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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA


DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA III
PROFESSOR: FABIO ALEJANDRO CARVAJAL FLÓREZ

TROCADOR DE CALOR DE PLACAS


1. Objetivo geral
Determinar o coeficiente global de troca de calor térmica em um trocador de calor de placas, que é a medida
do desempenho do trocador calor; e a transição do regime de escoamento de laminar para turbulento.

2. Introdução
Um trocador de calor de placa é um trocador calor do tipo que utiliza placas de metal para transferir calor
entre dois fluidos. Isto tem uma vantagem principal sobre um trocador de calor convencional em que os fluidos
são expostos a uma área de superfície muito maior, porque os fluidos espalhar-se sobre as placas. Na
experiencia dos trocadores de calor, os fluidos frios e quentes fluem entre os canais em lados alternados das
placas. Cada fluxo passa atraves de uma serie de placas. Qualquer diferença de temperatura entre as placas
de metal irá resultar na transferência de calor entre os dois fluxos de fluidos. Como o fluxo passa através do
conjunto de placas a água quente vai ser arrefecido e a água fria será aquecida.

Um diagrama esquemático do fluxo é apresentado na Figura 1. Tradicionalmente, trocadores de calor de placa


têm sido usados quase exclusivamente para transferência de calor líquido - líquido.

Figura 1. Unidade de trocador de calor de placas.

A determinação do coeficiente global de troca térmica é um dos principais pontos na análise de um trocador.
Este coeficiente é definido como a resistencia térmica total entre os dois fluidos, e é determinado
considerando a resistência de ambos os fluidos à convecção.

Trocadores de calor de placas possuem coeficiente de transferência que chegam a ser de 3 a 5 vezes maiores
que os trocadores casco e tubo projetados para o mesmo fim, o que resulta em uma área de troca bem menor
para uma mesma aplicação. Estes valores altos para o U se devem à indução de fluxo turbulento entre placas
que também contribui para reduzir problemas relacionados a incrustação.

Como a resistência à transferência de calor, dada pelo inverso do coeficiente global, é a soma das resistências
das resistência individuais à transferência de calor, o coeficiente global de transferência pode ser obtido por:
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DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA III
PROFESSOR: FABIO ALEJANDRO CARVAJAL FLÓREZ
1 1 1 ∆x
= + +
U hg h f K placa

O termo ∆x/kplaca representa a resistência do material ao processo de transferência de calor por condução,
sendo ∆x a espessura da placa e kplaca a condutividade térmica do material da placa, hg e hf são os
coeficientes convectivos de transferência de calor dos fluidos quente e frio, respectivamente.

O coeficiente de transferência de calor convectivo pode ser calculado utilizando números adimensionais
como na seguinte correlação:

hD 1
=Nu a=
Reb Pr c
k 2
O valor do parâmetro c pode ser considerado igual a 0,4. Já os valores de a e b dependem do tipo de regime
de escoamento, laminar ou turbulento. A região de transição em trocadores de placas lisas normalmente é
maior que em trocadores de placas corrugadas.

3. Materiais
© Trocador de calor de placas confeccionado em aço inoxidavel, com medidores de temperatura na
entrada e saida dos fluidos quente e frio.
© Tanque pulmão com resistencia elétrica para armazenamento de água quente
© Bomba para circulação de fluido quente
© Medidores de vazão tipo rotametro
© Painel de aquisição de dados
© Tubulações, vãlvulas e mangueiras

4. Procedimento experimental
Para determinar essas constantes a e b variam-se as vazões das correntes fria e quente, anotando também as
temperaturas de entrada e saída de cada uma delas, quando o sistema estiver operando em regime
permanente. Com a vazão das correntes serão obtidas as velocidades das mesmas e consequentemente os
valores do número de Reynolds e Prandtl.

5. Cálculos
© O grupo deverá definir uma aplicação industrial de troca térmica, contextualizando em um
determinado processo químico, a qual utilizara água como fluido frio.
© Analise crítica do experimento, com sugestões de possíveis melhorias e principalmente uma análise
de todas as fontes de erros experimentais que o grupo julgar importantes e significativas, com uma
projeção das variáveis que mais influenciam nos cálculos das grandezas desejadas
© Determinação do coeficiente global de transferência de calor, os parâmetros a e b para cálculo de Nu
e a quantidade de calor trocada
© Analise e discussão dos resultados obtidos e também comentários sobre a influência da vazão do
escoamento dos fluidos quente e frio
© Comparação entre dados experimentais obtidos e dados da literatura, discutindo as causas de
possíveis diferenças encontradas entre eles.
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6. Relatório
© O relatório deve ser redigido de acordo com as normas técnicas, de forma clara e concisa; contendo
além de suas partes fundamentais, anexos com tabelas/planilhas de cálculo
© Apresentar uma pequena introdução, material e métodos, resultados e discussão, conclusões e
referências bibliográficas (se usadas, normas ABNT).
© Máximo de 10 e mínima de 3 páginas.

7. Referências bibliográficas
Kern, D. “Processos de transferência de calor.” McGraw Hill 1999.

Coulson, Richarson. “Chemical Engineering” vol. 6.3 ed. Butterworth Heinemann. Oxford, 2003

Incropera, F.P., Dewitt, D.P. Berghman, Lavine, “Transferência de calor e de massa”; 5ª. Ed, Rio de Janeiro;
Editora LTC, 2003

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