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FORMAÇÃO DE BRIGADA ORGÂNICA - NIVÉL INTERMEDIÁRIO

Bombeiro: o amigo certo nas horas incertas.


4º BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS
BRIGADA DE INCÊNDIO
Grupo organizado de pessoas voluntárias ou não, treinadas e capacitadas para
atuar na prevenção, abandono e combate a um princípio de incêndio e prestar os
primeiros socorros, dentro de uma área pré-estabelecida.
DISPOSIÇÕES GERAIS
a. Proteção contra incêndio;
b. Saídas suficientes para rápida retirada do pessoal em serviço, em caso de
incêndio;
c. Equipamento suficiente para combater o fogo em seu início;
d. Pessoas treinadas no uso correto desses equipamentos.

A composição da brigada de incêndio deve levar em conta a participação de


pessoas de todos os setores.
Os candidatos a brigadista devem atender preferencialmente aos seguintes critérios
básicos:
a) Permanecer na edificação;
b) Preferencialmente possuir experiência anterior como brigadista;
c) Possuir boa condição física e boa saúde;
d) Possuir bom conhecimento das instalações;
e) Ter responsabilidade legal;
f) Ser alfabetizado.

“Caso nenhum candidato atenda a todos os critérios básicos relacionados, devem


ser selecionados aqueles que atendam ao maior número de critérios”.

ORGANIZAÇÃO DA BRIGADA
1)BRIGADISTAS: membros da brigada que executam as atribuições de:
Ações de prevenção
a) Avaliação dos riscos existentes (risco comum/risco especial);
b) Inspeção geral dos equipamentos de combate a incêndio;
c) Inspeção geral das rotas de fuga;
d) Elaboração de relatório das irregularidades encontradas;
e) Encaminhamento do relatório aos setores competentes;
f) Orientação à população fixa e flutuante;
g) Exercícios simulados e palestras.

Ações de emergência
a) Identificação da situação: Identificada uma situação de emergência,
qualquer pessoa pode alertar, através dos meios de comunicação
disponíveis, os ocupantes e os brigadistas. Após o alerta, a brigada deve
analisar a situação, desde o início até o final do sinistro e desencadear os
procedimentos necessários, que podem ser priorizados ou realizados
simultaneamente, de acordo com o número de brigadistas e os recursos
disponíveis no local.
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b) Alarme/abandono de área: Proceder ao abandono da área parcial ou total,
quando necessário, conforme comunicação preestabelecida e direcionada a
m local seguro (100m).

c) Acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou ajuda externa: havendo


necessidade, acionar o Corpo de Bombeiros e apoio externo
d) Primeiros socorros: Prestar primeiros socorros às possíveis vítimas,
mantendo ou restabelecendo suas funções vitais com SBV (Suporte Básico
da Vida) e RCP (Reanimação Cardiopulmonar) até que se obtenha o socorro
especializado.
e) Corte de energia: Cortar, quando possível ou necessário, a energia elétrica
dos equipamentos, da área ou geral;
f)Combate ao princípio de incêndio:

• Confinamento para evitar a propagação do incêndio;

• Isolamento para evitar pessoas não autorizadas;

• Extinção do incêndio;

• Rescaldo para prevenir reignição

g) Recepção e orientação ao Corpo de Bombeiros; Com a chegada do Corpo


deBombeiros, a brigada deve ficar à sua disposição.

2)LÍDER: responsável pela coordenação e execução das ações de emergência em


sua área de atuação (pavimento/compartimento). É escolhido dentre os brigadistas
aprovados no processo seletivo;

3)CHEFE DA BRIGADA: responsável por uma edificação com mais de um


pavimento/compartimento. É escolhido dentre os brigadistas aprovados no processo
seletivo;

4)COORDENADOR GERAL: responsável geral por todas as edificações que


compõem uma planta. É escolhido dentre os brigadistas que tenham sido aprovados
no processo seletivo.

ORGANOGRAMA DA BRIGADA DE INCÊNDIO


O organograma da brigada de incêndio da empresa varia de acordo com o número
de edificações, o número de pavimentos em cada edificação e o número de
empregados em cada pavimento/compartimento;

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Exemplo 1:
As empresas que possuem em sua planta somente uma edificação com apenas um
pavimento/compartimento, devem ter um líder que deve coordenar a brigada.

Exemplo 2:
As empresas que possuem em sua planta somente uma edificação, com mais de um
pavimento/compartimento, devem ter um líder para cada pavimento/compartimento,
que é coordenado pelo chefe da brigada dessa edificação

Exemplo 3:
As empresas que possuem em sua planta mais de uma edificação, com mais de um
pavimento/compartimento, devem ter um líder por pavimento/compartimento e um
chefe da brigada para cada edificação, que devem ser coordenados pelo
coordenador geral da brigada

TEORIA DO FOGO

FOGO: elemento indispensável ao ser humano, está no seu controle.


INCÊNDIO: fogo fora do controle humano, com poder de alastrar e destruir.

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TRIÂNGULO DO FOGO

TETRAEDRO DO FOGO

REAÇÃO QUÍMICA EM CADEIA


A combustão, sendo um fenômeno químico, processa-se no sistema de reação em
cadeia, propiciando a formação de radicais livres que, combinados com outros
elementos permitem a transferência de energia necessária à transformação da
energia química em calorífica.
A reação química em cadeia, é a responsável pela manutenção e propagação da
combustão.
ELEMENTOS DO FOGO
COMBUSTÍVEL
É todo material encontrado na natureza, menos a água;
Serve de campo de propagação do fogo;
Alimenta a combustão.
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CLASSIFICAÇÃO:
Quanto ao estado físico: SÓLIDO, LÍQUIDO, GASOSO
Quanto à volatilidade:
 VOLÁTEIS: Éter, gasolina, álcool
 NÃO VOLÁTEIS: Óleos, lubrificantes, graxas
COMBURENTE
É o elemento que associado quimicamente ao combustível, em quantidade e
proporções adequadas, possibilita a combustão.
CONSTITUIÇÃO DA ATMOSFERA

Para que haja combustão é necessário apenas 9 % de O 2 no ambiente.


CALOR
Forma de energia que eleva a temperatura de outros corpos através de processos
químico ou físicos.
O calor necessário para iniciar uma combustão pode ser uma chama de fósforo ou
isqueiro, uma centelha elétrica, uma brasa, fricção, etc.
Efeitos do calor: físicos, químicos, fisiológicos.
Importância do uso de EPI.

FORMAS DE PROPAGAÇÃO DO CALOR


CONDUÇÃO
É a forma de propagação do calor através de molécula para molécula.

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Exemplo: O calor quando se propaga em uma barra metálica aquecida.

CONVECÇÃO
É a forma de propagação do calor que se verifica nos líquidos e/ou gases aquecidos,
devido ao movimento ascendente de massas aquecidas, por diferença de
densidade.
Exemplo: Propagação de incêndios em edifícios, devido aos gases aquecidos que
sobem para andares superiores.

RADIAÇÃO / IRRADIAÇÃO
É a forma de propagação do calor que independe de um meio físico para sua
existência. Nessa forma o calor se propaga através de ondas.
Exemplo: O calor do sol que nos chega.

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CLASSES DE INCÊNDIO

MÉTODOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIO

RESFRIAMENTO
Absorção do calor do material incendiado baixando sua temperatura.

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ABAFAMENTO
Redução ou eliminação do oxigênio das proximidades do combustível.

ISOLAMENTO
Consiste na retirada, diminuição ou interrupção do material ainda não incendiado.

Fogo Resfriament

Abafament Isolamento
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QUEBRA DA REAÇÃO EM CADEIA
Consiste em interromper a reação química através agentes químicos
especiais.

AGENTES EXTINTORES
Chamamos de agentes extintores as substâncias, sólidas, líquidas ou gasosas,
capazes de interromper a combustão, dispostos em aparelhos ou equipamentos
para utilização imediata (extintores), conjuntos hidráulicos (hidrantes) e dispositivos
especiais (Sprinklers e sistemas fixos de CO²).

ÁGUA: abundante na natureza age por resfriamento e abafamento, risco de


transbordo e conduz eletricidade. Ideal para classe A.

ESPUMA: química ou mecânica age por abafamento e resfriamento, mais leve que
líquidos inflamáveis. Ideal para classe B.

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PÓ QUÍMICO SECO: bicarbonato de sódio ou potássio ou cloreto de potássio, age
por abafamento e quebra da reação em cadeia. Ideal para classes B e C*. PQS
especiais: cloreto de bário, cloreto de sódio, grafite seco

CO2: dióxido de carbono (gás carbônico), age por abafamento, inodoro, incolor,
atóxico, não conduz eletricidade, é asfixiante. Ideal para classe C.

EXTINTORES DE INCÊNDIO
São aparelhos de fácil manuseio, destinados a combater princípios de incêndio.
Recebem o nome do agente extintor que transportam em seu interior. Eles podem
ser portáteis ou sobre rodas.

PRESURIZ CO2

Água pressurizada CO 2

PQSESPUMA

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IDENTIFICAÇÃO DAS CLASSES DE INCÊNDIO NOS EXTINTORES

EXTINTORES SOBRE RODAS


Os extintores sobre rodas são utilizados em indústrias, postos de combustíveis,onde
é necessária uma capacidade maior da unidade extintora onde geralmente
ultrapassa 20 kg no mesmo local, obedecem aos mesmos critérios dos extintores
portáteis.

ANOTAÇÔES_____________________________________________________
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INSPEÇÕES
Semanais: verificar acesso e visibilidade;
Mensais: verificar se o bico está obstruídoe a pressão do manômetro, o lacre e o
pino de segurança;
Semestrais: verificar o peso de extintor de CO2;
Anuais: Verificar se há dano físico, avaria no pino de segurança e no lacre;
Quinquenais: Fazer o teste hidrostático.

MANUTENÇÕES
Sempre que verificar anomalias nas Inspeções ou quando terminar o prazo da
garantia;

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RECARGA
Anualmente ou quando utilizado, exceto o extintor de pó abc;
EXTINTORES DE INCÊNDIO – UTILIZAÇÃO
• Transporte o extintor pela alça na posição vertical.
• Gire a trava de segurança para romper o lacre e remova o pino.
• Aponte o jato para a base do fogo e pressione o gatilho até o fim.

FÁCIL VISIBILIDADE

CONSIDERAÇÕES
FÁCIL ACESSO
IMPORTANTES

ALTURA DE
FIXAÇÃO
MÁXIMA: 160 cm
MÍNIMA: 20 CM
NOTA:
Em proteção contra incêndio o mais importante é a segurança, e não a beleza do
local.
O extintor só poderá ser retirado do local em três (3) condições:
PARA USO, MANUTENÇÃO E TREINAMENTO

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HIDRANTES
São dispositivos de manobra de água, colocados nas redes de distribuição de água
em vias públicas ou em edificações, com o objetivo de fornecer água para o
combate a incêndios.

1) RESERVA DE INCÊNDIO: Suprimento de água exclusivo para combate a


incêndio. Definido para suprir todos pontos de hidrantes, simultaneamente,
durante o tempo especificado na norma técnica.

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2) TUBULAÇÃO:identificada com a cor vermelha, resistente ao fogo;

3) HIDRANTE: ponto de tomada de água, união de engate rápido (38 ou 63 mm),


sua utilização não pode comprometer a rota de fuga, devem estar visíveis e
desobstruídos.

4) ABRIGO DE MANGUEIRAS: identificada com a cor vermelho escrito


Incêndio.

5) ESGUICHO: peça metálica; direciona e controla o jato; regulável ou não


(agulheta).

6) MANGUEIRAS: duto flexível, uniões de engate rápido (38 ou 63 mm).


Cuidados: inspeção; contatos com cantos vivos e pontiagudos, com
fogos, brasas, quedas e arrastes; manobras violentas; fechamento
abrupto; contatos com derivados de petróleo; permanência conectada
ao hidrante.

7) CHAVE DE MANGUEIRAS: Complementar o acoplamento ou o


desacoplamento das uniões de engate rápido.

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8) REGISTRO DE RECALQUE: prolongamento da tubulação até o exterior da
edificação com engates compatíveis e tampa escrita “incêndio”. Serve para a
pressurização de toda a rede através da viatura do Corpo de Bombeiros.

OBSERVAÇÕES GERAIS:
- Deverão proteger toda à área da edificação;
- Utilização de preferência por duas pessoas:
* retirar a mangueira;
* acoplar as adaptações;
* utilizar a chave de mangueira;
* abrir o registro.
- Plano de manutenção.

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EQUIPAMENTOS DE DETECÇÃO E ALARME

Dispositivos destinados a operar reconhecendo e avisando um princípio de


incêndio a população de uma edificação.
Alarme sonoro; Alarme visual; Alarme sonoro e visual; Detector automático
pontual de fumaça; Detector de temperatura pontual; Detector linear; Detector
automático de chama; Detectores térmicos; Outros.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


Os EPIs para combate a incêndio deverão levar em conta os riscos aos quais os
brigadistas estarão expostos, as condições de trabalho e as partes do corpo a
proteger.
BLUSÃO E CALÇA DE APROXIMAÇÃO: Protege tronco e braços do calor e de
possíveis ferimentos.
BOTAS DE COMBATE A INCÊNDIO: Protege os pés e parte das pernas do calor e
de possíveis ferimentos.
CAPACETE: Protege a cabeça do calor e de possíveis ferimentos.
BALACLAVA: Protege o rosto e o pescoço do calor e de possíveis ferimentos.
LUVAS: Protege as mãos do calor e de possíveis ferimentos.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA: Protegem as vias aéreas contra
a inalação de vapores tóxicos e/ou gases aquecidos.

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COMPORTAMENTO DO FOGO
PONTO DE FULGOR
É a temperatura mínima na qual os corpos combustíveis começam a desprender
vapores que se inflamam em contato com uma fonte externa de calor, entretanto a
combustão não se mantém devido a insuficiência na quantidade de vapores
emanados dos combustíveis.

PONTO DE COMBUSTÃO
É a temperatura mínima na qual os vapores desprendidos dos corpos combustíveis,
ao entrarem em contato com uma fonte externa de calor se inflamam, continuando a
queima quando retirada a fonte calorífica externa.

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PONTO DE IGNIÇÃO
É a temperatura mínima na qual os vaporesdesprendidos dos corpos combustíveis,
entram em combustão, apenas pelo contato com o oxigênio do ar independente de
qualquer fonte externa de calor.
FLASHOVER
Temperatura em que o calor em uma área ou região é alto o suficiente para inflamar
simultaneamente todo o combustível a sua volta. O flashover caracteriza-se por
inflamação dos gases presentes em um ambiente, fazendo com que eles se
incendeiem de repente.
BACKDRAFT
A diminuição da oferta de oxigênio (limitação da ventilação) poderá gerar o acúmulo
de significativas proporções de gases inflamáveis, produtos parciais da combustão e
das partículas de carbono particulado ainda não queimadas. Se estes gases
acumulados forem oxigenados por uma corrente de ar proveniente de alguma
abertura no compartimento produzirão uma deflagração repentina. Esta explosão
que se move através do ambiente e para fora da abertura é denominada de ignição
explosiva, termo que em inglês é denominada de backdraft.
PLANO DE ABANDONO DE ÁREA
O responsável máximo pela brigada, determina o início do abandono, devendo
priorizar os locais sinistrados, os pavimentos superiores a estes, os setores próximos
e os locais de maiores riscos.
PONTO DE ENCONTRO
Devem ser previstos um ou mais pontos de encontros dos brigadistas, para a
distribuição das tarefas, conforme procedimentos básicos de emergências.
Devem ser previstos um ou mais pontos de encontros externos para os funcionários
e frequentadores da edificação para que a brigada tenha controle do número de
pessoas retiradas do local.
PROCEDIMENTOS PARA ABANDONO DE ÁREA
1. Saia imediatamente. Muitas pessoas morrem por não acreditarem que o
incêndio pode se alastrar rapidamente.
2. Se você ficar preso em meio a fumaça, respire pelo nariz, em rápidas
inalações e procure rastejar para a saída pois junto ao chão o ar permanece
respirável mais tempo
3. Use escadas, nunca o elevador. Um incêndio pode determinar um corte de
energia e você cairá numa armadilha. Feche todas as portas que for deixando
para trás.
4. Se você ficar preso em uma sala cheia de fumaça, além de permanecer junto
ao piso, se possível aproxime-se de janelas, por onde possa pedir socorro. Se
você não puder sair, mantenha calma atrás de uma porta fechada. Qualquer
porta serve como uma couraça. Procure um lugar perto de janela e abra as

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mesmas em cima e em baixo. Calor e fumaça devem sair por cima. Você
poderá respirar pela abertura inferior.
5. Toque a porta com a mão. Se estiver quente não abra. Se estiver fria faça este
teste: abra vagarosamente e fique atrás da porta. Se sentir calor ou pressão
vindo através da abertura, mantenha-a fechada.
6. Não combata o incêndio a menos que você saiba manusear o equipamento de
combate ao fogo com eficiência.
7. Não salte do prédio. Muitas pessoas morrem, sem imaginar que o socorro
pode chegar em minutos.
8. Se houver pânico na saída principal, mantenha-se afastado da multidão.
Procure outra saída, uma vez que você tenha conseguido escapar NÃO
RETORNE AO LOCAL, CHAME O CORPO DE BOMBEIROS
IMEDIATAMENTE – EMERGËNCIA 193

ABANDONO DE ÁREA - RESUMO


• Manter a calma e controlar o pânico.
• Coordenar o abandono rápido e ordenado.
• Andar em passos rápidos, nunca correndo.
• Dirigir–se para a saída mais próxima.
• Em escadas, descer sem correr um atrás do outro, nunca ao lado ou em
pares.
• Ao brigadista, cabe ser o último a abandonar o local, verificando se ainda
resta alguém.
• Cada brigadista deve controlar a conferência da população de sua área sendo
responsável pela verificação de possíveis faltas.
• Aos ocupantes cabe abandonar sua área quando determinado, desligando
equipamentos em geral, seguindo orientações dos brigadistas e mantendo a
calma.
• Aos Chefes de Brigada, Líderes, cabem o total controle e organização do
abandono.

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4º BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS

PRIMEIROS SOCORROS
É o cuidado imediato a alguém ferido ou doente, com a finalidade de: preservar a
vida, promover a recuperação ou prevenir que o caso piore.
Portanto trata-se de uma atenção rápida, imediata a uma pessoa que está em perigo
de vida, realizando tais cuidados para manter as suas funções vitais e reduzindo
seus agravos até que a vítima receba atendimento de emergência adequado.
DEVERES DO SOCORRISTA
 Garantir a sua própria segurança, a segurança do paciente e a segurança dos
demais envolvidos,
 Usar EPI;
 Controlar a cena e lograr acesso seguro até o paciente;
 Solicitar, caso necessário, ajuda especializada;
 Não causar dano adicional ao paciente;
CONSENTIMENTO EXPLÍCITO
O socorrista presta socorro mediante autorização da vítima ou seu representante
legal.
CONSENTIMENTO IMPLÍCITO
A situação determina o atendimento da vítima mesma sem ela consentir.

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SINAIS VITAIS
São aqueles que evidenciam o funcionamento e as alterações das funções
corporais.
RESPIRAÇÃO FREQUENCIA TEMPERATURA PRESSÃO
(FRM) CARDIACA (BPM) ARTERIAL
ADULTO 12 A 20 60 A 100 36,6 a 37,2 ºC 140 –110/ 90-60
CRIANÇA 15 A 30 70 A 150 36,6 a 37,2 ºC 80 + 2X IDADE /
2/3 da sistólica
BEBÊ 25 A 50 100 A 160 36,6 a 37,2 ºC 80 + 2X IDADE /
2/3 da sistólica

DIMENSIONAMENTO DA CENA
Todo atendimento inicia-se com o dimensionamento ou avaliação da cena da
emergência.
Ao aproximar-se do local onde ocorreu o problema, antes de iniciar o contato direto
com o paciente, o socorrista deverá verificar os riscos potenciais existentes, as
condições de segurança para si e para os demais envolvidos.
Após dimensionar o problema o socorrista deverá iniciar o gerenciamento dos riscos
e o controle da cena.
Se a cena está comprovadamente insegura, torne-a segura. Se necessário,
acione outros órgãos para tanto. Do contrário, não entre na cena.

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


Providencie o Isolamento dos Fluídos Corporais – IFC por dispositivos de barreira
(luvas, óculos, máscara e avental).

AVALIAÇÃO DO PACIENTE
VÍTIMA DE TRAUMA
X – Hemorragias eXsanguinantes (graves)
A – Vias Aéreas com controle da Coluna Cervical
B – Respiração
C – Circulação com controle de Hemorragias
D – Nível Neurológico
E – Exposição com controle da Hipotermia

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ETAPA D: DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA
Verifique o nível de consciência do paciente; se necessário, realize estímulo
doloroso;
PACIENTE RESPONSIVO
ETAPA X: HEMORRAGIAS EXSANGUINANTES (GRAVES)
ETAPA A: ABERTURA DE VIAS AÉREAS COM ESTABILIZAÇÃO DA COLUNA
CERVICAL
Solicite ao paciente que abra a boca. Em seguida, inspecione, visualmente, as vias
aéreas superiores;

ETAPA B: VENTILAÇÃO
Se for necessário, exponha completamente o tórax do paciente para verificar a
presença de ferimentos e avaliar a qualidade e frequência da ventilação.

ETAPA C: CIRCULAÇÃO
Verifique, visualmente, a existência de hemorragias. Avalie o pulso periférico, cor e
temperatura

ETAPA D: FOI ABORDADO NO PRIMEIRO CONTATO COM A VITIMA

ETAPA E: EXPOSIÇÃO E AMBIENTE


Se necessário, remover ou cortar as roupas para obter uma melhor visualização da
parte do corpo afetada.

PACIENTE IRRESPONSIVO
Verificação de possível Parada Cardiorrespiratória
 Verifique a ventilação:

 Se estiver ventilando, continue a avaliação (ABC)


 Caso não apresente sinal de ventilação, proceda o suporte básico de
vida.

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
Consiste em uma nova avaliação física repetida após a avaliação primária em
pacientes de trauma com mecanismo de lesão significativo ou pacientes
inconscientes em que não seja possível excluir mecanismo traumático.

 Realize a avaliação começando da cabeça em direção a pelve;


 O colar cervical é inserido após a avaliação do pescoço (anterior e
posterior);
 Avalie membros inferiores retirando meias e calçados;
 Avalie membros superiores;
 Preferencialmente, utilize rolamento lateral para o pranchamento da
vítima e avalie região posterior de tronco antes de rolar o paciente
sobre a prancha.

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SUPORTE BÁSICO DE VIDA
 Mantém fluxo sanguíneo para cérebro e coração;
 Prolonga tempo de Fibrilação Ventricular(evita a assistolia);
 Aumenta a chance de sucesso da desfibrilação
 Cada minuto sem RCP aumenta em até 10% a mortalidade.

PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
A morte súbita por parada cardiorrespiratória, ou SCA (síndromes coronarianas
agudas), pode ocorrer sem aviso prévio a qualquer pessoa, em qualquer momento.

CADEIA DA SOBREVIVÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR

1º ELO - RECONHECIMENTO E ACIONAMENTO


 193;
 Pessoa mais próxima do fato;
 Para cada minuto sem oxigênio uma vítima de PCR, tem sua chance
de sobreviver diminuída em cerca de 10%

2º ELO - RCP de alta qualidade


 Executar uma RCP de qualidade. COMO?
 De quanto em quanto tempo devemos trocar o compressor? Por quê?
 O que proporcionaremos à vítima se trabalharmos com eficiência e
qualidade?

3º ELO – RÁPIDA DESFIBRILAÇÃO


O DEA foi desenvolvido para aplicação em procedimentos de desfibrilação que
possibilita estímulo elétrico ao coração podendo ser usado por qualquer pessoa em
qualquer ambiente extrahospitalar, unidades de resgate aéreo ou terrestre, dando
suporte avançado à vida.
4º E 5º ELOS – PROCEDIMENTOS REALIZADOS POR EQUIPES
ESPECIALIZADAS

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4º BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS

ATENDIMENTO
Verifique o nível de consciência do paciente; se necessário, realize estímulo
doloroso;
Se inconsciente, cheque rapidamente (não mais que 5seg.) se a respiração está
normal, com expansão visível do tórax;
 Se a vítima não respira:
 ACIONE APOIO;
 SOLICITE QUE ALGUÉM PROVIDENCIE O DEA RAPIDAMENTE;
 COMPRIMA O TÓRAX EM UMA FREQUENCIA DE 100 A 120 VEZES
POR MINUTO
 COMPRIMA DE 5 A 6 CM DE PROFUNDIDADE NO ADULTO
 PERMITA O RETORNO TOTAL DO TÓRAX APÓS A COMPRESSÃO

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4º BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS
DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO
 Quem pode utilizar?
 Quando utilizar?
 Como utilizar?
INDICAÇÕES:
PCR com ritmo chocável (FV – Fibrilação Ventricular e TVSP – Taquicardia
Ventricular Sem Pulso);

INDICAÇÕES:
Adulto, Criança e Lactente com as devidas pás específicas para cada paciente e
atenuadores de corrente se possível ou pás de adultos para todos os pacientes se
apenas estas estiverem disponíveis;
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4º BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS
COMO UTILIZAR?
 APERTE O BOTÃO DE LIGA/DESLIGA
 SIGA AS INSTRUÇÕES QUE VOCÊ IRÁ OUVIR

OBSERVAÇÃO:
Caso o socorrista tenha treinamento e confiança, ele poderá realizar as ventilações
de resgate intercaladas com as compressões torácicas.

Com 02 socorristas, o final do 05 ciclo ou quando o DEA realizar nova analise,


inverte-se a função dos socorristas.
QUANDO DEVO PARAR DE FAZER A RCP?
Início de rigor mortis;
Exaustão do socorrista
Determinação pelo SAV ou regulação médica;
Transferência do paciente a outra equipe;
Retorno espontâneo da circulação e respiração do paciente, acompanhado de
retorno da consciência, manifestado por movimentos e respiração normal.

OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA (OVACE)


É um quadro em que algum objeto ou alimento, causa obstrução ou dificulta a
passagem do ar para dentro dos pulmões da vítima.

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4º BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS
OVACE - ADULTO E CRIANÇA
Verifique consciência.
SE CONSCIENTE, verifique o sinal universal de engasgo (mãos no pescoço).
Em seguida constate:
A vítima respira normalmente?
A vítima consegue falar?
A vítima consegue tossir?

OBSTRUÇÃO PARCIAL
Caso positivo para algum destes critérios, acalme o paciente e o encaminhe a
recurso hospitalar na posição sentado.
OBSTRUÇÃO TOTAL
SE CONSCIENTE, expressando o sinal universal de engasgo e não consegue falar,
tossir ou respirar;
Inicie as compressões abdominais contínuas em “J” até desalojar o corpo estranho
ou o paciente tornar-se inconsciente.

Na grávida e no obeso a posição é diferenciada com as mãos no osso esterno.


Se o paciente SE TORNAR INCONSCIENTE:
Acione o socorro imediatamente;
Cheque a boca a procura do corpo estranho, mas sem fazer varredura.
Inicie o protocolo para RCP
Se durante o primeiro contato com o paciente o mesmo JÁ ESTIVER
INCONSCIENTE, inicie a RCP pelas compressões e siga o protocolo de RCP.

OVACE - LACTENTE
 Verifique consciência
SE CONSCIENTE, verifique:
a) A vítima respira normalmente?
b) A vítima consegue chorar?
c) A vítima consegue emitir som?

29
4º BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS
OBSTRUÇÃO PARCIAL
Caso positivo para algum destes critérios, acalme o paciente e o encaminhe a
recurso hospitalar na posição sentado.
OBSTRUÇÃO TOTAL
SE CONSCIENTE e não consegue tossir e nem emitir som.
Faça as pancadas e compressões até o líquido ou objeto sair, o paciente respirar
normalmenteou tornar-se inconsciente.

5X5

Se o paciente TORNAR-SE INCONSCIENTE:


 Acione o socorro imediatamente;
 Cheque a boca a procura do corpo estranho, mas sem fazer varredura.
 Inicie o protocolo para RCP

Se durante o primeiro contato com o paciente o mesmo JÁ ESTIVER


INCONSCIENTE, inicie a RCP pelas compressões e siga o protocolo de RCP.
São sinais de OVACE em lactente, cianose e olhos arregalados, além da dificuldade
de chorar, tossir e emitir sons.
Durante a desobstrução do lactente, a cabeça do mesmo deve permanecer em nível
inferior ao do corpo.
Nunca faça compressão abdominal no lactente com OVACE.

EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
 Qual a fórmula para um atendimento adequado no contexto das emergências
clínicas?
 Conhecer sinais e sintomas das PRINCIPAIS EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
 O que mais MATA?
 O que é mais FREQUENTE?

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4º BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS
AVALIAÇÃO PACIENTE X EMERGÊNCIA CLÍNICA

 Nível de Consciência;

 A B C D E da vida;

 Exame Físico:

 Voltados para o conjunto de sintomas

 S A M P U M - Sinais/Sintomas – Alergia – Medicações –


Passado Médico – Última Alimentação – Mecanismo da
Lesão/Natureza da Doença

 Sinais Vitais

 Posição de transporte;

 Monitoramento (o quadro do paciente pode mudar);

 Transporte (para Porta de Entrada adequada).

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO


O que é: Obstrução de fluxo sanguíneo para os vasos do coração
 Início súbito, PODE irradiar.
 Constante, + de 15 min¹;
 Característica da dor:

“Como se o peito estivesse preso em uma morsa”
“Elefante estivesse sentado em meu peito”:
Compressão, aperto, peso.

Angina estável também produz dor no peito, com menor tempo de duração (3 –
4min)
TRANSPORTE DO PACIENTE COM SUSPEITA DE IAM
Consciente: Posição de conforto afrouxe suas vestes
Inconsciente: Decúbito dorsal prepare-se para a possibilidade de RCP

ANOTAÇÔES_____________________________________________________
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4º BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS
EMERGÊNCIA NEUROLOGICA

Fatores de Risco
 Idade avançada
 História familiar
 Hereditariedade
 Doença cardiovascular
 Hipertensão arterial
 Tabagismo
 Diabetes Mellitus
 AIT - ataque isquêmico transitório (déficit neurológico)
 Histórico de colesterol alto
 Obesidade
 Sedentarismo
 Estresse excessivo
 Dificuldade de coagulação

ESCALA PRÉ-HOSPITALAR DE CINCINATTI


 1 achado = 72% de chance de AVE
 3 achados = 85% de chance de AVE

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4º BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS

CONDUTA DE ATENDIMENTO
 Mantenha vias aéreas pérvias;
 Monitore o esforço respiratório;
 Se paciente estiver inconsciente, mantenha-o em posição de
recuperação;
 Mantenha o paciente em repouso, sob observação contínua,
monitorização constante;
 As aferições de pressão arterial devem ser estabelecidas em intervalos
de 10 a 20 minutos e nunca em uma única aferição da pressão arterial
e em ambas as extremidades superiores;
 Avalie a responsividade por meio da Escala Pré-Hospitalar de
Cincinatti
 Encoraje membros da família a acompanhar o paciente até o hospital
para que possam informar o histórico do paciente à equipe médica;
 Quando da chegada no hospital mantenha os procedimentos até a
equipe médica responsável assumir o paciente, devidamente
informada de toda situação.

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4º BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS
CRISE CONVULSIVA
A convulsão ou ataque epilético é uma descarga bioenergética temporária com
origem no cérebro. Desencadeia alterações no organismo a nível do estado de
consciência, tonicidade muscular e liberação de esfíncteres.
Sinais e Sintomas
- Durante a crise a pessoa pode apresentar várias alterações no organismo:
 Agitação psicomotora.
 Olhar ausente.
 Os olhos podem ficar fixos na parte superior ou lateral.
 Perda da consciência (perder os sentidos) que pode causar uma queda
desamparada.
 Espasmos musculares (contrações) que podem ser suaves ou muito
fortes.
 Aumento da salivação (sialorreia).
 Encerramento da boca com muita força, há o perigo de morder a língua
e lábios.
 Descontrole dos esfíncteres (urina e/ou fezes).

 Observe o tempo de duração da crise e chame o serviço de


emergência se os movimentos repetidos passarem de 3 min
 Apenas apoie a cabeça da pessoa até que a crise passe. Não tente
segurá-la enquanto se debate.
 Não coloque a mão na boca do paciente, você pode sofrer lesões. Não
se iluda, a língua não enrola.
 Aguarde que a crise passe completamente para ter certeza de que a
pessoa está bem. Algumas ficam agitadas depois da crise.

DIABETES MELLITUS
Acidose metabólica causada por altas concentrações de glicose na corrente
sanguínea, mais comumna DM tipo 1.
DIAGNÓSTICO:
A diabetes mellitus é caracterizada pela hiperglicemia recorrente ou persistente
sendo diagnosticada ao se demonstrar qualquer um dos parâmetros seguintes
através dos resultados pela glicemia capilar na emergência.

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4º BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS
Causas:
 DM não tratada ou não diagnosticada
 Falta de administração de insulina ou hipoglicemiantes orais em
pacientes portadores de DM
 Transgressão alimentar (consumo excessivo de carboidratos e glicose)

Sinais, sintomas e eventos relacionados


 Poliúria (aumento do volume urinário);
 Polidipsia (sede aumentada e aumento de ingestão de líquidos);
 Polifagia (apetite aumentado);
 Mudanças no formato das lentes dos olhos (Visão borrada )
 Cansaço, Pele seca e quente
 Dispneia
 Hálito cetónico (Alta concentrações de cetona do sangue)
 Náuseas e Vômitos
 Dor abdominal
 Alteração de consciência (confusão, sonolência, letargia, hostilidade, mania,
pânico, agressividade, etc).
 Coma
HIPOGLICEMIA “Açúcar baixo” - Choque Insulínico
Condição decorrente do fornecimento inadequado de glicose como combustível ao
cérebro com prejuízo neurológico.
Causas
 Consumo de álcool (mais frequente)
 Alimentação insuficiente que não fornece açúcares e carboidratos em
quantidade suficiente
 Esforço físico exacerbado
 Consumo exagerado de insulina ou hipoglicemiantes orais (pacientes
portadores DM)
Sinais e sintomas
 Glicemia capilar <60 mg/dL;
 Alteração no nível de consciência e comportamental;
 Convulsão;
 Paciente em jejum (não se alimentou);
 Pele fria e úmida;
 Taquicardia;
 Cefaléia;
 Palidez;
 Fome, borborigma ("ronco" na barriga);
 Náuseas, vômitos, desconforto abdominal;
 Cansaço, fraqueza, apatia, letargia, sono;
 Alteração de pupilas (dilatadas);
 Olhar fixo, visão embaçada, visão dupla;
 Dificuldade de fala;
 Descoordenação motora às vezes confundido com embriaguez;
 Deficit motor;
 Convulsão focal ou generalizada.
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4º BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS

CONDUTA DE AVALIAÇÃO NA EMERGÊNCIA METABÓLICA


 Obtenha o histórico do paciente - SAMPUM

Considere:
 Medicações usadas em tratamento:
 Insulina – tipo, dose, frequência, ultima dose;
 Medicações orais - tipo, dose, frequência, ultima dose;
 Última alimentação;
 Recente doença ou lesão;
 Atividade física recente;
 Gravidez;
 Verifique uso de álcool;
 Histórico de reações a diabetes

CONDUTA GERAL DE ATENDIMENTO


 Obtenha os sinais vitais

Se paciente possui glicosímetro prescrito por médico, verifique com o mesmo qual a
leitura, caso o mesmo tenha feito a medição
 SE PACIENTE ESTÁ CONSCIENTE

 Não permita que o paciente faça esforço físico


 Forneça fonte de açúcar ao paciente VO
 SE PACIENTE ESTÁ INCONSCIENTE

 ABCD e proteja as vias aéreas


 Posicione o paciente na posição de recuperação (decúbito lateral)
 SEMPRE MONITORE OS SINAIS VITAIS DO PACIENTE
HEMORRAGIAS
 CLASSIFICAÇÃO DAS HEMORRAGIAS

1. HEMORRAGIA INTERNA: são mais difíceis de serem reconhecidas porque o


sangue se acumula nas cavidades do corpo, tais como: estômago, pulmões,
bexiga, cavidades torácica, craniana e abdominal, entre outras.
Dependendo da gravidade, pode exteriorizar-se pelos orifícios do corpo.
Sinais e sintomas:
 Rigidez e/ou dor abdominal;
 Fraturas em ossos longos;
 Vômito ou tosse com sangue;
 Sangramento por orifícios naturais do corpo;
 Trauma em tórax, abdômen ou pelve.
 Indícios de estado de choque (sede, sono, pele pálida e fria,
alteração da consciência, fraqueza, tonteira, agitação)

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4º BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS
CONDUTA:
• Verificar nível de consciência;
• Manter vias aéreas pérvias;
• Remover roupas molhadas para prevenir hipotermia;
• Imobilizar fraturas, caso haja, o quanto antes, para evitar lesões internas;
• Aquecer a vítima;
• Não oferecer nada para a vítima ingerir;
• Monitorar sinais vitais e nível de consciência;
• Posicionar a vítima em decúbito dorsal;
• Acionar o Socorro;

2. HEMORRAGIA EXTERNA: são mais fáceis de serem reconhecidas pois,


normalmente, são visíveis.

“ATENÇÃO PARA GRANDES HEMORRAGIAS”


2.1Compressão direta e curativo

Consiste na limpeza e na aplicação de uma cobertura estéril em uma ferida. Eles


têm a finalidade de promover a rápida cicatrização e prevenir a contaminação ou
infecções.
O tipo de curativo a ser realizado varia de acordo com a natureza, a localização e o
tamanho da ferida. Em alguns casos é necessária uma compressão, em outros,
exigem imobilização com ataduras.
Curativo semi-oclusivo: Este tipo de curativo é absorvente, e comumente utilizado
em feridas cirúrgicas, drenos, feridas exsudativas, absorvendo o exsudato e
isolando-odapeleadjacentesaudável.
Curativo oclusivo: Não permite a entrada de ar ou fluídos, atua como barreira
mecânica, impede a perda de fluídos, promove isolamento térmico, veda a ferida, a
fim de impedir enfisema, e formação decrosta.
Curativo compressivo: Utilizado para reduzir o fluxo sanguíneo, promover a estase
e ajudar na aproximação das extremidades da lesão.
Curativos abertos: São realizados em ferimentos que não há necessidade de
serem ocluídos. Feridas cirúrgicas limpas após 24 horas, cortes pequenos, suturas,
escoriações, etc., são exemplos deste tipo de curativo.
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4º BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS

2.2 Torniquete: Utilizado apenas em casos de alto risco de morte onde, a


hemorragia é intensa e não pode ser contida pelo método anterior.

CHOQUE CIRCULATÓRIO
O choque pode ser definido como um estado de hipoperfusão celular generalizada,
que resulta em deficiente oxigenação tecidual e induz o metabolismo anaeróbico,
levando a morte celular.
TIPOS DE CHOQUE:
Hipovolêmico;
Cardiogênico;
Distributivo ou vasogênico:
• Neurogênico; Séptico; Anafilático;
CHOQUE HIPOVOLÊMICO
Relacionado a perda aguda volume corporal, podendo acontecer por:
 Hemorragia (perda do plasma);
 Vômito;
 Desidratação (perda de fluídos e eletrólitos).

SINAIS E SINTOMAS
1.Ansiedade e inquietação;
2. Sede intensa
3. Taquicardia;
4. Taquipneia seguida de bradipneia com respiração rápida e profunda;
5. Enchimento capilar acima de 2 segundos;
6. Pele fria, úmida e pegajosa;
7. Olhos opacos e pupilas dilatadas;
8. Torpor e coma.

CONDUTA E TRATAMENTO
 Posicionar a vítima em decúbito dorsal;
 Manter as vias aéreas pérvias;
 Controlar hemorragias externas;
 Monitorar SSVV
 Aquecer a vítima com manta aluminizada e/ou cobertor;
 Remover roupas molhadas (água, sangue etc.) da vítima para prevenir
hipotermia;
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4º BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS

LESÕES MUSCULO ESQUELÉTICOS


 São lesões que afetam os músculos, ossos, ligamentos, meniscos, cápsulas
articulares e outras.
 Podem ser classificadas em entorses, luxações e fraturas.
• Entorse: É a perda momentânea da congruência (coesão) articular,
provocada por uma distensão excessiva das estruturas que estabilizam
a articulação, como os ligamentos, por exemplo. É causada por
movimentos bruscos ou traumatismos que provocam um estiramento
ou ruptura dos ligamentos da articulação;
• Luxação: É a perda total do contato entre os ossos de uma
articulação, causada pelo deslocamento de um dos ossos, podendo
provocar graves lesões nos ligamentos. Como resultado, os ossos
ficam mal posicionados, causando deformidade articular, dificuldade ou
impossibilidade de realizar movimentos.
• Fratura: Pode ser definida como a perda ou ruptura da continuidade
de um osso. Em outras palavras, o osso "quebra", podendo dividir-se
em dois ou mais fragmentos. Uma fratura pode provocar uma lesão
dos tecidos moles que circundam o osso e trazer consequências mais
sérias. Podem ser classificadas quanto:
• Quanto a continuidade do osso:
l. Completa: há separação total dos segmentos ósseos
ll. Incompletas: não há separação total dos segmentos ósseos
• Quanto a exposição da fratura:
l.Fechadas: não há rompimento do tecido cutâneo.
ll. Abertas: há o rompimento do tecido cutâneo, o osso causa um
ferimento nas partes moles;

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4º BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS
CONDUTA:
 Assegure vias aéreas pérvias, respiração e circulação adequadas;
 Mantenha a cabeça e coluna cervical imobilizadas manualmente, em caso de
mecanismo de lesão significativo, ou suspeita de TRM;
 Manualmente imobilize a articulação acima e abaixo do local lesionado;
 Avalie pulso, motricidade e sensibilidade distais antes e depois de aplicar
talas de imobilização;
 Remova ou corte as roupas do membro lesionado;
 Remova relógio e jóias da extremidade afetada;
 Trate hemorragia, se presente. Não faça excessiva compressão;
 Se houver edema, pode ser aplicado indiretamente gelo ou compressa fria no
local;
Imobilize o membro lesionado conforme as seguintes diretrizes:
1. Ossos longos
a. Se o osso está angulado ou a extremidade distal está cianótica ou sem
pulso tente alinhar o membro, aplicando tração manual antes de
imobilizar com talas. Se houver resistência, imobilize na posição
encontrada.
b. Meça a tala e a aplique, imobilizando o membro e a articulação acima e
abaixo do local lesionado.
c. Mantenha o pé e a mão em posição funcional (neutra).
d. Reavalie pulso, motricidade e sensibilidade distais depois de aplicar
talas de imobilização.

2.Lesões nas ou próximo às articulações


a. Aplique estabilização manual
b. Avalie pulso distal antes e depois da aplicação da tala
c. Imobilize o membro na posição encontrada
d. Imobilize uma articulação acima e outra abaixo do local lesionado

 Imobilize fratura aberta (com exposição óssea visível), entorse e


luxação, sempre na posição encontrada.
ANOTAÇÔES___________________________________________________________
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QUEIMADURAS
Queimaduras são feridas traumáticas causadas, na maioria das vezes, por agentes
térmicos, químicos, elétricos ou radioativos. Atuam nos tecidos de revestimento do
corpo humano, determinando destruição parcial ou total da pele e seus anexos,
podendo atingir camadas mais profundas, como tecido celular subcutâneo,
músculos, tendões e ossos. As queimaduras são classificadas de acordo com a sua
profundidade e tamanho, sendo geralmente mensuradas pelo percentual da
superfície corporal acometida.

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4º BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS

TRATAMENTO:
 Interromper o processo da queimadura
Primeiro Atendimento
 A – Vias aéreas?
 B – Boa respiração?
 C – Circulação?
 D – Disfunções neurológicas?
 E – Expor e Examinar
 Na etapa E, exponha o corpo do paciente, tendo o cuidado de não retirar
roupas aderidas à pele.
 Retire anéis, joias e outros adornos dos membros afetados.
 Avalie a queimadura quanto à profundidade, classificando-a em 1º, 2º, ou 3º
grau.

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4º BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS
TRATAMENTO ESPECÍFICO - QUEIMADURAS TÉRMICAS
 Cubra a área queimada com um pano limpo e seco. Cobrir todas os
ferimentos evita que correntes de ar causem dor em queimaduras de
espessura parcial.
 Nunca deve ser usado gelo diretamente na queimadura devido a
possibilidade de ulceração.
 Compressas frias, se usadas, devem ser breves de modo que a temperatura
do corpo não seja reduzida. Resfrie até, no máximo, 10% da área corporal
total
 Escolha para o resfriamento áreas considerada como graves ou de dor
intensa que possa comprometer funções vitais.

TRATAMENTO ESPECÍFICO - QUEIMADURAS ELÉTRICAS


 Uma corrente elétrica passando através de um paciente pode causar um dano
interno extenso.
 Uma preocupação maior é o efeito que a corrente elétrica tem na atividade
elétrica cardíaca normal. Arritmias sérias podem ocorrer mesmo depois que
um ritmo cardíaco estável tenha sido obtido.
 Mesmo se a superfície visível da lesão não apresenta ser grave, pode haver
uma lesão de modo não aparente severa e profunda dos tecidos.

TRATAMENTO ESPECÍFICO - QUEIMADURAS QUÍMICAS


 Agentes químicos devem ser removidos da superfície do corpo com água
corrente.
 Produtos químicos em pó devem ser tirados da pele antes de se lavar a área
da superfície do corpo.
 Remover todas as roupas que possam conter produtos químicos.
 Lesões nos olhos por substâncias químicas requerem irrigação contínua.

ANOTAÇÔES
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MOVIMENTAÇÃODOPACIENTE

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ANOTAÇÔES_____________________________________________________
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4º BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS

REFERÊNCIAS

MANUAL DE CIURB DO CBMMG


ITO 23 2º EDIÇÃO 2017- CBMMG
 MABOM - CBMMG
AMERICAN HEART ASSOCIATION (USA). Guidelines 2015/ CPR & ECC.
Destaques da American Heart Association 2015. Atualização das Diretrizes
de RCP e ACE.
HAFEN, Brent Q.; KARREN, Keith J.; LIMMER, Daniel; MISTOVICH, Joseph
J. Primeiros socorros para estudantes. 10. ed. São Paulo: Manole, 2013. 568
p.
NORMAN, E. McSwain.; SCOTT, Frame.; SALOMONE, Jeffrey P. PHTLS -
Atendimento Pré Hospitalar ao Traumatizado. 7.ed. Editora Elsevier, 2012.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. I Diretriz de Ressuscitação
Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade
Brasileira de Cardiologia. 2013. Disponível em: http://publicacoes.cardiol.br.
Acessado em set. 2016.
TIMERMAN, Sérgio. Desfibrilação Precoce, Reforçando a Corrente da
Sobrevivência. São Paulo: Atheneu. 2000.
TRUFFA, Márcio Augusto Meirelles; ASSIS, Antônio Carlos Botta de.
Diagnóstico da Síndrome Metabólica. In: COSTA, Luiza Helena Degani;
LOPES, Ranato Delascio; LOPES, Antonio Carlos. Síndrome Metabólica:
Uma visão para o clínico. São Paulo: Atheneu, 2009. p. 81-88.

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4º BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS

ÍNDICE
BRIGADA DE INCÊNDIO ................................................................................. 2
Disposições Gerais.......................................................................................... 2
Organização da Brigada.................................................................................. 2
Teoria do Fogo................................................................................................. 4
Elementos do Fogo.......................................................................................... 5
Formas de Propagação do Calor................................................................... 6
Classes de Incêndio......................................................................................... 8
Métodos de Extinção de Incêndio.................................................................. 8
Agentes Extintores........................................................................................... 10
Extintores de Incêndio..................................................................................... 11
Identificação das Classes de Incêndio......................................................... 12
Extintores Sobre Rodas.................................................................................. 12
Hidrantes........................................................................................................... 15
Equipamentos de Detecção de Alarme......................................................... 18
Equipamento de Proteção Individual............................................................. 18
Comportamento do Fogo................................................................................ 19
Plano de Abandono de Área........................................................................... 20
PRIMEIROS SOCORROS................................................................................. 22
Sinais Vitais................................................................................................... 23
Dimensionamento da Cena............................................................................. 23
EPI...................................................................................................................... 23
Avaliação do Paciente..................................................................................... 23
Suporte Básico de Vida................................................................................... 25
Desfibrilador Externo Automático.................................................................. 27
Obstrução Respiratória (OVACE) .................................................................. 28
Emergências Clínicas...................................................................................... 30
Hemorragias...................................................................................................... 37
Estado de Choque............................................................................................ 38
Lesões Músculo Esqueléticos....................................................................... 39
Queimaduras..................................................................................................... 41
Movimentação de Vítima................................................................................. 45

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