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Curso de Atmosfera Explosiva R2
Curso de Atmosfera Explosiva R2
1
Sumário
1. Natureza dos Materiais Inflamáveis ........................................................................................ 11
2. Limites de Inflamabilidade....................................................................................................... 12
5.2 Riscos.................................................................................................................................... 16
7 Classificação de Áreas............................................................................................................. 18
7.1 Zonas..................................................................................................................................... 18
11.1 Introdução:........................................................................................................................... 31
2
19 Equipamentos à prova de explosão – Ex “d” ......................................................................... 42
3
21 Equipamentos do tipo Ex “n” Não Acendível ......................................................................... 74
21.2 Definição.............................................................................................................................. 75
21.4 Princípio............................................................................................................................... 75
22.2 Introdução............................................................................................................................ 79
4
22.11.1.4 Diluição contínua.................................................................................................. 89
5
23.14.4 Segregação de circuitos IS e NIS............................................................................. 115
6
24.4.3 Construção ................................................................................................................. 138
26.7.6 Prensa-cabos Tipo 501/453 Universal: Ex “d” IIC / Ex “e” II ...................................... 156
26.7.7 Instruções para montagem de prensa-cabo tipo 501/453/UNIV Ex “d” IIC/Ex “e” II IP66
............................................................................................................................................... 157
7
26.7.8 Instruções de montagem de prensa-cabo tipo ICC 653/UNIV Exd IIC/Exe II IP66.... 161
8
28.6 Configuração de aterramento do sistema TT.................................................................... 177
30 Inspeção e manutenção em conformidade com a ABNT NBR IEC 60079-17 .................... 188
9
31.1.3 Baterias....................................................................................................................... 200
ANEXOS.................................................................................................................................... 206
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1. Natureza dos Materiais Inflamáveis
1.1 Triângulo do Fogo.
No triângulo do fogo estão representados os três elementos essenciais para que ocorra a
combustão.
A combustão ocorrerá se todos os três elementos estiverem presentes, de uma ou outra forma;
se a mistura gás/ar estiver dentro de certos limites; e a fonte de ignição tiver energia suficiente.
A retirada de um elemento é suficiente para impedir a combustão, da mesma forma que o
isolamento ou a separação da fonte de ignição da mistura gás/ar. Essas são duas técnicas
empregadas em equipamentos para atmosferas explosivas. Outras técnicas de proteção
permite que os três elementos coexistam e assegura que a energia da fonte de ignição seja
mantida abaixo de valores específicos, ou permitem a ocorrência de uma explosão e a
restringem dentro de um invólucro. Essas técnicas serão abordadas nas várias seções deste
material.
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2. Limites de Inflamabilidade
A combustão só ocorrerá se a mistura inflamável compreendendo combustível, na forma de
gás ou vapor, e o ar estiverem dentro de determinado limites. Esses limites são:
Quando o percentual de gás, por volume, está abaixo deste limite, a mistura é muito pobre para
explodir, isto é, o combustível é insuficiente e/ou o ar e demasiado.
Quando o percentual de gás, por volume está acima deste limite, a mistura é muito rica para
queimar, isto é, há ar insuficiente e/ou combustível demasiado.
A faixa entre o LII e o LSI é conhecida como faixa de inflamável ou faixa de inflamabilidade.
É o ponto que requer menor energia para provocar a detonação MIE (Minimum Ignition
Energie), sendo também o ponto onde a explosão desenvolve maior pressão, ou seja, a
explosão é maior.
Menor valor de corrente elétrica que flui em uma chave no instante imediatamente anterior ao
instante em que tal chave se abre e que pode produzir fagulha capaz de iniciar a combustão da
atmosfera explosiva.
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Para Gaps maiores que o MESG a detonação se propaga da câmara interior para a câmara
exterior.
(LSI) (LII)
Gases ou vapores diferentes possuem limites diferentes, e que quanto maior for a diferença
entre o LII e o LSI, conhecido como faixa de inflamabilidade, mais perigoso é o material. Uma
atmosfera explosiva (inflamável), portanto, só existe entre esses limites.
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2.6 Fontes de Ignição:
3 Ponto de Fulgor
Ponto de fulgor é a temperatura mais baixa, na qual um líquido libera vapor suficiente para
formar uma mistura inflamável com o ar, que pode sofrer ignição ou ser incendiada por um
arco, faísca ou chama aberta.
O ponto de fulgor de um material dá uma indicação da rapidez com que o material vai incendiar
em temperaturas ambientes normais. A referência às tabelas de materiais inflamáveis na
Norma IEC 60079-20 (Anexo) revela que a materiais diferentes possuem diferentes pontos de
0
fulgor, que variam de muito abaixo de 0 C.
0
Material Ponto de fulgor 0 C
Propano -104
Etileno -120
Hidrogênio -256
Acetileno -82
Tabela - 02.
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Obs.: Materiais com elevados pontos de fulgor não devem ser ignorados como
um perigo potencial, já que a explosão a superfícies quentes pode permitir que
uma mistura inflamável formasse no local. Além disso, se um material inflamável
for descarregado na forma de jato de pressão, seu ponto de fulgor pode ser
reduzido.
0
O ponto de fulgor do querosene é de 36 C. Observe na figura abaixo a seqüência de imagens
4. Temperatura de Ignição
Temperatura
Material 0
de ignição C
Propano 455
Etileno 425
Hidrogênio 560
Acetileno 305
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Tabela - 03.
5. Enriquecimento de Oxigênio
5.1 O que é?
5.2 Riscos
Ar Oxigênio aumentado
Material
0 0
Temperatura de ignição C Temperatura de ignição C
Ar Oxigênio aumentado
Material
LII% LSI% LII% LSI%
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Equipamentos adequados ao uso em atmosferas explosivas são ensaiados em
condições atmosféricas normais. Portanto, a segurança desses equipamentos em uma
atmosfera enriquecida de oxigênio não pode ser garantida devido à natureza
modificada da mistura inflamável.
6 Densidade Relativa
Densidade relativa
Material
do vapor
Hidrogênio 0,07
Metano GN 0,55
Acetileno 0,90
Etileno 0,97
Ar 1,00
Propano 1,56
É importante saber o local onde o material inflamável ficará acumulado, visto que, de
posse desse conhecimento, é possível assegurar a localização correta dos detectores
de gás (quando existir) e que a ventilação será direcionada adequadamente.
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7 Classificação de Áreas
Uma área pode ser nomeada como classificada ou não classificada.
Área classificada: nesta área está presente, ou pode-se esperar que esteja presente,
uma atmosfera de gás, vapor ou névoa em quantidades que exigirão precauções
especiais para a construção, instalação e uso de equipamentos.
Área não classificada: é onde não se espera que uma atmosfera de gás explosivo
esteja presente em quantidades que exijam precauções especiais para a construção,
instalação e uso de equipamentos.
7.1 Zonas
As três zonas, como definido na ABNT NBR IEC 60079-10 – Equipamentos Elétricos para
Atmosferas Explosivas – Parte 10: Classificação de áreas são as seguintes:
CLASSIFICAÇÃO
DESCRIÇÃO
EM ZONAS
Área onde a atmosfera explosiva, formada por gases combustíveis, ocorre permanentemente ou
ZONA 0
por longos períodos.
Área onde a atmosfera explosiva, formada por gases combustíveis, provavelmente ocorra em
ZONA 1
operação normal dos equipamentos.
Área onde não é provável o aparecimento da atmosfera explosiva, formada por gases
ZONA 2
combustíveis, em condições normais de operação, e se ocorrer são por curto período de tempo.
Área onde a atmosfera explosiva, formada por poeiras combustíveis, ocorre permanentemente ou
ZONA 10
por longos períodos.
Área onde não é provável o aparecimento da atmosfera explosiva, formada por poeiras
ZONA 11
combustíveis, em condições normais de operação, e se ocorrer são por curto período de tempo.
Área onde a atmosfera explosiva, formada por substâncias analgésicas ou anticépticas m centros
ZONA G
cirúrgicos, ocorre permanentemente ou por longos períodos.
ZONA M Área onde não é provável o aparecimento da atmosfera explosiva, formada por substâncias
analgésicas ou anticépticas e centros cirúrgicos, em condições normais de operação, e se ocorre
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é por curto período de tempo.
Embora não classificada nas normas, é geralmente aceito na industria que a duração
de uma liberação de gás, vapor ou névoa, em base anual (um ano compreende cerca
de 8.760 horas), para as diferentes zonas, e a seguinte:
Zona 2: 0 – 10 horas
Zona 1: 10 – 1.000 horas
Zona 0: Acima de 1.000 horas.
DE ACORDO COM AS BOAS PRÁTICAS DA INDÚSTRIA.
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23
Exemplos retirados da norma ABNT NBR IEC 60079-10 – Classificação de Áreas.
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8 Agrupamento dos gases
Tabela - 07.
Dois métodos têm sido usado para agrupar esses materiais inflamáveis de acordo com o grupo
de risco que eles representam quando sofrem ignição.
Um método envolve a determinação da mínima energia que é capaz de causar a ignição dos
gases representativos. Os valores obtidos são relevantes para equipamentos intrinsecamente
seguros. Na tabela 7 pode ser visto ainda que, no Grupo II, o hidrogênio e o acetileno são os
que sofrem ignição mais facilmente e o propano é o de ignição mais difícil.
O outro método envolve testes utilizando, por exemplo, um invólucro à prova de explosão
especial, em forma de uma esfera de 8 litros, que está situado no interior de um invólucro
estanque ao gás. As duas metades da esfera têm flanges de 25mm de largura e um
mecanismo que permite ajustar a distância entre os flanges. Durante os testes, a área dentro e
fora da esfera é ocupada com um gás na sua concentração mais explosiva e, por meio de uma
vela de ignição, o gás no interior da esfera é incendiado. A distância máxima entre os flanges,
que impedia a ignição da mistura de gás/ar é chamada como Intertício Máximo Experimental
Seguro (IMES). Os valores para os gases representativos também são mostrados, na tabela 7.
MESG – Abertura que ocorre quando o equipamento sofre explosão interna ao invólucro.
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Quanto mais explosivo é um gás, menor é o interstício entre os flanges;
Equipamentos que não são à prova de explosão ou de segurança intrínseca, que não
têm uma letra de subdivisão (A, B ou C) depois da marca do grupo II, podem ser
usados em qualquer das três subdivisões;
Equipamentos marcados por exemplo BR – Ex d II (C2H2 ) representam a fórmula
química ou nome de um material inflamável, e o equipamento marcado dessa forma
somente pode ser usado nesta área.
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9 Classe de temperatura
Equipamentos elétricos aprovados devem ser selecionados com a devida consideração quanto
a temperatura de ignição do gás ou vapor inflamável que possa estar presente na área
classificada. Normalmente, os equipamentos serão marcados com uma das classes de
temperatura, Conforme NRB IEC 60079-14.
TEMPERATURA
Categoria IEC / Europa Categoria NEC / Americana
DE SUPERFÍCIE
85ºC T6 T6
100ºC T5 T5
120ºC T4A
135ºC T4 T4
160ºC T3C
165ºC T3B
180ºC T3A
200ºC T3 T3
215ºC T2D
230ºC T2C
260ºC T2B
280ºC T2A
300ºC T2 T2
450ºC T1 T1
Tabela - 08.
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Na tabela 9, observa-se que a classe de temperatura está abaixo da temperatura de ignição do
material inflamável. Além disso, aas classes de temperatura são referenciadas em uma
0
classificação ambiente máxima de 40 C. Por exemplo, um equipamento classificado T5, tendo
0
como referência uma temperatura ambiente de 40 C, terá uma elevação máxima permitida de
0
60 C. Para evitar violação da certificação do equipamento, a temperatura de referência deve
ser compatível com as temperaturas ambientes, e a elevação de temperaturas não deve ser
ultrapassada.
Uma outra consideração é que os equipamentos para uso em climas mais quentes, tipicamente
encontrados em países do Oriente Médio e Extremo Oriente, normalmente requerem
0
temperaturas de referência mais altas que 40 C.
Temperatura Classe de
Material 0
de ignição C temperatura
0
Metano 595 TI (450 C)
0
Hidrogênio 560 T1 (450 C)
0
Etileno 425 T2 (300 C)
0
Cicloexano 259 T3 (200 C)
0
Éter Dietila 170 T4 (135 C)
0
Bissulfeto de Carbono 102 T5 (100 C)
0
Nitrito de Etila 95 T6 (85 C)
Tabela - 09.
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10 Grau de proteção
Invólucros de equipamentos elétricos são classificados de acordo com a Norma ANBT NBR
IEC 60529 por sua capacidade de resistir à entrada de objetos sólidos e de água, por meio de
um sistema de números conhecido como o International Protection (IP) Code – Código de
Proteção Internacional (IP).
Este Código que nem sempre está marcado no equipamento, consiste das letras IP seguidas
por dois números. Exemplo IP56.
O primeiro número, na faixa de 0 – 6, indica o grau de proteção contra corpos sólidos, e quanto
mais alto o número, menor o objeto sólido que é impedido de entrar no invólucro. O zero (0)
indica “sem proteção” e o seis (6), que o equipamento é estanque a poeira.
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Objetos sólidos Água
Tabela - 10.
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11 Normas, Certificação e Marcação
11.1 Introdução:
O uso seguro de energia elétrica em áreas classificadas dessas indústrias somente pode ser
atingidos se forem implantados métodos testados e comprovados de proteção, contra
explosão, e, nesse sentido, as autoridades envolvidas na elaboração de normas, ensaios e
certificação de equipamentos desempenham um papel muito importante.
Desde o começo da década de 1920, muitas normas têm evoluído como resultado de pesquisa
meticulosa, frequentemente gerada por incidentes como o desastre da mina de carvão de
Senghennydd em 1913, no qual 439 mineiros morreram. Na ocasião, a causa do acidente não
foi totalmente compreendida, mas, depois da investigação, descobriu-se que foi uma centelha
elétrica incendiando o metano presente na atmosfera. Outros desastres incluíram a Estação
Elevatória de Água de Abbeystead, na qual 14 pessoas perderam a vida, mais uma vez por
ignição elétrica de gás metano, Flexborough e mais recente Piper Alpha no Mar do Norte, com
167 vítimas.
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A orientação nesse sentido é formada por uma série de cinco normas separadas,
harmonizadas, com base na série IEC 60079 de Normas Internacionais. Esses cinco
documentos se aplicam para equipamentos e sistemas instalados em áreas com presença de
atmosferas e cobrem:
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AS RAZÕES PARA CERTIFICAÇÃO DE PRODUTOS SÃO:
12 Processo de Certificação
Afim de atender a esta portaria, os produtos devem satisfazer aos requisitos essenciais
especificados no respectivo RAC e seus anexos.
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13 As Diretivas ATEX
A fim de atender à diretiva ATEX, os produtos devem satisfazer aos requisitos essenciais
especificados nos anexos das diretivas, com relação ao risco inerente associado ao
produto para proteção das pessoas. Isto se aplica aos equipamentos elétricos e aos não
elétricos (mecânicos).
É definido como equipamento qualquer item que tenha uma inerente capacidade
de ignição ou, ainda que tenha uma potencial capacidade de ignição e desta forma
requer a inclusão de técnicas especiais de projeto e instalação, para impedir a
ignição de uma atmosfera que pode estar presente.
O equipamento pode também ter interfaces que estão localizadas em áreas classificadas,
mas que fazem parte de um sistema contra explosão. Sistemas de proteção incluem
extintores de chamas, válvulas de desligamento rápido e painéis de alívio de pressão,
instalados para limitar os danos ou impedir a difusão da exploração.
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Prover informação apropriada e treinamento dos empregados para sua segurança,
relativamente a precauções que devem ser tomadas quando substâncias perigosas
estão presentes na área de trabalho, escrever instruções para ações a serem
tomadas pelos empregados e operações para um sistema de “permissão de
trabalho”;
Identificar claramente os conteúdos de reservatórios e tubulações;
Coordenar operações onde dois ou mais empregados dividem um local de trabalho
em que uma substância perigosa pode estar presente;
Providenciar a colocação de sinais de advertência em locais onde atmosferas
explosivas podem ocorrer;
Estabelecer um programa de manutenção.
Antes das ligações mais estreitas entre a ABNT e a IEC, os equipamentos elétricos,
como à prova de explosão ou de segurança aumentada, entre outros, eram fabricados
em conformidade com a norma brasileira (NBR 9518, NBR 5363, NBR 9883, NBR
8447, NBR etc.). Equipamentos construídos e certificados de acordo com estas normas
podiam exibir a marca BR-Ex na etiqueta, o que indicava que o equipamento era para
atmosferas explosivas. Este termo não deve ser confundido com “a prova de explosão”,
pois são totalmente diferentes.
Devido às necessidades de mercado globalizado, a IEC tem buscado com seus países-
membros uma convergência para uso do texto IEC como referência para elaboração de
textos nacionais equivalentes.
No Brasil, esta convergência produz uma geração de novas normas identificadas como
ABNT NBR IEC 60079, em substituição às série NBR, que, na sua maioria, se
tornaram obsoletas em maio de 2004, conforme estabeleceu a norma do IMETRO NIE-
QUAL 096 em maio de 2002.
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Norma Norma INMETRO PORTARIA
Normas IEC Tipo de
INMETRO NIE-DQUAL 096 083:2006
mais recentes Proteção
NIE-DINQP 096 (a partir de maio 2004) de abril de 2006
NBR 9518:97 IEC 60079-0:98 IEC 60079-0:00 IEC 60079-0:08 Requisitos gerais
NBR 8601:84 IEC 60079-6:95 IEC 60079-6:95 IEC 60079-6:07 Imersão em óleo “o”
NBR 5420:90 IEC 60079-2:01 IEC 60079-2:01 IEC 60079-2:07 Equipamento pressurizado “p”
IEC 79-5:97 IEC 60079-5:97 IEC 60079-5:97 IEC 60079-5:07 Imersão em areia “q”
IEC 60079-1: +
Invólucro à prova
NBR 5363:98 NBR 5363:98 Anexos C, D e E IEC 60079-1:07
de explosão “d”
da NBR 5363:98
NBR 9883:95 NBR 9883:95 IEC 60079-7:01 IEC 60079-7:06 Segurança aumentada “e”
NBR 8447:89 IEC 60079-11:99 IEC 60079-11:99 IEC 60079-11:09 Segurança intrínseca “i”
IEC 79-18:92 IEC 60079-18:92 IEC 60079-18:92 IEC 60079-18:08 Encapsulado “m”
Sistema de
IEC 60079-25:03 IEC 60079-25:09
segurança intrínseca “i”
IEC 79-15:87 IEC 60079-15:01 IEC 60079-15:01 IEC 60079-15:07 Tipo de proteção “n”
NBR NM IEC
NBR 8370:98 NBR 8370:98 IEC 60050-426:02 Terminologia
60050-426:02
36
Normas referentes a áreas classificadas publicadas pela ABNT no período de outubro de 2009
a dezembro de 2009:
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ABNT Nos./IEC Nos Equipamento elétrico para atmosferas explosivas
38
17 Marcação de equipamentos
Os símbolos BR-Ex;
O tipo de proteção usada, por exemplo: “d”, “e”, “nA” etc.;
O grupo de gás, por exemplo: IIA, IIB ou IIC, quando aplicável;
A classe de temperatura, por exemplo: T1, T2, etc.
Exemplos: BR-Ex d IIB T3 BR-Ex ia IICT5 BR-Ex e II T6
Nos equipamentos marcados com BR-Ex, como exemplos anteriores, pode-se dizer
que a marcação indica que o equipamento foi construído e aprovado de acordo com um
regulamento de certificação vigente. Adicionalmente, este equipamento é marcado com o
símbolo da autoridade de certificação OCA e também e também com a marca do organismo
acreditador do SBAC (Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade), o INMETRO.
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Símbolos: BR-Ex, tipo de proteção, grupo do equipamento elétrico, classe de
temperatura e/ou temperatura máxima de superfície e marcação adicionais
exigidas pela norma especifica para o respectivo tipo de proteção.
Número do certificado, incluindo as letras “X” ou “U”, quando aplicável.
A letra “X” incida restrição especial informada no certificado;
A letra “U” indica incompleta – em relação a componentes que terão suas
especificações a partir do equipamento de uso.
18 Marcação ATEX
Esses requisitos são amplos e vão além do escopo desta unidade, entretanto o que é
mais importante é a influência que a diretiva tem sobre a marcação de equipamentos
certificados na União Europeia.
40
Definições de categoria
0
O presa cabo só pode ser usado até 80 C, se utilizar num local com
temperatura acima, deve-se utilizar um prensa-cabos especial.
41
19 Equipamentos à prova de explosão – Ex “d”
19.1 Conceito:
A letra “d” que simboliza este tipo de proteção, deriva da palavra alemã
druckfeste (kapselung), que se traduz aproximadamente por “estanque à
pressão” (invólucro vedado).
42
19.2 Temperatura ambiente
Invólucros à prova de explosão não são estanques a um gás ou vapor que entra no
invólucro onde, por exemplo, existem juntas ou entradas de cabos. Como esses invólucros são
projetados para conter componentes que constituem fontes de ignição, pode ocorrer a ignição
do gás ou do vapor, a pressão resultante da explosão pode atingir um valor por volta de 10.000
kPa (10 bar).
Desse modo, o invólucro deve ser suficientemente resistente para conter esta pressão
de explosão, e os comprimentos de junta e o interstício nas juntas e roscas de entradas de
cabo devem ser longas e estritas para refrigerar os gases/chamas quentes antes que elas
alcancem e causem a ignição de uma atmosfera que pode existir fora do invólucro.
Materiais típicos usados para construção de invólucros incluem ferro fundido e ligas de
alumínio, e quando a resistência à corrosão for necessária, bronze e aço inoxidável podem ser
usados. Materiais plásticos também são usados, mas requisitos específicos devem ser
observados. As normas especificam que não deve haver interstício intencional nas juntas
de tampa e que a rugosidade média Ra da superfície do caminho da chama não deve exceder
6,3µm.
43
19.4 Requisitos de construção geral – Dimensão do interstício
Embora as normas especifique que não deverá haver interstício intencional nas juntas
do invólucro “à prova de explosão”, as folgas normalmente existem devido a métodos de
fabricação, tolerâncias e economia, mas não devem ser em excesso das dimensões
especificadas nas tabelas das respectivas normas para um determinado grupo.
Comprimento do interstício
As juntas de encaixe serão usadas nas tampas da caixa de ligação e nas passagem
de eixo de motores. Já as juntas roscadas, são usadas para juntas de tampas, prensa-cabos e
entradas de eletrodutos. Uma geometria adequada de caminho da chama é normalmente
obtida com um encaixe completo de cinco fios de roscas.
44
45
Junta de labirinto para eixos
Outras juntas, que não sejam aquelas das tampas, também são necessárias quando,
por exemplo, em eixo atuador passa pela parede de um invólucro, ou quando um prensa-cabos
ou eletroduto entra em um invólucro.
46
Os requisitos de juntas para entradas de cabo e eletrodutos estão especificadas na IEC
60079-1 e se aplicam aos três subgrupos IIA, IIB e IIC.
47
Volume
3 3
≤ 100 cm ≥ 100 cm
≥ 5 fios ≥ 5 fios
≥ 5 mm ≥ 8 mm
completos completos
48
Dimensões das juntas de expansão para Grupo I, IIA e IIB – IEC 60079-1
49
( 1 ) Juntas não são permitidas para misturas explosivas de acetileno e ar,
3
exceto se o interstício for = 0,04 mm para L = 9,5 mm até V = 500 cm ;
( 2 ) iT da parte cilíndrica deve ser aumentada para 0,20 se f < 0,5;
( 3 ) iT da parte cilíndrica deve ser aumentada para 0,25, se f < 0,5.
Obs.: Os valores de máximo interstício para fabricação foram arredondados de
acordo com a ISO 31-0.
19.8 Pré-compressão
50
19.9 Pré-compressão em motores à prova de explosão
51
19.11 Proteção elétrica
Invólucros à prova de explosão são testados somente para verificar sua capacidade de
resistir às explosões de gás internas; eles não são capazes de resistir à energia que pode ser
liberada como resultado de um curto-circuito interno. Para evitar a invalidação da certificação, é
importante que seja utilizada uma proteção devidamente especificada/calibrada (por exemplo:
fusíveis e/ou disjuntores).
52
desenvolvida, como resultado de uma explosão interna utilizando uma mistura de gás/ar em
suas proporções mais explosivas.
53
A retirada de componentes também deve ser evitada, já que isso vai
resultar em um aumento no volume interno livre. Os resultados do ensaio
original, antes da certificação, seriam comprometidos como resultado de uma
modificação desse tipo.
54
O alinhamento correto da entrada roscada também é importante, visto que
o comprimento do caminho da chama em um lado será reduzido se o prensa-
cabo ou o eletroduto não for ajustado perpendicular à face do invólucro, como
mostrado na figura abaixo.
55
19.13 Obstrução de caminho da chama
Uma obstrução sólida como uma parede, estrutura de aço, eletroduto, braçadeiras,
cintas de proteção ou outros equipamentos elétricos etc., em locais próximos à abertura na
junta, podem, no caso de uma explosão interna, reduzir a eficiência do caminho da chama,
favorecendo com que a ignição do gás ou vapor externo possa ocorrer.
Onde “d” é a distância mínima entre o interstício da junta à prova de explosão e uma
obstrução, como especificado na ABNT NBR IEC 60079-14.
Quando condições ambientais forem extremas, pode ser necessário considerar outras
medidas, se isto for permitido após a consulta às normas relevantes, ou ao fabricante, ou
a outra autoridade.
56
Essas medidas estão especificadas na ABNT NBR IEC 60079-14, a norma que dá
recomendações para a instalação de equipamentos elétricos em áreas classificadas. Este
documento especifica as limitações de uso para fita têxtil de graxa não endurecedora, como
detalhado a seguir, e graxa ou compostos que não curem.
O uso de graxa não endurecedora nas superfícies usinadas das juntas tem duas
vantagens, visto que, além de fornecer um nível adicional de proteção, ela também inibe a
formação de oxidação nessas superfícies.
57
19.15 Métodos de graus de proteção (IP)
Se o furo do parafuso for aluído deve-se reabrir o furo com macho e colocar
parafuso maior, ou então lacrar o furo, ABNT NBR IEC 60079-17 / ABNT NBR
IEC 60079-19
58
Este método de proteção possui um bom histórico de segurança e é compatível com os
métodos de proteção. A letra “e” que simboliza este método de proteção é derivada da frase
em alemão “Erhohte Sicherheit”, que se traduz grosseiramente em “segurança aumentada”.
59
60
20.2 Temperatura ambiente
61
20.3 Terminais de segurança aumentada
Os critérios de ICRS são dados na tabela abaixo. Três categorias I, II e IIIa são
consideradas, sendo I o material de qualidade mais alta, que é submetido ao maior número de
gotas de eletrólito caindo entre os eletrodos de teste, e a tensão mais alta aplicada nos
eletrodos a partir da fonte de tensão variável. Cada material deve resistir ao número
especificado de gotas do eletrólito, na tensão especificada, para que seja aceito.
Deste modo, a combinação de materiais de alta qualidade e bom projeto, que incorpora
distâncias de escoamento e isolação especificadas, garante que os terminais de segurança
aumentada tenham uma resistência maior ao escoamento para prevenir centelhamento.
62
Critérios de ensaio de ICRS do material
<600
II 500 >50
>400
<400
IIIa 175 >50
>175
63
Distância de escoamento e isolação
64
65
20.5 Tipos e classificação de terminais de segurança aumentada
Os terminais têm sua capacidade reduzida, de modo que a corrente máxima para
aplicação de segurança aumentada é próxima à metade daquela para aplicações industriais
padrão, como apresentamos na tabela abaixo.
SAK 4 4 21 36
SAK 6 6 26 47
SAK 10 10 37 65
SAK 16 16 47 87
SAK 35 35 75 145
66
20.6 Estimativa de número de terminais
67
fabricante) para o invólucro. Esta tabela fornece a “dissipação de Watts” do terminal,
considerando o tamanho dos condutores e a corrente de carga. O conteúdo do terminal é
determinado dividindo-se o valor de “dissipação de watts” pela quantidade de terminais no
invólucro.
68
69
20.7 Requisitos de instalação, inspeção e manutenção.
70
8. Somente os condutores de uma mesma entrada de cabo podem compor um
feixe de cabos.
0
9. O isolamento dos cabos será adequado para uso, no mínimo, a 80 C para uma
classe de temperatura T6.
10. As chapas de continuidade terra individuais dentro dos invólucros plásticos
devem ser elétricamente conectadas e utilizar para prender os prensa-cabos às
chapas de continuidade. Para furos passantes, arruelas metálicas serrilhadas
devem ser usadas entre a contraporca e a base do prensa-cabo.
11. Quando circuitos de segurança intrínseca e segurança aumentada ocuparem o
mesmo invólucro, os dois tipos de circuito devem ter, no mínimo, 50mm de
folga entre eles.
12. Deve haver uma folga adequada entre invólucros adjacentes para permitir a
instalação correta de cabos sobrepostos.
13. Todas as entradas de cabo não utilizadas devem ser fechadas com tampões
adequados.
14. Os documentos de certificação, aprovados ao equipamento, devem ser
consultados antes de perfurar os furos de entrada dos cabos.
15. Entradas de cabo ou entradas de eletrodutos devem garantir o grau de
proteção mínima de IP54.
16. Todas as conexões dos cabos e partes dos prensa-cabos devem estar
totalmente apertadas após a instalação.
Esses motores não são projetados para resistir a uma explosão interna. Desse modo,
possuem características de projeto especiais para prevenir arco, faíscas, centelhas e
temperaturas de superfície excessivas, ocorrendo internamente e externamente. As principais
características do projeto são:
71
20.9 Tempo tE
Pode ser definido como “o tempo necessário para alcançar a temperatura limite, a partir
da temperatura alcançada em serviço normal, quando está circulando a corrente de partida IA
a uma temperatura ambiente máxima”.
Determinação do tempo tE
72
20.10 Limites de temperatura
C = Temperatura de limitação;
θ = temperatura;
73
IN = Corrente nominal do motor;
Para esses valores, o tempo de desligamento é de dez segundos, o que está fora do
tempo tE atribuído ao motor. Desse modo, este dispositivo de proteção de sobrecarga não é
adequado para os valores especificados.
74
21.2 Definição
21.4 Princípio
Como os requisitos de projeto não são tão rígidos quanto os da proteção “e” segurança
aumentada, é possível, para o fabricante, instalar dentro do equipamento tipo “n” componentes
que produzem superfícies quentes, arcos ou faíscas, contanto que esses componentes tenham
métodos de proteção adicionais incorporados a eles. Esses tipos adicionais são descritos
posteriormente nesta unidade. Os principais recursos de projeto para equipamentos do tipo “n”
são os seguintes:
75
Dispositivos de travamento de terminais, para assegurar que os condutores
não afrouxem ou sofram torção em serviço.
Equipamento deste tipo utilizam diodos zener e resistores em série, para limitar a
corrente e tensão disponível: aos contatos centelhantes e componentes que armazenem
energia, dentro do equipamento de energia limitada, ou aos terminais de saída do equipamento
de energia limitada associado.
76
21.6.2 Circuito de energia limitada:
3
O volume interno livre deve ser menor que 100cm .
77
21.7.1 Dispositivo hermeticamente selado:
Dispositivo que impedem um gás ou vapor externo de ter acesso ao interior, vedando
as juntas por fusão. Por exemplo: soldagem, caldeamento, soldadura forte, ou fusão de vidro a
metal. O exemplo de vedação hermética a seguir é um relé Reed que compreende um conjunto
de contatos hermeticamente vedados dentro de um invólucro de vidro. Observe a figura abaixo:
Uma técnica utilizada principalmente em acessórios de iluminação tipo “n”, nos quais a
entrada de um gás ou vapor inflamável é restrita por meio de boa vedação em todas as juntas
e entradas de cabo. Para equipamentos fornecidos com dispositivo para realizar ensaios de
rotina das propriedades restrita, o fabricante testará, para garantir que uma pressão de 300 Pa
(3 mbar) abaixo da pressão atmosférica não vai variar de mais do que 150 Pa (1,5 mbar) em
menos de três minutos. Este tipo de proteção é adequado para uso na zona 2 somente.
78
Variações de equipamentos do tipo “n” Marcação
22.2 Introdução
79
O gás de proteção é o meio que “segrega” o gás inflamável da fonte de
ignição, e sua presença continuada será por um sistema de
controle/monitoramento “à prova de falhas” aprovado/certificado. Uma
leve sobrepressão é geralmente adequada para manter uma operação
segura.
A norma IEC 60079-2 tem definido três tipos de pressurização px, py e pz, em torno
dos quais os requisitos na norma estão baseados. Alguns desses serão considerados nesta
unidade.
80
Com relação a equipamentos à prova de explosão, e em particular
máquinas rotativas, há um limite máximo, acima do qual o manuseio
torna-se impraticável. Os fabricantes poderão superar essa dificuldade
pelo uso de um invólucro pressurizado. Uma máquina pressurizada seria
significativamente mais leve que uma máquina à prova de explosão da
mesma classificação.
81
22.4 Purga
22.5 Invólucros
Nas normas, incluindo a IEC, é exigido um grau de proteção mínimo para invólucros
pressurizados de IP4X, mas nem todos os invólucros são adequados para pressurização. Um
invólucro pode possuir grau de proteção de acordo com o IP 54, porém a vedação da tampa,
por exemplo, é projetada para impedir a entrada de contaminantes e não para manter uma
sobrepressão dentro do invólucro.
82
22.6 Gás de proteção
O gás de proteção, que normalmente é o ar, excetuando-se certas aplicações, pode ser
um gás inerte, como o nitrogênio, ou outro gás adequado. Quando o gás de proteção é o ar,
ele pode ser fornecido por um ventilador, um compressor ou por um cilindro de
armazenamento.
O gás protetor deverá ser atóxico e estar livre de contaminantes, como umidade, óleo,
pós, fibras e produtos químicos, além de outros contaminantes que poderiam colocar em risco
a operação segura do sistema.
83
22.8 Dispositivos de segurança/circuito de controle
84
Critérios construtivos Tipo px Tipo py Tipo pz
Dispositivo de tempo,
Dispositivo de segurança para Indicador de tempo Indicador de tempo e
sensor de pressão e
verificar período de purga e fluxo fluxo
sensor de fluxo na saída
22.9 Dutos
85
Tabela – Condições que exigem o uso de filtros de partículas de ignição
Obs.: A: equipamento que pode produzir centelhas ou partículas capazes de provocar ignição
em operação normal.
Quando dutos de entrada ou saída passarem por área classificada, é necessário que
sejam livres de vazamento, caso haja a possibilidade de a pressão do gás protetor estar abaixo
da exigência mínima especificada pelas normas ou daquela enumerada pelo fabricante.
Caso o gás/vapor inflamável seja mais leve que p gás de proteção, o duto de entrada
será posicionado na parte inferior do invólucro, e o duto de exaustão na parte superior.
Caso o gás/vapor inflamável seja mais pesado que o ar de proteção, as posições dos
dutos serão invertidas. Observe as figuras abaixo.
86
22.11 Variações dos métodos e tipos de pressurização
87
22.11.1.2 Pressurização com fluxo contínuo
A vazão do gás de proteção é definida em um nível que irá impedir que a temperatura
das partes quentes exceda a máxima temperatura de superfície, garantindo, dessa forma, que
o invólucro pressurizado opere na sua classe de temperatura. Observe a figura abaixo:
Este método de pressurização é usado quando as juntas dos invólucros são vedados
de forma inadequada. O sistema de forma usual, com válvula de descarga do duto de exaustão
abertas, mas, após a conclusão, a descarga é fechada e o fluxo de gás de proteção é reduzido
para um nível suficiente para compensar os vazamentos que ocorrerem na vedações/juntas do
invólucro. Observe a figura abaixo:
88
22.11.1.4 Diluição contínua
89
22.11.2 Tipos e magnitude de liberação interna
Liberação Normal
Uma liberação de gás ou vapor inflamável que se limita a um valor que pode
Limitada
ser diluído a muito abaixo do limite inferior de inflamabilidade (LII).
Liberação Anormal
Uma liberação de gás ou vapor inflamável que se limita a um valor que pode
Limitada
ser diluído a muito abaixo do limite inferior de inflamabilidade (LII).
Uma liberação de gás ou vapor inflamável que não se limita a um valor que
Ilimitada
pode ser diluído a muito abaixo do limite inferior de inflamabilidade (LII).
Combinação de liberação
90
22.12 Medidas a serem tomadas mediante perda de pressão e requisitos de instalação e
proteção.
Algumas medidas deverão ser tomadas mediante a perda de pressão, como veremos a
seguir.
No caso de um sistema que não possui uma fonte interna de liberação e contém
equipamentos elétricos, a ABNT NBR IEC 60079-14 especifica as medidas a serem tomadas
no caso de perda de pressão, conforme tabela abaixo.
O invólucro contém
Classificação O invólucro contém equipamento que
equipamento capaz de
da área não produz ignição em operação normal
produzir ignição
(b) (a)
Zona 1 Alarme e desligamento Alarme
(a)
Zona 2 Alarme Pressurização interna desnecessária
(a) A operação do alarme requer uma ação imediata para restaurar a integridade do
sistema.
91
22.12.2 Presença de fonte interna de liberação
Zona 1 Alarme
1 Nenhum Limitado
Medidas de proteção
Zona 2 ou não classificada
desnecessária
Zona 1 Alarme
2 Nenhum Ilimitado
Medidas de proteção
Zona 2 ou não classificada
desnecessária
92
22.13.4 Equipamentos energizados durante ausência de sobrepressão
Uma resistência de aquecimento pode ser usada em uma máquina elétrica rotativa
para impedir que as superfícies e a atmosfera internas tornem-se frias, evitando, assim, a
formação de unidade nos enrolamentos. Como o aquecedor estará energizado quando a
máquina estiver sem sobrepressão, é essencial que tenha um tipo de proteção para atmosferas
explosivas. Os acessórios, como iluminação de emergência, alarme, pressostato, diferencial
etc., que estejam instalados na sala de controle e precisem ser ou manterem-se energizados,
em caso de perda de sobrepressão, deverão ter um tipo de proteção normalizada.
93
Determinação do tipo de pressurização
(a)
Gás/vapor 1 Tipo px Tipo py
Tipo px (e o
equipamento com
Gás/vapor 2 fonte de ignição não Tipo py
está localizado na
área de diluição)
(a)
Tipo px
Liquido 1 (b)
Tipo py
(inerte)
(b)
Nenhuma pressurização é
Liquido 2 Tipo pz (inerte) (c)
requerida
94
22.14 Classificação de temperatura Pressurização do tipo px ou tipo py
Para este tipo de pressurização, o ponto da superfície externa mais quente será usado
para determinar a classe de temperatura do invólucro, mas os equipamentos com tipo de
proteção específica, que permanecem energizados na ausência de sobrepressão, também
devem ser levados em consideração para determinação da classe de temperatura.
22.14.2 Marcação
A norma IEC 600079-2 determina que o invólucro pressurizado deve ser marcado
como definido na ABNT NBR IEC 600079-0. A marcação do equipamento deverá ser visível e
conter as seguintes informações:
95
Nome do fabricante;
Número de tipo do fabricante;
Número de série do fabricante;
O símbolo Ex “p”, seguido pelo tipo de pressurização, isto é, x, y ou z;
Símbolo do grupo de gás II;
Classe de temperatura,ou a temperatura máxima de superfície, ou ambas (ex.:
0 0
T3 ou 200 C ou 200 C e T3);
Nome ou sigla do OCP;
Número do certificado do organismo de certificação;
Volume livre interno, excluindo os dutos;
Gás de proteção (caso o gás usado não seja ar);
Quantidade mínima de gás de proteção necessária para a purgar o invólucro,
baseado na menor vazão de purga e no menor tempo de purga, e o tempo de
purga mínimo adicional por unidade de volume adicional de dutos;
Vazão mínima de gás de proteção;
A pressão de fornecimento mínima e máxima para pressurizar o sistema;
A máxima taxa de perda do invólucro pressurizado;
A temperatura ou faixa de temperatura do gás de proteção no duto de entrada;
Os pontos onde a pressurização deve ser monitorada.
23.1 Conceito
A IEC 60079-11 define um circuito intrinsecamente seguro como sendo aquele no qual
nenhuma centelha ou efeito térmico produzido nas condições de ensaio prescritas nesta norma
(que inclui operação normal e condições de falha especificadas) é capaz de causar ignição de
uma determinada atmosfera explosiva. Observe as normas no quadro abaixo:
96
IEC 60079-11:1999 Eletrical apparatus for explosive gas
atmospheres – Part 11: Intrinsic safety “i”
97
23.2 Princípios básicos de segurança intrínseca
98
A barreira geralmente localizada na área não classificada, conectada diretamente ao
equipamento na área classificada, é denominada como “equipamento associado”, e cada item
que compõe o sistema possuirá um certificado de conformidade. O equipamento associado
pode ser usado na área classificada, se a instalação estiver de acordo com outro tipo de
proteção para atmosferas explosivas, como, por exemplo, o tipo de proteção à prova de
explosão. Além disso, o sistema pode ser coberto por um certificado de sistema geral. A tensão
de alimentação que é conectada aos terminais NIS (não intrinsecamente seguro) do
equipamento associado não pode ser maior que a tensão máxima “Um”, marcada na placa do
equipamento associado.
Uma barreira Zener simples possui três componentes principais: um resistor (1), um
diodo Zener (2) e um fusível (3), e todos devem possuir propriedades infalíveis, como mostrado
na figura abaixo:
99
A infalibilidade, com relação ao resistor limitador de corrente (1), significa que a falha
será para um valor de resistência mais alto ao circuito aberto. Evidentemente, a falha em um
valor de resistência mais baixo ou curto-circuito permitiria que mais corrente fluísse no circuito
IS, o que é contrário ao conceito desse tipo de proteção.
Para que a infalibilidade seja satisfeita, exige-se que o diodo Zener falhe durante um
curto-circuito. A falha em uma resistência mais alta ou circuito aberto pode permitir que níveis
de tensão ultrapassem os limites seguros e invadam a área classificada.
Um fusível desse tipo evita possível problema como ocorre com outros tipos de
fusíveis, quando eles operam provocando a vaporização, que pode permitir que o fusível
continue a funcionar como condutor.
100
Conforme exigido pelas normas, o fusível é encapsulado juntamente com
os outros componentes da barreira para impedir sua substituição. O
reparo de barreira Zener não é permitido, mesmo pelo fabricante.
Se uma tensão maior que a tensão máxima normal do sistema intrínseca invadir o
circuito nos terminais de entrada da barreira Zener, isso acionará o diodo Zener, e a corrente
de fuga resultante será desviada para a terra. A tensão excessiva é, portanto, impedida de
atingir o equipamento na área classificada. Observe na figura abaixo:
101
23.3 Categorias de IS
Duas categorias de segurança intrínseca estão disponíveis, “ia” e “ib”, cujos níveis de
segurança dependem do número de falhas em consideração nos componentes.
102
É possível usar segurança intrínseca categoria “ib” nas zonas 1 e 2, mas
não na zona 0. É permitida segurança intrínseca categoria “ia” nas zonas
0, 1 e 2.
Um fator de segurança de 10% deve ser aplicado à tensão desse dispositivo, devido ao
fato de que uma elevação de temperatura pode fazer variar a tensão de acionamento dos
diodos Zener. Aplicando-se o fator de 10% (1,1 x 28V = 30,8V) é produzido um valor de 30,8V,
que então é situado no eixo horizontal (voltagem) do gráfico 1.
103
104
Movendo-se verticalmente desse ponto da curva IIC, e daí movendo-se
horizontalmente de um ponto de interseção com a curva na direção do eixo vertical (corrente),
vai dar uma corrente segura de 140mA. Um fator de segurança de 1,5 deverá ser aplicado a
esse valor, ou seja, 2/3 de 140mA é igual a 93,33mA.
105
23.7 Invólucros
Observação:
Indutância 1µH/m
106
Quando equipamentos de campo apresentarem indutância e capacitância
consideráveis, é importante que a indutância e a capacitância combinadas dos
equipamentos de campo e os cabos não excedam os valores especificados
pelo fabricante da barreira.
23.9.1 Indutância
A indutância máxima dos cabos interconectados pode ser estabelecida a partir das
curvas do circuito, após primeiramente avaliar a corrente máxima da fonte. Suponhamos que
temos uma barreira com saída máxima de 28V e resistência de 300Ω, a corrente máxima da
fonte será: 28V/300Ω = 93,33mA.
107
108
109
23.9.2 Capacitância
Usando a curva IIC do gráfico, a capacitância máxima segura para os cabos de ligação,
pressupondo uma conexão a um “equipamento simples” na área classificada, deverá ser de,
aproximadamente, 0,08µF.
A comparação dos valores anteriores com os dados fornecidos pelo fabricante de cabo
vai estabelecer se o trecho do cabo de ligação é satisfatório. Observe o gráfico 3.
As barras de terra sobre as quais as barreiras Zener são montadas devem ser isoladas
da parte metálica adjacente e conectadas diretamente ao ponto terra íntegro, via condutores
terra separados. Dois cabos, cada um fixado em pontos separados em cada extremidade, são
normalmente utilizados para conectar o barramento de terra da barreira ao ponto terra íntegro,
para facilitar os testes de resistência do terra, os quais devem ser periodicamente realizados.
A resistência entre o barramento de terra da barra e o ponto de terra íntegro não deve
ser maior que 1Ω. Um valor de 0,1Ω não é impraticável.
O cabo terra deve ser isolado e o isolamento intacto ao longo de toda sua extensão, de
modo a evitar o contato com estruturas metálicas da instalação. Quando o risco de danos for
alto, deve-se providenciar proteção mecânica para os cabos.
2
Pelo menos dois condutores de cobre independentes de 1,5 mm (mínimo); ou
2
Pelo menos um condutor de cobre de 4mm (mínimo).
110
111
23.11 Isolamento galvânico
112
23.12 Isolamento de relés/transformadores
113
23.14 Instalação e inspeção do equipamento IS
114
Embora não seja uma exigência obrigatória, a cor indicada para os cabos IS e bornes
IS é azul-claro.
2
Seção mínima (mm ) 0,017 0,03 0,09 0,19 0,28 0,44
Nos circuitos IS não é exigida armadura ou malha nos cabos para a proteção
mecânica, exceto em cabos de múltiplos condutores, na zona 0.
115
23.14.4.1 Caneletas Separadas
Os cabos SI podem ser separados dos cabos NSI, através de caneletas separadas.
As caneletas metálicas podem ser usadas para separar as fiações Si da NSI, desde que
devidamente aterradas no mesmo aterramento das estruturas metálicas das áreas
classificadas (não precisa ser o aterramento íntegro com impedância menor que 1Ω).
Normalmente indicado para as bandejas e leitos de cabos.
116
23.14.4.3 Cabos Blindados
Quando a separação dos cabos em caneletas distintas não for prática, pode-se utilizar cabos
blindados com malha de terra devidamente aterrada no condutor equipotencial, no mesmo
ponto que o circuito SI do qual ele faz parte.
Caso haja necessidade de aterramento por razões funcionais em outros pontos, deve-se
utilizar capacitores cerâmicos inferiores a 1nF/1500V.
Os cabos SI e NSI podem ser montados em uma mesma caneleta desde que separados com
uma distância superiores a 50 mm, devidamente amarrados.
Empregado normalmente em painéis com circuitos SI, onde seu encaminhamento através de
caneletas não é prático.
117
Observações:
A separação mecânica dos cabos SI dos NSI é uma forma simples e eficaz para a separação
dos circuitos.
118
23.14.4.6 Multicabos
Cabo multivias com vários circuitos SI não deve ser usado em Zona 0, sem antes um estudo
das combinações das possíveis falhas. Cabos multivias fixo, com proteção externa adicional
contra danos mecânicos, somente circuitos SI (<60Vp)correndo em núcleos adjacentes, pode
ser considerado como não sujeito a falhas.
Em instalações elétricas com circuitos intrinsecamente seguros, aos terminais SI devem ser
efetivamente separados dos terminais NSI, como ilustra as figuras abaixo, onde no interior do
painel as fiações SI possuem canaleta própria.
119
A separação dos circuitos SI e NSI podem também ser efetivada por placas de separação
metálicas ou não, ou por uma distância maior que 50 mm.
Além de um projeto apropriado cuidados adicionais devem ser observados nos painéis
intrinsecamente seguros, pois como ilustra a figura A onde por falta de amarração nos cabos,
uma falha pode ocorrer. Já na figura B a falta da placa de separação provocou a falha.
120
23.14.5 Condutores não utilizados
As blindagens individuais de cada par ou perna devem ser isoladas uma da outra e,
antes da conexão das blindagens ao barramento de terra da barreira, um ensaio de resistência
de isolamento (RI) deve ser realizado entre as blindagens.
121
23.14.7 Tensão induzida
A capa externa ou isolamento dos cabos de circuitos IS podem ser coloridos ou azul-
claros, para que possam ser facilmente identificadas como parte de circuito IS. No entanto,
para não causar confusão, cabo com cor azul-claro não deve ser utilizado para outros tipos de
circuitos que não sejam IS.
122
Combinação dos condutores IS para uma cor azul-claro diferenciada;
Etiquetagem;
Arranjo com segregação de circuitos.
A isolação do condutor deve ter espessura adequada, mas não menos do que 0,2mm,
e ser capaz de suportar um ensaio de tensão duas vezes a tensão nominal do circuito IS,
mas não menos do que 500 V.
500 V eficaz (ou 750 Vcc), aplicado através de todos os condutores conectados
juntos e as blindagens e armaduras conectadas juntas;
Para cabos multicondutores, que não tenham blindagens por circuitos
individuais, deve ser aplicado 1.000 V eficaz (ou 1.500 Vcc) entre metade dos
condutores conectados juntos contra a outra metade dos condutores também
conectados juntos.
Observação:
O tipo de cabo multicondutor utilizado nas instalações IS terá influência nas falhas, se
houver, que devem ser levadas em consideração, a saber:
123
Cabo tipo A: Se os circuitos IS são individualmente protegidos por blindagem,
com área de superfície de 60%, nenhuma falta entre circuitos deve ser levada
em consideração;
Cabo tipo B: Se o cabo é fixado e protegido contra danos mecânicos e
nenhum dos circuitos tem uma tensão máxima maior do que 60 V, nenhuma
falta entre circuitos deve ser levada em consideração;
Cabo tipo C: Para os cabos que não atendam aos requisitos dos cabos tipo A
e B, dois curtos-circuitos entre condutores e até quatro aberturar de circuitos,
simultaneamente, têm que ser consideradas. Nenhuma falta precisa ser
considerada, se todos os circuitos no cabo são idênticos e tenha sido utilizado
um fator de segurança de quatro vezes aquele requerido para categorias “ia”
ou “ib”.
Observação:
124
23.14.8.4 Distâncias de isolação
0-90 6 mm 4 mm
90-375 6 mm 6 mm
125
126
127
128
129
DIPQ – Declaração de Importação de Pequenas Quantidades;
Lista de equipamentos e componentes importados que precisam ser
certificados no Brasil;
OCP – Organismo de Certificação de Produtos.
130
24 Outros tipos de proteção
Esse não é um método popular de proteção contra explosões, mas é usado para
transformadores de distribuição e painéis de manobras/chaveamento para serviços pesado.
Observe no quadro abaixo a norma para esse tipo de proteção.
24.2.1 Definição
131
Esse tipo de proteção – imersão em óleo Ex “o” – pode ser utilizado nas zonas
1 e 2.
24.2.3 Construção
Também é um requisito que o equipamento seja instalado com um medidor que possa
exibir os níveis máximos e mínimos de óleo, e que o equipamento seja instalado de forma que
o medidor possa ser lido facilmente enquanto o equipamento estiver em funcionamento.
No caso de quebra do visor, mesmo em seu ponto mais inferior, a altura mínima do
óleo remanescente não deve ser inferior a 25 mm acima dos componentes que produzem
centelhas/calor, após o vazamento de óleo nesse ponto.
A norma recomenda óleo minerais, novos, que atenda às especificações da IEC 60296
para líquidos de proteção, mas outros tipos poderão ser usados, como por exemplo, o óleo
132
isolante à base de silicone. Óleo de silicone tem como requisito atender às seguintes
propriedades:
0
1. Um ponto de chama de, no mínimo, 300 C, de acordo com o método de ensaio
dado na IEC 60836;
0
2. Um ponto de fulgor de cerca de 200 C, de acordo com a ISO 2719;
0
3. Uma viscosidade cinética máxima de 100 cSt a 25 C, de acordo com a ISO
3104;
4. Uma rigidez dielétrica mínima de 27 kV, de acordo com a IEC 60156;
3
5. Uma resistividade volumétrica mínima de 1.014 Ohm/cm , de acordo com a IEC
60247;
0
6. Um ponto de orvalho máximo de -30 C, de acordo com a ISO 3016;
7. Um valor máximo de neutralização de acidez de 0,03 mg KOH/g, de acordo
com a IEC 60588-2;
8. Não cause a degradação das características dos materiais que terão contato
com o óleo.
A referência para a norma IEC 60588-2 é apenas para o método de ensaio e
não para permitir a utilização de materiais banidos pela legislação.
Uma placa indicando o volume mínimo e máximo do óleo deve estar visível,
considerando as variações à expansão/contração do líquido de proteção ao longo de toda a
faixa de temperatura ambiente.
Arruela de travamento;
Trava química das roscas;
Fixação das cabeças dos parafusos.
Observação:
133
24.3 Imersão em areia Ex”q”
24.3.1 Definição
Esse tipo de proteção – Imersão em areia Ex “q” – pode ser usado nas zonas
1 e 2.
O preenchimento que pode ser quartzo ou com outro material que seja de acordo com
os requisitos das normas relevantes, torna-se seguro com que é conhecido como “supressão
de propagação de chama”. É inevitável que um gás inflamável ou vapor possa permear os
grânulos e atingir as peças que produzem fagulhas/centelhas ou superfícies quentes. A
quantidade de gás ou vapor, entretanto, será muito pequena para sustentar uma explosão
dentro da areia inerte.
134
A profundidade dos grânulos é influenciada pelo valor e duração da corrente da
centelha, produzida pelos componentes dentro do material de preenchimento, sendo que os
ensaios especificados nas normas de construção possibilitam que seja estabelecida uma
correlação segura entre esses dois parâmetros. Esse tipo de proteção é conveniente para uso
em todos os gases ou vapores do grupo II.
24.3.3 Construção
O Grau de proteção mínimo para este tipo de proteção é IP54 (, mas equipamentos
construídos para o grau IP55 devem ser equipados com um respiro. Quando o uso previsto é
em local limpo e seco, o grau de proteção pode ser no mínimo IP 43, o que requer o
equipamento seja marcado com o símbolo “X”.
135
O tamanho dos grânulos do material de preenchimento, normalmente quartzo, deverá
estar de acordo com os limites de peneira especificado na norma ISSO 565. O limite superior
para os grãos pode ser alcançado utilizando uma peneira fabricada de tecido de fio metálico ou
uma chapa de metal perfurada com um tamanho nominal de perfuração de 1 mm. Para l o
limite inferior, um tecido de fio metálico com uma perfuração nominal de 0,5 mm pode ser
utilizado. O material de enchimento deve suportar um ensaio de rigidez dielétrica onde a
-6
corrente de fuga não exceda 10 A.
U ≤ 275 5
3
Componentes com volume livre menor que 3cm , por exemplo, relés, que são
imersos em material de enchimento, devem ter distâncias mínimas de isolação
entre o componente e as partes internas do invólucro de acordo com a tabela
3 3
acima. Para volumes livres na faixa de 3 cm a 30 cm , as distâncias
apresentadas na tabela acima se aplicam, porém nunca menos do que 15 mm.
3
Não são permitidos volumes livres maiores que 30cm .
136
24.4 Encapsulamento Ex “m”
24.4.1 Definição
Esse tipo de proteção – Encapsulamento Ex “m” – pode ser usado nas zonas
1 e 2.
137
24.4.2 Princípio de operação
24.4.3 Construção
Componentes de tamanho muito reduzido, que possuem peças móveis, como um relé
Reed, podem ser protegidos por encapsulamento.
O equipamento encapsulado pode ser fabricado com um dos dois níveis de proteção,
isto é “ma” ou “mb". Contatos centelhantes, no entanto, não são permitidos no nível de
proteção “ma”. Encapsulamento com nível de proteção “ma” não deve ter tensão de operação
acima de 1 kV, bem como ser incapaz de causar a ignição durante:
Encapsulamento com nível de proteção “mb” deve ser incapaz de causar ignição
durante:
138
As distâncias de isolação mínimas dentro do encapsulamento irão depender da
construção do equipamento, isto é, dentro de invólucro metálico que podem ser
fechados ou não, por todos os lados ou ter 100% da área de superfície livre.
Como estes requisitos são extensivos, a tabela abaixo mostra algumas das
distâncias aplicáveis para equipamentos com 100% de área de superfície livre.
Nível de proteção
ma mb
2
≥ 3 mm Superfície livre ≤ 2 cm ≥ 1 mm*
2
Superfície livre > 2 cm ≥ 3 mm*
Um equipamento que não tenha atendido aos requisitos de uma norma de construção
específica terá sido certificado, adicionalmente, como “proteção especial Ex “s”, contanto que
tenha estabelecido que após exame detalhado do projeto e da realização de ensaio no
equipamento, ele foi capaz de operar com segurança dentro das condições para as quais foi
projetado. A “proteção especial” não está incluída na série IEC 60079, das normas
harmonizadas de construção, ou na série de normas de instalação, inspeção e manutenção
IEC 60079-14 e IEC 600749-17, respectivamente.
139
24.5.1 Princípio de operação
Os equipamentos elétricos podem ser fabricados com mais de um tipo de proteção Ex.
Esses equipamentos possuem tipos combinados de proteção, mas também podem ser
140
conhecidos como híbridos. Tal abordagem combina as melhores características de cada tipo
de proteção em um único equipamento visando à praticidade e economia. Observe a figura
abaixo:
Uma caixa tradicional, com botoeira para uso em área classificada, consiste em um
invólucro à prova de explosão Ex “d”, equipado com uma chave industrial padrão. Uma
alternativa para esse arranjo é um invólucro Ex “e” segurança aumentada, com uma pequena
chave certificada como componente à prova de explosão Ex “d” em seu interior. Como a chave
produz centelhas na operação normal, ela claramente precisa ser à prova de explosão para
estar de acordo com o conceito de proteção de segurança aumentada. Esse equipamento será
marcado com Ex “ed" ou Ex “de”. Observe na figura abaixo:
141
25.2.1 Normas
O corpo principal do motor será Ex “d” à prova de explosão, e a caixa terminal será Ex
“e” segurança aumentada. Uma placa de terminais alternativa é provida em um motor desse
tipo para acomodar terminais especiais que são aparafusados na placa de terminais. Esses
são terminais híbridos, ou seja, eles empregam conceitos de Ex “d” à prova de explosão e de
Ex “e” segurança aumentada em sua construção. Observe na figura abaixo:
142
25.3.1 Caixa de terminais de motor Ex “de”
Para atingir o nível necessário de grau de proteção, há gaxetas instaladas entre a caixa
de terminais e sua tampa, entre a placa de terminais e a caixa, entre a placa de prensa-cabos e
a caixa de terminais. De forma alguma, entretanto, deverá ser instalada uma gaxeta entre a
placa de terminais e a flange do motor, já que essa junta é um caminho da chama.
143
25.4 Luminárias – Ex “edq”
144
25.5 Ex “emib”
25.6 Ex “pde”
145
Já que os aquecedores anticondensação, normalmente estão energizados
enquanto a máquina está ociosa, deverão ser exibidos avisos sobre esse
perigo.
25.7 Ex “pi"
Os componentes de sistema IS que sejam marcados para indicar que devem ser
instalados em área não classificadas poderão ser usados em uma área classificada, se
instalados, por exemplo, em um invólucro pressurizado, conforme demonstrado na figura
abaixo:
146
26 Sistema de fiação
147
26.2 Equipamentos fixos
Borracha natural NR
Policloropreno PCP
Borracha de silicone SR
Polietileno PE
Termoplásticos Polipropileno PP
148
Equipamentos elétricos portáteis com tensão nominal não excedendo 250V para o terra
e com corrente nominal não excedendo 6A podem utilizar cabos com cobertura de
policloroprene comum ou outra cobertura elastomérica sintética equivalente, ou com uma
cobertura de borracha reforçada, ou com uma construção igualmente robusta.
Borracha comum;
Borracha reforçada;
Policloropreno comum;
Policloropreno reforçado;
Plástico com construção robusta, com a borracha reforçada.
Cabos especificados como “baixo nível de fumaça e vapores” (LSF – Low Smoke and
Fume) apresentam isolamento que não contém halogênios, Fe forma que a emissão de fumaça
e ácidos é minimizada em caso de incêndio.
149
Os cabos também podem ser selecionados considerando suas propriedades de
resistência a fogo e/ou de retardação de chamas, sendo que duas normas são relevantes sob
este aspecto.
IEC 60331 ( Resistente a fogo): tests for eletric cables under fire conditions –
Circuit integrity. {Suporta fogo por três horas}
IEC 60332 (Retardante à chama): test on eletric and optical fibre cables under
fire conditions. {Após o fogo ser retirado o cabo extingue-o}
150
26.6 Emendas de cabos
Os prensa-cabos para uso com cabo MICC (Mineral Copper Cable – Cabo de cobre
isolado com Mineral), ou MIMS (Mineral Isulated Metal Sheath – Blindagem Metálica Isolada
com Mineral) para uso em áreas classificadas, serão identificados como Ex “d”. Este prensa-
cabo, contudo, pode ser usado como um meio de entrada para equipamentos de “segurança
aumentada” garantindo que uma vedação alternativa, Ex “e”, foi utilizada.
151
Essa vedação é especialmente constituída para atender os requisitos de equipamentos
de “segurança aumentada”, conforme ilustrado pela figura abaixo.
Dificuldades podem ocorrer para se obter o grau de proteção desejado com prensa-
cabos. Para cabos MICC/MIMS, devido ao ressalto muito pequeno no corpo do prensa-cabo,
isso pode ser resolvido com uso de arruelas de plástico rígido fabricadas para esse fim.
152
26.7.3 Seleção de prensa-cabos
Uma consideração adicional é a ação eletrolítica causada pelo contato entre metais
diferentes, por exemplo, prensa-cabos de latão entrando em invólucros de alumínio, que
resulta no aumento da corrosão e degradação prematura dos prensa-cabos e entradas de
cabo.
153
26.7.4 Manutenção do grau de proteção nas entradas de prensa-cabos
154
26.7.5 Seleção de prensa-cabos para equipamentos à prova de explosão
(a) Dispositivos de entrada de cabos, que atenda aos requisitos da ABNT NBR IEC
60079-1, certificado como parte do invólucro quando ensaiado com a seção do
cabo previsto para ser utilizado;
(b) Um dispositivo de entrada de cabo em que o anel de vedação é parte integral
da construção e utilizada com cabos de material termoplástico, termofixo ou
elastomérico. O cabo deve ser compacto e circular, ter isolação extrudada e o
enchimento, se existir, ser de material não higroscópico. A seleção do
dispositivo de entrada deve estar em conformidade com o esquema
apresentado abaixo;
(c) Cabo de isolação mineral, provido ou não de cobertura plástica com dispositivo
de entrada de cabos à prova de explosão;
(d) Dispositivo de selagem à prova de explosão (por exemplo, unidades seladoras
ou câmara de selagem) especificado na documentação do equipamento ou
possuindo certificação de componentes, empregando dispositivos de entrada
de cabos adequados aos cabos a ser utilizados. Os dispositivos de selagem,
tais como, unidades seladoras ou câmaras de selagem, devem ser
preenchidos por composto selante ou outros selos adequados que permitam a
selagem individual ao redor de cada condutor. Os dispositivos de selagem
devem ser instalados no ponto de entrada de cabos no equipamento;
(e) Dispositivos de entradas de cabos à prova de explosão que incorporam
composto selante que preenche os espaços entre os condutores individuais ou
outros arranjos de selagem equivalentes (tipo barreira);
(f) Outros meios que mantenham a integridade do invólucro à prova de explosão.
155
26.7.6 Prensa-cabos Tipo 501/453 Universal: Ex “d” IIC / Ex “e” II
O prensa-cabo conforme figura abaixo, como dito anteriormente, pode ser utilizado com
cabos suscetíveis ao efeito “deformação a frio”, evitando o estrangulamento do isolamento
provocado pela força de compressão da vedação de alguns prensa-cabos.
156
26.7.7 Instruções para montagem de prensa-cabo tipo 501/453/UNIV Ex “d” IIC/Ex “e” II IP66
0 0
Faixa de temperatura de funcionamento -60 C a +80 C
157
A. Desencape o cabo de forma a adaptar-se ao equipamento, conforme exibido
anteriormente, e exponha a armadura/trança “I”.
I= 20mm para prensa-cabos de tamanho OS a C
I= 25mm para prensa-cabos de tamanho C2 a F
II = para adaptar-se ao equipamento.
Se necessário, instale um protetor de contato.
B. Puxe o cabo através do selo diafragma/pino-guia da armadura (4). A guia do
cabo pré-instalado (4.1) pode agora ser descartada. Caso necessário, o selo
diafragma pode ser solto para facilitar a instalação.
Estique a armadura/trança encoste na borda do cone da armadura. Posicione o
anel de fixação da armadura (3).
C. Instale a entrada (5) e posicione-a sobre o selo diafragma/pino-guia da
armadura (4).
Desloque o subconjunto (1) e (2) para cima na direção da entrada (5).
158
D. Mantenha a entrada (5) em posição com chave de boca/chave inglesa para
evitar a rotação. Aperte manualmente a porca (2) na entrada (5) e gire mais ½
a ¾ de volta com uma chave de boca/chave inglesa.
Importante: Segure o cabo para evitar a sua torção.
Para facilitar as ligações no interior do invólucro, pode ser útil abrir a capa interna do
cabo conforme exibido anteriormente.
26.7.7.1 Notas:
159
26.7.7.2 Listas de limitações
27.7.7.3 Acessórios
160
26.7.8 Instruções de montagem de prensa-cabo tipo ICC 653/UNIV Exd IIC/Exe II IP66
Certificado CEPEL-EX-065/2001X
0 0
Faixa de temperatura de funcionamento -60 C a +80 C
161
A. Desencape o cabo de forma a adaptar-se ao equipamento, conforme exibido
anteriormente, e exponha a armadura/trança “I”.
I = 20mm para prensa-cabos de tamanho Os a A.
I = 25mm para prensa-cabos de tamanho B a C2.
I = 32mm para prensa-cabos de tamanho D a F.
II = para adaptar-se ao equipamento.
Se necessário, instale um isolamento termocontrátil. Ver notas relativas aos
fios dreno.
162
B. Puxe o cabo através do pino-guia da armadura (4) até a sua ponta na borda do
cone da armadura. Posicione o anel de fixação da armadura (3).
C. Retire o anel de moldagem (5) da entrada (6) posicione a entrada (6) e sobre o
pino-guia da armadura (4). Desloque os subconjuntos (1) e (2) para cima na
direção da entrada (6).
163
0
Até ser utilizado, o composto deve ficar sob temperatura ambiente não inferior a 20 C.
A temperaturas mais baixas, ele se torna difícil de misturar. Se a mistura entrar em contato com
a pele, retire-a antes de curar com um produto de limpeza de mãos. Prepare somente a
quantidade necessária para consumo imediato.
164
Nota importante: Os condutores não devem ser manuseados durante pelo
menos quatro horas.
J. Deixe o composto catalisar (consulte tabela de Tempos de Cura). Desaperte os
subconjuntos (1) e (2) a partir da entrada (6) para permitir a inspeção. O anel
de moldagem (5) pode ser removido para inspeção de forma a garantir que a
selagem tenha sido satisfatória.
Adicione mais composto, se necessário.
K. Volte a montar o anel de moldagem (5) e a entrada (6). Aperte com a mão os
subconjuntos (1) e (2) na entrada (6) e aperte mais meia volta com uma chave
de boca/chave inglesa. Aperte a contraporca (1) até formar uma vedação em
torno do cabo, em seguida aperte mais uma volta completa utilizando uma
chave de boca/inglesa.
Certifique-se também que a porca central (2) não de quando apertar a
contraporca. Certifique-se de que o selo de vedação seja empurrado para
baixo até a posição devida. Instale o protetor de contato sobre o prensa-cabo,
se aplicável.
As instruções a seguir constituem os vários métodos aprovados pela IEC para passar
fios dreno através da barreira de composto e devem ser acompanhadas, se possível, por
especificações de instalações de cabos.
165
26.7.8.2 Preparação dos fios dreno de cabos intrinsecamente seguros e de cabos de
instrumentação.
1.2 Retire o filme e prenda nivelando com a capa exterior, expondo os fios dreno e
os condutores isolados. Corte mais 10mm da capa interior.
1.4 Para isolar a junção entre o filme e o tubo, pode-se utilizar um pedaço
adequada de tubo contrátil ou tubo expansível de neoprene com 10mm de
comprimento ou um pedaço de fita de PVC com 10mm de largura.
1.5 Após concluir as etapas 1.1 a 1.4 sobre cada fio dreno, coloque a
armadura/trança paralelamente ao cabo, se aplicável, depois siga a instrução
B.
2.2 Retire mais 15mm da capa interior ( ver figura abaixo parte (a)).
2.3 Solte um ou dois grupos de fios da blindagem e retire os restantes ( ver figura
abaixo parte (b)).
2.5 Crave um condutor isolado no chicote com uma ponteira isolada (ou ligação
soldada) adequada, deixando o bastante do condutor para permitir a ligação da
outra ponta ao terra do equipamento (( ver figura abaixo parte (c)).
166
2.6 Para isolar a junta entre os fios de blindagem e o condutor isolado, coloque um
pedaço de fita de PVC sobre o metal que ficou exposto.
2.7 Após concluir as etapas 2.1 a 2.6 sobre cada fio dreno, coloque a
armadura/trança paralelamente ao cabo. Em seguida, execute a instrução B.
3.2 Retire o filme e prenda nivelando com a capa interior, expondo os fios dreno e
os pares de condutores.
3.3 Corte mais 10mm da capa interior ( ver figura abaixo parte (a)).
3.4 Pulverize ou pinte os fios de dreno com verniz ou tinta isolante e deixe secar (
ver figura abaixo parte (b)).
3.5 Para isolar as extremidades do filme, pode ser utilizado um pedaço adequado
de tubo contrátil ou tubo expansível de neoprene com 10mm de comprimento
ou pedaço de fita de PVC com 10mm de largura ( ver figura abaixo parte (c)).
3.6 Após concluir as etapas 3.1 a 3.5 sobre cada fio dreno, coloque a
armadura/trança paralelamente ao cabo. Em seguida, execute a instrução B.
167
26.7.9 Considerações finais
168
169
26.7.9.2 Acessórios:
27 Eletrodutos
O uso de eletrodutos em áreas classificadas requer cuidados especiais, principalmente
quando usado com invólucros à prova de explosão. Além de manter o grau de proteção (IP) de
um invólucro – isto se aplica a todos os tipos de proteção -, a integridade do invólucro deve ser
mantida, isto é, o eletroduto no percurso entre a parede do invólucro e o dispositivo de vedação
do eletroduto deve poder ainda resistir à força de uma explosão dentro do invólucro, de forma
que as chamas/gases quentes sejam impedidos de alcançar a atmosfera externa.
170
Eletroduto roscado, de ferro galvanizado tipo pesado, com ou sem costura,
conforme ABNT NBR 5597;
Eletroduto flexível de construção metálica ou material composto, por exemplo,
eletroduto de metal com ferro de elastômero com classificação de resistência
mecânica pesada ou muito pesada, fabricado de acordo com a ISO 10807.
Observação:
Unidades seladoras devem ser montadas no eletroduto quando o mesmo sair ou entrar
em uma área classificada.
171
1. Isolamento entre a SWA ou armadura.
172
5. Condutores de aterramento íntegro, conectado ao principal ponto de
aterramento usando:
2
a) dois condutores separados, de no mínimo 1,5mm (ABNT NBR IEC
60079-14); ou
b) um condutor individual de cobre, de no mínimo 4mm2 (ABNT NBR IEC
60079-14).
OBSERVAÇÃO: PERCUSO MAIOR REQUER CONDUTORES DE ÁREA DE
2 2 2
SEÇÃO TRANSVERSAL MAIOR, POR EXEMPLO 6mm , 10mm ou 16mm .
6. Caixa de ligação.
7. Prensa-cabos.
8. Caixa de ligação localmente à estrutura.
9. Fio dreno diretamente conectado.
10. Fio dreno terminado, porém não aterrado no equipamento de campo.
ABNT NBR IEC 60079-17, tabela 1 – item B6, tabela 2 – itens B6 e B7 e tabela
3 – item B3, estabelece: deve-se tomar cuidado para assegurar que as
conexões de aterramento e de ligação de equalização de potencial em áreas
classificadas sejam mantidas em boas condições.
173
28.2.1 Explicação de termos
É considerada parte condutora estranha uma parte metálica associada à planta. Como,
por exemplo, a tubulação, que pode ser tocadas junto com uma tampa metálica do quadro de
distribuição ou com a carcaça de um motor.
Um sistema no qual um ponto de fonte de energia está diretamente aterrado, mas que
é eletricamente independente dos eletrodos. Usado para aterrar as partes condutoras expostas
da instalação elétrica.
174
28.3.3 Sistema TN-C:
Um sistema no qual um único condutor serve como condutor protetor e neutro em parte
do sistema.
Um sistema no qual não existe conexão direta entre as partes vivas e o terra, porém as
partes condutoras da instalação elétricas são aterradas.
Representa um sistema no qual o fornecimento não está aterrado, porém pode ser
através de uma impedância limitadora de falhas.
175
A Terceira letra indica o condutor de aterramento do sistema, em que:
Em geral, este método é usado quando o fornecimento elétrico ocorre através de cabos
subterrâneos, com revestimento e blindagem metálicos.
176
28.6 Configuração de aterramento do sistema TT
Em geral, este método é usado quando o fornecimento elétrico é feito através de cabos
aéreos, porém sem nenhum terminal terra fornecido pela concessionária.
177
28.8 Configuração de aterramento do sistema TN-C-S
A maioria das novas instalações usa este arranjo, que é denominado, pelas
concessionárias, sistema PME. Observe a figura abaixo.
178
28.9 Configuração de aterramento do sistema IT
Neste arranjo, o sistema pode não ter nenhuma conexão terra, ou pode estar
conectado ao terra através de uma impedância relativamente alta, cuja valor ôhmico dependerá
do nível ao qual as correntes de falhas serão limitadas.
A proteção neste método é dada por um relé que monitora qualquer corrente de fuga à
terra (50G), causada por falha no terra. Isso ativará um alarme sonoro ou visual, ou
desconectará o fornecimento elétrico. Observe a figura abaixo.
179
28.10 Regulamentos e normas
Se for usado um sistema de aterramento do tipo TN, ele deve ser do tipo TN-S (com
condutos neutro N e condutor protetor PE separados) na área classificada, isto é, o condutor
neutro e o protetor não devem estar conectados juntos, nem combinados em um único
condutor, na área classificada.
Em qualquer ponto da transição do tipo TN-C para o tipo TN-S, o condutor protetor
deverá ser conectado ao sistema de ligação elétrica equipotencial na área não classificada.
U0 t
120 0,8
400 0,2
180
Onde: U0 = Tensão Nominal em volts; t, em segundos
Com este sistema do tipo TT, pode haver necessidade de uma ligação elétrica
local, também conhecida como ligação elétrica equipotencial complementar.
Outras informações podem ser obtidas consultado a ABNT NBR 5410 e a IEC
60364-4-41.
Para impedir que potências de tensão diferentes ocorram na parte metálica da planta
em áreas classificadas, será necessária a equalização de potencial. Isto se aplica aos sistemas
TN, TT e IT nos quais todas as partes condutoras expostas e externas devem ser conectadas
ao sistema de ligação equipotencial.
28.11.1 Cálculo
A área da seção transversal dos condutores de aterramento pode ser calculada usando
a seguinte fórmula da NBR 5410.
181
Onde:
2
S – Área de seção transversal nominal do condutor de aterramento, em mm .
2 2 2
mm mm mm
S ≤ 16 S
16 ≤ S ≤ 35 16
S > 35
Área de seção mínima do condutor protetor em relação à área de seção do condutor de fase associado
182
28.13 Principais condutores de ligação equipotencial
2 2
35mm ou menos 10mm
2 2 2
Mais de 35mm até 50mm 16mm
2 2 2
Mais de 50 mm até 95mm 25mm
2 2 2
Mais de 95mm até 150mm 35mm
2 2
Mais de 150mm 50mm
183
Rm = resistência de uma fase do motor;
Assim qualquer pessoa, de pé, próxima ao motor e tocando sua carcaça, levaria um
grande choque, especialmente se o piso estiver molhado, conforme ilustra figura abaixo:
184
Caso 2: Conexão entre o condutor principal de terra e a massa do motor.
29 Eletricidade estática
A eletricidade estática é mais do que capaz de causar a ignição de materiais
inflamáveis, e sua presença na indústria petroquímica representa um alto risco que deve ser
neutralizado aplicando-se as medidas apropriadas.
185
em inaceitável em áreas classificadas, e pode ser eliminado assegurando-se que todo os
dutos, tanques etc.; estejam solidamente interligados e ligados ao terra principal.
A ligação elétrica nos flanges e conexões de dutos também pode reduzir o problema de
corrosão causada por cargas estáticas.
Resistência
Tipo de Classificação máxima
Comentários
instalação de área recomendada
para o terra Ω
186
Itens fabricados a partir de materiais
Zona 0, 1 e 2 1MΩ - 10MΩ
condutores ou antiestáticos.
187
30 Inspeção e manutenção em conformidade com a ABNT NBR IEC 60079-17
Introdução:
188
Os fabricantes têm se esforçado para projetar e construir equipamentos de acordo com
as normas relevantes tendo sido ensaiado por organismo independente de terceira parte, a fim
de garantir a segurança dos equipamentos para uso em áreas classificadas. Todo esse esforço
terá sido em vão se o técnico de campo não possuir o conhecimento necessário para instalar
e/ou manter os equipamentos de acordo com as exigências do fabricante, as normas
relevantes e os códigos de práticas.
Na ABNT NBR IEC 60079-17 estão relacionados os principais fatores que têm efeito
significativo na deteriorização dos equipamentos em áreas classificadas. Esses fatores são
relacionados a seguir:
Tendência a corrosão;
Exposição a produtos químicos ou solventes;
Probabilidade de acúmulo de poeira e sujeira;
Probabilidade de entrada de água;
Exposição a elevadas temperaturas ambientes;
Riscos de dano mecânico;
Exposição à vibração excessiva;
Treinamento e experiência do pessoal;
Probabilidade de modificações ou ajustes não autorizados;
Probabilidade de manutenção inadequada, como, por exemplo, em desacordo
com as recomendações do fabricante.
189
30.4 Equipamentos retirados de serviço
As normas da IEC, no entanto, tendiam a não ser usadas para esse propósito; porém,
devido à tendência no sentindo da harmonização global de normas, na qual a IEC desempenha
papel importante, essa situação caminha para uma mudança.
Uma das normas que se tornou mais amplamente aceita é a IEC 60079-17, hoje
disponível no conjunto de normas ABNT. Essa norma compreende uma série de tabelas para
inspeção dos diversos métodos de proteção contra explosões. A tabela 1 é um cronograma de
inspeção, que relaciona as ares a serem inspecionadas para os tipos de equipamentos Ex “d”,
190
Ex “e” e Ex “n”; as tabelas 2 e 3 são cronogramas para a inspeção de equipamentos
pressurizados Ex “p”, respectivamente. Essas tabelas estão no final desta unidade.
Par cada tipo de proteção para atmosfera explosiva, há três níveis especificados de
inspeção: visual, apurada e detalhada.
Inspeção que compreende aqueles aspectos incluídos em uma inspeção visual e que,
além disso, identifica defeitos como parafusos soltos, que se tornarão visíveis somente pelo
uso de equipamentos de acesso, do tipo escadas de degraus (onde necessário) e ferramentas.
As inspeções apuradas, normalmente, não exige que o invólucro seja aberto ou que a energia
do equipamento seja desligada.
30.6 Documentação
191
A manutenção de registros completos é, portanto, uma exigência fundamental
para operação segura de equipamentos elétricos em áreas classificadas. A
experiência tem demonstrado que alterações em equipamentos, bem como a
instalação de outros equipamentos em áreas classificadas, têm ocorrido em
instalações sem que essas ações tenham sido registradas na documentação
pertinente.
Inspeção inicial;
Inspeção periódica;
Inspeção por amostragem.
Uma instalação, incluindo seus sistemas e equipamentos, deverá estar sujeita a uma
“inspeção inicial” antes de ser colocada em serviço, a fim de determinar a adequação dos tipos
de proteção selecionados a seus métodos de instalação. O grau de inspeção será detalhado
em conformidade com as tabelas 1, 2 e 3 da ABNT NBR IEC 60079-17, apresentadas no final
desta unidade.
Tipo de equipamento;
Recomendações dos fabricantes;
Condições ambientais;
Setores de uso;
Resultados de inspeções anteriores.
192
No entanto, recomenda-se que o intervalo entre “inspeções periódicas” não exceda a
três anos.”Inspeções por amostragem”, provisórias, poderão ser implementadas para ratificar
ou modificar a frequência de “inspeções periódicas”, podendo ser de grau “visual” ou “apurada”.
193
Tipo: Inicial Determine um intervalo
Planta nova
provisório entre inspeções
Tipo: amostragem
Modifique ou confirme o
intervalo entre inspeções
Planta existente
Tipo: Periódica
Grupo A (Apurada)
O intervalo
Não
entre inspeções
periódicas pode
ser aumentado?
Sim
O intervalo entre
Aumente o intervalo entre Não
inspeções já é de
inspeções periódicas
três anos?
Tipo: amostragem
Sim
Tipo: Periódica
O intervalo
Grupo A (Apurada) - IC* Não
entre inspeções
periódicas pode
V (visual) - não IC*
ser aumentado?
Sim
Realize uma auditoria de segurança para
recomendar um novo intervalo entre
inspeções periódicas. 194
* IC – Equipamento capaz de provocar centelhas e alta temperatura em condições
normais de operação, ou seja, onde componentes internos do equipamento produzem,
em condições normais de operação, arcos, centelhas ou temperaturas de superfície
capaz de causar ignição.
195
196
197
198
31 Fontes de ignição
Centelha elétrica;
Superfícies quentes;
Baterias;
Atrito;
Eletricidade estática;
Raios;
Impacto;
Reação pirofórica;
Radiofrequência;
Vibração.
Desse ponto de vista, torna-se claro que, para que os dispositivos desse tipo possam
operar com segurança, em uma área classificada, exige-se que os mesmos sejam instalados
em um invólucro à prova de explosão.
199
31.1.2 Superfícies quentes
31.1.3 Baterias
31.1.4 Atrito
200
31.1.5 Eletricidade estática
31.1.6 Raios
31.1.7 Impacto
201
O uso de escadas de alumínio em áreas classificadas deverá ser evitado.
O uso de tinta de alumínio em áreas classificadas também exige cuidados.
31.1.9 Radiofrequência
Os postos de gasolina têm áreas de zona 1 em torno das bombas, devido à presença
de vapores de gasolina. A energia transmitida por um telefone celular, se usado nessas áreas,
poderia ser captada pela estrutura metálica, atingindo como uma antena, e produzir uma
centelha suficiente para incendiar o vapor de gasolina.
31.1.10 Vibração
202
32 Glossário
Conjunto de regras que definem o processo de certificação p/ equipamentos Ex
ATEX
na Comunidade Europeia
CE Certificação Europeia
CEPEL Centro de Pesquisas de Energia Elétrica
CERTUSP Instituto de Eletrotécnica da Universidade de São Paulo
COBEI Comitê Brasileiro de Eletricidade
DIPQ Declaração de Importação de Pequenas Quantidades
IA Corrente de rotor bloqueado
ICRS Índice Comparativo de Resistência Superficial
IEC Comitê Internacional de Eletrotécnica
IN Corrente nominal do motor
INMETRO Instituto de Metrologia e Qualidade Industrial
IP Code – Código de Proteção Internacional
IS Intrinsecamente Seguro
MDIC Ministério do Desenvolvimento Industrial e Comercial
NEC Comitê Americano de Eletricidade
NSI Não Intrinsecamente Seguro
O’rings Junta de borracha utilizadas para vedações
OCA Organismo de Certificação Acreditados
RAC Regulamento de Avaliação da Conformidade
SBAC Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade
tE Tempo necessário para alcançar a temperatura limite
TOC Temperatura de Operação Contínua
UC União Certificadora
UL-Br Underwriters Laboratories do Brasil
203
Referências
Normas
ANBT NBR IEC 60079-0:2008 Equipamentos elétricos para atmosfera explosiva – Parte 0:
Requisitos gerais.
ANBT NBR IEC 60079-5:2006 Equipamentos elétricos para atmosfera explosiva – Parte 5.
Imersão em areia “q”.
ANBT NBR IEC 60079-10:2009 Equipamentos elétricos para atmosfera explosiva – Parte 10
Classificação de áreas.
ANBT NBR IEC 60079-14:2009 Equipamentos elétricos para atmosfera explosiva – Parte 14
Instalações elétricas em área classificadas (exceto minas).
ANBT NBR IEC 60079-17:2009 Equipamentos elétricos para atmosfera explosiva – Parte 17
Inspeção e manutenção de instalação elétricas em áreas classificadas (exceto
minas).
ABNT NBR IEC 60529:2005. Graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos
(código IP).
ABNT NBR IEC 61241-0:2006. Equipamentos elétricos para utilização em presença de poeira
combustível – Parte 0: Requisitos gerais.
ABNT NBR IEC 61241-1:2006. Equipamentos elétricos para utilização em presença de poeira
combustível – Parte 1: Proteção por invólucros “tD”.
ABNT NBR IEC 60079-1:2009 Equipamentos elétricos para atmosfera explosiva – Parte 1: .à
prova de explosão “d”.
ABNT NBR IEC 60079-11:2009 Equipamentos elétricos para atmosfera explosiva – Parte 11:
.segurança intrínseca “i”.
204
ABNT NBR IEC 60079-15:2009 Equipamentos elétricos para atmosfera explosiva – Parte 15:
tipo de proteção “n”.
ABNT NBR IEC 60079-18:2007 Equipamentos elétricos para atmosfera explosiva – Parte 18:
tipo de proteção “m”.
ABNT NBR IEC 60079-25:2009 Equipamentos elétricos para atmosfera explosiva – Parte 25:
Sistema Intrinsecamente Seguro.
ABNT IEC-TR 60079-20:2008 Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas – Parte 20:
Dados de gases ou vapores inflamáveis referentes à utilização de equipamentos
elétricos.
IEC 60034-5:2001. Rotating eletrical machines Part 5: Degees of protection provided by the
integral design rotating machines (IP Code)-Classification.
IEC 60079-6:1995. Explosive atmospheres – Part 6: Equipament protection by oil immersion “o”
IEC 60079-7:2001. Explosive apparatus for explosive gas atmospheres – Part 7: Increased
safety “e”
IEC 60331:1999. Tests for electric cables under fire conditions – Circuit integrity.
IEC 60332:2004. Tests for electric and optical fibre cables under fire conditions.
IEC 61892-7:1997 . Mobile and fixed offshore units. Eletrical installations – Part 7: Hazardous
áreas.
Portarias
0
MTE – Portaria n 598, de 07 de dezembro de 2004.
0
MTE – Portaria n 126, de 03 de junho de 2005.
0
MTE – Portaria n 62, de 05 de maio de 2006.
205
0
INMETRO / MDIC – Portaria n 83, de 03 de abril de 2006.
ANEXOS
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207
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