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Direito Constitucional
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Lei 11.377/2003
Direito Pessoal
Lei 10.261/1968
LC 924/2002
Decreto 54.376/2009
LC 1179/2012
LC 1093/2009
LC 500/1974
LC 1270/2015
Direito Previdenciário
Emendas Constitucionais (referências)
Lei 9717/1998 Lei 14.653/2011
LC 1010/2007
LC 180/1978
LC 1012/2007
Decreto 52.859/2008
LC 1013/2007
Decreto 52.860/2008
Direito Ambeintal
LC 140/2011
Lei 9209/1997
Lei 13.507/2009
Lei 12.300/2006
Direito Tributário
Lei 13.296/2008
Lei 10.705/2000
Lei 6.374/1989
Lei 12.799/2008
Lei 13.457/209
Lei 13.160/2008
Direito Financeiro
Decreto 6021/2007
Obra atualizada com base no Vade Mecum Paulista disponibilizado pela Profª Thaís Souza
A
Ficha informativa
Texto com alterações
CONSTITUIÇÃO ESTADUAL, DE 05 DE OUTUBRO DE 1989
(Atualizada até a Emenda Constitucional nº 45, de 18 de dezembro de 2017)
PREÂMBULO
TÍTULO I
Dos Fundamentos do Estado
TÍTULO II
Da Organização dos Poderes
CAPÍTULO I
Disposições Preliminares
CAPÍTULO II
Do Poder Legislativo
SEÇÃO I
Da Organização do Poder Legislativo
Artigo 9º - O Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa, constituída de Deputados,
eleitos e investidos na forma da legislação federal, para uma legislatura de quatro anos.
§1º - A Assembleia Legislativa reunir-se-á, em sessão legislativa anual, independentemente de
convocação, de 1º de fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro.
§2º - No primeiro ano da legislatura a Assembleia Legislativa reunir-se-á, da mesma forma, em
sessões preparatórias, a partir de 15 de março, para a posse de seus membros e eleição da
Mesa. (NR)
- § 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 11/11/1996.
§3º - As reuniões marcadas para as datas fixadas no § 1º serão transferidas para o primeiro dia
útil subsequente, quando recaírem em sábado, domingo ou feriado.
§4º - A sessão legislativa não será interrompida sem aprovação do projeto de lei de diretrizes
orçamentárias e sem deliberação sobre o projeto de lei do orçamento e sobre as contas prestadas
pelo Governador, referentes ao exercício anterior. (NR)
- § 4º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 5, de 18/12/1998.
§5º - A convocação extraordinária da Assembleia Legislativa far-se-á:
1 - pelo Presidente, nos seguintes casos:
a) decretação de estado de sítio ou de estado de defesa que atinja todo ou parte do território
estadual;
b) intervenção no Estado ou em Município;
c) recebimento dos autos de prisão de Deputado, na hipótese de crime inafiançável.
2 - pela maioria absoluta dos membros da Assembleia Legislativa ou pelo Governador, em caso de
urgência ou interesse público relevante.
§6º - Na sessão legislativa extraordinária, a Assembleia Legislativa somente deliberará sobre a
matéria para a qual foi convocada, vedado o pagamento de parcela indenizatória de valor superior
ao subsídio mensal. (NR)
- § 6º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 10 - A Assembleia Legislativa funcionará em sessões públicas, presente, nas sessões
deliberativas, pelo menos um quarto de seus membros e, nas sessões exclusivamente de
debates, pelo menos um oitavo de seus membros. (NR)
- Artigo 10, "caput", com redação dada pela Emenda Constitucional nº 36, de 17/05/2012.
§1º - Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações da Assembleia Legislativa e de
suas Comissões serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus
membros.
§2º - O voto será público. (NR)
- § 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 12, de 28/06/2001.
Artigo 11 - Os membros da Mesa e seus substitutos serão eleitos para um mandato de dois anos.
§1º - A eleição far-se-á, em primeiro escrutínio, pela maioria absoluta da Assembleia Legislativa.
§2º - É vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente.
Artigo 12 - Na constituição da Mesa e das Comissões assegurar-se-á, tanto quanto possível, a
representação proporcional dos partidos políticos com assento na Assembleia Legislativa.
Artigo 13 - A Assembleia Legislativa terá Comissões permanentes e temporárias, na forma e com
as atribuições previstas no Regimento Interno.
§1º - Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
1 - discutir e votar projetos de lei que dispensarem, na forma do Regimento Interno, a competência
do Plenário, salvo se houver, para decisão deste, requerimento de um décimo dos membros da
Assembleia Legislativa;
2 - convocar Secretário de Estado, sem prejuízo do disposto no artigo 52-A, para prestar
pessoalmente, no prazo de 30 (trinta) dias, informações sobre assunto previamente determinado,
importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada; (NR)
- Item 2 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 27, de 15/06/2009.
3 - convocar dirigentes de autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e
fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público, para prestar informações sobre assuntos de
área de sua competência, previamente determinados, no prazo de trinta dias, sujeitando-se, pelo
não comparecimento sem justificação adequada, às penas da lei;
4 - convocar o Procurador-Geral de Justiça, o Procurador-Geral do Estado e o Defensor Público-
Geral, para prestar informações a respeito de assuntos previamente fixados, relacionados com a
respectiva área;
5 - acompanhar a execução orçamentária;
6 - realizar audiências públicas dentro ou fora da sede do Poder Legislativo;
7 - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou
omissões das autoridades ou entidades públicas;
8 - velar pela completa adequação dos atos do Poder Executivo que regulamentem dispositivos
legais;
9 - tomar o depoimento de autoridade e solicitar o de cidadão;
10 - fiscalizar e apreciar programas de obras, planos estaduais, regionais e setoriais de
desenvolvimento e, sobre eles, emitir parecer;
11 - convocar representantes de empresa resultante de sociedade desestatizada e representantes
de empresa prestadora de serviço público concedido ou permitido, para prestar informações sobre
assuntos de sua área de competência, previamente determinados, no prazo de 30 (trinta) dias,
sujeitando-se, pelo não comparecimento sem adequada justificação, às penas da lei. (NR)
- Item 11 acrescentado pela Emenda Constitucional nº 10, de 20/02/2001.
§2º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento Interno, serão criadas mediante
requerimento de um terço dos membros da Assembleia Legislativa, para apuração de fato
determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, quando for o caso, encaminhadas aos
órgãos competentes do Estado para que promovam a responsabilidade civil e criminal de quem de
direito.
§3º - O Regimento Interno disporá sobre a competência da Comissão representativa da
Assembleia Legislativa que funcionará durante o recesso, quando não houver convocação
extraordinária.
§4º - Aplicam-se ao Conselho de Defesa das Prerrogativas Parlamentares da Assembleia
Legislativa as competências previstas nos itens 2, 3, 7 e 11 do § 1º deste artigo, para apuração de
fatos e informações estritamente afetos à inobservância ou infringência das prerrogativas das
Deputadas e Deputados. (NR)
- § 4º acrescentado pela Emenda Constitucional nº 42, de 15/10/2015.
SEÇÃO II
Dos Deputados
Artigo 14 - Os Deputados são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos. (NR)
- Artigo 14, "caput", com redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 12/03/2002.
§1º - Os Deputados, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o
Tribunal de Justiça. (NR)
- § 1º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§2º - Desde a expedição do diploma, os membros da Assembleia Legislativa não poderão ser
presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de
vinte e quatro horas à Assembleia Legislativa, para que, pelo voto da maioria de seus membros,
resolva sobre a prisão. (NR)
§3º - Recebida a denúncia contra Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Tribunal de
Justiça dará ciência à Assembleia Legislativa que, por iniciativa de partido político nela
representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o
andamento da ação. (NR)
§4º - O pedido de sustação será apreciado pela Assembleia Legislativa no prazo improrrogável de
quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. (NR)
§5º - A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato. (NR)
§6º - Os Deputados não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou
prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles
receberam informações. (NR)
§7º - A incorporação às Forças Armadas de Deputados, embora militares e ainda que em tempo
de guerra, dependerá de prévia licença da Assembléia Legislativa. (NR)
§8º - As imunidades de Deputados subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser
suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Assembléia Legislativa, nos casos de
atos praticados fora do recinto dessa Casa, que sejam incompatíveis com a execução da
medida. (NR)
- §§ 2º ao 8º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 12/03/2002.
§9º - O Deputado ou a Deputada, sempre que representando uma das Comissões Permanentes,
Comissões Parlamentares de Inquérito ou a Assembleia Legislativa, neste último caso mediante
deliberação do Plenário, terá livre acesso às repartições públicas, podendo diligenciar
pessoalmente junto aos órgãos da administração direta e indireta e agências reguladoras,
sujeitando-se os respectivos responsáveis às sanções civis, administrativas e penais previstas em
lei, na hipótese de recusa ou omissão. (NR)
- § 9º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 31, de 21/10/2009.
§9º-A - Suprimido.
- § 9º-A suprimido pela Emenda Constitucional nº 31, de 21/10/2009.
§10 - No caso de inviolabilidade por quaisquer opiniões, palavras, votos e manifestações verbais
ou escritas de deputado em razão de sua atividade parlamentar, impende-se o arquivamento de
inquérito policial e o imediato não-conhecimento de ação civil ou penal promovida com
inobservância deste direito do Poder Legislativo, independentemente de prévia comunicação ao
deputado ou à Assembleia Legislativa. (NR)
§11 - Salvo as hipóteses do § 10, os procedimentos investigatórios e as suas diligências de caráter
instrutório somente serão promovidos perante o Tribunal de Justiça, e sob seu controle, a quem
caberá ordenar toda e qualquer providência necessária à obtenção de dados probatórios para
demonstração de alegado delito de deputado. (NR)
- §§ 10 e 11 acrescentados pela Emenda Constitucional nº 15, de 15/05/2002.
Artigo 15 - Os Deputados não poderão:
I - desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública,
sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o
contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, incluindo os de que sejam
demissíveis “ad nutum”, nas entidades constantes da alínea anterior;
II - desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de
contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis “ad nutum”, nas entidades referidas na
alínea “a” do inciso I;
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere a alínea “a”
do inciso I;
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato eletivo federal, estadual ou municipal.
Artigo 16 - Perderá o mandato o Deputado:
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça-parte das sessões ordinárias,
salvo licença ou missão autorizada pela Assembleia Legislativa;
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição Federal;
VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. (NR)
- A expressão "nos crimes apenados com reclusão, atentatórios ao decoro parlamentar", acrescentada ao inciso VI pela
Emenda Constitucional nº 18, de 30/03/2004, foi declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da
ADI nº 3200/2004, julgada em 22/05/2014.
§1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no Regimento Interno, o
abuso das prerrogativas asseguradas ao Deputado ou a percepção de vantagens indevidas.
§2º - Nos casos dos incisos I, II e VI deste artigo, a perda do mandato será decidida pela
Assembleia Legislativa, por votação nominal e maioria absoluta, mediante provocação da Mesa ou
de partido político representado no Legislativo, assegurada ampla defesa. (NR)
- § 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 11, de 28/06/2001.
§3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa, de ofício ou
mediante provocação de qualquer dos membros da Assembleia Legislativa ou de partido político
nela representado, assegurada ampla defesa.
Artigo 17 - Não perderá o mandato o Deputado:
I - investido na função de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do
Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou Chefe de Missão Diplomática temporária;
II - licenciado pela Assembleia Legislativa por motivo de doença ou para tratar, sem subsídio, de
interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por
sessão legislativa. (NR)
- Inciso II com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§1º - O Suplente será convocado, nos casos de vaga, com a investidura nas funções previstas
neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias.
§2º - Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição, se faltarem mais de quinze meses
para o término do mandato.
§3º - Na hipótese do inciso I deste artigo, o Deputado poderá optar pelo subsídio fixado aos
parlamentares estaduais. (NR)
- § 3º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 18 - O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembleia
Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie,
para os Deputados Federais, observado o que dispõem os artigos 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153,
III, e 153, § 2º, I, da Constituição Federal. (NR)
- Artigo 18, "caput", com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Parágrafo único - Os Deputados farão declaração pública de bens, no ato da posse e no término
do mandato.
SEÇÃO III
Das Atribuições do Poder Legislativo
Artigo 19 - Compete à Assembleia Legislativa, com a sanção do Governador, dispor sobre todas
as matérias de competência do Estado, ressalvadas as especificadas no artigo 20, e
especialmente sobre:
I - sistema tributário estadual, instituição de impostos, taxas, contribuições de melhoria e
contribuição social;
II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida
pública e empréstimos externos, a qualquer título, pelo Poder Executivo;
III - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que
estabelece o artigo 47, XIX, “b”; (NR)
- Inciso III com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
IV - autorização para a alienação de bens imóveis do Estado ou a cessão de direitos reais a eles
relativos, bem como o recebimento, pelo Estado, de doações com encargo, não se considerando
como tal a simples destinação específica do bem;
V - autorização para cessão ou para concessão de uso de bens imóveis do Estado para
particulares, dispensado o consentimento nos casos de permissão e autorização de uso,
outorgada a título precário, para atendimento de sua destinação específica;
VI - criação e extinção de Secretarias de Estado e órgãos da administração pública; (NR)
- Inciso VI com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
VII - bens do domínio do Estado e proteção do patrimônio público;
VIII - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público, da Defensoria Pública e da
Procuradoria Geral do Estado;
IX - normas de direito financeiro.
Artigo 20 - Compete, exclusivamente, à Assembleia Legislativa:
I - eleger a Mesa e constituir as Comissões;
II - elaborar seu Regimento Interno;
III - dispor sobre a organização de sua Secretaria, funcionamento, polícia, criação, transformação
ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços e a iniciativa de lei para fixação da
respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias; (NR)
- Inciso III com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
IV - dar posse ao Governador e ao Vice-Governador eleitos e conceder-lhes licença para
ausentar-se do Estado, por mais de quinze dias;
V - apresentar projeto de lei para fixar, para cada exercício financeiro, os subsídios do Governador,
do Vice-Governador, dos Secretários de Estado e dos Deputados Estaduais; (NR)
- Inciso V com redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 08/04/2005.
VI - tomar e julgar, anualmente, as contas prestadas pela Mesa da Assembleia Legislativa, pelo
Governador e pelo Presidente do Tribunal de Justiça, respectivamente, do Poder Legislativo, do
Poder Executivo e do Poder Judiciário, e apreciar os relatórios sobre a execução dos Planos de
Governo;
VII - decidir, quando for o caso, sobre intervenção estadual em Município;
VIII - autorizar o Governador a efetuar ou contrair empréstimos, salvo com Município do Estado,
suas entidades descentralizadas e órgãos ou entidades federais;
IX - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar;
X - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, inclusive os da administração
descentralizada;
XI - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas do Estado, após arguição em sessão
pública;
XII - aprovar previamente, após argüição em sessão pública, a escolha dos titulares dos cargos de
Conselheiros do Tribunal de Contas, indicados pelo Governador do Estado; (NR)
- Inciso XII com redação dada pela Emenda Constitucional nº 12, de 28/06/2001.
XIII - suspender, no todo ou em parte, a execução de lei ou ato normativo declarado
inconstitucional em decisão irrecorrível do Tribunal de Justiça;
XIV - convocar Secretários de Estado, dirigentes, diretores e Superintendentes de órgãos da
administração pública indireta e fundacional e Reitores das universidades públicas estaduais para
prestar, pessoalmente, informações sobre assuntos previamente determinados, no prazo de trinta
dias, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificativa; (NR)
- Inciso XIV com redação dada pela Emenda Constitucional nº 9, de 19/05/2000.
- Inciso XIV ver STF - ADI nº 5289/2015.
XV - convocar o Procurador-Geral de Justiça, o Procurador-Geral do Estado e o Defensor Público-
Geral, para prestar informações sobre assuntos previamente determinados, no prazo de trinta
dias, sujeitando-se às penas da lei, na ausência sem justificativa;
XVI - requisitar informações dos Secretários de Estado, dirigentes, diretores e superintendentes de
órgãos da administração pública indireta e fundacional, do Procurador-Geral de Justiça, dos
Reitores das universidades públicas estaduais e dos diretores de Agência Reguladora sobre
assunto relacionado com sua pasta ou instituição, importando crime de responsabilidade não só a
recusa ou o não atendimento, no prazo de trinta dias, bem como o fornecimento de informações
falsas; (NR)
- Inciso XVI com redação dada pela Emenda Constitucional nº 24, de 23/01/2008.
- Inciso XVI ver STF - ADI nº 4052/2008 e nº 5289/2015.
XVII - declarar a perda do mandato do Governador;
XVIII - autorizar referendo e convocar plebiscito, exceto nos casos previstos nesta Constituição;
XIX - autorizar ou aprovar convênios, acordos ou contratos de que resultem para o Estado
encargos não previstos na lei orçamentária;
XX - mudar temporariamente sua sede;
XXI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa de
outros Poderes;
XXII - solicitar intervenção federal, se necessário, para assegurar o livre exercício de suas
funções;
XXIII - destituir o Procurador-Geral de Justiça, por deliberação da maioria absoluta de seus
membros;
XXIV - solicitar ao Governador, na forma do Regimento Interno, informações sobre atos de sua
competência privativa, bem como ao Presidente do Tribunal de Justiça, informações de natureza
eminentemente administrativa;
- Inciso XXIV com redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, de 17/09/2015.
XXV - receber a denúncia e promover o respectivo processo, no caso de crime de
responsabilidade do Governador do Estado;
XXVI - apreciar, anualmente, as contas do Tribunal de Contas.
SEÇÃO IV
Do Processo Legislativo
Artigo 21 - O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emenda à Constituição;
II - lei complementar;
III - lei ordinária;
IV - decreto legislativo;
V - resolução.
Artigo 22 - A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Assembleia Legislativa;
II - do Governador do Estado;
III - de mais de um terço das Câmaras Municipais do Estado, manifestando-se, cada uma delas,
pela maioria relativa de seus membros;
IV - de cidadãos, mediante iniciativa popular assinada, no mínimo, por um por cento dos eleitores.
§1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de estado de defesa ou de estado de
sítio.
§2º - A proposta será discutida e votada em dois turnos, considerando-se aprovada quando
obtiver, em ambas as votações, o voto favorável de três quintos dos membros da Assembleia
Legislativa.
§3º - A emenda à Constituição será promulgada pela Mesa da Assembleia Legislativa, com o
respectivo número de ordem.
§4º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada não poderá ser objeto de nova
proposta na mesma sessão legislativa.
Artigo 23 - As leis complementares serão aprovadas pela maioria absoluta dos membros da
Assembleia Legislativa, observados os demais termos da votação das leis ordinárias.
Parágrafo único - Para os fins deste artigo, consideram-se complementares:
1 - a Lei de Organização Judiciária;
2 - a Lei Orgânica do Ministério Público;
3 - a Lei Orgânica da Procuradoria Geral do Estado;
4 - a Lei Orgânica da Defensoria Pública;
5 - a Lei Orgânica da Polícia Civil;
6 - a Lei Orgânica da Polícia Militar;
7 - a Lei Orgânica do Tribunal de Contas;
8 - a Lei Orgânica das Entidades Descentralizadas;
9 - a Lei Orgânica do Fisco Estadual;
10 - os Estatutos dos Servidores Civis e dos Militares;
11 - o Código de Educação;
12 - o Código de Saúde;
13 - o Código de Saneamento Básico;
14 - o Código de Proteção ao Meio Ambiente;
15 - o Código Estadual de Proteção contra Incêndios e Emergências;
16 - a Lei sobre Normas Técnicas de Elaboração Legislativa;
17 - a Lei que institui regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões;
18 - a Lei que impuser requisitos para a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de
Municípios ou para a sua classificação como estância de qualquer natureza.
Artigo 24 - A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou
Comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao
Procurador-Geral de Justiça e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
§1º - Compete, exclusivamente, à Assembleia Legislativa a iniciativa das leis que disponham
sobre:
1 - criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios; (NR)
2 - regras de criação, organização e supressão de distritos nos Municípios. (NR)
- Itens 1 e 2 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 2, de 21/02/1995.
3 - subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado, observado o que
dispõem os artigos 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I, da Constituição Federal. (NR)
- Item 3 acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
4 - declaração de utilidade pública de entidades de direito privado. (NR)
- Item 4 acrescentado pela Emenda Constitucional nº 24, de 23/01/2008.
- Item 4 ver STF - ADI nº 4052/2008.
§2º - Compete, exclusivamente, ao Governador do Estado a iniciativa das leis que disponham
sobre:
1 - criação e extinção de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e
autárquica, bem como a fixação da respectiva remuneração;
2 - criação e extinção das Secretarias de Estado e órgãos da administração pública, observado o
disposto no artigo 47, XIX; (NR)
- Item 2 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
3 - organização da Procuradoria Geral do Estado e da Defensoria Pública do Estado, observadas
as normas gerais da União;
4 - servidores públicos do Estado, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e
aposentadoria; (NR)
5 - militares, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração,
reforma e transferência para inatividade, bem como fixação ou alteração do efetivo da Polícia
Militar; (NR)
- Itens 4 e 5 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
6 - criação, alteração ou supressão de cartórios notariais e de registros públicos.
- Item 6 ver STF - ADI nº 4223/2009.
§3º - O exercício direto da soberania popular realizar-se-á da seguinte forma:
1 - a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação de projeto de lei subscrito por, no
mínimo, cinco décimos de unidade por cento do eleitorado do Estado, assegurada a defesa do
projeto, por representante dos respectivos responsáveis, perante as Comissões pelas quais
tramitar;
2 - um por cento do eleitorado do Estado poderá requerer à Assembleia Legislativa a realização de
referendo sobre lei;
3 - as questões relevantes aos destinos do Estado poderão ser submetidas a plebiscito, quando
pelo menos um por cento do eleitorado o requerer ao Tribunal Regional Eleitoral, ouvida a
Assembleia Legislativa;
4 - o eleitorado referido nos itens anteriores deverá estar distribuído em, pelo menos, cinco dentre
os quinze maiores Municípios com não menos que dois décimos de unidade por cento de eleitores
em cada um deles;
5 - não serão suscetíveis de iniciativa popular matérias de iniciativa exclusiva, definidas nesta
Constituição;
6 - o Tribunal Regional Eleitoral, observada a legislação federal pertinente, providenciará a
consulta popular prevista nos itens 2 e 3, no prazo de sessenta dias.
§4º - Compete, exclusivamente, ao Tribunal de Justiça a iniciativa das leis que disponham sobre:
1 - criação e extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que
lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, incluído o
Tribunal de Justiça Militar; (NR)
- Item 1 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
2 - organização e divisão judiciárias, bem como criação, alteração ou supressão de ofícios e
cartórios judiciários.
§5º - Não será admitido o aumento da despesa prevista:
1 - nos projetos de iniciativa exclusiva do Governador, ressalvado o disposto no artigo 174, §§ 1º e
2º;
2 - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Assembleia Legislativa, do
Poder Judiciário e do Ministério Público.
§ 6º - Dispositivo com eficácia suspensa, por decisão liminar em Ação Direta de
Inconstitucionalidade.
- Em 02/08/2017, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, nos autos da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº
2073870-54.2017.8.26.0000, concedeu decisão liminar para suspender, com efeito "ex nunc", a eficácia da Emenda
Constitucional nº 43, de 10/11/2016, que acrescentou o § 6º.
Artigo 25 - Nenhum projeto de lei que implique a criação ou o aumento de despesa pública será
sancionado sem que dele conste a indicação dos recursos disponíveis, próprios para atender aos
novos encargos.
Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica a créditos extraordinários.
Artigo 26 - O Governador poderá solicitar que os projetos de sua iniciativa tramitem em regime de
urgência.
Parágrafo único - Se a Assembléia Legislativa não deliberar em até quarenta e cinco dias, o
projeto será incluído na ordem do dia até que se ultime sua votação. (NR)
- Parágrafo único com redação dada pela Emenda Constitucional nº 22, de 25/05/2006.
Artigo 27 - O Regimento Interno da Assembleia Legislativa disciplinará os casos de decreto
legislativo e de resolução cuja elaboração, redação, alteração e consolidação serão feitas com
observância das mesmas normas técnicas relativas às leis.
Artigo 28 - Aprovado o projeto de lei, na forma regimental, será ele enviado ao Governador que,
aquiescendo, o sancionará e promulgará.
§1º - Se o Governador julgar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao
interesse público, veta-lo-á, total ou parcialmente, dentro de quinze dias úteis, contados da data do
recebimento, comunicando, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente da Assembleia
Legislativa, o motivo do veto.
§2º - O veto parcial deverá abranger, por inteiro, o artigo, o parágrafo, o inciso, o item ou alínea.
§3º - Sendo negada a sanção, as razões do veto serão comunicadas ao Presidente da Assembleia
Legislativa e publicadas se em época de recesso parlamentar.
§4º - Decorrido o prazo, em silêncio, considerar-se-á sancionado o projeto, sendo obrigatória a
sua promulgação pelo Presidente da Assembleia Legislativa no prazo de dez dias.
§5º - A Assembleia Legislativa deliberará sobre a matéria vetada, em único turno de votação e
discussão, no prazo de trinta dias de seu recebimento, considerando-se aprovada quando obtiver
o voto favorável da maioria absoluta de seus membros.
§6º - Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no § 5º, o veto será incluído na ordem do
dia da sessão imediata, até sua votação final. (NR)
- § 6º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 22, de 25/05/2006.
§7º - Se o veto for rejeitado, será o projeto enviado para promulgação, ao Governador.
§8º - Se, na hipótese do § 7º, a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo
Governador, o Presidente da Assembleia Legislativa promulgará e, se este não o fizer, em igual
prazo, caberá ao Primeiro Vice-Presidente fazê-lo.
Artigo 29 - A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá ser renovada, na
mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Assembleia
Legislativa. (NR)
- A expressão “Ressalvados os projetos de iniciativa exclusiva”, que iniciava o dispositivo, foi declarada inconstitucional
pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI nº 1546/1996, julgada em 03/12/1998.
SEÇÃO V
Da Procuradoria da Assembleia Legislativa
SEÇÃO VI
Do Tribunal de Contas
Artigo 31 - O Tribunal de Contas do Estado, integrado por sete Conselheiros, tem sede na Capital
do Estado, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território estadual, exercendo, no que
couber, as atribuições previstas no artigo 96 da Constituição Federal.
§1º - Os Conselheiros do Tribunal serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes
requisitos:
1 - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;
2 - idoneidade moral e reputação ilibada;
3 - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração
pública;
4 - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija
conhecimentos mencionados no item anterior.
§2º - Os Conselheiros do Tribunal serão escolhidos na seguinte ordem, sucessivamente: (NR)
1 - dois terços pela Assembleia Legislativa; (NR)
2 - um terço pelo Governador do Estado, com aprovação pela Assembleia Legislativa, observadas
as regras contidas no inciso I do § 2º do artigo 73 da Constituição Federal. (NR)
- § 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 33, de 01/11/2011.
§3º - Os Conselheiros terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos e subsídios dos
Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado, aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e
pensão, as normas constantes do artigo 40 da Constituição Federal e do artigo 126 desta
Constituição. (NR)
- § 3º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§4º - Os Conselheiros, nas suas faltas e impedimentos, serão substituídos na forma determinada
em lei, depois de aprovados os substitutos, pela Assembleia Legislativa.
§5º - Os Substitutos de Conselheiros, quando no efetivo exercício da substituição, terão as
mesmas garantias e impedimentos do titular.
§6º - Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado farão declaração pública de bens, no ato
da posse e no término do exercício do cargo.
SEÇÃO VII
Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária
CAPÍTULO III
Do Poder Executivo
SEÇÃO I
Do Governador e Vice-Governador do Estado
Artigo 37 - O Poder Executivo é exercido pelo Governador do Estado, eleito para um mandato de
quatro anos, podendo ser reeleito para um único período subsequente, na forma estabelecida na
Constituição Federal. (NR)
- Artigo 37 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 38 - Substituirá o Governador, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o
Vice-Governador.
Parágrafo único - O Vice-Governador, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei
complementar, auxiliará o Governador, sempre que por ele convocado para missões especiais.
Artigo 39 - A eleição do Governador e do Vice-Governador realizar-se-á no primeiro domingo de
outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano
anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de
janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no artigo 77 da Constituição
Federal. (NR)
- Artigo 39 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 40 - Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, ou vacância dos
respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Governança o Presidente da
Assembleia Legislativa e o Presidente do Tribunal de Justiça.
Artigo 41 - Vagando os cargos de Governador e Vice-Governador, far-se-á eleição noventa dias
depois de aberta a última vaga.
§1º - Ocorrendo a vacância no último ano do período governamental, aplica-se o disposto no
artigo anterior.
§2º - Em qualquer dos casos, os sucessores deverão completar o período de governo restante.
Artigo 42 - Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração
pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o
disposto no artigo 38, I, IV e V, da Constituição Federal.
Artigo 43 - O Governador e o Vice-Governador tomarão posse perante a Assembleia Legislativa,
prestando compromisso de cumprir e fazer cumprir a Constituição Federal e a do Estado e de
observar as leis.
Parágrafo único - Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Governador ou o Vice-
Governador, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
Artigo 44 - O Governador e o Vice-Governador não poderão, sem licença da Assembleia
Legislativa, ausentar-se do Estado por período superior a quinze dias, sob pena de perda do
cargo.
Parágrafo único - O pedido de licença, amplamente motivado, indicará, especialmente, as razões
da viagem, o roteiro e a previsão de gastos.
Artigo 45 - O Governador deverá residir na Capital do Estado.
Artigo 46 - O Governador e o Vice-Governador deverão, no ato da posse e no término do
mandato, fazer declaração pública de bens.
SEÇÃO II
Das Atribuições do Governador
SEÇÃO III
Da Responsabilidade do Governador
SEÇÃO IV
Dos Secretários de Estado
CAPÍTULO IV
Do Poder Judiciário
SEÇÃO I
Disposições Gerais
SEÇÃO II
Da Competência do Tribunal de Justiça (NR)
- Seção II com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
SEÇÃO III
Do Tribunal de Justiça
Artigo 73 - O Tribunal de Justiça, órgão superior do Poder Judiciário do Estado, com jurisdição em
todo o seu território e sede na Capital, compõe-se de Desembargadores em número que a lei fixar,
providos pelos critérios de antiguidade e de merecimento, em conformidade com o disposto nos
artigos 58 e 63 deste Capítulo.
Parágrafo único - O Tribunal de Justiça exercerá, em matéria administrativa de interesse geral do
Poder Judiciário, direção e disciplina da Justiça do Estado.
Artigo 74 - Compete ao Tribunal de Justiça, além das atribuições previstas nesta Constituição,
processar e julgar originariamente:
I - nas infrações penais comuns, o Vice-Governador, os Secretários de Estado, os Deputados
Estaduais, o Procurador-Geral de Justiça, o Procurador-Geral do Estado, o Defensor Público-
Geral e os Prefeitos Municipais;
II - nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os juízes do Tribunal de
Justiça Militar, os juízes de Direito e os juízes de Direito do juízo militar, os membros do Ministério
Público, exceto o Procurador-Geral de Justiça, o Delegado-Geral da Polícia Civil e o Comandante-
Geral da Polícia Militar; (NR)
- Inciso II com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
III - os mandados de segurança e os “habeas data” contra atos do Governador, da Mesa e da
Presidência da Assembleia, do próprio Tribunal ou de algum de seus membros, dos Presidentes
dos Tribunais de Contas do Estado e do Município de São Paulo, do Procurador-Geral de Justiça,
do Prefeito e do Presidente da Câmara Municipal da Capital;
IV - os “habeas corpus”, nos processos cujos recursos forem de sua competência ou quando o
coator ou paciente for autoridade diretamente sujeita a sua jurisdição, ressalvada a competência
do Tribunal de Justiça Militar, nos processos cujos recursos forem de sua competência;
V - os mandados de injunção, quando a inexistência de norma regulamentadora estadual ou
municipal, de qualquer dos Poderes, inclusive da administração indireta, torne inviável o exercício
de direitos assegurados nesta Constituição;
VI - a representação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal,
contestados em face desta Constituição, o pedido de intervenção em Município e ação de
inconstitucionalidade por omissão, em face de preceito desta Constituição;
VII - as ações rescisórias de seus julgados e as revisões criminais nos processos de sua
competência;
VIII - Revogado.
- Inciso VIII revogado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
IX - os conflitos de atribuição entre as autoridades administrativas e judiciárias do Estado;
X - a reclamação para garantia da autoridade de suas decisões;
XI - a representação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo municipal, contestados em
face da Constituição. (NR)
- A expressão “Federal”, que encerrava o inciso XI, foi julgada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da
ADI nº 347/1990, julgada em 20/09/2006.
Artigo 75 - Compete, também, ao Tribunal de Justiça:
I - provocar a intervenção da União no Estado para garantir o livre exercício do Poder Judiciário,
nos termos desta Constituição e da Constituição Federal;
II - requisitar a intervenção do Estado em Município, nas hipóteses previstas em lei.
Artigo 76 - Compete, outrossim, ao Tribunal de Justiça, processar e julgar, originariamente ou em
grau de recurso, as demais causas que lhe forem atribuídas por lei complementar.
§1º - Cabe-lhe, também, a execução de sentença nas causas de sua competência originária,
facultada, em qualquer fase do processo, a delegação de atribuições.
§2º - Cabe-lhe, ainda, processar e julgar os recursos relativos às causas que a lei especificar,
entre aquelas não reservadas à competência privativa do Tribunal de Justiça Militar ou dos órgãos
recursais dos Juizados Especiais. (NR)
- § 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 77 - Compete, ademais, ao Tribunal de Justiça, por seus órgãos específicos, exercer
controle sobre atos e serviços auxiliares da justiça, abrangidos os notariais e os de registro.
SEÇÃO IV
Revogada
- Seção IV revogada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 78 - Revogado.
- Artigo 78 revogado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 79 - Revogado.
- Artigo 79 revogado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
SEÇÃO V
Da Justiça Militar do Estado (NR)
- Seção V com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 79-A - A Justiça Militar do Estado será constituída, em primeiro grau, pelos juízes de Direito
e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo Tribunal de Justiça Militar. (NR)
- Artigo 79-A acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 79-B - Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares do Estado, nos
crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada
a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ainda decidir sobre a perda do posto e da
patente dos oficiais e da graduação das praças. (NR)
- Artigo 79-B acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 80 - O Tribunal de Justiça Militar do Estado, com jurisdição em todo o território estadual e
com sede na Capital, compor-se-á de sete juízes, divididos em duas câmaras, nomeados em
conformidade com as normas da Seção I deste Capítulo, exceto o disposto no artigo 60, e
respeitado o artigo 94 da Constituição Federal, sendo quatro militares Coronéis da ativa da Polícia
Militar do Estado e três civis.
Artigo 81 - Compete ao Tribunal de Justiça Militar processar e julgar:
I - originariamente, o Chefe da Casa Militar, o Comandante-Geral da Polícia Militar, nos crimes
militares definidos em lei, os mandados de segurança e os “habeas corpus”, nos processos cujos
recursos forem de sua competência ou quando o coator ou coagido estiverem diretamente sujeitos
a sua jurisdição e às revisões criminais de seus julgados e das Auditorias Militares;
II - em grau de recurso, os policiais militares, nos crimes militares definidos em lei, observado o
disposto no artigo 79-B. (NR)
- Inciso II com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§1º - Compete ainda ao Tribunal exercer a correição geral sobre as atividades de Polícia Judiciária
Militar, bem como decidir sobre a perda do posto e da patente dos Oficiais e da graduação das
praças.
§2º - Compete aos juízes de Direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes
militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao
Conselho de Justiça, sob a presidência do juiz de Direito, processar e julgar os demais crimes
militares. (NR)
§3º - Os serviços de correição permanente sobre as atividades de Polícia Judiciária Militar e do
Presídio Militar serão realizados pelo juiz de Direito do juízo militar designado pelo Tribunal. (NR)
- §§ 2º e 3º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 82 - Os juízes do Tribunal de Justiça Militar e os juízes de Direito do juízo militar gozam dos
mesmos direitos, vantagens e subsídios e sujeitam-se às mesmas proibições dos
Desembargadores do Tribunal de Justiça e dos juízes de Direito, respectivamente. (NR)
Parágrafo único - Os juízes de Direito do juízo militar serão promovidos ao Tribunal de Justiça
Militar nas vagas de juízes civis, observado o disposto nos artigos 93, III e 94 da Constituição
Federal. (NR)
- Artigo 82 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
SEÇÃO VI
Dos Tribunais do Júri
Artigo 83 - Os Tribunais do Júri têm as competências e garantias previstas no artigo 5º, XXXVIII
da Constituição Federal. Sua organização obedecerá ao que dispuser a lei federal e, no que
couber, a Lei de Organização Judiciária.
SEÇÃO VII
Das Turmas de Recursos
Artigo 84 - As Turmas de Recursos são formadas por juízes de direito titulares da mais elevada
entrância de Primeiro Grau, na Capital ou no Interior, observada a sua sede, nos termos da
resolução do Tribunal de Justiça, que designará seus integrantes, os quais poderão ser
dispensados, quando necessário, do serviço de suas varas.
§1º - As Turmas de Recursos constituem-se em órgão de segunda instância, cuja competência é
vinculada aos Juizados Especiais e de Pequenas Causas.
§2º - A designação prevista neste artigo deverá ocorrer antes da distribuição dos processos de
competência da Turma de Recursos.
SEÇÃO VIII
Dos Juízes de Direito
SEÇÃO IX
Dos Juizados Especiais e dos Juizados de Pequenas Causas
Artigo 87 - Os Juizados Especiais das Causas Cíveis de Menor Complexidade e das Infrações
Penais de Menor Potencial Ofensivo terão sua composição e competência definidas em lei,
obedecidos os princípios previstos no artigo 98, I, da Constituição Federal.
Artigo 88 - A lei disporá sobre a criação, funcionamento e processo dos Juizados de Pequenas
Causas a que se refere o artigo 24, X, da Constituição Federal.
SEÇÃO X
Da Justiça de Paz
Artigo 89 - A Justiça de Paz compõe-se de cidadãos remunerados, eleitos pelo voto direto,
universal e secreto, com mandato de quatro anos, e tem competência para, na forma da lei,
celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de
habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas
na legislação.
SEÇÃO XI
Da Declaração de Inconstitucionalidade e da Ação Direta de Inconstitucionalidade
Artigo 90 - São partes legítimas para propor ação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo
estaduais ou municipais, contestados em face desta Constituição ou por omissão de medida
necessária para tornar efetiva norma ou princípio desta Constituição, no âmbito de seu interesse:
I - o Governador do Estado e a Mesa da Assembleia Legislativa;
II - o Prefeito e a Mesa da Câmara Municipal;
III - o Procurador-Geral de Justiça;
IV - o Conselho da Seção Estadual da Ordem dos Advogados do Brasil;
V - as entidades sindicais ou de classe, de atuação estadual ou municipal, demonstrando seu
interesse jurídico no caso;
VI - os partidos políticos com representação na Assembleia Legislativa, ou, em se tratando de lei
ou ato normativo municipais, na respectiva Câmara.
§1º - O Procurador-Geral de Justiça será sempre ouvido nas ações diretas de
inconstitucionalidade.
§2º - Quando o Tribunal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato
normativo, citará, previamente, o Procurador-Geral do Estado, a quem caberá defender, no que
couber, o ato ou o texto impugnado.
§3º - Declarado inconstitucional, em controle difuso, pelo Supremo Tribunal Federal.
- § 3º foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal nos autos do Recurso Extraordinário nº 199293/1996,
julgado em 19/05/2004, e teve a sua execução suspensa pela Resolução nº 46/2005, de 28/06/2005, do Senado Federal.
§4º - Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma desta
Constituição, a decisão será comunicada ao Poder competente para a adoção das providências
necessárias à prática do ato que lhe compete ou início do processo legislativo, e, em se tratando
de órgão administrativo, para a sua ação em trinta dias, sob pena de responsabilidade.
§5º - Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou de seu órgão especial poderá o
Tribunal de Justiça declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal,
como objeto de ação direta.
§6º - Nas declarações incidentais, a decisão dos Tribunais dar-se-á pelo órgão jurisdicional
colegiado competente para exame da matéria.
CAPÍTULO V
Das Funções Essenciais à Justiça
SEÇÃO I
Do Ministério Público
SEÇÃO II
Da Procuradoria Geral do Estado
SEÇÃO III
Da Defensoria Pública
Artigo 103 - À Defensoria Pública, instituição essencial à função jurisdicional do Estado, compete
a orientação jurídica e a defesa dos necessitados, em todos os graus.
§1º - Lei Orgânica disporá sobre a estrutura, funcionamento e competência da Defensoria Pública,
observado o disposto na Constituição Federal e nas normas gerais prescritas por lei complementar
federal. (NR)
§2º - À Defensoria Pública é assegurada autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua
proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e
subordinação ao disposto no artigo 99, § 2º, da Constituição Federal. (NR)
- §§ 1º e 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
SEÇÃO IV
Da Advocacia
Artigo 104 - O advogado é indispensável à administração da justiça e, nos termos da lei, inviolável
por seus atos e manifestações, no exercício da profissão.
Parágrafo único - É obrigatório o patrocínio das partes por advogados, em qualquer juízo ou
tribunal, inclusive nos juizados de menores, nos juizados previstos nos incisos VIII e IX do artigo
54 e junto às turmas de recursos, ressalvadas as exceções legais.
Artigo 105 - O Poder Executivo manterá, no sistema prisional e nos distritos policiais, instalações
destinadas ao contato privado do advogado com o cliente preso.
Artigo 106 - Os membros do Poder Judiciário, as autoridades e os servidores do Estado zelarão
para que os direitos e prerrogativas dos advogados sejam respeitados, sob pena de
responsabilização na forma da lei.
Artigo 107 - O advogado que não seja defensor público, quando nomeado para defender autor ou
réu pobre, terá os honorários fixados pelo juiz, na forma que a lei estabelecer.
Artigo 108 - As atividades correicionais nos Cartórios Judiciais contarão, necessariamente, com a
presença de um representante da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de São Paulo.
Artigo 109 - Para efeito do disposto no artigo 3º desta Constituição, o Poder Executivo manterá
quadros fixos de defensores públicos em cada juizado e, quando necessário, advogados
designados pela Ordem dos Advogados do Brasil - SP, mediante convênio.
- O Supremo Tribunal Federal conferiu interpretação conforme a Constituição ao artigo 109 nos autos da ADI nº
4163/2008, julgada em 29/02/2012.
SEÇÃO V
Do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana
Artigo 110 - O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana será criado por lei
com a finalidade de investigar as violações de direitos humanos no território do Estado, de
encaminhar as denúncias a quem de direito e de propor soluções gerais a esses problemas.
TÍTULO III
Da Organização do Estado
CAPÍTULO I
Da Administração Pública
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Artigo 111 - A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes do
Estado, obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade,
razoabilidade, finalidade, motivação, interesse público e eficiência. (NR)
- Artigo 111 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 111-A - É vedada a nomeação de pessoas que se enquadram nas condições de
inelegibilidade nos termos da legislação federal para os cargos de Secretário de Estado,
Secretário-Adjunto, Procurador-Geral de Justiça, Procurador-Geral do Estado, Defensor Público-
Geral, Superintendentes e Diretores de órgãos da administração pública indireta, fundacional, de
agências reguladoras e autarquias, Delegado-Geral de Polícia, Reitores das universidades
públicas estaduais e ainda para todos os cargos de livre provimento dos poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário do Estado. (NR)
- Artigo 111-A acrescentado pela Emenda Constitucional nº 34, de 21/03/2012.
Artigo 112 - As leis e atos administrativos externos deverão ser publicados no órgão oficial do
Estado, para que produzam os seus efeitos regulares. A publicação dos atos não normativos
poderá ser resumida.
Artigo 113 - A lei deverá fixar prazos para a prática dos atos administrativos e estabelecer
recursos adequados à sua revisão, indicando seus efeitos e forma de processamento.
Artigo 114 - A administração é obrigada a fornecer a qualquer cidadão, para a defesa de seus
direitos e esclarecimentos de situações de seu interesse pessoal, no prazo máximo de dez dias
úteis, certidão de atos, contratos, decisões ou pareceres, sob pena de responsabilidade da
autoridade ou servidor que negar ou retardar a sua expedição. No mesmo prazo deverá atender
às requisições judiciais, se outro não for fixado pela autoridade judiciária.
Artigo 115 - Para a organização da administração pública direta e indireta, inclusive as fundações
instituídas ou mantidas por qualquer dos Poderes do Estado, é obrigatório o cumprimento das
seguintes normas:
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preenchem os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (NR)
- Inciso I com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia, em concurso público
de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão, declarado
em lei, de livre nomeação e exoneração;
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período. A nomeação do candidato aprovado obedecerá à ordem de classificação;
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, o aprovado em concurso
público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados
para assumir cargo ou emprego, na carreira;
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo,
e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento; (NR)
- Inciso V com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical, obedecido o disposto
no artigo 8º da Constituição Federal;
VII - o servidor e empregado público gozarão de estabilidade no cargo ou emprego desde o
registro de sua candidatura para o exercício de cargo de representação sindical ou no caso
previsto no inciso XXIII deste artigo, até um ano após o término do mandato, se eleito, salvo se
cometer falta grave definida em lei;
VIII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; (NR)
- Inciso VIII com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
IX - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para os portadores de deficiências,
garantindo as adaptações necessárias para a sua participação nos concursos públicos e definirá
os critérios de sua admissão;
X - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado, para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público;
XI - a revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos, sem distinção de índices entre
servidores públicos civis e militares, far-se-á sempre na mesma data e por lei específica,
observada a iniciativa privativa em cada caso; (NR)
XII - em conformidade com o artigo 37, XI, da Constituição Federal, a remuneração e o subsídio
dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e
fundacional, os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente
ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o
subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados
Estaduais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este
limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (NR)
- Incisos XI e XII com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
XIII - até que se atinja o limite a que se refere o inciso anterior, é vedada a redução de salários que
implique a supressão das vantagens de caráter individual, adquiridas em razão de tempo de
serviço, previstas no artigo 129 desta Constituição. Atingido o referido limite, a redução se aplicará
independentemente da natureza das vantagens auferidas pelo servidor;
XIV - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
XV - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração de pessoal do serviço público, observado o disposto na Constituição Federal; (NR)
- Inciso XV com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
XVI - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores sob o mesmo título ou idêntico
fundamento;
XVII - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis,
observado o disposto na Constituição Federal; (NR)
- Inciso XVII com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
XVIII - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver
compatibilidade de horários:
a) de dois cargos de professor;
b) de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas; (NR)
- Alínea “c” com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
XIX - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas,
direta ou indiretamente, pelo Poder Público; (NR)
- Inciso XIX com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
XX - a administração fazendária e seus agentes fiscais de rendas, aos quais compete exercer,
privativamente, a fiscalização de tributos estaduais, terão, dentro de suas áreas de competência e
jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;
XX-A - a administração tributária, atividade essencial ao funcionamento do Estado, exercida por
servidores de carreiras específicas, terá recursos prioritários para a realização de suas atividades
e atuará de forma integrada com as administrações tributárias da União, de outros Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de
informações fiscais, na forma da lei ou convênio; (NR)
- Inciso XX-A acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
XXI - a criação, transformação, fusão, cisão, incorporação, privatização ou extinção das
sociedades de economia mista, autarquias, fundações e empresas públicas depende de prévia
aprovação da Assembleia Legislativa;
XXII - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades
mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa
privada;
XXIII - fica instituída a obrigatoriedade de um Diretor Representante e de um Conselho de
Representantes, eleitos pelos servidores e empregados públicos, nas autarquias, sociedades de
economia mista e fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público, cabendo à lei definir os
limites de sua competência e atuação;
XXIV - é obrigatória a declaração pública de bens, antes da posse e depois do desligamento, de
todo o dirigente de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia e fundação instituída
ou mantida pelo Poder Público;
XXV - os órgãos da administração direta e indireta ficam obrigados a constituir Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes - CIPA - e, quando assim o exigirem suas atividades, Comissão de
Controle Ambiental, visando à proteção da vida, do meio ambiente e das condições de trabalho
dos seus servidores, na forma da lei;
XXVI - ao servidor público que tiver sua capacidade de trabalho reduzida em decorrência de
acidente de trabalho ou doença do trabalho será garantida a transferência para locais ou
atividades compatíveis com sua situação;
XXVII - é vedada a estipulação de limite de idade para ingresso por concurso público na
administração direta, empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia e fundações
instituídas ou mantidas pelo Poder Público, respeitando-se apenas o limite constitucional para
aposentadoria compulsória;
XXVIII - os recursos provenientes dos descontos compulsórios dos servidores públicos, bem como
a contrapartida do Estado, destinados à formação de fundo próprio de previdência, deverão ser
postos, mensalmente, à disposição da entidade estadual responsável pela prestação do benefício,
na forma que a lei dispuser;
XXIX - a administração pública direta e indireta, as universidades públicas e as entidades de
pesquisa técnica e científica oficiais ou subvencionadas pelo Estado prestarão ao Ministério
Público o apoio especializado ao desempenho das funções da Curadoria de Proteção de
Acidentes do Trabalho, da Curadoria de Defesa do Meio Ambiente e de outros interesses coletivos
e difusos.
§1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas da administração pública
direta, indireta, fundações e órgãos controlados pelo Poder Público deverá ter caráter educacional,
informativo e de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos e imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
§2º - É vedada ao Poder Público, direta ou indiretamente, a publicidade de qualquer natureza fora
do território do Estado, para fins de propaganda governamental, exceto às empresas que
enfrentam concorrência de mercado e divulgação destinada a promover o turismo estadual. (NR)
- § 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 29 de 21/10/2009.
§3º - A inobservância do disposto nos incisos II, III e IV deste artigo implicará a nulidade do ato e a
punição da autoridade responsável, nos termos da lei.
§4º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestadoras de serviços
públicos, responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
§5º - As entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas ou mantidas
pelo Poder Público, o Ministério Público, bem como os Poderes Legislativo e Judiciário,
publicarão, até o dia trinta de abril de cada ano, seu quadro de cargos e funções, preenchidos e
vagos, referentes ao exercício anterior.
§6º - É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes dos artigos
40, 42 e 142 da Constituição Federal e dos artigos 126 e 138 desta Constituição com a
remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma
desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre
nomeação e exoneração. (NR)
§7º - Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XII do
"caput" deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. (NR)
§8º - Para os fins do disposto no inciso XII deste artigo e no inciso XI do artigo 37 da Constituição
Federal, poderá ser fixado no âmbito do Estado, mediante emenda à presente Constituição, como
limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa
inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados
Estaduais. (NR)
- §§ 6º ao 8º acrescentados pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 116 - Os vencimentos, vantagens ou qualquer parcela remuneratória, pagos com atraso,
deverão ser corrigidos monetariamente, de acordo com os índices oficiais aplicáveis à espécie.
SEÇÃO II
Das Obras, Serviços Públicos, Compras e Alienações
CAPÍTULO II
Dos Servidores Públicos do Estado
SEÇÃO I
Dos Servidores Públicos Civis
Artigo 124 - Os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações
instituídas ou mantidas pelo Poder Público terão regime jurídico único e planos de carreira.
§1º - A lei assegurará aos servidores da administração direta isonomia de vencimentos para
cargos de atribuições iguais ou assemelhados do mesmo Poder, ou entre servidores dos Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à
natureza ou ao local de trabalho.
§2º - No caso do parágrafo anterior, não haverá alteração nos vencimentos dos demais cargos da
carreira a que pertence aquele cujos vencimentos foram alterados por força da isonomia.
§3º - Aplica-se aos servidores a que se refere o "caput" deste artigo e disposto no artigo 7º, IV, VI,
VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX da Constituição Federal.
§4º - Lei estadual poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos
servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no artigo 37, XI, da Constituição
Federal e no artigo 115, XII, desta Constituição. (NR)
- § 4º acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 125 - O exercício do mandato eletivo por servidor público far-se-á com observância do
artigo 38 da Constituição Federal.
§1º - Fica assegurado ao servidor público, eleito para ocupar cargo em sindicato de categoria, o
direito de afastar-se de suas funções, durante o tempo em que durar o mandato, recebendo seus
vencimentos e vantagens, nos termos da lei.
§2º - O tempo de mandato eletivo será computado para fins de aposentadoria especial.
Artigo 126 - Aos servidores titulares de cargos efetivos do Estado, incluídas suas autarquias e
fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante
contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas,
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (NR)
- Artigo 126, "caput", com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§1º - Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão
aposentados: (NR)
1 - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto
se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou
incurável, na forma da lei; (NR)
2 - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição; (NR)
3 - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no
serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as
seguintes condições: (NR)
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinquenta e cinco anos de
idade e trinta de contribuição, se mulher; (NR)
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com
proventos proporcionais ao tempo de contribuição. (NR)
§2º - Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão
exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria
ou que serviu de referência para a concessão da pensão. (NR)
§3º - Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão
consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos
regimes de previdência de que tratam este artigo e o artigo 201 da Constituição Federal, na forma
da lei. (NR)
§4º - É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de
aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos
definidos em leis complementares, os casos de servidores: (NR)
1 - portadores de deficiência; (NR)
2 - que exerçam atividades de risco; (NR)
3 - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física. (NR)
§5º - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em
relação ao disposto no § 1º, 3, “a”, para o professor que comprove exclusivamente tempo de
efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e
médio. (NR)
- §§ 1º ao 5º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§6º - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal.
- § 6º foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI nº 755/1992, julgada em 01/07/1996.
§6º-A - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta
Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de
previdência previsto neste artigo. (NR)
- § 6º-A acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§7º - Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual: (NR)
1 - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para
os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o artigo 201 da Constituição
Federal, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à
data do óbito; ou (NR)
2 - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o
falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência
social de que trata o artigo 201 da Constituição Federal, acrescido de setenta por cento da parcela
excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito. (NR)
- § 7º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§8º - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal.
- § 8º acrescentado pela Emenda Constitucional nº 1, de 20/12/1990, foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal
Federal nos autos da ADI nº 582/1991, julgada em 17/06/1999.
§8º-A - É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter
permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. (NR)
§9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de
aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. (NR)
§10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição
fictício. (NR)
§11 - Aplica-se o limite fixado no artigo 115, XII, desta Constituição e do artigo 37, XI, da
Constituição Federal à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da
acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a
contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de
proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição,
cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. (NR)
§12 - Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos titulares de
cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de
previdência social. (NR)
§13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o
regime geral de previdência social. (NR)
§14 - O Estado, desde que institua regime de previdência complementar para os seus respectivos
servidores titulares de cargo efetivo, poderá fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a
serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os
benefícios do regime geral de previdência social de que trata o artigo 201 da Constituição
Federal. (NR)
§15 - O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa
do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no artigo 202 e seus parágrafos, da
Constituição Federal, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência
complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de
benefícios somente na modalidade de contribuição definida. (NR)
§16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser
aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de
instituição do correspondente regime de previdência complementar. (NR)
§17 - Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no §3°
serão devidamente atualizados, na forma da lei. (NR)
§18 - Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo
regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do
regime geral de previdência social de que trata o artigo 201 da Constituição Federal, com
percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. (NR)
§19 - O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria
voluntária estabelecidas no § 1º, 3, “a”, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um
abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as
exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, 2. (NR)
§20 - Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os
servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime
em cada ente estatal, ressalvado o disposto no artigo 142, § 3º, X, da Constituição Federal. (NR)
§21 - A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos
de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os
benefícios do regime geral de previdência social de que trata o artigo 201 da Constituição Federal,
quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante. (NR)
§22 - O servidor, após noventa dias decorridos da apresentação do pedido de aposentadoria
voluntária, instruído com prova de ter cumprido os requisitos necessários à obtenção do direito,
poderá cessar o exercício da função pública, independentemente de qualquer formalidade. (NR)
- §§ 8º-A ao 22 acrescentados pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 127 - Aplica-se aos servidores públicos estaduais, para efeito de estabilidade, o disposto
no artigo 41 da Constituição Federal.
Artigo 128 - As vantagens de qualquer natureza só poderão ser instituídas por lei e quando
atendam efetivamente ao interesse público e às exigências do serviço.
Artigo 129 - Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de
serviço, concedido no mínimo por quinquênio, e vedada a sua limitação, bem como a sexta-parte
dos vencimentos integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos
vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no artigo 115, XVI, desta Constituição.
Artigo 130 - Ao servidor será assegurado o direito de remoção para igual cargo ou função, no
lugar de residência do cônjuge, se este também for servidor e houver vaga, nos termos da lei.
Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se também ao servidor cônjuge de titular de
mandato eletivo estadual ou municipal.
Artigo 131 - O Estado responsabilizará os seus servidores por alcance e outros danos causados à
administração, ou por pagamentos efetuados em desacordo com as normas legais, sujeitando-os
ao sequestro e perdimento dos bens, nos termos da lei.
Artigo 132 - Os servidores titulares de cargos efetivos do Estado, incluídas suas autarquias e
fundações, desde que tenham completado cinco anos de efetivo exercício, terão computado, para
efeito de aposentadoria, nos termos da lei, o tempo de contribuição ao regime geral de previdência
social decorrente de atividade de natureza privada, rural ou urbana, hipótese em que os diversos
sistemas de previdência social se compensarão financeiramente, segundo os critérios
estabelecidos em lei. (NR)
- Artigo 132 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 133 - O servidor, com mais de cinco anos de efetivo exercício, que tenha exercido ou
venha a exercer cargo ou função que lhe proporcione remuneração superior à do cargo de que
seja titular, ou função para a qual foi admitido, incorporará um décimo dessa diferença, por ano,
até o limite de dez décimos.
- A expressão “a qualquer título”, que integrava o dispositivo, foi declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal
nos autos do Recurso Extraordinário nº 219934/1997, julgado em 13/10/2004, e teve a sua execução suspensa pela
Resolução nº 51/2005, de 13/07/2005, do Senado Federal.
Artigo 134 - O servidor, durante o exercício do mandato de vereador, será inamovível.
Artigo 135 - Ao servidor público titular de cargo efetivo do Estado será contado, como efetivo
exercício, para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tempo de contribuição decorrente de
serviço prestado em cartório não oficializado, mediante certidão expedida pela Corregedoria-Geral
da Justiça. (NR)
- Artigo 135 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 136 - O servidor público civil demitido por ato administrativo, se absolvido pela Justiça, na
ação referente ao ato que deu causa à demissão, será reintegrado ao serviço público, com todos
os direitos adquiridos.
Artigo 137 - A lei assegurará à servidora gestante mudança de função, nos casos em que for
recomendado, sem prejuízo de seus vencimentos ou salários e demais vantagens do cargo ou
função-atividade.
SEÇÃO II
Dos Servidores Públicos Militares
Artigo 138 - São servidores públicos militares estaduais os integrantes da Polícia Militar do
Estado.
§1º - Aplica-se, no que couber, aos servidores a que se refere este artigo, o disposto no artigo 42
da Constituição Federal.
§2º - Naquilo que não colidir com a legislação específica, aplica-se aos servidores mencionados
neste artigo o disposto na seção anterior.
§3º - O servidor público militar demitido por ato administrativo, se absolvido pela Justiça, na ação
referente ao ato que deu causa à demissão, será reintegrado à Corporação com todos os direitos
restabelecidos.
§4º - O oficial da Polícia Militar só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do Oficialato
ou com ele incompatível, por decisão do Tribunal de Justiça Militar do Estado.
§5º - O oficial condenado na Justiça comum ou militar à pena privativa de liberdade superior a dois
anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no parágrafo
anterior.
§6º - O direito do servidor militar de ser transferido para a reserva ou ser reformado será
assegurado, ainda que respondendo a inquérito ou processo em qualquer jurisdição, nos casos
previstos em lei específica.
CAPÍTULO III
Da Segurança Pública
SEÇÃO I
Disposições Gerais
SEÇÃO II
Da Polícia Civil
Artigo 140 - À Polícia Civil, órgão permanente, dirigida por delegados de polícia de carreira,
bacharéis em Direito, incumbe, ressalvada a competência da União, as funções de polícia
judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.
§1º - O Delegado-Geral da Polícia Civil, integrante da última classe da carreira, será nomeado
pelo Governador do Estado e deverá fazer declaração pública de bens no ato da posse e da sua
exoneração.
§2º - No desempenho da atividade de polícia judiciária, instrumental à propositura de ações
penais, a Polícia Civil exerce atribuição essencial à função jurisdicional do Estado e à defesa da
ordem jurídica. (NR)
§3º - Aos Delegados de Polícia é assegurada independência funcional pela livre convicção nos
atos de polícia judiciária. (NR)
§4º - O ingresso na carreira de Delegado de Polícia dependerá de concurso público de provas e
títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases,
exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, dois anos de atividades jurídicas, observando-se,
nas nomeações, a ordem de classificação. (NR)
§5º - A exigência de tempo de atividade jurídica será dispensada para os que contarem com, no
mínimo, dois anos de efetivo exercício em cargo de natureza policial-civil, anteriormente à
publicação do edital de concurso. (NR)
- §§ 2º ao 5º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 03/04/2012.
§6º - A remoção de integrante da carreira de delegado de polícia somente poderá ocorrer
mediante pedido do interessado ou manifestação favorável do Colegiado Superior da Polícia Civil,
nos termos da lei. (NR)
§7º - Lei Orgânica e Estatuto disciplinarão a organização, o funcionamento, os direitos, deveres,
vantagens e regime de trabalho da Polícia Civil e de seus integrantes, servidores especiais,
assegurado na estruturação das carreiras o mesmo tratamento dispensado, para efeito de
escalonamento e promoção, aos delegados de polícia, respeitadas as leis federais
concernentes. (NR)
§8º - Lei específica definirá a organização, funcionamento e atribuições da Superintendência da
Polícia Técnico-Científica, que será dirigida, alternadamente, por perito criminal e médico legista,
sendo integrada pelos seguintes órgãos: (NR)
I - Instituto de Criminalística; (NR)
II - Instituto Médico Legal. (NR)
- §§ 3º, 4º e 5º renumerados para §§ 6º, 7º e 8º pela Emenda Constitucional nº 35, de 03/04/2012.
- Artigo 140, § 8º, ver STF - ADI nº 2861/2003.
SEÇÃO III
Da Polícia Militar
Artigo 141 - À Polícia Militar, órgão permanente, incumbe, além das atribuições definidas em lei, a
polícia ostensiva e a preservação da ordem pública.
§1º - O Comandante-Geral da Polícia Militar será nomeado pelo Governador do Estado dentre
oficiais da ativa, ocupantes do último posto do Quadro de Oficiais Policiais Militares, conforme
dispuser a lei, devendo fazer declaração pública de bens no ato da posse e de sua exoneração.
§2º - Lei Orgânica e Estatuto disciplinarão a organização, o funcionamento, direitos, deveres,
vantagens e regime de trabalho da Polícia Militar e de seus integrantes, servidores militares
estaduais, respeitadas as leis federais concernentes.
§3º - A criação e manutenção da Casa Militar e Assessorias Militares somente poderão ser
efetivadas nos termos em que a lei estabelecer.
§4º - O Chefe da Casa Militar será escolhido pelo Governador do Estado entre oficiais da ativa,
ocupantes do último posto do Quadro de Oficiais Policiais Militares.
Artigo 142 - Ao Corpo de Bombeiros, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução
de atividades de defesa civil, tendo seu quadro próprio e funcionamento definidos na legislação
prevista no §2º do artigo anterior.
SEÇÃO IV
Da Política Penitenciária
TÍTULO IV
Dos Municípios e Regiões
CAPÍTULO I
Dos Municípios
SEÇÃO I
Disposições Gerais
SEÇÃO II
Da Intervenção
SEÇÃO III
Da Fiscalização Contábil, Financeira, Orçamentária, Operacional e Patrimonial
CAPÍTULO II
Da Organização Regional
SEÇÃO I
Dos Objetivos, Diretrizes e Prioridades
SEÇÃO II
Das Entidades Regionais
Artigo 153 - O território estadual poderá ser dividido, total ou parcialmente, em unidades regionais
constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, mediante lei complementar, para integrar
a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum, atendidas
as respectivas peculiaridades.
§1º - Considera-se região metropolitana o agrupamento de Municípios limítrofes que assuma
destacada expressão nacional, em razão de elevada densidade demográfica, significativa
conurbação e de funções urbanas e regionais com alto grau de diversidade, especialização e
integração sócio-econômica, exigindo planejamento integrado e ação conjunta permanente dos
entes públicos nela atuantes.
§2º - Considera-se aglomeração urbana o agrupamento de Municípios limítrofes que apresente
relação de integração funcional de natureza econômico-social e urbanização contínua entre dois
ou mais Municípios ou manifesta tendência nesse sentido, que exija planejamento integrado e
recomende ação coordenada dos entes públicos nela atuantes.
§3º - Considera-se microrregião o agrupamento de Municípios limítrofes que apresente, entre si,
relações de interação funcional de natureza físico-territorial, econômico-social e administrativa,
exigindo planejamento integrado com vistas a criar condições adequadas para o desenvolvimento
e integração regional.
Artigo 154 - Visando a promover o planejamento regional, a organização e execução das funções
públicas de interesse comum, o Estado criará, mediante lei complementar, para cada unidade
regional, um conselho de caráter normativo e deliberativo, bem como disporá sobre a organização,
a articulação, a coordenação e, conforme o caso, a fusão de entidades ou órgãos públicos
atuantes na região, assegurada, nestes e naquele, a participação paritária do conjunto dos
Municípios, com relação ao Estado.
§1º - Em regiões metropolitanas, o conselho a que alude o “caput” deste artigo integrará entidade
pública de caráter territorial, vinculando-se a ele os respectivos órgãos de direção e execução,
bem como as entidades regionais e setoriais executoras das funções públicas de interesse
comum, no que respeita ao planejamento e às medidas para sua implementação.
§2º - É assegurada, nos termos da lei complementar, a participação da população no processo de
planejamento e tomada de decisões, bem como na fiscalização da realização de serviços ou
funções públicas em nível regional.
§3º - A participação dos municípios nos conselhos deliberativos e normativos regionais, previstos
no “caput” deste artigo, será disciplinada em lei complementar.
Artigo 155 - Os Municípios deverão compatibilizar, no que couber, seus planos, programas,
orçamentos, investimentos e ações às metas, diretrizes e objetivos estabelecidos nos planos e
programas estaduais, regionais e setoriais de desenvolvimento econômico-social e de ordenação
territorial, quando expressamente estabelecidos pelo conselho a que se refere o artigo 154.
Parágrafo único - O Estado, no que couber, compatibilizará os planos e programas estaduais,
regionais e setoriais de desenvolvimento, com o plano diretor dos Municípios e as prioridades da
população local.
Artigo 156 - Os planos plurianuais do Estado estabelecerão, de forma regionalizada, as diretrizes,
objetivos e metas da Administração Estadual.
Artigo 157 - O Estado e os Municípios destinarão recursos financeiros específicos, nos
respectivos planos plurianuais e orçamentos, para o desenvolvimento de funções públicas de
interesse comum, observado o disposto no artigo 174 desta Constituição.
Artigo 158 - Em região metropolitana ou aglomeração urbana, o planejamento do transporte
coletivo de caráter regional será efetuado pelo Estado, em conjunto com os municípios integrantes
das respectivas entidades regionais.
Parágrafo único - Caberá ao Estado a operação do transporte coletivo de caráter regional,
diretamente ou mediante concessão ou permissão.
TÍTULO V
Da Tributação, das Finanças e dos Orçamentos
CAPÍTULO I
Do Sistema Tributário Estadual
SEÇÃO I
Dos Princípios Gerais
Artigo 159 - A receita pública será constituída por tributos, preços e outros ingressos.
Parágrafo único - Os preços públicos serão fixados pelo Executivo, observadas as normas gerais
de Direito Financeiro e as leis atinentes à espécie.
Artigo 160 - Compete ao Estado instituir:
I - os impostos previstos nesta Constituição e outros que venham a ser de sua competência;
II - taxas em razão do exercício do poder de polícia, ou pela utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos de sua atribuição, específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte, ou postos a
sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas;
IV - contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime
previdenciário e de assistência social, na forma do artigo 149, § 1º, da Constituição Federal. (NR)
- Inciso IV com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para
conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos
da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
§2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
Artigo 161 - O Estado proporá e defenderá a isenção de impostos sobre produtos componentes
da cesta básica.
Parágrafo único - Observadas as restrições da legislação federal, a lei definirá, para efeito de
redução ou isenção da carga tributária, os produtos que integrarão a cesta básica, para
atendimento da população de baixa renda.
Artigo 162 - O Estado coordenará e unificará serviços de fiscalização e arrecadação de tributos,
bem como poderá delegar à União, a outros Estados e Municípios, e deles receber encargos de
administração tributária.
SEÇÃO II
Das Limitações do Poder de Tributar
Artigo 163 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado ao Estado:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida,
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver
instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou, observado o disposto na alínea “b”; (NR)
- Alínea “c” acrescentada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributo, ressalvada a
cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público Estadual;
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social sem fins
lucrativos, atendidos os requisitos de lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão;
VII - respeitado o disposto no artigo 150 da Constituição Federal, bem assim na legislação
complementar específica, instituir tributo que não seja uniforme em todo o território estadual, ou
que implique distinção ou preferência em relação a Município em detrimento de outro, admitida a
concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-
econômico entre as diferentes regiões do Estado;
VIII - instituir isenções de tributos da competência dos Municípios.
§1º - A proibição do inciso VI, “a”, é extensiva às autarquias e às fundações instituídas ou
mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados
aos seus fins essenciais ou deles decorrentes.
§2º - As proibições do inciso VI, “a”, e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda
e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas
aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços
ou tarifas pelo usuário.
§3º - A contribuição de que trata o artigo 160, IV, só poderá ser exigida após decorridos noventa
dias da publicação da lei que a houver instituído ou modificado, não se lhe aplicando o disposto no
inciso III, "b", deste artigo.
§4º - As proibições expressas no inciso VI, alíneas “b” e “c”, compreendem somente o patrimônio,
a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas
mencionadas.
§5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos
impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.
§6º - Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido,
anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderão ser concedidos
mediante lei estadual específica, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o
correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no artigo 155, § 2º, XII, “g”, da
Constituição Federal. (NR)
- § 6º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§7º - Para os efeitos do inciso V, não se compreende como limitação ao tráfego de bens a
apreensão de mercadorias, quando desacompanhadas de documentação fiscal idônea, hipótese
em que ficarão retidas até a comprovação da legitimidade de sua posse pelo proprietário.
- § 7º foi objeto da ADI nº 395/1990, perante o Supremo Tribunal Federal, tendo sido a ação julgada improcedente em
17/05/2007, portanto reconhecida a constitucionalidade do dispositivo.
§8º - A vedação do inciso III, “c”, não se aplica à fixação da base de cálculo do imposto previsto no
artigo 165, I, “c”. (NR)
- § 8º acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 164 - É vedada a cobrança de taxas:
I - pelo exercício do direito de petição ao Poder Público em defesa de direitos ou contra ilegalidade
ou abuso de poder;
II - para a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e
esclarecimentos de interesse pessoal.
SEÇÃO III
Dos Impostos do Estado
SEÇÃO IV
Da Repartição das Receitas Tributárias
CAPÍTULO II
Das Finanças
Artigo 169 - A despesa de pessoal ativo e inativo ficará sujeita aos limites estabelecidos na lei
complementar a que se refere o artigo 169 da Constituição Federal.
Parágrafo único - A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de
cargos ou a alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão de pessoal, a qualquer
título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas
ou mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas:
1 - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de
pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
2 - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas
públicas e as sociedades de economia mista.
Artigo 170 - O Poder Executivo publicará e enviará ao Legislativo, até trinta dias após o
encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
§1º - Até dez dias antes do encerramento do prazo de que trata este artigo, as autoridades nele
referidas remeterão ao Poder Executivo as informações necessárias.
§2º - Os Poderes Judiciário e Legislativo, bem como o Tribunal de Contas e o Ministério Público,
publicarão seus relatórios, nos termos deste artigo.
Artigo 171 - Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos
suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do
Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em
duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o artigo 165, § 9º, da Constituição
Federal. (NR)
- Artigo 171 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 172 - Os recursos financeiros, provenientes da exploração de gás natural, que couberem
ao Estado por força do disposto no § 1º do artigo 20 da Constituição Federal, serão aplicados
preferencialmente na construção, desenvolvimento e manutenção do sistema estadual de gás
canalizado.
Artigo 173 - São agentes financeiros do Tesouro Estadual os hoje denominados Banco do Estado
de São Paulo S/A e Caixa Econômica do Estado de São Paulo S/A.
CAPÍTULO III
Dos Orçamentos
Artigo 174 - Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão, com observância dos preceitos
correspondentes da Constituição Federal:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
§1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública estadual para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as
relativas aos programas de duração continuada.
§2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração
pública estadual, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
§3º - Os planos e programas estaduais previstos nesta Constituição serão elaborados em
consonância com o plano plurianual.
§4º - A lei orçamentária anual compreenderá:
1 - o orçamento fiscal referente aos Poderes do Estado, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público;
2 - o orçamento de investimentos das empresas em que o Estado, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
3 - o orçamento de seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta e indireta, bem como os fundos e fundações instituídas ou mantidas pelo
Poder Público;
4 - o orçamento da verba necessária ao pagamento de débitos oriundos de sentenças transitadas
em julgado, constantes dos precatórios judiciais apresentados até 1º de julho, a serem
consignados diretamente ao Poder Judiciário, ressalvados os créditos de natureza alimentícia e as
obrigações definidas em lei como de pequeno valor. (NR)
- Item 4 acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§5º - A matéria do projeto das leis a que se refere o "caput" deste artigo será organizada e
compatibilizada em todos os seus aspectos setoriais e regionais pelo órgão central de
planejamento do Estado.
§6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo dos efeitos decorrentes
de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e
creditícia.
§7º - Os orçamentos previstos no §4º, itens 1 e 2, deste artigo, compatibilizados com o plano
plurianual, terão, entre suas funções, a de reduzir desigualdades inter-regionais.
§8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
§9º - O Governador enviará à Assembleia Legislativa: (NR)
1 - até 15 de agosto do primeiro ano do mandato do Governador eleito, o projeto de lei dispondo
sobre o plano plurianual; (NR)
2 - até 30 de abril, anualmente, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias; e (NR)
3 - até 30 de setembro, de cada ano, o projeto de lei da proposta orçamentária para o exercício
subsequente. (NR)
- § 9º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 24, de 23/01/2008.
Artigo 175 - Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao
orçamento anual e aos créditos adicionais, bem como suas emendas, serão apreciados pela
Assembleia Legislativa.
§ 1º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem serão
admitidas desde que:
1 - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
2 - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Municípios.
3 - sejam relacionadas:
a) com correção de erros ou omissões;
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§2º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando
incompatíveis com o plano plurianual.
§3º - O Governador poderá enviar mensagem ao Legislativo para propor modificações nos
projetos a que se refere este artigo, enquanto não iniciada, na Comissão competente, a votação
da parte cuja alteração é proposta.
§4º - Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta
seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.
§5º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante
créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
§ 6º - As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão de 0,3% (três décimos por
cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo
que a metade do percentual a ser estabelecido será destinada a ações e serviços públicos de
saúde. (NR)
§ 7º - A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no § 6º
deste artigo, inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do item 1 do parágrafo
único do artigo 222, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais. (NR)
§ 8º - É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 6º
deste artigo, em montante de 0,3% (três décimos por cento) da receita corrente líquida realizada
no exercício anterior, conforme os critérios definidos na lei de diretrizes orçamentárias. (NR)
§ 9º - Os restos a pagar poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução
financeira prevista no § 8º deste artigo, em montante estabelecido na lei de diretrizes
orçamentárias. (NR)
§ 10 - Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não
cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, o
montante previsto no § 8º deste artigo poderá ser reduzido em até a mesma proporção da
limitação incidente sobre o conjunto das despesas discricionárias. (NR)
- §§ 6º a 10 acrescentados pela Emenda Constitucional nº 45, de 18/12/2017, produzindo efeitos a partir da execução
orçamentária do exercício financeiro subsequente.
Artigo 176 - São vedados:
I - o início de programas, projetos e atividades não incluídos na lei orçamentária anual;
II - a realização de despesas ou assunção de obrigações diretas que excedam os créditos
orçamentários ou adicionais;
III - a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com fim preciso,
aprovados pelo Poder Legislativo, por maioria absoluta;
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas as permissões
previstas no artigo 167, IV, da Constituição Federal e a destinação de recursos para a pesquisa
científica e tecnológica, conforme dispõe o artigo 218, §5º, da Constituição Federal;
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem
indicação dos recursos correspondentes;
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir “déficit” de empresas, fundações e fundos,
inclusive dos mencionados no artigo 165, §5º, da Constituição Federal.
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.
§1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de
responsabilidade.
§2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do
exercício financeiro subsequente.
TÍTULO VI
Da Ordem Econômica
CAPÍTULO I
Dos Princípios Gerais da Atividade Econômica
CAPÍTULO II
Do Desenvolvimento Urbano
CAPÍTULO III
Da Política Agrícola, Agrária e Fundiária
CAPÍTULO IV
Do Meio Ambiente, dos Recursos Naturais e do Saneamento
SEÇÃO I
Do Meio Ambiente
SEÇÃO II
Dos Recursos Hídricos
Artigo 205 - O Estado instituirá, por lei, sistema integrado de gerenciamento dos recursos
hídricos, congregando órgãos estaduais e municipais e a sociedade civil, e assegurará meios
financeiros e institucionais para:
I - a utilização racional das águas superficiais e subterrâneas e sua prioridade para abastecimento
às populações;
II - o aproveitamento múltiplo dos recursos hídricos e o rateio dos custos das respectivas obras, na
forma da lei;
III - a proteção das águas contra ações que possam comprometer o seu uso atual e futuro;
IV - a defesa contra eventos críticos, que ofereçam riscos à saúde e segurança públicas e
prejuízos econômicos ou sociais;
V - a celebração de convênios com os Municípios, para a gestão, por estes, das águas de
interesse exclusivamente local;
VI - a gestão descentralizada, participativa e integrada em relação aos demais recursos naturais e
às peculiaridades da respectiva bacia hidrográfica;
VII - o desenvolvimento do transporte hidroviário e seu aproveitamento econômico.
Artigo 206 - As águas subterrâneas, reservas estratégicas para o desenvolvimento econômico-
social e valiosas para o suprimento de água às populações, deverão ter programa permanente de
conservação e proteção contra poluição e superexplotação, com diretrizes em lei.
Artigo 207 - O Poder Público, mediante mecanismos próprios, definidos em lei, contribuirá para o
desenvolvimento dos Municípios em cujos territórios se localizarem reservatórios hídricos e
naqueles que recebam o impacto deles.
Artigo 208 - Fica vedado o lançamento de efluentes e esgotos urbanos e industriais, sem o devido
tratamento, em qualquer corpo de água.
Artigo 209 - O Estado adotará medidas para controle da erosão, estabelecendo-se normas de
conservação do solo em áreas agrícolas e urbanas.
Artigo 210 - Para proteger e conservar as águas e prevenir seus efeitos adversos, o Estado
incentivará a adoção, pelos Municípios, de medidas no sentido:
I - da instituição de áreas de preservação das águas utilizáveis para abastecimento às populações
e da implantação, conservação e recuperação de matas ciliares;
II - do zoneamento de áreas inundáveis, com restrições a usos incompatíveis nas sujeitas a
inundações frequentes e da manutenção da capacidade de infiltração do solo;
III - da implantação de sistemas de alerta e defesa civil, para garantir a segurança e a saúde
públicas, quando de eventos hidrológicos indesejáveis;
IV - do condicionamento, à aprovação prévia por organismos estaduais de controle ambiental e de
gestão de recursos hídricos, na forma da lei, dos atos de outorga de direitos que possam influir na
qualidade ou quantidade das águas superficiais e subterrâneas;
V - da instituição de programas permanentes de racionalização do uso das águas destinadas ao
abastecimento público e industrial e à irrigação, assim como de combate às inundações e à
erosão.
Parágrafo único - A lei estabelecerá incentivos para os Municípios que aplicarem,
prioritariamente, o produto da participação no resultado da exploração dos potenciais energéticos
em seu território, ou da compensação financeira, nas ações previstas neste artigo e no tratamento
de águas residuárias.
Artigo 211 - Para garantir as ações previstas no artigo 205, a utilização dos recursos hídricos será
cobrada segundo as peculiaridades de cada bacia hidrográfica, na forma da lei, e o produto
aplicado nos serviços e obras referidos no item 1, do parágrafo único, deste artigo.
Parágrafo único - O produto da participação do Estado no resultado da exploração de potenciais
hidroenergéticos em seu território, ou da compensação financeira, será aplicado, prioritariamente:
1 - em serviços e obras hidráulicas e de saneamento de interesse comum, previstos nos planos
estaduais de recursos hídricos e de saneamento básico;
2 - na compensação, na forma da lei, aos Municípios afetados por inundações decorrentes de
reservatórios de água implantados pelo Estado, ou que tenham restrições ao seu desenvolvimento
em razão de leis de proteção de mananciais.
Artigo 212 - Na articulação com a União, quando da exploração dos serviços e instalações de
energia elétrica, e do aproveitamento energético dos cursos de água em seu território, o Estado
levará em conta os usos múltiplos e o controle das águas, a drenagem, a correta utilização das
várzeas, a flora e a fauna aquáticas e a preservação do meio ambiente.
Artigo 213 - A proteção da quantidade e da qualidade das águas será obrigatoriamente levada em
conta quando da elaboração de normas legais relativas a florestas, caça, pesca, fauna,
conservação da natureza, defesa do solo e demais recursos naturais e ao meio ambiente.
SEÇÃO III
Dos Recursos Minerais
SEÇÃO IV
Do Saneamento
Artigo 215 - A lei estabelecerá a política das ações e obras de saneamento básico no Estado,
respeitando os seguintes princípios:
I - criação e desenvolvimento de mecanismos institucionais e financeiros, destinados a assegurar
os benefícios do saneamento à totalidade da população;
II - prestação de assistência técnica e financeira aos Municípios, para o desenvolvimento dos seus
serviços;
III - orientação técnica para os programas visando ao tratamento de despejos urbanos e industriais
e de resíduos sólidos, e fomento à implantação de soluções comuns, mediante planos regionais
de ação integrada.
Artigo 216 - O Estado instituirá, por lei, plano plurianual de saneamento estabelecendo as
diretrizes e os programas para as ações nesse campo.
§1º - O plano, objeto deste artigo deverá respeitar as peculiaridades regionais e locais e as
características das bacias hidrográficas e dos respectivos recursos hídricos.
§2º - O Estado assegurará condições para a correta operação, necessária ampliação e eficiente
administração dos serviços de saneamento básico prestados por concessionária sob seu controle
acionário.
§3º - As ações de saneamento deverão prever a utilização racional da água, do solo e do ar, de
modo compatível com a preservação e melhoria da qualidade da saúde pública e do meio
ambiente e com a eficiência dos serviços públicos de saneamento.
TÍTULO VII
Da Ordem Social
CAPÍTULO I
Disposição Geral
Artigo 217 - Ao Estado cumpre assegurar o bem-estar social, garantindo o pleno acesso aos bens
e serviços essenciais ao desenvolvimento individual e coletivo.
CAPÍTULO II
Da Seguridade Social
SEÇÃO I
Disposição Geral
SEÇÃO II
Da Saúde
SEÇÃO III
Da Promoção Social
Artigo 232 - As ações do Poder Público, por meio de programas e projetos na área de promoção
social, serão organizadas, elaboradas, executadas e acompanhadas com base nos seguintes
princípios:
I - participação da comunidade;
II - descentralização administrativa, respeitada a legislação federal, cabendo a coordenação e
execução de programas às esferas estadual e municipal, considerados os Municípios e as
comunidades como instâncias básicas para o atendimento e realização dos programas;
III - integração das ações dos órgãos e entidades da administração em geral, compatibilizando
programas e recursos e evitando a duplicidade de atendimento entre as esferas estadual e
municipal.
Parágrafo único - É facultado ao Poder Público vincular a programa de apoio à inclusão e
promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária, vedada a aplicação desses
recursos no pagamento de: (NR)
1 - despesas com pessoal e encargos sociais; (NR)
2 - serviço da dívida; (NR)
3 - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações
apoiados. (NR)
- Parágrafo único acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 233 - As ações governamentais e os programas de assistência social, pela sua natureza
emergencial e compensatória, não deverão prevalecer sobre a formulação e aplicação de políticas
sociais básicas nas áreas de saúde, educação, abastecimento, transporte e alimentação.
Artigo 234 - O Estado subvencionará os programas desenvolvidos pelas entidades assistenciais
filantrópicas e sem fins lucrativos, com especial atenção às que se dediquem à assistência aos
portadores de deficiências, conforme critérios definidos em lei, desde que cumpridas as exigências
de fins dos serviços de assistência social a serem prestados.
Parágrafo único - Compete ao Estado a fiscalização dos serviços prestados pelas entidades
citadas no “caput” deste artigo.
Artigo 235 - Revogado.
- Artigo 235 revogado pela Emenda Constitucional nº 44, de 18/12/2017.
Artigo 236 - O Estado criará o Conselho Estadual de Promoção Social, cuja composição, funções
e regulamentos serão definidos em lei.
CAPÍTULO III
Da Educação, da Cultura e dos Esportes e Lazer
SEÇÃO I
Da Educação
Artigo 237 - A educação, ministrada com base nos princípios estabelecidos no artigo 205 e
seguintes da Constituição Federal e inspirada nos princípios de liberdade e solidariedade humana,
tem por fim:
I - a compreensão dos direitos e deveres da pessoa humana, do cidadão, do Estado, da família e
dos demais grupos que compõem a comunidade;
II - o respeito à dignidade e às liberdades fundamentais da pessoa humana;
III - o fortalecimento da unidade nacional e da solidariedade internacional;
IV - o desenvolvimento integral da personalidade humana e a sua participação na obra do bem
comum;
V - o preparo do indivíduo e da sociedade para o domínio dos conhecimentos científicos e
tecnológicos que lhes permitam utilizar as possibilidades e vencer as dificuldades do meio,
preservando-o;
VI - a preservação, difusão e expansão do patrimônio cultural;
VII - a condenação a qualquer tratamento desigual por motivo de convicção filosófica, política ou
religiosa, bem como a quaisquer preconceitos de classe, raça ou sexo;
VIII - o desenvolvimento da capacidade de elaboração e reflexão crítica da realidade.
Artigo 238 - A lei organizará o Sistema de Ensino do Estado de São Paulo, levando em conta o
princípio da descentralização.
Artigo 239 - O Poder Público organizará o Sistema Estadual de Ensino, abrangendo todos os
níveis e modalidades, incluindo a especial, estabelecendo normas gerais de funcionamento para
as escolas públicas estaduais e municipais, bem como para as particulares.
§1º - Os Municípios organizarão, igualmente, seus sistemas de ensino.
§2º - O Poder Público oferecerá atendimento especializado aos portadores de deficiências,
preferencialmente na rede regular de ensino.
§3º - As escolas particulares estarão sujeitas à fiscalização, controle e avaliação, na forma da lei.
§4° - O Poder Público adequará as escolas e tomará as medidas necessárias quando da
construção de novos prédios, visando promover a acessibilidade das pessoas com deficiência ou
com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e obstáculos nos espaços e
mobiliários. (NR)
- § 4º acrescentado pela Emenda Constitucional nº 39, de 27/01/2014.
Artigo 240 - Os Municípios responsabilizar-se-ão prioritariamente pelo ensino fundamental,
inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria, e pré-escolar, só podendo atuar
nos níveis mais elevados quando a demanda naqueles níveis estiver plena e satisfatoriamente
atendida, do ponto de vista qualitativo e quantitativo.
Artigo 241 - O Plano Estadual de Educação, estabelecido em lei, é de responsabilidade do Poder
Público Estadual, tendo sua elaboração coordenada pelo Executivo, consultados os órgãos
descentralizados do Sistema Estadual de Ensino, a comunidade educacional, e considerados os
diagnósticos e necessidades apontados nos Planos Municipais de Educação.
Artigo 242 - O Conselho Estadual de Educação é órgão normativo, consultivo e deliberativo do
sistema de ensino do Estado de São Paulo, com suas atribuições, organização e composição
definidas em lei.
Artigo 243 - Os critérios para criação de Conselhos Regionais e Municipais de Educação, sua
composição e atribuições, bem como as normas para seu funcionamento, serão estabelecidos e
regulamentados por lei.
Artigo 244 - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais
das escolas públicas de ensino fundamental.
Artigo 245 - Nos três níveis de ensino, será estimulada a prática de esportes individuais e
coletivos, como complemento à formação integral do indivíduo.
Parágrafo Único - A prática referida no “caput”, sempre que possível, será levada em conta em
face das necessidades dos portadores de deficiências.
Artigo 246 - É vedada a cessão de uso de próprios públicos estaduais, para o funcionamento de
estabelecimentos de ensino privado de qualquer natureza.
Artigo 247 - A educação da criança de zero a seis anos, integrada ao sistema de ensino,
respeitará as características próprias dessa faixa etária.
Artigo 248 - O órgão próprio de educação do Estado será responsável pela definição de normas,
autorização de funcionamento, supervisão e fiscalização das creches e pré-escolas públicas e
privadas no Estado.
Parágrafo único - Aos Municípios, cujos sistemas de ensino estejam organizados, será delegada
competência para autorizar o funcionamento e supervisionar as instituições de educação das
crianças de zero a seis anos de idade.
Artigo 249 - O ensino fundamental, com oito anos de duração é obrigatório para todas as
crianças, a partir dos sete anos de idade, visando a propiciar formação básica e comum
indispensável a todos.
§1º - É dever do Poder Público o provimento, em todo o território paulista, de vagas em número
suficiente para atender à demanda do ensino fundamental obrigatório e gratuito.
§2º - A atuação da administração pública estadual no ensino público fundamental dar-se-á por
meio de rede própria ou em cooperação técnica e financeira com os Municípios, nos termos do
artigo 30, VI, da Constituição Federal, assegurando a existência de escolas com corpo técnico
qualificado e elevado padrão de qualidade, devendo ser definidas com os Municípios formas de
colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório. (NR)
- § 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§3º - O ensino fundamental público e gratuito será também garantido aos jovens e adultos que, na
idade própria, a ele não tiveram acesso, e terá organização adequada às características dos
alunos.
§4º - Caberá ao Poder Público prover o ensino fundamental diurno e noturno, regular e supletivo,
adequado às condições de vida do educando que já tenha ingressado no mercado de trabalho.
§5º - É permitida a matrícula no ensino fundamental, a partir dos seis anos de idade, desde que
plenamente atendida a demanda das crianças de sete anos de idade.
Artigo 250 - O Poder Público responsabilizar-se-á pela manutenção e expansão do ensino médio,
público e gratuito, inclusive para os jovens e adultos que, na idade própria, a ele não tiveram
acesso, tomando providências para universalizá-lo.
§1º - O Estado proverá o atendimento do ensino médio em curso diurno e noturno, regular e
supletivo, aos jovens e adultos, especialmente trabalhadores, de forma compatível com suas
condições de vida.
§2º - Além de outras modalidades que a lei vier a estabelecer no ensino médio, fica assegurada a
especificidade do curso de formação do magistério para a pré-escola e das quatro primeiras séries
do ensino fundamental, inclusive com formação de docentes para atuarem na educação de
portadores de deficiências.
Artigo 251 - A lei assegurará a valorização dos profissionais de ensino, mediante fixação de
planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional, carga horária
compatível com o exercício das funções e ingresso exclusivamente por concurso público de
provas e títulos.
Artigo 252 - O Estado manterá seu próprio sistema de ensino superior, articulado com os demais
níveis.
Parágrafo único - O sistema de ensino superior do Estado de São Paulo incluirá universidades e
outros estabelecimentos.
Artigo 253 - A organização do sistema de ensino superior do Estado será orientada para a
ampliação do número de vagas oferecidas no ensino público diurno e noturno, respeitadas as
condições para a manutenção da qualidade de ensino e do desenvolvimento da pesquisa.
Parágrafo único - As universidades públicas estaduais deverão manter cursos noturnos que, no
conjunto de suas unidades, correspondam a um terço pelo menos, do total das vagas por elas
oferecidas.
Artigo 254 - A autonomia da universidade será exercida, respeitando, nos termos do seu estatuto,
a necessária democratização do ensino e a responsabilidade pública da instituição, observados os
seguintes princípios:
I - utilização dos recursos de forma a ampliar o atendimento à demanda social, tanto mediante
cursos regulares, quanto atividades de extensão;
II - representação e participação de todos os segmentos da comunidade interna nos órgãos
decisórios e na escolha de dirigentes, na forma de seus estatutos.
§1º - A lei criará formas de participação da sociedade, por meio de instâncias públicas externas à
universidade, na avaliação do desempenho da gestão dos recursos. (NR)
- Parágrafo único transformado em § 1º pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§2º - É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma
da lei. (NR)
§3º - O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica. (NR)
- §§ 2º e 3º acrescentados pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 255 - O Estado aplicará, anualmente, na manutenção e no desenvolvimento do ensino
público, no mínimo, trinta por cento da receita resultante de impostos, incluindo recursos
provenientes de transferências.
Parágrafo único - A lei definirá as despesas que se caracterizem como manutenção e
desenvolvimento do ensino.
Artigo 256 - O Estado e os Municípios publicarão, até trinta dias após o encerramento de cada
trimestre, informações completas sobre receitas arrecadadas e transferências de recursos
destinados à educação, nesse período e discriminadas por nível de ensino.
Artigo 257 - A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das
necessidades do ensino fundamental.
Parágrafo único - Parcela dos recursos públicos destinados à educação deverá ser utilizada em
programas integrados de aperfeiçoamento e atualização para os educadores em exercício no
ensino público.
Artigo 258 - O Poder Público poderá, mediante convênio, destinar parcela dos recursos de que
trata o artigo 255 a instituições filantrópicas, definidas em lei, para a manutenção e o
desenvolvimento de atendimento educacional, especializado e gratuito a educandos portadores de
necessidades especiais. (NR)
- Artigo 258 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 13, de 04/12/2001.
SEÇÃO II
Da Cultura
Artigo 259 - O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e o acesso às
fontes da cultura, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão de suas manifestações.
Artigo 260 - Constituem patrimônio cultural estadual os bens de natureza material e imaterial,
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referências à identidade, à ação e à
memória dos diferentes grupos formadores da sociedade nos quais se incluem:
I - as formas de expressão;
II - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
III - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações
artístico-culturais;
IV - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,
paleontológico, ecológico e científico.
Artigo 261 - O Poder Público pesquisará, identificará, protegerá e valorizará o patrimônio cultural
paulista, através do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e
Turístico do Estado de São Paulo - CONDEPHAAT, na forma que a lei estabelecer.
Artigo 262 - O Poder Público incentivará a livre manifestação cultural mediante:
I - criação, manutenção e abertura de espaços públicos devidamente equipados e capazes de
garantir a produção, divulgação e apresentação das manifestações culturais e artísticas;
II - desenvolvimento de intercâmbio cultural e artístico com os Municípios, integração de
programas culturais e apoio à instalação de casas de cultura e de bibliotecas públicas;
III - acesso aos acervos das bibliotecas, museus, arquivos e congêneres;
IV - promoção do aperfeiçoamento e valorização dos profissionais da cultura;
V - planejamento e gestão do conjunto das ações, garantida a participação de representantes da
comunidade;
VI - compromisso do Estado de resguardar e defender a integridade, pluralidade, independência e
autenticidade das culturas brasileiras, em seu território;
VII - cumprimento, por parte do Estado, de uma política cultural não intervencionista, visando à
participação de todos na vida cultural;
VIII - preservação dos documentos, obras e demais registros de valor histórico ou científico.
Artigo 263 - A lei estimulará, mediante mecanismos específicos, os empreendimentos privados
que se voltem à preservação e à restauração do patrimônio cultural do Estado, bem como
incentivará os proprietários de bens culturais tombados, que atendam às recomendações de
preservação do patrimônio cultural.
Artigo 263-A - É facultado ao Poder Público vincular a fundo estadual de fomento à cultura até
cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, para o financiamento de programas e
projetos culturais, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de: (NR)
I - despesas com pessoal e encargos sociais; (NR)
II - serviço da dívida; (NR)
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações
apoiados. (NR)
- Artigo 263-A acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Ã
SEÇÃO III
Dos Esportes e Lazer
Artigo 264 - O Estado apoiará e incentivará as práticas esportivas formais e não formais, como
direito de todos.
Artigo 265 - O Poder Público apoiará e incentivará o lazer como forma de integração social.
Artigo 266 - As ações do Poder Público e a destinação de recursos orçamentários para o setor
darão prioridade:
I - ao esporte educacional, ao esporte comunitário e, na forma da lei, ao esporte de alto
rendimento;
II - ao lazer popular;
III - à construção e manutenção de espaços devidamente equipados para as práticas esportivas e
o lazer;
IV - à promoção, estímulo e orientação à prática e difusão da Educação Física;
V - à adequação dos locais já existentes e previsão de medidas necessárias quando da
construção de novos espaços, tendo em vista a prática de esportes e atividades de lazer por parte
dos portadores de deficiências, idosos e gestantes, de maneira integrada aos demais cidadãos.
Parágrafo único - O Poder Público estimulará e apoiará as entidades e associações da
comunidade dedicadas às práticas esportivas.
Artigo 267 - O Poder Público incrementará a prática esportiva às crianças, aos idosos e aos
portadores de deficiências.
CAPÍTULO IV
Da Ciência e Tecnologia
CAPÍTULO V
Da Comunicação Social
CAPÍTULO VI
Da Defesa do Consumidor
CAPÍTULO VII
Da Proteção Especial
SEÇÃO I
Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem, do Idoso e dos Portadores de
Deficiências (NR)
- Seção I com redação dada pela Emenda Constitucional nº 38 de 16/10/2013.
Artigo 277 - Cabe ao Poder Público, bem como à família, assegurar à criança, ao adolescente, ao
jovem, ao idoso e aos portadores de deficiências, com absoluta prioridade, o direito à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda
forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e agressão. (NR)
- Artigo 277, "caput", com redação dada pela Emenda Constitucional nº 38 de 16/10/2013.
Parágrafo único - O direito à proteção especial, conforme a lei, abrangerá, entre outros, os
seguintes aspectos:
1 - garantia à criança e ao adolescente de conhecimento formal do ato infracional que lhe seja
atribuído, de igualdade na relação processual, representação legal, acompanhamento psicológico
e social e defesa técnica por profissionais habilitados;
2 - obrigação de empresas e instituições, que recebam do Estado recursos financeiros para a
realização de programas, projetos e atividades culturais, educacionais, de lazer e outros afins, de
preverem o acesso e a participação de portadores de deficiências.
Artigo 278 - O Poder Público promoverá programas especiais, admitindo a participação de
entidades não governamentais e tendo como propósito:
I - assistência social e material às famílias de baixa renda dos egressos de hospitais psiquiátricos
do Estado, até sua reintegração na sociedade;
II - concessão de incentivo às empresas para adequação de seus equipamentos, instalações e
rotinas de trabalho aos portadores de deficiências;
III - garantia às pessoas idosas de condições de vida apropriadas, frequência e participação em
todos os equipamentos, serviços e programas culturais, educacionais, esportivos, recreativos e de
lazer, defendendo sua dignidade e visando à sua integração à sociedade;
IV - integração social de portadores de deficiências, mediante treinamento para o trabalho,
convivência e facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos;
V - criação e manutenção de serviços de prevenção, orientação, recebimento e encaminhamento
de denúncias referentes à violência;
VI - instalação e manutenção de núcleos de atendimento especial e casas destinadas ao
acolhimento provisório de crianças, adolescentes, idosos, portadores de deficiências e vítimas de
violência, incluindo a criação de serviços jurídicos de apoio às vítimas, integrados a atendimento
psicológico e social;
VII - nos internamentos de crianças com até doze anos nos hospitais vinculados aos órgãos da
administração direta ou indireta, é assegurada a permanência da mãe, também nas enfermarias,
na forma da lei;
VIII - prestação de orientação e informação sobre a sexualidade humana e conceitos básicos da
instituição da família, sempre que possível, de forma integrada aos conteúdos curriculares do
ensino fundamental e médio;
IX - criação e manutenção de serviços e programas de prevenção e orientação contra
entorpecentes, álcool e drogas afins, bem como de encaminhamento de denúncias e atendimento
especializado, referentes à criança, ao adolescente, ao adulto e ao idoso dependentes.
Artigo 279 - Os Poderes Públicos estadual e municipal assegurarão condições de prevenção de
deficiências, com prioridade para a assistência pré-natal e à infância, bem como integração social
de portadores de deficiências, mediante treinamento para o trabalho e para a convivência,
mediante:
I - criação de centros profissionalizantes para treinamento, habilitação e reabilitação profissional
de portadores de deficiências, oferecendo os meios adequados para esse fim aos que não tenham
condições de frequentar a rede regular de ensino;
II - implantação de sistema “Braille” em estabelecimentos da rede oficial de ensino, em cidade pólo
regional, de forma a atender às necessidades educacionais e sociais dos portadores de
deficiências.
Parágrafo único - As empresas que adaptarem seus equipamentos para o trabalho de portadores
de deficiências poderão receber incentivos, na forma da lei.
Artigo 280 - É assegurado, na forma da lei, aos portadores de deficiências e aos idosos, acesso
adequado aos logradouros e edifícios de uso público, bem como aos veículos de transporte
coletivo urbano.
Artigo 281 - O Estado propiciará, por meio de financiamentos, aos portadores de deficiências, a
aquisição dos equipamentos que se destinam a uso pessoal e que permitam a correção,
diminuição e superação de suas limitações, segundo condições a serem estabelecidas em lei.
SEÇÃO II
Dos Índios
Artigo 282 - O Estado fará respeitar os direitos, bens materiais, crenças, tradições e todas as
demais garantias conferidas aos índios na Constituição Federal.
§1º - Compete ao Ministério Público a defesa judicial dos direitos e interesses das populações
indígenas, bem como intervir em todos os atos do processo em que os índios sejam partes.
§2º - A Defensoria Pública prestará assistência jurídica aos índios do Estado, suas comunidades e
organizações.
§3º - O Estado protegerá as terras, as tradições, usos e costumes dos grupos indígenas
integrantes do patrimônio cultural e ambiental estadual.
Artigo 283 - A lei disporá sobre formas de proteção do meio ambiente nas áreas contíguas às
reservas e áreas tradicionalmente ocupadas por grupos indígenas, observado o disposto no artigo
231 da Constituição Federal.
TÍTULO VIII
Disposições Constitucionais Gerais
Artigo 284 - O Estado comemorará, anualmente, no período de 3 a 9 de julho, a Revolução
Constitucionalista de 1932.
Artigo 285 - Fica assegurado a todos livre e amplo acesso às praias do litoral paulista
§1º - Sempre que, de qualquer forma, for impedido ou dificultado esse acesso, o Ministério Público
tomará imediata providência para a garantia desse direito.
§2º - O Estado poderá utilizar-se da desapropriação para abertura de acesso a que se refere o
“caput”.
Artigo 286 - Fica assegurada a criação de creches nos presídios femininos e, às mães
presidiárias, a adequada assistência aos seus filhos durante o período de amamentação.
Artigo 287 - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal.
Parágrafo único - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal
Federal.
- Artigo 287 e seu parágrafo único foram declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI nº
326/1990, julgada em 13/10/1994.
Artigo 288 - É assegurada a participação dos servidores públicos nos colegiados e diretorias dos
órgãos públicos em que seus interesses profissionais, de assistência médica e previdenciários
sejam objeto de discussão e deliberação, na forma da lei.
Artigo 289 - O Estado criará crédito educativo, por meio de suas entidades financeiras, para
favorecer os estudantes de baixa renda, na forma que dispuser a lei.
Artigo 290 - Toda e qualquer pensão paga pelo Estado, a qualquer título, não poderá ser de valor
inferior ao do salário mínimo vigente no País.
Artigo 291 - Todos terão o direito de, em caso de condenação criminal, obter das repartições
policiais e judiciais competentes, após reabilitação, bem como no caso de inquéritos policiais
arquivados, certidões e informações de folha corrida, sem menção aos antecedentes, salvo em
caso de requisição judicial, do Ministério Público, ou para fins de concurso público.
Parágrafo único - Observar-se-á o disposto neste artigo quando o interesse for de terceiros.
Artigo 292 - O Poder Executivo elaborará plano de desenvolvimento orgânico e integrado, com a
participação dos Municípios interessados, abrangendo toda a zona costeira do Estado.
Artigo 293 - Os Municípios atendidos pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São
Paulo poderão criar e organizar seus serviços autônomos de água e esgoto.
Parágrafo único - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal
Federal.
- Paragráfo único foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI nº 1746/1997, julgada em
18/09/2014.
Artigo 294 - Fica assegurada a participação da sociedade civil nos conselhos estaduais previstos
nesta Constituição, com composição e competência definidas em lei.
Artigo 295 - O Estado manterá um sistema unificado visando à localização, informação e
referências de pessoas desaparecidas.
Artigo 296 - É vedada a concessão de incentivos e isenções fiscais às empresas que
comprovadamente não atendam às normas de preservação ambiental e às relativas à saúde e à
segurança do trabalho.
Artigo 297 - São também aplicáveis no Estado, no que couber, os artigos das Emendas à
Constituição Federal que não integram o corpo do texto constitucional, bem como as alterações
efetuadas no texto da Constituição Federal que causem implicações no âmbito estadual, ainda
que não contempladas expressamente pela Constituição do Estado. (NR)
- Artigo 297 acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Define as obrigações de pequeno valor, previstas no § 3.º do Artigo 100 da Constituição Federal, e
os precatórios judiciais excepcionados pelo "caput" do Artigo 78 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias e dá outras providências
Ficha informativa
Texto compilado
LEI Nº 10.261, DE 28 DE OUTUBRO DE 1968
(Atualizada até a Lei Complementar nº 1.310, de 04 de outubro de 2017)
TÍTULO I
Disposições Preliminares
Artigo 1º - Esta lei institui o regime jurídico dos funcionários públicos civis do Estado.
Parágrafo único - As suas disposições, exceto no que colidirem com a legislação especial,
aplicam-se aos funcionários dos 3 Poderes do Estado e aos do Tribunal de Contas do Estado.
Artigo 2º - As disposições desta lei não se aplicam aos empregados das autarquias, entidades
paraestatais e serviços públicos de natureza industrial, ressalvada a situação daqueles que, por lei
anterior, já tenham a qualidade de funcionário público.
Parágrafo único - Os direitos, vantagens e regalias dos funcionários públicos só poderão ser
estendidos aos empregados das entidades a que se refere este artigo na forma e condições que a
lei estabelecer.
Artigo 3º - Funcionário público, para os fins deste Estatuto, é a pessoa legalmente investida em
cargo público.
Artigo 4º - Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um
funcionário.
Artigo 5º - Os cargos públicos são isolados ou de carreira.
Artigo 6º - Aos cargos públicos serão atribuídos valores determinados por referências numéricas,
seguidas de letras em ordem alfabética, indicadoras de graus.
Parágrafo único - O conjunto de referência e grau constitui o padrão do cargo.
Artigo 7º - Classe é o conjunto de cargos da mesma denominação.
Artigo 8º - Carreira é o conjunto de classes da mesma natureza de trabalho, escalonadas
segundo o nível de complexidade e o grau de responsabilidade.
Artigo 9º - Quadro é o conjunto de carreiras e de cargos isolados.
Artigo 10 - É vedado atribuir ao funcionário serviços diversos dos inerentes ao seu cargo, exceto
as funções de chefia e direção e as comissões legais.
TÍTULO II
CAPÍTULO I
Do Provimento
CAPÍTULO II
Das Nomeações
SEÇÃO I
SEÇÃO II
Da Seleção de Pessoal
SUBSEÇÃO I
Do Concurso
Artigo 14 - A nomeação para cargo público de provimento efetivo será precedida de concurso
público de provas ou de provas e títulos.
Parágrafo único - As provas serão avaliadas na escala de 0 (zero) a 100 (cem) pontos e aos
títulos serão atribuídos, no máximo, 50 (cinqüenta) pontos.
Artigo 15 - A realização dos concursos será centralizada num só órgão.
Artigo 16 - As normas gerais para a realização dos concursos e para a convocação e indicação
dos candidatos para o provimento dos cargos serão estabelecidas em regulamento.
Artigo 17 - Os concursos serão regidos por instruções especiais, expedidas pelo órgão
competente.
Artigo 18 - As instruções especiais determinarão, em função da natureza do cargo:
I - se o concurso será:
1 - de provas ou de provas e títulos; e
2 - por especializações ou por modalidades profissionais, quando couber;
II - as condições para provimento do cargo referentes a:
1 - diplomas ou experiência de trabalho;
2 - capacidade física; e
3 - conduta;
III - o tipo e conteúdo das provas e as categorias de títulos;
IV - a forma de julgamento das provas e dos títulos;
V - os critérios de habilitação e de classificação; e
VI - o prazo de validade do concurso.
Artigo 19 - As instruções especiais poderão determinar que a execução do concurso, bem como a
classificação dos habilitados, seja feita por regiões.
Artigo 20 - A nomeação obedecerá à ordem de classificação no concurso.
SUBSEÇÃO II
Artigo 21 - As provas de habilitação serão realizadas pelo órgão encarregado dos concursos, para
fins de transferência e de outras formas de provimento que não impliquem em critério competitivo.
Artigo 22 - As normas gerais para realização das provas de habilitação serão estabelecidas em
regulamento, obedecendo, no que couber, ao estabelecido para os concursos.
CAPÍTULO III
Das Substituições
CAPÍTULO IV
Da Transferência
Artigo 26 - O funcionário poderá ser transferido de um para outro cargo de provimento efetivo.
Artigo 27 - As transferências serão feitas a pedido do funcionário ou "ex-officio", atendidos
sempre a conveniência do serviço e os requisitos necessários ao provimento do cargo.
Artigo 28 - A transferência será feita para cargo do mesmo padrão de vencimento ou de igual
remuneração, ressalvados os casos de transferência a pedido, em que o vencimento ou a
remuneração poderá ser inferior.
Artigo 29 - A transferência por permuta se processará a requerimento de ambos os interessados
e de acordo com o prescrito neste capítulo.
- Nota: vide Decreto nº 4.633, de 01/10/1974.
CAPÍTULO V
Da Reintegração
Artigo 30 - A reintegração é o reingresso no serviço público, decorrente da decisão judicial
passada em julgado, com ressarcimento de prejuízos resultantes do afastamento.
Artigo 31 - A reintegração será feita no cargo anteriormente ocupado e, se este houver sido
transformado, no cargo resultante.
§ 1º - Se o cargo estiver preenchido, o seu ocupante será exonerado, ou, se ocupava outro cargo,
a este será reconduzido, sem direito a indenização.
§ 2º - Se o cargo houver sido extinto, a reintegração se fará em cargo equivalente, respeitada a
habilitação profissional, ou, não sendo possível, ficará o reintegrado em disponibilidade no cargo
que exercia.
Artigo 32 - Transitada em julgado a sentença, será expedido o decreto de reintegração no prazo
máximo de 30 (trinta) dias.
CAPÍTULO VI
Do Acesso
CAPÍTULO VII
Da Reversão
Artigo 35 - Reversão é o ato pelo qual o aposentado reingressa no serviço público a pedido ou ex-
officio.
§ 1º - A reversão ex-officio será feita quando insubsistentes as razões que determinaram a
aposentadoria por invalidez.
§ 2º - Não poderá reverter à atividade o aposentado que contar mais de 58 (cinqüenta e oito) anos
de idade.
§ 3º - No caso de reversão ex-officio, será permitido o reingresso além do limite previsto no
parágrafo anterior.
§ 4º - A reversão só poderá efetivar-se quando, em inspeção médica, ficar comprovada a
capacidade para o exercício do cargo.
§ 5º - Se o laudo médico não for favorável, poderá ser procedida nova inspeção de saúde, para o
mesmo fim, decorridos pelo menos 90 (noventa) dias.
§ 6º - Será tornada sem efeito a reversão ex-officio e cassada a aposentadoria do funcionário que
reverter e não tomar posse ou não entrar em exercício dentro do prazo legal.
Artigo 36 - A reversão far-se-á no mesmo cargo.
§ 1º - Em casos especiais, a juízo do Governo, poderá o aposentado reverter em outro cargo, de
igual padrão de vencimentos, respeitada a habilitação profissional.
§ 2º - A reversão a pedido, que será feita a critério da Administração, dependerá também da
existência de cargo vago, que deva ser provido mediante promoção por merecimento.
CAPÍTULO VIII
Do Aproveitamento
CAPÍTULO IX
Da Readmissão
CAPÍTULO X
Da Readaptação
CAPÍTULO XI
Da Remoção
Artigo 43 - A remoção, que se processará a pedido do funcionário ou ex-officio, só poderá ser
feita:
I - de uma para outra repartição, da mesma Secretaria; e
II - de um para outro órgão da mesma repartição.
Parágrafo único - A remoção só poderá ser feita respeitada a lotação de cada repartição.
Artigo 44 - A remoção por permuta será processada a requerimento de ambos os interessados,
com anuência dos respectivos chefes e de acordo com o prescrito neste Capítulo.
Artigo 45 - O funcionário não poderá ser removido ou transferido ex-officio para cargo que deva
exercer fora da localidade de sua residência, no período de 6 (seis) meses antes e até 3 (três)
meses após a data das eleições.
Parágrafo único - Essa proibição vigorará no caso de eleições federais, estaduais ou municipais,
isolada ou simultaneamente realizadas.
CAPÍTULO XII
Da Posse
CAPÍTULO XIII
Da Fiança
Artigo 56 — Aquele que fôr nomeado para cargo de provimento dependente de prestação de fiança, não poderá entrar em
exercício sem a prévia satisfação dessa exigência.
§ 1º — A fiança poderá ser prestada:
I — em dinheiro;
II — em títulos da Dívida Públca da União ou do Estado; e
III — em apólices de seguro de fidelidade funcional, emitidas por institutos oficiais ou companhias legalmente autorizadas.
§ 2º — Não poderá ser autorizado o levantamento da fiança antes de tomadas as contas do funcionário.
§ 3º — O responsável por alcance ou desvio de material não ficará isento da ação administrativa e criminal que couber,
ainda que o valor da fiança seja superior ao prejuízo verificado.
Artigo 56 - Revogado.
- Artigo 56 revogado pela Lei Complementar nº 575, de 11/11/1988.
CAPÍTULO XIV
Do Exercício
CAPÍTULO XV
Artigo 76 — O tempo de serviço público, assim considerado o exclusivamente prestado à União, Estados, Municípios e
Autarquias em geral, será contado singelamente para todos os fins.
- Suspensa a aplicabilidade pela Administração com base no pronunciamento do Secretário de Estado - Chefe da Casa
Civil de 04/08/1971, publicado no DOE de 06/08/1971, pág. 3.
Artigo 76 - O tempo de serviço público, assim considerado o exclusivamente prestado ao Estado
e suas Autarquias, será contado singelamente para todos os fins.
Parágrafo único - O tempo de serviço público prestado à União, outros Estados e Municípios, e
suas autarquias, anteriormente ao ingresso do funcionário no serviço público estadual, será
contado integralmente para os efeitos de aposentadoria e disponibilidade.
- Artigo 76 com redação dada pela Lei Complementar nº 318, de 10/03/1983.
Nota: O artigo 1º da Lei Complementar nº 437, de 23/12/1985, fixou a vigência deste artigo para 21/12/1984.
Artigo 77 - A apuração do tempo de serviço será feita em dias.
§ 1º - Serão computados os dias de efetivo exercício, do registro de freqüência ou da folha de
pagamento.
§ 2º - O número de dias será convertido em anos, considerados sempre estes como de 365
(trezentos e sessenta e cinco) dias.
§ 3º - Feita a conversão de que trata o parágrafo anterior, os dias restantes, até 182 (cento e
oitenta e dois), não serão computados, arredondando-se para 1 (um) ano, na aposentadoria
compulsória ou por invalidez, quando excederem esse número.
Artigo 78 - Serão considerados de efetivo exercício, para todos os efeitos legais, os dias em que o
funcionário estiver afastado do serviço em virtude de:
I - férias;
II - casamento, até 8 (oito) dias;
III - falecimento do cônjuge, filhos, pais e irmãos, até 8 (oito) dias;
IV - falecimento dos sogros, do padrasto ou madrasta, até 2 (dois) dias;
IV - falecimento dos avós, netos, sogros, do padrasto ou madrasta, até 2 (dois) dias; (NR)
- Inciso IV com redação dada pela Lei Complementar nº 318, de 10/03/1983.
V - serviços obrigatórios por lei;
VI - licença quando acidentado no exercício de suas atribuições ou atacado de doença
profissional;
VII - licença à funcionária gestante;
VIII - licenciamento compulsório, nos termos do art. 206;
IX - licença-prêmio;
X - faltas abonadas nos termos do parágrafo 1º do art. 110, observados os limites ali fixados;
XI - missão ou estudo dentro do Estado, em outros pontos do território nacional ou no estrangeiro,
nos termos do art. 68;
XII - nos casos previstos no art. 122;
XIII - afastamento por processo administrativo, se o funcionário for declarado inocente ou se a
pena imposta for de repreensão ou multa; e, ainda, os dias que excederem o total da pena de
suspensão efetivamente aplicada;
XIV - trânsito, em decorrência de mudança de sede de exercício, desde que não exceda o prazo
de 8 (oito) dias; e
XV - provas de competições desportivas, nos termos do item I, do § 2º, do art. 75.
XVI - licença-paternidade, por 5 (cinco) dias; (NR)
- Inciso XVI acrescentado pela Lei Complementar nº 1.054, de 07/07/2008.
Artigo 79 — Os dias em que o funcionário deixar de comparecer ao serviço em virtude de mandato legislativo municipal,
nos têrmos do art. 73, serão considerados de efetivo exercício para todos os efeitos legais.
Artigo 79 - Os dias em que o funcionário deixar de comparecer ao serviço em virtude de mandato
legislativo municipal serão considerados de efetivo exercício para todos os eleitos legais. (NR)
- Artigo 79, "caput", com redação dada pela Lei Complementar nº 124, de 11/11/1975.
Parágrafo único — No caso de vereança remunerada, os dias de afastamento não serão
computados para fins de vencimento ou remuneração, salvo se por eles tiver optado o funcionário.
Artigo 80 - Será contado para todos os efeitos, salvo para a percepção de vencimento ou
remuneração:
I - o afastamento para provas de competições desportivas nos termos do item II do § 2º do art. 75;
e
II - as licenças previstas nos arts. 200 e 201.
Artigo 81 — Para efeito de disponibilidade e aposentadoria será contado o tempo de:
I — afastamento junto a entidades paraestatais e serviços públicos de natureza industrial; e
II — licença para tratamento de saúde.
Artigo 81 - Os tempos adiante enunciados serão contados: (NR)
I - para efeito de concessão de adicional por tempo de serviço, sexta-parte, aposentadoria e
disponibilidade: (NR)
a) o de afastamento nos termos dos artigos 65 e 66 junto a outros poderes do Estado, a fundações
instituídas pelo Estado ou empresas em que o Estado tenha participação majoritária pela sua
Administração Centralizada ou Descentralizada, bem como junto a órgãos da Administração Direta
da União, de outros Estados e Municípios, e de suas autarquias; (NR)
b) o de afastamento nos termos do artigo 67; (NR)
II - para efeito de disponibilidade e aposentadoria, o de licença para tratamento de saúde.(NR)
- Artigo 81 com redação dada pela Lei Complementar nº 318, de 10/03/1983.
Artigo 82 — O tempo de mandato eletivo federal ou estadual, ou de mandato de prefeito, será contado para fins de
aposentadoria e de promoção por antigüidade.
Artigo 82 - O tempo de mandato federal e estadual, bem como o municipal, quando remunerado,
será contado para fins de aposentadoria e de promoção por antiguidade. (NR)
Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se à hipótese de nomeação de Prefeito. (NR)
- Artigo 82 com redação dada pela Lei Complementar nº 87, de 25/04/1974.
Artigo 83 - Para efeito de aposentadoria será contado o tempo em que o funcionário esteve em
disponibilidade.
Artigo 84 - É vedada a acumulação de tempo de serviço concorrente ou simultaneamente
prestado, em dois ou mais cargos ou funções, à União, Estados, Municípios ou Autarquias em
geral.
Parágrafo único - Em regime de acumulação é vedado contar tempo de um dos cargos para
reconhecimento de direito ou vantagens no outro.
Artigo 85 - Não será computado, para nenhum efeito, o tempo de serviço gratuito.
CAPÍTULO XVI
Da Vacância
TÍTULO III
DA PROMOÇÃO
CAPÍTULO ÚNICO
Da Promoção
TÍTULO IV
CAPÍTULO I
Do Vencimento e da Remuneração
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Artigo 108 - Vencimento é a retribuição paga ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo,
correspondente ao valor do respectivo padrão fixado em lei, mais as vantagens a ele incorporadas
para todos os efeitos legais.
Artigo 109 - Remuneração é a retribuição paga ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo,
correspondente a 2/3 (dois terços) do respectivo padrão, mais as quotas ou porcentagens que, por
lei, lhe tenham sido atribuídas e as vantagens pecuniárias a ela incorporadas.
Artigo 110 - O funcionário perderá:
I - o vencimento ou remuneração do dia. quando não comparecer ao serviço, salvo no caso
previsto no § 1º deste artigo; e
II - 1/3 (um terço) do vencimento ou remuneração diária, quando comparecer ao serviço dentro da
hora seguinte à marcada para o início do expediente ou quando dele retirar-se dentro da última
hora.
§ 1º — As faltas ao serviço, até o máximo de 6 (seis) por ano, não excedendo a uma por mês, poderão ser abonadas por
motivo de moléstia comprovada, mediante apresentação de atestado médico no primeiro dia em que comparecer ao
serviço.
§ 1º - As faltas ao serviço, até o máximo de 6 (seis) por ano, não excedendo a uma por mês, em
razão de moléstia ou outro motivo relevante, poderão ser abonadas pelo superior imediato, a
requerimento do funcionário, no primeiro dia útil subseqüente ao da falta. (NR)
- § 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 294, de 02/09/1982.
§ 2º - No caso de faltas sucessivas, justificadas ou injustificadas, os dias intercalados —
domingos, feriados e aqueles em que não haja expediente — serão computados exclusivamente
para efeito de desconto do vencimento ou remuneração.
Artigo 111 - As reposições devidas pelo funcionário e as indenizações por prejuízos que causar à
Fazenda Pública Estadual, serão descontadas em parcelas mensais não excedentes da décima
parte do vencimento ou remuneração ressalvados os casos especiais previstos neste Estatuto.
Artigo 112 - Só será admitida procuração para efeito de recebimento de quaisquer importâncias
dos cofres estaduais, decorrentes do exercício do cargo, quando o funcionário se encontrar fora
da sede ou comprovadamente impossibilitado de locomover-se.
Artigo 113 - O vencimento, remuneração ou qualquer vantagem pecuniária atribuídos ao
funcionário, não poderão ser objeto de arresto, seqüestro ou penhora, salvo:
I - quando se tratar de prestação de alimentos, na forma da lei civil; e
II - nos casos previstos no Capítulo II do Título VI deste Estatuto.
Artigo 114 - É proibido, fora dos casos expressamente consignados neste Estatuto, ceder ou
gravar vencimento, remuneração ou qualquer vantagem decorrente do exercício de cargo público.
Artigo 115 - O vencimento ou remuneração do funcionário não poderá sofrer outros descontos,
exceto os obrigatórios e os autorizados por lei.
Artigo 116 - As consignações em folha, para efeito de desconto de vencimentos ou remuneração,
serão disciplinadas em regulamento.
SEÇÃO II
Do Horário e do Ponto
Artigo 117 - O horário de trabalho nas repartições será fixado pelo Governo de acordo com a
natureza e as necessidades do serviço.
Artigo 118 - O período de trabalho, nos casos de comprovada necessidade, poderá ser
antecipado ou prorrogado pelo chefe da repartição ou serviço.
Parágrafo único - No caso de antecipação ou prorrogação, será remunerado o trabalho
extraordinário, na forma estabelecida no art. 136.
Artigo 119 - Nos dias úteis, só por determinação do Governador poderão deixar de funcionar as
repartições públicas ou ser suspenso o expediente.
Artigo 120 - Ponto é o registro pelo qual se verificará, diariamente, a entrada e saída do
funcionário em serviço.
§ 1º - Para registro do ponto serão usados, de preferência, meios mecânicos.
§ 2º - É vedado dispensar o funcionário do registro do ponto, salvo os casos expressamente
previstos em lei.
§ 3º - A infração do disposto no parágrafo anterior determinará a responsabilidade da autoridade
que tiver expedido a ordem, sem prejuízo da ação disciplinar cabível.
Artigo 121 - Para o funcionário estudante, conforme dispuser o regulamento, poderão ser
estabelecidas normas especiais quanto à freqüência ao serviço.
Artigo 122 - O funcionário que comprovar sua contribuição para banco de sangue mantido por
órgão estatal ou paraestatal, ou entidade com a qual o Estado mantenha convênio, fica
dispensado de comparecer ao serviço no dia da doação.
Artigo 123 - Apurar-se-á a freqüência do seguinte modo:
I - pelo ponto; e
II - pela forma determinada, quanto aos funcionários não sujeitos a ponto.
Í
CAPÍTULO II
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Artigo 124 - Além do valor do padrão do cargo, o funcionário só poderá receber as seguintes
vantagens pecuniárias:
I - adicionais por tempo de serviço;
II - gratificações;
III - diárias;
IV - ajudas de custo;
V - salário-família e salário-esposa;
VI - auxílio para diferenças de caixa;
VI - Revogado;
- Inciso VI revogado pelo Decreto-lei de 27/02/1970.
VII - quota-parte de multas e porcentagens fixadas em lei;
VIII - honorários, quando fora do período normal ou extraordinário de trabalho a que estiver sujeito,
for designado para realizar investigações ou pesquisas científicas, bem como para exercer as
funções de auxiliar ou membro de bancas e comissões de concurso ou prova, ou de professor de
cursos de seleção e aperfeiçoamento ou especialização de servidores, legalmente instituídos,
observadas as proibições atinentes a regimes especiais de trabalho fixados em lei;
IX - honorários pela prestação de serviço peculiar à profissão que exercer e, em função dela, à
Justiça, desde que não a execute dentro do período normal ou extraordinário de trabalho a que
estiver sujeito e sejam respeitadas as restrições estabelecidas em lei pela subordinação a regimes
especiais de trabalho; e
X - outras vantagens ou concessões pecuniárias previstas em leis especiais ou neste Estatuto.
§ 1º - Excetuados os casos expressamente previstos neste artigo, o funcionário não poderá
receber, a qualquer título, seja qual for o motivo ou forma de pagamento, nenhuma outra
vantagem pecuniária dos órgãos do serviço público, das entidades autárquicas ou paraestatais ou
outras organizações públicas, em razão de seu cargo ou função nos quais tenha sido mandado
servir.
§ 2º - O não cumprimento do que preceitua este artigo importará na demissão do funcionário, por
procedimento irregular, e na imediata reposição, pela autoridade ordenadora do pagamento, da
importância indevidamente paga.
§ 3º - Nenhuma importância relativa às vantagens constantes deste artigo será paga ou devida ao
funcionário, seja qual for o seu fundamento, se não houver crédito próprio, orçamentário ou
adicional.
Artigo 125 - As porcentagens ou quotas-partes, atribuídas em virtude de multas ou serviços de
fiscalização e inspeção, só serão creditadas ao funcionário após a entrada da importância
respectiva, a título definitivo, para os cofres públicos.
Artigo 126 - O funcionário não fará jus à percepção de quaisquer vantagens pecuniárias, nos
casos em que deixar de perceber o vencimento ou remuneração, ressalvado o disposto no
parágrafo único do art. 160.
SEÇÃO Il
Artigo 127 - O funcionário terá direito, após cada período de 5 (cinco) anos, contínuos, ou não, à
percepção de adicional por tempo de serviço, calculado à razão de 5% (cinco por cento) sobre o
vencimento ou remuneração, a que se incorpora para todos os efeitos.
Parágrafo único — O adicional por tempo de serviço será concedido pela autoridade competente, na forma que fôr
estabelecida em regulamento.
Parágrafo único - O adicional por tempo de serviço será concedido pela autoridade competente, na forma que for
estabelecida em regulamento, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data da completação do
período aquisitivo, sob pena de ser responsabilizado o servidor que der causa ao descumprimento do prazo ora fixado.
(NR)
- Parágrafo único com redação dada pela Lei Complementar nº 792, de 20/3/1995.
Nota: A Lei Complementar nº 792, de 20/3/1995 foi declarada Inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal nos autos
da ADI nº 3.167, julgada em 18/06/2007.
Parágrafo único — O adicional por tempo de serviço será concedido pela autoridade competente,
na forma que fôr estabelecida em regulamento.
Artigo 128 - A apuração do qüinqüênio será feita em dias e o total convertido em anos,
considerados estes sempre como de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.
Artigo 129 - Vetado.
Artigo 130 - O funcionário que completar 25 (vinte e cinco) anos de efetivo exercício perceberá
mais a sexta-parte do vencimento ou remuneração, a estes incorporada para todos os efeitos.
Artigo 131 - O funcionário que exercer cumulativamente cargos ou funções, terá direito aos
adicionais de que trata esta Seção, isoladamente, referentes a cada cargo ou a função.
Artigo 132 - O ocupante de cargo em comissão fará jus aos adicionais previstos nesta Seção,
calculados sobre o vencimento que perceber no exercício desse cargo, enquanto nele
permanecer.
Artigo 133 - Ao funcionário no exercício de cargo em substituição aplica-se o disposto no artigo
anterior.
Artigo 134 - Para efeito dos adicionais a que se refere esta Seção, será computado o tempo de
serviço, na forma estabelecida nos arts. 76 e 78.
SEÇÃO III
Das Gratificações
SEÇÃO IV
Das Diárias
SEÇÃO V
Artigo 149 - A juízo da Administração, poderá ser concedida ajuda de custo ao funcionário que no
interesse do serviço passar a ter exercício em nova sede.
§ 1º - A ajuda de custo destina-se a indenizar o funcionário das despesas de viagem e de nova
instalação .
§ 2º - O transporte do funcionário e de sua família compreende passagem e bagagem e correrá
por conta do Governo.
Artigo 150 - A ajuda de custo, desde que em território do País, será arbitrada pelos Secretários de
Estado, não podendo exceder importância correspondente a 3 (três) vezes o valor do padrão do
cargo.
Parágrafo único - O regulamento fixará o critério para o arbitramento, tendo em vista o número de
pessoas que acompanham o funcionário, as condições de vida na nova sede, a distância a ser
percorrida, o tempo de viagem e os recursos orçamentários disponíveis.
Artigo 151 - Não será concedida ajuda de custo:
I - ao funcionário que se afastar da sede ou a ela voltar, em virtude de mandato eletivo; e
II - ao que for afastado junto a outras Administrações.
Parágrafo único - O funcionário que recebeu ajuda de custo, se for obrigado a mudar de sede
dentro do período de 2 (dois) anos poderá receber, apenas, 2/3 (dois terços) do benefício que lhe
caberia.
Artigo 152 - Quando o funcionário for incumbido de serviço que o obrigue a permanecer fora da
sede por mais de 30 (trinta) dias, poderá receber ajuda de custo sem prejuízos das diárias que lhe
couberem.
Parágrafo único - A importância dessa ajuda de custo será fixada na forma do art. 150, não
podendo exceder a quantia relativa a 1 (uma) vez o valor do padrão do cargo.
Artigo 153 - Restituirá a ajuda de custo que tiver recebido:
I - o funcionário que não seguir para a nova sede dentro dos prazos fixados, salvo motivo
independente de sua vontade, devidamente comprovado sem prejuízo da pena disciplinar cabível;
II - o funcionário que, antes de concluir o serviço que lhe foi cometido, regressar da nova sede,
pedir exoneração ou abandonar o cargo.
§ 1º - A restituição poderá ser feita parceladamente, a juízo da autoridade que houver concedido a
ajuda de custo, salvo no caso de recebimento indevido, em que a importância por devolver será
descontada integralmente do vencimento ou remuneração, sem prejuízo da pena disciplinar
cabível.
§ 2º - A responsabilidade pela restituição de que trata este artigo, atinge exclusivamente a pessoa
do funcionário.
§ 3º - Se o regresso do funcionário for determinado pela autoridade competente ou por motivo de
força maior devidamente comprovado, não ficará ele obrigado a restituir a ajuda de custo.
Artigo 154 - Caberá também ajuda de custo ao funcionário designado para serviço ou estudo no
estrangeiro.
Parágrafo único - A ajuda de custo de que trata este artigo será arbitrada pelo Governador.
SEÇÃO VI
Do Salário-Família e do Salário-Esposa
SEÇÃO VII
CAPÍTULO III
TÍTULO V
CAPÍTULO I
Das Férias
Artigo 176 - O funcionário terá direito ao gozo de 30 (trinta) dias de férias anuais, observada a
escala que for aprovada.
§ 1º - É proibido levar à conta de férias qualquer falta ao trabalho.
§ 2º - É proibida a acumulação de férias, salvo por absoluta necessidade de serviço e pelo
máximo de 2 (dois) anos consecutivos.
§ 3º - O período de férias será reduzido para 20 (vinte) dias, se o servidor, no exercício anterior,
tiver, considerados em conjunto, mais de 10 (dez) não comparecimentos correspondentes a faltas
abonadas, justificadas e injustificadas ou às licenças previstas nos itens IV, VI e VII do art. 181.
§ 4º - Durante as férias, o funcionário terá direito a todas as vantagens, como se estivesse em
exercício.
Artigo 177 - Atendido o interesse do serviço, o funcionário poderá gozar férias de uma só vez ou
em dois períodos iguais.
Artigo 178 - Somente depois do primeiro ano de exercício no serviço público, adquirirá o
funcionário direito a férias.
Parágrafo único - Será contado para efeito deste artigo o tempo de serviço prestado em outro
cargo público, desde que entre a cessação do anterior e o início do subseqüente exercício não
haja interrupção superior a 10 (dez) dias.
Artigo 179 - Caberá ao chefe da repartição ou do serviço, organizar, no mês de dezembro, a
escala de férias para o ano seguinte, que poderá alterar de acordo com a conveniência do serviço.
Artigo 180 - O funcionário transferido ou removido, quando em gozo de férias, não será obrigado
a apresentar-se antes de terminá-las.
CAPÍTULO II
Das Licenças
SEÇÃO I
Disposições Gerais
SEÇÃO II
Artigo 191 — Ao funcionário que, por motivo de saúde, estiver impossibilitado para o exercício do cargo, será concedida
licença, mediante inspeção em órgão médico oficial, até o máximo de 4 (quatro) anos, com vencimento ou remuneração.
Artigo 191 - Ao funcionário que, por motivo de saúde, estiver impossibilitado para o exercício do
cargo, será concedida licença até o máximo de 4 (quatro) anos, com vencimento ou
remuneração. (NR)
- Artigo 191 com redação dada pela Lei complementar nº 1.196, de 27/02/2013.
§ 1º - Findo o prazo, previsto neste artigo, o funcionário será submetido à inspeção médica e
aposentado, desde que verificada a sua invalidez, permitindo-se o licenciamento além desse
prazo, quando não se justificar a aposentadoria.
§ 2º - Será obrigatória a reversão do aposentado, desde que cessados os motivos determinantes
da aposentadoria.
Artigo 192 - O funcionário ocupante de cargo em comissão poderá ser aposentado, nas
condições do artigo anterior, desde que preencha os requisitos do art. 227.
Artigo 193 — A licença para tratamento de saúde dependerá de inspeção médica, realizada em órgão oficial e poderá ser
concedida:
I — a pedido do funcionário; e
II — "ex-officio"
Artigo 193 - A licença para tratamento de saúde dependerá de inspeção médica oficial e poderá
ser concedida: (NR)
I - a pedido do funcionário; (NR)
II - “ex officio”. (NR)
§ 1º - A inspeção médica de que trata o “caput” deste artigo poderá ser dispensada, a critério do
órgão oficial, quando a análise documental for suficiente para comprovar a incapacidade laboral,
observado o estabelecido em decreto. (NR)
§ 2º - A licença “ex officio” de que trata o inciso II deste artigo será concedida por decisão do
órgão oficial: (NR)
1 - quando as condições de saúde do funcionário assim o determinarem; (NR)
2 - a pedido do órgão de origem do funcionário. (NR)
§ 3º - O funcionário poderá ser dispensado da inspeção médica de que trata o “caput” deste artigo
em caso de licença para tratamento de saúde de curta duração, conforme estabelecido em
decreto. (NR);
- Artigo 193 com redação dada pela Lei complementar nº 1.196, de 27/02/2013.
SEÇÃO III
Artigo 194 — O funcionário acidentado no exercício de suas atribuições ou que tenha adquirido doença profissional, terá
direito à licença com vencimento ou remuneração.
Parágrafo único — Considera-se também acidente a agressão sofrida e não provocada pelo funcionário, no exercício de
suas funções.
Artigo 194 - O funcionário acidentado no exercício de suas atribuições ou que tenha adquirido
doença profissional terá direito à licença com vencimento ou remuneração. (NR)
Parágrafo único - Considera-se também acidente: (NR)
1 - a agressão sofrida e não provocada pelo funcionário, no exercício de suas funções; (NR)
2 - a lesão sofrida pelo funcionário, quando em trânsito, no percurso usual para o trabalho. (NR)
- Artigo 194 com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, de 01/07/2010.
Artigo 195 - A licença prevista no artigo anterior não poderá exceder de 4 (quatro) anos.
Parágrafo único - No caso de acidente, verificada a incapacidade total para qualquer função
pública, será desde logo concedida aposentadoria ao funcionário.
Artigo 196 — A comprovação do acidente, indispensável para a concessão da licença, será feita em processo, que deverá
iniciar-se no prazo de 8 (oito) dias, contados do evento.
Artigo 196 - A comprovação do acidente, indispensável para a concessão da licença, será feita
em procedimento próprio, que deverá iniciar-se no prazo de 10 (dez) dias, contados da data do
acidente. (NR)
§ 1º - O funcionário deverá requerer a concessão da licença de que trata o "caput" deste artigo
junto ao órgão de origem. (NR)
§ 2º - Concluído o procedimento de que trata o "caput" deste artigo caberá ao órgão médico oficial
a decisão. (NR)
§ 3º - O procedimento para a comprovação do acidente de que trata este artigo deverá ser
cumprido pelo órgão de origem do funcionário, ainda que não venha a ser objeto de licença. (NR)
- Artigo 196 com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, de 01/07/2010.
Artigo 197 - Para a conceituação do acidente da doença profissional, serão adotados os critérios
da legislação federal de acidentes do trabalho.
SEÇÃO IV
Artigo 198 — À funcionária gestante será concedida, mediante inspeção médica, licença de 120 (cento e vinte) dias com
vencimento ou remuneração.
§ 1º — Salvo prescrição médica em contrário, a licença será concedida a partir do oitavo mês de gestação.
§ 2º — Uma vez ocorrido o parto, sem que tenha sido requerida a licença, esta será concedida pela metade, a contar do
dia do evento, desde que pleiteada sua concessão até 15 (quinze) dias após.
Artigo 198 - À funcionária gestante será concedida, mediante inspeção médica, licença de 120 (cento e vinte) dias com
vencimentos ou remuneração. (NR)
§ 1.º - Salvo prescrição médica em contrário, a licença será concedida a partir do oitavo mês de gestação. (NR)
§ 2.º - Ocorrido o parto, sem que tenha sido requerida a licença, será esta concedida mediante apresentação da certidão
de nascimento e vigorará a partir da data do evento, podendo retroagir até (quinze) dias. (NR)
§ 3.º - No caso de natimorto, será concedida a licença para tratamento de saúde, a critério médico, na forma prevista no
artigo 193 (NR)
- Artigo 198 com redação dada pela Lei Complementar n° 76, de 07/05/1973.
Artigo 198 - À funcionária gestante será concedida, mediante inspeção médica, licença de 180 (cento e oitenta) dias com
vencimento ou remuneração, observado o seguinte: (NR)
I - salvo prescrição médica em contrário, a licença poderá ser concedida a partir do oitavo mês de gestação; (NR)
- Artigo 198, "caput" e Inciso I com redação dada pela Lei complementar nº 1.054, de 07/07/2008.
Artigo 198 - À funcionária gestante será concedida licença de 180 (cento e oitenta) dias com
vencimento ou remuneração, observado o seguinte: (NR)
I - a licença poderá ser concedida a partir da 32ª (trigésima segunda) semana de gestação,
mediante documentação médica que comprove a gravidez e a respectiva idade gestacional; (NR).
- Artigo 198, "caput" e Inciso I com redação dada pela Lei complementar nº 1.196, de 27/02/2013.
II - ocorrido o parto, sem que tenha sido requerida a licença, será esta concedida mediante a
apresentação da certidão de nascimento e vigorará a partir da data do evento, podendo retroagir
até 15 (quinze) dias; (NR)
III - durante a licença, cometerá falta grave a servidora que exercer qualquer atividade remunerada
ou mantiver a criança em creche ou organização similar; (NR)
Parágrafo único - No caso de natimorto, será concedida a licença para tratamento de saúde, a
critério médico, na forma prevista no artigo 193. (NR)
- Incisos II,III e parágrafo único com redação dada pela Lei complementar nº 1.054, de 07/07/2008.
SEÇÃO V
Artigo 199 — O funcionário poderá obter licença, por motivo de doença do cônjuge e de parentes até segundo grau.
§ 1º — Provar-se-á a doença em inspeção médica na forma prevista no artigo 193.
§ 2º — A licença de que trata este artigo será concedida com vencimento ou remuneração até 1 (um) mês e com os
seguintes descontos:
I — de 1/3 (um terço), quando exceder a 1 (um) mês até 3 (três)
II — de 2/3 (dois terços), quando exceder a 3 (três) até 6 (seis)
III — sem vencimento ou remuneração do sétimo ao vigésimo mês.
Artigo 199 - O funcionário poderá obter licença, por motivo de doença do cônjuge e de parentes
até segundo grau. (NR)
§ 1º - Provar-se-á a doença em inspeção médica na forma prevista no artigo 193. (NR)
§ 2º - A licença de que trata este artigo será concedida com vencimentos ou remuneração até 1
(um) mês e com os seguintes descontos: (NR)
1 - de 1/3 (um terço), quando exceder a 1 (um) mês até 3 (três); (NR)
2 - 2/3 (dois terços), quando exceder a 3 (três) até 6 (seis); (NR)
3 - sem vencimento ou remuneração do sétimo ao vigésimo mês. (NR)
§ 3º - Para os efeitos do § 2º deste artigo, serão somadas as licenças concedidas durante o
período de 20 (vinte) meses, contado da primeira concessão. (NR)
- Artigo 199 com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, de 01/07/2010.
SEÇÃO VI
Artigo 200 - Ao funcionário que for convocado para o serviço militar e outros encargos da
segurança nacional, será concedida licença sem vencimento ou remuneração.
§ 1º - A licença será concedida mediante comunicação do funcionário ao chefe da repartição ou do
serviço, acompanhada de documentação oficial que prove a incorporação.
§ 2º - O funcionário desincorporado reassumirá imediatamente o exercício, sob pena de demissão
por abandono do cargo, se a ausência exceder a 30 (trinta) dias.
§ 3º - Quando a desincorporação se verificar em lugar diverso do da sede, os prazos para
apresentação serão os previstos no art. 60.
Artigo 201 - Ao funcionário que houver feito curso para ser admitido como oficial da reserva das
Forças Armadas, será também concedida licença sem vencimento ou remuneração, durante os
estágios prescritos pelos regulamentos militares.
SEÇÃO VII
Artigo 202 - Depois de 5 (cinco) anos de exercício, o funcionário poderá obter licença, sem
vencimento ou remuneração, para tratar de interesses particulares, pelo prazo máximo de 2 (dois)
anos.
§ 1º - Poderá ser negada a licença quando o afastamento do funcionário for inconveniente ao
interesse do serviço.
§ 2º - O funcionário deverá aguardar em exercício a concessão da licença.
§ 3º - A licença poderá ser gozada parceladamente a juízo da Administração, desde que dentro do
período de 3 (três) anos.
§ 4º - O funcionário poderá desistir da licença, a qualquer tempo, reassumindo o exercício em
seguida.
Artigo 203 - Não será concedida licença para tratar de interesses particulares ao funcionário
nomeado, removido ou transferido, antes de assumir o exercício do cargo.
Artigo 204 - Só poderá ser concedida nova licença depois de decorridos 5 (cinco) anos do término
da anterior.
SEÇÃO VIII
Artigo 205 - A funcionária casada com funcionário estadual ou com militar terá direito à licença,
sem vencimento ou remuneração, quando o marido for mandado servir, independentemente de
solicitação, em outro ponto do Estado ou do território nacional ou no estrangeiro.
Parágrafo único - A licença será concedida mediante pedido devidamente instruído e vigorará
pelo tempo que durar a comissão ou a nova função do marido.
SEÇÃO IX
Da Licença Compulsória
Artigo 206 - O funcionário, ao qual se possa atribuir a condição de fonte de infecção de doença
transmissível, poderá ser licenciado, enquanto durar essa condição, a juízo de autoridade sanitária
competente, e na forma prevista no regulamento.
Artigo 207 - Verificada a procedência da suspeita, o funcionário será licenciado para tratamento
de saúde na forma prevista no art. 191, considerando-se incluídos no período da licença os dias
de licenciamento compulsório.
Artigo 208 - Quando não positivada a moléstia, deverá o funcionário retornar ao serviço,
considerando -se como de efetivo exercício para todos os efeitos legais, o período de licença
compulsória.
Ã
SEÇÃO X
Da licença-prêmio
Artigo 209 - O funcionário terá direito, como prêmio de assiduidade, à licença de 90 (noventa)
dias em cada período de 5 (cinco) anos de exercício ininterrupto, em que não haja sofrido
qualquer penalidade administrativa.
Parágrafo único - O período da licença será considerado de efetivo exercício para todos os
efeitos legais, e não acarretará desconto algum no vencimento ou remuneração.
Artigo 210 - Para fins da licença prevista nesta Seção, não se consideram interrupção de
exercício:
I - os afastamentos enumerados no art. 78, excetuado o previsto no item X; e
II - as faltas abonadas, as justificadas e os dias de licença a que se referem os itens I e IV do art.
181 desde que o total de todas essas ausências não exceda o limite máximo de 30 (trinta) dias, no
período de 5 (cinco) anos.
Artigo 211 — Será contado para efeito da licença de que trata esta Seção, o tempo de serviço prestado à União, Estados e
Municípios e Autarquias em geral, desde que entre a cessação do anterior e o início do subsequente não haja interrupção
superior a 30 (trinta) dias.
Artigo 211 - Revogado.
- Artigo 211 revogado pela Lei Complementar nº 318, de 10/03/1983.
Artigo 212 — O requerimento da licença será instruído com certidão de tempo de serviço.
Artigo 212 - A licença-prêmio será concedida mediante certidão de tempo de serviço,
independente de requerimento do funcionário, e será publicada no Diário Oficial do Estado, nos
termos da legislação em vigor. (NR)
- Artigo 212 com redação dada pela Lei Complementar nº 1048, de 10/06/2008.
Artigo 213 — A requerimento do funcionário, a licença poderá ser gozada em parcelas não inferiores a 30 (trinta) dias.
Parágrafo único — Caberá às autoridades competentes para conceder a licença, tendo em vista o interesse do serviço,
decidir por seu gôzo por inteiro ou parceladamente.
Artigo 213 - A licença-prêmio deverá ser usufruída no prazo de 4 (quatro) anos e 9 (nove) meses, a contar do término do
período aquisitivo. (NR)
§ 1.º - A requerimento do funcionário, a licença poderá ser gozada em parcelas não inferiores a 30 (trinta) dias. (NR)
§ 2.º - Caberá à autoridade competente para conceder a licença, autorizar o seu gozo, respeitada a regra contida no
"caput" deste artigo. (NR)
- Artigo 213 com redação dada pela Lei Complementar nº 857, de 20/05/1999.
Artigo 213 - O funcionário poderá requerer o gozo da licença-prêmio: (NR)
I - por inteiro ou em parcelas não inferiores a 15 (quinze) dias; (NR)
II - até o implemento das condições para a aposentadoria voluntária. (NR)
§ 1º - Caberá à autoridade competente: (NR)
1 - adotar, após manifestação do chefe imediato, sem prejuízo para o serviço, as medidas
necessárias para que o funcionário possa gozar a licença-prêmio a que tenha direito; (NR)
2 - decidir, após manifestação do chefe imediato, observada a opção do funcionário e respeitado o
interesse do serviço, pelo gozo da licença-prêmio por inteiro ou parceladamente. (NR)
§ 2º - A apresentação de pedido de passagem à inatividade, sem a prévia e oportuna
apresentação do requerimento de gozo, implicará perda do direito à licença-prêmio. (NR)
- Artigo 213 com redação dada pela Lei Complementar nº 1.048, de 10/06/2008.
Artigo 214 — O funcionário deverá aguardar em exercício a concessão da licença.
Parágrafo único — Dependerá de novo requerimento, o gozo da licença, quando não iniciada dentro de 30 (trinta) dias,
contados da publicação do ato que a houver concedido.
Artigo 214 - O funcionário deverá aguardar em exercício a apreciação do requerimento de gozo
da licença-prêmio. (NR)
Parágrafo único - O gozo da licença-prêmio dependerá de novo requerimento, caso não se inicie
em até 30 (trinta) dias contados da publicação do ato que o houver autorizado. (NR)
- Artigo 214 com redação dada pela Lei Complementar nº 1.048, de 10/06/2008.
Artigo 215 — O funcionário efetivo, que conte, pelo menos 15 (quinze) anos de serviço, poderá optar pelo gozo da metade
do período de licença-prêmio a que tiver direito, recebendo, em dinheiro, imprtância equivalente aos vencimentos
correspondentes à outra metade.
Parágrafo único - No caso deste artigo, poderá o funcionário gozar o período restante de 45 (quarenta e cinco) dias, por
inteiro ou em duas parcelas, de 30 (trinta) e de 15 (quinze) dias, independentemente da ordem estabelecida neste
parágrafo, a juízo da Administração quanto à oportunidade. (NR)
- Parágrafo único acrescentado pela Lei Complementar n° 78 de 25/06/1973.
Artigo 215 - Revogado.
- Artigo 215 revogado pela Lei Complementar nº 644, de 26/12/1989.
Artigo 216 — O cálculo a que se refere o artigo anterior será efetuado com base no padrão de vencimentos à época da
opção.
Artigo 216 - Revogado.
- Artigo 216 revogado pela Lei Complementar nº 644, de 26/12/1989.
CAPÍTULO III
Da Estabilidade
Artigo 217 - É assegurada a estabilidade somente ao funcionário que, nomeado por concurso,
contar mais de 2 (dois) anos de efetivo exercício.
Artigo 218 - O funcionário estável só poderá ser demitido em virtude de sentença judicial ou
mediante processo administrativo, assegurada ampla defesa.
Parágrafo único - A estabilidade diz respeito ao serviço público e não ao cargo, ressalvando-se à
Administração o direito de aproveitar o funcionário em outro cargo de igual padrão, de acordo com
as suas aptidões.
CAPÍTULO IV
Da Disponibilidade
CAPÍTULO V
Da Aposentadoria
CAPÍTULO VI
Da Assistência ao Funcionário
Artigo 233 - Nos trabalhos insalubres executados pelos funcionários, o Estado é obrigado a
fornecer-lhes gratuitamente equipamentos de proteção à saúde.
Parágrafo único - Os equipamentos aprovados por órgão competente, serão de uso obrigatório
dos funcionários, sob pena de suspensão.
Artigo 234 - Ao funcionário é assegurado o direito de remoção para igual cargo no local de
residência do cônjuge, se este também for funcionário e houver vaga.
Artigo 235 - Havendo vaga na sede do exercício de ambos os cônjuges, a remoção poderá ser
feita para o local indicado por qualquer deles, desde que não prejudique o serviço.
Artigo 236 - Somente será concedida nova remoção por união de cônjuges ao funcionário que for
removido a pedido para outro local, após transcorridos 5 (cinco) anos.
Artigo 237 - Considera-se local, para os fins dos arts. 234 a 236, o município onde o cônjuge tem
sua residência.
Artigo 238 - O ato que remover ou transferir o funcionário estudante de uma para outra cidade
ficará suspenso se, na nova sede, não existir estabelecimento congênere, oficial, reconhecido ou
equiparado àquele em que o interessado esteja matriculado.
§ 1º - Efetivar-se-á a transferência, se o funcionário concluir o curso, deixar de cursá-lo ou for
reprovado durante 2 (dois) anos.
§ 2º - Anualmente, o interessado deverá fazer prova, perante a repartição a que esteja
subordinado, de que está freqüentando regularmente o curso em que estiver matriculado.
CAPÍTULO VII
Do Direito de Petição
Artigo 239 — É permitido ao funcionário requerer ou representar, pedir reconsideração e recorrer de decisões desde que o
faça dentro das normas de urbanidade e em termos, observadas as seguintes regras:
I — nenhuma solicitação, qualquer que seja a sua forma, poderá ser:
1. dirigida à autoridade incompetente para decidi-la; e
2. encaminhada, se não, por intermédio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o funcionário;
II — o pedido de reconsideração só será cabível quando contiver novos argumentos e será sempre dirigido à autoridade
que tiver expedido o ato ou proferido a decisão;
III — nenhum pedido de reconsideração poderá ser renovado;
IV — o pedido de reconsideração deverá ser decidido no prazo máximo de 30 (trinta) dias;
V — só caberá recurso quando houver pedido de reconsideração desatendido ou não decicido no prazo legal;
VI — o recurso será dirigido à autoridade a que estiver imediatamente subordinada a que tenha expedido o ato ou proferido
a decisão e, sucessivamente na escala ascedente, às demais autoridades; e
VII — nenhum recurso poderá ser enviado mais de uma vez à mesma autoridade.
§ 1º — Em hipótese alguma, poderá ser recebida petição, pedido de reconsideração ou recurso que não atenda às
prescrições deste artigo, devendo a autoridade à qual forem encaminhadas tais peças, indeferi-las de plano.
§ 2º — A decisão final dos recursos a que se refere este artigo deverá ser dada dentro do prazo de 90 (noventa) dias,
contados da data do recebimento na repartição, e uma vez proferida, será imediatamente publicada, sob pena de
responsabilidade do funcionário infrator. Se a decisão não fôr proferida dentro desse prazo, poderá o funcionário desde
logo interpor recurso à autoridade superior.
§ 3º — Os pedidos de reconsideração e os recursos não têm efeito suspensivo, os que forem providos, porém, darão lugar
às retificações necessárias, retroagindo os seus efeitos à data do ato impugnado, desde que outra providência não
determine a autoridade quanto aos efeitos relativos ao passado.
Artigo 239 - É assegurado a qualquer pessoa, física ou jurídica, independentemente de
pagamento, o direito de petição contra ilegalidade ou abuso de poder e para defesa de direitos.
(NR)
§ 1º - Qualquer pessoa poderá reclamar sobre abuso, erro, omissão ou conduta incompatível no
serviço público.(NR)
§ 2º - Em nenhuma hipótese, a Administração poderá recusar-se a protocolar, encaminhar ou
apreciar a petição, sob pena de responsabilidade do agente. (NR)
- Artigo 239 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 240 — O direito de pleitear, na esfera administrativa, prescreve a partir da data da publicação, no órgão oficial, do
ato impugnado, ou, quando este fôr de natureza reservada, da data em que dele tiver conhecimento o funcionário:
I — em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de que decorreram a demissão, aposentadoria ou disponibilidade do funcionário; e
II — em 120 (cento e vinte) dias, nos demiais casos.
Parágrafo único — Os recursos ou pedidos de reconsideração, quando cabíveis, e apresentados dentro dos prazos de que
trata este artigo, interrompem a prescrição, até 2 (duas) vezes no máximo, determinando a contagem de novos prazos, a
partir da data da publicação oficial do despacho denegatório ou restritivo do pedido.
Artigo 240 - Ao servidor é assegurado o direito de requerer ou representar, bem como, nos termos
desta lei complementar, pedir reconsideração e recorrer de decisões, no prazo de 30 (trinta) dias,
salvo previsão legal específica. (NR)
- Artigo 240 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
TÍTULO VI
CAPÍTULO I
SEÇÃO I
Dos Deveres
Artigo 241 - São deveres do funcionário:
I - ser assíduo e pontual;
II - cumprir as ordens superiores, representando quando forem manifestamente ilegais;
III - desempenhar com zelo e presteza os trabalhos de que for incumbido;
IV - guardar sigilo sobre os assuntos da repartição e, especialmente, sobre despachos, decisões
ou providências;
V - representar aos superiores sobre todas as irregularidades de que tiver conhecimento no
exercício de suas funções;
VI - tratar com urbanidade os companheiros de serviço e as partes;
VI - tratar com urbanidade as pessoas; (NR)
- Inciso VI com redação dada pela Lei Complementar nº 1.096, de 24/09/2009.
VII - residir no local onde exerce o cargo ou, onde autorizado;
VIII - providenciar para que esteja sempre em ordem, no assentamento individual, a sua
declaração de família;
IX - zelar pela economia do material do Estado e pela conservação do que for confiado à sua
guarda ou utilização;
X - apresentar -se convenientemente trajado em serviço ou com uniforme determinado, quando for
o caso;
XI - atender prontamente, com preferência sobre qualquer outro serviço, às requisições de papéis,
documentos, informações ou providências que lhe forem feitas pelas autoridades judiciárias ou
administrativas, para defesa do Estado, em Juízo;
XII - cooperar e manter espírito de solidariedade com os companheiros de trabalho,
XIII - estar em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço que
digam respeito às suas funções; e
XIV - proceder na vida pública e privada na forma que dignifique a função pública.
SEÇÃO II
Das Proibições
CAPÍTULO II
Das Responsabilidades
Artigo 245 - O funcionário é responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar à
Fazenda Estadual, por dolo ou culpa, devidamente apurados.
Parágrafo único - Caracteriza-se especialmente a responsabilidade:
I - pela sonegação de valores e objetos confiados à sua guarda ou responsabilidade, ou por não
prestar contas, ou por não as tomar, na forma e no prazo estabelecidos nas leis, regulamentos,
regimentos, instruções e ordens de serviço;
II - pelas faltas, danos, avarias e quaisquer outros prejuízos que sofrerem os bens e os materiais
sob sua guarda, ou sujeitos a seu exame ou fiscalização;
III - pela falta ou inexatidão das necessárias averbações nas notas de despacho, guias e outros
documentos da receita, ou que tenham com eles relação; e
IV - por qualquer erro de cálculo ou redução contra a Fazenda Estadual.
Artigo 246 - O funcionário que adquirir materiais em desacordo com disposições legais e
regulamentares, será responsabilizado pelo respectivo custo, sem prejuízo das penalidades
disciplinares cabíveis, podendo-se proceder ao desconto no seu vencimento ou remuneração.
Artigo 247 - Nos casos de indenização à Fazenda Estadual, o funcionário será obrigado a repor,
de uma só vez, a importância do prejuízo causado em virtude de alcance, desfalque, remissão ou
omissão em efetuar recolhimento ou entrada nos prazos legais.
Artigo 248 - Fora dos casos incluídos no artigo anterior, a importância da indenização poderá ser
descontada do vencimento ou remuneração não excedendo o desconto à 10ª (décima) parte do
valor destes.
Parágrafo único - No caso do item IV do parágrafo único do art. 245, não tendo havido má-fé,
será aplicada a pena de repreensão e, na reincidência, a de suspensão.
Artigo 249 - Será igualmente responsabilizado o funcionário que, fora dos casos expressamente
previstos nas leis, regulamentos ou regimentos, cometer a pessoas estranhas às repartições, o
desempenho de encargos que lhe competirem ou aos seus subordinados.
Artigo 250 - A responsabilidade administrativa não exime o funcionário da responsabilidade civil
ou criminal que no caso couber, nem o pagamento da indenização a que ficar obrigado, na forma
dos arts. 247 e 248, o exame da pena disciplinar em que incorrer.
§ 1º - A responsabilidade administrativa é independente da civil e da criminal.(NR)
§ 2º - Será reintegrado ao serviço público, no cargo que ocupava e com todos os direitos e
vantagens devidas, o servidor absolvido pela Justiça, mediante simples comprovação do trânsito
em julgado de decisão que negue a existência de sua autoria ou do fato que deu origem à sua
demissão.(NR)
§ 3º - O processo administrativo só poderá ser sobrestado para aguardar decisão judicial por
despacho motivado da autoridade competente para aplicar a pena.(NR)
- §§ 1º ao 3º acrescentados pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
TÍTULO VII
DAS PENALIDADES
- Título VII com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
Artigo 264 — Cabe, dentro das respectivas competências, aos Secretários de Estado, aos Diretores Gerais e aos Chefes
de repartição, ordenar a prisão administrativa dos responsáveis pelos dinheiros e valores pertencentes à Fazenda Estadual
ou que se acharem sob a guarda desta nos casos de alcance, remissão ou omissão em efetuar as entradas nos devidos
prazos.
§ 1º — Ordenada a prisão, será ela requisitada à autoridade policial e comunicada, imediatamente, à autoridade judiciária
competente, para os devidos efeitos.
§ 2º — Os Secretários de Estado, os Diretores Gerais e os Chefes de repartição, providenciarão no sentido de ser iniciado
com urgência e imediatamente concluído, o processo de tomada de contas.
§ 3º — A prisão administrativa não poderá exceder a 90 (noventa) dias.
Artigo 264 - A autoridade que, por qualquer meio, tiver conhecimento de irregularidade praticada
por servidor é obrigada a adotar providências visando à sua imediata apuração, sem prejuízo das
medidas urgentes que o caso exigir. (NR)
- Artigo 264 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 265 — Poderá ser ordenada, pelo chefe de repartição, a suspensão preventiva do funcionário, até 30 (trinta) dias,
desde que o seu afastamento seja necessário para averiguações de faltas cometidas, cabendo aos Secretários de Estado,
prorrogá-la até 90 (noventa) dias, findo os quais cessarão os efeitos da suspensão, ainda que o processo administrativo
não estaja concluído.
Artigo 265 - A autoridade realizará apuração preliminar, de natureza simplesmente investigativa,
quando a infração não estiver suficientemente caracterizada ou definida autoria. (NR)
§ 1º - A apuração preliminar deverá ser concluída no prazo de 30 (trinta) dias. (NR)
§ 2º - Não concluída no prazo a apuração, a autoridade deverá imediatamente encaminhar ao
Chefe de Gabinete relatório das diligências realizadas e definir o tempo necessário para o término
dos trabalhos. (NR)
§ 3º - Ao concluir a apuração preliminar, a autoridade deverá opinar fundamentadamente pelo
arquivamento ou pela instauração de sindicância ou de processo administrativo. (NR)
- Artigo 265 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 266 — Durante o período da prisão ou da suspensão preventiva, o funcionário perderá 1/3 (um terço) do vencimento
ou remuneração.
Artigo 266 - Determinada a instauração de sindicância ou processo administrativo, ou no seu
curso, havendo conveniência para a instrução ou para o serviço, poderá o Chefe de Gabinete, por
despacho fundamentado, ordenar as seguintes providências: (NR)
I - afastamento preventivo do servidor, quando o recomendar a moralidade administrativa ou a
apuração do fato, sem prejuízo de vencimentos ou vantagens, até 180 (cento e oitenta) dias,
prorrogáveis uma única vez por igual período; (NR)
II - designação do servidor acusado para o exercício de atividades exclusivamente burocráticas
até decisão final do procedimento; (NR)
III - recolhimento de carteira funcional, distintivo, armas e algemas; (NR)
IV - proibição do porte de armas; (NR)
V - comparecimento obrigatório, em periodicidade a ser estabelecida, para tomar ciência dos atos
do procedimento. (NR)
§ 1º - A autoridade que determinar a instauração ou presidir sindicância ou processo
administrativo poderá representar ao Chefe de Gabinete para propor a aplicação das medidas
previstas neste artigo, bem como sua cessação ou alteração. (NR)
§ 2º - O Chefe de Gabinete poderá, a qualquer momento, por despacho fundamentado, fazer
cessar ou alterar as medidas previstas neste artigo. (NR)
- Artigo 266 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 267 — O funcionário terá direito:
I — à diferença de vencimento ou remuneração e à contagem de tempo de serviço relativo ao período da prisão ou da
suspensão preventiva, quando do processo não resultar punição, ou esta se limitar às penas de repreensão ou multa; e
II — à diferença de vencimento ou remuneração e à contagem do tempo de serviço, correspondente ao período de
afastamento excedente do prazo da suspensão efetivamente aplicada.
Artigo 267 - O período de afastamento preventivo computa-se como de efetivo exercício, não
sendo descontado da pena de suspensão eventualmente aplicada. (NR)
- Artigo 267 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
TÍTULO VIII
Do Processo Administrativo
Da Instauração do Processo
- Título VIII e Capítulo I com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 268 — A aplicação do disposto neste Título se fará sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência de
lei anterior.
Artigo 268 - A apuração das infrações será feita mediante sindicância ou processo administrativo,
assegurados o contraditório e a ampla defesa. (NR)
- Artigo 268 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 269 — Instaura-se processo administrativo ou sindicância, a fim de apurar ação ou omissão de funcionário público,
puníveis disciplinarmente.
Artigo 269 - Será instaurada sindicância quando a falta disciplinar, por sua natureza, possa
determinar as penas de repreensão, suspensão ou multa. (NR)
- Artigo 269 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 270 — Será obrigatório o processo administrativo quando a falta disciplinar, por sua natureza, possa determinar a
pena de demissão.
Parágrafo único — O processo será precedido de sindicância, quando não houver elementos suficientes para se concluir
pela existência da falta ou de sua autoria.
Artigo 270 - Será obrigatório o processo administrativo quando a falta disciplinar, por sua
natureza, possa determinar as penas de demissão, de demissão a bem do serviço público e de
cassação de aposentadoria ou disponibilidade. (NR)
- Artigo 270 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 271 — No caso dos artigos 253 e 254, poder-se-á aplicar a pena pela verdade sabida, salvo se, pelas circunstâncias
da falta, fôr conveniente instaurar-se sindicância ou processo.
Parágrafo único — Entende-se por verdade sabida o conhecimento pessoal e direto de falta por parte da autoridade
competente para aplicar a pena.
Artigo 271 - Os procedimentos disciplinares punitivos serão realizados pela Procuradoria Geral do
Estado e presididos por Procurador do Estado confirmado na carreira. (NR)
- Artigo 271 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 272 — São competentes para determinar a instauração de processo administrativo, as autoridades enumeradas no
artigo 260 até o número III, inclusive, e, para determinar a instauração de sindicância, as autoridades enumeradas no
mesmo artigo até o número IV.
CAPÍTULO II
Da Sindicância
CAPÍTULO III
Das Comissões Processantes
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
Dos Atos e Têrmos Processuais
Artigo 283 — O processo administrativo deverá ser iniciado dentro do prazo improrrogável de 8 (oito) dias, contados de
sua instauração e concluído no de 60 (sessenta) dias, a contar da citação do indiciado.
§ 1º — Poderá a autoridade que determinou a instauração do processo, prorrogar-lhe o prazo até mais 60 (sessenta) dias,
por despacho, em representação circunstanciada que lhe fizer o Presidente da Comissão.
§ 2º — Somente o Governador, em casos especiais e mediante representação da autoridade que determinou a instauração
do processo, poderá autorizar nova e última prorrogação do prazo, por tempo não excedente ao do parágrafo anterior.
Artigo 283 - Comparecendo ou não o acusado ao interrogatório, inicia-se o prazo de 3 (três) dias
para requerer a produção de provas, ou apresentá-las. (NR)
§ 1º - O presidente e cada acusado poderão arrolar até 5 (cinco) testemunhas. (NR)
§ 2º - A prova de antecedentes do acusado será feita exclusivamente por documentos, até as
alegações finais. (NR)
§ 3º - Até a data do interrogatório,será designada a audiência de instrução. (NR)
- Artigo 283 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003
Artigo 284 — Autuadas a portaria e demais peças preexistentes, designará o Presidente dia e hora para a audiência inicial,
citado o indiciado e notificado o denunciante, se houver, e as testemunhas.
§ 1º — A citação do indiciado será feita pessoalmente, com prazo mínimo de 24 (vinte e quatro) horas, e será
acompanhada de extrato da portaria que lhe permita conhecer o motivo do processo.
§ 2º — Achando-se o indiciado ausente do lugar, será citado por via postal, em carta registrada, jundando-se ao processo o
comprovante do registro; não sendo encontrado o indiciado, ou ignorando-se o seu paradeiro, a citação se fará com o
prazo de 15 (quinze) dias, por edital inserto por três vezes seguidas no órgão oficial.
§ 3º — O prazo a que se refere o parágrafo anterior, "in fine", será contado da primeira publicação, certificando o
secretário, no processo as datas em que as publicações foram feita.
§ 4º — Quando fôr desconhecido o paradeiro de alguma testemunha, o Presidente solicitará à Polícia informações
necessárias à notificação.
Artigo 284 - Na audiência de instrução, serão ouvidas, pela ordem, as testemunhas arroladas pelo
presidente e pelo acusado. (NR)
Parágrafo único - Tratando-se de servidor público, seu comparecimento poderá ser solicitado ao
respectivo superior imediato com as indicações necessárias. (NR)
- Artigo 284 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 285 — Aos chefes diretos dos servidores notificados a comparecer perante a Comissão Processante, será dado
imediato conhecimento dos termos da notificação.
Parágrafo único — Tratando-se de militar, o seu comparecimento será requisitado ao respectivo Comando, com as
indicações necessárias.
Artigo 285 - A testemunha não poderá eximir-se de depor, salvo se for ascendente, descendente,
cônjuge, ainda que legalmente separado, companheiro, irmão, sogro e cunhado, pai, mãe ou filho
adotivo do acusado, exceto quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a
prova do fato e de suas circunstâncias. (NR)
§ 1º - Se o parentesco das pessoas referidas for com o denunciante, ficam elas proibidas de
depor, observada a exceção deste artigo.(NR)
§ 2º - Ao servidor que se recusar a depor, sem justa causa, será pela autoridade competente
adotada a providência a que se refere o artigo 262, mediante comunicação do presidente. (NR)
§ 3º - O servidor que tiver de depor como testemunha fora da sede de seu exercício, terá direito a
transporte e diárias na forma da legislação em vigor, podendo ainda expedir-se precatória para
esse efeito à autoridade do domicílio do depoente. (NR)
§ 4º - São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão,
devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu
testemunho. (NR)
- Artigo 285 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 286 — Feita a citação, sem que compareça o indiciado, prosseguir-se-á no processo à sua revelia.
Artigo 286 - A testemunha que morar em comarca diversa poderá ser inquirida pela autoridade do
lugar de sua residência, expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo razoável,
intimada a defesa. (NR)
§ 1º - Deverá constar da precatória a síntese da imputação e os esclarecimentos pretendidos, bem
como a advertência sobre a necessidade da presença de advogado. (NR)
§ 2º - A expedição da precatória não suspenderá a instrução do procedimento. (NR)
§ 3º - Findo o prazo marcado, o procedimento poderá prosseguir até final decisão; a todo tempo, a
precatória, uma vez devolvida, será juntada aos autos. (NR)
- Artigo 286 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003
Artigo 287 — No dia aprazado será ouvido o denunciante, se comparecer, e, na mesma audiência, o indiciado que, dentro
do prazo de cinco dias, depositará ou apresentará rol de testemunhas até o máximo de dez, as quais serão notificadas.
Respeitado o limite acima, poderá o indiciado, durante a produção da prova, substituir as testemunhas ou indicar outras no
lugar das que não compareceram.
Parágrafo único — O indiciado não assistirá à inquirição do denunciante. Antes, porém, de prestar as próprias declarações,
ser-lhe-ão lidas, pelo secretário, as que houver aquele prestado.
Artigo 287 - As testemunhas arroladas pelo acusado comparecerão à audiência designada
independente de notificação. (NR)
§ 1º - Deverá ser notificada a testemunha cujo depoimento for relevante e que não comparecer
espontaneamente. (NR)
§ 2º - Se a testemunha não for localizada, a defesa poderá substituí-la, se quiser, levando na
mesma data designada para a audiência outra testemunha, independente de notificação. (NR)
- Artigo 287 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 288 — No mesmo dia, se possível, e nos dias subsequentes, tomar-se-á o depoimento das testemunhas
apresentadas pelo denunciate ou arroladas pela Comissão, e, a seguir, o das testemunhas indicadas pelo indiciado.
Parágrafo único — É permitido ao indiciado reperguntar às testemunhas, por intermédio do Presidente, que poderá
indeferir as reperguntas que não tiverem conexão com a falta, consignando-se no termo as reperguntas indeferidas.
Artigo 288 - Em qualquer fase do processo, poderá o presidente, de ofício ou a requerimento da
defesa, ordenar diligências que entenda convenientes. (NR)
§ 1º - As informações necessárias à instrução do processo serão solicitadas diretamente, sem
observância de vinculação hierárquica, mediante ofício, do qual cópia será juntada aos autos. (NR)
§ 2º - Sendo necessário o concurso de técnicos ou peritos oficiais, o presidente os requisitará,
observados os impedimentos do artigo 275. (NR)
- Artigo 288 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 289 — A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor, salvo o caso de proibição legal, nos termos do
artigo 207 do Código de Processo Penal ou em se tratando das pessoas mencionadas no artigo 206 do referido Código.
§ 1º — Ao servidor público que se recusar a depor, sem fundamento, será pela autoridade competente aplicada a sanção a
que se refere o artigo 262, mediante comunicação da Comissão Processante.
§ 2º — No caso em que a pessoa estranha ao serviços público se recuse a depor perante a Comissão, o Presidente
solicitará à autoridade policial a providência cabível a fim de ser ouvida na Polícia a testemunha. Nesse caso, o Presidente
encaminhará à autoridade policial, deduzida por itens, a matéria de fato sobre a qual deverá ser ouvida a testemunha.
Artigo 289 - Durante a instrução, os autos do procedimento administrativo permanecerão na
repartição competente. (NR)
§ 1º - Será concedida vista dos autos ao acusado, mediante simples solicitação, sempre que não
prejudicar o curso do procedimento. (NR)
§ 2º - A concessão de vista será obrigatória, no prazo para manifestação do acusado ou para
apresentação de recursos, mediante publicação no Diário Oficial do Estado. (NR)
§ 3º - Não corre o prazo senão depois da publicação a que se refere o parágrafo anterior e desde
que os autos estejam efetivamente disponíveis para vista. (NR)
§ 4º - Ao advogado é assegurado o direito de retirar os autos da repartição, mediante recibo,
durante o prazo para manifestação de seu representado, salvo na hipótese de prazo comum, de
processo sob regime de segredo de justiça ou quando existirem nos autos documentos originais
de difícil restauração ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos na
repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado. (NR)
- Artigo 289 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 290 — O servidor público que tiver de depor como testemunha fora da sede de sua função, terá direito a transporte e
diárias na forma da legislação em vigor.
Artigo 290 - Somente poderão ser indeferidos pelo presidente, mediante decisão fundamentada,
os requerimentos de nenhum interesse para o esclarecimento do fato, bem como as provas
ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias. (NR)
- Artigo 290 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 291 — Como ato preliminar, ou no decorrer do processo, poderá o Presidente representar a quem de direito, nos
têrmos do artigo 265, pedindo a suspensão preventiva do indiciado.
Artigo 291 - Quando, no curso do procedimento, surgirem fatos novos imputáveis ao acusado,
poderá ser promovida a instauração de novo procedimento para sua apuração, ou, caso
conveniente, aditada a portaria, reabrindo-se oportunidade de defesa. (NR)
- Artigo 291 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 292 — Durante o processo, poderá o Presidente ordenar toda e qualquer diligência que se afigure conveniente.
Parágrafo único — Caso seja necessário o concurso de técnicos ou peritos oficiais, o Presidente os requisitará à
autoridade competente, observado, também, quanto aos técnicos e peritos, o impedimento a que se refere o artigo 280.
Artigo 292 - Encerrada a fase probatória, dar-se-á vista dos autos à defesa, que poderá
apresentar alegações finais, no prazo de 7 (sete) dias. (NR)
Parágrafo único - Não apresentadas no prazo as alegações finais, o presidente designará
advogado dativo, assinando-lhe novo prazo. (NR)
- Artigo 292 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 293 — É permitido à Comissão tomar conhecimento de arguições novas que surgirem contra o indiciado, caso em
que este terá direito de produzir contra elas as provas que tiver.
Artigo 293 - O relatório deverá ser apresentado no prazo de 10 (dez) dias, contados da
apresentação das alegações finais. (NR)
§ 1º - O relatório deverá descrever, em relação a cada acusado, separadamente, as
irregularidades imputadas, as provas colhidas e as razões de defesa, propondo a absolvição ou
punição e indicando, nesse caso, a pena que entender cabível. (NR)
§ 2º - O relatório deverá conter, também, a sugestão de quaisquer outras providências de
interesse do serviço público. (NR)
- Artigo 293 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 294 — Vetado.
Parágrafo único — O Presidente da Comissão poderá denegar o requerimento manifestamente protelatório ou de nenhum
interêsse para o esclarecimento do fato, fundamentando a sua decisão.
Artigo 294 - Relatado, o processo será encaminhado à autoridade que determinou sua
instauração. (NR)
- Artigo 294 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 295 — Para os efeitos do artigo anterior, será notificado o indiciado, pessoalmente ou por ccarta entregue no
endereço que houver indicado, no lugar do processo.
Artigo 295 - Recebendo o processo relatado, a autoridade que houver determinado sua
instauração deverá, no prazo de 20 (vinte) dias, proferir o julgamento ou determinar a realização
de diligência, sempre que necessária ao esclarecimento de fatos. (NR)
- Artigo 295 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 296 — O advogado terá intervenção limitada à que é permitida nesta lei ao próprio indiciado, podendo representá-lo
em qualquer ato processual, salvo naqueles em que a Comissão Processante julgar conveniente a presença do indiciado.
Parágrafo único — Vetado.
Artigo 296 - Determinada a diligência, a autoridade encarregada do processo administrativo terá
prazo de 15 (quinze) dias para seu cumprimento, abrindo vista à defesa para manifestar-se em 5
(cinco) dias. (NR)
- Artigo 296 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 297 — Encerrados os atos concernentes à prova, será, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, dada vista dos autos ao
indiciado, para apresentar defesa, no prazo de dez dias.
Parágrafo único — Durante este prazo, terá o indiciado vista dos autos em presença do secretário ou de um dos membros
da Comissão, no lugar do processo.
Artigo 297 - Quando escaparem à sua alçada as penalidades e providências que lhe parecerem
cabíveis, a autoridade que determinou a instauração do processo administrativo deverá propô-las,
justificadamente, dentro do prazo para julgamento, à autoridade competente. (NR)
- Artigo 297 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 298 — No caso de revelia do indiciado ou esgotado o prazo do artigo anterior, sem que haja sido apresentada
defesa, o Presidente designará um funcionário para produzi-la, assinando-lhe novo prazo.
§ 1º — A designação referida neste artigo recairá, sempre que possível, em diplomado em direito.
§ 2º — O funcionário designado não se poderá escusar da incumbência, sem motivo justo, sob pena de repreensão, a ser
aplicada pela autoridade competente.
Artigo 298 - A autoridade que proferir decisão determinará os atos dela decorrentes e as
providências necessárias a sua execução. (NR)
- Artigo 298 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 299 — Findo o prazo de defesa, a Comissão apresentará o seu relatório dentro de 10 (dez) dias.
§ 1º — Neste relatório, a Comissão apreciará, em relação a cada indiciado, separadamente, as irregularidades de que
forem acusados, as provas colhidas, as razões de defesa, propondo, então, a absolvição ou a punição e indicando, neste
caso, a pena que couber.
§ 2º — Deverá, também, a Comissão, em seu relatório, sugerir quaisquer outras providências que lhe parecerem de
interêsse do serviço público.
Artigo 299 - As decisões serão sempre publicadas no Diário Oficial do Estado, dentro do prazo de
8 (oito) dias, bem como averbadas no registro funcional do servidor. (NR)
- Artigo 299 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 300 — Recebendo o relatório da Comissão, acompanhado do processo, a autoridade que houver determinado a sua
instauração deverá proferir o julgamento dentro do prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período.
§ 1º — As diligências que se fizerem necessárias, deverão ser determinadas e realizadas dentro do prazo máximo
mencionado neste artigo.
§ 2º — Se o processo não fôr julgado no prazo indicado neste artigo, o indiciado, caso esteja suspenso, reassumirá
automaticamente o seu cargo ou função, e aguardará em exercício o julgamento, salvo o caso de prisão administrativa que
ainda perdure.
Artigo 300 - Terão forma processual resumida, quando possível, todos os termos lavrados pelo
secretário, quais sejam: autuação, juntada, conclusão, intimação, data de recebimento, bem como
certidões e compromissos. (NR)
§ 1º - Toda e qualquer juntada aos autos se fará na ordem cronológica da apresentação,
rubricando o presidente as folhas acrescidas. (NR)
§ 2º - Todos os atos ou decisões, cujo original não conste do processo, nele deverão figurar por
cópia. (NR)
- Artigo 300 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 301 — Quando escaparem à sua alçada as penalidades e providências que lhe parecerem cabíveis, a autoridade
que determinou a instauração do processo administrativo deverá propô-las, justificadamente, dentro do prazo marcado
para julgamento, à autoridade competente.
§ 1º — Na hipótese deste artigo, o prazo para julgamento final será o do artigo 300.
§ 2º — A autoridade julgadora determinará a expedição dos atos decorrentes do julgamento e as providências necessárias
à sua execução.
§ 3º — As decisões serão sempre publicadas no órgão oficial, dentro do prazo de oito dias.
Artigo 301 - Constará sempre dos autos da sindicância ou do processo a folha de serviço do
indiciado. (NR)
- Artigo 301 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 302 — Terão forma processual resumida, quando possível, todos os termos lavrados pelo secretário, quais sejam:
autuação, juntada, conclusão, intimação, data de recebimento, bem como certidões e compromissos.
Artigo 302 - Quando ao funcionário se imputar crime, praticado na esfera administrativa, a
autoridade que determinou a instauração do processo administrativo providenciará para que se
instaure, simultaneamente, o inquérito policial. (NR)
Parágrafo único - Quando se tratar de crime praticado fora da esfera administrativa, a autoridade
policial dará ciência dele à autoridade administrativa. (NR)
- Artigo 302 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 303 — Toda e qualquer juntada aos autos se fará na ordem cronológica da apresentação, rubricando o Presidente
as folhas acrescidas.
Artigo 303 - As autoridades responsáveis pela condução do processo administrativo e do inquérito
policial se auxiliarão para que os mesmos se concluam dentro dos prazos respectivos. (NR)
- Artigo 303 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 304 — Quando ao funcionário se imputar crime, praticado na esfera administrativa, a autoridade que determinou a
instauração do processo administrativo providenciará para que se instaure, simultaneamente, o inquérito policial.
Parágrafo único — Quando se tratar de crime praticado fora da esfera administrativa, a autoridade policial dará ciência dele
à autoridade administrativa.
Artigo 304 - Quando o ato atribuído ao funcionário for considerado criminoso, serão remetidas à
autoridade competente cópias autenticadas das peças essenciais do processo. (NR)
- Artigo 304 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 305 — As autoridades referidas no artigo anterior se auxiliarão para que o processo administrativo e o inquérito
policial se concluam dentro dos prazos respectivos.
Artigo 305 - Não será declarada a nulidade de nenhum ato processual que não houver influído na
apuração da verdade substancial ou diretamente na decisão do processo ou sindicância. (NR)
- Artigo 305 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 306 — Quando o ato atribuído ao funcionário fôr considerado criminoso, serão remetidas à autoridade competente,
cópias autenticadas das peças essenciais do processo.
Artigo 306 - É defeso fornecer à imprensa ou a outros meios de divulgação notas sobre os atos
processuais, salvo no interesse da Administração, a juízo do Secretário de Estado ou do
Procurador Geral do Estado. (NR)
- Artigo 306 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 307 — É defeso fornecer à imprensa ou a outros meios de divulgação, notas sobre os atos processuais, salvo no
interesse da Administração, a juízo da autoridade que houver determinado o processo.
Artigo 307 - Decorridos 5 (cinco) anos de efetivo exercício, contados do cumprimento da sanção
disciplinar, sem cometimento de nova infração, não mais poderá aquela ser considerada em
prejuízo do infrator, inclusive para efeito de reincidência. (NR)
Parágrafo único - A demissão e a demissão a bem do serviço público acarretam a
incompatibilidade para nova investidura em cargo, função ou emprego público, pelo prazo de 5
(cinco) e 10 (dez) anos, respectivamente. (NR)
- Artigo 307 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
CAPÍTULO IV
Artigo 308 — Todos os atos ou decisões, cujo original não conste do processo, nele deverão figurar por cópia autenticada.
Artigo 308 - Verificada a ocorrência de faltas ao serviço que caracterizem abandono de cargo ou
função, bem como inassiduidade, o superior imediato comunicará o fato à autoridade competente
para determinar a instauração de processo disciplinar, instruindo a representação com cópia da
ficha funcional do servidor e atestados de freqüência. (NR)
- Artigo 308 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 309 — Constará sempre dos autos da sindicância ou do processo a folha de serviço do indiciado, requisitada para
tal fim à repartição competente.
Artigo 309 - Não será instaurado processo para apurar abandono de cargo ou função, bem como
inassiduidade, se o servidor tiver pedido exoneração. (NR)
- Artigo 309 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 310 — Não será declarada a nulidade de nenhum ato processual que não houver influído na apuração da verdade
substancial, ou, diretamente, da decisão do processo ou da sindicância.
Artigo 310 - Extingue-se o processo instaurado exclusivamente para apurar abandono de cargo
ou função, bem como inassiduidade, se o indiciado pedir exoneração até a data designada para o
interrogatório, ou por ocasião deste. (NR)
- Artigo 310 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
CAPÍTULO V
Do Processo por Abandono do Cargo ou Função
Artigo 311 — No caso de abandono do cargo ou função, instaurado o processo e feita a citação, na forma dos artigos 272
e 284, comparecendo o indiciado e tomadas as suas declarações, terá ele o prazo de 5 (cinco) dias para oferecer defesa
ou requerer a produção da prova que tiver, que só podem versar sobre força maior ou coação ilegal.
§ 1º — Observar-se-á, então, no que couber, o disposto nos artigos 288, 297, 299 e seguintes.
§ 2º — No caso de revelia, será designado pelo Presidente um funcionário para servir de defensor, observando-se o
disposto na parte final deste artigo, e no que couber, o disposto nos artigos 288 e seguintes.
Artigo 311 - A defesa só poderá versar sobre força maior, coação ilegal ou motivo legalmente
justificável. (NR)
- Artigo 311 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
TÍTULO IX
DA REVISÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
CAPÍTULO V
Artigo 312 — Dar-se-á revisão dos processos findos, mediante recurso do punido:
I — quando a decisão fôr contrária a texto expresso de lei ou à evidência dos autos;
II — quando a decisão se fundar em depoimento, exames ou documentos comprovadamente falsos ou errados; e
III — quando, após a decisão, se descobrirem novas provas da inocência do punido ou de circunstância que autorize pena
mais branda.
Parágrafo único — Os pedidos que não se fundarem nos casos enumerados no artigo serão indeferidos "in limine".
Artigo 312 - Caberá recurso, por uma única vez, da decisão que aplicar penalidade. (NR)
§ 1º - O prazo para recorrer é de 30 (trinta) dias, contados da publicação da decisão impugnada
no Diário Oficial do Estado ou da intimação pessoal do servidor, quando for o caso. (NR)
§ 2º - Do recurso deverá constar, além do nome e qualificação do recorrente, a exposição das
razões de inconformismo. (NR)
§ 3º - O recurso será apresentado à autoridade que aplicou a pena, que terá o prazo de 10 (dez)
dias para, motivadamente, manter sua decisão ou reformá-la. (NR)
§ 4º - Mantida a decisão, ou reformada parcialmente, será imediatamente encaminhada a reexame
pelo superior hierárquico. (NR)
§ 5º - O recurso será apreciado pela autoridade competente ainda que incorretamente
denominado ou endereçado. (NR)
- Artigo 312 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 313 — A revisão, que poderá verificar-se a qualquer tempo, não autoriza a agravação da pena.
§ 1º — O pedido será sempre dirigido à autoridade que aplicou a pena, ou que a tiver confirmado em grau de recurso.
§ 2º — Não será admissível a reiteração do pedido, salvo se fundado em novas provas.
Artigo 313 - Caberá pedido de reconsideração, que não poderá ser renovado, de decisão tomada
pelo Governador do Estado em única instância, no prazo de 30 (trinta) dias. (NR)
- Artigo 313 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 314 — A revisão poderá ser pedida pelo próprio punido, ou procurador legalmente habilitado, ou, no caso de morte
do punido, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
Artigo 314 - Os recursos de que trata esta lei complementar não têm efeito suspensivo; os que
forem providos darão lugar às retificações necessárias, retroagindo seus efeitos à data do ato
punitivo. (NR)
- Artigo 314 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
CAPÍTULO VI
Da Revisão (NR)
- Capítulo VI com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 315 — Não constitui fundamento para revisão a simples alegação de injustiça da penalidade.
Artigo 315 - Admitir-se-á, a qualquer tempo, a revisão de punição disciplinar de que não caiba
mais recurso, se surgirem fatos ou circunstâncias ainda não apreciados, ou vícios insanáveis de
procedimento, que possam justificar redução ou anulação da pena aplicada. (NR)
§ 1º - A simples alegação da injustiça da decisão não constitui fundamento do pedido. (NR)
§ 2º - Não será admitida reiteração de pedido pelo mesmo fundamento. (NR)
§ 3º - Os pedidos formulados em desacordo com este artigo serão indeferidos. (NR)
§ 4º - O ônus da prova cabe ao requerente. (NR)
- Artigo 315 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 316 — A revisão será processada por Comissão Processante Permanente, ou a juizo do Governador, por comissão
composta de 3 (três) funcionários de condição hierárquica nunca inferior à do punido, cabendo a presidência a bacharel em
direito.
§ 1º — Será impedido de funcionar na revisão quem houver composto a comissão de processo administrativo.
§ 2º — O Presidente designará um funcionário para secretariar a Comissão.
Artigo 316 - A pena imposta não poderá ser agravada pela revisão. (NR)
- Artigo 316 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 317 — Ao processo de revisão será apensado o processo administrativo ou sua cópia, marcando o Presidente o
prazo de 5 (cinco) dias para que o requerente junte as provas que tiver, ou indique as que pretenda produzir.
Artigo 317 - A instauração de processo revisional poderá ser requerida fundamentadamente pelo
interessado ou, se falecido ou incapaz, por seu curador, cônjuge, companheiro, ascendente,
descendente ou irmão, sempre por intermédio de advogado. (NR)
Parágrafo único - O pedido será instruído com as provas que o requerente possuir ou com
indicação daquelas que pretenda produzir. (NR)
- Artigo 317 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 318 — Concluída a instrução do processo, será aberta vista ao requerente perante o secretário, pelo prazo de 10
(dez) dias, para apresentação de alegações.
Artigo 318 - A autoridade que aplicou a penalidade, ou que a tiver confirmado em grau de recurso,
será competente para o exame da admissibilidade do pedido de revisão, bem como, caso deferido
o processamento, para a sua decisão final. (NR)
- Artigo 318 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 319 — Decorrido esse prazo, ainda que sem alegações, será o processo encaminhado, com relatório fundamentado
da Comissão e, dentro de 15 (quinze) dias, à autoridade competente para o julgamento.
Artigo 319 - Deferido o processamento da revisão, será este realizado por Procurador de Estado
que não tenha funcionado no procedimento disciplinar de que resultou a punição do requerente.
(NR)
- Artigo 319 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 320 — Será de 30 (trinta) dias o prazo para esse julgamento, sem prejuízo das diligências que a autoridade entenda
necessárias ao melhor esclarecimento do processo.
Artigo 320 - Recebido o pedido, o presidente providenciará o apensamento dos autos originais e
notificará o requerente para, no prazo de 8 (oito) dias, oferecer rol de testemunhas, ou requerer
outras provas que pretenda produzir. (NR)
Parágrafo único - No processamento da revisão serão observadas as normas previstas nesta lei
complementar para o processo administrativo. (NR)
- Artigo 320 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Artigo 321 — Julgada procedente a revisão, a Administração determinará a redução ou o cancelamento da pena.
Artigo 321 - A decisão que julgar procedente a revisão poderá alterar a classificação da infração,
absolver o punido, modificar a pena ou anular o processo, restabelecendo os direitos atingidos
pela decisão reformada. (NR)
- Artigo 321 com redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003.
Disposições Finais
Disposições Transitórias
Artigo 325 - Aplicam-se aos atuais funcionários interinos as disposições deste Estatuto, salvo as
que colidirem com a natureza precária de sua investidura e, em especial, as relativas a acesso,
promoção, afastamentos, aposentadoria voluntária e às licenças previstas nos itens VI, VII e IX do
artigo 181.
Artigo 326 - Serão obrigatoriamente exonerados os ocupantes interinos de cargos para cujo
provimento for realizado concurso.
Parágrafo único - As exonerações serão efetivadas dentro de 30 (trinta) dias, após a
homologação do concurso.
Artigo 327 — Até a regulamentação do disposto no art. 163, fica mantido o atual sistema das gratificações pelo exercício
em determinadas zonas ou locais e pela execução de trabalho especial, com risco de vida ou saúde.
Artigo 327 - Revogado.
- Artigo 327 revogado pelo Decreto-lei nº 60, de 15/05/1969.
Artigo 328 - Dentro de 120 (cento e vinte) dias proceder-se-á ao levantamento geral das atuais
funções gratificadas, para efeito de implantação de novo sistema retribuitório dos encargos por
elas atendidos.
Parágrafo único - Até a implantação do sistema de que trata este artigo, continuarão em vigor as
disposições legais referentes à função gratificada.
Artigo 329 - Ficam expressamente revogadas:
I - as disposições de leis gerais ou especiais que estabeleçam contagem de tempo em divergência
com o disposto no Capítulo XV do Título II, ressalvada, todavia, a contagem, nos termos da
legislação ora revogada, do tempo de serviço prestado anteriormente ao presente Estatuto;
II - a Lei nº 1.309, de 29 de novembro de 1951 e as demais disposições atinentes aos
extranumerários; e
III - a Lei nº 2.576, de 14 de janeiro de 1954.
Artigo 330 - Vetado.
Artigo 331 - Revogam-se as disposições em contrário.
Palácio dos Bandeirantes, aos 28 de outubro de 1968.
ROBERTO COSTA DE ABREU SODRÉ
Luiz Francisco da Silva Carvalho, Secretário da Justiça
Luiz Arrobas Martins, Secretário da Fazenda
Herbert Victor Levy, Secretário da Agricultura
Eduardo Riomey Yassuda, Secretário dos Serviços e Obras Públicas
Firmino Rocha de Freitas, Secretário dos Transportes
Antonio Barros de Ulhôa Cintra, Secretário da Educação
Hely Lopes Meirelles, Secretário da Segurança Pública
José Felício Castellano, Secretário da Promoção Social
Raphael Baldacci, Secretário do Trabalho, Indústria e Comércio
Onadyr Marcondes, Secretário da Economia e Planejamento
Walter Sidnei Pereira Leser, Secretário da Saúde Pública
Waldemar Lopes Ferraz, Secretário do Interior
Orlando Gabriel Zancaner, Secretário da Cultura Esportes e Turismo
José Henrique Turner, Secretário para os Assuntos da Casa Civil
Hélio Lourenço de Oliveira, Vice-Reitor no exercício da Reitoria da Universidade de São Paulo
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa aos 28 de outubro de 1968
Nelson Petersen da Costa, Diretor Administrativo substituto
A
Ficha informativa
LEI COMPLEMENTAR Nº 924, DE 16 DE AGOSTO DE 2002
JOSÉ SERRA, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais e
considerando o disposto na Súmula Vinculante nº 13 do Supremo Tribunal Federal,
Decreta:
Artigo 1º - Os processos e expedientes destinados à nomeação, pelo Governador do Estado ou
por Superintendente de Autarquia, para o exercício de cargo em comissão deverão ser instruídos
com declaração negativa do interessado nos moldes, conforme o caso, dos Anexos I ou II, que
fazem parte integrante deste decreto.
Artigo 2º - Os atuais titulares de cargos da natureza a que alude o artigo anterior, no âmbito da
Administração Centralizada e Autárquica, deverão, no prazo de 60 (sessenta) dias contados da
publicação deste decreto, preencher e entregar, ao órgão de recursos humanos da respectiva
Secretaria de Estado ou Autarquia, declaração nos termos, conforme o caso, dos Anexos I ou II
deste decreto.
§ 1º - Para o fim de que trata o “caput”, considerar-se-á como “autoridade nomeante” o Chefe do
Poder Executivo ou o Superintendente da respectiva autarquia na data de preenchimento da
declaração.
§ 2º - O esgotamento do prazo a que alude o “caput” sem a apresentação da correspondente
declaração implicará presunção de inexistência de vínculo para os fins previstos neste decreto,
sujeitando-se o servidor, na hipótese de omissão, às sanções disciplinares constantes da Lei nº
10.261, de 28 de outubro de 1968 - Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado.
Artigo 3º - Os casos de declaração positiva serão submetidos à autoridade nomeante, aplicando-
se, em caso de dúvida, o disposto no artigo 6º deste decreto.
Artigo 4º - O disposto neste decreto não se aplica à nomeação para os cargos de Secretário de
Estado e de Procurador Geral do Estado.
Artigo 5º - As designações para o exercício de funções de confiança, no âmbito da Administração
Centralizada ou Autárquica, sujeitam-se às mesmas restrições, constantes deste decreto,
aplicáveis à nomeação de cargos em comissão, devendo o interessado preencher e entregar ao
respectivo órgão de recursos humanos declaração nos moldes, conforme o caso, dos Anexos III
ou IV, observado o disposto no § 2º do artigo 2º.
Parágrafo único - Para os atuais ocupantes de função de confiança, considerar-se-á como
“autoridade designante” aquela com competência para a prática desse ato na data de
preenchimento da declaração.
Artigo 6º - Os casos controversos envolvendo identificação de parentesco para os fins deste
decreto deverão ser submetidos à Unidade Central de Recursos Humanos, da Secretaria de
Gestão Pública, que poderá solicitar, quando necessário, o pronunciamento da Consultoria
Jurídica que serve à Pasta.
Artigo 7º - O representante da Fazenda do Estado perante empresas em que este detenha a
maioria do capital votante ou junto às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público adotará
providências visando à aplicação do disposto neste decreto, no que couber, a essas entidades.
Artigo 8º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio dos Bandeirantes, 26 de maio de 2009
JOSÉ SERRA
Antonio Júlio Junqueira de Queiróz
Secretário-Adjunto, Respondendo pelo Expediente da Secretaria de Agricultura e Abastecimento
Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho
Secretário de Desenvolvimento
João Sayad
Secretário da Cultura
Paulo Renato Costa Souza
Secretário da Educação
Dilma Seli Pena
Secretária de Saneamento e Energia
Mauro Ricardo Machado Costa
Secretário da Fazenda
Lair Alberto Soares Krähenbühl
Secretário da Habitação
Mauro Guilherme Jardim Arce
Secretário dos Transportes
Luiz Antonio Guimarães Marrey
Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania
Francisco Graziano Neto
Secretário do Meio Ambiente
Rogério Pinto Coelho Amato
Secretário Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social
Francisco Vidal Luna
Secretário de Economia e Planejamento
Luiz Roberto Barradas Barata
Secretário da Saúde
Antonio Ferreira Pinto
Secretário da Segurança Pública
Lourival Gomes
Secretário da Administração Penitenciária
José Luiz Portella Pereira
Secretário dos Transportes Metropolitanos
Guilherme Afif Domingos
Secretário do Emprego e Relações do Trabalho
Claury Santos Alves da Silva
Secretário de Esporte, Lazer e Turismo
Bruno Caetano Raimundo
Secretário de Comunicação
José Henrique Reis Lobo
Secretário de Relações Institucionais
Sidney Estanislau Beraldo
Secretário de Gestão Pública
Carlos Alberto Vogt
Secretário de Ensino Superior
Linamara Rizzo Battistella
Secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência
Aloysio Nunes Ferreira Filho
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicado na Casa Civil, aos 26 de maio de 2009.
ANEXO I
a que se referem os artigos 1º e 2º do Decreto nº 54.376,
de 26 de maio de 2009
ANEXO II
a que se referem os artigos 1º e 2º do Decreto nº 54.376,
de 26 de maio de 2009
ANEXO III
a que se refere o artigo 5º do Decreto nº 54.376, de 26 de
maio de 2009
ANEXO IV
a que se referem o artigo 5º do Decreto nº 54.376, de 26
de maio de 2009
A
Ficha informativa
LEI COMPLEMENTAR Nº 1.179, DE 26 DE JUNHO DE 2012
Altera a Lei Complementar nº 432, de 18 de dezembro de 1985, que dispõe sobre a concessão do
adicional de insalubridade, na forma que especifica
Ficha informativa
Texto compilado
LEI COMPLEMENTAR Nº 1.093, DE 16 DE JULHO DE 2009
(Atualizada até a Lei Complementar nº 1.314, de 28 de dezembro de 2017)
Dispõe sobre a contratação por tempo determinado de que trata o inciso X do artigo 115 da
Constituição Estadual
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Ficha informativa
Texto com alterações
LEI Nº 500, DE 13 DE NOVEMBRO DE 1974
(Atualizada até a Lei Complementar nº 1.054, de 07 de julho de 2008)
CAPÍTULO I
Da Admissão
Artigo 1º - Além dos funcionários públicos poderá haver na Administração estadual servidores
admitidos em caráter temporário: (NR)
I - para o exercício de função-atividade correspondente à função de serviço público de natureza
permanente; (NR)
II - para o desempenho de função-atividade de natureza técnica, mediante contrato bilateral, por
prazo certo e determinado; ou trabalhos rurais, todos de natureza transitória, ou ainda, (NR)
III - para a execução de determinada obra serviços de campo a critério da Administração, para a
execução de serviços decorrentes de convênios. (NR)
Parágrafo único - Em casos excepcionais, decorrentes de calamidade pública, epidemias ou
grave comoção interna, poderão ser admitidos servidores em caráter temporário, na forma do
inciso I, para o exercício das funções-atividades de que trata o inciso : deste artigo com o fim de
dar atendimento à emergência e pelo prazo em que esta perdurar. (NR)
- Artigo 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 12/05/1978, retroagindo seus efeitos a 01/03/1978.
Artigo 2º - Revogado.
- Artigo 2º revogado pela Lei nº 900, de 18/12/1975.
Artigo 3º - Os servidores de que tratam os incisos I e II do artigo 1º reger-se-ão pelas normas
desta lei, aplicando-se aos de que trata o inciso III, as normas da legislação trabalhista. (NR)
§ 1º - Poderá, também, a critério da Administração, ser admitido pessoal no regime trabalhista
para o desempenho das funções a que se referem os incisos I e II do artigo 1º, na forma a ser
disciplinada em decreto. (NR)
§ 2º - As disposições desta lei relativas aos servidores admitidos em caráter temporário não se
aplicam ao pessoal admitido nos termos do parágrafo anterior, exceto as dos artigos 5º, 6º, 7º, 8º e
9º. (NR)
§ 3º - As autoridades que admitirem servidores nos termos da legislação trabalhista além da
observância das normas previstas nesta mesma legislação deverão providenciar, sob pena de
responsabilidade funcional. sua inscrição para fins previdenciários e o recolhimento das
respectivas contribuições. (NR)
- Artigo 3º com redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 12/05/1978, retroagindo seus efeitos a 01/03/1978.
Artigo 4º - Os servidores a que se refere o inciso I do artigo 1º, admitidos para funções
correspondentes a cargos em regimes especiais de trabalho, poderão ser incluídos nesses
regimes na forma da legislação em vigor.
É
Artigo 5º - É vedada a admissão nos termos do artigo 1º sob quaisquer denominações: (NR)
I - para atribuições correspondentes às funções de serviço público, na área da Administração
Centralizada, referentes is atividades de representação judiciai e extrajudicial, de consultoria
jurídica do Executivo e da Administração em gera, de assistência jurídica e de assessoramento
técnico-legislativo de assistência judiciária aos necessitados, de arrecadação e fiscalização de
tributos, de manutenção da ordem e segurança pública internas bem como de direção; (NR)
II - quando houver na mesma Secretaria, cargo vago correspondente à função e candidatos
aprovados em concurso público com prazo de validade não extinto. (NR)
- Artigo 5º com redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 12/05/1978, retroagindo seus efeitos a 01/03/1978.
Artigo 6º - As admissões serão sempre precedidas de processo, iniciado por proposta
devidamente justificada, e serão feitas: (NR)
I - as relativas às funções de que tratam os incisos I e II do artigo 1º, pelo Secretário de Estado,
com autorização do Chefe do Executivo, sujeitas as do inciso I a seleção, nos termos da legislação
em vigor; (NR)
II - as relativas à funções de que trata o inciso III, do artigo 1º, mediante portaria da autoridade
competente, com autorização do Secretário de Estado. (NR)
Parágrafo único - Constarão obrigatoriamente das propostas de admissão a função a ser
desempenhada o salário, a dotação orçamentáriaa própria e a demonstração da existência de
recursos. (NR)
- Artigo 6º com redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 12/05/1978, retroagindo seus efeitos a 01/03/1978.
Artigo 7º - As condições para admissão dos servidores de que trata o inciso I do artigo 1º,
relativas a diplomas ou experiência de trabalho, conduta e outras exigências legais, constarão das
instruções especiais das provas de seleção.
Artigo 8º - A proposta de admissão dos servidores de que trata o inciso II do artigo 1º será
instruída com os seguintes documentos:
I - prova de nacionalidade brasileira;
II - prova de estar em dia com as obrigações relativas ao serviço militar;
III - prova de estar no gozo dos direitos políticos;
IV - prova de boa conduta;
V - prova de sanidade e capacidade física;
VI - títulos científicos ou profissionais que comprovem a habilitação para o desempenho da função
técnica, reconhecidamente especializada;
VII - minuta de contrato.
Parágrafo único - Quando se tratar de contrato de estrangeiros serão dispensados os requisitos
constantes dos incisos I e III, se o estrangeiro for residente no país, e os dos incisos I a IV, se não
residente.
Artigo 9º - As provas de seleção, para a admissão dos servidores de que trata o inciso l do Artigo
1.º, serão realizadas, em cada caso, por comissão para esse fim especialmente constituída nas
Secretarias de Estado. (NR)
- Artigo 9º com redação dada pela Lei nº 900, de 18/12/1975.
Parágrafo único - Revogado.
- Parágrafo único revogado pela Lei nº 900, de 18/12/1975.
Artigo 10 - Revogado.
- Artigo 10 revogado pela Lei nº 900, de 18/12/1975.
Artigo 11 - Respeitado o disposto no inciso II do artigo 5º, terão preferência, para serem admitidos
nos termos desta lei, os candidatos habilitados em concurso público realizado pelos órgãos
centrais, setoriais ou subsetoriais de recursos humanos, para cargos correspondentes às funções
a que se refere o inciso I, do artigo 1º, sem prejuízo do direito à nomeação, obedecida, em
qualquer caso, a ordem de classificação. (NR)
- Artigo 11 com redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 12/05/1978, retroagindo seus efeitos a 01/03/1978.
CAPÍTULO II
Do Exercício
CAPÍTULO III
SEÇÃO I
Artigo 19 - O salário do servidor não poderá ultrapassar os limites fixados por lei para o
vencimento do cargo a que corresponder.
Artigo 20 - O servidor perderá o salário do dia, quando não comparecer ao serviço, salvo no caso
de faltas abonadas.
§ 1º - As faltas ao serviço, até o máximo de 6 (seis) por ano, não excedendo a uma por mês, em
razão de moléstia ou outro motivo relevante, poderão ser abonadas pelo superior imediato, a
requerimento do servidor, no primeiro dia útil subsequente ao da falta. (NR)
- § 1º com redação dada pela Lei Complementar nº 294, de 02/09/1982.
§ 2º - No caso de faltas sucessivas, justificadas ou injustificadas, os dias intercalados - domingos,
feriados e aqueles em que não haja expediente - serão computados exclusivamente para efeito de
desconto do salário.
Artigo 21 - O servidor perderá 1/3 (um terço) do salário do dia quando comparecer ao serviço
dentro da hora seguinte à marcada para o início do expediente ou quando dele retirar-se dentro de
última hora.
Artigo 22 - Aplicam-se aos servidores regidos por esta lei as disposições vigentes para os
funcionários públicos civis do Estado relativas a serviço extraordinário, representação, participação
em órgão legal de deliberação coletiva, diárias, ajuda de custo, salário-familia, salário-esposa e
auxílio-funeral.
Parágrafo único - Ao servidor que pagar ou receber em moeda corrente, poderá ser concedida
gratificação "pro labore", nas mesmas bases e condições da atribuída aos funcionários públicos
civis do Estado.
Artigo 23 - O Estado assegurará ao servidor o direito ao pleno ressarcimento do danos ou
prejuízos, decorrentes de acidentes no trabalho, do exercício em determinadas zonas ou locais e
da execução de trabalho especial, com risco de vida ou saúde.
SEÇÃO II
Artigo 24 - Para efeito de aquisição e gozo de férias aplicam-se aos servidores regidos por essa
lei as disposições vigentes para os funcionários públicos civis do Estado.
Artigo 25 - Poderá ser concedida licença:
I - para o servidor acidentado no exercício de suas atribuições ou acometido de doença
profissional;
II - para tratamento de saúde;
III - por motivo de doença em pessoa da família;
IV - para cumprimento de obrigações concernentes ao serviço militar;
V - compulsoriamente, como medida profilática;
VI - para a servidora gestante.
VII - para tratar de interesses particulares. (NR)
Parágrafo único - A licença de que trata o inciso VII deste artigo somente poderá ser concedida
aos servidores, admitidos com fundamento nos incisos I ou II do artigo 1,º desta lei, que tenham
adquirido estabilidade em decorrência do disposto no artigo 19 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias da Constituição Federal. (NR)
- Inciso VII e parágrafo único acrescentados pela Lei Complementar nº 814, de 23/07/1996.
Artigo 26 - Aplicam-se às licenças a que se refere o artigo anterior as normas a elas pertinentes
contidas na legislação em vigor para os funcionários públicos civis do Estado.
SEÇÃO III
Da Aposentadoria
CAPÍTULO IV
Da Reversão
CAPÍTULO V
Artigo 33 - Além das obrigações que decorrem normalmente da própria função, está o servidor
sujeito aos mesmos deveres e às mesmas proibições, assim como ao regime de responsabilidade
e às penas disciplinares de repreensão, suspensão e multa vigentes para o funcionário público
civil do Estado.
Artigo 34 - O servidor deverá exercer as atribuições pertinentes às funções para as quais foi
admitido, ficando proibido de desempenhar tarefas que se constituam em desvio de função,
responsabilizado o funcionário que der causa a tal irregularidade.
CAPÍTULO VI
Da Dispensa
CAPÍTULO VII
Disposições Finais
Artigo 42 - Os admitidos para funções docentes ficam sujeitos ao regime, instituído por esta lei,
aplicando-se-lhes, excepcionalmente, quanto à admissão, seleção, jornada de trabalho,
retribuição, férias e dispensa, as normas a serem expedidas por decreto, mediante proposta da
Secretaria da Educação, aplicando-se aos atuais docentes temporários o disposto no artigo 5º das
Disposições Transitórias, atendida, no que couber, a legislação federal pertinente.
Artigo 43 - Os menores reeducandos que prestem serviços à Administração, ao atingirem a idade
de 18 (dezoito) anos, poderão ser admitidos nos termos do inciso I, do artigo 1º dispensada a
seleção e em continuação, mediante ato do Secretário de Estado.
§ 1º - A aplicação do disposto neste artigo fica condicionada à verificação da conduta e eficiência
demonstradas em serviço pelo reeducando.
§ 2º - Para atender às disposições do parágrafo anterior, deverá o chefe imediato do reeducando
prestar as informações cabíveis à autoridade superior.
§ 3º - Será computado, para os efeitos legais, o tempo de serviço prestado ao Estado pelo
reeducando.
Artigo 44 - Os servidores regidos por esta lei serão contribuintes obrigatórios do Instituto de
Previdência de Estado de São Paulo (IPESP) e do Instituto de Assistência Médica ao Servidor
Público Estadual (IAMSPE), nas mesmas bases e condições a que estão sujeitos os funcionários,
fazendo jus a idênticos benefícios a estes concedidos.
Parágrafo único - O disposto neste artigo, a critério da Administração, poderá ser aplicado ao
pessoal que vier a ser admitido no regime trabalhista na forma prevista no artigo 3º. (NR)
- Parágrafo único com redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 12/05/1978, retroagindo seus efeitos a
01/03/1978.
Artigo 45 - Os requerimentos, pedidos de reconsideração e recursos formulados pelos servidores
regidos por esta lei obedecerão aos mesmos requisitos e prazos estipulados na legislação vigente
para os funcionários públicos civis do Estado.
Artigo 46 - Para os servidores abrangidos pelo inciso I do artigo 1º considerar-se-á, entre outros,
como título, quando do concurso para provimento dos cargos correspondentes, na forma que
dispuser o regulamento, a experiência de trabalho adquirida em decorrência do tempo de serviço
já prestado do Estado e a aprovação na seleção pública a que se houverem submetido para o
exercício das funções.
Artigo 47 - No caso de nomeação para cargo público o tempo de serviço prestado pelos
servidores regidos por esta lei será computado de acordo com a legislação pertinente ao
funcionário.
Artigo 48 - As despesas resultantes da execução desta lei correrão à conta de créditos
suplementares que o Poder Executivo está autorizado a abrir, nos termos do inciso I, do artigo 7º,
da Lei n. 103, de 10 de dezembro de 1973.
Artigo 49 - Esta lei e suas disposições transitórias entrarão em vigor na data de sua publicação.
Disposições Transitórias
Artigo 1º - Os atuais admitidos a título precário para funções com denominações correspondentes
às cargos públicos ficam enquadrados no inciso I do artigo 1º desta lei, passando a perceber
salário, equivalente ao vencimento do grau inicial da classe correspondente, observado quando for
o caso, a disposto no artigo 42,
§ 1º - Dentro de 90 (noventa) dias, as Secretarias de Estado procederão ao enquadramento dos
admitidos para as funções enumeradas nos incisos I a III, do artigo 5º desta lei, observadas as
proibições neles contidas.
§ 2º - Os admitidos a título precário para funções com denominações não correspondentes às dos
cargos públicos terão seu enquadramento revisto e procedido pelo CEPS, observadas as
proibições dos incisos I a III, do artigo 6º desta lei.
Artigo 2º - Ao antigo pessoal para obras, não abrangido pelo § 2º do artigo 177 da Constituição do
Brasil, de 1967, bem como aos já admitidos no regime da legislação trabalhista, fica facultada
opção pelo enquadramento no inciso I do artigo 1º desta lei, observado o disposto nos §§ 1º e 2º
do artigo anterior.
§ 1º - A opção deverá ser manifestada por escrito, perante a autoridade competente, no prazo de
60 (sessenta) dias.
§ 2º - Ao pessoal a que se refere este artigo não se aplica o disposto no inciso II do artigo 35 desta
lei.
Artigo 3º - As disposições do artigo anterior poderão ser aplicadas mediante decreto específico,
ao pessoal para obras das autarquias que se encontre na situação nele prevista à data da
publicação da presente lei.
Artigo 4º - Dentro de 120 (cento e vinte) dias, a partir da vigência desta lei as Secretarias de
Estado procederão ao levantamento do pessoal enquadrado no inciso I do artigo 1º desta lei,
propondo, dentro de igual prazo, a contar do término do anterior, a criação dos cargos
correspondentes que poderão ser relotados para outras Secretarias, se excederem às
necessidades dos serviços das repartições em que foram admitidos.
Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica nos casos a que se refere o parágrafo
único do artigo 31 do Estatuto do Magistério.
Artigo 5º - O provimento dos cargos que venham a ser criados na forma prevista no artigo anterior
far-se-á mediante concurso público de provas e títulos.
§ 1º - Consideram-se títulos, nos termos deste artigo, para fins de classificação, a experiência
adquirida em decorrência do tempo de serviço prestado em função idêntico àquela do cargo em
concurso e outros que vierem a ser estabelecidos em regulamento.
§ 2º - A experiência será computada à razão de 0,5 (meio) ponto por mês de serviço efetivamente
prestado até o máximo de 40 (quarenta) pontos.
Artigo 6º - Será computado, para os efeitos desta lei, o tempo do serviço prestado pelo pessoal a
que se referem os artigos 1º e 2º destas Disposições Transitórias.
Palácio dos Bandeirantes, 13 de novembro de 1974.
LAUDO NATEL
Waldemar Mariz de Oliveira Júnior
Secretário da Justiça
Carlos Antonio Rocca
Secretário da Fazenda
Rubens Araújo Dias
Secretário da Agricultura
José Meiches
Secretário dos Serviços e Obras Públicas
Paulo Salim Maluf
Secretário dos Transportes
Paulo Gotnes Romeo
Secretário da Educação
Antonio Erasmo Dias
Secretário da Segurança Pública
Mário Romeu de Lucca
Secretário da Promoção Social
Ciro Albuquerque
Secretário da Saúde
Sergio Baptista Zaccarelli
Secretário de Economia e Planejamento
Hugo Lacorte Vitale
Secretário do Interior
Pedro de Magalhães Padilha
Secretário de Cultura, Esportes e Turismo
Henri Couri Aldar
Secretário do Estado-Chefe da Casa Civil
Publicada na Assessória Técnico-Legislativa, aos 13 de novembro de 1974.
Nelson Petersen da Costa
Diretor Administrativo - Subst.
A
Ficha informativa
LEI COMPLEMENTAR Nº 1.270, DE 25 DE AGOSTO DE 2015
TÍTULO I
Da Competência e Organização
CAPÍTULO I
Disposições Preliminares
Artigo 1º - Esta lei complementar reorganiza a Procuradoria Geral do Estado, define suas
atribuições e as de seus órgãos e dispõe sobre o regime jurídico dos integrantes da carreira de
Procurador do Estado.
Artigo 2º - A Procuradoria Geral do Estado é instituição de natureza permanente, essencial à
administração da justiça e à Administração Pública Estadual, vinculada diretamente ao
Governador, responsável pela advocacia do Estado, sendo orientada pelos princípios da
legalidade, da indisponibilidade do interesse público, da unidade e da eficiência.
CAPÍTULO II
Das Atribuições
Artigo 3º - São atribuições da Procuradoria Geral do Estado, sem prejuízo de outras que lhe
forem outorgadas por normas constitucionais e legais:
I - representar judicial e extrajudicialmente o Estado e suas autarquias, inclusive as de regime
especial, exceto as universidades públicas;
II - exercer, com exclusividade, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder
Executivo e das entidades autárquicas a que se refere o inciso I deste artigo;
III - representar, com exclusividade, a Fazenda do Estado perante o Tribunal de Contas;
IV - prestar assessoramento jurídico e técnico-legislativo ao Governador;
V - promover, com exclusividade, a inscrição, o controle e a cobrança da dívida ativa estadual;
VI - propor ou responder as ações judiciais, de qualquer natureza, que tenham por objeto a defesa
do erário ou do interesse público, bem como nelas intervir, na forma da lei;
VII - prestar assistência jurídica aos Municípios, na forma do artigo 25, inciso III, desta lei
complementar;
VIII - realizar procedimentos administrativos, inclusive disciplinares, não regulados por lei especial;
IX - acompanhar inquéritos policiais sobre crimes funcionais, fiscais ou contra a Administração
Pública e atuar como assistente da acusação nas respectivas ações penais, quando for o caso;
X - patrocinar as ações diretas de inconstitucionalidade, as ações declaratórias de
constitucionalidade e as arguições de descumprimento de preceito fundamental propostas pelo
Governador, acompanhando e intervindo naquelas que envolvam interesse do Estado;
XI - definir, previamente, a forma de cumprimento de decisões judiciais;
XII - propor a extensão administrativa da eficácia de decisões judiciais reiteradas;
XIII - promover a uniformização da jurisprudência administrativa e da interpretação das normas,
tanto na Administração Direta como na Indireta;
XIV - manifestar-se sobre as divergências jurídicas entre órgãos da Administração Direta ou
Indireta;
XV - opinar previamente à formalização dos contratos administrativos, convênios, termos de
ajustamento de conduta, consórcios públicos ou atos negociais similares celebrados pelo Estado e
suas autarquias, observado o disposto no artigo 45 desta lei complementar;
XVI - representar o Estado e suas autarquias nas assembleias gerais das sociedades de que
sejam acionistas;
XVII - promover a discriminação de terras e a regularização fundiária no Estado;
XVIII - representar ao Governador sobre providências de ordem jurídica reclamadas pelo interesse
público e pela boa aplicação das normas vigentes;
XIX - coordenar, para fins de atuação uniforme, os órgãos jurídicos das universidades públicas,
das empresas públicas, das sociedades de economia mista sob controle do Estado, pela sua
administração centralizada ou descentralizada, e das fundações por ele instituídas ou mantidas,
observado o disposto no § 8º deste artigo;
XX - gerir e administrar os fundos especiais de despesa que lhe são afetos;
XXI - integrar o Tribunal de Impostos e Taxas, observada a legislação pertinente.
§ 1º - A Procuradoria Geral do Estado, em caráter excepcional e em razão de relevante interesse
público, poderá contratar jurista para a emissão de parecer sobre matéria específica, mediante
prévia motivação do Procurador Geral do Estado e oitiva do Conselho.
§ 2º - A representação extrajudicial atribuída à Procuradoria Geral do Estado não exclui o
exercício das competências próprias do Governador, Secretários de Estado e dirigentes de
autarquias, na celebração de contratos e de outros instrumentos jurídicos.
§ 3º - Na formulação de propostas a que se refere o inciso XII deste artigo, que tratem de matéria
tributária, será colhida a prévia manifestação da Secretaria da Fazenda.
§ 4º - As propostas de edição e reexame de súmulas, para os fins do disposto no inciso XIII deste
artigo, serão formuladas ao Procurador Geral pelos órgãos superiores ou de coordenação setorial
da Procuradoria Geral do Estado, pelos Secretários de Estado e pelos dirigentes das entidades da
administração descentralizada.
§ 5º - As súmulas aprovadas pelo Procurador Geral passarão a vigorar após homologação pelo
Governador e publicação no Diário Oficial do Estado.
§ 6º - Nenhuma decisão da Administração Pública Direta ou Indireta poderá ser exarada em
divergência com as súmulas.
§ 7º - As autoridades e servidores da Administração Estadual ficam obrigados a atender às
requisições de certidões, informações, autos de processo administrativo, documentos e diligências
formuladas pela Procuradoria Geral do Estado, dispensando às respectivas requisições tratamento
prioritário.
§ 8º - A supervisão e a realização, total ou parcial, das atividades de representação judicial,
consultoria e assessoramento jurídico das universidades públicas pela Procuradoria Geral do
Estado ficam condicionadas à celebração de convênio entre o Estado e a universidade
interessada.
Artigo 4º - A Procuradoria Geral do Estado, observado o disposto no inciso X do artigo 7º, poderá
reconhecer a procedência de pedidos formulados em ações judiciais, deixar de propô-las, desistir
das já propostas ou transigir em relação ao objeto litigioso, bem como deixar de interpor recursos
ou desistir dos já interpostos.
CAPÍTULO III
Da Organização
CAPÍTULO IV
Dos Órgãos Superiores
SEÇÃO I
Do Procurador Geral do Estado
SEÇÃO III
Do Conselho da Procuradoria Geral do Estado
Artigo 11 - O Conselho da Procuradoria Geral do Estado será integrado pelo Procurador Geral,
que o presidirá, pelo Corregedor Geral, pelos Subprocuradores Gerais, pelo Procurador do Estado
Chefe do Centro de Estudos, na condição de membros natos, e por 8 (oito) membros eleitos entre
Procuradores do Estado em atividade, sendo 1 (um) representante para cada nível da carreira e
mais 1 (um) representante para cada área de atuação.
Artigo 12 - A eleição dos membros do Conselho a que se refere o artigo 11 desta lei
complementar será disciplinada por decreto.
§ 1º - O mandato dos membros eleitos do Conselho será de 2 (dois) anos, vedada a recondução.
§ 2º - Os Conselheiros eleitos farão jus a gratificação “pro labore” enquanto estiverem no efetivo
exercício do mandato, não se sujeitando à remoção de que trata o artigo 103, inciso II, alínea “a”,
desta lei complementar.
Artigo 13 - Todos os membros do Conselho terão direito a voto, cabendo ao Presidente, também,
o de desempate.
Artigo 14 - Os membros do Conselho serão substituídos, em suas faltas e impedimentos, da
seguinte forma:
I - o Procurador Geral, pelo Procurador Geral Adjunto;
II - o Procurador do Estado Corregedor Geral, pelo Procurador do Estado Corregedor Geral
Adjunto;
III - os Subprocuradores Gerais, pelos Subprocuradores Gerais Adjuntos;
IV - o Procurador do Estado Chefe do Centro de Estudos, por um de seus Assistentes;
V - os Conselheiros eleitos, pelos respectivos suplentes.
Artigo 15 - Compete ao Conselho da Procuradoria Geral do Estado:
I - elaborar lista tríplice a ser encaminhada ao Governador para escolha do Procurador do Estado
Corregedor Geral;
II - referendar a escolha do Procurador do Estado Chefe do Centro de Estudos e dos membros do
Conselho Curador a que se refere o § 1º do artigo 49 desta lei complementar;
III - decidir, pelo voto de 2/3 (dois terços) de seus membros, pela convocação de Procurador ou
servidor da Procuradoria Geral do Estado para prestar esclarecimentos sobre sua atuação
funcional;
IV - deliberar, mediante proposta do Procurador Geral, sobre a abertura de concurso de remoção;
V - organizar e dirigir os concursos de ingresso e de promoção na carreira de Procurador do
Estado e realizar o concurso de remoção, processando e julgando reclamações e recursos a eles
pertinentes;
VI - fixar os critérios de merecimento para fins de promoção;
VII - elaborar lista de classificação do concurso de ingresso para homologação pelo Procurador
Geral e publicação;
VIII - convocar os Procuradores do Estado empossados para a escolha de vagas, de acordo com
a ordem de classificação no concurso de ingresso;
IX - decidir sobre a confirmação na carreira de Procurador do Estado, nos termos do artigo 91
desta lei complementar;
X - deliberar sobre a remoção de oficio e a remoção compulsória;
XI - manifestar-se previamente e em caráter vinculante sobre pedidos de afastamento de
integrantes da carreira e suas renovações anuais, ressalvados os casos previstos nesta lei
complementar;
XII - determinar, sem prejuízo da competência do Procurador Geral e do Corregedor Geral, a
instauração de sindicâncias e de processos administrativos disciplinares contra integrantes da
carreira de Procurador do Estado;
XIII - opinar sobre aplicação de penalidade disciplinar a Procurador do Estado, bem como nos
recursos correspondentes;
XIV - referendar proposta do Procurador Geral para criação de novas unidades, subunidades ou
órgãos da Procuradoria Geral do Estado, bem como para alteração da sede ou dos limites
territoriais das Procuradorias Regionais;
XV - referendar proposta do Procurador Geral para fixação ou alteração do número de
Procuradores do Estado destinados a cada um dos órgãos de execução das Áreas do
Contencioso e da Consultoria Geral;
XVI - fixar, mediante proposta do Procurador Geral, os requisitos para a classificação em órgãos
de execução da Procuradoria Geral do Estado, bem como para o desempenho de atribuições e
funções de confiança previstas nesta lei complementar;
XVII - deliberar sobre a criação e a fixação de vagas de estagiários;
XVIII - manifestar-se obrigatoriamente nas propostas de alteração de estrutura, organização e
atribuições da Procuradoria Geral do Estado e regime jurídico dos Procuradores do Estado;
XIX - opinar sobre a proposta de orçamento anual da Procuradoria Geral do Estado, na forma e
nos prazos estabelecidos em seu regimento;
XX - fixar o número de Corregedores Auxiliares, observado o disposto nesta lei complementar;
XXI - opinar sobre medidas propostas pela Corregedoria da Procuradoria Geral do Estado;
XXII - pronunciar-se sobre qualquer matéria que lhe seja encaminhada pelo Procurador Geral;
XXIII - representar ao Procurador Geral sobre providências reclamadas pelo interesse público,
concernentes à Procuradoria Geral do Estado;
XXIV - propor ao Procurador Geral a adoção de medidas concernentes ao aperfeiçoamento,
estrutura e funcionamento da Instituição;
XXV - tutelar as prerrogativas funcionais, desagravando Procurador do Estado ofendido no
exercício de seu cargo e oficiando as autoridades competentes;
XXVI - examinar relatórios de correição e de levantamentos estatísticos elaborados pela
Corregedoria Geral;
XXVII - decidir, pelo voto de 2/3 (dois terços) de seus membros, pelo encaminhamento ao
Governador de proposta do Procurador Geral visando à destituição do Corregedor Geral em caso
de abuso de poder, conduta incompatível ou grave omissão dos deveres do cargo, assegurada
ampla defesa;
XXVIII - manifestar-se sobre proposta de contratação de jurista, formulada pelo Procurador Geral,
nos termos do artigo 3º, § 1º, desta lei complementar;
XXIX - elaborar seu regimento interno.
§ 1º - As sessões do Conselho, com periodicidade estabelecida em regulamento, serão públicas,
ressalvadas as hipóteses legais de sigilo, e instaladas com a presença da maioria absoluta de
seus membros.
§ 2º - As deliberações do Conselho serão motivadas, publicadas por extrato e tomadas pela
maioria dos membros presentes à sessão, salvo expressa previsão em sentido contrário.
§ 3º - Aos Procuradores do Estado será assegurada a manifestação nas sessões do Conselho, na
forma definida em seu regimento interno.
SEÇÃO IV
Da Corregedoria da Procuradoria Geral do Estado
CAPÍTULO V
Dos Órgãos de Coordenação Setorial
SEÇÃO I
Das Subprocuradorias Gerais
SUBSEÇÃO I
Disposições Gerais
Artigo 27 - Os órgãos de execução de que trata este capítulo serão integrados por um Procurador
do Estado Chefe, respectivamente, com as seguintes atribuições:
I - orientar, coordenar e superintender a atuação dos Procuradores do Estado e os serviços
administrativos;
II - aplicar os critérios fixados pelo Subprocurador Geral da respectiva área de atuação, para
distribuição do trabalho entre os Procuradores do Estado;
III - desenvolver estratégias para atuação diferenciada em assuntos ou ações judiciais de elevado
valor ou de maior interesse para a Administração Estadual;
IV - zelar pela qualidade técnica, presteza e eficiência do trabalho produzido pelos Procuradores
do Estado, aprovando pareceres jurídicos ou assinando em conjunto peças processuais
consideradas relevantes;
V - avaliar periodicamente o desempenho profissional de cada Procurador do Estado,
comunicando o resultado à Corregedoria Geral, podendo propor ao Procurador Geral a anotação
de elogio em prontuário;
VI - manter sistema de controle de resultados qualitativos e quantitativos para o trabalho
executado nas Áreas do Contencioso e da Consultoria Geral, com o fornecimento de dados
gerenciais que permitam o aprimoramento da atuação jurídica do Estado e de suas autarquias;
VII - decidir sobre questões administrativas, no âmbito de sua competência.
Parágrafo único - Os Procuradores do Estado Chefes serão auxiliados por Procuradores do
Estado Assistentes.
Artigo 28 - As Procuradorias Especializadas, as Procuradorias Regionais, a Procuradoria do
Estado de São Paulo em Brasília e as Consultorias Jurídicas poderão ser divididas em
subunidades para melhor organização dos serviços.
§ 1º - A divisão em subunidades considerará aspectos quantitativos, territoriais e relativos à sua
natureza, complexidade, importância estratégica, valor econômico envolvido e grau de dificuldade
na execução, no que se refere à distribuição dos serviços.
§ 2º - No âmbito da subunidade, o Procurador do Estado designado para a respectiva chefia
exercerá as competências previstas no artigo 27 desta lei complementar, no que couber.
Artigo 29 - Os parâmetros de acompanhamento de recursos pelas Procuradorias Especializadas
e pelas Procuradorias Regionais serão definidos por resolução do Procurador Geral.
Artigo 30 - As Procuradorias Regionais poderão ser reorganizadas por decreto, vedado o
aumento de despesa, observandose a divisão administrativa do Estado, salvo se relevantes
razões de interesse público justificarem composição diversa.
SUBSEÇÃO II
Dos Órgãos de Execução da Área do Contencioso Geral
Da Procuradoria de Execuções
SUBSEÇÃO III
Dos Órgãos de Execução da Área do Contencioso Tributário-Fiscal
Da Procuradoria Fiscal
SUBSEÇÃO IV
Das Procuradorias Regionais
SUBSEÇÃO V
Da Procuradoria do Estado de São Paulo em Brasília
Artigo 38 - A Procuradoria do Estado de São Paulo em Brasília atuará nos processos judiciais e
administrativos de interesse do Estado e de suas autarquias, em tramitação nos órgãos e tribunais
sediados na Capital Federal.
SUBSEÇÃO VI
Dos Órgãos de Execução da Área da Consultoria Geral
Da Procuradoria Administrativa
Artigo 40 - São atribuições da Procuradoria da Fazenda junto ao Tribunal de Contas, entre outras:
I - representar e defender, com exclusividade, os interesses da Fazenda do Estado perante o
Tribunal de Contas;
II - requerer as medidas previstas na Lei Orgânica do Tribunal de Contas quando verificar a
ocorrência de ilegalidade de ato determinativo de despesas, inclusive na hipótese de contratos,
em relação aos quais não tenha havido manifestação anterior da Procuradoria Geral do Estado ou
a manifestação tenha sido contrária ao ato;
III - opinar verbalmente, ou por escrito, a requerimento próprio, por deliberação do Plenário, das
Câmaras ou mediante despacho da Presidência ou de qualquer Conselheiro, nos processos
sujeitos a fiscalização e julgamento do Tribunal, desde que presente interesse estadual;
IV - participar das sessões do Tribunal Pleno e das Câmaras, manifestando-se nos termos legais e
regimentais;
V - levar ao conhecimento dos órgãos da Administração Direta e Indireta do Estado e do Tribunal
de Contas, para os fins de direito, a ocorrência de qualquer crime, ilegalidade ou irregularidade de
que venha a ter ciência;
VI - remeter à autoridade competente para execução cópia autêntica dos atos de imposição de
multa e das decisões condenatórias de responsáveis em alcance ou de restituição de quantias em
processo de tomada de contas;
VII - velar, supletivamente, pela execução das decisões do Tribunal de Contas;
VIII - interpor os recursos cabíveis e requerer a revisão e rescisão de julgados;
IX - opinar nas matérias de interesse do erário sujeitas à jurisdição e à competência do Tribunal de
Contas;
X - representar ao Subprocurador Geral da Consultoria Geral a respeito de mudança de
entendimento ou reiterada divergência entre a orientação jurídica da Procuradoria Geral do Estado
e as decisões daquela Corte.
Parágrafo único - A atuação dos Procuradores do Estado junto ao Tribunal de Contas observará
as orientações fixadas pelo Procurador Geral e pelo Subprocurador Geral da Consultoria Geral.
Da Procuradoria da Junta Comercial
CAPÍTULO VI
Dos Órgãos Auxiliares
SEÇÃO I
Do Centro de Estudos
SEÇÃO II
Da Câmara de Integração e Orientação Técnica - CIOT
Artigo 53 - A Câmara de Integração e Orientação Técnica - CIOT - tem por finalidade integrar os
órgãos de coordenação setorial para fins de racionalização, uniformização e orientação técnica
das atividades dos órgãos de execução.
§ 1º - A CIOT será composta pelos Subprocuradores Gerais, pelo Procurador do Estado Assessor
de Coordenação de Regionais e pelo Procurador do Estado Chefe da Procuradoria Administrativa,
sob a presidência do Procurador Geral Adjunto.
§ 2º - A critério dos membros da CIOT, poderão ser convidados Procuradores do Estado e demais
servidores da Administração para participar de suas reuniões.
§ 3º - O funcionamento e as atribuições da CIOT serão definidos em resolução do Procurador
Geral.
§ 4º - As deliberações da CIOT serão submetidas a homologação do Procurador Geral, que
determinará as providências para sua efetivação.
SEÇÃO III
Da Câmara de Conciliação da Administração Estadual - CCAE
SEÇÃO IV
Do Centro de Estágios
CAPÍTULO VII
Da Comissão de Concurso de Ingresso
CAPÍTULO VIII
Dos Órgãos de Apoio
SEÇÃO I
Da Coordenação dos Órgãos de Apoio
SEÇÃO II
Do Centro de Engenharia, Cadastro Imobiliário e Geoprocessamento - CECIG
SEÇÃO III
Do Centro de Tecnologia da Informação - CTI
Artigo 63 - Compete ao Centro de Tecnologia da Informação - CTI, desenvolver e orientar a
implantação ou integração de sistemas eletrônicos de informação, de interesse para as atividades
da Procuradoria Geral do Estado.
Parágrafo único - A estrutura e o funcionamento do órgão previsto no “caput” deste artigo serão
fixados por decreto.
CAPÍTULO IX
Da Coordenadoria de Administração - CA
CAPÍTULO X
Dos Órgãos Complementares
SEÇÃO I
Do Conselho da Advocacia da Administração Pública Estadual
SEÇÃO II
Da Ouvidoria
Artigo 69 - A Ouvidoria da Procuradoria Geral do Estado é o órgão responsável pelo exercício das
competências previstas na legislação estadual, em atendimento à proteção e à defesa do usuário
dos serviços públicos prestados pela Procuradoria Geral do Estado, com estrutura e atribuições
estabelecidas em decreto, observado o seguinte:
I - o Ouvidor da Procuradoria Geral do Estado será designado por ato do Procurador Geral entre
Procuradores do Estado com mais de 5 (cinco) anos de efetivo exercício na carreira e que não
registrem punição de natureza disciplinar nos últimos 5 (cinco) anos, indicados em lista tríplice
formada pelos membros do Conselho, após votação secreta e uninominal;
II - o mandato do Ouvidor será de 2 (dois) anos, permitida uma recondução;
III - o Ouvidor será auxiliado por Procuradores do Estado Subouvidores e substituído por suplente
nos seus impedimentos;
IV - os Procuradores do Estado Subouvidores serão indicados pelo Ouvidor e designados por ato
do Procurador Geral, devendo atuar sem prejuízo das atribuições normais.
Parágrafo único - A Ouvidoria apresentará ao Conselho da Procuradoria Geral do Estado
relatório semestral das atividades do órgão, sugestões e propostas para o aprimoramento do
serviço público.
TÍTULO II
Da Carreira de Procurador do Estado
CAPÍTULO I
Dos Níveis
CAPÍTULO II
Dos Cargos em Comissão
CAPÍTULO III
Das Funções
CAPÍTULO IV
Da Lotação e da Classificação
CAPÍTULO V
Do Concurso de Ingresso
CAPÍTULO VI
Da Nomeação
CAPÍTULO VII
Da Posse e do Compromisso
CAPITULO VIII
Da Classificação e do Exercício
CAPÍTULO IX
Do Estágio Probatório
CAPÍTULO X
Do Regime de Trabalho
CAPÍTULO XI
Da Promoção
CAPÍTULO XII
Das Remoções
Artigo 103 - A classificação dos integrantes da carreira de Procurador do Estado somente poderá
ser alterada:
I - por iniciativa do Procurador do Estado nos seguintes casos:
a) concurso de remoção;
b) permuta, a critério do Procurador Geral, ouvidos os Subprocuradores Gerais;
c) união de cônjuges ou companheiros, inclusive na hipótese de união estável homoafetiva;
II - em razão do interesse público, mediante deliberação motivada de 2/3 (dois terços) dos
membros do Conselho, nos seguintes casos:
a) de ofício;
b) compulsoriamente, após a conclusão de procedimento disciplinar.
§ 1º - É vedada a inscrição em concurso de remoção de Procurador do Estado afastado da
carreira.
§ 2º - A remoção por concurso consiste em procedimento realizado pelo Conselho da Procuradoria
Geral do Estado, no qual se assegure a divulgação das vagas a serem preenchidas e a
possibilidade de escolha pelos interessados, observado o critério de antiguidade, nos termos do
edital de abertura do certame.
§ 3º - A abertura do concurso a que se refere o § 2° deste artigo será deliberada pelo Conselho da
Procuradoria Geral do Estado, mediante proposta do Procurador Geral, da qual constará a relação
de vagas, podendo haver a reserva de até ¼ (um quarto) destas para provimento por futuros
integrantes da carreira aprovados no respectivo concurso de ingresso.
§ 4º - A remoção por permuta não será admitida se o Procurador do Estado interessado estiver
afastado da carreira ou não possa assumir as funções no novo órgão de classificação no prazo de
30 (trinta) dias, salvo as hipóteses de afastamento legal pelo período de até 6 (seis) meses.
§ 5º - A remoção a que se refere a alínea “c” do inciso I deste artigo dependerá da existência de
vaga e da conveniência do serviço, não sendo admitida se demonstrado prejuízo para o órgão de
classificação.
Artigo 104 - A classificação de integrantes da Área da Consultoria Geral na Procuradoria
Administrativa se dará sem observância do disposto no artigo 103 desta lei complementar, após
oitiva do Subprocurador Geral da Área da Consultoria Geral e da manifestação do Procurador do
Estado interessado.
Parágrafo único - A classificação de integrantes das demais áreas de atuação na Procuradoria
Administrativa observará o disposto no artigo 103, inciso II, “a”, desta lei complementar.
CAPÍTULO XIII
Do Reingresso
Artigo 105 - O reingresso na carreira de Procurador do Estado se dará somente por reintegração,
reversão ou aproveitamento.
Artigo 106 - Reintegração é o reingresso do Procurador do Estado em decorrência de decisão
judicial transitada em julgado.
Artigo 107 - Reversão é o reingresso do Procurador do Estado aposentado por invalidez quando
insubsistentes as razões que determinaram o ato de aposentação.
§ 1º - A reversão somente poderá efetivar-se quando, em inspeção médica, ficar comprovada a
capacidade para o exercício do cargo.
§ 2º - Na reversão de ofício poderá ser suspenso o pagamento dos respectivos proventos caso o
inativo, injustificadamente, não se apresente para a realização da inspeção de saúde.
§ 3º - Constatada a insubsistência das condições que impuseram a inativação, será deflagrado
procedimento de invalidação do ato de aposentação.
§ 4º - Anulado o ato de aposentadoria, o servidor que não assumir o exercício no prazo legal
deverá ter instaurado contra si processo administrativo disciplinar, por inassiduidade ou abandono
de cargo, conforme o caso.
§ 5º - A reversão se fará em cargo vago, elevado ao mesmo nível em que se encontrava o
aposentado no momento de sua aposentadoria, sendo o tempo de afastamento por tal motivo
considerado apenas para efeito de nova aposentadoria.
Artigo 108 - Aproveitamento é o reingresso do Procurador do Estado em disponibilidade.
§ 1º - O aproveitamento será obrigatório na primeira vaga e se efetivará mediante elevação do
cargo vago ao mesmo nível em que se encontrava o interessado no momento da declaração de
disponibilidade.
§ 2º - Em nenhum caso poderá se efetivar o aprovei¬tamento sem que, mediante inspeção
médica, fique provada a capacidade para o exercício do cargo.
§ 3º - Será tornado sem efeito o ato de aproveitamento e cessada a disponibilidade do Procurador
do Estado que não comparecer à inspeção de saúde ou não assumir o exercício no prazo legal.
§ 4º - Será aposentado no cargo que ocupava o Procurador do Estado em disponibilidade que, em
inspeção de saúde, for julgado incapaz para o seu exercício.
CAPÍTULO XIV
Da Exoneração, da Demissão e da Aposentadoria
Artigo 109 - A exoneração será concedida ao Procurador do Estado mediante requerimento, com
efeito retroativo à data do protocolo.
Artigo 110 - A demissão do Procurador do Estado só poderá ocorrer em decorrência de processo
administrativo disciplinar, assegurada a ampla defesa, na forma dos artigos 147 e seguintes desta
lei complementar.
Artigo 111 - O Procurador do Estado aposentado não perderá seus direitos, vantagens e
prerrogativas, ficando-lhe assegurados aqueles atribuídos aos Procuradores do Estado em
atividade, salvo os incompatíveis com a sua condição de inativo.
TÍTULO III
Dos Direitos, das Garantias e das Prerrogativas do Procurador do Estado
CAPÍTULO I
Das Férias, Licenças e Afastamentos
Artigo 112 - O Procurador do Estado terá direito ao gozo de 30 (trinta) dias de férias anuais,
podendo ser divididas em períodos de 15 (quinze) dias.
Parágrafo único - É proibida a acumulação de férias, salvo por absoluta necessidade de serviço e
pelo máximo de 2 (dois) anos consecutivos.
Artigo 113 - Sem prejuízo dos vencimentos e vantagens pecuniárias, conceder-se-á licença:
I - para tratamento de saúde;
II - por motivo de doença do cônjuge, companheiro(a), inclusive na hipótese de união estável
homoafetiva, parentes consanguíneos e afins, em linha reta, até o 2º grau;
III - maternidade;
IV - paternidade;
V - adoção;
VI - prêmio;
VII - para casamento;
VIII - por luto, em virtude de falecimento do cônjuge, companheiro(a), inclusive na hipótese de
união estável homoafetiva, filhos, enteados, pais, padrasto ou madrasta e irmãos, até 8 (oito) dias;
IX - por luto, em virtude de falecimento dos avós, netos e sogros, até 2 (dois) dias;
X - por acidente de trabalho ou doença profissional;
XI - compulsoriamente, como medida profilática, nos termos do Estatuto dos Funcionários Públicos
Civis do Estado;
XII - em outros casos previstos em lei.
Artigo 114 - O Procurador do Estado, após 5 (cinco) anos de efetivo exercício, poderá requerer
licença, com prejuízo dos vencimentos e vantagens pecuniárias, para tratar de assuntos
particulares, pelo prazo de 2 (dois) anos, podendo ser negada se inconveniente ao interesse do
serviço.
Parágrafo único - Não será concedida nova licença antes de decorridos 10 (dez) anos do término
da anterior.
Artigo 115 - Os afastamentos de qualquer natureza somente serão concedidos mediante prévia
aprovação do Conselho da Procuradoria Geral do Estado, sob pena de nulidade do ato, exceto
para exercer:
I - mandato eletivo;
II - mandato em entidade de classe de Procurador do Estado;
III - cargo de Ministro de Estado, de Secretário de Estado ou equivalentes.
Parágrafo único - É vedado o afastamento durante o estágio probatório, exceto para a
participação em certames científicos de duração inferior a 1 (uma) semana e nas hipóteses
mencionadas nos incisos I, II e III deste artigo.
Artigo 116 - Após 5 (cinco) anos ininterruptos de serviço público, em que não haja sofrido
penalidade disciplinar, é assegurado o direito a licença-prêmio de 90 (noventa) dias, de que trata o
inciso VI do artigo 113 desta lei complementar, observando-se os demais termos e condições do
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado.
Artigo 117 - São considerados como de efetivo exercício, para todos os efeitos legais, os dias em
que o Procurador do Estado não estiver exercendo suas funções em razão de:
I - licenças previstas no artigo 113, sendo que as previstas nos incisos I e II deverão observar o
disposto no artigo 97, § 1°, desta lei complementar;
II - férias;
III - período de trânsito;
IV - afastamentos previstos nos artigos 115 e 143, inciso I, ambos desta lei complementar.
CAPÍTULO II
Das Prerrogativas e das Garantias
Artigo 118 - São prerrogativas e garantias do Procurador do Estado, além das previstas em lei,
notadamente a que dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil -
OAB:
I - não ser constrangido, por qualquer modo ou forma, a agir em desconformidade com a sua
consciência ético-profissional;
II - requisitar auxílio e colaboração das autoridades públicas para o exercício de suas atribuições;
III - requisitar das autoridades competentes certidões, informações, autos de processo
administrativo, documentos e diligências necessários ao desempenho de suas funções nos prazos
e condições fixadas em decreto;
IV - utilizar-se dos meios de comunicação estaduais quando o interesse do serviço o exigir;
V - postular em juízo ou fora deste sem instrumento de mandato e com dispensa de emolumentos
e custas;
VI - ter garantida a irredutibilidade de vencimentos, nos termos da Constituição Federal;
VII - obter, sem custo, a carteira funcional;
VIII - obter, mediante reembolso, o custeio da anuidade da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB;
IX - dispor de instalações condignas e compatíveis com o exercício de suas funções;
X - ter acesso a dados e informações relativos à sua pessoa existentes nos órgãos da
Procuradoria Geral do Estado, com direito à retificação e à complementação dos mesmos, se o
caso;
XI - computar como tempo de serviço público estadual, para todos os fins, exceto aposentadoria, o
tempo de estágio na Procuradoria Geral do Estado de São Paulo;
XII - ter garantida a inviolabilidade por seus atos e manifestações no exercício de suas funções,
observado o disposto no inciso III do artigo 122 desta lei complementar;
XIII - ter garantida a inamovibilidade em relação ao órgão de execução em que estiver
classificado, ressalvadas as hipóteses de remoção, nos termos dos artigos 103 e 104 desta lei
complementar.
Artigo 119 - Em caso de infração penal imputada a Procurador do Estado, a autoridade policial,
dela tomando conhecimento, comunicará o fato ao Procurador Geral.
Artigo 120 - A prisão de Procurador do Estado, em qualquer circunstância, será imediatamente
comunicada ao Procurador Geral, sob pena de responsabilidade, e será cumprida nos termos da
lei que dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil - OAB.
TÍTULO IV
Dos Deveres, Proibições e Impedimentos
CAPÍTULO I
Dos Deveres e das Proibições
Artigo 121 - São deveres do Procurador do Estado, entre outros previstos em lei:
I - defender a ordem jurídica, pugnar pela boa aplicação das leis vigentes e pela celeridade da
administração da justiça;
II - desempenhar com zelo e presteza, dentro dos prazos, os serviços a seu cargo e os que, na
forma da lei, lhe forem atribuídos pelo Procurador Geral;
III - proceder na vida pública e privada de forma que dignifique a função pública;
IV - zelar pelos bens confiados à sua guarda;
V - observar, nos casos indicados em lei, sigilo quanto à matéria dos procedimentos judiciais e
administrativos em que atuar, sendo pessoalmente responsável por toda manifestação, em
qualquer meio de divulgação, a respeito de matéria judicial ou administrativa a seu cargo;
VI - residir na sede de exercício, salvo autorização do Procurador Geral;
VII - manter assiduidade;
VIII - representar sobre irregularidades que afetem o bom desempenho de suas atribuições;
IX - sugerir providências tendentes ao aperfeiçoamento dos serviços;
X - manter atualizados os seus dados pessoais e curriculares.
Artigo 122 - Além das proibições decorrentes do exercício de cargo público, ao Procurador do
Estado é vedado:
I - aceitar cargo, emprego ou função pública fora dos casos autorizados em lei;
II - exercer a advocacia fora do âmbito das atribuições institucionais;
III - empregar em qualquer expediente oficial, ou intervenção oral, expressão ou termo
incompatíveis com o dever de urbanidade, tal como definido pelo Código de Ética e Disciplina da
Ordem dos Advogados do Brasil - OAB;
IV - valer-se da qualidade de Procurador do Estado para obter qualquer vantagem;
V - exercer o magistério em desacordo com a Constituição Federal, observadas as diretrizes
fixadas pelo Procurador Geral e pelo Corregedor Geral.
CAPÍTULO II
Dos Impedimentos e das Suspeições
Artigo 123 - É defeso ao Procurador do Estado exercer suas funções em processo judicial ou
administrativo:
I - em que seja parte ou de qualquer forma interessado;
II - em que haja atuado como advogado de qualquer das partes;
III - em que seja parte ou tenha interesse cônjuge ou companheiro, parente consanguíneo ou afim,
em linha reta ou colateral, até o terceiro grau;
IV - nos casos previstos na legislação processual e na lei que dispõe sobre o Estatuto da
Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil - OAB.
Artigo 124 - O Procurador do Estado não poderá participar de Comissão ou Banca de Concurso,
intervir no seu julgamento e votar sobre organização de lista para promoção, quando concorrer
parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, bem como seu
cônjuge ou companheiro.
Artigo 125 - Não poderão servir sob a chefia imediata de Procurador do Estado o seu cônjuge ou
companheiro e parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.
Artigo 126 - O Procurador do Estado dar-se-á por suspeito quando:
I - houver interesse moral;
II - houver proferido parecer favorável à pretensão deduzida em juízo pela parte adversa;
III - ocorrer qualquer dos demais casos previstos na legislação processual.
Artigo 127 - Nas hipóteses previstas neste capítulo, o Procurador do Estado comunicará ao seu
superior hierárquico imediato, em expediente próprio, os motivos do impedimento ou da
suspeição, para que este os acolha ou rejeite.
Parágrafo único - Aplicam-se ao Procurador Geral as disposições deste capítulo, observado o
seguinte:
1 - nos casos de procedimento disciplinar, será observado o disposto no artigo 168 desta lei
complementar;
2 - nos demais casos, o Procurador Geral, em ato fundamentado, encaminhará a matéria ao seu
substituto legal ou a submeterá ao Governador.
TÍTULO V
Do Regime Disciplinar
CAPÍTULO I
Das Atividades Correcionais
Artigo 128 - Além de vistorias e de inspeções, a atividade funcional dos integrantes da carreira de
Procurador do Estado está sujeita a:
I - correição permanente;
II - correição ordinária;
III - correição extraordinária.
Artigo 129 - Correição permanente é a realizada pelos chefes dos órgãos de execução da
Procuradoria Geral do Estado, sem prejuízo da competência da Corregedoria.
§ 1º - Fica assegurado ao responsável pela correição permanente o livre acesso aos arquivos
existentes na respectiva unidade, que contenham os trabalhos executados pelo Procurador do
Estado.
§ 2º - Compete ao Procurador do Estado Chefe informar ao Corregedor Geral os dados relevantes
extraídos das correições permanentes, quando for o caso.
Artigo 130 - Correição ordinária é a realizada bienalmente pelo Corregedor Geral e pelos
Corregedores Auxiliares em todos os órgãos da Procuradoria Geral do Estado para verificar a
regularidade e a eficiência dos serviços, bem como a atuação do Procurador do Estado em
exercício na respectiva unidade.
Parágrafo único - A periodicidade prevista neste artigo poderá ser reduzida em relação a
qualquer órgão da Procuradoria Geral do Estado, a critério do Corregedor Geral.
Artigo 131 - Correição extraordinária é a realizada pelo Corregedor Geral e pelos Corregedores
Auxiliares, de ofício ou por determinação do Procurador Geral.
Artigo 132 - Qualquer pessoa poderá representar ao Corregedor Geral sobre abusos, erros ou
omissões cometidos por integrantes da carreira de Procurador do Estado.
Artigo 133 - Concluída a correição, o Corregedor Geral apresentará ao Procurador Geral relatório
circunstanciado dos fatos apurados e das providências adotadas, propondo as que excedam às
suas atribuições.
CAPÍTULO II
Das Infrações, Penalidades e Prescrição
Artigo 134 - Os Procuradores do Estado são passíveis das seguintes sanções disciplinares:
I - repreensão;
II - suspensão;
III - multa;
IV - demissão;
V - demissão a bem do serviço público;
VI - cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
Artigo 135 - As sanções previstas no artigo 134 desta lei complementar serão aplicadas:
I - a de repreensão, em casos de indisciplina ou falta de cumprimento dos deveres;
II - a de suspensão, que não excederá a 90 (noventa) dias, será aplicada em caso de falta grave
ou de reincidência;
III - a de multa será aplicada na forma e nos casos expressamente previstos em lei ou
regulamento;
IV - a de demissão, nos casos de:
a) abandono de cargo, consistente na interrupção do exercício pelo Procurador do Estado por
mais de 30 (trinta) dias consecutivos;
b) inassiduidade, por ausência ao serviço, sem causa justificável, por mais de 45 (quarenta e
cinco) dias, interpoladamente, no período de 12 (doze) meses;
c) procedimento irregular de natureza grave;
d) ineficiência no serviço;
e) aplicação indevida de recursos públicos;
f) exercício da advocacia fora do âmbito das atribuições institucionais;
V - a de demissão a bem do serviço público, nos casos de:
a) lesão dolosa aos cofres públicos, dilapidação do patrimônio estadual ou de bens confiados à
sua guarda;
b) aceitação ilegal de cargo, emprego ou função pública;
c) exercício da advocacia contra o Estado de São Paulo e suas autarquias;
d) prática de ato com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública;
e) prática de ato definido como crime contra a Administração Pública, a fé pública e a Fazenda
Estadual, ou previsto nas leis relativas à segurança e à defesa nacional;
f) prática de outros atos definidos como crime apenados com reclusão ou crime inafiançável e
imprescritível, nos termos da Constituição Federal;
g) prática de ato definido em lei como crime contra o Sistema Financeiro, ou de lavagem ou
ocultação de bens, direitos ou valores;
h) prática de ato definido em lei como de improbidade;
VI - cassação de aposentadoria ou disponibilidade, nos casos de infração punível com demissão
ou demissão a bem do serviço público, praticada durante o exercício de cargo.
§ 1º - A pena de suspensão acarreta a perda dos direitos e das vantagens decorrentes do
exercício do cargo, não podendo ter início durante os períodos de férias ou de licença do infrator.
§ 2º - A autoridade que aplicar a pena de suspensão poderá convertê-la em multa, na base de
50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, devendo o Procurador do
Estado, neste caso, permanecer em exercício.
§ 3º - Considera-se reincidência, para os efeitos desta lei complementar, a prática de nova
infração, dentro de 5 (cinco) anos, contados do cumprimento da sanção disciplinar.
Artigo 136 - Na aplicação das penas disciplinares, considerar- se-ão os antecedentes do infrator,
a natureza e a gravidade da infração, as circunstâncias em que foi praticada e os danos que dela
resultaram ao serviço público.
Artigo 137 - As penas serão impostas pela autoridade competente, após prévia manifestação do
Conselho da Procuradoria Geral do Estado no processo administrativo disciplinar ou sindicância,
conforme o caso, devendo constar do assentamento individual do punido.
Artigo 138 - Para aplicação das penalidades previstas no artigo 134 desta lei complementar, são
competentes:
I - o Governador;
II - o Procurador Geral.
Artigo 139 - Extingue-se a punibilidade pela prescrição:
I - em 2 (dois) anos, da infração punível com repreensão, suspensão ou multa;
II - em 5 (cinco) anos, da infração punível com demissão, demissão a bem do serviço público e
cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
III - no prazo da prescrição em abstrato da pena criminal, se for superior a 5 (cinco) anos, na
hipótese de a infração ser prevista em lei como infração penal.
Artigo 140 - A prescrição começa a correr:
I - do dia em que a falta for cometida;
II - do dia em que tenha cessado a continuação ou a permanência, nas faltas continuadas ou
permanentes.
§ 1º - Interrompe a prescrição a portaria que instaura sindicância ou a que instaura processo
administrativo.
§ 2º - O lapso prescricional corresponde:
1 - na hipótese de desclassificação da infração, ao da pena efetivamente aplicada;
2 - na hipótese de mitigação ou atenuação, ao da pena em tese cabível.
§ 3º - A prescrição não corre:
1 - enquanto sobrestado o procedimento administrativo para aguardar decisão judicial, na forma
do artigo 141, § 1º, item 3, desta lei complementar;
2 - enquanto insubsistente o vínculo funcional que venha a ser restabelecido.
§ 4º - A decisão que reconhecer a existência de prescrição deverá determinar desde logo, quando
for o caso, as providências necessárias à apuração da responsabilidade pela sua ocorrência.
CAPÍTULO III
Do Procedimento Disciplinar
SEÇÃO I
Das Disposições Gerais
SEÇÃO II
Da Sindicância
Artigo 146 - Aplicam-se à sindicância as regras previstas nesta lei complementar para o processo
administrativo disciplinar, com as seguintes modificações:
I - a autoridade sindicante e cada acusado poderão arrolar até 3 (três) testemunhas;
II - a sindicância deverá estar concluída em 60 (sessenta) dias.
SEÇÃO III
Do Processo Administrativo Disciplinar
SEÇÃO IV
Do Processo por Abandono do Cargo e por Inassiduidade
Artigo 180 - Verificada a ocorrência de faltas ao serviço que caracterizem abandono de cargo,
bem como inassiduidade, o superior imediato comunicará o fato à autoridade competente para
determinar a instauração de processo disciplinar, instruindo a representação com cópia da ficha
funcional do Procurador do Estado e com atestados de frequência.
Artigo 181 - Não será instaurado processo para apurar abandono de cargo, bem como
inassiduidade, se o Procurador do Estado tiver pedido exoneração.
Artigo 182 - Extingue-se o processo instaurado exclusivamente para apurar abandono de cargo,
bem como inassiduidade, se o indiciado pedir exoneração até a data designada para o
interrogatório, ou por ocasião deste.
Artigo 183 - A defesa só poderá versar sobre força maior, coação ilegal ou motivo legalmente
justificável.
SEÇÃO V
Dos Recursos
Artigo 184 - Da decisão que aplicar a penalidade caberá:
I - recurso hierárquico, quando aplicada a pena pelo Procurador Geral do Estado;
II - pedido de reconsideração, quando aplicada a pena pelo Governador.
§ 1º - O recurso, cabível uma única vez, da decisão que aplicar penalidade, será interposto pelo
acusado no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação da decisão impugnada no Diário
Oficial do Estado ou da intimação pessoal do Procurador do Estado, quando for o caso.
§ 2º - Do recurso deverá constar, além do nome e da qualificação do recorrente, a exposição das
razões de inconformismo.
§ 3º - O Procurador Geral terá prazo de 10 (dez) dias para, motivadamente, manter ou reformar
sua decisão, ouvido o Conselho da Procuradoria Geral do Estado.
§ 4º - Mantida a decisão, ou reformada parcialmente, será imediatamente encaminhada a reexame
pelo superior hierárquico.
§ 5º - A pena imposta não poderá ser agravada pela decisão do recurso.
§ 6º - O recurso será apreciado pela autoridade competente ainda que incorretamente
denominado ou endereçado.
Artigo 185 - Os recursos de que trata esta lei complementar não têm efeito suspensivo; os que
forem providos darão lugar às retificações necessárias, retroagindo seus efeitos à data do ato
punitivo.
CAPÍTULO IV
Da Revisão
Artigo 186 - Admitir-se-á, a qualquer tempo, a revisão de punição disciplinar de que não caiba
mais recurso, se surgirem fatos ou circunstâncias ainda não apreciados, ou vícios insanáveis de
procedimento, que possam justificar redução ou anulação da pena aplicada.
§ 1º - A simples alegação da injustiça da decisão não constitui fundamento do pedido.
§ 2º - Não será admitida reiteração de pedido pelo mesmo fundamento.
§ 3º - Os pedidos formulados em desacordo com este artigo serão indeferidos.
§ 4º - O ônus da prova cabe ao requerente.
Artigo 187 - A pena imposta não poderá ser agravada pela revisão.
Artigo 188 - A instauração de processo revisional poderá ser requerida fundamentadamente pelo
interessado ou, se falecidoou incapaz, por seu curador, cônjuge, companheiro, ascendente,
descendente ou irmão, sempre por intermédio de advogado.
Parágrafo único - O pedido será instruído com as provas que o requerente possuir ou com a
indicação daquelas que pretenda produzir.
Artigo 189 - A autoridade que aplicou a penalidade, ou que a tiver confirmado em grau de recurso,
será competente para o exame da admissibilidade do pedido de revisão, bem como, caso deferido
o processamento, para a sua decisão final.
Artigo 190 - Deferido o processamento da revisão, o pedido será encaminhado ao Corregedor
Geral que designará Corregedor Auxiliar que não tenha funcionado no procedimento disciplinar de
que resultou a punição do requerente.
Artigo 191 - O Corregedor Auxiliar determinará seu apensamento ao procedimento disciplinar
original e notificará o requerente para, no prazo de 8 (oito) dias, oferecer rol de testemunhas, ou
requerer outras provas que pretenda produzir.
Parágrafo único - No processamento da revisão serão observadas as normas previstas nesta lei
complementar para o processo administrativo disciplinar.
Artigo 192 - Encerrada a instrução, será aberta vista ao requerente para, no prazo de 3 (três)
dias, apresentar alegações finais.
Artigo 193 - Decorrido o prazo de que trata o artigo 192 desta lei complementar, e dentro de 30
(trinta) dias, o Corregedor Auxiliar elaborará relatório conclusivo sobre a procedência ou não do
pedido e enviará os autos ao Corregedor Geral, que os remeterá ao Conselho para deliberação.
Parágrafo único - Após a manifestação do Conselho, os autos serão remetidos ao Procurador
Geral para:
1 - decidir sobre o pedido, no prazo de 20 (vinte) dias, sem prejuízo das diligências que entender
necessárias para melhor esclarecimento dos fatos;
2 - opinar conclusivamente e submeter ao Governador do Estado, quando esse houver proferido a
decisão final no procedimento disciplinar objeto da revisão.
Artigo 194 - A decisão que julgar procedente a revisão poderá alterar a classificação da infração,
absolver o punido, modificar a pena ou anular o processo, restabelecendo os direitos atingidos
pela decisão reformada.
TÍTULO VI
Do Fundo Especial da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo
Artigo 195 - Fica criado, no âmbito da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, o Fundo
Especial da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo - FUNPROGESP.
Artigo 196 - O FUNPROGESP tem por finalidade complementar os recursos financeiros
indispensáveis ao aparelhamento da Procuradoria Geral do Estado, destinando-se esses recursos,
preferencialmente, às despesas com investimento em inovação tecnológica.
Artigo 197 - O FUNPROGESP terá como gestor o Procurador Geral, que designará órgão da
Procuradoria Geral do Estado incumbido de organizar a contabilidade financeira e o plano de
aplicação dos recursos.
Artigo 198 - Constituem receitas do FUNPROGESP:
I - dotações orçamentárias próprias;
II - recursos provenientes das receitas de outros fundos;
III - recursos provenientes de aluguéis ou de permissões de uso de espaços livres para terceiros,
onde funcionem os órgãos da Procuradoria Geral do Estado;
IV - recursos provenientes do produto de alienação de equipamentos, veículos, outros materiais
permanentes ou material inservível ou dispensável;
V - rendimentos financeiros dos recursos do próprio fundo;
VI - outros recursos que lhe forem expressamente atribuídos por lei.
Artigo 199 - Os bens adquiridos por intermédio do FUNPROGESP serão incorporados ao
patrimônio da Procuradoria Geral do Estado.
Artigo 200 - O FUNPROGESP terá escrituração contábil própria, observadas as legislações
federal e estadual, bem como as normas emanadas do Tribunal de Contas do Estado de São
Paulo.
Parágrafo único - A prestação de contas de aplicação e da gestão financeira do FUNPROGESP
será consolidada na Procuradoria Geral do Estado, por ocasião do encerramento do
correspondente exercício.
Artigo 201 - O Procurador Geral, mediante resolução, editará os atos complementares
necessários ao funcionamento do FUNPROGESP.
TÍTULO VII
Das Disposições Finais
TÍTULO VIII
Das Disposições Transitórias
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Os regimes próprios de previdência social dos servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos militares dos Estados e do Distrito Federal deverão ser organizados, baseados em
normas gerais de contabilidade e atuária, de modo a garantir o seu equilíbrio financeiro e atuarial, observados os
seguintes critérios:
I - realização de avaliação atuarial inicial e em cada balanço utilizando-se parâmetros gerais, para a
organização e revisão do plano de custeio e benefícios; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.187-13, de 2001)
II - financiamento mediante recursos provenientes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
e das contribuições do pessoal civil e militar, ativo, inativo e dos pensionistas, para os seus respectivos regimes;
III - as contribuições e os recursos vinculados ao Fundo Previdenciário da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios e as contribuições do pessoal civil e militar, ativo, inativo, e dos pensionistas, somente
poderão ser utilizadas para pagamento de benefícios previdenciários dos respectivos regimes, ressalvadas as
despesas administrativas estabelecidas no art. 6º, inciso VIII, desta Lei, observado os limites de gastos estabelecidos
em parâmetros gerais; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.187-13, de 2001)
IV - cobertura de um número mínimo de segurados, de modo que os regimes possam garantir diretamente a
totalidade dos riscos cobertos no plano de benefícios, preservando o equilíbrio atuarial sem necessidade de
resseguro, conforme parâmetros gerais;
V - cobertura exclusiva a servidores públicos titulares de cargos efetivos e a militares, e a seus respectivos
dependentes, de cada ente estatal, vedado o pagamento de benefícios, mediante convênios ou consórcios entre
Estados, entre Estados e Municípios e entre Municípios;
VI - pleno acesso dos segurados às informações relativas à gestão do regime e participação de representantes
dos servidores públicos e dos militares, ativos e inativos, nos colegiados e instâncias de decisão em que os seus
interesses sejam objeto de discussão e deliberação;
VII - registro contábil individualizado das contribuições de cada servidor e dos entes estatais, conforme
diretrizes gerais;
IX - sujeição às inspeções e auditorias de natureza atuarial, contábil, financeira, orçamentária e patrimonial dos
órgãos de controle interno e externo.
X - vedação de inclusão nos benefícios, para efeito de percepção destes, de parcelas remuneratórias pagas em
decorrência de local de trabalho, de função de confiança ou de cargo em comissão, exceto quando tais parcelas
integrarem a remuneração de contribuição do servidor que se aposentar com fundamento no art. 40 da Constituição
Federal, respeitado, em qualquer hipótese, o limite previsto no § 2o do citado artigo; (Redação dada pela Lei nº 10.887,
de 2004)
XI - vedação de inclusão nos benefícios, para efeito de percepção destes, do abono de permanência de que
tratam o § 19 do art. 40 da Constituição Federal, o § 5º do art. 2º e o § 1º do art. 3º da Emenda Constitucional nº 41,
de 19 de dezembro de 2003. (Redação dada pela Lei nº 10.887, de 2004)
Parágrafo único. Aplicam-se, adicionalmente, aos regimes próprios de previdência social dos entes da Federação
os incisos II, IV a IX do art. 6o. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.187-13, de 2001)
Art. 1o-A. O servidor público titular de cargo efetivo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
ou o militar dos Estados e do Distrito Federal filiado a regime próprio de previdência social, quando cedido a órgão ou
entidade de outro ente da federação, com ou sem ônus para o cessionário, permanecerá vinculado ao regime de origem.
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.187-13, de 2001)
Art. 2o A contribuição da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e
fundações, aos regimes próprios de previdência social a que estejam vinculados seus servidores não poderá ser inferior
ao valor da contribuição do servidor ativo, nem superior ao dobro desta contribuição.(Redação dada pela Lei nº 10.887,
de 2004)
§ 1o A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são responsáveis pela cobertura de eventuais
insuficiências financeiras do respectivo regime próprio, decorrentes do pagamento de benefícios previdenciários.
(Redação dada pela Lei nº 10.887, de 2004)
§ 2o A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios publicarão, até 30 (trinta) dias após o encerramento
de cada bimestre, demonstrativo financeiro e orçamentário da receita e despesa previdenciárias acumuladas no
exercício financeiro em curso.(Redação dada pela Lei nº 10.887, de 2004)
Art. 3o As alíquotas de contribuição dos servidores ativos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios para
os respectivos regimes próprios de previdência social não serão inferiores às dos servidores titulares de cargos efetivos
da União, devendo ainda ser observadas, no caso das contribuições sobre os proventos dos inativos e sobre as
pensões, as mesmas alíquotas aplicadas às remunerações dos servidores em atividade do respectivo ente estatal.
(Redação dada pela Lei nº 10.887, de 2004)
Art. 5º Os regimes próprios de previdência social dos servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos militares dos Estados e do Distrito Federal não poderão conceder benefícios distintos
dos previstos no Regime Geral de Previdência Social, de que trata a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, salvo
disposição em contrário da Constituição Federal.
Parágrafo único. Fica vedada a concessão de aposentadoria especial, nos termos do § 4º do art. 40 da
Constituição Federal, até que lei complementar federal discipline a matéria. (Redação dada pela Medida Provisória nº
2.187-13, de 2001)
Art. 6º Fica facultada à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, a constituição de fundos
integrados de bens, direitos e ativos, com finalidade previdenciária, desde que observados os critérios de que trata o
artigo 1º e, adicionalmente, os seguintes preceitos:
V - vedação da utilização de recursos do fundo de bens, direitos e ativos para empréstimos de qualquer
natureza, inclusive à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, a entidades da administração indireta e
aos respectivos segurados;
VI - vedação à aplicação de recursos em títulos públicos, com exceção de títulos do Governo Federal;
VII - avaliação de bens, direitos e ativos de qualquer natureza integrados ao fundo, em conformidade com a Lei
4.320, de 17 de março de 1964 e alterações subseqüentes;
Art. 7º O descumprimento do disposto nesta Lei pelos Estados, Distrito Federal e Municípios e pelos respectivos
fundos, implicará, a partir de 1º de julho de 1999:
II - impedimento para celebrar acordos, contratos, convênios ou ajustes, bem como receber empréstimos,
financiamentos, avais e subvenções em geral de órgãos ou entidades da Administração direta e indireta da União;
IV - suspensão do pagamento dos valores devidos pelo Regime Geral de Previdência Social em razão da Lei no
9.796, de 5 de maio de 1999. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.187-13, de 2001)
Art. 8º Os dirigentes do órgão ou da entidade gestora do regime próprio de previdência social dos entes estatais,
bem como os membros dos conselhos administrativo e fiscal dos fundos de que trata o art. 6º, respondem
diretamente por infração ao disposto nesta Lei, sujeitando-se, no que couber, ao regime repressivo da Lei no 6.435,
de 15 de julho de 1977, e alterações subseqüentes, conforme diretrizes gerais.
Parágrafo único. As infrações serão apuradas mediante processo administrativo que tenha por base o auto, a
representação ou a denúncia positiva dos fatos irregulares, em que se assegure ao acusado o contraditório e a ampla
defesa, em conformidade com diretrizes gerais.
I - a orientação, supervisão e o acompanhamento dos regimes próprios de previdência social dos servidores
públicos e dos militares da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e dos fundos a que se refere o
art. 6º, para o fiel cumprimento dos dispositivos desta Lei;
II - o estabelecimento e a publicação dos parâmetros e das diretrizes gerais previstos nesta Lei.
III - a apuração de infrações, por servidor credenciado, e a aplicação de penalidades, por órgão próprio, nos
casos previstos no art. 8o desta Lei. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.187-13, de 2001)
Parágrafo único. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios prestarão ao Ministério da Previdência
e Assistência Social, quando solicitados, informações sobre regime próprio de previdência social e fundo
previdenciário previsto no art. 6o desta Lei. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.187-13, de 2001)
Art. 10. No caso de extinção de regime próprio de previdência social, a União, o Estado, o Distrito Federal e os
Municípios assumirão integralmente a responsabilidade pelo pagamento dos benefícios concedidos durante a sua
vigência, bem como daqueles benefícios cujos requisitos necessários a sua concessão foram implementados
anteriormente à extinção do regime próprio de previdência social.
Ficha informativa
LEI Nº 14.653, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2011
Institui o regime de previdência complementar no âmbito do Estado de São Paulo, fixa o limite
máximo para a concessão de aposentadorias e pensões de que trata o artigo 40 da Constituição
Federal, autoriza a criação de entidade fechada de previdência complementar, na forma de
fundação, e dá outras providências
CAPÍTULO I
Do Regime de Previdência Complementar
CAPÍTULO II
Da Entidade Fechada de Previdência Complementar
Seção I
Da Estrutura Organizacional da SP-PREVCOM
Artigo 5º - A SP-PREVCOM organizar-se-á sob a forma de fundação, sem fins lucrativos, dotada
de autonomia administrativa, financeira, patrimonial e de gestão de recursos humanos, e terá sede
e foro na Capital do Estado de São Paulo, observado o contido no artigo 21 desta lei.
Artigo 6º - A estrutura organizacional da SP-PREVCOM será constituída de Conselho
Deliberativo, Conselho Fiscal e Diretoria Executiva.
§ 1º - O Conselho Deliberativo, órgão máximo da estrutura organizacional, é responsável pela
definição da política geral de administração da SP-PREVCOM e de seus planos de benefícios
previdenciários complementares, podendo criar conselho consultivo com a participação de
representantes de cada um dos comitês gestores previstos no § 1º do artigo 9º desta lei.
§ 2º - O Conselho Fiscal é o órgão de controle interno da SP-PREVCOM.
§ 3º - A Diretoria Executiva é o órgão responsável pela administração da SP-PREVCOM, em
conformidade com a política de administração traçada pelo Conselho Deliberativo.
Artigo 7º - A composição do Conselho Deliberativo, integrado por 6 (seis) membros titulares e
respectivos suplentes, e do Conselho Fiscal, integrado por 4 (quatro) membros titulares e
respectivos suplentes, será paritária entre representantes eleitos pelos participantes e assistidos e
representantes indicados pelo patrocinador, cabendo a estes a indicação do conselheiro
presidente, que terá, além do seu, o voto de qualidade.
§ 1º - Os membros do Conselho Deliberativo e do Conselho Fiscal representantes do patrocinador
serão designados pelo Governador do Estado.
§ 2º - A presidência do Conselho Deliberativo será exercida por um dos membros designados na
forma do § 1º deste artigo, mediante indicação do Governador do Estado.
§ 3º - A escolha dos representantes dos participantes e assistidos dar-se-á por meio de eleição
direta entre seus pares, conforme regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo.
§ 4º - O presidente do Conselho Fiscal será eleito pelos membros do Conselho devidamente
constituído, devendo a escolha recair sobre um dos membros indicados pelos participantes e
assistidos.
Artigo 8º - A Diretoria Executiva será composta, no máximo, por 6 (seis) membros nomeados pelo
Conselho Deliberativo, mediante indicação do Governador do Estado.
Parágrafo único - Compete ao Conselho Deliberativo, mediante decisão fundamentada, a
exoneração de membros da Diretoria Executiva, observando-se o disposto no estatuto da SP-
PREVCOM.
Artigo 9º - Por ato da Diretoria Executiva, deverão ser criados:
I - um Comitê Gestor para cada plano de benefícios previdenciários complementares;
II - um Comitê de Investimentos.
§ 1º - O Comitê Gestor é o órgão responsável pela definição da estratégia das aplicações
financeiras e acompanhamento do respectivo plano de benefícios previdenciários complementares
da SP-PREVCOM, observadas as diretrizes fixadas pelo Conselho Deliberativo e pelo comitê de
investimentos, conforme seja determinado no estatuto dessa entidade.
§ 2º - O Comitê de Investimentos é o órgão responsável por assessorar a Diretoria Executiva na
gestão econômico-financeira dos recursos administrados pela SP-PREVCOM, conforme seja
determinado no estatuto dessa entidade.
Artigo 10 - Os membros do Comitê Gestor e do Comitê de Investimentos não poderão integrar o
Conselho Deliberativo, o Conselho Fiscal e a Diretoria Executiva, tendo diferentes deveres,
atribuições e responsabilidades, conforme seja determinado no estatuto da SP-PREVCOM.
Artigo 11 - A remuneração e as vantagens de qualquer natureza recebidas pelos membros da
Diretoria Executiva da SP-PREVCOM serão fixadas pelo seu Conselho Deliberativo.
Artigo 12 - A remuneração dos membros do Conselho Deliberativo, do Conselho Fiscal e dos
membros de Comitê Gestor será fixada por ato do Governador do Estado e limitada a 20% (vinte
por cento), 15% (quinze por cento) e 10% (dez por cento), respectivamente, do valor da
remuneração do Diretor Presidente da SPPREVCOM.
Parágrafo único - Os membros do Comitê de Investimentos definidos em regimento interno não
serão remunerados.
Artigo 13 - Os requisitos previstos nos incisos I a IV do artigo 20 da Lei Complementar federal nº
108, de 29 de maio de 2001, aplicam-se aos membros da Diretoria Executiva, aos membros dos
Conselhos Deliberativo e Fiscal e aos integrantes dos comitês gestores de plano, nos seguintes
termos:
I - comprovada experiência no exercício de atividade na área financeira, administrativa, contábil,
jurídica, de fiscalização, atuarial ou de auditoria;
II - não ter sofrido condenação criminal transitada em julgado;
III - não ter sofrido penalidade administrativa por infração da legislação da seguridade social,
inclusive da previdência complementar ou como servidor público;
IV - ter formação de nível superior.
Artigo 14 - Aos membros da Diretoria Executiva, nos termos do artigo 21 da Lei Complementar
federal nº 108, de 29 de maio de 2001, é vedado:
I - exercer simultaneamente atividade no patrocinador;
II - integrar concomitantemente o Conselho Deliberativo ou Fiscal da entidade e, mesmo depois do
término do seu mandato na Diretoria Executiva, enquanto não tiver suas contas aprovadas;
III - ao longo do exercício do mandato prestar serviços a instituições integrantes do sistema
financeiro.
§ 1º - Nos 12 (doze) meses seguintes ao término do exercício da função, o ex-diretor estará
impedido de prestar, direta ou indiretamente, independentemente da forma ou natureza do
contrato, qualquer tipo de serviço às empresas do sistema financeiro que impliquem a utilização
das informações a que teve acesso em decorrência da função exercida, sob pena de
responsabilidade civil e penal.
§ 2º - Durante o impedimento, ao ex-diretor, que não tiver sido destituído, ou que pedir
afastamento, será assegurada a possibilidade de prestar serviços à entidade, ou em qualquer
órgão da administração pública, desde que não tenha acesso a informações privilegiadas,
garantindo-se-lhe remuneração equivalente à função de direção que exerceu.
Seção II
Da Gestão dos Recursos Garantidores
Artigo 15 - A gestão das aplicações dos recursos da SP-PREVCOM poderá ser própria, por
entidade autorizada e credenciada ou mista.
§ 1º - Para os efeitos do disposto no “caput” deste artigo, considera-se:
1 - gestão própria: as aplicações realizadas diretamente pela SP-PREVCOM;
2 - gestão por entidade autorizada e credenciada: as aplicações realizadas por intermédio de
instituição financeira ou de outra instituição autorizada nos termos da legislação em vigor para o
exercício profissional de administração de carteiras;
3 - gestão mista: as aplicações realizadas parte por gestão própria e parte por gestão por entidade
autorizada e credenciada.
§ 2º - A definição da composição e dos percentuais máximos de cada modalidade de gestão
constará na política de investimentos dos planos de benefícios a ser fixada anualmente pelo
Conselho Deliberativo.
Artigo 16 - O regulamento do plano de benefícios previdenciários complementares poderá
estipular as regras que permitam ao participante optar, a seu exclusivo critério e sob sua
responsabilidade, por uma das carteiras de investimentos disponibilizadas pela SP-PREVCOM
(multiportfólio), seguindo, para tanto, as diretrizes a serem fixadas pelo Conselho Deliberativo.
Seção III
Das Disposições Gerais
Artigo 17 - O Conselho Deliberativo aprovará a instituição de código de ética e conduta que
deverá conter, dentre outras, as seguintes regras:
I - de confidencialidade, relativa a dados e informações a que seus membros tenham acesso no
exercício de suas funções;
II - para prevenir conflito de interesses;
III - para proibir operações dos dirigentes com partes relacionadas.
Parágrafo único - O código de ética e conduta deverá ter ampla divulgação entre conselheiros,
dirigentes, empregados e, especialmente, entre os participantes e assistidos.
Artigo 18 - O regime jurídico de pessoal da SPPREVCOM será o previsto na Consolidação das
Leis do Trabalho - CLT.
Artigo 19 - A Diretoria Executiva editará ato próprio com normas gerais sobre as contratações
para a atividade-fim, dando publicidade às mesmas.
Artigo 20 - Cabe à Diretoria Executiva a prestação de informações de forma regular e imediata a
conselheiros, patrocinadores, instituidores, participantes e assistidos.
Parágrafo único - As informações, prestadas em linguagem clara e acessível, com a utilização
dos meios adequados, abrangem:
1 - as políticas de investimentos;
2 - as premissas e hipóteses atuariais;
3 - a situação econômica e financeira;
4 - os custos incorridos na administração dos planos de benefícios;
5 - a situação de cada participante ou assistido perante seu plano de benefícios.
Artigo 21 - A SP-PREVCOM observará os princípios norteadores da administração pública, em
especial os da eficiência e da economicidade, bem como adotará mecanismos de gestão
operacional que maximizem a utilização de recursos.
§ 1º - As despesas administrativas terão sua fonte de custeio definida no regulamento do plano de
benefícios previdenciários complementares, observado o disposto no “caput” do artigo 7º da Lei
Complementar federal nº 108, de 29 de maio de 2001, e o orçamento anual da SP-PREVCOM.
§ 2º - O montante de recursos destinados à cobertura das despesas administrativas será revisado
ao final de cada ano para o atendimento do disposto no “caput” deste artigo.
Artigo 22 - A SP-PREVCOM será mantida integralmente por suas receitas, oriundas das
contribuições dos participantes, assistidos e patrocinadores, dos resultados financeiros de suas
aplicações e de doações e legados de qualquer natureza.
§ 1º - A contribuição normal do patrocinador para o plano de benefícios previdenciários
complementares, em hipótese alguma, excederá a contribuição individual dos participantes.
§ 2º - Cada patrocinador será responsável pelo recolhimento de suas contribuições e pela
transferência à SP-PREVCOM das contribuições descontadas dos seus participantes, observado o
disposto nesta lei, no estatuto da SP-PREVCOM e no regulamento do plano de benefícios
previdenciários complementares.
§ 3º - Os recursos previdenciários oriundos da compensação financeira de que trata a Lei federal
nº 9.796, de 5 de maio de 1999, pertencerão exclusivamente à unidade gestora do Regime Próprio
de Previdência Social - São Paulo Previdência - SPPREV.
Artigo 23 - A SP-PREVCOM desenvolverá programa de educação financeira e previdenciária
destinado a dirigentes, empregados, patrocinadores, instituidores, participantes e assistidos, com
os seguintes objetivos:
I - melhorar a qualidade da gestão;
II - oferecer aos dirigentes e empregados a possibilidade de desenvolver habilidades e
conhecimentos necessários ao desempenho de suas funções;
III - oferecer aos participantes e assistidos ferramentas úteis para o planejamento e o controle de
sua vida econômica e financeira;
IV - oferecer aos participantes e assistidos capacitação para o exercício da fiscalização e
acompanhamento do seu patrimônio previdenciário.
CAPÍTULO III
Dos Planos de Benefícios a serem Implementados e Administrados pela SP-PREVCOM
Seção I
Das Condições Gerais dos Planos de Benefícios
Seção II
Da Manutenção e da Filiação
Seção IV
Das Disposições Especiais
CAPÍTULO IV
Do Controle e Fiscalização
CAPÍTULO V
Das Disposições Gerais
Artigo 36 - Para atender às despesas decorrentes da execução desta lei, fica o Poder Executivo
autorizado a:
I - abrir, em caráter excepcional, créditos especiais até o limite de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões
de reais) destinados à cobertura das despesas referentes ao custeio do primeiro ano de
implantação da SP-PREVCOM;
II - aportar recursos adicionais para atender as despesas administrativas da SP-PREVCOM,
enquanto a taxa de administração fixada nos regulamentos ou respectivos planos de custeio dos
benefícios previdenciários for insuficiente ao seu suprimento.
Parágrafo único - Os valores dos créditos adicionais a que se refere este artigo serão cobertos na
forma prevista do § 1º do artigo 43 da Lei federal nº 4.320, de 17 de março de 1964.
Artigo 37 - Observado o disposto no artigo 33, I, da Lei Complementar federal nº 109, de 29 de
março de 2001, o Poder Executivo adotará providências para a constituição e funcionamento da
SP-PREVCOM no prazo de até 240 (duzentos e quarenta) dias contados da data da publicação
desta lei.
Parágrafo único - No mesmo prazo previsto no “caput” deste artigo, contado a partir da data em
que for publicada a autorização para seu funcionamento, a SP-PREVCOM adotará providências
para instituir e operar planos de benefícios previdenciários complementares, que deverão ser
oferecidos aos interessados, tão logo concedida a autorização prevista no artigo 6º da Lei
Complementar federal nº 109, de 29 de março de 2001, mediante ampla divulgação.
Artigo 38 - Esta lei e suas Disposições Transitórias entram em vigor na data de sua publicação.
CAPÍTULO VI
Disposições Transitórias
Ficha informativa
Texto com alterações
LEI COMPLEMENTAR Nº 1.010, DE 01 DE JUNHO DE 2007
(Atualizada até a Lei nº 13.549, de 26 de maio de 2009)
Dispõe sobre a criação da SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREV, entidade gestora do Regime
Próprio de Previdência dos Servidores Públicos - RPPS e do Regime Próprio de Previdência dos
Militares do Estado de São Paulo - RPPM
CAPÍTULO I
DA CRIAÇÃO E DA COMPETÊNCIA
Artigo 1º - Fica criada a SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREV, entidade gestora única do
Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos titulares de cargos efetivos - RPPS e do
Regime Próprio de Previdência dos Militares do Estado de São Paulo - RPPM, autarquia sob
regime especial com sede e foro na cidade de São Paulo - SP e prazo de duração indeterminado.
Parágrafo único - O regime especial, a que se refere o "caput", caracteriza-se por autonomia
administrativa, financeira, patrimonial e de gestão de recursos humanos e autonomia nas suas
decisões.
Artigo 2º - São segurados do RPPS e do RPPM do Estado de São Paulo, administrados pela
SPPREV:
I - os titulares de cargos efetivos, assim considerados os servidores cujas atribuições, deveres e
responsabilidades específicas estejam definidas em estatutos ou normas estatutárias e que
tenham sido aprovados por meio de concurso público de provas ou de provas e títulos ou de
provas de seleção equivalentes;
II - os membros da Polícia Militar do Estado, assim definidos nos termos do artigo 42 da
Constituição Federal.
§ 1º - Aplicam-se as disposições constantes desta lei aos servidores titulares de cargos vitalícios,
efetivos e militares, da Administração direta e indireta, da Assembléia Legislativa, do Tribunal de
Contas do Estado e seus Conselheiros, das Universidades, do Poder Judiciário e seus membros,
e do Ministério Público e seus membros, da Defensoria Pública e seus membros.
§ 2º - Por terem sido admitidos para o exercício de função permanente, inclusive de natureza
técnica, e nos termos do disposto no inciso I deste artigo, são titulares de cargos efetivos os
servidores ativos e inativos que, até a data da publicação desta lei, tenham sido admitidos com
fundamento nos incisos I e II do artigo 1º da Lei nº 500, de 13 de novembro de 1974.
§ 3º - O disposto no § 2º deste artigo aplica-se aos servidores que, em razão da natureza
permanente da função para a qual tenham sido admitidos, estejam na mesma situação ali prevista.
Artigo 3º - A SPPREV tem por finalidade administrar o Regime Próprio de Previdência dos
Servidores Públicos titulares de cargos efetivos - RPPS e o Regime Próprio de Previdência dos
Militares do Estado de São Paulo - RPPM, cabendo-lhe:
I - a administração, o gerenciamento e a operacionalização dos regimes;
II - a concessão, pagamento e manutenção dos benefícios assegurados pelos regimes;
III - a arrecadação e cobrança dos recursos e contribuições necessários ao custeio dos regimes;
IV - a gestão dos fundos e recursos arrecadados; e
V - a manutenção permanente do cadastro individualizado dos servidores públicos ativos e
inativos, dos militares do serviço ativo, dos agregados ou licenciados, da reserva remunerada ou
reformado, e respectivos dependentes, e dos pensionistas.
§ 1º - Na consecução de suas finalidades a SPPREV atuará com independência e imparcialidade,
visando o interesse público, observados os princípios da legalidade, impessoalidade, publicidade,
moralidade e eficiência.
§ 2º - O ato de concessão dos benefícios para o membro ou servidor do Poder Judiciário, da
Assembléia Legislativa, do Tribunal de Contas do Estado, do Ministério Público, da Defensoria
Pública e das Universidades será assinado pelo chefe do respectivo Poder, entidade autônoma ou
órgão autônomo, que o remeterá, em seguida, à SPPREV para formalização, pagamento e
manutenção.
§ 3º - O ato que conceder a aposentadoria indicará as regras constitucionais, permanentes ou de
transição, aplicadas, o valor dos proventos e o regime a que ficará sujeita sua revisão ou
atualização.
§ 4º - Cada Poder, órgão autônomo ou entidade fará as comunicações necessárias para que a
SPPREV observe os direitos à integralidade e à paridade de remuneração, quando assegurados.
§ 5º - Fica vedado à SPPREV o desempenho das seguintes atividades:
1 - concessão de empréstimos de qualquer natureza, inclusive à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios, a entidades da Administração indireta e aos servidores públicos ativos e
inativos, aos militares do serviço ativo, agregados ou licenciados, da reserva remunerada ou
reformado, e aos pensionistas e demais empregados do Estado de São Paulo;
2 - celebrar convênios ou consórcios com outros Estados ou Municípios com o objetivo de
pagamento de benefícios;
3 - aplicar recursos em títulos públicos, com exceção de títulos do Governo Federal;
4 - atuação nas demais áreas da seguridade social ou qualquer outra área não pertinente a sua
precípua finalidade;
5 - atuar como instituição financeira, bem como prestar fiança, aval ou obrigar-se, em favor de
terceiros, por qualquer outra forma.
§ 6º - O cadastro a que se refere o inciso V deste artigo, dentre outras informações julgadas
relevantes ou necessárias nos termos da legislação aplicável, conterá:
1 - nome e demais dados pessoais, inclusive dos dependentes;
2 - matrícula e outros dados funcionais;
3 - remuneração utilizada como base para as contribuições do servidor ou do militar a qualquer
regime de previdência, mês a mês;
4 - valores mensais e acumulados da contribuição;
5 - valores mensais e acumulados da contribuição do ente federativo.
§ 7º - Aos servidores públicos ativos e aos militares do serviço ativo serão disponibilizadas,
anualmente, as informações constantes de seu cadastro individualizado, nos termos e prazos
definidos em regulamento.
§ 8º - Os valores constantes do cadastro individualizado a que se refere o inciso V deste artigo
serão consolidados para fins contábeis.
Artigo 4º - Caberá ao Poder Executivo instalar a SPPREV, devendo seu regulamento, aprovado
por decreto do Poder Executivo no prazo máximo de 90 (noventa) dias a contar da data de
publicação desta lei complementar, fixar-lhe a estrutura organizacional e estabelecer as demais
regras necessárias à instalação e funcionamento da entidade.
Parágrafo único - A SPPREV vincula-se à Secretaria de Estado da Fazenda, que a
supervisionará.
CAPÍTULO II
DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA
Seção I
Seção II
Do Conselho de Administração
Seção III
Da Diretoria Executiva
Artigo 9º - A Diretoria Executiva é o órgão de execução das atividades que competem à SPPREV.
Artigo 10 - A Diretoria Executiva será composta por 5 (cinco) diretores executivos, cujas
atribuições serão definidas em decreto regulamentar, sendo: (NR)
I - Diretor Presidente; (NR)
II - Diretor de Administração e Finanças; (NR)
III - Diretor de Relacionamento com o Segurado; (NR)
IV - Diretor de Benefícios - Servidores Públicos; (NR)
V - Diretor de Benefícios - Militares. (NR)
- Artigo 10 com redação dada pela Lei Complementar nº 1.058, de 16/09/2008.
Artigo 11 - Ao Diretor Presidente compete organizar e supervisionar as atividades da SPPREV e
exercer as demais atribuições definidas em regulamento.
Artigo 12 - Compete aos diretores desempenhar as atribuições previstas em regulamento, além
daquelas que lhes forem delegadas pelo Diretor Presidente.
Seção IV
Do Conselho Fiscal
Seção V
CAPÍTULO III
Seção I
Seção II
Artigo 31 - Fica o Poder Executivo autorizado a constituir fundo com finalidade previdenciária, de
natureza contábil, destinado a recepcionar os recursos e o patrimônio previdenciários, sob a
direção, administração e gestão da SPPREV.
§ 1º - Os recursos do fundo a que se refere o "caput" deste artigo serão destinados
exclusivamente ao pagamento de benefícios previdenciários do RPPS e do RPPM.
§ 2º - Caberá à SPPREV, por intermédio dos seus órgãos de administração, a representação, a
administração e a gestão do fundo a que se refere o "caput" deste artigo, na forma prevista nesta
lei complementar.
§ 3º - A SPPREV deverá manter os recursos destinados ao pagamento de benefícios em conta
específica em nome do fundo a que se refere o "caput" deste artigo.
§ 4º - O fundo a que se refere o "caput" deste artigo e a SPPREV terão registros cadastrais e
contabilidade distintos, não havendo entre eles qualquer comunicação ou direitos, inexistindo
solidariedade ou subsidiariedade obrigacionais ativas ou passivas.
Artigo 32 - O fundo a que se refere o artigo 31 desta lei complementar contará com recursos
constituídos por:
I - bens, direitos e ativos dotados pelo Estado de São Paulo;
II - contribuições previdenciárias mensais dos servidores públicos, ativos e inativos, dos militares
do serviço ativo, dos agregados ou licenciados, da reserva remunerada ou reformados, e dos
respectivos pensionistas, nos termos da legislação aplicável;
III - contribuição previdenciária do Estado, em contrapartida à contribuição dos servidores públicos
civis, ativos e inativos, dos militares do serviço ativo, dos agregados ou licenciados, da reserva
remunerada ou reformados, e dos respectivos pensionistas;
IV - aportes extraordinários do Estado;
V - acervo patrimonial de órgãos e entidades estaduais que lhe forem transferidos por ato do
Poder Executivo;
VI - rendimentos das aplicações financeiras de seus recursos;
VII - produto da alienação de seus bens;
VIII - aluguéis e outros rendimentos derivados dos bens componentes de seu patrimônio;
IX - doações, subvenções e legados;
X - outros recursos consignados no orçamento do Estado, inclusive os decorrentes de créditos
suplementares;
XI - receitas decorrentes do reconhecimento de dívidas do Estado com o IPESP, vencidas antes
da vigência desta lei complementar e apuradas nos termos do artigo 28 desta lei.
Parágrafo único - A contribuição previdenciária do Estado, a que se refere o "caput" do artigo 2º
da Lei federal nº 9.717, de 27 de novembro de 1998, alterada pela Lei federal nº 10.887, de 18 de
junho de 2004, para os regimes próprios de previdência de que trata o artigo 2º desta lei
complementar, corresponderá ao dobro do valor da contribuição do servidor ativo.
Artigo 33 - Os recursos garantidores das reservas técnicas, fundos e provisões do fundo a que se
refere o artigo 31 desta lei complementar serão aplicados de acordo com as condições de
mercado e da legislação aplicável à matéria, e observadas as regras de segurança, solvência,
liquidez, rentabilidade, proteção e prudência financeira.
Artigo 34 - A gestão dos bens imóveis do fundo a que se refere o artigo 31 desta lei
complementar será realizada visando compatibilizar a diversificação dos investimentos à
legislação e regulamentação aplicáveis, de modo a obter melhor rentabilidade.
Parágrafo único - Fica autorizada a alienação ou oneração dos bens imóveis dotados ao fundo a
que se refere o artigo 31 desta lei complementar devendo tal alienação ou oneração observar os
valores praticados pelo mercado imobiliário e reverter em seu benefício.
Ficha informativa
LEI COMPLEMENTAR Nº 180, DE 12 DE MAIO DE 1978
TÍTULO I
CAPÍTULO I
Artigo 1º - Esta lei complementar institui o Sistema de Administração de Pessoal relativo aos
funcionários públicos civis e servidores da Administração Centralizada e das Autarquias do Estado.
Artigo 2º - O Sistema de Administração de Pessoal tem por objetivo considerar adequadamente a
eficiência dos recursos humanos, respondendo às necessidades de planejamento, coordenação,
execução e controle das atividades de administração de pessoal, em função do planejamento e da
ação governamentais.
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
TÍTULO II
Da Seleção de Pessoal
CAPÍTULO I
Artigo 8º - O provimento mediante nomeação para cargos efetivos será precedido de concurso
público de provas ou de provas e títulos.
Artigo 9º - O prazo máximo de validade do concurso público será de 2 (dois) anos.
Artigo 10 - Os concursos públicos reger-se-ão por instruções especiais que estabelecerão, em
função da natureza do cargo:
I - se o concurso será;
a) de provas ou de provas e títulos; e
b) por especializações ou por modalidades profissionais, quando couber.
II - as condições para provimento do cargo referentes a:
a) diplomas ou experiência de trabalho;
b) capacidade física; e
c) conduta.
III - o tipo e conteúdo das provas e as categorias de títulos;
IV - a forma de julgamento das provas e dos títulos;
V - os critérios de habilitação e classificação;
VI - o prazo de validade do concurso.
Parágrafo único - As instruções especiais poderão determinar que a execução do concurso
público, bem como a classificação dos candidatos, sejam feitas a nível local ou regional.
Artigo 11 - A nomeação obedecerá à ordem de classificação no concurso.
Parágrafo único - Vetado.
CAPÍTULO II
SEÇÃO I
SEÇÃO II
CAPÍTULO III
TÍTULO III
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
SEÇÃO I
Da Nomeação
SEÇÃO II
Da Admissão
Da Transposição
Artigo 22 - Transposição é o instituto que objetiva a alocação dos recursos humanos do serviço
público de acordo com aptidões e formação profissional, mediante:
I - a, passagem do funcionário de um para outro cargo de provimento efetivo, porém de conteúdo
ocupacional diverso;
II - a passagem do servidor de uma para outra função-atividade de natureza permanente, porém de
conteúdo ocupacional diverso.
Artigo 23 - A transposição efetuar-se-á mediante processo seletivo especial, respeitadas as
exigências de habilitação, condições e requisitos do cargo a ser provido ou da função-atividade a
ser preenchida, na forma prevista em regulamento.
Parágrafo único - Vetado.
Artigo 24 - Antes da abertura de concurso público ou de processo seletivo para provimento de
cargos ou preenchimento de funções-atividades, parte das vagas de determinadas classes poderá
ser reservada para transposição.
Artigo 25 - Quando o número de candidatos habilitados para provimento mediante transposição for
insuficiente para preencher as vagas respectivas, reverterão estas para os candidatos habilitados
para provimento mediante nomeação.
Parágrafo único - O mesmo procedimento de reversão de vagas será adotado quando o número
de candidatos habilitados para provimento mediante nomeação for insuficiente para preenchimento
das vagas que lhes foram destinadas.
Artigo 26 - O disposto no artigo anterior aplica se aos processos seletivos para preenchimento de
funções-atividades, mediante admissão ou transposição.
Artigo 27 - Os cargos e funções-atividades de direção, chefia e encarregatura, pertencentes à
Tabela II dos respectivos subquadros, serão providos ou preenchidos mediante transposição, não
se lhes aplicando o disposto nos artigos 24 e 25 desta lei complementar.
Artigo 28 - Em casos excepcionais, quando em decorrência de inspeção médica verificar-se
modificação do estado físico ou mental do funcionário ou do servidor, modificação essa que venha
a alterar sua capacidade para o trabalho, poderá o funcionário ou servidor ser readaptado,
mediante transposição, para cargo ou função-atividade mais compatível e de igual padrão.
Parágrafo único - Na hipótese prevista neste artigo não se aplica o disposto nos artigos 23 e 24
desta lei complementar, ficando o funcionário ou servidor sujeito à prova de habilitação que for
julgada necessária.
SEÇÃO IV
Do Acesso
Artigo 29 - Acesso é o instituto pelo qual o funcionário ou servidor, mediante processo seletivo
especial, passa a integrar a classe imediatamente superior àquela em que se encontrar, dentro da
respectiva série de classes.
Artigo 30 - As exigências, requisitos, interstícios e demais procedimentos aplicáveis ao acesso,
referentes a cada série de classes, serão propostos pelos órgãos setoriais e submetidos à
aprovação do órgão central de recursos humanos.
SEÇÃO V
Da Reintegração
SEÇÃO VI
Da Reversão
Artigo 34 - Reversão é o ato pelo qual o aposentado reingressa no serviço público a pedido ou «ex
officio».
§ 1º - Não poderá reverter à atividade o aposentado que tiver mais de 60 (sessenta) anos de idade.
§ 2º - No caso de reversão «ex officio» não se aplica o disposto no parágrafo anterior.
§ 3º - A reversão «ex officio» será feita quando insubsistentes as razões que determinaram a
aposentadoria por invalidez.
§ 4º - A reversão só poderá efetivar-se quando, em inspeção médica, ficar comprovada a
capacidade para o exercício do cargo.
§ 5º - Se o laudo médico não for favorável, poderá ser feita nova inspeção de saúde, para o mesmo
fim, decorridos pelo menos 90 (noventa) dias.
§ 6º - Será tornada sem efeito a reversão «ex officio» e cassada a aposentadoria do funcionário ou
servidor que não tomar posse ou não entrar em exercício dentro do prazo legal.
Artigo 35 - A reversão far-se-á em cargo ou função-atividade de idêntica denominação à daquele
ocupado por ocasião da aposentadoria.
Parágrafo único - Em casos especiais, a juízo da Administração, poderá o aposentado reverter em
outro cargo ou função-atividade de igual padrão, respeitados os requisitos para provimento do
cargo ou preenchimento da função-atividade.
SEÇÃO VII
Do Aproveitamento
SEÇÃO VIII
Da Readmissão
TÍTULO IV
CAPÍTULO I
Artigo 38 - Os postos de trabalho serão fixados, extintos ou relotados de uma para outra unidade
administrativa, mediante decreto, em função das necessidades de serviço e observados os limites
dos recursos orçamentários.
Artigo 39 - Ao posto de trabalho poderá corresponder tanto um cargo público quanto uma função-
atividade.
Parágrafo único - Poderão ser designados para os postos de trabalho funcionários ou servidores,
desde que titulares de cargos ou funções-atividades que lhes sejam compatíveis.
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
Artigo 44 - Constituirá a lotação geral de uma Secretaria de Estado a soma dos postos de trabalho
fixados para as diversas unidades administrativas que a compõem.
Artigo 45 - A lotação geral a que se refere o artigo anterior poderá conter 2 (duas) partes:
I - Parte Permanente (PPT), constituída de todos os postos de trabalho necessários ao
desempenho das atividades normais e específicas das unidades administrativas;
II - Parte Suplementar (PST), constituída exclusivamente dos postos de trabalho que deixarem de
ser necessários.
Parágrafo único - Se desnecessário, o posto de trabalho, ao qual corresponda uma função-
atividade exercida por servidor sem estabilidade, não será integrado na PST, extinguindo-se na
forma disciplinada nesta lei complementar.
CAPÍTULO IV
TÍTULO V
Da Mobilidade Funcional
CAPÍTULO I
Artigo 52 - Mobilidade funcional é a utilização plena e eficaz dos recursos humanos do serviço
público por intermédio de institutos que permitam:
I - o constante aproveitamento do funcionário e do servidor em cargos ou funções-atividades mais
compatíveis com suas aptidões, potencialidade e habilitação profissional;
II - o adequado dimensionamento e distribuição dos recursos humanos, consoante as reais
necessidades das unidades administrativas.
Artigo 53 - Os institutos básicos da mobilidade funcional são:
I - a transposição;
II - o acesso;
III - a transferência;
IV - a remoção.
Parágrafo único - Os institutos referidos nos incisos I e II regem-se pelas disposições contidas nos
artigos 22 a 30 desta lei complementar e pelas normas legais e regulamentares pertinentes.
CAPÍTULO II
Da Transferência
Artigo 54 - Transferência é a passagem de cargo ou função-atividade de uma para outra unidade
do mesmo Quadro ou de Quadros diversos, respeitada a lotação a que se refere o artigo 44 desta
lei complementar.
Artigo 55 - A transferência poderá ser feita a pedido ou «ex officio», atendida sempre a
conveniência do serviço.
Parágrafo único - Vetado.
CAPÍTULO III
Da Remoção
Artigo 56 - A remoção, que se processará a pedido do funcionário ou «ex officio», só poderá ser
feita de uma para outra unidade administrativa da mesma Secretaria, respeitada a lotação.
Parágrafo único - A remoção «ex officio» somente será procedida em o de comprovada
necessidade de serviço.
Artigo 57 - A remoção por permuta será processada a requerimento cessados, com anuência dos
respectivos chefes.
TÍTULO VI
TÍTULO VII
Da Escala de Vencimentos
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
Da Amplitude de Vencimentos
CAPÍTULO IV
TÍTULO VIII
TÍTULO IX
Das Substituições
TÍTULO X
Da Promoção
TÍTULO XI
Do Sistema de Pontos
CAPÍTULO I
Artigo 87 - Fica instituído o sistema de pontos, aplicável à elevação dos cargos e funções-
atividades ao longo das referências numéricas que compõem a Escala de Vencimentos,
Artigo 88 - Para os fins previstos no artigo anterior, a Administração, com fundamento em
disposições legais específicas, atribuirá pontos a seus funcionários e servidores.
Artigo 89 - Os pontos atribuídos têm por finalidade propiciar a passagem do funcionário ou do
servidor a nível de retribuição mais elevado, pelo enquadramento de seu cargo ou de sua função-
atividade em referência numérica superior da Escala de Vencimentos e no mesmo grau em que se
encontre.
Artigo 90 - A aplicação do sistema de pontos determinará, partindo-se da referência inicial da
classe correspondente, a referência numérica em que deve ser enquadrado o cargo ou a função-
atividade.
CAPÍTULO II
Artigo 91 - Para os fins do sistema ora instituído, a cada 5 (cinco) pontos inteiros o funcionário ou
servidor terá seu cargo ou função-atividade enquadrado na referência numérica imediatamente
superior.
Artigo 92 - O cargo do funcionário, ou a função-atividade do servidor, enquadrar-se-á em
referência numérica situada tantas referências acima da inicial de sua classe quanto for a parte
inteira da divisão, por 5 (cinco), do total de pontos obtidos.
Parágrafo único - Vetado.
Artigo 93 - O funcionário ou servidor, em razão dos pontos que lhe sejam atribuídos, excetuada a
hipótese prevista no artigo 112 desta lei complementar, poderá ter seu cargo ou função-atividade
elevado a referências superiores da Escala de Vencimentos, ainda que ultrapasse a referência
numérica final da classe a que pertença.
CAPÍTULO III
Artigo 94 - Para os funcionários e servidores abrangidos por esta lei complementar, o adicional por
tempo de serviço de que trata o inciso VIII do artigo 92 da Constituição do Estado (Emenda nº2)
passará a ser concedido exclusivamente mediante atribuição de pontos na forma disciplinada neste
capítulo.
Artigo 95 - Para efeito do artigo anterior, serão atribuídos ao funcionário ou servidor 5 (cinco)
pontos na data em que completar cada período de 5 (cinco) anos de serviço contínuos ou não,
observado o disposto no artigo 91 desta lei complementar.
Artigo 96 - Em consequência da concessão do adicional por tempo de serviço com base no
sistema de pontos, ficam cessados, para os funcionários e servidores abrangidos por esta lei
complementar, os efeitos do artigo 13 e seus parágrafos da Lei nº 6.043, de 20 de janeiro de 1961,
do artigo 127 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, e do artigo 28 do Decreto-Lei
Complementar nº 11, de 2 de março de 1970.
CAPÍTULO IV
Da Aplicação do Sistema de Pontos na Evolução Funcional
SEÇÃO I
SEÇÃO II
Artigo 99 - O funcionário ou servidor terá seu desempenho avaliado na unidade em que esteja
prestando serviço, comparativamente com o desempenho de outros funcionários ou servidores
integrantes do mesmo grupo objeto da avaliação.
Artigo 100 - A avaliação será o resultado do exclusivo julgamento do superior imediato.
Artigo 101 - Em consequência da avaliação, o funcionário ou servidor terá seu desempenho
qualificado segundo um dos seguintes conceitos:
I - muito bom - (MB);
II - bom - (B);
III - regular - (R).
SEÇÃO III
Da Velocidade Evolutiva
Artigo 102 - Para fins de evolução funcional, cada classe terá fixada sua velocidade evolutiva em
uma das seguintes categorias:
I - classe de velocidade evolutiva - VE-1;
II - classe de velocidade evolutiva - VE-2;
III - classe de velocidade evolutiva - VE-3;
IV - classe de velocidade evolutiva - VE-4;
V - classe de velocidade evolutiva - VE-5.
Artigo 103 - A velocidade evolutiva será definida em função dos seguintes fatores:
I - amplitude de vencimentos;
II - exigência de maior aperfeiçoamento e especialização profissional e/ou funcional;
III - perspectiva de oferta e demanda no mercado de trabalho.
Artigo 104 - A velocidade evolutiva determina o número de pontos e poderão ser atribuídos aos
funcionários ou servidores da mesma classe, observada a seguinte escala de pontos:
I - classe de velocidade evolutiva VE-1:
a) 2 (dois) pontos para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como «muito
bom»;
b) 1 (um) ponto para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como «bom»;
c) 0 (zero) ponte para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como «regular»;
II - classe de velocidade evolutiva VE-2:
a) 3 (três) pontos para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como «muito
bom»;
b) 1,5 (um e meio) ponto para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como
«bom»;
c) 0 (zero) ponto para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como «regular»;
III - classe de velocidade evolutiva VE-3:
a) 4 (quatro) pontos para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como «muito
bom»;
b) 2 (dois) pontos para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como «bom»;
c) 0 (zero) ponto para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como «regular»;
IV - classe de velocidade evolutiva VE-4:
a) 5 (cinco) pontos para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como «muito
bom»;
b) 2,5 (dois e meio) pontos para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como
«bom»;
c) 0 (zero) ponte para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como «regular»;
V - classe de velocidade evolutiva VE-5:
a) 6 (seis) pontos para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como «muito
bom»;
b) 3 (três) pontos para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como «bom»;
c) 0 (zero) ponto para os funcionários e servidores cujo desempenho seja avaliado como «regular».
SEÇÃO IV
SUBSEÇÃO I
Artigo 105 - Para fins de evolução funcional, serão constituídos, em cada Secretaria de Estado,
grupos compostos por diferentes classes, na forma a ser disciplinada em decreto.
Parágrafo único - Os grupos de que trata este artigo deverão ser formados de classes cuja
escolaridade, especialização, grau de responsabilidade, nível de complexidade das atribuições e
outros fatores sejam comparáveis ou guardem homogeneidade.
Artigo 106 - Para cada grupo haverá um processo avaliatório específico que poderá ocorrer em
períodos distintos, observada a periodicidade de uma avaliação por ano, contado a partir da data
da publicação desta lei complementar.
Artigo 107 - Cada grupo deverá reunir o total de funcionários titulares de cargos e de servidores
ocupantes de funções-atividades, das diversas classes que o compõem, assim considerados todos
os funcionários e servidores dessas classes que se encontrem em efetivo exercício na Secretaria
integrantes, ou não, de seu Quadro.
Parágrafo único - Para os fins de que trata este artigo serão considerados inclusive os
funcionários e servidores extranumerários que se encontrem em uma das situações previstas nos
artigos 78 e 191, da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, bem como os servidores admitidos
em caráter temporário, nos termos do artigo 1º da Lei nº 500, de 13 de novembro de 1974, que se
encontrem afastados com fundamento nos artigos 16 e 25 da mesma lei.
SUBSEÇÃO II
SUBSEÇÃO III
Artigo 110 - Caberá ao superior imediato proceder, anualmente, a avaliação do desempenho dos
funcionários e servidores que lhe estejam subordinados, aplicando os conceitos previstos no artigo
101 desta lei complementar.
§ 1º - Aplicados os conceitos, atribuir-se-ão automaticamente ao funcionário e ao servidor os
pontos que lhes correspondam, de acordo com a velocidade evolutiva da classe e em
conformidade com a escala de pontos estabelecida no artigo 104 desta lei complementar.
§ 2º - O superior imediato deverá apresentar relatório, justificando o critério utilizado na avaliação.
SEÇÃO V
Artigo 111 - O funcionário ou servidor não terá seu desempenho avaliado enquanto estiver:
I - afastado para prestar serviços junto a empresas, fundações, órgãos da União, de outros Estados
e Municípios;
II - licenciado para tratamento de saúde, por prazo superior a 6 (seis) meses, nas hipóteses
previstas nos artigos 191, 194 e 199 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, e nos incisos I, II,
III e IV do artigo 25 da Lei nº 500, de 13 de novembro de 1974;
§ 1º - O funcionário ou servidor, quando afastado para exercício de mandato eletivo federal,
estadual ou municipal, não integrará respectivo grupo sob avaliação, atribuindo-se-lhe os pontos
correspondentes ao conceito «muito bom» da classe a que pertence.
§ 2º - Aplica-se disposto no parágrafo anterior ao funcionário ou servidor, quando nomeado para o
cargo de Prefeito.
§ 3º - O funcionário ou servidor afastado com fundamento na Lei federal nº 4.737, de 15 de julho de
1965, não integrará o respectivo grupo sob avaliação, atribuindo-se-lhe os pontos correspondentes
ao conceito «bom» da classe a que pertence.
Artigo 112 - O funcionário ou servidor deixará de ser avaliado quando o seu cargo ou função-
atividade atingir a referência final da classe a que pertença.
Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se aos casos previstos nos §§ 1º e 2º do artigo
anterior.
Artigo 113 - Os funcionários e servidores alcançados pelos artigos 111 e 112, poderão continuar a
se beneficiar do sistema de pontos, em decorrência de pontos que lhes venham a ser atribuídos
com base nas demais hipóteses previstas nesta lei complementar.
Artigo 114 - Dos procedimentos relativos à evolução funcional só caberá recurso ao superior
mediato.
§ 1º - Acolhido o recurso, serão revistas as avaliações relativas à respectiva unidade administrativa
para observância do disposto nos artigos 108 e 109 desta lei complementar.
§ 2º - Vetado.
Artigo 115 - Sem prejuízo da apuração de responsabilidades, sera declarada sem efeito a
evolução funcional indevida.
Í
CAPÍTULO V
SEÇÃO I
Na Nomeação e Admissão
Artigo 116 - O funcionário ou servidor, ao ingressar no serviço público, terá seu cargo ou função-
atividade enquadrado na referência numérica inicial da respectiva classe, sem que lhe sejam
consignados quaisquer pontos.
Artigo 117 - Para fins de enquadramento do cargo ou função-atividade do funcionário ou servidor
que já tenha tempo de serviço público prestado ao Estado e venha a ser nomeado para cargo em
caráter efetivo, ou admitido para função-atividade de natureza permanente, proceder-se-á ao
ajustamento do número de pontos acumulados em seu prontuário, até a data da nomeação ou
admissão, mediante observância das seguintes normas:
I - apurar-se-á, inicialmente, o número de pontos que lhe tenham sido atribuídos:
a) em virtude da concessão de adicionais por tempo de serviço;
b) com fundamento no artigo 24 ou no artigo 25 das Disposições Transitórias desta lei
complementar;
II - se a parte inteira da divisão, por 5 (cinco), dos pontos apurados na forma do inciso I, adicionada
à referência inicial da nova classe, resultar em referência numérica superior a do cargo ou função-
atividade anteriormente ocupado, ficarão consignados no prontuário, sob os títulos que lhes são
próprios, apenas os pontos apurados na forma do mesmo inciso;
III - se a parte inteira da divisão, por 5 (cinco), dos pontos apurados na forma do inciso I,
adicionada à referência inicial da nova classe, resultar em referência numérica igual ou inferior a do
cargo ou função-atividade anteriormente ocupado, proceder-se-á da seguinte forma:
a) se a referência do cargo ou função-atividade anteriormente ocupado for inferior à referência final
da nova classe, ficarão consignados, no prontuário, pontos que corresponderem à soma:
1. do resto da divisão, por 5 (cinco), do número de pontos acumulados no prontuário, até a data de
nomeação ou admissão; e
2. de mais tantas vezes 5 (cinco) pontos quanto for a diferença entre o número indicativo da
referência inicial da nova classe e o da referência do cargo ou função-atividade anteriormente
ocupado;
b) se a referência do cargo ou função-atividade anteriormente ocupado for igual ou superior à
referência final da nova classe, ficarão consignados, no prontuário, pontos em número igual a
tantas vezes 5 (cinco) pontos quanto for a diferença entre o número indicativo da referência Inicial
e o da final da nova classe.
§ 1º - Nas hipóteses do inciso III, quer se verifique a situação caracterizada na alínea «a», quer a
da alínea «b», o total dos pontos apurados nos termos da alínea aplicável ficará registrado na
seguinte conformidade:
1. sob os títulos que lhes forem próprios, registrar-se-ão os pontos apurados na forma do inciso I;
2. sob o título de evolução funcional, registrar-se-ão os pontos de que trata a alínea «a» do inciso
III ou a alínea «b» do mesmo inciso,
conforme o caso, que excederem os apurados na forma do inciso I.
§ 2º - Ajustados os pontos na forma estabelecida neste artigo, o respectivo cargo ou função-
atividade será enquadrado em referência numérica situada tantas referências acima da inicial da
nova classe, quanto for a parte inteira da divisão, por 5 (cinco), do total de pontos decorrentes do
ajustamento.
Artigo 118 - Nos casos de nomeação de funcionário titular de cargo efetivo, ou servidor, ocupante
de função-atividade de natureza permanente, para cargo de provimento em comissão observar-se-
ão, para fins de ajustamento dos pontos acumulados e enquadramento do cargo, as disposições do
artigo 119 desta lei complementar.
§ 1º - Ocorrendo a exoneração do cargo em comissão e o retorno do funcionário ou servidor ao
exercício do cargo de que é titular ou da função de que é ocupante, proceder-se-á ao ajustamento
do número de pontos acumulados até a data da exoneração, devendo ficar consignados no
prontuário do funcionário ou servidor:
1. os pontos que lhe tenham sido atribuídos em virtude da concessão de adicionais por tempo de
serviço;
2. os pontos que lhe tenham sido atribuídos com fundamento no artigo 24 ou no artigo 25 das
Disposições Transitórias desta lei complementar;
3. o resultado da soma dos pontos ajustados na forma do inciso III do artigo 119 e dos pontos que
lhe tenham sido atribuídos em decorrência da avaliação de desempenho pele exercício do cargo
em comissão, dividido pelo número de pontos correspondentes ao conceito «bom (B)» previsto
para a classe a que pertence o cargo em comissão, multiplicado pelo número de pontos
correspondentes ao conceito «bom (B)» previsto para a classe a que pertence o cargo efetivo de
que é titular ou a função-atividade de que é ocupante.
§ 2º - Ajustados os pontos na forma estabelecida no parágrafo anterior, o respectivo cargo efetivo
ou função-atividade de natureza permanente será enquadrado em referência numérica situada
tantas referências acima da inicial da classe a que pertence, quanto for a parte inteira da divisão,
por 5 (cinco), do total de pontos decorrentes do ajustamento.
§ 3º - Vetado.
SEÇÃO II
No Acesso
SEÇÃO III
Na Transposição
SEÇÃO IV
TÍTULO XII
Da Gratificação de Natal
Artigo 122 - Pica instituída a partir de 1º de agosto de 1978, para os funcionários e servidores
abrangidos por esta lei complementar, gratificação de Natal como benefício a ser concedido em
substituição àquele de que tratam os artigos 209 a 216 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968,
a qual será paga no mês de dezembro de cada ano, nas bases e condições estabelecidas nesta lei
complementar, independentemente do vencimento, da remuneração ou do salário a que fizerem jus
os funcionários ou servidores nesse mês, calculando-se a gratificação correspondente a 1978
proporcionalmente ao prazo de vigência do benefício nesse exercício.
Artigo 123 - A gratificação de Natal corresponderá à soma, quando for o caso, das seguintes
parcelas percebidas pele funcionário ou pelo servidor no mês de novembro do respectivo ano:
I - valor do padrão do cargo ou da função-atividade de que é titular;
II - vantagens pecuniárias referentes a:
a) gratificação correspondente ao Regime Especial de Trabalho Policial;
b) gratificação pela sujeição ao regime de que trata o artigo 1º da Lei nº 7.626, de 6 de dezembro
de 1962;
c) gratificações a que se referem os artigos 22 e 23 da Lei Complementar nº 114, de 13 de
novembro de 1974;
d) sexta-parte dos vencimentos ou da remuneração.
Parágrafo único - Ao valor obtido na conformidade deste artigo será adicionado, quando for o
caso, o valor correspondente a 1/12 (um doze avos) das quantias mensalmente percebidas pelo
funcionário ou pelo servidor nos 12 (doze) meses anteriores a dezembro do respectivo ano, a título
de:
1. gratificação «pro labore» de que trata a Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974;
2. prêmio de produtividade atribuído à classe de Agente Fiscal de Rendas com fundamento na Lei
Complementar nº 112, de 15 de outubro de 1974;
3. gratificação de representação;
4. aulas excedentes ministradas;
5. substituição em cargos ou funções-atividades na forma do artigo 195;
6. gratificação «pro labore» a que se refere o artigo 196.
Artigo 124 - Os funcionários nomeados e os servidores admitidos, bem como os exonerados ou
dispensados no correr do ano, farão jus à gratificação na base de 1/12 (um doze avos) por mês de
serviço prestado no período correspondente, calculada na forma prevista no artigo anterior.
§ 1º - Para os funcionários exonerados e para os servidores dispensados, o mês a ser considerado,
para os fins previstos no «caput» do artigo anterior, será aquele em que ocorreu a exoneração ou a
dispensa.
§ 2º - Para os fins previstos neste artigo, a fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de serviço
será considerada como mês integral.
Artigo 125 - Os funcionários e servidores que durante o ano tenham sido afastados ou licenciados
com prejuízo de vencimentos, remuneração ou salário, não terão computado esse período para fins
de cálculo da gratificação de Natal.
Parágrafo único - Na hipótese deste artigo, a gratificação de Natal a que fizer jus o funcionário ou
servidor será calculada na base de 1/12 (um doze avos) por mês, considerados apenas aqueles
meses em que percebeu os respectivos vencimentos, remuneração ou salário.
Artigo 126 - Para os funcionários e servidores que durante o período de aquisição do benefício
hajam sido afastados nos termos do artigo 70 ou licenciados com base no artigo 199, ambos da Lei
nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, a gratificação de Natal a que fizerem jus corresponderá a
1/12 (um doze avos) das quantias por eles mensalmente percebidas.
Artigo 127 - Na hipótese de o funcionário ou servidor falecer no curso do mês de dezembro, no
respectivo exercício pagar-se-á a gratificação de Natal nos termos do disposto neste Título.
Artigo 128 - A gratificação de Natal, ora instituída, será concedida nas mesmas bases e condições
aos inativos.
Artigo 129 - De conformidade com o disposto no artigo 122, poderão os funcionários e servidores
optar, a qualquer tempo, pela gratificação de Natal ou pela licença-prêmio de que tratam os artigos
209 a 216 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968.
§ 1º - o funcionário ou servidor que, nos termos deste artigo, optar pelos benefícios referentes a
futuras licenças-prêmios deverá fazê-lo através de manifestação escrita, avidamente protocolada,
deixando, consequentemente, de perceber a gratificação de Natal, enquanto prevalecer a opção.
§ 2º - A inocorrência de manifestação do funcionário ou servidor, na forma do parágrafo anterior,
será considerada opção tácita pelo percebimento da gratificação de Natal, deixando,
consequentemente, de ser computado o tempo para a obtenção da licença-prêmio.
Artigo 130 - O funcionário que tenha optado pela licença-prêmio poderá, a qualquer tempo,
solicitar seja cessado o efeito dessa opção.
§ 1º - Na hipótese de que trata este artigo, o funcionário passará a fazer jus à gratificação de Natal
a partir do mês subsequente à cessação da opção, não se computando, para os fins da
gratificação, o tempo anterior em que permaneceu como optante da licença-prêmio.
§ 2º - A gratificação de Natal será calculada nas mesmas bases previstas no artigo 123 e paga na
proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço prestado, contado a partir do mês
subsequente ao do protocolamento do pedido de cessação da opção.
Artigo 131 - Os funcionários que não tenham feito uso do direito de opção pela licença-prêmio
poderão fazê-lo, a qualquer tempo, cessando, a partir da data da opção, o recebimento da
gratificação de Natal e iniciando-se na mesma data a contagem de tempo para fins de obtenção da
licença-prêmio.
Parágrafo único - Na hipótese de que trata este artigo, o funcionário fará jus à gratificação de
Natal calculada nas bases previstas no artigo 123 e paga na proporção de 1/12 (um doze avos) por
mês de serviço prestado, enquanto não optante.
TÍTULO XIII
CAPÍTULO I
Da Pensão Mensal
SEÇÃO I
Artigo 132 - O regime de pensão mensal, instituído pela Lei nº 4.832, de 4 de setembro de 1958,
com alterações posteriores, passará a obedecer às disposições deste Capítulo.
SEÇÃO II
Dos Contribuintes
Artigo 133 - São contribuintes obrigatórios todos os funcionários públicos e servidores civis do
Estado, inclusive os inativos, sob qualquer regime jurídico de trabalho, que recebam dos cofres
públicos estipêndios de qualquer natureza, compreendendo:
I - os funcionários públicos e servidores civis da Administração Centralizada e das Autarquias do
Estado;
II - os funcionários e servidores da Assembléia Legislativa do Estado;
III - os membros da Magistratura, do Ministério Público e os funcionários e servidores do Poder
Judiciário;
IV - os conselheiros, funcionários e servidores do Tribunal de Contas do Estado;
V - os inativos dos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e do Tribunal de Contas de Estado.
Artigo 134 - As inserções de contribuintes far-se-ão de acordo com as normas estabelecidas em
regulamento.
Artigo 135 - Ao contribuinte obrigatório que tenha perdido essa qualidade, por qualquer motivo, é
facultado revalidar sua inscrição, desde que o requeira no prazo de 6 (seis) meses, a contar da
data em que perdeu essa qualidade, sujeitando-se ao pagamento das contribuições previstas nos
artigos 137, 140 e 141, conforme o caso.
§ 1º - As contribuições facultativas de que trata este artigo serão reajustadas sempre que houver
revalorização do vencimento, remuneração ou salário do funcionário ou servidor de igual categoria
e padrão, inclusive das demais vantagens computadas na retribuição-base vigente na data em que
o interessado tenha perdido a qualidade de contribuinte obrigatório.
§ 2º - O não recolhimento das contribuições, decorridos 6 (seis) meses da última contribuição
vencida, importará no cancelamento da inscrição, cessada para o Instituto de Previdência do
Estado de São Paulo toda e qualquer responsabilidade, inclusive não assistindo ao contribuinte o
direito à devolução das contribuições efetuadas.
§ 3º - As condições para regularizar inscrição, prazo e forma de recolhimento das contribuições
serão estabelecidas em regulamento.
Artigo 136 - Na hipótese de o contribuinte facultativo voltar à condição de contribuinte obrigatório
nos termos do artigo 133, a inscrição facultativa será automaticamente cancelada, sem devolução
das contribuições efetuadas.
SEÇÃO III
Das Contribuições
SEÇÃO IV
Artigo 144 - A pensão mensal dos beneficiários será de 75% (setenta e cinco por cento) da
retribuição-base vigente na data do falecimento do contribuinte, sobre a qual estiver sendo
calculada a contribuição nos termos do artigo 137.
Parágrafo único - Na hipótese prevista no § 3º do artigo 137, para cálculo da pensão mensal
tomar-se-á por base, no que respeita às aulas excedentes, a média das aulas ministradas nos 12
(doze) meses anteriores ao do óbito, adotado o valor unitário vigente na data desse evento.
Artigo 145 - Os beneficiários farão jus à pensão mensal a partir da data do falecimento do
contribuinte, cessando na mesma data a obrigação de contribuir.
Parágrafo único - O pagamento da pensão mensal terá início dentro de, no máximo, 60 (sessenta)
dias da data em que o beneficiário completar a documentação exigida para a sua habilitação.
Artigo 146 - A pensão prevista no artigo 144, devida no mês de dezembro de cada ano, será
sempre acrescida de gratificação de Natal de igual valor, exceto, se o pagamento desta se
processar com fundamento no artigo 127.
Artigo 147 - São beneficiários obrigatórios do contribuinte:
I - o cônjuge sobrevivente;
II - os filhos incapazes e os inválidos, de qualquer condição ou sexo e as filhas solteiras;
III - os pais do contribuinte solteiro, viúvo, separado judicialmente ou divorciado, desde que vivam
sob sua dependência econômica, mesmo quando não exclusiva, e não existam outros beneficiários
obrigatórios ou instituídos nos termos do artigo 152.
§ 1º - Os filhos legitimados, os naturais e os reconhecidos equiparam-se aos legítimos.
§ 2º - Atingindo o filho beneficiário a idade de 21 (vinte e um) anos, ou a de 25 (vinte e cinco) anos
se estiver frequentando curso de nível superior, cessa o seu direito à pensão.
§ 3º - A pensão atribuída ao incapaz ou inválido será devida enquanto durar a incapacidade ou
invalidez e à filha solteira até o casamento.
§ 4º - Mediante declaração escrita do contribuinte, os dependentes enumerados no inciso III deste
artigo poderão concorrer com o cônjuge e com as pessoas designadas na forma do artigo 152,
salvo se existirem filhos
Artigo 148 - Por morte do contribuinte, adquirem direito à pensão mensal, na razão da metade, o
cônjuge sobrevivente, e, pela outra metade, em partes iguais, os filhos, observado o disposto no
artigo anterior.
§ 1º - Se não houver filhos, a pensão será deferida, por inteiro, ao cônjuge supérstite.
§ 2º - Cessando o direito à pensão dos filhos do contribuinte, nos termos dos §§ 2º e 3º do artigo
anterior, o respectivo benefício reverterá ao cônjuge sobrevivente, ressalvada a hipótese do artigo
149.
§ 3º - Se viúvo o contribuinte, ou se o cônjuge sobrevivente, nos termos do artigo 149, não tiver
direito à pensão, será o benefício pago integralmente em partes iguais, aos filhos do falecido,
observado o disposto no artigo anterior.
§ 4º - O cônjuge sobre vivente que contrair novas núpcias perderá, o direito à pensão em benefício
dos filhos do contribuinte falecido, na forma do parágrafo anterior.
§ 5º - Na hipótese do parágrafo anterior, a viuvez subseqüente não restabelece o direito à pensão
do cônjuge do contribuinte.
Artigo 149 - Não terá direito à pensão o cônjuge que, na data do falecimento do contribuinte,
estivar dele separado judicialmente, divorciado ou houver abandonado o lar há mais de seis
meses, devendo, nesta hipótese, a exclusão do benefício ser promovida pelos interessados, ou
pelo Instituto de Previdência do Estado de São Paulo, mediante ação judicial.
§ 1º - Não perderá, porém, o cônjuge sobrevivente, o direito à pensão:
1. se, na separação judicial, tiver sido declarado inocente;
2. se, em virtude de separação consensual, prestava-lhe o contribuinte pensão alimentícia;
3. se foi justo o abandono do lar.
§ 2º - Para os efeitos deste artigo, caduca em 6 (seis) meses, contados da morte do contribuinte, o
direito de os interessados pleitearem a exclusão do cônjuge supérstite, por abandono do lar.
Artigo 150 - Fica facultado ao contribuinte instituir como beneficiários os enteados e os adotivos.
§ 1º - Os enteados e os adotivos concorrerão em igualdade de condições com os filhos do
contribuinte, salvo se este dispuser que se lhes atribua menor parte.
§ 2º - Aplica-se aos enteados e aos adotivos o disposto para os filhos do contribuinte.
§ 3º - A instituição de beneficiários prevista no «caput», bem como a atribuição de benefício em
menor parte, nos termos do § 1º, será feita mediante testamento ou simples declaração de vontade
de próprio punho do contribuinte, devidamente testemunhada e registrada.
Artigo 151 - Inexistindo filhos de leitos anteriores, o contribuinte poderá destinar ao seu cônjuge a
totalidade da pensão, observada a forma prevista no § 3º do artigo anterior.
Artigo 152 - O contribuinte solteiro, viúvo, separado judicialmente ou divorciado, poderá designar
beneficiária companheira ou pessoas que vivam sob sua dependência econômica, ressalvado o
direito que competir a seus filhos e preenchidas as seguintes condições:
I - na hipótese de companheira, desde que na data do falecimento do contribuinte com ele
mantivesse vida em comum durante, no mínimo, 5 (cinco) anos;
II - nos demais casos, desde que se trate de menor de 21 (vinte e um) anos ou maior de 60
(sessenta) anos de idade, ou inválido.
§ 1º - Ao contribuinte separado judicialmente admitir-se-á instituir beneficiário, nos termos deste
artigo, somente se não configuradas as hipóteses previstas nos itens 1 e 2 do § 1º do artigo 149.
§ 2º - No caso do item 2 do § 1º do artigo 149, poderá o contribuinte instituir beneficiário na forma
deste artigo, com a metade da pensão que competir ao cônjuge separado judicialmente, observado
o disposto no «caput» deste artigo, última parte.
§ 3º - Será automaticamente cancelada a inscrição dos beneficiários, se o contribuinte vier a
contrair núpcias ou, se separado judicialmente, restabelecer a sociedade conjugal.
§ 4º - São provas de vida em comum, o mesmo domicilio, conta bancária em conjunto, encargos
domésticos evidentes, a indicação como dependente em registro de associação de qualquer
natureza e na declaração de rendimentos para efeito do imposto de renda, ou, ainda, quaisquer
outras que possam formar elemento de convicção, a critério do IPESP,
§ 5º - A existência de filho em comum com a companheira supre as condições estabelecidas no
inciso I deste artigo, desde que, na data do falecimento do contribuinte, comprovadamente,
mantivessem vida em comum.
§ 6º - A designação de beneficiários, nos termos deste artigo, é ato de vontade do contribuinte, e,
ressalvado o disposto no parágrafo anterior, não pode ser suprida.
§ 7º - Fica facultado ao contribuinte, a todo o tempo, revogar a designação de beneficiários.
Artigo 153 - Poderá o contribuinte sem filhos com direito à pensão, instituir beneficiários parentes
até 2º (segundo) grau, se forem incapazes ou inválidos, ressalvado, na razão da metade, o direito
que competir ao seu cônjuge.
Parágrafo único - Na hipótese deste artigo, aplicar-se-á o disposto nos §§ 2º e 3º, do artigo 147, §
3º, do artigo 150 e § 7º, do artigo anterior.
Artigo 154 - Sobrevindo o falecimento de qualquer dos beneficiários, observar-se-á o seguinte:
I - se o falecido for o cônjuge ou a companheira, sua pensão acrescerá, em partes iguais, a dos
filhos legítimos, legitimados, naturais e reconhecidos, enteados ou adotivos do contribuinte;
II - se o falecido for filho legítimo, legitimado, natural e reconhecido, enteado ou adotivo do
contribuinte, a respectiva pensão reverterá ao cônjuge supérstite.
§ 1º - Na hipótese do inciso I, observar-se-á o disposto nos §§ 2º e 3º, do artigo 147.
§ 2º - Na hipótese do inciso II, dar-se-á a reversão somente se o cônjuge sobrevivente não estiver
impedido de receber o benefício, nos termos do artigo 149, ou se não houver contraído novas
núpcias.
Artigo 155 - Nenhum beneficiário poderá receber mais de uma pensão mensal prevista neste
Capítulo, salvo os descendentes de casal contribuinte.
Artigo 156 - As pensões devidas aos beneficiários do contribuinte serão reajustadas,
automaticamente, quando ocorrer:
I - aumento geral da retribuição dos funcionários públicos e servidores civis estaduais;
II - revalorização retribuitória de categoria igual à do contribuinte falecido;
III - alteração do valor das vantagens percebidas pelo contribuinte na data do óbito.
Parágrafo único - O reajuste operar-se-á a partir da vigência dos novos valores.
Artigo 157 - A pensão é mensal e extingue-se com a morte casamento cessação da incapacidade
ou invalidez do beneficiário, ressalvado o disposto no parágrafo 2º, do artigo 147, nos parágrafos 2º
e 4º do artigo 148, e no parágrafo 2º, do artigo 150.
Artigo 158 - A incapacidade e a invalidez, para os fins dos artigos 147, § 3º, 152 e 153 desta lei
complementar será verificada mediante inspeção, por junta de médicos do IPESP ou por ele
credenciados.
Artigo 159 - As pensões concedidas, salvo quanto às importâncias devidas ao próprio IPESP, não
são passíveis de penhora ou arresto, nem estão sujeitas a inventário ou partilhas judiciais ou
extrajudiciais, sendo nula de pleno direito toda alienação, cessão ou constituição de ônus de que
sejam objeto, defesa a outorga de poderes irrevogáveis ou em causa própria para seu
recebimento.
SEÇÃO V
Da Decadência e da Prescrição
Artigo 160 - O direito à pensão mensal não está sujeito à decadência ou prescrição.
Artigo 161 - Prescreverão no prazo de 5 (cinco) anos, contados da data em que forem devidas, as
prestações mensais referentes ao benefício.
SEÇÃO VI
Artigo 162 - A pensão devida no mês de dezembro de 1978 será acrescida da gratificação de
Natal, de que trata o artigo 146, em importância correspondente a 5/12 (cinco doze avos) do valor
da pensão.
Artigo 163 - O Poder Executivo expedirá decreto regulamentando este Capítulo, no qual serão
consolidadas as normas em vigor relativas ao regime de pensão mensal.
CAPÍTULO II
Artigo 164 - A assistência médica e hospitalar, prestada pelo Instituto de Assistência Médica ao
Servidor Público Estadual IAMSPE a seus contribuintes e beneficiários, continuará a reger-se pelas
disposições do Decreto-lei nº 257, de 29 de maio de 1970, e da legislação posterior.
Artigo 165 - Os incisos I e II e o § 1º do artigo 2º da Lei nº 71, de 11 de dezembro de 1972,
alterados pelo artigo 2º da Lei nº 106, de 11 de junho de 1973, passam a vigorar com a seguinte
redação:
«Artigo 2º - .........................................................................................................................................
I - contribuição obrigatória de 2% (dois por cento), calculada sobre a retribuição total do funcionário
ou servidor, apurada mensalmente e constituída, para esse efeito, de vencimentos, salários,
gratificações «pró-labore», gratificação relativa a regimes especiais de trabalho e outras vantagens
pecuniárias, excetuadas as parcelas relativas a salário-família, salário-esposa, diárias de viagens,
ajuda de custo, auxílio-funeral. representação de qualquer natureza e equivalentes;
II - contribuição de 2% (dois por cento), calculada sobre os proventos totais do inativo apurada
mensalmente, excetuadas as parcelas relativas a salário-família e salário-esposa;
.................................................................................................................................................................
§ 1º - A contribuição a que se refere o inciso I, deste artigo incidirá sobre o valor total da
remuneração dos funcionários sujeitos a esse regime retribuitório.»
TÍTULO XIV
Artigo 166 - Sempre que se verificar majoração do salário mínimo, será assegurada ao funcionário
e ao servidor da Administração Centralizada e Autárquica, que perceba retribuição inferior ao seu
valor, abono correspondente à diferença.
§ 1º - Para efeito do disposto neste artigo, serão consideradas todas as vantagens pecuniárias
percebidas pelo funcionário ou pelo servidor, exceto o salário-família e o salário-esposa.
§ 2º - Cessará o pagamento do abono sempre que, em virtude de elevação de vencimentos ou
salários, promoção, evolução funcional, ou qualquer outra causa, a retribuição do funcionário ou
servidor atinja importância igual ou superior ao valor do salário mínimo.
§ 3º - O abono de que trata este artigo não se incorporará aos vencimentos ou salários, nem será
considerado para efeito de cálculo de quaisquer vantagens e das contribuições ao Instituto de
Assistência Médica ao Servidor Público Estadual.
Artigo 167 - A denominação dos cargos ou funções-atividades poderá, mediante decreto, ser
acrescida de expressão que identifique a área de especialização dos respectivos titulares.
Parágrafo único - Da aplicação do disposto neste artigo não decorrerá qualquer alteração na
situação retribuitória do cargo ou função-atividade.
Artigo 168 - Os cargos de Chefe de Seção Técnica, Supervisor de Equipe Técnica e Encarregado
de Setor Técnico, abrangidos pelas disposições da Lei Complementar nº 75, de 14 de dezembro de
1972, serão enquadrados de acordo com a habilitação profissional dos respectivos titulares, na
conformidade do Anexo VIII, que faz parte integrante desta lei complementar.
Parágrafo único - Os titulares de cargos não abrangidos por este artigo serão enquadrados na
forma prevista no Anexo II.
Artigo 169 - As alterações de denominação, enquadramento, reenquadramento, classificação e
integração em Tabelas dos Subquadros dos cargos e funções-atividades operadas por esta lei
complementar e demais normas dela decorrentes, não modificam, salvo disposição em contrário, a
situação jurídica do respectivo ocupante.
Artigo 170 - Quando, em decorrência de provimento de cargo ou preenchimento de função-
atividade, de evolução funcional ou de concessão de adicional por tempo de serviço, o funcionário
ou servidor tiver seu cargo ou função enquadrado em referência superior da Escala de
Vencimentos, conservará ua nova referência o mesmo grau em que se encontrava classificado na
referência anterior.
Artigo 171 - O Poder Executivo encaminhará à Assembléia Legislativa projeto de lei dispondo
sobre a constituição de séries de classes as quais correspondam encargos de direção
assessoramento e assistência que passarão a constituir carreiras executivas e de assessoramento.
Artigo 172 - Os órgãos setoriais de recursos humanos proporão ao órgão central a constituição,
em suas respectivas Secretarias, das séries de classes a que se refere o artigo anterior
Parágrafo único - Na elaboração das propostas serão considerados:
1 - a natureza técnica ou administrativa das atividades;
2 - a estrutura organizacional;
3 - as exigências mínimas de escolaridade ou habilitação profissional;
4 - os requisitos para ingresso na classe inicial e as condições e critérios para acesso às classes
superiores;
5 - a composição quantitativa das séries de classes.
Artigo 173 - Para fins de ingresso na classe inicial e de acesso às classes superiores serão
exigidos, como requisito, cursos específicos, com a finalidade de selecionar e qualificar os
funcionários e servidores para o exercício das atribuições pertinentes aos integrantes da carreira
executiva e de assessoramento.
Parágrafo único - A critério da Administração, poderão ser realizados processos seletivos
específicos para o provimento de cargos da série de classes, aos quais concorrerão funcionários e
servidores aprovados nos cursos mencionados neste artigo.
Artigo 174 - Caberá à Fundação do Desenvolvimento Administrativo a realização dos cursos
referidos no artigo anterior, podendo desenvolvê-los e ministrá-los diretamente ou mediante
convênios com outras instituições de ensino de notória qualificação.
Artigo 175 - A lei que dispuser sobre a constituição das séries de classes a que se refere o artigo
171 deverá prever a integração, nas mesmas, dos cargos de Agente do Serviço Civil, de que trata
o artigo 14, das Disposições Transitórias, desta lei complementar. de acordo com a área de
especialização, qualificação profissional e nível hierárquico de seus ocupantes.
Artigo 176 - Os titulares de cargos de Agente do Serviço Civil, que vierem a integrar as séries de
classes na forma prevista no artigo anterior, ficam dispensados da exigência a que alude o artigo
173, sujeitando-se, porém, a programas especiais de atualização e aperfeiçoamento, promovidos
pela Fundação do Desenvolvimento Administrativo.
Artigo 177 - Os integrantes das séries de classes a serem criadas na forma do artigo 171,
exercerão atividades de direção, assessoramento ou assistência, na respectiva área de
especialização.
Artigo 178 - A vantagem relativa à sexta-parte dos vencimentos integrais prevista no inciso VIII, do
artigo 92, da Constituição do Estado (Emenda nº 2), e de que trata o artigo 130, da Lei nº 10.261,
de 28 de outubro de 1968, corresponderá a 1/6 (um sexto):
I - do valor do padrão em que estiver enquadrado o cargo do funcionário;
II - de valor das vantagens pecuniárias incorporadas e desde que não computadas no valor do
padrão.
§ 1º - O adicional por tempo de serviço previsto no Inciso VIII, do artigo 92, da Constituição do
Estado (Emenda nº 2), e de que tratam o artigo 127 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, e
o artigo 28, do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de março de 1970, está compreendido, para
todos os efeitos, no valor da sexta-parte, calculada nos termos deste artigo, em decorrência da
aplicação dos artigos 94 a 96, desta lei complementar.
§ 2º - Sobre os valores da sexta-parte, apurados na forma do «caput» deste artigo, não incidirão
adicionais ou quaisquer outras vantagens pecuniárias.
Artigo 179 - Vetado.
Artigo 180 - A gratificação a que se refere o artigo 22, da Lei Complementar nº 114, de 13 de
novembro de 1974, calculada com base na Tabela III da Escala de Vencimentos, corresponderá:
I - para o Professor I à diferença entre os valores fixados para o grau «A», da referência 33 e o das
referências 35 ou 38, conforme o caso;
II - para o Professor II, à diferença entre os valores fixados para o grau «A», das referências 35 e
38.
Artigo 181 - O Professor designado para dirigir escolas agrupadas exercerá essa função sem
prejuízo da docência e terá seus vencimentos calculados com base na Tabela I da Escala de
Vencimentos, enquanto perdurar a designação.
Artigo 182 - A gratificação percebida pelo funcionário ou servidor, ocupante de cargo ou função
policial civil, com fundamento na Lei nº 10.291, de 26 de novembro de 1968, ou na Lei nº 7.626, de
6 de dezembro de 1962, fica mantida em 120% (cento e vinte por cento) do valor do padrão em
que estiver enquadrado o respectivo cargo ou função.
Artigo 183 - O Regime Especial de Trabalho Policial de que trata a Lei nº 10.291, de 26 de
novembro de 1968, com suas alterações posteriores, passa a aplicar-se, nas mesmas bases e
condições, aos cargos de Encarregado de Disciplina e Encarregado de Setor (Presídio) do Quadro
da Secretaria da Justiça.
§ 1º - Os cargos de que trata este artigo ficam excluídos do Regime de Dedicação Exclusiva.
§ 2º - A gratificação que venha sendo percebida pela sujeição ao Regime de Dedicação Exclusiva,
ainda que incorporada, fica substituída pela gratificação correspondente ao Regime Especial de
Trabalho Policial, vedado, em qualquer hipótese, o percebimento cumulativo.
§ 3º - Para os fins do parágrafo anterior, os servidores que tiverem incorporada a gratificação
relativa ao Regime de Dedicação Exclusiva deverão renunciar, expressamente, no prazo de 30
(trinta) dias, às vantagens pecuniárias decorrentes dessa incorporação.
§ 4º - Os cargos abrangidos por este artigo, após a aplicação do Regime Especial de Trabalho
Policial nele prevista, serão enquadrados na forma disciplinada no artigo 7º das Disposições
Transitórias desta lei complementar.
Artigo 184 - O disposto no artigo anterior aplica-se aos aposentados em cargos ou funções de
mesma denominação, que tenham incorporada aos seus proventos parcela correspondente a
regime
especial de trabalho, observada a legislação pertinente.
Artigo 185 - Os cargos de Mestre de Ofício, de Recreacionista e Técnico de Planejamento ficam
incluídos na Jornada Completa de Trabalho instituída pelo inciso I, do artigo 70, desta lei
complementar.
Artigo 186 - A gratificação de que trata o artigo 2º, do Decreto-lei nº 162, de 18 de novembro de
1969, passa a ser calculada sobre o valor fixado para o padrão "21-A" da Tabela I da Escala de
Vencimentos.
Artigo 187 - O valor unitário da quota dos funcionários sujeitos ao regime de remuneração é a
importância correspondente a 0,2395% (dois mil trezentos e noventa e cinco décimos milésimos
por cento) do valor fixado para o padrão «37-A» da Tabela I da Escala de Vencimentos.
Artigo 188 - Os limites para atribuição de prêmio de produtividade ao Agente Fiscal de Rendas,
previstos nos §§ 2º e 4º do artigo 8º da Lei Complementar nº 112, de 15 de outubro de 1974, ficam
fixados, respectivamente, em 1.100 (mil e cem) quotas e 1.400 (mil e quatrocentas) quotas.
Artigo 189 - O artigo 21, da Lei Complementar nº 112, de 15 de outubro de 1974, mantidos os seus
parágrafos, passa a vigorar com a seguinte redação:
«Artigo 21 - Nos municípios onde não houver classificação de Agente Fiscal de Rendas, os
serviços de expediente interno do Posto Fiscal poderão ser executados por funcionário ou servidor
lotado na unidade fiscal ou na coletoria, o qual perceberá «pro labore» mensal de até 25% (vinte e
cinco por cento) do grau «a» da referência 25 da Tabela I da Escala de Vencimentos, de acordo
com a categoria da unidade, fixado em ato do Secretário da Fazenda.»
Artigo 190 - Ficam atribuídas ao Agente Fiscal de Rendas que tenha se aposentado anteriormente
à vigência da Lei Complementar nº 112, de 15 de outubro de 1974, 300 (trezentas) quotas a título
de prêmio de produtividade, calculadas nos termos do artigo 187 desta lei complementar.
§ 1º - A aplicação do disposto neste artigo condiciona-se à expressa renúncia à vantagem
pecuniária fixada em número de quotas incorporadas à remuneração, integradas no patrimônio ou,
ainda, calculada nos proventos do Agente Fiscal de Rendas, decorrente das extintas função
gratificada e gratificação «pro labore» ou do prêmio de produtividade.
§ 2º - O disposto neste artigo aplica-se, igualmente, aos cálculos de pensões dos beneficiários de
Agentes Fiscais de Rendas.
Artigo 191 - Passam a vigorar com a seguinte redação os artigos 1º, 2º, 12 e 15 da Lei nº 443, de
24 de setembro de 1974:
«Artigo 1º - As gratificações «pro labore» de Coletor e de Inspetor de Arrecadação, a que se
referem o artigo 2º da Lei nº 1.553, de 29 de dezembro de 1951, e o artigo 60 da Lei nº 3.684, de
31 de dezembro de 1956, alterados, respectivamente, pelos artigos 1º e 2º da Lei nº 10.392, de 14
de dezembro de 1970, serão atribuídas na seguinte conformidade:
I - Exator com função de Inspetor de Arrecadação - gratificação de valor igual a 120% (cento e
vinte por cento) do padrão «25-A» da Tabela I da Escala de Vencimentos;
II - Exator com função de Coletor em:
a) Coletoria de Categoria I - gratificação de valor igual a 70% (setenta por cento) do padrão «25-A»
da Tabela I da Escala de Vencimentos;
b) Coletoria de Categoria II - gratificação de valor igual a 60% (sessenta por cento) do padrão «25-
A» da Tabela I da Escala de Vencimentos;
c) Coletoria de Categoria III - gratificação de valor igual a 30% (trinta por cento) do padrão «25-A»
da Tabela I da Escala de Vencimentos.
Artigo 2º - Ao Exator designado para a função de Arrecadador de Receita será atribuída
gratificação «pro labore» de valor igual a 25% (vinte e cinco por cento) do padrão «25-A» da Tabela
I da Escala de Vencimentos.
Parágrafo único - A designação de Exator para a função de que trata este artigo somente será
feita se comprovada a necessidade da Coletoria de manter o seu exercício como atividade principal
e permanente.
.................................................................................................................................................................
Artigo 12 - O valor das vantagens pecuniárias incorporadas aos vencimentos do Exator, a título de
gratificação «pro labore», será reajustado sempre que ocorrer elevação de vencimentos dos
funcionários públicos civis do Estado, mediante aplicação do percentual de aumento previsto para
o padrão «25-A» da Tabela I da Escala de Vencimentos.
Parágrafo único - Se a elevação de vencimentos dos funcionários públicos civis do Estado ocorrer
a partir de qualquer mês do primeiro trimestre do ano, será reajustado, além do valor das
vantagens pecuniárias incorporadas anteriormente, o valor da parcela incorporada na forma do
artigo 8º.
.................................................................................................................................................................
Artigo 15 - O valor da gratificação «pro labore» já incorporado aos proventos de Exator será
reajustado sempre e somente quando ocorrer elevação de vencimentos dos funcionários públicos
civis do Estado, mediante aplicação do percentual de aumento previsto para o padrão «25-A» da
Tabela I da Escala de Vencimentos.»
Artigo 192 - O Exator que houver obtido qualquer das vantagens pecuniárias previstas no artigo 2º
das Disposições Transitórias da Lei nº 443 de 24 de setembro de 1974, e no artigo 1º da Lei nº
1.000 de 8 de junho de 1976, somente poderá beneficiar-se de novas incorporações com base no
artigo 8º da mencionada Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974.
Artigo 193 - Às gratificações «pro labore», incorporadas nos termos dos artigos 2º e 3º das
Disposições Transitórias da Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974, do artigo 1º da Lei nº 1.000, de
8 de junho de 1976, e, ainda, nos termos do artigo 46 das Disposições Transitórias desta lei
complementar, aplica-se o disposto nos artigos 10, 12 e 13 da Lei nº 443, de 24 de setembro de
1974.
Artigo 194 - Para o fim de percepção mensal da gratificação «pro labore», atribuída na forma e nos
limites previstos nos artigos 1º e 2º da Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974, alterados pelo artigo
191 desta lei complementar, será deduzido o valor correspondente à vantagem pecuniária
incorporada nos termos:
I - do artigo 8º da Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974;
II - do artigo 2º das Disposições Transitórias da Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974;
III - do artigo 1º da Lei nº 1.000, de 8 de junho de 1976.
Parágrafo único - Para o fim do disposto neste artigo, será também deduzido o valor da vantagem
pecuniária correspondente à extinta função de Escrivão de Coletoria.
Artigo 195 - Durante o tempo em que exercer a substituição, de que tratam os artigos 80 a 83, o
substituto terá seus vencimentos ou salários calculados na seguinte conformidade:
I - proceder-se-á, inicialmente, ao ajustamento dos pontos acumulados no cargo ou função-
atividade de que é titular efetivo, apurando-se:
a) os pontos que lhe tenham sido atribuídos em virtude da concessão de adicionais por tempo de
serviço;
b) os pontos que lhe tenham sido atribuídos com fundamento no artigo 24 ou no artigo 25 das
Disposições Transitórias desta lei complementar;
c) os pontos que lhe tenham sido atribuídos em decorrência da avaliação de desempenho,
divididos pelo número de pontos correspondentes ao conceito «bom (B)», previsto para a classe a
que pertence o cargo de que é titular e multiplicados pelo número de pontos correspondentes ao
mesmo conceito fixado para a classe a que pertence o cargo do substituído;
II - ajustados os pontos na forma estabelecida no inciso anterior, os vencimentos ou salários do
substituto serão calculados com base na referência numérica situada tantas referências acima da
referência inicial da classe a que pertença o cargo do substituído, quanto for a parte inteira da
divisão, por 5 (cinco), do total de pontos decorrentes do ajustamento.
Parágrafo único - O ajustamento de pontos a que alude este artigo far-se-á, exclusivamente, para
fins de percepção de vencimentos ou salários, durante o tempo em que o funcionário ou servidor
exercer a substituição.
Artigo 196 - Para os funcionários e servidores abrangidos por esta lei complementar, o valor do
«pro labore» de que trata o artigo 28, da Lei nº 10.168, de 10 de julho de 1968, corresponderá à
diferença entre o valor do padrão de seu cargo ou de sua função-atividade e o do padrão do cargo
de encarregatura, chefia ou direção cabível na unidade administrativa, observado o disposto ao
artigo anterior.
Artigo 197 - Os valores do salário-família e do salário-esposa ficam fixados em Cr$ 120,00 (cento
e vinte cruzeiros).
Artigo 198 - Ficam majoradas em 40% (quarenta por cento) as gratificações mensais pagas pelas
folhas de laborterapia aos egressos que prestam serviços aos órgãos da Secretaria da Saúde, bem
como as que são pagas pelas folhas de laborterapia aos internados nos Hospitais de Dermatologia
Sanitária.
Artigo 199 - A escala de referências e graus de vencimentos dos cargos da carreira de Procurador
do Estado, a que se refere o artigo 54, da Lei Complementar nº 93, de 28 de maio de 1974, fica
fixada de conformidade com o Anexo II, que faz parte integrante desta lei complementar.
§ 1º - Os cargos de carreira de Procurador do Estado, padrões «20-A», «20-B», «20-C», «20-D» e
«20-E», ficam distribuídos na série de classes de Procurador do Estado, prevista no Anexo II desta
lei complementar, na seguinte conformidade:
1. os dos padrões «20-A» e «20-B», bem como os que se encontrarem vagos na data de
publicação desta lei complementar, na classe de Procurador do Estado - Nível I;
2. os dos padrões «20-C» e «20-D» na classe de Procurador do Estado - Nível II;
3. os do padrão «20-E» na classe de Procurador do Estado - Nível III.
§ 2º - O enquadramento dos cargos de Procurador do Estado nas referências numéricas da Escala
de Vencimentos far-se-á com observância dos artigos 4º e 5º das Disposições Transitórias desta lei
complementar.
§ 3º - Lei específica fixará o número de cargos de cada uma das classes de Procurador do Estado.
Artigo 200 - Ficam mantidas as competências do Conselho de Polícia Civil e do Conselho da
Procuradoria Geral do Estado, para a realização dos concursos e processos seletivos de ingresso
e de acesso, bem como para o processamento das promoções das classes policiais civis e de
Procurador do Estado, respectivamente.
Parágrafo único - Aos cargos iniciais da série de classes de Procurador do Estado não se aplica o
instituto da transposição, de que tratam os artigos 22 a 28, bem como o inciso I do artigo 53 desta
lei complementar.
Artigo 201 - Aos cargos do Quadro do Magistério não se aplicam os institutos previstos nos artigos
22 a 30, bem como nos incisos I e II do artigo 53, desta lei complementar, mantida a legislação
específica que tenha disciplinado as formas de provimento de tais cargos.
Artigo 202 - Os exames médicos, para fins de ingresso no serviço público ou de licença para
tratamento de saúde, previstos na legislação vigente, serão realizados pelos órgãos ou entidades
oficiais ou, ainda, por instituições médicas que mantenham convênios com a Administração
Centralizada ou Descentralizada do Estado, na forma estabelecida em decreto.
Artigo 203 - Passam a vigorar com a seguinte redação os artigos 1º, 3º, 5º, 6º, 11 e 27 da Lei nº
500, de 13 de novembro de 1974:
«Artigo 1º - Além dos funcionários públicos poderá haver na Administração estadual servidores
admitidos em caráter temporário:
I - para o exercício de função-atividade correspondente à função de serviço público de natureza
permanente;
II - para o desempenho de função-atividade de natureza técnica, mediante contrato bilateral, por
prazo certo e determinado; ou trabalhos rurais, todos de natureza transitória, ou ainda,
III - para a execução de determinada obra serviços de campo a critério da Administração, para a
execução de serviços decorrentes de convênios.
Parágrafo único - Em casos excepcionais, decorrentes de calamidade pública, epidemias ou
grave comoção interna, poderão ser admitidos servidores em caráter temporário, na forma do
inciso I, para o exercício das funções-atividades de que trata o inciso : deste artigo com o fim de
dar atendimento à emergência e pelo prazo em que esta perdurar.
.................................................................................................................................................................
Artigo 3º - Os servidores de que tratam os incisos I e II do artigo 1º reger-se-ão pelas normas
desta lei, aplicando-se aos de que trata o inciso III, as normas da legislação trabalhista.
§ 1º - Poderá, também, a critério da Administração, ser admitido pessoal no regime trabalhista para
o desempenho das funções a que se referem os incisos I e II do artigo 1º, na forma a ser
disciplinada em decreto.
§ 2º - As disposições desta lei relativas aos servidores admitidos em caráter temporário não se
aplicam ao pessoal admitido nos termos do parágrafo anterior, exceto as dos artigos 5º, 6º, 7º, 8º e
9º.
§ 3º - As autoridades que admitirem servidores nos termos da legislação trabalhista além da
observância das normas previstas nesta mesma legislação deverão providenciar, sob pena de
responsabilidade funcional. sua inscrição para fins previdenciários e o recolhimento das respectivas
contribuições.
.................................................................................................................................................................
Artigo 5º - É vedada a admissão nos termos do artigo 1º. sob quaisquer denominações:
I - para atribuições correspondentes às funções de serviço público, na área da Administração
Centralizada, referentes is atividades de representação judiciai e extrajudicial, de consultoria
jurídica do Executivo e da Administração em gera, de assistência jurídica e de assessoramento
técnico-legislativo de assistência judiciária aos necessitados, de arrecadação e fiscalização de
tributos, de manutenção da ordem e segurança pública internas bem como de direção;
II - quando houver na mesma Secretaria, cargo vago correspondente à função e candidatos
aprovados em concurso público com prazo de validade não extinto.
Artigo 6º - As admissões serão sempre precedidas de processo, iniciado por proposta
devidamente justificada, e serão feitas:
I - as relativas às funções de que tratam os incisos I e II do artigo 1º, pelo Secretário de Estado,
com autorização do Chefe do Executivo, sujeitas as do inciso I a seleção, nos termos da legislação
em vigor;
II - as relativas à funções de que trata o inciso III, do artigo 1º, mediante portaria da autoridade
competente, com autorização do Secretário de Estado.
Parágrafo único - Constarão obrigatoriamente das propostas de admissão a função a ser
desempenhada o salário, a dotação orçamentáriaa própria e a demonstração da existência de
recursos.
.................................................................................................................................................................
Artigo 11 - Respeitado o disposto no inciso II do artigo 5º, terão preferência, para serem admitidos
nos termos desta lei, os candidatos habilitados em concurso público realizado pelos órgãos
centrais, setoriais ou subsetoriais de recursos humanos, para cargos correspondentes às funções a
que se refere o inciso I, do artigo 1º, sem prejuízo do direito à nomeação, obedecida, em qualquer
caso, a ordem de classificação.
.................................................................................................................................................................
Artigo 27 - O servidor será aposentado:
I - por invalidez;
II - compulsoriamente aos 70 (setenta) anos de idade;
III - voluntariamente após 35 (trinta e cinco) anos de serviço.
Parágrafo único - No caso do inciso III, o prazo e reduzido a 30 (trinta) anos para as mulheres.»
Artigo 204 - Fica acrescentado ao artigo 44, da Lei nº 500, de 13 de novembro de 1974, o seguinte
parágrafo único:
«Parágrafo único - O disposto neste artigo, a critério da Administração, poderá ser aplicado ao
pessoal que vier a ser admitido no regime trabalhista na forma prevista no artigo 3º».
Artigo 205 - Para os fins desta lei complementar, passam a ser considerados servidores:
I - os admitidos em caráter temporário nos termos do artigo 1º da Lei nº 500, de 13 de novembro de
1974;
II - os atuais extranumerários;
III - os atuais funcionários interinos.
IV - os servidores admitidos nos termos da legislação trabalhista.
§ 1º - Os servidores referidos nos incisos II e ,I, passam a exercer funções-atividades
correspondentes a funções de serviço público de natureza permanente.
§ 2º - Os interinos a que alude o inciso III ficam, a partir da data da publicação desta lei
complementar, sujeitos ao regime instituído pela Lei nº 500, de 13 de novembro de 1974, e suas
alterações posteriores, e exonerados dos respectivos cargos.
§ 3º - Aos servidores de que trata o inciso IV deste artigo não se aplicam os benefícios desta lei
complementar que já lhes estejam assegurados pela legislação federal.
Artigo 206 - Ao servidor extranumerário aplica-se o disposto no inciso III do artigo 222 da Lei nº
10.261, de 28 de outubro de 1968.
Artigo 207 - Os ocupantes dos cargos de Assessor Chefe, Chefe de Gabinete, Comandante Geral,
Coordenador, Coordenador de Polícia. Delegado Geral, Diretor Geral, referência «CD-14»,
Procurador Geral do Estado, Secretário Particular, constantes do Anexo II, com vencimentos
iniciais fixados na referência «60», não terão o seu desempenho avaliado enquanto neles
permanecerem atribuindo-se-lhes, anualmente, para fins de evolução funcional, pontos em número
correspondente ao conceito «muito bom» previsto para a classe a que pertence o cargo em
comissão.
§ 1º - O funcionário ou servidor cuja situação se enquadre na disposição deste artigo, não será
computado para efeito da distribuição percentual prevista nos incisos I a III do artigo 108,
§ 2º - Ao funcionário ou servidor investido em cargo de Secretário de Estado ou de Secretário
Extraordinário serão atribuídos, anualmente, para fins de evolução do cargo efetivo de que seja
titular ou da função-atividade de que seja ocupante, pontos em número correspondente ao conceito
«muito bom» previsto para a classe a que pertence, observado, ainda, o disposto no parágrafo
anterior.
Artigo 208 - Passam a integrar o Quadro do Magistério os cargos de Secretário de Delegacia de
Ensino, com a denominação que lhes é dada no Anexo II.
Parágrafo único - Os ocupantes dos cargos de que trata este artigo desempenharão, entre outras,
atividades de assistência junto às Delegacias de Ensino ou a Divisões Regionais.
Artigo 209 - Serão extintos, na vacância, os cargos anteriormente integrados na Parte
Suplementar dos respectivos Quadros.
Artigo 210 - Ficam extintas as Comissões de Fiscalização de Regime de Dedicação Exclusiva, a
Comissão de Regimes Especiais de Trabalho (CRET) e a Comissão Especial de Progressão.
Parágrafo único - Os acervos da Comissão de Regimes Especiais de Trabalho (CRET) e da
Comissão Especial de Progressão ficam transferidos para o órgão central de recursos humanos,
integrantes do Sistema de Administração de Pessoal.
Artigo 211 - Fica extinta a partir do 60º (sexagésimo) dia contado da data da publicação desta lei
complementar, a Comissão Especial de Paridade de que trata o artigo 33 do Decreto-lei
Complementar nº 11, de 2 de março de 1970, alterado pelo Decreto-lei Complementar nº 13, de 25
de março de 1970.
Parágrafo único - O acervo, as atribuições e competências da Comissão aludida neste artigo
ficam transferidos para o órgão central de recursos humanos, integrante do Sistema de
Administração de Pessoa.
Artigo 212 - Os títulos dos funcionários e dos servidores abrangidos por esta lei complementar
serão apostilados pelas autoridades competentes.
Artigo 213 - Os cargos de Assistente Jurídico e de Assessor Técnico Legislativo resultantes da
transformação de cargos da carreira de Procurador do Estado, operada nos termos do artigo 12
das Disposições Transitórias, continuarão a ela vinculados, aplicando-se-lhes as disposições
específicas da Lei Complementar nº 93 de 28 de maio de 1974.
Artigo 214 - Esta lei complementar e suas Disposições Transitórias serão aplicadas, nas mesmas
bases e condições, aos funcionários e servidores das Autarquias, da Universidade de São Paulo,
da Universidade Estadual de Campinas e da Universidade Estadual Paulista «Júlio de Mesquita
Filho», mediante decreto de acordo com propostas das respectivas Autarquias.
Parágrafo único - O decreto a que alude este artigo será expedido dentro do prazo de 60
(sessenta) dias contados da publicação desta lei complementar.
Artigo 215 - As disposições desta lei complementar aplicar-se-ão, mediante decreto, aos
servidores integrantes:
I - do Quadro Especial instituído pelo artigo 7º da Lei nº 119, de 29 te junho de 1973 com a
alteração introduzida pela Lei nº 388, de 13 de agosto de 1974, composto de cargos e funções
pertencentes à Superintendência de Águas e Esgotos da Capital - SAEC e ao Fomento Estadual
de Saneamento Básico - PESB, sob a responsabilidade da Secretaria de Obras e do Meio
Ambiente;
II - do Quadro Especial instituído pelo artigo 7º da Lei nº 10.430. de 16 de dezembro de 1971,
integrado na Secretaria da Fazenda, composto dos cargos e funções pertencentes à ex-autarquia
Caixa Econômica do Estado de São Paulo:
III - da Parte Especial do Quadro da ex-autarquia Instituto de Pesquisas Tecnológicas, sob a
responsabilidade da Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia.
§ 1º - Os funcionários dos Quadros Especiais, de que trata este artigo, que tenham sido nomeados
em decorrência de aprovação em concurso público, de provas ou de provas e títulos, poderão
concorrer, mediante transposição, ao provimento de cargos pertencentes à Administração
Centralizada.
§ 2º - Os funcionários e servidores dos referidos Quadros que não atendam à condição prevista no
parágrafo anterior poderão concorrer ao preenchimento de funções-atividades da Administração
Centralizada.
§ 3º - O decreto a que alude o «caput» deste artigo será expedido dentro do prazo de 60 (sessenta)
dias, contados da publicação desta lei complementar.
Artigo 216 - Aplicam-se aos contribuintes referidos no artigo 133 as normas previstas no Título
XIII, ainda que não abrangidos pelas demais disposições desta lei complementar.
Artigo 217 - Vetado.
Artigo 218 - Vetado.
Parágrafo único - Vetado.
Artigo 219 - Vetado.
I - Vetado.
II - Vetado.
Artigo 220 - O artigo 3º da Lei Complementar nº 112, de 15 de outubro de 1974, fica acrescido do
seguinte parágrafo:
«§ 3º - Entendem-se por atividades referentes à difusão cultural aquelas que se destinam a difundir
idéias, conhecimentos e informações inclusive por meio de obras de arte e do jornalismo.»
Artigo 221 - Vetado.
Artigo 222 - Aos funcionários e servidores sujeitos ao Regime de Tempo Integral, não pertencentes
a carreira de Pesquisador Científico, criada pela Lei Complementar nº 125, de 18 de novembro de
1975, aplicam-se as disposições desta lei complementar, enquadrando-se os respectivos cargos ou
funções na forma prevista no artigo 4º das Disposições Transitórias, de acordo com a classe de
origem, excluído o qualificativo Pesquisador Científico.
§ 1º - Para os funcionários e servidores abrangidos por este artigo, computar-se-á, para fins do
item 2 da alínea «a» do inciso I, e do item 2, da alínea «a» do inciso II, do artigo 4º, das
Disposições Transitórias, a vantagem correspondente ao Regime de Tempo Integral.
§ 2º - Os funcionários e servidores abrangidos por este artigo ficam excluídos do Regime de Tempo
Integral, passando automaticamente à Jornada Completa de Trabalho.
Artigo 223 - As despesas decorrentes da aplicação desta lei complementar no presente exercício,
serão atendidas mediante:
I - créditos suplementares que o Poder Executivo está autorizado a abrir, de acordo com as
disposições constantes do Orçamento-Programa;
II - créditos suplementares que o Poder Executivo fica autorizado a abrir, durante o exercício, às
diversas Secretarias, até o limite de Cr$ 10.800.000.000,00 (dez bilhões e oitocentos milhões de
cruzeiros), de conformidade com os artigos 7º, inciso I, e 43 da Lei federal nº 4.320, de 17 de
março de 1964.
Artigo 224 - Esta lei complementar e suas Disposições Transitórias entrarão em vigor na data de
sua publicação, retroagindo os seus efeitos a 1º de março de 1978, revogadas as disposições
gerais ou especiais que disponham sobre a matéria disciplinada nesta mesma lei complementar, e
expressamente:
I - a Lei nº 8.291, de 4 de setembro de 1964;
II - a Lei Complementar nº 102, de 12 de agosto de 1974;
III - o artigo 5º das Disposições Transitórias da Lei Complementar nº 112, de 15 de outubro de
1974;
IV - os artigos 3º e 9º da Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974, bem como os artigos 3º a 7º das
Disposições Transitórias da mesma lei;
V - a Lei nº 1.000, de 8 de junho de 1976.
TÍTULO XV
Retificações
TÍTULO XV
Artigo 4º -
..............................................................................................................................................
II -
..........................................................................................................................................................
a) .........................................................................................................................................................
2 - ........................................................ o artigo 33 da Lei nº 10.168,
.....................................................
.................................................................................................................................................................
b) ........................................................................... alínea anterior
.......................................................
.................................................................................................................................................................
c) ..........................................................................................................................................................
1. vantagem assegurada pelo § 1º do artigo 9º do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de março
de 1970, alterado pelo artigo 1º do Decreto-lei Complementar nº 13, de 25 de março de 1970;
2. qualquer outra vantagem pessoal
......................................................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 1º - Para os titulares de cargos de direção administrativa, aos quais não tenham sido aplicadas as
disposições da Lei Complementar nº 102, de 12 de agosto de 1974, será computado, para o fim
previsto neste artigo, nas operações de que cuidam a alínea «a» do inciso I e a alínea «a» do
inciso II, o valor correspondente à vantagem referida nos itens 4 das mesmas alíneas.
.................................................................................................................................................................
§ 3º - Não se compreendem nas vantagens a que aludem o item 5 da alínea «a» do inciso I e o
item 6 da alínea «a» do inciso II as gratificações «pro labore» atribuídas a Exatores.
Artigo 5º - Para efeito do disposto no artigo 3º destas Disposições Transitórias, observar-se-ão,
quando aplicável a Tabela II prevista no inciso II do artigo 64 desta lei complementar, as seguintes
regras de enquadramento:
I - se o funcionário ou servidor não fizer jus à sexta-parte dos vencimentos:
.................................................................................................................................................................
2. adicional por tempo de serviço, previsto no inciso VIII do artigo 92 da Constituição do Estado
(Emenda nº 2), de que tratam os artigos 13 da Lei nº 6.043, de 20 de janeiro de 1961; 127 da Lei nº
10.261, de 28 de outubro de 1968; e 28 do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de março de
1970;
3. gratificação de nível instituída pela Lei Complementar nº 75, de 14 de dezembro de 1972, no
valor determinado com fundamento no artigo 11 da mesma lei, com a redação que lhe foi dada pelo
inciso V do artigo 1º da Lei Complementar nº 89, de 13 de maio de 1974, observadas as demais
alterações por ela efetuadas;
4. ....................................................................... serviço aludido
...........................................................
.................................................................................................................................................................
c) ............................................. ser, nos
................................................................................................
que, na forma estabelecida no artigo 15 do Decreto-lei Complementar
.................................................
1. .................. (.......... milésimos), ............... 50% (cinquenta por cento);
.................................................................................................................................................................
d) .................................................... alínea anterior,
..............................................................................
1. ............................................................................................. §1º do artigo 9º do Decreto-lei
Complementar nº 11, de 2 de março de 1970, alterado pelo artigo 1º do Decreto-lei Complementar
nº 13, de 25 de março de 1970;
2. ............................................ aludido no item 2 da alínea «a»; ..........................................................
II -
.............................................................................................................................................................
2. adicional por tempo de serviço, previsto no inciso VIII do artigo 92 da Constituição do Estado
(Emenda nº 2), de que tratam os artigos 13 da Lei nº 6.043, de 20 de janeiro de 1961; 127 da Lei nº
10.261, de 28 de outubro de 1968; e 28 do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de março de
1970;
3. gratificação de nível instituída pela Lei Complementar nº 75, de 14 de dezembro de 1972, no
valor determinado com fundamento no artigo 11 da mesma lei, com a redação que lhe foi dada pelo
inciso V do artigo 1º da Lei Complementar nº 89, de 13 de maio de 1974, observadas as demais
alterações por ela efetuadas;
4. ............................................. inciso VIII do artigo .......... que trata o artigo 130 da Lei nº 10.261,
de 28 de outubro de 1968;
5. .......................... haja incidência ......................... no item 2 ou da
....................................................
.................................................................................................................................................................
c) .......................... no artigo 15 do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de março de 1970, ...........
1.....................(.......... milésimos), se ............... (.................. por cento);
.................................................................................................................................................................
d) ao resultado da multiplicação prevista na alínea «b» ou na alínea anterior, conforme o caso,
somar-se-ão as parcelas percebidas, com base na legislação vigente, em 28 de fevereiro de 1978,
a título de:
.................................................................................................................................................................
2. .................................................................. a qual não haja
................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 3º - Não se compreendem nas vantagens a que aludem o item 4 da alínea «a» do inciso I e o
item 5 da alínea «a» do inciso I e o item 5 da alínea «a» do inciso II as gratificações «pro labore»
atribuídas a Exatores.
Artigo 6º - ........................... previsto no inciso III do artigo 64 ...........................................................
.................................................................................................................................................................
2. adicional por tempo de serviço, previsto no inciso VIII do artigo 92 da Constituição do Estado
(Emenda nº 2), de que tratam os artigos 13 da Lei nº 6.043, de 20 de janeiro de 1961; 127 da Lei nº
10.261, de 28 de outubro de 1968; e 28 do Decreto-lei Complementar nº 11, de 2 de março de
1970;
3. gratificação de nível instituída pela Lei Complementar nº 75, de 14 de dezembro de 1972, no
valor determinado com fundamento no artigo 11 da mesma lei, com a redação que lhe foi dada pelo
inciso V do artigo 1º ............................................................................ ;
4. ..........................................................................................................................................................
b) .......................................................................... função, constante ..................................................
.................................................................................................................................................................
II - ......................................................................................................................................................
a) .........................................................................................................................................................
2. adicional por .....................................................................................................................................
3. ...................... da mesma lei, com a redação
.....................................................................................
4. ......................................... Lei 10.261, de .........................................................................................
5. ..........................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
c) ......................................... vantagem assegurada pelo § 1º do artigo 9º ..........................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 7º - ............................. Disposições Transitórias, tratando-se
........................................................
.................................................................................................................................................................
I - ........................................................................................................................................................
a) ..........................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
2. gratificação pela sujeição ao Regime Especial de Trabalho Policial de que trata a Lei nº 10.291,
de 26 de novembro de 1968, com suas alterações posteriores, ou ao regime de que trata o artigo 1º
da Lei nº 7.626, de 6 de dezembro de 1962;
3. adicional por .............................................. da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968;
................
.................................................................................................................................................................
4. ..................................................... 13 de maio de 1974.
II - .......................................................................................................................................................
5. ............................. o artigo 130 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968;
.................................................................................................................................................................
Artigo 8º - ................... desta lei complementar, as seguintes
.................................................................
I - ................... legislação vigente em 28 de ........................................................................................
Artigo 10 - Quando, em .......................................................................................................................
Parágrafo único
.....................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
1. ao resultado da multiplicação prevista no «caput» soma-se o valor das vantagens mencionadas
neste parágrafo;
.................................................................................................................................................................
Artigo 11 - O funcionário ou servidor que em 28 de fevereiro de 1978 se encontrasse respondendo
pelas atribuições de cargo vago de chefia ou encarregatura, inclusive de Secretário de Escola, nos
termos do parágrafo único do artigo 23 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, ou no exercício
de função dessa natureza, retribuída mediante «pro labore», nos termos do artigo 28 da Lei nº
10.168, de 10 de julho de 1968, terá o cargo do qual seja titular efetivo ou a função-atividade de
que seja ocupante transformado em cargo ou função-atividade
..................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 4º - .............. servidor que, ............ no «caput», ............................................................................
§ 5º - .................... Tabela I do Subquadro .......................................................................................
Artigo 12 - ..........................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 2º - publicar a relação nominal de funcionários abrangidos por este artigo
..........................................
Artigo 14 - ..........................................................................................................................................
II - ................... artigo 28 da Lei .........................................................................................................
III - ....................... parágrafo único do ...............................................................................................
§ 6º - ................. artigo 28 da ...........................................................................................................
§ 7º - ............... 90 (noventa) dias contados ......................................................................................
Artigo 17 - ............... serão enquadrados mediante ............................................................................
Artigo 18 - .......... pelos §§ 1º e 2º do artigo .....................................................................................
Parágrafo único - ................................. mediante decreto de
.................................................................
Artigo 19 - ..........................................................................................................................................
I - a alínea «c» do ..............................................................................................................................
II - os §§ 1º dos artigos 4º e 5º destas Disposições Transitórias aos inativos ................................
§ 1º - ................................................................................................................................................
1. somar-se-ão as parcelas percebidas com base na legislação vigente em 28 de fevereiro de
1978, mencionadas nas alíneas «a» dos incisos I e II dos artigos 5º ou 6º destas Disposições
Transitórias conforme o caso, devendo ser-lhes acrescido o valor percebido a título de gratificação
pela sujeição ao Regime de Dedicação Exclusiva de que trata o artigo 33 da Lei nº 10.168, de 10
de julho de 1968;
2. proceder-se-á, conforme o caso, aos cálculos de que tratam as alíneas «b», «c», e «d» do inciso
I do artigo 5º; «b», «c», «d» e «e» do inciso II do artigo 5º; «b» e «c» do inciso I do artigo 6º; «b»,
«c», e «d» do inciso II do artigo 6º, ambos destas Disposições Transitórias;
4. ......................................... artigos 5º e 6º destas ............................................................................
5. ..........................................................................................................................................................
b) ......................................... artigos 5º e 6º destas ............................................................................
§ 2º - .......................................................... o artigo 1º da Lei ..........................................................
1. ................ legislação vigente em ..................... de 1978,
..................................................................
alínea «a» dos ................I e II do artigo 6º............... do artigo 1º da Lei ..............................................
2. .......................................... inciso I ou ..................................... e «d» do ..........................................
3. ...................................... o artigo 1º da Lei .......................................................................................
..............................................................................................................................................................
5. ...................................... o artigo 1º da Lei .......................................................................................
Artigo 20 - ................................... artigo 92, ficam ..............................................................................
Artigo 21 - ............ o § 1º do ..................... será reenquadrado, .........................................................
............... mesma classe, ......................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 22 - Quando, em decorrência da aplicação do disposto no artigo 9º destas Disposições
Transitórias, resultar enquadramento do cargo ou da função-atividade do funcionário ou do servidor
em referência cujo valor seja inferior àquele a que se referem as alíneas «d» do inciso I do artigo
4º, «e» do inciso II do artigo 4º, «e» do inciso I do artigo 5º, «f» do inciso II do artigo 5º, «d» do
inciso I do artigo 6º, «e» do inciso II do artigo 6º, «e» do inciso II do artigo 7º, «f» do inciso II do
artigo 7º, e o inciso III do artigo 8º, adotar-se-ão os seguintes procedimentos:
.................................................................................................................................................................
Artigo 25 - .......................................... prestado até
.............................................................................
Artigo 26 - ................................... 10 (dez) anos, contados
..................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 27 - ................................... serviços, fica facultado, .................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 28 - ............................................................................................................................................
Parágrafo único - .................................. o artigo 86,
.............................................................................
Artigo 29 - ................................... Complementar nº 114, de
...............................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 31 - ................................ na forma nele indicada.
.................................................................................................................................................................
Artigo 33 - ................................... vagos no Quadro
.............................................................................
Artigo 34 - ..................................... 29, 30 e 31 destas
.........................................................................
Artigo 35 - ................................... o Quadro do Ensino ............................. agosto de 1944.
.................................................................................................................................................................
Artigo 36 - ................................... idênticos às
.....................................................................................
Artigo 37 - ................................... desta lei complementar
...................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 39 - ................................... artigos 3º a 6º destas Disposições Transitórias, ........................
Artigo 40 - ................................... às seguintes ...................................................................................
I - ....... tempo de serviço, .......... janeiro de 1961, mencionado no artigo 127 da .............................
II - .......................................................................................................................................................
a) os artigos 1º, 2º e ............................................................................................................................
b) ................................... Lei nº 8.478, de ............................................................................................
e) ................................... o artigo 1º da Lei nº 9.860, ..........................................................................
i) ................................... Lei nº 10.059, de ...........................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 42 - ............................... § 2º do artigo 78 não .........................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 44 - ............................... de produtividade ................................................................................
I - .......................................................................................................................................................
II - ......................................................................................................................................................
III - .....................................................................................................................................................
§ 1º - ............ autárquica estadual, ........... previsto no § 2º do artigo 8º da ......................................
.................................................................................................................................................................
§ 4º - ..................................... necessários à aplicação .....................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 45 - O § 2º do artigo 6º das Disposições Transitórias ..............................................................
«§ 2º - ................................ incorporadas, a .............................. à remuneração .......... anteriores».
.................................................................................................................................................................
Artigo 46 - ............................... vencimentos, .....................................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 1º - .................................... desde que, na .....................................................................................
§ 2º - ................................... ao Exator que:
1. ...................................... no artigo 1º ...............................................................................................
2. ...................................... no artigo 2º da ..........................................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 3º - .................................................................................................................................................
1. a incorporação será processada mediante requerimento do interessado e condiciona-se à
expressa renúncia às vantagens pecuniárias já incorporadas ao seu patrimônio no termos do artigo
8º da Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974, do artigo 2º das Disposições Transitórias da mesma
lei, do artigo 1º da Lei nº 1.000, de 8 de junho de 1976, bem como à decorrente de gratificação
«pro labore» relativa à extinta função de Escrivão de Coletoria;
2. o valor da gratificação «pro labore» a incorporar será determinado com base no disposto nos
artigos 1º e 2º da Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974, alterados pelo artigo 191 desta lei
complementar, segundo a classificação efetuada nos termos do artigo 4º daquela lei;
3. será computado, também, o tempo de serviço durante o qual o Exator tenha exercido,
anteriormente à vigência da Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974, como atividade principal e
permanente, funções próprias de «Caixa», bem como o tempo de exercício na extinta função de
Escrivão de Coletoria, retribuída com gratificação «pro labore».
Artigo 47 - O valor das vantagens pecuniárias incorporadas aos vencimentos do Exator, a título de
gratificação «pro labore» prevista na Lei nº 443, de 24 de setembro de 1974, fica nos termos do
artigo 12 da mesma lei, alterado pelo artigo 191 desta mesma lei complementar, reajustado em
39,08% (trinta e nove inteiros e oito centésimos por cento), para o exercício de 1978 e a partir da
vigência desta lei complementar.
Artigo 48 - ............................... proventos do Exator, ..........................................................................
Artigo 49 - ........................ atribuições de cargo vago ou de
................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 3º - ..................................................................................................................................................
1. ......................... que a substituição, ............................. desta lei complementar;
2. ........................ de substituto,
............................................................................................................
.................................................................................................................................................................
§ 6º - ........................... Regionais, bem .............................................................................................
Artigo 50 - ............................... artigo 28 da Lei nº 10.168, de ..... destas Disposições Transitórias,
.................................................................................................................................................................
Artigo 51 - ............................................................................................................................................
I - .............................. titular de cargo ..................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 52 - ...................... e 14 das Disposições
...................................................................................
Artigo 53 - ...................... Transitórias, as ............................................................................................
Artigo 54 - ..................... optar no prazo ..............................................................................................
§ 1º - .......................... no § 2º do artigo 32 do ..................................................................................
§ 2º - ............................ específicos, em ............................................................................................
.................................................................................................................................................................
Artigo 59 - ...........................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
I - escala de referências de vencimentos e salários de que trata o inciso I do artigo 5º da Lei
Complementar nº 152, de 31 de março de 1977;
REF.
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
40
1.261,00
.................................................................................................................................................................
46
1.486,00
.................................................................................................................................................................
87
3.229,00
88
3.347,00
.................................................................................................................................................................
93
4.656,00
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
II - escala de referências de vencimentos e salários de que trata o inciso II do artigo 5º da Lei
Complementar nº 152, de 31 de março de 1977;
I - ................................................................................................................
II - ...............................................................................................................
III - ..............................................................................................................
IV - ..............................................................................................................
V - ........................... 3.126,00
VI - .......................... 3.273,00
VII - .............................................................................................................
VIII - ............................................................................................................
IX - ..............................................................................................................
X - ...............................................................................................................
XI - ..............................................................................................................
XII - .............................................................................................................
XIII - ......................... 4.935,00
XIV - ............................................................................................................
XV - .............................................................................................................
XVI - ............................................................................................................
Palácio ................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Retificações
No Anexo II a que se refere o artigo 69 da Lei Complementar nº 180, de 12 de maio de 1978
ENQUADRAMENTO DAS CLASSES
onde se lê:
Situação Atual
Situação Nova
«Assistente de Compras PP-III ....................
Assistente de Administração SQC ....................»
leia-se:
Retificação
No Anexo II a que se refere o artigo 69 da Lei Complementar nº 180, de 12 de maio de 1978
ENQUADRAMENTO DAS CLASSES
Onde se lê:
SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA
"Auditor II PP-I ... Auditor II SQC-I ... "
Leia-se:
"Auditor II PP-I ... Auditor SQC-I ... "
A
Ficha informativa
LEI COMPLEMENTAR Nº 1.012, DE 05 DE JULHO DE 2007
Seção I Da Pensão
Artigo 1º - Os artigos 144, 147, 148, 149, 150, 155 e 158 da Lei Complementar nº 180, de 12 de
maio de 1978, passam a vigorar com a seguinte redação:
“Artigo 144 - O valor inicial da pensão por morte devida aos dependentes de servidor falecido será
igual à totalidade da remuneração no cargo efetivo em que se deu o óbito, ou à dos proventos do
inativo na data do óbito, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de
previdência social, de que trata o artigo 201 da Constituição Federal, acrescido de 70% (setenta
por cento) da parcela que exceder esse limite.
“Parágrafo único - O cálculo do valor inicial da pensão mensal, na situação prevista no § 3º do
artigo 137 desta lei complementar, no caso do servidor que vier a falecer antes de sua
aposentadoria, tomará por base a média das aulas ministradas nos 12 (doze) meses anteriores ao
do óbito, adotando-se o valor unitário vigente na data do óbito.” (NR)
“Artigo 147 - São dependentes do servidor, para fins de recebimento de pensão:
“I - o cônjuge ou o companheiro ou a companheira, na constância, respectivamente, do casamento
ou da união estável;
“II - o companheiro ou a companheira, na constância da união homoafetiva;
“III - os filhos, de qualquer condição ou sexo, de idade igual à prevista na Legislação do Regime
Geral de Previdência Social e não emancipados, bem como os inválidos para o trabalho e os
incapazes civilmente, estes dois últimos desde que comprovadamente vivam sob dependência
econômica do servidor;
“IV - os pais, desde que comprovadamente vivam sob dependência econômica do servidor e não
existam dependentes das classes mencionadas nos incisos I, II ou III deste artigo, ressalvado o
disposto no § 3º deste artigo.
“§ 1º - O enteado e o menor tutelado equiparam-se ao filho desde que comprovadamente vivam
sob dependência econômica do servidor.
“§ 2º - A pensão atribuída ao filho inválido ou incapaz será devida enquanto durar a invalidez ou a
incapacidade.
“§ 3º - Mediante declaração escrita do servidor, os dependentes a que se refere o inciso IV deste
artigo poderão concorrer em igualdade de condições com os demais.
“§ 4º - A invalidez ou a incapacidade supervenientes à morte do servidor não conferem direito à
pensão, exceto se tiverem início durante o período em que o dependente usufruía o benefício.
“§ 5º - A comprovação de dependência econômica dos dependentes enumerados na segunda
parte do inciso III, no inciso IV e no § 1° deste artigo deverá ter como base à data do óbito do
servidor e ser feita de acordo com as regras e critérios estabelecidos em norma regulamentar.
“§ 6º - Na falta de decisão judicial com trânsito em julgado reconhecendo a união estável, o
companheiro ou companheira deverá comprová-la conforme estabelecido em norma
regulamentar.” (NR)
“Artigo 148 - Com a morte do servidor a pensão será paga aos dependentes, mediante rateio, em
partes iguais.
“§ 1º - O valor da pensão será calculado de acordo com a regra prevista no “caput” do artigo 144
desta lei complementar, procedendo-se, posteriormente, à divisão do benefício em quotas, nos
termos deste artigo.
“§ 2º - O pagamento do benefício retroagirá à data do óbito, quando requerido em até 60
(sessenta) dias depois deste.
“§ 3º - O pagamento do benefício será feito a partir da data do requerimento, quando ultrapassado
o prazo previsto no § 2º deste artigo.
“§ 4º - A pensão será concedida ao dependente que primeiro vier requerê-la, admitindo-se novas
inclusões a qualquer tempo, as quais produzirão efeitos financeiros a partir da data em que forem
requeridas, nos termos dos parágrafos 2º e 3º deste artigo.
“§ 5º - A perda da qualidade de dependente pelo pensionista implica na extinção de sua quota de
pensão, admitida a reversão da respectiva quota somente de filhos para cônjuge ou companheiro
ou companheira e destes para aqueles.
“§ 6º - Com a extinção da última quota de pensão, extingue-se o benefício.” (NR)
“Artigo 149 - A perda da condição de beneficiário dar-se-á em virtude de:
“I - falecimento, considerada para esse fim a data do óbito;
“II - não cumprimento de qualquer dos requisitos ou condições estabelecidos nesta lei
complementar;
“III - matrimônio ou constituição de união estável.
“Parágrafo único - Aquele que perder a qualidade de beneficiário, não a restabelecerá.” (NR)
“Artigo 150 - O ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-companheira somente terá direito à pensão se
o servidor lhe prestava pensão alimentícia na data do óbito.
“Parágrafo único - O ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-companheira concorrerá em igualdade de
condições com os demais dependentes, sendo o valor de seu benefício limitado ao valor da
pensão alimentícia que recebia do servidor.” (NR)
“Artigo 155 - Nenhum beneficiário poderá receber mais de uma pensão decorrente desta lei
complementar, exceto filho, enteado e menor tutelado, de casal contribuinte, assegurado aos
demais o direito de opção pela pensão mais vantajosa.” (NR)
“Artigo 158 - A incapacidade e a invalidez, para os fins previstos no artigo 147 desta lei
complementar, serão verificadas mediante inspeção por junta médica pericial.” (NR)
Artigo 2º - Fica assegurada a continuidade do pagamento aos atuais beneficiários de pensão
enquanto mantiverem as condições que, sob a égide da legislação anterior, lhes garantia a
percepção do benefício.
Parágrafo único - Na ocorrência de novo rateio do benefício aplicar-se-ão as regras previstas na
legislação a que se refere o “caput” deste artigo.
Artigo 3º - Para os óbitos ocorridos antes da vigência desta lei complementar, o valor do benefício
da pensão e a forma de cálculo das quotas devidas a cada um dos dependentes obedecerão às
regras previstas na legislação vigente na data do óbito.
Parágrafo único - Na ocorrência de novo rateio do benefício aplicar-se-ão as regras previstas na
legislação a que se refere o “caput” deste artigo.
Artigo 4º - O Título XIII, da Lei Complementar nº 180, de 12 de maio de 1978, fica acrescido do
Capítulo I-A e dos artigos 163-A e 163-B, com a seguinte redação:
“CAPÍTULO I-A - Do Salário-família e do Auxílioreclusão.
“Artigo 163-A - Ao servidor ou ao inativo de baixa renda será concedido salário-família por:
“I - filho ou equiparado de qualquer condição menor de 14 (quatorze) anos; e
II - filho inválido de qualquer idade.
“§ 1º - O pagamento do salário-família é condicionado à apresentação da certidão de nascimento
do filho ou da documentação relativa ao equiparado ou ao inválido e, anualmente, à apresentação
de atestado de vacinação obrigatória e de comprovação de freqüência à escola do filho menor ou
equiparado, nos termos do regulamento.
“§ 2º - O critério para aferição da baixa renda do servidor ou do inativo será o mesmo utilizado
para trabalhadores vinculados ao Regime Geral de Previdência Social.” (NR)
“Artigo 163-B - Aos dependentes de servidor de baixa renda recolhido à prisão, nos termos do
artigo 70 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, será concedido auxílio-reclusão.
“§ 1º - O pagamento do auxílio-reclusão obedecerá aos mesmos critérios estabelecidos no artigo
148 desta lei complementar, enquanto o servidor permanecer na situação de que trata o “caput”
deste artigo.
“§ 2º - Consideram-se dependentes, para fins do disposto no “caput” deste artigo, as pessoas
discriminadas nos incisos I a IV e no § 1º do artigo 147 desta lei complementar.
“§ 3º - O direito à percepção do benefício cessará:
“I - no caso de extinção da pena;
“II - se ao servidor, ao final do processo criminal, for imposta a perda do cargo;
“III - se da decisão administrativa irrecorrível, em processo disciplinar, resultar imposição da pena
demissória, simples ou agravada; e
“IV - por morte do servidor ou do beneficiário do auxílio.
“§ 4º - O pagamento do benefício de que trata este artigo será suspenso em caso de fuga,
concessão de liberdade condicional ou alteração do regime prisional para prisão albergue,
podendo ser retomados os pagamentos, no caso de modificação dessas situações.
“§ 5º - O requerimento para obtenção do auxílio-reclusão, além de outros requisitos previstos em
lei ou regulamento, será instruído, obrigatoriamente, com certidão do efetivo recolhimento do
servidor à prisão, expedida por autoridade competente, devendo ser renovada a cada 3 (três)
meses, junto à unidade previdenciária, para fins de percepção do benefício.
“§ 6º - O critério para aferição da baixa renda do servidor a que alude o “caput” deste artigo é o
mesmo utilizado para os servidores sujeitos ao Regime Geral de Previdência Social.” (NR)
Artigo 5º - Ao servidor recolhido à prisão antes da data da vigência desta lei complementar
aplicar-se-ão as regras previstas na legislação então vigente.
Artigo 6º - Os artigos 70 e 168 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, passam a vigorar com
a seguinte redação:
“Artigo 70 - O servidor preso em flagrante, preventiva ou temporariamente ou pronunciado será
considerado afastado do exercício do cargo, com prejuízo da remuneração, até a condenação ou
absolvição transitada em julgado.
“§ 1º - Estando o servidor licenciado, sem prejuízo de sua remuneração, será considerada
cessada a licença na data em que o servidor for recolhido à prisão.
“§ 2º - Se o servidor for, ao final do processo judicial, condenado, o afastamento sem remuneração
perdurará até o cumprimento total da pena, em regime fechado ou semi-aberto, salvo na hipótese
em que a decisão condenatória determinar a perda do cargo público.” (NR)
“Artigo 168 - Ao cônjuge, companheiro ou companheira ou, na sua falta, aos filhos de qualquer
condição ou aos pais, será concedido auxílio-funeral, a título de assistência à família do servidor
ativo ou inativo falecido, de valor correspondente a 1 (um) mês da remuneração.
“§ 1º - Se o óbito de integrante da carreira de Agente de Segurança Penitenciária e da classe de
Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária ocorrer em decorrência de lesões recebidas no
exercício de suas funções, o valor do auxílio-funeral corresponderá a 2 (dois) meses da respectiva
remuneração.
“§ 2º - A concessão do valor do benefício nos termos do § 1º deste artigo dependerá da
comprovação da causa do óbito, resultante de competente apuração.
“§ 3º - As despesas com o funeral do servidor e do inativo que tenham sido efetuadas por terceiros
serão ressarcidas até o limite previsto no “caput” deste artigo.
“§ 4º - As despesas com o funeral que forem custeadas por entidade prestadora de serviços dessa
natureza serão ressarcidas até o limite previsto no “caput” deste artigo, mediante a apresentação
de alvará judicial.
“§ 5º - O pagamento do auxílio-funeral será efetuado pela respectiva unidade pagadora, mediante
a apresentação pelo interessado ou por procurador legalmente habilitado, da certidão de óbito, do
comprovante das despesas efetivamente realizadas ou do alvará judicial, juntamente com a prova
de identidade do requerente.
“§ 6º - O pagamento do auxílio-funeral será efetuado uma única vez, nos termos das disposições
deste artigo.
“§ 7º - Quando as despesas com o funeral do servidor ou inativo forem efetuadas por terceiros ou
por entidade prestadora de serviços dessa natureza, e em valor inferior ao limite previsto no
“caput” ou no parágrafo 1º deste artigo, conforme o caso, a diferença para atingir o limite neles
previstos será paga ao cônjuge, companheiro ou companheira, ou, na sua falta, aos filhos de
qualquer condição ou aos pais.” (NR)
Artigo 7º - O artigo 51 da Lei Complementar nº 207, de 5 de janeiro de 1979, passa a vigorar com
a seguinte redação:
“Artigo 51 - Ao cônjuge, companheiro ou companheira ou, na sua falta, aos filhos de qualquer
condição ou aos pais, será concedido auxílio-funeral, a título de assistência à família do policial
civil ativo ou inativo falecido, de valor correspondente a 1 (um) mês da remuneração.
“§ 1º - Se o óbito do policial civil ocorrer em decorrência de lesões recebidas no exercício de suas
funções, o valor do auxílio-funeral corresponderá a 2 (dois) meses da respectiva remuneração.
“§ 2º - A concessão do valor do benefício nos termos do § 1º deste artigo dependerá da
comprovação da causa do óbito, resultante de competente apuração.
“§ 3º - As despesas com o funeral do policial civil ativo ou inativo que tenham sido efetuadas por
terceiros serão ressarcidas até o limite previsto no “caput” deste artigo.
“§ 4º - As despesas com o funeral que forem custeadas por entidade prestadora de serviços dessa
natureza serão ressarcidas até o limite previsto no “caput” deste artigo, mediante a apresentação
de alvará judicial.
“§ 5º - O pagamento do auxílio-funeral será efetuado pela respectiva unidade pagadora, mediante
a apresentação, pelo interessado ou por procurador legalmente habilitado, da certidão de óbito, do
comprovante das despesas efetivamente realizadas ou do alvará judicial, juntamente com a prova
de identidade do requerente.
“§ 6º - O pagamento do auxílio-funeral será efetuado uma única vez, nos termos das disposições
deste artigo.
“§ 7º - Quando as despesas com o funeral do policial civil ativo ou inativo forem efetuadas por
terceiros ou por entidade prestadora de serviços dessa natureza, e em valor inferior ao limite
previsto no “caput” ou no parágrafo 1º deste artigo, conforme o caso, a diferença para atingir o
limite neles previstos será paga ao cônjuge, companheiro ou companheira, ou, na sua falta, aos
filhos de qualquer condição ou aos pais.” (NR)
Artigo 8º - A contribuição social dos servidores públicos titulares de cargos efetivos, ativos e dos
militares do governo de São Paulo, para a manutenção do regime próprio de previdência social do
Estado, incluídas suas autarquias e fundações, será de 11% (onze por cento) e incidirá sobre a
totalidade da base de contribuição.
§ 1º - Para os fins desta lei complementar, entende-se como base de contribuição o total dos
vencimentos do servidor, incluindo-se o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens
pecuniárias permanentes estabelecidas em lei ou por outros atos concessivos, dos adicionais de
caráter individual e de quaisquer outras vantagens, excluídas:
1. as diárias para viagens;
2. o auxílio-transporte;
3. o salário-família;
4. o salário-esposa;
5. o auxílio-alimentação;
6. as parcelas remuneratórias pagas em decorrência de local de trabalho;
7. a parcela percebida em decorrência do exercício de cargo em comissão ou de função de
confiança;
8. as demais vantagens não incorporáveis instituídas em lei; e
9. o abono de permanência de que tratam o § 19 do artigo 40 da Constituição Federal, o § 5º do
artigo 2º e o § 1º do artigo 3º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003 e
referido no artigo 4º desta lei complementar.
§ 2º - O servidor titular de cargo efetivo poderá optar pela inclusão na base de contribuição de
parcelas remuneratórias percebidas em decorrência de local de trabalho, de exercício de cargo em
comissão ou de função de confiança, para efeito de cálculo do seu benefício previdenciário,
respeitada, em qualquer hipótese, a limitação estabelecida no § 2º do artigo 40 da Constituição
Federal.
§ 3º - A inclusão das vantagens referidas no parágrafo anterior para efeito de cálculo do benefício
previdenciário dependerá do cumprimento de tempo mínimo de contribuição, valores médios
observados, dentre outros requisitos a serem previstos na regulamentação desta lei
complementar.
§ 4º - A regulamentação disciplinará as disposições deste artigo.
§ 5º - A contribuição dos servidores de que trata o “caput” deste artigo entrará em vigor após 90
(noventa) dias da data da publicação desta lei complementar.
§ 6º - A contribuição dos servidores de que tratam as Leis Complementares n.ºs 180, de 12 de
maio de 1978, 943, de 23 de junho de 2003 e 954, de 31 de dezembro de 2003 dos servidores
civis; bem como a Lei nº 452, de 2 de outubro de 1974 dos militares ficam mantidas, inclusive
proporcionalmente aos dias de vigência, quando for o caso, até o início do recolhimento das
contribuições a que se refere o “caput” deste artigo.
Artigo 9º - Os aposentados e os pensionistas do Estado, inclusive os de suas Autarquias e
Fundações, do Poder Judiciário, Poder Legislativo, Universidades, Tribunal de Contas, Ministério
Público, Defensoria Pública e Polícia Militar, contribuirão com 11% (onze por cento), incidentes
sobre o valor da parcela dos proventos de aposentadorias e pensões que supere o limite máximo
estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social.
Parágrafo único - Nos casos de acumulação remunerada de aposentadorias e/ou pensões,
considerar-se-á, para fins de cálculo da contribuição de que trata o “caput” deste artigo, o
somatório dos valores percebidos, de forma que a parcela remuneratória imune incida uma única
vez.
Artigo 10 - O décimo-terceiro salário será considerado para fins de incidência das contribuições
de que tratam os artigos 8º e 9º desta lei complementar.
Artigo 11 - O servidor titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências para
aposentadoria voluntária estabelecidas na alínea a, do inciso III, do § 1º, do artigo 40 da
Constituição Federal, ou que tenha cumprido os requisitos do § 5º do artigo 2º ou do § 1º do artigo
3º, ambos da Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, e que opte por
permanecer em atividade, fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua
contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas
no inciso II do § 1o do artigo 40 da Constituição Federal.
Parágrafo único - Não será incluído na base de cálculo para fixação do valor de qualquer
benefício previdenciário o abono a que se refere o “caput” deste artigo.
Artigo 12 - O servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem direito à remuneração, terá
suspenso o seu vínculo com o regime próprio de previdência social do Estado enquanto durar o
afastamento ou a licença, não lhe assistindo, neste período, os benefícios do mencionado regime.
§ 1º- Será assegurada ao servidor licenciado ou afastado sem remuneração a manutenção da
vinculação ao regime próprio de previdência social do Estado, mediante o recolhimento mensal da
respectiva contribuição, assim como da contribuição patronal prevista na legislação aplicável,
observando-se os mesmos percentuais e incidente sobre a remuneração total do cargo a que faz
jus no exercício de suas atribuições, computando-se, para esse efeito, inclusive, as vantagens
pessoais.
§ 2º - O recolhimento de que trata o § 1° deve ser efetuado até o segundo dia útil após a data do
pagamento das remunerações dos servidores públicos.
§ 3º - Em caso de atraso no recolhimento, serão aplicados os encargos moratórios previstos para
a cobrança dos tributos estaduais, cessando, após 60 (sessenta) dias, as coberturas
previdenciárias até a total regularização dos valores devidos, conforme dispuser o regulamento.
Seção VI
Das Disposições Finais
Artigo 13 - O disposto nesta lei complementar aplica-se aos servidores titulares de cargos efetivos
da Administração direta e indireta, da Assembléia Legislativa, do Tribunal de Contas do Estado de
São Paulo e seus Conselheiros, além das Universidades, Defensoria Pública, Poder Judiciário e
seus membros, e Ministério Público e seus membros, abrangidos pela Lei Complementar nº 1.010,
de 1º de junho de 2007.
Parágrafo único - Aos servidores militares ativos, da reserva reformada e seus pensionistas
aplicam-se somente as regras previstas nos artigos 8º e seguintes desta lei complementar.
Artigo 14 - O Poder Executivo deverá regulamentar esta lei complementar no prazo de 180 (cento
e oitenta) dias a contar de sua publicação.
Artigo 15 - Com a entrada em vigor das contribuições previstas nos artigos 8º e 9º desta lei
complementar, ficam revogadas as contribuições previstas nas Leis Complementares nºs 943, de
23 de junho de 2003, 954, de 31 de dezembro de 2003, e 180, de 12 de maio de 1978, bem como
da Lei nº 452, de 2 de outubro de 1974.
Artigo 16 - Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio dos Bandeirantes, 5 de julho de 2007.
JOSÉ SERRA
Mauro Ricardo Machado Costa
Secretário da Fazenda
Aloysio Nunes Ferreira Filho
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 5 de julho de 2007.
DECRETO Nº 52.859, DE 02 DE ABRIL DE 2008
Regulamenta a Lei Complementar nº 1.012, de 5 de julho de 2007
JOSÉ SERRA, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais
e com fundamento no artigo 14 da Lei Complementar nº 1.012, de 5 de julho de 2007,
Decreta:
CAPÍTULO I
Disposição Preliminar
Artigo 1º - As disposições deste decreto aplicam-se aos segurados do Regime Próprio de
Previdência Social - RPPS de que trata o artigo 2º da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho
de 2007.
CAPÍTULO II
Das Contribuições Sociais ao RPPS
SEÇÃO I
Da Contribuição do Servidor Ativo
Artigo 2º - A contribuição social do servidor ativo ao RPPS é de 11% (onze por cento) e incidirá
sobre a totalidade da base de contribuição, nos termos do artigo 8º da Lei Complementar nº 1.012,
de 5 de julho de 2007.
Artigo 3º - A base de contribuição referida no artigo 2º deste decreto corresponde à totalidade do
subsídio, da remuneração ou dos vencimentos, incluídas as vantagens pecuniárias permanentes,
os adicionais de caráter individual e quaisquer outras vantagens pessoais incorporadas ou
suscetíveis de incorporação e excluídos unicamente:
I - as diárias para viagens;
II - o auxílio-transporte;
III - o salário-família;
IV - o salário-esposa;
V - o auxílio-alimentação;
VI - as parcelas remuneratórias pagas em decorrência de local de trabalho;
VII - a parcela percebida em decorrência do exercício de cargo em comissão ou de função de
confiança;
VIII - o abono de permanência;
IX - a parcela correspondente a 1/3 (um terço) de férias;
X - outras vantagens não incorporáveis instituídas em lei.
§ 1º - O décimo terceiro salário será considerado para a aferição da base de contribuição de que
trata o "caput" deste artigo.
§ 2º - O servidor poderá optar pela inclusão na base de contribuição das parcelas remuneratórias
a que se referem os incisos VI e VII deste artigo, para efeito de cálculo do benefício
previdenciário, respeitada, em qualquer hipótese a limitação estabelecida no § 2° do artigo 40 da
Constituição Federal.
§ 3º - A opção de que trata o § 2º deste artigo, admissível depois de se iniciar a percepção da
parcela a que se referir, será exercida com o preenchimento de formulário próprio fornecido pela
São Paulo Previdência - SPPREV e produzirá efeitos:
1. no mês em que for manifestada, se a comunicação à SPPREV ocorrer até o cadastramento da
parcela;
2. no mês seguinte ao da manifestação, quando comunicada à SPPREV em período posterior ao
fixado no item anterior.
§ 4º - Os descontos efetuados no subsídio, na remuneração ou nos vencimentos, em razão de
faltas justificadas e injustificadas ou perda de vencimentos, somente serão considerados, para a
aferição da base de contribuição, quando o servidor tenha ingressado no serviço público após a
publicação da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003.
Ã
SEÇÃO II
Da Contribuição do Inativo e do Pensionista
Artigo 4º - A contribuição social para o RPPS, devida pelos aposentados e pensionistas, será de
11% (onze por cento), incidente sobre a parcela dos proventos de aposentadoria e de pensão que
supere o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social -
RGPS.
§ 1º - Quando o inativo ou pensionista seja portador de doença incapacitante e nos termos do §
21 do artigo 40 da Constituição Federal, a contribuição prevista no "caput" deste artigo incidirá
apenas sobre a parcela dos proventos de aposentadoria e de pensão que supere o dobro do limite
máximo estabelecido para os benefícios do RGPS.
§ 2º - Para os fins do disposto no parágrafo anterior e conforme o artigo 151 da Lei federal nº
8.213, de 24 de julho de 1991, considera-se portador de doença incapacitante quem seja
acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa; hanseníase; alienação mental; neoplasia
maligna; cegueira; paralisia irreversível e incapacitante; cardiopatia grave; doença de Parkinson;
espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave; estado avançado da doença de Paget (osteíte
deformante); síndrome da deficiência imunológica adquirida-Aids; e contaminação por radiação,
com base em conclusão da medicina especializada.
§ 3º - Nos casos de percepção cumulativa de proventos de aposentadoria ou de pensão,
considerar-se-á, para o cálculo da contribuição de que trata o "caput" deste artigo, o somatório
dos valores percebidos, de forma que o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS
incida uma única vez.
§ 4º - O décimo terceiro salário será considerado para fins de incidência da contribuição de que
trata o "caput" deste artigo.
SEÇÃO III
Da Contribuição do Estado
Artigo 5º - A contribuição previdenciária do Estado de São Paulo para o custeio do RPPS
corresponderá ao dobro do valor da contribuição dos servidores, nos termos do parágrafo único
do artigo 32 da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007.
Parágrafo único - O Estado é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras
do RPPS, decorrentes do pagamento dos benefícios previdenciários.
SEÇÃO IV
Do Recolhimento e da Finalidade das Contribuições
Artigo 6º - As contribuições devidas pelos servidores, pelos inativos e pensionistas e pelo Estado,
para o custeio do RPPS, serão contabilizadas separadamente e recolhidas em favor da SPPREV
na data do pagamento do subsídio, dos vencimentos ou da remuneração, dos proventos de
aposentadoria e das pensões.
§ 1º - A contribuição dos servidores ativos, dos inativos e dos pensionistas dar-se-á mediante
desconto mensal na respectiva folha de pagamento.
§ 2º - Os recursos provenientes das contribuições a que se refere o "caput" deste artigo:
1. destinam-se exclusivamente ao custeio dos benefícios previdenciários do RPPS;
2. deverão ser contabilizados em contas específicas;
3. serão administrados segundo as regras contidas nas Resoluções do Conselho Monetário
Nacional - CMN e sob a orientação, a supervisão e o acompanhamento do Ministério da
Previdência e Assistência Social, nos termos do artigo 9º, inciso I, da Lei federal nº 9.717, de 27
de novembro de 1998.
§ 3º - Ficam vedados empréstimos e financiamentos de qualquer natureza, para qualquer pessoa
física ou jurídica, bem como o pagamento de benefícios previdenciários mediante convênio ou
consórcios, nos termos da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007.
CAPÍTULO III
Do Servidor Público Afastado ou Licenciado e de sua Vinculação ao RPPS
Artigo 7º O servidor afastado ou licenciado manterá seu vínculo ao RPPS:
I - quando cedido a órgão ou entidade de outro ente da federação, com ou sem ônus para o
cessionário, nos termos do artigo 1º-A, da Lei federal nº 9.717, de 27 de novembro de 1998,
incluído pela Medida Provisória nº 2.817-13, de 2001;
II - quando o tempo de licenciamento seja considerado como de efetivo exercício no cargo;
III - durante o afastamento do cargo efetivo para o exercício de mandato eletivo.
Parágrafo único - O servidor que, durante o exercício do mandato de Vereador, ocupe
concomitantemente seu cargo efetivo, permanece vinculado, por este, ao RPPS e filia-se, pelo
mandato eletivo, ao RGPS.
Artigo 8º - Quando não se tratar de hipótese indicada no artigo 7º deste decreto e ressalvada a
opção de que trata o § 1º deste artigo, o servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem
direito à remuneração, terá suspenso o seu vínculo com o RPPS enquanto durar o afastamento ou
a licença, não lhe assistindo, neste período, os benefícios do mencionado regime.
§ 1º - O servidor licenciado ou afastado sem remuneração poderá optar pela manutenção da
vinculação ao RPPS.
§ 2º - A manutenção do vínculo com o RPPS dependerá do recolhimento mensal, pelo servidor, da
respectiva contribuição e da contribuição do Estado.
§ 3º - O recolhimento de que trata o § 2º deste artigo:
1. observará os mesmos percentuais e incidirá sobre a totalidade da base de cada contribuição,
como se o servidor estivesse no exercício de suas atribuições;
2. deverá ser efetuado até o segundo dia útil após a data do pagamento das remunerações dos
servidores públicos.
§ 4º - Em caso de atraso no recolhimento, serão aplicados os encargos moratórios previstos para
a cobrança dos tributos estaduais, cessando, após 60 (sessenta) dias, as coberturas
previdenciárias até a total regularização dos valores devidos.
§ 5º - A opção pela manutenção do vínculo com o RPPS poderá ser feita no momento do
afastamento do cargo, ou em até 30 (trinta) dias após a publicação do ato que a tiver deferido.
Artigo 9º - Quando o servidor seja cedido a outro ente federativo, e o ônus de pagar sua
remuneração seja do órgão ou da entidade cessionária, a este também caberá:
I - realizar o desconto da contribuição devida pelo servidor;
II - pagar a contribuição devida pelo ente de origem;
III - repassar à SPPREV as importâncias relativas às contribuições mencionadas nos incisos I e II
deste artigo.
§ 1º - Caso o cessionário não repasse as contribuições à SPPREV no prazo legal, caberá ao
órgão ou ente cedente efetuá-lo, sem prejuízo do reembolso de tais valores junto ao cessionário.
§ 2º - O termo ou ato de cessão do servidor com ônus para o cessionário deverá prever a
responsabilidade deste pelo desconto, recolhimento e repasse das contribuições previdenciárias à
SPPREV, conforme valores informados mensalmente pelo cedente.
Artigo 10 - Quando o servidor seja cedido a outro ente federativo, sem ônus para o cessionário, o
cedente continuará responsável pelo desconto e pelo repasse das contribuições à SPPREV.
Artigo 11 - Nas hipóteses de cessão, licenciamento ou afastamento de servidor, de que trata o
artigo 7º, inciso I, deste decreto, o cálculo da contribuição será feito de acordo com a
remuneração do cargo efetivo de que o servidor é titular.
§ 1º - É facultado ao servidor requerer à SPPREV a inclusão na base de contribuição das parcelas
remuneratórias complementares, pagas pelo ente cessionário e não componentes da
remuneração do cargo efetivo, quando percebidas em decorrência de local de trabalho, de
exercício de cargo em comissão ou de função de confiança.
§ 2º - Sobre as parcelas referidas no § 1º deste artigo não incidirão contribuições para o RPPS do
ente cessionário, nem para o RGPS.
CAPÍTULO IV
Do Abono de Permanência
Artigo 12 - Os servidores que tenham completado ou venham a completar as exigências para a
aposentadoria voluntária e optem por permanecer em atividade poderão requerer o abono de
permanência a que se refere o § 19 do artigo 40 da Constituição Federal, acrescido pelo artigo 1º
da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003.
Parágrafo único - O requerimento a que se refere o "caput" deste artigo será feito com o
preenchimento de formulário próprio e dirigido ao órgão setorial ou subsetorial de recursos
humanos ao qual o interessado estiver vinculado.
Artigo 13 - O valor do abono de permanência será equivalente ao da contribuição social
efetivamente descontada do servidor ativo ou recolhida por este ao RPPS.
§ 1º - Deferido o abono de permanência, o órgão no qual o servidor estiver lotado arcará, a partir
da data do requerimento, com o pagamento integral do respectivo valor.
§ 2º - A concessão do abono de permanência não dispensa o órgão ou ente público a que se
refere o § 1º deste artigo de reter e recolher à SPPREV a contribuição social do servidor e a
contribuição devida pelo Estado.
Artigo 14 - O direito ao abono de permanência cessará na data da aposentadoria do servidor, em
qualquer de suas modalidades.
Artigo 15 - O abono de permanência não será incluído na base de cálculo para fixação do valor
de qualquer benefício previdenciário.
Artigo 16 - No caso de acúmulo de cargos, o abono de permanência será devido considerando-se
cada cargo no qual o servidor tenha implementado as condições para aposentadoria.
Artigo 17 - Na hipótese de afastamento com prejuízo do subsídio, dos vencimentos ou da
remuneração, o abono de permanência será pago pelo órgão ou ente cedente, observado o
disposto no § 2º deste artigo.
§ 1º - O pagamento do abono de permanência não dispensa o órgão ou ente cessionário de reter
e recolher à SPPREV a contribuição social do servidor e a contribuição do Estado, por ele
suportada.
§ 2º - O órgão setorial ou subsetorial de recursos humanos a que seja apresentado o
requerimento a que se refere o artigo 12 deste decreto informará o seu deferimento ao órgão ou
ente cessionário, para o devido reembolso ao servidor, a partir da data do ingresso do pedido no
protocolo.
§ 3º - É do órgão cedente a responsabilidade pelo repasse à SPPREV da contribuição do Estado.
CAPÍTULO V
Da Pensão e da Comprovação da Dependência Econômica
Artigo 18 - Têm direito à pensão por morte do servidor:
I - o cônjuge ou o companheiro ou companheira, na constância, respectivamente, do casamento
ou da união estável;
II - o companheiro ou a companheira, na constância da união homoafetiva;
III - os filhos, de qualquer condição ou sexo, de idade igual à prevista na legislação do regime
geral da previdência social e não emancipados, bem como os inválidos para o trabalho e os
incapazes civilmente, estes dois últimos desde que comprovadamente vivam sob dependência
econômica do servidor;
IV - os pais, desde que comprovadamente vivam sob dependência econômica do servidor, e não
existam dependentes das classes mencionadas nos incisos I, II ou III deste artigo, ressalvado o
disposto no § 3º deste artigo.
§ 1º - O enteado e o menor tutelado equiparam-se ao filho, desde que comprovadamente vivam
sob dependência econômica do servidor.
§ 2º - A pensão atribuída ao filho inválido ou incapaz será devida enquanto durar a invalidez ou
incapacidade.
§ 3º - Mediante declaração escrita do servidor, os dependentes enumerados no inciso IV deste
artigo poderão concorrer em igualdade de condições com os demais.
§ 4º - A invalidez ou a incapacidade supervenientes à morte do servidor não conferem direito à
pensão, exceto se tiverem início durante o período em que o dependente usufruía o benefício.
§ 5º - Considera-se união estável, para os fins do inciso I deste artigo, aquela verificada entre
homem e mulher, como entidade familiar, quando forem solteiros, separados judicialmente,
divorciados ou viúvos, ou tenham prole em comum, enquanto não se separarem.
§ 6º - Considera-se união homoafetiva, para os fins do inciso II deste artigo, aquela verificada
entre pessoas do mesmo sexo, como entidade familiar.
Artigo 19 - A pensão de que trata o artigo 18 deste decreto será paga aos beneficiários, mediante
rateio, em partes iguais.
§ 1º - O pagamento da pensão retroagirá à data do óbito, quando requerido em até 60 (sessenta)
dias depois deste e, ultrapassado esse prazo, será feito a partir da data do requerimento.
§ 2º - A pensão será concedida ao dependente que primeiro vier a requerê-la, admitindo-se novas
inclusões a qualquer tempo, cujos efeitos financeiros serão produzidos nos termos do § 1º deste
artigo.
§ 3º - Com a perda da qualidade de dependente, será extinta a respectiva quota de pensão e esta
somente reverterá de filhos para cônjuge ou companheiro ou companheira e destes para aqueles.
§ 4º - Com a extinção da última quota de pensão, extingue-se o benefício.
Artigo 20 - Quando a pensão seja postulada pelo companheiro ou companheira do servidor, a
união estável ou a união homoafetiva será comprovada com a apresentação de requerimento à
SPPREV, instruído com, no mínimo, três documentos, relativos a aspectos diferentes, dentre os
enumerados a seguir:
I - contrato escrito;
II - declaração de coabitação;
III - cópia de declaração de imposto de renda;
IV - disposições testamentárias;
V - certidão de nascimento de filho em comum;
VI - certidão ou declaração de casamento religioso;
VII - comprovação de residência em comum;
VIII - comprovação de encargos domésticos que evidenciem a existência de sociedade ou
comunhão nos atos da vida civil;
IX - procuração ou fiança reciprocamente outorgada;
X - comprovação de compra e venda de imóvel em conjunto;
XI - contrato de locação de imóvel em que figurem como locatários ambos os conviventes;
XII - comprovação de conta bancária conjunta;
XIII - apólice de seguro em que conste o(a) companheiro(a) como beneficiário(a);
XIV - registro em associação de classe no qual conste o(a) companheiro(a) como beneficiário(a);
XV - inscrição em instituição de assistência médica do(a) companheiro(a) como beneficiário(a).
Parágrafo único - A apresentação de decisão judicial irrecorrível reconhecendo a união estável
ou a união homoafetiva dispensa a apresentação dos documentos enumerados no "caput" deste
artigo.
Artigo 21 - A comprovação de dependência econômica, necessária para o deferimento de pensão
ao filho inválido para o trabalho ou incapaz civilmente, ao enteado, ao menor tutelado e aos pais
do servidor, será feita com a apresentação de, no mínimo, três documentos, dentre os
enumerados a seguir:
I - declaração pública feita perante tabelião;
II - cópia de declaração de imposto de renda, em que conste nominalmente o interessado como
dependente;
III - disposições testamentárias;
IV - comprovação de residência em comum;
V - apólice de seguro em que conste o interessado como beneficiário;
VI - registro em associação de classe onde conste o interessado como beneficiário;
VII - inscrição em instituição de assistência médica do interessado como beneficiário.
Parágrafo único - Sem prejuízo do disposto no "caput" deste artigo, os dependentes que
integrem as classes a seguir indicadas também instruirão seus requerimentos:
1. o filho inválido, com laudo fornecido por médico perito designado pela SPPREV, demonstrativo
de sua invalidez, e com sua certidão de nascimento;
2. o filho civilmente incapaz, com cópia de sentença declaratória de interdição transitada em
julgado, e com sua certidão de nascimento;
3. o enteado, com sua certidão de nascimento e com certidão demonstrativa de que seu genitor
era casado com o servidor;
4. o menor tutelado que não possua bens próprios, com sua certidão de nascimento, o termo de
tutela definitiva e a declaração, firmada pelo servidor ou por seu responsável, de que não tem
bens próprios para seu sustento;
5. o pai e a mãe, com a certidão de nascimento do servidor e a declaração escrita em que este
tenha nomeado um deles ou ambos como dependentes, a qual somente terá eficácia quando não
tenham bens próprios para seu sustento.
Artigo 22 - Por decisão motivada, o Diretor Presidente da SPPREV poderá indeferir os
requerimentos previstos nos artigos 20 e 21 deste decreto, quando os documentos exibidos não
bastem para demonstrar que o interessado, na data do óbito do servidor, dependia
economicamente dele ou atendia aos demais requisitos fixados na lei para a aquisição e o
exercício do direito à pensão.
CAPÍTULO VI
Do Salário-Família, Do Auxílio Reclusão e Funeral
Artigo 23 - Ao servidor ou ao inativo de baixa renda será concedido salário-família por:
I - filho ou equiparado de qualquer condição menor de 14 (quatorze) anos;
II - filho inválido de qualquer idade.
§ 1º - O critério para aferição da baixa renda do servidor ou do inativo será o mesmo utilizado para
trabalhadores vinculados ao RGPS.
§ 2º - O pagamento do salário-família será devido a partir da data da apresentação da certidão de
nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado ou ao inválido e estará
condicionado à apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória, até seis anos de idade,
e de comprovação de freqüência à escola do filho menor ou equiparado, a partir dos seis anos de
idade.
§ 3º - O benefício do salário-família ficará suspenso até que o interessado apresente o atestado
de vacinação obrigatória e o comprovante de freqüência escolar, referidos no § 3º deste artigo.
§ 4º - A freqüência escolar será comprovada com a apresentação de documento, relativo ao aluno
e emitido pelo estabelecimento de ensino, na forma da legislação própria.
Artigo 24 - Aos dependentes de servidor de baixa renda, enquanto permanecer recolhido à
prisão, será concedido auxílio-reclusão.
§ 1º - O critério para aferição da baixa renda do servidor a que alude o "caput" deste artigo é o
mesmo utilizado para os trabalhadores sujeitos ao RGPS.
§ 2º - O valor do auxílio-reclusão será idêntico ao do salário de contribuição do servidor.
§ 3º - O pagamento do auxílio-reclusão obedecerá aos mesmos critérios estabelecidos no artigo
19 deste decreto.
§ 4º - Consideram-se dependentes, para fins do disposto no "caput" deste artigo, as pessoas
mencionadas no artigo 18 deste decreto.
§ 5º - O direito à percepção do benefício cessará:
1. no caso de extinção da pena;
2. se ao servidor, ao final do processo criminal, for imposta a perda do cargo;
3. se da decisão administrativa irrecorrível, em processo disciplinar, resultar imposição da pena
demissória, simples ou agravada;
4. por morte do servidor ou do beneficiário do auxílio.
§ 6º - O pagamento do benefício de que trata este artigo será suspenso em caso de fuga,
concessão de liberdade condicional ou alteração do regime prisional para prisão albergue e
somente será retomado caso se modifiquem essas situações.
§ 7º - O requerimento para obtenção do auxílio-reclusão será instruído com a certidão do efetivo
recolhimento do servidor à prisão, expedida por autoridade competente, devendo ser renovada a
cada 3 (três) meses e apresentada pelo interessado à SPPREV, para fins de percepção do
benefício.
Artigo 25 - Ao cônjuge, companheiro ou companheira ou, na sua falta, aos filhos de qualquer
condição ou aos pais será concedido auxílio-funeral, a título de assistência à família do servidor
ativo ou inativo falecido, de valor correspondente a 1 (um) mês da remuneração.
§ 1º - Se o óbito do policial civil, de integrante da carreira de Agente de Segurança Penitenciária e
da classe de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária ocorrer em decorrência de lesões
recebidas no exercício de suas funções, o valor do auxílio-funeral corresponderá a 2 (dois) meses
da respectiva remuneração.
§ 2º - A concessão do valor do benefício nos termos do § 1º deste artigo dependerá da
comprovação da causa do óbito, resultante de competente apuração.
§ 3º - As despesas com o funeral do servidor e do inativo que tenham sido efetuadas por terceiros
serão ressarcidas até o limite previsto no "caput" deste artigo.
§ 4º - As despesas com o funeral que tenham sido custeadas por entidade prestadora de serviços
dessa natureza serão ressarcidas até o limite previsto no "caput" deste artigo, mediante a
apresentação de alvará judicial.
§ 5º - O pagamento do auxílio-funeral ficará condicionado à apresentação da prova de identidade
do requerente, da certidão de óbito, do comprovante das despesas efetivamente realizadas e do
alvará judicial.
§ 6º - O pagamento do auxílio-funeral será efetuado uma única vez, nos termos das disposições
deste artigo.
§ 7º - Quando as despesas com o funeral do servidor ou inativo forem efetuadas por terceiros ou
por entidade prestadora de serviços dessa natureza, e em valor inferior ao limite previsto no
"caput" ou no § 1º deste artigo, conforme o caso, a diferença para atingir o limite neles previstos
será paga ao cônjuge, companheiro ou companheira, ou, na sua falta, aos filhos de qualquer
condição ou aos pais.
§ 8º - A comprovação de qualidade de companheiro ou companheira, em união estável ou união
homoafetiva, para o recebimento do auxílio-funeral, dar-se-á nos termos dos artigos 18 e 20 deste
decreto.
Artigo 26 - O auxílio-reclusão, o salário-família e o auxílio-funeral serão geridos pela SPPREV,
mediante reembolso do órgão de origem, quando o respectivo beneficiário for servidor inativo ou
seu dependente.
CAPÍTULO VII
Das Disposições Finais e Transitórias
Artigo 27 - No prazo de 30 (trinta) dias, a contar da publicação deste decreto, os órgãos setoriais
ou subsetoriais de recursos humanos, ou seus correspondentes, nos órgãos cedentes, fornecerão
à SPPREV a relação dos servidores afastados, com a indicação do início de cada afastamento, do
órgão ou ente em que estão em exercício e da existência, ou não, de prejuízo para o subsídio, os
vencimentos ou a remuneração.
Artigo 28 - Para o servidor que se encontrava em atividade antes da publicação da Lei
Complementar nº 1012, de 5 de julho de 2007, e que optar pela inclusão na base de contribuição
de parcelas remuneratórias percebidas em decorrência de local de trabalho, de exercício de cargo
em comissão ou de função de confiança, no cálculo de seus benefícios previdenciários serão
observados os seguintes critérios:
I - o tempo mínimo de contribuição será de 1 (um) ano;
II - o valor corresponderá a 1/30 (um trinta avos) para a servidora, e 1/35 (um trinta e cinco avos)
para o servidor, por ano de contribuição, até o limite de 30/30 (trinta trinta avos) e 35/35 (trinta e
cinco trinta e cinco avos), respectivamente, aferidos sobre a média do período.
Artigo 29 - Os valores das contribuições que não tenham sido recolhidos à SPPREV serão, nos
termos do inciso II do artigo 26 da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007, deduzidos
do repasse obrigatório de recursos imediatamente posterior, feito ao órgão ou entidade
responsável pela respectiva retenção e pagamento.
Artigo 30 - A SPPREV manterá um cadastro individualizado para cada contribuinte do RPPS, nos
termos do inciso V do artigo 3º da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007, que será
atualizado permanentemente com as informações fornecidas pelos órgãos da Administração
direta e indireta do Estado de São Paulo.
Parágrafo único - O contribuinte receberá anualmente, no mês do seu aniversário, as
informações constantes do seu cadastro, que lhe serão fornecidas pela SPPREV mediante
comprovante impresso ou certidão eletrônica devidamente autenticada, nos termos do § 7º do
artigo 3º da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007.
Artigo 31 - Compete ao Diretor Presidente da SPPREV, no exercício de sua atribuição de orientar,
supervisionar e regulamentar o RPPS, estabelecer e publicar parâmetros, procedimentos e
diretrizes gerais, necessários para dar aplicação às disposições deste decreto.
Artigo 32 - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio dos Bandeirantes, 2 de abril de 2008
JOSÉ SERRA
Mauro Ricardo Machado Costa
Secretário da Fazenda
Aloysio Nunes Ferreira Filho
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicado na Casa Civil, aos 2 de abril de 2008.
A
Ficha informativa
Texto com alterações
LEI COMPLEMENTAR Nº 1.013, DE 06 DE JULHO DE 2007
(Atualizada até a Lei Complementar nº 1.123, de 01 de julho de 2010)
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei
Complementar:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1o Esta Lei Complementar fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do
art. 23 da Constituição Federal, para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas
ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais
notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das
florestas, da fauna e da flora.
II - atuação supletiva: ação do ente da Federação que se substitui ao ente federativo originariamente detentor das
atribuições, nas hipóteses definidas nesta Lei Complementar;
III - atuação subsidiária: ação do ente da Federação que visa a auxiliar no desempenho das atribuições
decorrentes das competências comuns, quando solicitado pelo ente federativo originariamente detentor das atribuições
definidas nesta Lei Complementar.
Art. 3o Constituem objetivos fundamentais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no
exercício da competência comum a que se refere esta Lei Complementar:
III - harmonizar as políticas e ações administrativas para evitar a sobreposição de atuação entre os entes
federativos, de forma a evitar conflitos de atribuições e garantir uma atuação administrativa eficiente;
IV - garantir a uniformidade da política ambiental para todo o País, respeitadas as peculiaridades regionais e
locais.
CAPÍTULO II
Art. 4o Os entes federativos podem valer-se, entre outros, dos seguintes instrumentos de cooperação
institucional:
I - consórcios públicos, nos termos da legislação em vigor;
II - convênios, acordos de cooperação técnica e outros instrumentos similares com órgãos e entidades do Poder
Público, respeitado o art. 241 da Constituição Federal;
III - Comissão Tripartite Nacional, Comissões Tripartites Estaduais e Comissão Bipartite do Distrito Federal;
V - delegação de atribuições de um ente federativo a outro, respeitados os requisitos previstos nesta Lei
Complementar;
§ 1o Os instrumentos mencionados no inciso II do caput podem ser firmados com prazo indeterminado.
§ 2o A Comissão Tripartite Nacional será formada, paritariamente, por representantes dos Poderes Executivos da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com o objetivo de fomentar a gestão ambiental compartilhada e
descentralizada entre os entes federativos.
§ 3o As Comissões Tripartites Estaduais serão formadas, paritariamente, por representantes dos Poderes
Executivos da União, dos Estados e dos Municípios, com o objetivo de fomentar a gestão ambiental compartilhada e
descentralizada entre os entes federativos.
§ 4o A Comissão Bipartite do Distrito Federal será formada, paritariamente, por representantes dos Poderes
Executivos da União e do Distrito Federal, com o objetivo de fomentar a gestão ambiental compartilhada e
descentralizada entre esses entes federativos.
§ 5o As Comissões Tripartites e a Comissão Bipartite do Distrito Federal terão sua organização e funcionamento
regidos pelos respectivos regimentos internos.
Art. 5o O ente federativo poderá delegar, mediante convênio, a execução de ações administrativas a ele atribuídas
nesta Lei Complementar, desde que o ente destinatário da delegação disponha de órgão ambiental capacitado a
executar as ações administrativas a serem delegadas e de conselho de meio ambiente.
Parágrafo único. Considera-se órgão ambiental capacitado, para os efeitos do disposto no caput, aquele que
possui técnicos próprios ou em consórcio, devidamente habilitados e em número compatível com a demanda das ações
administrativas a serem delegadas.
CAPÍTULO III
Art. 6o As ações de cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão ser
desenvolvidas de modo a atingir os objetivos previstos no art. 3o e a garantir o desenvolvimento sustentável,
harmonizando e integrando todas as políticas governamentais.
I - formular, executar e fazer cumprir, em âmbito nacional, a Política Nacional do Meio Ambiente;
III - promover ações relacionadas à Política Nacional do Meio Ambiente nos âmbitos nacional e internacional;
IV - promover a integração de programas e ações de órgãos e entidades da administração pública da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, relacionados à proteção e à gestão ambiental;
V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio à Política Nacional do Meio Ambiente;
VII - promover a articulação da Política Nacional do Meio Ambiente com as de Recursos Hídricos,
Desenvolvimento Regional, Ordenamento Territorial e outras;
VIII - organizar e manter, com a colaboração dos órgãos e entidades da administração pública dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, o Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (Sinima);
XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a
proteção do meio ambiente;
XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem
risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, na forma da lei;
XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuição para licenciar ou autorizar,
ambientalmente, for cometida à União;
d) localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pela União, exceto em Áreas de Proteção
Ambiental (APAs);
f) de caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental, nos termos de ato do Poder Executivo, aqueles
previstos no preparo e emprego das Forças Armadas, conforme disposto na Lei Complementar no 97, de 9 de junho de
1999;
g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em
qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da
Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen); ou
h) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposição da Comissão Tripartite
Nacional, assegurada a participação de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), e considerados
os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento; Regulamento
a) florestas públicas federais, terras devolutas federais ou unidades de conservação instituídas pela União, exceto
em APAs; e
XVI - elaborar a relação de espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção e de espécies sobre-explotadas
no território nacional, mediante laudos e estudos técnico-científicos, fomentando as atividades que conservem essas
espécies in situ;
XVII - controlar a introdução no País de espécies exóticas potencialmente invasoras que possam ameaçar os
ecossistemas, habitats e espécies nativas;
XVIII - aprovar a liberação de exemplares de espécie exótica da fauna e da flora em ecossistemas naturais frágeis
ou protegidos;
XXI - proteger a fauna migratória e as espécies inseridas na relação prevista no inciso XVI;
XXV - exercer o controle ambiental sobre o transporte interestadual, fluvial ou terrestre, de produtos perigosos.
Parágrafo único. O licenciamento dos empreendimentos cuja localização compreenda concomitantemente áreas
das faixas terrestre e marítima da zona costeira será de atribuição da União exclusivamente nos casos previstos em
tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a
participação de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e considerados os critérios de porte,
potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento. Regulamento
I - executar e fazer cumprir, em âmbito estadual, a Política Nacional do Meio Ambiente e demais políticas nacionais
relacionadas à proteção ambiental;
III - formular, executar e fazer cumprir, em âmbito estadual, a Política Estadual de Meio Ambiente;
V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio às Políticas Nacional e Estadual de Meio
Ambiente;
VII - organizar e manter, com a colaboração dos órgãos municipais competentes, o Sistema Estadual de
Informações sobre Meio Ambiente;
XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a
proteção do meio ambiente;
XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem
risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, na forma da lei;
XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuição para licenciar ou autorizar,
ambientalmente, for cometida aos Estados;
a) florestas públicas estaduais ou unidades de conservação do Estado, exceto em Áreas de Proteção Ambiental
(APAs);
XVIII - controlar a apanha de espécimes da fauna silvestre, ovos e larvas destinadas à implantação de criadouros
e à pesquisa científica, ressalvado o disposto no inciso XX do art. 7o;
XXI - exercer o controle ambiental do transporte fluvial e terrestre de produtos perigosos, ressalvado o disposto no
inciso XXV do art. 7o.
I - executar e fazer cumprir, em âmbito municipal, as Políticas Nacional e Estadual de Meio Ambiente e demais
políticas nacionais e estaduais relacionadas à proteção do meio ambiente;
V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio às Políticas Nacional, Estadual e Municipal de
Meio Ambiente;
VIII - prestar informações aos Estados e à União para a formação e atualização dos Sistemas Estadual e Nacional
de Informações sobre Meio Ambiente;
XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a
proteção do meio ambiente;
XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem
risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, na forma da lei;
XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuição para licenciar ou autorizar,
ambientalmente, for cometida ao Município;
XIV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, promover o
licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos:
a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme tipologia definida pelos respectivos
Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade;
ou
b) localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental
(APAs);
XV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, aprovar:
Art. 11. A lei poderá estabelecer regras próprias para atribuições relativas à autorização de manejo e supressão
de vegetação, considerada a sua caracterização como vegetação primária ou secundária em diferentes estágios de
regeneração, assim como a existência de espécies da flora ou da fauna ameaçadas de extinção.
Art. 12. Para fins de licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos
ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, e
para autorização de supressão e manejo de vegetação, o critério do ente federativo instituidor da unidade de
conservação não será aplicado às Áreas de Proteção Ambiental (APAs).
Parágrafo único. A definição do ente federativo responsável pelo licenciamento e autorização a que se refere o
caput, no caso das APAs, seguirá os critérios previstos nas alíneas “a”, “b”, “e”, “f” e “h” do inciso XIV do art. 7o, no inciso
XIV do art. 8o e na alínea “a” do inciso XIV do art. 9o.
Art. 13. Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, ambientalmente, por um único ente
federativo, em conformidade com as atribuições estabelecidas nos termos desta Lei Complementar.
§ 1o Os demais entes federativos interessados podem manifestar-se ao órgão responsável pela licença ou
autorização, de maneira não vinculante, respeitados os prazos e procedimentos do licenciamento ambiental.
§ 3o Os valores alusivos às taxas de licenciamento ambiental e outros serviços afins devem guardar relação de
proporcionalidade com o custo e a complexidade do serviço prestado pelo ente federativo.
Art. 14. Os órgãos licenciadores devem observar os prazos estabelecidos para tramitação dos processos de
licenciamento.
§ 3o O decurso dos prazos de licenciamento, sem a emissão da licença ambiental, não implica emissão tácita
nem autoriza a prática de ato que dela dependa ou decorra, mas instaura a competência supletiva referida no art. 15.
§ 4o A renovação de licenças ambientais deve ser requerida com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias
da expiração de seu prazo de validade, fixado na respectiva licença, ficando este automaticamente prorrogado até a
manifestação definitiva do órgão ambiental competente.
Art. 15. Os entes federativos devem atuar em caráter supletivo nas ações administrativas de licenciamento e na
autorização ambiental, nas seguintes hipóteses:
I - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado ou no Distrito Federal, a União
deve desempenhar as ações administrativas estaduais ou distritais até a sua criação;
II - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Município, o Estado deve
desempenhar as ações administrativas municipais até a sua criação; e
III - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado e no Município, a União deve
desempenhar as ações administrativas até a sua criação em um daqueles entes federativos.
Art. 16. A ação administrativa subsidiária dos entes federativos dar-se-á por meio de apoio técnico, científico,
administrativo ou financeiro, sem prejuízo de outras formas de cooperação.
Parágrafo único. A ação subsidiária deve ser solicitada pelo ente originariamente detentor da atribuição nos
termos desta Lei Complementar.
Art. 17. Compete ao órgão responsável pelo licenciamento ou autorização, conforme o caso, de um
empreendimento ou atividade, lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo para a apuração de
infrações à legislação ambiental cometidas pelo empreendimento ou atividade licenciada ou autorizada.
§ 1o Qualquer pessoa legalmente identificada, ao constatar infração ambiental decorrente de empreendimento ou
atividade utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores, pode dirigir representação ao órgão
a que se refere o caput, para efeito do exercício de seu poder de polícia.
§ 2o Nos casos de iminência ou ocorrência de degradação da qualidade ambiental, o ente federativo que tiver
conhecimento do fato deverá determinar medidas para evitá-la, fazer cessá-la ou mitigá-la, comunicando imediatamente
ao órgão competente para as providências cabíveis.
§ 3o O disposto no caput deste artigo não impede o exercício pelos entes federativos da atribuição comum de
fiscalização da conformidade de empreendimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores ou utilizadores de
recursos naturais com a legislação ambiental em vigor, prevalecendo o auto de infração ambiental lavrado por órgão que
detenha a atribuição de licenciamento ou autorização a que se refere o caput.
CAPÍTULO IV
Art. 18. Esta Lei Complementar aplica-se apenas aos processos de licenciamento e autorização ambiental
iniciados a partir de sua vigência.
§ 1o Na hipótese de que trata a alínea “h” do inciso XIV do art. 7o, a aplicação desta Lei Complementar dar-se-á a
partir da entrada em vigor do ato previsto no referido dispositivo.
§ 2o Na hipótese de que trata a alínea “a” do inciso XIV do art. 9o, a aplicação desta Lei Complementar dar-se-á a
partir da edição da decisão do respectivo Conselho Estadual.
§ 3o Enquanto não forem estabelecidas as tipologias de que tratam os §§ 1o e 2o deste artigo, os processos de
licenciamento e autorização ambiental serão conduzidos conforme a legislação em vigor.
Art. 19. O manejo e a supressão de vegetação em situações ou áreas não previstas nesta Lei Complementar dar-
se-ão nos termos da legislação em vigor.
Art. 20. O art. 10 da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, passa a vigorar com a seguinte redação:
§ 2o (Revogado).
§ 3o (Revogado).
§ 4o (Revogado).” (NR)
Art. 21. Revogam-se os §§ 2º, 3º e 4º do art. 10 e o § 1o do art. 11 da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.
Art. 22. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
DILMA ROUSSEFF
Francisco Gaetani
*
LEI N. 9.509, DE 20 DE MARÇO
DE 1997
Dispõe sobre a Política Estadual do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e
aplicação
CAPÍTULO I
SEÇÃO I
Disposições Preliminares
Artigo 1.º - Esta lei estabelece a Política Estadual do Meio Ambiente, seus objetivos, mecanismos
de formulação e aplicação e constitui o Sistema Estadual de Administração da Qualidade
Ambiental, Proteção. Controle e Desenvolvimento do Meio Ambiente e Uso Adequado dos
Recursos Naturais - SEAQUA, nos termos do Artigo 225 da Constituição Federal e o Artigo 193 da
Constituição do Estado.
Artigo 2.º - A Política Estadual do Meio Ambiente tem por objetivo garantir a todos da presente e
das futuras gerações, o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, visando assegurar, no Estado, condições ao
desenvolvimento sustentável, com justiça social, aos interesses da seguridade social e à proteção
da dignidade da vida humana e, atendidos especialmente os seguintes princípios:
I - adoção de medidas, nas diferentes áreas de ação pública e junto ao setor privado, para manter
e promover o equilíbrio ambiental e a melhoria da qualidade ambiental, prevenindo a degradação
em todas as suas formas e impedindo ou mitigando impactos ambientais negativos e recuperando
o meio ambiente degradado;
II - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
III - definição, implantação e administração de espaços territoriais e seus componentes,
representativos de todos os ecossistemas originais a serem protegidos;
IV - realização do planejamento e zoneamento ambiental, considerando as características
regionais e locais, e articulação dos respectivos planos, programas e ações;
V - controle e fiscalização de obras, atividades, processos produtivos e empreendimentos que,
direta ou indiretamente, possam causar degradação ao meio ambiente, adotando medidas
preventivas ou corretivas e aplicando as sanções administrativas pertinentes;
VI - controle e fiscalização da produção, armazenamento, transporte, comercialização, utilização e
do destino final de substancias, bem como do uso de técnicas, métodos e instalações que
comportem risco à vida, à qualidade de vida, ao meio ambiente, inclusive do trabalho;
VII - realização periódica de auditorias ambientais nos sistemas de controle de poluição e nas
atividades potencialmente poluidoras;
VIII - informação da população sobre os níveis de poluição, a qualidade do meio ambiente, as
situações de risco de acidentes, a presença de substâncias nocivas e potencialmente nocivas à
saúde e ao meio ambiente, nos alimentos, na água, no solo e no ar, bem como o resultado das
auditorias a que se refere o inciso VII deste artigo;
IX - exigência para que todas as atividades e empreendimentos sujeitos ao licenciamento
ambiental, adotem técnicas que minimizem o uso de energia e água, bem como o volume e
potencial poluidor dos efluentes líquidos, gasosos e sólidos;
X - promoção da educação e conscientização ambiental com o fim de capacitar a população para
o exercício da cidadania;
XI - preservação e restauração dos processos ecológicos essenciais das espécies e
ecossistemas;
XII - proteção da flora e fauna, nesta compreendidos todos os animais silvestres, exóticos e
domésticos, vedadas as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, que provoquem a
extinção das espécies ou submetam os animais à crueldade, fiscalizando a extração, produção,
criação, métodos de abate, transporte, comercialização e consumo de seus espécimes e
subprodutos;
XIII - fiscalização das entidades dedicadas à pesquisa e manipulação genética;
XIV - instituição de programas especiais mediante a integração de todos os órgãos públicos,
incluindo os de crédito, objetivando incentivar os proprietários e usuários de áreas rurais a
executarem as práticas de conservação dos recursos ambientais, especialmente do solo e da
água, bem como de preservação e reposição das matas ciliares e replantio de espécies nativas;
XV - estabelecimento de diretrizes para a localização e integração das atividades industriais,
considerando os aspectos ambientais, locacionais, sociais, econômicos e estratégicos;
XVI - instituição de diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento
básico e transporte:
XVII - imposição ao poluidor de penalidades e da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos
causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins
econômicos, através de atos administrativos e de ações na justiça, sem prejuízo das demais
penalidades previstas em lei, incumbindo, para tanto, os órgãos competentes, da administração
direta, indireta e fundacional da obrigação de promover as medidas judiciais para a
responsabilização dos causadores da poluição e degradação ambiental, esgotadas as vias
administrativas;
XVIII - restrição à participação das pessoas físicas e jurídicas punidas e/ou condenadas por atos
de degradação ambiental em licitações promovidas pelos órgãos da administração direta, indireta
ou fundacional do Estado, ou de por eles serem contratadas, bem como ao acesso a benefícios
fiscais e créditos oficiais do Estado;
XIX - incentivo à pesquisa, ao desenvolvimento e à capacitação tecnológica para a resolução dos
problemas ambientais e promoção da informação sobre estas questões:
XX - promoção e manutenção do inventário e do mapeamento da cobertura vegetal nativa,
visando a adoção de medidas especiais de proteção, bem como promoção do reflorestamento em
especial, as margens de rios, lagos, represas e das nascentes, visando a sua perenidade;
XXI - estímulo e contribuição para a recuperação da vegetação em áreas urbanas, com plantio de
árvores, preferencialmente frutíferas, objetivando especialmente a consecução de índices
mínimos de cobertura vegetal; e
XXII - incentivo e auxílio técnico às associações de proteção ao meio ambiente, constituídas na
forma da lei, respeitando a sua autonomia e independência de atuação.
Artigo 3.º - Para os fins previstos nesta lei, entende-se por:
I - meio ambiente: o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química
e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;
II - degradação da qualidade ambiental: a alteração adversa das características do meio ambiente;
III - poluição: a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou
indiretamente:
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos; e
f) afetem desfavoravelmente a qualidade de vida;
IV - poluidor: a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou
indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental;
V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais, subterrâneas, meteóricas,
os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora;
VI - espaços territoriais especialmente protegidos: áreas que por força da legislação sofrem
restrição de uso, como Unidades de Conservação, Áreas Naturais Tombadas, Áreas de Proteção
aos Mananciais e outras previstas na legislação pertinente; e
VII - Unidades de Conservação: Parques, Florestas, Reservas Biológicas, Estações Ecológicas,
Áreas de Relevante Interesse Ecológico, Monumentos Naturais, Jardins Botânicos, Jardins
Zoológicos e Hortos Florestais, e outras definidas em legislação específica.
SEÇÃO II
CAPITULO II
SEÇÃO I
Dos Objetivos
SEÇÃO II
Ó
Dos Órgãos
Artigo 7.º - Os órgãos e entidades da administração direta, indireta e fundacional do Estado e dos
Municípios instituídos pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade
ambiental, administração de recursos naturais, bem como as voltadas para manutenção e
recuperação da qualidade de vida constituirão o Sistema Estadual de Administração da Qualidade
Ambiental - SEAQUA, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, que será
assim estruturado:
I - Vetado;
II - Órgão Central: a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SMA), com a finalidade de planejar,
coordenar, supervisionar, controlar, como órgão estadual, a Política Estadual do Meio Ambiente,
bem como as diretrizes governamentais fixadas para a administração da qualidade ambiental;
III - Órgãos Executores: os instituídos pelo Poder Público Estadual com a finalidade de executar e
fazer executar, como órgão estadual, a política e diretrizes governamentais fixadas para a
administração da qualidade ambiental;
IV - Órgãos Setoriais: os órgãos ou entidades integrantes da administração estadual direta,
indireta e fundacional, cujas atividades estejam associadas às de proteção da qualidade ambiental
e de vida ou àqueles de disciplinamento de uso dos recursos ambientais e aqueles responsáveis
por controlar a produção, comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que
comportem risco para a vida, qualidade de vida e o meio ambiente;
V - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização
ambiental nas suas respectivas áreas de atuação.
§ 1.º - Os Municípios também poderão estabelecer normas supletivas e complementares às
normas federais e estaduais relacionadas com a administração da qualidade ambiental, uso dos
recursos ambientais, desenvolvimento sustentável e controle da produção, comercialização e o
emprego de técnicas, método, substâncias que comportem risco para a vida, qualidade de vida e
o meio ambiente.
§ 2.º - Os órgãos integrantes do SEAQUA, deverão fornecer os resultados das análises
efetivadas, relatórios de vistoria, processo de licenciamento ambiental e documentação sob a sua
guarda, quando solicitado por cidadão e/ou organização não governamental interessada.
SEÇÃO III
Seção IV
Do Órgão Central
Artigo 13. - Caberá à Secretaria de Estado do Meio Ambiente - SMA, órgão central do SEAQUA,
sem prejuízo das demais competências que lhe são legalmente conferidas:
I - coordenar o processo de formulação, aprovação, execução, avaliação e atualização da Política
Estadual do Meio Ambiente;
II - efetuar análises das políticas públicas setoriais que tenham impacto no meio ambiente;
III - aprovar os planos, programas e orçamentos dos órgãos executores e coordenar a execução;
IV - articular e coordenar os planos e ações decorrentes da Política Estadual do Meio Ambiente
com os órgãos setoriais e locais;
V - gerir as interfaces com os Estados limítrofes e com a União no que concerne a políticas,
planos e ações ambientais;
VI - definir a política de informações para gestão ambiental e acompanhar a sua execução;
VII - prover o suporte da Secretaria Administrativa e das Câmaras Técnicas do CONSEMA.
§ 1.º - A aprovação da Política Estadual do Meio Ambiente dependerá de manifestação prévia do
CONSEMA.
§ 2.º - O resultado da análise das políticas públicas que tenham impacto ambiental deverá ser
submetido ao Governador, ouvido o CONSEMA.
Artigo 14 - Vetado:
I - vetado;
II - vetado;
III - vetado;
IV - vetado; e
V - vetado.
SEÇÃO V
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
Dos Incentivos
Artigo 27 - As entidades e instituições públicas e privadas de financiamento ou gestoras de
incentivos, condicionarão a sua concessão à comprovação do licenciamento previsto nesta lei e
certidão do CONSEMA declarando o interessado não estar incluso nas restrições previstas no
inciso V do Artigo 8.° desta lei.
CAPÍTULO V
Das penalidades
Artigo 28 - Constitui infração, para os efeitos desta lei, toda ação ou omissão que importe na
inobservância de preceitos estabelecidos ou na desobediência às determinações de caráter
normativo dos órgãos das autoridades administrativas competentes.
Artigo 29 - As infrações às disposições desta lei, de seu regulamento, bem como das normas,
padrões e exigências técnicas serão, a critério da autoridade competente, classificadas em leves,
graves e gravíssimas, levando-se em conta:
I - a intensidade do dano, efetivo ou potencial;
II - as circunstâncias atenuantes ou agravantes;
III - os antecedentes do infrator; e
IV - a capacidade econômica do infrator.
Parágrafo único - Responderá pela infração quem por qualquer modo a cometer, concorrer para
sua prática ou dela se beneficiar.
Artigo 30 - As infrações de que trata o artigo anterior serão punidas com as seguintes
penalidades:
I - advertência;
II - multa de 10 a 10.000 vezes o valor da Unidade Fiscal do Estado de São Paulo - UFESP;
III - interdição temporária ou definitiva;
IV - embargo;
V - demolição:
VI - suspensão de financiamento e benefícios fiscais; e
VII - apreensão ou recolhimento, temporário ou definitivo.
§ 1.º - A penalidade de multa será imposta observados os seguintes limites:
1. de 10 a 1.000 vezes o valor da UFESP, nas infrações leves;
2. de 1.001 a 5.000 vezes o mesmo valor, nas infrações graves; e
3. de 5.000 a 10.000 vezes o mesmo valor, nas infrações gravíssimas.
§ 2.º - A multa será recolhida com base no valor da UFESP a data de seu efetivo pagamento.
§ 3.º - Ocorrendo a extinção da UFESP, adotar-se-á, para os efeitos desta lei, o mesmo índice que
a substituir.
§ 4.º - Nos casos de reincidência, caracterizado pelo cometimento de nova infração da mesma
natureza e gravidade, a multa corresponderá ao dobro da anteriormente imposta,
cumulativamente.
§ 5.º - Nos casos de infração continuada, a critério da autoridade competente, poderá ser imposta
multa diária de 1 a 10.000 vezes o valor da UFESP.
§ 6.º - A penalidade de interdição definitiva ou temporária será imposta nos casos de perigo à
saúde pública, podendo, também, ser aplicada, a critério da autoridade competente, nos casos de
infração continuada e a partir da terceira reincidência.
§ 7.º - As penalidades de embargo e demolição serão impostas na hipótese de obras ou
construções feitas sem licença ou com ela desconformes.
§ 8.º - A penalidade de recolhimento temporário ou definitivo será aplicada nos casos de perigo à
saúde pública ou, a critério da autoridade pública, nos de infração continuada ou a partir da
terceira reincidência.
§ 9.º - A penalidade de suspensão de financiamento e benefícios fiscais será imposta conforme
dispõe o inciso V do Artigo 8.° desta lei.
§ 10 - As penalidades estabelecidas nos incisos III e IV deste artigo poderão ser impostas
cumulativamente com as previstas nos incisos I e II
Artigo 31 - As multas poderão ter sua exigibilidade suspensa quando o infrator, nos termos e
condições aceitas e aprovadas pelas autoridades competentes, se obrigar a adoção de medidas
específicas para fazer cessar e corrigir a degradação ambiental.
§ 1.º - Cumpridas todas as obrigações assumidas pelo infrator, a multa poderá ter redução de até
50% (cinquenta por cento) de seu valor.
§ 2.º - O infrator não poderá beneficiar-se da redução da multa prevista neste artigo se deixar de
cumprir, parcial ou totalmente, qualquer das medidas especificadas nos prazos estabelecidos e
nos casos de reincidência.
Artigo 32 - Independentemente da aplicação das penalidades referidas no Artigo 30 e da
existência de culpa, fica o poluidor obrigado a indenizar ou reparar os danos causados ao meio
ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade.
Artigo 33 - As entidades e órgãos do SEAQUA deverão encaminhar direta e imediatamente ao
Ministério Público do Estado os elementos necessários para as providências de sua alçada em
relação ao poluidor que expuser a perigo a incolumidade humana, animal ou vegetal, a situação
de perigo existente ou a estiver tornando mais grave, nos termos da legislação pertinente.
Parágrafo único - A autoridade, funcionário ou servidor que deixar de cumprir a obrigação de que
trata este artigo, ou agir para impedir, dificultar ou retardar o seu cumprimento, incorrerá nas
mesmas responsabilidades do poluidor. sem prejuízo das demais penalidades administrativas e
penais.
CAPITULO VII
Artigo 39 - O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta lei no prazo de 120 (cento e vinte)
dias, a contar de sua publicação, bem como, no mesmo prazo, fixará o valor das multas previstas
no Artigo 30 desta lei.
Artigo 40 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.
Artigo 1.º - Enquanto não for regulamentada a presente lei, continuará vigorando o valor das
multas estabelecidas na legislação vigente para os casos da espécie.
Artigo 2.º - Vetado.
Palácio dos Bandeirantes, 20 de março de 1997.
MÁRIO COVAS
Yoshiaki Nakano
Secretário da Fazenda
Fábio José Feldmann
Secretário do Meio Ambiente
Robson Marinho
Secretário-Chefe da Casa Civil
Antonio Angarita
Secretário do Governo e Gestão Estratégica
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 20 de março de 1997.
Dispõe sobre a Politica Estadual do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e
aplicação
Ficha informativa
LEI Nº 13.507, DE 23 DE ABRIL DE 2009
Ficha informativa
LEI Nº 12.300, DE 16 DE MARÇO DE 2006
(Projeto de lei nº 326/2005, do Deputado Arnaldo Jardim - PPS e outros)
TÍTULO I
Da Política Estadual De Resíduos Sólidos
CAPÍTULO I
Dos Princípios e Objetivos
Artigo 1º - Esta lei institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos e define princípios e diretrizes,
objetivos, instrumentos para a gestão integrada e compartilhada de resíduos sólidos, com vistas à
prevenção e ao controle da poluição, à proteção e à recuperação da qualidade do meio ambiente,
e à promoção da saúde pública, assegurando o uso adequado dos recursos ambientais no Estado
de São Paulo.
Artigo 2º - São princípios da Política Estadual de Resíduos Sólidos:
I - a visão sistêmica na gestão dos resíduos sólidos que leve em consideração as variáveis
ambientais, sociais, culturais, econômicas, tecnológicas e de saúde pública;
II - a gestão integrada e compartilhada dos resíduos sólidos por meio da articulação entre Poder
Público, iniciativa privada e demais segmentos da sociedade civil;
III - a cooperação interinstitucional com os órgãos da União e dos Municípios, bem como entre
secretarias, órgãos e agências estaduais;
IV - a promoção de padrões sustentáveis de produção e consumo;
V - a prevenção da poluição mediante práticas que promovam a redução ou eliminação de
resíduos na fonte geradora;
VI - a minimização dos resíduos por meio de incentivos às práticas ambientalmente adequadas de
reutilização, reciclagem, redução e recuperação;
VII - a garantia da sociedade ao direito à informação, pelo gerador, sobre o potencial de
degradação ambiental dos produtos e o impacto na saúde pública;
VIII - o acesso da sociedade à educação ambiental;
IX - a adoção do princípio do poluidor-pagador;
X - a responsabilidade dos produtores ou importadores de matérias-primas, de produtos
intermediários ou acabados, transportadores, distribuidores, comerciantes, consumidores,
catadores, coletores, administradores e proprietários de área de uso público e coletivo e
operadores de resíduos sólidos em qualquer das fases de seu gerenciamento;
XI - a atuação em consonância com as políticas estaduais de recursos hídricos, meio ambiente,
saneamento, saúde, educação e desenvolvimento urbano;
XII - o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico,
gerador de trabalho e renda;
Artigo 3º - São objetivos da Política Estadual de Resíduos Sólidos:
I - o uso sustentável, racional e eficiente dos recursos naturais;
II - a preservação e a melhoria da qualidade do meio ambiente, da saúde pública e a recuperação
das áreas degradadas por resíduos sólidos;
III - reduzir a quantidade e a nocividade dos resíduos sólidos, evitar os problemas ambientais e de
saúde pública por eles gerados e erradicar os "lixões", "aterros controlados" , "bota-foras" e
demais destinações inadequadas;
IV - promover a inclusão social de catadores, nos serviços de coleta seletiva;
V - erradicar o trabalho infantil em resíduos sólidos promovendo a sua integração social e de sua
família;
VI - incentivar a cooperação intermunicipal, estimulando a busca de soluções consorciadas e a
solução conjunta dos problemas de gestão de resíduos de todas as origens;
VII - fomentar a implantação do sistema de coleta seletiva nos Municípios.
Parágrafo único - Para alcançar os objetivos colimados, caberá ao Poder Público, em parceria
com a iniciativa privada:
1. articular, estimular e assegurar as ações de eliminação, redução, reutilização, reciclagem,
recuperação, coleta, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos;
2. incentivar a pesquisa, o desenvolvimento, a adoção e a divulgação de novas tecnologias de
reciclagem, tratamento e disposição final de resíduos sólidos, inclusive de prevenção à poluição;
3. incentivar a informação sobre o perfil e o impacto ambiental de produtos através da
autodeclaração na rotulagem, análise de ciclo de vida e certificação ambiental;
4. promover ações direcionadas à criação de mercados locais e regionais para os materiais
recicláveis e reciclados;
5. incentivar ações que visem ao uso racional de embalagens;
6. instituir linhas de crédito e financiamento para a elaboração e implantação de Planos de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos;
7. instituir programas específicos de incentivo para a implantação de sistemas ambientalmente
adequados de tratamento e disposição final de resíduos sólidos;
8. promover a implantação, em parceria com os Municípios, instituições de ensino e pesquisa e
organizações não-governamentais, de programa estadual de capacitação de recursos humanos
com atuação na área de resíduos sólidos;
9. incentivar a criação e o desenvolvimento de cooperativas e associações de catadores de
materiais recicláveis que realizam a coleta e a separação, o beneficiamento e o reaproveitamento
de resíduos sólidos reutilizáveis ou recicláveis;
10. promover ações que conscientizem e disciplinem os cidadãos para o adequado uso do sistema
de coleta de resíduos sólidos urbanos;
11. assegurar a regularidade, continuidade e universalidade nos sistemas de coleta, transporte,
tratamento e disposição de resíduos sólidos urbanos;
12. criar incentivos aos Municípios que se dispuserem a implantar, ou a permitir a implantação, em
seus territórios, de instalações licenciadas para tratamento e disposição final de resíduos sólidos,
oriundos de quaisquer outros Municípios;
13. implantar Sistema Declaratório Anual para o controle da geração, estocagem, transporte e
destinação final de resíduos industriais;
14. promover e exigir a recuperação das áreas degradadas ou contaminadas por gerenciamento
inadequado dos resíduos sólidos mediante procedimentos específicos fixados em regulamento;
15. promover a gestão integrada e compartilhada de resíduos sólidos, apoiando a concepção,
implementação e gerenciamento dos sistemas de resíduos sólidos com participação social e
sustentabilidade.
CAPÍTULO II
DOS INSTRUMENTOS
CAPÍTULO III
Das Definições
TÍTULO II
Da Gestão dos Resíduos Sólidos
CAPÍTULO I
Das Disposições Preliminares
Artigo 19 - O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, a ser elaborado pelo gerenciador dos
resíduos e de acordo com os critérios estabelecidos pelos órgãos de saúde e do meio ambiente,
constitui documento obrigatoriamente integrante do processo de licenciamento das atividades e
deve contemplar os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento,
armazenamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final, bem como a eliminação dos
riscos, a proteção à saúde e ao ambiente, devendo contemplar em sua elaboração e
implementação:
I - vetado;
II - as diretrizes estabelecidas no Plano Estadual de Recursos Hídricos e no Plano Estadual de
Saneamento, quando houver;
III - o cronograma de implantação e programa de monitoramento e avaliação das medidas e das
ações implementadas.
Parágrafo único - O programa de monitoramento e demais mecanismos de acompanhamento
das metas dos planos de gerenciamento de resíduos previstos nesta lei serão definidos em
regulamento.
Artigo 20 - O Estado apoiará, de modo a ser definido em regulamento, os Municípios que
gerenciarem os resíduos urbanos em conformidade com Planos de Gerenciamento de Resíduos
Urbanos.
§ 1º - Os Planos referidos no "caput" deverão ser apresentados a cada quatro anos e contemplar:
1. a origem, a quantidade e a caracterização dos resíduos gerados, bem como os prazos máximos
para sua destinação;
2. a estratégia geral do responsável pela geração, reciclagem, tratamento e disposição dos
resíduos sólidos, inclusive os provenientes dos serviços de saúde, com vistas à proteção da saúde
pública e do meio ambiente;
3. as medidas que conduzam à otimização de recursos, por meio da cooperação entre os
Municípios, assegurada a participação da sociedade civil, com vistas à implantação de soluções
conjuntas e ação integrada;
4. a definição e a descrição de medidas e soluções direcionadas:
a) às praticas de prevenção à poluição;
b) à minimização dos resíduos gerados, através da reutilização, reciclagem e recuperação;
c) à compostagem;
d) ao tratamento ambientalmente adequado;
5. os tipos e a setorização da coleta;
6. a forma de transporte, armazenamento e disposição final;
7. as ações preventivas e corretivas a serem praticadas no caso de manuseio incorreto ou de
acidentes;
8. as áreas para as futuras instalações de recebimento de resíduos, em consonância com os
Planos Diretores e legislação de uso e ocupação do solo;
9. o diagnóstico da situação gerencial atual e a proposta institucional para a futura gestão do
sistema;
10. o diagnóstico e as ações sociais, com a avaliação da presença de catadores nos lixões e nas
ruas das cidades, bem como as alternativas da sua inclusão social;
11. as fontes de recursos para investimentos, operação do sistema e amortização de
financiamentos.
§ 2º - O horizonte de planejamento do Plano de Gerenciamento de Resíduos Urbanos deve ser
compatível com o período de implantação dos seus programas e projetos, ser periodicamente
revisado e compatibilizado com o plano anteriormente vigente.
§ 3º - Os Municípios com menos de 10.000 (dez mil) habitantes de população urbana, conforme
último censo, poderão apresentar Planos de Gerenciamento de Resíduos Urbanos simplificados,
na forma estabelecida em regulamento.
Artigo 21 - Os gerenciadores de resíduos industriais deverão seguir, na elaboração dos
respectivos Planos de Gerenciamento, as gradações de metas estabelecidas pelas suas
associações representativas setoriais e pelo órgão ambiental.
§ 1º - Para os efeitos deste artigo, entre outros, serão considerados os seguintes setores
produtivos:
1. atividade de extração de minerais;
2. indústria metalúrgica;
3. indústria de produtos de minerais não-metálicos;
4. indústria de materiais de transporte;
5. indústria mecânica;
6. indústria de madeira, de mobiliário, e de papel, papelão e celulose;
7. indústria da borracha;
8. indústria de couros, peles e assemelhados e de calçados;
9. indústria química e petroquímica;
10. indústria de produtos farmacêuticos, veterinários e de higiene pessoal;
11. indústria de produtos alimentícios;
12. indústria de bebidas e fumo;
13. indústria têxtil e de vestuário, artefatos de tecidos e de viagem;
14. indústria da construção;
15. indústria de produção de materiais plásticos;
16. indústria de material elétrico, eletrônico e de comunicação;
17. indústria de embalagens.
§ 2º - O Plano de Gerenciamento de Resíduos Industriais poderá prever a implantação de Bolsas
de Resíduos, objetivando o reaproveitamento e o gerenciamento eficiente dos resíduos sólidos,
conforme definido em regulamento.
§ 3º - O Plano de Gerenciamento de Resíduos Industriais poderá prever a destinação em centrais
integradas de tratamento para múltiplos resíduos.
§ 4º - Os órgãos ambientais competentes poderão, na forma estabelecida em regulamento, exigir
a apresentação do Plano de Gerenciamento de Resíduos Industriais para efeito de aprovação,
avaliação e controle.
Artigo 22 - Os órgãos do meio ambiente e da saúde definirão os estabelecimentos de saúde que
estão obrigados a apresentar o Plano de Gerenciamento de Resíduos.
Artigo 23 - vetado.
Artigo 24 - vetado.
CAPÍTULO III
Dos Resíduos Urbanos
CAPÍTULO IV
Dos Resíduos Industriais
CAPÍTULO V
Dos Resíduos Perigosos
Artigo 35 - Os resíduos perigosos que, por suas características, exijam ou possam exigir sistemas
especiais para acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento ou destinação
final, de forma a evitar danos ao meio ambiente e à saúde pública, deverão receber tratamento
diferenciado durante as operações de segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento,
transporte, tratamento e disposição final.
Artigo 36 - O licenciamento, pela autoridade de controle ambiental, de empreendimento ou
atividade que gere resíduo perigoso condicionar-se-á à comprovação de capacidade técnica para
o seu gerenciamento.
Artigo 37 - vetado:
I - vetado;
II - vetado;
III - vetado;
IV - vetado;
V - vetado;
VI - vetado.
Artigo 38 - A coleta e gerenciamento de resíduos perigosos, quando não forem executados pelo
próprio gerador, somente poderão ser exercidos por empresas autorizadas pelo órgão de controle
ambiental para tal fim.
Artigo 39 - O transporte dos resíduos perigosos deverá ser feito com emprego de equipamentos
adequados, sendo devidamente acondicionados e rotulados em conformidade com as normas
nacionais e internacionais pertinentes.
Parágrafo único - Quando houver movimentação de resíduos perigosos para fora da unidade
geradora, os geradores, transportadores e as unidades receptoras de resíduos perigosos deverão,
obrigatoriamente, utilizar o Manifesto de Transporte de Resíduos, de acordo com critérios
estabelecidos pela legislação vigente.
Artigo 40 - Aquele que executar o transporte de resíduos perigosos deverá verificar, junto aos
órgãos de trânsito do Estado e dos Municípios, as rotas preferenciais por onde a carga deverá
passar, e informar ao órgão de controle ambiental estadual o roteiro de transporte.
TÍTULO III
Da Informação
CAPÍTULO I
Da Informação e da Educação Ambiental
CAPÍTULO II
Do Sistema Declaratório Anual
TÍTULO IV
Das Responsabilidades, Infrações E Penalidades
CAPÍTULO I
Das Responsabilidades
CAPÍTULO II
Das Infrações e Penalidades
Artigo 58 - Constitui infração, para efeitos desta lei, toda ação ou omissão que importe
inobservância dos preceitos por ela estabelecidos.
Artigo 59 - As infrações às disposições desta lei, do seu regulamento e dos padrões e exigências
técnicas dela decorrentes serão sancionadas em conformidade com o disposto nos artigos 28 a 33
da Lei nº 9.509, de 20 de março de 1997, e legislação pertinente.
Artigo 60 - Os custos resultantes da aplicação da sanção de interdição temporária ou definitiva
correrão por conta do infrator.
Artigo 61 - vetado.
Artigo 62 - Constatada a infração às disposições desta lei, os órgãos da administração pública
encarregados do licenciamento e da fiscalização ambientais poderão diligenciar, junto ao infrator,
no sentido de formalizar termo de compromisso de ajustamento de conduta ambiental com força
de título executivo extrajudicial, que terá por objetivo cessar, adaptar, recompor, corrigir ou
minimizar os efeitos negativos sobre o meio ambiente, independentemente da aplicação das
sanções cabíveis.
§ 1º - As multas pecuniárias aplicadas poderão ser reduzidas em até 50% (cinqüenta por cento) de
seu valor, e as demais sanções terão sua exigibilidade suspensa, conforme dispuser o
regulamento desta lei.
§ 2º - O não-cumprimento total ou parcial do convencionado no termo de ajustamento de conduta
ambiental ensejará a execução das obrigações dele decorrentes, sem prejuízo das sanções
penais e administrativas aplicáveis à espécie.
CAPÍTULO III
Das Disposições Finais
Ficha informativa
LEI Nº 13.296, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2008
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Artigo 1º - Fica estabelecido, por esta lei, o tratamento tributário do Imposto sobre a Propriedade
de Veículos Automotores - IPVA.
Parágrafo único - Considera-se veículo automotor aquele dotado de mecanismo de propulsão
própria e que sirva para o transporte de pessoas ou coisas ou para a tração de veículos utilizados
para o transporte de pessoas ou coisas.
SEÇÃO II
DO FATO GERADOR
SEÇÃO III
DO CONTRIBUINTE E DO RESPONSÁVEL
SEÇÃO IV
SEÇÃO V
DAS ALÍQUOTAS
Artigo 9º - A alíquota do imposto, aplicada sobre a base de cálculo atribuída ao veículo, será de:
I - 1,5% (um inteiro e cinqüenta centésimos por cento) para veículos de carga, tipo caminhão;
II - 2% (dois por cento) para:
a) ônibus e microônibus;
b) caminhonetes cabine simples;
c) motocicletas, ciclomotores, motonetas, triciclos e quadriciclos;
d) máquinas de terraplenagem, empilhadeiras, guindastes, locomotivas, tratores e similares;
III - 3% (três por cento) para veículos que utilizarem motor especificado para funcionar,
exclusivamente, com os seguintes combustíveis: álcool, gás natural veicular ou eletricidade, ainda
que combinados entre si;
IV - 4% (quatro por cento) para qualquer veículo automotor não incluído nos incisos I a III deste
artigo.
§ 1º - A alíquota dos veículos automotores a que se refere o inciso IV deste artigo, destinados à
locação, de propriedade de empresas locadoras, ou cuja posse estas detenham em decorrência
de contrato de arrendamento mercantil, desde que registrados neste Estado, será reduzida em
50% (cinqüenta por cento).
§ 2º - Considera-se empresa locadora de veículos, para os efeitos do § 1º, a pessoa jurídica cuja
atividade de locação de veículos represente no mínimo 50% (cinqüenta por cento) de sua receita
bruta, mediante reconhecimento, segundo disciplina estabelecida pela Secretaria da Fazenda.
§ 3º - Será aplicada, excepcionalmente, a alíquota de 3% (três por cento) para veículos fabricados
até 31 de dezembro de 2008 que utilizarem motor especificado para funcionar exclusivamente a
gasolina, quando adaptado, até a mesma data, para funcionar de maneira combinada com gás
natural veicular, ficando convalidados os procedimentos anteriormente adotados.
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SEÇÃO VI
DO CÁLCULO DO IMPOSTO
Artigo 10 - O valor do imposto será obtido mediante a multiplicação da alíquota pela base de
cálculo.
Artigo 11 - Nos casos de que tratam os incisos II a X, alíneas "b" e "c" do artigo 3º desta lei, o
imposto será calculado de forma proporcional ao número de meses restantes do ano civil.
Parágrafo único - Para efeito de contagem do número de meses restantes do ano civil, será
incluído o mês da ocorrência do fato gerador.
SEÇÃO VII
SEÇÃO VIII
DO LANÇAMENTO DO IMPOSTO
SEÇÃO IX
DO RECOLHIMENTO DO IMPOSTO
Artigo 21 - O imposto do veículo usado será devido anualmente na data da ocorrência do fato
gerador, e deverá ser pago à vista no mês de fevereiro ou em três parcelas mensais, iguais e
consecutivas, vencíveis nos meses de janeiro, fevereiro e março, desde que a primeira seja
recolhida integralmente no respectivo vencimento no mês de janeiro e o valor de cada parcela seja
equivalente a, no mínimo, 2 (duas) UFESPs do mês do recolhimento.
§ 1º - O imposto relativo ao veículo de carga usado, categoria caminhão, poderá ser pago à vista
no mês de abril ou em três parcelas iguais e consecutivas, vencíveis nos meses de março, junho e
setembro, desde que a primeira seja recolhida integralmente no respectivo vencimento no mês de
março e o valor de cada parcela seja equivalente a, no mínimo, 2 (duas) UFESPs do mês do
recolhimento.
§ 2º - A opção pelo pagamento parcelado dar-se-á pelo recolhimento voluntário da primeira
parcela no mês de janeiro, para os casos previstos no "caput", e no mês de março, para os casos
previstos no § 1º deste artigo.
§ 3º - Sobre o valor do imposto recolhido integralmente no mês de janeiro, conceder-se-á
desconto, a ser fixado pelo Poder Executivo.
§ 4º - Os dias de vencimento do imposto serão fixados pelo Poder Executivo.
§ 5º - Será considerado rompido o parcelamento sempre que não for observada a data de
vencimento e o pagamento integral de qualquer uma das duas últimas parcelas, sujeitando-se o
contribuinte ou o responsável aos acréscimos legais e à disciplina estabelecida no artigo 18 desta
lei.
§ 6º - O imposto devido por empresa locadora, nos termos da alínea "b" do inciso X do artigo 3º
desta lei, será pago integralmente no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data do fato gerador.
Artigo 22 - O recolhimento do imposto, relativamente a veículo novo, deverá ser efetuado
integralmente no prazo de 30 (trinta) dias contados:
I - da data da emissão da Nota Fiscal referente à sua aquisição;
II - da data de seu desembaraço aduaneiro, em se tratando de veículo importado diretamente pelo
consumidor;
III - da data de sua incorporação ao ativo permanente, em se tratando de veículo colocado em uso
por aquele que o fabricou ou por revendedores;
IV - da data de sua autorização para uso, em se tratando de veículo não fabricado em série;
V - da data de saída constante da Nota Fiscal de venda da carroceria, em se tratando de veículo
objeto de encarroçamento, nos casos em que o chassi tenha sido adquirido separadamente.
§ 1º - Sobre o valor do imposto recolhido integralmente até o 5º (quinto) dia útil posterior à data da
emissão da Nota Fiscal referente à aquisição do veículo novo, ou à data em que o mesmo tenha
sido incorporado ao ativo permanente, poderá ser concedido desconto a ser fixado pelo Poder
Executivo.
§ 2º - O imposto relativo a veículo novo poderá ser pago em 3 (três) parcelas mensais, iguais e
consecutivas, desde que a primeira seja paga no prazo previsto no "caput" deste artigo, vencendo
as demais no mesmo dia dos meses subseqüentes ao do vencimento da primeira.
Artigo 23 - No caso de veículo alienado em hasta pública, o débito vencido e não pago deverá ser
deduzido do montante arrecadado na venda e recolhido até o 3º (terceiro) dia útil após a
realização do leilão.
Artigo 24 - Será exigido o recolhimento integral do imposto referente ao exercício, ressalvado o
disposto no artigo 14 desta lei, bem como do débito em atraso, no momento da exclusão do
veículo do Cadastro de Contribuintes do IPVA.
Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se, também, na hipótese de transferência do
registro do veículo para outro Estado.
Artigo 25 - Nenhum veículo será registrado ou licenciado perante as repartições competentes sem
a prova do pagamento do imposto ou de que é imune, isento ou de que está dispensado o seu
pagamento.
Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se, igualmente, aos casos de renovação,
averbação, cancelamento e a quaisquer outros atos que impliquem alteração no registro do
veículo.
Artigo 26 - Não se exigirá, nos casos de inscrição no Cadastro de Contribuintes do IPVA, novo
pagamento do imposto já solvido em outra unidade da federação, observado sempre o respectivo
exercício fiscal, ressalvadas as hipóteses em que:
I - deveria ter sido integralmente pago ao Fisco deste Estado;
II - seja devido proporcionalmente a este Estado por empresa locadora, nos termos das alíneas "b"
e "c" do inciso X do artigo 3º e do artigo 11, desta lei.
§ 1º - Os efeitos da insolvência ou do pagamento do imposto transmitem-se ao novo proprietário
do veículo para fins de registro ou alteração de assentamentos perante o órgão de trânsito e o
Cadastro de Contribuintes do IPVA.
§ 2º - Se não comprovar o pagamento do imposto a outra unidade federada, o proprietário deverá,
para proceder à transferência, recolher o imposto proporcionalmente ao número de meses
restantes do exercício fiscal, calculado a partir do mês em que deveria ter se inscrito no Cadastro
de Contribuintes do IPVA deste Estado, conforme o disposto no artigo 11 desta lei.
SEÇÃO X
Artigo 27 - O imposto não recolhido no prazo determinado nesta lei estará sujeito a acréscimos
moratórios correspondentes a 0,33% (trinta e três centésimos por cento) por dia de atraso, até o
limite de 20% (vinte por cento), calculados sobre o valor do imposto.
Parágrafo único - Após a inscrição em dívida ativa, os acréscimos moratórios corresponderão a 1
(uma) vez o valor do imposto.
Artigo 28 - O montante do imposto recolhido a destempo fica ainda sujeito a juros equivalentes,
por mês, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC, para títulos
federais, acumulada mensalmente.
§ 1º - Os juros equivalerão a 1% (um por cento) para fração de mês, assim entendido qualquer
período de tempo inferior a um mês.
§ 2º - Ocorrendo a extinção, substituição ou modificação da taxa de juros prevista neste artigo, o
Poder Executivo adotará outro indicador oficial que reflita o custo do crédito no mercado
financeiro.
§ 3º - Em nenhuma hipótese a taxa de juros será inferior a 1% (um por cento) ao mês.
§ 4º - O Poder Executivo divulgará, mensalmente, a taxa a que se refere esse artigo.
§ 5º - Os juros serão calculados sobre os acréscimos moratórios e também sobre os valores das
penalidades.
Artigo 29 - Os encargos previstos nos artigos 27 e 28 desta lei são decorrência natural da mora e
serão exigidos independentemente de lançamento de ofício.
SEÇÃO XI
SEÇÃO XII
SEÇÃO XIII
DAS PENALIDADES
SEÇÃO XIV
DA REPARTIÇÃO DA RECEITA
SEÇÃO XV
SEÇÃO XVI
Artigo 49 - Aplica-se ao IPVA, no que couber, a legislação do ICMS referente às normas sobre
administração tributária, especialmente os dispositivos da Lei nº. 6.374, de 1º de março de 1989,
no que refere:
I - ao procedimento administrativo de consulta sobre interpretação e aplicação da legislação
tributária;
II - ao pagamento com desconto da multa fixada no Auto de Infração e Imposição de Multa;
III - ao parcelamento de débitos fiscais.
Artigo 50 - As disposições desta lei relativas às empresas locadoras serão aplicáveis aos veículos
de propriedade de empresas de arrendamento mercantil ("leasing") quando o arrendatário for
empresa locadora.
Artigo 51 - No caso de a UFESP deixar de existir como índice de referência, será aplicado o
índice que vier a substituí-la.
Artigo 52 - Ficam cancelados os débitos fiscais do IPVA, devidos a este Estado e relativos a
veículo automotor terrestre, decorrentes de fatos geradores ocorridos até 31 de dezembro de 2008
e durante o período em que o veículo permaneceu registrado em órgão de trânsito de outra
unidade federada, desde que o proprietário, com domicílio neste Estado, cumulativamente:
I - tratando-se de pessoa física, comprove, em conformidade com o disposto no artigo 4º desta lei:
a) em relação à totalidade de veículos de sua propriedade em 1º de janeiro de 2009, que estes
foram objeto de registro no órgão de trânsito do Estado de São Paulo ou que, alternativamente, já
tenha iniciado o procedimento para o referido registro até 31 de março de 2009;
b) em relação à totalidade dos veículos adquiridos após 1º de janeiro de 2009, que estes se
encontram registrados no órgão de trânsito do Estado de São Paulo;
II - tratando-se de pessoa jurídica, comprove, em conformidade com o disposto no artigo 4º desta
lei:
a) em relação à totalidade de veículos de sua propriedade em 1º de janeiro de 2009, que estes
foram objeto de registro no órgão de trânsito do Estado de São Paulo até 30 de junho de 2008;
b) em relação à totalidade dos veículos adquiridos após 1º de julho de 2008, que estes se
encontram registrados no órgão de trânsito do Estado de São Paulo;
III - apresente requerimento à Secretaria da Fazenda, até 29 de maio de 2009, solicitando o
cancelamento dos débitos fiscais nos termos deste artigo, contendo:
a) relação completa dos veículos com débitos fiscais, ainda que não tenham sido reclamados por
meio de Notificação de Lançamento ou de Auto de Infração e Imposição de Multa;
b) comprovante do recolhimento integral do IPVA do exercício de 2009, em favor do Estado de
São Paulo, relativo aos veículos mencionados nos incisos I e II.
§ 1º - Para fins do cancelamento previsto neste artigo, considera-se débito fiscal a soma do
imposto, das multas e dos demais acréscimos legais correspondentes a cada fato gerador.
§ 2º - O cancelamento de que trata este artigo abrange o débito fiscal relativo a veículo cuja
propriedade foi transferida a terceiros em data anterior a 1º de janeiro de 2009, correspondente
aos fatos geradores em idêntica situação e sob a responsabilidade do proprietário indicado no
"caput", desde que observadas, no que couber, as condições previstas neste artigo.
§ 3º - A extinção das execuções fiscais relativas aos débitos fiscais cancelados nos termos deste
artigo será requerida pelo interessado, ficando dispensado o recolhimento das custas judiciais e
honorários advocatícios.
§ 4º - O disposto neste artigo não autoriza a restituição ou compensação de importância já
recolhida ou depositada em juízo, relativamente à situação em que haja decisão transitada em
julgado.
§ 5º - Na hipótese em que pelo menos 80% (oitenta por cento) dos veículos de propriedade de
pessoa jurídica tenha sido objeto do registro a que se refere a alínea "a" do inciso II, até a data ali
indicada, será admitida, excepcionalmente, a aplicação do cancelamento de débitos previsto neste
artigo, desde que o restante dos veículos da pessoa jurídica seja registrado no órgão de trânsito
do Estado de São Paulo até 30 de janeiro de 2009, observadas as demais condições
estabelecidas neste artigo.
§ 6º - O Poder Executivo estabelecerá disciplina para os procedimentos de cancelamento de
débitos de IPVA de que trata este artigo.
Artigo 53 - O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta lei.
Artigo 54 - Fica revogada a Lei nº 6.606, de 20 de dezembro de 1989.
Artigo 55 - Esta lei e suas Disposições Transitórias entram em vigor na data de sua publicação,
produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2009.
Parágrafo único - O disposto no § 4º do artigo 7º somente produzirá efeitos a partir de 1º de
janeiro de 2010.
SEÇÃO XVII
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Artigo 1º - A base de cálculo utilizada para o cálculo do imposto dos veículos usados referente ao
exercício de 2009 será aquela divulgada pelo Poder Executivo de acordo com os critérios fixados
na Lei nº 6.606, de 20 de dezembro de 1989.
Artigo 2º - O Poder Executivo poderá estabelecer prazos especiais para que os contribuintes e
responsáveis promovam as adaptações necessárias à observância do disposto nesta lei.
Artigo 3º - Enquanto não for instituído o Cadastro de Contribuintes do IPVA a que se referem os
artigos 30 e 31 desta lei, serão utilizadas as informações constantes do cadastro de veículos do
Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN.
Palácio dos Bandeirantes, aos 23 de dezembro de 2008.
José Serra
Francisco Vidal Luna
Secretário de Economia e Planejamento
Mauro Ricardo Machado Costa
Secretário da Fazenda
Humberto Rodrigues da Silva
Secretário-Adjunto, respondendo pelo expediente da Casa Civil
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 23 de dezembro de 2008.
A
Ficha informativa
Texto com alterações
LEI Nº 10.705, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2000
(Atualizada até a Lei n° 16.050 de 15 de dezembro de 2015)
Dispõe sobre a instituição do Imposto sobre Transmissão "Causa Mortis" e Doação de Quaisquer
Bens ou Direitos - ITCMD
CAPÍTULO I
da Incidência
CAPÍTULO II
das Isenções
CAPÍTULO III
dos Contribuintes e Responsáveis
CAPÍTULO IV
da Base de Cálculo
Artigo 9º - A base de cálculo do imposto é o valor venal do bem ou direito transmitido, expresso
em moeda nacional ou em UFESPs (Unidades Fiscais do Estado de São Paulo).
§ 1º - Para os fins de que trata esta lei, considera-se valor venal o valor de mercado do bem ou
direito na data da abertura da sucessão ou da realização do ato ou contrato de doação.
§ 2º - Nos casos a seguir, a base de cálculo é equivalente a:
1. 1/3 (um terço) do valor do bem, na transmissão não onerosa do domínio útil;
2. 2/3 (dois tergos) do valor do bem, na transmissão não onerosa do domínio direto;
3.1/3 (um terço) do valor do bem, na instituição do usufruto, por ato não oneroso;
4. 2/3 (dois terços) do valor do bem, na transmissão não onerosa da nua-propriedade.
§ 3º - Na hipótese de sucessivas doações entre os mesmos doador e donatário, serão
consideradas todas as transmissões realizadas a esse título, dentro de cada ano civil, devendo o
imposto ser recalculado a cada nova doação, adicionando-se à base de cálculo os valores dos
bens anteriormente transmitidos e deduzindo-se os valores dos impostos já recolhidos. (NR)
§ 4º - Para a apuração da base de cálculo poderá ser exigida a apresentação de declaração,
conforme dispuser o regulamento. (NR)
- §§ 3º e 4º acrescentados pela Lei nº 10.992, de 21/12/2001, produzindo efeitos a partir de 01/01/2002.
Artigo 10 - O valor do bem ou direito na transmissão "causa mortis" e o atribuído na avaliação
judicial e homologado pelo Juiz.
§ 1º - Se não couber ou for prescindível a avaliação, o valor será o declarado pelo inventariante,
desde que haja expressa anuência da Fazenda, observadas as disposições do artigo 9°, ou o
proposto por esta e aceito pelos herdeiros, seguido, em ambos os casos, da homologação judicial.
§ 2º - Na hipótese de avaliação judicial ou administrativa, será considerado o valor do bem ou
direito na data da sua realização.
§ 3º - As disposições deste artigo aplicam-se, no que couber, ás demais partilhas ou divisões de
bens sujeitas a processo judicial das quais resultem atos tributáveis.
Artigo 11 - Não concordando a Fazenda com valor declarado ou atribuído a bem ou direito do
espólio, instaurar-se-á o respectivo procedimento administrativo de arbitramento da base de
cálculo, para fins de lançamento e notificação do contribuinte, que poderá impugna-lo.
§ 1º - Fica assegurado ao interessado o direito de requerer avaliação judicial, incumbindo-lhe,
neste caso, o pagamento das despesas.
§ 2º - As disposições deste artigo aplicam-se, no que couber, as demais partilhas ou divisões de
bens sujeitas a processo judicial das quais resultem atos tributáveis.
Artigo 12 - No cálculo do imposto, não serão abatidas quaisquer dívidas que onerem o bem
transmitido, nem as do espólio.
Artigo 13 - No caso de imóvel, o valor da base de cálculo não será inferior:
I - em se tratando de imóvel urbano ou direito a ele relativo, ao fixado para o lançamento do
Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana IPTU;
II - em se tratando de imóvel rural ou direito a ele relativo, ao valor total do imóvel declarado pelo
contribuinte para efeito de lançamento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR.
Artigo 14 - No caso de bem móvel ou direito não abrangido pelo disposto nos artigos 9°, 10 e 13,
a base de cálculo e o valor corrente de mercado do bem, título, crédito ou direito, na data da
transmissão ou do ato translativo.
§ 1º - A falta do valor de que trata este artigo, admitir-se-á o que for declarado pelo interessado,
ressalvada a revisão do lançamento pela autoridade competente, nos termos do artigo 11.
§ 2º - O valor das ações representativas do capital de sociedades é determinado segundo a sua
cotação média alcançada na Bolsa de Valores, na data da transmissão, ou na imediatamente
anterior, quando não houver pregão ou quando a mesma não tiver sido negociada naquele dia,
regredindo-se, se for o caso, até o máximo de 180 (cento e oitenta) dias. (NR)
§ 3º - Nos casos em que a ação, quota, participação ou qualquer título representativo do capital
social não for objeto de negociação ou não tiver sido negociado nos últimos 180 (cento e oitenta)
dias, admitir-se-á o respectivo valor patrimonial. (NR)
- §§ 2º e 3º com redação dada Lei nº 10.992, de 21/12/2001, produzindo efeitos a partir de 01/01/2002.
Artigo 15 - O valor da base de cálculo é considerado na data da abertura da sucessão, do
contrato de doação ou da avaliação, devendo ser atualizado monetariamente, a partir do dia
seguinte, segundo a variação da Unidade Fiscal do Estado de São Paulo - UFESP, até a data
prevista na legislação tributária para o recolhimento do imposto. (NR)
§ 1º - O valor venal de determinado bem ou direito que houver sido fixado em data distinta daquela
em que ocorreu o fato gerador deverá ser expresso em UFESPs. (NR)
§ 2º - Para os fins do disposto no parágrafo anterior, será observado o valor da UFESP vigente na
data da fixação do valor venal. (NR)
§ 3º - Não havendo correção monetária da UFESP, aplicar-se-á o índice adotado à época para
cálculo da inflação, nos prazos já estabelecidos neste artigo. (NR)
- Artigo 15 com redação dada Lei nº 10.992, de 21/12/2001, produzindo efeitos a partir de 01/01/2002.
CAPÍTULO V
da Alíquota
Artigo 16 - O imposto é calculado aplicando-se a alíquota de 4% (quatro por cento) sobre o valor
fixado para a base de cálculo. (NR)
Parágrafo único - O imposto devido é resultante da soma total da quantia apurada na respectiva
operação de aplicação dos porcentuais sobre cada uma das parcelas em que vier a ser
decomposta a base de cálculo. (NR)
- Artigo 16 com redação dada Lei nº 10.992, de 21/12/2001, produzindo efeitos a partir de 01/01/2002.
CAPÍTULO VI
do Recolhimento do Imposto
Artigo 17 - Na transmissão "causa mortis", o imposto será pago até o prazo de 30 (trinta) dias
após a decisão homologatória do cálculo ou do despacho que determinar seu pagamento,
observado o disposto no artigo 15 desta lei.
§ 1º - O prazo de recolhimento do imposto não poderá ser superior a 180 (cento e oitenta) dias da
abertura da sucessão, sob pena de sujeitar-se o débito à taxa de juros prevista no artigo 20,
acrescido das penalidades cabíveis, ressalvado, por motivo justo, o caso de dilação desse prazo
pela autoridade judicial. (NR)
- Parágrafo único transformado em § 1º pela Lei nº 10.992, de 21/12/2001.
§ 2º - Sobre o valor do imposto devido, desde que recolhido no prazo de 90 (noventa) dias, a
contar da abertura da sucessão, o Poder Executivo poderá conceder desconto, a ser fixado por
decreto. (NR)
- § 2º acrescentado pela Lei nº 10.992, de 21/12/2001, produzindo efeitos a partir de 01/01/2002.
Artigo 18 - Na doação, o imposto será recolhido antes da celebração do ato ou contrato
correspondente.
§ 1º - Na partilha de bem ou divisão de patrimônio comum, quando devido, o imposto será pago no
prazo de 15 (quinze) dias do trânsito em julgado da sentença ou antes da lavratura da escritura
pública.
§ 2º - Os tabeliães e serventuários, responsáveis pela lavratura de atos que importem em doação
de bens, ficam obrigados a exigir dos contratantes a apresentação da respectiva guia de
recolhimento do imposto, cujos dados devem constar do instrumento de transmissão.
§ 3º - No contrato de doação por instrumento particular, os contratantes também ficam obrigados a
efetuar o recolhimento antes da celebração e mencionar, em seu contexto, a data, valor e demais
dados da guia respectiva.
§ 4º - A doação ajustada verbalmente, aplicam-se, no que couber, as disposições deste artigo,
devendo os contratantes, na forma estabelecida em regulamento, fazer constar da guia de
recolhimento dados suficientes para identificar o ato jurídico efetivado.
§ 5º - Todo aquele que praticar, registrar ou intervier em ato ou contrato, relativo à doação de bem,
está obrigado a exigir dos contratantes a apresentação da respectiva guia de recolhimento do
imposto.
Artigo 19 - Quando não recolhido nos prazos previstos na legislação tributária, o débito do
imposto fica sujeito à incidência de multa, no percentual de 0,33% (trinta e três centésimos por
cento) por dia de atraso, limitado a 20% (vinte por cento). (NR)
- Artigo 19 com redação dada Lei nº 10.992, de 21/12/2001, produzindo efeitos a partir de 01/01/2002.
Artigo 20 - Quando não pago no prazo, o débito do imposto fica sujeito à incidência de juros de
mora, calculados de conformidade com as disposições contidas nos parágrafos deste artigo.
§ 1º - A taxa de juros de mora é equivalente:
1. por mês, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC) para
títulos federais, acumulada mensalmente;
2. por fração, a 1% (um por cento).
§ 2º - Considera-se, para efeito deste artigo:
1. mês, o período iniciado no dia 1° e findo no respectivo dia útil;
2. fração, qualquer período de tempo inferior a um mês, ainda que igual a um dia.
§ 3º - Em nenhuma hipótese, a taxa de juros prevista neste artigo poderá ser inferior a 1% (um por
cento) ao mês.
§ 4º - Ocorrendo a extinção, substituição ou modificação da taxa a que se refere o § 1°, o Poder
Executivo adotará outro indicador oficial que reflita o custo do crédito no mercado financeiro.
§ 5º - O valor dos juros deve ser fixado e exigido na data do pagamento do débito, incluindo-se
esse dia.
§ 6º - A Secretaria da Fazenda divulgará, mensalmente, a taxa a que se refere este artigo.
Í
CAPÍTULO VII
das Penalidades
CAPÍTULO VIII
da Administração Tributária
Artigo 25 - Não serão lavrados, registrados ou averbados pelo tabelião, escrivão e oficial de
Registro de Imóveis, atos e termos de seu cargo, sem a prova do pagamento do imposto.
Artigo 26 - O serventuário da Justiça é obrigado a facultar aos encarregados da fiscalização, em
cartório, o exame de livros, autos e papéis que interessem a arrecadação e fiscalização do
imposto.
Artigo 27 - O oficial do Registro Civil remeterá, mensalmente, à repartição fiscal da sede da
comarca, relação completa, em forma de mapa, de todos os óbitos registrados no cartório, com a
declaração da existência ou não de bens a inventariar.
Parágrafo único - Poderá a Secretaria da Fazenda estabelecer forma diversa para cumprimento
da obrigação prevista neste artigo.
Artigo 28 - Compete à Procuradoria Geral do Estado intervir e ser ouvida nos inventários,
arrolamentos e outros feitos processados neste Estado, no interesse da arrecadação do imposto
de que trata esta lei.
Artigo 29 - Em harmonia com o disposto no artigo anterior, cabe aos Agentes Fiscais de Rendas
investigar a existência de heranças e doações sujeitas ao imposto, podendo, para esse fim,
solicitar o exame de livros e informações dos cartdrios e demais repartições.
Artigo 30 - A Fazenda do Estado também será ouvida no processo de liquidação de sociedade,
motivada por falecimento de sócio.
Artigo 31 - A precatória proveniente de outro Estado ou do Distrito Federal, para avaliação de
bens aqui situados, não será devolvida sem o pagamento do imposto acaso devido.
Artigo 31-A - O procedimento administrativo de consulta sobre interpretação e aplicação da
legislação tributária do imposto instituído por esta lei observará, no que couber, as normas
pertinentes ao Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação
de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS. (NR)
- Artigo 31-A acrescentado pela Lei nº 10.992, de 21/12/2001, produzindo efeitos a partir de 01/01/2002.
CAPÍTULO IX
das Disposições Finais
Artigo 32 - Na transmissão “causa mortis”, o débito fiscal poderá ser recolhido em até 12 (doze)
prestações mensais e consecutivas, a critério dos Procuradores Chefes das Procuradorias Fiscal e
Regionais, no âmbito de suas respectivas competências, se não houver no monte importância
suficiente em dinheiro, título ou ação negociável, para o pagamento do débito fiscal. (NR)
§ 1º - Considera-se débito fiscal a soma do imposto, das multas, da atualização monetária, dos
juros de mora e dos acréscimos previstos na legislação. (NR)
§ 2º - O débito fiscal será consolidado nos termos do parágrafo anterior na data do deferimento do
parcelamento. (NR)
§ 3º - As prestações mensais serão calculadas, na data do vencimento, com o acréscimo
financeiro aplicável ao parcelamento do ICMS. (NR)
§ 4º - A primeira prestação será paga na data da assinatura do acordo, vencendo-se as seguintes
no mesmo dia dos meses subseqüentes. (NR)
- Artigo 32 com redação dada Lei nº 10.992, de 21/12/2001, produzindo efeitos a partir de 01/01/2002.
Artigo 33 - Em caso de doação, o Coordenador da Administração Tributária poderá conceder
parcelamento do imposto até o limite de 12 (doze) prestações mensais, observadas as prescrições
contidas nos parágrafos do artigo anterior.
Artigo 33-A - Ao Poder Executivo é facultado editar normas complementares relacionadas ao
cumprimento das obrigações principal e acessórias. (NR)
- Artigo 33-A acrescentado pela Lei nº 10.992, de 21/12/2001, produzindo efeitos a partir de 01/01/2002.
Artigo 34 - Fica dispensado o recolhimento de imposto que, relativamente a cada contribuinte,
resultar inferior a 1 (uma) UFESP (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo).
Artigo 35 - Esta lei entra em vigor em 1° de janeiro de 2001, ficando revogadas, nessa data, as
Leis n° 9.591, de 30 de dezembro de 1966, e n° 3.199, de 23 de dezembro de 1981.
Palácio dos Bandeirantes, 28 de dezembro de 2000.
MÁRIO COVAS
Yoshiaki Nakano
Secretário da Fazenda
João Caramez Secretário-Chefe da Casa Civil
Antonio Angarita
Secretário do Governo e Gestão Estratégica
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 28 de dezembro de 2000.
A
Ficha informativa
LEI Nº 6.374, DE 01 DE MARÇO DE 1989
TÍTULO I
Do Imposto
CAPÍTULO I
Da Incidência
CAPÍTULO II
SEÇÃO I
Da Não-Incidência
SEÇÃO II
SEÇÃO III
Artigo 6º - Quando o benefício fiscal depender de requisito a ser preenchido e não sendo este
satisfeito, o imposto será considerado devido a partir do momento em que tenha ocorrido a
operação ou a prestação.
§ 1º - O recolhimento do imposto far-se-á com multa e demais acréscimos legais, que serão
devidos a partir do vencimento do prazo em que o imposto deveria ter sido recolhido, caso a
operação ou prestação não fosse efetuada com o benefício fiscal, observadas, quanto ao termo
inicial de incidência, as respectivas normas reguladoras da matéria.
§ 2º - A outorga de beneficio não dispensa o contribuinte do cumprimento de obrigações
acessórias.
Í
TÍTULO II
Da Sujeição Passiva
CAPÍTULO I
Do Contribuinte
Artigo 7º - Contribuinte do imposto é qualquer pessoa, natural ou jurídica que, de modo habitual,
realize operações relativas à circulação de mercadorias ou preste serviços de transporte
interestadual ou intermunicipal ou de comunicação.
§ 1º - Incluem-se entre os contribuintes do imposto:
1 - o industrial, o comerciante, o produtor, o extrator e o gerador;
2 - o prestador de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação;
3 - a cooperativa;
4 - a instituição financeira e a seguradora;
5 - a sociedade civil de fim econômico;
6 - a sociedade civil de fim não econômico que explore estabelecimento de extração de substância
mineral ou fóssil, de produção agropecuária, industrial ou que comercialize mercadoria que para
esse fim adquira ou produza;
7 - os órgãos da Administração Pública, as entidades da Administração indireta e as fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público;
8 - a concessionária ou permissionária de serviço público de transporte interestadual e
intermunicipal, de comunicação e de energia elétrica;
9 - o prestador de serviços não compreendidos na competência tributária dos municípios que
envolvam fornecimento de mercadoria;
10 - o prestador de serviços compreendidos na competência tributária dos municípios que
envolvam fornecimento de mercadoria, com incidência do imposto estadual ressalvada em lei
complementar;
11 - o fornecedor de alimentação, bebida, outras mercadorias e dos serviços que lhes sejam
inerentes, em qualquer estabelecimento;
12 - qualquer pessoa indicada nos incisos anteriores que, na condição de consumidor final,
adquira bem ou serviço em operações ou prestações interestaduais;
13 - qualquer pessoa, natural ou jurídica, de direito público ou privado, que promova importação
de mercadoria, de bem ou de serviço do exterior ou que adquira em licitação mercadoria ou bem
importados do exterior e apreendidos;
14 - Os partidos políticos e suas fundações, templos de qualquer culto, entidades sindicais de
trabalhadores, instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, que realizem
operações ou prestações não relacionadas com suas finalidades essenciais.
§ 2º - O disposto no item 7 do § 1º aplica-se às pessoas ali indicadas que pratiquem operações ou
prestações de serviços relacionados com a exploração de atividades econômicas regidas pelas
normas a que se sujeitem os empreendimentos privados ou em que haja contraprestação ou
pagamento de preços ou tarifas.
§ 3º - O requisito da habitualidade não é exigido para caracterizar a sujeição passiva na entrada
de mercadoria importada do exterior.
CAPÍTULO II
Do Substituto
CAPÍTULO III
Do Responsável
CAPÍTULO IV
Do Estabelecimento
Artigo 12 - Para os efeitos desta lei, estabelecimento é o local, construído ou não, mesmo que
pertencente a terceiro, onde o contribuinte exerça toda ou parte de sua atividade, em caráter
permanente ou temporário, ainda que se destine a simples depósito ou armazenagem de
mercadorias ou bens relacionados com o exercício dessa atividade.
§ 1º - Na impossibilidade de determinação do estabelecimento nos termos deste artigo, considera-
se como tal o local em que tenha sido efetuada a operação ou prestação ou encontrada a
mercadoria.
§ 2º - O regulamento poderá considerar como estabelecimento outro local relacionado com a
atividade desenvolvida pelo contribuinte e, ainda, o veículo utilizado na exploração da atividade
econômica, excetuado o empregado para simples entrega de mercadoria a destinatário certo, em
decorrência de operação já realizada.
Artigo 13 - Lei ou regulamento poderá considerar estabelecimento autônomo, em relação ao
estabelecimento beneficiador, industrial, comercial ou cooperativo, ainda que do mesmo titular,
cada local de produção agropecuária ou extrativa , vegetal ou mineral, de geração, inclusive de
energia, de captura pesqueira ou de prestação de serviços situados na mesma área ou em áreas
descontínuas.
Artigo 14 - Para os efeitos desta lei é considerado:
I - depósito fechado, o estabelecimento que o contribuinte mantenha exclusivamente para
armazenamento de suas mercadorias;
II - comercial, o local fora do estabelecimento produtor em que o titular deste comercialize seus
produtos;
III - comercial ou industrial:
a) o estabelecimento produtor cujo titular seja pessoa jurídica;
b) o estabelecimento de produtor que esteja autorizado pelo fisco à observância das disposições a
que estão sujeitos os estabelecimentos de comerciantes e de industriais.
Parágrafo único - Considera-se comerciante ambulante a pessoa natural que exerça,
pessoalmente, por sua própria conta e a seus riscos, atividade comercial, sem estabelecimento
fixo, conforme dispuser o regulamento.
Artigo 15 - É de responsabilidade do respectivo titular a obrigação tributária atribuída pela
legislação ao estabelecimento.
Parágrafo único - Para efeito de cumprimento de obrigação tributária:
1 - entende-se autônomo cada estabelecimento do mesmo titular;
2 - são considerados em conjunto todos os estabelecimentos do mesmo titular, relativamente à
responsabilidade por débito do imposto, correção monetária, multas e acréscimos de qualquer
natureza.
CAPÍTULO V
Da Inscrição
Í
TÍTULO III
CAPÍTULO I
Da Obrigação Principal
SEÇÃO I
SEÇÃO II
Do Cálculo do Imposto
SUBSEÇÃO I
Da Base de Cálculo
SUBSEÇÃO II
Da Alíquota
SUBSEÇÃO III
Do Lançamento
Artigo 35 - O lançamento do imposto é feito nos documentos e nos livros fiscais com a descrição
da operação ou prestação, na forma prevista em regulamento.
Parágrafo único - Essa atividade é de exclusiva responsabilidade do contribuinte, ficando sujeita
a posterior homologação pela autoridade administrativa.
SUBSEÇÃO IV
Da Não-Cumulatividade
SUBSEÇÃO V
CAPÍTULO III
Do Regime Especial
Í
TÍTULO IV
Da Administração Tributária
Í
TÍTULO V
Das Penalidades
TÍTULO VI
Do Processo Fiscal
Artigo 89 - Verificada infração à legislação tributária, deve ser lavrado auto de infração, que não
depende, para sua validade, de testemunha.
§ 1º - No processo iniciado pelo auto, o infrator deve ser, desde logo, notificado a pagar o débito
fiscal ou apresentar defesa, por escrito, no prazo de 30 (trinta) dias.
§ 2º - Findo o prazo referido no parágrafo anterior, o processo, com ou sem defesa, deve ser
submetido à apreciação do órgão julgador de primeira instância administrativa.
§ 3º - As incorreções ou omissões do auto não acarretam a sua nulidade, quando dele constem
elementos suficientes para determinar com segurança a natureza da infração e a pessoa do
infrator.
§ 4º - Da decisão proferida pelo órgão julgador de primeira instância, será o contribuinte
cientificado por meio de notificação ou de publicação no Diário Oficial, contando-se o prazo, para a
interposição de recurso, a partir do ato.
Artigo 90 - Nenhum auto deve ser arquivado sem despacho fundamentado de autoridade
competente.
Artigo 91 - O auto de infração pode deixar de ser lavrado, nos termos de instruções baixadas pela
Secretaria da Fazenda, desde que a infração não implique falta ou atraso de pagamento do
imposto.
Artigo 92 - Salvo disposição em contrário, as multas aplicadas nos termos do artigo 85 podem ser
reduzidas ou relevadas pelos órgãos julgadores administrativos, desde que as infrações tenham
sido praticadas sem dolo, fraude ou simulação e não impliquem falta de pagamento do imposto.
§ 1º - Na hipótese de redução, deve ser observado o limite mínimo previsto no § 7º do artigo 85.
§ 2º - Não poderá ser relevada, na reincidência, a penalidade prevista na alínea "a" do inciso VII
do artigo 85.
§ 3º - Para efeitos deste artigo, serão, também, examinados o porte econômico e os antecedentes
fiscais do contribuinte.
Artigo 93 - Das decisões contrárias à Fazenda Pública do Estado, proferidas pelos órgãos
julgadores de primeira instância administrativa, deve ser interposto recurso de oficio, com efeito
suspensivo, à autoridade competente.
§ 1º - Por decisões contrárias à Fazenda entendem-se aquelas em que o imposto ou as multas
previstas nesta lei, fixados em auto de infração, sejam cancelados, reduzidos ou relevados.
§ 2º - O recurso somente deve ser interposto caso o débito fiscal tenha o seu valor reduzido,
relevado ou cancelado em montante igual ou superior ao valor equivalente a 10 (dez) UFESPs
computados, para esse fim, os valores correspondentes aos juros de mora e à correção
monetária, considerando-se o valor da UFESP fixado para o mês anterior aquele em que tenha
sido proferida a decisão.
Artigo 94 - As normas aplicáveis ao processo fiscal serão estabelecidas em regulamento,
permanecendo em vigor as que não conflitarem com esta lei.
TÍTULO VII
TÍTULO VIII
Da Consulta
Artigo 104 - Todo aquele que tenha legítimo interesse pode formular consulta sobre interpretação
e aplicação da legislação tributária estadual, nas condições estabelecidas em regulamento.
§ 1º - A apresentação da consulta pelo contribuinte ou responsável, inclusive pelo substituto,
impede, até o término do prazo fixado na resposta, o início de qualquer procedimento fiscal
destinado à apuração de infração relacionada com a matéria consultada.
§ 2º - A consulta, se o imposto for considerado devido, não elide a incidência da correção
monetária e dos demais acréscimos legais, dispensada a exigência dos juros de mora e da multa
de mora, se formulada no prazo previsto para o recolhimento normal do imposto e se o
interessado adotar o entendimento contido na resposta, no prazo que lhe for assinalado.
Artigo 105 - Não produzirá qualquer efeito a consulta formulada:
I - sobre fato praticado por estabelecimento, em relação ao qual tiver sido:
a) lavrado auto de infração;
b) lavrado termo de apreensão de mercadorias, de livros ou de documentos;
c) lavrado termo de início de verificação fiscal;
d) expedida notificação, inclusive nos termos do artigo 103;
II - sobre matéria objeto de ato normativo;
III - sobre matéria que tiver sido objeto de decisão proferida em processo administrativo já findo,
de interesse do consulente;
IV - sobre matéria objeto de consulta anteriormente feita pelo consulente e respondida pelo órgão
competente;
V - em desacordo com as normas da legislação pertinente à consulta.
Parágrafo único - O termo a que se refere a alínea "c" do inciso I deixará de ser impediente de
consulta depois de decorridos 90 (noventa) dias contados da data da sua lavratura ou de sua
prorrogação determinada pela autoridade competente, conforme dispuser o regulamento.
Artigo 106 - A resposta aproveita exclusivamente ao consulente, nos exatos termos da matéria de
fato descrita na consulta.
Parágrafo único - A observância, pelo consulente, da resposta dada à consulta, exime-o de
qualquer penalidade e exonera-o do pagamento do imposto considerado não devido, enquanto
prevalecer o entendimento nela consubstanciado.
Artigo 107 - A resposta dada à consulta pode ser modificada ou revogada a qualquer tempo.
Parágrafo único - A revogação ou modificação produzirá efeitos a partir da ciência do consulente
ou a partir da vigência de ato normativo.
TÍTULO IX
Artigo 108 - Salvo disposição expressa em contrário, os prazos fixados nesta lei contam-se em
dias corridos, excluindo-se o dia do início e incluindo-se o do vencimento.
Parágrafo único - A contagem dos prazos só se inicia e o seu vencimento somente ocorre em dia
de expediente normal da repartição, assim entendido o que é exercido no horário habitual.
Artigo 109 - Em substituição à sistemática de atualização monetária prevista nos artigos
anteriores, o Poder Executivo poderá dispor que o débito fiscal seja convertido em quantidade
determinada de Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs - no momento da sua
apuração, constatação ou fixação, fazendo-se a reconversão em moeda corrente pelo valor desse
mesmo referencial na data do efetivo pagamento.
Parágrafo único - Poderá ser estabelecido prazo intermediário em que o recolhimento se faça
pelo valor nominal do débito.
Artigo 110 - Será desconsiderada pelo fisco eventual diferença ocorrida na apuração ou no
recolhimento do imposto, multa, correção monetária e demais acréscimos legais, desde que de
valor inferior a NCz$ 0,99 (noventa e nove centavos de cruzado novo).
Parágrafo único - O valor previsto neste artigo poderá ser atualizado pelo Poder Executivo.
Artigo 111 - Fica o Poder Executivo autorizado a celebrar convênios com a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, com o objetivo de assegurar a melhoria da arrecadação e da
fiscalização tributária e o permanente combate à sonegação.
Artigo 112 - Sempre que outro Estado ou o Distrito Federal conceder benefícios fiscais ou
financeiros, dos quais resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo ônus
tributário, com inobservância de disposições da legislação federal que regula a celebração de
acordos exigidos para tal fim e sem que haja aplicação das sanções nela prevista, o Poder
Executivo poderá adotar as medidas necessárias à proteção da economia do Estado.
Artigo 113 - Fica criada a Unidade Fiscal do Estado de São Paulo - UFESP no valor de NCz$ 6,17
(seis cruzados novos e dezessete centavos), em 1º de janeiro de 1989, atualizável
monetariamente pelo Índice de Preço ao Consumidor - IPC.
§ 1º - Ocorrendo a extinção do IPC, o Poder Executivo fixará outro índice oficial que o substitua,
para atualização monetária da UFESP.
§ 2º - A partir de 1º de fevereiro de 1989, as referências da legislação tributária do Estado de São
Paulo à Obrigação do Tesouro Nacional - OTN passam a ser entendidas como à Unidade Fiscal
do Estado de São Paulo - UFESP.
§ 3º - A atualização monetária dos valores relativos a créditos tributários anteriores à vigência
desta lei continuará a ser feita segundo os Índices das Obrigações do Tesouro Nacional - OTN até
31 de janeiro de 1989, e após essa data, segundo a variação das UFESPs.
§ 4º - A Secretaria da Fazenda do Estado poderá promover a atualização diária da UFESP, que
não poderá superar o índice de variação mensal.
Artigo 114 - Permanecem em vigor as disposições da legislação relativa ao Imposto de Circulação
de Mercadorias, que não conflitem e nem sejam incompatíveis com as desta lei, nos termos do §
5º do artigo 34 das Disposições Transitórias da Constituição Federal, sem prejuízo da aplicação do
disposto no § 3º do artigo 41 dessas Disposições Transitórias.
Parágrafo único - A legislação tributária estadual relativa à microempresa, inclusive a Lei n.
6.267, de 15 de dezembro de 1988, continua a vigorar em relação ao imposto instituído por esta
lei.
Artigo 115 - Esta lei e suas Disposições Transitórias entrarão em vigor na data de sua publicação,
produzindo efeitos 30 (trinta) dias após, exceto as disposições do artigo 113 e, de suas
Disposições Transitórias, dos artigos 4º, 5º e 6º, que terão eficácia imediata.
TÍTULO X
Artigo 1º - Enquanto não fixadas pelo Senado Federal, as alíquotas de que trata o inciso II do
artigo 34 são:
I - nas operações ou prestações de exportação: 13% (treze por cento);
II - nas operações ou prestações interestaduais: 17% (dezessete por cento).
§ 1º - Nas operações ou prestações interestaduais que destinem mercadorias ou serviços a
contribuintes, as alíquotas são:
1 - quando o destinatário esteja localizado nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná,
Santa Catarina ou Rio Grande do Sul - 12% (doze por cento);
2 - quando o destinatário esteja localizado num dos demais Estados ou no Distrito Federal - 9%
(nove por cento).
§ 2º - Nas saídas de produtos semi-elaborados para o exterior serão observadas as reduções de
base de cálculo, as concessões de créditos presumidos e as isenções aprovadas pelos Estados e
pelo Distrito Federal, nos termos da alínea "g" do inciso XII do § 2.º do artigo 155 da Constituição
Federal e do § 8.º do artigo 34 de suas Disposições Transitórias.
Artigo 2º - As alíquotas previstas no artigo anterior serão automaticamente substituídas pelas que
forem fixadas por ato do Senado Federal, a partir de sua vigência.
Artigo 3º - Observadas as disposições desta lei, é assegurado ao contribuinte, em relação a cada
estabelecimento, o direito de:
I - creditar-se do Imposto de Circulação de Mercadorias incidente sobre operações realizadas
anteriormente à eficácia desta lei, relativamente a mercadorias entradas no estabelecimento
adquirente a partir da data em que esta lei produziu efeitos;
II - utilizar o saldo credor do Imposto de Circulação de Mercadorias existente no dia anterior à data
que esta lei produzir efeitos, para compensação com o imposto instituído.
Artigo 4º - Ficam cancelados os débitos fiscais, relativos ao Imposto de Circulação de
Mercadorias e respectivas multas de qualquer natureza, de valor originário igual ou inferior a NCz$
0,50 (cinqüenta centavos de cruzado novo), bem como os respectivos acréscimos e juros, que se
enquadrem em uma das seguintes hipóteses, seja qual foi a fase da cobrança:
I - débitos declarados em Guias de informação e Apuração do ICM, inclusive os transcritos por
iniciativa fiscal, desde que correspondentes a operações realizadas até 31 de dezembro de 1987;
II - débitos decorrentes de parcela mensal devida por contribuintes submetidos ao regime de
estimativa, desde que vencidos até 31 de dezembro de 1987;
III - débitos exigidos em Autos de Infração e Imposição de Multa lavrados até 31 de dezembro de
1987;
IV - débitos compreendidos nos incisos anteriores, objeto de acordo pata pagamento parcelado.
§ 1º - O disposto neste artigo não se aplica em pendência de decisão administrativa ou judicial que
puder eventualmente restabelecer a exigência de valor superior ao indicado no "caput".
§ 2º - Será considerado valor originário do débito fiscal:
1 - o valor do imposto indicado em cada Guia de Informação e Apuração do ICM, referente a
contribuinte sujeito ao regime de apuração mensal;
2 - o valor do imposto devido mensalmente por contribuinte submetido ao regime de estimativa;
3 - o valor da diferença do imposto indicado em cada Guia de Informação e Apuração do ICM,
referente a contribuinte submetido ao regime de estimativa;
4 - a soma dos valores do imposto e da multa exigidos em cada Auto de Infração e Imposição de
Multa;
5 - os saldos remanescentes do imposto e da multa de qualquer natureza, nas hipóteses do inciso
IV do artigo anterior.
§ 3º - As disposições deste artigo não autorizam a restituição de importância já recolhida.
Artigo 5º - Os débitos do Imposto de Circulação de Mercadorias não abrangidos pelo artigo
anterior, relativos a operações ocorridas até 31 de dezembro de 1987, corrigidos monetariamente,
poderão ser pagos:
I - integralmente até o dia 31 de março de 1989, com dispensa de multas, juros e acréscimos;
II - em até 3 (três) parcelas mensais e sucessivas, com abatimento de 75% (setenta e cinco por
cento) de multa, juros e acréscimos;
III - em até 6 (seis) parcelas mensais e sucessivas, com abatimento de 50% (cinqüenta por cento)
de multas, juros e acréscimos;
IV - em até 9 (nove) parcelas mensais e sucessivas, com abatimento de 25% (vinte e cinco por
cento) de multas, juros e acréscimos.
§ 1º - Somente gozarão do benefício previsto neste artigo os contribuintes que comprovarem o
recolhimento ou o parcelamento da totalidade do tributo declarado ou apurado pelo fisco,
correspondente ao exercício de 1988.
§ 2º - Os parcelamentos de que tratam os incisos II a IV serão requeridos pelos contribuintes a
Secretaria da Fazenda, (vetado), devendo a primeira parcela ser recolhida até 31 de março de
1989.
§ 3º - A apresentação do requerimento implica confissão irretratável do débito fiscal e expressa
renúncia a qualquer defesa ou recurso administrativo, bem como desistência dos já interpostos.
§ 4º - O não pagamento, na data aprazada, de qualquer das parcelas ou do imposto devido pelas
operações ocorridas no exercício de 1989, acarretará a resolução do acordo.
§ 5º - Aos acordos de parcelamentos anteriormente firmados aplica-se o disposto neste artigo, no
que couber, em relação ao saldo devedor na data da publicação desta lei.
Artigo 6.º - Os débitos fiscais vencidos ou apurados até 31 de dezembro de 1987 poderão ser
liquidados mediante dação em pagamento, à Fazenda do Estado, de bens imóveis livres de
qualquer ônus e localizados no território do Estado, com a dispensa de multas, juros e demais
acréscimos legais, desde que o devedor o requeira ate 15 de março de 1989.
§ 1º - Considera-se débito fiscal, para efeito deste artigo:
1 - a soma de imposto e da correção monetária incidente até a data da protocolização do pedido;
2 - o saldo remanescente de acordo para pagamento parcelado.
§ 2º - A apresentação do requerimento implica confissão irretratável do débito fiscal e expressa
renúncia a qualquer defesa ou recurso administrativo ou judicial, bem como desistência dos já
interpostos.
§ 3º - A avaliação do imóvel será realizada, isolada ou conjuntamente, pelo Banco do Estado de
São Paulo S.A. e pelo Banco de Desenvolvimento do Estado de São Paulo S.A.
§ 4º - O pedido somente será deferido se:
1 - o imóvel oferecer condições de utilização por órgão estadual da Administração Pública direta e
desde que demonstrada sua necessidade, a juízo da respectiva Secretaria de Estado;
2 - se configurar a possibilidade de o requerente vir a efetuar com regularidade o pagamento dos
débitos fiscais supervenientes.
§ 5º - A dação em pagamento condiciona-se ao recolhimento, em dinheiro e de uma só vez, das
importâncias correspondentes a:
1 - honorários advocatícios, custas e demais despesas judiciais, se for o caso, em se tratando de
débito inscrito na Dívida Ativa;
2 - correção monetária incidente durante o período entre a data da protocolização do pedido e a
do seu deferimento.
§ 6º - Compete ao Secretário da Fazenda decidir os pedidos formulados com base neste artigo.
§ 7º - Deferido o pedido, providenciar-se-á a sustação da cobrança administrativa e judicial, até a
lavratura da escritura, que deverá ocorrer em prazo não superior a 60 (sessenta) dias.
§ 8º - Correrão à conta do devedor todas as despesas relativas à dação em pagamento.
Artigo 7º - Vetado.
Palácio dos Bandeirantes, 1º de março de 1989
ORESTES QUÉRCIA
José Machado de Campos Filho
Secretário da Fazenda
Frederico Mathias Mazzucchelli
Secretário de Economia e Planejamento
Roberto Valle Rollemberg
Secretário do Governo
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, em 1º de março de 1989.
Ficha informativa
Texto com alterações
LEI Nº 12.799, DE 11 DE JANEIRO DE 2008
(Atualizada até a Lei nº 13.027, de 28 de maio de 2008 )
Dispõe sobre o Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados de órgãos e entidades estaduais -
CADIN ESTADUAL
Artigo único - Tratando-se de débitos relativos às Prefeituras Municipais, o disposto nesta lei
somente incidirá 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias após a sua entrada em vigor. (NR)
- Disposição transitória acrescentada pela Lei nº 13.027, de 28/05/2008.
Palácio dos Bandeirantes, aos 11 de janeiro de 2008.
José Serra
Mauro Ricardo Machado Costa
Secretário da Fazenda
Aloysio Nunes Ferreira Filho
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 11 de janeiro de 2008.
A
Ficha informativa
Texto com alterações
LEI Nº 13.457, DE 18 DE MARÇO DE 2009
(Atualizada até a Lei nº 16.498, de 18 de julho de 2017)
TÍTULO I
Normas Gerais do Processo
CAPÍTULO I
Princípios e Disposições Gerais
Artigo 1º - Esta lei regula o processo administrativo tributário, decorrente de lançamento de ofício,
para solução de litígios relativos aos tributos estaduais e respectivas penalidades.
SEÇÃO I
Dos Princípios
SEÇÃO II
Dos Atos Processuais
SUBSEÇÃO I
Da Forma
Artigo 3º - Os atos processuais não dependem de forma determinada, a não ser quando a
legislação tributária expressamente a exigir, considerando-se válidos os atos que, realizados de
outro modo, alcancem sua finalidade.
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SUBSEÇÃO II
Do Lugar
SUBSEÇÃO III
Dos Prazos
Artigo 5º - Os atos processuais serão realizados nos prazos estabelecidos nesta lei ou na
legislação tributária.
Parágrafo único - O prazo para a prática de ato processual a cargo da parte será de 5 (cinco)
dias quando este não for fixado na lei, no regulamento ou pela autoridade julgadora.
Artigo 6º - Os prazos serão contínuos, excluindo-se, na sua contagem, o dia de início e incluindo-
se o de vencimento.
§ 1º - Os prazos fluem a partir do primeiro dia útil após a intimação, salvo disposição em contrário.
§ 2º - Sempre que o vencimento ocorrer em dia em que não houver expediente normal na
repartição em que corra o processo ou deva ser praticado o ato, os prazos serão prorrogados até
o primeiro dia útil subsequente.
§ 3º - A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido para a prática do ato processual, desde que
o faça de maneira expressa. (NR)
- § 3º acrescentado pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
Artigo 7º - Decorrido o prazo, extingue-se automaticamente o direito de praticar o ato, salvo se o
interessado provar que não o realizou por justa causa.
Parágrafo único - Reputa-se justa causa o evento imprevisto, alheio à vontade da parte, e que a
impediu de praticar o ato por si ou por mandatário.
SUBSEÇÃO IV
Das Intimações
Artigo 8º - As intimações dos atos processuais serão efetuadas de ofício e deverão conter o nome
e a qualificação do intimado, a identificação do auto de infração e do processo, a indicação de sua
finalidade, bem como do prazo e do local para o seu atendimento.
Artigo 9º - As intimações de que trata o artigo 8º desta lei serão realizadas por meio de publicação
no Diário Oficial do Estado, contendo o nome do autuado e do procurador devidamente constituído
nos autos.
§ 1º - As intimações poderão ser feitas por meio eletrônico, na forma do estabelecido no Título III
desta lei e conforme dispuser a legislação.
§ 2º - Valendo-se de critérios de oportunidade e conveniência, a Administração Pública poderá
implementar as intimações de modo pessoal, que será feita mediante ciência do interessado ou de
seu representante habilitado, ou por intermédio de carta registrada, com aviso de recebimento,
expedida para o endereço indicado pelo interessado.
§ 3º - Em se tratando de pessoa física ou firma individual sem advogado constituído nos autos, as
intimações permanecerão sendo realizadas mediante ciência do interessado ou por carta
registrada com aviso de recebimento, enquanto não ocorrer sua adesão ao processo eletrônico,
nos termos do Título III desta lei.
§ 4º - Considerar-se-á feita a intimação:
1 - se por edital, no quinto dia útil posterior ao da data de sua publicação;
2 - se por meio eletrônico, na forma do Título III desta lei;
3 - se pessoal, na data da respectiva ciência;
4 - se por carta registrada, na data constante do aviso de recebimento.
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SUBSEÇÃO V
Das Nulidades
SEÇÃO III
Das Partes e dos seus Procuradores
Artigo 16 - Todo aquele que, de qualquer modo e em qualquer qualidade, atuar no processo, deve
proceder com lealdade e boa-fé, sendo-lhe vedado empregar, oralmente ou por escrito,
expressões injuriosas.
Parágrafo único - Incumbe à autoridade judicante cassar a palavra daquele que, embora
advertido, insistir no uso de expressões injuriosas, ou mandar riscálas, quando escritas, de ofício
ou a requerimento do ofendido.
Artigo 17 - Será concedida vista dos autos ao interessado ou representante habilitado, no recinto
da repartição onde se encontrar o processo.
§ 1º - A vista, que independe de pedido escrito, será aberta por termo lavrado nos autos, subscrito
pelo servidor competente e pelo interessado ou representante habilitado.
§ 2º - Sempre que solicitada, será fornecida, mediante pagamento de taxa, cópia do processo ao
autuado ou a seu representante habilitado.
§ 3º - Durante a fluência do prazo para apresentação de defesa ou interposição de recurso, ou
quando o órgão de julgamento outorgar prazo para manifestação da parte, os autos do processo
poderão ser retirados pelo advogado constituído pelo interessado para vista fora da repartição,
observadas as normas estabelecidas pela Secretaria da Fazenda.
§ 4º - Não será concedida vista dos autos se os mesmos estiverem com autoridade judicante
designada para proferir a decisão, ou vista dos autos fora da repartição quando estiver
aguardando a inclusão em pauta para julgamento.
SEÇÃO IV
Das Provas
Artigo 18 - Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos obtidos de forma lícita, são
hábeis para provar a verdade dos fatos controvertidos.
Artigo 19 - As provas deverão ser apresentadas juntamente com o auto de infração e com a
defesa, salvo por motivo de força maior ou ocorrência de fato superveniente. (NR)
§1º - É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, apenas quando
destinados a fazer prova de fatos supervenientes ou para contrapô-los aos que foram produzidos
nos autos. (NR)
§2º - Nas situações excepcionadas no “caput” e no §1º deste artigo, que devem ser cabalmente
demonstradas, será ouvida a parte contrária. (NR)
- Artigo 19 com redação dada pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
Artigo 20 - Não dependem de prova os fatos:
I - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
II - admitidos, no processo, como incontroversos.
III - notórios; e (NR)
IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade. (NR)
- Incisos III e IV acrescentados pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
Artigo 21 - A transcrição de documento eletrônico apresentada à guisa de instrução do auto de
infração terá o mesmo valor probante do documento eletrônico transcrito, desde que,
cumulativamente:
I - seu conteúdo reflita com exatidão os dados que constituem o respectivo documento em forma
eletrônica;
II - o fisco tenha executado procedimentos técnicos tendentes a assegurar a integridade da
informação digital contida no documento em forma eletrônica.
§ 1º - Para os efeitos deste artigo, considera-se transcrição o processo do qual resulte a
visualização, em impresso, do documento eletrônico.
§ 2º - Ter-se-á como comprovada a integridade do documento eletrônico quando houver sido
efetuada sua vinculação a um ou mais códigos digitais gerados por aplicativo especialmente
projetado para a autenticação de dados informatizados, garantindo que, necessariamente, se
modifique a configuração do código autenticador na hipótese de ocorrer qualquer alteração,
intencional ou não, no conteúdo do referido documento.
Artigo 22 - Em se tratando de infrações caracterizadas em documentos recebidos, emitidos ou
escriturados pelo sujeito passivo, admitir-se-á como elemento de prova, em substituição aos
referidos documentos, demonstrativo no qual as operações, prestações ou eventos estejam
individualmente discriminados, sempre que, alternativamente, o referido demonstrativo tenha sido
elaborado pelo fisco:
I - mediante transcrição de documentos eletrônicos gerados pelo sujeito passivo, por ele entregues
ou apreendidos pelo fisco, desde que esteja comprovada a integridade dos correspondentes
documentos eletrônicos, nos termos do artigo anterior;
II - com base em documentos eletrônicos criados pelo sujeito passivo, por ele entregues ou
apreendidos pelo fisco, desde que esteja comprovada a integridade dos correspondentes
documentos eletrônicos, nos termos do artigo anterior;
III - esteja acompanhado de originais ou cópias dos respectivos documentos em quantidade
suficiente para comprovar, de forma inequívoca, ainda que em relação a um único evento, a
ocorrência da infração.
§ 1º - O sujeito passivo poderá contraditar o demonstrativo elaborado pelo fisco nos termos deste
artigo, fazendo-o de forma objetiva, com indicação precisa do erro ou incorreção encontrados e
com apresentação da correspondente comprovação, sob pena de se terem por exatos os dados
nele constantes.
§ 2º - Os documentos recebidos, emitidos ou escriturados pelo sujeito passivo, nos quais estejam
caracterizados elementos de prova de infrações, poderão lhe ser restituídos, devendo ser
conservados enquanto não se tornar definitiva a decisão administrativa ou judicial, observado
ainda o prazo mínimo de 5 (cinco) anos, sob pena de se reputarem verdadeiras as respectivas
acusações.
SEÇÃO V
Da Competência dos Órgãos de Julgamento
SEÇÃO VI
Dos Impedimentos
SEÇÃO VII
Do Depósito Administrativo
Artigo 32 - O autuado poderá fazer cessar, no todo ou em parte, a aplicação dos acréscimos de
mora e de atualização monetária, desde que efetue o depósito da importância questionada em
qualquer fase do processo administrativo tributário, conforme o disposto na legislação.
§ 1º - Entende-se por importância questionada a exigida no respectivo auto de infração, com os
acréscimos devidos até a data do depósito nos termos da legislação pertinente.
§ 2º - As quantias depositadas receberão os mesmos acréscimos adotados para atualização das
cadernetas de poupança.
§ 3º - A quantia depositada referente à exigência fiscal cancelada ou reduzida por decisão
administrativa definitiva será devolvida ao contribuinte na proporção do cancelamento ou da
redução.
§ 4º - Mantido o auto de infração, ainda que parcialmente, em decisão administrativa definitiva, a
quantia depositada será convertida em renda do Estado na forma do que restou decidido.
§ 5º - Os acréscimos de que trata o § 2º deste artigo correrão até o mês do efetivo recebimento
dos valores pelo autuado.
CAPÍTULO II
Do Procedimento na Delegacia Tributária de Julgamento
Artigo 33 - O processo administrativo tributário regulado por esta lei tem por origem a
apresentação de defesa, em face de auto de infração lavrado por Agente Fiscal de Rendas.
Artigo 34 - O auto de infração conterá, obrigatoriamente:
I - a identificação da repartição fiscal competente e o registro do dia, hora e local da lavratura;
II - a identificação do autuado;
III - a descrição do fato gerador da obrigação correspondente e das circunstâncias em que
ocorreu;
IV - a determinação da matéria tributável e o cálculo do montante do tributo devido e da
penalidade cabível;
V - a indicação dos dispositivos normativos infringidos e dos relativos às penalidades cabíveis;
VI - a indicação do prazo para cumprimento da exigência fiscal ou para apresentação da defesa;
VII - o nome legível e a assinatura do Agente Fiscal de Rendas autuante, dispensada esta quando
grafada por meio eletrônico, nas situações expressamente previstas pela Secretaria da Fazenda.
§ 1º - O auto de infração deve ser instruído com documentos, demonstrativos e demais elementos
materiais comprobatórios da infração.
§ 2º - Ao autuado será entregue uma via do auto de infração, mediante recibo, valendo como
notificação, juntamente com cópia dos demonstrativos e demais documentos que o instruem, salvo
daqueles cujos originais estejam em sua posse.
§ 3º - Fundado em critérios de conveniência e oportunidade, o fisco poderá notificar o autuado da
lavratura do auto de infração por meio de carta registrada com aviso de recebimento ou, na sua
impossibilidade, mediante publicação de edital no Diário Oficial do Estado, observadas, no que
couber, as normas do artigo 9º desta lei.
§ 4º - Na hipótese do § 3º deste artigo, uma via do auto de infração e dos demonstrativos e
documentos que o instruem serão expedidos para qualquer um dos endereços indicados pelo
autuado ou, na hipótese de notificação via edital, ficarão sob a guarda da repartição fiscal à qual o
autuado esteja vinculado.
§ 5º - A lavratura do auto de infração e a sua instrução com demonstrativos e documentos
poderão ser implementados em meio eletrônico, conforme previsto em regulamento.
Artigo 35 - Lavrado o auto de infração, terão início, na forma estabelecida em regulamento, os
procedimentos de cobrança administrativa, devendo o autuado ser notificado a recolher o débito
fiscal, com o desconto de lei, quando houver, ou a apresentar defesa, por escrito, no prazo de 30
(trinta) dias.
§ 1º - Decorrido o prazo previsto no “caput” deste artigo sem que haja o recolhimento ou acordo de
parcelamento do débito fiscal ou a apresentação de defesa, o auto de infração será encaminhado
à Delegacia Regional Tributária da circunscrição do autuado para a sua ratificação pelo Delegado
Regional Tributário.
§ 2º - Após a ratificação do auto de infração, e encerrados os procedimentos de cobrança
administrativa sem o devido recolhimento ou acordo de parcelamento, o débito fiscal será inscrito
na dívida ativa.
§ 3º - Em caso de apresentação de defesa parcial, e não sendo recolhido ou parcelado o débito
fiscal correspondente à exigência não impugnada, será formado processo em apartado para os
fins previstos nos parágrafos anteriores, consignando-se essa circunstância mediante termo no
processo original.
§ 4º - Considera-se parcial a defesa na qual o interessado não conteste, de forma expressa, um
ou mais itens de acusação.
Artigo 36 - Apresentada a defesa, o órgão autuante manifestar-se-á no prazo de 30 (trinta) dias,
findo o qual, com ou sem a manifestação, o processo será encaminhado à Delegacia Tributária de
Julgamento.
Parágrafo único - Por ato normativo do Coordenador da Administração Tributária, exceções a
essa regra poderão ser estabelecidas, tendo em vista a conveniência de não haver manifestação
do órgão autuante.
Artigo 37 - A defesa será apresentada na repartição pública competente, nela devendo constar:
I - a autoridade a quem é dirigida;
II - a qualificação do autuado e a identificação do signatário;
III - as razões de fato e de direito sobre as quais se fundamenta.
§ 1º - A defesa deverá ser instruída com os documentos, demonstrativos e demais elementos
materiais destinados a comprovar as alegações feitas, inclusive laudos e pareceres técnicos que o
autuado entender necessários para o pleno esclarecimento da matéria controvertida.
§ 2º - A defesa de que trata o “caput” deste artigo poderá ser feita por meio eletrônico, conforme
dispuser o regulamento.
§ 3º - O julgamento da defesa será realizado nas Delegacias Tributárias de Julgamento,
independentemente da circunscrição de vinculação do contribuinte.
Artigo 38 - A decisão, devidamente fundamentada, será proferida por escrito, aplicando a
legislação aos fatos apurados.
Parágrafo único - A decisão poderá ser disponibilizada por meio eletrônico, na forma do
regulamento.
Artigo 39 - Da decisão contrária à Fazenda Pública do Estado no julgamento da defesa, em que o
débito fiscal exigido na data da lavratura do auto de infração corresponda a até 20.000 (vinte mil)
Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs, haverá recurso de ofício para o Delegado
Tributário de Julgamento. (NR)
- Artigo 39, "caput", com redação dada pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
§ 1º - O recurso de ofício poderá ser dispensado nas situações estabelecidas no regulamento.
§ 2º - Apresentado o recurso de ofício, a Representação Fiscal manifestar-se-á no prazo de 60
(sessenta) dias, findo o qual, com ou sem a manifestação, o processo será encaminhado à
Delegacia Tributária de Julgamento para intimar o contribuinte para contrarrazões, no prazo de 30
(trinta) dias.
§ 3º - O recurso de ofício será decidido por Delegado Tributário de Julgamento,
independentemente de qual seja a Unidade de Julgamento que proferiu a decisão recorrida.
- Vide artigo 3º das Disposições Transitórias da Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
Artigo 40 - Da decisão favorável à Fazenda Pública do Estado no julgamento da defesa, em que o
débito fiscal exigido na data da lavratura do auto de infração corresponda a até 20.000 (vinte mil)
Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs, poderá o autuado interpor recurso
voluntário, dirigido ao Delegado Tributário de Julgamento. (NR)
- Artigo 40, "caput", com redação dada pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
§ 1º - O recurso voluntário será apresentado no prazo de 30 (trinta) dias, por requerimento
contendo nome e qualificação do recorrente, a identificação do processo e o pedido de nova
decisão, com os respectivos fundamentos de fato e de direito.
§ 2º - Admitido o recurso voluntário pelo Delegado Tributário de Julgamento, será o processo
encaminhado à Representação Fiscal para contrarrazões, no prazo de 60 (sessenta) dias, findo o
qual, com ou sem a manifestação, o processo será devolvido à Delegacia Tributária de
Julgamento.
§ 3º - Exceções à regra do § 2º deste artigo poderão ser estabelecidas por ato normativo do
Coordenador da Administração Tributária, tendo em vista a conveniência de colher a manifestação
do autuante.
§ 4º - O recurso voluntário será decidido por Delegado Tributário de Julgamento,
independentemente de qual seja a Unidade de Julgamento que proferiu a decisão recorrida.
§ 5º - O recurso voluntário poderá ser interposto por meio eletrônico, conforme dispuser o
regulamento.
- Vide artigo 3º das Disposições Transitórias da Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
Artigo 41 - Na hipótese de cabimento de recurso de ofício e recurso voluntário contra a mesma
decisão, ambos serão julgados em conjunto pelo Delegado Tributário de Julgamento, observando-
se os seguintes procedimentos:
I - o processo será encaminhado à Representação Fiscal para os procedimentos do § 2º do artigo
39 desta lei, intimando-se o autuado para, no prazo de 30 (trinta) dias contados da intimação,
apresentar contrarrazões e, em querendo, interpor recurso voluntário.
II - havendo interposição de recurso voluntário pelo contribuinte, a Representação Fiscal poderá
ofertar contrarrazões, observado o disposto no § 2º do artigo 40 desta lei.
CAPÍTULO III
Do Procedimento no Tribunal de Impostos e Taxas
SEÇÃO I
Das Disposições Gerais
SEÇÃO II
Do Recurso de Ofício e do Recurso Ordinário
SEÇÃO III
Do Recurso Especial
Artigo 49 - Cabe recurso especial, interposto tanto pelo autuado como pela Fazenda Pública do
Estado, fundado em dissídio entre a interpretação da legislação adotada pelo acórdão recorrido e
a adotada em outro acórdão não reformado, proferido por qualquer das Câmaras do Tribunal de
Impostos e Taxas.
§ 1º - O recurso especial, dirigido ao Presidente do Tribunal, será interposto por petição contendo
o nome e a qualificação do recorrente, a identificação do processo, o pedido de nova decisão, com
os respectivos fundamentos, a indicação da decisão paradigmática, bem como a demonstração
precisa da divergência, na forma estabelecida em regulamento, sem o que não será admitido o
recurso.
§ 2º - Cabe ao recorrente providenciar a instrução do processo com cópias das decisões
indicadas, por divergência demonstrada.
§ 3º - O juízo de admissibilidade do recurso especial compete ao Presidente do Tribunal de
Impostos e Taxas.
§ 4º - Admitido o recurso especial, será intimada a parte contrária para contrarrazões.
§ 5º - Para contra-arrazoar o recurso especial, o prazo é de 30 (trinta) dias, contados da intimação
da interposição do recurso.
§ 6º - Computar-se-á em dobro o prazo para contra-arrazoar, quando a parte recorrida for a
Fazenda Pública do Estado.
§ 7º - Na hipótese de ambas as partes terem condições para recorrer, o prazo será deferido
primeiramente à Fazenda Pública do Estado e posteriormente ao autuado, quando, então, poderá
contra-arrazoar eventual recurso interposto e, em querendo, interpor recurso especial no mesmo
prazo, caso em que o processo retornará à Fazenda Pública para contrarrazões.
§ 8º - Findos os prazos previstos nos §§ 5º e 6º deste artigo, com ou sem apresentação de
contrarrazões, o processo será distribuído a juiz designado relator, que terá 30 (trinta) dias para
encaminhá-lo para decisão pela Câmara Superior.
§ 9º - O recurso especial poderá ser interposto por meio eletrônico, conforme dispuser o
regulamento.
- Vide artigo 4º, inciso II, da Lei nº 16.125, de 18/01/2016.
§ 10 - Não será admitido recurso especial que contrarie decisão tomada em sessão temática da
Câmara Superior do Tribunal, exceto na hipótese de a referida decisão adotar interpretação da
legislação tributária divergente da jurisprudência dominante dos Tribunais Superiores do Poder
Judiciário, na forma estabelecida em regulamento. (NR)
- § 10 acrescentado pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
Ã
SEÇÃO IV
Da Reforma dos Julgados Administrativos
Artigo 50 - Cabe reforma da decisão contrária à Fazenda Pública do Estado, da qual não caiba a
interposição de recurso, quando a decisão reformanda:
I - afastar a aplicação da lei por inconstitucionalidade, observado o disposto no artigo 28 desta lei;
II - adotar interpretação da legislação tributária divergente da adotada pela jurisprudência firmada
nos tribunais judiciários.
- Vide artigo 4º, inciso III, da Lei nº 16.125, de 18/01/2016.
Artigo 51 - A apresentação do pedido de reforma, no prazo de 60 (sessenta) dias, cabe à Diretoria
da Representação Fiscal, mediante petição fundamentada dirigida ao Presidente do Tribunal de
Impostos e Taxas, o qual exercerá o juízo de admissibilidade.
§ 1º - Admitido o pedido de reforma, será intimada a parte contrária para que responda no prazo
de 30 (trinta) dias.
§ 2º - Findo esse prazo, com ou sem apresentação de resposta, o processo será distribuído a juiz
designado relator, que terá 30 (trinta) dias para encaminhá-lo à Câmara Superior para decisão.
§ 3º - O pedido de reforma poderá ser apresentado por meio eletrônico, conforme dispuser o
regulamento.
SEÇÃO V
Das Súmulas
Artigo 52 - A jurisprudência firmada pelo Tribunal de Impostos e Taxas poderá ser objeto de
súmula, que terá caráter vinculante, a partir de sua publicação, no âmbito dos órgãos de
julgamento das Delegacias Tributárias de Julgamento e do Tribunal de Impostos e Taxas, a ser
proposta pelo Diretor da Representação Fiscal ou pelo Presidente do Tribunal de Impostos e
Taxas e acolhida pela Câmara Superior, em deliberação tomada por votos de, pelo menos, 2/3
(dois terços) do número total de juízes que a integram. (NR)
§ 1º - A proposta de súmula, após ser acolhida pela Câmara Superior, deverá ser encaminhada ao
Coordenador da Administração Tributária para referendo. (NR)
§ 2º - A súmula poderá ser revista ou cancelada, obedecido ao disposto no “caput” e no § 1º deste
artigo. (NR)
§ 3º - O Presidente do Tribunal de Impostos e Taxas deverá convocar sessão para julgamento de
proposta de súmula no mínimo uma vez por ano, desde que haja proposta de súmula apresentada
no período. (NR)
- Artigo 52 com redação dada pela Lei nº 16.498, de 18/07/2017.
TÍTULO II
Os Órgãos de Julgamento e a Representação Fiscal
CAPÍTULO I
Dos Órgãos de Julgamento
SEÇÃO I
Das Delegacias Tributárias de Julgamento
Artigo 53 - O julgamento da defesa, do recurso de ofício de que trata o artigo 39 desta lei e do
recurso voluntário será realizado em juízo singular, por servidores integrantes dos cargos de
Julgador Tributário e de Agente Fiscal de Rendas lotados em órgãos subordinados às Delegacias
Tributárias de Julgamento, da estrutura da Coordenadoria da Administração Tributária da
Secretaria da Fazenda, observado o disposto nesta lei.
§ 1º - Na sede de cada Delegacia Tributária de Julgamento será instalada uma Unidade de
Julgamento.
§ 2º - A critério da Administração, poderá ser instalada Unidade de Julgamento em município onde
houver sede de Delegacia Regional Tributária.
Ã
SEÇÃO II
Do Tribunal de Impostos e Taxas
CAPÍTULO II
Da Representação Fiscal
TÍTULO III
Da Informatização do Processo Administrativo Tributário
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Artigo 74 - O uso de meio eletrônico na tramitação dos processos administrativos tributários para
a comunicação de atos e a transmissão de peças processuais será admitido nos termos desta lei.
Parágrafo único - Para os fins desta lei, considera-se:
1 - meio eletrônico: qualquer forma de armazenamento ou tráfego de documentos e arquivos
digitais;
2 - transmissão eletrônica: toda forma de comunicação à distância com a utilização de redes de
comunicação, preferencialmente a rede mundial de computadores;
3 - assinatura eletrônica: as seguintes formas de identificação inequívoca do signatário:
a) assinatura digital baseada em certificado digital emitido por Autoridade Certificadora
credenciada, na forma de lei específica;
b) assinatura constante de cadastro do usuário na Secretaria da Fazenda, conforme disciplinado
em regulamento.
Artigo 75 - O envio de petições, de recursos e a prática de atos processuais em geral por meio
eletrônico serão admitidos mediante uso de assinatura eletrônica, na forma do item 3 do parágrafo
único do artigo 74 desta lei, sendo obrigatório o credenciamento prévio na Secretaria da Fazenda,
conforme disciplinado em regulamento.
§ 1º - O credenciamento a que se refere o “caput” deste artigo será realizado mediante
procedimento no qual esteja assegurada a adequada identificação presencial do interessado.
§ 2º - Ao credenciado será atribuído registro e meio de acesso ao sistema, de modo a preservar o
sigilo, a identificação e a autenticidade de suas comunicações.
Artigo 76 - Consideram-se realizados os atos processuais por meio eletrônico no dia e hora do
seu envio ao sistema da Secretaria da Fazenda, do que deverá ser fornecido protocolo eletrônico.
Parágrafo único - Quando a petição eletrônica for enviada para atender prazo processual, serão
consideradas tempestivas as transmitidas até as 24 (vinte e quatro) horas do seu último dia.
CAPÍTULO II
Da Comunicação Eletrônica dos Atos Processuais
CAPÍTULO III
Do Processo Eletrônico
TÍTULO IV
Disposições Finais e Transitórias
Artigo 86 - Durante os primeiros 180 (cento e oitenta) dias de vigência desta lei, as disposições
contidas no Título III da presente lei não serão aplicadas ao contribuinte que, por escrito, optar
expressamente por sua não utilização.
Artigo 87 - A Administração Tributária não executará procedimento fiscal e não lavrará auto de
infração quando os custos claramente superarem a expectativa da correspondente receita, nos
termos de instruções expedidas pela Secretaria da Fazenda.
Artigo 88 - O recolhimento integral do valor do débito fiscal, desde que certificado pelo fisco,
extingue o processo em relação à correspondente exigência.
§ 1º - Para os efeitos deste artigo, considera-se débito fiscal o valor do tributo, da multa, da
atualização monetária e dos juros de mora, calculados até a data do recolhimento.
§ 2º - Sendo parcial ou insuficiente o recolhimento, o valor recolhido será objeto de imputação em
pagamento, mediante a distribuição proporcional entre os componentes do débito, quando de sua
liquidação.
Artigo 89 - Nenhum auto de infração ou processo dele decorrente poderá ser arquivado sem
despacho fundamentado da autoridade competente.
Artigo 90 - Das decisões proferidas por autoridades administrativas, em matéria estranha à
competência dos órgãos de julgamento de que trata esta lei, caberá recurso, uma única vez,
dentro do prazo de 30 (trinta) dias a contar da notificação do despacho, para a autoridade
imediatamente superior à que houver proferido a decisão.
Artigo 91 - Os atos processuais terão sua forma, prazo e exercício regidos pela legislação
processual em vigor na data em que se tenha iniciado a fluência do prazo para sua prática.
Artigo 92 - A Administração, mediante a edição de atos normativos, poderá estabelecer outras
disposições complementares aplicáveis ao processo administrativo tributário de que trata esta lei.
Artigo 93 - Não se compreendem na competência das Delegacias Tributárias de Julgamento nem
do TIT as questões relativas a:
I - pedidos de compensação ou de restituição de tributos e demais receitas;
II - pedidos de reconhecimento de imunidade, isenção, não incidência e utilização de benefícios
fiscais e regimes especiais;
III - autorização para aproveitamento ou transferência de créditos.
Parágrafo único - A atribuição para decidir questões relativas a pedidos de compensação ou
restituição de tributos e demais receitas poderá ser conferida a órgãos de julgamento no âmbito da
Delegacia Tributária de Julgamento, por ato do Poder Executivo.
Artigo 94 - A Secretaria do Tribunal terá o prazo de 180 (cento e oitenta) dias para providenciar
que as decisões proferidas a partir da publicação desta lei por todas as Câmaras de Julgamento
do Tribunal sejam publicadas, na íntegra, em sítio na rede mundial de computadores.
Artigo 95 - As despesas oriundas da presente lei correrão à conta das dotações próprias
consignadas no orçamento vigente da Secretaria da Fazenda.
Artigo 96 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de sua
regulamentação.
Artigo 97 - Fica revogada a Lei nº 10.941, de 25 de outubro de 2001.
Palácio dos Bandeirantes, 18 de março de 2009.
JOSÉ SERRA
Mauro Ricardo Machado Costa
Secretário da Fazenda
Aloysio Nunes Ferreira Filho
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 18 de março de 2009.
A
Ficha informativa
LEI Nº 13.160, DE 21 DE JULHO DE 2008
(Projeto de lei nº 446/04, da Deputada Maria Lúcia Amary - PSDB)
Altera a Lei n. 11.331, de 26 de dezembro de 2002, que dispõe sobre emolumentos relativos aos
atos praticados pelos serviços notariais e de registro.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da
Constituição,
DECRETA:
I - empresas estatais federais: as empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e
controladas e demais sociedades em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com
direito a voto;
III - administração de participações: todas as atividades administrativas relacionadas ao exercício das funções de
acionista, quotista ou proprietário do capital de empresas; e
IV - governança corporativa: conjunto de práticas de gestão, envolvendo, entre outros, os relacionamentos entre
acionistas ou quotistas, conselhos de administração e fiscal, ou órgãos com funções equivalentes, diretoria e auditoria
independente, com a finalidade de otimizar o desempenho da empresa e proteger os direitos de todas as partes
interessadas, com transparência e eqüidade, com vistas a maximizar os resultados econômico-sociais da atuação das
empresas estatais federais;
II - da Fazenda; e
§ 1o Poderão ser convidados a participar das reuniões da CGPAR, sem direito a voto, Ministros de Estado
responsáveis pela supervisão de empresas estatais com interesse nos assuntos objeto de deliberação, bem como
dirigentes e conselheiros de administração e fiscal das empresas estatais federais e representantes de outros órgãos
ou entidades da administração pública federal, responsáveis por matérias a serem apreciadas.
§ 2o Os Ministros de Estado titulares da CGPAR serão substituídos em suas ausências ou impedimentos pelos
respectivos Secretários-Executivos.
§ 3o O Ministro de Estado do Controle e Transparência participará das reuniões da CGPAR quando constar da
pauta do colegiado o exercício da competência referida no inciso V do art. 3o deste Decreto.
I - aprovar diretrizes e estratégias relacionadas à participação acionária da União nas empresas estatais
federais, com vistas à:
b) promoção da eficiência na gestão, inclusive quanto à adoção das melhores práticas de governança
corporativa;
c) aquisição e venda de participações detidas pela União, inclusive o exercício de direitos de subscrição;
d) atuação das empresas estatais federais na condição de patrocinadoras de planos de benefícios administrados
por entidades fechadas de previdência complementar;
II - estabelecer critérios para avaliação e classificação das empresas estatais federais, com o objetivo de traçar
políticas de interesse da União, tendo em conta, dentre outros, os seguintes aspectos:
a) desempenho econômico-financeiro;
c) gestão empresarial;
III - estabelecer critérios e procedimentos, a serem adotados pelos órgãos competentes, para indicação de
diretores e dos representantes da União nos conselhos de administração e fiscal das empresas estatais federais,
observados, dentre outros, os seguintes requisitos:
a) capacitação técnica;
c) reputação ilibada;
IV - estabelecer diretrizes para a atuação dos representantes da União nos conselhos de administração e fiscal,
ou órgãos com funções equivalentes, das empresas estatais federais e de sociedades em que a União participa como
minoritária; e
V - estabelecer padrão de conduta ética dos representantes da União nos conselhos de administração e fiscal
das empresas estatais federais e de sociedades em que a União participa como minoritária, sem prejuízo das normas
já definidas pela própria sociedade; e
Art. 4o Fica criado o Grupo Executivo, como unidade executiva de apoio técnico e administrativo da CGPAR,
composto por um representante titular e respectivo suplente de cada órgão a seguir indicado:
II - Ministério da Fazenda; e
§ 1o Os representantes serão indicados pelos titulares dos respectivos órgãos, no prazo de quarenta e cinco
dias, a contar da data de publicação deste Decreto, e designados pelo Ministro de Estado do Planejamento,
Orçamento e Gestão.
§ 2o O Grupo Executivo reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por mês e, extraordinariamente, sempre que
convocado pelo seu coordenador.
§ 4o O coordenador do Grupo Executivo poderá convidar representantes de entidades públicas ou privadas para
participar de suas reuniões.
Art. 5o Compete ao Grupo Executivo:
Parágrafo único. Quando se tratar de matérias específicas de órgãos da administração pública federal não
citados neste Decreto, o parecer do Grupo Executivo será acompanhado de avaliação técnica do respectivo órgão.
Art. 6o A CGPAR e o Grupo Executivo poderão instituir comissões temáticas, de caráter temporário, destinadas
ao estudo e à elaboração de propostas sobre matérias específicas.
§ 1o O ato de instituição de comissão temática estabelecerá seus objetivos específicos, sua composição e prazo
para apresentação de resultados.
§ 2o Poderão ser convidados a participar dos trabalhos das comissões temáticas representantes de órgãos, de
entidades públicas ou privadas, de empresas estatais e dos Poderes Legislativo e Judiciário.
Parágrafo único. As deliberações da CGPAR serão precedidas de pareceres técnicos do Grupo Executivo.
Art. 8o As empresas estatais federais e os órgãos da administração pública federal deverão fornecer
informações ou estudos requisitados pela CGPAR e pelo Grupo Executivo.
Art. 9o Tendo em vista o disposto no art. 8o-C da Lei no 9.028, de 12 de abril de 1995, a CGPAR poderá
recomendar ao Advogado-Geral da União a avocação, a integração ou a coordenação dos trabalhos a cargo de órgão
jurídico de empresa estatal, na defesa dos interesses da União e em hipóteses que possam trazer reflexos de
natureza econômica, ainda que indiretos, ao erário federal.
Art. 10. Compete aos dirigentes de órgãos da administração pública federal e aos representantes da União nos
conselhos de administração e fiscal das empresas estatais federais, respeitadas suas atribuições legais e estatutárias,
adotar as medidas necessárias à observância das diretrizes e estratégias da CGPAR.
Parágrafo único. O Procurador da Fazenda Nacional, nas assembléias de acionistas ou nas deliberações dos
sócios das sociedades controladas diretamente pela União, bem assim os representantes dessas nas assembléias ou
reuniões das respectivas subsidiárias e controladas, observarão as diretrizes e estratégias emanadas da CGPAR nas
matérias que dependam de deliberação de assembléia ou reunião, nos termos das Leis nos 6.404, de 15 de dezembro
de 1976, 10.406, de 10 de janeiro de 2002, e demais legislações de regência.
Art. 11. A atuação no âmbito da CGPAR e do Grupo Executivo não enseja qualquer remuneração para seus
membros e os trabalhos nela desenvolvidos são considerados prestação de relevante serviço público.
Parágrafo único. Eventuais despesas com a execução do disposto neste Decreto, inclusive as decorrentes de
deslocamentos dos membros da CGPAR e do Grupo Executivo, correrão à conta do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão.