo 60 - Os custos resultantes da aplicação da sanção de interdição temporária ou definitiva
correrão por conta do infrator.
Artigo 61 - vetado.
Artigo 62 - Constatada a infração às disposições desta lei, os órgãos da administração pública
encarregados do licenciamento e da fiscalização ambientais poderão diligenciar, junto ao infrator,
no sentido de formalizar termo de compromisso de ajustamento de conduta ambiental com força
de título executivo extrajudicial, que terá por objetivo cessar, adaptar, recompor, corrigir ou
minimizar os efeitos negativos sobre o meio ambiente, independentemente da aplicação das
sanções cabíveis.
§ 1º - As multas pecuniárias aplicadas poderão ser reduzidas em até 50% (cinqüenta por cento) de
seu valor, e as demais sanções terão sua exigibilidade suspensa, conforme dispuser o
regulamento desta lei.
§ 2º - O não-cumprimento total ou parcial do convencionado no termo de ajustamento de conduta
ambiental ensejará a execução das obrigações dele decorrentes, sem prejuízo das sanções
penais e administrativas aplicáveis à espécie.
CAPÍTULO III
Das Disposições Finais

Artigo 63 - O regulamento desta lei estabelecerá:


I - os prazos em que os responsáveis pela elaboração dos Planos de Gerenciamento de Resíduos
nela referidos deverão apresentá-los aos órgãos competentes;
II - os mecanismos de cooperação entre as secretarias, órgãos e agências estaduais integrantes
do Sistema Estadual de Administração da Qualidade Ambiental - SEAQUA, do Sistema Integral de
Gerenciamento de Recursos Hídricos de São Paulo - SIGRH e do Sistema Estadual de
Saneamento - SESAN, assim como os de saúde pública, com vistas à execução da Política
Estadual de Resíduos Sólidos;
III - as regras que regulam o Sistema Declaratório Anual.
Artigo 64 - A presente lei não se aplica à gestão de rejeitos radioativos.
Artigo 65 - O órgão ambiental deverá propor o regulamento desta lei no prazo de 2 (dois) anos.
Artigo 66 - vetado.
Artigo 67 - Fica revogada a Lei nº 11.387, de 27 de maio de 2003.
Artigo 68 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio dos Bandeirantes, 16 de março de 2006.
GERALDO ALCKMIN
Martus Tavares
Secretário de Economia e Planejamento
Mauro Arce
Secretário de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento
José Goldemberg
Secretário do Meio Ambiente
Luiz Roberto Barradas Barata
Secretário da Saúde
Arnaldo Madeira
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 16 de março de 2006.
A

Ficha informativa
LEI Nº 13.296, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2008

Estabelece o tratamento tributário do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores -


IPVA

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:


Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

SEÇÃO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Artigo 1º - Fica estabelecido, por esta lei, o tratamento tributário do Imposto sobre a Propriedade
de Veículos Automotores - IPVA.
Parágrafo único - Considera-se veículo automotor aquele dotado de mecanismo de propulsão
própria e que sirva para o transporte de pessoas ou coisas ou para a tração de veículos utilizados
para o transporte de pessoas ou coisas.

SEÇÃO II

DO FATO GERADOR

Artigo 2º - O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA, devido anualmente,


tem como fato gerador a propriedade de veículo automotor.
Artigo 3º - Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto:
I - no dia 1º de janeiro de cada ano, em se tratando de veículo usado;
II - na data de sua primeira aquisição pelo consumidor, em se tratando de veículo novo;
III - na data de seu desembaraço aduaneiro, em se tratando de veículo importado diretamente do
exterior pelo consumidor;
IV - na data da incorporação do veículo novo ao ativo permanente do fabricante, do revendedor ou
do importador;
V - na data em que deixar de ser preenchido requisito que tiver dado causa à imunidade, isenção
ou dispensa de pagamento;
VI - na data da arrematação, em se tratando de veículo novo adquirido em leilão;
VII - na data em que estiver autorizada sua utilização, em se tratando de veículo não fabricado em
série;
VIII - na data de saída constante da Nota Fiscal de venda da carroceria, quando já acoplada ao
chassi do veículo objeto de encarroçamento;
IX - na data em que o proprietário ou o responsável pelo pagamento do imposto deveria ter
fornecido os dados necessários à inscrição no Cadastro de Contribuintes do IPVA deste Estado,
em se tratando de veículo procedente de outro Estado ou do Distrito Federal;
X - relativamente a veículo de propriedade de empresa locadora:
a) no dia 1º de janeiro de cada ano, em se tratando de veículo usado já inscrito no Cadastro de
Contribuintes do IPVA deste Estado;
b) na data em que vier a ser locado ou colocado à disposição para locação no território deste
Estado, em se tratando de veículo usado registrado anteriormente em outro Estado;
c) na data de sua aquisição para integrar a frota destinada à locação neste Estado, em se tratando
de veículo novo.
Parágrafo único - O disposto no inciso X deste artigo aplica-se às empresas locadoras de
veículos qualquer que seja o seu domicílio, sem prejuízo da aplicação das disposições dos incisos
II a IX, no que couber.
Artigo 4º - O imposto será devido no local do domicílio ou da residência do proprietário do veículo
neste Estado.
§ 1º - Para os efeitos desta lei, considerar-se-á domicílio:
1 - se o proprietário for pessoa natural:
a) a sua residência habitual;
b) se a residência habitual for incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade onde o
veículo esteja sendo utilizado;
2 - se o proprietário for pessoa jurídica de direito privado:
a) o estabelecimento situado no território deste Estado, quanto aos veículos automotores que a ele
estejam vinculados na data da ocorrência do fato gerador;
b) o estabelecimento onde o veículo estiver disponível para entrega ao locatário na data da
ocorrência do fato gerador, na hipótese de contrato de locação avulsa;
c) o local do domicílio do locatário ao qual estiver vinculado o veículo na data da ocorrência do
fato gerador, na hipótese de locação de veículo para integrar sua frota;
3 - qualquer de suas repartições no território deste Estado, se o proprietário ou locatário for
pessoa jurídica de direito público.
§ 2º - No caso de pessoa natural com múltiplas residências, presume-se como domicílio tributário
para fins de pagamento do IPVA:
1 - o local onde, cumulativamente, possua residência e exerça profissão;
2 - caso possua residência e exerça profissão em mais de um local, o endereço constante da
Declaração de Imposto de Renda.
§ 3º - Na impossibilidade de se precisar o domicílio tributário da pessoa natural nos termos dos §§
1º e 2º deste artigo, a autoridade administrativa poderá fixá-lo tomando por base o endereço que
vier a ser apurado em órgãos públicos, nos cadastros de domicílio eleitoral e nos cadastros de
empresa seguradora e concessionária de serviço público, dentre outros.
§ 4º - No caso de pessoas jurídicas de direito privado, não sendo possível determinar a vinculação
do veículo na data da ocorrência do fato gerador, nos termos do item 2 do § 1º deste artigo,
presume-se como domicílio o local do estabelecimento onde haja indícios de utilização do veículo
com predominância sobre os demais estabelecimentos da mesma pessoa jurídica.
§ 5º - Presume-se domiciliado no Estado de São Paulo o proprietário cujo veículo estiver
registrado no órgão competente deste Estado.
§ 6º - Em se tratando de veículo de propriedade de empresa de arrendamento mercantil (leasing),
o imposto será devido no local do domicílio ou residência do arrendatário, nos termos deste artigo.
§ 7º - Para os efeitos da alínea "b" do item 2 do § 1º deste artigo, equipara-se a estabelecimento
da empresa locadora neste Estado, o lugar de situação dos veículos mantidos ou colocados à
disposição para locação.

SEÇÃO III

DO CONTRIBUINTE E DO RESPONSÁVEL

Artigo 5º - Contribuinte do imposto é o proprietário do veículo.


Parágrafo único - No caso de pessoa jurídica, considera-se contribuinte:
1 - cada um dos seus estabelecimentos para fins de cumprimento das obrigações contidas nesta
lei;
2 - o conjunto dos estabelecimentos para fins de garantia do cumprimento das obrigações.
Artigo 6º - São responsáveis pelo pagamento do imposto e acréscimos legais:
I - o adquirente, em relação ao veículo adquirido sem o pagamento do imposto e acréscimos
legais do exercício ou exercícios anteriores;
II - o proprietário de veículo automotor que o alienar e não fornecer os dados necessários à
alteração no Cadastro de Contribuintes do IPVA no prazo de 30 (trinta) dias, em relação aos fatos
geradores ocorridos entre o momento da alienação e o do conhecimento desta pela autoridade
responsável;
III - o leiloeiro, em relação ao veículo adquirido ou arrematado em leilão e entregue sem
comprovação do pagamento do IPVA e acréscimos legais pendentes sobre o mesmo,
correspondente ao exercício ou exercícios anteriores;
IV - o inventariante, pelos débitos devidos pelo espólio;
V - o tutor ou o curador, pelos débitos de seu tutelado ou curatelado;
VI - a pessoa jurídica que resultar da fusão, incorporação ou cisão de outra ou em outra pessoa
jurídica;
VII - o agente público que autorizar ou efetuar o registro, licenciamento ou a transferência de
propriedade de veículo automotor neste Estado, sem a comprovação do pagamento ou do
reconhecimento da imunidade, da concessão da isenção ou dispensa do pagamento do imposto;
VIII - a pessoa jurídica de direito privado, bem como o sócio, diretor, gerente ou administrador, que
tomar em locação veículo para uso neste Estado, em relação aos fatos geradores ocorridos nos
exercícios em que o veículo estiver sob locação;
IX - o agente público responsável pela contratação de locação de veículo, para uso neste Estado
por pessoa jurídica de direito público, em relação aos fatos geradores ocorridos nos exercícios em
que o veículo estiver sob locação;
X - o sócio, diretor, gerente, administrador ou responsável pela empresa locadora, em relação aos
veículos locados ou colocados à disposição para locação neste Estado;
XI - o titular do domínio ou o possuidor a qualquer título;
XII - todo aquele que efetivamente concorrer para a sonegação do imposto.
§ 1º - No caso de veículo abrangido pela imunidade, isenção ou dispensa do pagamento do
imposto, o agente público ou o leiloeiro deverá exigir a respectiva comprovação.
§ 2º - A responsabilidade prevista nos incisos I, II, III, VII, VIII, IX, X, XI e XII deste artigo é
solidária e não comporta benefício de ordem.
§ 3º - Para eximir-se da responsabilidade prevista nos incisos VIII e IX deste artigo, a pessoa
jurídica ou o agente público deverá exigir comprovação de regular inscrição da empresa locadora
no Cadastro de Contribuintes do IPVA, bem como do pagamento do imposto devido a este Estado,
relativamente aos veículos objetos da locação.

SEÇÃO IV

DA BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO

Artigo 7º - A base de cálculo do imposto é:


I - na hipótese dos incisos I, V, IX e X, alíneas "a" e "b", do artigo 3º desta lei, o valor de mercado
do veículo usado constante da tabela de que trata o § 1º deste artigo;
II - na hipótese do inciso II e X, alínea "c", do artigo 3º desta lei, o valor total constante do
documento fiscal de aquisição do veículo pelo consumidor;
III - na hipótese do inciso III do artigo 3º desta lei, o valor constante do documento de importação,
acrescido dos valores dos tributos devidos em razão da importação, ainda que não recolhidos pelo
importador;
IV - na hipótese do inciso IV do artigo 3º desta lei:
a) para o fabricante, o valor médio das operações com veículos do mesmo tipo que tenha
comercializado no mês anterior ao da ocorrência do fato gerador;
b) para o revendedor, o valor da operação de aquisição do veículo, constante do documento fiscal
de aquisição;
c) para o importador, o valor a que se refere o inciso III deste artigo.
V - na hipótese do inciso VI do artigo 3º desta lei, o valor da arrematação, acrescido das despesas
cobradas ou debitadas do arrematante e dos valores dos tributos incidentes sobre a operação,
ainda que não recolhidos;
VI - na hipótese dos incisos VII e VIII do artigo 3º desta lei, a soma dos valores atualizados de
aquisição de suas partes e peças e outras despesas, também atualizadas, que incorrerem na sua
montagem.
§ 1º - Para efeito do disposto no inciso I deste artigo, o Poder Executivo divulgará o valor de
mercado por meio de tabela, considerando na sua elaboração a marca, o modelo, a espécie e o
ano de fabricação.
§ 2º - A tabela a que se refere o § 1º deste artigo, deverá ser divulgada para vigorar no exercício
seguinte, e na fixação dos valores serão observados os preços médios de mercado vigentes no
mês de setembro.
§ 3º - Havendo veículo cujo modelo não tenha sido comercializado no mês de setembro, adotar-
se-á o valor de outro do mesmo padrão.
§ 4º - O Poder Executivo poderá adotar como base de cálculo:
1 - para o veículo com mais de 10 (dez) anos e até 20 (vinte) anos de fabricação, valor equivalente
a 90% (noventa por cento) da base de cálculo correspondente à do veículo fabricado no ano
imediatamente posterior;
2 - para o veículo com mais de 20 (vinte) anos de fabricação, a mesma base de cálculo do veículo
com 20 anos de fabricação;
3 - para os veículos usados referidos nos incisos VII e VIII do artigo 3º desta lei, o valor de registro
do veículo novo, depreciado à taxa de 10% (dez por cento) em relação à base de cálculo utilizada
no ano imediatamente anterior.
§ 5º - O Poder Executivo poderá firmar convênios ou contratar serviços com entidades
especializadas para a pesquisa dos valores médios de mercado dos veículos usados.
§ 6º - Para determinação da base de cálculo é irrelevante o estado de conservação do veículo.
§ 7º - Na falta do documento referido no inciso III deste artigo, será considerado, para a fixação da
base de cálculo, o valor constante do documento expedido pelo órgão federal competente para a
cobrança do tributo devido pela importação, acrescido dos demais impostos incidentes.
§ 8º - A atualização de que trata o inciso VI deste artigo far-se-á pela variação da Unidade Fiscal
do Estado de São Paulo - UFESP, mediante multiplicação do valor constante dos documentos de
aquisição das partes, peças e despesas de montagem, pelo coeficiente obtido com a divisão do
valor nominal da UFESP, no mês da data de ocorrência do fato gerador, pelo valor da mesma
unidade no mês de aquisição das partes, peças e despesas de montagem.
§ 9º - Nas situações em que for constatada notória redução nos preços médios de mercado
vigentes entre o mês de setembro e o mês de dezembro, poderá o Poder Executivo,
excepcionalmente, autorizar a redução da base de cálculo.
Artigo 8º - O Poder Executivo poderá arbitrar a base de cálculo:
I - na impossibilidade de determinação dos valores, nos termos do artigo 7° desta lei;
II - na verificação de incompatibilidade entre o valor de aquisição do veículo e o valor de mercado.

SEÇÃO V

DAS ALÍQUOTAS

Artigo 9º - A alíquota do imposto, aplicada sobre a base de cálculo atribuída ao veículo, será de:
I - 1,5% (um inteiro e cinqüenta centésimos por cento) para veículos de carga, tipo caminhão;
II - 2% (dois por cento) para:
a) ônibus e microônibus;
b) caminhonetes cabine simples;
c) motocicletas, ciclomotores, motonetas, triciclos e quadriciclos;
d) máquinas de terraplenagem, empilhadeiras, guindastes, locomotivas, tratores e similares;
III - 3% (três por cento) para veículos que utilizarem motor especificado para funcionar,
exclusivamente, com os seguintes combustíveis: álcool, gás natural veicular ou eletricidade, ainda
que combinados entre si;
IV - 4% (quatro por cento) para qualquer veículo automotor não incluído nos incisos I a III deste
artigo.
§ 1º - A alíquota dos veículos automotores a que se refere o inciso IV deste artigo, destinados à
locação, de propriedade de empresas locadoras, ou cuja posse estas detenham em decorrência
de contrato de arrendamento mercantil, desde que registrados neste Estado, será reduzida em
50% (cinqüenta por cento).
§ 2º - Considera-se empresa locadora de veículos, para os efeitos do § 1º, a pessoa jurídica cuja
atividade de locação de veículos represente no mínimo 50% (cinqüenta por cento) de sua receita
bruta, mediante reconhecimento, segundo disciplina estabelecida pela Secretaria da Fazenda.
§ 3º - Será aplicada, excepcionalmente, a alíquota de 3% (três por cento) para veículos fabricados
até 31 de dezembro de 2008 que utilizarem motor especificado para funcionar exclusivamente a
gasolina, quando adaptado, até a mesma data, para funcionar de maneira combinada com gás
natural veicular, ficando convalidados os procedimentos anteriormente adotados.

Ã
SEÇÃO VI

DO CÁLCULO DO IMPOSTO

Artigo 10 - O valor do imposto será obtido mediante a multiplicação da alíquota pela base de
cálculo.
Artigo 11 - Nos casos de que tratam os incisos II a X, alíneas "b" e "c" do artigo 3º desta lei, o
imposto será calculado de forma proporcional ao número de meses restantes do ano civil.
Parágrafo único - Para efeito de contagem do número de meses restantes do ano civil, será
incluído o mês da ocorrência do fato gerador.

SEÇÃO VII

DA IMUNIDADE, DA ISENÇÃO E DA DISPENSA DO PAGAMENTO DO IMPOSTO

Artigo 12 - O Poder Executivo disciplinará procedimento para o reconhecimento das imunidades,


para a concessão das isenções e para a dispensa do pagamento do imposto.
Artigo 13 - É isenta do IPVA a propriedade:
I - de máquinas utilizadas essencialmente para fins agrícolas;
II - de veículo ferroviário;
III - de um único veículo adequado para ser conduzido por pessoa com deficiência física;
IV - de um único veículo utilizado no transporte público de passageiros na categoria aluguel (táxi),
de propriedade de motorista profissional autônomo, por ele utilizado em sua atividade profissional;
V - de veículo de propriedade de Embaixada, Representação Consular, de Embaixador e de
Representante Consular, bem como de funcionário de carreira diplomática ou de serviço consular,
quando façam jus a tratamento diplomático, e desde que o respectivo país de origem conceda
reciprocidade de tratamento;
VI - de ônibus ou microônibus empregados exclusivamente no transporte público de passageiros,
urbano ou metropolitano, devidamente autorizados pelos órgãos competentes;
VII - de máquina de terraplanagem, empilhadeira, guindaste e demais máquinas utilizadas na
construção civil ou por estabelecimentos industriais ou comerciais, para monte e desmonte de
cargas;
VIII - de veículo com mais de 20 (vinte) anos de fabricação.
§ 1º - As isenções previstas neste artigo, quando não concedidas em caráter geral, serão
efetivadas, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o
qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos
para sua concessão.
§ 2º - As isenções previstas nos incisos III a VI deste artigo aplicam-se:
1 - somente aos veículos em situação regular, na data da ocorrência do fato gerador, quanto às
obrigações relativas ao registro e licenciamento;
2 - às hipóteses de arrendamento mercantil.
§ 3º - No caso do inciso VI deste artigo, em se tratando de proprietário pessoa física, fica limitada
a isenção a um único veículo, de propriedade de motorista autônomo regularmente registrado no
órgão competente e habilitado para condução do veículo objeto do benefício.
Artigo 14 - Fica dispensado o pagamento do imposto, a partir do mês da ocorrência do evento, na
hipótese de privação dos direitos de propriedade do veículo por furto ou roubo, quando ocorrido no
território do Estado de São Paulo, na seguinte conformidade:
I - o imposto pago será restituído proporcionalmente ao período, incluído o mês da ocorrência em
que ficar comprovada a privação da propriedade do veículo;
II - a restituição ou compensação será efetuada a partir do exercício subseqüente ao da
ocorrência.
§ 1º - A dispensa prevista neste artigo não desonera o contribuinte do pagamento do imposto
incidente sobre fato gerador ocorrido anteriormente ao evento, ainda que no mesmo exercício.
§ 2º - O Poder Executivo poderá dispensar o pagamento do imposto incidente a partir do exercício
seguinte ao da data da ocorrência do evento nas hipóteses de perda total do veículo por furto ou
roubo ocorridos fora do território paulista, por sinistro ou por outros motivos, previstos em
regulamento, que descaracterizem o domínio ou a posse.
§ 3º - Os procedimentos concernentes à dispensa, à restituição e à compensação serão
disciplinados por ato do Poder Executivo.
Artigo 15 - Poderá ser dispensado o pagamento do imposto relativo ao veículo de propriedade de
empresa locadora:
I - a partir do mês seguinte ao da transferência para operação do veículo em outro Estado, em
caráter não esporádico, desde que seja comprovado o pagamento proporcional aos meses
restantes do ano civil em favor do Estado de destino, se assim estiver previsto na legislação do
referido Estado;
II - quando, na hipótese prevista na alínea "b" do inciso X do artigo 3º desta lei, tratar-se de veículo
destinado à locação avulsa, e a permanência neste Estado seja temporária, conforme disposição
regulamentar, observado o disposto no artigo 33 desta lei.
Parágrafo único - O imposto pago será restituído proporcionalmente em relação ao período em
que se configurar a hipótese prevista no inciso I deste artigo.
Artigo 16 - Verificado que o beneficiário não preenchia ou deixou de preencher as condições
exigidas para a imunidade, isenção ou dispensa, o imposto deverá ser recolhido no prazo de 30
(trinta) dias contados da data da ocorrência do evento, observado o disposto no parágrafo único
do artigo 11, e a base de cálculo do imposto será definida em conformidade com os artigos 7º ou
8º, todos desta lei.

SEÇÃO VIII

DO LANÇAMENTO DO IMPOSTO

Artigo 17 - O contribuinte ou o responsável efetuará anualmente o pagamento do imposto, na


forma estabelecida pelo Poder Executivo, o qual ficará sujeito à homologação pela autoridade
administrativa competente.
Artigo 18 - Verificado que o contribuinte ou responsável deixou de recolher o imposto no prazo
legal, no todo ou em parte, a autoridade administrativa tributária procederá ao lançamento de
ofício, notificando o proprietário do veículo ou o responsável para o recolhimento do imposto ou da
diferença apurada, com os acréscimos legais, no prazo de 30 (trinta) dias contados da data do
recebimento da notificação, reservado o direito de contestação.
§ 1º - Diferença, para os efeitos deste artigo, é o valor do imposto e seus acréscimos legais, que
restarem devidos após imputação efetuada mediante distribuição proporcional do valor recolhido
entre os componentes do débito.
§ 2º - A notificação prevista neste artigo conterá a identificação do contribuinte, do responsável
solidário, quando for o caso, do veículo, a data de vencimento e a forma de pagamento do imposto
e acréscimos legais, podendo ser realizada por meio de edital publicado no Diário Oficial do
Estado, por correio, pessoalmente ou por meio eletrônico.
§ 3º - Quando a notificação for feita por meio de publicação no Diário Oficial do Estado, o
contribuinte ou interessado será cientificado da publicação na forma estabelecida pelo Poder
Executivo.
Artigo 19 - Verificada infração a qualquer dispositivo da legislação do imposto, será lavrado Auto
de Infração e Imposição de Multa por Agente Fiscal de Rendas, admitida a chancela por meio
eletrônico.
Parágrafo único - Para efeito deste artigo, quando a infração estiver acompanhada de redução ou
supressão do pagamento do imposto, este poderá ser exigido por meio de Auto de Infração e
Imposição de Multa.
Artigo 20 - Enquanto não extinto o direito de constituir o crédito tributário, o lançamento poderá
ser revisto de ofício pela autoridade administrativa, quando verificado erro ou fato não conhecido
ou não provado.

SEÇÃO IX

DO RECOLHIMENTO DO IMPOSTO

Artigo 21 - O imposto do veículo usado será devido anualmente na data da ocorrência do fato
gerador, e deverá ser pago à vista no mês de fevereiro ou em três parcelas mensais, iguais e
consecutivas, vencíveis nos meses de janeiro, fevereiro e março, desde que a primeira seja
recolhida integralmente no respectivo vencimento no mês de janeiro e o valor de cada parcela seja
equivalente a, no mínimo, 2 (duas) UFESPs do mês do recolhimento.
§ 1º - O imposto relativo ao veículo de carga usado, categoria caminhão, poderá ser pago à vista
no mês de abril ou em três parcelas iguais e consecutivas, vencíveis nos meses de março, junho e
setembro, desde que a primeira seja recolhida integralmente no respectivo vencimento no mês de
março e o valor de cada parcela seja equivalente a, no mínimo, 2 (duas) UFESPs do mês do
recolhimento.
§ 2º - A opção pelo pagamento parcelado dar-se-á pelo recolhimento voluntário da primeira
parcela no mês de janeiro, para os casos previstos no "caput", e no mês de março, para os casos
previstos no § 1º deste artigo.
§ 3º - Sobre o valor do imposto recolhido integralmente no mês de janeiro, conceder-se-á
desconto, a ser fixado pelo Poder Executivo.
§ 4º - Os dias de vencimento do imposto serão fixados pelo Poder Executivo.
§ 5º - Será considerado rompido o parcelamento sempre que não for observada a data de
vencimento e o pagamento integral de qualquer uma das duas últimas parcelas, sujeitando-se o
contribuinte ou o responsável aos acréscimos legais e à disciplina estabelecida no artigo 18 desta
lei.
§ 6º - O imposto devido por empresa locadora, nos termos da alínea "b" do inciso X do artigo 3º
desta lei, será pago integralmente no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data do fato gerador.
Artigo 22 - O recolhimento do imposto, relativamente a veículo novo, deverá ser efetuado
integralmente no prazo de 30 (trinta) dias contados:
I - da data da emissão da Nota Fiscal referente à sua aquisição;
II - da data de seu desembaraço aduaneiro, em se tratando de veículo importado diretamente pelo
consumidor;
III - da data de sua incorporação ao ativo permanente, em se tratando de veículo colocado em uso
por aquele que o fabricou ou por revendedores;
IV - da data de sua autorização para uso, em se tratando de veículo não fabricado em série;
V - da data de saída constante da Nota Fiscal de venda da carroceria, em se tratando de veículo
objeto de encarroçamento, nos casos em que o chassi tenha sido adquirido separadamente.
§ 1º - Sobre o valor do imposto recolhido integralmente até o 5º (quinto) dia útil posterior à data da
emissão da Nota Fiscal referente à aquisição do veículo novo, ou à data em que o mesmo tenha
sido incorporado ao ativo permanente, poderá ser concedido desconto a ser fixado pelo Poder
Executivo.
§ 2º - O imposto relativo a veículo novo poderá ser pago em 3 (três) parcelas mensais, iguais e
consecutivas, desde que a primeira seja paga no prazo previsto no "caput" deste artigo, vencendo
as demais no mesmo dia dos meses subseqüentes ao do vencimento da primeira.
Artigo 23 - No caso de veículo alienado em hasta pública, o débito vencido e não pago deverá ser
deduzido do montante arrecadado na venda e recolhido até o 3º (terceiro) dia útil após a
realização do leilão.
Artigo 24 - Será exigido o recolhimento integral do imposto referente ao exercício, ressalvado o
disposto no artigo 14 desta lei, bem como do débito em atraso, no momento da exclusão do
veículo do Cadastro de Contribuintes do IPVA.
Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se, também, na hipótese de transferência do
registro do veículo para outro Estado.
Artigo 25 - Nenhum veículo será registrado ou licenciado perante as repartições competentes sem
a prova do pagamento do imposto ou de que é imune, isento ou de que está dispensado o seu
pagamento.
Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se, igualmente, aos casos de renovação,
averbação, cancelamento e a quaisquer outros atos que impliquem alteração no registro do
veículo.
Artigo 26 - Não se exigirá, nos casos de inscrição no Cadastro de Contribuintes do IPVA, novo
pagamento do imposto já solvido em outra unidade da federação, observado sempre o respectivo
exercício fiscal, ressalvadas as hipóteses em que:
I - deveria ter sido integralmente pago ao Fisco deste Estado;
II - seja devido proporcionalmente a este Estado por empresa locadora, nos termos das alíneas "b"
e "c" do inciso X do artigo 3º e do artigo 11, desta lei.
§ 1º - Os efeitos da insolvência ou do pagamento do imposto transmitem-se ao novo proprietário
do veículo para fins de registro ou alteração de assentamentos perante o órgão de trânsito e o
Cadastro de Contribuintes do IPVA.
§ 2º - Se não comprovar o pagamento do imposto a outra unidade federada, o proprietário deverá,
para proceder à transferência, recolher o imposto proporcionalmente ao número de meses
restantes do exercício fiscal, calculado a partir do mês em que deveria ter se inscrito no Cadastro
de Contribuintes do IPVA deste Estado, conforme o disposto no artigo 11 desta lei.

SEÇÃO X

DOS ACRÉSCIMOS MORATÓRIOS E DOS JUROS

Artigo 27 - O imposto não recolhido no prazo determinado nesta lei estará sujeito a acréscimos
moratórios correspondentes a 0,33% (trinta e três centésimos por cento) por dia de atraso, até o
limite de 20% (vinte por cento), calculados sobre o valor do imposto.
Parágrafo único - Após a inscrição em dívida ativa, os acréscimos moratórios corresponderão a 1
(uma) vez o valor do imposto.
Artigo 28 - O montante do imposto recolhido a destempo fica ainda sujeito a juros equivalentes,
por mês, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC, para títulos
federais, acumulada mensalmente.
§ 1º - Os juros equivalerão a 1% (um por cento) para fração de mês, assim entendido qualquer
período de tempo inferior a um mês.
§ 2º - Ocorrendo a extinção, substituição ou modificação da taxa de juros prevista neste artigo, o
Poder Executivo adotará outro indicador oficial que reflita o custo do crédito no mercado
financeiro.
§ 3º - Em nenhuma hipótese a taxa de juros será inferior a 1% (um por cento) ao mês.
§ 4º - O Poder Executivo divulgará, mensalmente, a taxa a que se refere esse artigo.
§ 5º - Os juros serão calculados sobre os acréscimos moratórios e também sobre os valores das
penalidades.
Artigo 29 - Os encargos previstos nos artigos 27 e 28 desta lei são decorrência natural da mora e
serão exigidos independentemente de lançamento de ofício.

SEÇÃO XI

DO CADASTRO DE CONTRIBUINTES DO IPVA

Artigo 30 - O Poder Executivo organizará e manterá o Cadastro de Contribuintes do IPVA,


podendo utilizar as informações relativas ao veículo ou ao proprietário constantes de registros de
outros órgãos públicos.
Artigo 31 - A Secretaria da Fazenda estabelecerá disciplina para a inscrição no Cadastro de
Contribuintes do IPVA podendo:
I - estabelecer disciplinas distintas e simplificadas por classes de contribuinte;
II - dispensar a inscrição de veículos específicos, sem interesse para a fiscalização e a
arrecadação do imposto.
Parágrafo único - No caso de veículo objeto de arrendamento mercantil ou de alienação fiduciária
em garantia, o Cadastro de Contribuintes do IPVA deverá conter a identificação do arrendante e
do arrendatário ou do devedor fiduciante e do credor fiduciário.

SEÇÃO XII

DAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

Artigo 32 - Fica obrigado a fornecer os dados necessários à inscrição no Cadastro de


Contribuintes do IPVA:
I - todo proprietário de veículo automotor residente ou domiciliado neste Estado, nos termos desta
lei;
II - o proprietário de veículo registrado anteriormente em outro Estado, quando adquiri-lo ou
transferir o seu domicílio ou residência para este Estado.
Artigo 33 - Também está obrigada a fornecer os dados necessários à inscrição no Cadastro de
Contribuintes do IPVA a empresa locadora de veículos que operar neste Estado, em relação a
todos os veículos que vierem a ser locados ou colocados à disposição para locação neste Estado,
inclusive aos veículos a que se refere o inciso II do artigo 15 desta lei.
Artigo 34 - Quaisquer alterações ocorridas em relação ao proprietário ou ao veículo serão
comunicadas às autoridades responsáveis pelo Cadastro de Contribuintes do IPVA.
Parágrafo único - Cabe ao alienante e ao adquirente a obrigação de comunicar a alienação do
veículo.
Artigo 35 - O Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN e a Secretaria da Fazenda deverão
compatibilizar seus cadastros com a finalidade de atingir maior eficiência administrativa e facilitar o
cumprimento das obrigações acessórias.
Parágrafo único - A Secretaria da Fazenda poderá firmar convênios com os órgãos e entidades
componentes do Sistema Nacional de Trânsito para a troca de informações, no interesse da
administração do imposto.
Artigo 36 - Todo aquele a quem forem solicitadas informações de interesse da fiscalização está
obrigado a prestá-las.
Parágrafo único - Os contribuintes e terceiros que tenham informações sobre fatos relacionados
ao imposto não poderão embaraçar a ação fiscalizadora e, mediante notificação, serão obrigados
a exibir documentos, guias, impressos ou arquivos magnéticos relacionados à administração e à
arrecadação.
Artigo 37 - São obrigados a fornecer ao fisco, na forma estabelecida pelo Poder Executivo:
I - os fabricantes, revendedores de veículos e os importadores, informações sobre veículos novos
vendidos e respectivos adquirentes;
II - os revendedores, informações sobre operações com veículos usados;
III - as empresas locadoras, informações sobre os veículos locados ou colocados à disposição
para locação neste Estado;
IV - os leiloeiros que realizarem leilões de veículo automotor, relação dos veículos objetos do
leilão, bem como valores das transferências e o nome e endereço dos alienantes e dos
adquirentes;
V - os despachantes que auxiliarem no registro ou transferência de veículos, relação desses
veículos, bem como os valores das transferências e o nome e endereço do alienante e do
adquirente;
VI - os notários, informações sobre as transações com veículos perante eles realizadas, sem ônus
para as partes do negócio;
VII - as seguradoras de veículos, informações sobre os veículos segurados ou indenizados;
VIII - as empresas de arrendamento mercantil, informações sobre os veículos arrendados e seus
respectivos arrendatários;
IX - as instituições financeiras, informações sobre os veículos financiados e os respectivos
adquirentes;
X - os autódromos, oficinas de manutenção e quaisquer pessoas, físicas ou jurídicas, que cedam
ou aluguem espaços para estacionamento, ou que prestem serviços de guarda ou manutenção de
veículos automotores, informações sobre os veículos que se encontram ou se encontraram
estacionados em suas dependências ou sob sua guarda.
Artigo 38 - As autoridades responsáveis pelo registro e manutenção de cadastros de veículos
ficam obrigadas a fornecer ao fisco a relação de veículos constantes de seu cadastro,
transferências registradas e valores das transferências, bem como a informar o nome e endereço
dos alienantes e adquirentes.

SEÇÃO XIII

DAS PENALIDADES

Artigo 39 - Constituem condutas passíveis de imposição de multa:


I - fraudar o recolhimento do imposto, no todo ou em parte: multa de uma vez o valor do imposto
não recolhido, nunca inferior a 100 (cem) UFESPs;
II - deixar de exibir no prazo estabelecido, quando notificado, quaisquer documentos exigidos pelo
fisco: multa correspondente a 30 (trinta) UFESPs por documento, até o limite de 150 (cento e
cinqüenta) UFESPs por veículo;
III - deixar de prestar informações quando obrigado, ou fazê-lo de forma inexata ou incompleta:
multa correspondente a 30 (trinta) UFESPs por veículo;
IV - proceder de modo a possibilitar a redução ou supressão do tributo devido por terceiro: multa
de uma vez o valor do imposto não recolhido, nunca inferior a 100 (cem) UFESPs;
V - deixar de fornecer documentos ou informações necessários à inscrição ou alteração do
Cadastro de Contribuintes do IPVA: multa, por exercício, correspondente a 50% (cinqüenta por
cento) do valor do imposto, nunca inferior a 10 (dez) UFESPs;
VI - induzir o fisco a proceder à inscrição ou alteração indevidas no Cadastro de Contribuintes do
IPVA: multa, por exercício, correspondente a uma vez o valor do imposto, nunca inferior a 50
(cinqüenta) UFESPs;
VII - deixar, a locadora de veículos, de cumprir a obrigação acessória prevista no artigo 33 desta
lei: multa, por exercício, equivalente a 100 (cem) UFESPs por veículo;
VIII - cometer qualquer outra infração a dispositivo da legislação relativa ao imposto, sem
penalidade específica: multa correspondente a 10 (dez) UFESPs.
§ 1º - As multas previstas neste artigo:
1 - não excluem o pagamento do imposto, quando devido;
2 - são aplicáveis distinta e integralmente, na hipótese de concurso de infrações.
§ 2º - Para cálculo das multas baseadas em UFESP, deve ser considerado o seu valor na data da
lavratura do Auto de Infração e Imposição de Multa, não se aplicando o disposto no artigo 3º da
Lei nº 10.175, de 30 de dezembro de1998.

SEÇÃO XIV

DA REPARTIÇÃO DA RECEITA

Artigo 40 - Do produto da arrecadação do imposto, descontadas outras destinações instituídas


por lei federal, 50% (cinqüenta por cento) constituirá receita do Município onde estiver domiciliado,
nos termos do artigo 4º desta lei, o proprietário do veículo, incluídos os valores correspondentes
aos juros e aos acréscimos moratórios.
Artigo 41 - A parcela pertencente ao Estado será repassada pelo estabelecimento bancário na
forma e prazo estabelecidos pelo Poder Executivo.
§ 1º - A parcela pertencente ao Município será creditada na forma da legislação federal relativa à
matéria, e dos convênios porventura firmados entre as prefeituras e a instituição bancária
arrecadadora.
§ 2º - Nas hipóteses de restituição do imposto, a parcela proporcional será deduzida da receita do
Município.

SEÇÃO XV

DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO

Artigo 42 - O procedimento administrativo tributário referente ao IPVA iniciar-se-á com a


notificação do lançamento ou do Auto de Infração e Imposição de Multa.
Parágrafo único - Aplica-se ao procedimento iniciado por meio de Auto de Infração e Imposição
de Multa a disciplina que dispõe sobre o processo administrativo tributário estadual.
Artigo 43 - As incorreções ou omissões existentes na notificação do lançamento de ofício,
inclusive as decorrentes de cálculo, não acarretam a sua nulidade, desde que presentes
elementos suficientes para determinar, com segurança, a natureza da infração e a pessoa do
infrator.
Parágrafo único - As incorreções ou omissões de que trata este artigo poderão ser corrigidas
pela autoridade fiscal, cientificando-se o sujeito passivo da correção, por escrito, e devolvendo-lhe
o prazo do artigo 44 desta lei.
Artigo 44 - O interessado poderá, por escrito, apresentar defesa ou contestação ao lançamento
efetuado, no prazo de 30 (trinta) dias contados da data da notificação.
Artigo 45 - A defesa ou contestação será apresentada na repartição fiscal competente indicada na
notificação, e deverá conter:
I - a autoridade a quem é dirigida;
II - a qualificação do interessado e a identificação do signatário;
III - as razões de fato e de direito sobre as quais se fundamenta.
Parágrafo único - A defesa ou contestação deverá ser instruída com documentos, demonstrativos
e demais elementos materiais destinados a comprovar as alegações feitas.
Artigo 46 - Da decisão proferida, será o interessado cientificado na forma estabelecida pelo Poder
Executivo.
§ 1º - Não acolhida a defesa ou contestação, no todo ou em parte, o interessado poderá, uma
única vez, apresentar recurso dirigido à autoridade imediatamente superior àquela que houver
proferido a decisão recorrida, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da cientificação da decisão ou
da publicação.
§ 2º - O recurso será apresentado por meio de requerimento contendo nome e qualificação do
recorrente, a identificação do processo e o pedido de nova decisão, com os respectivos
fundamentos de fato e de direito.
Artigo 47 - Mantida a decisão recorrida, será o interessado cientificado a recolher o valor integral
do débito fiscal no prazo de 30 (trinta) dias.
Artigo 48 - Serão encaminhados para inscrição na dívida ativa:
I - o débito lançado e não contestado tempestivamente;
II - o débito definitivamente julgado e não recolhido no prazo previsto no artigo 47 desta lei.

SEÇÃO XVI

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 49 - Aplica-se ao IPVA, no que couber, a legislação do ICMS referente às normas sobre
administração tributária, especialmente os dispositivos da Lei nº. 6.374, de 1º de março de 1989,
no que refere:
I - ao procedimento administrativo de consulta sobre interpretação e aplicação da legislação
tributária;
II - ao pagamento com desconto da multa fixada no Auto de Infração e Imposição de Multa;
III - ao parcelamento de débitos fiscais.
Artigo 50 - As disposições desta lei relativas às empresas locadoras serão aplicáveis aos veículos
de propriedade de empresas de arrendamento mercantil ("leasing") quando o arrendatário for
empresa locadora.
Artigo 51 - No caso de a UFESP deixar de existir como índice de referência, será aplicado o
índice que vier a substituí-la.
Artigo 52 - Ficam cancelados os débitos fiscais do IPVA, devidos a este Estado e relativos a
veículo automotor terrestre, decorrentes de fatos geradores ocorridos até 31 de dezembro de 2008
e durante o período em que o veículo permaneceu registrado em órgão de trânsito de outra
unidade federada, desde que o proprietário, com domicílio neste Estado, cumulativamente:
I - tratando-se de pessoa física, comprove, em conformidade com o disposto no artigo 4º desta lei:
a) em relação à totalidade de veículos de sua propriedade em 1º de janeiro de 2009, que estes
foram objeto de registro no órgão de trânsito do Estado de São Paulo ou que, alternativamente, já
tenha iniciado o procedimento para o referido registro até 31 de março de 2009;
b) em relação à totalidade dos veículos adquiridos após 1º de janeiro de 2009, que estes se
encontram registrados no órgão de trânsito do Estado de São Paulo;
II - tratando-se de pessoa jurídica, comprove, em conformidade com o disposto no artigo 4º desta
lei:
a) em relação à totalidade de veículos de sua propriedade em 1º de janeiro de 2009, que estes
foram objeto de registro no órgão de trânsito do Estado de São Paulo até 30 de junho de 2008;
b) em relação à totalidade dos veículos adquiridos após 1º de julho de 2008, que estes se
encontram registrados no órgão de trânsito do Estado de São Paulo;
III - apresente requerimento à Secretaria da Fazenda, até 29 de maio de 2009, solicitando o
cancelamento dos débitos fiscais nos termos deste artigo, contendo:
a) relação completa dos veículos com débitos fiscais, ainda que não tenham sido reclamados por
meio de Notificação de Lançamento ou de Auto de Infração e Imposição de Multa;
b) comprovante do recolhimento integral do IPVA do exercício de 2009, em favor do Estado de
São Paulo, relativo aos veículos mencionados nos incisos I e II.
§ 1º - Para fins do cancelamento previsto neste artigo, considera-se débito fiscal a soma do
imposto, das multas e dos demais acréscimos legais correspondentes a cada fato gerador.
§ 2º - O cancelamento de que trata este artigo abrange o débito fiscal relativo a veículo cuja
propriedade foi transferida a terceiros em data anterior a 1º de janeiro de 2009, correspondente
aos fatos geradores em idêntica situação e sob a responsabilidade do proprietário indicado no
"caput", desde que observadas, no que couber, as condições previstas neste artigo.
§ 3º - A extinção das execuções fiscais relativas aos débitos fiscais cancelados nos termos deste
artigo será requerida pelo interessado, ficando dispensado o recolhimento das custas judiciais e
honorários advocatícios.
§ 4º - O disposto neste artigo não autoriza a restituição ou compensação de importância já
recolhida ou depositada em juízo, relativamente à situação em que haja decisão transitada em
julgado.
§ 5º - Na hipótese em que pelo menos 80% (oitenta por cento) dos veículos de propriedade de
pessoa jurídica tenha sido objeto do registro a que se refere a alínea "a" do inciso II, até a data ali
indicada, será admitida, excepcionalmente, a aplicação do cancelamento de débitos previsto neste
artigo, desde que o restante dos veículos da pessoa jurídica seja registrado no órgão de trânsito
do Estado de São Paulo até 30 de janeiro de 2009, observadas as demais condições
estabelecidas neste artigo.
§ 6º - O Poder Executivo estabelecerá disciplina para os procedimentos de cancelamento de
débitos de IPVA de que trata este artigo.
Artigo 53 - O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta lei.
Artigo 54 - Fica revogada a Lei nº 6.606, de 20 de dezembro de 1989.
Artigo 55 - Esta lei e suas Disposições Transitórias entram em vigor na data de sua publicação,
produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2009.
Parágrafo único - O disposto no § 4º do artigo 7º somente produzirá efeitos a partir de 1º de
janeiro de 2010.

SEÇÃO XVII

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Artigo 1º - A base de cálculo utilizada para o cálculo do imposto dos veículos usados referente ao
exercício de 2009 será aquela divulgada pelo Poder Executivo de acordo com os critérios fixados
na Lei nº 6.606, de 20 de dezembro de 1989.
Artigo 2º - O Poder Executivo poderá estabelecer prazos especiais para que os contribuintes e
responsáveis promovam as adaptações necessárias à observância do disposto nesta lei.
Artigo 3º - Enquanto não for instituído o Cadastro de Contribuintes do IPVA a que se referem os
artigos 30 e 31 desta lei, serão utilizadas as informações constantes do cadastro de veículos do
Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN.
Palácio dos Bandeirantes, aos 23 de dezembro de 2008.
José Serra
Francisco Vidal Luna
Secretário de Economia e Planejamento
Mauro Ricardo Machado Costa
Secretário da Fazenda
Humberto Rodrigues da Silva
Secretário-Adjunto, respondendo pelo expediente da Casa Civil
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 23 de dezembro de 2008.
A

Ficha informativa
Texto com alterações
LEI Nº 10.705, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2000
(Atualizada até a Lei n° 16.050 de 15 de dezembro de 2015)

Dispõe sobre a instituição do Imposto sobre Transmissão "Causa Mortis" e Doação de Quaisquer
Bens ou Direitos - ITCMD

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:


Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:
Artigo 1º - Fica instituído o Imposto sobre Transmissão "Causa Mortis" e Doação de Quaisquer
Bens ou Direitos - ITCMD, previsto no artigo 155, I, da Constituição Federal, na redação da
Emenda Constitucional nº 3, de 1993.

CAPÍTULO I
da Incidência

Artigo 2º - O imposto incide sobre a transmissão de qualquer bem ou direito havido:


I - por sucessão legitima ou testamentária, inclusive a sucessão provisória;
II - por doação.
§ 1º - Nas transmissões referidas neste artigo, ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos
forem os herdeiros, legatários ou
donatários.
§ 2º - Compreende-se no inciso I deste artigo a transmissão de bem ou direito por qualquer titulo
sucessório, inclusive o fideicomisso.
§ 3º - A legitima dos herdeiros, ainda que gravada, e a doação com encargo sujeitam-se ao
imposto como se não o fossem.
§ 4º - No caso de aparecimento do ausente, fica assegurada a restituição do imposto recolhido
pela sucessão provisória.
§ 5º - Estão compreendidos na incidência do imposto os bens que, na divisão de patrimônio
comum, na partilha ou adjudicação, forem atribuídos a um dos cônjuges, a um dos conviventes, ou
a qualquer herdeiro, acima da respectiva meação ou quinhão.
Artigo 3º - Também sujeita-se ao imposto a transmissão de:
I - qualquer titulo ou direito representativo do patrimônio ou capital de sociedade e companhia, tais
como ação, quota, quinhão, participação civil ou comercial, nacional ou estrangeira, bem como,
direito societário, debênture, dividendo e crédito de qualquer natureza;
II - dinheiro, haver monetário em moeda nacional ou estrangeira e titulo que o represente, depósito
bancário e crédito em conta corrente, depósito em caderneta de poupança e a prazo fixo, quota ou
participação em fundo mútuo de ações, de renda fixa, de curto prazo, e qualquer outra aplicação
financeira e de risco, seja qual for o prazo e a forma de garantia;
III - bem incorpóreo em geral, inclusive título e crédito que o represente, qualquer direito ou ação
que tenha de ser exercido e direitos autorais.
§ 1º - A transmissão de propriedade ou domínio útil de bem imóvel e de direito a ele relativo,
situado no Estado, sujeita-se ao imposto, ainda que o respectivo inventário ou arrolamento seja
processado em outro Estado, no Distrito Federal ou no exterior; e, no caso de doação, ainda que
doador, donatário ou ambos não tenham domicílio ou residência neste Estado.
§ 2º - O bem móvel, o título e o direito em geral, inclusive os que se encontrem em outro Estado
ou no Distrito Federal, também ficam sujeitos ao imposto de que trata esta lei, no caso de o
inventário ou arrolamento processar-se neste Estado ou nele tiver domicílio o doador.
Artigo 4º - O imposto é devido nas hipóteses abaixo especificadas, sempre que o doador residir
ou tiver domicílio no exterior, e, no caso de morte, se o "de cujus" possuía bens, era residente ou
teve seu inventário processado fora do país:
I - sendo corpóreo o bem transmitido:
a) quando se encontrar no território do Estado;
b) quando se encontrar no exterior e o herdeiro, legatário ou donatário tiver domicilio neste
Estado;
II - sendo incorpóreo o bem transmitido:
a) quando o ato de sua transferência ou liquidação ocorrer neste Estado;
b) quando o ato referido na alínea anterior ocorrer no exterior e o herdeiro, legatário ou donatário
tiver domicílio neste Estado.
Artigo 5º - O imposto não incide:
I - na renúncia pura e simples de herança ou legado;
II - sobre o fruto e rendimento do bem do espólio havidos apos o falecimento do autor da herança
ou legado;
III - sobre a importância deixada ao testamenteiro, a título de prêmio ou remuneração, até o limite
legal.

CAPÍTULO II
das Isenções

Artigo 6º - Fica isenta do imposto: (NR)


I - a transmissão “causa mortis”: (NR)
a) de imóvel de residência, urbano ou rural, cujo valor não ultrapassar 5.000 (cinco mil) Unidades
Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs e os familiares beneficiados nele residam e não tenham
outro imóvel; (NR)
b) de imóvel cujo valor não ultrapassar 2.500 (duas mil e quinhentas) UFESPs, desde que seja o
único transmitido; (NR)
c) de ferramenta e equipamento agrícola de uso manual, roupas, aparelho de uso doméstico e
demais bens móveis de pequeno valor que guarneçam os imóveis referidos nas alíneas anteriores,
cujo valor total não ultrapassar 1.500 (mil e quinhentas) UFESPs; (NR)
d) de depósitos bancários e aplicações financeiras, cujo valor total não ultrapassar 1.000 (mil)
UFESPs; (NR)
e) de quantia devida pelo empregador ao empregado, por Institutos de Seguro Social e
Previdência, oficiais ou privados, verbas e prestações de caráter alimentar decorrentes de decisão
judicial em processo próprio e o montante de contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço e do Fundo de Participações PIS-PASEP, não recebido em vida pelo respectivo
titular; (NR)
f) na extinção do usufruto, quando o nu-proprietário tiver sido o instituidor; (NR)
II - a transmissão por doação: (NR)
a) cujo valor não ultrapassar 2.500 (duas mil e quinhentas) UFESPs; (NR)
b) de bem imóvel vinculado a programa de habitação de interesse social; (NR)
- Alinea b com redação dada pela Lei nº 16.050, de 15/12/2015.
c) de bem imóvel doado por particular para o Poder Público. (NR)
§ 1º - Para fins de reconhecimento das isenções previstas nas alíneas “a”, “b” e “c” do inciso I, e
na alínea “a” do inciso II, poderá ser exigida a apresentação de declaração, conforme dispuser o
regulamento. (NR)
§ 2º - Ficam também isentas as transmissões “causa mortis” e sobre doação de quaisquer bens ou
direitos a entidades cujos objetivos sociais sejam vinculados à promoção dos direitos humanos, da
cultura ou à preservação do meio ambiente, observado o seguinte: (NR)
1 - o reconhecimento dessa condição deverá ser feito, de forma cumulativa, pela Secretaria da
Fazenda e, conforme a natureza da entidade, pela Secretaria da Justiça e da Defesa da
Cidadania, pela Secretaria da Cultura ou pela Secretaria do Meio Ambiente, de acordo com
disciplina a ser estabelecida pelo Poder Executivo; (NR)
2 - deverão ser observados os requisitos do Artigo 14 do Código Tributário Nacional e os demais
previstos na legislação tributária. (NR)
§ 3º - Vetado.
- Artigo 6º com redação dada pela Lei nº 10.992, de 21/12/2001, produzindo efeitos a partir de 01/01/2002.

CAPÍTULO III
dos Contribuintes e Responsáveis

Artigo 7º - São contribuintes do imposto:


I - na transmissão "causa mortis": o herdeiro ou o legatário;
II - no fideicomisso: o fiduciário;
III - na doação: o donatário;
IV- na cessão de herança ou de bem ou direito a título não oneroso: o cessionário.
Parágrafo único - No caso do inciso III, se o donatário não residir nem for domiciliado no Estado,
o contribuinte será o doador.
Artigo 8º - Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigações principal
pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas
omissões de que forem responsáveis:
I - o tabelião, escrivão e demais serventuários de oficio, em relação aos atos tributáveis praticados
por eles ou perante eles, em razão de seu ofício;
II - a empresa, instituição financeira e bancária e todo aquele a quem couber a responsabilidade
do registro ou a prática de ato que implique na transferência missão de bem móvel ou imóvel e
respectivo direito ou ação;
III - o doador, o cedente de bem ou direito, e, no caso do parágrafo único do artigo anterior, o
donatário;
IV - qualquer pessoa física ou jurídica que detiver ver o bem transmitido ou estiver na sua posse,
na forma desta lei;
V - os pais, pelos tributos devidos pelos seus filhos menores;
VI - os tutores e curadores, pelos tributos devidos pelos seus tutelados ou curatelados;
VII - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
VIII - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio.

CAPÍTULO IV
da Base de Cálculo

Artigo 9º - A base de cálculo do imposto é o valor venal do bem ou direito transmitido, expresso
em moeda nacional ou em UFESPs (Unidades Fiscais do Estado de São Paulo).
§ 1º - Para os fins de que trata esta lei, considera-se valor venal o valor de mercado do bem ou
direito na data da abertura da sucessão ou da realização do ato ou contrato de doação.
§ 2º - Nos casos a seguir, a base de cálculo é equivalente a:
1. 1/3 (um terço) do valor do bem, na transmissão não onerosa do domínio útil;
2. 2/3 (dois tergos) do valor do bem, na transmissão não onerosa do domínio direto;
3.1/3 (um terço) do valor do bem, na instituição do usufruto, por ato não oneroso;
4. 2/3 (dois terços) do valor do bem, na transmissão não onerosa da nua-propriedade.
§ 3º - Na hipótese de sucessivas doações entre os mesmos doador e donatário, serão
consideradas todas as transmissões realizadas a esse título, dentro de cada ano civil, devendo o
imposto ser recalculado a cada nova doação, adicionando-se à base de cálculo os valores dos
bens anteriormente transmitidos e deduzindo-se os valores dos impostos já recolhidos. (NR)
§ 4º - Para a apuração da base de cálculo poderá ser exigida a apresentação de declaração,
conforme dispuser o regulamento. (NR)
- §§ 3º e 4º acrescentados pela Lei nº 10.992, de 21/12/2001, produzindo efeitos a partir de 01/01/2002.
Artigo 10 - O valor do bem ou direito na transmissão "causa mortis" e o atribuído na avaliação
judicial e homologado pelo Juiz.
§ 1º - Se não couber ou for prescindível a avaliação, o valor será o declarado pelo inventariante,
desde que haja expressa anuência da Fazenda, observadas as disposições do artigo 9°, ou o
proposto por esta e aceito pelos herdeiros, seguido, em ambos os casos, da homologação judicial.
§ 2º - Na hipótese de avaliação judicial ou administrativa, será considerado o valor do bem ou
direito na data da sua realização.
§ 3º - As disposições deste artigo aplicam-se, no que couber, ás demais partilhas ou divisões de
bens sujeitas a processo judicial das quais resultem atos tributáveis.
Artigo 11 - Não concordando a Fazenda com valor declarado ou atribuído a bem ou direito do
espólio, instaurar-se-á o respectivo procedimento administrativo de arbitramento da base de
cálculo, para fins de lançamento e notificação do contribuinte, que poderá impugna-lo.
§ 1º - Fica assegurado ao interessado o direito de requerer avaliação judicial, incumbindo-lhe,
neste caso, o pagamento das despesas.
§ 2º - As disposições deste artigo aplicam-se, no que couber, as demais partilhas ou divisões de
bens sujeitas a processo judicial das quais resultem atos tributáveis.
Artigo 12 - No cálculo do imposto, não serão abatidas quaisquer dívidas que onerem o bem
transmitido, nem as do espólio.
Artigo 13 - No caso de imóvel, o valor da base de cálculo não será inferior:
I - em se tratando de imóvel urbano ou direito a ele relativo, ao fixado para o lançamento do
Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana IPTU;
II - em se tratando de imóvel rural ou direito a ele relativo, ao valor total do imóvel declarado pelo
contribuinte para efeito de lançamento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR.
Artigo 14 - No caso de bem móvel ou direito não abrangido pelo disposto nos artigos 9°, 10 e 13,
a base de cálculo e o valor corrente de mercado do bem, título, crédito ou direito, na data da
transmissão ou do ato translativo.
§ 1º - A falta do valor de que trata este artigo, admitir-se-á o que for declarado pelo interessado,
ressalvada a revisão do lançamento pela autoridade competente, nos termos do artigo 11.
§ 2º - O valor das ações representativas do capital de sociedades é determinado segundo a sua
cotação média alcançada na Bolsa de Valores, na data da transmissão, ou na imediatamente
anterior, quando não houver pregão ou quando a mesma não tiver sido negociada naquele dia,
regredindo-se, se for o caso, até o máximo de 180 (cento e oitenta) dias. (NR)
§ 3º - Nos casos em que a ação, quota, participação ou qualquer título representativo do capital
social não for objeto de negociação ou não tiver sido negociado nos últimos 180 (cento e oitenta)
dias, admitir-se-á o respectivo valor patrimonial. (NR)
- §§ 2º e 3º com redação dada Lei nº 10.992, de 21/12/2001, produzindo efeitos a partir de 01/01/2002.
Artigo 15 - O valor da base de cálculo é considerado na data da abertura da sucessão, do
contrato de doação ou da avaliação, devendo ser atualizado monetariamente, a partir do dia
seguinte, segundo a variação da Unidade Fiscal do Estado de São Paulo - UFESP, até a data
prevista na legislação tributária para o recolhimento do imposto. (NR)
§ 1º - O valor venal de determinado bem ou direito que houver sido fixado em data distinta daquela
em que ocorreu o fato gerador deverá ser expresso em UFESPs. (NR)
§ 2º - Para os fins do disposto no parágrafo anterior, será observado o valor da UFESP vigente na
data da fixação do valor venal. (NR)
§ 3º - Não havendo correção monetária da UFESP, aplicar-se-á o índice adotado à época para
cálculo da inflação, nos prazos já estabelecidos neste artigo. (NR)
- Artigo 15 com redação dada Lei nº 10.992, de 21/12/2001, produzindo efeitos a partir de 01/01/2002.

CAPÍTULO V
da Alíquota

Artigo 16 - O imposto é calculado aplicando-se a alíquota de 4% (quatro por cento) sobre o valor
fixado para a base de cálculo. (NR)
Parágrafo único - O imposto devido é resultante da soma total da quantia apurada na respectiva
operação de aplicação dos porcentuais sobre cada uma das parcelas em que vier a ser
decomposta a base de cálculo. (NR)
- Artigo 16 com redação dada Lei nº 10.992, de 21/12/2001, produzindo efeitos a partir de 01/01/2002.

CAPÍTULO VI
do Recolhimento do Imposto

Artigo 17 - Na transmissão "causa mortis", o imposto será pago até o prazo de 30 (trinta) dias
após a decisão homologatória do cálculo ou do despacho que determinar seu pagamento,
observado o disposto no artigo 15 desta lei.
§ 1º - O prazo de recolhimento do imposto não poderá ser superior a 180 (cento e oitenta) dias da
abertura da sucessão, sob pena de sujeitar-se o débito à taxa de juros prevista no artigo 20,
acrescido das penalidades cabíveis, ressalvado, por motivo justo, o caso de dilação desse prazo
pela autoridade judicial. (NR)
- Parágrafo único transformado em § 1º pela Lei nº 10.992, de 21/12/2001.
§ 2º - Sobre o valor do imposto devido, desde que recolhido no prazo de 90 (noventa) dias, a
contar da abertura da sucessão, o Poder Executivo poderá conceder desconto, a ser fixado por
decreto. (NR)
- § 2º acrescentado pela Lei nº 10.992, de 21/12/2001, produzindo efeitos a partir de 01/01/2002.
Artigo 18 - Na doação, o imposto será recolhido antes da celebração do ato ou contrato
correspondente.
§ 1º - Na partilha de bem ou divisão de patrimônio comum, quando devido, o imposto será pago no
prazo de 15 (quinze) dias do trânsito em julgado da sentença ou antes da lavratura da escritura
pública.
§ 2º - Os tabeliães e serventuários, responsáveis pela lavratura de atos que importem em doação
de bens, ficam obrigados a exigir dos contratantes a apresentação da respectiva guia de
recolhimento do imposto, cujos dados devem constar do instrumento de transmissão.
§ 3º - No contrato de doação por instrumento particular, os contratantes também ficam obrigados a
efetuar o recolhimento antes da celebração e mencionar, em seu contexto, a data, valor e demais
dados da guia respectiva.
§ 4º - A doação ajustada verbalmente, aplicam-se, no que couber, as disposições deste artigo,
devendo os contratantes, na forma estabelecida em regulamento, fazer constar da guia de
recolhimento dados suficientes para identificar o ato jurídico efetivado.
§ 5º - Todo aquele que praticar, registrar ou intervier em ato ou contrato, relativo à doação de bem,
está obrigado a exigir dos contratantes a apresentação da respectiva guia de recolhimento do
imposto.
Artigo 19 - Quando não recolhido nos prazos previstos na legislação tributária, o débito do
imposto fica sujeito à incidência de multa, no percentual de 0,33% (trinta e três centésimos por
cento) por dia de atraso, limitado a 20% (vinte por cento). (NR)
- Artigo 19 com redação dada Lei nº 10.992, de 21/12/2001, produzindo efeitos a partir de 01/01/2002.
Artigo 20 - Quando não pago no prazo, o débito do imposto fica sujeito à incidência de juros de
mora, calculados de conformidade com as disposições contidas nos parágrafos deste artigo.
§ 1º - A taxa de juros de mora é equivalente:
1. por mês, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC) para
títulos federais, acumulada mensalmente;
2. por fração, a 1% (um por cento).
§ 2º - Considera-se, para efeito deste artigo:
1. mês, o período iniciado no dia 1° e findo no respectivo dia útil;
2. fração, qualquer período de tempo inferior a um mês, ainda que igual a um dia.
§ 3º - Em nenhuma hipótese, a taxa de juros prevista neste artigo poderá ser inferior a 1% (um por
cento) ao mês.
§ 4º - Ocorrendo a extinção, substituição ou modificação da taxa a que se refere o § 1°, o Poder
Executivo adotará outro indicador oficial que reflita o custo do crédito no mercado financeiro.
§ 5º - O valor dos juros deve ser fixado e exigido na data do pagamento do débito, incluindo-se
esse dia.
§ 6º - A Secretaria da Fazenda divulgará, mensalmente, a taxa a que se refere este artigo.

Í
CAPÍTULO VII
das Penalidades

Artigo 21 - O descumprimento das obrigações principal e acessórias, instituídas pela legislação


do Imposto sobre Transmissão "Causa Mortis" e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos - ITCMD,
fica sujeito às seguintes penalidades:
I - no inventário e arrolamento que não for requerido dentro do prazo de 60 (sessenta) dias da
abertura da sucessão, o imposto será calculado com acréscimo de multa equivalente a 10% (dez
por cento) do valor do imposto; se o atraso exceder a 180 (cento e oitenta) dias, a multa será de
20% (vinte por cento);
II - na exigência de imposto mediante lançamento de ofício, em decorrência de omissão do
contribuinte, responsável, serventuário de justiça, tabelião ou terceiro, o infrator fica sujeito à multa
correspondente a uma vez o valor do imposto não recolhido;
III - apurando-se que o valor atribuído à doação, em documento particular ou público, tenha sido
inferior ao praticado no mercado, aplicar-se-á aos contratantes multa equivalente a uma vez a
diferença do imposto não recolhido, sem prejuízo do pagamento desta e dos acréscimos cabíveis;
IV - o descumprimento de obrigação acessória, estabelecida nesta lei ou em regulamento, sujeita
o infrator a multa de 10 (dez) UFESPs.
Artigo 22 - O débito decorrente de multa fica também sujeito à incidência dos juros de mora,
quando não pago no prazo fixado em auto de infração ou notificação, observadas, no respectivo
cálculo, as disposições estabelecidas nos parágrafos do artigo 20, podendo o regulamento dispor
que a fixação do valor dos juros se faça em mais de um momento. ção do imposto instituído por
esta lei, será lavrado auto de infração e de imposição de multa.
§ 1º - A lavratura de auto de infração e a imposição de multa são atos da competência privativa
dos Agentes Fiscais de Rendas.
§ 2º - Aplica-se, no que couber, ao procedimento decorrente de autuação e imposição de multa, a
disciplina processual estabelecida na legislação do Imposto sobre Operações Relativas a
Circulação de Mercadorias e Sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação - ICMS.
Artigo 24 - Poderá o autuado pagar a multa fixada no auto de infração e imposição de multa com
desconto de:
I - 50% (cinqüenta por cento), dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados da notificação da sua
lavratura;
II - 30% (trinta por cento), até 30 (trinta) dias contados da intimação da decisão de primeira
instância administrativa;
III - 20% (vinte por cento), antes de sua inscrição na dívida ativa.
Parágrafo único - O pagamento efetuado nos termos deste artigo:
1. implica renúncia à defesa ou recursos previstos na legislação;
2. não dispensa, nem elide a aplicação dos juros de mora devidos.

CAPÍTULO VIII
da Administração Tributária

Artigo 25 - Não serão lavrados, registrados ou averbados pelo tabelião, escrivão e oficial de
Registro de Imóveis, atos e termos de seu cargo, sem a prova do pagamento do imposto.
Artigo 26 - O serventuário da Justiça é obrigado a facultar aos encarregados da fiscalização, em
cartório, o exame de livros, autos e papéis que interessem a arrecadação e fiscalização do
imposto.
Artigo 27 - O oficial do Registro Civil remeterá, mensalmente, à repartição fiscal da sede da
comarca, relação completa, em forma de mapa, de todos os óbitos registrados no cartório, com a
declaração da existência ou não de bens a inventariar.
Parágrafo único - Poderá a Secretaria da Fazenda estabelecer forma diversa para cumprimento
da obrigação prevista neste artigo.
Artigo 28 - Compete à Procuradoria Geral do Estado intervir e ser ouvida nos inventários,
arrolamentos e outros feitos processados neste Estado, no interesse da arrecadação do imposto
de que trata esta lei.
Artigo 29 - Em harmonia com o disposto no artigo anterior, cabe aos Agentes Fiscais de Rendas
investigar a existência de heranças e doações sujeitas ao imposto, podendo, para esse fim,
solicitar o exame de livros e informações dos cartdrios e demais repartições.
Artigo 30 - A Fazenda do Estado também será ouvida no processo de liquidação de sociedade,
motivada por falecimento de sócio.
Artigo 31 - A precatória proveniente de outro Estado ou do Distrito Federal, para avaliação de
bens aqui situados, não será devolvida sem o pagamento do imposto acaso devido.
Artigo 31-A - O procedimento administrativo de consulta sobre interpretação e aplicação da
legislação tributária do imposto instituído por esta lei observará, no que couber, as normas
pertinentes ao Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação
de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS. (NR)
- Artigo 31-A acrescentado pela Lei nº 10.992, de 21/12/2001, produzindo efeitos a partir de 01/01/2002.

CAPÍTULO IX
das Disposições Finais

Artigo 32 - Na transmissão “causa mortis”, o débito fiscal poderá ser recolhido em até 12 (doze)
prestações mensais e consecutivas, a critério dos Procuradores Chefes das Procuradorias Fiscal e
Regionais, no âmbito de suas respectivas competências, se não houver no monte importância
suficiente em dinheiro, título ou ação negociável, para o pagamento do débito fiscal. (NR)
§ 1º - Considera-se débito fiscal a soma do imposto, das multas, da atualização monetária, dos
juros de mora e dos acréscimos previstos na legislação. (NR)
§ 2º - O débito fiscal será consolidado nos termos do parágrafo anterior na data do deferimento do
parcelamento. (NR)
§ 3º - As prestações mensais serão calculadas, na data do vencimento, com o acréscimo
financeiro aplicável ao parcelamento do ICMS. (NR)
§ 4º - A primeira prestação será paga na data da assinatura do acordo, vencendo-se as seguintes
no mesmo dia dos meses subseqüentes. (NR)
- Artigo 32 com redação dada Lei nº 10.992, de 21/12/2001, produzindo efeitos a partir de 01/01/2002.
Artigo 33 - Em caso de doação, o Coordenador da Administração Tributária poderá conceder
parcelamento do imposto até o limite de 12 (doze) prestações mensais, observadas as prescrições
contidas nos parágrafos do artigo anterior.
Artigo 33-A - Ao Poder Executivo é facultado editar normas complementares relacionadas ao
cumprimento das obrigações principal e acessórias. (NR)
- Artigo 33-A acrescentado pela Lei nº 10.992, de 21/12/2001, produzindo efeitos a partir de 01/01/2002.
Artigo 34 - Fica dispensado o recolhimento de imposto que, relativamente a cada contribuinte,
resultar inferior a 1 (uma) UFESP (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo).
Artigo 35 - Esta lei entra em vigor em 1° de janeiro de 2001, ficando revogadas, nessa data, as
Leis n° 9.591, de 30 de dezembro de 1966, e n° 3.199, de 23 de dezembro de 1981.
Palácio dos Bandeirantes, 28 de dezembro de 2000.
MÁRIO COVAS
Yoshiaki Nakano
Secretário da Fazenda
João Caramez Secretário-Chefe da Casa Civil
Antonio Angarita
Secretário do Governo e Gestão Estratégica
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 28 de dezembro de 2000.
A

Ficha informativa
LEI Nº 6.374, DE 01 DE MARÇO DE 1989

Dispõe sobre a instituição do ICMS

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:


Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

TÍTULO I

Do Imposto

CAPÍTULO I

Da Incidência

Artigo 1º - O Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações


de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS -, tem como
fato gerador as operações relativas à circulação de mercadorias e as prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as
prestações se iniciem no exterior.
Parágrafo único - O imposto incide também sobre a entrada de mercadoria importada do exterior,
ainda que se trate de bem destinado a consumo ou a ativo fixo do estabelecimento, assim como
sobre o serviço prestado no exterior.
Artigo 2º - Ocorre o fato gerador do imposto:
I - na saída de mercadoria, a qualquer título, de estabelecimento de contribuinte, ainda que para
outro estabelecimento do mesmo titular;
II - na saída de mercadoria de estabelecimento extrator, produtor ou gerador para qualquer outro
estabelecimento, de idêntica titularidade ou não, localizado na mesma área ou em área contínua
ou diversa, destinada a consumo ou a utilização em processo de tratamento ou de
industrialização, ainda que as atividades sejam integradas;
III - no fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer estabelecimento,
incluídos os serviços que lhe sejam inerentes;
IV - no fornecimento de mercadoria com prestação de serviços:
a) não compreendidos na competência tributária dos municípios;
b) compreendidos na competência tributária dos municípios, mas que por indicação expressa de
lei complementar sujeitem-se à incidência do imposto de competência estadual;
V - no recebimento, pelo importador, de mercadoria ou bem importados do exterior;
VI - na aquisição, em licitação promovida pelo Poder Público, de mercadoria ou bem importados
do exterior e apreendidos;
VII - na entrada no estabelecimento de contribuinte de mercadoria oriunda de outro Estado ou do
Distrito Federal destinada a consumo ou a ativo fixo;
VIII - na execução de serviços de transporte interestadual e intermunicipal;
IX - na geração, emissão, transmissão, retransmissão, repetição, ampliação ou recepção de
comunicação de qualquer natureza, por qualquer processo, ainda que iniciada ou prestada no
exterior, exceto radiodifusão (vetado);
X - na utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado ou
no Distrito Federal e não esteja vinculada a operação ou prestação subseqüente alcançada pela
incidência do imposto.
§ 1º - Para os efeitos desta lei, equipara-se à saída:
1 - a transmissão de propriedade de mercadoria ou de título que a represente, quando esta não
transitar pelo estabelecimento do transmitente;
2 - o uso, o consumo ou a integração no ativo fixo, de mercadoria adquirida para industrialização
ou comercialização ou produzida pelo próprio estabelecimento.
§ 2º - Na hipótese do inciso IX, caso o serviço seja prestado mediante ficha, cartão ou
assemelhados, considera-se ocorrido o fato gerador quando do fornecimento desses instrumentos
ou usuário.
§ 3º - O imposto incide também sobre a ulterior transmissão de propriedade de mercadoria que,
tendo transitado pelo estabelecimento transmitente, deste tenha saído sem pagamento do imposto
em decorrência de operações não tributadas.
§ 4º - São irrelevantes para a caracterização do fato gerador:
1 - a natureza jurídica das operações de que resultem as situações previstas neste artigo;
2 - o título jurídico pelo qual a mercadoria, saída ou consumida no estabelecimento, tenha estado
na posse do respectivo titular;
3 - o título jurídico pelo qual o bem, utilizado para a prestação do serviço, tenha estado na posse
do prestador;
4 - a validade jurídica do ato praticado;
5 - os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.
§ 5º - Consideram-se produtos semi-elaborados os definidos em lei complementar ou em
convênio, nos termos da alínea "a" do inciso X do § 2º do artigo 155 da Constituição Federal e do
§ 8º do artigo 34 de suas Disposições Transitórias.
§ 6º - Nas hipóteses dos incisos VII e X, a obrigação do contribuinte consistirá, afinal, em pagar o
imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual.
artigo 3º - Para os efeitos desta lei, considera-se:
I - saída do estabelecimento, a mercadoria constante do estoque na data do encerramento de
suas atividades;
II - saída do estabelecimento de quem promova o abate, a carne e todo o produto da matança do
gado abatido em matadouro público ou particular não pertencente ao abatedor;
III - saída do estabelecimento do depositante localizado em território paulista, a mercadoria
depositada em armazém geral deste Estado e entregue, real ou simbolicamente, a
estabelecimento diverso daquele que a tenha remetido para depósito, ainda que a mercadoria não
haja transitado pelo estabelecimento;
IV - saída do estabelecimento do importador, do arrematante ou do adquirente em licitação
promovida pelo Poder Público, neste Estado, a mercadoria saída de repartição aduaneira com
destino a estabelecimento diverso daquele que a tenha importado, arrematado ou adquirido.
§ 1º - O disposto no inciso III aplica-se também a depósito fechado do próprio contribuinte,
localizado neste Estado.
§ 2º - Para os efeitos do inciso IV, não se considera como diverso outro estabelecimento de que
seja titular o importador, o arrematante ou o adquirente, desde que situado neste Estado.

CAPÍTULO II

Dos Benefícios Fiscais

SEÇÃO I

Da Não-Incidência

Artigo 4º - O imposto não incide sobre:


I - a saída de mercadoria com destino a armazém geral situado neste Estado, para depósito em
nome do remetente;
II - a saída de mercadoria com destino a depósito fechado do próprio contribuinte localizado neste
Estado;
III - a saída de mercadoria dos estabelecimentos referidos nos incisos I e II em retorno ao
estabelecimento depositante;
IV - a saída de mercadoria, pertencente a terceiro, de estabelecimento de empresa de transporte
ou de depósito, por conta e ordem desta, ressalvada a aplicação do disposto no inciso VIII do
artigo 2º;
V - a saída ou o fornecimento de água natural, proveniente de serviços públicos de captação,
tratamento e distribuição para redes domiciliares, efetuado por órgãos da Administração Pública
centralizada ou descentralizada, inclusive por empresas concessionárias ou permissionárias.
VI - a saída de livros, jornais e periódicos, assim como de papel destinado à sua impressão;
VII - a saída decorrente de operação que destine ao exterior produtos industrializados, excluídos
os semi-elaborados definidos em lei complementar ou em convênio, nos termos da alínea "a" do
inciso X do § 2º do artigo 155 da Constituição Federal e do § 8º do artigo 34 de suas Disposições
Transitórias:
VIII - a saída com destino a outro Estado ou ao Distrito Federal de energia elétrica e de petróleo,
inclusive de lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados;
IX - as operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial;
X - as operações decorrentes de alienação fiduciária em garantia, bem como sobre a operação
posterior ao vencimento do respectivo contrato de financiamento efetuada pelo credor fiduciário
em razão do inadimplemento do devedor;
XI - a saída e o correspondente retorno, promovidos por pessoa jurídica indicada no inciso Vl do
artigo 150 da Constituição Federal, de equipamentos e materiais utilizados exclusivamente nas
operações vinculadas às suas atividades ou finalidades essenciais.

SEÇÃO II

Das Isenções e Demais Benefícios

Artigo 5º - As isenções ou quaisquer outros incentivos ou benefícios fiscais serão concedidos ou


revogados nos termos das deliberações dos Estados e do Distrito Federal, na forma prevista na
alínea "g" do inciso XII do § 2º do artigo 155 da Constituição Federal.
§ 1º - Vetado.
§ 2º - Vetado.
§ 3º - A eventual isenção concedida nos termos da alínea "g" do inciso XII do § 2º do artigo 155 da
Constituição Federal para a aquisição de veículo destinado ao transporte de passageiros na
categoria aluguel - táxi - será limitada ao modelo de 4 (quatro) portas e de menor preço de venda
de cada linha ou tipo, excluído qualquer acessório não original de fábrica.

SEÇÃO III

Das Disposições Comuns

Artigo 6º - Quando o benefício fiscal depender de requisito a ser preenchido e não sendo este
satisfeito, o imposto será considerado devido a partir do momento em que tenha ocorrido a
operação ou a prestação.
§ 1º - O recolhimento do imposto far-se-á com multa e demais acréscimos legais, que serão
devidos a partir do vencimento do prazo em que o imposto deveria ter sido recolhido, caso a
operação ou prestação não fosse efetuada com o benefício fiscal, observadas, quanto ao termo
inicial de incidência, as respectivas normas reguladoras da matéria.
§ 2º - A outorga de beneficio não dispensa o contribuinte do cumprimento de obrigações
acessórias.

Í
TÍTULO II

Da Sujeição Passiva

CAPÍTULO I

Do Contribuinte

Artigo 7º - Contribuinte do imposto é qualquer pessoa, natural ou jurídica que, de modo habitual,
realize operações relativas à circulação de mercadorias ou preste serviços de transporte
interestadual ou intermunicipal ou de comunicação.
§ 1º - Incluem-se entre os contribuintes do imposto:
1 - o industrial, o comerciante, o produtor, o extrator e o gerador;
2 - o prestador de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação;
3 - a cooperativa;
4 - a instituição financeira e a seguradora;
5 - a sociedade civil de fim econômico;
6 - a sociedade civil de fim não econômico que explore estabelecimento de extração de substância
mineral ou fóssil, de produção agropecuária, industrial ou que comercialize mercadoria que para
esse fim adquira ou produza;
7 - os órgãos da Administração Pública, as entidades da Administração indireta e as fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público;
8 - a concessionária ou permissionária de serviço público de transporte interestadual e
intermunicipal, de comunicação e de energia elétrica;
9 - o prestador de serviços não compreendidos na competência tributária dos municípios que
envolvam fornecimento de mercadoria;
10 - o prestador de serviços compreendidos na competência tributária dos municípios que
envolvam fornecimento de mercadoria, com incidência do imposto estadual ressalvada em lei
complementar;
11 - o fornecedor de alimentação, bebida, outras mercadorias e dos serviços que lhes sejam
inerentes, em qualquer estabelecimento;
12 - qualquer pessoa indicada nos incisos anteriores que, na condição de consumidor final,
adquira bem ou serviço em operações ou prestações interestaduais;
13 - qualquer pessoa, natural ou jurídica, de direito público ou privado, que promova importação
de mercadoria, de bem ou de serviço do exterior ou que adquira em licitação mercadoria ou bem
importados do exterior e apreendidos;
14 - Os partidos políticos e suas fundações, templos de qualquer culto, entidades sindicais de
trabalhadores, instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, que realizem
operações ou prestações não relacionadas com suas finalidades essenciais.
§ 2º - O disposto no item 7 do § 1º aplica-se às pessoas ali indicadas que pratiquem operações ou
prestações de serviços relacionados com a exploração de atividades econômicas regidas pelas
normas a que se sujeitem os empreendimentos privados ou em que haja contraprestação ou
pagamento de preços ou tarifas.
§ 3º - O requisito da habitualidade não é exigido para caracterizar a sujeição passiva na entrada
de mercadoria importada do exterior.

CAPÍTULO II

Do Substituto

Artigo 8º - São sujeitos passivos por substituição:


I - o destinatário da mercadoria - comerciante, industrial, cooperativa ou qualquer outro
contribuinte, exceto produtor ou extrator de minério - quando devidamente indicado na
documentação correspondente, relativamente ao imposto devido na saída promovida por produtor
ou extrator de minério;
II - o remetente da mercadoria - comerciante, industrial, produtor, cooperativa ou qualquer outro
contribuinte, pessoa de direito público ou privado - relativamente ao imposto devido nas
subseqüentes operações realizadas por representante mandatário, comissário, gestor de negócio
ou adquirente da respectiva mercadoria, quando estes, a critério do fisco estejam dispensados de
inscrição na repartição fiscal;
III - a empresa distribuidora de lubrificante ou de combustível líquido ou gasoso, relativamente ao
imposto devido pelas operações anteriores e posteriores, desde a produção ou importação,
conforme o caso, da mercadoria e de seus insumos até a sua entrega ao consumidor final;
IV - a empresa distribuidora de energia elétrica a consumidor relativamente ao imposto devido
pelas operações anteriores desde a produção ou importação, conforme o caso;
V - o fabricante de fumo e seus sucedâneos manufaturados relativamente ao imposto devido nas
subseqüentes saídas dessas mercadorias, efetuadas por quaisquer outros contribuintes;
VI - o revendedor atacadista de fumo e seus sucedâneos manufaturados que os tenha recebido de
estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal, relativamente ao imposto devido
nas subseqüentes saídas dessas mercadorias efetuadas por quaisquer outros contribuintes;
VII - o contribuinte que realize as operações a seguir indicadas relativamente ao imposto devido
nas anteriores saídas de papel usado e apara de papel, sucata de metal, caco de vidro retalho,
fragmento e resíduo de plástico, de borracha ou de tecido, promovidas por quaisquer
estabelecimentos:
a) saída de mercadoria fabricada com esses insumos;
b) saída dessas mercadorias com destino a outro Estado, ao Distrito Federal ou ao Exterior;
VIII - o contribuinte que realize qualquer das operações a seguir relacionadas, relativamente ao
imposto devido nas anteriores saídas de produto agropecuário ou mineral:
a) saída com destino a outro Estado, ao Distrito Federal ou ao exterior;
b) saída com destino a estabelecimento industrial;
c) saída com destino a estabelecimento comercial;
d) saída com destino a consumidor ou a usuário final;
e) saída de estabelecimento que o tenha recebido de outro do mesmo titular, indicado como
substituto nas alíneas precedentes;
f) industrialização;
IX - o contribuinte, autor da encomenda, relativamente ao imposto devido nas sucessivas saídas
de mercadoria remetida para industrialização, até o respectivo retorno ao seu estabelecimento;
X - a cooperativa, relativamente ao imposto devido na saída de mercadoria que lhe seja destinada
por produtor ou extrator de minério que dela faça parte;
XI - o tomador do serviço - comerciante, industrial, cooperativa ou qualquer outro contribuinte,
pessoa de direito público ou privado - relativamente ao imposto devido na prestação de serviço
realizada pelo prestador;
XII - o prestador de serviço que promova a cobrança integral do preço, relativamente ao imposto
devido sobre prestações realizadas por mais de uma empresa;
XIII - o industrial, o comerciante ou o prestador do serviço relativamente ao imposto devido pelas
anteriores ou subseqüentes saídas de mercadorias ou prestações de serviço, promovidas por
quaisquer outros contribuintes.
§ 1º - A sujeição passiva por substituição prevista neste artigo prevalece, também, sendo o caso,
nas seguintes hipóteses:
1 - saída da mercadoria com destino a consumidor ou a usuário final ou, ainda, a pessoa de direito
público ou privado não contribuinte;
2 - saída da mercadoria ou prestação de serviço amparadas por não-incidência ou isenção;
3 - saída ou qualquer evento que impossibilite a ocorrência das operações ou prestações
indicadas neste artigo.
§ 2º - O pagamento decorrente do disposto no item 2 do parágrafo anterior poderá ser dispensado
nos casos em que a legislação admita a manutenção do crédito.
§ 3º - A sujeição passiva por substituição, prevista no inciso X, fica atribuída ao estabelecimento
destinatário nos casos em que a cooperativa mencionada remeta a mercadoria a outro
estabelecimento dela mesma ou a estabelecimento de cooperativa central ou de federação de
cooperativas de que faça parte, bem como de cooperativa central para a respectiva federação de
cooperativas.
§ 4º - A aplicação do disposto neste artigo, em relação a cada situação, mercadoria ou serviço,
depende de normas complementares a sua execução, fixadas em regulamento.
§ 5º - Salvo as hipóteses expressas e previamente ajustadas em acordos, não se admitirá a
imposição por outro Estado ou pelo Distrito Federal de regime de substituição ou de seus efeitos a
operações ou prestações que venham a ocorrer no território paulista com mercadoria ou serviço
provenientes de outro Estado ou do Distrito Federal.

CAPÍTULO III

Do Responsável

Artigo 9º - São responsáveis pelo pagamento do imposto devido:


I - o armazém geral e o depositário a qualquer título:
a) na saída de mercadoria depositada por contribuinte de outro Estado ou do Distrito Federal;
b) na transmissão de propriedade de mercadoria depositada por contribuinte de outro Estado ou
do Distrito Federal;
c) no recebimento ou na saída de mercadoria sem documentação fiscal, solidariamente;
II - o transportador:
a) em relação à mercadoria proveniente de outro Estado ou do Distrito Federal para entrega a
destinatário incerto em território paulista;
b) solidariamente, em relação à mercadoria negociada durante o transporte;
c) solidariamente, em relação à mercadoria aceita para despacho ou transporte sem
documentação fiscal;
d) solidariamente, em relação à mercadoria entregue a destinatário diverso do indicado na
documentação fiscal;
III - o arrematante, em relação à saída de mercadoria objeto de arrematação judicial;
IV - o leiloeiro, em relação à saída de mercadoria objeto de alienação em leilão;
V - solidariamente, o contribuinte que promova a saída de mercadoria sem documentação fiscal,
relativamente às operações subseqüentes;
VI - solidariamente, aquele que não efetive a exportação de mercadoria ou serviço recebido para
esse fim, ainda que decorrente de perda ou reintrodução no mercado interno;
VII - solidariamente, o entreposto aduaneiro ou outra pessoa que promova:
a) a saída de mercadoria para o exterior sem documentação fiscal;
b) a saída de mercadoria ou bem, originários do exterior com destino ao mercado interno, sem
documentação fiscal ou com destino a estabelecimento diverso daquele que tenha importado,
arrematado ou adquirido em licitação promovida pelo Poder Público;
c) a entrega da mercadoria ou bem importados do exterior sem comprovação do recolhimento do
imposto;
VIII - solidariamente, a pessoa que realize intermediação de serviços:
a) com destino ao exterior, sem a documentação fiscal;
b) iniciados ou prestados no exterior, sem a documentação fiscal ou que tenham sido destinados à
pessoa diversa daquela que a tenha contratado;
IX - solidariamente, o representante, o mandatário, o comissário e o gestor de negócio, em relação
à operação ou prestação feita por seu intermédio;
X - a pessoa que, tendo recebido mercadoria ou serviço beneficiados com isenção ou não-
incidência, sob determinados requisitos, não lhes dê a correta destinação ou lhes desvirtue a
finalidade;
XI - solidariamente, as pessoas que tenham interesse comum na situação que dê origem à
obrigação principal;
XII - solidariamente, todo aquele que efetivamente concorra para a sonegação do imposto.
Parágrafo único - Presume-se ter interesse comum, para os efeitos do disposto no inciso XI, o
adquirente da mercadoria ou o tomador do serviço em operação ou prestação realizadas sem
documentação fiscal.
Artigo 10 - São também responsáveis:
I - solidariamente, a pessoa natural ou jurídica, pelo débito fiscal do alienante, quando venha a
adquirir fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, na hipótese de
cessação por parte deste da exploração do comércio, indústria ou atividade;
II - solidariamente, a pessoa natural ou jurídica, pelo débito fiscal do alienante, até a data do ato,
quando adquirir fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional e
continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra denominação ou razão social, ou sob
firma ou nome individual, na hipótese do alienante prosseguir na exploração ou iniciar, dentro de 6
(seis) meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de
comércio, indústria ou profissão;
III - a pessoa jurídica que resulte de fusão, transformação ou incorporação, pelo débito fiscal da
pessoa jurídica fusionada, transformada ou incorporada;
IV - solidariamente, a pessoa jurídica que tenha absorvido patrimônio de outra em razão de cisão,
total ou parcial, pelo débito fiscal da pessoa jurídica cindida, até a data do ato;
V - o espólio, pelo débito fiscal do "de cujus", até data da abertura da sucessão;
VI - o sócio remanescente ou seu espólio, pelo débito fiscal da pessoa jurídica extinta, caso
continue a respectiva atividade , sob a mesma ou outra razão social ou sob firma individual;
VII - solidariamente, o sócio, no caso de liquidação de sociedade de pessoas, pelo débito fiscal da
sociedade;
VIII - solidariamente, o tutor ou o curador, pelo débito fiscal de seu tutelado ou curatelado;
Artigo 11 - A solidariedade referida na alínea "c" do inciso I, nas alíneas "b", "c" e "d" do inciso II e
nos inciso V, VI, VII, VIII, IX, XI e XII do artigo 9º e nos incisos I e IV do artigo 10 não comporta
benefício de ordem, salvo se o contribuinte apresentar garantias ou oferecer em penhora bens
suficientes ao total pagamento do débito.

CAPÍTULO IV

Do Estabelecimento

Artigo 12 - Para os efeitos desta lei, estabelecimento é o local, construído ou não, mesmo que
pertencente a terceiro, onde o contribuinte exerça toda ou parte de sua atividade, em caráter
permanente ou temporário, ainda que se destine a simples depósito ou armazenagem de
mercadorias ou bens relacionados com o exercício dessa atividade.
§ 1º - Na impossibilidade de determinação do estabelecimento nos termos deste artigo, considera-
se como tal o local em que tenha sido efetuada a operação ou prestação ou encontrada a
mercadoria.
§ 2º - O regulamento poderá considerar como estabelecimento outro local relacionado com a
atividade desenvolvida pelo contribuinte e, ainda, o veículo utilizado na exploração da atividade
econômica, excetuado o empregado para simples entrega de mercadoria a destinatário certo, em
decorrência de operação já realizada.
Artigo 13 - Lei ou regulamento poderá considerar estabelecimento autônomo, em relação ao
estabelecimento beneficiador, industrial, comercial ou cooperativo, ainda que do mesmo titular,
cada local de produção agropecuária ou extrativa , vegetal ou mineral, de geração, inclusive de
energia, de captura pesqueira ou de prestação de serviços situados na mesma área ou em áreas
descontínuas.
Artigo 14 - Para os efeitos desta lei é considerado:
I - depósito fechado, o estabelecimento que o contribuinte mantenha exclusivamente para
armazenamento de suas mercadorias;
II - comercial, o local fora do estabelecimento produtor em que o titular deste comercialize seus
produtos;
III - comercial ou industrial:
a) o estabelecimento produtor cujo titular seja pessoa jurídica;
b) o estabelecimento de produtor que esteja autorizado pelo fisco à observância das disposições a
que estão sujeitos os estabelecimentos de comerciantes e de industriais.
Parágrafo único - Considera-se comerciante ambulante a pessoa natural que exerça,
pessoalmente, por sua própria conta e a seus riscos, atividade comercial, sem estabelecimento
fixo, conforme dispuser o regulamento.
Artigo 15 - É de responsabilidade do respectivo titular a obrigação tributária atribuída pela
legislação ao estabelecimento.
Parágrafo único - Para efeito de cumprimento de obrigação tributária:
1 - entende-se autônomo cada estabelecimento do mesmo titular;
2 - são considerados em conjunto todos os estabelecimentos do mesmo titular, relativamente à
responsabilidade por débito do imposto, correção monetária, multas e acréscimos de qualquer
natureza.

CAPÍTULO V

Da Inscrição

Artigo 16 - Devem inscrever-se no cadastro de contribuintes, antes do início de suas atividades:


I - as pessoas arroladas no artigo 7º;
II - a empresa de armazém geral, de armazém frigoríficos, de silo e de outros armazéns de
depósito de mercadorias,
III - o representante comercial e o mandatário mercantil;
IV - aquele que em propriedade alheia produza e promova saída de mercadoria em seu próprio
nome;
V - aquele que preste, mediante utilização de bem pertencente a terceiro, serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação;
VI - as demais pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado, que pratiquem
habitualmente, em nome próprio ou de terceiro, operações relativas à circulação de mercadoria e
ao serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
§ 1º - A inscrição é feita na repartição fiscal em cuja área territorial de atuação esteja localizado o
estabelecimento.
§ 2º - Caso o estabelecimento seja imóvel rural, situado no território de mais de um município, a
repartição fiscal é aquela em cujo município se localize a sede da propriedade.
§ 3º - A inscrição será concedida por prazo certo ou indeterminado, podendo sua eficácia ser, a
qualquer tempo, cassada ou suspensa, na forma estabelecida pela Secretaria da Fazenda.
§ 4º - A Secretaria da Fazenda poderá dispensar inscrição de estabelecimento ou de pessoas
incluídas neste artigo, bem como autorizar a inscrição quando não for obrigatória.
§ 5º - A Secretaria da Fazenda poderá exigir, antes de conceder a inscrição, o preenchimento de
requisitos específicos, segundo a categoria, grupo ou setor de atividade em que se enquadrar o
contribuinte.
Artigo 17 - No ato da inscrição deve o contribuinte apresentar provas de identidade e de
residência, além dos documentos submetidos ao Registro do Comércio e ao Cadastro Geral de
Contribuintes do Ministério da Fazenda, podendo, excepcionalmente, o regulamento dispor sobre
a exigibilidade de outros documentos atendendo a particularidades da atividade econômica a ser
praticada.
Artigo 18 - A Secretaria da Fazenda, considerados, especialmente, os antecedentes fiscais que
desabonem as pessoas envolvidas, inclusive de seus sócios, se for o caso, poderá, conforme
disposto em regulamento, exigir a prestação de garantia ao cumprimento das obrigações
tributárias, para a concessão de inscrição.
Artigo 19 - O documento comprobatório da inscrição é intransferível, devendo ser substituído
sempre que venha a ocorrer modificação de seus dados.
Artigo 20 - O contribuinte deve comunicar à repartição fiscal, observados os prazos estabelecidos
em regulamento, qualquer alteração dos dados declarados para obtenção de sua inscrição, bem
como a transferência, a venda, a suspensão e o encerramento de atividade do estabelecimento.
Artigo 21 - A documentação fiscal do contribuinte deve conter o seu número de inscrição.
Artigo 22 - Sempre que um contribuinte, por si ou seus prepostos, ajustar a realização de
operação ou prestação com outro contribuinte, fica obrigado a exibir o documento comprobatório
de sua inscrição e também a exigir o mesmo procedimento da outra parte, quer esta figure como
remetente da mercadoria ou prestador do serviço, quer como destinatário ou tomador,
respectivamente.

Í
TÍTULO III

Das Obrigações Tributárias

CAPÍTULO I

Da Obrigação Principal

SEÇÃO I

Do Local da Operação e da Prestação

Artigo 23 - O local da operação ou da prestação, para os efeitos de cobrança do imposto e


definição do estabelecimento responsável, é:
I - tratando-se de mercadoria:
a) o do estabelecimento onde se encontre, no momento da ocorrência do fato gerador;
b) o do estabelecimento em que se realize cada atividade de produção, extração, geração,
inclusive de energia, industrialização ou comercialização, na hipótese de atividades integradas;
c) onde se encontre, quando em situação fiscal irregular;
d) o do estabelecimento destinatário ou, na falta deste, do domicílio do adquirente, quando
importada do exterior, ainda que se trate de bem destinado a consumo ou a ativo fixo do
estabelecimento;
e) aquele onde seja realizada a licitação, no caso de arrematação de mercadoria ou bem
importados do exterior e apreendidos;
f) o de desembarque do produto, na hipótese de captura de peixes, crustáceos e moluscos;
g) o da extração do ouro, ainda que em outro Estado ou no Distrito Federal, relativamente à
operação em que deixe de ser considerado ativo financeiro ou instrumento cambial;
h) o da situação do estabelecimento, neste Estado, que transfira a propriedade da mercadoria ou
do título que a represente, quando esta não tiver transitado pelo estabelecimento e se achar em
poder de terceiro, sendo irrelevante o local onde se encontrar a mercadoria, ressalvado o disposto
na alínea seguinte;
i) o da situação do estabelecimento transmitente, no caso de ulterior transmissão de propriedade
de mercadoria que tenha saído do estabelecimento em operação não tributada;
j) o da situação do estabelecimento depositante, no caso de posterior saída de armazém geral ou
de depósito fechado do próprio contribuinte, neste Estado;
II - tratando-se de prestação de serviço de transporte:
a) o do estabelecimento destinatário do serviço, neste Estado, no caso de utilização de serviço
cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado ou no Distrito Federal e não esteja vinculada a
operação ou prestação subseqüente alcançada pela incidência do imposto;
b) onde tenha início a prestação, nos demais casos;
III - tratando-se de prestação de serviço de comunicação:
a) vetado;
b) o do estabelecimento da concessionária ou permissionária que forneça ficha, cartão ou
assemelhados necessários à prestação do serviço;
c) o do estabelecimento destinatário do serviço, neste Estado, no caso de utilização de serviço
cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado ou no Distrito Federal e não esteja vinculada a
operação ou a prestação subseqüente alcançada pela incidência do imposto;
d) onde seja cobrado o serviço, nos demais casos;
IV - tratando-se de serviço prestado ou iniciado no exterior, do estabelecimento encomendante.
Parágrafo único - Presume-se interna a operação quando o contribuinte não comprovar a saída
da mercadoria do território paulista com destino a outro Estado ou ao Distrito Federal, ou a sua
efetiva exportação.

SEÇÃO II
Do Cálculo do Imposto

SUBSEÇÃO I

Da Base de Cálculo

Artigo 24 - Ressalvados os casos expressamente previstos a base de cálculo do imposto nas


hipóteses do artigo 2º é:
I - quanto às saídas de mercadorias aludidas nos incisos I e II, o valor da operação;
II - quanto ao fornecimento aludido no inciso III, o valor total da operação, compreendendo as
mercadorias e os serviços;
III - quanto aos fornecimentos aludidos no inciso IV:
a) na hipótese da alínea "a", o valor total da operação;
b) na hipótese da alínea "b", o preço corrente da mercadoria fornecida ou empregada;
IV - quanto ao recebimento aludido no inciso V, o valor constante do documento de importação,
acrescido do valor dos Impostos de Importação, sobre Produtos Industrializados e sobre
Operações de Câmbio, bem como das demais despesas aduaneiras;
V - quanto às aquisições aludidas no inciso VI, o valor da arrematação, acrescido do valor dos
Impostos de Importação e sobre Produtos Industrializados e de todas as despesas cobradas ou
debitadas ao adquirente;
VI - quanto às entradas aludidas no inciso VII, o valor sujeito ao imposto no Distrito Federal ou no
Estado de origem;
VII - quanto aos serviços aludidos nos incisos VIII e IX, o respectivo preço;
VIII - quanto à utilização de serviço aludida no inciso X, o valor sujeito ao imposto no Distrito
Federal ou no Estado de origem.
§ 1º - Incluem-se na base de cálculo:
1 - todas as importâncias, despesas acessórias, juros, acréscimos, bonificações ou outras
vantagens a qualquer título recebidas pelo contribuinte, excluídos os descontos ou abatimentos
incondicionalmente concedidos;
2 - frete relativo à transporte intramunicipal, intermunicipal ou interestadual, se cobrado em
separado pelo próprio remetente ou se realizado por sua conta e ordem;
3 - o montante do Imposto sobre Produtos Industrializados, salvo quando a operação, realizada
entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização,
configurar fato gerador de ambos os impostos.
4 - o montante do Imposto sobre Produtos Industrializados na operação realizada por
estabelecimento simplesmente equiparado a industrial pela legislação relativa ao imposto federal;
5 - o montante dos tributos, contribuições e demais importâncias cobradas ou debitadas ao
adquirente e incorridas até o embarque, inclusive, na saída de mercadoria para o exterior;
6 - a importância cobrada a título de montagem e instalação, nas operações com máquina,
aparelho, equipamento, conjunto industrial e outro produto, de qualquer natureza, quando o
estabelecimento remetente ou outro do mesmo titular tenha assumido contratualmente a
obrigação de entregá-lo montado para uso.
§ 2º - O Imposto sobre Produtos Industrializados cobrado na operação interestadual de que
decorreu a entrada, também integra a base de cálculo, quando a mercadoria, recebida para fins de
comercialização ou industrialização, for, após, destinada a consumo ou a ativo fixo do
estabelecimento.
§ 3º - Nas operações ou prestações interestaduais entre estabelecimentos de contribuintes
diferentes, quando houver reajuste do valor depois da remessa ou da prestação, a diferença ficará
sujeita ao imposto no estabelecimento de origem.
§ 4º - Na hipótese do artigo 60, a base de cálculo do imposto e o valor da mercadoria ou da
prestação, acrescido de percentual de margem de lucro, aplicando-se a regra do artigo 28.
§ 5º - Quando o frete for cobrado por estabelecimento pertencente ao mesmo titular da mercadoria
ou por outro estabelecimento de empresa que com aquele mantenha relação de interdependência,
em valor que exceda os níveis normais de preços em vigor, no mercado local, para serviço
semelhante, constantes de tabelas elaboradas pelos órgãos competentes, o valor excedente será
havido como parte do preço da mercadoria.
§ 6º - Para os efeitos do parágrafo anterior, consideram-se interdependentes duas empresas
quando:
1 - uma delas, por si, seus sócios ou acionistas, e respectivos cônjuges e filhos menores, for titular
de mais de 50% (cinqüenta por cento) do capital da outra, ou uma delas locar ou transferir à outra,
a qualquer título, veículo destinado ao transporte de mercadorias;
2 - uma mesma pessoa fizer parte de ambas, na qualidade de diretor, ou sócio com funções de
gerência, ainda que exercidas sob outra denominação.
§ 7º - Na hipótese do inciso IV, sendo desconhecida, na data da ocorrência do fato gerador, a taxa
cambial a ser aplicada, deve ser utilizada, para efeito de determinação da base de cálculo, a taxa
empregada pela repartição alfandegária para fins de pagamento do Imposto de Importação.
§ 8º - No caso do parágrafo anterior, deverá o importador, quando vier a conhecer o valor definitivo
da taxa cambial e sendo este superior ao que serviu para a apuração da base de cálculo, recolher
o imposto correspondente à diferença, dispensado tal procedimento se a mercadoria destinar-se à
revenda ou a outra operação tributada.
§ 9º - Não integra a base de cálculo o montante do Imposto sobre Vendas a Varejo de
Combustíveis Líquidos e Gasosos.
§ 10 - O disposto neste artigo não exclui a aplicação de outras normas relativas à base de cálculo
decorrentes de acordos celebrados com outros Estados e o Distrito Federal.
Artigo 25 - Na falta do valor a que se refere o inciso I do artigo anterior, ressalvado o disposto no
artigo 26, a base de cálculo é:
I - o preço corrente da mercadoria, ou de sua similar, no mercado atacadista do local da operação,
caso o remetente seja produtor, extrator ou gerador, inclusive de energia;
II - o preço FOB estabelecimento industrial à vista, caso o remetente seja industrial;
III - o preço FOB estabelecimento comercial à vista, nas vendas a outros comerciantes ou
industriais, caso o remetente seja comerciante.
§ 1º - Para a aplicação dos incisos II e III, deve ser adotado o preço efetivamente cobrado pelo
estabelecimento remetente na operação mais recente.
§ 2º - Na hipótese do inciso III, caso o estabelecimento remetente não efetue vendas a outros
comerciantes ou industriais, a base de cálculo deve ser equivalente a 75% (setenta e cinco por
cento) do preço de venda no varejo, observado o disposto no parágrafo anterior.
§ 3º - Nas hipóteses deste artigo, caso o estabelecimento remetente não tenha efetuado
operações de venda da mercadoria objeto da operação, aplica-se a regra contida no artigo 26.
§ 4º - Nas saídas para estabelecimento situado neste Estado, pertencente ao mesmo titular, em
substituição aos preços previsto nos incisos I a III, poderá o estabelecimento remetente atribuir a
operação outro valor, desde que não inferior ao do custo das mercadorias.
Artigo 26 - Na saída de mercadoria para estabelecimento localizado em outro Estado ou no
Distrito Federal, pertencente ao mesmo titular, a base de cálculo é:
I - o valor correspondente à entrada mais recente da mercadoria;
II - o custo da mercadoria produzida, assim entendido a soma do custo da matéria-prima, material
secundário, mão-de-obra e acondicionamento.
Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica às operações com produtos primários,
hipótese em que será observada, no que couber, a norma do artigo anterior.
Artigo 27 - Na falta do preço a que se refere o inciso VII do artigo 24, a base de cálculo e o valor
corrente do serviço.
Artigo 28 - No caso de sujeição passiva por substituição, com responsabilidade atribuída em
relação às subseqüentes operações, a base de cálculo e o preço máximo ou único de venda pelo
contribuinte substituído, fixado pelo fabricante ou pela autoridade competente, ou, na falta desse
preço, o valor da operação praticado pelo substituto, incluídos os valores correspondentes a fretes
e carretos, seguros, impostos e outros encargos transferíveis ao varejista, acrescido de percentual
de margem de lucro estabelecido pela legislação.
Artigo 29 - A base de cálculo do imposto devido pelas empresas distribuidoras de energia elétrica,
responsáveis pelo pagamento do imposto relativamente às operações anteriores, na condição de
contribuintes substitutos, é o valor da operação da qual decorra a entrega do produto ao
consumidor.
Artigo 30 - O valor mínimo das operações ou prestações poderá ser fixado em pauta expedida
pela Secretaria da Fazenda.
§ 1º - A pauta poderá ser modificada a qualquer tempo, para inclusão ou exclusão de mercadoria
ou serviço.
§ 2º - A pauta poderá ser aplicada em uma ou mais regiões do Estado, tendo em conta categorias,
grupos ou setores de atividades econômicas e ter seu valor atualizado sempre que necessário.
§ 3º - Havendo discordância em relação ao valor fixado, caberá ao contribuinte comprovar a
exatidão do valor por ele declarado, que prevalecerá como base de cálculo.
§ 4º - Nas operações ou prestações interestaduais a aplicação do disposto neste artigo dependerá
de celebração de acordo entre os envolvidos, Estados ou Distrito Federal, para estabelecer os
critérios de fixação dos valores.
Artigo 31 - O valor da operação ou da prestação poderá ser arbitrado pela autoridade fiscal nas
seguintes hipóteses, sem prejuízo da aplicação das penalidades cabíveis:
I - não exibição, ao fisco, dos elementos necessários à comprovação do preço, incluídos os casos
de perda ou extravio de livros ou documentos fiscais;
II - fundada suspeita de que os documentos fiscais não reflitam o preço real da operação ou
prestação;
III - declaração, nos documentos fiscais, de valores notoriamente inferiores ao preço corrente da
mercadoria ou do serviço;
IV - transporte, posse ou detenção de mercadoria desacompanhada de documento fiscal.
Artigo 32 - O valor da operação ou da prestação deve ser calculado em moeda nacional,
procedendo-se à data em que ocorra o fato gerador do imposto:
I - a conversão do valor expresso em moeda estrangeira, mediante aplicação da taxa cambial do
dia;
II - a apuração do valor expresso em título reajustável, mediante aplicação do valor nominal do dia;
III - a atualização do valor vinculado à indexação de qualquer natureza, mediante aplicação do
índice vigente no dia.
Artigo 33 - O montante do imposto integra sua própria base de cálculo, constituindo o respectivo
destaque mera indicação para fins de controle.

SUBSEÇÃO II

Da Alíquota

Artigo 34 - As alíquotas do imposto, salvo as exceções previstas neste artigo, são:


I - 17% (dezessete por cento), nas operações ou prestações internas ou naquelas que se tenham
iniciado no exterior;
II - as fixadas pelo Senado Federal, nas operações ou prestações interestaduais e de exportação.
§ 1º - Nas operações ou prestações adiante indicadas, ainda que se tenham iniciado no exterior,
são as seguintes as alíquotas:
1 - 25% (vinte e cinco por cento), em se tratando de operações com mercadorias ou bens
arrolados no § 5.º:
2 - 12% (doze por cento), nas prestações de serviços de transporte;
3 - 12% (doze por cento), nas operações com arroz, feijão, pão, sal e produtos comestíveis
resultantes do abate de ave, de coelho ou de gado, em estado natural, resfriados ou congelados;
4 - (vetado) com energia elétrica:
a) 12% (doze por cento), em relação à conta residencial que apresente consumo mensal de até
200 (duzentos) kWh;
b) 25 % (vinte e cinco por cento), em relação à conta residencial que apresente consumo mensal
acima de 200 (duzentos) kWh;
c) 12% (doze por cento), quando utilizada no transporte público eletrificado de passageiros;
d) 12% (doze por cento), nas operações com energia elétrica utilizada em propriedade rural, assim
considerada a que efetivamente mantenha exploração agrícola e pastoril e esteja inscrita no
cadastro de contribuintes da Secretaria da Fazenda;
5 - 12% (doze por cento), nas saídas de pedra e areia;
6 - Vetado.
§ 2º - Para os efeitos do inciso I e do § 1º, prevalecem, conforme o caso:
1 - a alíquota fixada pelo Senado Federal:
a) a máxima, se inferior à prevista neste artigo;
b) a mínima, se superior à prevista neste artigo;
2 - as alíquotas estabelecidas em convênio pelos Estados e pelo Distrito Federal.
§ 3º - Aplicam-se as alíquotas fixadas no inciso I e nos itens 1, 2 e 3 do § 1º às operações e às
prestações que destinem mercadorias ou serviços a pessoa não contribuinte localizada em outro
Estado ou no Distrito Federal.
§ 4º - O imposto incidente sobre os serviços prestados no exterior deve ser calculado mediante a
aplicação da alíquota prevista no inciso I.
§ 5º - A alíquota prevista no item 1 do § 1º aplica-se, segundo a Nomenclatura Brasileira de
Mercadorias, às operações com as seguintes mercadorias ou bens:
1 - bebidas alcoólicas classificadas nas posições 22.04, 22.05 e 22.08, exceto os códigos
22.08.40.0200 e 22.08.40.0300;
2 - fumo e seus sucedâneos manufaturados, classificados no capítulo 24;
3 - perfumes e cosméticos classificados nas posições 33.03, 33.04, 33.05 e 33.07, exceto as
posições 33.05.10 e 33 07.20 e os códigos 33.07.10.0100 e 33.07.90.0500;
4 - peleteria e suas obras e peleteria artificial classificadas nos códigos 43.03.10.9900 e
43.03.90.9900, (vetado);
5 - motocicletas de cilindrada superior a 250 centímetros cúbicos, classificadas nos códigos
87.11.30 a 87.11.50;
6 - asas-delta, balões e dirigíveis classificados nos códigos 88.01.10.0200 e 88.01.90.0100;
7 - embarcações de esporte e de recreio classificadas na posição 89.03;
8 - armas e munições, suas partes e acessórios classificados no capitulo 93;
9 - fogos de artifício classificados na posição 36.40.10.

SUBSEÇÃO III

Do Lançamento

Artigo 35 - O lançamento do imposto é feito nos documentos e nos livros fiscais com a descrição
da operação ou prestação, na forma prevista em regulamento.
Parágrafo único - Essa atividade é de exclusiva responsabilidade do contribuinte, ficando sujeita
a posterior homologação pela autoridade administrativa.

SUBSEÇÃO IV

Da Não-Cumulatividade

Artigo 36 - O Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação


de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação é não-cumulativo,
compensando-se o imposto que seja devido em cada operação ou prestação com o anteriormente
cobrado por este, outro Estado ou pelo Distrito Federal, relativamente a mercadoria entrada ou a
prestação de serviço recebida, acompanhada de documento fiscal hábil, emitido por contribuinte
em situação regular perante o fisco.
§ 1º - Para os efeitos deste artigo, considera-se:
1 - imposto devido, o resultante da aplicação da alíquota sobre a base de cálculo de cada
operação ou prestação sujeita à cobrança de tributo;
2 - imposto anteriormente cobrado, a importância calculada os termos do item precedente e
destacada em documento fiscal hábil;
3 - documento fiscal hábil, o que atenda a todas as exigências da legislação pertinente, seja
emitido por contribuinte em situação regular perante o fisco e esteja acompanhado, quando
exigido, de comprovante do recolhimento do imposto;
4 - situação regular perante o fisco, a do contribuinte que, à data da operação, esteja inscrito na
repartição fiscal competente, se encontre em atividade no local indicado e possibilidade a
comprovação da autenticidade dos demais dados cadastrais apontados ao fisco.
§ 2º - O Poder Executivo poderá estabelecer outras condições e requisitos para apropriação de
créditos do imposto, mediante a implantação de sistemas ou mecanismos adequados de controle
e de segurança dos documentos fiscais, que permitam combater a sonegação e resguardar os
direitos dos contribuintes.
§ 3º - Mediante ato da autoridade competente da Secretaria da Fazenda, poderá ser vedado o
lançamento do crédito, ainda que destacado em documento fiscal, quando, em desacordo com a
legislação a que estiverem sujeitos todos os Estados e o Distrito Federal, for concedido por
qualquer deles benefício de que resulte exoneração ou devolução do tributo, total ou parcial, direta
ou indiretamente, condicionada ou incondicionada.
Artigo 37 - A isenção ou a não-incidência, salvo determinação em contrário:
I - não implica crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações
seguintes;
II - acarreta a anulação do crédito relativo às operações ou prestações anteriores.
Artigo 38 - Para a compensação, é assegurado ao contribuinte, salvo disposição em contrário, o
direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado, nos termos do item 2 do § 1.º do artigo
36, relativamente a mercadoria entrada, real ou simbolicamente, em seu estabelecimento ou a
serviço a ele prestado, em razão de operações ou prestações regulares e tributadas.
§ 1º - O direito ao crédito do imposto condiciona-se à escrituração do respectivo documento fiscal
e ao cumprimento dos demais requisitos exigidos pela legislação.
§ 2.º - O crédito deve ser escriturado por seu valor nominal.
§ 3.º - O direito ao crédito extingue-se após 5 (cinco) anos, contados da data de emissão do
documento fiscal.
§ 4.º - O estabelecimento que receba mercadoria devolvida por particular, produtor ou qualquer
pessoa natural ou jurídica não considerada contribuinte ou não obrigada à emissão de documento
fiscal, pode creditar-se do imposto pago por ocasião da saída da mercadoria, segundo o disposto
em regulamento.
§ 5.º - Salvo hipótese expressamente prevista em regulamento, é vedada a apropriação do crédito
do imposto destacado em documento fiscal que indique como destinatário estabelecimento diverso
daquele que o venha a escriturar.
§ 6.º - Em substituição ao sistema de crédito previsto neste artigo, poderá ser facultado ao
contribuinte a compensação, de importância resultante da aplicação de porcentagem fixa.
Artigo 39 - Na hipótese do artigo 60, não ocorrendo o fato gerador, pode o contribuinte creditar-se
da importância recolhida a título de imposto.
Artigo 40 - É vedado o crédito do imposto relativo a mercadoria entrada ou adquirida e, conforme
o caso, a prestação de serviço tornado:
I - para integração ao ativo imobilizado do estabelecimento
II - para uso ou consumo do próprio estabelecimento, assim entendido a que não seja utilizada na
comercialização e a que não seja empregada para integração no produto ou para consumo no
respectivo processo de industrialização ou, ainda, na prestação de serviço;
III - para integração ou consumo em processo de industrialização de produto cuja saída não seja
tributada ou esteja isenta do imposto;
IV - para comercialização ou prestação de serviço, quando a saída ou a prestação subseqüentes
não sejam tributadas ou estejam isentas do imposto;
V - para integração ou consumo em processo de industrialização, para comercialização ou
prestação de serviço, quando a saída do produto ou a prestação subseqüentes estejam
beneficiadas com redução da base de cálculo, proporcionalmente à parcela correspondente à
redução;
VI - que exceder ao montante devido, por erro ou inobservância da correta base de cálculo,
determinada em lei complementar ou na legislação deste Estado.
Parágrafo único - Uma vez provado que a mercadoria ou o serviço mencionados nos incisos I a
IV tenham ficado sujeitos ao imposto por ocasião da posterior operação ou prestação ou, ainda,
que tenham sido empregados em processo de industrialização do qual resulte produto cuja saída
se sujeite ao imposto, pode o estabelecimento creditar-se do imposto relativo à respectiva entrada,
nunca superior ao imposto devido na operação ou prestação tributadas.
Artigo 41 - O contribuinte deve proceder ao estorno do imposto de que se tenha creditado,
sempre que o serviço tomado ou a mercadoria entrada no estabelecimento para comercialização
ou para industrialização ou, ainda, para prestação de serviço, conforme o caso:
I - venha a perecer, deteriorar-se ou ser objeto de roubo furto ou extravio;
II - seja objeto de saída ou prestação de serviço não tributada ou isenta, sendo esta circunstância
imprevisível à data da entrada;
III - seja integrada ou consumida em processo de industrialização de produto cuja saída não seja
tributada ou esteja isenta do imposto.
IV - seja integrada ou consumida em processo de industrialização ou objeto de saída ou prestação
de serviço com redução da base de cálculo, sendo esta circunstância imprevisível à data da
entrada, hipótese em que o estorno deve ser proporcional à parcela correspondente à redução.
Parágrafo único - Havendo mais de uma operação ou prestação e sendo impossível determinar a
qual delas corresponde a mercadoria ou o serviço, o imposto a estornar deve ser calculado
mediante a aplicação da alíquota vigente na data do estorno sobre o preço mais recente da
aquisição ou prestação.
Artigo 42 - A vedação e o estorno de crédito previsto nos artigos 40 e 41 estendem-se ao imposto
incidente sobre serviços de transporte e de comunicação relacionados com mercadoria que venha
a ter qualquer das destinações mencionadas nos aludidos dispositivos.
Artigo 43 - Não se exigirá o estorno do crédito:
I - nas hipóteses previstas em lei complementar, em relação ao imposto correspondente à entrada
de mercadoria para utilização como matéria-prima ou material secundário na fabricação e
embalagem de produtos industrializados exportados para o exterior;
II - na saída para outro Estado ou o Distrito Federal, do imposto relativo à entrada de energia
elétrica e de petróleo, inclusive de lubrificantes ou de combustíveis, líquidos e gasosos dele
derivados.
Artigo 44 - O Poder Executivo poderá conceder e vedar crédito do imposto, bem como dispensar
e exigir seu estorno, segundo o que for estabelecido em acordo celebrado com outros Estados ou
com o Distrito Federal, observado, quando for o caso, o disposto em lei complementar federal.
Artigo 45 - É vedada a restituição por qualquer forma do valor do imposto que tenha sido utilizado
como crédito pelo estabelecimento destinatário, bem como do saído de créditos existentes na data
do encerramento das atividades do estabelecimentos.
Parágrafo único - Excetua-se do disposto neste artigo a devolução do tributo, total ou parcial,
devidamente autorizada Federal, na forma prevista na legislação pertinente.
Artigo 46 - Ressalvadas as hipóteses expressamente previstas em regulamento, é vedada a
transferência de crédito de um para outro estabelecimento.

SUBSEÇÃO V

Dos Regime de Apuração e do Pagamento do Imposto

Artigo 47 - O valor do imposto a recolher corresponde à diferença, em cada período de apuração,


entre o imposto devido sobre as operações ou prestações tributadas e o cobrado relativamente às
anteriores.
Parágrafo único - O regulamento poderá determinar:
1 - que a apuração e o recolhimento sejam feitos:
a) por mercadoria ou serviço dentro de determinado período
b) por mercadoria ou serviço, em função de cada operação ou prestação;
2 - a implantação de outro sistema de recolhimento do imposto, que se mostre mais eficiente para
combater a sonegação.
Artigo 48 - O estabelecimento de contribuinte obrigado à escrituração fiscal deve apurar o valor
do imposto a recolher de conformidade com os seguintes regimes:
I - regime periódico de apuração;
II - regime de estimativa.
Parágrafo único - O período de apuração, na hipótese do inciso I, será fixado em regulamento.
Artigo 49 - O estabelecimento enquadrado no regime periódico de apuração, no último dia do
período e na forma prevista em regulamento, deve apurar nos livros fiscais próprios:
I - os valores das operações de saída de mercadoria e das prestações de serviço e o
correspondente débito do imposto;
II - os valores das operações de entrada de mercadoria e das prestações de serviços tomados e o
correspondente crédito do imposto;
III - os valores de outros débitos ou créditos do imposto;
IV - os valores de estornos de débitos e de créditos de imposto;
V - o valor do imposto a recolher; ou
VI - o valor do saldo credor a transportar para o período seguinte.
§ 1º - Os valores referidos nos incisos V e VI devem ser declarados ao fisco.
§ 2º - O montante mencionado no inciso V deve ser recolhido na forma e nos prazos fixados em
regulamento.
§ 3º - Nos casos em que incumba ao destinatário o pagamento do imposto relativo à entrada de
mercadoria em seu estabelecimento ou ao recebimento de serviço, o regulamento poderá dispor
que o recolhimento se faça independentemente do resultado da apuração do imposto no período
correspondente.
§ 4º - O recolhimento do imposto retido por contribuinte, na qualidade de sujeito passivo por
substituição, deve ser efetuado independentemente do resultado da apuração relativa às
operações ou prestações realizadas pelo estabelecimento no período, conforme disposto em
regulamento
Artigo 50 - O valor do imposto a recolher pelo estabelecimento enquadrado no regime de
estimativa deve ser determinado pelo fisco.
§ 1º - O imposto deve ser estimado para período certo e prevalece enquanto não revisto pelo
fisco.
§ 2º - O estabelecimento será enquadrado no regime de estimativa segundo critérios fixados em
regulamento, que poderá levar em conta categorias, grupos ou setores de atividades econômicas.
§ 3.º - Os valores das operações ou das prestações e o montante do imposto a recolher no
período considerado serão estimados em função dos dados declarados pelo contribuinte e de
outros de que o fisco disponha e devem guardar estrita relação e proporção com eles.
§ 4º - O montante do imposto a recolher, estimado na forma do parágrafo anterior, deve ser
dividido em parcelas, iguais ou não, conforme dispuser o regulamento.
§ 5º - As parcelas poderão ser fixadas em número determinado de UFESP ou com a utilização de
outro critério de atualização monetária.
Artigo 51 - Feito o enquadramento no regime de estimativa, o contribuinte deve ser notificado do
montante do imposto estimado para o período e do valor de cada parcela.
Artigo 52 - O estabelecimento enquadrado no regime de estimativa deve fazer, em 31 de
dezembro de cada ano, a apuração de que trata o artigo 49.
§ 1º - O valor do imposto exigido por meio de auto de infração e recolhido no curso do respectivo
período, deve ser considerado na apuração de que trata este artigo.
§ 2º - A diferença de imposto, verificada entre o montante recolhido e o apurado nos termos do
artigo 49, deve ser:
1 - se favorável ao fisco, recolhida independentemente de qualquer iniciativa fiscal;
2 - se favorável ao contribuinte, deduzida de recolhimentos futuros, mediante requerimento.
§ 3º - A dedução de que trata o item 2 do parágrafo anterior pode ser efetuada pela Secretaria da
Fazenda, independentemente de requerimento, desde que preenchidos os requisitos
estabelecidos em regulamento.
§ 4º - Na data em que for interrompida a aplicação do regime de estimativa, o contribuinte fará a
apuração de que trata o artigo 49, hipótese em que a diferença do imposto, verificada entre o
montante recolhido e o apurado, deve ser:
1 - se favorável ao fisco, recolhida, nos casos de desenquadramento do regime de estimativa e de
cessação da atividade;
2 - se favorável ao contribuinte:
a) compensada, nos casos de desenquadramento;
b) restituída, nos casos de cessação da atividade;
§ 5.º - A aplicação do disposto na alínea "b" do item 2 do parágrafo anterior depende de
requerimento.
§ 6º - Qualquer compensação ou restituição de que trata este artigo não impede a realização ou
revisão de levantamento fiscal.
Artigo 53 - O fisco pode, a qualquer tempo e a seu critério:
I - rever os valores estimados e reajustar as parcelas subseqüentes à revisão, mesmo no curso do
período considerado;
II - promover o desenquadramento de qualquer estabelecimento do regime de estimativa.
Artigo 54 - As reclamações e recursos relacionados com o enquadramento no regime de
estimativa não têm efeito suspensivo, salvo se prestada garantia.
Artigo 55 - Tratando-se de contribuinte não obrigado a manter escrituração fiscal, bem como nos
casos expressamente previstos, o montante do imposto a recolher corresponde à diferença entre o
imposto devido sobre a operação ou prestação tributada e o cobrado na imediatamente anterior,
efetuada com a mesma mercadoria ou serviço.
Artigo 56 - A pessoa inscrita no cadastro de contribuintes deve declarar em guia de informação,
conforme modelo aprovado pela Secretaria da Fazenda, os valores das operações ou prestações,
do imposto a recolher ou do saído credor a transportar para o período seguinte, apurados nos
termos do artigo 49 ou 52.
§ 1º - A guia de informação deve ser entregue no prazo previsto em regulamento, ainda que no
período não tenha sido efetuada operação ou prestação.
§ 2º - No caso de cessação de atividades do estabelecimento a guia de informação deve ser
entregue antes da comunicação da ocorrência à repartição fiscal.
§ 3º - A Secretaria da Fazenda poderá dispensar a entrega de guia de informação.
Artigo 57 - O imposto a recolher, declarado em guia de informação, é exigível independentemente
da lavratura de auto de infração ou de notificação.
Artigo 58 - Na falta da declaração de que trata o artigo 56, o fisco deve transcrever os dados do
livro fiscal próprio, cientificando o contribuinte, no mesmo ato.
Artigo 59 - O regulamento estabelecerá o local, a forma e os prazos para o recolhimento do
imposto, admitida distinção em função de categorias, grupos ou setores de atividades econômicas.
Artigo 60 - Poderá ser exigido o recolhimento antecipado do imposto devido pela operação ou
prestação subseqüentes, com a fixação do valor desta, se for o caso, nas seguintes situações,
dentre outras:
I - entrada em território paulista de mercadoria ou recebimento e serviços originários de outro
Estado ou do Distrito Federal;
II - entrada de mercadoria em estabelecimento de contribuinte ou recebimento de serviço;
III - em razão de operações ou prestações efetuadas por contribuinte que só opere em períodos
determinados, tais como, durante finados, festas natalinas, juninas, carnavalescas e outras, em
estabelecimentos provisórios instalados, inclusive em lugares destinados à recreação, esporte,
exposição e outras atividades semelhantes;
IV - em decorrência de regime especial.
Artigo 61 - Na entrega de mercadoria proveniente de outro Estado ou do Distrito Federal, a ser
realizada em território paulista, sem destinatário certo, o imposto deve ser calculado sobre o valor
estimado da operação e antecipadamente recolhido no primeiro município paulista por onde
transite a mercadoria, deduzido o valor do imposto pago na origem, na forma prevista em
regulamento.
Parágrafo único - Presume-se destinada a entrega neste Estado a mercadoria proveniente de
outro Estado ou do Distrito Federal sem documentação comprobatória de seu destino.
Artigo 62 - O imposto devido, declarado e não pago, deve ser inscrito na Dívida Ativa, após 30
(trinta) dias contados do vencimento.
§ 1º - No decurso desse prazo de 30 (trinta) dias, o imposto pode ser recolhido
independentemente de autorização fiscal.
§ 2º - Após o decurso desse prazo, o recolhimento depende de prévia autorização fiscal.
Artigo 63 - O recolhimento efetuado com inobservância do disposto no artigo anterior não anula
ou invalida a exigência do débito fiscal, qualquer que seja a fase em que se encontre a cobrança,
podendo a importância recolhida ser, a critério do fisco, objeto de restituição pela via
administrativa, de utilização como crédito do imposto ou de imputação de pagamento desse ou de
outro débito do imposto
Artigo 64 - Aplica-se o disposto nos artigos 57, 62 e 63:
I - ao imposto apurado pelo contribuinte e transcrito pelo fisco na forma do artigo 58;
II - a parcela devida por contribuinte enquadrado no regime de estimativa.
Artigo 65 - A cobrança e o recolhimento efetuados nos termos dos artigos 62 a 64 não elidem o
direito da Fazenda do Estado de proceder a ulterior revisão fiscal.
Artigo 66 - O recolhimento do imposto deve ser feito mediante guia preenchida pelo contribuinte,
conforme modelo aprovado pela Secretaria da Fazenda.
Parágrafo único - A Secretaria da Fazenda pode determinar que o recolhimento se faça por meio
de guia por ela fornecida ou por outro sistema, ficando-lhe facultado cobrar retribuição pelo custo.
CAPÍTULO II

Das Obrigações Acessórias

Artigo 67 - As pessoas sujeitas à inscrição no cadastro de contribuintes, conforme as operações


ou prestações que realizem, ainda que não tributadas ou isentas do imposto, devem,
relativamente a cada um de seus estabelecimentos, emitir documentos fiscais, manter
escrituração fiscal destinada ao registro das operações ou prestações efetuadas e atender as
demais exigências decorrentes de qualquer outro sistema adotado pela Administração Tributária.
§ 1º - Os modelos de documentos e livros fiscais, a forma e os prazos de sua emissão e
escrituração, bem como disposições sobre sua dispensa ou obrigatoriedade de mantença, serão
estabelecidos em regulamento ou em normas complementares.
§ 2º - A Secretaria da Fazenda pode determinar o uso de impresso de documento fiscal ou de
outro impresso fiscal por ela fornecido, ficando-lhe facultado cobrar retribuição pelo custo.
§ 3º - O valor do imposto deve constar em destaque no documento fiscal emitido nas operações
ou prestações entre contribuintes.
§ 4º - nos casos em que a operação ou prestação esteja desonerada em decorrência de isenção
ou não-incidência ou em que tenha sido atribuída à outra pessoa a responsabilidade pelo
pagamento do imposto, a circunstância deve ser mencionada no documento fiscal, indicando-se o
dispositivo pertinente da legislação, sendo vedado o destaque referido no parágrafo anterior.
§ 5º - Os documentos, os impressos de documentos, os livros das escritas fiscal e comercial, os
programas e os arquivos magnéticos são de exibição obrigatória ao fisco, devendo ser
conservados durante o prazo estabelecido na legislação tributária.
§ 6º - Não tem aplicação qualquer disposição legal excludente da obrigação de exibir ou limitativa
do direito do fisco de examinar mercadorias, livros, documentos, papeis, efeitos comerciais ou
fiscais, programas e arquivos magnéticos dos contribuintes.
§ 7º - Escritório de contabilidade, desde que cientificada a Secretaria da Fazenda, poderá manter
sob sua guarda livros e documentos fiscais de seus clientes, devendo a exibição destes à
fiscalização ser efetivada no local por esta indicado.
Artigo 68 - Considera-se desacompanhada de documento fiscal a mercadoria ou prestação
acobertada por documento inábil, assim entendido, também, o que não seja o exigido para a
respectiva operação ou prestação.
Artigo 69 - O contribuinte do imposto deve cumprir as obrigações acessórias que tenham por
objeto prestações, positivas ou negativas, previstas na legislação.
Parágrafo único - O disposto neste artigo, salvo disposição em contrário, aplica-se às demais
pessoas inscritas ou obrigadas à inscrição no cadastro de contribuintes.
Artigo 70 - O estabelecimento gráfico, quando confeccione impressos para fins fiscais, deles deve
fazer constar a sua firma ou denominação, endereço e número de inscrição, bem como a data e a
quantidade de cada impressão.
Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se, também, ao contribuinte que confeccione
seus próprios impressos para fins fiscais.

CAPÍTULO III

Do Regime Especial

Artigo 71 - Em casos especiais e com o objetivo de facilitar ou de compelir à observância da


legislação tributária, as autoridades que o regulamento designar podem determinar, a
requerimento do interessado ou de ofício, a adoção de regime especial para o cumprimento das
obrigações fiscais.

Í
TÍTULO IV

Da Administração Tributária

Artigo 72 - A fiscalização compete, privativamente, aos Agentes Fiscais de Rendas que, no


exercício de suas funções, deverão, obrigatoriamente, exibir ao contribuinte documento de
identidade funcional fornecido pela Secretaria da Fazenda.
Artigo 73 - As atividades da Secretaria da Fazenda e de seus Agentes Fiscais, dentro de sua área
de competência e jurisdição terão precedência sobre os demais setores da Administração Pública.
Artigo 74 - O movimento real tributável realizado pelo estabelecimento em determinado período
pode ser apurado por meio de levantamento fiscal, em que devem ser considerados os valores
das mercadorias entradas, das mercadorias saídas, dos estoques inicial e final, dos serviços
recebidos e dos prestados, das despesas, dos outros encargos e do lucro do estabelecimento bem
como de outros elementos informativos.
§ 1º - No levantamento fiscal podem ser usados quaisquer meios indiciários, bem como aplicados
coeficientes médios de lucro bruto ou de valor acrescido e de preços unitários, consideradas a
atividade econômica, a localização e a categoria do estabelecimento.
§ 2º - O levantamento fiscal pode ser renovado sempre que sejam apurados dados não
considerados quando de sua elaboração.
§ 3º - A diferença apurada por meio de levantamento fiscal é considerada decorrente de operação
ou prestação tributada.
§ 4º - O imposto devido sobre a diferença apurada em levantamento fiscal deve ser calculado
mediante aplicação da maior alíquota vigente no período a que se refira o levantamento.
Artigo 75 - Não podem embaraçar a ação fiscalizadora e, mediante notificação escrita, são
obrigados a exibir os impressos, os documentos, os livros, os programas e os arquivos magnéticos
relacionados com o imposto e a prestar informações solicitadas pelo fisco:
I - as pessoas inscritas ou obrigadas à inscrição no cadastro de contribuintes ou que tomem parte
nas operações ou prestações sujeitas ao imposto;
II - os que, embora não contribuintes, prestem serviços à pessoas sujeitas à inscrição no cadastro
de contribuintes do imposto;
III - os serventuários da Justiça;
IV - os funcionários públicos e os servidores do Estado, os servidores de empresas públicas, de
sociedades em que o Estado seja acionista majoritário, de sociedades de economia mista ou de
fundações;
V - as empresas de transporte de âmbito municipal e os proprietários de veículos que façam do
transporte profissão lucrativa e que não sejam contribuintes do imposto;
VI - os bancos, as instituições financeiras, os estabelecimentos de crédito em geral, as empresas
seguradoras e as empresas de "leasing" ou arrendamento mercantil;
VII - os síndicos, os comissários e os inventariantes;
VIII - os leiloeiros, os corretores, os despachantes e os liquidantes;
IX - as empresas de administração de bens.
§ 1º - A obrigação prevista neste artigo, ressalvada a exigência de prévia autorização judicial, não
abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente
obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.
§ 2º - A pessoa que estiver portando mercadorias, com indícios de tê-la adquirido em
estabelecimento comercial ou industrial em momento imediatamente anterior, poderá ser instada
pela fiscalização a apresentar o documento fiscal emitido pelo estabelecimento, conforme dispuser
o regulamento.
Artigo 76 - As empresas seguradoras, as empresas de "leasing" ou de arrendamento mercantil,
os bancos, as instituições financeiras e outros estabelecimentos de crédito são obrigados a
franquear à fiscalização o exame de contratos, duplicatas e triplicatas, promissórias rurais ou
outros documentos que se relacionem com o imposto.
Artigo 77 - Ficam sujeitos à apreensão os bens e mercadorias que constituam prova material de
infração à legislação tributária.
§ 1º - A apreensão pode ser feita, ainda, nos seguintes casos:
1 - quando transportadas ou encontradas mercadorias sem as vias dos documentos fiscais ou de
qualquer outro documento exigido pela legislação, que devam acompanhá-las, inclusive na
hipótese do § 2º do artigo 75, ou quando encontradas em local diverso do indicado na
documentação fiscal;
2 - quando haja evidência de fraude, relativamente aos documentos que as acompanhem no seu
transporte;
3 - quando estejam em poder de contribuinte que não prove a regularidade de sua inscrição no
cadastro de contribuintes;
4 - quando estejam em poder de contribuinte habitualmente inadimplente com o recolhimento do
imposto, conforme disposto em regulamento.
§ 2º - Havendo prova ou suspeita fundada de que o bem ou mercadoria que objetive a
comprovação da infração se encontre em residência particular ou em outro local a que a
fiscalização não tenha livre acesso, devem ser promovidas buscas e apreensões judiciais, sem
prejuízo das medidas necessarias para evitar sua remoção sem anuência do fisco.
Artigo 78 - Podem ainda ser apreendidos livros, documentos, impressos, papéis, programas e
arquivos magnéticos com a finalidade de comprovar infração a legislação tributária.
Artigo 79 - Da apreensão administrativa deve ser lavrado termo, assinado pelo detentor ou, na
sua ausência ou recusa, por duas testemunhas e, ainda, sendo o caso, pelo depositário designado
pela autoridade que faça a apreensão.
Artigo 80 - O bem apreendido deve ser depositado em repartição pública ou, a juízo da autoridade
que tenha feito a apreensão, em mãos do próprio detentor, ou de terceiro, se idôneos.
Artigo 81 - A devolução do bem, livro, documento, impresso, papel, programa e arquivo
magnético apreendidos somente pode ser feita se, a critério do fisco, não prejudicar a
comprovação da infração.
§ 1º - Quando o livro, documento, impresso, papel, programa e arquivo magnético devam
permanecer retidos, a autoridade fiscal pode determinar, a pedido do interessado, que deles se
extraia, total ou parcialmente, cópia autêntica para entrega ao contribuinte, retendo os originais,
sendo facultada a cobrança de retribuição pelo custo.
§ 2º - A devolução de mercadoria somente pode ser autorizada se o interessado, dentro de 5
(cinco) dias contados da apreensão, exibir elementos que comprovem o pagamento do imposto
devido ou, conforme o caso, a regularidade da situação do contribuinte ou da mercadoria perante
o fisco, após o pagamento das despesas de apreensão.
§ 3º - Sendo a mercadoria de rápida deterioração, o prazo deve ser de 48 (quarenta e oito) horas,
salvo se outro, menor, for fixado no termo de apreensão, à vista do estado ou natureza da
mercadoria.
§ 4º - O risco do perecimento natural ou da perda de valor da coisa apreendida e do proprietário
ou do detentor no momento da apreensão.
Artigo 82 - Findo o prazo previsto para a devolução da mercadoria, deve ser iniciado o
procedimento destinado a leva-lá à venda em leilão público para pagamento do imposto, da multa,
juros, correção monetária e da despesa de apreensão.
Parágrafo único - A mercadoria, após avaliada pela repartição fiscal, deve ser distribuída a casas
ou instituições de beneficência:
1 - se de rápida deterioração, após o decurso do prazo previsto no § 3º do artigo anterior;
2 - se o valor da avaliação for inferior ao do custo do leilão, acrescido das despesas de apreensão.
Artigo 83 - A liberação da mercadoria apreendida pode ser promovida até o momento da
realização do leilão ou da distribuição, desde que o interessado deposite importância equivalente a
totalidade do débito.
§ 1º - Se o interessado na liberação for contribuinte com estabelecimento fixo localizado neste
Estado, o depósito pode ser substituído por garantia idônea, real ou fidejussória.
§ 2º - A mercadoria somente pode ser devolvida ou liberada mediante recibo passado pela pessoa
cujo nome figure no termo de apreensão como seu proprietário ou detentor, ressalvados os casos
de mandato escrito e de prova inequívoca da propriedade feita por outrem.
Artigo 84 - A importância depositada para liberação da mercadoria apreendida ou o produto de
sua venda em leilão deve ficar em poder do fisco até o termino do processo administrativo; findo
este, da referida importância deve ser deduzido o valor total do débito, devolvendo-se o saldo, se
houver, ao interessado com seu valor atualizado; se o saldo for devedor, prosseguir-se-á na
cobrança.

Í
TÍTULO V

Das Penalidades

Artigo 85 - O descumprimento das obrigações principal e acessórias, instituídas pela legislação


do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, fica sujeito às seguintes
penalidades:
I - infrações relativas ao pagamento do imposto:
a) falta de pagamento do imposto, apurada por meio de levantamento fiscal - multa equivalente a
80% (oitenta por cento) do valor do imposto;
b) falta de pagamento do imposto, quando o documento fiscal relativo à respectiva operação ou
prestação tenha sido emitido mas não escriturado regularmente no livro fiscal próprio - multa
equivalente a 75% (setenta e cinco por cento) do valor do imposto;
c) falta de pagamento do imposto nas seguintes hipóteses: emissão e/ou escrituração de
documento fiscal de operação ou prestação tributada como não tributada ou isenta, erro na
aplicação da alíquota, na determinação da base de cálculo ou erro na apuração do valor do
imposto, desde que, neste caso, o documento tenha sido emitido e escriturado regularmente -
multa equivalente a 50% (cinqüenta por cento) do valor do imposto;
d) falta de pagamento do imposto, decorrente de entrega de guia de informação com indicação do
valor do imposto a recolher em importância inferior ao escriturado no livro fiscal destinado à
apuração do imposto - multa equivalente a 100% (cem por cento) do valor do imposto não
declarado;
e) falta de pagamento do imposto, quando a respectiva operação ou prestação esteja escriturada
regularmente no livro fiscal próprio e, nos termos da legislação, ao recolhimento do tributo deva
ser efetuado por guia especial - multa equivalente a 50% (cinqüenta por cento) do valor do
imposto;
f) falta de pagamento do imposto, em hipótese em que, indicada zona franca como destino da
mercadoria, por qualquer motivo, não tenha sido provado o seu ingresso, não tenha chegado ao
destino ou tenha sido reintroduzida no mercado interno do país - multa equivalente a 100% (cem
por cento) do valor do imposto;
g) falta de pagamento do imposto, quando indicado outro Estado ou Distrito Federal como destino
da mercadoria, não tenha esta saído do território paulista - multa equivalente a 50% (cinqüenta por
cento) do valor total da operação;
h) falta de pagamento do imposto, quando indicada operação de exportação, não tenha esta se
realizado - multa equivalente a 50% (cinqüenta por cento) do valor da operação;
i) falta de pagamento do imposto, em hipótese não prevista nas alíneas anteriores - multa
equivalente a 150% (cento e cinqüenta por cento) do valor do imposto;
II - infrações relativas ao crédito do imposto:
a) crédito do imposto, decorrente de escrituração de documento que não atenda às condições
previstas no item 3 do § 1.º do artigo 36 e que não corresponda à entrada de mercadoria no
estabelecimento ou a aquisição de sua propriedade ou, ainda, a serviço tornado - multa
equivalente a 50% (cinqüenta por cento) do valor indicado no documento como o da operação ou
prestação, sem prejuízo do recolhimento da importância creditada e da anulação da respectiva
escrituração;
b) crédito do imposto, decorrente de escrituração não fundada em documento e sem a
correspondente entrada de mercadoria no estabelecimento ou sem a aquisição de propriedade de
mercadoria ou, ainda, sem o recebimento de prestação de serviço - multa equivalente a 40%
(quarenta por cento) do valor escriturado como o da operação ou prestação, sem prejuízo do
recolhimento da importância creditada e da anulação da respectiva escrituração;
c) crédito do imposto, decorrente de entrada de mercadoria no estabelecimento ou de aquisição
de sua propriedade ou, ainda, de serviço tornado, acompanhado de documento que não atenda às
condições previstas no item 3 do § 1º do artigo 36 - multa equivalente a 35% (trinta e cinco por
cento) do valor indicado no documento como o da operação ou prestação, sem prejuízo do
recolhimento da importância creditada;
d) crédito do imposto, decorrente de escrituração de documento que não corresponda à entrada
de mercadoria no estabelecimento ou à aquisição de propriedade de mercadoria ou, ainda, a
serviço tornado - multa equivalente a 30% (trinta por cento) do valor indicado no documento como
o da operação ou prestação, sem prejuízo do recolhimento da importância creditada e da anulação
da respectiva escrituração;
e) crédito do imposto, decorrente de sua apropriação em momento anterior ao da entrada da
mercadoria no estabelecimento ou ao do recebimento do serviço - multa equivalente a 10% (dez
por cento) do valor da operação ou prestação, sem prejuízo do pagamento da correção monetária
e dos demais acréscimos legais, em relação à parcela do imposto que teve retardado o seu
recolhimento;
f) transferência de crédito do imposto a outro estabelecimento em hipótese não permitida ou em
montante superior a limite autorizado pela legislação - multa equivalente a 50% (cinqüenta por
cento) do valor do crédito transferido irregularmente, sem prejuízo do recolhimento da importância
transferida;
g) crédito indevido do imposto, em hipótese não prevista nas alíneas anteriores, incluída a de falta
de estorno - multa equivalente a 100% (cem por cento) do valor do crédito indevidamente
escriturado ou não estornado, sem prejuízo do recolhimento da respectiva importância;
III - infrações relativas à documentação fiscal na entrega, remessa, transporte, recebimento,
estocagem ou depósito de mercadoria ou, ainda, quando couber, na prestação de serviço:
a) entrega, remessa, transporte, recebimento, estocagem ou depósito de mercadoria
desacompanhada de documentação fiscal - multa equivalente a 50% (cinqüenta por cento) do
valor da operação, aplicável ao contribuinte que tenha promovido a entrega, remessa ou
recebimento, estocagem ou depósito da mercadoria; 20% (vinte por cento) do valor da operação,
aplicável ao transportador; sendo o transportador o próprio remetente ou destinatário - multa
equivalente a 70% (setenta por cento) do valor da operação;
b) remessa ou entrega de mercadoria a destinatário diverso do indicado no documento fiscal -
multa equivalente a 40% (quarenta por cento) do valor da operação, aplicável tanto ao contribuinte
que tenha promovido a remessa ou entrega como ao que tenha recebido a mercadoria; 20% (vinte
por cento) do valor da operação, aplicável ao transportador; sendo o transportador o próprio
remetente ou destinatário - multa equivalente a 60% (sessenta por cento) do valor da operação);
c) recebimento de mercadoria ou de serviço sem documentação fiscal, cujo valor seja apurado por
meio de levantamento fiscal - multa equivalente a 30% (trinta por cento) do valor da mercadoria ou
do serviço;
d) entrega ou remessa de mercadoria depositada por terceiro à pessoa ou estabelecimento
diverso do depositante, quando este não tenha emitido o documento fiscal correspondente multa
equivalente a 20% (vinte por cento) do valor da mercadoria entregue ou remetida, aplicável ao
depositário;
e) prestação ou recebimento de serviço desacompanhado de documentação fiscal - multa
equivalente a 50% (cinqüenta por cento) do valor da prestação, aplicável ao contribuinte que tenha
prestado o serviço ou que o tenha recebido;
f) prestação de serviço à pessoa diversa da indicada no documento fiscal - multa equivalente a
40% (quarenta por cento) do valor da prestação, aplicável tanto ao prestador do serviço como ao
contribuinte que o tenha recebido;
IV - infrações relativas a documentos fiscais e impressos fiscais:
a) falta de emissão de documento fiscal - multa equivalente a 50% (cinqüenta por cento) do valor
da operação ou prestação;
b) emissão de documento fiscal que consigne declaração falsa quanto ao estabelecimento de
origem ou de destino da mercadoria ou do serviço; emissão de documento fiscal que não
corresponda à saída de mercadoria, à transmissão de propriedade da mercadoria, à entrada de
mercadoria no estabelecimento ou, ainda, à prestação ou a recebimento de serviço multa
equivalente a 30% (trinta por cento) do valor da operação ou prestação indicado no documento
fiscal;
c) adulteração, vício ou falsificação de documento fiscal; utilização de documento falso, de
documento fiscal em que o respectivo impresso tenha sido confeccionado sem autorização fiscal
ou que tenha sido confeccionado por estabelecimento gráfico diverso do indicado, para propiciar,
ainda que a terceiro, qualquer vantagem indevida - multa equivalente a 100% (cem por cento) do
valor indicado no documento;
d) utilização de documento fiscal com numeração e seriação em duplicidade ou emissão ou
recebimento de documento fiscal que consigne valores diferentes nas respectivas vias - multa
equivalente a 100% (cem por cento) do valor total da operação ou prestação;
e) emissão ou recebimento de documento fiscal que consigne importância inferior ao valor da
operação ou da prestação - multa equivalente a 100% (cem por cento) do montante da diferença
entre o valor real da operação ou prestação e o declarado ao fisco;
f) reutilização em outra operação ou prestação de documento fiscal - multa equivalente a 100%
(cem por cento) do valor da operação ou da prestação ou, a falta deste, do valor indicado no
documento exibido;
g) destaque de valor do imposto em documento referente à operação ou prestação não sujeita ao
pagamento do tributo - multa equivalente indicado ao documento fiscal; quando o valor do imposto
destacado irregularmente tenha sido lançado para pagamento no livro fiscal próprio - multa
equivalente a 1% (um por cento) do valor da operação ou prestação constante do documento;
h) emissão de documento fiscal com inobservância de requisito regulamentar ou falta de obtenção
de visto em documento fiscal - multa equivalente a 1% (um por cento) do valor da operação ou
prestação relacionada com o documento;
i) emissão ou preenchimento de qualquer outro documento com inobservância de requisito
regulamentar ou falta de obtenção de visto fiscal, quando exigido - multa equivalente a 1% (um por
cento) do valor da operação ou da prestação relacionada com o documento;
j) extravio, perda, inutilização, permanência fora do estabelecimento em local não autorizado de
documento fiscal ou a sua não exibição a autoridade fiscalizadora - multa equivalente ao valor de
15 (quinze) UFESPs por documento;
l) confecção para si ou para terceiro, bem como encomenda para confecção de impresso de
documento fiscal sem autorização fiscal - multa equivalente ao valor de 8 (oito) UFESPs, aplicável
tanto ao impressor como ao encomendante;
m) fornecimento, posse ou detenção de falso documento fiscal, de documento fiscal em que o
respectivo impresso tenha sido confeccionado sem autorização fiscal ou que tenha sido
confeccionado por estabelecimento gráfico diverso do indicado - multa equivalente ao valor de 20
(vinte) UFESPs por documento;
n) extravio, perda, inutilização, permanência fora do estabelecimento em local não autorizado de
impresso de documento fiscal ou a sua não exibição à autoridade fiscalizadora - multa equivalente
ao valor de 15 (quinze) UFESPs por impresso de documento fiscal;
o) confecção, para si ou para terceiro, ou encomenda para confecção, de falso impresso de
documento fiscal, ou de impresso de documento fiscal em duplicidade - multa equivalente ao valor
de 20 (vinte) UFESPs por impresso de documento fiscal;
p) fornecimento, posse ou detenção de falso impresso de documento fiscal ou impresso de
documento fiscal que indique estabelecimento gráfico diverso do que o tenha confeccionado -
multa equivalente ao valor de 20 (vinte) UFESPs por impresso de documento fiscal;
V - infrações relativas a livros fiscais e registros magnéticos:
a) falta de escrituração de documento relativo à entrada de mercadoria no estabelecimento ou à
aquisição de sua propriedade ou, ainda, ao recebimento de serviço, quando já escrituradas as
operações ou prestações do período a que se refiram - multa equivalente a 10% (dez por cento)
do valor da operação ou prestação constante do documento;
b) falta de escrituração de documento relativo à entrada de mercadoria ou à aquisição de sua
propriedade praticada por estabelecimento enquadrado no regime de estimativa ou por
estabelecimento de microempresa, com o objetivo de ocultar o seu movimento real, quando, já
escrituradas as operações do período a que se refiram - multa equivalente a 50% (cinqüenta por
cento) do valor da operação ou prestação constante do documento;
c) falta de escrituração de documento relativo à saída de mercadoria ou à prestação de serviço,
cuja operação ou prestação não esteja sujeita ao pagamento do imposto - multa equivalente a 5%
(cinto por cento) do valor da operação ou prestação constante do documento; ou de 20% (vinte
por cento) se sujeitas ao pagamento do imposto em operação ou prestação posterior;
d) falta de registro em meio magnético de documento fiscal quando já registradas as operações ou
prestações do período - multa equivalente a 10% (dez por cento) do valor da operação ou
prestação constante do documento;
e) falta de elaboração de documento auxiliar de escrituração fiscal ou sua não exibição ao fisco -
multa equivalente a 1% (um por cento) do valor das operações ou prestações que dele devem
constar;
f) adulteração, vício ou falsificação de livro fiscal - multa equivalente a 100% (cento por cento) do
valor da operação ou prestação a que se refira a irregularidade;
g) atraso de escrituração: do livro fiscal destinado à escrituração das operações de entrada de
mercadoria ou recebimento de serviço e/ou do livro fiscal destinado à escrituração das operações
de saída de mercadoria ou de prestação de serviço - multa equivalente a 1% (um por cento) do
valor das operações ou prestações não escrituradas, em relação a cada livro; do livro fiscal
destinado à escrituração do inventário de mercadorias - multa equivalente a 1% (um por cento) do
valor do estoque não escriturado;
h) atraso de escrituração de livro fiscal não mencionado na alínea anterior - multa equivalente ao
valor de 6 (seis) UFESPs por livro, por mês ou fração;
i) atraso de registro em meio magnético - multa equivalente a 1% (um por cento) do valor das
operações ou prestações não registradas;
j) falta de livro fiscal ou sua utilização sem prévia autenticação da repartição competente - multa
equivalente ao valor de 6 (seis) UFESPs por livro, por mês ou fração, contado da data a partir da
qual tenha sido obrigatória a manutenção do livro ou da data da utilização irregular;
l) encerramento de livro fiscal escriturado por processamento de dados, sem autenticação da
repartição competente - multa equivalente ao valor de 6 (seis) UFESPs por livro, por mês ou
fração, contado da data a partir da qual tenha sido obrigatória sua autenticação;
m) extravio, perda, inutilização, permanência fora do estabelecimento, em local não autorizado, de
livro fiscal ou a sua não exibição à autoridade fiscalizadora - multa equivalente ao valor de 15
(quinze) UFESPs por livro;
n) falta de autorização fiscal para reconstituição de escrita - multa equivalente a 1% (um por cento)
do valor das operações ou prestações a que se refira a reconstituição de escrita;
o) utilização, em equipamento de processamento de dados de programa para a emissão de
documento fiscal ou escrituração de livro fiscal com vício, fraude ou simulação - multa equivalente
a 80% (oitenta por cento) do valor da operação ou prestação a que se refira a irregularidade, não
inferior ao valor de 100 (cem) UFESPs; p) irregularidade de escrituração não prevista nas alíneas
anteriores - multa equivalente a 1% (um por cento) do valor das operações ou prestações a que se
refira a irregularidade;
VI - infrações relativas à inscrição no cadastro de contribuintes, à alteração cadastral e a outras
informações:
a) falta de inscrição no cadastro de contribuintes - multa equivalente ao valor de 8 (oito) UFESPs
por mês de atividade de ou fração, sem prejuízo da aplicação das demais penalidades previstas;
b) falta de comunicação de suspensão de atividade do estabelecimento - multa equivalente ao
valor de 8 (oito) UFESPs;
c) falta de comunicação de encerramento de atividade do estabelecimento - multa equivalente a
5% (cinco por cento) do valor das mercadorias existentes em estoque na data da ocorrência do
fato não comunicado, nunca inferior ao valor correspondente a 8 (oito) UFESPs; inexistindo
estoque de mercadoria ou em se tratando de estabelecimento prestador de serviço - multa
equivalente ao valor de 8 (oito) UFESPs;
d) falta de comunicação de mudança de estabelecimento para outro endereço - multa equivalente
a 3% (três por cento) do valor das mercadorias remetidas do antigo para o novo endereço, nunca
inferior ao valor correspondente a 8 (oito) UFESPs; inexistindo remessa de mercadoria ou em se
tratando de estabelecimento prestador de serviço - multa equivalente ao valor de 8 (oito) UFESPs;
e) falta de informação necessária à alteração do Código de Atividade Econômica do
estabelecimento - multa equivalente ao valor de 8 (oito) UFESPs; caso dessa omissão resulte falta
ou atraso no recolhimento do imposto, a multa deve ser equivalente ao valor de 16 (dezesseis)
UFESPs, sem prejuízo de exigência da correção monetária incidente sobre o imposto e dos
demais acréscimos legais, inclusive multa;
f) falta de comunicação de qualquer modificação ocorrida relativamente aos dados constantes do
formulário de inscrição - multa equivalente ao valor de 8 (oito) UFESPs;
g) não prestação de informação solicitada pela fiscalização - multa equivalente ao valor de 8 (oito)
UFESPs;
VII - infrações relativas à apresentação de informação econômico-fiscal e a guia de recolhimento
do imposto:
a) falta de entrega de guia de informação - multa equivalente a 1% (um por cento) do valor das
operações de saída ou das prestações de serviço realizadas no período, não inferior ao valor
correspondente a 8 (oito) UFESPs; inexistindo operação de saída ou de prestação de serviço -
multa equivalente ao valor de 8 (oito) UFESPs; a multa deve ser aplicada, em qualquer caso, por
guia não entregue;
b) omissão ou indicação incorreta de dado ou informação econômico-fiscal em guia de informação
ou em guia de recolhimento do imposto - multa equivalente ao valor de 50 (cinqüenta) UFESPs
por guia;
c) apresentação indevida de guia de informação, estando o estabelecimento enquadrado no
regime de estimativa multa equivalente a 5% (cinco por cento) do valor das saídas de mercadorias
ou das prestações de serviço indicadas na guia de informação; a multa não deve ser inferior ao
valor correspondente a 8 (oito) UFESPs nem superior ao de 80 (oitenta) UFESPs inexistindo saída
de mercadoria ou prestação de serviço - multa equivalente ao valor de 8 (oito) UFESPs; a multa
deve ser aplicada, em qualquer caso, por guia de informação entregue;
d) falta de entrega de informação fiscal, comunicação, relação e listagem exigidas pela legislação,
na forma e nos prazos regulamentares - multa equivalente a 1% (um por cento) do valor das
saídas de mercadorias ou das prestações de serviço efetuadas pelo contribuinte no período
relativo ao documento não entregue; a multa não deve ser inferior ao valor correspondente a 8
(oito) UFESPs nem superior ao de 50 (cinqüenta) UFESPs em relação a cada documento;
inexistindo saída de mercadoria ou prestação de serviço - multa equivalente ao valor de 8 (oito)
UFESPs;
VIII - outras infrações:
a) diferença apurada por meio de levantamento fiscal relativa à operação ou prestação não sujeita
ao pagamento do imposto - multa equivalente a 15% (quinze por cento) do valor da operação ou
prestação;
b) uso de sistema de processamento de dados ou de qualquer outro para emissão de documento
fiscal ou escrituração de livro fiscal, bem como alteração de uso, sem prévia autorização do fisco -
multa equivalente ao valor de 25 (vinte e cinco) UFESPs;
c) uso para fins fiscais de máquina registradora ou de terminal ponto de venda - PDV, bem como
alteração de uso, sem prévia autorização do fisco - multa equivalente ao valor de 10 (dez)
UFESPs por equipamento não autorizado;
d) utilização para fins fiscais de máquina registradora ou de terminal ponto de venda - PDV
declarado ou com o respectivo lacre violado - multa equivalente ao valor de 50 (cinqüenta)
UFESPs por equipamento;
e) utilização para fins fiscais de máquina registradora ou de terminal ponto de venda - PDV
desprovido de qualquer outro requisito regulamentar - multa equivalente ao valor de 50 (cinqüenta)
UFESPs por equipamento, aplicável tanto ao usuário como ao credenciado;
f) redução de totalizador de máquina registradora ou de terminal ponto de venda - PDV em casos
não previstos na legislação - multa equivalente ao valor de 50 (cinqüenta) UFESPs por
equipamento, aplicável tanto ao usuário como ao credenciado;
g) intervenção em máquina registradora ou em terminal ponto de venda - PDV por empresa não
credenciada ou, caso esta o seja, por seu preposto não autorizado na forma regulamentar - multa
equivalente ao valor de 50 (cinqüenta) UFESPs, aplicável tanto ao usuário como ao interventor;
h) permanência fora do estabelecimento em local não autorizado, extravio, perda ou inutilização
de lacre ainda não utilizado de máquina registradora ou de terminal ponto de venda - PDV ou não
exibição de tal lacre à autoridade fiscalizada - multa equivalente ao valor de 30 (trinta) UFESPs po
lacre, aplicável ao credenciado;
i) fornecimento de lacre de máquina registradora ou de terminal ponto de venda - PDV, sem
habilitação ou em desacordo com requisito regulamentar, bem como o seu recebimento - multa
equivalente ao valor de 50 (cinqüenta) UFESPs por lacre, aplicável tanto ao fabricante como ao
recebedor;
j) não fornecimento de informação em meio magnético ou fornecimento em padrão diferente do
estabelecido pela legislação - multa equivalente a 1% (um por cento) do valor das operações ou
prestações do respectivo período, não inferior ao valor equivalente a 8 (oito) UFESPs;
l) confecção de livro fiscal ou de impressos sem prévia autorização do fisco, nos casos em que
seja exigida tal providencia - multa equivalente ao valor de 25 (vinte e cinco) UFESPs, aplicável ao
impressor;
m) omissão ao público, no estabelecimento, de indicação dos documentos a que está obrigado a
emitir - multa equivalente ao valor de 10 (dez) UFESPs; na primeira reincidência, ao valor de 20
(vinte) UFESPs; na segunda reincidência, ao valor de 50 (cinqüenta) UFESPs; nas demais, ao de
100 (cem) UFESPs; a multa será aplicada, em qualquer caso, por indicação não efetuada.
§ 1º - A aplicação das penalidades previstas neste artigo deve ser feita sem prejuízo da exigência
do imposto em auto de infração e das providências necessárias à instauração da ação penal
cabível, inclusive por crime de desobediência.
§ 2º - As multas previstas no inciso III, na alínea "a" do inciso IV e nas alíneas "a", "b", "d" e "e" do
inciso V devem ser aplicadas com redução de 50% (cinqüenta por cento), quando as infrações se
referirem à operações ou à prestações amparadas por não-incidência ou isenção.
§ 3º - não deve ser aplicada cumulativamente a penalidade a que se refere:
1 - a alínea "i" do inciso I - nas hipóteses das alíneas "a", "b", "c", "d", "e" e "g" do inciso II, das
alíneas "a", "b", "c" e "e" do inciso III, das alíneas "a", "b", "c", "d" e "e" do inciso IV e das alíneas
"f" e "o" do inciso V;
2 - a alínea "a" do inciso IV - nas hipóteses da alínea "a" do inciso I e das alíneas "a", "b", "c" e "e"
do inciso III;
3 - a alínea "d" do inciso VIII - na hipótese da alínea "e" do mesmo inciso.
§ 4º - Aplicam-se, no que couber, as penalidades previstas no inciso IV, a fita detalhe ou a listagem
analítica, emitidas, respectivamente, por máquina registradora ou por terminal ponto de venda -
PDV, que para tal fim são equiparadas:
1 - às vias do documento fiscal destinadas à exibição ao fisco;
2 - uma vez totalizadas, ao conjunto de dados dos respectivos Cupons Fiscais ou Cupons Fiscais
PDV.
§ 5º - Ressalvados os casos expressamente previstos, a imposição de multa para uma infração
não exclui a aplicação de penalidade fixada para outra, acaso verificada, nem a adoção de demais
medidas fiscais cabíveis.
§ 6º - Não havendo outra importância expressamente determinada, as infrações à legislação do
Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadoria e sobre Prestação de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação devem ser punidas com multas
variáveis entre os valores equivalentes a 6 (seis) e 100 (cem) UFESPs, facultado ao regulamento
estabelecer a respectiva graduação.
§ 7º - A multa não pode ser inferior ao valor equivalente a 6 (seis) UFESPs.
§ 8º - Para cálculo das multas baseadas em UFESPs - Unidades Fiscais do Estado de São Paulo -
deve ser considerado o valor desse titulo no mês anterior àquele em que tenha sido lavrado o auto
de infração.
§ 9º - As multas previstas neste artigo, excetuadas as expressas em UFESPs, devem ser
calculadas sobre os respectivos valores básicos corrigidos monetariamente.
§ 10 - O valor das multas deve ser arredondado, com desprezo das importâncias de valor igual ou
inferior a NCz$ 0,99 (noventa e nove centavos de cruzado novo).
Artigo 86 - O pagamento da multa não exime o infrator da obrigação de reparar os danos
resultantes da infração, nem o libera do cumprimento de exigência prevista na legislação.
Artigo 87 - O débito fiscal relativo ao imposto declarado ou transcrito pelo fisco, nos termos dos
artigos 56 e 58 e a parcela devida por contribuinte enquadrado no regime de estimativa, quando
não recolhido no prazo fixado pela legislação fica sujeito à multa de 30% (trinta por cento) sobre o
valor do imposto corrigido monetariamente.
§ 1º - Essa multa poderá ser reduzida para 5% (cinco por cento), 10% (dez por cento), 15%
(quinze por cento), 20% (vinte por cento) e 25% (vinte e cinco por cento) se o recolhimento for
efetuado com observância do disposto em regulamento.
§ 2º - Condiciona-se o benefício previsto no parágrafo anterior ao recolhimento integral do débito
fiscal, acrescido de juros de mora.
§ 3º - A multa prevista neste artigo, na hipótese de parcelamento do débito fiscal, será reduzida
segundo o estabelecido no regulamento, para os percentuais previstos no § 1º, determinados pela
data em que for protocolado o respectivo pedido.
Artigo 88 - O contribuinte que procurar a repartição fiscal, antes de qualquer procedimento do
fisco, para sanar irregularidade relacionada com o cumprimento de obrigação pertinente ao
imposto fica a salvo das penalidades previstas no artigo 85, desde que a irregularidade seja
sanada no prazo cominado.
§ 1º - Tratando-se de infração que implique falta de pagamento do imposto, aplicam-se as
disposições do artigo anterior.
§ 2º - Para efeito de excluir a espontaneidade da iniciativa do infrator, considera-se iniciado o
procedimento fiscal:
1 - com a notificação, intimação, lavratura de termo de início de fiscalização ou de auto de
infração;
2 - com a lavratura de termo de apreensão de mercadoria, documento ou livro ou de notificação
para sua apresentação.
§ 3º - O início do procedimento alcança todo aquele que esteja envolvido na infração apurada pela
ação fiscal.

TÍTULO VI

Do Processo Fiscal

Artigo 89 - Verificada infração à legislação tributária, deve ser lavrado auto de infração, que não
depende, para sua validade, de testemunha.
§ 1º - No processo iniciado pelo auto, o infrator deve ser, desde logo, notificado a pagar o débito
fiscal ou apresentar defesa, por escrito, no prazo de 30 (trinta) dias.
§ 2º - Findo o prazo referido no parágrafo anterior, o processo, com ou sem defesa, deve ser
submetido à apreciação do órgão julgador de primeira instância administrativa.
§ 3º - As incorreções ou omissões do auto não acarretam a sua nulidade, quando dele constem
elementos suficientes para determinar com segurança a natureza da infração e a pessoa do
infrator.
§ 4º - Da decisão proferida pelo órgão julgador de primeira instância, será o contribuinte
cientificado por meio de notificação ou de publicação no Diário Oficial, contando-se o prazo, para a
interposição de recurso, a partir do ato.
Artigo 90 - Nenhum auto deve ser arquivado sem despacho fundamentado de autoridade
competente.
Artigo 91 - O auto de infração pode deixar de ser lavrado, nos termos de instruções baixadas pela
Secretaria da Fazenda, desde que a infração não implique falta ou atraso de pagamento do
imposto.
Artigo 92 - Salvo disposição em contrário, as multas aplicadas nos termos do artigo 85 podem ser
reduzidas ou relevadas pelos órgãos julgadores administrativos, desde que as infrações tenham
sido praticadas sem dolo, fraude ou simulação e não impliquem falta de pagamento do imposto.
§ 1º - Na hipótese de redução, deve ser observado o limite mínimo previsto no § 7º do artigo 85.
§ 2º - Não poderá ser relevada, na reincidência, a penalidade prevista na alínea "a" do inciso VII
do artigo 85.
§ 3º - Para efeitos deste artigo, serão, também, examinados o porte econômico e os antecedentes
fiscais do contribuinte.
Artigo 93 - Das decisões contrárias à Fazenda Pública do Estado, proferidas pelos órgãos
julgadores de primeira instância administrativa, deve ser interposto recurso de oficio, com efeito
suspensivo, à autoridade competente.
§ 1º - Por decisões contrárias à Fazenda entendem-se aquelas em que o imposto ou as multas
previstas nesta lei, fixados em auto de infração, sejam cancelados, reduzidos ou relevados.
§ 2º - O recurso somente deve ser interposto caso o débito fiscal tenha o seu valor reduzido,
relevado ou cancelado em montante igual ou superior ao valor equivalente a 10 (dez) UFESPs
computados, para esse fim, os valores correspondentes aos juros de mora e à correção
monetária, considerando-se o valor da UFESP fixado para o mês anterior aquele em que tenha
sido proferida a decisão.
Artigo 94 - As normas aplicáveis ao processo fiscal serão estabelecidas em regulamento,
permanecendo em vigor as que não conflitarem com esta lei.

TÍTULO VII

Do Pagamento do Débito Fiscal

Artigo 95 - Pode o autuado pagar a multa com desconto:


I - de 50% (cinqüenta por cento), dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados da notificação da
lavratura do auto de infração;
II - de 35% (trinta e cinco por cento), dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados da intimação da
decisão de primeira instância administrativa;
III - de 20% (vinte por cento), antes de sua inscrição na Dívida Ativa.
§ 1º - Condiciona-se o benefício ao integral pagamento do débito.
§ 2º - O pagamento efetuado nos termos deste artigo implica renúncia à defesa ou aos recursos
previstos na legislação.
§ 3º - Na hipótese de pagamento nos termos do inciso I, o prazo nele previsto não deve ser
computado para efeito de incidência dos juros de mora e da correção monetária.
Artigo 96 - O imposto fica sujeito a juros de mora, não capitalizáveis, que incidem:
I - a partir do dia seguinte ao do vencimento, caso se trate de imposto declarado ou transcrito pelo
fisco nos termos dos artigos 56 e 58, de parcela devida por contribuinte enquadrado no regime de
estimativa e de imposto exigido em auto de infração, nas hipóteses das alíneas "b", "c", "d", "e",
"f", "g" e "h" do inciso I do artigo 85;
II - a partir do dia seguinte ao último do período abrangido pelo levantamento, caso se trate de
imposto exigido em auto de infração na hipótese da alínea "a" do inciso I do artigo 85;
III - a partir do mês em que, desconsiderada a importância creditada, o saldo tornar-se devedor,
caso se trate de imposto exigido em auto de infração, nas hipóteses das alíneas "a", "b", "c", "d" e
"g" do inciso II do artigo 85;
IV - a partir do dia seguinte àquele em que ocorra a falta de pagamento, nas demais hipóteses.
§ 1º - Os juros são de 1% (um por cento) por mês ou fração, considerando-se:
1 - mês, o período iniciado no dia 1º e findo no respectivo último dia útil;
2 - fração, qualquer período de tempo inferior a um mês, ainda que igual a um dia.
§ 2º - O valor dos juros deve ser fixado e exigido na data do pagamento do débito fiscal, incluindo-
se esse dia.
§ 3º - Na hipótese de auto de infração pode o regulamento dispor que a fixação do valor dos juros
se faça em mais de um momento.
Artigo 97 - O débito fiscal, não liquidado nas épocas próprias, fica sujeito à correção monetária do
seu valor.
§ 1º - O débito fiscal corrigido monetariamente deve ser:
1 - relativamente ao imposto, o resultado da multiplicação do débito pelo coeficiente obtido com a
divisão do valor nominal de uma UFESP no mês em que se efetive o pagamento:
a) pelo valor da mesma UFESP no mês em que o débito deveria ter sido pago, caso se trate de
imposto declarado ou transcrito pelo fisco nos termos dos artigos 56 e 58, de parcela devida por
contribuinte enquadrado no regime de estimativa e de imposto exigido em auto de infração, nas
hipóteses das alíneas "b", "c", "d", "e", "f", "g" e "h" do inciso I do artigo 85;
b) pelo valor da mesma UFESP no último mês do período abrangido pelo levantamento, caso se
trate de imposto exigido em auto de infração, na hipótese da alínea "a" do inciso I do artigo 85;
c) pelo valor da mesma UFESP no mês em que, desconsiderada a importância creditada, o saldo
tornar-se devedor, caso se trate de imposto exigido em auto de infração, nas hipóteses das
alíneas "a", "b", "c", "d" e "g" do inciso II do artigo 85;
d) pelo valor da mesma UFESP no mês em que tenha ocorrido a falta de pagamento, nas demais
hipóteses;
2 - relativamente à multa, o resultado da multiplicação do valor da multa pelo coeficiente obtido
com a divisão do valor nominal de uma UFESP no mês em que se efetive o pagamento pelo valor
da mesma no mês da lavratura do auto de infração, sem prejuízo do disposto no § 9 º do artigo 85.
§ 2º - Para efeito do disposto no § 9º do artigo 85, aplica-se o coeficiente obtido com a divisão do
valor nominal de uma UFESP no mês de lavratura do auto de infração pelo valor da mesma
UFESP no mês em que tenha sido praticada a infração ou, na impossibilidade de aplicação desta
regra, pelo valor da mesma UFESP no último mês do período em que tenha sido praticada a
infração.
Artigo 98. - Quaisquer acréscimos incidentes sobre o débito fiscal, inclusive multa de mora e juros
moratórios, devem ser calculados sobre o respectivo montante atualizado monetariamente nos
termos do artigo anterior.
Artigo 99. - Pode o contribuinte, em qualquer fase do processo administrativo ou judicial,
depositar em dinheiro a importância questionada, operando-se a interrupção da incidência da
correção monetária e dos juros de mora, a partir do mês seguinte àquele em que seja efetuado o
deposito.
§ 1º - Entende-se por importância questionada a exigida no respectivo processo, corrigida
monetariamente com base nos coeficientes a que alude o § 1º do artigo 97, vigorantes, no mês em
que ocorra o depósito, e a dos juros de mora.
§ 2º - O depósito deve ser efetuado em instituição financeira oficial, integrada no sistema de
crédito do Estado, em conta especial vinculada, incidindo sobre o seu valor correção monetária e
juros, isolada ou englobadamente, nos termos da legislação federal pertinente.
§ 3º - Cancelada ou reduzida a exigência fiscal, dentro de 90 (noventa) dias contados da decisão
final, deve ser autorizada liberação integral ou parcial do depósito, destinando-se ao contribuinte,
neste caso, parte dos rendimentos do depósito, na proporção da importância liberada e
convertendo-se a remanescente em renda do Estado.
Artigo 100. - Os débitos fiscais podem ser recolhidos parceladamente, nas condições
estabelecidas em regulamento.
§ 1º - Considera-se débito fiscal a soma do imposto, das multas, da correção monetária e dos
juros de mora previstos nesta lei.
§ 2º - O débito fiscal a ser parcelado deve ter o seu valor corrigido monetariamente, com base nos
coeficientes a que alude o § 1º do artigo 97, apurados no mês em que seja deferido o pedido,
determinando-se o valor dos juros de mora até esse mesmo dia, inclusive.
§ 3º - A multa punitiva, quando o parcelamento for requerido pelo autuado nos prazos do artigo 95,
será reduzida, respectivamente, em 25% (vinte e cinco por cento), 17,5% (dezessete inteiros e
cinco décimos por cento) e 10% (dez por cento).
§ 4º - As prestações deverão ser calculadas e pagas com acréscimo financeiro superior ao
praticado no mercado.
§ 5º - Consolidado o débito, as prestações poderão ser expressas em número de UFESPs.
§ 6º - O pedido de parcelamento implica confissão irretratável do débito fiscal, expressa renúncia à
qualquer defesa ou recurso administrativo e desistência dos já interpostos.
Artigo 101 - Se o interessado interromper o pagamento das prestações do parcelamento, será
reincorporada ao saldo devedor a redução da penalidade autorizada nos termos do § 3º do artigo
anterior, devidamente atualizada.
Parágrafo único - O saldo devedor do parcelamento sujeita-se à incidência da correção
monetária e dos juros de mora até a sua efetiva liquidação.
Artigo 102 - O débito fiscal pode ser liquidado mediante utilização de crédito do imposto, nas
condições estabelecidas em regulamento.
§ 1º - Para os efeitos deste artigo, considera-se débito fiscal a soma do imposto, das multas, da
correção monetária e dos juros de mora previstos nesta lei.
§ 2º - O pedido de liquidação implica confissão irretratável do débito fiscal, expressa renúncia à
qualquer defesa ou recurso administrativo e desistência dos já interpostos.
Artigo 103 - Verificado o recolhimento do débito fiscal com inobservância das disposições
estabelecidas nos artigos 87, 96 e 97, será o devedor notificado a recolher a diferença, apurada de
ofício, dentro de 10 (dez) dias, inscrevendo-se o débito na Dívida Ativa em caso de
inadimplemento.
§ 1º - Diferença é o valor de imposto e/ou da multa que restar devido após a imputação de que
trata o parágrafo seguinte, acrescido de correção monetária e, quando for o caso , dos juros de
mora, da multa moratória e dos honorários advocatícios.
§ 2º - A imputação deve ser efetivada mediante distribuição proporcional do valor recolhido dentre
os componentes do débito, assim entendidos, o imposto e/ou a multa, a correção monetária, os
juros de mora, a multa de mora e os honorários advocatícios devidos na data do recolhimento
incompleto.

TÍTULO VIII

Da Consulta

Artigo 104 - Todo aquele que tenha legítimo interesse pode formular consulta sobre interpretação
e aplicação da legislação tributária estadual, nas condições estabelecidas em regulamento.
§ 1º - A apresentação da consulta pelo contribuinte ou responsável, inclusive pelo substituto,
impede, até o término do prazo fixado na resposta, o início de qualquer procedimento fiscal
destinado à apuração de infração relacionada com a matéria consultada.
§ 2º - A consulta, se o imposto for considerado devido, não elide a incidência da correção
monetária e dos demais acréscimos legais, dispensada a exigência dos juros de mora e da multa
de mora, se formulada no prazo previsto para o recolhimento normal do imposto e se o
interessado adotar o entendimento contido na resposta, no prazo que lhe for assinalado.
Artigo 105 - Não produzirá qualquer efeito a consulta formulada:
I - sobre fato praticado por estabelecimento, em relação ao qual tiver sido:
a) lavrado auto de infração;
b) lavrado termo de apreensão de mercadorias, de livros ou de documentos;
c) lavrado termo de início de verificação fiscal;
d) expedida notificação, inclusive nos termos do artigo 103;
II - sobre matéria objeto de ato normativo;
III - sobre matéria que tiver sido objeto de decisão proferida em processo administrativo já findo,
de interesse do consulente;
IV - sobre matéria objeto de consulta anteriormente feita pelo consulente e respondida pelo órgão
competente;
V - em desacordo com as normas da legislação pertinente à consulta.
Parágrafo único - O termo a que se refere a alínea "c" do inciso I deixará de ser impediente de
consulta depois de decorridos 90 (noventa) dias contados da data da sua lavratura ou de sua
prorrogação determinada pela autoridade competente, conforme dispuser o regulamento.
Artigo 106 - A resposta aproveita exclusivamente ao consulente, nos exatos termos da matéria de
fato descrita na consulta.
Parágrafo único - A observância, pelo consulente, da resposta dada à consulta, exime-o de
qualquer penalidade e exonera-o do pagamento do imposto considerado não devido, enquanto
prevalecer o entendimento nela consubstanciado.
Artigo 107 - A resposta dada à consulta pode ser modificada ou revogada a qualquer tempo.
Parágrafo único - A revogação ou modificação produzirá efeitos a partir da ciência do consulente
ou a partir da vigência de ato normativo.

TÍTULO IX

Das Disposições Finais

Artigo 108 - Salvo disposição expressa em contrário, os prazos fixados nesta lei contam-se em
dias corridos, excluindo-se o dia do início e incluindo-se o do vencimento.
Parágrafo único - A contagem dos prazos só se inicia e o seu vencimento somente ocorre em dia
de expediente normal da repartição, assim entendido o que é exercido no horário habitual.
Artigo 109 - Em substituição à sistemática de atualização monetária prevista nos artigos
anteriores, o Poder Executivo poderá dispor que o débito fiscal seja convertido em quantidade
determinada de Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs - no momento da sua
apuração, constatação ou fixação, fazendo-se a reconversão em moeda corrente pelo valor desse
mesmo referencial na data do efetivo pagamento.
Parágrafo único - Poderá ser estabelecido prazo intermediário em que o recolhimento se faça
pelo valor nominal do débito.
Artigo 110 - Será desconsiderada pelo fisco eventual diferença ocorrida na apuração ou no
recolhimento do imposto, multa, correção monetária e demais acréscimos legais, desde que de
valor inferior a NCz$ 0,99 (noventa e nove centavos de cruzado novo).
Parágrafo único - O valor previsto neste artigo poderá ser atualizado pelo Poder Executivo.
Artigo 111 - Fica o Poder Executivo autorizado a celebrar convênios com a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, com o objetivo de assegurar a melhoria da arrecadação e da
fiscalização tributária e o permanente combate à sonegação.
Artigo 112 - Sempre que outro Estado ou o Distrito Federal conceder benefícios fiscais ou
financeiros, dos quais resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo ônus
tributário, com inobservância de disposições da legislação federal que regula a celebração de
acordos exigidos para tal fim e sem que haja aplicação das sanções nela prevista, o Poder
Executivo poderá adotar as medidas necessárias à proteção da economia do Estado.
Artigo 113 - Fica criada a Unidade Fiscal do Estado de São Paulo - UFESP no valor de NCz$ 6,17
(seis cruzados novos e dezessete centavos), em 1º de janeiro de 1989, atualizável
monetariamente pelo Índice de Preço ao Consumidor - IPC.
§ 1º - Ocorrendo a extinção do IPC, o Poder Executivo fixará outro índice oficial que o substitua,
para atualização monetária da UFESP.
§ 2º - A partir de 1º de fevereiro de 1989, as referências da legislação tributária do Estado de São
Paulo à Obrigação do Tesouro Nacional - OTN passam a ser entendidas como à Unidade Fiscal
do Estado de São Paulo - UFESP.
§ 3º - A atualização monetária dos valores relativos a créditos tributários anteriores à vigência
desta lei continuará a ser feita segundo os Índices das Obrigações do Tesouro Nacional - OTN até
31 de janeiro de 1989, e após essa data, segundo a variação das UFESPs.
§ 4º - A Secretaria da Fazenda do Estado poderá promover a atualização diária da UFESP, que
não poderá superar o índice de variação mensal.
Artigo 114 - Permanecem em vigor as disposições da legislação relativa ao Imposto de Circulação
de Mercadorias, que não conflitem e nem sejam incompatíveis com as desta lei, nos termos do §
5º do artigo 34 das Disposições Transitórias da Constituição Federal, sem prejuízo da aplicação do
disposto no § 3º do artigo 41 dessas Disposições Transitórias.
Parágrafo único - A legislação tributária estadual relativa à microempresa, inclusive a Lei n.
6.267, de 15 de dezembro de 1988, continua a vigorar em relação ao imposto instituído por esta
lei.
Artigo 115 - Esta lei e suas Disposições Transitórias entrarão em vigor na data de sua publicação,
produzindo efeitos 30 (trinta) dias após, exceto as disposições do artigo 113 e, de suas
Disposições Transitórias, dos artigos 4º, 5º e 6º, que terão eficácia imediata.

TÍTULO X

Das Disposições Transitórias

Artigo 1º - Enquanto não fixadas pelo Senado Federal, as alíquotas de que trata o inciso II do
artigo 34 são:
I - nas operações ou prestações de exportação: 13% (treze por cento);
II - nas operações ou prestações interestaduais: 17% (dezessete por cento).
§ 1º - Nas operações ou prestações interestaduais que destinem mercadorias ou serviços a
contribuintes, as alíquotas são:
1 - quando o destinatário esteja localizado nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná,
Santa Catarina ou Rio Grande do Sul - 12% (doze por cento);
2 - quando o destinatário esteja localizado num dos demais Estados ou no Distrito Federal - 9%
(nove por cento).
§ 2º - Nas saídas de produtos semi-elaborados para o exterior serão observadas as reduções de
base de cálculo, as concessões de créditos presumidos e as isenções aprovadas pelos Estados e
pelo Distrito Federal, nos termos da alínea "g" do inciso XII do § 2.º do artigo 155 da Constituição
Federal e do § 8.º do artigo 34 de suas Disposições Transitórias.
Artigo 2º - As alíquotas previstas no artigo anterior serão automaticamente substituídas pelas que
forem fixadas por ato do Senado Federal, a partir de sua vigência.
Artigo 3º - Observadas as disposições desta lei, é assegurado ao contribuinte, em relação a cada
estabelecimento, o direito de:
I - creditar-se do Imposto de Circulação de Mercadorias incidente sobre operações realizadas
anteriormente à eficácia desta lei, relativamente a mercadorias entradas no estabelecimento
adquirente a partir da data em que esta lei produziu efeitos;
II - utilizar o saldo credor do Imposto de Circulação de Mercadorias existente no dia anterior à data
que esta lei produzir efeitos, para compensação com o imposto instituído.
Artigo 4º - Ficam cancelados os débitos fiscais, relativos ao Imposto de Circulação de
Mercadorias e respectivas multas de qualquer natureza, de valor originário igual ou inferior a NCz$
0,50 (cinqüenta centavos de cruzado novo), bem como os respectivos acréscimos e juros, que se
enquadrem em uma das seguintes hipóteses, seja qual foi a fase da cobrança:
I - débitos declarados em Guias de informação e Apuração do ICM, inclusive os transcritos por
iniciativa fiscal, desde que correspondentes a operações realizadas até 31 de dezembro de 1987;
II - débitos decorrentes de parcela mensal devida por contribuintes submetidos ao regime de
estimativa, desde que vencidos até 31 de dezembro de 1987;
III - débitos exigidos em Autos de Infração e Imposição de Multa lavrados até 31 de dezembro de
1987;
IV - débitos compreendidos nos incisos anteriores, objeto de acordo pata pagamento parcelado.
§ 1º - O disposto neste artigo não se aplica em pendência de decisão administrativa ou judicial que
puder eventualmente restabelecer a exigência de valor superior ao indicado no "caput".
§ 2º - Será considerado valor originário do débito fiscal:
1 - o valor do imposto indicado em cada Guia de Informação e Apuração do ICM, referente a
contribuinte sujeito ao regime de apuração mensal;
2 - o valor do imposto devido mensalmente por contribuinte submetido ao regime de estimativa;
3 - o valor da diferença do imposto indicado em cada Guia de Informação e Apuração do ICM,
referente a contribuinte submetido ao regime de estimativa;
4 - a soma dos valores do imposto e da multa exigidos em cada Auto de Infração e Imposição de
Multa;
5 - os saldos remanescentes do imposto e da multa de qualquer natureza, nas hipóteses do inciso
IV do artigo anterior.
§ 3º - As disposições deste artigo não autorizam a restituição de importância já recolhida.
Artigo 5º - Os débitos do Imposto de Circulação de Mercadorias não abrangidos pelo artigo
anterior, relativos a operações ocorridas até 31 de dezembro de 1987, corrigidos monetariamente,
poderão ser pagos:
I - integralmente até o dia 31 de março de 1989, com dispensa de multas, juros e acréscimos;
II - em até 3 (três) parcelas mensais e sucessivas, com abatimento de 75% (setenta e cinco por
cento) de multa, juros e acréscimos;
III - em até 6 (seis) parcelas mensais e sucessivas, com abatimento de 50% (cinqüenta por cento)
de multas, juros e acréscimos;
IV - em até 9 (nove) parcelas mensais e sucessivas, com abatimento de 25% (vinte e cinco por
cento) de multas, juros e acréscimos.
§ 1º - Somente gozarão do benefício previsto neste artigo os contribuintes que comprovarem o
recolhimento ou o parcelamento da totalidade do tributo declarado ou apurado pelo fisco,
correspondente ao exercício de 1988.
§ 2º - Os parcelamentos de que tratam os incisos II a IV serão requeridos pelos contribuintes a
Secretaria da Fazenda, (vetado), devendo a primeira parcela ser recolhida até 31 de março de
1989.
§ 3º - A apresentação do requerimento implica confissão irretratável do débito fiscal e expressa
renúncia a qualquer defesa ou recurso administrativo, bem como desistência dos já interpostos.
§ 4º - O não pagamento, na data aprazada, de qualquer das parcelas ou do imposto devido pelas
operações ocorridas no exercício de 1989, acarretará a resolução do acordo.
§ 5º - Aos acordos de parcelamentos anteriormente firmados aplica-se o disposto neste artigo, no
que couber, em relação ao saldo devedor na data da publicação desta lei.
Artigo 6.º - Os débitos fiscais vencidos ou apurados até 31 de dezembro de 1987 poderão ser
liquidados mediante dação em pagamento, à Fazenda do Estado, de bens imóveis livres de
qualquer ônus e localizados no território do Estado, com a dispensa de multas, juros e demais
acréscimos legais, desde que o devedor o requeira ate 15 de março de 1989.
§ 1º - Considera-se débito fiscal, para efeito deste artigo:
1 - a soma de imposto e da correção monetária incidente até a data da protocolização do pedido;
2 - o saldo remanescente de acordo para pagamento parcelado.
§ 2º - A apresentação do requerimento implica confissão irretratável do débito fiscal e expressa
renúncia a qualquer defesa ou recurso administrativo ou judicial, bem como desistência dos já
interpostos.
§ 3º - A avaliação do imóvel será realizada, isolada ou conjuntamente, pelo Banco do Estado de
São Paulo S.A. e pelo Banco de Desenvolvimento do Estado de São Paulo S.A.
§ 4º - O pedido somente será deferido se:
1 - o imóvel oferecer condições de utilização por órgão estadual da Administração Pública direta e
desde que demonstrada sua necessidade, a juízo da respectiva Secretaria de Estado;
2 - se configurar a possibilidade de o requerente vir a efetuar com regularidade o pagamento dos
débitos fiscais supervenientes.
§ 5º - A dação em pagamento condiciona-se ao recolhimento, em dinheiro e de uma só vez, das
importâncias correspondentes a:
1 - honorários advocatícios, custas e demais despesas judiciais, se for o caso, em se tratando de
débito inscrito na Dívida Ativa;
2 - correção monetária incidente durante o período entre a data da protocolização do pedido e a
do seu deferimento.
§ 6º - Compete ao Secretário da Fazenda decidir os pedidos formulados com base neste artigo.
§ 7º - Deferido o pedido, providenciar-se-á a sustação da cobrança administrativa e judicial, até a
lavratura da escritura, que deverá ocorrer em prazo não superior a 60 (sessenta) dias.
§ 8º - Correrão à conta do devedor todas as despesas relativas à dação em pagamento.
Artigo 7º - Vetado.
Palácio dos Bandeirantes, 1º de março de 1989
ORESTES QUÉRCIA
José Machado de Campos Filho
Secretário da Fazenda
Frederico Mathias Mazzucchelli
Secretário de Economia e Planejamento
Roberto Valle Rollemberg
Secretário do Governo
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, em 1º de março de 1989.

LEI N. 6.374, DE 1 DE MARÇO DE 1989

Dipõe sobre a instituição do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e


sobre Prestações de Serviços
de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS
Retificações do D.O. de 2-3-89
Artigo 4º - ...
VIII - na 2ª linha
onde se lê ... ao Distrito Federal de enrgia elétrica e ...
leia-se: ... ao Distrito Federal de energia elétrica e ...
SEÇÃO II:
onde se lê: ... Das Insenções e Demais Benefícios
leia-se: ... Das Isenções e Demais Benefícios
CAPÍTULO III
Do Responsável
Artigo 9º - ...
onde se lê: ... arrematado ouadquirido em ...
leia-se: ... arrematado ou adquirido em ...
Artigo 15 - ...
Parágrafo único - ...
2 - na 4.ª linha
onde se lê: ... e acréscimos de qualqur ...
leia-se: ... e acréscimos de qualquer ...
Artigo 40 - na 2ª linha
onde se lê: ... a mercadoria emtrada ou ...
leia-se: ... a mercadoria entrada ou ...
V- na 5ª linha
onde se lê: ... proporcionalmente a parcela ...
leia-se: .. .proporcionalmente á parcela ...
Artigo 49 - ...
VI-...
§ 1º - na 1ª linha
onde se lê: ... devem ser declarados ...
leia-se: .. .devem ser declarados ...
CAPÍTULO II
Das Obrigações Acessorias
Artigo 67 - ...
§ 5º. -na 4ª linha
onde se lê: ... devendo ser conservados durante ...
leia-se: .. .devendo ser conservados durante ...
CAPÍTULO III
Do Regime Especial
TÍTULO IV
Da Administração Tributária
Artigo 74 - ...
§ 3º - na 1ª linha
onde se lê: ... por meio d levantamento fiscal ...
leia-se: .. .por meio de levantamento fiscal ...
TÍTULO V
Das Penalidades
Artigo 85 - ...
I-....
C - na 6ª linha
Onde se lê: .. .escriturado regulamente...
leia-se: .. .escriturado regularmente...
11-...
e)na 3ª linha
onde se lê: .. .ao do recebimento do serviço...
leia-se: .. .ao recolhimento do serviço...
IV-...
g - leia-se como se segue e não como foi publicado:
g) destaque de valor do imposto em documento referente a operação ou prestação não sujeita ao
pagamento do tributo multa equivalente a 30% (trinta por cento) do valor da operação ou
prestação indicado no documento fiscal; quando o valor do imposto destacado irregularmente
tenha sido lançado para pagamento no livro fiscal próprio - multa equivalente a 1 % (um por cento)
do valor da operação ou prestação constante do documento;
VIII - ...
m-...
§ 2º - na 3ª linha
onde se lê: .. .aplicadas com redução...
leia-se: ... aplicadas por redução ...
§ 8º - na 2ª linha
onde se lê: ...UFESP - Obrigações do Tesouro Nacional deve.
leia-se: ...UFESPs - Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - deve ...
Artigo 97 - na 2ª linha onde se lê: ... monetária no seu... leia-se: ... monetária do seu...
TÍTULO X
Das Disposições Transitórias
Artigo 4º - ...
IV-...
§ 2.ª - ...
onde se lê: 2 - valor do imposto devido...
leia-se: 2 - o valor do imposto devido...
Artigo 6 º - ...
§ 5º - ...
I - na 2ª linha
onde se lê: ... debito inscrito da Divida Ativa
leia-se: ... debito inscrito na Divida Ativa
LEI N. 6.374, DE 1.º DE MARÇO DE 1989

Dispõe sobre a instituição do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e


sobre Prestações de Serviços
de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS
Retificações do D.O, de 2-3-89
Artigo 85 - ...
II - ...
e) na 3ª linha
onde se lê:... ao do recolhimento do serviço...
leia-se:... ao do recebimento do serviço...
VIII - ...
m - ...
§ 2º - na 3ª linha
onde se lê:... aplicadas por redução de...
leia-se:... aplicadas com redução de...

LEI N. 6.374, DE 1.º DE MARÇO DE 1989

Dispõe sobre a instituição do Imposto sobre Operações Relativas a Circulação de Mercadorias e


sobre Prestações de Serviços
de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS

Retificação do D.O. de 2-3-89


CAPITULO II
Dos Benefícios Fiscais
SEÇÃO I
Da Não Incidência
Artigo 4º - ...
XI na
2ª linha onde se lê: ... indicada no inciso IV do artigo
..., leia-se: ... indicada no inciso VI do artigo ...
A

Ficha informativa
Texto com alterações
LEI Nº 12.799, DE 11 DE JANEIRO DE 2008
(Atualizada até a Lei nº 13.027, de 28 de maio de 2008 )

Dispõe sobre o Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados de órgãos e entidades estaduais -
CADIN ESTADUAL

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:


Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:
Artigo 1º - Fica criado o Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados de órgãos e entidades
estaduais - CADIN ESTADUAL, nos termos desta lei.
Parágrafo único - O CADIN ESTADUAL visa criar um cadastro único, possibilitando à
Administração acompanhar o beneficiário de crédito do setor público que se encontra na situação
simultânea de favorecido e inadimplente.
Artigo 2º - O CADIN ESTADUAL conterá relação das pessoas físicas e jurídicas que:
I - sejam responsáveis por obrigações pecuniárias vencidas e não pagas, em relação a órgãos e
entidades da Administração direta e indireta, incluídas as empresas controladas pelo Estado;
II - não tenham prestado contas exigíveis em razão de disposição legal, cláusula de convênio,
acordo ou contrato, ou que as tenham tido como rejeitadas.
Artigo 3º - A inclusão no CADIN ESTADUAL far-se-á 75 (setenta e cinco) dias após comunicação
expressa ao devedor da existência do débito passível de registro, pelas seguintes autoridades:
I - Secretário de Estado, no caso de inadimplência diretamente relacionada à Pasta;
II - Dirigente máximo, no caso de inadimplência relacionada à respectiva autarquia ou fundação;
III - Diretor Presidente, no caso de inadimplência relacionada à respectiva empresa.
§ 1º - A atribuição prevista no "caput" deste artigo poderá ser delegada a servidor ou empregado
que mantenha vínculo com a Secretaria, autarquia, fundação ou empresa, mediante ato publicado
no Diário Oficial do Estado.
§ 2º - A comunicação ao devedor será feita por via postal ou telegráfica, no endereço indicado no
instrumento que deu origem ao débito, considerando-se entregue 15 (quinze) dias após a data da
expedição.
§ 3º - Comprovada a regularização da pendência que deu causa à inclusão, o órgão ou entidade
responsável pelo registro procederá, no prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis, à respectiva baixa.
§ 4º - A inclusão no CADIN ESTADUAL, sem a expedição da comunicação de que trata o § 2º, ou
a falta de baixa do registro, nas condições e no prazo previstos no § 3º, sujeitará o responsável às
penalidades previstas na legislação vigente.
§ 5º - Vetado.
Artigo 4º - O CADIN ESTADUAL conterá as seguintes informações:
I - nome e número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ ou no Cadastro
de Pessoas Físicas - CPF do responsável pelas obrigações de que trata o artigo 2º desta lei;
II - data da inclusão;
III - nome e número de inscrição no CNPJ, endereço e telefone do credor ou do órgão responsável
pela inclusão.
Artigo 5º - Os órgãos e entidades da Administração direta e indireta manterão registros
detalhados das pendências incluídas no CADIN ESTADUAL, devendo facultar irrestrito exame
pelos devedores aos próprios dados, nos termos do regulamento.
Artigo 6º - É obrigatória consulta prévia ao CADIN ESTADUAL, pelos órgãos e entidades da
Administração direta e indireta, para:
I - celebração de convênios, acordos, ajustes ou contratos que envolvam o desembolso, a
qualquer título, de recursos financeiros;
II - repasses de valores de convênios ou pagamentos referentes a contratos;
III - concessão de auxílios e subvenções;
IV - concessão de incentivos fiscais e financeiros.
§ 1º - A existência de registro no CADIN ESTADUAL constituirá impedimento à realização dos atos
a que se referem os incisos I a IV deste artigo.
§ 2º - O disposto neste artigo não se aplica à concessão de auxílios a Municípios atingidos por
calamidade pública reconhecida pelo Governo do Estado e às transferências voluntárias de que
trata o § 3º do artigo 25 da Lei Complementar federal nº 101, de 4 de maio de 2000.
Artigo 7º - A inexistência de registro no CADIN ESTADUAL não configura reconhecimento de
regularidade de situação, nem dispensa a apresentação dos documentos exigidos em lei, decreto
e demais atos normativos.
Artigo 8º - O registro do devedor no CADIN ESTADUAL ficará suspenso na hipótese de
suspensão da exigibilidade da pendência objeto do registro, nos termos da lei.
§ 1º - A suspensão do registro não acarreta a exclusão do CADIN ESTADUAL.
§ 2º - Enquanto perdurar a suspensão, não se aplica o impedimento previsto no § 1º do artigo 6º
desta lei.
Artigo 9º - A inclusão ou exclusão de pendências no CADIN ESTADUAL, sem a observância das
formalidades ou das hipóteses previstas nesta lei, sujeitará o responsável às penalidades
estabelecidas na legislação pertinente.
Parágrafo único - Será excluído do CADIN ESTADUAL o devedor que parcelar e cumprir as
obrigações assumidas em acordo firmado com o Governo do Estado de São Paulo.
Artigo 10 - A Secretaria da Fazenda será o órgão gestor do CADIN ESTADUAL, podendo expedir
normas complementares para a fiel execução desta lei.
Parágrafo único - O Departamento de Controle e Avaliação - DCA, da Secretaria da Fazenda,
fiscalizará os procedimentos de inclusão e exclusão dos registros no CADIN ESTADUAL.
Artigo 11 - Ficam cancelados os débitos cujo valor originário, sem qualquer atualização ou
acréscimo, desde que vencidos até 30 de julho de 2007, não inscritos na Dívida Ativa, seja igual
ou inferior a 50 (cinqüenta) Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs, relativos a:
I - imposto sobre transmissão "causa mortis", anterior à Lei nº 10.705, de 28 de dezembro de
2000;
II - taxa sobre doação, anterior à Lei nº 10.705, de 28 de dezembro de 2000;
III - taxa de qualquer espécie e origem;
IV - multa administrativa de natureza não tributária de qualquer origem;
V - multas pessoais ou contratuais, de qualquer espécie ou origem;
VI - reposição de vencimentos de servidores de qualquer categoria funcional;
VII - ressarcimento ou restituição de qualquer espécie ou origem;
VIII - custas judiciais e despesas processuais;
IX - multas impostas em processos criminais.
Parágrafo único - As providências destinadas ao cancelamento dos débitos identificados no
"caput" serão adotadas pelas secretarias e órgãos de origem dos débitos.
Artigo 12 - As despesas decorrentes da execução desta lei correrão à conta das dotações
orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.
Artigo 13 - O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 60 (sessenta dias), contados da
data de sua publicação.
Artigo 14 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Disposição Transitória (NR)

Artigo único - Tratando-se de débitos relativos às Prefeituras Municipais, o disposto nesta lei
somente incidirá 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias após a sua entrada em vigor. (NR)
- Disposição transitória acrescentada pela Lei nº 13.027, de 28/05/2008.
Palácio dos Bandeirantes, aos 11 de janeiro de 2008.
José Serra
Mauro Ricardo Machado Costa
Secretário da Fazenda
Aloysio Nunes Ferreira Filho
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 11 de janeiro de 2008.
A

Ficha informativa
Texto com alterações
LEI Nº 13.457, DE 18 DE MARÇO DE 2009
(Atualizada até a Lei nº 16.498, de 18 de julho de 2017)

Dispõe sobre o processo administrativo tributário, decorrente de lançamento de ofício e dá outras


providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:


Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

TÍTULO I
Normas Gerais do Processo

CAPÍTULO I
Princípios e Disposições Gerais

Artigo 1º - Esta lei regula o processo administrativo tributário, decorrente de lançamento de ofício,
para solução de litígios relativos aos tributos estaduais e respectivas penalidades.

SEÇÃO I
Dos Princípios

Artigo 2º - O processo administrativo tributário obedecerá, entre outros requisitos de validade, os


princípios da publicidade, da economia, da motivação e da celeridade, assegurados o contraditório
e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
§ 1º - Aqueles que de qualquer forma participam do processo devem comportar-se de acordo com
a boa-fé, zelando pelo andar do processo e cooperando entre si para que se obtenha, em tempo
razoável, decisão de mérito justa e efetiva. (NR)
§ 2º - Será proferida decisão administrativa no prazo máximo de 360 (trezentos e sessenta) dias a
contar do protocolo de petições, impugnações, defesas ou recursos administrativos. (NR)
- Vide artigo 1º das Disposições Transitórias da Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
§ 3º - Os pedidos de diligência suspendem o prazo mencionado no parágrafo anterior. (NR)
- §§ 1º, 2º e 3º acrescentados pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.

SEÇÃO II
Dos Atos Processuais

SUBSEÇÃO I
Da Forma

Artigo 3º - Os atos processuais não dependem de forma determinada, a não ser quando a
legislação tributária expressamente a exigir, considerando-se válidos os atos que, realizados de
outro modo, alcancem sua finalidade.

Ã
SUBSEÇÃO II
Do Lugar

Artigo 4º - Os atos processuais serão praticados, em regra, na sede da repartição pública


competente, durante o expediente normal.
§ 1º - No interesse da instrução do processo e da celeridade processual, poderá ser facultada a
prática de atos processuais em local e horário que não o referido no “caput” deste artigo, por ato
normativo expedido pela Administração ou por previsão de órgão de julgamento.
§ 2º - Os atos processuais poderão ser praticados por meio eletrônico, nos termos do artigo 74
desta lei e conforme dispuser a legislação.

SUBSEÇÃO III
Dos Prazos

Artigo 5º - Os atos processuais serão realizados nos prazos estabelecidos nesta lei ou na
legislação tributária.
Parágrafo único - O prazo para a prática de ato processual a cargo da parte será de 5 (cinco)
dias quando este não for fixado na lei, no regulamento ou pela autoridade julgadora.
Artigo 6º - Os prazos serão contínuos, excluindo-se, na sua contagem, o dia de início e incluindo-
se o de vencimento.
§ 1º - Os prazos fluem a partir do primeiro dia útil após a intimação, salvo disposição em contrário.
§ 2º - Sempre que o vencimento ocorrer em dia em que não houver expediente normal na
repartição em que corra o processo ou deva ser praticado o ato, os prazos serão prorrogados até
o primeiro dia útil subsequente.
§ 3º - A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido para a prática do ato processual, desde que
o faça de maneira expressa. (NR)
- § 3º acrescentado pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
Artigo 7º - Decorrido o prazo, extingue-se automaticamente o direito de praticar o ato, salvo se o
interessado provar que não o realizou por justa causa.
Parágrafo único - Reputa-se justa causa o evento imprevisto, alheio à vontade da parte, e que a
impediu de praticar o ato por si ou por mandatário.

SUBSEÇÃO IV
Das Intimações

Artigo 8º - As intimações dos atos processuais serão efetuadas de ofício e deverão conter o nome
e a qualificação do intimado, a identificação do auto de infração e do processo, a indicação de sua
finalidade, bem como do prazo e do local para o seu atendimento.
Artigo 9º - As intimações de que trata o artigo 8º desta lei serão realizadas por meio de publicação
no Diário Oficial do Estado, contendo o nome do autuado e do procurador devidamente constituído
nos autos.
§ 1º - As intimações poderão ser feitas por meio eletrônico, na forma do estabelecido no Título III
desta lei e conforme dispuser a legislação.
§ 2º - Valendo-se de critérios de oportunidade e conveniência, a Administração Pública poderá
implementar as intimações de modo pessoal, que será feita mediante ciência do interessado ou de
seu representante habilitado, ou por intermédio de carta registrada, com aviso de recebimento,
expedida para o endereço indicado pelo interessado.
§ 3º - Em se tratando de pessoa física ou firma individual sem advogado constituído nos autos, as
intimações permanecerão sendo realizadas mediante ciência do interessado ou por carta
registrada com aviso de recebimento, enquanto não ocorrer sua adesão ao processo eletrônico,
nos termos do Título III desta lei.
§ 4º - Considerar-se-á feita a intimação:
1 - se por edital, no quinto dia útil posterior ao da data de sua publicação;
2 - se por meio eletrônico, na forma do Título III desta lei;
3 - se pessoal, na data da respectiva ciência;
4 - se por carta registrada, na data constante do aviso de recebimento.

Ã
SUBSEÇÃO V
Das Nulidades

Artigo 10 - A nulidade de qualquer ato só prejudica os posteriores que dele dependam


diretamente.
Parágrafo único - Quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a
decretação desta não pode ser requerida por quem lhe deu causa.
Artigo 10-A - Ao pronunciar a nulidade, o órgão de julgamento declarará que atos são atingidos e
ordenará as providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados. (NR)
§ 1º - O ato não será repetido nem sua falta será suprida quando não prejudicar a parte. (NR)
§ 2º - Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade,
o órgão de julgamento não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta, desde
que tenha havido manifestação do interessado e da Representação Fiscal sobre o mérito. (NR)
- Artigo 10-A acrescentado pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
Artigo 10-B - O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não
possam ser aproveitados, devendo ser praticados os que forem necessários a fim de se
observarem as prescrições legais. (NR)
Parágrafo único - Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados desde que não resulte em
prejuízo à defesa de qualquer parte. (NR)
- Artigo 10-B acrescentado pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
Artigo 11 - As incorreções ou omissões do auto de infração não acarretarão sua nulidade, quando
nele constarem elementos suficientes para se determinar com segurança a natureza da infração e
a pessoa do infrator.
Artigo 12 - Os erros existentes no auto de infração poderão ser corrigidos pelo autuante, com
anuência de seu superior imediato, ou por este, enquanto não apresentada defesa, cientificando-
se o autuado e devolvendo-se-lhe o prazo para apresentação da defesa ou pagamento do débito
fiscal com o desconto previsto em lei.
Parágrafo único - Apresentada a defesa, as correções possíveis somente poderão ser efetuadas
pelo órgão de julgamento ou por determinação deste.
Artigo 13 - Estando o processo em fase de julgamento, os erros de fato e os de capitulação da
infração ou da penalidade serão corrigidos pelo órgão de julgamento, de ofício ou em razão de
defesa ou recurso, não sendo causa de decretação de nulidade.
§ 1º - Quando da correção resultar penalidade de valor equivalente ou menos gravoso, será
ressalvada ao interessado, expressamente, a possibilidade de efetuar o pagamento do débito
fiscal no prazo de 30 (trinta) dias, contados da intimação, com desconto igual ao que poderia ter
usufruído no decurso do prazo previsto para a apresentação da defesa.
§ 2º - A redução do débito fiscal exigido por meio de auto de infração, efetuada em decorrência de
prova produzida nos autos, não caracteriza erro de fato.
Artigo 14 - O órgão de julgamento mandará suprir as irregularidades existentes no auto de
infração, quando não puder efetuar a correção de ofício.
§ 1º - As irregularidades que tiverem causado prejuízo à defesa, devidamente identificado e
justificado, só acarretarão a nulidade dos atos que não puderem ser supridos ou retificados.
§ 2º - Saneadas as irregularidades pela autoridade competente e tendo havido prejuízo à defesa,
será devolvido ao autuado o prazo de 30 (trinta) dias para pagamento do débito fiscal com o
desconto previsto à época da lavratura do auto de infração, ou para apresentação da defesa,
relativamente aos itens retificados.
Artigo 15 - A decisão de qualquer instância administrativa que contiver erro de fato será passível
de retificação, devendo o processo ser submetido à apreciação do respectivo órgão de
julgamento.
§ 1º - O pedido de retificação deverá ser interposto no prazo de 30 (trinta) dias contados da
intimação da decisão retificanda, com a demonstração precisa do erro de fato apontado, não
implicando suspensão ou interrupção de prazo para a interposição dos demais recursos previstos
nesta lei.
§ 2º - Compete ao Delegado Tributário de Julgamento e ao Presidente do Tribunal de Impostos e
Taxas o exame de admissibilidade do pedido de retificação interposto, respectivamente, em face
das decisões proferidas no âmbito das Delegacias Tributárias de Julgamento e das decisões
proferidas no âmbito do Tribunal, determinando, se for o caso, o seu processamento.
§ 3º - O pedido de retificação será distribuído para julgamento na forma estabelecida pelo
regulamento ou regimento interno do tribunal.

SEÇÃO III
Das Partes e dos seus Procuradores

Artigo 16 - Todo aquele que, de qualquer modo e em qualquer qualidade, atuar no processo, deve
proceder com lealdade e boa-fé, sendo-lhe vedado empregar, oralmente ou por escrito,
expressões injuriosas.
Parágrafo único - Incumbe à autoridade judicante cassar a palavra daquele que, embora
advertido, insistir no uso de expressões injuriosas, ou mandar riscálas, quando escritas, de ofício
ou a requerimento do ofendido.
Artigo 17 - Será concedida vista dos autos ao interessado ou representante habilitado, no recinto
da repartição onde se encontrar o processo.
§ 1º - A vista, que independe de pedido escrito, será aberta por termo lavrado nos autos, subscrito
pelo servidor competente e pelo interessado ou representante habilitado.
§ 2º - Sempre que solicitada, será fornecida, mediante pagamento de taxa, cópia do processo ao
autuado ou a seu representante habilitado.
§ 3º - Durante a fluência do prazo para apresentação de defesa ou interposição de recurso, ou
quando o órgão de julgamento outorgar prazo para manifestação da parte, os autos do processo
poderão ser retirados pelo advogado constituído pelo interessado para vista fora da repartição,
observadas as normas estabelecidas pela Secretaria da Fazenda.
§ 4º - Não será concedida vista dos autos se os mesmos estiverem com autoridade judicante
designada para proferir a decisão, ou vista dos autos fora da repartição quando estiver
aguardando a inclusão em pauta para julgamento.

SEÇÃO IV
Das Provas

Artigo 18 - Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos obtidos de forma lícita, são
hábeis para provar a verdade dos fatos controvertidos.
Artigo 19 - As provas deverão ser apresentadas juntamente com o auto de infração e com a
defesa, salvo por motivo de força maior ou ocorrência de fato superveniente. (NR)
§1º - É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, apenas quando
destinados a fazer prova de fatos supervenientes ou para contrapô-los aos que foram produzidos
nos autos. (NR)
§2º - Nas situações excepcionadas no “caput” e no §1º deste artigo, que devem ser cabalmente
demonstradas, será ouvida a parte contrária. (NR)
- Artigo 19 com redação dada pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
Artigo 20 - Não dependem de prova os fatos:
I - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
II - admitidos, no processo, como incontroversos.
III - notórios; e (NR)
IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade. (NR)
- Incisos III e IV acrescentados pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
Artigo 21 - A transcrição de documento eletrônico apresentada à guisa de instrução do auto de
infração terá o mesmo valor probante do documento eletrônico transcrito, desde que,
cumulativamente:
I - seu conteúdo reflita com exatidão os dados que constituem o respectivo documento em forma
eletrônica;
II - o fisco tenha executado procedimentos técnicos tendentes a assegurar a integridade da
informação digital contida no documento em forma eletrônica.
§ 1º - Para os efeitos deste artigo, considera-se transcrição o processo do qual resulte a
visualização, em impresso, do documento eletrônico.
§ 2º - Ter-se-á como comprovada a integridade do documento eletrônico quando houver sido
efetuada sua vinculação a um ou mais códigos digitais gerados por aplicativo especialmente
projetado para a autenticação de dados informatizados, garantindo que, necessariamente, se
modifique a configuração do código autenticador na hipótese de ocorrer qualquer alteração,
intencional ou não, no conteúdo do referido documento.
Artigo 22 - Em se tratando de infrações caracterizadas em documentos recebidos, emitidos ou
escriturados pelo sujeito passivo, admitir-se-á como elemento de prova, em substituição aos
referidos documentos, demonstrativo no qual as operações, prestações ou eventos estejam
individualmente discriminados, sempre que, alternativamente, o referido demonstrativo tenha sido
elaborado pelo fisco:
I - mediante transcrição de documentos eletrônicos gerados pelo sujeito passivo, por ele entregues
ou apreendidos pelo fisco, desde que esteja comprovada a integridade dos correspondentes
documentos eletrônicos, nos termos do artigo anterior;
II - com base em documentos eletrônicos criados pelo sujeito passivo, por ele entregues ou
apreendidos pelo fisco, desde que esteja comprovada a integridade dos correspondentes
documentos eletrônicos, nos termos do artigo anterior;
III - esteja acompanhado de originais ou cópias dos respectivos documentos em quantidade
suficiente para comprovar, de forma inequívoca, ainda que em relação a um único evento, a
ocorrência da infração.
§ 1º - O sujeito passivo poderá contraditar o demonstrativo elaborado pelo fisco nos termos deste
artigo, fazendo-o de forma objetiva, com indicação precisa do erro ou incorreção encontrados e
com apresentação da correspondente comprovação, sob pena de se terem por exatos os dados
nele constantes.
§ 2º - Os documentos recebidos, emitidos ou escriturados pelo sujeito passivo, nos quais estejam
caracterizados elementos de prova de infrações, poderão lhe ser restituídos, devendo ser
conservados enquanto não se tornar definitiva a decisão administrativa ou judicial, observado
ainda o prazo mínimo de 5 (cinco) anos, sob pena de se reputarem verdadeiras as respectivas
acusações.

SEÇÃO V
Da Competência dos Órgãos de Julgamento

Artigo 23 - A competência dos órgãos de julgamento independe do domicílio do peticionário ou do


autuado ou do lugar em que foi constatada a infração.
Artigo 24 - Para a fixação da competência dos órgãos de julgamento em razão da alçada, bem
como do recurso cabível nos termos desta lei, entende-se por débito fiscal os valores
correspondentes ao tributo, multa, atualização monetária e juros de mora, devidos na data da
lavratura do auto de infração.
Artigo 25 - Os órgãos de julgamento determinarão a realização de diligências necessárias à
instrução do processo.
§ 1º - Encontrando-se o processo em fase de julgamento, somente por decisão do órgão julgador
poderá ser determinada diligência para esclarecimento de matéria de fato.
§ 2º - A exibição e o envio de dados e de documentos resultantes das diligências de que trata o
“caput” deste artigo poderão ser realizados por meio eletrônico, na forma do regulamento.
Artigo 26 - Os órgãos de julgamento apreciarão livremente as provas, devendo, entretanto, indicar
expressamente os motivos de seu convencimento.
Artigo 27 - Somente nos casos expressamente previstos em lei poderá o órgão de julgamento
relevar ou reduzir multas.
Artigo 28 - No julgamento é vedado afastar a aplicação de lei sob alegação de
inconstitucionalidade, ressalvadas as hipóteses em que a inconstitucionalidade tenha sido
proclamada:
I - em ação direta de inconstitucionalidade;
II - por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal, em via incidental, desde que o Senado
Federal tenha suspendido a execução do ato normativo.
III - em enunciado de Súmula Vinculante; (NR)
- Inciso III acrescentado pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
Artigo 29 - Não será processado no contencioso administrativo pedido que:
I - seja intempestivo;
II - seja apresentado por pessoa manifestamente ilegítima ou que deixe de fazer prova de sua
capacidade para ser parte no processo administrativo tributário ou para representar o sujeito
passivo;
III - não preencha os requisitos previstos para sua interposição.
Artigo 30 - Não impede a lavratura do auto de infração a propositura pelo autuado de ação judicial
por qualquer modalidade processual, com o mesmo objeto, ainda que haja ocorrência de depósito
ou garantia.
§ 1º - A propositura de ação judicial importa renúncia ao direito de litigar no processo
administrativo tributário e desistência do litígio pelo autuado, devendo os autos ser encaminhados
diretamente à Procuradoria Geral do Estado, na fase processual em que se encontrarem.
§ 2º - O curso do processo administrativo tributário, quando houver matéria distinta da constante
do processo judicial, terá prosseguimento em relação à matéria diferenciada, conforme dispuser o
regulamento.
§ 3º - Estando o crédito tributário com a exigibilidade suspensa, nos termos do artigo 151, inciso II,
da Lei federal nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, a autuação será lavrada para prevenir os
efeitos da decadência, porém sem a incidência de penalidades.

SEÇÃO VI
Dos Impedimentos

Artigo 31 - É vedado o exercício da função de julgar àquele que, relativamente ao processo em


julgamento: (NR)
I - tenha atuado no exercício da fiscalização direta do tributo, como Representante Fiscal ou
Julgador de primeira instância administrativa; (NR)
II - tenha atuado na qualidade de mandatário ou perito; (NR)
III - tenha conhecido em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; (NR)
IV - tenha interesse econômico ou financeiro, por si, por seu cônjuge ou companheiro, ou por
parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau, inclusive; (NR)
V - tenha vínculo, como sócio ou empregado, com a sociedade de advogados ou de contabilistas
ou de economistas, ou de empresa de assessoria fiscal ou tributária, a que esteja vinculado o
mandatário constituído por quem figure como interessado no processo; (NR)
VI - seja sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica interessada no
processo; (NR)
VII - seja herdeiro presuntivo, donatário ou empregador do interessado; (NR)
VIII - figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente
de contrato de prestação de serviços; (NR)
IX - figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente,
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que
patrocinado por advogado de outro escritório; e (NR)
X - promova ação contra o interessado ou seu advogado. (NR)
§ 1º - O interessado e a Fazenda Pública deverão arguir o impedimento, em petição devidamente
fundamentada e instruída, na primeira oportunidade em que lhes couber falar nos autos. (NR)
§ 2º - O incidente será decidido em preliminar pelo órgão de julgamento, ouvindo-se o arguido, se
necessário. (NR)
§ 3º - A autoridade judicante poderá declarar-se impedida por motivo de foro íntimo. (NR)
- Artigo 31 com redação dada pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.

SEÇÃO VII
Do Depósito Administrativo

Artigo 32 - O autuado poderá fazer cessar, no todo ou em parte, a aplicação dos acréscimos de
mora e de atualização monetária, desde que efetue o depósito da importância questionada em
qualquer fase do processo administrativo tributário, conforme o disposto na legislação.
§ 1º - Entende-se por importância questionada a exigida no respectivo auto de infração, com os
acréscimos devidos até a data do depósito nos termos da legislação pertinente.
§ 2º - As quantias depositadas receberão os mesmos acréscimos adotados para atualização das
cadernetas de poupança.
§ 3º - A quantia depositada referente à exigência fiscal cancelada ou reduzida por decisão
administrativa definitiva será devolvida ao contribuinte na proporção do cancelamento ou da
redução.
§ 4º - Mantido o auto de infração, ainda que parcialmente, em decisão administrativa definitiva, a
quantia depositada será convertida em renda do Estado na forma do que restou decidido.
§ 5º - Os acréscimos de que trata o § 2º deste artigo correrão até o mês do efetivo recebimento
dos valores pelo autuado.

CAPÍTULO II
Do Procedimento na Delegacia Tributária de Julgamento

Artigo 33 - O processo administrativo tributário regulado por esta lei tem por origem a
apresentação de defesa, em face de auto de infração lavrado por Agente Fiscal de Rendas.
Artigo 34 - O auto de infração conterá, obrigatoriamente:
I - a identificação da repartição fiscal competente e o registro do dia, hora e local da lavratura;
II - a identificação do autuado;
III - a descrição do fato gerador da obrigação correspondente e das circunstâncias em que
ocorreu;
IV - a determinação da matéria tributável e o cálculo do montante do tributo devido e da
penalidade cabível;
V - a indicação dos dispositivos normativos infringidos e dos relativos às penalidades cabíveis;
VI - a indicação do prazo para cumprimento da exigência fiscal ou para apresentação da defesa;
VII - o nome legível e a assinatura do Agente Fiscal de Rendas autuante, dispensada esta quando
grafada por meio eletrônico, nas situações expressamente previstas pela Secretaria da Fazenda.
§ 1º - O auto de infração deve ser instruído com documentos, demonstrativos e demais elementos
materiais comprobatórios da infração.
§ 2º - Ao autuado será entregue uma via do auto de infração, mediante recibo, valendo como
notificação, juntamente com cópia dos demonstrativos e demais documentos que o instruem, salvo
daqueles cujos originais estejam em sua posse.
§ 3º - Fundado em critérios de conveniência e oportunidade, o fisco poderá notificar o autuado da
lavratura do auto de infração por meio de carta registrada com aviso de recebimento ou, na sua
impossibilidade, mediante publicação de edital no Diário Oficial do Estado, observadas, no que
couber, as normas do artigo 9º desta lei.
§ 4º - Na hipótese do § 3º deste artigo, uma via do auto de infração e dos demonstrativos e
documentos que o instruem serão expedidos para qualquer um dos endereços indicados pelo
autuado ou, na hipótese de notificação via edital, ficarão sob a guarda da repartição fiscal à qual o
autuado esteja vinculado.
§ 5º - A lavratura do auto de infração e a sua instrução com demonstrativos e documentos
poderão ser implementados em meio eletrônico, conforme previsto em regulamento.
Artigo 35 - Lavrado o auto de infração, terão início, na forma estabelecida em regulamento, os
procedimentos de cobrança administrativa, devendo o autuado ser notificado a recolher o débito
fiscal, com o desconto de lei, quando houver, ou a apresentar defesa, por escrito, no prazo de 30
(trinta) dias.
§ 1º - Decorrido o prazo previsto no “caput” deste artigo sem que haja o recolhimento ou acordo de
parcelamento do débito fiscal ou a apresentação de defesa, o auto de infração será encaminhado
à Delegacia Regional Tributária da circunscrição do autuado para a sua ratificação pelo Delegado
Regional Tributário.
§ 2º - Após a ratificação do auto de infração, e encerrados os procedimentos de cobrança
administrativa sem o devido recolhimento ou acordo de parcelamento, o débito fiscal será inscrito
na dívida ativa.
§ 3º - Em caso de apresentação de defesa parcial, e não sendo recolhido ou parcelado o débito
fiscal correspondente à exigência não impugnada, será formado processo em apartado para os
fins previstos nos parágrafos anteriores, consignando-se essa circunstância mediante termo no
processo original.
§ 4º - Considera-se parcial a defesa na qual o interessado não conteste, de forma expressa, um
ou mais itens de acusação.
Artigo 36 - Apresentada a defesa, o órgão autuante manifestar-se-á no prazo de 30 (trinta) dias,
findo o qual, com ou sem a manifestação, o processo será encaminhado à Delegacia Tributária de
Julgamento.
Parágrafo único - Por ato normativo do Coordenador da Administração Tributária, exceções a
essa regra poderão ser estabelecidas, tendo em vista a conveniência de não haver manifestação
do órgão autuante.
Artigo 37 - A defesa será apresentada na repartição pública competente, nela devendo constar:
I - a autoridade a quem é dirigida;
II - a qualificação do autuado e a identificação do signatário;
III - as razões de fato e de direito sobre as quais se fundamenta.
§ 1º - A defesa deverá ser instruída com os documentos, demonstrativos e demais elementos
materiais destinados a comprovar as alegações feitas, inclusive laudos e pareceres técnicos que o
autuado entender necessários para o pleno esclarecimento da matéria controvertida.
§ 2º - A defesa de que trata o “caput” deste artigo poderá ser feita por meio eletrônico, conforme
dispuser o regulamento.
§ 3º - O julgamento da defesa será realizado nas Delegacias Tributárias de Julgamento,
independentemente da circunscrição de vinculação do contribuinte.
Artigo 38 - A decisão, devidamente fundamentada, será proferida por escrito, aplicando a
legislação aos fatos apurados.
Parágrafo único - A decisão poderá ser disponibilizada por meio eletrônico, na forma do
regulamento.
Artigo 39 - Da decisão contrária à Fazenda Pública do Estado no julgamento da defesa, em que o
débito fiscal exigido na data da lavratura do auto de infração corresponda a até 20.000 (vinte mil)
Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs, haverá recurso de ofício para o Delegado
Tributário de Julgamento. (NR)
- Artigo 39, "caput", com redação dada pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
§ 1º - O recurso de ofício poderá ser dispensado nas situações estabelecidas no regulamento.
§ 2º - Apresentado o recurso de ofício, a Representação Fiscal manifestar-se-á no prazo de 60
(sessenta) dias, findo o qual, com ou sem a manifestação, o processo será encaminhado à
Delegacia Tributária de Julgamento para intimar o contribuinte para contrarrazões, no prazo de 30
(trinta) dias.
§ 3º - O recurso de ofício será decidido por Delegado Tributário de Julgamento,
independentemente de qual seja a Unidade de Julgamento que proferiu a decisão recorrida.
- Vide artigo 3º das Disposições Transitórias da Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
Artigo 40 - Da decisão favorável à Fazenda Pública do Estado no julgamento da defesa, em que o
débito fiscal exigido na data da lavratura do auto de infração corresponda a até 20.000 (vinte mil)
Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs, poderá o autuado interpor recurso
voluntário, dirigido ao Delegado Tributário de Julgamento. (NR)
- Artigo 40, "caput", com redação dada pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
§ 1º - O recurso voluntário será apresentado no prazo de 30 (trinta) dias, por requerimento
contendo nome e qualificação do recorrente, a identificação do processo e o pedido de nova
decisão, com os respectivos fundamentos de fato e de direito.
§ 2º - Admitido o recurso voluntário pelo Delegado Tributário de Julgamento, será o processo
encaminhado à Representação Fiscal para contrarrazões, no prazo de 60 (sessenta) dias, findo o
qual, com ou sem a manifestação, o processo será devolvido à Delegacia Tributária de
Julgamento.
§ 3º - Exceções à regra do § 2º deste artigo poderão ser estabelecidas por ato normativo do
Coordenador da Administração Tributária, tendo em vista a conveniência de colher a manifestação
do autuante.
§ 4º - O recurso voluntário será decidido por Delegado Tributário de Julgamento,
independentemente de qual seja a Unidade de Julgamento que proferiu a decisão recorrida.
§ 5º - O recurso voluntário poderá ser interposto por meio eletrônico, conforme dispuser o
regulamento.
- Vide artigo 3º das Disposições Transitórias da Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
Artigo 41 - Na hipótese de cabimento de recurso de ofício e recurso voluntário contra a mesma
decisão, ambos serão julgados em conjunto pelo Delegado Tributário de Julgamento, observando-
se os seguintes procedimentos:
I - o processo será encaminhado à Representação Fiscal para os procedimentos do § 2º do artigo
39 desta lei, intimando-se o autuado para, no prazo de 30 (trinta) dias contados da intimação,
apresentar contrarrazões e, em querendo, interpor recurso voluntário.
II - havendo interposição de recurso voluntário pelo contribuinte, a Representação Fiscal poderá
ofertar contrarrazões, observado o disposto no § 2º do artigo 40 desta lei.

CAPÍTULO III
Do Procedimento no Tribunal de Impostos e Taxas
SEÇÃO I
Das Disposições Gerais

Artigo 42 - Poderão ser interpostos perante o Tribunal de Impostos e Taxas os seguintes


recursos:
I - recurso de ofício de que trata o artigo 46 desta lei;
II - recurso ordinário;
III - recurso especial.
§ 1º - A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá recorrer.
§ 2º - Considera-se aceitação tácita a prática de ato incompatível com a intenção de recorrer.
Artigo 43 - Salvo disposição em contrário, o prazo para interposição de recurso será de 30 (trinta)
dias, contados da intimação da decisão recorrível.
Parágrafo único - Computar-se-á em dobro o prazo para recorrer, quando a parte vencida for a
Fazenda Pública do Estado.
Artigo 44 - Considerar-se-ão intimadas as partes da inclusão do processo em pauta com sua
disponibilização na rede mundial de computadores com, no mínimo, 5 (cinco) dias de
antecedência da data da sessão de julgamento, na forma do Título III desta lei, podendo o
interessado fazer sustentação oral perante o Tribunal de Impostos e Taxas, na forma estabelecida
em regulamento, devendo ater-se à matéria de natureza própria do recurso. (NR)
- Artigo 44 com redação dada pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
Artigo 45 - Será indeferido o processamento do recurso que:
I - seja intempestivo;
II - seja apresentado por parte ilegítima ou irregularmente representada;
III - contrarie súmula do Tribunal de Impostos e Taxas;
IV - verse exclusivamente sobre questões não compreendidas na competência do Tribunal de
Impostos e Taxas;
V - não preencha os requisitos exigidos nesta lei para o seu processamento.

SEÇÃO II
Do Recurso de Ofício e do Recurso Ordinário

Artigo 46 - Da decisão contrária à Fazenda Pública do Estado no julgamento da defesa, em que o


débito fiscal exigido na data da lavratura do auto de infração for superior a 20.000 (vinte mil)
Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs, haverá recurso de ofício para o Tribunal de
Impostos e Taxas. (NR)
- Artigo 46, "caput", com redação dada pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
§ 1º - O recurso de ofício poderá ser dispensado nas situações estabelecidas no regulamento.
§ 2º - Apresentado o recurso de ofício, a Representação Fiscal manifestar-se-á no prazo de 60
(sessenta) dias, findo o qual, com ou sem a manifestação, o processo será encaminhado à
Delegacia Tributária de Julgamento para intimar o contribuinte para contrarrazões, no prazo de 30
(trinta) dias.
§ 3º - Expirado o prazo para contrarrazões ao recurso de ofício, será o processo encaminhado ao
Tribunal de Impostos e Taxas para distribuição a juiz designado relator, que terá 30 (trinta) dias
para encaminhá-lo para decisão pela Câmara de Julgamento.
- Vide artigo 4º, inciso I, da Lei nº 16.125, de 18/01/2016.
- Vide artigo 3º das Disposições Transitórias da Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
Artigo 47 - Da decisão favorável à Fazenda Pública do Estado no julgamento da defesa, em que o
débito fiscal exigido na data da lavratura do auto de infração seja superior a 20.000 (vinte mil)
Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs, poderá o autuado, no prazo de 30 (trinta)
dias, interpor recurso ordinário para o Tribunal de Impostos e Taxas. (NR)
- Artigo 47, "caput", com redação dada pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
§ 1º - O recurso ordinário será interposto por petição contendo nome e qualificação do recorrente,
a identificação do processo e o pedido de nova decisão, com os respectivos fundamentos de fato
e de direito.
§ 2º - O juízo de admissibilidade do recurso ordinário cabe ao Delegado Tributário de Julgamento.
§ 3º - Se admitido, o recurso ordinário interposto pelo autuado será encaminhado, como regra, à
Representação Fiscal, para que responda e produza parecer no prazo de 60 (sessenta) dias, findo
o qual, com ou sem a manifestação, o processo será encaminhado ao Tribunal de Impostos e
Taxas para distribuição a juiz designado relator, que terá 30 (trinta) dias para encaminhá-lo para
decisão pela Câmara de Julgamento.
§ 4º - Exceções à regra do § 3º deste artigo serão estabelecidas por ato normativo do
Coordenador da Administração Tributária, tendo em vista, inclusive, a conveniência de haver,
também, manifestação do autuante.
§ 5º - O recurso ordinário devolverá ao Tribunal de Impostos e Taxas o conhecimento da matéria
de fato e de direito impugnada.
§ 6º - O recurso ordinário poderá ser interposto por meio eletrônico, conforme dispuser o
regulamento.
- Vide artigo 3º das Disposições Transitórias da Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
Artigo 48 - Na hipótese de cabimento de recurso de ofício e recurso ordinário contra a mesma
decisão, ambos serão julgados em conjunto pelo Tribunal de Impostos e Taxas, observando-se os
seguintes procedimentos:
I - o processo será encaminhado à Representação Fiscal para os procedimentos do § 2º do artigo
46 desta lei, intimando-se o autuado para, no prazo de 30 (trinta), apresentar contrarrazões e, em
querendo, interpor recurso ordinário;
II - havendo interposição de recurso ordinário pelo contribuinte, a Representação Fiscal poderá
ofertar contrarrazões, observado o disposto no § 3º do artigo 47 desta lei.

SEÇÃO III
Do Recurso Especial

Artigo 49 - Cabe recurso especial, interposto tanto pelo autuado como pela Fazenda Pública do
Estado, fundado em dissídio entre a interpretação da legislação adotada pelo acórdão recorrido e
a adotada em outro acórdão não reformado, proferido por qualquer das Câmaras do Tribunal de
Impostos e Taxas.
§ 1º - O recurso especial, dirigido ao Presidente do Tribunal, será interposto por petição contendo
o nome e a qualificação do recorrente, a identificação do processo, o pedido de nova decisão, com
os respectivos fundamentos, a indicação da decisão paradigmática, bem como a demonstração
precisa da divergência, na forma estabelecida em regulamento, sem o que não será admitido o
recurso.
§ 2º - Cabe ao recorrente providenciar a instrução do processo com cópias das decisões
indicadas, por divergência demonstrada.
§ 3º - O juízo de admissibilidade do recurso especial compete ao Presidente do Tribunal de
Impostos e Taxas.
§ 4º - Admitido o recurso especial, será intimada a parte contrária para contrarrazões.
§ 5º - Para contra-arrazoar o recurso especial, o prazo é de 30 (trinta) dias, contados da intimação
da interposição do recurso.
§ 6º - Computar-se-á em dobro o prazo para contra-arrazoar, quando a parte recorrida for a
Fazenda Pública do Estado.
§ 7º - Na hipótese de ambas as partes terem condições para recorrer, o prazo será deferido
primeiramente à Fazenda Pública do Estado e posteriormente ao autuado, quando, então, poderá
contra-arrazoar eventual recurso interposto e, em querendo, interpor recurso especial no mesmo
prazo, caso em que o processo retornará à Fazenda Pública para contrarrazões.
§ 8º - Findos os prazos previstos nos §§ 5º e 6º deste artigo, com ou sem apresentação de
contrarrazões, o processo será distribuído a juiz designado relator, que terá 30 (trinta) dias para
encaminhá-lo para decisão pela Câmara Superior.
§ 9º - O recurso especial poderá ser interposto por meio eletrônico, conforme dispuser o
regulamento.
- Vide artigo 4º, inciso II, da Lei nº 16.125, de 18/01/2016.
§ 10 - Não será admitido recurso especial que contrarie decisão tomada em sessão temática da
Câmara Superior do Tribunal, exceto na hipótese de a referida decisão adotar interpretação da
legislação tributária divergente da jurisprudência dominante dos Tribunais Superiores do Poder
Judiciário, na forma estabelecida em regulamento. (NR)
- § 10 acrescentado pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.

Ã
SEÇÃO IV
Da Reforma dos Julgados Administrativos

Artigo 50 - Cabe reforma da decisão contrária à Fazenda Pública do Estado, da qual não caiba a
interposição de recurso, quando a decisão reformanda:
I - afastar a aplicação da lei por inconstitucionalidade, observado o disposto no artigo 28 desta lei;
II - adotar interpretação da legislação tributária divergente da adotada pela jurisprudência firmada
nos tribunais judiciários.
- Vide artigo 4º, inciso III, da Lei nº 16.125, de 18/01/2016.
Artigo 51 - A apresentação do pedido de reforma, no prazo de 60 (sessenta) dias, cabe à Diretoria
da Representação Fiscal, mediante petição fundamentada dirigida ao Presidente do Tribunal de
Impostos e Taxas, o qual exercerá o juízo de admissibilidade.
§ 1º - Admitido o pedido de reforma, será intimada a parte contrária para que responda no prazo
de 30 (trinta) dias.
§ 2º - Findo esse prazo, com ou sem apresentação de resposta, o processo será distribuído a juiz
designado relator, que terá 30 (trinta) dias para encaminhá-lo à Câmara Superior para decisão.
§ 3º - O pedido de reforma poderá ser apresentado por meio eletrônico, conforme dispuser o
regulamento.

SEÇÃO V
Das Súmulas

Artigo 52 - A jurisprudência firmada pelo Tribunal de Impostos e Taxas poderá ser objeto de
súmula, que terá caráter vinculante, a partir de sua publicação, no âmbito dos órgãos de
julgamento das Delegacias Tributárias de Julgamento e do Tribunal de Impostos e Taxas, a ser
proposta pelo Diretor da Representação Fiscal ou pelo Presidente do Tribunal de Impostos e
Taxas e acolhida pela Câmara Superior, em deliberação tomada por votos de, pelo menos, 2/3
(dois terços) do número total de juízes que a integram. (NR)
§ 1º - A proposta de súmula, após ser acolhida pela Câmara Superior, deverá ser encaminhada ao
Coordenador da Administração Tributária para referendo. (NR)
§ 2º - A súmula poderá ser revista ou cancelada, obedecido ao disposto no “caput” e no § 1º deste
artigo. (NR)
§ 3º - O Presidente do Tribunal de Impostos e Taxas deverá convocar sessão para julgamento de
proposta de súmula no mínimo uma vez por ano, desde que haja proposta de súmula apresentada
no período. (NR)
- Artigo 52 com redação dada pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.

TÍTULO II
Os Órgãos de Julgamento e a Representação Fiscal

CAPÍTULO I
Dos Órgãos de Julgamento

SEÇÃO I
Das Delegacias Tributárias de Julgamento

Artigo 53 - O julgamento da defesa, do recurso de ofício de que trata o artigo 39 desta lei e do
recurso voluntário será realizado em juízo singular, por servidores integrantes dos cargos de
Julgador Tributário e de Agente Fiscal de Rendas lotados em órgãos subordinados às Delegacias
Tributárias de Julgamento, da estrutura da Coordenadoria da Administração Tributária da
Secretaria da Fazenda, observado o disposto nesta lei.
§ 1º - Na sede de cada Delegacia Tributária de Julgamento será instalada uma Unidade de
Julgamento.
§ 2º - A critério da Administração, poderá ser instalada Unidade de Julgamento em município onde
houver sede de Delegacia Regional Tributária.

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SEÇÃO II
Do Tribunal de Impostos e Taxas

Artigo 54 - O Tribunal de Impostos e Taxas - TIT, órgão da estrutura da Coordenadoria da


Administração Tributária da Secretaria da Fazenda, criado pelo Decreto nº 7.184, de 5 de junho de
1935, com sede na Capital do Estado e jurisdição em todo o seu território, tem independência
quanto a sua função judicante, sendo de suas atribuições:
I - julgar os recursos previstos no artigo 42 desta lei;
II - julgar o pedido de reforma dos julgados administrativos;
III - acompanhar os trabalhos desenvolvidos pelos órgãos de julgamento das Delegacias
Tributárias de Julgamento, promovendo a interação procedimental e jurisprudencial entre eles;
IV - promover o cumprimento das metas de desempenho estabelecidas para maior celeridade da
tramitação processual, no âmbito das Delegacias Tributárias de Julgamento e do Tribunal;
V - representar ao Coordenador da Administração Tributária, propondo a adoção de medidas
tendentes ao aperfeiçoamento da legislação tributária e que objetivem, principalmente, a justiça
fiscal e a conciliação dos interesses dos contribuintes com os da Fazenda Pública do Estado.
Parágrafo único - As Delegacias Tributárias de Julgamento são vinculadas ao Tribunal, para que,
sob gestão única, haja a interação jurisprudencial e procedimental entre elas, como estabelecido
nesta lei.
Artigo 55 - O TIT compõe-se de:
I - Presidência e Vice-Presidência;
II - Câmara Superior;
III - Câmaras Julgadoras;
IV - Secretaria.
Artigo 56 - O Presidente e o Vice-Presidente do TIT, bem como os Presidentes e Vice-Presidentes
das Câmaras Julgadoras, serão designados por ato do Coordenador da Administração Tributária,
referendado pelo Secretário da Fazenda.
Artigo 56-A - O Presidente do Tribunal de Impostos e Taxas determinará o número de sessões
ordinárias das Câmaras do Tribunal, fixando-lhes dia e horário para realização. (NR)
Parágrafo único - Poderá o Presidente do Tribunal de Impostos e Taxas convocar, por motivo de
conveniência e oportunidade, sessões extraordinárias das Câmaras do Tribunal, fixando-lhes dia e
horário para realização. (NR)
- Artigo 56-A acrescentado pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
Artigo 57 - A Câmara Superior será composta por 16 (dezesseis) juízes, sendo 8 (oito) juízes
servidores públicos e 8 (oito) juízes contribuintes, nomeados na forma desta lei.
§ 1º - As sessões da Câmara Superior serão presididas pelo Presidente do TIT e na sua ausência
pelo Vice-Presidente.
§ 2º - A Câmara Superior será composta por juízes distintos daqueles que compõem as demais
câmaras.
§ 3º - Os juízes da Câmara Superior serão escolhidos dentre os que tenham integrado o Tribunal
por ao menos 2 (dois) mandatos.
§ 4º - Para efeitos da exigência de prazo do § 3º, considera-se equiparada a atuação de
Representantes Fiscais junto às Câmaras do Tribunal de Impostos e Taxas, por ao menos 2 (dois)
mandatos, à do juiz que tenha integrado o Tribunal por igual período. (NR)
§ 5º - Por meio de ato do Secretário da Fazenda, mediante proposta do Coordenador da
Administração Tributária, a composição da Câmara Superior poderá ser ampliada para até 24
(vinte e quatro) juízes, sendo 12 (doze) juízes servidores públicos e 12 (doze) juízes contribuintes,
nomeados na forma desta lei. (NR)
- §§ 4º e 5º acrescentados pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
Artigo 57-A - O Presidente do Tribunal de Impostos e Taxas poderá determinar a realização de
sessões temáticas na Câmara Superior do Tribunal, na forma estabelecida em regulamento. (NR)
Parágrafo único - Os recursos voluntários, de ofício, ordinários e especiais, pedidos de retificação
ou reformas de julgado que versem sobre o tema a ser enfrentado na sessão temática ficarão
suspensos por deliberação do Presidente do Tribunal de Impostos e Taxas. (NR)
- Artigo 57-A acrescentado pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
Artigo 58 - Cabe à Câmara Superior elaborar e modificar o Regimento Interno do TIT, “ad
referendum” do Coordenador da Administração Tributária, bem como dirimir dúvidas na sua
interpretação.
Artigo 59 - As Câmaras Julgadoras, em número de até 20 (vinte), a ser estabelecido em
regulamento, serão compostas, cada uma delas, de 2 (dois) juízes servidores públicos e 2 (dois)
juízes contribuintes, nomeados na forma desta lei.
Artigo 60 - A substituição e o preenchimento de vagas nas Câmaras serão disciplinados na forma
do regulamento.
Artigo 61 - As decisões das Câmaras serão tomadas por maioria de votos dos juízes presentes.
Em caso de empate, prevalecerá o voto de qualidade do Presidente da Câmara. (NR)
§ 1º - As sessões da Câmara Superior e das Câmaras Julgadoras serão realizadas com a
presença mínima nas respectivas sessões de pelo menos 3/4 (três quartos) do número total de
juízes que as integram. (NR)
§ 2º - Nos termos do artigo 27 desta lei, as Câmaras Julgadoras poderão relevar ou reduzir multas
apenas se houver voto, neste sentido, de pelo menos 3 (três) dos juízes presentes. (NR)
- Artigo 61 com redação dada pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
Artigo 62 - Na sessão de julgamento, qualquer juiz ou a Representação Fiscal poderá solicitar
vista dos autos, uma única vez, pelo prazo máximo de 15 (quinze) dias.
§ 1º - O pedido de vista poderá ser admitido somente na primeira sessão de julgamento e não
impedirá que votem os juízes que se tenham por habilitado a fazê-lo.
§ 2º - Quando houver mais de um pedido de vista, os autos serão mantidos na Secretaria,
correndo para todos o prazo previsto no “caput” deste artigo.
§ 3º - O disposto no parágrafo anterior não se aplica quando houver pedido de vista da
representação fiscal e de apenas um juiz, podendo este retirar os autos da Secretaria.
Artigo 63 - Os juízes exercerão o mandato por período de 2 (dois) anos, que terá início em 1º de
janeiro e término em 31 de dezembro dos anos correspondentes ao início e término do período da
nomeação.
§ 1º - As nomeações dos juízes serão processadas antes do final do período anterior, sendo
permitida a recondução.
§ 2º - A distribuição dos juízes pelas Câmaras, no início de cada período, e as alterações em seu
decurso serão feitas pelo Coordenador da Administração Tributária.
Artigo 64 - Os juízes servidores públicos, todos portadores de título universitário, serão nomeados
pelo Governador do Estado, dentre servidores da Secretaria da Fazenda e Procuradores do
Estado, especializados em questões tributárias, indicados pelo Secretário da Fazenda.
Parágrafo único - O número de Procuradores do Estado, escolhidos dentre os integrantes da
Procuradoria Geral do Estado, será de 1/6 (um sexto) do número total dos juízes servidores
públicos.
Artigo 65 - Os juízes contribuintes, todos portadores de título universitário, de reputação ilibada e
reconhecida especialização em matéria tributária, com mais de 5 (cinco) anos de efetiva atividade
profissional no campo do Direito, inclusive no magistério e na magistratura, serão nomeados pelo
Governador do Estado, dentre os indicados pelas entidades jurídicas ou de representação dos
contribuintes.
Parágrafo único - É vedada a nomeação para juiz contribuinte de servidor que esteja no exercício
de função ou cargo público.
Artigo 66 - Os juízes servidores públicos servirão sob compromisso prestado no cargo, e os
demais prestarão compromisso perante o Coordenador da Administração Tributária, sendo por
este empossados.
Artigo 67 - Será considerada sem efeito a nomeação para juiz do TIT daquele que não tenha
tomado posse dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da publicação da respectiva
nomeação no Diário Oficial do Estado.
Artigo 68 - Enquanto exercerem o mandato, os juízes nomeados não poderão postular perante os
órgãos de julgamento referidos nesta lei.
Artigo 68-A - Os juízes e o órgão de julgamento deverão, preferencialmente, obedecer à ordem
cronológica para relatar e proferir acórdão. (NR)
Parágrafo único - Estão excluídas do “caput” as seguintes hipóteses: (NR)
1. o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada em julgamento em
sessões temáticas; (NR)
2. o julgamento de processos cujas teses tenham sido objeto de Súmula Vinculante ou súmulas do
Tribunal de Impostos e Taxas; (NR)
3. os processos nos quais haja interesse público quanto à prioridade de sua tramitação, conforme
definido pela Administração Tributária; e (NR)
4. o processo que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por decisão fundamentada.
(NR)
- Artigo 68-A acrescentado pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
Artigo 69 - Perderá o mandato o juiz que:
I - usar, de qualquer forma, meios ilícitos para procrastinar o exame e julgamento de processos, ou
que, no exercício do mandato, proceder com dolo ou fraude, praticar qualquer ato de
favorecimento ou deixar de cumprir as disposições legais e regimentais a ele cometidas, sem
prejuízo das sanções penais e administrativas, as últimas aplicáveis apenas aos servidores
públicos;
II - retiver processos em seu poder além dos prazos estabelecidos para relatar, proferir voto ou
para vista, sem motivo justificável;
III - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, o recebimento de processos para relatoria;
IV - faltar a mais de 3 (três) sessões consecutivas ou 10 (dez) interpoladas, no mesmo exercício,
salvo por motivo de moléstia, férias, licença e, se servidor público, por serviço autorizado fora da
sede;
V - renunciar mediante pedido dirigido ao Coordenador da Administração Tributária e por este
acolhido;
VI - aposentar-se, em se tratando de juiz servidor público;
VII - deixar de cumprir, sem motivo justificado, a meta mínima de produção semestral estabelecida
por resolução do Secretário da Fazenda.
Parágrafo único - A perda do mandato será declarada pelo Coordenador da Administração
Tributária.
Artigo 70 - O juiz do Tribunal de Impostos e Taxas e o Representante Fiscal que atuem no
Tribunal de Impostos e Taxas farão jus à ajuda de custo mensal, a título indenizatório, pelo
exercício da função. (NR)
§ 1º - Os valores relativos à ajuda de custo mensal a que se refere o “caput” deste artigo serão
fixados em Unidade Fiscal do Estado de São Paulo - UFESP. (NR)
§ 2º - Para o juiz do Tribunal de Impostos e Taxas, a ajuda de custo corresponderá ao somatório
de duas parcelas, sendo a primeira resultante do produto do valor fixado por sessão de julgamento
pelo número de sessões de que efetivamente tenha participado e a segunda parcela resultante do
produto do valor fixado por processo relatado e julgado pela quantidade de processos julgados em
que o juiz tenha atuado como relator e participado do respectivo julgamento, na seguinte
conformidade: (NR)
1. o valor fixado por sessão de julgamento da Câmara Superior será de 4,00 (quatro) UFESPs e
por sessão de julgamento das Câmaras Julgadoras será de 3,00 (três) UFESPs; (NR)
2. em cada mês de apuração, o valor fixado por processo relatado e julgado é único, aplicado à
quantidade total de processos relatados e julgados pelo juiz, e determinado conforme as seguintes
regras: (NR)
a) para o juiz com dedicação exclusiva: (NR)
a.1) total de até 17 (dezessete) processos: 3,36 (três inteiros e trinta e seis centésimos) UFESPs;
(NR)
a.2) total de 18 (dezoito) até 24 (vinte e quatro) processos: 4,00 (quatro) UFESPs; (NR)
a.3) total de 25 (vinte e cinco) ou mais processos: 6,00 (seis) UFESPs; (NR)
b) para o juiz sem dedicação exclusiva: (NR)
b.1) total de até 8 (oito) processos: 3,36 (três inteiros e trinta e seis centésimos) UFESPs; (NR)
b.2) total de 9 (nove) até 12 (doze) processos: 8,00 (oito) UFESPs; (NR)
b.3) total de 13 (treze) ou mais processos: 12,00 (doze) UFESPs; (NR)
3. para efeitos de apuração da ajuda de custo, entende-se por processo julgado aquele em que o
acórdão se pronuncia sobre o mérito, mantendo, reduzindo ou cancelando o crédito tributário,
sendo equiparada à decisão de mérito aquela que anular integralmente a decisão recorrida; (NR)
4. ainda para efeitos de apuração da ajuda de custo, será equiparado a processo relatado e
julgado pelo juiz todo processo cujo voto condutor do acórdão tiver sido proferido pelo juiz, em
preferência ou em vista; (NR)
5. em cada mês de apuração, para efeitos de cálculo da ajuda de custo do Presidente da Câmara
Superior, será atribuída a média aritmética simples da quantidade de processos relatados e
julgados pela Câmara Superior ou a quantidade total de processos relatados e julgados pelo
Presidente, o que for maior. (NR)
§ 3º - Para o Representante Fiscal que atue no Tribunal de Impostos e Taxas, a ajuda de custo
corresponderá ao somatório de duas parcelas, sendo a primeira resultante do produto do valor
fixado por sessão de julgamento pelo número de sessões de que efetivamente tenha participado e
a segunda parcela resultante do produto do valor fixado por processo julgado pela quantidade total
de processos julgados nas sessões de que efetivamente tenha participado, na seguinte
conformidade: (NR)
1. o valor fixado por sessão de julgamento da Câmara Superior será de 4,00 (quatro) UFESPs e
por sessão de julgamento das Câmaras Julgadoras será de 3,00 (três) UFESPs; (NR)
2. em cada mês de apuração, o valor fixado por processo julgado é único, aplicado ao somatório
total de processos julgados na respectiva Câmara, nas sessões de que o Representante Fiscal
tenha efetivamente participado e será determinado em função desse somatório total, conforme
segue: (NR)
a) para o Representante Fiscal titular de Câmara Julgadora: (NR)
a.1) total de até 35 (trinta e cinco) processos: 0,84 (oitenta e quatro centésimos) UFESPs; (NR)
a.2) total de 36 (trinta e seis) a 48 (quarenta e oito) processos: 2,00 (duas) UFESPs; (NR)
a.3) total de 49 (quarenta e nove) ou mais processos: 3,00 (três) UFESPs; (NR)
b) para o Representante Fiscal titular de Câmara Superior: (NR)
b.1) total de até 143 (cento e quarenta e três) processos: 0,21 (vinte e um centésimos) UFESPs;
(NR)
b.2) total de 144 (cento e quarenta e quatro) a 192 (cento e noventa e dois) processos: 0,50
(cinquenta centésimos) UFESPs; (NR)
b.3) total de 193 (cento e noventa e três) ou mais processos: 0,75 (setenta e cinco centésimos)
UFESPs; (NR)
3. o Representante Fiscal que acumule titularidade em duas Câmaras perceberá ajuda de custo
pela atuação em cada Câmara, porém, em relação à atuação na Câmara adicional, fará jus
apenas à parcela resultante do produto do valor fixado por sessão de julgamento pelo número de
sessões de que efetivamente tenha participado; (NR)
4. o Representante Fiscal sem titularidade em nenhuma Câmara, que eventualmente atuar em
substituição, perceberá ajuda de custo pela atuação em cada Câmara e, no cálculo da ajuda de
custo, serão atribuídos os valores da alínea “a” ou “b” do item 2, conforme a Câmara em que for
feita cada substituição. Neste caso, se a quantidade de substituições num mesmo período de
apuração exceder a 8 (oito) sessões de julgamento, em relação às sessões excedentes o
Representante Fiscal fará jus apenas à parcela resultante do produto do valor fixado por sessão
de julgamento do item 1 pela quantidade de sessões excedentes. (NR)
§ 4º - O Diretor da Representação Fiscal atribuirá, em ato específico, a titularidade de um
Representante Fiscal por Câmara Julgadora e de até dois Representantes Fiscais para a Câmara
Superior. Se algum Representante Fiscal acumular titularidade, deverá ser indicada qual a Câmara
principal e a adicional, para efeitos do cálculo da ajuda de custo, em conformidade com o previsto
no item 3 do § 3º. (NR)
§ 5º - Em cada mês de apuração, o valor total da ajuda de custo de que trata os §§ 2º e 3º deste
artigo não poderá exceder a 200,00 (duzentas) UFESPs. (NR)
§ 6º - A ajuda de custo de que trata este artigo, quando percebida por juiz que seja servidor
público ou por Representante Fiscal, não será considerada para fins de determinação do limite a
que se refere o inciso XII do artigo 115 da Constituição Estadual. (NR)
§ 7º - Não mais se aplica aos juízes do Tribunal de Impostos e Taxas o disposto no Decreto-lei nº
152, de 18 de setembro de 1969, tendo em vista a ajuda de custo mensal instituída nos termos
deste artigo. (NR)
- Artigo 70 com redação dada pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017, produzindo efeitos a partir de 03/05/2017.
Artigo 71 - O regulamento disciplinará o exercício, em tempo integral, por servidor público, das
atividades de juiz do TIT.

CAPÍTULO II
Da Representação Fiscal

Artigo 72 - A Representação Fiscal, órgão subordinado diretamente à Coordenadoria da


Administração Tributária, tem por atribuições:
I - defender a legislação e os interesses da Fazenda Pública do Estado, no que se refere aos
créditos tributários originários de auto de infração, no processo administrativo tributário;
II - propor ao Coordenador da Administração Tributária a previsão de metas de desempenho, que
objetivem maior celeridade processual em função do número de processos por julgar, do valor do
crédito tributário reclamado ou da gravidade da infração capitulada;
III - promover diligências para saneamento ou aperfeiçoamento da instrução do processo, quando
necessário;
IV - manifestar-se sobre diligência realizada por determinação de Delegado Tributário de
Julgamento, Câmara do Tribunal de Impostos e Taxas ou promovida pela própria Representação
Fiscal, no prazo de 30 (trinta) dias; (NR)
- Inciso IV com redação dada pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
V - interpor, pela Fazenda Pública do Estado, os recursos cabíveis;
VI - apresentar pedido de reforma do julgado administrativo;
VII - elaborar parecer em recurso de ofício;
VIII - contra-arrazoar o recurso interposto pelo autuado, produzindo parecer fundamentado sobre a
procedência da reclamação tributária;
IX - zelar pela fiel execução das leis, dos decretos, regulamentos e atos normativos, emanados
das autoridades competentes;
X - verificar o cumprimento das metas de desempenho previstas, mediante a análise dos relatórios
de produtividade referentes a processos julgados;
XI - propor ao Presidente do TIT a adoção de medidas julgadas necessárias ao bom andamento
dos trabalhos;
XII - comparecer às sessões das câmaras do TIT, de acordo com a oportunidade e conveniência
da Administração, a critério do Diretor da Representação Fiscal, e tomar parte dos debates;
XIII - requerer vista do processo.
§ 1º - Poderão ser estabelecidas exceções às regras dos incisos IV a VIII deste artigo por ato
normativo do Coordenador da Administração Tributária, mediante proposta do Diretor da
Representação Fiscal, com a dispensa das providências a que se referem esses dispositivos.
§ 2º - A competência da Diretoria da Representação Fiscal para a prática dos atos de sua
atribuição independe de circunscrição.
Artigo 73 - Os Representantes Fiscais serão designados pelo Coordenador da Administração
Tributária dentre os integrantes da classe de Agente Fiscal de Rendas.
Parágrafo único - Um dos Representantes Fiscais será designado, cumulativamente, Diretor da
Representação Fiscal.

TÍTULO III
Da Informatização do Processo Administrativo Tributário

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

Artigo 74 - O uso de meio eletrônico na tramitação dos processos administrativos tributários para
a comunicação de atos e a transmissão de peças processuais será admitido nos termos desta lei.
Parágrafo único - Para os fins desta lei, considera-se:
1 - meio eletrônico: qualquer forma de armazenamento ou tráfego de documentos e arquivos
digitais;
2 - transmissão eletrônica: toda forma de comunicação à distância com a utilização de redes de
comunicação, preferencialmente a rede mundial de computadores;
3 - assinatura eletrônica: as seguintes formas de identificação inequívoca do signatário:
a) assinatura digital baseada em certificado digital emitido por Autoridade Certificadora
credenciada, na forma de lei específica;
b) assinatura constante de cadastro do usuário na Secretaria da Fazenda, conforme disciplinado
em regulamento.
Artigo 75 - O envio de petições, de recursos e a prática de atos processuais em geral por meio
eletrônico serão admitidos mediante uso de assinatura eletrônica, na forma do item 3 do parágrafo
único do artigo 74 desta lei, sendo obrigatório o credenciamento prévio na Secretaria da Fazenda,
conforme disciplinado em regulamento.
§ 1º - O credenciamento a que se refere o “caput” deste artigo será realizado mediante
procedimento no qual esteja assegurada a adequada identificação presencial do interessado.
§ 2º - Ao credenciado será atribuído registro e meio de acesso ao sistema, de modo a preservar o
sigilo, a identificação e a autenticidade de suas comunicações.
Artigo 76 - Consideram-se realizados os atos processuais por meio eletrônico no dia e hora do
seu envio ao sistema da Secretaria da Fazenda, do que deverá ser fornecido protocolo eletrônico.
Parágrafo único - Quando a petição eletrônica for enviada para atender prazo processual, serão
consideradas tempestivas as transmitidas até as 24 (vinte e quatro) horas do seu último dia.

CAPÍTULO II
Da Comunicação Eletrônica dos Atos Processuais

Artigo 77 - A Secretaria da Fazenda poderá criar Diário eletrônico, disponibilizado em sítio da


rede mundial de computadores, para publicação de atos administrativos, bem como comunicações
em geral.
§ 1º - O sítio e o conteúdo das publicações de que trata este artigo deverão ser assinados
digitalmente com base em certificado emitido por Autoridade Certificadora credenciada na forma
da lei específica.
§ 2º - A publicação eletrônica na forma deste artigo substitui qualquer outro meio e publicação
oficial, para quaisquer efeitos legais, à exceção dos casos que, por lei, exigem intimação ou vista
pessoal.
§ 3º - Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da
informação no Diário eletrônico.
§ 4º - Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que se seguir ao considerado como
data da publicação.
§ 5º - A criação do Diário eletrônico deverá ser acompanhada de ampla divulgação, e o ato
administrativo correspondente será publicado durante 30 (trinta) dias no Diário Oficial do Estado.
Artigo 78 - As intimações serão feitas por meio eletrônico em portal próprio aos que se
cadastrarem na forma do artigo 74, parágrafo único, item 3, alínea “b”, desta lei, dispensando-se a
publicação no órgão oficial, inclusive a intimação eletrônica.
§ 1º - Considerar-se-á realizada a intimação no dia em que o intimando efetivar a consulta
eletrônica ao teor da intimação, certificando-se nos autos a sua realização.
§ 2º - A intimação será considerada realizada no primeiro dia útil seguinte da consulta eletrônica,
quando esta se realizar em dia não útil.
§ 3º - A consulta a que se referem os §§ 1º e 2º deste artigo deverá ser feita em até 10 (dez) dias
corridos contados da data do envio da intimação, sob pena de considerar-se a intimação
automaticamente realizada na data do término desse prazo.
§ 4º - Em caráter informativo, poderá ser efetivada remessa de correspondência eletrônica,
comunicando o envio da intimação e a abertura automática do prazo processual nos termos do §
3º deste artigo, aos que manifestarem interesse por esse serviço.
§ 5º - Nos casos urgentes em que a intimação feita na forma deste artigo possa causar prejuízo a
quaisquer das partes ou nos casos em que for evidenciada qualquer tentativa de burla ao sistema,
o ato processual deverá ser realizado por outro meio que atinja a sua finalidade, conforme
determinado pelo órgão julgador.
§ 6º - As intimações feitas na forma deste artigo serão consideradas pessoais para todos os
efeitos legais.
Artigo 79 - Todas as comunicações oficiais que transitem entre órgãos da Secretaria da Fazenda
serão feitas preferencialmente por meio eletrônico.

CAPÍTULO III
Do Processo Eletrônico

Artigo 80 - A Secretaria da Fazenda desenvolverá sistemas eletrônicos de processamento de


processos administrativos tributários por meio de autos total ou parcialmente digitais, utilizando,
preferencialmente, a rede mundial de computadores e acesso por meio de redes internas e
externas.
Parágrafo único - Todos os atos processuais do processo eletrônico serão assinados
eletronicamente na forma estabelecida em regulamento.
Artigo 81 - No processo eletrônico, todas as intimações e notificações serão feitas por meio
eletrônico, na forma desta lei.
§ 1º - As intimações, notificações e remessas que viabilizem o acesso à íntegra do processo
correspondente serão consideradas vista pessoal do interessado para todos os efeitos legais.
§ 2º - Quando, por motivo técnico, for inviável o uso do meio eletrônico para a realização de
intimação ou notificação, esses atos processuais poderão ser praticados segundo as regras
ordinárias, digitalizando-se o documento físico, que deverá ser posteriormente destruído.
Artigo 82 - A apresentação e a juntada da defesa, dos recursos e das petições em geral, todos
em formato digital, nos autos de processo eletrônico, podem ser feitas diretamente pelos
contribuintes, sem necessidade da intervenção de órgãos da Secretaria da Fazenda, hipótese em
que a autuação deverá se dar de forma automática, fornecendo-se recibo eletrônico de protocolo.
§ 1º - Quando o ato processual tiver que ser praticado em determinado prazo, por meio de petição
eletrônica, serão considerados tempestivos os efetivados até as 24 (vinte e quatro) horas do último
dia.
§ 2º - No caso do § 1º deste artigo, se o Sistema da Secretaria da Fazenda se tornar indisponível
por motivo técnico, o prazo fica automaticamente prorrogado para o primeiro dia útil seguinte à
resolução do problema.
§ 3º - Os órgãos da Secretaria da Fazenda deverão manter equipamentos de digitalização e de
acesso à rede mundial de computadores à disposição dos interessados para protocolo eletrônico
de peças processuais.
Artigo 83 - Os documentos produzidos eletronicamente e juntados ao processo eletrônico com
garantia da origem e de seu signatário, na forma estabelecida em regulamento, serão
considerados originais para todos os efeitos legais.
§ 1º - Os extratos digitais e os documentos digitalizados e juntados aos autos pelos órgãos da
Secretaria da Fazenda, pelos órgãos da Justiça e seus auxiliares, pelo Ministério Público e seus
auxiliares, pelas Procuradorias das Fazendas Públicas, pelas autoridades policiais, pelas
repartições públicas em geral e por advogados públicos e privados têm a mesma força probante
dos originais, ressalvada a alegação motivada e fundamentada de adulteração antes ou durante o
processo de digitalização.
§ 2º - Os originais dos documentos digitalizados a que se refere o § 1º deste artigo deverão ser
preservados pelo seu detentor até a data em que proferida decisão irrecorrível, podendo ser
requerida a sua juntada aos autos pelas partes e pelos órgãos de julgamento, a qualquer tempo.
§ 3º - Os documentos cuja digitalização seja tecnicamente inviável devido ao grande volume ou
por motivo de ilegibilidade deverão ser apresentados ao órgão da Secretaria da Fazenda
competente no prazo de 10 (dez) dias contados do envio de petição eletrônica comunicando o
fato, os quais serão devolvidos à parte após decisão irrecorrível.
§ 4º - Os documentos digitalizados juntados em processo eletrônico somente estarão disponíveis
para acesso por meio da rede externa para as respectivas partes processuais.
§ 5º - Tratando-se de cópia digital de documento relevante à instrução do processo, o órgão
julgador poderá determinar o seu depósito em órgão da Secretaria da Fazenda, na forma do
regulamento.
Artigo 84 - A conservação dos autos do processo poderá ser efetuada total ou parcialmente por
meio eletrônico.
§ 1º - Os autos dos processos eletrônicos deverão ser protegidos por meio de sistemas de
segurança de acesso e armazenados em meio que garanta a preservação e integridade dos
dados, sendo dispensada a formação de autos suplementares.
§ 2º - Os autos de processos eletrônicos que tiverem de ser remetidos a outros órgãos que não
disponham de sistema compatível deverão, além de outros requisitos estabelecidos em
regulamento:
1 - ser impressos em papel;
2 - ser autuados, mencionando-se a natureza do feito, o número de seu registro, os nomes das
partes e a data do seu início, procedendo-se do mesmo modo quanto aos volumes que tiverem
sido formados;
3 - ter todas as folhas dos autos numeradas e rubricadas pelo responsável pela autuação;
4 - ter os termos de juntada, vista, conclusão e outros semelhantes registrados em notas datadas
e rubricadas pelo responsável pela autuação.
§ 3º - No caso do § 2º deste artigo, o responsável pela autuação certificará os autores ou a origem
dos documentos produzidos nos autos, acrescentando a forma pela qual o banco de dados poderá
ser acessado para aferir a autenticidade das peças e das respectivas assinaturas digitais.
§ 4º - Feita a autuação na forma do disposto no § 2º deste artigo, o processo seguirá a tramitação
estabelecida para os processos físicos.
§ 5º - A digitalização de autos em mídia não digital, em tramitação ou já arquivados, será
precedida de publicação de editais de intimações ou da intimação pessoal das partes e de seus
procuradores, para que, no prazo preclusivo de 30 (trinta) dias, manifestem-se sobre o desejo de
manterem a guarda de algum dos documentos originais.
Artigo 85 - O órgão julgador poderá determinar que sejam realizados por meio eletrônico a
exibição e o envio de dados e de documentos necessários à instrução do processo.
Parágrafo único - O acesso aos dados e documentos de que trata este artigo dar-se-á por
qualquer meio tecnológico disponível, preferencialmente o de menor custo, considerada sua
eficiência.

TÍTULO IV
Disposições Finais e Transitórias

Artigo 86 - Durante os primeiros 180 (cento e oitenta) dias de vigência desta lei, as disposições
contidas no Título III da presente lei não serão aplicadas ao contribuinte que, por escrito, optar
expressamente por sua não utilização.
Artigo 87 - A Administração Tributária não executará procedimento fiscal e não lavrará auto de
infração quando os custos claramente superarem a expectativa da correspondente receita, nos
termos de instruções expedidas pela Secretaria da Fazenda.
Artigo 88 - O recolhimento integral do valor do débito fiscal, desde que certificado pelo fisco,
extingue o processo em relação à correspondente exigência.
§ 1º - Para os efeitos deste artigo, considera-se débito fiscal o valor do tributo, da multa, da
atualização monetária e dos juros de mora, calculados até a data do recolhimento.
§ 2º - Sendo parcial ou insuficiente o recolhimento, o valor recolhido será objeto de imputação em
pagamento, mediante a distribuição proporcional entre os componentes do débito, quando de sua
liquidação.
Artigo 89 - Nenhum auto de infração ou processo dele decorrente poderá ser arquivado sem
despacho fundamentado da autoridade competente.
Artigo 90 - Das decisões proferidas por autoridades administrativas, em matéria estranha à
competência dos órgãos de julgamento de que trata esta lei, caberá recurso, uma única vez,
dentro do prazo de 30 (trinta) dias a contar da notificação do despacho, para a autoridade
imediatamente superior à que houver proferido a decisão.
Artigo 91 - Os atos processuais terão sua forma, prazo e exercício regidos pela legislação
processual em vigor na data em que se tenha iniciado a fluência do prazo para sua prática.
Artigo 92 - A Administração, mediante a edição de atos normativos, poderá estabelecer outras
disposições complementares aplicáveis ao processo administrativo tributário de que trata esta lei.
Artigo 93 - Não se compreendem na competência das Delegacias Tributárias de Julgamento nem
do TIT as questões relativas a:
I - pedidos de compensação ou de restituição de tributos e demais receitas;
II - pedidos de reconhecimento de imunidade, isenção, não incidência e utilização de benefícios
fiscais e regimes especiais;
III - autorização para aproveitamento ou transferência de créditos.
Parágrafo único - A atribuição para decidir questões relativas a pedidos de compensação ou
restituição de tributos e demais receitas poderá ser conferida a órgãos de julgamento no âmbito da
Delegacia Tributária de Julgamento, por ato do Poder Executivo.
Artigo 94 - A Secretaria do Tribunal terá o prazo de 180 (cento e oitenta) dias para providenciar
que as decisões proferidas a partir da publicação desta lei por todas as Câmaras de Julgamento
do Tribunal sejam publicadas, na íntegra, em sítio na rede mundial de computadores.
Artigo 95 - As despesas oriundas da presente lei correrão à conta das dotações próprias
consignadas no orçamento vigente da Secretaria da Fazenda.
Artigo 96 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de sua
regulamentação.
Artigo 97 - Fica revogada a Lei nº 10.941, de 25 de outubro de 2001.
Palácio dos Bandeirantes, 18 de março de 2009.
JOSÉ SERRA
Mauro Ricardo Machado Costa
Secretário da Fazenda
Aloysio Nunes Ferreira Filho
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 18 de março de 2009.
A

Ficha informativa
LEI Nº 13.160, DE 21 DE JULHO DE 2008
(Projeto de lei nº 446/04, da Deputada Maria Lúcia Amary - PSDB)

Altera a Lei n. 11.331, de 26 de dezembro de 2002, que dispõe sobre emolumentos relativos aos
atos praticados pelos serviços notariais e de registro.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:


Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:
Artigo 1º - Passam a vigorar com a seguinte redação os itens 7 e 8 das Notas Explicativas da
Tabela IV - Dos Tabelionatos de Protesto de Títulos da Lei nº 11.331, de 26 de dezembro de 2002,
que dispõe sobre os emolumentos relativos aos atos praticados pelos serviços notariais e de
registro, em face das disposições da Lei federal nº 10.169, de 29 de dezembro de 2000:
I - o item 7:
"7 - Havendo interesse da administração pública federal, estadual ou municipal, os tabelionatos de
protesto de títulos e de outros documentos de dívida ficam obrigados a recepcionar para protesto
comum ou falimentar, as certidões de dívida ativa, devidamente inscrita, independentemente de
prévio depósito dos emolumentos, custas, contribuições e de qualquer outra despesa, cujos
valores serão pagos na forma prevista no item 6, bem como o crédito decorrente de aluguel e de
seus encargos, desde que provado por contrato escrito, e ainda o crédito do condomínio,
decorrente das quotas de rateio de despesas e da aplicação de multas, na forma da lei ou
convenção de condomínio, devidas pelo condômino ou possuidor da unidade. O protesto poderá
ser tirado, além do devedor principal, contra qualquer dos co-devedores, constantes do
documento, inclusive fiadores, desde que solicitado pelo apresentante." (NR).
II - o item 8:
"8 - Compreendem-se como títulos e outros documentos de dívidas, sujeitos a protesto comum ou
falimentar, os títulos de crédito, como tal definidos em lei, e os documentos considerados como
títulos executivos judiciais e extrajudiciais pela legislação processual, inclusive as certidões da
dívida ativa inscrita de interesse da União, dos Estados e dos Municípios, em relação aos quais a
apresentação a protesto independe de prévio depósito dos emolumentos, custas, contribuições e
de qualquer outra despesa, cujos valores serão pagos pelos respectivos interessados no ato
elisivo do protesto ou, quando protestado o título ou documento, no ato do pedido do
cancelamento de seu registro, observados os valores dos emolumentos e das despesas vigentes
na data da protocolização do título ou documento, nos casos de aceite, devolução, pagamento ou
desistência do protesto, ou na data do cancelamento do protesto, observando-se, neste caso, no
cálculo, a faixa de referência do título ou documento na data de sua protocolização. Os contratos
de locação e demais documentos demonstrativos da dívida poderão ser apresentados por meio de
cópia autenticada; não estando indicado no título ou no documento de dívida o valor exato do
crédito, ou quando este se referir a parcela vencida, o apresentante, sob sua inteira
responsabilidade, deverá juntar demonstrativo de seu valor." (NR).
Artigo 2º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio dos Bandeirantes, aos 21 de julho de 2008.
José Serra
Luiz Antônio Guimarães Marrey
Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania
Aloysio Nunes Ferreira Filho
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 21 de julho de 2008.
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

DECRETO Nº 6.021, DE 22 DE JANEIRO DE 2007.

Cria a Comissão Interministerial de Governança


Corporativa e de Administração de Participações
Societárias da União - CGPAR, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da
Constituição,

DECRETA:

Art. 1o Fica criada a Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações


Societárias da União - CGPAR, com a finalidade de tratar de matérias relacionadas com a governança corporativa nas
empresas estatais federais e da administração de participações societárias da União.

Parágrafo único. Para os fins deste Decreto, consideram-se:

I - empresas estatais federais: as empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e
controladas e demais sociedades em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com
direito a voto;

II - participações: os direitos da União decorrentes da propriedade, direta ou indireta, do total ou de parcela do


capital de sociedades;

III - administração de participações: todas as atividades administrativas relacionadas ao exercício das funções de
acionista, quotista ou proprietário do capital de empresas; e

IV - governança corporativa: conjunto de práticas de gestão, envolvendo, entre outros, os relacionamentos entre
acionistas ou quotistas, conselhos de administração e fiscal, ou órgãos com funções equivalentes, diretoria e auditoria
independente, com a finalidade de otimizar o desempenho da empresa e proteger os direitos de todas as partes
interessadas, com transparência e eqüidade, com vistas a maximizar os resultados econômico-sociais da atuação das
empresas estatais federais;

Art. 2o A CGPAR será composta pelos Ministros de Estado:

I - do Planejamento, Orçamento e Gestão, que a presidirá;

II - da Fazenda; e

III - Chefe da Casa Civil da Presidência da República.

§ 1o Poderão ser convidados a participar das reuniões da CGPAR, sem direito a voto, Ministros de Estado
responsáveis pela supervisão de empresas estatais com interesse nos assuntos objeto de deliberação, bem como
dirigentes e conselheiros de administração e fiscal das empresas estatais federais e representantes de outros órgãos
ou entidades da administração pública federal, responsáveis por matérias a serem apreciadas.

§ 2o Os Ministros de Estado titulares da CGPAR serão substituídos em suas ausências ou impedimentos pelos
respectivos Secretários-Executivos.

§ 3o O Ministro de Estado do Controle e Transparência participará das reuniões da CGPAR quando constar da
pauta do colegiado o exercício da competência referida no inciso V do art. 3o deste Decreto.

Art. 3o Compete à CGPAR:

I - aprovar diretrizes e estratégias relacionadas à participação acionária da União nas empresas estatais
federais, com vistas à:

a) defesa dos interesses da União, como acionista;

b) promoção da eficiência na gestão, inclusive quanto à adoção das melhores práticas de governança
corporativa;

c) aquisição e venda de participações detidas pela União, inclusive o exercício de direitos de subscrição;
d) atuação das empresas estatais federais na condição de patrocinadoras de planos de benefícios administrados
por entidades fechadas de previdência complementar;

e) fixação da remuneração de dirigentes;

f) fixação do número máximo de cargos de livre provimento;

g) expectativa de retorno do capital dos investimentos com recursos da União;

h) distribuição de remuneração aos acionistas; e

i) divulgação de informações nos relatórios da administração e demonstrativos contábeis e financeiros, no caso


das empresas públicas e sociedades de capital fechado;

II - estabelecer critérios para avaliação e classificação das empresas estatais federais, com o objetivo de traçar
políticas de interesse da União, tendo em conta, dentre outros, os seguintes aspectos:

a) desempenho econômico-financeiro;

b) práticas adotadas de governança corporativa;

c) gestão empresarial;

d) setor de atuação, porte, ações negociadas em bolsas de valores nacionais e internacionais; e

e) recebimento de recursos do Tesouro Nacional a título de despesas correntes ou de capital;

III - estabelecer critérios e procedimentos, a serem adotados pelos órgãos competentes, para indicação de
diretores e dos representantes da União nos conselhos de administração e fiscal das empresas estatais federais,
observados, dentre outros, os seguintes requisitos:

a) capacitação técnica;

b) conhecimentos afins à área de atuação da empresa e à função a ser nela exercida; e

c) reputação ilibada;

IV - estabelecer diretrizes para a atuação dos representantes da União nos conselhos de administração e fiscal,
ou órgãos com funções equivalentes, das empresas estatais federais e de sociedades em que a União participa como
minoritária; e

V - estabelecer padrão de conduta ética dos representantes da União nos conselhos de administração e fiscal
das empresas estatais federais e de sociedades em que a União participa como minoritária, sem prejuízo das normas
já definidas pela própria sociedade; e

VI - aprovar o seu regimento interno, mediante resolução.

Art. 4o Fica criado o Grupo Executivo, como unidade executiva de apoio técnico e administrativo da CGPAR,
composto por um representante titular e respectivo suplente de cada órgão a seguir indicado:

I - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que o coordenará;

II - Ministério da Fazenda; e

III - Casa Civil da Presidência da República.

§ 1o Os representantes serão indicados pelos titulares dos respectivos órgãos, no prazo de quarenta e cinco
dias, a contar da data de publicação deste Decreto, e designados pelo Ministro de Estado do Planejamento,
Orçamento e Gestão.

§ 2o O Grupo Executivo reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por mês e, extraordinariamente, sempre que
convocado pelo seu coordenador.

§ 3o O coordenador do Grupo Executivo deverá convocar representante da Secretaria de Orçamento Federal,


do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, sempre que o objeto de deliberação das reuniões envolver
empresas estatais federais dependentes, na forma definida pelo inciso III do art. 2o da Lei Complementar no 101, de 4
de maio de 2000, ou quando tratar de transferência de recursos do Tesouro Nacional para cobertura de despesas de
capital.

§ 4o O coordenador do Grupo Executivo poderá convidar representantes de entidades públicas ou privadas para
participar de suas reuniões.
Art. 5o Compete ao Grupo Executivo:

I - formular propostas de diretrizes globais e estratégias para submeter à apreciação da CGPAR;

II - acompanhar a implementação das diretrizes e estratégias aprovadas pela CGPAR;

III - propor a realização de reuniões da CGPAR; e

IV - apoiar, de forma administrativa e logística, a realização das reuniões da CGPAR.

Parágrafo único. Quando se tratar de matérias específicas de órgãos da administração pública federal não
citados neste Decreto, o parecer do Grupo Executivo será acompanhado de avaliação técnica do respectivo órgão.

Art. 6o A CGPAR e o Grupo Executivo poderão instituir comissões temáticas, de caráter temporário, destinadas
ao estudo e à elaboração de propostas sobre matérias específicas.

§ 1o O ato de instituição de comissão temática estabelecerá seus objetivos específicos, sua composição e prazo
para apresentação de resultados.

§ 2o Poderão ser convidados a participar dos trabalhos das comissões temáticas representantes de órgãos, de
entidades públicas ou privadas, de empresas estatais e dos Poderes Legislativo e Judiciário.

Art. 7o A CGPAR deliberará por consenso, mediante resolução.

Parágrafo único. As deliberações da CGPAR serão precedidas de pareceres técnicos do Grupo Executivo.

Art. 8o As empresas estatais federais e os órgãos da administração pública federal deverão fornecer
informações ou estudos requisitados pela CGPAR e pelo Grupo Executivo.

Art. 9o Tendo em vista o disposto no art. 8o-C da Lei no 9.028, de 12 de abril de 1995, a CGPAR poderá
recomendar ao Advogado-Geral da União a avocação, a integração ou a coordenação dos trabalhos a cargo de órgão
jurídico de empresa estatal, na defesa dos interesses da União e em hipóteses que possam trazer reflexos de
natureza econômica, ainda que indiretos, ao erário federal.

Art. 10. Compete aos dirigentes de órgãos da administração pública federal e aos representantes da União nos
conselhos de administração e fiscal das empresas estatais federais, respeitadas suas atribuições legais e estatutárias,
adotar as medidas necessárias à observância das diretrizes e estratégias da CGPAR.

Parágrafo único. O Procurador da Fazenda Nacional, nas assembléias de acionistas ou nas deliberações dos
sócios das sociedades controladas diretamente pela União, bem assim os representantes dessas nas assembléias ou
reuniões das respectivas subsidiárias e controladas, observarão as diretrizes e estratégias emanadas da CGPAR nas
matérias que dependam de deliberação de assembléia ou reunião, nos termos das Leis nos 6.404, de 15 de dezembro
de 1976, 10.406, de 10 de janeiro de 2002, e demais legislações de regência.

Art. 11. A atuação no âmbito da CGPAR e do Grupo Executivo não enseja qualquer remuneração para seus
membros e os trabalhos nela desenvolvidos são considerados prestação de relevante serviço público.

Parágrafo único. Eventuais despesas com a execução do disposto neste Decreto, inclusive as decorrentes de
deslocamentos dos membros da CGPAR e do Grupo Executivo, correrão à conta do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão.

Art. 12. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 22 de janeiro de 2007; 186o da Independência e 119o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA


Guido Mantega
João Bernardo de Azevedo Bringel
Dilma Rousseff

Este texto não substitui o publicado no DOU de 22.1.2007 - Edição extra

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