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GEDFT / GAELT – Desenvolvimento Técnico Eletroeletrônica

SINALIZAÇÃO DO TRECHO MAREMBÁ AO PÁTIO 02

COMUTAÇÃO DE CÓDIGOS DE VELOCIDADE NOS PÁTIOS DE CRUZAMENTO

ESPECIFICAÇÃO FUNCIONAL

1. DESCRIÇÃO DO PROBLEMA

Os pátios de cruzamento do trecho de vias férreas da EFVM entre Marembá e o Pátio 02, em processo de
sinalização, foram dimensionados para cruzamento de trens de até 168 vagões.

Porém, para que o cruzamento entre trens deste porte seja possível, a parada nas linhas internas deve
ser feita o mais próximo possível do ponto de bloqueio, ou seja, no limite da SB de destino do trem. Como
o comprimento dos pátios é superior a 1.700m, a curva de frenagem do ATC é de 1400m e há apenas um
circuito de via interno ao pátio, por linha, haveria “parada curta”, fazendo com que a cauda do trem fique
sobre o circuito de chave impedindo a abertura de rota para cruzamento.

A figura 1 exemplifica a condição descrita: o “trem 2” aguarda cruzamento com o “trem 1” no Pátio 3
(H209). O “trem 1” possui rota alinhada com a sequência de código de velocidade ilustrada na figura.
Nesta condição este trem pararia a pelo menos 525m do ponto de bloqueio da H209 impedindo o
alinhamento de rota para o “trem 2”.

C61
C46 P208 C51 C53 C56 P209
H208 H209

61+600
48+386

50+329

51+856

59+946

60+117
58+021
50+165
46+665

48+221

53+792

56+201

57+874

Trem 2

P1T
Trem 1

1E2T W1T W2T 3D1T 3D2T 1E1T 1E2T P2T 3DT


1.556m P1T 1.527m 1.936m 2.409m 1.673m W1T 1.925m W2T 1.483m
1.400m 525m
P2T
1.779m

Figura 1 – Exemplo de Cruzamento de Trens

Para minimizar estas ocorrências, a solução que se apresenta é a retenção do código de velocidade
amarelo por tempo suficiente para que o trem percorra a diferença entre o comprimento da linha do pátio
e a distância de parada permitida pela curva do ATC, ilustrada na figura 2 para o mesmo exemplo de
cruzamento anterior.

25/04/2018 Sinalização entre Marembá e o Pátio 02 – Comutação de Códigos de Velocidade nos Pátios 1/2
GEDFT / GAELT – Desenvolvimento Técnico Eletroeletrônica

C61
C46 P208 C51 C53 C56 P209
H208 H209

61+600
48+386

50+329

51+856

59+946

60+117
58+021
50+165
46+665

48+221

53+792

56+201

57+874
Trem 2

P1T
Trem 1

1E2T W1T W2T 3D1T 3D2T 1E1T 1E2T P2T 3DT


1.556m P1T 1.527m 1.936m 2.409m 1.673m W1T 1.925m W2T 1.483m
525m 1.400m
P2T
1.779m

Figura 2 – Adequação da Condição de Parada

2. CONDIÇÕES E PARÂMETROS PARA A SOLUÇÃO

As condições e parâmetros para retenção do código de velocidade por temporização, preservados os


requisitos de segurança do sistema, são apresentados a seguir:

 O bloqueio de saída do pátio deve estar fechado, ou seja, a rota para o trem deverá ser de
parada no pátio;

 A velocidade máxima considerada para cálculo do tempo de retenção será de 47Km/h que é o
limite atual do ATC para código amarelo;

 O ocupação do circuito de chave será o “gatilho” para início da temporização. Portanto, o


comprimento deste circuito será incorporado para cálculo do tempo de percurso;

 Embora a curva do ATC permita transição de velocidade em 1400m, para efeito dos cálculos
dos tempos será considerado, por segurança, o valor de 1450m;

 Os tempos serão calculados individualmente para cada pátio e circuito de chave, devido as
variações de comprimento dos circuitos, e em ambos os sentidos de movimento dos trens;

 O tempo de latência do ATC na transição do código amarelo para o vermelho é de 6s e será


considerado nos cálculos;

 Os valores calculados serão incluídos diretamente nas equações do intertravamento;

 Os cálculos dos tempos serão de responsabilidade da VALE.

Obs: A planilha anexa ilustra a forma como estes tempos serão calculados.

Temporização do AM
no ramal de BH.xls

25/04/2018 Sinalização entre Marembá e o Pátio 02 – Comutação de Códigos de Velocidade nos Pátios 2/2

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