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Submódulo 2.3 - Rev - 2.0 PDF
Submódulo 2.3 - Rev - 2.0 PDF
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 OBJETIVO ........................................................................................................................................... 4
1 INTRODUÇÃO
1.1 Para assegurar que as instalações de transmissão atendam aos indicadores de desempenho
estabelecidos no Módulo 25 Apuração de dados, relatórios da operação do Sistema Interligado
Nacional e indicadores de desempenho, faz-se necessário um conjunto de requisitos técnicos para
assegurar o desempenho de cada um dos elementos funcionais de transmissão, quais sejam,
linhas de transmissão (LT), transformadores, compensadores reativos, dentre outros.
1.2 Esse conjunto de requisitos técnicos – de natureza sistêmica, elétrica ou mecânica –
compreende os requisitos mínimos para as instalações de transmissão integrantes da rede básica.
1.3 O atendimento a esses requisitos mínimos por parte das instalações integrantes da rede
básica deve ocorrer já na etapa de concepção dessas instalações, quando são estabelecidas as
características básicas dos equipamentos, em conformidade com o processo de integração de
instalações de transmissão e de acompanhamento estabelecido no Submódulo 2.2 Verificação da
conformidade das novas instalações de transmissão aos requisitos mínimos. Todos os
componentes integrantes dos elementos funcionais devem atender a esses requisitos.
1.4 Este submódulo se aplica à Função Transmissão Transformação – FTTR, à Função
Transmissão Controle de Reativo – FTCR, à Função Transmissão Módulo Geral – FTMG e a parte
da Função Transmissão Linha de Transmissão – FTLT (equipamentos terminais da LT). Essas
funções encontram-se definidas no Módulo 20 Glossário de termos técnicos.
1.5 Os requisitos estabelecidos neste submódulo são insumos dos processos descritos no
Submódulo 2.2.
1.6 Seguem-se alguns termos de especial relevância para este submódulo, cuja definição está
detalhada no Módulo 20 Glossário de termos técnicos:
(a) Unidade transformadora de potência.
(b) Unidade de compensação reativa convencional.
(c) Unidade FACTS (Flexible AC Transmission Systems).
1.7 Os requisitos apresentados neste submódulo referem-se à unidade transformadora de
potência, à unidade de compensação reativa convencional, ao banco de capacitores série fixos, às
unidades FACTS e barramentos, bem como aos seguintes equipamentos que compõem as
Funções Transmissão – FT da rede básica:
(a) módulo de entrada de LT;
(b) módulo de conexão de unidade transformadora de potência;
(c) módulo de conexão de unidade de compensação reativa convencional;
(d) módulo de conexão de banco de capacitores série fixos;
(e) módulo de conexão de unidades FACTS; e
(f) módulo de interligação de barras.
1.8 Os requisitos desse submódulo se aplicam diretamente às novas instalações de transmissão
integrantes da rede básica e são referências para possíveis adequações de instalações de
transmissão existentes, conforme descrito no item 1 do Submódulo 2.1 Requisitos mínimos para
instalações de transmissão e gerenciamento de indicadores de desempenho: visão geral.
1.9 Os módulos e submódulos aqui mencionados são:
(a) Módulo 2 Requisitos mínimos para instalações de transmissão e gerenciamento de
indicadores de desempenho;
2 OBJETIVO
2.1 O objetivo deste submódulo é estabelecer os requisitos mínimos para as FT transformação,
controle de reativo, módulo geral e parte da FTLT integrantes das instalações de transmissão da
rede básica e para os componentes integrantes dessas funções.
4 PRINCÍPIOS BÁSICOS
4.1 Os novos equipamentos e instalações não podem comprometer o desempenho sistêmico da
rede básica, limitar a operação das instalações existentes, nem tampouco impor restrições às
instalações da rede básica e demais instalações a elas conectadas.
4.2 Deve haver uma coordenação e compatibilização entre as capacidades nominais e de
sobrecargas de todos os equipamentos de uma mesma FT da rede básica.
5.2 Esse atendimento compreende projeto, fabricação, manutenção e operação das instalações
referidas no item 1.7 deste submódulo.
6 INSTALAÇÕES DA SUBESTAÇÃO
(c) Para acesso por meio de seccionamento de LT da rede básica em tensão igual ou
superior a 345 kV, os disjuntores associados ao seccionamento devem ser instalados de
forma a completar os vãos de um mesmo módulo de infra-estrutura de manobra
correspondente ao arranjo final da nova subestação em barra dupla com disjuntor e meio.
A conexão pode ter configuração de barramento inicial em anel simples, até o limite de
quatro conexões, considerando aquelas do seccionamento da linha.
(i) O arranjo físico desse barramento deve ser projetado de forma a permitir a evolução
para o estabelecido no item 6.1.1.1 deste submódulo, e as conexões devem atender ao
disposto no item 4.1 deste submódulo.
(ii) No caso de compartilhamento entre agentes de geração, importadores/exportadores
e/ou consumidores, os custos do disjuntor central do arranjo disjuntor e meio e demais
equipamentos e instrumentos a ele associados devem ser igualmente divididos entre
as partes. A responsabilidade pela operação do disjuntor central deve ser estabelecida
no CCT.
(iii) Se o compartilhamento referido em (ii) envolver uma transmissora, a responsabilidade
do disjuntor e demais equipamentos e instrumentos a ele associados é da
transmissora. Caso o disjuntor já exista, este deverá ser transferido, sem ônus, à
transmissora.
(iv) O primeiro acessante deve adequar sua conexão quando da adequação da subestação
aos requisitos do item 6.1.1.1 deste submódulo.
(v) As obrigações dos agentes e/ou consumidores devem estar dispostas nos respectivos
CCTs e/ou CCIs.
6.1.3 Requisitos técnicos para arranjos de barramentos das subestações de uso exclusivo de
agente gerador, consumidor livre e exportador/importador conectados às instalações sob
responsabilidade das concessionárias de transmissão.
6.1.3.1 Subestações com isolamento a ar devem no mínimo adotar as seguintes configurações:
(i) Até 230 kV – Barra simples com possibilidade de evolução para arranjo barra dupla
com disjuntor simples a quatro chaves;
(ii) Igual ou superior a 345 kV – Arranjo em anel para subestações com até 6 (seis)
conexões de LT e/ou equipamentos com possibilidade de evolução para arranjo tipo
barra dupla com disjuntor e meio, e barra dupla com disjuntor e meio para subestações
com número de conexões superior a 6 (seis);
6.1.3.2 As subestações de uso exclusivo de agente gerador, consumidor livre e
exportador/importador conectado à rede básica devem prever uma área mínima de forma a
viabilizar a evolução para o arranjo de barramento definido no item 6.1.1.1 deste submódulo e
futura possível expansão. As subestações devem ser projetadas de forma a permitir a adequação
de arranjo, considerando as áreas mínimas abaixo relacionadas, em função da maior tensão da
subestação:
2
a) abaixo de 88 kV: 8.000 m
2
b) 88 ou 138 kV: 15.000 m
2
c) 230 kV: 25.000 m
2
d) 345 kV: 100.000 m
2
e) 440 ou 500 kV: 140.000 m
6.1.3.3 Arranjos de barramentos alternativos com outras tecnologias de isolamento (SF6, etc.)
podem ser propostos, em conformidade com o disposto nos itens 6.1.2.1 e 6.1.2.2 deste
submódulo, não sendo aplicáveis as áreas definidas no item 6.1.3.2.
6.1.3.4 Caso seja verificado nos estudos definidos pelo ONS e pela Empresa de Pesquisa
Energética – EPE, a necessidade de evolução do arranjo de barramentos da subestação no
horizonte de 5 (cinco) anos para aqueles definidos no item 6.1.1.1 deste submódulo, a subestação
deve ser implementada em seu arranjo final.
6.3 Aterramento
6.3.1 As instalações de transmissão da rede básica devem ser solidamente aterradas,
atendendo as relações X0/X1 ≤ 3 e R0/X1 ≤ 1. Esse requisito deve contemplar a etapa final de
evolução da instalação, conforme previsto pelos estudos de planejamento da expansão da
transmissão.
Nas tensões nominais de sistema de 500 e 525 kV, os equipamentos devem suportar, durante
uma hora, 600 kV fase-fase eficaz, na condição em vazio, ou seja, sem carga.
As instalações devem ser isoladas de forma a atender, sob tensão operativa máxima, as
1
características de poluição da região, conforme classificação contida na IEC 815 .
O valor da tensão de rádio interferência externa à subestação não deve exceder 2.500 µV/m a
1.000 kHz, com 110% da tensão nominal do sistema.
1
Guide for the Selection of Insulators in Respect of Polluted Conditions.
Endereço na Internet: http://www.ons.org.br Página 8/18
Procedimentos de Rede
Assunto Submódulo Revisão Data de Vigência
7 EQUIPAMENTOS DA SUBESTAÇÃO
7.1.5 Impedância
7.1.5.1 O valor da impedância entre o enrolamento primário e o secundário deve ser no máximo
de 14% na base nominal das unidades transformadoras. Impedâncias superiores a essa, só
podem ser aceitas em situações especiais como, por exemplo, em caso de necessidade de
limitação das correntes de curto-circuito.
7.1.5.2 Na definição do valor mínimo da impedância, devem-se considerar os máximos valores
admissíveis de corrente de curto-circuito explicitados no item 6.4.1 deste submódulo.
7.1.5.3 Para as novas unidades transformadoras, em subestações existentes, os valores máximos
e mínimos de impedância devem atender às condições de paralelismo.
7.1.6 Perdas
7.1.6.1 Autotransformadores
O valor das perdas máximas para autotransformadores monofásicos ou trifásicos de qualquer
potência, de tensão nominal do enrolamento de alta tensão igual ou superior a 230 kV, deve ser
inferior ou igual a 0,3% da potência nominal, para operação primário-secundário nas condições
nominais de potência, frequência, tensões e tapes.
7.1.6.2 Transformadores
No caso de transformadores trifásicos ou monofásicos de potência trifásica nominal superior a
5 MVA e de tensão nominal do enrolamento de alta tensão igual ou superior a 230 kV, as perdas
máximas entre o primário e o secundário devem atender à Tabela 4, para operação nas condições
nominais de potência, frequência, tensões e tapes.
7.2.2.1 Tolerâncias
(a) São admitidas as seguintes tolerâncias para a reatância: ± 2,0% por fase em relação ao
valor especificado. Nenhum valor medido de quaisquer das três fases deve afastar-se
mais de 1% do valor médio medido das três fases.
7.2.2.3 Perdas
(a) O valor médio das perdas totais, à tensão e frequência nominais, deve ser inferior a 0,3%
da potência nominal do reator.
7.2.3.8 Os bancos de capacitores série devem ser dotados de mecanismos que possibilitem a
identificação e a adoção de medidas mitigadoras para as configurações operativas que possam
propiciar o surgimento de ressonâncias subsíncronas.
7.2.3.9 Nos casos em que o banco de capacitores série estiver conectado à subestação terminal
de LT, os equipamentos conectados ao terminal do banco no lado da LT, como reatores em
derivação, transformadores de potencial, pára-raios, equipamentos de onda portadora, etc.,
deverão ser especificados para operar continuamente com a máxima tensão possível em regime
permanente, a qual pode ser superior àquela indicada na Tabela 4 do Submódulo 23.3. A tensão
do lado de linha do terminal do banco de capacitores deve ser calculada considerando a máxima
tensão operativa no barramento da subestação terminal e a máxima corrente especificada para a
operação do referido banco.
7.3.2 Eficiência
7.3.2.1 A eficiência da unidade FACTS deve ser maior ou igual àquela utilizada nos estudos de
planejamento que definem a alternativa de menor custo global, à qual corresponde a soma do
custo dos investimentos mais o custo das perdas.
2
Transient response of current transformers.
3
Instrument transformers - part 6: Requirements for protective current transformers for transient performance.