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Aulas 26 e 27

Graciliano Ramos
A obra

Vidas secas, 1938

Graciliano Ramos
O escritor
Graciliano Ramos de Oliveira
1892 - Quebrângulo, AL
1953 - Rio de Janeiro, RJ
Prosa de 30
A década do romance no Brasil

José Américo de Almeida: PA


José Lins do Rego: PE e PA
Prosa Regionalista Rachel de Queiroz: CE
Jorge Amado: BA
Érico Veríssimo: RS

Graciliano Ramos: AL

Marques Rebelo
José Geraldo Vieira
Lúcio Cardoso
Prosa Intimista Cornélio Pena
Cyro dos Anjos
Dionélio Machado
Otávio de Faria

© Prof. Eloy Gustavo


Graciliano Ramos 1892-1953
Romances
1933: Caetés
1934: São Bernardo
1936: Angústia
1938: Vidas Secas

Memória
1945: Infância
1953: Memórias do Cárcere

© Prof. Eloy Gustavo


Vidas Secas

© Prof. Eloy Gustavo


SOBRE O LIVRO:
• Foi publicado em 1938, após a temporada de Graciliano na cadeia.

• Capítulos escritos fora de ordem e publicados separadamente em jornais.

• É considerado um romance desmontável, com 13 capítulos autônomos.

• O único livro de Graciliano em terceira pessoa, com narrador onisciente.

• O texto discute a questão do trabalhador rural.

• O domínio da linguagem é instrumento de poder.

• As personagens são “zoomorfizadas”, enquanto Baleia é “antropomorfizada”.

• Uso do discurso indireto livre.


Conflito
Protagonistas:

Fabiano, Sia Vitória, menino mais velho, menino mais novo, Baleia

zoomorfização antropomorfização

Conflito: Adquirir a dignidade de um ser humano

Fabiano:
- sou um ser humano?
- aptidão para a fala de Tomás da Bolandeira
- educação dos filhos

Sia Vitória: cama igual à cama de Tomás da Bolandeira

Meninos: educação
- mais novo: ser vaqueiro
- mais velho: palavra inferno

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Fabiano Menino Menino Sia Vitória Baleia
mais novo mais velho

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Antagonistas
natureza

patrão
comerciantes
Fabiano X Sinhá Terta

soldado amarelo
cobrador de impostos

natureza
Sia Vitória X
patrão

natureza
Meninos X
distância e incompreensão dos outros (educação)

Baleia X natureza

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Antagonistas

Soldado amarelo Comerciante Patrão


- Opressão dos desvalidos - Roubo nos preços - Roubo no salário
- Adulteração da mercadoria

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A figura positiva

Tomás da Bolandeira

- Proprietário (bolandeira –descaroçador algodão)

- Letrado (fala bem – bom vocabulário)

- Respeitoso com todos, mesmo com os peões

- Sofreu os efeitos da seca

© Prof. Eloy Gustavo


Capítulo 1 - Mudança
Fabiano, Sinhá Vitória, o menino mais velho, o menino mais
novo, a cachorra Baleia e o papagaio fugiram da fazenda de Seu
Tomás da bolandeira por causa da seca. No caminho o papagaio é
sacrificado para conter a fome da família. O menino mais velho chora
e é repreendido pelo pai. Ao chegarem em uma fazenda abandonada,
a cachorra consegue caçar uma preá que serve de alimento para
todos.
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Primeira Zoomorfização
Vitória do Humano

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Capítulo 2 - Fabiano
Chove e, com a chuva, o dono da fazenda aparece e expulsa a
família. Fabiano pede um emprego e consegue permissão para ficar,
mas é muito maltratado pelo fazendeiro. Fabiano reflete sobre sua
condição próxima a de um bicho e admira as pessoas que se
expressam com facilidade. Sinhá Vitória sonha com uma cama de
couro como a de Seu Tomás da bolandeira. A chuva passa e a seca
volta.
© Prof. Eloy Gustavo
Capítulo 3 - Cadeia
Fabiano vai à cidade comprar
mantimentos e bebe. É convidado por
um soldado para um jogo de cartas.
Como não soubesse como recusar
acaba jogando e perdendo. Sai do
local furioso e não obedece a ordem
do soldado para que parasse. Em meio
ao nervosismo, xinga a mãe do
soldado, é preso e apanha na cadeia.
Capítulo 4 – Sinhá Vitória
Sinhá Vitória e Fabiano discutem. Ela reclama do dinheiro que
ele gasta com o jogo e com a bebida. Ele fala de sapatos de verniz que
ela usava para dançar em festas .
Capítulo 5 – O menino mais novo
O menino mais novo quer imitar Fabiano e tenta montar em
um bode que acaba por derrubá-lo. O irmão mais velho ri e Baleia
olha para os dois reprovando a cena.
Capítulo 6 – O menino mais velho
O menino mais velho quer saber o significado da palavra
inferno. Sinhá Vitória diz que é alguma coisa ruim. Como ele insiste e
ela não consegue explicar, lhe dá um “cocorote”. O menino sai
chorando e vai consolar-se com Baleia.
© Prof. Eloy Gustavo
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Capítulo 07 - Inverno
A família, reunida em torno do fogo, tenta conversar. Fabiano
começa a contar uma história que não faz sentido. Seu discurso é
confuso e desorganizado. A cachorra espera que todos deitem para
poder dormir.
Capítulo 8 - Festa
Todos se vestiram para participar da festa de Natal na cidade.
Sentiam-se mal por não estarem acostumados, principalmente com os
sapatos. As crianças ficam encantadas com as luzes da igreja. Fabiano
embebeda-se e a cachorra Baleia desaparece. Mais tarde, reaparece
feliz por ter reencontrado a família.
Capítulo 9 - Baleia
A cachorra Baleia está muito magra, Fabiano acha que ela
está com raiva e decide sacrificá-la. Todos estão tristes e Baleia,
desconfiada, tenta se esconder. Fabiano lhe dá um tiro, a cachorra se
deita sem saber o que está acontecendo e sonha com um mundo
cheio de preás.
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"Baleia encosta a cabecinha fatigada
na pedra. A pedra estava fria, certamente
sinha Vitória tinha deixado o fogo apagar-se
muito cedo. Baleia queria dormir. Acordaria
feliz, num mundo cheio de preás. E
lamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano
enorme. As crianças se espojariam com ela,
rolariam com ela num pátio enorme, num
chiqueiro enorme. O mundo ficaria todo
cheio de preás, gordos, enormes."
Capítulo 10 - Contas

Fabiano é constantemente enganado pelo patrão, que lhe


vende gêneros de primeira necessidade por um preço acima do
mercado. Quando o vaqueiro reclama que o que recebia não
coincidia com as contas feitas com Sinhá Vitória, o patrão lhe
manda procurar outro emprego. Fabiano se lembra de quando, na
cidade, foi multado por um fiscal da prefeitura por vender carne
sem pagar imposto, quando tentava vender um porco e
revolta-se em silêncio.
Capítulo 10 - Contas

“Aparentemente resignado, sentia um ódio imenso a


qualquer coisa que era ao mesmo tempo a campina
seca, o patrão, os soldados e os agentes da prefeitura.
Tudo na verdade era contra ele.”
Capítulo 11 – O soldado amarelo

Fabiano procura reses fugidas no meio da caatinga e


encontra o soldado amarelo. Apesar da oportunidade de se vingar
por ter sido humilhado e preso, deixa-o partir porque o acredita
representante de uma instituição abstrata, mas que precisa ser
respeitada: o governo.
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Agora Fabiano conseguia arranjar as idéias. O que o segurava
era a família. Vivia preso como um novilho amarrado ao mourão,
suportando ferro quente.
Se não fosse isso, um soldado amarelo não lhe pisava o pé
não. O que lhe amolecia o corpo era a lembrança da mulher e dos
filhos. Sem aqueles cambões pesados, não envergaria o espinhaço
não, sairia dali como onça e faria uma asneira. Carregaria a
espingarda e daria um tiro de pé de pau no soldado amarelo. Não. O
soldado amarelo era um infeliz que nem merecia um tabefe com as
costas da mão. Mataria os donos dele. Entraria num bando de
cangaceiros e faria estrago nos homens que dirigiam o soldado
amarelo. Não ficaria um para semente.
Era a idéia que lhe fervia na cabeça. Mas havia a mulher,
havia os meninos, havia a cachorrinha.
Capítulo 12 – O mundo coberto de penas

Aves que bebem o pouco de água que resta são mortas por
Fabiano e servem de alimento que adia a morte do grupo.
Assustado, o vaqueiro pensa sobre o significado do soldado
amarelo e do dono da fazenda e reconhece que seu destino é
muito parecido com o de Baleia.
Capítulo 13 - Fuga

O capítulo fecha o ciclo formado pela proposta de


organização do autor. A família, sem poder saldar a dívida com o
dono da fazenda, foge durante a madrugada, levando nas costas os
poucos bens que possuem. Lembram-se de Baleia e, para evitar
sofrimento, conversam sobre os sonhos de um futuro melhor.
Fabiano quer ver os filhos em escolas aprendendo a ler e sinhá
Vitória pensa mais uma vez em um dia poder dormir em uma cama
de couro.
Capítulo 13 - Fuga

Início

Fim

Romance
Cíclico
Pausa durante a retirada: sonhos em comum
Fugir da condenação dessa vida – ida para a zona da mata / litoral
Possibilidade de estudo para os filhos

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Fim
Exercício 1 - Apostila

“O mulungu do bebedouro cobria-se de arribações. Mau sinal, provavelmente o


sertão ia pegar fogo. Vinham em bandos, arranchavam-se nas árvores da beira do
rio, descansavam, bebiam e, como em redor não havia comida, seguiam viagem para
o Sul. O casal agoniado sonhava desgraças. O sol chupava os poços, e aquelas
excomungadas levavam o resto da água, queriam matar o gado. (...) Alguns dias
antes estava sossegado, preparando látegos, consertando cercas. De repente, um
risco no céu, outros riscos, milhares de riscos juntos, nuvens, o medonho rumor de
asas a anunciar destruição. Ele já andava meio desconfiado vendo as fontes
minguarem. E olhava com desgosto a brancura das manhãs longas e a vermelhidão
sinistra das tardes. (...)” ( Vidas secas , Graciliano Ramos)

© Prof. Eloy Gustavo


Exercício 1 - Apostila
(PUC-SP) Sobre o texto, é incorreto afirmar-se que
a) prenuncia nova seca e relata a luta incessante que os animais e o homem travam
na constante defesa da sobrevivência.
b) marca-se por fatalismo exagerado, em expressão como “o sertão ia pegar fogo”;
que impede a manifestação poética da linguagem.
c) atinge um estado de poesia, ao pintar com imagens visuais, em jogo forte de
cores, o quadro da penúria da seca.
d) explora a gradação, como recurso estilístico, para anunciar a passagem das aves a
caminho do Sul.
e) confirma, no deslocamento das aves, a desconfiança iminente da tragédia,
indiciada pela brancura das manhãs longas e a vermelhidão sinistra das tardes.

© Prof. Eloy Gustavo


Exercício 1 - Apostila
(PUC-SP) Sobre o texto, é incorreto afirmar-se que
a) prenuncia nova seca e relata a luta incessante que os animais e o homem travam
na constante defesa da sobrevivência.
Xb) marca-se por fatalismo exagerado, em expressão como “o sertão ia pegar fogo”;
que impede a manifestação poética da linguagem.
c) atinge um estado de poesia, ao pintar com imagens visuais, em jogo forte de
cores, o quadro da penúria da seca.
d) explora a gradação, como recurso estilístico, para anunciar a passagem das aves a
caminho do Sul.
e) confirma, no deslocamento das aves, a desconfiança iminente da tragédia,
indiciada pela brancura das manhãs longas e a vermelhidão sinistra das tardes.

© Prof. Eloy Gustavo


Exercício 2 - Apostila
“Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes.
Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos.
Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do
rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma
sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da
caatinga rala.” ( Vidas secas, Graciliano Ramos)

Retirantes (1944), Cândido Portinari

© Prof. Eloy Gustavo


Exercício 2 - Apostila
(UFPEL) A partir das obras de Cândido Portinari e Graciliano Ramos, que figuram acima, é
correto afirmar que

a) o texto de Graciliano Ramos, diferentemente da pintura de Portinari, retrata o mero


pitoresco regional, destacando as situações folclóricas particulares da região Nordeste, a qual,
castigada pela seca, estimulava as migrações, na República Velha.

b) ambas foram produzidas durante o Estado Novo e refletem acerca do problema social
presente no Nordeste brasileiro, denotando um realismo, tanto na linguagem visual quanto no
texto literário.

c) o problema explorado em ambas as obras relaciona-se à figura do retirante e denuncia a


situação desses proletários urbanos, que, em virtude da exploração capitalista, na Re- pública
Velha, sofriam com o desemprego em massa.

d) o problema dos retirantes não está ligado somente à opressão dos latifundiários em relação
aos lavradores, mas também ao fato de ser uma ação individualizada, não acarretando perdas
demográficas e político-econômicas expressivas.

e) tanto na escrita de Graciliano quanto no traço artístico de Portinari, é possível entrever a


“secura” que emana do ambiente da caatinga, apesar do processo de desenvolvimento
econômico e de democratização já instaurados no país, à época.

© Prof. Eloy Gustavo


Exercício 2 - Apostila
(UFPEL) A partir das obras de Cândido Portinari e Graciliano Ramos, que figuram acima, é
correto afirmar que

a) o texto de Graciliano Ramos, diferentemente da pintura de Portinari, retrata o mero


pitoresco regional, destacando as situações folclóricas particulares da região Nordeste, a qual,
castigada pela seca, estimulava as migrações, na República Velha.

X
b) ambas foram produzidas durante o Estado Novo e refletem acerca do problema social
presente no Nordeste brasileiro, denotando um realismo, tanto na linguagem visual quanto no
texto literário.

c) o problema explorado em ambas as obras relaciona-se à figura do retirante e denuncia a


situação desses proletários urbanos, que, em virtude da exploração capitalista, na Re- pública
Velha, sofriam com o desemprego em massa.

d) o problema dos retirantes não está ligado somente à opressão dos latifundiários em relação
aos lavradores, mas também ao fato de ser uma ação individualizada, não acarretando perdas
demográficas e político-econômicas expressivas.

e) tanto na escrita de Graciliano quanto no traço artístico de Portinari, é possível entrever a


“secura” que emana do ambiente da caatinga, apesar do processo de desenvolvimento
econômico e de democratização já instaurados no país, à época.

© Prof. Eloy Gustavo


Exercício 3 - Apostila
3. (UPF) Sobre o foco narrativo do romance Vidas secas , de
Graciliano Ramos, é correto afirmar que:

a) o narrador onisciente conhece, o tempo todo, a interioridade de todas as


personagens.

b) o narrador onisciente tem acesso à consciência de uma personagem de


cada vez.

c) há vários narradores oniscientes contando a história.

d) há um narrador onisciente contando a história a partir das percepções de


uma única personagem.

e) a história é narrada, alternadamente, por várias personagens.

© Prof. Eloy Gustavo


Exercício 3 - Apostila
3. (UPF) Sobre o foco narrativo do romance Vidas secas , de
Graciliano Ramos, é correto afirmar que:

a) o narrador onisciente conhece, o tempo todo, a interioridade de todas as


personagens.

X
b) o narrador onisciente tem acesso à consciência de uma personagem de
cada vez.

c) há vários narradores oniscientes contando a história.

d) há um narrador onisciente contando a história a partir das percepções de


uma única personagem.

e) a história é narrada, alternadamente, por várias personagens.

© Prof. Eloy Gustavo


Exercício 4 - Apostila
(UEMaringá-PR) Sobre a obra

Vidas Secas , de Graciliano Ramos, assinale o que for correto.

I. ( ) Os títulos “Mudança”, do primeiro capítulo, e “Fuga”, do último capítulo,


indicam que os treze capítulos desse romance formam uma narrativa de estrutura
linear e com episódios amarrados uns aos outros pela causalidade sequencial.

II. ( ) Esse romance, pelo seu título, por sua estrutura, pela caracterização das
personagens e do espaço físico e social, pertence ao movimento estético literário
denominado Realismo/Naturalismo.

III. ( ) A história desse romance, a partir do significado do seu título, representa


simbolicamente a vitória do retirante nordestino, diante da opressão da na- tureza e
da estrutura socioeconômica, na busca da sobrevivência pessoal e familiar.

© Prof. Eloy Gustavo


Exercício 4 - Apostila
(UEMaringá-PR) Sobre a obra

Vidas Secas , de Graciliano Ramos, assinale o que for correto.

I. ( ) Os títulos “Mudança”, do primeiro capítulo, e “Fuga”, do último capítulo,


indicam que os treze capítulos desse romance formam uma narrativa de estrutura
linear e com episódios amarrados uns aos outros pela causalidade sequencial.

II. ( ) Esse romance, pelo seu título, por sua estrutura, pela caracterização das
personagens e do espaço físico e social, pertence ao movimento estético literário
denominado Realismo/Naturalismo.

III. ( ) A história desse romance, a partir do significado do seu título, representa


simbolicamente a vitória do retirante nordestino, diante da opressão da na- tureza e
da estrutura socioeconômica, na busca da sobrevivência pessoal e familiar.

© Prof. Eloy Gustavo


Exercício 4 - Apostila
IV. ( ) O trecho “Baleia queria dormir. Acordaria feliz, num mundo cheio de preás.
(...). As crianças se espojariam com ela, rolariam com ela num pátio enorme, num
chiqueiro enorme. O mundo ficaria todo cheio de preás, gordos, enormes”
exemplifica uma narrativa em que o narrador vê o mundo pela visão da personagem
e em que a personificação do animal significa mais a degradação do homem que a
elevação do animal.

V. ( ) A linguagem monossilábica de Fabiano, sua auto-definição como um bruto,


mas, ao mesmo tempo, sua preocupação com a família, seu senso de justiça, seu
apreço por Seu Tomás da bolandeira, caracterizam-no como um homem bom, porém
oprimido e quase impotente.

VI. ( ) O traje e o nome do soldado amarelo e sua preocupação com a ordem


pública fazem dele uma personagem cuja atuação exemplifica o senso de justiça e
obediência à lei, sobretudo quando prende Fabiano.

VII. ( ) As atitudes, falas, ações e preocupações da personagem Sinhá Vitória


caracterizam-na como uma personagem sem função no contexto da história narrada
e como representação simbólica de um ser humano indeciso e fraco.

© Prof. Eloy Gustavo


Exercício 4 - Apostila
IV. ( ) O trecho “Baleia queria dormir. Acordaria feliz, num mundo cheio de preás.
X
(...). As crianças se espojariam com ela, rolariam com ela num pátio enorme, num
chiqueiro enorme. O mundo ficaria todo cheio de preás, gordos, enormes”
exemplifica uma narrativa em que o narrador vê o mundo pela visão da personagem
e em que a personificação do animal significa mais a degradação do homem que a
elevação do animal.

V. ( X) A linguagem monossilábica de Fabiano, sua auto-definição como um bruto,


mas, ao mesmo tempo, sua preocupação com a família, seu senso de justiça, seu
apreço por Seu Tomás da bolandeira, caracterizam-no como um homem bom, porém
oprimido e quase impotente.

VI. ( ) O traje e o nome do soldado amarelo e sua preocupação com a ordem


pública fazem dele uma personagem cuja atuação exemplifica o senso de justiça e
obediência à lei, sobretudo quando prende Fabiano.

VII. ( ) As atitudes, falas, ações e preocupações da personagem Sinhá Vitória


caracterizam-na como uma personagem sem função no contexto da história narrada
e como representação simbólica de um ser humano indeciso e fraco.

© Prof. Eloy Gustavo


Exercício 5 - Apostila
Os meninos deitaram-se e pegaram no sono. Sinhá Vitória
pediu o binga ao companheiro e acendeu o cachimbo. Fabiano
preparou um cigarro. Por enquanto estavam sossegados. O bebedouro
indeciso tornara-se realidade. Voltaram a cochichar projetos, as
fumaças do cigarro e do cachimbo misturaram-se. Fabiano insistiu nos
seus conhecimentos topográficos, falou no cavalo de fábrica. Ia
morrer na certa, um animal tão bom. Se tivesse vindo com eles,
transportaria a bagagem. Algum tempo comeria folhas secas, mas
além dos montes encontraria alimento verde. Infelizmente pertencia
ao fazendeiro — e definhava, sem ter quem lhe desse a ração. Ia
morrer o amigo, lazarento e com esparavões, num canto de cerca,
vendo os urubus chegarem banzeiros, saltando, os bicos ameaçando-
lhe os olhos. A lembrança das aves medonhas, que ameaçavam com os
bicos pontudos os olhos de criaturas vivas, horrorizou Fabiano. Se
elas tivessem paciência, comeriam tranquilamente a carniça. Não
tinham paciência, aquelas pestes vorazes que voavam lá em cima,
fazendo curvas. — Pestes.
Exercício 5 - Apostila
(FGV-Adm) Assinale a alternativa incorreta a respeito da obra da qual foi
retirado o fragmento de texto.

a) Explora um drama social e geográfico.

b) Apresenta forte sentimentalismo, especialmente nas relações de Fabiano


com o povo.

c) Reduz personagens à condição animal.

d) Apresenta linguagem sintética, concisa.

e) Retrata quadros da vida do sertão nordestino.


Exercício 5 - Apostila
(FGV-Adm) Assinale a alternativa incorreta a respeito da obra da qual foi
retirado o fragmento de texto.

a) Explora um drama social e geográfico.

X
b) Apresenta forte sentimentalismo, especialmente nas relações de Fabiano
com o povo.

c) Reduz personagens à condição animal.

d) Apresenta linguagem sintética, concisa.

e) Retrata quadros da vida do sertão nordestino.


Exercício 6 - Apostila
(FGV-Adm) O discurso indireto livre está presente nesse fragmento
de texto. Um exemplo dele está na alternativa:

a) Os meninos deitaram-se e pegaram no sono.

b) Voltaram a cochichar projetos, as fumaças do cigarro e do cachimbo


misturaram-se.

c) A lembrança das aves medonhas, que ameaçavam com os bicos pontudos


os olhos de criaturas vivas, horrorizou Fabiano.

d) Fabiano insistiu nos seus conhecimentos topográficos, falou no cavalo de


fábrica.

e) Não tinham paciência, aquelas pestes vorazes que voavam lá em cima,


fazendo curvas.
Exercício 6 - Apostila
(FGV-Adm) O discurso indireto livre está presente nesse fragmento
de texto. Um exemplo dele está na alternativa:

a) Os meninos deitaram-se e pegaram no sono.

b) Voltaram a cochichar projetos, as fumaças do cigarro e do cachimbo


misturaram-se.

c) A lembrança das aves medonhas, que ameaçavam com os bicos pontudos


os olhos de criaturas vivas, horrorizou Fabiano.

d) Fabiano insistiu nos seus conhecimentos topográficos, falou no cavalo de


fábrica.

X
e) Não tinham paciência, aquelas pestes vorazes que voavam lá em cima,
fazendo curvas.
Exercício 7 - Apostila
(ITA) Certos traços da vertente realista-naturalista da literatura brasileira renascem
com força nos anos 30 do século XX. Um marco desse renascimento é a publicação,
em 1938, do livro Vidas secas , de Graciliano Ramos, romance acerca do qual é
possível dizer:

I. Ele registra com nitidez as sequelas da miséria sobre uma família pobre de
retirantes nordestinos, miséria essa que acaba levando as personagens a um estágio
de degradação moral.

II. Diferentemente da narrativa realista do século XIX, o tema desse livro não é mais
o adultério feminino e as relações de interesse que marcam a classe burguesa, mas
sim as condições precárias de pessoas humildes do sertão brasileiro.

III. Apesar de as personagens viverem em condições desumanas, elas mantêm a sua


dignidade e não perdem o seu caráter nem a sua humanidade. Está(ão) correta(s):

a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) apenas III. e) todas.


Exercício 7 - Apostila
(ITA) Certos traços da vertente realista-naturalista da literatura brasileira renascem
com força nos anos 30 do século XX. Um marco desse renascimento é a publicação,
em 1938, do livro Vidas secas , de Graciliano Ramos, romance acerca do qual é
possível dizer:

I. Ele registra com nitidez as sequelas da miséria sobre uma família pobre de
retirantes nordestinos, miséria essa que acaba levando as personagens a um estágio
de degradação moral.

II. Diferentemente da narrativa realista do século XIX, o tema desse livro não é mais
o adultério feminino e as relações de interesse que marcam a classe burguesa, mas
sim as condições precárias de pessoas humildes do sertão brasileiro.

III. Apesar de as personagens viverem em condições desumanas, elas mantêm a sua


dignidade e não perdem o seu caráter nem a sua humanidade. Está(ão) correta(s):

a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) apenas III. e) todas.


X

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