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Pressiometro PDF
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i) – A sonda perfura o seu
caminho no solo até à
Haste de furação profundidade do ensaio,
(rotação+circulação do fluído) quer seja a partir da
superfície quer seja a
Fig.1 – Ensaio Pressiométrico partir do fundo de um
furo já previamente
executado;
O pressiómetro é, hoje em dia, um aparelho
extremamente conhecido e de grande aplicação,
principalmente em projectos de fundações.
Broca
(corte+fluído para o corte) Dispositivo de corte
A sua utilização deve-se não só pelo trabalho do seu
inventor, Louis Ménard (1955-1959), como também Fig. 3 – Pressiómetro SBPMT
¾ com cone, cravado no local -Fig. 4 2 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO PRESSIÓMETRO
(DCPMT – Driven Cone Pressuremeter)
A criação do primeiro pressiómetro PBPMT é
atribuído a Kogler, em 1933 na Alemanha, no
¾ com cone, penetração por pressão - Fig. 4
entanto este não levará a sua ideia por diante e será
(PCPMT – Pushed Cone Pressuremeter)
Ménard, em 1955 na França, que desenvolverá e
construirá realmente o pressiómetro pré-perfurador e
o primeiro que conseguirá obter as propriedades de
i) – Penetração estática ou deformação do solo “in situ” a partir do ensaio,
dinâmica da sonda até à sendo por isso considerado como o inventor e “pai”
profundidade desejada a
partir da superfície. deste equipamento.
C P4
500 Volume injectado
Volume injectado
0 V4 [cm3]
3
A E 60 100 120 V3 [cm ] V4
0
Volume perdido Fig. 13 – Calibração da membrana
0 20 60
V2 [cm3]
Esta pressão existirá dentro da sonda, mas não fora
Fig. 12 – Curva de correcção do sistema de dela, dado que a mesma está apenas em contacto
compressibilidade com o ar, e assim sendo, a pressão P4 deve ser
subtraída ao valor da pressão P3 lida durante a
execução do ensaio pressiométrico, uma vez que na
realidade está não está a ser exercida contra as paredes Deste último gráfico – Fig. 14, o que indica a
da cavidade. evolução de V60- V30 com o nível de pressão, é
possível retirar o valor de pressão para o qual o solo
Um valor corrente da resistência que uma membrana entra em cedência Py, que tem início quando a curva
opõe à deformação, numa sonda submetida ao seu sofre um aumento significativo de V60-V30 (ponto
valor máximo de dilatação, é de aproximadamente 100 A).
kPa. P
[kPa]
5 – METODOLOGIA DO ENSAIO
Após efectuada a calibração do equipamento procede- Py A
se à realização do ensaio pressiométrico, sendo a
profundidade ou cota deste correspondente à
profundidade a meio da sonda. Durante o ensaio, e tal
como referido na calibração da membrana, a sonda
pode ser expandida em séries de incrementos de igual
pressão (método A) ou de igual volume (método B). V60-V30
No caso de se utilizar o método A então será Fig. 14 – Relaçãp de P com V60-V30
necessário antecipar a pressão máxima que o solo a
ensaiar pode suportar, a qual pode ser estimada com No caso do método B, os incrementos de volume são
base no Quadro I. iguais a um quarenta avos de V0 (V0/40), sendo o
tempo de aplicação de cada patamar de volume de
Os incrementos de pressão deverão ser todos iguais, 15 segundos, além do tempo necessário para que
sendo o seu valor de sensivelmente um dez avos (1/10) seja atingido o volume pretendido. Para cada
do valor estimado para a máxima pressão aplicável ao incremento de volume faz-se a leitura da pressão
solo. Cada incremento de pressão ∆P é aplicado correspondente ao fim dos 15 segundos P15, e com
durante 1 minuto, além do tempo necessário para que estes valores traça-se a curva que traduz a evolução
ele atinja o patamar de pressão pretendido, o que do volume injectado com a pressão. A sonda atinge
significa que teoricamente o ensaio estaria concluído o dobro do seu volume inicial após 40 incrementos
ao fim de aproximadamente 10 minutos. Na realidade de volume, ou seja passados aproximadamente 10
verifica-se que a pressão máxima do solo é atingida minutos (40 x 15s = 600 s).
entre os 7 e 14 incrementos.
Faz ainda parte do procedimento habitual efectuar-se
Solos PMT NSPT Su (corte UU) um ciclo de descarga-recarga na parte final do troço
P [MPa] [panc./30cm] [kPa] linear da curva pressiométrica, a qual é perceptível
Areia Solta 0 – 0,5 0 – 10 se se tiver em atenção a evolução dos incrementos
Média 0,5 – 1,5 10 – 30
de volume ∆V60 no caso do método A, ou os
Densa 1,5 – 2,5 30 – 50
Muito densa > 2,5 > 50 incrementos de pressão ∆P15 no caso do método B.
Argila Mole 0 – 0,2 0 – 25 Estes incrementos mantêm-se sensivelmente
Firme 0,2 – 0,4 25 – 50 constantes durante a fase de ensaio que corresponde
Rija 0,4 – 0,8 50 – 100 à parte linear da curva, sofrendo um aumento ou
Muito rija 0,8 – 1,6 100 – 200 decréscimo assim que ocorra a cedência do solo.
Dura > 1,6 > 200