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Proc. Trabalho - TRT 3 Aula 01 PDF
Proc. Trabalho - TRT 3 Aula 01 PDF
Direito Processual do Trabalho para TRT-MG (Analista Judiciário - Área Jud e Of Just
Avaliador)
1. Competência;
1.1. Diferença entre jurisdição e competência;
Legitimidade:
Momento:
Forma:
Consequências:
Preclusão:
Ação Rescisória:
Dispõe o art. 114, III da CRFB/88, também incluído pela EC nº 45/2004, que
todas as ações envolvendo representação sindical, sejam entre sindicatos,
sindicatos e empregados e sindicatos e empregadores, serão da competência da
Justiça do Trabalho, o que fez com que diversas situações que antes eram
julgadas pela Justiça Comum Estadual passassem à Justiça Laboral.
Situação bastante comum, atualmente julgada perante a Justiça Laboral, é a
disputa por base territorial, em decorrência do denominado princípio da
unicidade, que regula o direito coletivo do trabalho. Antes da EC 45/04, se dois
sindicatos estivessem discutindo a legitimidade para representar certa categoria,
tal litígio seria levado à Justiça Comum Estadual, o que trazia uma série de
inconvenientes, já que os Juízes de Direito, por não atuarem cotidianamente
com tal tipo de demanda, não possuem conhecimentos profundos sobre o tema.
Assim, como exemplos de ações que passaram à competência da Justiça
Laboral, tem-se:
Ações visando a discussão sobre direito de filiação e desfiliação ao
sindicato;
Ações visando a discussão sobre unicidade sindical;
Ações cujo objeto seja eleição de representante sindical e todas as
questões daí advindas, tais como discussão acerca de estabilidade,
convocação de assembléia, etc.
Outro importante dispositivo incluído pela EC n 45/04 foi o inciso IV do art. 114
da CRFB/88, que atribui competente à Justiça do Trabalho para processar e
julgar os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato
questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.
Em relação ao mandado de segurança, este passou a ser impetrado perante o 1º
grau de jurisdição trabalhista, isto é, a Vara do Trabalho, quando for impetrado
em face de ato de auditor fiscal do trabalho ou delegado do trabalho, quando o
ato estiver relacionado à fiscalização das relações de trabalho. Além disso,
também será impetrado MS de competência da Vara do Trabalho quando o ato
questionado for realizado por Membro do Ministério Público do Trabalho, em
inquéritos civis públicos ou outros procedimentos administrativos.
A competência funcional para o mandado de segurança, além da Vara do
Trabalho, também poderá ser do Tribunal Regional do Trabalho e Tribunal
Superior do Trabalho, nas seguintes situações:
Por fim, o habeas data, que também pode ser utilizado em sede trabalhista,
nunca em face do empregador, e sim, em face de ato de autoridade pública. Em
sede trabalhista, será utilizado nas seguintes hipóteses:
Empregador em face dos órgãos de fiscalização do trabalho, por estar
sofrendo processo administrativo, sem acesso aos autos.
Servidor celetista em face do Estado, para ter acesso às informações
constantes em seu prontuário.
Terceiro em relação à Vara do Trabalho ou outro órgão do Poder Judiciário
Trabalhista, para ter acesso aos autos de processo em que há testemunho
fazendo menção à intimidade do impetrante.
Sobre a legitimidade para iniciar o conflito, tem-se a aplicação dos artigos 118
do CPC e 805 da CLT, que destacam que o procedimento pode ser iniciado pelo
juiz, de ofício, pelas partes e pelo Ministério Público, sendo que os artigos 117
do CPC e 806 da CLT destacam a impossibilidade da parte que apresentou
exceção de incompetência, suscitar o conflito de competência.
Assim, o que o Legislador Constituinte fez foi incluir no art. 114 da CRFB/88 um
tema já pacificada na Justiça do Trabalho, dando-lhe relevo constitucional.
Contudo, alguns temas devem ser estudados, principalmente no que concerne
ao dano moral que surge em decorrência de acidente de trabalho.
Já foram estudadas as normas sobre competência em casa de acidente de
trabalho, ficando claro que:
Conexão: Dispõe o art. 103 do CPC que duas ou mais ações são conexas
quando tiverem a mesma causa de pedir ou o mesmo pedido (objeto).
Nessas situações, as ações serão reunidas de acordo com o art. 105 do
CPC, o que significa dizer que a competência poderá alterar-se após o
ajuizamento da demanda, se verificar-se que em outro juízo há uma
demanda conexa. A reunião das ações tem por finalidade evitar o
proferimento de sentenças contraditórias.
! O art. 105 do CPC diz que o juiz poderá reunir as demandas. O
termo é realmente poderá, pois o juiz deve verificar se é
prudente reunir as demandas conexas, para julgamento
simultâneo.
COMENTÁRIOS:
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A Justiça do Trabalho não possui
competência criminal, mesmo paras os crimes contra a organização do trabalho,
trabalho escravo e trabalho infantil. O STF decidiu na ADI nº 3684 que a
Justiça do Trabalho não possui competência criminal, de forma alguma,
para nenhum crime.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A regra geral acerca da competência
territorial encontra-se prevista no art. 651 da CLT, que trata do local da
prestação dos serviços. Contudo, o §3º daquele dispositivo versa que:
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. Mais uma questão que leva em
consideração a regra do art. 651 da CLT, que trata do local da prestação dos
serviços como o competente para o ajuizamento da reclamação trabalhista.
Pouco importa o local da contratação ou o domicílio do empregado, e sim, o
local da prestação dos serviços, que na hipótese é Friburgo.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. A resposta correta da FCC encontra-se
no art. 112 da CF/88, sendo esse um dos artigos mais cobrados em provas de
concursos trabalhistas, quando o assunto é organização/competência da Justiça
do Trabalho. Transcreve-se o mesmo, que deve ser decorado:
Letra “A”: incorreto, pois tal competência está expressa no art. 652, V da CLT.
Letra “B”: incorreto, pois o art. 651 da CLT diz que a competência é da Vara do
Trabalho do local da prestação dos serviços.
Letra “D”: incorreto, pois o art. 111-A da CF fala em maioria absoluta do Senado
Federal.
Letra “E”: incorreto, pois o art. 114, VIII da CF/88 não inclui a execução do
imposto de renda.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. As ações coletivas de natureza
econômica e jurídica a que se refere a FCC, são os dissídios coletivos. Tais ações
realmente não são da competência das Varas do Trabalho, e sim, dos Tribunais,
podendo ser de competência originária dos TRTs ou do TST, a depender da
extensão das categorias em conflito.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. Uma vez mais a questão se refere ao
local do ajuizamento da ação trabalhista, qual seja, o da prestação dos serviços,
conforme art. 651 da CLT. Na questão, o local da prestação dos serviços foi o
Rio de Janeiro, razão pela qual ali deverá ser ajuizada a demanda,
independentemente do local da contratação ou do domicílio do empregado.
As demais alternativas tratam do mesmo assunto, razão pela qual não
precisam ser analisadas individualmente.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A competência para julgar as
demandas envolvendo trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o
OGMO está descrita no art. 652, V da CLT, nos seguintes termos:
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A competência para o habeas corpus e
habeas data estão insertas no art. 114, IV da CF/88, assim redigido:
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Como vocês já sabem, a regra do art.
651 da CLT prescreve que a ação trabalhista será ajuizada no local da prestação
dos serviços. Na hipótese da questão, a empregada prestou serviços em mais de
uma localidade, sendo transferida por diversas vezes. O último local de
prestação dos serviços foi Taguatinga, razão pela qual ali deverá ser ajuizada a
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. As ações que decorrem do exercício do
direito de greve são da competência da Justiça do Trabalho, nos termos do art.
114, II da CF/88. Além disso, temos também a Súmula Vinculante nº 23 do STF,
que possui a seguinte redação:
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. As exceções de suspeição e
impedimento opostos em face de Juiz do Trabalho serão julgadas pelo Tribunal a
que ele se vincula, ou seja, o respectivo Tribunal Regional do Trabalho,
conforme art. 313 do CPC, assim redigido:
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. O último local da prestação dos
serviços por Márcio foi União dos Palmares, razão pela qual ali deve ser ajuizada
a demanda trabalhista. Nos termos do art. 651 da CLT, cabe o ajuizamento da
ação trabalhista no local da prestação dos serviços. Se houve transferência, será
o último local da prestação dos serviços, como já dito.
As demais assertivas não precisam ser analisadas, pois tratam do
mesmo assunto.
COMENTÁRIOS:
COMENTÁRIOS:
Letra “A”: não se admite a cláusula de eleição de foro no direito do trabalho, não
produzindo efeitos se inserida no contrato.
Letra “B”: errado, pois o §1º do art. 651 da CLT diz o seguinte: “Quando for
parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da
localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja
subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o
empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima”.
Letra “C”: para o avulso, a competência também é do local da prestação dos
serviços, conforme art. 651 da CLT.
Letra “E”: errado, pois o §3º do art. 651 da CLT diz em local da contratação ou
prestação dos serviços, e não da extinção do contrato.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Essa é a hipótese descrita no §1º do
art. 651 da CLT, assim redigido:
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A competência material da Justiça do
Trabalho encontra-se no art. 114 da CF, sendo que o inciso VII afirma:
Letra “B”: os honorários advocatícios, desde que não sejam de sucumbência, são
cobrados na Justiça Comum, conforme Súmula nº 363 do STJ.
Letra “C”: a Justiça do Trabalho não possui competência criminal, conforme
decidiu o STF na SDI 3684.
Letra “D”: Os servidores estatutários não são da competência da Justiça do
Trabalho, conforme decidiu o STF na ADI 3395-6.
Letra “E”: o art. 114, VI da CF/88 diz que os danos devem decorrer de relação
de trabalho.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. O art. 112 da CF/88 diz que a lei pode
atribuir competência trabalhista aos Juízes de Direito, que atuarão como se
fossem Juízes do Trabalho. Assim, se surge um conflito de competência entre
Vara do Trabalho e Juízo de Direito investido de jurisdição trabalhista, é o
mesmo que dizer que o conflito está ocorrendo entre duas Varas do Trabalho. Se
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. Nos termos do art. 114, IV da CF, o
mandado de segurança nessa hipótese será da Justiça do Trabalho. Como não
há qualquer prerrogativa do tribunal, o MS será impetrado perante da Vara do
Trabalho. Da sentença proferida nesse mandado de segurança, será interposto o
recurso ordinário, conforme art. 895 da CLT, sendo da competência do Tribunal
Regional do Trabalho.
As demais assertivas tratam do mesmo assunto, razão pela qual não
precisam ser analisadas separadamente.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A competência para a execução de
título executivo extrajudicial encontra-se prevista no art. 877-A da CLT, assim
redigido:
COMENTÁRIOS:
5. GABARITOS:
1- E 2- E 3- E 4- B 5- C
6- B 7- D 8- E 9- A 10- E
11- A 12- C 13- B 14- E 15- E
16- B 17- D 18- E 19- A 20- C
21- C 22- A 23- E
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Até breve !
Forte abraço. Tudo de bom. Sucesso!
BRUNO KLIPPEL
Vitória/ES