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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

CENTRO DE ENGENHARIAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

Felipe Donizeti Costa Zucco


Maximo Armand Ugon Gutierrez
Gabriel Alencastro

Fundações profundas

Pelotas
2018
Sumário

1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

2 Descrição geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

3 Localização do terreno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

4 Vizinhança – Generalidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

5 Estudo do solo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

6 Carregamentos dos pilares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

7 Escolha do método construtivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

8 Dimensionamento das fundações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13


8.1 Capacidade de carga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
8.1.1 Método Aoki-Veloso (1975) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
8.2 Método Décourt-Quaresma (1978) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

9 Comparação entre os métodos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

10 Profundidade adotada para as estacas pré-moldadas de concreto 22


10.1 Número de estacas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

11 Blocos de fundação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
11.1 Bloco sobre 1 estaca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
11.1.1 Largura e comprimento do bloco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
11.1.2 Altura do bloco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
11.1.3 Verificação do esmagamento do concreto . . . . . . . . . . . . . . . 26
11.1.4 Verificação da tensão de tração do concreto . . . . . . . . . . . . . . 27
11.1.5 Cálculo da armadura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
11.1.6 Detalhe da armadura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
11.2 Bloco sobre 2 estaca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
11.2.1 Largura e comprimento do bloco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
11.2.2 Altura do bloco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
11.2.3 Verificação da biela junto ao pilar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
11.2.4 Verificação da biela junto às estacas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
11.2.5 Cálculo da armadura principal de tração . . . . . . . . . . . . . . . . 35
11.2.6 Cálculo da armadura complementar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
11.2.7 Detalhe da armadura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
12 Quantitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
12.1 Concreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
12.1.1 Bloco sobre 1 estaca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
12.1.2 Bloco sobre 2 estaca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
12.1.3 Volume total dos blocos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
12.1.4 Volume total em estacas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
12.2 Aço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3

1 Introdução

Em termos gerais podemos dividir uma estrutura em duas, a superestrutura, e a


subestrutura, a primeira constituída pelo esqueleto estrutural da edificação, a segunda
pelas bases da mesma. As fundações são constituídas por elementos estruturais que
são responsáveis pela transmissão das ações sofridas pela estrutura para o solo, afirma
Paulo Sergio (2016).
Neste trabalho será abordado o dimensionamento das fundações profundas,
segundo a ABNT NBR 6122 (1996) são definidas como fundações profundas aquelas
que transmitem a carga proveniente da superestrutura ao terreno pela base (resistência
de ponta), por sua superfície lateral (resistência de fuste), ou pela combinação de
ambas. Além disto a sua profundidade de assentamento deve ser maior que o dobro
da menor dimensão em planta do elemento de fundação.
Existem três grandes tipos de fundações profundas, estacas, tabulões e caixões.
O método mais comumente utilizado na atualidade é o de estacas, dentre elas existem
diferentes tipos, estacas de madeira, estacas metálicas, estacas pré-moldadas de
concreto, estacas tipo Franki, estacas tipo Strauss, estaca tipo Hélice Contínua, entre
outras.
Uma correta escolha do tipo de estaca depende de fatores técnicos e econômi-
cos, como também as características do terreno, da vizinhança, as cargas estruturais e
a disponibilidade de materiais do local.
Este projeto contempla a utilização de estacas do tipo pré-moldadas em concreto,
este tipo de estaca caracteriza-se por ser cravada no terreno por percussão, prensagem
ou vibração. O procedimento de execução causa grandes deslocamentos do solo onde
estão sendo inseridas, além de provocar grandes vibrações no terreno, por isto sua
utilização não é recomendada em locais onde as edificações próximas presentam
problemas estruturais.
A seguir será apresentado o desenvolvimento do projeto desde suas definições
iniciais, ate às plantas finais que serão destinadas a execução do projeto.
4

2 Descrição geral

O presente trabalho trata do dimensionamento de fundações profundas para


uma residência localizada no Residencial Lagos do São Gonçalo, na cidade de Pelotas,
Rio Grande do Sul.
Foram fornecidos dados iniciais para dar início aos trabalhos, a seguir serão
apresentados os mesmos:

• Planta de fundações da obra.

• Informações detalhadas sobre localização e topografia do terreno onde a obra


será executada, bem como as características dos prédios e estruturas vizinhas.

• Campanha de investigações geotécnica adequadamente planejada, executada


pelo meto de SPT.

• Definição dos carregamentos a serem transmitidos ao solo.

Vale a pena ressaltar que de modo geral as decisões e os critérios adotados ao


logo do desenvolvimento deste projeto serão evidenciados, de forma a deixar claro o
motivo de tal opção.
5

3 Localização do terreno

O terreno em questão localiza-se no anel urbano da cidade de Pelotas, próximo


da Rodoviária desta cidade, na rua Avenida São Francisco Paula.
A zona caracteriza-se por uma topografia plana, decorrente da regularização
de nível do condômino, as suas medidas são de 20x60m. No entorno do terreno foi
observado edificações térreas e de múltiplos pavimento, para a primeira as prováveis
fundações são superficiais e para a segunda, fundações profundas do tipo estaca
moldada in loco ou pré-moldadas
A seguir serão apresentadas as fotos de localização, situação e frente do mesmo.

Figura 1 – Localização do terreno


Capítulo 3. Localização do terreno 6

Figura 2 – Situação do terreno

Figura 3 – Frente NE do terreno


7

4 Vizinhança – Generalidades

Em relação a zona onde o projeto será desenvolvido, não apresenta problemas


relevantes, o terreno foi preparado para o assentamento deste tipo de edificação, já
que o mesmo pertence a um condomínio residencial. As edificações situadas ao redor
não apresentam grande porte e nem problemas estruturais graves.
Com isso podemos concluir que a princípio não haverá problemas na execução
e nem no uso da edificação.
8

5 Estudo do solo

As características do solo onde serão assentadas as estruturas de fundação são


caracterizadas pela sondagem SPT, que consiste na penetração do amostrador padrão
através do impacto de um martelo de 65 kg caindo de uma altura de 75 cm. O índice
de resistência a penetração obtido (NSP T ) consiste no número de golpes necessários
para cravação dos 30 cm finais do amostrador.
Capítulo 5. Estudo do solo 9

Figura 4 – Ensaio de SPT do terreno em questão


10

6 Carregamentos dos pilares

De modo geral, para o desenvolvimento do trabalho vários caminhos podem


ser adotados a fim de facilitar o processo de cálculo devido ao grande número de
pilares que a estrutura em questão apresenta. A seguir apresentam-se os valores dos
carregamentos de cada pilar da edificação assim como as dimensões de seus perfis,
os mesmos foram fornecidos como dados preliminares.

Quadro 1 – Cargas transmitidas e dimensões dos pilares


11

7 Escolha do método construtivo

Conforme citado anteriormente, diversos são os tipos de estacas para utilização


em fundações profundas. Para dimensionamento foram considerandas as característi-
cas do solo apresentadas anteriormente, além das cargas aplicadas, assim como o
entorno da edificação.
Os principais fatores que levaram a escolha da estaca pré-moldada de concreto
serão citadas a seguir:

1) Constatou-se que o nível d’agua no local é elevado, isto dificulta a execução de


estavas escavadas e também a utilização de concreto moldado in loco.

2) As cargas apresentadas são relativamente pequenas o que não justifica a


utilização de estacas que suportam grandes cargas.

3) Após análise do solo constatou-se que o mesmo é resistente, isto torna a


execução destas estacas um pouco dificultada, porém não limita este processo.

4) O solo em questão, a princípio, não apresenta matacões ou camadas pedregu-


lhosas.

Com isto optou-se pela estaca do tipo pré-moldada vibrada quadrada de concreto
(35x35), devido às características do solo e enquadramento no intervalo de cargas de
900kN de carga usual (quadro 3) , sendo 861.8kN o valor mais elevado de carga que
os pilares transmitirão à fundação.
Além disso, considerando-se os valores de NSPT do ensaio, analisa-se que o
solo se enquadra na situação apresentada no quadro 2, onde Velloso e Lopes (2002)
correlacionam o tipo de estaca com o Nspt do solo para uma auxiliar à escolha do tipo
de método.
Capítulo 7. Escolha do método construtivo 12

Quadro 2 – Correlação do tipo de estaca com a resistência do solo

Quadro 3 – Cargas resistidas pelas estacas, por tipo.


13

8 Dimensionamento das fundações

8.1 Capacidade de carga

Capacidade de carga de uma fundação profunda, é definida como a força


aplicada sobre o elemento de fundação que provoca apenas recalques que a construção
pode suportar sem inconvenientes, oferecendo segurança (NBR 6121/1996).
Existem inúmeros métodos para isso, desde métodos teóricos até métodos
empíricos. Para desenvolvimento do trabalho, serão adotados dois métodos semi-
empíricos para posterior comparação: o método de Aoki-Veloso (1975) e o método de
Décourt-Quaresma (1978). Esta decisão foi tomada levando em consideração o fato de
que ambos os métodos são de corriqueira utilização na Engenharia de Fundações no
Brasil.

8.1.1 Método Aoki-Veloso (1975)

Método originalmente desenvolvido a partir de resultados obtidos em ensaios


de penetração estática (Cone), e sendo possível a sua utilização a partir de resultados
de penetração dinâmica (SPT) por meio da utilização de fatores de correção
Para determinação da carga admissível (Pa) o método propõe o seguinte proce-
dimento:

PR Rp + RL
Pa = = (8.1)
FS FS
onde:
PR é a carga de ruptura ou capacidade de carga da fundação em estaca;
RL é a parcela da carga de ruptura devido a resistência lateral (atrito solo-
fundação);
RP é a é a parcela da carga de ruptura devido a resistência de ponta ou
resistência de ruptura da ponta;
FS é o fator de segurança do método, onde FS=2;

Os respectivos cálculos das resistências de ponta e lateral são dadas pelas


seguintes expressões:

Rp = Ap rp (8.2)
Capítulo 8. Dimensionamento das fundações 14

KNSP T
rp = (8.3)
F1
onde:
rp é a resistência de ponta;
Ap é a área da ponta da estaca;
K é o coeficiente de conversão da resistência de ponta do cone para o SPT;
NSP T é o valor da resistência a penetração dinâmica obtido no ensaio de SPT;
F1 é o coeficiente de correção das resistências de ponta, o qual, foi adotado
como 1,75, de acordo com o quadro 4, para estacas pré-moldadas.

Quadro 4 – Fatores de correção F1 e F2 para o método Aoki-Veloso (1975)

Já para o cálculo da resistência lateral, o método propõe a seguinte formulação:

n
X
RL = U. (∆L.rL ) (8.4)
i

αKNSP T
rL = (8.5)
F2
onde:
rL é o atrito lateral no contato fuste-solo;
U é o perímetro do fuste;
K é o coeficiente de conversão da resistência de ponta do cone para o SPT,
obtidos de acordo com o quadro 5 ;
NSP T é o valor da resistência a penetração dinâmica obtido no ensaio de SPT;
F2 é o coeficiente de correção das resistência lateral, o qual, foi adotado como
3,5, de acordo com o quadro 4, para estacas pré-moldadas.;
∆L é o trecho do fuste onde rL é constante;
Capítulo 8. Dimensionamento das fundações 15

α é o fator de relação entre resistências de ponta e lateral, obtidos de acordo


com o quadro 5 ;

Quadro 5 – Coeficiente K e razão de atrito α

Sendo assim foram calculados ambos os parâmetros, a escolha pelo tipo de


estaca foi evidenciado anteriormente e suas características geométricas estão apre-
sentadas a seguir:

Tabela 1 – Características geométricas da estaca empregada

d (m) U (m) A (m²)


Estaca pré-moldada vibrada quadrada (35x35)
0,35 1,4 0,1225
Capítulo 8. Dimensionamento das fundações 16

Quadro 6 – Cálculo da resistência de ponta

Quadro 7 – Cálculo da resistência de fuste

Quadro 8 – Capacidade de carga e carga admissível


Capítulo 8. Dimensionamento das fundações 17

8.2 Método Décourt-Quaresma (1978)

Este método consiste numa estimativa da capacidade de carga desenvolvida


exclusivamente a partir do SPT. Em um primeiro momento o processo era aplicável
somente para estacas pré-moldadas e posteriormente estendido para outros tipos de
estacas.
Para determinação da carga admissível (Pa) o método propõe o seguinte proce-
dimento:

PR Rp + RL Rp Rp
Pa = = = + (8.6)
FS FS 4 1, 3

Onde as variáveis são as mesmas propostas pelo método de Aoki-Veloso (1975)


Já os respectivos cálculos das resistências de ponta e lateral são dadas pelas
seguintes expressões:

Rp = Ap rp (8.7)

rp = αCNP (8.8)

onde:
rp é a resistência de ponta;
Ap é a área da ponta da estaca;
C é o coeficiente que relaciona a resistência de ponta com o valore de Np,
obtidos de acordo com o quadro 9;
NP é a média dos valores de Nspt na ponta da estaca, imediatamente acima e
abaixo;
α é o fator de relação entre resistências de ponta e lateral, obtidos de acordo
com o quadro 10;
Capítulo 8. Dimensionamento das fundações 18

Quadro 9 – Coeficiente característico do solo C

Quadro 10 – Valores de α em função do tipo de estaca e do tipo de solo

Para o cálculo da resistência lateral, o método propõe a seguinte formulação:

RL = U LrL (8.9)

NL 
rL = 10β +1 (8.10)
3
Onde:
rL é o atrito lateral no contato fuste-solo;
U é o perímetro do fuste;
NL é a média dos valores das resistências a penetração dinâmica obtido no
ensaio de SPT ao longo da estaca sem considerar os valores da ponta;
L é o trecho do fuste onde rL é constante;
β é o coeficiente do método e depende do tipo de estaca, obtidos de acordo
com o quadro 11.
Capítulo 8. Dimensionamento das fundações 19

Quadro 11 – Valores de β em função do tipo de estaca e do tipo de solo

Sendo assim foram calculados ambos os parâmetros, a escolha pelo tipo de


estaca foi evidenciado anteriormente e suas características geométricas estão apre-
sentadas a seguir:

Tabela 2 – Características geométricas da estaca empregada

d (m) U (m) A (m²)


Estaca pré-moldada vibrada quadrada (35x35)
0,35 1,4 0,1225

Quadro 12 – Cálculo da resistência de ponta

Obs. 1: Para o Np em 1m, a média feita utilizou valores da própria camada, 0


para a camada superior e a camada inferior normalmente.
Obs. 2: Para o Np em 9m, a camada inferior foi considerada com NSP T igual ao
da própria camada (28 golpes).
Capítulo 8. Dimensionamento das fundações 20

Quadro 13 – Cálculo da resistência de fuste

Quadro 14 – Capacidade de carga e carga admissível


21

9 Comparação entre os métodos

Ao comparar os resultados obtidos para ambos os métodos, tem-se, por profun-


didade:

Quadro 15 – Comparação entre os métodos

O método de Décourt-Quaresma fornece valores inferiores de Pa por isto serão


os dados adotados para o dimensionamento das estacas e blocos de fundação nos
itens a seguir, sendo isto uma ação a favor da segurança.
22

10 Profundidade adotada para as estacas pré-moldadas de concreto

Verificando o item anterior chegou-se à conclusão que o método a ser adotado


para o cálculo da capacidade de carga deveria ser Décourt-Quaresma.
Decidiu-se que a estaca chegará até os 8m de profundidade, onde a carga
admissível é de 596.88kN, visto que, até a camada superior, os valores encontrados
são muito baixos.

10.1 Número de estacas

Dividindo a carga de cada pilar pela carga admissível para a profundidade


adotada de 8m (596.88kN), é possível encontrar o número de estacas necessárias
para suportar cada carga advinda dos pilares. Assim, encontra-se:
Capítulo 10. Profundidade adotada para as estacas pré-moldadas de concreto 23

Quadro 16 – Número de estacas que será usada por bloco de fundação

Para cada pilar, deve ser previsto um bloco de coroamento para distribuição das
cargas. Com isso, tem-se 2 grupos distintos:

1) bloco sobre 1 estaca;

2) bloco sobre 2 estacas;

O dimensionamento dos blocos encontra-se no próximo item deste trabalho.


24

11 Blocos de fundação

Segundo a NBR 6118 os blocos de fundação são estruturas de volume usadas


para transmitir às estacas as cargas de fundação, podendo ser considerados rígidos
ou flexíveis.
Os blocos sobre estacas podem contemplar n das mesmas, este número de-
pende da capacidade de carga da estaca e das características do solo.
Neste trabalho será contemplado o dimensionamento de blocos sobre uma e
duas estacas já que
a estrutura em questão é de pequeno porte (Residencial).
Para o desenvolvimento do dimensionamento será utilizado o método da Biela-
tirante (Blévot, 1967)

11.1 Bloco sobre 1 estaca

O bloco sobre 1 estaca será base da fundação para 23 pilares, como consta no
quadro 16. Para isso, será utilizado o carregamento máximo, pilar 12 com 567,018kN,
como valor de carga para o dimensionamento do respectivo bloco.

11.1.1 Largura e comprimento do bloco

Primeiramente, será feito dimensionamento referente à largura (a) e ao compri-


mento (b) do bloco. Para isso, será considerado a distância entre a face do bloco, e da
estaca, de 10cm.


φ + 2.10cm
e
a, b ≥ (11.1)
1, 5φ
e

onde
φe é o diâmetro da estaca
Uma vez que a estaca, proposta no trabalho, é quadrada, irá se utilizar o valor
de φe relacionado à área da estaca quadrada. Sendo assim, como a área da seção
quadrada da estaca é igual a 0,1225m², logo o diâmetro proporcional a essa área é:

πD2 πD2
A= 4 ⇔ 0, 1225 = 4 ⇔ D = 0, 39m = 39cm
Capítulo 11. Blocos de fundação 25


39 + 2.10cm = 59cm
a, b ≥
1, 5.39cm = 58, 5cm

a, b = 60cm

11.1.2 Altura do bloco

A altura do bloco é obtida através da seguinte verificação, sendo recomen-


dado que o mesmo seja maior que 30cm:

a − a0
h≥ (11.2)
3
onde
a é a largura do bloco;
a0 é a largura do pilar, onde no nosso caso é 17cm;

60−17
h≥ 3 ≥ 14, 33cm

Além disso, é preciso fazer a verificação quando a altura útil (d) do bloco, o qual
deve ser de acordo com:


a/2
d≥ (11.3)
30cm


60/2 = 30cm
d≥
30cm

Tomando como base o comprimento de penetração da estaca (m), o qual, deve


ser de 3 a 10cm. Sendo assim, adotando-o como 5cm, a altura total do bloco de
fundação para 1 estaca fica:

h = d + m = 30 + 5 = 40cm

onde,

35cm > 14,33cm e 35cm > 30cm → OK!


Capítulo 11. Blocos de fundação 26

Com isso, as dimensões do bloco fica de acordo com a figura 5.

Figura 5 – Dimensões do bloco para 1 estaca

11.1.3 Verificação do esmagamento do concreto

Para a verificação do esmagamento do concreto do bloco, devem ser respeitados


o seguinte critério, considerando somente o esmagamento do concreto sobre a face do
pilar com o bloco, uma vez que é um bloco com somente uma estaca. Para o concreto,
utilizou-se C25:

σc,biela,P ≤ fcd (11.4)

Nd
σc,biela,P = (11.5)
Ap

onde
Np é o carregamento do pilar multiplicado pelo fator do segurança 1,4;
Ap é a área do pilar;
fcd é a resistência do concreto em MPa, divido por um fator de segurança 1,4.

567,018.1,4 25
σc,biela,P ≤ fcd ↔ 0,352 ≤ 1,4 ↔ 6, 48M P a ≤ 17, 86M P a
Capítulo 11. Blocos de fundação 27

11.1.4 Verificação da tensão de tração do concreto

A verificação quanto a tensão de tração do concreto, segundo Bastos (2017),


pode ser feita de forma simplificada, de modo que:

Td = 0, 25Nd ≤ fctd (11.6)

Td = 0, 25.1, 4.567, 018 = 0, 198M P a

p
0, 21 3 f ck 2
fctd = (11.7)
1, 4

3
0,21 252
fctd = 1,4 = 1, 28M P a

logo,

0,198MPa < 1,28 MPa → OK!

11.1.5 Cálculo da armadura

Ainda segundo Bastos (2017, p. 4), o cálculo da armadura horizontal (As), é


dado por:

Td
As = (11.8)
fyd

Adotando CA-50 como aço da armadura, e o valor da tensão de tração obtido


anteriormente:

0,198
As = 500/1,15 = 0, 0004554m2 = 4, 554cm2

Além disso, segundo o próprio autor (BASTOS, 2017, p. 4), “geralmente, por
simplicidade, adotam-se para os estribos verticais, nas duas direções do bloco, áreas
iguais à armadura principal As (estribos horizontais)“.
Capítulo 11. Blocos de fundação 28

11.1.6 Detalhe da armadura

Para a armadura horizontal e vertical, adotando uma bitola de φs 10mm de


diâmetro, é possível chegar ao número de barras através da seguinte equação:

As
n= (11.9)
Ab
onde;,
Ab é a área da barra.
Logo, adotando uma bitola de φs 10mm:

4.4,554
n= π(1)2 = 5, 798 ' 6

O espaçamento entre os estribos horizontais é dado pela equação:

d − c − n.φs
s= (11.10)
n−1
onde,
d é a altura útil do bloco;
c é o cobrimento mínimo, adotado como 3cm;
φs é a bitola da armadura;
n é o número de barras da armadura.
portanto,

d−c−nφs 30−3−6.1
sv = n−1 = 6−1 = 4, 2cm

Para os estribos verticais a equação é semelhante, trocando apenas o valor (d)


de altura útil por de largura do bloco (a):

a−2c−(n+2).φs 60−2.3−8.1
sh = n−1 = 6−1 = 9, 2cm

Por fim, o comprimento de um estribo horizontal pode ser obtido através da


equação:

Lbarra = 2(a + b) − 4c (11.11)

LbarraH = 2(60 + 60) − 4.3 = 228cm = 2, 28m


Capítulo 11. Blocos de fundação 29

Para estribo vertical:

LbarraV = 2(d + a) − 4c (11.12)

LbarraV = 2(35 + 60) − 4.3 = 178cm = 1, 78m

Figura 6 – Detalhamento da armadura do bloco de 1 estaca

11.2 Bloco sobre 2 estaca

O bloco sobre 2 estaca será base da fundação para 15 pilares, como consta no
quadro 16. Para isso, será utilizado o carregamento máximo, pilar 22 com 836,793kN,
como valor de carga para o dimensionamento do respectivo bloco.
Capítulo 11. Blocos de fundação 30

11.2.1 Largura e comprimento do bloco

Primeiramente, é necessário saber a distância mínima entre estacas. Para


estacas quadradas pré-moldadas, a distância mínima adotada é igual a 1,75 o valor da
diagonal da estaca quadrada. Dessa maneira:


dm = 1, 75.35 2 = 86, 62cm ' 87cm

O segundo passo do dimensionamento é referente à largura e ao comprimento


do bloco. O cálculo da largura b encontra-se abaixo:


φ + 2.10cm
e
b≥ (11.13)
1, 5φ
e

onde
φe é o diâmetro da estaca
Uma vez que a estaca, proposta no trabalho, é quadrada, irá se utilizar o valor
de φe relacionado à área da estaca quadrada. Sendo assim, como a área da seção
quadrada da estaca é igual a 0,1225m², logo o diâmetro proporcional a essa área é:

πD2 πD2
A= 4 ⇔ 0, 1225 = 4 ⇔ D = 0, 39m = 39cm

39 + 2.10cm = 59cm
b≥
1, 5.39cm = 58, 5cm

b = 60cm

Para o comprimento, considera-se a distância mínima entre estacas somada


a φe e 10cm de distância até a face externa do bloco, para ambos os lados. Portanto:

a ≥ dm + φe + 2.10cm (11.14)

a ≥ 87 + 39 + 2.10cm = 146cm = 1, 46m ' 1, 50m


Capítulo 11. Blocos de fundação 31

11.2.2 Altura do bloco

A altura do bloco é obtida através da seguinte verificação, sendo recomendado


que o mesmo seja maior que 30cm:

a − a0
h≥ (11.15)
3
onde
a é o comprimento do bloco;
a0 é a largura do pilar, onde no nosso caso é 17cm;

150−17
h≥ 3 ≥ 44, 33cm

Para verificar a questão das bielas comprimidas, é necessário que o ângulo


delas esteja entre 45° e 55°, de modo que não ocorra a ruptura por punção da funda-
ção. (BASTOS, 2017)
Dessa maneira, pode se obter o valor da altura útil (d) mínimo e máximo através
da equação:

e 
dmin = tg45 − ap /0, 90 (11.16)
2

e 
dmax = tg55 − ap /0, 90 (11.17)
2
Sendo os valores de ap e e obtidos por meio da figura 7.
Capítulo 11. Blocos de fundação 32

Figura 7 – Esquema de forças no bloco sobre duas estacas

Fonte: BASTOS (2017, p. 5)

Adotando:

e = 35 + 87 = 122cm
17
ap = 4 = 4, 25cm

logo,

122

dmin = tg45 − 4, 25 /0, 90 = 63, 05cm
2

= tg55 122

dmax 2 − 4, 25 /0, 90 = 90, 05cm

A altura final do bloco de 2 estacas deve levar em conta ainda um cobrimento


nominal (CN), um diâmetro da armadura horizontal e o comprimento da estaca dentro
do bloco. Sendo assim:

h = dmin + CN/2 + φb + 5cm (11.18)


Capítulo 11. Blocos de fundação 33

h = 63, 05 + 3 + 0, 625 + 5 = 71, 675cm ' 75cm

Sendo assim, as dimensões preliminares do bloco fica de acordo com a figura 8.

Figura 8 – Dimensões prévias do bloco sobre 2 estacas

11.2.3 Verificação da biela junto ao pilar

Para a verificação do esmagamento do concreto do bloco, deveve-se atender à


seguinte condição:

σc,biela,P ≤ σc,lim (11.19)

σc,lim = 0, 9fck (11.20)

Como adotou-se uma altura de 75cm, diferente da calculada (71,675cm), é


preciso calcular o novo ângulo , para verificar se o ângulo continua atendendo à
condição de intervalo estabelecida.

0, 9d
tgα = e
 (11.21)
2
− ap

0,9(75−3,625−5)
α = tg −1

122
 = 46, 47
2 −4,25
Capítulo 11. Blocos de fundação 34

Como 46,47o está compreendido no intervalo entre 45o e 55o , a condição é


atendida. A tensão de compressão da biela junto ao pilar é:

Nd
σc,biela,P = (11.22)
Ap sen2 α

836,793.1,4
σc,biela,P = 0,0289.sen2 46,59 = 76, 81M P a

Sendo a tensão limite calculada para C25:

σc,lim = 0, 9fck = 0, 9.25 = 22, 5M P a

Como pode ser visto, o a tensão de esmagamento na biela da comprimida da


face do pilar não converge, isso se acontece, uma vez que as dimensões do pilar são
muito pequenas em relação ao carregamento sobre ela.

11.2.4 Verificação da biela junto às estacas

A verificação quanto a biela junto às estacas deve atender à seguinte condição:

σc,est ≤ σc,lim (11.23)

σc,lim = 0, 9fck (11.24)

Já considerando o novo ângulo adotado (46,47o ) e a seção quadrada da estaca


com 35cm de lado, tem-se que:

Nd
σc,est = (11.25)
2Aest sen2 α

836,793.1,4
σc,est = 2.0,352 sen2 46,47 = 9, 10M P a < 22, 5M P a → OK!
Capítulo 11. Blocos de fundação 35

11.2.5 Cálculo da armadura principal de tração

O cálculo da armadura principal de tração é dado por:

Nd dm 1 a0 
As = . . . 1− (11.26)
3, 6 fyd d 2dm

Adotando CA-50 como aço da armadura:

836,793.1,4 0,87 1 0,17



As = 3,6 . 500.103 . 0,75−0,05−0,03625 . 1− 2(0,87) = 0, 000885m2 = 8, 85cm2
1,15

11.2.6 Cálculo da armadura complementar

O item 22.7.4.1.5 da NBR 6118 (ABNT, 2014) especifica o seguinte sobre


armaduras laterais (de pele) e superior: “Em blocos com duas ou mais estacas em
uma única linha, é obrigatória a colocação de armaduras laterais e superior. Em
blocos de fundação de grandes volumes, é conveniente a análise da necessidade de
armaduras complementares.” Segundo Bastos (2017, p. 8), a armadura superior pode
ser tomada como uma pequena parcela da armadura principal:

As,sup = 0, 2As (11.27)

Para armadura lateral:

As
As,h = (11.28)
8
Sendo assim, para a armadura superior:

As,sup = 0, 2.8, 85cm2 = 1, 77cm2

Para a armadura lateral:

8,85
As,h = 8 = 1, 10cm2

E para os estribos verticais:

Asw

s min,b = 0, 075.b = 0, 075.(60) = 4, 5cm2 /m
Capítulo 11. Blocos de fundação 36

11.2.7 Detalhe da armadura

Adotando φsp = 12,5mm para a armadura principal de tração, φss = 8mm para
armadura superior, φsh = 4,8mm para armadura horizontal e φsv = 6,3mm para a
armadura vertical, é possível a obtenção do número de barras necessárias, pela
seguintes equações:

• Para a armadura principal de tração:

As
n= (11.29)
Ab

4.8,85
n= π(1,25)2 = 7, 21 ' 8

Resultando em uma nova área de aço, dada por:

As = n.Ab (11.30)

2
As = 8π 1,25
4 = 9, 82cm
2

O espaçamento entre os barras da armadura principal é dado pela equação:

b − 2c − n.φs
s= (11.31)
n−1

b−2c−nφs 60−2.3−8.1,25
sap = n−1 = 8−1 = 6, 3cm

A ancoragem da armadura positiva do bloco deve ter no mínimo o comprimento


de ancoragem básico (lb ), o qual é dado por:

φ fyd
lb = ≤ 25φ (11.32)
4 fbd
p
2
0, 21. 3 fck
fbd = 2, 25 (11.33)
1, 4

0,0125 500 1,4 √


lb = 4 1,15 2,25.0,21 3 252 ≤ 25.0, 0125 ↔ 0, 47m ≤ 0, 31m

O comprimento final de uma barra da armadura principal fica:


Capítulo 11. Blocos de fundação 37

Lbp = a − 2c + 2lb = 1, 5 − 2.0, 03 + 2.0, 47 = 2, 38m

• Para a armadura superior ou negativa:

4.1,77
n= π(0,8)2 = 3, 52 ' 4

O espaçamento entre os barras da armadura superior:

b−2c−nφs 60−2.3−4.0,8
sasup = n−1 = 4−1 = 16, 9cm ' 17cm

O comprimento final de uma barra da armadura superior fica:

Lbsup = a − 2c = 1, 5 − 2.0, 03 = 1, 44m

• Para a armadura horizontal:

4.1,10
n= π(0,4,8)2 = 5, 6 ' 6

O espaçamento entre os barras da armadura horizontal:

d−2c−nφs 75−5−3−6.0,48
sah = n−1 = 6−1 = 12, 8cm

O comprimento final de uma barra da armadura horizontal fica:

Lbh = 2a + 2b − 4c = 2.1, 5 + 2.0, 6 − 4.0, 03 = 4, 08m

• Para a armadura vertical:

A armadura vertical será somente para o comprimento do bloco, ou seja, para


lateral mais extensa, a qual é a a = 1,50m:

Asw

s min,b = 4, 5cm2 /m = 4, 5.1, 5 = 6, 75cm2

Logo, o número de barras necessária é:

4.6,75
n= π(0,63)2 = 21, 65 ' 22

O espaçamento entre os barras da armadura vertical:

a−2c−nφs 150−2.3−22.0,63
sav = n−1 = 22−1 = 6, 37cm ' 6, 40cm
Capítulo 11. Blocos de fundação 38

O comprimento final de uma barra da armadura horizontal fica:

Lbv = 2d + 2b − 3c = 2.(0, 75 − 0, 05) + 2.0, 6 − 3.0, 03 = 2, 51m

Figura 9 – Detalhamento da armadura final do bloco de 2 estacas


39

12 Quantitativo

12.1 Concreto

12.1.1 Bloco sobre 1 estaca

Dados:

• Quantidade de blocos = 23;

• Dimensões: 0,60 x 0,60 x 0,35m.

Vconc = n.V (12.1)

Vconc,1 = 23.0, 6.0, 6.0, 35 = 2, 90m3

12.1.2 Bloco sobre 2 estaca

Dados:

• Quantidade de blocos = 15;

• Dimensões: 1,50 x 0,60 x 0,75m.

Vconc = n.V (12.2)

Vconc,2 = 15.1, 5.0, 6.0, 75 = 10, 125m3

12.1.3 Volume total dos blocos

Vconc = Vconc,1 + Vconc,2 = 2, 90 + 10, 125 = 13, 025m3

12.1.4 Volume total em estacas

Mesmo sendo pré-moldadas em concreto, foi feito o aferimento do volume de


concreto necessário para a fabricação das estacas.
Dados:
Capítulo 12. Quantitativo 40

• Blocos sobre 1 estaca = 23;

• Blocos sobre 2 estacas = 15;

• Área das estacas = 0,1225m²;

• Comprimento das estacas = 8m.

nestacas = 23.1 + 15.2 = 53

Vconc,est = n.Aest .h = 53.0, 1225.8 = 51, 94m3

12.2 Aço

Dados:

• Massa nominal unitária φ = 4,8mm: 0,140kg/m;

• Massa nominal unitária φ = 6,3mm: 0,245kg/m;

• Massa nominal unitária φ = 8mm: 0,395kg/m;

• Massa nominal unitária φ = 10mm: 0,624kg/m;

• Massa nominal unitária φ = 12,5mm: 0,963kg/m.


Figura 10 – Quantitativo final aço
Capítulo 12. Quantitativo
41
penas o Lado Direito da linha de Corte em Verde P1 (37.4 tf) P2 (43.4 tf) P3 (15.3 tf)

P8 (7.1 tf) P9 (7.1 tf)

P10 (26.3 tf) P11 (26.3 tf)

P12 (57.8 tf) P13 (50.3 tf) P14 (50.2 tf)

P15 (8.2 tf)

P22 (85.3 tf) P23 (81.3 tf)


P25 (78.6 tf) P26 (43.7 tf) P27 (20.8 tf)

P33 (87.8 tf) P34 (82.8 tf) P35 (70.2 tf) P36 (6.2 tf)

P37 (82.1 tf) P38 (74.1 tf) P39 (65.6 tf) P40 (23.7 tf) P41 (19.8 tf)

P49 (8.2 tf)


P50 (72.6 tf) P51 (62.6 tf)

P52 (12.8 tf) P53 (50.3 tf) P54 (75.2 tf)

P55 (55.0 tf) P56 (73.0 tf)

P61 (11.2 tf) P62 (41.2 tf)

P63 (15.4 tf) P64 (16.4 tf) P65 (15.3 tf)


43

Referências

ABNT. NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro,


2014.

BASTOS, P. S. dos S. Blocos de fundação - Notas de aula. Bauru: UNESP, Faculdade


de Engenharia, Departamento de Engenharia Civil, Estrutura de Concreto III, 2017.

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