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PROJETO CAVEIRA - V4 01º SIMULADO COMPLETO

Português

No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens a seguir.

1. No terceiro período do texto, predomina a função fática da linguagem, dada a finalidade comunicativa do texto.

ERRADO.
A Função Fática tem por objetivo estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. É aplicada em situações em que
o mais importante não é o que se fala, nem como se fala, mas sim o contato entre o emissor e o receptor.

No caso, não é essa a intenção do trecho. Trata-se da Função Referencial.

2. No terceiro período do texto, a conjunção “ou” está associada ao valor de inclusão e a conjunção “e” associada
ao valor de sequenciação temporal.

CERTO.
Na Gramatica para concursos de Marcelo Rosenthal tem um BIZU que fala para perceber as ideias que as orações
passam, pois as conjunções podem introduzir ideias inesperadas, como foi nesse caso.
A conjunção OU que passa a ideia de INCLUSÃO, nesse texto e a conjunção E que passa a ideia de sequencia, nesse
texto.

3. No primeiro período do texto, há uma relação de oposição, construída com ênfase na palavra “não” e com elipse
da expressão “é público” na segunda oração desse período.

CERTO.
Primeiro o conceito de Elipse: supressão de um termo que pode ser facilmente subentendido pelo contexto linguístico
ou pela situação.
Agora a analise pode ser feita da seguinte forma:
"O transporte é público, (omissão/supressão de um termo) o corpo da mulher não (é público - omissão/supressão)."

No que concerne aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens que se seguem.

4. Na linha 19, a palavra “coloquialismo” é tomada em seu sentido denotativo e usada como sinônimo da expressão
latina “sermo cotidianus”.

CERTO.
Sentido denotativo = Sentido real, do dicionário. A palavra “diária” é sermo cotidianus (em latim)

5. Na linha 3, o emprego do artigo definido imediatamente antes do topônimo “Portugal” torna -se obrigatório
devido à presença do adjetivo “contemporâneo”.

CERTO.
Significado de Topônimo: nome geográfico próprio de região, cidade, vila, povoação, lugar, rio, logradouro público
etc.
Os topônimos que não aceitam o artigo passam a exigi-lo sempre que forem determinados por adjetivo, locução
adjetiva e oração adjetiva.
Fonte: www.mundotexto.com.br

6. O termo composto “a nova distribuição e planificação linguística” (l.13) e a oração “que a língua popular
brasileira tinha de diferençar-se inelutavelmente da de Portugal” (l. 16 a 18) desempenham a mesma função
sintática nos períodos em que ocorrem.

ERRADO.
A primeira é Complemento Nominal e a segunda Sujeito Oracional.

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7. Os vocábulos “africanos” (l.16) e “correr” (l.18), originalmente pertencentes à classe dos adjetivos e dos verbos,
respectivamente, foram empregados como substantivos no texto.

CERTO.
Foram substantivadas pelos artigos que os precedem.

A respeito dos aspectos gramaticais desse poema, julgue os itens a seguir.

8. Considerando-se as regências do verbo esquecer prescritas para o português, estaria correta a seguinte reescrita para a
oração “Já esqueci a língua” (v.13): Já esqueci da língua.

ERRADO.
Esqueci – Verbo Transitivo Direto.

9. O nome próprio “Carlos Góis” (v.8) funciona como o núcleo do termo “Professor Carlos Góis”.

ERRADO.
O núcleo é Professor, Carlos Góis é aposto.

Julgue os itens seguintes, a respeito do texto precedente.

10. O emprego do diminutivo no texto está relacionado à expressão de afeto e ao gênero textual: carta familiar.

CERTO.
O gênero é carta que possui vários tipos, dentre eles o Familiar ou Pessoal.

11. O texto se caracteriza por uma uniformidade de tratamento do destinatário da carta, verificada no emprego das formas
pronominais.

ERRADO.
Não há uniformidade de tratamento no texto, tendo em vista a utilização de pronomes na segunda e terceira pessoa.

12. A próclise observada em todas as ocorrências dos pronomes oblíquos átonos no texto é atestada no português brasileiro
coloquial.

ERRADO.
O texto segue as regras do português padrão, e não o coloquial.

13. Como modificadora das palavras “prazer” (l.3) e “engraçadinha” (l.7), a palavra “muito” que as acompanha é, do ponto
de vista morfossintático, um advérbio.

ERRADO.
Na primeira ocorrência a palavra “muito” não pode ser classificada como advérbio, tendo em vista que a palavra
“prazer” é substantivo, e o advérbio só pode modificar os adjetivos.

14. A linguagem da carta classifica-se como informal em decorrência do emprego da forma verbal “tem”, em “Já tem 2
dentinhos” (l. 7 e 8).

ERRADO.
De fato caracteriza-se o texto por ser informal, porém não por causa do emprego da palavra “tem”, mas pelo uso de
palavras no diminutivo.

Julgue o item que se segue.

15. A palavra “está” recebe acento gráfico em decorrência da mesma regra que determina o emprego do acento no vocábulo
“três”.
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ERRADO.
Está = Oxítona terminada em a.
Três = Monossílabo terminado em es.
Logo, são regras diferentes.

Matemática

16. O consumo médio de combustível de um carro que está rodando em uma pista de testes, que tem 4,5 km de extensão, é
de 1 litro para cada 10 km percorridos. Em uma parada para reabastecimento, com o tanque completamente vazio,
injeta-se combustível durante 8 minutos, sendo que a bomba usada injeta 120 mL de combustível a cada 2 segundos.
Mantendo o mesmo consumo médio, o número máximo de voltas completas que o carro poderá dar nessa pista usando a
quantidade de combustível injetada, nesse reabastecimento, será igual a 64.

CERTO.
1 min tem 60 seg, logo: 8 min x 60 seg = 480 seg
480 seg x 60 ml = 28.800 ml
Mas o exercício fala que o carro percorre 10 km com 1 litro, então eu pego os 28.800 ml e divido por 1.000 ml que
corresponde à 1 litro: 28.800/1.000 = 28,8 litros
Agora eu pego os 28,8 litros e multiplico pelos 10 km: 28,8*10 = 288 litros
Agora é só dividir os 288 litros pelos 4,5 km de extensão: 288/4,5 = 64 voltas completas

17. Uma empresa tem 120 funcionários no total: 70 possuem curso superior e 50 não possuem curso superior. Sabe-se que a
média salarial de toda a empresa é de R$ 5.000,00, e que a média salarial somente dos funcionários que possuem curso
superior é de R$ 6.000,00. Desse modo, é correto afirmar que a média salarial dos funcionários dessa empresa que não
possuem curso superior é de R$3,600,00

CERTO
R$ 6.000,00 é a média salarial dos 70 funcionários que possuem curso superior, logo: 6.000x70 = 420.000
R$ 5.000,00 é a média salarial de toda a empresa (120 funcionários), logo: 5.000x120 = 600.000
Então: 600.000 - 420.000 = 180.000 (total do salário dos funcionários que não possuem curso superior)
Para achar a média do salário dos funcionários que não possuem curso superior: 180.000/50 = 3.600

18. Em 2015 as vendas de uma empresa foram 60% superiores as de 2014. Em 2016 as vendas foram 40% inferiores as de
2015. A expectativa para 2017 é de que as vendas sejam 10% inferiores as de 2014. Se for confirmada essa expectativa,
de 2016 para 2017 as vendas da empresa vão diminuir em 4%

ERRADO
Suponha que em: 2014, vc vendeu 100 reais
Então:
2014 = 100 reais
2015= 100+60% = 160 reais
2016 = 160 - 40% = 96 reais
2017 = 100 - 10% = 90 reais
===============================================================
Note que a questão quer saber o que ocorreu de 2016 para 2017.
Assim, o que ocorreu foi uma queda, em 2017, de 6 reais em relação a 2016.
===============================================================
Assim, o valor referencial, ou seja, aquele que vale 100%, será o valor de 2016. Então temos:

a) Se 96 reais = 100%, a perda de 6 reais, equivale a uma perda de quantos porcento?


96 - 100%
6 - x%

b) Resolvendo essa regra de três, temos: 96x =600 ===> x= 600/96 ====> x = 6,25%
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19. Um comerciante concedeu desconto de 20% sobre o preço total de um produto, porém sobre o novo preço concedeu
outro desconto de 10%. Nessas condições, a taxa percentual de desconto concedida pelo comerciante sobre o preço total
do produto foi de 30%

ERRADO
supor valor de 100
100......desc 20% (0,8) = 100 x 0,8 = 80
80......desc 10% (0,9) = 80 x 0,9 = 72
100% - 72% = 28%

20. Se 16 costureiras conseguem fazer 960 camisas em 12 dias de trabalho, então em 10 dias 12 costureiras poderão fazer
600 camisas do mesmo tipo que as primeiras.

CERTO
nº Costureiras nº de camisas nº de dias
16 960 12
12 600 x
Quanto maior o número de dias, maior o número de camisas e menor o número de costureiras
12/x = 12/16 . 960/600
12/x = 11520 / 9600
115200 dividido por 11520
x = 10

21. Em um copo são colocados, uma única vez, 100 palitos. Os palitos serão retirados sem reposição por diferentes pessoas
de acordo com a seguinte regra: a primeira pessoa retira um palito; a segunda pessoa retira mais palitos do que a
primeira; a terceira pessoa retira mais palitos do que a segunda, e cada pessoa seguinte retira mais palitos do que a
anterior até que o copo fique vazio.

De acordo com essa regra, o maior número de pessoas diferentes que podem retirar palitos do copo é 14.

ERRADO
Para que haja um número máximo de pessoas retirando os palitos, cada pessoa deverá retirar o mínimo que puder! Isso
aconteceria no seguinte caso:
1 + 2 + 3 + 4 + ....+ N = 100
ou seja, uma PA com primeiro termo = 1, razão = 1, e último termo = N. Jogando na fórmula da Soma de uma PA,
temos:
S = (a1 + an) . n/2 ----> 100 = (1+N) . N/2 ----> N² + N - 200 = 0
Resolvendo essa equação do 2º grau, encontramos N aproximadamente 13,5....ou seja, o nº máximo de pessoas será
13, pois:
1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 + 8 + 9 + 10 + 11 + 12 = 78, e a 13ª pessoa irá retirar 22 palitos, cumprindo a exigência de
retirar mais que o anterior.

22. Um avião voa seguindo uma trajetória descrita pela função y = 2x + 3. Considerando que existe um radar na origem
desse sistema, o ponto da trajetória em que o avião está mais próximo desse radar é igual a (– 3/2, 0).

ERRADO
Y = Mx + B, Onde:
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M = Coeficiente angular da reta e B = deslocamento da origem ( 0,0 )


Então em Y= 2X + 3, M=2 E B=3.
O ponto que o círculo de referência da distância do radar toca a reta de trajetória do avião é sua tangente e sua menor
distância até a origem é o seu raio.
Os coeficientes angulares de retas perpendiculares são inversos e negativados.
Assim as para se calcular a maior aproximação do avião com o radar será no cruzamento essas duas retas.
Y = 2X + 3 e Y = -X/2 ==>PORTANTO
-X/2 = 2X + 3 ==> -X - 4X = 6 ==> -5X = 6 ==> X=- 6/5.
Y = 2*(-6/5)+ 3 ==> Y= -12/5 +3 ==> Y= -12/5 +12/5 ==> Y=3/5
(– 6/5, 3/5)

23. Nas regiões A, B e C foram feitos exames laboratorais em 1000 (mil) pessoas e constatou-se que 500 (quinhentas) delas
tinham sido contaminadas pelos virus da Dengue, Zika ou Chikungunya de acordo com a tabela a seguir:

a probabilidade de um indivíduo ter sido contaminado pelo vírus da Zika, dado que ele mora na região B e foi
contaminado por um dos três vírus é de 50%

CERTO
P = 100/(60+100+40)
P=100/200
P=50%

24. Um professor de Matemática tem em sua sala de aula 7 alunos, sendo 5 homens e 2 mulheres. Destes 7 alunos, o
professor precisa indicar 3 deles para representar a turma em uma olimpíada na área de exatas, que serão escolhidos por
meio de sorteio. A probabilidade do professor obter uma equipe com 2 (dois) alunos e 1 (uma) aluna é de 4 / 7

CERTO
Eventos Favoráveis: C(5,2) x 2 = (5.4.3!/3!,2!) x 2 = 20
Eventos Possíveis: C(7,3) = 7,6,5,4!/3!.4! = 35
Probabilidade = 20/35 = 4/7

25. Um carrinho de controle remoto é inicialmente colocado no ponto O (0, 0) do plano cartesiano e será programado para
se deslocar desde O (0, 0) até o ponto B(5, 4) passando obrigatoriamente pelo ponto A (2, 2). Este trajeto OAB será
formado por uma sequência de 9 movimentos. Os únicos movimentos permitidos são para direita e para cima, e um de
cada vez. Dessa forma, se o carrinho está no ponto (i, j) e faz um movimento para direita, então irá para o ponto (i + 1,
j). Mas, se o carrinho está no ponto (i, j) e faz um movimento para cima, então irá para o ponto (i, j + 1). Sendo assim,
cada um destes movimentos tem tamanho igual a 1. Sabendo disso, de quantas formas diferentes o carrinho pode fazer o
trajeto OAB é igual a 126.

ERRADO
Para resolver essa questão, usaremos a permutação com repetição. Como só podemos nos mover para esquerda ou para
cima, quando repetirmos um desses movimentos, ele entrará como repetição na fórmula da permutação com repetição,
que é:

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Se não houvesse a necessidade de se passar pelo ponto (2,2), a resposta seria 126, pois qualquer que seja o caminho,
necessariamente teríamos que ir 4x para cima e 5x para a direita, e ficaria assim: 9!/5!4! = 126.
Porém, como temos que passar pelo ponto (2,2), vamos dividir em duas etapas o percurso. Para chegar ao ponto 2,2,
andaremos 4 caminhos, e necessariamente 2 vezes para cima e 2 vezes para a direita, e teremos então uma permutação
com 2 repetições= 4!/2!2!. Isso resulta em 6.
A partir do ponto 2,2, seguiremos para o destino, (5,4). Nesse caso, teremos mais 5 casas para percorrer, e
necessariamente andaremos 3x para a direita e 2x para cima, qualquer que seja a ordem. Teremos então uma permutação
com 2 repetições: 5!/3!2!, resultando no valor de 10.
Como temos que passar pelo primeiro caminho E pelo segundo, temos que multiplicar os dois resultados: 6x10 = 60.
Informática

Com relação à informática, julgue os itens que se seguem.

26. A ferramenta OneDrive do Windows 10 é destinada à navegação em páginas web por meio de
um browser interativo.

ERRADO
A ferramenta OneDrive do Windows 10 é destinada ao armazenamento de dados na nuvem da Microsoft, que está
associada a cada conta de usuário Microsoft, Live ou Hotmail.

27. A partir da funcionalidade Atingir Meta do menu Ferramentas do BrOffice Calc 3.3.4, o usuário pode resolver uma
equação com uma variável, o que permite aplicar o resultado e o valor de destino diretamente dentro de uma
célula.

CERTO
Com a função atingir meta, podemos calcular um valor que, por ser parte de uma fórmula, leva ao resultado
especificado para a fórmula.

28. Worms, assim como os vírus, são autorreplicáveis e necessitam ser executados pelos usuários para se propagarem e
infectarem os computadores de uma rede.

ERRADO
Vírus precisa ser executado para se anexar a um novo arquivo hospedeiro. Vírus tem um alvo específico para atacar.
Worm é um verme, que não precisa de um arquivo para se hospedar e se multiplica pelas conexões de rede.
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29. O Windows disponibiliza recursos que permitem selecionar simultaneamente vários arquivos d e mesma extensão e
executar operações comuns envolvendo esses arquivos, como, por exemplo, excluir e imprimir.

CERTO
No Windows Explorer, caso pressionarmos a tecla SHIFT, poderemos selecionar simultaneamente os arquivos
desejados. Logo em seguida, clicando c/ o botão direito do mouse encontramos várias opções, tais como excluir ou
imprimir.

Com relação a conceitos básicos de redes de computadores e ao programa de navegação Mozilla Firefox, julgue o
próximo item.

30. Os complementos são aplicativos que permitem ao usuário personalizar o Firefox com estilos ou recursos extras.
As extensões são um tipo de complemento encontradas na última versão desse navegador e possibilitam, entre
outros recursos, a integração do Firefox com alguns sítios da Internet.

CERTO
Os complementos adicionam novos recursos ao navegador, como o DownloaderHelp, usado para baixar vídeos de uma
página na Internet. As extensões são um tipo de complemento que possibilita a integração do Firefox com alguns sites
na Internet, como o GBPlugin do banco Santander, exigido nas transações do Internet Banking.

Ética

31. A ética tem caráter prático imediato, visto que é parte integrante da vida quotidiana das sociedades e dos indivíduos,
pois trata do estudo do fundamento das regras e normas que regem a existência.

ERRADO
Ética é o estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana, do ponto de vista do bem e do mal. Não trata do
fundamento de regras e normas "que regem a existência" e sim das normas e princípios que norteiam a boa conduta do
ser humano.

32. Nos termos do Decreto no 1.171/1994, a pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua
fundamentação constará do respectivo parecer, assinado apenas pelo Presidente da Comissão, com ciência do faltoso.

ERRADO
“XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do
respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso."

33. Conforme o item XV, do Artigo 3, do Decreto n. 1.171/1994, que institui o Código de Ética Profissional do Servidor
Público Civil do Poder Executivo Federal, é vedado ao servidor permitir que perseguições, simpatias, antipatias,
caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados
administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores.

CERTO
XV - E vedado ao servidor público permitir que perseguições...São vedações impostas ao servidor público.

34. Em relação à ética e à sua aplicação no serviço público, os valores morais são historicamente construídos pelas
sociedades, como forma de organizar a convivência e garantir, tanto quanto possível, o bem-estar do indivíduo consigo
mesmo e em suas relações com as outras pessoas.

CERTO
A Moral é construída, historicamente, através dos usos e costumes da sociedade, é a ação. A Ética é a filosofia da ação.
É o estudo da Moral. A Moral é objeto de estudo da Ética.

Eduardo, servidor público em estágio probatório, frequentemente se ausentava de seu local de trabalho sem justificativa
e, quando voltava, se apresentava nitidamente embriagado. Em razão desses fatos, a comissão de ética, tendo apreciado
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a conduta do servidor, decidiu aplicar a ele a penalidade de advertência. Eduardo foi, então, reprovado no estágio
probatório e, por isso, foi demitido, sem que a administração pública tenha observado o contraditório e a ampla defesa.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.

35. A penalidade de advertência aplicada pela comissão de ética encontra-se prevista no Código de Ética Profissional do
Servidor Público.

ERRADO
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do
respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.

Direito Constitucional

36. Ao determinar que os cargos, os empregos e as funções públicas sejam acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei, a CF estabelece norma de eficácia limitada.

ERRADO.
Art. 5°, CF
(...)
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei
estabelecer;
A pessoa exerce livremente qualquer trabalho, profissão ou ofício enquanto não houver lei regulamentando ou limitando
a atividade.
(EFICÁCIA CONTIDA, POIS PODE SER RESTRINGIDO POR LEI).

37. Diferentemente das normas que definem os direitos individuais, as regras constitucionais que definem os direitos sociais
são normas programáticas.

ERRADO.
De acordo com Gilmar Ferreira Mendes e Paulo Gustavo Gonet Branco, as normas programáticas são espécies de
normas de eficácia limitada, pois só produzem efeitos após um desenvolvimento normativo. “As normas programáticas
impõem um dever político ao órgão com competência para satisfazer o seu comando, condicionam a atividade
discricionária dos aplicadores do direito, servindo de norte teleológico para a atividade de interpretação e aplicação do
direito.” (MENDES e BRANCO, 2013, p. 70-71). São exemplos de normas constitucionais programáticas: arts. 21, IX;
23; 170; 205; 211; 215; 218; 226, §2°, da CF/88.
Por sua vez, o art. 6º, da CF/88, determina que são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a
moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição. “Os direitos sociais, direitos de segunda dimensão, apresentam-se como
prestações positivas a serem implementadas pelo Estado (Social de Direito) e tendem a concretizar a perspectiva de uma
isonomia substancial e social na busca de melhores e adequadas condições de vida, estando, ainda, consagrados como
fundamentos da República Federativa do Brasil (art. 1°, IV, da CF/88). Enquanto direitos fundamentais (alocados no
Título II da CF/88), os direitos sociais têm aplicação imediata (art. 5°, §1°) e podem ser implementados, no caso de
omissão legislativa, pelas técnicas de controle, quais sejam, o mandado de injunção ou a ADO (ação direta de
inconstitucionalidade por omissão)”. (LENZA, 2013, p. 1152). (Fonte: Professor QC).

38. O princípio da isonomia, em sua perspectiva material (igualdade na lei), refere-se à interpretação e aplicação igualitária
de um diploma normativo já confeccionado.

ERRADO.

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Igualdade Material: tipo de igualdade, em que todos os seres humanos recebem um tratamento igual ou desigual, de
acordo com a situação. Quando as situações são iguais, deve ser dado um tratamento igual, mas quando as situações são
diferentes é importante que haja um tratamento diferenciado.
Igualdade Formal: é aquela presente na Constituição Federal e que trata da igualdade perante a lei. De acordo com o
artigo 5º, isso quer dizer que homens, mulheres e todos os cidadãos brasileiros são iguais conforme a legislação.

39. A igualdade perante a lei, a periodicidade dos mandatos políticos e a responsabilidade dos mandatários são
características do princípio republicano.

CORRETO.
São características do princípio republicano:
 A igualdade perante a lei,
 A periodicidade dos mandatos políticos,
 A responsabilidade dos mandatários,
 Eletividade,
 Necessidade de prestação de contas pela administração pública.

40. A investidura política decorre unicamente da eleição direta, mediante sufrágio universal, na forma da lei.

ERRADO.
Há a exceção prevista na própria Constituição Federal, senão vejamos:

Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta
a última vaga.
§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita
trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
Isso é eleição indireta, ou seja, não há eleição direta do povo.

41. Se um indivíduo, depois de assaltar um estabelecimento comercial, for perseguido por policiais militares e, na tentativa
de fuga, entrar em casa de família para se esconder, os policiais estão autorizados a entrar na residência e efetuar a
prisão, independentemente do consentimento dos moradores.

CORRETO.
Nesse caso, há o flagrante delito, que justifica a entrada na casa a qualquer hora, ainda que sem o consentimento do
morador.

42. O servidor público federal investido em mandato eletivo municipal somente será afastado do cargo se não houver
compatibilidade de horário, sendo-lhe facultado, em caso de afastamento, optar pela sua remuneração.

ERRADO.
A banca generalizou, esse é o caso de vereadores apenas.

Antônio, brasileiro naturalizado, médico de formação e ex-senador da República, foi escolhido pelo presidente da
República para o cargo de ministro das Relações Exteriores. Após tomar posse, auxiliou o presidente na assinatura de
um tratado internacional. Alguns anos depois, foi requerida a sua extradição por ter, antes da sua naturalização,
praticado crime contra o sistema financeiro de seu país de origem.

Com base na situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir.

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43. Desde que atendidos os demais requisitos legais, Antônio poderá ser extraditado, pois o crime comum que ele praticou
ocorreu antes da sua naturalização.

CORRETO.
Nos termos do inc. LI do art. 5º da CF, de 1988, nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de
crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins, na forma da lei.
Antônio é naturalizado. O crime é comum e praticado antes da naturalização. Logo não há, de fato, impedimento de
extradição.

44. As terras indígenas tratadas pela CF se submetem ao princípio fundamental da soberania da República Federativa do
Brasil, fazendo parte do território brasileiro.

CORRETO.
CF - Art. 20. São bens da União:
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
Há de se compreender que a União não se confunde com a República Federativa do Brasil (Estado Federal), uma vez
que a integra.

45. De acordo com a lei, a prática da tortura é considerada crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia, por ele
respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-lo, se omitirem.

CORRETO.
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes,
os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

Direito Administrativo

46. O processo administrativo pode ser instaurado de ofício, por iniciativa da administração, ou a pedido do interessado.
Caso instaurado a pedido deste, será vedado à administração impulsionar e instruir o processo, em atenção ao princípio
da oficialidade.

ERRADO.
No art. 2º parágrafo único inciso XII da lei 9784 está assim:
Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de:
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados;
Por isso o erro da questão, não é vedado à administração impulsionar.

47. No caso de parceria a ser firmada entre a administração pública e organização da sociedade civil, se não houver
transferências voluntárias de recursos, deverá ser utilizado o instrumento jurídico estabelecido em lei denominado
acordo de cooperação.

CORRETO.
Acordo de cooperação é adequado para formalizar parcerias celebradas entre a Administração Pública e organizações da
sociedade civil, também objetivando ações de interesse comum, mas sem envolver transferência de recursos financeiros.

48. A empresa pública e a sociedade de economia mista podem ser estruturadas mediante a adoção de qualquer uma das
formas societárias admitidas em direito.

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ERRADO.
As sociedades de economia mista são sempre sociedades anônimas.

49. As empresas públicas que explorem atividade econômica poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às
empresas do setor privado.

ERRADO.
Segundo o §2º, art. 173, da CF, as empresas públicas e as sociedades de economia mista poderão gozar de privilégios
fiscais não extensivos às do setor privado. Deve-se frisar que essa determinação se insere no rol das EPs e SEMs que
exploram atividade econômica.

50. Um candidato a deputado estadual ajuizou ação pleiteando a anulação de decisão administrativa que desaprovou suas
contas como prefeito. O órgão indicado como réu na ação considerou irregular a delegação de permissão de serviço
público com base em tomada de preços. O candidato autor da ação apontou suposto excesso de poder e nulidades na
decisão. Com referência a essa situação hipotética, julgue o seguinte item. Nessa situação, houve erro na indicação do
réu da ação.

CORRETO.
A situação apresentada na questão dispõe que o deputado indicou um órgão como réu na ação, é o ponto que se deve
analisar. Alguns candidatos questionaram o fato de não se ter descrito qual era esse órgão. Contudo, tal informação era
totalmente dispensável, bastava saber que o réu era um órgão (qualquer). Nessa linha, vimos que o órgão não possui
personalidade jurídica e que, portanto, não pode figurar no polo passivo de uma ação. Alguns órgãos possuem
capacidade judiciária específica, utilizada para a defesa de suas prerrogativas, mas não para figurar como réu em uma
ação. Nesse caso, o réu da ação deveria ser a pessoa jurídica ao qual o órgão faz parte. Por exemplo, se o órgão for
federal, será a União (pessoa jurídica) que figurará como ré na ação. Logo, houve erro na indicação do réu da ação, pois
não poderia ser um órgão.

51. As autarquias territoriais não detêm autonomia política.

CORRETO.
As autarquias territoriais, denominadas pela Constituição Federal de territórios federais, são criadas por meio do
processo de descentralização territorial ou geográfica. Elas caracterizam-se por possuir uma competência administrativa
genérica, uma vez que prestam diversos tipos de serviços públicos dentro de sua extensão territorial. Contudo, elas não
possuem autonomia política, uma vez que não possuem capacidade de legislar.

52. Ana, que está em licença por afastamento de seu marido, e Júlio, que está de férias, são servidores do TRE/GO e foram
nomeados para ocupar cargos na administração pública federal. Nessa situação, as posses dos dois servidores em seus
novos cargos devem ocorrer no prazo de trinta dias contados da publicação dos respectivos atos de provimento nos
cargos.

ERRADO.
A regra geral é que o prazo para posse é de 30 dias, a contar da publicação do ato de provimento; ao passo que o
exercício deve iniciar em até 15 dias após a posse.
Entretanto, quando o nomeado já é servidor, o prazo para posse fica suspenso enquanto ele estiver gozando de
determinadas licenças ou afastamentos. Vejamos quais são as licenças e afastamentos que suspendem a contagem
do prazo para posse (art. 13, §2º):
licença por motivo de doença em pessoa da família;
licença para o serviço militar;
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licença para capacitação;


férias;
participação em programa de treinamento regularmente instituído ou em programa de pós-graduação stricto sensu no
País, conforme dispuser o regulamento;
júri e outros serviços obrigatórios por lei;
licença: (i) à gestante, à adotante e à paternidade; (ii) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro
meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo;
(iii) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional; (iv) para capacitação, conforme dispuser o regulamento;
(v) por convocação para o serviço militar;
deslocamento para a nova sede, conforme art. 18 da Lei 8.112/1990;
participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar representação desportiva nacional, no
País ou no exterior, conforme disposto em lei específica.
O caso de Ana não interfere no prazo, pois a licença por motivo de afastamento de cônjuge (art. 84) não suspende o
prazo para posse. Porém, o caso de Júlio é diferente. Como está de férias no outro cargo, a contagem do prazo para a
posse fica suspensa até o término das férias. Assim, ele terá mais do que 30 dias para tomar posse.

53. Alice, aprovada em concurso público para o cargo de técnico administrativo de um TRE, precisa acompanhar cirurgia
de ente familiar que ocorrerá no mesmo dia em que foi marcada sua posse. Nessa situação, Alice poderá nomear, por
procuração específica, alguém que a represente no ato da posse.

CORRETO.
A posse ocorre pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as
responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado. Dessa forma, a posse é a forma como o servidor assume o
compromisso de desempenhos as suas atribuições, ou seja, ainda não é o efetivo exercício do cargo. Por isso é que a Lei
8.112/1990 permite que a posse ocorra mediante apresentação de procuração específica (art. 13, § 3º). Portanto, o item
está correto, uma vez que Alice poderá nomear alguém para representá-la na posse, mediante a constituição de
procuração específica.

54. O servidor em exercício nomeado para cargo de provimento efetivo está sujeito a estágio probatório pelo período de três
anos, durante o qual serão avaliadas sua aptidão e sua capacidade para o desempenho do cargo, observando, entre outros
fatores, a assiduidade e a responsabilidade a fim de adquirir estabilidade.

CORRETO.
O art. 20 da Lei 8.112/1990 fixa o prazo do estágio probatório em 24 meses. Todavia, o Supremo Tribunal Federal
firmou o entendimento de que a Emenda Constitucional 19/1998, ao alterar o prazo para aquisição da estabilidade para
três anos, também fez a alteração do período do estágio probatório. Assim, os estatutos de servidores não podem fixar
um prazo diferente disso para o estágio. Vejamos um precedente do STF:
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Administrativo. Servidor Público. Estabilidade e
estágio probatório. Prazo comum de três anos. Inteligência do art. 41 da Constituição Federal, com a redação conferida
pela EC 19/98. Precedentes. 1. O Plenário da Corte, no julgamento da STA nº 269/DF-AgR, Relator o Ministro Gilmar
Mendes, firmou orientação no sentido de que, embora distintos, são vinculados os institutos da estabilidade e do estágio
probatório, devendo-se aplicar a ambos o prazo comum de três anos fixado no
caput do art. 41 da Constituição Federal, alterado pela Emenda Constitucional nº 19/98. 2. Agravo regimental não
provido. (ARE 800.614 AgR / SP, Min. Dia Toffoli, 26/6/2014)
Dessa forma, podemos afirmar que o estágio probatório também possui o prazo de três anos, na forma do art. 41,
caput,21 da Constituição da República.
Além disso, de acordo com a Lei 8.112/1990, o servidor em estágio probatório será avaliado quanto à sua aptidão e
capacidade para o desempenho do cargo, observados os seguintes fatores: (i) assiduidade; (ii) disciplina; (iii) capacidade
de iniciativa; (iv) produtividade; (v) responsabilidade.
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55. Um processo administrativo disciplinar instaurado para apurar possíveis irregularidades cometidas por um servidor
público federal revelou o desvio de verbas públicas. Nessa situação, o eventual ajuizamento da ação penal não
extinguirá o procedimento administrativo contra o servidor.

CORRETO.
Lei 8112 .
Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições
Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.

Direito Penal

Considere a seguinte situação hipotética.


Bruno, penalmente responsável, induziu uma menina de treze anos de idade à prática de prostituição, obtendo, com isso,
vantagem econômica em face de clientes eventualmente angariados para a menor.

56. Nessa situação hipotética, a conduta de Bruno caracteriza o crime de favorecimento da prostituição e exploração sexual
de vulnerável.

ERRADO.
Como a vítima possuía menos de 14 anos, entende-se que, neste caso, Bruno praticou o delito de estupro de vulnerável,
em concurso de agentes com os clientes que aceitaram praticar os atos sexuais. Vejamos:
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº
12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009).

57. Plínio praticou um crime de latrocínio (previsto no art. 157, § 3.º, parte final, do CP) no qual houve uma única subtração
patrimonial, com desígnios autônomos e com dois resultados mortes (vítimas). Nessa situação, segundo o STJ, Plínio
praticou o crime de latrocínio em concurso formal impróprio, disposto no art. 70, caput, parte final, do CP, no qual se
aplica a regra do concurso material, de forma que as penas devem ser aplicadas cumulativamente.

CORRETO.
HABEAS CORPUS IMPETRADO EM SUBSTITUIÇÃO A RECURSO PRÓPRIO. PACIENTE CONDENADO
PELA PRÁTICA DO CRIME DE LATROCÍNIO, COM RESULTADO MORTE.
ART. 157, § 3º, PARTE FINAL, DO CÓDIGO PENAL. ÚNICA SUBTRAÇÃO PATRIMONIAL. DUAS VÍTIMAS.
DESÍGNIOS AUTÔNOMOS. CONCURSO FORMAL IMPRÓPRIO. ART. 70, 2ª PARTE, DO CÓDIGO PENAL.
PENAS QUE DEVEM SER CUMULADAS. PRECEDENTES DESTA CORTE. TRIBUNAL A QUO QUE APLICOU
A REGRA DO CONCURSO MATERIAL. DOSIMETRIA QUE NÃO SE ALTERA.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO.
A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que, configurado o latrocínio, previsto no art. 157, § 3º, parte final,
do Código Penal, no qual há uma única subtração patrimonial, com desígnios autônomos e com dois resultados morte,
fica caracterizado o concurso formal impróprio, disposto no art. 70, caput, parte final, do Código Penal.
Aplica-se ao concurso formal impróprio a regra do concurso material, de forma que as penas devem ser aplicadas
cumulativamente, como procedeu a Corte de origem, sem alteração na dosimetria da pena. (STJ, HC 291.724/RJ, Rel.
Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 20/08/2015, DJe 28/08/2015).

Em 15/10/2005, nas dependências do banco Y, Carlos, com o objetivo de prejudicar direitos da instituição financeira,
preencheu e assinou declaração falsa na qual se autodenominava Maurício. No mesmo dia, foi até outra agência do
mesmo banco e, agindo da mesma forma, declarou falsamente chamar-se Alexandre. Em 1/5/2010, Carlos foi

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denunciado, tendo a denúncia sido recebida em 24/5/2010. Após o devido processo legal, em sentença proferida em
23/8/2012, o acusado foi condenado a um ano e dois meses de reclusão, em regime inicialmente aberto, e ao pagamento
de doze dias-multa, no valor unitário mínimo legal. A pena privativa de liberdade foi substituída por uma pena restritiva
de direitos e multa. O MP não apelou da sentença condenatória.

Com relação à situação hipotética acima, julgue os itens seguintes.

58. As ações de Carlos configuram crime continuado, visto que as condições de tempo, lugar e modo de execução foram as
mesmas em ambos os casos, tendo a ação subsequente dado continuidade à primeira.

CORRETO.
Requisitos do crime continuado.
1) Pluralidade de condutas
2) Crimes da mesma espécie
3) Elo de continuidade
- TEMPO - Segundo a Jurisprudência só existe o crime continuado quando os crimes se distaciam uns dos outros por no
máximo 30 dias.
- ESPAÇO - Somente se reconhece a continuidade se os crimes forem cometidos na mesma comarca ou em comarcas
vizinhas
- MODO - Praticado com o mesmo modus operandi e os mesmos parceiros
- ELEMENTO OBJETIVO - Nos crimes que sejam utilizados os mesmos instrumentos.

Francisco, imputável, acercou-se de uma mulher e a constrangeu, mediante violência, à prática de conjunção carnal,
deflorando-a. Em razão do emprego da violência, a mulher experimentou, ainda, lesões leves, devidamente constatadas
em laudo pericial.

59. Nessa situação, Francisco irá responder pelo crime de estupro em concurso formal com o delito de lesões corporais.

ERRADO.
ESPUPRO + LESÃO LEVE = apenas estupro (crime-fim / lesão absorvida).
ESTUPRO + LESÃO GRAVE/GRAVÍSSIMA = Estupro qualificado (e não concurso formal)
ESTUPRO + MORTE = Estupro qualificado (e não concurso formal)

60. O roubo perpetrado com violação de patrimônios de diferentes vítimas da mesma família, em um único evento
delituoso, configura concurso formal de crimes.

CORRETO.
É o entendimento do STJ:
HABEAS CORPUS. ROUBO E TENTATIVA DE ROUBO PRATICADO CONTRA DIFERENTES VÍTIMAS.
DIVERSIDADE DE PATRIMÔNIOS LESADOS. PLURALIDADE TAMBÉM DA VIOLÊNCIA OU GRAVE
AMEAÇA. CONFIGURAÇÃO DE CONCURSO FORMAL E NÃO DE CRIME ÚNICO. PRECEDENTES. 1. É
uníssono o entendimento deste Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que o roubo perpetrado com violação de
patrimônios de diferentes vítimas, ainda que num único evento, configura a literalidade do concurso formal de crimes, e
não apenas de crime único. 2. Especialmente no crime de roubo, que se caracteriza pelo emprego de violência ou grave
ameaça na investida do agente contra o patrimônio alheio, tal entendimento se justifica e se evidencia, porque
diversificada também é a constrição das vítimas, e não somente seu patrimônio. 3. "O fato de as vítimas pertencerem a
uma mesma família não faz comuns os bens lesados." (AgRg no REsp 984.371/RS, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia
Filho, DJe. 19.12.09) 4. Ordem de habeas corpus denegada. (HC 208.191/RJ, Rel. Ministro VASCO DELLA

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GIUSTINA (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RS), SEXTA TURMA, julgado em 27/09/2011, DJe


10/10/2011)
"(...) IV. Ocorre concurso formal quando o agente, mediante uma só ação, pratica crimes de roubo contra vítimas
diferentes, ainda que da mesma família, eis que caracterizada a violação a patrimônios distintos. Precedentes. (...) (HC
207.543/SP, Rel. Ministro GILSON DIPP, QUINTA TURMA, julgado em 17/04/2012, DJe 23/04/2012).

61. A advocacia administrativa, crime praticado por funcionário público contra a administração pública, abrange interesses
privados legítimos ou ilegítimos.

CORRETO.
Neste caso, para a configuração do delito, não importa se o interesse é legítimo ou não. Contudo, em sendo
ILEGÍTIMO, a pena será mais grave (forma qualificada).

62. Aplica-se ao peculato culposo a figura do arrependimento posterior previsto na parte geral do CP, que implica redução
da pena de um a dois terços se reparado o dano até o recebimento da denúncia ou da queixa, desde que por ato
voluntário do agente.

ERRADO.
Peculato Culposo
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se
lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
OBS: A aplicação do arrependimento posterior (art. 16 CP), no peculato, é possível nas demais modalidades que não o
peculato culposo.
63. O crime de calúnia consiste em acusar falsamente alguém de fato definido como crime ou contravenção.

ERRADO.
CALÚNIA
CP - Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
OBS: Se o agente acusa a vítima de ter praticado contravenção penal, comete DIFAMAÇÂO (acusação de fato ofensiva
à reputação da vítima).
DIFAMAÇÂO
CP - Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa.

64. De acordo com o Código Penal, no crime de homicídio qualificado pelo feminicídio, a pena é aumentada de um terço
até a metade se o crime for praticado na presença de descendente ou de ascendente da vítima.

CORRETO.
Art. 121, § 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: III - na
presença de descendente ou de ascendente da vítima.

65. O empresário que inserir na carteira de trabalho e previdência social de seu empregado declaração diversa da que
deveria ter escrito cometerá o crime de falsidade ideológica.

ERRADO.
O tipo penal na questão em tela adequa-se ao previsto no art. 297 do CP:
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Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador
ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.
§ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência
social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a
previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a
previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados
pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços.(Incluído pela Lei nº 9.983, de
2000).

66. Praticará o crime de prevaricação a autoridade administrativa que, ao tomar conhecimento de irregularidades no serviço
público, não proceder à sua apuração ou deixar de comunicá-la à autoridade que tiver competência para promover os
atos apuratórios.

ERRADO.
A banca trocou os conceitos.
Prevaricação
Art 319- Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei,
para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Condescendência Criminosa
Art 320- Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do
cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:
Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa.

67. Estagiário de órgão público que, valendo-se das prerrogativas de sua função, apropriar-se de valores subtraídos do
programa Bolsa Família responderá pelo crime de peculato.

CORRETO
Peculato
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de
que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai,
ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a
qualidade de funcionário.

Peculato culposo
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se
lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

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Funcionário público
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem
remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem
trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da
Administração Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de
cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de
economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público. (Incluído pela Lei nº 6.799, de 1980)

Em caso semelhante, assim já decidiu o STJ:


RECURSO ESPECIAL. PENAL. ARTS. 71 E 155, § 4º, CP. FURTO QUALIFICADO. CONTINUIDADE
DELITIVA. BOLSA FAMÍLIA. SAQUES FRAUDULENTOS. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA.
INAPLICABILIDADE.
CONDUTA TÍPICA PERPETRADA CONTRA PROGRAMA ESTATAL QUE BUSCA RESGATAR DA
MISERABILIDADE PARCELA SIGNIFICATIVA DA POPULAÇÃO. MAIOR REPROVAÇÃO. CONTINUIDADE
DELITIVA. NÚMERO DE INFRAÇÕES IMPLICA MAIOR EXASPERAÇÃO DE PENA. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 211/STJ.
1. Estagiário de órgão público que, valendo-se das prerrogativas de sua função, apropria-se de valores subtraídos do
programa bolsa-família subsume-se perfeitamente ao tipo penal descrito no art. 312, § 1º, do Código Penal - peculato-
furto -, porquanto estagiário de empresa pública ou de entidades congêneres se equipara, para fins penais, a servidor ou
funcionário público, lato sensu, em decorrência do disposto no art. 327, § 1º, do Código Penal.
2. No caso, a ora recorrente foi denunciada e condenada por furto qualificado, descrito no art. 155, § 4º, II, e 71 do
Código Penal, portanto, a meu ver, as instâncias de origem contraditaram a melhor hermenêutica jurídica.
3. Indevida a incidência do princípio da insignificância em decorrência de duplo fundamento: primeiro, o quantum
subtraído, qual seja, R$ 2.130,00 (dois mil, cento e trinta reais), não pode ser considerado irrisório; e, segundo, além de
atentar contra a Administração Pública, o delito foi praticado em desfavor de programa de transferência de renda direta -
Programa Bolsa Família - que busca resgatar da miserabilidade parcela significativa da população do País, a tornar mais
desabonadora a conduta típica.
4. Na continuidade delitiva, leva-se em consideração o número de infrações praticadas pelo agente ativo para a
exasperação da pena (art. 71 do CP).
5. Ausência de prequestionamento. Súmula 211/STJ.
6. Recurso especial improvido.
(REsp 1303748/AC, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 25/06/2012, DJe
06/08/2012).

Direito Processual Penal

A Polícia Civil, em uma operação de combate ao tráfico de drogas, prendeu Adelmo em flagrante. Durante a operação,
na residência do indiciado, apreendeu-se, além de grande quantidade de cocaína, um smartphone que continha toda a
movimentação negocial de Adelmo e seus clientes, o que confirmava o tráfico e toda a estrutura da organização
criminosa.

Acerca dessa situação hipotética, julgue os itens a seguir.

68. Se não tiver havido mandado judicial para adentrar a residência de Adelmo, isso tornará ilegal tanto a prisão dele quanto
todas as apreensões realizadas.

ERRADO.

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A prisão foi feita em FLAGRANTE, o que não necessita de mandado judicial para que ocorresse a prisão, tendo em
vista o fato de Trafico de Drogas na modalidade “ter em depósito” ser crime permanente.

69. Se a prisão em flagrante tiver sido precedida de mandado de busca e apreensão do smartphone de Adelmo, então, ainda
que não haja, no referido mandado, a previsão de quebra do sigilo de dados, não haverá qualquer ilegalidade no acesso
às informações contidas no referido aparelho.

CERTO.
A obtenção do conteúdo de conversas e mensagens armazenadas em aparelho de telefone celular ou smartphones não se
subordina aos ditames da Lei nº 9.296/96. O acesso ao conteúdo armazenado em telefone celular ou smartphone,
quando determinada judicialmente a busca e apreensão destes aparelhos, não ofende o art. 5º, XII, da CF/88,
considerando que o sigilo a que se refere esse dispositivo constitucional é em relação à interceptação telefônica ou
telemática propriamente dita, ou seja, é da comunicação de dados, e não dos dados em si mesmos. Assim, se o juiz
determinou a busca e apreensão de telefone celular ou smartphone do investigado, é lícito que as autoridades
tenham acesso aos dados armazenados no aparelho apreendido, especialmente quando a referida decisão tenha
expressamente autorizado o acesso a esse conteúdo. STJ. 5ª Turma. RHC 75.800-PR, Rel. Min. Felix Fischer,
julgado em 15/9/2016 (Info 590).

70. Para o acesso aos dados contidos no smartphone, exige-se mandado judicial autorizativo, nos moldes da Lei n.º
9.296/1996 (interceptação telefônica), já que há expressa proteção constitucional quanto a essa matéria.

ERRADO.
Vide comentário anterior.

71. Tendo a apreensão do smartphone ocorrido mediante flagrante delito, a Polícia Civil pode acessar os dados nele
inseridos sem a necessidade de autorização judicial.

ERRADO.
Vide comentário da questão 69. Necessita de Mandado.

O arquivamento do inquérito policial é uma das formas de ele ser encerrado. Acerca desse assunto, julgue os itens a
seguir de acordo com o entendimento dos tribunais superiores.

72. O arquivamento por atipicidade faz coisa julgada formal, motivo pelo qual permite a reabertura da investigação caso
surjam novas evidências da tipicidade delitiva.

ERRADO.
A atipicidade faz coisa julgada material.

73. A jurisprudência dos tribunais superiores admite o arquivamento implícito, quando o promotor de justiça deixa de
denunciar réu indiciado em inquérito policial.

ERRADO.
Nosso ordenamento jurídico não permite o arquivamento implícito que se conceitua por ser uma modalidade de
arquivamento na qual o Ministério Público deixa de incluir na denúncia algum réu ou algum fato investigado, sem se
manifestar expressamente quanto ao arquivamento.

74. É inepta a denúncia oferecida por promotor de justiça que impute a prática de crime culposo ao indiciado cometido na
direção de veículo automotor sem descrever, de forma clara e precisa, a conduta; assim, não será válida a mera citação
de que o autor do fato estava na direção do veículo no momento do acidente.
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CERTO.
"É inepta a denúncia que imputa a prática de homicídio culposo na direção de veículo automotor (art. 302 da Lei
n. 9.503/1997) sem descrever, de forma clara e precisa, a conduta negligente, imperita ou imprudente que teria
gerado o resultado morte, sendo insuficiente a simples menção de que o suposto autor estava na direção do
veículo no momento do acidente.” STJ. 6ª Turma. HC 305.194-PB, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em
11/11/2014 (Info 553)."

75. A vítima ou seus representantes legais têm direito líquido e certo para impetrar mandado de segurança contra
arquivamento oferecido por membro do MP.

ERRADO.
Informativo 565 do STJ: A vítima de crime de ação penal pública não tem direito líquido e certo de impedir o
arquivamento do inquérito ou das peças de informação.

À luz do entendimento dos tribunais superiores, julgue o item a seguir.

76. O descumprimento de medida protetiva de urgência não configura o crime de desobediência.

CERTO.
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
ESPECIAL. MEDIDA PROTETIVA. DESOBEDIÊNCIA. ATIPICIDADE. APLICAÇÃO DA SÚMULA 83 DO STJ.
FUNDAMENTO INATACADO. SÚMULA 182 DO STJ. 1. Conforme reiterada jurisprudência desta Corte de Justiça,
o agravante deve infirmar, nas razões do regimental, todos os fundamentos da decisão impugnada, sob pena de não ser
conhecido o seu recurso. Inteligência da Súmula 182. 2. Ainda que superado o óbice, a pretensão ministerial esbarra
no entendimento pacificado deste Tribunal Superior de que o descumprimento de medidas protetivas previstas
na Lei Maria da Penha não configura o crime de desobediência. 3. Agravo regimental não conhecido." Encontrado
em: - QUINTA TURMA DJe 26/05/2015 - 26/5/2015 AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL
AgRg no REsp 1454609 RS 2014/0117057-0 (STJ) Ministro GURGEL DE FARIA

A competência pode ser entendida como delimitação da jurisdição. A respeito dessa matéria, julgue o item seguir.

77. Compete à justiça estadual militar processar e julgar o policial militar pela prática do crime militar e, à comum, pela
prática do crime comum simultâneo àquele.

CERTO.
CPP: "Art. 79. A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo: I - no concurso entre a
jurisdição comum e a militar".
Súmula 90 do STJ: "Compete à Justiça Estadual Militar processar e julgar o policial militar pela prática do crime
militar, e à Comum pela prática do crime comum simultâneo àquele".

Legislação Especial

No que se refere à apresentação e ao uso de documentos de identificação pessoal, julgue o item seguinte.

78. Não é permitido a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, reter qualquer documento de
identificação pessoal.

ERRADO

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A resposta da questão depende do conhecimento dos termos da legislação que rege a matéria. Com efeito, a Lei nº
5.553/1968 “Dispõe sobre a apresentação e uso de documentos de identificação pessoal.” Analisando seus termos, tem-
se no art. 1º da lei que, de regra, é vedada a retenção de documentos de identificação pessoal, tanto por pessoas físicas
ou jurídicas, de direito público ou privado. Nada obstante, a mencionada lei permite no seu art. 2º a retenção de
documentos pessoais “Quando, para a realização de determinado ato, for exigida a apresentação de documento de
identificação, a pessoa que fizer a exigência fará extrair, no prazo de até 5 (cinco) dias, os dados que interessarem
devolvendo em seguida o documento ao seu exibido”. Embora a redação da lei seja um tanto truncada, conclui-se que a
retenção desse tipo de documento é permitida desde que atendidas as condições legais.

No que se refere a crime de abuso de autoridade e ao seu processamento, julgue o próximo item.

79. O crime de abuso de autoridade, em todas as suas modalidades, é infração de menor potencial ofensivo, sujeitando-
se seu autor às medidas despenalizadoras previstas na lei que dispõe sobre os juizados especiais cíveis e criminais,
desde que preenchidos os demais requisitos legais.

CERTO
O crime de abuso de autoridade ( em todas as suas modalidades) e de menor potencial ofensivo , logo será
da Competência dos Juizados Especiais Criminais( estadual ou federal) . Nesse caso cabe a aplicação dos Institutos da
Transação Penal, da Suspensão Condicional do Processo, do Rito Comum Sumaríssimo e composição dos Danos civis.

80. Se alguém deixar de prestar assistência a idoso, quando for possível fazê -lo sem risco pessoal, em situação de
iminente perigo, cometerá, em tese, crime de menor potencial ofensivo.

CERTO
LEI No 10.741, DE 1º DE OUTUBRO DE 2003.
Art. 97. Deixar de prestar assistência ao idoso, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, em situação de iminente
perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua assistência à saúde, sem justa causa, ou não pedir, nesses casos, o socorro
de autoridade pública:
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa
LEI Nº 9.099, DE 26 DE SETEMBRO DE 1995.
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais
e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.

81. O Ministério Público intervirá, quando não for parte, nas causas cíveis e criminais decorrentes da violência
doméstica e familiar contra a mulher. Nos processos cíveis regidos pela Lei n. 11.340/06 (Violência Doméstica e
Familiar), é absoluta a competência do domicílio ou residência da ofendida.

ERRADO
LEI 11.340
Art. 15. É competente, por opção da ofendida, para os processos cíveis regidos por esta Lei, o Juizado:
I - do seu domicílio ou de sua residência;
II - do lugar do fato em que se baseou a demanda;
III - do domicílio do agressor.

82. De acordo com a Lei n° 9.099/95, Juizados Especiais Cíveis e Criminais, consideram-se infrações penais de menor
potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não
superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.
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CERTO
Letra de Lei Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as
contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com
multa.

83. Segundo atual entendimento do STF e do STJ, configura crime o porte de arma de fogo desmuniciada, que se
caracteriza como delito de perigo abstrato cujo objeto jurídico tutelado não é a incolumidade física, mas a
segurança pública e a paz social.

CERTO
O porte de arma de fogo (art. 14, Lei 10.826/03) configura crime, mesmo que esteja desmuniciada. Trata-se, atualmente
de posição pacifica do STF como no STJ.
Para a jurisprudência, o simples porte de arma, munição ou acessório de uso permitido - sem autorização e em
desacordo com determinação legal ou regulamentar - configura o crime previsto no art. 14 da Lei 10.826/03, por ser
delito de crime abstrato, de forma a ser irrelevante o fato de a arma apreendida estar desacompanhada de munição,
porquanto o bem jurídico tutelado é a segurança pública e a paz social.

84. O crime de tortura admite qualquer pessoa como sujeito ativo ou passivo; assim, pelo fato de não exigirem qualidade
especial do agente, os crimes de tortura são classificados como crimes comuns.

ERRADO
O crime de tortura pode ser crime próprio ou crime comum. No caso do inciso I é comum (I- constranger alguém com
emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental) e no inciso II, chamado crime-
castigo, é próprio (II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo)
porque é necessário ser detentor de guarda ou poder.

85. Com base na Lei Antidrogas (Lei n.º 11.343/2006) e no entendimento sumulado pelo STJ, caso um juiz considere
condenar um réu que colaborou, como informante, com uma organização voltada para o tráfico, como consequência
lógica, ele deverá condenar esse réu também pela prática de associação para o tráfico.

ERRADO
Segundo decidiu o STJ, nesse caso, ele deverá responder apenas pelo crime do art. 35 (sem concurso material com o art.
37). Considerar que o informante possa ser punido duplamente (pela associação e pela colaboração com a própria
associação da qual faça parte), contraria o princípio da subsidiariedade e revela indevido bis in idem, punindo-se, de
forma extremamente severa, aquele que exerce função que não pode ser entendida como a mais relevante na divisão de
tarefas do mundo do tráfico.
STJ. 5ª Turma. HC 224.849-RJ, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 11/6/2013 (Info 527).

86. Antônio e mais três pessoas, todas desempregadas, reuniram-se no intuito de planejar e executar crimes de roubos
armados a carros-fortes. Nessa situação hipotética, a conduta de Antônio configura crime de associação criminosa,
ainda que os agentes sejam quatro e a pena máxima prevista para a prática do crime de roubo seja superior a quatro
anos.

CERTO
Associação Criminosa
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.
Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de criança ou
adolescente.
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ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA X ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA


Art. 288 Código Penal Art. 2º Lei nº. 12.850/2013
Associarem-se 3 ou mais pessoas Associação de 4 ou mais pessoas
Dispensa estrutura ordenada Estrutura ordenada (ainda que informal)
Dispensa divisão de tarefas Divisão tarefas (ainda que informal)
Busca vantagem para o grupo Busca vantagem de qualquer natureza
Fim específico de cometer crimes Prática de infrações penais (e contravenções)
Crimes dolosos (qualquer tipo/pena) Pena máxima maior que 4 anos OU
Crimes de caráter transnacional

87. São considerados crimes hediondos, entre outros, o homicídio simples e o qualificado, o latrocínio, a falsificação, a
corrupção, a adulteração ou a alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais e a extorsão mediante
sequestro.

ERRADO
Lei n. 8.072/90. Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de
7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados:
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só
agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, I, II, III, IV e V);
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine);
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o);
IV - extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o);
V - estupro (art. 213, caput §§ 1o e 2o);
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput §§ 1o, 2o, 3o e 4o);
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o).
VII-A – (VETADO)
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art.
273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998).
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável
(art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). (Incluído pela Lei nº 12.978, de 2014).

Direitos Humanos

88. Nos termos expressos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no
mundo encontra amparo no (a) Dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e
inalienáveis.

CERTO.
Texto compõe a introdução da DUDH: “CONSIDERANDO que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os
membros da família humana e seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no
mundo.”.

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89. A Declaração Universal dos Direitos Humanos estabelece que todos os seres humanos nascem livres e iguais em
dignidade e direitos. A interpretação dessa norma, em face da Constituição brasileira, permite afirmar que o direito à
saúde é direito de todos e representa consequência constitucional indissociável do direito à vida.

CERTO.
Artigo 196, da CF. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que
visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação.

90. A Declaração Universal dos Direitos Humanos estabelece que todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o
direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento
público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa. A interpretação dessa norma,
em face da Constituição brasileira, permite afirmar que ninguém pode ser investigado, denunciado ou condenado com
base, unicamente, em provas ilícitas.

CERTO.
Artigo 5º, LVI, são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos.

91. Conforme expressa previsão na Declaração Universal dos Direitos Humanos, ninguém será submetido à tortura.

CERTO.
DUDH, Artigo 5
Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.

92. Quanto à Declaração Universal dos Direitos Humanos, todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento,
consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa
religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, em público ou em particular.

CERTO.
DUDH, Artigo 18
Todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de
religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela
observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.

93. Quanto à Declaração Universal dos Direitos Humanos, todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão;
este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias
por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.

CERTO.
DUDH, Artigo 19
Todo o homem tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferências, ter
opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios, independentemente de fronteiras.

94. Quanto à Declaração Universal dos Direitos Humanos, todo ser humano tem o direito de fazer parte no governo de seu
país diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos.

CERTO.
DUDH, Artigo 21, I
Todo o homem tem o direito de tomar parte no governo de seu país diretamente ou por intermédio de representantes
livremente escolhidos.
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95. Nos termos expressos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no
mundo encontra amparo na prescindibilidade de proteção dos direitos fundamentais da pessoa humana.

ERRADO.
O erro está na palavra “Prescindibilidade” = Dispensa, e os Direitos Humanos não dispensam a proteção dos direitos
fundamentais.

96. Nos termos expressos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no
mundo encontra amparo no reconhecimento de que todos os países signatários abominam a pena de morte.

ERRADO.
Não há na DUDH dispositivo que afirme tal colocação.

97. A Declaração Universal dos Direitos Humanos estabelece que todos os seres humanos nascem livres e iguais em
dignidade e direitos. A interpretação dessa norma, em face da Constituição brasileira, permite afirmar que os direitos
fundamentais têm caráter absoluto, mesmo em face do princípio de convivência das liberdades.

ERRADO.
A interpretação doutrinária para esse dispositivo em face da CF tem como característica a LIMITABILIDADE que
demonstra o caráter Não Absoluto (relativos) dos direitos fundamentais. Conforme o livro de Pedro Lenza, Direito
Constitucional Esquematizado, página 742.

Legislação Relativa ao DPRF

98. O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional abertas à circulação é regido pelo CTB.

CERTO.
Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional, abertas à circulação, rege-se por este
Código.

99. Embora, de acordo com o CTB, o órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via seja responsável pela
implantação da sinalização, respondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta colocação, a eventual insuficiência da
sinalização em determinado trecho de uma via não exime o condutor da responsabilidade por infração que ele cometa
nesse trecho.

ERRADO
Art. 90. Não serão aplicadas as sanções previstas neste Código por inobservância à sinalização quando esta for
insuficiente ou incorreta.
§ 1º O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via é responsável pela implantação da sinalização,
respondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta colocação.
§ 2º O CONTRAN editará normas complementares no que se refere à interpretação, colocação e uso da
sinalização.

100. Considere que um motorista conduza o seu veículo por uma rodovia federal e sofra grave acidente: o seu carro capote
por três vezes após passar por um buraco na pista causado pela má conservação e falta de sinalização. Nessa situação, a
responsabilidade das entidades que compõem o Sistema Nacional de Trânsito (SNT) será objetiva.

CERTO
Art. 1->§ 3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito respondem, no âmbito das respectivas
competências, objetivamente, por danos causados aos cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na execução e
manutenção de programas, projetos e serviços que garantam o exercício do direito do trânsito seguro.

101. Ao CONTRAN compete coordenar os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito.


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CERTO
Art. 7º Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os seguintes órgãos e entidades:
I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coordenador do Sistema e órgão máximo normativo e consultivo;
Art. 12. Compete ao CONTRAN:
II - coordenar os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, objetivando a integração de suas atividades;

102. O ministro do Meio Ambiente compõe o Conselho Nacional de Trânsito.

ERRADO
Não obrigatoriamente o ministro tem que compor o CNT, como também a composição deve ser feita com um
representante de cada órgão.

103. Em condomínios constituídos por unidades autônomas, a implantação e a manutenção da sinalização que regulamenta
o uso de suas vias internas competem exclusivamente ao condomínio, cabendo à respectiva prefeitura municipal — ou
ao governo do estado, se for o caso — sua fiscalização e regulamentação.

ERRADO
Art. 51. Nas vias internas pertencentes a condomínios constituídos por unidades autônomas, a sinalização de
regulamentação da via será implantada e mantida às expensas do condomínio, após aprovação dos projetos pelo órgão
ou entidade com circunscrição sobre a via.
Art. 80. § 3º A responsabilidade pela instalação da sinalização nas vias internas pertencentes aos condomínios
constituídos por unidades autônomas e nas vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo
é de seu proprietário. .

104. De acordo com o CTB, o uso do cinto de segurança é obrigatório a todos os ocupantes do veículo em todas as vias do
território nacional, sendo vedada qualquer modificação de seu dispositivo, quer seja para travar ou afrouxar o sistema. O
não cumprimento dessa norma corresponde a infração grave e sujeita o condutor a multa e retenção do veículo para
regularização.

CERTO
Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança para condutor e passageiros em todas as vias do território nacional,
salvo em situações regulamentadas pelo CONTRAN.
Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de segurança, conforme previsto no art. 65:
Infração - grave;

105. Para conduzir veículo escolar, ônibus intermunicipal ou ambulância, o condutor deve ser penalmente imputável e estar
habilitado nas categorias C ou D há, no mínimo, um ano, ou na categoria B há mais de dois anos.

ERRADO
Art. 145. Para habilitar-se nas categorias D e E ou para conduzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de
escolares, de emergência ou de produto perigoso, o candidato deverá preencher os seguintes requisitos:
I - ser maior de vinte e um anos;
II - estar habilitado:
a) no mínimo há dois anos na categoria B, ou no mínimo há um ano na categoria C, quando pretender habilitar-se
na categoria D; e
b) no mínimo há um ano na categoria C, quando pretender habilitar-se na categoria E;
III - não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima ou ser reincidente em infrações médias durante os
últimos doze meses;
IV - ser aprovado em curso especializado e em curso de treinamento de prática veicular em situação de risco, nos
termos da normatização do CONTRAN.
Parágrafo único. A participação em curso especializado previsto no inciso IV independe da observância do
disposto no inciso III.
Art. 145-A. Além do disposto no art. 145, para conduzir ambulâncias, o candidato deverá comprovar treinamento
especializado e reciclagem em cursos específicos a cada 5 (cinco) anos, nos termos da normatização do Contran.

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106. Considere a seguinte situação hipotética. Um servidor público estadual foi transferido de lotação, tendo ido trabalhar
em outro município dentro de seu estado. Como ele é proprietário de uma motocicleta, dirigiu-se a uma unidade do
DETRAN para informar seu novo endereço. Nessa situação hipotética, o certificado de licenciamento emitido na cidade
de origem, referente ao exercício vigente, continuará válido até a chegada do novo, com as devidas alterações.

CERTO
Art. 123. Será obrigatória a expedição de novo Certificado de Registro de Veículo quando:
I - for transferida a propriedade;
II - o proprietário mudar o Município de domicílio ou residência;
III - for alterada qualquer característica do veículo;
IV - houver mudança de categoria.
§ 1º No caso de transferência de propriedade, o prazo para o proprietário adotar as providências necessárias à
efetivação da expedição do novo Certificado de Registro de Veículo é de trinta dias, sendo que nos demais casos as
providências deverão ser imediatas.
§ 2º No caso de transferência de domicílio ou residência no mesmo Município, o proprietário comunicará o novo
endereço num prazo de trinta dias e aguardará o novo licenciamento para alterar o Certificado de Licenciamento
Anual.
§ 3º A expedição do novo certificado será comunicada ao órgão executivo de trânsito que expediu o anterior e ao
RENAVAM.
Observação: Atenção! Prazo para comunicar mudança de endereço no mesmo município: 30 dias
Prazo para comunicar endereço de novo município: imediato

107. Os motoristas devem respeitar as faixas de pedestres. Estes também devem cumprir as normas, atravessando a via na
faixa, passarela, passagem aérea ou subterrânea. Para os pedestres infratores, a pena vai desde uma simples advertência
aplicada pelo agente de trânsito até a prestação de serviços à comunidade.

ERRADO
Art. 254. É proibido ao pedestre:
I - permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto para cruzá-las onde for permitido;
II - cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes, ou túneis, salvo onde exista permissão;
III - atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, salvo quando houver sinalização para esse fim;
IV - utilizar-se da via em agrupamentos capazes de perturbar o trânsito, ou para a prática de qualquer folguedo,
esporte, desfiles e similares, salvo em casos especiais e com a devida licença da autoridade competente;
V - andar fora da faixa própria, passarela, passagem aérea ou subterrânea;
VI - desobedecer à sinalização de trânsito específica;
Infração - leve;
Penalidade - multa, em 50% (cinquenta por cento) do valor da infração de natureza leve.

108. Na figura II ao lado, que ilustra o encontro das vias A e B e na qual as setas indicam o sentido de circulação, tem-se
um exemplo de bifurcação à direita.

ERRADO
Trata-se, na verdade de uma confluência à esquerda, pois o fluxo de direção está no sentido norte-sul.
Caso o sentido fosse sul-norte, haveria um entroncamento à direita.

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Após envolver em acidente com vítima o veículo que conduzia, Márcia, sucessivamente,
I para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe pudesse ser atribuída, pensou em evadir-se do local, sem, no
entanto, concretizar tal pretensão;
II prestou socorro inicial à vítima e providenciou a presença de serviço médico especializado;
III percebendo que se esquecera de acionar a seta indicativa ao realizar a conversão da qual resultara o acidente, correu
até o veículo e acionou o referido dispositivo;
IV removeu seu veículo da via para um canteiro próximo, embora a autoridade de trânsito presente ao local não lhe
tivesse determinado a remoção;
V identificou-se à autoridade de trânsito, mas recusou-se a prestar informações relativas ao acidente e necessárias à
confecção do boletim de ocorrência, alegando que só o faria em juízo.
Em face dessa situação hipotética, julgue os itens a seguir.

109. Na situação I, caso realizasse seu intento, Márcia teria cometido um crime de trânsito sujeito à pena de detenção ou
multa.

CERTO
Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe
possa ser atribuída:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

110. Na situação II, caso não tivesse prestado o socorro inicial, ou, não podendo fazê-lo, não tivesse providenciado o
socorro, a condutora teria cometido uma infração gravíssima, devendo ser punida com multa e submetida às medidas
administrativas de recolhimento do documento de habilitação e remoção do veículo.

CERTO
Art. 176. Deixar o condutor envolvido em acidente com vítima:
I - de prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo fazê-lo;
II - de adotar providências, podendo fazê-lo, no sentido de evitar perigo para o trânsito no local;
III - de preservar o local, de forma a facilitar os trabalhos da polícia e da perícia;
IV - de adotar providências para remover o veículo do local, quando determinadas por policial ou agente da
autoridade de trânsito;
V - de identificar-se ao policial e de lhe prestar informações necessárias à confecção do boletim de ocorrência:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação.

111. Além de acertada, foi elogiável a conduta de Márcia ao tomar a iniciativa descrita na situação IV, de modo a apressar a
liberação da via.

ERRADO
Como houve vítima, Márcia não poderia tomar tal atitude.
Art. 178. Deixar o condutor, envolvido em acidente sem vítima, de adotar providências para remover o veículo do
local, quando necessária tal medida para assegurar a segurança e a fluidez do trânsito:
Infração - média;
Penalidade - multa.

112. Aquele que, ao trafegar com seu veículo em via pública, avista sua ex-namorada e atira o carro na direção dela, com a
intenção de lesioná-la, causando-lhe ferimentos leves, pratica crime previsto no CTB.

ERRADO
No caso, seria tipificado Crime do Código penal, pois no CTB só é punível tal conduta CULPOSA, e na questão houve
dolo.

113. Um PRF identificou que Humberto, apesar de conduzir seu veículo com muito cuidado, estava em situação irregular
porque o seu direito de dirigir havia sido cassado. Nessa situação, o PRF deve prender Humberto em flagrante delito
pela prática do crime de dirigir sem habilitação.

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ERRADO
Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se
cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Rodrigo somente praticou a infração
Art. 162. Dirigir veículo:
II - com Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor cassada ou
com suspensão do direito de dirigir:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (três vezes);
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo até a apresentação de
condutor habilitado;

114. Considere a seguinte situação hipotética. Rafael vinha-se submetendo a tratamento médico, em decorrência de
sucessivas crises de labirintite. Administrada a medicação, as crises, que até então eram diárias, não mais ocorreram, de
modo que, no trigésimo dia de tratamento, Rafael voltou a conduzir o seu veículo, sem consultar o seu médico. Todavia,
dois dias depois, quando se dirigia ao trabalho, houve súbito acometimento da labirintite em Rafael, que, em
decorrência disso, veio a atropelar um transeunte, causando-lhe lesões corporais graves. Nessa situação, fica excluída a
culpa de Rafael pelo delito, tendo em vista o acometimento de mal súbito e os cuidados que vinha tendo para o
tratamento da doença.

ERRADO
Nesse caso houve negligência por parte de Rafael, que voltou a conduzir o seu veículo, sem consultar o seu médico,
portanto configurando a lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, Art. 303 CTB.
Além disso responderá pela infração de trânsito:
Art. 252. Dirigir o veículo:
I - com o braço do lado de fora;
II - transportando pessoas, animais ou volume à sua esquerda ou entre os braços e pernas;
III - com incapacidade física ou mental temporária que comprometa a segurança do trânsito;
IV - usando calçado que não se firme nos pés ou que comprometa a utilização dos pedais;
V - com apenas uma das mãos, exceto quando deva fazer sinais regulamentares de braço, mudar a marcha do
veículo, ou acionar equipamentos e acessórios do veículo;
VI - utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a aparelhagem sonora ou de telefone celular;
Infração - média;
Penalidade - multa.

Física

115. Considere um carrinho movendo-se uniformemente sobre uma trajetória retilínea, plana e horizontal. Num certo
instante, uma pessoa que está no carrinho arremessa uma bolinha verticalmente para cima. Desprezando a resistência do
ar, uma pessoa que está no referencial da terra verá a bola realizar uma trajetória parabólica, caindo novamente sobre o
carrinho.

CERTO
Correto, pois retrata fielmente o que ocorre com a bola para quem está na Terra, observando um movimento composto
por uma velocidade horizontal e outra vertical, originando uma parábola. O fato de voltar a cair no carrinho se justifica
pela constância da velocidade do carrinho.

116. Um homem, um cão e um gato movem-se com velocidades de módulos VH = 5,4 km/h, VC = 72 m/min e Vg = 140
cm/s, respectivamente. Essas velocidades obedecem a relação VH > VC > Vg

ERRADO
Nesse problema, assim como no anterior, a ideia é transformar todas as velocidades para a mesma unidade de modo a
poder compará-las com segurança.

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Primeiramente vamos escolher a unidade comum, que nesse caso será o m/s, que é a unidade SI, a mais coerente para o
caso acima.

A velocidade do homem será dada por:

A velocidade do cão será dada por:

Nesse segundo caso, apenas transformamos o min em s, uma vez que a distância já estava dada em m.

Por fim, a velocidade do gato será dada por:

E relação das velocidades será, então: VH > Vg > VC

117. Numa academia de musculação, um atleta corre em uma esteira elétrica com velocidade constante. Após 15 minutos
de corrida, ele percebe que percorreu uma distância de 2,2 km. Contudo, como recebeu uma orientação de seu treinador
para correr 10 km num ritmo de 1 km a cada 6 minutos, para atingir sua meta, o atleta deve aumentar sua velocidade
em 1,6 km/h e mantê-la constante até o fim.

CERTO
Primeiramente vamos calcular a velocidade média desenvolvida pelo atleta até os primeiros 15min:

Analisando a meta dada pelo treinador, temos que em um espaço total de 10km percorridos, o tempo deve ser e 60min,
pois a cada 1km o tempo deve ser de 6min.

Foi afirmado que o atleta já percorrera 2,2km, restando ainda um espaço a ser percorrido de 10km Î 2,2km = 7,8km.
Para atingir a meta, basta que o atleta percorra os 7,8km restantes em 60min Î 15min = 45min.

Logo, a velocidade média a ser desenvolvida é de:

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A conclusão é que o atleta, que desenvolvia uma velocidade média de 8,8km/h deverá aumentar a sua velocidade de
1,6km/h, e passar a manter constante a sua velocidade de 10,4km/h no restante do tempo para assim atingir a meta
estipulada pelo seu treinador.

118. Próximo aos polos da Terra, é comum se encontrar grandes blocos de gelo, chamados icebergs, flutuando na água do
mar. Suponha que um iceberg tenha a forma de um paralelepípedo, como mostrado na figura abaixo, e que sua
densidade seja de 1.000 kg/m3. Julgue o item a seguir.

Supondo que a corrente marítima empurre o iceberg para o norte, com velocidade de 0,4 km/h, e o vento empurre o
mesmo iceberg para o leste, com a velocidade de 0,3 km/h, então a velocidade resultante terá módulo igual a 0,6 km/h,
com sentido noroeste.

ERRADO
A velocidade resultante será o resultado da soma vetorial da velocidade da corrente marítima com a velocidade do
vento.

Assim, como elas são perpendiculares entre si, podemos esquematizar o seguinte:

Como o vetor vertical, ou seja, o de módulo 0,4km/h aponta para o norte, então a direção será entre o norte e o nordeste.
A direção só seria noroeste exatamente, caso os vetores tivessem o mesmo módulo e o vetor azul apontasse para o oeste,
o que obrigaria uma inclinação de 45° e o vetor apontaria para o noroeste, que está na metade do caminho entre o norte
e o oeste.

Assim, o item está incorreto por dois motivos.

119. As forças de ação e reação que atuam sobre um objeto são forças de mesmo módulo e possuem sentidos opostos.

ERRADO
As forças de ação e reação não atuam sobre um mesmo objeto. Lembre-se de que as forças de ação e reação possuem as
seguintes características:

Mesma direção ‚ Mesma natureza ‚ Mesmo módulo ‚ Sentidos opostos ‚ Aplicadas em corpos distintos

É justamente pelo fato de serem aplicadas em corpos distintos que elas não se anulam.
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120. Da segunda lei de Newton, concluímos que, considerando uma força constante, quanto maior for a massa de um corpo,
menor será a sua aceleração.

CERTO
De acordo com a segunda lei de Newton (Princípio Fundamental da Dinâmica) para uma força constante:

Para uma mesma força, quanto maior for a massa, menor será aceleração para que o produto entre as duas grandezas
seja constante.

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