Você está na página 1de 47

Distribuição de Energia Elétrica

Planejamento na Distribuição

Prof. Ms. Maicon Coelho Evaldt


E-mail: maicon@unisinos.br
2018/2
Cronograma
aula data Conteúdo previsto
Apresentação da Atividade e Método de trabalho e Avalição - Aspectos Gerais (Transmissão e Distribuição -
1 8/8 Aspectos técnicos e Organização do Setor Elétrico Brasileiro.)
2 15/8 Linhas de Transmissão: Projetos de Linhas Aéreas (divisão do trabalho 1 - Componentes LT)
3 22/8 Brasil – Coreia
Linhas de Transmissão: Dimensionamento Elétrico: Resistência e reatância, classificação das linhas de
4 29/8 transmissão, quadripolos equivalentes
Linhas de Transmissão: Dimensionamento Elétrico: Capacidade de transporte de linhas de transmissão (trabalho
5 5/9 2 - Preparação visita técnica)
6 12/9 Visita técnica: CEEE/CETAF Porto Alegre
7 19/9 Aspectos legais e ambientais de linhas de transmissão
8 26/9 GA - Prova
9 3/10 Apresentação e entrega do trabalho 1 e 2
10 10/10 Comunicação Grau A - Conceitos básicos de Redes de distribuição aéreas e subterrâneas, urbanas e rurais
11 17/10 SEMANA ACADÊMICA
12 24/10 Indicadores técnicos e regulatórios (divisão do trabalho 3 – Componentes e equipamentos RD)
13 31/10 PALESTRA EMPRESA GD
14 7/11 Planejamento da Distribuição (trabalho 4 - Preparação visita técnica - C.O.D.)
15 14/11 Visita técnica (C.O.D. -RGE)
16 21/11 Normas de projeto de redes de distribuição – Apresentação do Trabalho 3. (20min grupo)
17 28/11 GB Prova e entrega do trabalho 3 e 4
18 5/12 Comunicação do Grau B
19 12/12 Grau C
Rede de Distribuição Secundária
Cálculo de Demanda – Conversão kWh em kW
Procedimentos
Tipo de Fornecimento de Energia
Tipo de Fornecimento de Energia
Tipo de Fornecimento de Energia
Perdas na Distribuição de Energia Elétrica
Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica

- PRODIST
•Módulo 1 – Introdução;
•Módulo 2 - Planejamento da Expansão do Sistema de Distribuição (medição na
saída do alimentador item 5.1.1.2 da Seção 2.1 )
•Módulo 3 - Acesso ao Sistema de Distribuição
•Módulo 4 - Procedimentos Operativos do Sistema de Distribuição
•Módulo 5 - Sistemas de Medição
•Módulo 6 - Informações Requeridas e Obrigações (Balanço de Energia -
apuração das perdas no sistema)
•Módulo 7 - Cálculo de Perdas na Distribuição
•Módulo 8 - Qualidade da Energia Elétrica
•Módulo 9 - Ressarcimento de Danos Elétricos
•Módulo 10 - Sistema de Informação Geográfica Regulatório
•Módulo 11 - Informações na Fatura de Energia Elétrica (2018/1)
PRODIST MÓDULO 7
CÁLCULO DE PERDAS NA DISTRIBUIÇÃO

PERDAS APURADAS POR FLUXO DE POTÊNCIA


6.1 As perdas ocorridas no SDMT e no SDBT, onde estão incluídos os ramais de ligação,
são calculadas através de método de fluxo de potência.

PERDAS EM MEDIDORES
7.1 A perda de potência para o medidor de energia das unidades
consumidoras do grupo B é calculada conforme a expressão:
−6
𝑃𝑀=𝐾∗𝑃𝐶∗10 [𝑀𝑊].
Onde:
PM: perda de potência no medidor [MW];
PC: perda por circuito de tensão do medidor [W];
K: multiplicador da perda de potência do circuito de tensão do medidor cujo valor deve ser
fixado em:
3 (três), para unidades consumidoras alimentadas em 3 fases e 4 fios;
2 (dois), para unidades consumidoras alimentadas em 2 fases e 3 fios e em 1 fase e 3 fios;
1 (um), para unidades consumidoras alimentadas em 1 fase e 2 fios. http://www.aneel.gov.br/modulo-7
PRODIST MÓDULO 7
CÁLCULO DE PERDAS NA DISTRIBUIÇÃO
VALORES REGULATÓRIOS DE PERDAS DOS TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO

VALORES REGULATÓRIOS DE RESISTÊNCIA DOS CABOS DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO

http://www.aneel.gov.br/modulo-7
Calculo Perdas não técnicas
Para obtenção de indicadores de perdas que auxiliem na avaliação do sistema da distribuidora,
são necessárias informações dos montantes de energia informados pelas distribuidoras e das
perdas calculadas pela metodologia definida neste Módulo em megawatt-hora (MWh), definidos a
seguir:

Energia Injetada - EI: energia ativa medida proveniente de agentes supridores (transmissores, outras
distribuidoras e geradores) e da geração própria necessária para atendimento do mercado da
distribuidora e das perdas ocorridas no sistema de distribuição;

Energia Fornecida - EF: energia ativa entregue medida ou estimada, nos casos previstos pela
legislação, a outras distribuidoras, às unidades consumidoras cativas e livres, mais o consumo próprio;

Energia Passante - EP: total de energia ativa que transita em cada segmento do sistema de distribuição;

Perdas na Distribuição - PD: corresponde à diferença entre a Energia Injetada e a Energia Fornecida;

Perda Técnicas - PT: corresponde à energia dissipada no sistema de distribuição devido a fenômenos
da física;

Perda Técnicas do Segmento - PTS: perdas técnicas em cada segmento do sistema de distribuição;

Perda Não Técnicas - PNT: corresponde à diferença entre as Perdas na Distribuição e as Perdas
Técnicas. http://www.aneel.gov.br/modulo-7
Cálculo Perdas não técnicas
A partir dos montantes de energia elétrica listados no item anterior são obtidos
os indicadores de perdas definidos a seguir:
Percentual de Perda Técnicas do Segmento – IPTS: percentual de perdas técnicas
em relação à energia que transita em cada segmento:

Onde i corresponde um segmento do sistema de distribuição.


Percentual de Perdas Técnicas – PPT: percentual de perdas técnicas em relação à
energia injetada:

Percentual de Perdas na Distribuição – PPD: percentual de perdas totais em relação à


energia injetada:

Percentual de Perdas Não Técnicas – PPNT: percentual de perdas não técnicas em


relação à energia injetada:
http://www.aneel.gov.br/modulo-7
Exemplo: Cálculo PNT
Exemplo de Necessidade de Aplicação

Para um transformador de 15kVA – 7.967kV/220V, considerando uma rede de baixa


tensão monofásica 1#1/0(1/0)CAA, com toda a carga, composta por 25 consumidores
monofásicos, concentrada a uma distância de 500m, calcule a perda na rede
secundária, perdas no transformador e perdas nos medidores.

Tem-se que: If = Pf` / Vf A

1#1/0(1/0)CAA

Material
Sabemos que: Pf = 15 kVA Bitola do Condutor Neutro
Bitola do Condutor Fase
Vf = 220 V Número de Fases

Assim, temos: If = 15000/220 = 68,18 A


Exemplo: Cálculo PNT
TRANSFORMADORES
Exemplo de Necessidade de Aplicação
- Sendo a resistência do condutor é igual a 0,613 /km

- Para o circuito monofásico l = 0,5 km a perda será calculada para os


condutores fase e neutro, assim temos:
RL = (20,6130,500) = 0,613 

- Assim, a perda ôhmica de potência (dissipada na rede de BT) será:


PCOBRE = RL I 2 = 0,613  (68,18)2= 2849,5 W

- Esta perda representa:


(2849,5/15000)  100 = 19%
Exemplo: Cálculo PNT
Exemplo de Necessidade de Aplicação

Sabendo que esse transformador é de 15kVA, verifica-se que a perda total


corresponde a 370W

Considerando que a carga é composta por 25 consumidores e que a perda nominal do


medidor corresponde a 1W por elemento, tem-se o acréscimo 25W de perdas técnicas

Assim, considerando os três segmentos (Transformador, rede secundária e


medidores) verifica-se:
Perda técnica total=2850+370+25=3245W
Exemplo: Cálculo PNT

Assim, tem-se que as perdas técnicas por segmento são

Rede Secundária 2850W (19%)


Transformador 370W ( 2,5%)
Medidores 25W (0,2%)
Medidores de Energia

WordPress.com
Medidor de Energia
Tipos: Acessórios de Medição:

Eletromecânico Transformador de Corrente:


Eletrônico
Medidor Inteligente

Transformador de Potencial:
Arquitetura - Medidor Eletromecânico
Arquitetura - Medidor Eletromecânico
Arquitetura - Medidor Eletrônico
Arquitetura – Smart Meter
Diferença entre os tipos de medidores

Medidor
Eletromecânico
Arquitetura da Rede Inteligente

Infraestrutura Gerenciamento
Rede de Área de Rede de Área Rede de área
Avançada de dados do
Residência de Vizinhança ampla
de Medição medidor

Banda Larga sobre


comunicação via Linha Elétrica
rede elétrica
Perdas não técnicas - Exemplo de Fraude
CAPACIDADE DE INOVAÇÃO EM PNT

22:01:44 27
Planejamento na Distribuição
O Processo de Planejamento
Significado:
- Plano de trabalho pormenorizado;
- Serviço de preparação do trabalho ou das tarefas.
Dicionário Priberam

Conceito Básico:
É uma ferramenta administrativa, que possibilita perceber a realidade, avaliar os
caminhos, construir um referencial futuro. De maneira clássica o Planejamento é dividido
em 3 etapas:
- Estratégico: Elaborado e acompanhado pelos níveis hierárquicos mais altos da organização,
com objetivos de longo prazo
- Tático: Elaborado respeitando as diretrizes do planejamento estratégico com atuação em
áreas área funcional ou regionais da empresa. Planejamento de médio prazo em geral;
- Operacional correspondem a um conjunto de partes homogêneas do planeamento tático, ou
seja, identifica os procedimentos e processos específicos requeridos nos níveis inferiores da
organização, apresentando planos de ação ou planos operacionais. É elaborado pelos níveis
organizacionais inferiores, com foco nas atividades rotineiras da empresa, portanto, os planos
são desenvolvidos para períodos de tempo curto.
Marques, Antônio (2008). comunicação empresarial.
O Processo de Planejamento – Distribuição de Energia

Motivadores
• Crescimento contínuo da demanda, implicando em sobrecarga de TD’s, linhas
e equipamentos associados e, consequentemente, aumento na queda de
tensão, perdas elétricas e sistema incapaz de atender novas ligações;
• Exigência de qualidade por parte dos consumidores, no que se refere a níveis
de tensão, continuidade de fornecimento e etc.;
• A questão ambiental reflete o lado da sociedade: poluição visual das redes
aéreas e segurança pessoal;
• Aspectos sociais e políticos: necessidades básicas e tarifas adequadas;
• Novas tecnologias em materiais e equipamentos;
• A necessidade de conservação de energia, com o objetivo de minimizar
perdas;
• Esgotamento da vida útil dos equipamentos gera a necessidade de
substituição.
Atribuições do Planejamento

• Propor novas obras para atender ao crescimento de carga, de modo


econômico e eficiente, com menor impacto ambiental e social
possíveis;

• Analisar sistematicamente o desempenho do sistema, quanto à


qualidade de fornecimento e economicidade;

• Propor QUANTO, ONDE e QUANDO efetuar alterações necessárias


no sistema elétrico, de forma a atender às exigências do mercado
consumidor adequadamente.
Classificação de Planejamento

• Expansão: novas instalações para aumento da capacidade em SE’s e


redes (primária e secundária);

• Adequação: obras para manter o sistema operando dentro de padrões


estabelecidos;

• Melhoria: obras para incrementar a qualidade de fornecimento (circuito


reserva, substituição de condutores,...);

• Modernização: ações para implementar as novas tecnologias


desenvolvidas.
Priorização de Obras

• Nem sempre é possível realizar as alterações desejadas no sistema,


devido a diversos fatores, como:
• limitações financeiras;
• indisponibilidade de mão-de-obra;
• inviabilidade física, etc.

Com isso, temos o problema de selecionar, dentre as obras


estabelecidas nos planos anteriores, as que podem ser adiadas,
causando menor prejuízo para a sociedade e para a concessionária.
Nesta etapa do planejamento, temos a PRIORIZAÇÃO DE OBRAS.
Horizontes de Planejamento

• Plano de subestações: 10 a 20 anos;

• Redes primárias urbanas e rurais: 5 a 10 anos;

• Redes secundárias: até 10 anos para estudos globais.


Longo Prazo
Acima de 10 anos:

• define as estratégias para o desenvolvimento do sistema


de distribuição em termos de:
• Previsão da necessidade de novas tecnologias: redes
compactas, isoladas, Sist Medição e etc;
• Políticas de conversão de tensão (níveis de tensão
inadequados);
• Políticas de conversão de sistemas aéreos para
subterrâneos (concentração de carga e questões
ambientais);
• Revisão de padrões de redes e subestações.
Médio Prazo
De 5 a 10 anos:
• são planejadas obras de diversas naturezas, como:
• Construção de novas SE’s;
• Ampliações em SE’s (acréscimo de TR’s, DJ’s,...);
• Substituição de TR’s em SE’s;
• Remoções em SE’s;
• Conversão de sistema aéreo para sistema
subterrâneo;
• Instalação de capacitores, reguladores, religadores,
seccionalizadores;
• Construção de novos alimentadores ou novos trechos;
• Remanejamento de carga entre alimentadores.
Curto Prazo
Até 2 anos:
• ajustes do sistema existente às alterações recentes de
carga ou novas condições, levando à necessidade de
medidas corretivas como:
• Adequação do carregamento de TD’s;
• Mudança de taps;
• Divisão de circuitos secundários;
• Instalação de chaves, reguladores, capacitores;
• Interligação de AL’s primários.
Levantamento de Estabelecimento de
dados critérios

Fluxograma de Diagnóstico Sistema Atual


Contigências
Carregamento
Continuidade
Tensão
Estado Físico
Curto-Circuito

Planejamento Previsão de Carga

Contigências Tensão
Critérios de Simulações Temporais do Sistema Carregamento Curto-Circuito
Simulação Continuidade

Critérios Desempenho Satisfatório ? Sim FIM


Técnicos

Não

Proposição de Alternativas
Premissas

Análise Técnica

Critérios
Técnicos Atende Critérios ? Não

Sim

Análise Econômica

Seleção Melhores Alternativas

Priorização de Obras
Planejamento na Distribuidora
A realização do Planejamento da Distribuição em uma
concessionária depende de diversas áreas, como:

• Mercado;
• Comercial; Todas fornecem informações e dados
necessários e participam na formulação,
• Projeto; análise e desenvolvimento das alternativas
de expansão, cabendo a um órgão
• Operação; centralizado a coordenação e elaboração do
• Manutenção; plano final.

• Construção.
Planejamento na Distribuidora

Na maioria das concessionárias brasileiras, o Planejamento da


Distribuição é CENTRALIZADO. Existe, no entanto, algumas
vantagens na descentralização, como:

• redução do número de atividades rotineiras do órgão central,


conduzindo-o para atividades de normatização e coordenação, além
de outras de caráter estratégico;
• agilização de resolução de problemas de pequeno porte;
• aumento da sensibilidade para avaliar problemas regionais, quanto à
qualidade e crescimento de carga.
Premissas para Planejamento

Premissas: são linhas gerais que deverão nortear o processo


de planejamento, tais como:

• Política de ocupação de terrenos para SE’s e faixas de servidão de


LT’s (estoque de terrenos);
• Marketing na distribuição e venda de energia;
• Utilização de automação na rede de distribuição;
• Integração com o meio ambiente;
• Utilização de sistemas subterrâneos;
• Padronização de estruturas e instalações;
• Flexibilidade do sistema distribuidor;
• Segurança;
• Nível máximo de perdas de energia aceitável;
• Utilização de reserva de capacidade nas SE’s e redes de
distribuição;
Critérios para Planejamento

Critérios: generalização de leis, obtidas a partir de estudos que modelam


o sistema de forma global, requerendo apenas uma atualização
periódica.

• Limites mínimo e máximo de carregamento admissível de SE’s,


de TD’s, rede secundária, etc;
• Níveis e regulação de tensão em todos os segmentos da rede;
• Política de substituição de TD’s de acordo com a evolução da
carga e trmpo de vida;
• Confiabilidade: valores máximos de interrupções, quanto ao
número e duração;
Interação entre Planejamento da
Transmissão e da Distribuição
Existe a necessidade de uma grande interação entre as áreas de
Transmissão e Distribuição dentro de uma concessionária, evitando
interesses conflitantes de Planejamento. Alguns aspectos para esta
interação, entre outros, estão relacionados a seguir:

• Coerência e uniformização de critérios de confiabilidade e de


qualidade de serviço para os diversos segmentos elétricos;
• Estabelecimento de políticas de reserva de transformação e
carregamento das linhas, SE’s e rede primária;
• Definição dos tipos, dimensões e número de TD’s das SE’s.
Ferramentas para apoio ao Planejamento
Ambiente Interativo

Sistema de Fluxo de
GIS =- Sistema de
Gerenciamento de potência
Curto- informação
Avaliação circuito
Banco de Dados global
Georreferenciado
SGBD Editor de
Autoprodução redes

Dados
Topologia operativos

Regul. Equipes de Hábitos de Estatísticas


Tensão manutenção consumo

Planejamento Sistema de Dados de


a curto prazo Distribuição qualidade
Coord. da
Alocação proteção
capacitores

Dados de Dados de
projeto confiabilidade

Política de Dados
Reconfig. empresa financeiros Previsão de
Carga

Manobras p/ Carreg. econ.


manutenção de trafos

Gerenc. de Cálc. Vida


Trafos de Trafos
Concessionária de Energia - Referência
Próximas Aulas – 14/11 – 21/11
Próxima Aula – 14/11
▪ Visita técnica RGE – Concessionária (RGE-SUL):
- Saída às 19:40h em frente do estacionamento 3 e retorno às 22h no mesmo local;
- Sapato fechado e Calça Obrigatório;

Aula – 21/11

Assunto:

▪ Distribuição: Critério de Projeto e Fechamento da Disciplina


▪ Trabalho 3 - Apresentação do trabalho - componentes e equipamentos de Distribuição.

Você também pode gostar