Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
JUAZEIRO – BA
2018
1
JUAZEIRO – BA
2018
2
CDD 693.6
FOLHA DE APROVAÇÃO
Banca Examinadora
AGRADECIMENTOS
Neste momento tão importante para a minha vida pessoal e profissional, agradeço,
primeiramente, a Deus por ter me concedido esta riquíssima oportunidade, por ter
me guiado em cada instante, por ter ouvido minhas orações (e foram muitas) e por
ter me guardado física e espiritualmente. Tudo devo a Ele.
À minha avó, Anita, que com muito amor cuidou de mim, por ter vivenciado comigo
muitas das emoções da universidade, por ter me apresentado em suas orações
diariamente e por estar se realizando juntamente comigo. Amor incondicional.
Aos meus pais, Ana Paula e Neto, que sempre me apoiaram e me encorajaram a
trilhar a vida acadêmica me dando suporte e consolo sempre que precisei. Os amo.
À minha esposa, Dálete, pessoa essencial pelas minhas conquistas, por ser meu
apoio, minha melhor amiga, por ter vibrado nas vitórias e por ter cedido seu ombro
quando precisei. Seu apoio, dedicação e paciência foram essenciais para a
realização deste curso. Esta vitória é nossa.
À minha família, especialmente, tia Neide, que sempre acreditou em mim e nunca
duvidou do meu potencial. Essencial.
Ao meu amigo, Marcelo (in memoriam), por ter sido um irmão, por sempre ter
acreditado em mim, por ter vibrado quando passei no ENEM, mas que Deus o levou
precocemente. Saudades.
Ao meu orientador, professor Dr. José Getúlio, pela confiança, por ter me dado a
riquíssima oportunidade de trabalhar na iniciação científica, pelos ensinamentos,
pelo apoio e por ter sido essencial no despertar da carreira acadêmica. Muito
obrigado.
À professora Drª. Almaí dos Santos, do IF Sertão Pernambucano, por ter sido
inspiração desde o ensino médio, pelo encorajamento e pela confiança. Sou muito
agradecido.
Aos meus amigos, Joabe, Karem, Kelly, Lucas e Lenilton pela essencial companhia
durante todo o curso, pela paciência e por ter tornado o caminho menos árduo,
compartilhando alegrias e consolos.
Agradeço aos meus amigos, Patrick, Júlio César e demais do tempo de IF, pelo
encorajamento, pelos conselhos e por ter compartilhado vários momentos da vida
acadêmica.
RESUMO
ABSTRACT
Plaster is a binder used in civil construction in the precast manufacture and masonry
coating. Its application is justified due to the production and molding easiness, low
cost, fire resistance, possibility of being reused and due to be a constructive system
that promotes the reduction of loads. However, because of the high solubility in
water, this material is restricted to indoor environments and where there is no direct
and constant contact with water. It has been shown that the main pathologies that
occur in precast plaster are due to the contact with water and humidity. In this
context, it is necessary to use waterproofing additives in the production of gypsum
precasting, creating a waterproofing system with materials that are more resistant to
water action, preventing or mitigating deterioration due to the humidity action. Studies
related to the use of waterproofing additives in foundry gypsum are incipient and
there is no scientific information on the effects of these materials. This study
evaluated the effects caused by the use of commercial waterproofing additives on the
properties of the casting gypsum in the fresh state (consistency, picking times and
heat of hydration) and in the hardened state (surface hardness, compressive
strength, mass loss, water absorption by total immersion and by capillarity). In order
to evaluate the behavior of the material over time, the pastes durability was studied
by the natural aging test. The analysis indicated the influence of the additives on the
pastes properties, which often did not meet the normative criteria. In relation to the
waterproofing action of the additives, it was verified that the use of the levels
recommended by the manufacturers was insufficient for the suitable waterproofing
barrier formation. On the durability test, it was found that some properties of the
pastes in the hardened state have changed after exposure to the ambient conditions.
Lista de Ilustrações
Figura Página
Figura 2.1 - Polo Gesseiro do Araripe ....................................................................... 25
Figura 2.2 - Variedade de gipsita utilizadas no Polo Gesseiro do Araripe,
respectivamente: alabastro, anidrita e selenita. ........................................................ 26
Figura 2.3 - Variedade de gipsita utilizadas no Polo Gesseiro do Araripe,
respectivamente: Pedra Johnson, rapadura e cocadinha. ...................................... 26
Figura 2.4 - Esquema das etapas de produção ......................................................... 27
Figura 2.5 - Ilustração dos íons dissolvidos na água ................................................. 31
Figura 2.6 - Ilustração dos íons depositados sobre o núcleo de cristalização. .......... 32
Figura 2.7 - Ilustração da formação dos cristais de gesso. ....................................... 32
Figura 2.8 - Exemplo de curva de hidratação de uma pasta de gesso. ..................... 33
Figura 2.9 - Micrografia da pasta de gesso ............................................................... 35
Figura 2.10 - Ilustração do entrelaçamento dos cristais de gesso ............................. 36
Figura 2.11 - Bloco de gesso Standard ..................................................................... 42
Figura 2.12 - Bloco de Gesso Hidro .......................................................................... 43
Figura 2.13 - Bloco de Gesso GRG ........................................................................... 43
Figura 2.14 - Bloco GRG-H ....................................................................................... 44
Figura 2.15 - Falta de aderência do pré-moldado de concreto com a alvenaria de
gesso. ........................................................................................................................ 44
Figura 2.16 - Fissuras abaixo da linha de madeira do telhado. ................................ 45
Figura 2.17 - Projeção de beiral insuficiente para proteger a parede da chuva ........ 45
Figura 2.18 - Parede revestida com gesso, pintada .................................................. 46
Figura 3.1 - Fluxograma do programa experimental.................................................. 55
Figura 3.2 - Corpos de prova nos dessecadores ....................................................... 59
Figura 3.3 - Preparo das pastas com aditivo 2 .......................................................... 59
Figura 3.4 - Esquema representativo do calorímetro................................................. 60
Figura 3.5 – Aparelhagem para o ensaio de calorimetria e datalogger,
respectivamente. ....................................................................................................... 61
Figura 3.6 - Aparelho de Vicat modificado. ................................................................ 61
Figura 3.7 - Aparelho de Vicat ................................................................................... 62
Figura 3.8 - Ensaio de dureza superficial em uma prensa de ensaios ...................... 63
Figura 3.9 - Ensaio de resistência à compressão ...................................................... 64
11
Lista de Tabelas
Tabela Página
Tabela 2.1 - Compostos obtidos na calcinação da gipsita ......................................... 28
Tabela 2.2 - Características do sulfato de cálcio nos diferentes estados de hidratação
.................................................................................................................................. 34
Tabela 2.3 - Requisitos físicos e mecânicos do gesso para construção civil ............ 38
Tabela 2.4 - Requisitos químicos do gesso sem aditivos para construção civil. ....... 39
Tabela 2.5 - Requisitos físicos do gesso para revestimento (tempo de pega e
granulometria via seca). ............................................................................................ 39
Tabela 2.6 - Requisitos físicos do gesso para fundição (tempo de pega e
granulometria via seca). ............................................................................................ 40
Tabela 2.7 - Classificação dos blocos de gesso. ....................................................... 41
Tabela 2.8 - Classificação de absorção para blocos em geral .................................. 41
Tabela 2.9 - Classificação de dureza para blocos em geral ...................................... 41
Tabela 2.10 - Classificação da densidade para blocos em geral .............................. 41
Tabela 2.11 - Classificação dos blocos de gesso ...................................................... 41
Tabela 2.12 - Identificação do bloco de gesso por cor .............................................. 42
Tabela 3.1 - Matriz experimental da pesquisa ........................................................... 57
Tabela 3.2 - Metodologias dos ensaios de caracterização ........................................ 58
Tabela 4.1 - Caracterização física e mecânica do gesso .......................................... 72
Tabela 4.2 – Resultados da curva do calor de hidratação das pastas ...................... 73
Tabela 4.3 - Comparação dos tempos de pega pelos métodos da ABNT e
calorimétrico .............................................................................................................. 73
Tabela 4.4 - Consistência média das pastas de gesso ............................................. 74
Tabela 4.5 - Tempos de pega das pastas de gesso pelo método da ABNT .............. 75
Tabela 4.6 - Tempo útil das pastas pelo método da ABNT ....................................... 77
Tabela 4.7 - Resultados das curvas do calor de hidratação das pastas................... 78
Tabela 4.8 - Comparação dos tempos de pega das pastas pelos métodos da ABNT e
calorimétrico .............................................................................................................. 80
Tabela 4.9 – Valores médios de absorção de água por imersão total das pastas de
gesso ......................................................................................................................... 81
Tabela 4.10 - Perda de massa após o ensaio de absorção de água por imersão total
.................................................................................................................................. 82
14
Abreviatura/sigla Significado
min. Minutos
MPa Mega Pascal (0,1 KN/cm²)
NBR Norma Brasileira Regulamentadora
pH Potencial hidrogeniônico
R² Coeficiente de determinação
S Bloco de gesso standard
SINDUSGESSO Sindicato das Indústrias de Extração e Beneficiamento de
Gipsita, Calcários, Derivados de Gesso e de Minerais
Não-Metálicos do Estado de Pernambuco
SO3 Anidrido sulfúrico
SO42- Íon Sulfato
TCC Trabalho de Conclusão de Curso
UNIVASF Universidade Federal do Vale do São Francisco
Δmt Quantidade de água absorvida por unidade de superfície
17
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 20
1.1 OBJETIVOS ................................................................................................. 21
1.1.1 Geral ..................................................................................................... 21
4.2.1.1 Consistência.................................................................................... 74
4.2.1.2 Tempos de pega ............................................................................. 75
4.2.1.3 Calor de hidratação ......................................................................... 77
4.2.2 Avaliação das pastas no estado endurecido .................................... 80
1 INTRODUÇÃO
Apesar das vantagens associadas ao uso dos aditivos hidrofugantes que são
difundidas no mercado de produção, principalmente de blocos de gesso para
alvenaria, ainda são incipientes as informações sobre os efeitos provocados nas
propriedades das pastas de gesso. Além disso, há uma carência de dados
científicos que comprovem a eficácia do aditivo na formação da barreira
impermeabilizante, sobre o conhecimento da vida útil e a respeito da durabilidade
dos materiais com o aditivo hidrófugo.
Diante dessas necessidades, este trabalho tem por objetivo fundamental avaliar os
efeitos provocados nas propriedades das pastas de gesso de fundição com a
presença de aditivos hidrofugantes comerciais no estado fresco e endurecido.
Pretende-se estudar a durabilidade dessas pastas através do ensaio de
envelhecimento natural, analisando a deterioração dos corpos de prova.
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Geral
Este trabalho tem como objetivo geral estudar os efeitos provocados pela adição de
aditivos hidrofugantes comerciais para gesso nas propriedades físicas e mecânicas
22
das pastas de gesso para fundição, avaliando ainda a durabilidade dessas pastas
utilizando o processo de envelhecimento natural.
1.1.2 Específicos
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 GESSO
2.1.1 A gipsita
Segundo Baltar, Bastos e Luz (2004), a gipsita pode ser utilizada na forma natural ou
calcinada e, desta forma, possui grande aplicabilidade na indústria. O gesso e a
gipsita podem ser utilizados de várias formas, a saber: fabricação de cimento
portland (gipsita adicionada ao clínquer), na medicina (gessos ortopédicos e
odontológicos), indústria cerâmica (gesso na produção de moldes), agricultura
De acordo com Baltar, Bastos e Luz (2004), no polo gesseiro do Araripe existem
variações da gipsita de acordo a mineralogia e são conhecidas regionalmente,
como: cocadinha (estratificada); rapadura (filmes milimétricos de argila verde); pedra
jonhson (variedade mais pura com coloração de branco a creme); estrelinha (cristais
radiados em forma de estrela); alabastro (maciça e transparente) e selenita (incolor
e transparente), como verificado na Figura 2.2 e 2.3.
Figura 2.2 - Variedade de gipsita utilizadas no Polo Gesseiro do Araripe, respectivamente: alabastro,
anidrita e selenita.
No Brasil, a extração da gipsita é realizada com a lavra 3 a céu aberto (open pit),
semimecanizadas, utilizando bancadas com altura entre 15 m a 20 m de altura e
frentes de lavras em forma de anfiteatro (BALTAR; BASTOS; LUZ, 2004; ABREU,
2005).
De acordo com o observado por Pinheiro (2011), existem cinco etapas para a
produção do gesso, a saber: extração e preparação da matéria prima (britagem,
moagem, peneiramento); calcinação; pulverização; ensilagem e acondicionamento
(embalagem), conforme Figura 2.4.
a) Hemi-hidrato alfa
Segundo Soares (2005), o formato regular dos cristais do gesso alfa proporciona
melhor compactação, maior densidade, menor porosidade e melhor trabalhabilidade.
Esse hemi-hidrato possui menor coeficiente de absorção de água, maior tempo de
pega e melhores propriedades mecânicas alcançando resistência à compressão
entre 15 e 24 MPa. Para obter este aglomerante, faz-se necessária a utilização de
uma matéria prima de maior qualidade, como a pedra Johnson ou Estrelinha,
obtidas no Araripe (PINTO, 2014; OLIVEIRA, 2012).
29
b) Hemi-hidrato beta
c) Anidrita III
De Milito (2007), definiu a Anidrita III como uma fase intermediária entre os hemi-
hidratos e a Anidrita II. Obtida em temperaturas entre 180 ºC e 300 ºC, possui baixa
quantidade de água dissolvida variando entre 6% e 11%. Desta forma, configura-se
como um composto instável, solúvel e extremamente reativo, podendo ligar-se a
água rapidamente. A Anidrita III funciona como catalisador na reação de hidratação
do gesso e pode ser utilizada como acelerador de pega. Devido à instabilidade, a
anidrita III poderá se hidratar apenas com a umidade do ar (CASTRO, 2012).
d) Anidrita II
e) Anidrita I
𝑆𝑂2 (5)
𝐶𝑎𝑆𝑂4 . 2𝐻2 𝑂 → CaO + ⁄𝑆𝑂
3
Tem-se que o gesso comercial utilizado na construção civil possui hemi-hidrato beta,
anidrita III e anidrita II (em menor quantidade). Desta forma, o processo de
calcinação deverá ocorrer em fornos adequados para que haja a garantia da
qualidade do hemi-hidrato produzido com a maior pureza possível (DE MILITO,
2007; PEREIRA, 1973 apud DE MILITO, 2007).
O mecanismo de hidratação do gesso pode ser explicado por meio de duas teorias:
a teoria de cristalização, proposta por Lavoisier (1798) e em seguida por Le
Chatelier (1877); e a teoria coloidal, defendida por Cavazzi (1913), Traube (1919),
dentre outros pesquisadores. A diferença entre as teorias consiste na formação de
um gel entre a dissolução do hemi-hidrato e a precipitação do di-hidrato na teoria
31
coloidal. No entanto, a teoria de Lavoisier foi aprimorada e adotada pela maioria dos
pesquisadores (PINTO, 2014; SNIP 2002 apud PINHEIRO, 2011).
A hidratação do gesso pode ser observada por meio da reação química indicada na
Equação 6 (RIBEIRO, 2011).
Clifton (1973) apud Antunes (1999), analisou em seus estudos as etapas da reação
de hidratação e explicou o fenômeno da pega por meio das curvas obtidas na
calorimetria adiabática, conforme Figura 2.8. As etapas são:
a) Etapa de indução: esta etapa é iniciada após uma pequena hidratação que é
finalizada no instante em que a taxa de elevação da temperatura ultrapassa
0,1ºC/min, caracterizando o início da pega (ANTUNES, 1999);
2.1.4.2 Solubilidade
2.1.5.1 Microestrutura
A estrutura cristalina é modificada pela umidade quando o vapor que penetra nos
poros se condensa provocando uma dissolução-recristalização, formando novos
cristais e poros maiores. Essa modificação influencia no contato entre os cristais e
na diminuição das propriedades mecânicas. O aumento de temperatura durante a
hidratação ocasiona a queda na solubilidade do hemi-hidrato, um alargamento dos
cristais de di-hidrato formados e, consequentemente, haverá a diminuição dos
núcleos e o surgimento de poros maiores. O aumento da relação água/gesso faz
aumentar o tamanho dos cristais sem afetar na forma obtendo pastas com mais e
maiores poros (MURAT et al., 1979; OLDER, 1989 apud ANTUNES, 1999).
No mercado brasileiro são utilizados três tipos de gesso para construção, a saber:
gesso de fundição, gesso para revestimento e gessos especiais. Somente os gessos
de fundição e os de revestimento são normalizados pela ABNT (PERES;
BENACHOUR; SANTOS, 2008).
Os requisitos químicos do gesso sem aditivo previstos pela norma são a água livre,
água de cristalização, óxido de cálcio (CaO) e anidrido sulfúrico (SO 3), conforme
Tabela 2.4.
Tabela 2.4 - Requisitos químicos do gesso sem aditivos para construção civil.
Determinações químicas Limites (%)
Água livre Máx. 1,3
Água de cristalização 4,2 a 6,2
Óxido de cálcio (CaO) Mín. 38,0
Anidrido sulfúrico (SO3) Mín. 53,0
Fonte: NBR 13207 (2017)
De acordo com Peres, Benachour e Santos (2008), esse gesso é utilizado como
revestimento manual e é conhecido como gesso lento. Constituído basicamente de
hemi-hidrato de cálcio (CaSO4.1/2H2O) pode conter cerca de 2% de impurezas
como sílica, sulfato de magnésio, carbonatos, argilas e óxido de ferro e alumínio.
Tabela 2.5 - Requisitos físicos do gesso para revestimento (tempo de pega e granulometria via
seca).
Tempo de pega (min.)
Ensaios
Início Fim
Gesso para revestimento ≥ 35
≥ 10
(sem aditivo)
Gesso para revestimento ≥ 50
≥4
(com aditivo)
Granulometria mínima (peneira
Granulometria abertura 0,21 mm)
≥ 90% passante
Fonte: NBR 13207 (2017)
Tabela 2.6 - Requisitos físicos do gesso para fundição (tempo de pega e granulometria via seca).
Tempo de pega (min.)
Ensaios
Início Fim
Gesso para fundição ≤ 10 ≤ 20
Granulometria mínima (peneira
Granulometria abertura 0,29 mm)
≥ 90% passante
Fonte: NBR 13.207 (2017)
Esses gessos são produzidos a partir dos gessos básicos, mas são aditivados com
materiais auxiliares a fim de obter características necessárias à aplicação específica.
Essas adições podem ser agregados finos (areias e pó de calcário) ou aditivos
(retardadores de pega, retentores de água, aerantes e umectantes, plastificantes,
reforçadores de aderência e hidrofugantes) (PERES; BENACHOUR; SANTOS,
2008).
Ainda segundo a NBR 16.494 (2017), os blocos de gesso podem ser classificados
conforme a Tabela 2.7.
41
De acordo com Santos (2017), a norma francesa EM 12859 (CEN, 2008) define três
tipos de blocos classificando-os quanto à capacidade de absorção de água, a saber:
HI, H2 e H3. Esses blocos possuem as cores verde, azul e branco, respectivamente,
conforme a Tabela 2.11.
Para facilitar a identificação dos blocos de gesso nos canteiros de obras, a ABNT
definiu as cores presentes na Tabela 2.12, baseadas em requisitos de densidade e
absorção de água.
O bloco de gesso Standard (S), Figura 2.11, é considerado o bloco padrão. Este
bloco é fabricado nas versões maciça e vazada, e em duas espessuras, 70 mm e
100 mm. Produzido na cor branca para facilitar a identificação, o bloco S pode ser
aplicado no interior das edificações: escritórios, hospitais, escolas, hotéis entre
outros. (NEVES, 2011).
O bloco de gesso Hidrofugado (H), Figura 2.12, possui aditivos hidrofugantes que
diminuem a absorção de água e é fabricado na cor azul. É recomendado para a
construção de paredes internas em áreas molhadas (cozinhas, lavabos, áreas de
serviço, banheiros, copas) e na primeira fiada de paredes em áreas normais
(sujeitas a lavagens periódicas) (MOURA, 2009).
O bloco de gesso GRG (Glass Reinforced Gypsum), Figura 2.13, são blocos
especiais aditivados e reforçado com fibra de vidro. No mercado brasileiro, esses
blocos possuem a cor verde e são recomendados para a construção de alvenarias
que estarão submetidas a esforços de cargas suspensas e de impactos ou em áreas
que ocorram grandes aglomerações de pessoas (COSTA; INOJOSA, 2007 apud
SANTOS, 2017).
O bloco de gesso GRG-H (Glass Reinforced Gypsum Hidro), Figura 2.14, possui
características do bloco hidro (hidrofugado) e do bloco GRG. Comercializado na cor
rosa, é recomendado para construção de alvenaria em áreas molhadas sujeitas às
ações mecânicas (CAMPOS, 2017).
44
A ação da água numa estrutura de gesso está relacionada com a maior facilidade de
transporte de íons, retirando partículas do interior da estrutura em um processo
chamado lixiviação (RODRIGUES, 2008).
a) Água utilizada;
b) Tipos de desmoldantes;
c) Processo de secagem ao ar livre;
d) Umidade relativa durante a pintura;
e) Tipo de tinta.
a) Asfalto Oxidado;
b) Emulsão Asfáltica;
c) Solução Asfáltica;
d) Emulsão Polimérica;
e) Asfalto Modificado;
f) Mastique;
g) Solução Polimérica;
h) Resina Epoxídica
i) Cimentos Impermeabilizantes;
j) Aditivo Impermeabilizante;
k) Manta de Polímero.
48
a) Cimentícios;
b) Asfálticos;
c) Poliméricos.
De acordo com Lima Filho (2010), a hidrofugação dos blocos poderá ocorrer
diretamente misturado na água de amassamento durante a produção do bloco em
líquido ou em pó (aditivo de massa) ou utilizados como pintura, após a fabricação
(aditivo de superfície). Existe uma grande variedade de produtos hidrorrepelentes no
mercado que poderão possuir diferentes cores, ser incolor ou transparente, solúveis
em água ou em solventes, mas não há informações quanto à validade, durabilidade
e eficácia residual (OLIVEIRA, 2013).
perdas menores dos componentes ativos, maior reatividade, são menos voláteis e
necessitam de menor tempo para formar a superfície hidrófuga (OLIVEIRA, 2013).
2.5 DURABILIDADE
Segundo o estudo realizado por Silva (2002), foi observado que a quantidade de
ciclos no ensaio de durabilidade acelerada simulava um envelhecimento
correspondente a nove meses de envelhecimento natural em compósitos produzidos
com cimento de escória de alto forno com fibra de celulose.
3 PROGRAMA EXPERIMENTAL
3.3 MATERIAIS
3.3.1 Água
A água utilizada na pesquisa no preparo das pastas foi fornecida pelo sistema de
abastecimento público por intermédio da concessionária da cidade de Juazeiro –
BA. Somente nos ensaios em que há a prescrição normativa foi utilizada a água
destilada.
Nesta pesquisa apenas foram utilizadas dosagens dos aditivos de acordo à faixa
recomendada pelo fabricante.
57
A Tabela 3.1 apresenta a matriz experimental que foi utilizada neste estudo, que
especifica as pastas estudadas e a proporção de aditivo para cada pasta.
As pastas foram identificadas pelo prefixo “GF” que significa gesso de fundição. A
letra “C” indica que a pasta GFC foi fabricada utilizando a consistência normal. A
pasta GF0 não possui aditivo hidrofugante, sendo a referência.
Massa
NM 23 (2001) Gesso
específica
Massa unitária NBR 12127 (2017) Gesso
Calor de
Pseudoadiabático Todas as pastas
hidratação
Fresco
Física
Absorção de
água por NBR 16495 (2016) GF0; GF1; GF2
imersão total
Caracterização Mecânica
Perda de
NBR 13554 (1996) GF0; GF1; GF2
Massa
Absorção de
ASTM C1794
água por GF0; GF1; GF2
(2015)
capilaridade
Endurecido
Dureza
NBR 12129 (2017) Todas as pastas
superficial
Resistência à
compressão NBR 12129 (2017) Todas as pastas
axial
Durabilidade
Ensaio de
Para cada pasta de gesso foi moldada uma série contendo três corpos de prova. Em
relação ao preparo das pastas, foi verificado que o aditivo 2 não se homogeneizava
completamente com o gesso em meio aquoso, apresentando algumas
aglomerações do aditivo, conforme a Figura 3.3.
O calor de hidratação, ou cinética de temperatura, das pastas foi obtido por meio de
ensaios calorimétricos que revelaram o incremento de temperatura ao longo do
tempo.
3.5.2.2 Consistência
O fim de pega foi determinado no instante em que a agulha não mais penetrou na
pasta deixando apenas uma leve impressão na superfície. Os resultados foram
expressos por meio da média de, pelo menos, duas determinações com variação de
até 5% entre elas.
Após o preparo das pastas, conforme o item 3.5.1, foi realizado o ensaio de dureza
superficial de acordo a NBR 12129 (2017). Este ensaio utilizou os mesmos corpos
de prova do ensaio de resistência à compressão. De acordo com a NBR 12129
(2017), primeira realiza-se a dureza e, em seguida, a resistência dos corpos de
prova.
63
𝐹
𝐷= (7)
𝜋𝑥∅𝑥𝑡
Onde:
Este ensaio também foi realizado nos mesmos corpos de prova que foram
submetidos ao ensaio de absorção de água por imersão total para a avaliação do
efeito da água nesta propriedade.
Após a estabilização da massa dos corpos de prova durante 4 dias em estufa à 40º
C e permanência no dessecador, durante 24h, foi realizado o ensaio de resistência à
compressão em uma máquina universal de ensaios modelo Time Group
WAW1000C, com capacidade de 100 toneladas força, como indicado na Figura 3.9.
𝑃
𝑅= (8)
𝑆
Onde:
Este ensaio também foi realizado nos mesmos corpos de prova que foram
submetidos ao ensaio de absorção de água por imersão total para a avaliação do
efeito da água nesta propriedade.
Este ensaio foi realizado conforme determinado na NBR 16495 (2016), para blocos
de gesso para vedação vertical. Foram utilizados três corpos de prova cúbicos (50,0
mm x 50,0 mm x 50,0 mm) por pasta de gesso.
65
𝑚2 − 𝑚1
𝐴= 𝑥100 (9)
𝑚1
Onde:
Este ensaio foi realizado conforme determinado na NBR 13.554 (1996). Esta norma
trata do ensaio de durabilidade por molhagem e secagem em solo-cimento.
Onde:
Para a realização deste ensaio foi adotada a metodologia definida pela norma
americana ASTM C1794 (2015), “Determination of the Walter Absorption Coefficient
by Partial Immersion”. Esta norma foi utilizada devido determinar os procedimentos
para o cálculo da absorção de água por unidade de área e do coeficiente de
capilaridade para os materiais de construção, inclusive, o gesso.
Após o contato com a água, os corpos de prova foram pesados nos tempos, em
minutos: 5, 20, 60, 120, 240, 360, 1440. A norma ASTM C1794 (2015), determina
que as pesagens deverão ocorrer, pelo menor, duas vezes no período de 24 h e,
impreterivelmente, com 4h de duração.
A norma determina que seja observada a absorção líquida dos corpos de prova. Se
for menor que 0,001 kg/m² a medição será interrompida e o material será
classificado como “resistente contra a absorção”. Se a água líquida estiver visível na
68
A quantidade de água absorvida por unidade de superfície (Δmt) foi determinada por
meio da Equação 11. Em seguida, foram plotados os gráficos de (Δmt) em função da
raiz quadrada do tempo, em segundos.
𝑚𝑡 − 𝑚𝑖
∆𝑚𝑡 =
𝐴 (11)
Onde:
Se o gráfico de (∆mt) x raiz quadrada do tempo for linear até o final do ensaio, o
material será do Tipo A. Desta forma, o coeficiente de capilaridade será obtido por
meio da Equação 12, utilizando o último ponto do gráfico.
∆𝑚′𝑡𝑓 − ∆𝑚′0
𝐴𝑤 =
√𝑡𝑓 (12)
Onde:
Se a relação entre ∆mt e a raiz do tempo não for linear o material será classificado
como Tipo B. Neste caso, o coeficiente de capilaridade deverá ser calculado para o
tempo de 4h ou 14.400s de duração do ensaio, conforme a Equação 13.
Onde:
Aw,4 = Coeficiente de capilaridade ou absorção de água para uma relação não linear
de absorção, para a duração de 14.400 s (kg/m² s1/2);
∆m’tf = Diferença de massa relacionada à área (kg/m²);
∆m’0 = Diferença de massa relacionada à área linearizado (kg/m²).
A norma ASTM ainda prevê a situação em que a água alcance a superfície superior
dos corpos de prova antes da medição de 4 h. Neste caso, o tempo deverá ser
observado e não será determinado o coeficiente de capilaridade.
Para cada pasta analisada, foram moldadas duas séries de corpos de prova cúbicos
(50,0 mm x 50,0 mm x 50,00 mm) e uma série de corpos de prova prismáticos (40,0
mm x 40,0 mm x 160,0 mm). Cada série possui três corpos de prova moldados
simultaneamente.
Foram utilizados corpos de prova cúbicos (50,0 mm x 50,0 mm x 50,00 mm) para os
ensaios de dureza superficial, resistência à compressão, absorção de água por
imersão total e para a avaliação da perda de massa. Os corpos de prova prismáticos
(40,0 mm x 40,0 mm x 160,0 mm) foram utilizados para o ensaio de absorção de
água por capilaridade.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4 Foi utilizada a peneira de abertura 0,30 mm devido a inexistência na peneira de abertura 0,29 mm
no laboratório.
5 A NBR 13.207 (2017) não faz referência a resistência à compressão. O parâmetro utilizado refere-se
A Tabela 4.1 indica que o gesso utilizado atende, quase totalmente, aos requisitos
da NBR 13207 (2017), caracterizando-se como gesso de fundição. Apenas a
propriedade de tempo de início de pega excedeu ao valor normalizado de, no
máximo, 10 min. Ressalta-se que a produção de pastas de gesso utilizando a
consistência normal alcançou valores de dureza superficial e de resistência à
compressão maiores que a recomendação normativa, 185,60% e 150,71%,
respectivamente, sendo um aspecto positivo.
50,00
45,00
40,00
35,00
30,00
25,00
20,00
0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00
Tempo (min.)
Tabela 4.3 - Comparação dos tempos de pega pelos métodos da ABNT e calorimétrico
Método NBR 12128 (2017) Método Calorimétrico
Pasta Tempo de início Tempo de fim Tempo de início Tempo de fim
de pega (min.) de pega (min.) de pega (min.) de pega (min.)
GFC 12,67 14,92 13,07 37,42
Fonte: Autor (2018)
74
A Tabela 4.2 indica que o tempo útil estimado (tempo de fim de pega menos o tempo
de início de pega), obtido pela curva do calor de hidratação, é de 24,35 min. Através
dos tempos de pega indicados na Tabela 4.3, o tempo útil pelo método da ABNT foi
de 1,62 min. O tempo de início de pega foi, praticamente, o mesmo nos dois
métodos. Já o tempo de fim de pega pelo método calorimétrico foi maior que o
obtido através do método da ABNT.
A produção das pastas utilizando a consistência normal convém apenas para obter
valores de caracterização normativa visto que a produção de blocos com baixa
relação a/g se torna inadequada devido à ausência de trabalhabilidade. Desta forma,
faz-se necessária a utilização de aditivos que melhorem esta propriedade.
4.2.1.1 Consistência
Tabela 4.5 - Tempos de pega das pastas de gesso pelo método da ABNT
Tempo de pega (min.)
Pasta
Início Fim
GF0 20,88 ± 0,18 28,42 ± 0,12
GF1-A 12,55 ± 0,78 17,17 ± 0,94
GF1-B 22,89 ± 0,05 27,5 ± 0,71
GF2-A 25,56 ± 0,80 33,00
GF2-B 23,93 ± 0,96 31,42 ± 1,29
Fonte: Autor (2018)
76
Na Figura 4.3, estão indicados os tempos médios de início e fim de pega das pastas,
assim como as referências da NBR 13207 (2017).
Figura 4.3 - Gráfico dos tempos médio de início e fim de pega das pastas de gesso
35,00 33,00 31,42
28,42
Tempos de pega (min.)
30,00 27,50
25,56
23,93
25,00 20,88 22,89
20,00 17,17
15,00 12,55
10,00
5,00
0,00
GF0 GF1-A GF1-B GF2-A GF2-B
Pastas de gesso
De acordo com a NBR 13207 (2017), uma pasta de gesso para fundição deve
apresentar tempo de início de pega menor que 10 min. e tempo de fim de pega
menor que 20 min. Nenhuma pasta estudada atendeu ao requisito de início de pega,
uma vez que os valores encontrados estão entre 12,55 e 25,56 min. Em relação ao
tempo de fim de pega somente a pasta GF1-A atendeu ao requisito com valor de
17,17 min., conforme a Figura 4.3.
Nas pastas com o aditivo 2, GF2-A e GF2-B, os tempos de início e fim de pega
foram acelerados em relação à pasta de referência, GF0. No entanto, a variação do
teor deste aditivo não ocasionou mudanças expressivas dos tempos de pega que
permaneceram, praticamente, constantes nas pastas GF2-A e GF2-B, conforme
verificado na Figura 4.3.
77
De acordo com Antunes (1999), o tempo útil das pastas de gesso é dada pela
diferença entre o valor do tempo que corresponde à consistência máxima e o tempo
de espera que corresponde à consistência mínima. Ou seja, é a diferença entre o
tempo de fim de pega o tempo de início de pega. Na Tabela 4.6, estão indicados os
tempos úteis das pastas de gesso estudadas.
45,00
Temperatura (°C)
40,00
35,00
30,00
25,00
0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00
Tempo (min.)
Na Tabela 4.7, estão apresentados os valores obtidos das curvas de hidratação das
pastas de gesso.
Foi observado, que a atividade cinética diminuiu com o aumento do teor de aditivo
hidrofugante 1. O aditivo 2 não seguiu esta tendência mas obteve valores de
atividade cinética menores que o da pasta GF0.
Na Figura 4.5 estão indicados os tempos de início e fim de pega que foram obtidos
das curvas calorimétricas
Figura 4.5 - Gráfico do tempo de pega das pastas de gesso obtidas por meio das curvas
calorimétricas
55,00 53,90 50,63
Tempos de pega (min.)
50,00 44,73
45,00 39,08 39,42
40,00
35,00
30,00
25,00 19,28 21,22
19,03
20,00 16,63
14,03
15,00
10,00
GF0 GF1-A GF1-B GF2-A GF2-B
Pastas de gesso
INÍCIO DO TEMPO DE PEGA
FIM DO TEMPO DE PEGA
Na Figura 4.6, estão indicados os tempos úteis das pastas de gesso obtidos através
da ABNT e por meio das curvas de hidratação.
Como indicado na Figura 4.6, os tempos úteis foram, praticamente, constantes nas
pastas de cada aditivo. Os tempos úteis pelo calorímetro são maiores que pelo
método da ABNT. Isso se deve a utilização do método pois no início da pega
determinado pelo calorímetro a quantidade de di-hidrato precipitado é,
aproximadamente, 0%, enquanto pelo aparelho de Vicat (NBR 12128, 2017),
aproximadamente, 10% do di-hidrato já está formado (CLIFTON, 1973; BENTUR,
1995 apud ANTUNES, 1999).
O final da pega pela ABNT é determinado quando a agulha de Vicat deixa uma leve
impressão na superfície da pasta indicando a consistência máxima. Já pela
calorimetria, o final da pega é indicado pela temperatura máxima onde 90% da pasta
já está hidratada ocorrendo a estabilização da temperatura e a diminuição das
velocidades das reações (THOLE, 1994 apud ANTUNES, 1999).
A Tabela 4.8 exibe os valores dos tempos de pega pelo método da ABNT e
calorímetro.
Tabela 4.8 - Comparação dos tempos de pega das pastas pelos métodos da ABNT e calorimétrico
Método NBR 12128 (2017) Método Calorimétrico
Pasta Tempo de início Tempo de fim Tempo de início Tempo de fim
de pega (min.) de pega (min.) de pega (min.) de pega (min.)
GF0 20,88 28,42 16,63 39,08
GF1-A 12,55 17,17 14,03 39,42
GF1-B 22,89 27,50 19,28 44,73
GF2-A 25,56 33,00 21,22 53,90
GF2-B 23,93 31,42 19,03 50,63
Fonte: Autor (2018)
De acordo com a Tabela 4.8, os resultados de tempo de início de pega pelo método
calorimétrico foram menores que os obtidos pelo método da NBR 12128 (2017), com
exceção da pasta GF1-A que obteve tempo maior. Em relação ao tempo de fim de
pega, pelo método calorimétrico, os valores foram sempre maiores. Esses
comportamentos já eram previsto e foram explicados anteriormente.
Tabela 4.9 – Valores médios de absorção de água por imersão total das pastas de gesso
Absorção de água por
Pasta
imersão total (%)
GF0 32,81 ± 0,79
GF1-A 32,27 ± 0,22
GF1-B 30,38 ± 0,42
GF2-A 34,86 ± 0,54
GF2-B 34,93 ± 0,80
Fonte: Autor (2018)
Na Figura 4.7, estão presentes os valores médios de absorção de água por imersão
total das pastas analisadas.
Figura 4.7 - Gráfico dos valores médios de absorção de água por imersão total das pastas analisadas
40,00%
34,86% 34,93%
Absorção de água por imersão
32,81% 32,27%
35,00%
30,00% 30,38%
25,00%
20,00%
total (%)
15,00%
10,00%
5,00%
0,00%
GF0 GF1-A GF1-B GF2-A GF2-B
Pastas de gesso
ABSORÇÃO DE ÁGUA POR IMERSÃO TOTAL (%)
A perda de massa dos corpos de prova foi observada através da massa seca antes
e após o ensaio de absorção de água por imersão total, ambas obtidas após a
secagem em estufa a 40 °C, até constância de massa e permanência no dessecador
por 24h.
0,35% 0,31%
0,29%
0,30%
0,25% 0,23%
0,21%
0,20%
0,15%
0,10%
GF0 GF1-A GF1-B GF2-A GF2-B
Pastas de gesso
Observando a Figura 4.8, tem-se que os valores de perda de massa não foram
expressivos com variação de 0,21% a 0,33%. As pastas com o aditivo 1
apresentaram os maiores valores de perda de massa. Além disso, o aumento do
teor de hidrofugação influenciou em um sensível aumento da propriedade.
Já as pastas com o aditivo 2 foram as que menos perderam massa. A pasta com o
maior teor de hidrofugação, GF2-B, foi a que menos perdeu massa, 0,21%, em
relação as pastas estudadas. A influência do aditivo 2 sobre a perda de massa das
pastas indica maior efeito sobre a durabilidade dos gessos que poderá ser
confirmada por meio de ensaios de durabilidade.
Figura 4.9 - Absorção de água por imersão total e perda de massa das pastas de gesso
0,35% 0,33% 36,00%
0,31% 34,86% 34,93%
0,30%
34,00%
32,81% 0,23%
0,25% 32,27% 33,00%
0,21%
total (%)
0,20% 32,00%
31,00%
0,15% 30,38%
30,00%
0,10% 29,00%
GF0 GF1-A GF1-B GF2-A GF2-B
Pastas de gesso
ABSORÇÃO DE ÁGUA POR IMERSÃO TOTAL PERDA DE MASSA
Desta forma, verifica-se uma relação inversa entre estas propriedades onde, para o
aditivo 1, quanto maior o teor de hidrofugação, menor foi a absorção de água por
imersão total e maior foi a perda de massa. Já para o aditivo 2, quanto maior o teor
de hidrofugação menor foi a perda de massa e a absorção de água manteve-se,
praticamente, constante.
84
Este ensaio foi realizado conforme a metodologia da norma americana ASTM C1794
(2015) que define o procedimento para a determinação do coeficiente de
capilaridade para materiais de construção, como o gesso. Inicialmente, foi
determinada a quantidade de água absorvida por unidade de superfície (Δmt) e, em
seguida, foi plotado o gráfico de (Δmt) em função da raiz quadrada do tempo.
Ainda de acordo com a Tabela 4.11, nota-se que o aditivo 2 influenciou na maior
absorção de água por área, em relação à pasta de referência. A análise dos
coeficientes de variação indica que, em todas as pastas, os valores obtidos
possuem baixa dispersão e apresentam homogeneidade, CV ≤ 15%.
Verifica-se que na pasta de referência, GF0, e nas pastas com o aditivo 2, GF2-A e
GF2-B, o tempo de ensaio foi de 120 min. Este ocorrido se deve à chegada da água
à superfície do corpo de prova determinando o fim do ensaio, conforme recomenda
a norma americana ASTM C1794 (2015).
Figura 4.10 - Curvas de absorção de água por capilaridade das pastas estudadas
70
65
60
55
50
Δmt (kg/m²)
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
0 50 100 150 200 250 300
t0,5(s0,5)
Já as curvas das pastas GF1-A e GF1-B, são caracterizadas apenas pelo trecho
linear indicando que a água não alcançou a superfície superior dos corpos de prova
no período do ensaio. Da análise da Figura 4.10, é possível verificar que a absorção
de água foi maior nas pastas com o aditivo 2 e foi muito próximo da absorção de
água na pasta de referência. Já as pastas com o aditivo 1 possuem os menores
valores de absorção de água, em relação à referência.
De acordo com a norma americana ASTM C1794 (2015), os materiais podem ser
classificados de acordo com a curva de absorção de água. Se a relação entre a
absorção de água por unidade de superfície (Δmt) e a raiz quadrada do tempo for
linear, o material será classificado como Tipo A. Caso esta relação não seja linear, o
material será classificado como Tipo B.
Tabela 4.12 - Valores dos coeficientes de capilaridade obtidos a partir da curvas de absorção de água
por capilaridade pela ASTM
Coeficiente de Tipo
Média Desvio Coeficiente de
Pasta determinação de
(kg/m².s0,5) Padrão Variação - CV (%)
(R²) gráfico
GF0 7.931 x 10-4 27 x 10-4 0,34 0,9961 Tipo A
GF1-A 1.571 x 10-4 23 x 10-4 1,44 0,9637 Tipo A
GF1-B 1.076 x 10-4 97 x 10 -4 9,0 0,9986 Tipo A
GF2-A 7.534 x 10-4. 246 x 10 -4 3,27 0,9997 Tipo A
GF2-B 6.227 x 10-4 146 x 10-4 2,35 0,9998 Tipo A
Fonte: Autor (2018)
Como observado na Tabela 4.12, todas as curvas possuem comportamento Tipo A,
apresentando uma relação linear entre a quantidade de água absorvida por unidade
de superfície (Δmt) e a raiz quadrada do tempo. Este dado é corroborado pelo
coeficiente de determinação (R²), que é uma forma de avaliar a qualidade do ajuste
do modelo e indica se o modelo foi capaz de explicar os dados coletados, quanto
mais próximo de 1,0 melhor será a qualidade dos dados.
Nas curvas das pastas GF0, GF2-A e GF2-B, os coeficientes R² foram obtidos
apenas para os trechos lineares, desconsiderando os trechos, praticamente,
constantes, conforme indicação da norma americana ASTM C1794 (2015). A
observação dos coeficientes R² presentes na Tabela 4.12, corrobora que as curvas
presentes na Figura 4.10 possuem comportamento linear, e podem ser classificadas
com Tipo A, de acordo a norma americana.
Figura 4.11 - Absorção de água por capilaridade da pasta GF0 com a curva linearizada
70,00 67,29
65,00 y = 0,7687x + 3,3258
60,00 R² = 0,9961 51,39
55,00 CV = 0,34%
Δmt (kg/m²)
50,00
45,00
40,00
35,00 30,08
30,00
25,00
20,00 15,83
15,00
0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00 90,00
t (s½)
ABSORÇÃO DE ÁGUA POR CAPILARIDADE PASTA GF0
Linear (ABSORÇÃO DE ÁGUA POR CAPILARIDADE PASTA GF0)
Como a relação entre Δmt e a raiz do tempo é linear, foi determinada a equação da
reta, por meio de regressão linear, para as curvas de absorção de água,
desconsiderando os trechos constantes, conforme verificado na Figura 4.11. Desta
forma, através da equação da reta, também foi possível obter os coeficientes de
absorção de água por capilaridade (kg/m².s0,5), que são os coeficientes angulares da
equação da reta para cada série de corpos de prova.
Tabela 4.13 - Valores dos coeficientes de absorção obtidos a partir da curvas de absorção de água
por capilaridade por regressão linear
Média Desvio Coeficiente de
Pasta
(kg/m².s0,5) Padrão Variação - CV (%)
GF0 7.687 x 10-4 43 x 10-4 0,56
GF1-A 1.692 x 10 -4 29 x 10-4 1,69
GF1-B 1.093 x 10 -4 116 x 10 -4 10,65
GF2-A -4
7.583 x 10 . 312 x 10 -4 4,12
GF2-B 6.350 x 10-4 145 x 10-4 2,28
Fonte: Autor (2018).
Na Figura 4.12, estão apresentados os valores de coeficientes de capilaridades das
curvas de absorção de água obtidos pelo método da ASTM e pela regressão linear.
Figura 4.12 - Valores dos coeficientes de capilaridade obtidos a partir da curvas de absorção de água
por capilaridade pela ASTM e pela regressão linear
7931 7534 7583
8.000,00
Coeficiente de absorção de água por
7687
capilaridade (kg/m².s0,5) X 10^(- 4)
7.000,00 6227
6350
6.000,00
5.000,00
4.000,00
3.000,00
2.000,00 1571 1692
1076
1093
1.000,00 333
0,00
GF0 GF1-A GF1-B GF2-A GF2-B
Pastas de gesso
De acordo com a norma DIN 52.617 (1987) apud Santos (2017), os materiais podem
ser classificados segundo o valor do coeficiente de capilaridade, conforme a Tabela
4.14.
Ainda por meio da Figura 4.12, observa-se que os coeficientes de absorção obtidos
são maiores do que 333 x 10-4 (kg/m².s0,5). De acordo com a Tabela 4.14, todas as
pastas estudadas são classificadas como material de “Sucção rápida”.
Desta forma, verifica-se que a utilização dos aditivos hidrofugantes não proporcionou
a obtenção de coeficientes de capilaridade que classificassem as pastas em, pelo
menos, como “Preventivo contra a água”, como verificado na literatura. Ou seja, as
pastas com os aditivos hidrofugantes possuem a mesma classificação, quanto ao
coeficiente de capilaridade, que a pasta sem aditivo.
O ensaio de dureza superficial foi realizado através do método indicado pela NBR
12128 (2017), que utiliza a penetração de uma esfera metálica nos corpos de prova.
Na Tabela 4.15, estão apresentados os valores médios de dureza obtidos nas
pastas estudadas.
89
Figura 4.13 - Dureza superficial do gesso em comparação com a NBR 13207 (2017)
23,00 22,16
Dureza Superficial (N/mm²)
22,00
21,00 20,10
20,00 19,17 19,36
18,88
19,00
18,00
17,00
16,00
15,00
GF0 GF1-A GF1-B GF2-A GF2-B
Pastas de gesso
DUREZA SUPERFICIAL
DUREZA MÍNIMA PELA NBR 13207 (2017)
Em relação ao critério mínimo definido pela NBR 13207 (2017), em valores médios,
somente as pastas GF0 e GF1-B atenderam ao requisito. Mas, analisando a
dispersão em torno da média, apenas a pasta GF1-A não atendeu ao critério
normativo.
Figura 4.14 - Dureza superficial após o ensaio de absorção de água por imersão total
23,00 22,16
Dureza Superficial (N/mm²)
22,00
21,00 20,38
20,10 19,97
20,00 19,36
18,88 19,17
19,00
18,37 18,86
18,00
16,90
17,00
16,00
GF0 GF1-A GF1-B GF2-A GF2-B
Pastas de gesso
DUREZA SUPERFICIAL
Através da Figura 4.14, verifica-se que a dureza superficial é influenciada pela ação
do aditivo hidrofugante e da água, sendo diminuída em relação à pasta de
referência. As pastas GF0 e GF2-A foram as únicas que atenderam ao requisito da
NBR 13207 (2017) após a absorção de água, que exige dureza superficial de 20,0
N/mm²
10,00 9,67
8,15 8,40
8,00
7,01
7,00
6,00
GF0 GF1-A GF1-B GF2-A GF2-B
Pastas de gesso
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
RESISTÊNCIA MÍNIMA PELA NBR 13207 (1994)
gesso, este trabalho usará como referência a NBR 13207 (1994) que determina o
valor mínimo de 8,40 MPa.
Figura 4.16 - Resistência à compressão após o ensaio de absorção de água por imersão total
11,00
Resistência à compressão (MPa)
10,10
10,00 9,67
6,00
GF0 GF1-A GF1-B GF2-A GF2-B
Pastas de gesso
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO APÓS ABSORÇÃO TOTAL
RESISTÊNCIA MÍNIMA PELA NBR 13207 (1994)
6 Valor de precipitação (mm) acumulado nos meses de dezembro e janeiro no período do ensaio.
94
Tabela 4.18 - Valores médios de absorção de água por imersão total após o envelhecimento natural
Absorção de água
Pasta
por imersão total (%)
GF0 35,22 ± 0,30
GF1-A 32,50 ± 0,73
GF1-B 30,71 ± 0,23
GF2-A 35,54 ± 0,55
GF2-B 34,94 ± 0,23
Fonte: Autor (2018)
Na Figura 4.17, estão presentes os valores médios de absorção de água por
imersão total após o ensaio de envelhecimento natural.
Figura 4.17 - Gráfico dos valores médios de absorção de água por imersão total após o
envelhecimento natural
35,22% 35,54% 34,94%
35,00% 32,50%
Absorção de água por imersão total (%)
30,00% 30,71%
25,00%
20,00%
15,00%
10,00%
5,00%
0,00%
GF0 GF1-A GF1-B GF2-A GF2-B
Pastas de gesso
ABSORÇÃO DE ÁGUA POR IMERSÃO TOTAL APÓS
ENVELHECIMENTO NATURAL
ABSORÇÃO DE ÁGUA POR IMERSÃO TOTAL MÁXIMA
SEGUNDO A NBR 16494 (2017)
Na Figura 4.18, estão presentes os valores de absorção de água por imersão total
antes e depois do ensaio de envelhecimento natural.
Figura 4.18 - Comparação entre a absorção de água antes e depois do ensaio de envelhecimento
natural
37,00%
Absorção de água por imersão total (%)
35,54%
36,00%
35,22% 34,86% 34,93%
35,00%
34,94%
34,00%
32,81%
33,00% 32,27% 32,50%
32,00%
30,71%
31,00%
30,38%
30,00%
29,00%
GF0 GF1-A GF1-B GF2-A GF2-B
Pastas de gesso
ABSORÇÃO DE ÁGUA POR IMERSÃO TOTAL
Figura 4.19 - Curvas de absorção de água por capilaridade após envelhecimento natural
70
65
60
55
50
Δmt (kg/m²)
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
0 50 100 150 200 250 300
t (s½)
Tabela 4.19 - Valores dos coeficientes de capilaridade obtidos das curvas de absorção de água após
o envelhecimento natural
Média Desvio Coeficiente de Tipo de
Pasta
(kg/m².s0,5) Padrão Variação - CV (%) gráfico
GF0 6.695 x 10-4 116 x 10-4 1,74 Tipo A
GF1-A 2.696 x 10-4 181 x 10 -4 6,71 Tipo A
GF1-B 2.751 x 10-4 438 x 10 -4 15,93 Tipo A
GF2-A 5.314 x 10-4. 14 x 10-4 0,27 Tipo A
GF2-B 5.059 x 10-4 125 x 10 -4 2,47 Tipo A
Fonte: Autor (2018)
97
7.100,00
capilaridade (kg/m².s½) X 10^(- 4)
6695 6227
6.100,00
5314
5.100,00 5059
4.100,00
2696
3.100,00
2751
2.100,00 1571
1076
1.100,00 333
100,00
GF0 GF1-A GF1-B GF2-A GF2-B
Pastas de gesso
COEFICIENTE DE CAPILARIDADE (kg/m².S½) X 10^-4
Tabela 4.20 - Valores médios de dureza superficial após o ensaio de envelhecimento natural
Pasta Dureza superficial (N/mm)
GF0 19,92 ± 0,88
GF1-A 21,23 ± 0,57
GF1-B 22,14 ± 1,09
GF2-A 17,03 ± 0,15
GF2-B 19,19 ± 1,09
Fonte: Autor (2018)
Na Figura 4.21, estão presentes os valores médios de dureza superficial antes e
após o ensaio de envelhecimento natural.
Figura 4.21 - Comparação entre a dureza superficial antes e depois do ensaio de envelhecimento
natural
Dureza Superficial (N/mm²)
23,00 22,16
21,23 22,14
21,00 20,10
18,88 19,17 19,36
19,00 19,92
19,19
17,00 17,03
15,00
GF0 GF1-A GF1-B GF2-A GF2-B
9,24 8,75
9,00 8,98 8,45 8,33
8,15
8,00
7,45 7,01
7,00
6,92
6,00
GF0 GF1-A GF1-B GF2-A GF2-B
Pastas de gesso
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO (MPa)
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve o objetivo de avaliar os efeitos dos aditivos hidrofugantes nas
propriedades nos estados fresco e endurecido e na durabilidade do gesso de
fundição utilizando relação água gesso comercial.
5.1 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABERLE, T et al. 10th Global Gypsum Conference & Exhibition 2010. New
approaches to increase water resistance of gypsum-based building materials.
Anais...Paris: Global Gypsum Magazine. 2010
ABREU, E. M. X. Estudo da influência de diferentes gessos produzidos na
região nordeste do Brasil para a fabricação de moldes utilizados na indústria
de louças sanitárias. 2005. 73f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) –
Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2005.
AMERICAN SOCIETY FOR TESTING MATERIALS. C1794: Standard Test
Methods for Determination of the Water Absorption Coefficient by Partial
Immersion. United States of America: 2015.
ANDRADE, A. C. Avaliação do uso de aditivo incorporador de ar em pastas de
gesso. 2016. 85f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia
Civil) – Universidade Federal do Vale do São Francisco, Campus Juazeiro – BA,
2016.
ANDRADE, A. S. M. Estudo da Maquinabilidade de gesso para moldes,
moldações e modelos. 2017. 127f. Dissertação (Mestrado em Engenharia
Mecânica) - Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Porto, 2017.
ANTUNES, R. P. N. Estudo da influência da cal hidratada nas pastas de gesso.
1999. 145f. Dissertação (Mestrado em Civil) – Escola Politécnica da Universidade de
São Paulo, São Paulo, 1999.
ARANTES, Y. K. Uma visão geral sobre impermeabilização na construção civil.
2007. 67f. Monografia (Curso de Especialização em Construção Civil) –
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2007.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9575 –
Impermeabilização – Seleção e projeto. Rio de Janeiro: 2010.
_____.NBR 12127: Gesso para construção civil- Determinação das
propriedades físicas do pó. Rio de Janeiro: 2017.
_____.NBR 12128: Gesso para construção civil- Determinação das
propriedades físicas da pasta de gesso. Rio de Janeiro: 2017.
_____.NBR 12129: Gesso para construção civil - Determinação das
propriedades mecânicas. Rio de Janeiro: 2017.
_____.NBR 12130: Gesso para construção civil- Determinação da água livre e
de cristalização e teores de óxido de cálcio e anidrido sulfúrico: método de
ensaio. Rio de Janeiro: 2017.
_____.NBR 13207: Gesso para construção civil - Requisitos. Rio de Janeiro,
2017.
_____.NBR 13554 – Solo-cimento – Ensaio de durabilidade por molhagem e
secagem. Rio de Janeiro: 1996.
106