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SINALIZAÇÃO DE ROTUNDAS
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Carlos de Almeida Roque
Engenheiro Civil
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Setembro de 2007
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SINALIZAÇÃO DE ROTUNDAS
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1
2. MARCAÇÃO RODOVIÁRIA........................................................................................ 4
2.1. Introdução ............................................................................................................... 4
2.2. Marcas longitudinais .............................................................................................. 4
2.3. Marcas transversais .............................................................................................. 10
2.4. Marcas reguladoras do estacionamento e paragem .......................................... 13
2.5. Marcas orientadoras de sentidos de trânsito .................................................... 15
2.6. Marcas diversas e guias ........................................................................................ 20
2.7. Dispositivos retrorreflectores complementares ................................................. 25
Referências .................................................................................................................... 54
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Sinalização de Rotundas Carlos de Almeida Roque
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SINALIZAÇÃO DE ROTUNDAS
1. INTRODUÇÃO
Quando da construção de uma rotunda no local de uma intersecção existente, situação cor-
rente no nosso País, deve sempre promover-se a sua iluminação antecipada, de modo a
permitir a clara percepção das alterações em curso durante a fase de trabalhos. Deverão, de
igual modo, ser respeitadas as regras de sinalização temporária, nomeadamente os esque-
mas do Manual de Sinalização Temporária da JAE, no qual o caso das rotundas foi espe-
cialmente considerado.
- a sinalização vertical;
- a marcação rodoviária;
- o equipamento de guiamento e balizagem.
A sinalização vertical é constituída por sinais ou painéis de sinalização que transmitem uma
mensagem visual, graças à sua localização, à sua forma, à sua cor ou ao seu tipo e ainda
através de símbolos e/ou caracteres alfanuméricos.
As rotundas só o são, no sentido legal, desde que sinalizadas como tal, o que implica a exis-
tência do sinal de aproximação de rotunda, colocado preferencialmente a uma distância
entre 150 e 300 m, e do sinal de rotunda colocado na sua entrada. A ilha central deve, em
princípio, ser sinalizada com baias direccionais múltiplas associadas a sinais de sentido obri-
gatório em frente a cada entrada. Devem ser sinalizadas, em regra, com pré-avisos gráficos.
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1. O condutor que pretende tomar a primeira saída da rotunda deve ocupar, dentro da
rotunda, a via de trânsito da direita, sinalizando antecipadamente quando pretender
sair.
2. Se pretende tomar qualquer das outras saídas, deve:
• Ocupar, dentro da rotunda, a via de trânsito mais adequada em função da
saída que vai utilizar;
• Aproximar-se progressivamente da via da direita;
• Fazer sinal para a direita depois de passar a saída imediatamente anterior à
que pretende utilizar;
• Mudar para a via de trânsito da direita antes da saída, sinalizando antecipa-
damente quando for sair.
O regime de circulação numa determinada secção de via pública é definido pelo sinal vertical
mais próximo a montante dessa secção, de entre um dos seguintes:
• Dentro das localidades....................................... N1 – Início de localidade;
• Vias reservadas a automóveis e motociclos...... H25 – Via reservada a automóveis
e motociclos;
• Auto-estradas..................................................... H24 – Auto-estrada;
• Fora das localidades.......................................... N2 – Fim de localidade;
H39 – Fim de via reservada a au-
tomóveis e motociclos;
H 38 – Fim de auto-estrada.
Considera-se, nesta publicação, a rede viária urbana dividida em rede primária e rede secun-
dária, ou rede secundária de arruamentos.
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Circulação em rotundas. Novo esclarecimento tipo. DGV, 2005.
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a) Sinais Verticais;
b) Marcas Rodoviárias;
c) Sinais Luminosos;
d) Sinalização Temporária;
e) Sinais dos agentes reguladores do trânsito;
f) Sinais dos condutores.
• Sinais de perigo
• Sinais de regulamentação:
a) Sinais de cedência de passagem;
b) Sinais de proibição;
c) Sinais de obrigação;
d) Sinais de prescrição específica:
1 – Sinais de selecção de vias;
2 – Sinais de afectação de vias;
3 – Sinais de zona.
• Sinais de indicação:
a) Sinais de informação;
b) Sinais de pré-sinalização;
c) Sinais de direcção;
d) Sinais de confirmação;
e) Sinais de identificação de localidades;
f) Sinais complementares;
g) Painéis adicionais.
• Sinalização de mensagem variável;
• Sinalização Turístico cultural.
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2. MARCAÇÃO RODOVIÁRIA
2.1. Introdução
As marcas rodoviárias em sinalização permanente têm sempre a cor branca, com a excep-
ção da quase totalidade das marcas reguladoras de estacionamento e paragem e, ainda, das
marcas de segurança, das “caixas” (M17b) e das listras alternadas (M18), incluídas nas mar-
cas diversas e guias, que são de cor amarela.
As marcas rodoviárias podem ser materializadas por pinturas, lancis, fiadas de calçada, ele-
mentos metálicos ou de outro material, fixados no pavimento. As marcas rodoviárias fora das
localidades devem ser retrorreflectoras [1], bem como dentro das localidades.
As marcas rodoviárias em rotundas são aplicadas nas vias de aproximação (ramos), nas
entradas e saídas, e no anel de circulação. Podem ser utilizadas para canalizar o tráfego e,
onde necessário, para seleccionar por via os utentes.
Dada a cada vez maior utilização de mini-rotundas em zonas urbanas, faz-se uma referência
às setas de selecção de mini-rotunda, de utilização corrente em vários países, nomeadamen-
te no Reino Unido e em França, mas sem cobertura no actual RST.
Como cada rotunda é distinta nas suas características geométricas e operacionais, não exis-
te uma marcação tipo aplicável em todos os casos, embora haja regras gerais que podem
ser enunciadas.
A correcta utilização das marcas rodoviárias em rotundas passa pelo conhecimento da sua
hierarquia, características e regras de utilização e aplicação, pelo que para cada tipo de mar-
ca se faz a respectiva descrição recorrendo ao articulado do RST [1] e à Norma de Marcas
Rodoviárias (NMR) da JAE [3], para só depois se aprofundar a sua aplicação nas rotundas.
As marcas longitudinais são linhas apostas na faixa de rodagem, separando sentidos ou vias
de trânsito, e com os significados seguintes (Figura 2.1 [1]):
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M1 (RST) - LBC (JAE) - Linha contínua: significa para o condutor proibição de a pisar ou
transpor e, bem assim, o dever de transitar à sua direita quando aquela fizer a separação de
sentidos de trânsito.
M2 (RST) - LBT (JAE) - Linha descontínua: significa para o condutor o dever de se manter
na via de trânsito que ela delimita, só podendo ser pisada ou transposta para efectuar mano-
bras.
M3 (RST) - LBM (JAE) - Linha mista, constituída por uma linha contínua adjacente a outra
descontínua: tem para o condutor o significado referido em M1 ou M2 consoante a linha que
lhe estiver mais próxima for contínua ou descontínua.
M4 (RST) - LBTa (JAE) - Linha descontínua de aviso: é constituída por traços de largura
normal com intervalos curtos, com o mesmo significado que a marca M2 e indica a aproxi-
mação de uma linha contínua ou de passagem estreita.
M5 (RST) - LBTd (JAE) - Linhas de sentido reversível: são linhas delimitadoras de vias de
trânsito com sentido reversível, constituídas por duas linhas descontínuas adjacentes e des-
tinam-se a delimitar, de ambos os lados, as vias de trânsito nas quais o sentido de trânsito
pode ser alterado através de outros meios de sinalização.
M7 e M7a (RST) – LBC e LBT (JAE) - Linha contínua e descontínua: são constituídas por
linhas largas, contínuas ou descontínuas, delimitando uma via de trânsito e com o mesmo
significado que as marcas M1 e M2, respectivamente. Estas marcas destinam-se a identificar
aquela via de trânsito como corredor de circulação reservado a veículos referidos na descri-
ção do sinal D6, devendo ser completadas pela inscrição ”BUS“, aposta no início do corredor
e repetida logo após os cruzamentos ou entroncamentos.
Na NMR da JAE [3] foram definidas diferentes relações traço/espaço e adoptadas larguras
de traço para aplicação das marcas longitudinais, de acordo com os seguintes princípios:
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Em arruamentos urbanos (vias urbanas de níveis 2, 3 e 4) o comprimento do espaço é próximo do
comprimento do traço, respeitando a modulação.
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- A largura da linha utilizada na separação de uma via normal de uma via de aceleração,
abrandamento ou de entrecruzamento é, no mínimo, o dobro da que se utiliza para a
marcação de uma via normal.
Na aplicação das marcas rodoviárias, tal como na restante sinalização, importa garantir não
só a homogeneidade em toda rede mas também a adaptabilidade à velocidade considerada
em cada caso. Assim, e para as linhas longitudinais, axiais ou de delimitação de vias, a uma
velocidade permitida mais baixa deve corresponder uma relação traço/espaço que, respei-
tando a modulação referida, apresente um comprimento menor de espaço [3].
Dentro dos aglomerados urbanos os comprimentos dos traços e dos espaços devem ser, em
regra, inferiores aos que são utilizados fora daqueles aglomerados. Contudo em determina-
das vias urbanas de circulação mais rápida (estradas urbanas) as características das marcas
longitudinais devem ser em tudo idênticas às utilizadas em zona rural [4]. Assim deve ser nas
estradas urbanas onde as velocidades são mais elevadas, pela utilização de relações tra-
ço/espaço idênticas às utilizadas para a mesma velocidade em zona interurbana. Na rede de
arruamentos (arruamentos principais e rede secundária de arruamentos) deverá haver a pra-
zo, uma homogeneização das relações traço/espaço utilizadas pelas várias autarquias (não
baseadas neste momento em qualquer normativo nacional) pela progressiva adopção dos
valores preconizados na NMR da JAE3. A adopção desta modulação ao nível nacional permi-
tirá ao condutor melhor apreender o contexto em que se insere e tratar a informação de for-
ma mais expedita, correcta e previsível, assegurando-se assim melhores condições de segu-
rança.
De salientar, que além das linhas descritas no Quadro 2.1 são utilizadas linhas descontínuas
de guiamento (LBTg) em cruzamentos, entroncamentos (Fig. 2.2) e gares de transportes
públicos (Fig. 2.3), que servem somente para delimitar a faixa de rodagem principal. Estas
linhas têm normalmente, por razões práticas, a mesma largura da guia em estradas (0,12 m
ou 0,15 m) e uma relação traço - espaço idêntica às restantes linhas de guiamento, 1,5/2,0.
São ainda utilizadas, adjacentes a uma linha contínua para permitir uma viragem à esquerda,
linhas descontínuas com a mesma largura da linha contínua e relação traço/espaço idêntica
3
A NMR [2] estipula a dependência das características geométricas da sinalização da velocidade de projecto
(vias novas) ou a velocidade do tráfego V85 (vias existentes) da infra-estrutura em que são aplicadas, o que é con-
trário ao princípio da homogeneidade.
4
Neste quadro, bem como nos restantes, os valores a cinzento, referem-se a regimes de circulação em que não
é possível ou corrente a existência de rotundas.
5
Esta é a abordagem do Manual de Boas Práticas em Sinalização Urbana, editado pela PRP em 2005.
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à anterior [p. ex. LBT(0,12) 1,5/2,0] em estradas e linhas descontínuas de 0,10 m de largura
e relação traço/espaço 1,0/1,0 em arruamentos urbanos – Figura 2.2.
G(0.15)
LBC(0.12) LBT(0.12) 1.5/2.0 LBC(0.10) LBT(0.10) 1/1
LBTg(0.12) 1.5/2
Figura 2.3 – Paragem de transportes públicos com gare e passagem de peões associada
As linhas longitudinais são utilizadas em rotundas como linhas axiais nos ramos e como
linhas delimitadoras de vias de circulação, tanto nos ramos, com duas ou mais vias por sen-
tido, como nas entradas e saídas e no anel de circulação.
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Quadro 2.1 – Dimensões das marcas longitudinais (m)
Velocidades Designação 110 km/h - 130 km/h 90 km/h - 110 km/h 60 km/h - 90 km/h 40 km/h - 60 km/h
(Auto-estradas) (Vias Reservadas) (Restantes estradas) (Restantes estradas e
arruamentos urbanos)
RST Projecto Largura Traço Espaço Largura Traço Espaço Largura Traço Espaço Largura Traço Espaço
Linhas (a)
Linha contínua M1 LBC 0,15 - - 0,12 - - 0,12 - - 0,10 - -
Linha descontínua M2 LBT 0,15 4,0 10,0 0,12 4,0 10,0 0,12 4,0 10,0 0,10 2,0 5,0*
3,0 4,0**
Linha de aviso M4 LBTa 0,15 10,0 4,0 0,12 5,0 2,0 0,12 5,0 2,0 0,10 2,5 1,0
Linha mista M3 LBM 0,15 4,0 10,0 0,12 4,0 10,0 0,12 4,0 10,0 0,10 2,0 5,0*
3,0 4,0**
Linha mista de avi- M3 LBMa 0,15 10,0 4,0 0,12 5,0 2,0 0,12 5,0 2,0 0,10 2,5 1,0
so
Linha de sentido M5 LBTd - - - 2x0,12 5,0 2,0 2x0,12 5,0 2,0 2x0,10 2,5 1,0
reversível *** *** ***
Linha de abranda- M6 LBTg 0,30 3,0 4,0 0,25 1,5 2,0 0,20 1,5 2,0 0,20 1,5 2,0
mento
Linha de acelera- M6a LBTg 0,30 3,0 4,0 0,25 1,5 2,0 0,20 1,5 2,0 0,20 1,5 2,0
ção
Linha de entrecru- - LBTg 0,30 3,0 4,0 0,25 1,5 2,0 0,20 1,5 2,0 0,20 1,5 2,0
zamento
Linha contínua na M1 LBC 0,30 - - 0,25 - - 0,20 - - 0,20 - -
sequência de LBTg
Linha de corredor M7a LBT 0,30 3,0 4,0 0,25 1,5 2,0 0,20 1,5 2,0 0,20 1,5 2,0
de circulação
Linha de via de len- - LBT 0,30 10,0 4,0 0,25 5,0 2,0 0,20 5,0 2,0 0,20 2,5 1,0
tos (percurso)
Linha de via de len- - LBT 0,35 3,0 4,0 0,30 1,5 2,0 0,25 1,5 2,0 0,25 1,5 2,0
tos (entrada e saí-
da)
* restantes estradas (Nas “restantes estradas", incluem-se as estradas interurbanas e urbanas)
** arruamentos urbanos (a) tem vindo a ser utilizada, também neste escalão de velocidades, a largura de 0,12 m, o que melhora a visibilidade das marcas.
*** afastadas, no mínimo, de 0,10 m
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Quando existe mais de uma via na entrada, utiliza-se, de igual modo, nas linhas delimitado-
ras de vias de trânsito a sequência: linha descontínua, linha descontínua de aviso, obviamen-
te sem setas de desvio, e linha contínua com comprimento adequado à situação prevalecen-
te, nomeadamente em função da existência de passagens para peões ou para ciclistas.
d mín
As marcas transversais são marcas apostas no sentido da largura das faixas de rodagem,
que podem ser completadas por símbolos ou inscrições, e com os significados seguintes
(Figura 2.5 [1]):
M8 e M8a (RST) - Linha de paragem e linha de paragem “STOP”: consiste numa linha
transversal contínua e indica o local de paragem obrigatória, imposta por outro meio de sina-
lização. Esta linha pode ser reforçada pela inscrição “STOP” no pavimento quando a para-
gem seja imposta por sinalização vertical.
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A largura da linha deve ser definida com base na velocidade do ramo de escalão de velocidade mais
elevado.
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Este preceito de paralelismo nem sempre é geometricamente adequado à situação prevalecente,
como se pode ver nos exemplos. O triângulo deve ser colocado no eixo da via de trânsito com a base
perpendicular àquele.
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M10 e M10a (RST) - LBTpc (JAE) - Passagem para ciclistas: é constituída por quadrados
ou paralelogramos e indica o local por onde os ciclistas devem fazer o atravessamento da
faixa de rodagem.
M11 e M11a (RST) - Passagem para peões: é constituída por barras longitudinais, paralelas
ao eixo da via, alternadas por intervalos regulares, ou por duas linhas transversais contínuas
e indica o local por onde os peões devem efectuar o atravessamento da faixa de rodagem.
Nos locais onde o atravessamento da faixa de rodagem por peões não esteja regulado por
sinalização luminosa, deve utilizar-se a marca M11 [1].
No Quadro 2.3 sistematizam-se as dimensões das marcas transversais. De notar que a linha
de cedência de passagem obedece a uma modulação semelhante à das linhas longitudinais.
Designação Velocidade
40 km/h - 90 km/h Largura da
Linhas passagem
RST Projecto Largura Traço Espaço
Linha de paragem M8 - Barra de 0,50 m perpendicular
ao eixo da via -
M8a
Linha de cedência de M9 LBTc 0,30 0,40 0,30
passagem -
M9a
Passagem para ciclistas M10 LBTpc 0,40 0,40 0,40
≥ 1,8 m
M10a
Passagem para peões M11 - Barras de 0,50 m paralelas ao 4,0 m
eixo da via e afastadas de
0,50 (normal)
2,5 m
Passagem para peões M11a - Barras de 0,30 m perpendicu-
lares ao eixo da via (mínimo)
Em rotundas, a linha de cedência de passagem, quase sempre com símbolo triangular (Figu-
ras 2.6 e 2.7), é sistematicamente utilizada nas entradas no limite do anel de circulação,
como complemento da sinalização vertical de rotunda, definindo o local da eventual para-
gem. Não há, contudo, necessidade de delimitar, por marcação, este anel em relação à saí-
da, devendo as eventuais linhas delimitadoras das vias de trânsito das saídas iniciar-se no
seu limite.
Z
X
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Devem, ainda, estar localizadas de modo a que a sua visibilidade seja compatível com a
velocidade do tráfego, nas entradas. Quando tal não acontecer, há que criar mecanismos
físicos que provoquem uma redução de velocidade para os valores admissíveis pela visibili-
dade prevalecente [3].
Estas passagens situam-se sempre nos ramos e nunca radialmente ligando à ilha central –
Figura 2.7.
A largura normal de uma passagem para peões é de 4,0 m, podendo para baixos volumes de
tráfego de peões e, ainda, em caso de restrições físicas inultrapassáveis, essa largura baixar
para valores da ordem de 2,5 m a 3,0 m. A largura mínima de uma passagem de ciclistas é
de 1,8 m [4].
Nas passagens M11 as barras devem ser paralelas ao eixo da via e descrever o trajecto
mais curto de atravessamento para o peão [3]. As passagens para peões devem ser prefe-
rencialmente antecedidas (a uma distância entre 1,5 e 2,0 m) por linhas de paragem M8,
como medida complementar de protecção aos seus utentes.
A paragem de um veículo muito próximo da passagem para peões não só os intimida, como
pode impedir a visibilidade de um condutor em segunda fila. As linhas de paragem associa-
das às passagens para peões permitem dar maior segurança aos peões, pois podem promo-
ver a imobilização dos veículos a uma distância maior das mesmas, permitindo assim que
um condutor em segunda fila veja atempadamente o peão e possa travar.
M12 e M12a (RST) - LAC (JAE) - Linha contínua junto ao limite da faixa de rodagem e
linha contínua sobre o bordo do passeio: indicam que é proibido parar ou estacionar des-
se lado da faixa de rodagem e em toda a extensão dessa linha.
M13 e M13a (RST) - LAT (JAE) - Linha descontínua junto ao limite da faixa de rodagem
e linha descontínua sobre o bordo do passeio: indicam que é proibido estacionar desse
lado da faixa de rodagem e em toda a extensão dessa linha.
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marcas M12, ou M12a na parte exterior do anel de circulação (LAC), junto ao seu limite exte-
rior, nomeadamente em rotundas urbanas.
Estas marcas podem anteceder as passagens para peões ou ciclistas, numa extensão com-
patível com a distância de visibilidade de paragem para o tráfego que se dirige para a passa-
gem [3]. A largura das marcas reguladoras do estacionamento e paragem é definida no Qua-
dro 2.4.
Estas marcas valem por si, ou seja independentemente da existência de sinalização vertical,
pelo que a sua aplicação não constitui uma sobrecarga de sinalização e pode prevenir a prá-
tica, infelizmente corrente, de estacionamento nestes casos.
M15, M15a, M15b, M15c, M15d, M15e e M15f - Setas de selecção: utilizam-se para orien-
tar os sentidos de trânsito na proximidade de cruzamentos ou entroncamentos e significam,
quando apostas em vias de trânsito delimitadas por linhas contínuas (ou em faixa com uma
única via de trânsito), obrigatoriedade de seguir no sentido ou num dos sentidos por elas
apontados; estas setas podem ser antecedidas de outras com igual configuração e com fun-
ção de pré-aviso, as quais podem conter a indicação de via sem saída.
M16, M16a (tipo 1 - JAE) e M16b (tipo 2 - JAE) - Setas de desvio: são de orientação oblíqua
ao eixo da via e repetidas, indicando a conveniência de passar para a via de trânsito que
elas apontam, ou mesmo a obrigatoriedade de o fazer em consequência de outra sinaliza-
ção.
Em vias de sentido único, podem ser utilizadas setas de configuração igual às de selecção,
com a finalidade de confirmar o sentido de circulação [1].
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110 km/h - 130 km/h 90 km/h - 110 km/h 60 km/h - 90 km/h 40 km/h - 60 km/h
(Auto-estradas) (Vias Reservadas) (Restantes estra- (Restantes estradas e
das) arruamentos urbanos)
A utilização de setas de selecção na entrada de rotundas deve ser decidida com extremo
cuidado, pois pode levar à confusão com um entroncamento ou cruzamento, intersecções
que têm sistematicamente este tipo de marcas rodoviárias, nomeadamente em estradas. As
setas de selecção não devem ser utilizadas no anel de circulação, com a única excepção das
setas de mini-rotunda, que são abordadas no final deste parágrafo. A descrição do RST rela-
tivamente à utilização destas setas não refere as rotundas, o que constituiu a prática na ela-
boração deste regulamento quando não se queria englobar este tipo de intersecção de nível.
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Figura 2.10 – Exemplo de utilização de setas de selecção nas entradas de uma rotunda
(Projecto do início dos anos 80)
Assim as setas de selecção só devem ser utilizadas nas entradas das rotundas quando o
número de vias e de destinos a que permitem aceder exija a prévia selecção dos utentes por
via, para o que esses destinos devem ser identificados por inscrições associadas às setas
aplicadas, ou ainda quando exista uma via segregada para viragem à direita limitando-se as
setas de selecção a assinalar esse facto (vide figuras 2.10, 2.11 e 3.30).
Figura 2.11 – Setas de selecção em rotunda com via segregada para viragem à direita
As setas de selecção M15a (ver Figura 2.9) nunca devem ser utilizadas nas entradas de
rotundas pois, além de poderem confundir os utentes, são contraditórias com a sinalização
vertical de rotunda, nomeadamente se colocadas em vias de trânsito delimitadas por linhas
contínuas na entrada da rotunda, situação em que transmitem a obrigatoriedade de virar à
esquerda. Por razões semelhantes, as setas de selecção M15c também não devem ser utili-
zadas neste caso.
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As setas de selecção devem ser aplicadas, em regra, em grupos de quatro unidades por via
de trânsito, ao eixo e segundo o eixo da mesma. Em arruamentos urbanos, devem ser apli-
cadas em grupos de três unidades por via de trânsito.
As setas de desvio tipo 2 são associadas à linha de aviso, de acordo com o Quadro 2.7 e
com a Figura 2.12, conforme referido anteriormente. Os espaçamentos entre setas de desvio
tipo 1 são idênticos aos utilizados nas setas de desvio tipo 2.
40-50 42 28 -
60-70 84 28 42
80-90 126 42 56
100 168 56 70
110 210 70 84
120 252 84 98
8.00 9.00
Figura 2.12 – Exemplos de linha de aviso e posição relativa das setas de desvio tipo 2
Uma mini-rotunda é uma rotunda de dimensões muito pequenas, cuja ilha central é total-
mente transponível, nomeadamente pelos veículos pesados de maiores dimensões.
Incluem-se nesta classificação as rotundas em que o diâmetro do círculo inscrito está com-
preendido entre os 14 m e os 28 m e o diâmetro da ilha central entre 3,0 m e 4,0 m.
Neste contexto, são utilizadas, em vários países da UE, setas de selecção apropriadas para
orientar o sentido do trânsito na rotunda, dada a impossibilidade de colocação de sinalização
vertical na ilha central, como é prática comum nas rotundas normais.
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tornada, podendo a sua ausência ser causa de acidente, é natural que numa próxima revisão
do RST estas setas sejam consideradas.
1.30 (1.00)
2.05
2.05
2.05
0.75
0.50
0.50
0.30 0.30 0.30 0.30
1.00
2.05
1.20 (0.90)
7.50 (6.00)* (5.00)**
1.30 (1.00)
0.60 0.60 0.30
0.30 0.30
(6.00)* (5.00)**
5.45 (3.95)* (2.95)**
0.50
0.15
0.50
(3.95)* (2.95)**
1.20 (0.90)
1.45 (0.79)*
0.
(0.29)**
1.05
0.15 0.15 0.15 0.15
TIPO 1 TIPO 2
1.05
5.00
5.00
7.50
1.10
1.10
1.70
1.70
0.281
19
___________________________________________________________________________________________
Sinalização de Rotundas Carlos de Almeida Roque
__________________________________________________________________________
6.35
0.40
0.30
1.87
R = 2.00
15
0.
R4.00
120°
Para fornecer determinadas indicações ou repetir as já dadas por outros meios de sinaliza-
ção, podem ser utilizadas as marcas seguintes (Figura 2.16 [1]):
M17 e M17a - Raias oblíquas delimitadas por uma linha contínua: significam proibição de
entrar na área por elas abrangida.
M19 - G (JAE) - Guias: utilizam-se para delimitar mais visivelmente a faixa de rodagem
podendo ser utilizadas junto dos bordos da mesma e são constituídas por linhas que não são
consideradas marcas longitudinais para efeitos do n.º 1 do artigo 60.º do RST.
M20 - Bandas cromáticas: alertam para a necessidade de praticar velocidades mais reduzi-
das em determinados locais, consistindo numa sequência de pares de linhas transversais
contínuas com espaçamentos degressivos.
As raias oblíquas podem ainda ser delimitadas por uma linha descontínua: significa proibição
de estacionar e de entrar na área por elas abrangida, a não ser para a realização de mano-
bras que manifestamente não apresentem perigo.
Podem utilizar-se inscrições no pavimento para transmitir aos utentes indicações úteis,
complementando a sinalização vertical; os caracteres e símbolos utilizados nestas inscrições
devem ser alongados, de forma a serem facilmente legíveis pelos condutores a que se desti-
nam [1].
20
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Sinalização de Rotundas Carlos de Almeida Roque
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M17b-Cruzamento ou entroncamento
facilmente congestionável
As raias têm a geometria da Figura 2.17, sendo antecedidas por linha contínua com o com-
primento mínimo indicado e por eventual linha de aviso.
As zonas raiadas na aproximação aos ilhéus separadores das rotundas, devem permitir a
transição das larguras das vias de entrada e de saída para a largura das vias de tráfego em
21
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Sinalização de Rotundas Carlos de Almeida Roque
__________________________________________________________________________
secção corrente dos ramos das mesmas, uma vez que a largura daquelas vias se deve man-
ter constante ao longo do ilhéu.
Esta transição pode realizar-se total ou parcialmente ao longo da zona raiada. A solução
preconizada pela CEMT, para a marcação de zonas raiadas na aproximação a ilhéus sepa-
radores, permite fazer esta transição ao longo da extensão da zona raiada e de uma exten-
são adicional, igual à distância percorrida durante 1 s à velocidade considerada.
As raias são constituídas por barras oblíquas (M17 e 17a) definindo áreas cujo bordo é nor-
malmente constituído por linhas contínuas axiais ou delimitadoras de vias de trânsito, ou,
ainda, que dão continuidade a guias.
0
1.0
c
b - 0.25 mínimo
0.30 desejável
b
a
c - 1.00 para V ≤ 90 km/h
1.50 para V > 90 km/h
a
00
1.
c
1.
00
a
b
b
V 40 km/h - 60 km/h ⇒ B ≥ 20
V ≥ 60 km/h ⇒ B ≥ 50 1
B
L D de preferência ≥ 25 m
Em arruamentos urbanos não é necessário que as zonas raiadas envolvam os ilhéus, para
cumprirem a função de proteger o tráfego desses obstáculos, encaminhando os veículos
para fora dessas áreas. Basta que, como se mostra para as rotundas na Figura 2.18 (porme-
nor da Figura 3.25), preencham essa função a montante e ao longo do ilhéu separador.
Em arruamentos, dotados ou não de passeios sobrelevados, as guias não devem ser utiliza-
das em secção corrente, pois a sua presença estabelece confusão quanto ao ambiente
rodoviário prevalecente (fora das localidades ou dentro das localidades). Em rotundas em
arruamentos urbanos as guias não são em geral utilizadas podendo, conforme a geometria
22
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Sinalização de Rotundas Carlos de Almeida Roque
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das entradas e saídas, contornar ou não os ilhéus separadores, embora com menos fre-
quência e dependendo do nível hierárquico da via urbana e da geometria da rotunda. Podem
ainda utilizar-se junto à ilha central, nomeadamente nas rotundas de entrada de povoação.
No Quadro 2.8 são sistematizadas as larguras das guias em função da velocidade.
0.30
0.30
0.30
Figura 2.18 – Raias oblíquas - exemplo de aplicação em arruamento
A dimensão das guias, a utilizar no anel de circulação, deve ser definida com base na veloci-
dade do ramo de escalão de velocidade mais elevado.
110 km/h - 130 km/h 90 km/h - 110 km/h 60 km/h - 90 km/h 40 km/h - 60 km/h
(Auto-estradas) (Vias Reservadas) (Restantes estradas) (Restantes estradas *)
As bandas cromáticas são linhas transversais colocadas na via ou vias no sentido do trânsi-
to a que respeitam. Têm por objectivo alertar o condutor para a necessidade de praticar
velocidades mais reduzidas através de um efeito visual e também de um efeito sonoro, pro-
vocado pela cadência de impactos dos pneus nas bandas transversais.
Este equipamento deve ser utilizado com parcimónia, para evitar a habituação do condutor e,
como tal, a perda do seu poder indutor de diminuição da velocidade escolhida.
Estas linhas são executadas em conjuntos de duas unidades paralelas entre si, na cor bran-
ca, com a largura de 0,50 m, afastadas de 0,30 m uma da outra e a 0,20 m das guias ou
passeios e linhas axiais [3] ou delimitadoras de vias de trânsito (ver Figura 2.19).
Estas bandas podem ser utilizadas no sentido de aproximação à rotunda, com a sequência
de espaçamentos adequada à situação de cedência de passagem:
6 – 6 – 6 – 7 – 8 – 9 – 10 – 11 – 12 – 13 – 14 (m).
O ponto inicial de colocação das bandas deve estar afastado do local que exige velocidade
mais lenta ou a eventual paragem (limite do anel de circulação ou barra de paragem, asso-
ciada a passagem para peões), de cerca de 30 m (ver Figura 2.19), para minimizar a interfe-
rência com o processo de travagem. As bandas cromáticas não devem ser colocadas em
curvas, pois a alternância de coeficientes de atrito e os efeitos dinâmicos podem interferir
com a estabilidade dos veículos. Simultaneamente, refira-se que a colocação destas bandas
em zonas de elevado risco de formação de gelo deve ser precedida de adequada avaliação
das condições de drenagem resultantes.
23
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Sinalização de Rotundas Carlos de Almeida Roque
__________________________________________________________________________
0.20
0.50
0.20
0.20
0.30
0.20
LBTC(0.30)0.40/0.30
30 m
LBC(0.1
2)
6m 6m 6m 7m 8m 9m 10m 11m
G(0.15)
LBT(0.12)2/5
. 12)
C(0
LB
Para além das mensagens que auxiliam o condutor na escolha de um destino, normalmente
associadas a setas de selecção, deve restringir-se o uso de inscrições - Figura 2.20 - a
mensagens de alerta ou de perigo iminente, podendo indicar-se, em reforço da sinalização
vertical, os limites de velocidade máximos permitidos [3].
10.0
10.0
10.0
10.0
400.0
160.0
24
___________________________________________________________________________________________
Sinalização de Rotundas Carlos de Almeida Roque
__________________________________________________________________________
2.00 5.00
6.00 4.00
a) quando utilizados em sinalização temporária, caso em que devem ser de cor amarela;
b) quando utilizados na delimitação de vias de acesso a portagem identificadas com o
sinal H33 (Via verde), caso em que devem ser de cor verde [1].
A localização dos marcadores deverá coincidir sempre com a meia distância entre linhas
descontínuas, obedecendo os afastamentos entre eles a um múltiplo ou submúltiplo de 14 m.
8
O RST só considera esta hipótese quando a faixa está “afecta a um único sentido de trânsito”, o que
não corresponde à prática e às Recomendações de Delineadores da JAE.
25
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Sinalização de Rotundas Carlos de Almeida Roque
__________________________________________________________________________
Afastamento (m) 28 28 7 7
26
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Sinalização de Rotundas Carlos de Almeida Roque
__________________________________________________________________________
Assim o valor de 3,50 m deverá normalmente ser utilizado em zonas em que os raios em
planta ou em perfil sejam favoráveis, reservando-se o valor de 1,75 m para locais em que a
curvatura seja de molde a que a inter distância de 3,50 m não garanta o efeito de continuida-
de que se pretende obter quando se trata de linhas contínuas, nomeadamente nas intersec-
ções de nível [6].
Não devem ser colocados sobre as linhas contínuas mas sim lateralmente às mesmas ou no
seu intervalo se estas forem duplas (adjacentes), devendo em curvas em planta estarem
localizados mais próximos do intradorso da curva.
Os marcadores são colocados de acordo com a Figura 2.22 para os vários tipos de linhas
contínuas e descontínuas utilizadas. Na Figura 2.23 mostra-se a colocação dos marcadores
em zona raiada a montante dos ilhéus separadores e contornando os mesmos. Esta situação
não está coberta nas disposições normativas da JAE [6], sendo o espaçamento de 1,75 m
justificado por claras razões de homogeneidade com as vias secundárias das restantes inter-
secções de nível, uma vez que em ambos os casos há lugar a cedência de passagem na
entrada.
Qualquer que seja o critério de colocação, a utilização dos marcadores deverá ter início a
montante e a jusante do ponto singular em consideração, no início da linha de aviso que o
antecede [6].
27
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Sinalização de Rotundas Carlos de Almeida Roque
__________________________________________________________________________
3. SINALIZAÇÃO VERTICAL
3.1. Introdução
O sistema de sinalização vertical a colocar nas vias públicas compreende sinais de perigo,
sinais de regulamentação, sinais de indicação, sinalização de mensagem variável e sinaliza-
ção turístico-cultural [1].
Os sinais normalmente designados como “de código” são os sinais constituídos por uma só
placa, abrangendo os sinais de perigo, de regulamentação, com excepção dos sinais de
selecção e de afectação de vias, e ainda os sinais de informação de pequenas dimensões.
Os sinais utilizados na sinalização de rotundas são os sinais “de código”, os sinais comple-
mentares (baias direccionais e balizas de posição) e ainda os sinais do sistema informativo,
pelo que os sinais abordados neste capítulo são exclusivamente estes. Uma abordagem
mais profunda da sinalização vertical pode ser encontrada em [7].
De acordo com o CE uma rotunda é uma praça formada por cruzamento ou entroncamento,
onde o trânsito se processa em sentido giratório e sinalizada como tal [1]. A sinalização de
uma rotunda implica assim a utilização dos sinais B7 e D4 (Fig. 3.1) correctamente coloca-
dos.
Cada espécie de sinais pode ter mais de um tipo de dimensões, de acordo com o RST, não
devendo ser considerada a orla exterior para efeitos da dimensão indicada para o sinal [1].
Os “sinais de código” podem tomar quatro dimensões nominais: grande (115 cm), normal
de 90 cm, normal de 70 cm e reduzida (60 cm). A dimensão nominal corresponde, com
excepção dos sinais em forma de losango, à largura ocupada pelo sinal, sem ter em conside-
ração a orla exterior (Figura 3.2).
28
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Sinalização de Rotundas Carlos de Almeida Roque
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Em circunstâncias especiais, dentro das localidades ou para repetir um sinal, podem utilizar-
se, excepcionalmente, sinais de dimensões inferiores às previstas (n.º 4 do artigo 16.º do
RST).
Oe
Oe
Oe
L
L
Oe
L L L
As baias direccionais têm, de igual modo três dimensões: grande, normal e reduzida, cor-
respondendo contudo à dimensão normal uma única dimensão nominal: 60 cm (Figura 3.3).
As balizas de posição têm duas dimensões: 20 cm e 30 cm de largura, que podem conside-
rar-se como as dimensões normal e grande, respectivamente.
O critério de escolha da dimensão das baias e balizas deve seguir o dos sinais de código9:
- Baias e balizas de dimensão normal: aplicam-se em secção corrente com os sinais de
dimensão normal de 70 cm e nos ramos de nós;
- Baias e balizas de dimensão grande: aplicam-se em secção corrente com os sinais de
dimensão normal de 90 cm e com os sinais de dimensão grande.
9
O critério das Disposições Normativas (DN) da JAE [7], datadas de 1983, reserva as baias direccio-
nais de dimensão grande para estradas com dupla faixa de rodagem, as de dimensão normal para a
rede fundamental e as de dimensão reduzida (pequena, segundo as DN) para a rede complementar,
não mencionando os ramos dos nós.
29
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Sinalização de Rotundas Carlos de Almeida Roque
__________________________________________________________________________
3.0
3.0
A A
A B 45°
45°
h=120.0
Baia direccional simples Baia direccional múltipla
Dimensões (cm)
A 40 60 90
B 40 x n 60 x n 90 x n l=20.0 l=20.0 l=30.0 l=30.0
Figura 3.3 – Características das baias direccionais e das balizas de posição [1]
O dimensionamento dos sinais constituídos por painéis resulta do comprimento das ins-
crições, directamente dependente da dimensão dos caracteres utilizados, que é, por sua vez
função da velocidade permitida, ou seja, do regime de circulação prevalecente como se viu
no capítulo anterior, do número de inscrições e da colocação vertical dos sinais, de acordo
com o Quadro 3.1.
Legenda:
H – altura da letra maiúscula.
H = 1.4 x h, em que h é a altura da letra minúscula correspondente.
NOTA – Para setas direccionais nas vias secundárias e, ainda, para pré-avisos reduzidos, considera-se unicamente
H = 20 cm e H = 14 cm para velocidade maior ou igual a 60 km/h e velocidade menor que 60 km/h, respectiva-
mente, face ao número máximo de mensagens por sinal (duas).
A dimensão da altura da letra nas setas direccionais em rotundas deve ser definida com base na velocidade do ramo de
escalão de velocidade mais elevado.
O dimensionamento dos sinais constituídos por painéis depende ainda das dimensões das
orlas e da composição do sinal que por sua vez depende dos grafismos (setas, símbolos e
10
Nas “restantes estradas”, incluem-se estradas interurbanas e urbanas.
11
Estão neste caso o conjunto I2e+I2f, no caso do pré-aviso gráfico, e o conjunto E1+E1 ou E1+ E2, no caso do
sinal de selecção de vias. De notar que estes sinais são constituídos por um único painel, quando colocados late-
ralmente.
30
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Sinalização de Rotundas Carlos de Almeida Roque
__________________________________________________________________________
sinais incluídos no painel), dos afastamentos entre inscrições e destas às orlas e grafismos
e, ainda, entre bordos nos sinais compostos por mais de um painel, de acordo com as regras
definidas no RST (Quadro XVI) e na NSVO da JAE [8].
De referir, que os sinais constituídos por painéis estão, devido a um erro sistemático de
interpretação da NSVO, muitas vezes sobredimensionados na sua largura. Tem prevalecido,
na determinação do afastamento das inscrições entre si e às orlas, a consideração de que o
comprimento de cada inscrição é igual ao comprimento do somatório das caixas de cada
letra que a constitui (Quadros XVII e XVII do RST) e não o seu comprimento real, tomado
entre as verticais dos extremos das letras inicial e final da mesma.
A NSVO refere o método de composição de cada mensagem pela união das caixas relativas
a cada uma das letras da palavra concluindo, de uma forma simples que o comprimento da
palavra é definido pelo somatório das larguras das caixas já referidas [8].
Apesar da abordagem simplista do texto da NSVO, o único exemplo que apresenta de uma
inscrição define claramente o comprimento a tomar, com a marcação de duas linhas verticais
nos extremos da mesma e define as distâncias a tomar entre palavras da mesma mensagem
na escrita de abreviaturas (que são entre limites de letras e não entre caixas) – Figura 3.4.
Esta norma é bastante anterior à Norma de Sinalização Vertical (NSV) da JAE e à existência
do programa das fontes para AutoCAD, que permite obter directamente cada inscrição para
uso directo no desenho dos painéis de acordo com aquelas regras.
Exemplo da NSVO,
realizado com uma
fonte que não é a
da JAE.
A altura de cada painel está ainda condicionada pela altura das réguas (perfis extrudidos de
alumínio ou de plástico, de 17,5 cm de altura) de que normalmente são formados.
Nas figuras 3.5 a 3.8 apresentam-se os grafismos (setas) e espaçamento horizontais e verti-
cais utilizados nos sinais da sinalização de orientação de rotundas. Para mais pormenores
ver Anexo 3 de [7].
31
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Sinalização de Rotundas Carlos de Almeida Roque
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conseguir entre os destinos e as direcções a tomar para lhes aceder [8]. Este aspecto é
especialmente importante na composição dos pré-avisos gráficos de rotundas.
Também nos sinais de selecção de vias deverá, por esta razão e porque a associação a
cada via de trânsito é especialmente importante, compor-se o sinal de modo a que os desti-
nos fiquem perfeitamente aglutinados por via de trânsito ou, se for o caso, pelas vias a que
respeitam.
O destino e distância correspondente também devem estar entre parênteses nos sinais de
confirmação, quando o acesso ao mesmo não for directo (estradas da rede nacional).
O posicionamento relativo deverá respeitar sempre que possível e de cima para baixo, a
indicação do número da estrada e o destino que lhe está associado. Razões de economia e
estética poderão levar a admitir o posicionamento lateral do número da estrada em relação
ao destino.
Os símbolos devem preceder a mensagem escrita, o que significa que o seu posicionamento
lateral deverá ser à esquerda da mensagem, exceptuando-se os sinais de direcção. Nas
setas de direcção, J1 e J2, o símbolo deve situar-se sempre no lado oposto à da ponta da
seta e nos sinais de indicação de âmbito urbano, J3, junto à seta.
A escolha da localização do painel (colocação longitudinal - vide alínea 3.4.3) deverá não só
respeitar a eventual indicação de distância que contém, como ter em conta também se o tra-
çado da estrada lhe confere a visibilidade para a qual foi concebido, a qual pode ser calcula-
da pelas seguintes expressões:
Estas expressões, retiradas do Special Report on Transportation in an Aging Society [9] per-
mitem calcular a distância de legibilidade reportada à altura da letra maiúscula. A segunda
expressão aplica-se para ter em consideração a menor acuidade visual dos utentes mais
idosos. O tempo total necessário para compreender e reagir à mensagem transmitida por um
sinal é o somatório dos tempos de percepção, identificação (compreensão), emoção (deci-
são) e volição (execução da decisão), ou tempo PIEV. Este tempo pode variar entre alguns
segundos, para um sinal de código, e até 6 segundos, para sinais requerendo maior tempo
de avaliação por parte do condutor [10].
32
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Sinalização de Rotundas Carlos de Almeida Roque
__________________________________________________________________________
0.35H
Ri 0.5H
0.5H
0.5H variável
O
H
R=3e3
H e3
R=2e3
e3
0.5H 0.5H
variável
H H
90°
0.5H 0.5H
e3 min.0.15
H H
H
0.5H mín 0.5H
e3/2
mín 0.5H
90°
O
Ri 0.5H 0.75H
e3 90°
H h
0.5H
Ri 0.5H
H
Tabela de dimensões para setas a utilizar nos sinais de indicação
0.5H
Dimensões (cm)
Velocidades
a3 b3 e3 e4
0.5H
0.5H 40 km/h - 60 km/h 28 24 12,5 8,5
0.5H 0.5H 60 km/h - 90 km/h 28 24 17,5 8,5
0.5H
H H
O
1.25e4
a3
b3 a3
40°
b3
40°
1.25e4 variável
2.5e4
45°
variável
e4
2.5e4 e4
e4
2.5e4 45°
0.5H 0.5H
O Setas para painéis laterais de selecção
Ri 0.5H 0.75H
H h
0.5H
33
___________________________________________________________________________________________
Sinalização de Rotundas Carlos de Almeida Roque
__________________________________________________________________________
0.5H 2.5
2.5
5.0
4.0
0.5H 2.5 H
2.5
5.0 4.0 B 0.5H
A H H 7.5
7.5
variável variável
40 - 60 km/h 14 33 54
60 - 90 km/h 20 45 75
2.0
2.0
H
34.0 h 21.0
0.175H
0.175H 21.0 21.0 0.175H
0.175H
154.0
H
30.0 h 21.0
150.0
10.5
7.0
4.
2
5.0
30.0 4.2 21.0
H
2.0 0.175H
0.175H 21.0 21.0 0.175H
0.175H
150.0
34
___________________________________________________________________________________________
Sinalização de Rotundas Carlos de Almeida Roque
__________________________________________________________________________
Ri 0.5H
0.06H
0.1H 0.35H
0.5H
1.5H
0.5H 0.5H
H 2H
0.5H
0.06H O
0.175H H
0.5H
10.0
20.0 2.5
20.0
10.0 37.5
20.0 20.0
1.6 15.0 20.0 10 20.0
2.5
10.0
30.0 20.0
20.0 38.4
20.0 5.0 10 20.0
5.0
10.0
20.0
38.4 20.0
280.0 10.0 30.0 60.0 R37.5
262.5
20.0 R25.0
38.4 38.4 5.0 55.8
99.7
R25R37.5
10
10.0 10.0
20.0 20.0
20.0 20.0
10.0 97.1
10.0 10.0
20.0 59.7 20.0 20.0 55.0
18.4 18.4 20.5
2.5
12.5
Na Figura 3.10, os sinais correspondem a três alturas de letra distintas (20 cm, 20 cm, 14 cm
e 28,5 cm, da esquerda para direita, respectivamente), sendo os três primeiros painéis colo-
cados lateralmente e o quarto colocado por cima da via (em pórtico).
35
___________________________________________________________________________________________
Sinalização de Rotundas Carlos de Almeida Roque
__________________________________________________________________________
De notar, nos sinais apresentados na Figura 3.9, o comprimento idêntico das setas que indi-
cam os vários destinos, e a distribuição regular das setas no anel do esquema gráfico da
rotunda.
As rotundas desniveladas, em nós do tipo diamante, têm mais ramos do que as rotundas
de nível equivalentes, pois a cada ramo do nó corresponde um ramo da rotunda, pelo que
deve haver correspondência entre o número de setas do esquema gráfico dos sinais de
pré-aviso destas rotundas e o número de ramos existentes. A sinalização destes dois tipos
de rotundas, com pré-avisos gráficos idênticos, viola o princípio da homogeneidade da sinali-
zação.
É de boa prática, a distribuição regular das setas no anel do esquema gráfico dos sinais de
pré-aviso de rotundas, o que melhora a sua legibilidade, contribuindo para a segurança rodo-
viária. Nas rotundas de três ramos, esta regra só se mantém se os ramos se distribuírem,
também eles, regularmente. Se forem ortogonais, como muitas vezes acontece, por razões
que podem ter a ver com a futura inserção de um quarto ramo no quadrante livre, o esquema
gráfico deve respeitar essa perpendicularidade. Ver exemplos dos dois casos na Fig. 3.10.
36.25 132.98
25.00
12.50
25.00
84.12
12.50
12.50
25.00 0
.5
12 Ø62.50
12.50
25.00
80.70
R35.00
15.79
12.50
297.50
R35.00 21.82
79.12 .50
12
25.00
113.38
83.93
88.38
127.39
6.25
52.50 25.00
17.50
222.57 228.15
473.22
36
___________________________________________________________________________________________
Sinalização de Rotundas Carlos de Almeida Roque
__________________________________________________________________________
Torna-se cada vez mais frequente a existência de pré-avisos em que o esquema gráfico
apresenta a inversão de sentido de marcha como caminho único para alcançar determinado
destino – exemplo na Figura 3.13. Esta é uma solução menos correcta, só justificável por
uma deficiente concepção geométrica, resultante de grandes limitações locais, como é o
caso do exemplo dado. Na realidade na alteração do nó apresentado não foi possível incluir
o laço em falta (correspondente à ligação sul - poente), por absoluta impossibilidade física,
pelo que a única alternativa para esta ligação é a inversão de sentido de marcha preconiza-
da.
37
___________________________________________________________________________________________
Sinalização de Rotundas Carlos de Almeida Roque
__________________________________________________________________________
Os sinais de selecção de vias, quando colocados sobre a via pública, e os sinais de direcção
que indiquem saídas têm cor de fundo correspondente à da via que a saída indica [1]. Esta
cor de fundo manter-se-á idêntica à da estrada em que estão colocados os sinais, se à pri-
meira indicação dessa saída não corresponder cor de fundo diferente.
Nos sinais de direcção J3a, J3b, J3c e J3d (Figura 3.15) devem ser respeitadas as cores de
fundo seguintes:
- azul, para indicações de apoio ao utente – emergência e turísticas;
- branco, para outras indicações de apoio ao utente;
- castanho, para indicações ecológicas, geográficas e culturais;
- laranja, para indicações desportivas;
- cinzento, para indicações industriais.
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Sinalização de Rotundas Carlos de Almeida Roque
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Os símbolos utilizados nos sinais de indicação têm a cor preta, inseridos em quadrado de
fundo branco, com excepção daqueles cujas cores são apresentadas no Anexo da Norma de
Sinalização Turística, já referido. Estes símbolos só têm orla quando a sua cor de fundo e a
cor de fundo do sinal ou bloco homogéneo12 em que estão inseridos, são iguais (ambas
branco ou ambas azul). A cor da orla é o preto, quando as cores de fundo, do símbolo e do
sinal, são ambas o branco, e o branco, no caso contrário – ver figuras 3.9, 3.11 e 3.15.
Nestes sinais deve ainda ser inscrito, em rectângulo de cor de fundo correspondente à estra-
da identificada, a localidade a que a mesma dá acesso, sempre que:
a) o sinal esteja colocado num itinerário principal e indique localidade servida por auto-
estrada;
b) o sinal esteja colocado nas restantes vias e indique localidade servida por itinerário
principal ou auto-estrada13.
Os sinais devem ser colocados de forma a garantir boas condições de legibilidade das men-
sagens neles contidas e a acautelar a normal circulação e segurança dos utentes das vias
[1].
12
Bloco é um conjunto de inscrições não superior a três que estão relacionadas entre si, nomeada-
mente por associação a um símbolo. Um bloco diz-se homogéneo desde que agrupe inscrições identi-
ficadas pela mesma cor, e relativas a uma mesma direcção [8].
13
Ver tabelas do Anexo 4 de [7]
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Sinalização de Rotundas Carlos de Almeida Roque
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Os sinais devem ser colocados de forma a garantir boas condições de legibilidade das men-
sagens neles contidas e a acautelar a normal circulação e segurança dos utentes das vias
[1].
Os sinais verticais são colocados do lado direito ou por cima da via, no sentido do trânsito a
que respeitam e orientados pela forma mais conveniente ao seu pronto reconhecimento
pelos utentes [1].
Nas faixas de rodagem que comportem mais de uma via de trânsito no mesmo sentido, os
sinais podem aplicar-se apenas a alguma ou algumas dessas vias, desde que:
a) O sinal esteja colocado por cima da via a que respeita, completado, se necessário, por
uma seta;
b) O sinal esteja colocado lateralmente à faixa de rodagem e as marcas rodoviárias indi-
quem inequivocamente que o sinal respeita apenas à via de trânsito mais próxima,
caso em que o sinal se limita a confirmar a regulamentação já materializada pelas
marcas rodoviárias;
c) Sejam utilizados sinais de afectação de vias;
d) Seja utilizado o painel adicional do modelo 17 [1].
Os sinais colocados do lado esquerdo só são válidos quando em repetição de um sinal colo-
cado do lado direito (com excepção dos sinais D3 e O7a) ou quando se tratar de um sinal de
fim de zona.
Dentro das localidades, a distância entre a extremidade do sinal mais próxima da faixa de
rodagem e a vertical do limite desta não deve ser inferior a 0,50 m, salvo casos excepcionais
de absoluta impossibilidade. Fora das localidades, os sinais devem estar colocados para
além da berma e a uma distância da faixa de rodagem não inferior a 0,50 m, medida entre o
bordo do sinal mais próximo da referida faixa e a vertical do limite desta – Figura 3.16.
Sempre que exista mais de uma via de trânsito no mesmo sentido e ainda quando as condi-
ções da via o justifiquem, ou seja quando haja o risco de os sinais não serem vistos pelos
condutores a que se dirigem, os sinais de perigo e de regulamentação devem ser repetidos
no lado esquerdo. Este critério de repetição da sinalização não se aplica aos sinais de selec-
ção e de afectação de vias quando as condições da via não o permitirem [1]. Neste último
caso os sinais devem ser colocados por cima da via.
Em estradas de faixa única, os sinais de perigo devem, em geral, ser repetidos do lado
esquerdo, pois o sinal do lado direito pode ficar encoberto, numa situação de ultrapassagem,
pelo veículo ultrapassado. Pela mesma razão o sinal C14a – Proibição de ultrapassar, deve
ser sempre repetido daquele lado.
A altura dos sinais acima do solo conta-se entre o bordo inferior do sinal e o ponto mais alto
do pavimento, devendo, salvo casos excepcionais de absoluta impossibilidade, manter-se
uma altura uniforme dos sinais e respeitar-se os seguintes valores:
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Sinalização de Rotundas Carlos de Almeida Roque
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Exceptuam-se, de acordo com o RST (n.º 8 do art.º 13.º), os sinais de direcção e os sinais
complementares, que podem ser colocados à altura mais conveniente atendendo à sua loca-
lização. Os sinais de direcção devem, contudo, respeitar os valores anteriores.
Cada suporte não pode conter mais de dois sinais e de dois painéis adicionais, com excep-
ção dos sinais de direcção e do sinal H1a (estacionamento autorizado) que pode ser com-
plementado com painéis adicionais até ao limite de quatro [1]. Não devem colocar-se mais de
quatro setas de direcção (sinais J1 e J2) no mesmo suporte. No caso dos sinais de indicação
de âmbito urbano (J3b a J3d) não podem utilizar-se mais de seis sinais em cada suporte [1].
Em relação aos sinais de indicação de âmbito urbano, o RST [1] estabelece as seguintes
regras de colocação (Figura 3.15):
- Na colocação dos sinais de direcção J3a, J3b, J3c e J3d deve observar-se o seguinte:
a) O sinal J3a é utilizado isoladamente;
b) Os sinais J3b a J3d são utilizados quando no mesmo suporte seja dada informa-
ção sobre vários locais.
- No caso previsto na alínea b) anterior, a ordem de colocação dos sinais, de cima para
baixo, deve ser a seguinte:
a) Segundo a direcção:
1.º - Em frente;
2.º - À esquerda;
3.º - À direita;
b) Segundo o destino, dentro de cada direcção deve ser a seguinte:
1.º - Destinos principais exteriores;
2.º - Destinos internos relacionados com a rede viária principal do aglomerado,
interfaces e actividades mais significativas;
3.º - Destinos internos secundários;
4.º - Parques de estacionamento;
5.º - Emergência ou apoio ao utente;
6.º - Actividades recreativas e informações de interesse cultural, geográfico e
ecológico.
Como os sinais deste tipo utilizados em rotundas só indicam os destinos de saída respei-
tantes à saída em que estão colocados, a ordem de colocação segundo a direcção não se
põe neste caso (ver figuras 3.24 e 3.25).
14
Com excepção do conjunto D3a / O7a que é sempre colocado a 1,50 m (ver Anexo 5 de [7]).
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"SINAIS DE CÓDIGO"
>=2.20*
>=0.50 >=0.50 >=0.50
1.50
1.50
1.20
0.30
*
ou vias pedonais)
Berma ou
>=2.20 *
>=0.50 >=0.50 >=0.50
1.50
1.50
BAIAS DIRECCIONAIS
>=1.50
°
90
= 90° e/ou =
1/3 2/3
>=2.20
>=2.20
Berma >=0.50
1.50
>=W
80
°
80
°
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Sinalização de Rotundas Carlos de Almeida Roque
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Cada espécie de sinais tem as suas próprias regras de colocação longitudinal, as quais vêm
explicitadas no RST.
O sinal B1 (Figura 3.18) deve ser colocado na proximidade imediata da intersecção, tanto
quanto possível na posição correspondente ao local onde os condutores devem parar e
aguardar a passagem dos veículos na via com prioridade. Este sinal não pode ser colocado
a uma distância da intersecção superior a 50 m, fora das localidades, e a 25 m, dentro das
localidades. O pré-aviso do sinal B1 é efectuado através daquele sinal complementado com
o painel adicional do Modelo 1a [1] (ver exemplos de colocação na Figura 3.24). Este
pré-aviso pode ser utilizado, no caso de rotundas, em estradas e sempre que as velocidades
praticadas sejam elevadas.
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Para a escolha da distância de colocação pode ser seguido o critério do Quadro 3.3, referen-
te aos sinais de perigo [7].
a) aos sinais inscritos em sinais de zona, cujas prescrições ou indicações são aplicáveis
em todas as vias integradas na zona delimitada;
b) aos sinais de regulamentação colocados no mesmo suporte que os sinais de identifi-
cação de localidades, os quais são aplicáveis em todas as vias dessa localidade, sal-
vo se outra regulamentação for transmitida por outros sinais colocados no interior da
localidade;
c) ao sinal B3 - Via com prioridade (alteração introduzida pelo DR 41/2002).
Os sinais de proibição devem ser colocados na proximidade imediata do local onde a proi-
bição começa, com excepção dos sinais C11a, C11b e C12 (proibições de virar à direita, à
esquerda e de inversão do sentido de marcha, respectivamente) que podem ser colocados a
uma distância conveniente do local onde a proibição é imposta.
Apesar de a geometria dos ramos de entrada das rotundas não facilitar o acesso em sentido
contrário ao da marcha, há que prevenir, em termos de sinalização, esta possibilidade. O
sinal C1 – sentido proibido, deve ser colocado no sentido contrário ao da marcha nas entra-
das das rotundas, de acordo com as figuras 3.24 e 3.25.
Adicionalmente, quando um dos ramos da rotunda é também ramo de ligação de uma inter-
secção desnivelada de uma via com dupla faixa de rodagem, por exemplo de uma
auto-estrada, é muito importante que o sinal C1 seja colocado de ambos os lados da plata-
forma do ramo, independentemente do número vias, virado para os utentes que possam
estar prestes a tomar a decisão errada [7]. Nestes casos é, ainda, recomendável tomar-se
uma medida complementar de segurança, que consiste em repetir esta sinalização um pouco
a jusante da anterior (30 a 50 m, conforme os casos), criando um efeito de porta, para
melhorar a eficácia da medida anterior. Esta repetição pode ser realizada utilizando os cha-
mados “painéis de contramão”, representados na Figura 3.20. A execução da manobra irre-
gular, que se pretende prevenir com esta sinalização, tem normalmente como consequência
um choque frontal no ramo do nó ou na faixa de rodagem da via principal.
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Os painéis de contra mão, pormenorizados na Figura 3.21 [11], apresentam duas dimensões:
a maior, que contém o sinal C1 com a dimensão de 70 cm, deve ser utilizado nos ramos de
nós de auto-estradas; a menor, que contém o sinal C1 com a dimensão de 40 cm, deve ser
utilizado nos ramos de nós das restantes estradas com dupla faixa de rodagem.
R
22.50
5.
00
45.00
12.00
R2
.5
300.00
0
24.00
Ø70.00
165.00
Ø40.00
10.00
20.00
5.50
11.00
2.50
1.40
224.00 120.00
45
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Os sinais de obrigação devem ser colocados na proximidade imediata do local onde a obri-
gação começa, constituindo o sinal D4 – Rotunda (figura 3.22), uma das excepções, junta-
mente com os sinais D1 e D2 (sentidos obrigatórios), podendo ser colocado a uma distância
conveniente do local onde a obrigação é imposta [1].
O sinal D4 utiliza-se para indicar a entrada numa rotunda e, como tal, só pode estar colocado
à entrada da rotunda e não na ilha central como, erradamente, acontece com alguma fre-
quência (Fig. 3.23).
Não sendo o sinal B7 (Figura 3.22) um sinal de cedência de passagem em termos interna-
cionais, deve associar-se sempre ao sinal D4, na entrada da rotunda, o sinal B1, aliás em
conformidade com o recomendado pelo Grupo de Trabalho da Segurança e da Circulação
(WP1) da CEE / ONU e a prática corrente no nosso País (ver figuras 3.24 e 3.25). O critério
de colocação longitudinal do sinal B1 adapta-se a esta associação. Sempre que exista mais
de uma via de trânsito no mesmo sentido e, ainda, quando as condições da via o justifiquem,
este conjunto de sinais deve ser repetido no lado esquerdo.
De acordo com a definição do RST o sinal O6, baia direccional, “indica o desenvolvimento
de um troço em curva, podendo utilizar-se individualmente ou em sucessão múltipla”.
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Dada a utilização corrente, de acordo com a descrição do RST, destas baias em curvas, a
sua utilização em rotundas, sem o sinal de sentido obrigatório D1a a complementá-las, é
contrária à expectativa do condutor, que pode assim associar a situação à entrada de uma
curva direita, da classe de homogeneidade D, em secção corrente e não à entrada de uma
rotunda – Figura 3.24.
50 a 100m
50 a 100m
Daí que, em rotundas, as baias direccionais múltiplas (sinal O6b, RST) não devam ser utili-
zadas isoladamente mas sim associadas ao sinal de sentido obrigatório D1a, para acentuar a
o carácter de entrada na rotunda, eliminando qualquer confusão com uma curva em planta
(critério de homogeneidade).
Por outro lado, salienta-se que o critério geral de utilização do sinal D1a é coerente com a
sua aplicação em rotundas, uma vez que o anel de circulação é claramente uma via de sen-
tido único, embora de carácter especial.
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As baias direccionais múltiplas devem ser colocadas em posição frontal à trajectória dos veí-
culos que entram na rotunda, devendo ser colocadas duas lado a lado quando há duas ou
mais vias na entrada (Figura 3.24), nomeadamente em estradas e arruamentos principais.
Nas rotundas da rede secundária de arruamentos a utilização das baias direccionais asso-
ciadas ao sinal D1a não é exigível, sendo claramente dispensável nas vias de acesso local –
Figura 3.25.
LBC(0.10)
LBC(0.10)
LBT(0.10) 3/4 LBTa(0.10) 2.5/1 LBC(0.10)
LBC(0.10)
LB
T c(0
.3)
0.4
/0.3
Figura 3.25 – Sinalização vertical de rotundas – exemplo em arruamento
Contrariamente a uma prática cada vez mais corrente, as baias direccionais para baliza-
mento de pontos de divergência (BPD), sinais O5a e O5b representados na Figura 3.26,
não têm aplicabilidade em intersecções de nível, nomeadamente em rotundas. Estes sinais
são, de acordo com o RST, específicos de intersecções desniveladas, não devendo ser utili-
zados noutros locais.
Na Rede Nacional, a Norma de Sinalização Vertical de Orientação da JAE [8] define o Sis-
tema Informativo em função da rede, em dois grandes grupos: para Itinerários Principais e
Complementares e para as Outras Estradas, sendo consideradas ainda adaptações do sis-
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Para meio urbano não se encontra definido, em norma, um sistema informativo. Verifica-se a
adopção, mais ou menos generalizada, do sistema informativo da JAE nas vias urbanas de
maior nível hierárquico, e o recurso frequente ao mobiliário urbano nas vias de mais baixo
nível hierárquico, esquecendo-se a utilização dos sinais J3 - Indicação de âmbito urbano, do
RST.
O sistema informativo base para intersecções de nível, em meio rural e na rede primária
urbana, é constituído de acordo com o Quadro 3.4, por um sinal de pré-aviso gráfico, por
sinais de direcção, que são de indicação de âmbito urbano nos arruamentos principais, e por
um sinal de confirmação em estradas da rede nacional.
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d2 d4
ou
ou
J1/J2 J3 L1
(estradas) (arruamentos) (só em
I2b I2b estradas
(estradas) (arruamentos) nacionais)
Figura 3.29 – Sistema informativo base
Embora o RST não explicite para todas as intersecções de nível a conveniência de indicar a
distância a que se encontra a intersecção, tal como acontece no sinal I2a, é adequada a utili-
zação desse complemento de informação em todos os sinais de pré-aviso gráfico de inter-
secções de nível em estradas, rurais ou urbanas. Nos arruamentos principais pode dispen-
sar-se a utilização da informação de distância.
I2b E3
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50-150 m
I2b J3
São ainda dadas indicações complementares sobre práticas menos correctas, ou mesmo
totalmente erradas, seguidas na sinalização de rotundas.
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Quadro 4.1 – Critérios de utilização da sinalização em rotundas
Sinalização Vertical
Perigo e Cedência de Proibição Obrigação Indicação e Selecção Baias e balizas Marcação
Utilização passagem de vias
REFERÊNCIAS
4 Convention on Road Signs and Signals – Amendment 1 (Convenção de Viena). Comité dos
Transportes Interiores da Comissão Económica para a Europa das Nações Unidas. ONU
1995.
10 Manual on Uniform Traffic Control Devices for Streets and Highways (MUTCD). U. S.
Department of Transportation. Federal Highway Administration, Washington D.C., 2000.
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