Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
- Tranq�ilo.
- J� comeu as duas?
- J�, j�.
- E a�, tranquilo?
- Ta ouvindo bem?
- Caramba. E os dedinhos?
- Orelha � gostoso?
- � muito grande. Entrou na boca, quase que eu engoli.
- � mesmo, �? Mas que boceta maldita, hein, v�io? Caralho, essa boceta
� maldita, n� n�o? Bocetinha cara, n� meu irm�o?
- � mesmo, �? Caramba...
- N�o, mas eu n�o vou deixar eles fazerem isso contigo, n�o. A costela
tem que ficar inteira. Quando voc� for agora para casa, vou mandar um
t�xi te levar at� a porta de casa. Tu quer que ele v� para o Duque ou
que v� direto para tua casa?
- Seu Fernando. Manda s� um t�xi para avisar minha m�e, por favor.
- �.
Fernandinho pede para falar com um de seus homens, chamado Bomba. Ele
se certifica de que Michel est� mal. Na verdade, Bomba � o codinome do
seu bra�o-direito na favela, o bandido Marcos Marinho dos Santos, o
Chapolim.
- Fala, Patr�o..
- P�, mas ta reagindo bem pra caramba, hein? Ta falando pra caramba, n�?
- Ele � sinistro.
N�o bastava saber que o estudante estava sofrendo com a tortura a que
fora submetido. Beira-Mar sentia prazer em zombar da condi��o do rapaz.
Mesmo pelo telefone, ele arrumava plat�ia para provar que tinha o
poder. O traficante mandou Chapolim passar o telefone novamente para
Michel. Ele queria que um amigo dele, Jos� Ailton, que estava ao seu
lado na fazenda no Paraguai, conversasse com o estagi�rio de
inform�tica e tamb�m tivesse a oportunidade de zombar do rapaz.
- Fala com o meu amigo aqui. Fala com ele como � que voc� est�, que meu
amigo aqui ele � m�dico e vai ver se pode te dar um receitu�rio.
- Oi companheiro.
- Ah, �?
- Ah, vou mandar limpar teu ouvido j�. Como � que ta a�?
Jos� Ailton passa o celular novamente para Beira-Mar que volta a falar
com Chapolim.
- Ta n�o, p�, ta mais n�o. Tem nada, nada, nada. At� aquele bagulho que
segura o p� pra frente ele tem n�o, ta reto, ta que nem uma perna de
frente. N�o tem nada.
- D� s� mais um coro que daqui a uns 10 minutos eu ligo de novo pra ver
o que a gente vai fazer. Bem devagarzinho, n�o quero pressa, n�o.
11/12/2001 - 21h18