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nhecer e trocar informações com pessoas de interesses semelhantes. realizar, poderia agora ser feito por um fotógrafo com mais perfei-
Assim surgiram inicialmente os fanzines de ficção científica, em ção e em muito menos tempo.
seguida os de quadrinhos e, finalmente, os fanzines punks – ponto O tempo se encarregou de provar o engano. A pintura não ape- OS FANZINES NAS
em que a idéia da autopublicação ganhou força e se espalhou para nas não morreu, como, livre de sua função mimética, pôde explorar BIBLIOTECAS E NAS TELAS
absolutamente todos os grupos culturalmente marginalizados. novos rumos e revolucionar a História da Arte.
Acontece que a realidade neste início de século é bem diferente. Guardadas as devidas proporções, o mesmo pode acontecer ago-
Graças aos incontáveis avanços da tecnologia, as possibilidades de ra com os fanzines. Não sendo mais o único meio de comunicação
comunicação não apenas se multiplicaram, como também tiveram para os grupos que habitualmente o usavam, eles podem adquirir as
seus custos barateados, facilitando o acesso tanto para quem con- mais diversas formas e funções, podem ousar mais, podem ser mais
some quanto para quem produz informação. experimentais. Numa perspectiva otimista, podemos estar prestes
Paralelamente, boa parte dos movimentos contraculturais e sub- a trocar a quantidade pela qualidade.
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culturais – os maiores pólos produtores de zines – foram assimi- Difícil dizer se essa bela profecia irá se cumprir, mas uma coisa é
lados pelo gigante chamado sistema. As empresas estão cada vez certa: contrariando os derrotistas e os afoitos, os fanzines não mor-
mais atentas às demandas dos nichos específicos. Afinal, no mundo reram e passam bem, muito obrigado. Prova disso são os exatos 165 OS FANZINES INVADEM
capitalista somos todos consumidores e nenhuma oportunidade títulos que recebemos para essa edição do Anuário. Sem contar a AS UNIVERSIDADES
pode ser desperdiçada. A própria idéia de cultura de massa é hoje grande quantidade de filmes, livros, eventos e trabalhos acadêmicos
vista com desconfiança. dedicados ao assunto – tópicos que também foram devidamente
Com tudo isso, o fanzine impresso deixou de ser necessário. Por abordados nesta edição.
que se dar ao trabalho de pesquisar, editar, diagramar, imprimir, Dessa forma, pretendemos não apenas suprir com informações
dobrar, grampear, distribuir e – mais do que tudo – gastar dinheiro, aqueles que se interessam pelo fascinante mundo das publicações
se a informação pode ser disseminada com muito menos trabalho alternativas, mas também dar nossa modesta contribuição para a
e sem custo algum? chegada desta nova era.
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A resposta é simples e incrivelmente libertadora: porque sim, Esperamos que aproveitem a leitura!
oras. Os fanzines finalmente chegaram ao ponto em que não pre- Até o ano que vem!
cisam mais de desculpa alguma para existir. Se existem, é apenas
pelo desejo e vontade de seus criadores. Douglas Utescher pequeno guia de eventos zinísticos
O meio acadêmico tem dificuldade contexto suas abordagens de fundamentos da academia. Muitos dos acadêmicos, educado- gens e depois desenvolver uma atenção crítica ção. Era somente mais um recurso, entre tan- imagens e a cultura visual no início foi difí-
para visualizar as utilidades do fanzine realidade e de metodologia de trabalho sobre res inclusos, nem sabem o que é um fanzine. ao modo como nossas culturas usam as ima- tos outros, que poderia ser utilizado. Segundo, cil para muitos, acostumados tão somente
como ferramenta pedagógica? esta mesma realidade ficaram muito rígidas e Outros, que sabem o que é, o consideram por gens para interferir em nossos processos de eu teria que fundamentar muito bem, do ponto a ler e interpretar textos escritos, mas pos-
ESN – Avalio que sim, o meio acadêmi- inflexíveis. Padrões metodológicos foram defi- demais marginal para ser usado na educação constituição como seres humanos. Juntamente de vista teórico, os motivos pelos quais julgava sibilitou-lhes perceber que o educador se
co tem dificuldades para ver os fanzines nidos e eles muitas vezes dificultam e mesmo formal, uma vez que oferece liberdade e foge com isso havia o desejo de ajudar os mestran- o fanzine importante para a formação de edu- enriquece e aos seus alunos, quando traba-
como uma possibilidade a ser utilizada a impedem o trabalho criativo. Se a metodolo- às regras rígidas de construção e criação. dos a quebrar um pouco da rigidez da repro- cadores. E terceiro, eu corria o grande risco de lha imageticamente; 3. Puderam fazer uma
favor dos processos educativos formais. gia bem pensada e usada ajuda a construção dução dos modelos de produção acadêmica que a proposta de trabalho com os fanzines experiência diferente com a imaginação, a
Ao longo do tempo de sua constituição a científica, e isso é bom, por outro lado quando Por que resolveu levar o fanzine para suas e favorecer uma construção mais autoral. O fosse interpretada pelos professores de uma criatividade, a autoria e a auto-expressão
universidade terminou por se desenvol- ela se enrijece então inviabiliza a criatividade aulas de mestrado? Biograficzine foi uma maneira que encontrei de maneira muito rígida e que terminasse por ser o que permitiu, a vários, resgatar um fio
ver numa perspectiva cartesiana e neste e isso é muito ruim. É ruim, de modo especial, ESN – Algumas coisas vinham me preocupan- reunir em uma só proposta a criação autoral, engessada, o que mataria completamente a condutor possível para si mesmo dentro da
no campo das ciências humanas em geral, e na do na formação de professores, pois via nela a liberdade da auto-expressão, a consciência originalidade transgressora, autoral, provoca- própria história. Isso não é pouca coisa!; 4.
educação em especial, no qual a complexidade uma racionalidade técnica muito desenvolvida da trajetória biográfica e o trabalho combina- tiva, marginal e auto-expressiva dos zines. Por- Fizeram uma pequena experiência do que
é tanta que os métodos precisam ser perma- em detrimento da experiência sensível com a do de palavras e imagens. O objetivo: ajudar a tanto tomei todos os cuidados possíveis para, é uma comunidade fanzineira que troca e
nentemente criados e recriados. Então, veja... complexidade humana - também no sentido do desenvolver uma formação sensível junto aos dentro dos limites da universidade, preservar discute a própria produção, com liberdade
Uma das dificuldades dentro da academia é o corpo, do afeto e da imaginação - tão funda- educadores, mas também uma formação refle- estas qualidades em prol da formação daque- e respeito pela produção autoral do outro.
trabalho com as imagens. Na academia, e na mental, em parceria com a racionalidade, no xiva e crítica. las pessoas e chamei para trabalhar comigo Gazy Andraus ajudou muito nisso; 5. Abri-
formação de professores, predomina a palavra, que diz respeito às relações entre as pessoas um zineiro de experiência, com amor pelos fan- ram um canal de comunicação rico com o
o verbo. Ela é logocêntrica. A imagem quando que são os educadores e os educandos. Nos Quais foram os principais resultados que zines e pelo ser humano, mas também com a mundo juvenil (às vezes composto também
aparece é em esquemas didáticos ou então no processos educativos tudo passa pelas rela- conquistou junto aos seus educandos utili- referência do trabalho docente universitário e por adultos!), pois alguns levaram a experi-
campo das artes. A imagem, em conjugação ções e por aquilo que as pessoas são. Não é só zando a prática do biograficzine? com a pesquisa: Gazy Andraus. Os resultados ência do fanzine para o trabalho no ensino
com a palavra e numa perspectiva de formação razão. Nesta direção entendi que duas coisas ESN – Primeiramente é importante dizer que eu foram muito positivos:1. Ter que apresentar fundamental e médio, com resultados bas-
autoral, precisaria ter um espaço maior e me- poderiam me ajudar a facilitar aos professores tinha claro que o trabalho com fanzines na for- imagética e reflexivamente a própria trajetória tante satisfatórios. Enfim, minha experiên-
lhor explorado dentro da academia. Neste sen- o desenvolvimento desta sensibilidade: recu- mação de educadores e pesquisadores da área biográfica num fanzine exigiu dos mestrandos cia com os fanzines na educação, de modo
tido, e também por outros motivos, oriundos, perar a própria trajetória formativa, ou história de educação, e especificamente o trabalho recuperar a própria história e elaborá-la na especial na formação de professores, ain-
sobretudo, da expressão autoral livre, o fanzine de vida, se preferir; aprender a trabalhar com com o Biograficzine, não seria uma panacéia perspectiva profissional e pessoal, e isso foi da é pequena, mas tem se mostrado extre-
tem dificuldades de reconhecimento dentro da as imagens, primeiramente as próprias ima- que resolveria todos os problemas da forma- altamente enriquecedor; 2. Trabalhar com as mamente rica.
Como está a produção de fanzines impres- conseguiu o apoio de uma para vender algu- divulgação de música independente? para fugir da “frieza da virtualidade” da inter- tenho que dizer que “Crecer” é um que a
sos no Uruguai atualmente? mas edições) o ponto de encontro são os sho- ED – Exerce uma força que a internet não pode net é fazer uma ideia errada da realidade que América deve conhecer.
ED – Em Montevideo, a produção é pequena, e ws, especialmente de hardcore. oferecer mas é imprescindível para manter os os autores têm que enfrentar. As palavras são Crecer, o fanzine, foi o primeiro em mui-
quase inexistente nas outras 18 cidades uru- A produção é condicionada pela xerox. To- ânimos vivos, portanto é importante. O papel virtuais, as ideias, as fantasias... E em todo to tempo que começou a difundir material
guaias. São publicados fanzines sobre hardco- dos os fanzines são branco e preto, tamanho não é melhor do que a internet, nem vice-ver- caso é isso que temos que plasmar, e ao mes- punk (portanto independente) com inten-
re e outras formas de punk, além de temáticas A4, poucas páginas. sa. Os meios só podem ser avaliados pela sua mo tempo a coisa mais difícil de modelar. ção de criar laços. Se você conhece Crecer,
como comics, ilustrações e aquelas relaciona- Só tem três fanzines dedicados a música: idoneidade; o contexto vai falar melhor do que Independente ou não, a música precisa da quer dizer que você conhece o selo Crecer
das ao anarquismo e de liberação (tanto hu- Crecer, FTR Fanzine e En Los Nervios, também as tradições, e os meios vão criar os espaços corporalidade e crescer para além do som. Os Records, ambos projetos de Fabián Román
mana quanto animal não-humana). os únicos que fazem edições com regularida- e adaptar-se a eles. Se o fanzine impresso é fanzines têm que ser reflexo disso que não é que falam dum tempo que tá começando
Os coletivos libertários foram capazes de de. Um é bem diferente do outro. O FTR, por importante é porque no contexto da música no som, mas é música. O meio impresso é a forma no underground local. Esse fanzine foi a
ressuscitar a criação de fanzines, voltando a exemplo, tem website, na intenção de difun- Uruguai a criação de espaços físicos é de gran- mais evidente dessa relação. inspiração que impulsionou o En Los Ner-
publicar edições e textos clássicos e de outros dir seu material por todo espaço possível, e é de importância, a gente tem necessidade de se vios, e divulgou música da região que ne-
grupos, e distribuindo a cultura de dispor ban- sempre gratuito. encontrar porque muita coisa que acontece só Quais os fanzines uruguaios que toda a nhuma outra publicação divulgou.
quinhas em atividades como shows musicais está acontecendo na presente geração; muita América Latina deveria conhecer? Por outro lado, acho que En Los Nervios
ou outro tipo de eventos, oferecendo varieda- No seu fanzine En Los Nervios, você abor- coisa morreu, então coisas têm que nascer ED – Eu gostaria de poder falar de outros fan- é outro zine que você tem que conhecer. É
des de fanzines. da essencialmente música. Hoje, mesmo com a ideia de que só nós podemos fazê-las. zines de outras épocas, mas eu não conheço. uma mistura rara de narrativa e entrevista;
Dado que não têm lojas ajudando a dis- com a internet, o fanzine em papel ainda Por outro lado, a gente vai ter sempre que Acho que os três que eu já falei, porque são fala de música, mas não exatamente sobre
tribuir fanzines (ainda que En Los Nervios exerce um papel grande importância para lidar com o virtual. Fazer um fanzine impresso reflexo do que esta acontecendo aqui. Mas notas e som; não tem críticas musicais.
A exemplo da edição
do Anormal resenhada Piratas
neste Anuário, Poesia
Para El Picaporte 3 PERGUNTAS PARA FÁBIO BARBOSA
desafia as concep-
ções usuais de “zine”,
ou até mesmo de Algo que chama atenção no Reboco Os temas abordados pelo Reboco Caído e o impresso. Mas vamos ver. Quem sabe
“publicação”. Caído é o fato de ele ser um zine políti- extrapolam as fronteiras das subculturas amanhã não mude de ideia e mergulhe no
A ideia é ótima: são 7 folhas soltas, recor- co que não levanta nenhuma bandeira jovens, onde estão, geralmente, os leito- mundo virtual com a mesma vontade de
tadas no formato daqueles avisos de porta específica. Em nenhum momento ele res de zines. O que você espera do Reboco antes? Não me obrigo a nada. O trabalho
que se usam nos hotéis, cada uma delas se apresenta como uma publicação e qual é o alcance que você crê que ele tem de fluir de forma natural e agradável.
com uma poesia de um autor diferente. anarquista ou socialista, por exemplo. possa ter?
Os temas e estilos das poesias variam Essa é uma decisão consciente ou ape- FB – Essa pergunta é difícil, pois não penso
bastante, e assim como eu apontei no zine nas reflexo da sua própria postura? nele dessa forma. Faço pela necessidade in-
Danken, não me sinto apto a comentar FB – Com certeza é um reflexo do meu eu. terna que tenho de fazer. Para onde vai e até
poesia em uma língua que eu não domino. Há muito tempo não me sentia a vontade quando não são questões que passem pela mi-
De qualquer maneira, só a originalidade dentro de movimentos ou com o trabalho nha cabeça. Até pensei nisso ao ler a pergunta,
e a excelente apresentação visual já fazem em grupo. Fui cada vez mais dando pre- mas não consegui alcançar uma resposta.
Poesia Para El Picaporte valer a pena. du ferência ao trabalho solitário. Não farei
fdacma@gmail.com críticas a quem prefira atuar em grupo. Reboco Caído é também um blog. Porque
fdacma.com.ar Essa forma de agir também é importante. manter as duas versões? Qual o critério
O caso é que, para mim, trabalhar sozinho para decidir que material entra na versão
Popfuzz Zine foi se mostrando mais produtivo. O Reboco impressa e qual vai para o blog?
Maceió, AL – Brasil é o que penso e acredito como individuo. FB – Atualmente ele é apenas impresso. Es-
#1 e #2 (2011) | A5 | 12 ps. | xerox Não tenho de ser coerente ou manter uma tou meio enjoado de internet. Embora seja
postura. Mudo de opinião quantas vezes uma importante ferramenta, que abre muitas
Pop Fuzz é um co- quiser e achar necessário. Esse trabalho portas e apresenta inúmeros caminhos, não
letivo alagoano que não é o pensamento de um grupo, mas de tem me dado o mesmo tesão que o impres-
resolveu levar o rock a um cara que não consegue se conformar so. O blog não existe mais. Ainda mantenho o
sério. Realizam even- com as coisas como estão e que não quer twitter, o facebook e o e-mail para receber in-
tos, apóiam iniciati- fazer parte dessa grande máquina de moer formativos e passar as informações que julgo
vas locais, organizam carne. É um grito inconformado. relevantes. A ideia é ficar apenas com o e-mail
palestras e mesas
redondas, distribuem
Os fanzines nas
As maiores fontes para quem pesquisa sobre livro, de 1988, hoje disponível para download,
zines no Brasil são os livros citados, além de ar- segue bem a ideia do título, explicando passo a
tigos publicados na internet, revistas e jornais. passo cada etapa da produção de um fanzine.
“As editoras comerciais ainda não perceberam a O mesmo autor lançou no ano seguinte Why
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títulos sobre zines, cultura alternativa, guias para Zines em movimento Existe o Vol. 2, mas ainda não tive acesso ao Algo parecido está sendo produzido pelo pes-
fanzineiros, além de camisetas, bótons, docu- Se o primeiro livro brasileiro sobre fanzines sur- material, uma vez que que ele só é distribuído soal do Stanford Zine Library, de Londres, que
mentários e, claro, fanzines. giu apenas em 1993, um documento audiovisual em formato físico. assim como Magán, está coletando depoimentos
A editora Graphia lançou em 2006 o livro só foi surgir vinte anos após a tese de Magalhães. de fanzineiros de diversos países.
mais bacana sobre zines, por sua qualidade grá- Um dos motivos que me impulsionou à pro- Zineiro é Zineiro em Qualquer Lugar Bom, esse é um pequeno apanhado das refe-
fica, proposta visual e “cara de zine”: Whatcha duzir a série Fanzineiros do Século Passado foi Como são os fanzineiros em lugares distantes do rências bibliográficas e audiovisuais que contam
Mean, What’s a Zine? – The Art of Making Zines o fato de não ter encontrado um documentário nosso país? Talvez as maiores diferenças sejam um bocado sobre os fanzines. Tenho certeza de
and Mini Comics. Mark Todd e Esther Pearl Wat- nacional que tratasse exclusivamente do assunto. o idioma e o clima. De resto é quase tudo igual. que existe um monte de materiais que não ci-
son capricharam nesse misto de livro, cartilha, O máximo que achei foram inserções do tema A bielorussa Sasha Borovikova mostra incons- tei aqui que têm igual importância. Mas já é um
almanaque, how to make... Coisa linda! em filmes como À Espera Do Carteiro, de Ali- cientemente essa semelhança em KinaZina, onde bom começo para iniciar suas pesquisas.
A inglesa Amy Spencer dedicou metade de ne Ebert e estrelado por Daniel Villaverde, Vai relata como eram as trocas de cartas e a comuni- A história dos zines continua em construção
seu livro DIY – The Rise of Lo-Fi Culture, em um Vendo! de Débora Zampier, com o zineiro Ricar- cação antes da internet, a fabricação de envelo- e sempre faltarão assuntos e pessoas para falar a
capítulo que chamou de The zine revolution. Ela do Tubá e Pro Dia Nascer Feliz, de João Jardim, pes artesanais e até o tal do “selo vacinado” (ou respeito. Você mesmo pode criar uma fonte de
exemplifica os tipos de fanzines e a sua impor- que comentam sobre zines de uma forma sucin- reciclado). O filme está disponível na internet. pesquisa, seja em formato de livro ou documen-
tância enquanto porta-voz de movimentos, ide- ta, dentro de um outro contexto. Montado em sua bicicleta, o estadunidense tário! Afinal, se ninguém faz, façamos!
ologias e vitrine para divulgar bandas novas. O Faltava ainda falar especificamente sobre o Joe Biel, (sim, aquele mesmo da Microcosm) cir-
livro, originalmente publicado em 2005, foi ree- fanzine e um pouco de tudo que o circunda. O culou pelo nordeste de seu país gravando depoi-
ditado em 2008 pela Marion Boyars. primeiro capítulo do Fanzineiros, lançado em mentos de fanzineiros, resultando em $100 and
Joe Biel e Bill Brent, via Microcosm, escre- 2011, foi batizado de Capítulo 1: As dificuldades a T-shirt. O título faz uma brincadeira com o LINKS:
veram Make a Zine! When Words and Graphics para botar o bloco na rua e a rede social analó- quanto foi gasto na primeira versão do filme lan-
Collide!, que tem a capa mais espetacular de to- gica, cujo objetivo era traçar um perfil do editor çada em 2004. Biel coloca fanzineiros para res- Cellina Muniz:
das sobre o assunto. O livro conta a tradicional de zines pré-internet, sua forma peculiar de pro- ponder perguntas como “o que é fanzine?”,“por cellina.muniz@bol.com.br
história e definição dos fanzines, dicas de como dução e os macetes utilizados para colocar a in- que fazer?”, conta um pouco da história do fan- Olga Defavari:
fazer e diagramar, além de uma vasta lista de formação para circular. Estão previstos mais dois zinato local e discute o futuro dos zines. O DVD olgadefavari@yahoo.com.br
contatos de lojas, distribuidoras, fanzinotecas, capítulos que abordarão os fanzines dentro de ainda inclui uns bônus bacanas.
eventos, revistas e zines. Por ter sido lançado em diversos aspectos. O filme está disponível para Fils de Zine é um curta francês conduzido por Achiamé:
2008, muitos dos contatos estão desatualizados. streaming e download gratuitos. Philipe Morin e produzido pelo grupo The Art achiame.com
Eis uma boa desculpa para uma nova edição re- Logo após a esse lançamento, Gladson Caldas Pack. O filme faz um apanhado rápido da histó- Marca de Fantasia:
vista e ampliada, ainda mais Biel sendo um dos documentou o clássico encontros de fanzineiros ria dos fanzines e os tipos de assuntos abordados marcadefantasia.com
sócios da editora. em Fortaleza onde foram criadas diversas Zonas nessas publicações. Uma boa oportunidade para Marion Boyars:
Também tem o polêmico Fanzines de Teal Autônomas Temporárias (TAZ) para trocarem sentir como eles são produzidos por lá. marionboyars.co.uk
Triggs, publicado em 2010 pela editora inglesa ideias, zines e fortalecerem o movimento na ci- Os hermanos de Argentina também possuem Microcosm Publishing:
Thames & Hudson. É um livrão bem colorido, dade. O resultado foi o Zine-se: Mensageiros de material audiovisual sobre o assunto. A série microcosmpublishing.com
repleto de capas de fanzines de várias épocas e Papel, que também foi o trabalho de conclusão Una Parte conta um pouco da história do punk Pez:
localidades, incluindo aí uma pincelada sobre a de curso do diretor do filme. São diversos de- naquelas redondezas, mais precisamente do que www.monmagan.com
história dos zines. Considerado polêmico, ali- poimentos com os principais personagens desse foi produzido na década de 1980. Um de seus Thames & Hudson:
ás, pelo fato da editora ter reproduzido capas de movimento e que também contam um pouco da capítulos é dedicado aos fanzines. A produção thamesandhudson.com
fanzines sem a autorização dos editores e cole- história dos próprios zines. Este importante do- caseira de Jose Saraiva é cheia de personagens, The Book of Zines:
cionadores de quem “emprestou” as imagens. In- cumento registra uma iniciativa que talvez seja além de muitas imagens de zines e, de quebra, zinebook.com
dependente disso, é um livro muito bonito. uma das mais representativas no que diz respeito canções de bandas locais. We Make Zines:
Deixando o inglês e passando para o espa- ao fanzinato nacional. wemakezines.ning.com
nhol, uma boa referência é o zine Pez, editado Por enquanto, essas são as referências que te- Na linha de frente ZineWiki:
por Mon Magán. Trata-se de uma publicação mos de produções audiovisuais que adotam os Talvez o documentário que tenha um “algo a zinewiki.com
que pesquisa cenas de fanzines de diversos luga- zines como temática. Existem algumas ameaças mais” é o Fanzini sa Marsa (Fanzines de Marte), Zine World:
res do mundo e que até o momento já mapeou as de novos documentários surgindo por aqui e al- que faz um apanhando da produção da Sérvia undergroundpress.org
Ilhas Canárias, Itália, França, Rússia, Barcelona guns outros já estão em fase de produção. nos anos 1980 e 90, quando a região vivia cons-
e Japão. Também discute o fenômeno de publi- tantes conflitos e ainda fazia parte da república Fanzines de Papel:
car, além de divulgar fanzinotecas, feiras e even- Além-mar iugoslava. Esse documentário muito bem pro- issuu.com/marciosno
tos sobre cultura independente. Todas as edições Em 2004, José Lopes registrou o tradicional en- duzido por Sinisa Dugonjic mostra o compor- How to publish a fanzine:
estão disponíveis para download gratuito. contro anual de fanzineiros em Lisboa e aprovei- tamento dos fanzines naquela época e a forma zinebook.com
Há ainda muitas publicações falando sobre tou para explicar, por meio de especialistas da como eles eram carregados de posições contra e Why Publish?:
fanzines de forma indireta, como The Encyclope- área como Geraldes Lino (uma espécie de Hen- a favor da independência do país. Também pas- zinebook.com
dia of Punk de Brian Cogan e The Philosophy of rique Magalhães português) o que é fanzine e seia pelo movimento punk e, aliás, tem uma tri-
Punk – More Than Noise! de Craig O’Hara. suas diversas formas e temáticas. DocZine Vol.1 lha sonora muito boa. À Espera do Carteiro:
Existem também alguns sites que se propõem documenta o “ouro dos loucos” de uma forma Fazendo uma busca em sites como YouTube e ninaflores.net
a discussão sobre zines em diversos aspectos, simples, mas que traça um panorama dos zines Vimeo é possível achar inúmeros documentários DocZine:
como ZineWiki, Zine World, The Book of Zines na época, com seus prós e contras, o que é algo e vídeos sobre fanzines. Com uma internet rápi- fanzinesdebandadesenhada.blogspot.com
e também a comunidade We Make Zines, com bem bacana. da, você conseguirá ver muita coisa bacana feita Fanzineiros do Século Passado:
diversos fóruns e vasto material. A internet parece sempre ser a vilã no discur- em todos os cantos do mundo. vimeo.com/marciosno
Há muitos títulos que não foram citados aqui so dos entrevistados, porém, o encontro gravado Fils de Zine:
que podem ser facilmente encontrados e adqui- mostra que muitos ainda resistem. É o primei- O que está por vir theartpack.fr
ridos em sites como Amazon, sem impostos. ro documentário lusitano sobre fanzines e ain- O espanhol Mon Magán está produzindo o do- KinaZina:
Além, é claro, das redes sociais com suas comu- da acompanha uma história em quadrinhos feita cumentário audiovisual Grapas, com contribui- archive.org/details/KinaZina
nidades específicas de todos os cantos do mundo. pelo diretor do filme. ções de todo o mundo, que discute o porquê de
se publicar fanzines.
“
A tentos a este fenômeno, entramos em con- própria história”.
Trabalhar
Os fanzines invadem
tato com alguns autores dos mais recentes O fanzine possibilitou aos professores em for-
trabalhos nesta área para entender um pouco mação o exercício reflexivo e também deu mar-
do interesse dos acadêmicos pelo fanzine e tam- gem à escrita autoral na condição de exercício com o fanzine
bém para divulgar os mesmos, visto que uma das formativo.
em sala de aula
as universidades
maiores dificuldades relatadas na realização des- O trabalho de Ioneide possui muita afinidade
tes estudos é justamente a falta de outros traba- com o Mestrado em Educação de Melissa Eloá
lhos acadêmicos publicados sobre o tema. Silveira Nascimento: Pedagozinando em Sala de é trabalhar
A maioria dos trabalhos acadêmicos sobre Aula: Artes de Dizer e Pedagogias de Fazer. O
fanzines aos quais tivemos acesso é da área de neologismo representa um pouco da busca de aberto para
Educação. Muito disso se deve à possibilidade Melissa, segundo suas palavras “um ato pedagó-
da aplicação dos fanzines como recurso eficiente gico que inspire a criação, a ousadia, a troca de o novo”.
de aprendizagem devido a algumas característi- idéias e a liberdade de expressão, trabalhar com
cas inerentes, como o exercício da criatividade e o fanzine em sala de aula é trabalhar aberto para Melissa Eloá
olhar crítico. Há também que se citar a influên- o novo”. A pesquisa foi realizada com alunos do
No Anuário de 2010, uma das matérias trazia como cia nesta área, dos métodos aplicados e estudos curso de Pedagogia da UERJ, que fazem fanzines
realizados e pelos professores Gazy Andraus e nas aulas do professor André Brown.
tema os fanzines na sala de aula, um fenômeno perce- Elydio dos Santos Neto. Entre as perguntas e questionamentos surgi-
Um exemplo desta influência encontra -se na das nesta pesquisa, há a de se compreender como
bido através de ações plurais que ocorrem em escolas e dissertação de Mestrado de Ioneide Nascimen- se configura a criação de fanzines em um espaço
to, Autoria, Consciência e Formação Docente: Os hegemônico de saber e também como funciona
instituições de ensino de diversos locais do Brasil. Fanzines como Recurso Formativo na Escrita de a lógica fanzinística em relações cotidianas que
Trajetórias Formativas em Formação Inicial. envolvem a verificação de desempenho (prova).
No ano de 2011, uma outra tendência que se evidenciou Ioneide utilizou o fanzine como recurso de De qualquer forma, Melissa destaca uma
formação no Curso Normal Superior propon- importante característica do fazer de fanzines,
foi a da escolha dos fanzines como tema de Trabalhos de do aos seus alunos uma investigação e refle- que é necessária e pode justificar plenamente seu
xão sobre seus próprios processos formativos e uso na formação de professores : o exercício da
Conclusão em cursos de graduação e pós-graduação. concluiu que este apresentou-se como uma rica criatividade : “Exercício da criatividade é uma
estratégia nesse sentido, “no qual os alunos exer- prática constante que será exigida no dia a dia da
citaram a narratividade de forma pessoal, singu- prática educativa, afinal de contas, o profissional/
lar e reflexiva dando significado e sentido as suas professor convive em um ambiente imprevisível,
trajetórias de formação inicial. Com os relatos, em que cada sala de aula pode ser um desafio
também evidenciamos que as escritas das nar- diário”.
rativas, possibilitaram aos interlocutores uma Já a Dissertação de Mestrado do professor
revisitação aos processos vividos ao longo de sua Hidelbrando Cesário Penteado, na área de Edu-
trajetória, bem como conhecimento de outros cação e Ciências Sociais, Fanzine: Expressão Cul-
mecanismos de escritas de si, que lhes possibi- tural de Jovens em uma Escola de Periferia de São
Por Flávio Grão litaram se reconhecerem como autores de sua Paulo, teve como foco a produção de fanzines
Eventos Zinísticos
Espaço Gambalia, no ABC Paulista, em comemoração
ao Dia Internacional do Fanzine (30 de abril). O evento
despertou interesse de zineiros, artistas e pesquisadores e
no mesmo ano ganhou mais quatro edições: uma em Goi-
ânia, uma no vão livre do MASP e duas no Rio Grande do
Sul (Porto Alegre e Campo Bom).
Onde: Itinerante
[A]Mostra dos Independentes de Porto Alegre Buenos Aires Fanzine Fest Feria de Fanzines Feria de Narrativa Gráfica “ComiConce”
O que é: Exposição da fanzines, shows, palestras, O que é: Feira de fanzines O que é: Feira de fanzines, quadrinhos e ilustrações O que é: Exposições, oficinas, palestras e shows.
exibição de filmes e documentários Sobre: É um projeto que nasceu humilde, sem outra Sobre: É um evento autogestionado de convocatória Sobre: O evento visa fomentar uma instância cultural
Sobre: Surgiu em 2010 com o objetivo de movimentar a intenção que a de juntar zineiros em uma feira. Em aberta realizado mensalmente desde fevereiro de 2011. de reflexão, criação, exposição e difusão de trabalhos
cena independente da região metropolitana de dois anos de realização duplicou-se a quantidade de Além da feira, o evento também conta com workshops, gráficos, tanto os independentes quanto aqueles lançados
Porto Alegre. participantes e visitantes. Reina a diversidade entre os palestras, concursos e música. A cada edição reúne cerca por editoras. Reúne escritores, desenhistas, coloristas,
Onde: Porto Alegre, RS - Brasil tipos de publicação participantes. de 30 expositores e 200 pessoas. Está se tornando uma designers, fotógrafos e leitores, mesclando gerações a fim
Quando: Anualmente, sempre no mês de maio. Onde: Capital Federal, Buenos Aires - Argentina janela tanto para as novas gerações de quadrinistas quanto de propiciar a troca de informações entre jovens talentos e
Como participar: Basta fazer contato e enviar material. Quando: Algum sábado durante o mês de outubro. para os mais consagrados. profissionais de trajetória já reconhecida.
Aceitam sugestões de temas, palestrantes, filmes e bandas. Como participar: Participação aberta até que não haja Onde: Santiago - Chile Onde: Parque Ecuador, Concepción - Chile.
E-mail: toscotilldeath@hotmail.com mais espaço físico para mesas no local. Quando: Mensal Quando: Dias 2, 3 e 4 de março de 2012
URL: - E-mail: info@buenosairesfanzinefest.com Como participar: Aberto e gratuito para os expositores e Como participar: Participação aberta. Os interessados
URL: www.buenosairesfanzinefest.com para o público devem enviar e-mail com seus dados pessoais e o registro
E-mail: feriadefanzines@hotmail.com de seus trabalhos.
URL: www.feriadefanzines.com E-mail: comiconce@gmail.com
URL: www.comiconce.cl
O que é: Exposição, oficinas, palestras, debates, feira, O que é: Show, feira de zines e atividades contra-culturais
mostra de vídeos e shows Sobre o evento: Verão Revolução é uma idéia, um levante
Sobre: Organizado pela Ugra Press, o evento foi com organização totalmente descentralizada onde qual-
concebido para ser um pólo de fomentação e reflexão quer pessoa interessada em resgatar o espírito ativo da cena
sobre as publicações independentes, além de um espaço independente pode aderir. Para realizar um evento parti-
de confraternização entre editores, leitores e agitadores cipante do Verão Revolução, o organizador deve seguir 10
culturais. Reune nomes de destaque no meio em critérios básicos, sendo que um deles prevê que o evento
atividades minuciosamente elaboradas. deve, obrigatoriamente, ter uma feira de zines ou livros.
Onde: São Paulo, SP – Brasil Onde: Por todo país.
Quando: Anualmente, em dois dias, entre os meses de Quando: Todos os anos, de 1º de janeiro a 31 de março
fevereiro e março Como participar: Basta estar de acordo com os critérios
Como participar: Todas atividades, com exceção dos estipulados (visite o blog para mais informações) e entrar
shows e das oficinas, são gratuitas. As inscrições para as em contato.
oficinas devem ser feitas com antecedência por e-mail. E-mail: antifest2010@gmail.com
E-mail: ugra.press@gmail.com URL: veraorevolucao.wordpress.com
URL: ugrapress.wordpress.com
Buenos Aires Fanzine Fest
Mostra EDITAR de Publicações Independentes Mostra de Fanzines Casa do Adolescente Zine-se Zine Expo
O que é: Exposição / mostra com ênfase em publicações O que é: Exposição, palestras e workshop O que é: Troca, venda, distribuição e exposição de zines. O que é: Feira de quadrinhos
de distribuição gratuita Sobre: A Mostra é fruto do trabalho desenvolvido pela Sobre: Tradicional evento que completa 10 anos de exis- Sobre o evento: Fundada em 2009 por um grupo de qua-
Sobre: Idealizado pelo editor do Feira Moderna Zine, o equipe multidisciplinar que realiza a Oficina de Fanzine tência em 2012 e acontece geralmente em algum espaço drinistas independentes, a Zine Expo hoje é referência
evento tem como intuito reunir publicações indepen- nas Casas do Adolescente I, II e III. Com o grande nú- público da cidade. Informal e descentralizado, no Zine-se quando se trata de novidades, especialmente no segmento
dentes dos mais variados estilos, promovendo a integra- mero de publicações concluídas, surgiu a necessidade de todo mundo é convidado e anfitrião ao mesmo tempo! de mangá. Organizam áreas especiais em eventos no Rio de
ção não somente entre seus responsáveis, mas também organizar uma exposição e de transmitir o conhecimento Onde: Fortaleza, CE – Brasil Janeiro onde trabalhos de todo Brasil são expostos e colo-
chamando a atenção do público, principalmente o mais dessa cultura por meio de palestras e workshops. Quando: Foi mensal por 6 anos, depois espaçou-se e voltou cados à venda. Também prestam auxílio a novos editores.
jovem, para as publicações independentes em formato Onde: Centro Histórico e Cultural de Itapetininga – a ser mensal em 2012. Onde: Rio de Janeiro, RJ – Brasil
impresso. Itapetininga, SP – Brasil Como participar: Comparecendo, de preferência com zi- Quando: Em julho e dezembro dentro do evento Anime
Onde: Marica, RJ – Brasil Quando: A primeira edição aconteceu entre os dias 16 e 23 nes. Quem não reside em Fortaleza pode mandar suas Family e outras 3 vezes ao ano em datas variadas dentro do
Quando: Sem periodicidade definida. A mostra faz parte de novembro de 2011. Em 2012, deve acontecer em março publicações pelo correio. Os interessados podem também evento Anime Wings.
da programação dos eventos organizados pela Latitude e em julho. ajudar a divulgar fazendo sua própria versão do cartaz ou Como participar: Basta entrar em contato pelo e-mail e en-
Zero Produções. Como participar: Aberta à participação do publico. São webflyer. viar o trabalho para uma breve avaliação. Não há restrições
Como participar: Basta enviar material para Caixa Postal enviados convites à escolas e projetos sociais. E-mail: zinetecadefortaleza@gmail.com de gêneros.
100075, Niterói/RJ CEP 24 020 971 A/C: Rafael A. E-mail: cda_itape2@hotmail.com URL: esputinique.wordpress.com E-mail: zineexpo@gmail.com
E-mail: latitudezeroprod@yahoo.com.br URL: – URL: zineexpo.blogspot.com
URL: www.feiramodernazine.com
O que é: Programa de formação O que é: Mesas com debates e partilha de experiências; ofi- O que é: Uma “casa de cópias sem dono”
Sobre: Organizado pelo professor, pesquisador e zineiro cinas, exposição e Zine-se de encerramento. Sobre: Por dois dias, em agosto de 2011, Ana Wandizk con-
Gazy Andraus, o evento levou a educadores e interessados Sobre: Idealizado e realizado por membros da ONG ZIN- verteu uma antiga barraca de camping num espaço para
a discussão e a formação da cultura das histórias em qua- CO - Centro de Estudo, Produção e Documentação, o exposição, confecção e reprodução de fanzines. Chamado
drinhos e dos fanzines através de debates, palestras e mini- evento teve 3 edições até agora: a primeira em 2005 com Zine Zelt, o espaço surgiu com a proposta de sociabilizar
-cursos oferecidos por autores e pesquisadores renomados. o tema “Zines e Protagonismo”, a segunda em 2007 com o uma coleção bem grande de fanzines em um formato de
Não há previsão de que o evento volte a acontecer em 2012. tema “Zines e Educação” e a terceira em 2011 com o tema reunião experimental que pode tomar formas distintas.
Onde: Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso – “Zines como Patrimônio Material e Imaterial”. Durante todo o ano o acervo pode ser consultado no Club
São Paulo, SP – Brasil Onde: Fortaleza, CE – Brasil Editorial Rio Paraná, também em Rosário.
Quando: Aconteceu de março a setembro de 2011, mais a Quando: Inicialmente era bienal. Após uma pausa de 3 Onde: Rosario, Provincia de Santa Fé – Argentina
palestra de Sérgio Macedo em outubro. anos, pretende agora ser anual. A próxima edição está pro- Quando: Não há periodicidade definida.
Como participar: Programa aberto a jovens e adultos, com gramada para novembro de 2012. Como participar: Os interessados podem enviar suas publi-
participação gratuita por inscrição. Como participar: Datas, programação e instruções de ins- cações para a coleção e para o diretório online.
E-mail: gazyandraus@yahoo.com crição são informadas no blog do evento. E-mail: anawandzik@gmail.com
URL: www.ccjuve.prefeitura.sp.gov.br E-mail: zinetecadefortaleza@gmail.com URL: www.zinezelt.com.ar
URL: cabecasdepapel3.blogspot.com
60 UGRA PRESS
Transformando velhas caixas de papel
em um lugar chamado Zineteca
62 UGRA PRESS