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ADVOCACIA

José Salustiano Filho


OAB PR 5555

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA


__/VARA CIVEL DA COMARCA DE PARANAVAI/PR.

A empresa COMÉRCIO DE VEÍCULOS LTDA (CNPJ


000.000.000/0001-00), neste ato apresentada pelo Gerente,
conforme contrato social (anexo 02), com endereço a Rua ____ , por
intermédio de seu advogado com procuração nos autos (anexo 2),
vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com
fundamento nos artigos 893 e 898, do Código de Processo Civil , bem
como nos artigos 334 e 335, II, do Código Civil , ajuizar a presente
ação de

CONSIGNAÇÃO DE PAGAMENTO

em face de JOSÉ CARLOS SANTOS, brasileiro, casado, empresário,


CPF 020.020.000-00, residente e domiciliado a Rua___ em
Paranavaí/PR.

I. DOS FATOS

Em um negócio entre domiciliados na cidade de Paranavaí, A


empresa Comércio de Veículos Ltda. (CNPJ 000.000.000/0001-00)
vendeu um automóvel GM/S10, ano 2012, placa XXX-1212, para o
comprador José Carlos Santos, brasileiro, casado, empresário, CPF
020.020.000-00, pelo preço de R$ 90.000,00, pago à vista, em
dinheiro, no dia 10 de abril de 2014.

Os contratantes negociaram que a entrega do veículo se


daria no 14 de abril de 2014, para que fosse revisado e
devidamente documentado, obrigação atribuída ao vendedor.

Na data aprazada, a empresa cumpriu o combinado e


disponibilizou o veículo em sua garagem.
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Rua Argentina, 395 CEP 87980-000 ITAÚNA DO SUL/PR
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Ocorre que o comprador não foi buscar o veículo e nem


mandou um representante.
Desta forma, pende litígio sobre a tradição do veículo para
aperfeiçoar o contrato de compra e venda.

II. DIREITO

O artigo 335, do Código Civil, dispõe que a consignação


poderá ser requerida na hipótese em que o Credor não receber ou
não mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição.

“Ar t . 335. A consignação tem lugar : ( . . . )

II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e


condição devidos;

E conforme demonstrado na narrativa dos fatos, in casu não


pende dúvida acerca da legitimidade de quem deva receber o objeto
do contrato de compra e venda, cujo objeto é um automóvel GM/S10,
ano 2012, placa XXX-1212.

E não é só.

O direito é liquido e certo, somente pende a tradição, do


bem.

De acordo com o disposto no artigo 1.266 do CC a


compra e venda de bens móveis se aperfeiçoa pela tradição.

Ressalte-se que o acordo entabulado entre as partes não


resolveu a questão referente a entrega do bem móvel adquirido, na
medida em que restou expressamente consignado que a entrega do
veículo se daria no 14 de abril de 2014, para que fosse revisado e
devidamente documentado, obrigação atribuída ao vendedor.

Desta forma, a Empresa disponibilizou o veículo, objeto do


contrato em seu pátio para que o comprador ali retirasse o que é seu
legitimamente, já que cumpriu o contrato pagando, inclusive a vista a
quantia de (R$ 90.000,00).

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Conforme mencionado, a Autora não logrou êxito em


aperfeiçoar o contrato visto que o comprador não aparece para retirar
o bem.

Com efeito, de rigor seja autorizado o depósito do veículo no


depositário público sub judici e, com a citação do Réu.

Para que retire o bem móvel adquirido, sob pena, de arcar


com as custas da manutenção daquele bem no depositário público,
conquanto de haver por resolvido e aperfeiçoado o contrato de
compra e venda.

Nos termos do artigo 893, I, e II do CPC1, deverá o réu


levantar o depósito ou oferecer resposta.

Pelo o exposto, nos termos do artigo 334, do Código Civil,


considera -se feita a tradição e extingue a obrigação, o depósito
judicial, sendo que as despesas com o depósito, quando julgado
procedente, correrão à conta do credor, e, no caso contrário, à conta
do devedor, nos termos do artigo 334, do mesmo Diploma.

III. PEDIDOS

Conforme demonstrado, faz-se necessário a tradição do objeto


para que aperfeiçoe o contrato de compra e venda.

Requer seja deferido o depósito do bem no depositário público,


no prazo de 05 dias, e citado o réu para que retire o móvel ou
ofereça resposta.

Ao final, requer seja julgada procedente a presente ação e


extinta a obrigação, com a condenação dos Réus aos pagamentos de
custas e honorários advocatícios .

A Autora informa que pretende provar o alegado por meio da

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Art. 893. O autor, na petição inicial, requererá: (Redação dada pela Lei nº 8.951, de 13.12.1994)
I - o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias contados do deferimento,
ressalvada a hipótese do § 3o do art. 890; (Incluído pela Lei nº 8.951, de 13.12.1994)
II - a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer resposta. (Incluído pela Lei nº 8.951, de 13.12.1994)

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produção de prova documental, testemunha, depoimento pessoal e


demais meio de prova admitidos, nos termos do artigo 332 do Código
de Processo Civil.

Dá-se à a causa o valor de R$ 90.000,00 (noventa mil, reais) .

Termos em que,
Pede deferimento.

José Salustiano Filho


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