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folha de rosto
Henrique Magalhães
PEDRAS NO CHARCO
Resistência e perspectivas dos fanzine
Marca de Fantasia
Paraíba - 2018
PEDRAS NO CHARCO
Resistência e perspectivas dos fanzines
Henrique Magalhães
Série Quiosque, 50 s 2018
MARCA DE FANTASIA
Rua Maria Elizabeth, 87/407
João Pessoa, PB. Brasil. 58045-180
marcadefantasia@gmail.com
www.marcadefantasia.com
Diretor/Editor
Henrique Magalhães
Conselho Editorial
Adriana Amaral - Unisinos/RS; Adriano de León - UFPB;
Alberto Pessoa - UFPB; Edgar Franco - UFG; Edgard Guimarães - ITA/SP;
Gazy Andraus - Pós-doutoramento na FAV-UFG; Heraldo Aparecido Silva - UFPI;
José Domingos - UEPB; Marcelo Bolshaw - UFRN; Marcos Nicolau - UFPB;
Marina Magalhães - Universidade Losófona do Porto; Nílton Milanez - UESB;
Paulo Ramos - UNIFESP; Roberto Elísio dos Santos - USCS/SP;
Waldomiro Vergueiro, USP; Wellington Pereira, UFPB
Editoração/capa
H. Magalhães
ISBN 978-85-67732-90-9
Sumário
5 Apresentação
8 Sobre fandom e fanzines
15 Gênese e disseminação dos fanzines
30 Caldeirão de ideias
38 Fanzines falam de quadrinhos
56 Nova onda dos fanzines
63 Independentes se agitam
117 Obra aberta
119 Referências
Apresentação
O bom nível do fandom português: Banda, Dossier Top Secret e Cruzeiro do Sul
Fanzines no Brasil
Caldeirão de ideias
A onda preservacionista
chega aos fanzines
Consolidação
Independentes se agitam
Ousadia e transformação
As duas versões
de Panacea
O fanzine TV Land
transformou-se na revista
TV Séries
Fanzines repertórios
Marca de Fantasia
O fanzine Top! Top! e a revista Tyli-Tyli, depois chamada Mandala, deram início
à editora Marca de Fantasia
polis, MG; Edu Manzano (O Mundo dos Zines), São Paulo; e Anita
Costa Prado e Ronaldo Mendes (Katita), de São Paulo e Marangua-
pe, CE. Ao todo já são vinte volumes; cada edição traz apresentação
de Edgard Guimarães e biografia do autor.
Essas três linhas do projeto editorial da Marca de Fantasia são já
bastante abrangentes, perfazendo uma parte importante da produção
de quadrinhos autorais do Brasil. Contudo, foi preciso ampliar ainda
mais os horizontes da editora e lançar uma
série de álbuns e livros teóricos sobre qua-
drinhos e produções independentes.
Tiveram obras publicadas em álbum
Edgar Franco (Agartha, Transessência,
Duetos essenciais), Gazy Andraus (Terná-
rio M.E.N.), Elmano (Silas Verdugo: a ori-
gem, Os marginais), Shimamoto (Shima),
A Nona Arte
destacou-se pela
excelência editorial
Obras que
dão sequência
a O rebuliço
apaixonante dos
fanzines
Fanzines acontecem
Cartaz da 1a Esposição
Internacional de Fanzines
Feira de publicações
independentes no UZF
Obra aberta
M ais que uma resposta à crise dos fanzines dos anos 1980, a dé-
cada seguinte trouxe um turbilhão de novas informações, fer-
ramentas, veículos, meios de comunicação e possibilidades para a
produção de fanzines. Como toda renovação, há um longo caminho
a se percorrer até que as novas estruturas se cristalizem.
Essas inovações não resolveram de modo satisfatório o dilema
que atormenta a maioria dos editores de fanzines: a autogestão, a
ampliação do círculo de leitores, a formação de um circuito inde-
pendente. Mas, abriu possibilidades concretas para o fortalecimen-
to dos fanzines e demais publicações independentes, que ganharam
sofisticação e recursos gráficos.
O barateamento da impressão fez com que surgisse uma onda ir-
refreável de fanzines em todos os recantos do país, favorecendo a
democratização dos veículos de comunicação e a liberdade de ex-
pressão. Por outro lado, os fanzines ganharam outros formatos, com
o aparecimento de novos recursos tecnológicos, incorporando ele-
mentos inovadores no seu modo de produção, em sua concepção e
linguagem. Contudo, este é um tema que preferimos abordar em ou-
tro estudo, dado a complexidade com que se apresenta.
Vale ressaltar que as publicações independentes continuam sen-
do a trincheira de resistência dos quadrinhos brasileiros, que em-
bora não sejam o acesso garantido à profissionalização, têm sido o
canal de difusão de jovens artistas e novas expressões gráficas. Os
Referências
Henrique Magalhães