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Revisão 03 – 12/2014
NORMA ND.62
ELEKTRO Eletricidade e Serviços S.A.
Diretoria de Operações
Gerência Executiva de Engenharia, Planejamento e Operação
ND.62
Proteção de Subestações
de Distribuição
28 páginas
Aprovações
Elaboração
ND.62
À ELEKTRO é reservado o direito de modificar total ou parcialmente o conteúdo desta norma, a qualquer
tempo e sem prévio aviso considerando a constante evolução da técnica, dos materiais e equipamentos
bem como das legislações vigentes.
ÍNDICE
CONTROLE DE REVISÕES ............................................................................................................... 9
1 OBJETIVO ................................................................................................................................. 11
2 CAMPO DE APLICAÇÃO .......................................................................................................... 11
3 DEFINIÇÕES.............................................................................................................................. 11
4 REFERÊNCIAS NORMATIVAS ................................................................................................. 12
4.1 Normas técnicas brasileiras .................................................................................................. 12
4.2 Normas técnicas da ELEKTRO .............................................................................................. 12
5 CARACTERÍSTICAS DAS SUBESTAÇÕES ELÉTRICAS DE DISTRIBUIÇÃO DA ELEKTRO 12
5.1 Características das subestações........................................................................................... 12
5.2 Transformadores de potência................................................................................................ 12
5.3 Aterramentos .......................................................................................................................... 13
6 FILOSOFIA DE PROTEÇÃO...................................................................................................... 14
6.1 Proteções de entrada de linha ............................................................................................... 14
6.2 Proteções do transformador de potência ............................................................................. 14
6.2.1 Proteção contra sobrecorrentes ........................................................................................ 14
6.2.2 Proteção diferencial ............................................................................................................ 18
6.2.3 Proteção de falta à terra restrita ......................................................................................... 19
6.2.4 Proteções internas .............................................................................................................. 19
6.2.5 Chaves-fusíveis – elos fusíveis .......................................................................................... 20
6.3 Alimentadores de distribuição............................................................................................... 21
6.4 Alimentadores de Distribuição cuja função é distribuição de energia e recepção de
cogeração ........................................................................................................................................ 21
7 REQUISITOS DE PROJETOS, ESQUEMAS ESPECIAIS, LÓGICAS E BLOQUEIOS .............. 22
7.1 Sistema alternativo de alimentação de corrente contínua................................................... 22
7.2 Sistema de supervisão de corrente contínua ....................................................................... 22
7.3 Chave de transferência de proteção de neutro (CTPN) – Proteção para transferência de
alimentadores .................................................................................................................................. 22
7.4 Esquema Regional de Alívio de Carga – ERAC .................................................................... 24
7.5 Seletividade lógica ................................................................................................................. 24
7.6 Lógica para falha de disjuntor (62/50BF) .............................................................................. 24
7.7 Rele em Manutenção / Liberado. ........................................................................................... 25
7.8 Quanto a aplicação de relé .................................................................................................... 25
7.9 Quanto aos TRIPs por atuação de proteção. ........................................................................ 26
CONTROLE DE REVISÕES
Revisão Data Descrição
− Revisão e atualização do documento para atender as diretrizes do
Sistema de Gestão da Qualidade.
02 11-12-2009 − Editoração de acordo com o modelo F-SGQ-010.
− Alteração nos critérios de atuação do sistema de supervisão de
corrente contínua (SSCC) – ver 6.7.2.
− Revisão de conteúdo.
03 04-12-2014
− Adequação de forma.
1 OBJETIVO
Uniformizar a filosofia de proteção de subestações de distribuição da ELEKTRO.
2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Esta norma se aplica:
- Na elaboração e análises de estudos de proteção de subestações de distribuição
executados pela Gerência de SEs e LTs.
- Na elaboração de projetos de ampliações e adequações executadas pela Gerência de
SEs e LTs e ou empresas contratadas para tal.
- Nas intervenções e adequações nas subestações de distribuição executadas pela
Gerência de SEs e LTs e ou empresa contratada para tal.
- Na elaboração e análises de estudos de proteção de alimentadores executados pela
Gerência de Planejamento Técnico.
- Nos testes e ensaios executados pela Gerência de SEs e LTs e ou empresas
contratadas para tal.
Esta norma não se aplica para subestações de clientes.
3 DEFINIÇÕES
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
3.1
bloqueio
inibição de determinada função do equipamento.
3.2
coordenação
ajustes feitos na proteção de forma a permitir o restabelecimento automático da proteção de
retaguarda no caso de atuação simultânea de duas proteções.
3.3
corrente de infeed
corrente que circula do transformador de força para a linha de transmissão, no caso de falta
fase terra nesta.
3.4
falta
ocorrência acidental e súbita, em um elemento de um sistema elétrico, que pode resultar em
falha do próprio elemento e/ou outros acessórios associados.
3.5
seletividade
capacidade do dispositivo protetor atuar antes do dispositivo de retaguarda.
3.6
sensibilidade
capacidade de detecção (“percepção") de pequenas grandezas de defeitos ou anormalidades.
3.7
seletividade lógica
esquemas lógicos que objetivam garantir que faltas ocorridas na subestação sejam
interrompidas em no máximo 250 ms (150 ms de atuação da proteção e 100 ms de tempo
máximo de abertura dos disjuntores).
4 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
NOTA Configuração utilizada somente quando não é possível contornar os riscos de atuação por
correntes de infeed para faltas na LT supridora.
5.3 Aterramentos
O transformador de potencia das subestações de derivação da ELEKTRO, tem o neutro
do secundário solidamente aterrado na malha de aterramento da subestação, o que
permite no caso de falta para a terra, o retorno de corrente até a subestação, Esta
configuração proporciona, em caso de faltas, correntes de curto circuito elevada e
sobretensões devido a curto circuito desprezíveis.
As resistências de aterramento das subestações da ELEKTRO devem garantir níveis de
corrente de curto-circuito fase-terra suficientes para permitir a atuação da proteção de
retaguarda da SE para faltas nos alimentadores atendidos pela SE, considerando
inclusive, condições de manobra.
6 FILOSOFIA DE PROTEÇÃO
As proteções das subestações devem:
a) Efetuar o isolamento de qualquer falta existente na subestação no menor tempo
possível, para evitar danos nos equipamentos existentes na subestação.
b) Isolar o menor trecho possível da subestação no caso de defeitos, visando
manter a máxima continuidade e fornecimento da subestação, de forma a
otimizar os custos.
50% acima de sua maior potência, considerando ventilação forçada. A ação relativa
à proteção contra sobrecarga dos transformadores (supervisão ou trip) deve ser
realizada pelas proteções intrínsecas do transformador (temperatura do
enrolamento, temperatura do óleo, imagem térmica etc.) e também pelo
monitoramento em tempo real pela área de Operação.
c) Para proteção do transformador deve ser considerada a curva de suportabilidade de
curta duração conforme mostrada nas figuras 1 e 2 a seguir, devendo a curva de
atuação da proteção de sobrecorrente temporizada de fase ficar abaixo da curva
correspondente.
10000
1000
100
segundos
10
12 10 8 7 6 5 4
Impedância % do transformador
1
0,1
1 10 100
x In
10000
1000
100
segundos
10
12 10 8 7 6 5 4
Impedância % do transformador
1
0,1
1 10 100
x In
Tabela 1
Elos fusíveis tipo EF
Potência do Transformadores trifásicos
transformador
kVA 11 400 V 13 800 V 22 000 V 25 000 V 33 000 V 44 000 V
10 1 EF 1 EF - - - -
15 1 EF 1 EF - - - -
25 2 EF 2 EF 1 EF 1 EF - -
30 2 EF 2 EF 1 EF 1 EF - -
37,5 2 EF 2 EF 1 EF 1 EF - -
45 3 EF 2 EF 2 EF 1 EF 1 EF -
50 3 EF 3 EF 2 EF 2 EF 1 EF -
75 5 EF 5 EF 2 EF 2 EF 2 EF 1 EF
100 5 EF 5 EF 3 EF 3 EF 2 EF 2 EF
112,5 7 EF 5 EF 3 EF 3 EF 2 EF 2 EF
150 10 EF 7 EF 5 EF 5 EF 3 EF 2 EF
200 10 EF 10 EF 7 EF 5 EF 5 EF 3 EF
225 15 EF 10 EF 7 EF 7 EF 5 EF 3 EF
250 15 EF 15 EF 7 EF 7 EF 5 EF 5 EF
300 15 EF 15 EF 10 EF 7 EF 7 EF 5 EF
400 20 EF 15 EF 10 EF 10 EF 7 EF 7 EF
500 25 EF 20 EF 15 EF 10 EF 10 EF 7 EF
600 30 EF 25 EF 15 EF 15 EF 10 EF 10 EF
750 40 EF 30 EF 20 EF 15 EF 15 EF 10 EF
1 000 50 EF 40 EF 25 EF 25 EF 15 EF 15 EF
1 500 80 EF 65 EF 40 EF 30 EF 25 EF 20 EF
2 000 100 EF 80 EF 50 EF 40 EF 30 EF 25 EF
2 500 125 EF 100 EF 65 EF 50 EF 40 EF 30 EF
3 000 125 EF 125 EF 80 EF 65 EF 50 EF 40 EF
4 000 200 EF 150 EF 100 EF 100 EF 65 EF 50 EF
5 000 - - 125 EF 100 EF 80 EF 65 EF
NOTA Em casos críticos de seletividade pode-se elevar a corrente nominal do elo desde que sejam
respeitado os limites impostos pela curva de suportabilidade de curta duração do transformador.
Primeira alternativa
Durante a transferência de alimentadores, a proteção de neutro dos mesmos passa a
ser realizada pela proteção de neutro do lado de BT (NBT) do(s) transformador (es).
Quando a CTPN estiver ativa, deve ser executado:
− bloqueio da proteção de neutro de alta sensibilidade (51NHI ou RAI);
− bloqueio do religamento automático (79);
− bloqueio da proteção de sobrecorrente temporizada de neutro do alimentador (51N);
− bloqueio do esquema de seletividade lógica, quando as proteções do alimentador
que foram bloqueadas pelo esquema da CTPN, não enviarem sinas de partida (pick-up)
utilizadas para o esquema de seletividade lógica;
− depois de expirado o temporizador do elemento Temporizado de neutro do geral de
BT do transformador deve ser enviado um comando de TRIP físico para os
alimentadores que estiverem com a função CTPN ativa;
− se após 250 ms do envio do TRIP para os alimentadores com CTPN ativa, ainda
persistir a corrente de falta, deve ser enviado TRIP para o disjuntor geral de BT.
Segunda alternativa
Durante a transferência de alimentadores, a proteção de neutro dos mesmos passa a
ser realizada pela proteção de neutro do lado de BT (NBT) do(s) transformador (es).
Quando a CTPN estiver ativa, deve ser executado:
− bloqueio da proteção de neutro de alta sensibilidade (51NHI ou RAI);
− bloqueio do religamento automático (79);
− bloqueio da proteção de sobrecorrente temporizada de neutro do alimentador (51N);
− bloqueio do esquema de seletividade lógica, quando as proteções do alimentador
que foram bloqueadas pelo esquema da CTPN, não enviarem sinas de partida (pick-up)
utilizadas para o esquema de seletividade lógica;
b2) Pelo menos um relé de proteção ligado aos transformadores de corrente do lado
primário do transformador de força, com as seguintes funções de proteção:
− sobrecorrente temporizada de fase;
− sobrecorrente temporizada de neutro direcional;
− duas funções de sobrecorrente instantâneas de fase direcionais;
− três funções de sobrecorrente instantâneas de neutro direcionais;
e pelo menos um relé para proteção ligado aos transformadores de corrente dos lados
primários e secundários do transformador de força com as seguintes funções de
proteção:
− sobrecorrente temporizada de neutro;
− sobrecorrente temporizada de fase para as subestações dotadas de
alimentadores com cogeração;
− diferencial do transformador.
NOTA todas as funções direcionais devem ter os ajustes de direção independentes.
b3) Pelo menos um relé de proteção ligado aos transformadores de corrente do lado
primário do transformador de força, com as seguintes funções de proteção:
− sobrecorrente temporizada de fase;
− sobrecorrente temporizada de neutro;
− duas funções de sobrecorrente instantâneas de fase;
− três funções de sobrecorrente instantâneas de neutro;
e pelo menos um relé para proteção ligado aos transformadores de corrente dos lados
primários e secundários do transformador de força com as seguintes funções de
proteção:
− sobrecorrente temporizada de neutro;
− sobrecorrente temporizada de fase para as subestações dotadas de
alimentadores com cogeração;
− diferencial do transformador.
NOTA todas as funções direcionais devem ter os ajustes de direção independentes.
c) Nos bays de transformadores de até 6,3 MV em subestação com tensão primária até
34,5 kV, além das configurações listadas em ordem de prioridade no item acima, admite-
se, como última hipótese, a utilização de elos fusíveis para a proteção do lado primário
do transformador de força.
d) Para proteção de alimentadores, deverão ser utilizados relés exclusivos por
alimentador, com as funções de proteção apresentadas na ND.78 em sua última revisão.
Tabela 2
Resumo de atuação das proteções
Atuação da Atuação da
Equipamentos Quantidade de Configuração Atuação proteção Atuação da
Quantidade de proteção contra proteção contra
de entrada disjuntores barramento interna do proteção
transformadores sobrecorrentes sobrecorrentes
lado AT lado BT lado BT transformador diferencial
lado AT lado BT
Disjuntor AT
Disjuntor AT Disjuntor AT Disjuntor AT
Disjuntores dos
1 disjuntor 1 - ÚNICA Disjuntores dos Disjuntores dos Disjuntores dos
Alimentadores
alimentadores alimentadores alimentadores
Relé de bloqueio
Disjuntor AT
Disjuntor AT Disjuntor AT
1 disjuntor 1 1 ÚNICA Disjuntor BT Disjuntor BT
Disjuntor BT Disjuntor BT
Relé de bloqueio
Disjuntor AT Disjuntor AT
Disjuntor AT Disjuntor AT
1 disjuntor 2 2 ÚNICA 2 Disjuntores BT 2 Disjuntores
2 Disjuntores BT Disjuntores BT
Relé de bloqueio BT
Disjuntor AT Disjuntor AT
Disjuntor AT
1 disjuntor 2 2 SEPARADA Disjuntor BT 2 Disjuntores BT 2 Disjuntores
2 Disjuntores BT
Relé de bloqueio BT
Disjuntor AT
Disjuntor AT Disjuntor AT
2 disjuntores 2 2 ÚNICA Disjuntor BT Disjuntor BT
Disjuntor BT Disjuntor BT
Relé de bloqueio
Disjuntor AT
Disjuntor AT Disjuntor AT
2 disjuntores 2 2 SEPARADA Disjuntor BT Disjuntor BT
Disjuntor BT Disjuntor BT
Relé de bloqueio
Fusível 1–2-3 - ÚNICA - Alimentadores - -
Fusível 1–2-3 1 ÚNICA - Disjuntor BT - -