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SOBRE
PELO
COIMBRA
Tmpronsn da U n i v e r s i d a d e
4871
Como candidato As substituiçcjes ordinarias da
faculdade de Direito lia IJniversidade de Coimbra,
deviamos, segundo as disposições do artigo 1 i do
Regulamento de 22 de agosto de 1866, apresentqr
uma dissertação inipressa sobre niateria juridica da
nossa livre escolha.
Tain numerosas e vastas são as repartições da
sciencia juridica, que não era certamente a falta de
pontos interessantes, que nos embaraçava a esco-
lha; mas ao contrario a grande cópia d'asstimptos
nos trouxe indeciso por alguin tempo sobre aquella
repartiqão, a que dariamos pi.eferencia.
Reflectiildo porem que os esforços de nossos
insigiies jiirisconsultos conveiyein principalmente
para o estudo das doutrinas do nosso Codigo Civil,
deixkmos-nos ir na corrente de t%oab~lisadosnies-
tres, e resolvemos definitivamente restringir a es-
collia do assuinpto ao Codigo Civil.
'i'inliniiios feito já tiin estudo particular sol~i~e
o
artigo 8 do niesmo Codigo, no qual se consagra o
principio da não retroactividade da lei, e agora para
theiiia d'este trabalho escollienios outro principio
n b menos interessante tanto n8 theoria conio na
yrrictica, a ignorancia da lei ou erro de direito,
objecto do artigo 9 do mesmo Codigo.
Beni coriliecemos, e ainda mal, que nRo tracta-
mos o assunipto como pedia a sua gravidade, e
como era desejo nosso.
No entretanto não teremos feito pouco, ee con-
seguimos chamar a attenflo de melhores engenhos
sobre a intelligencia da doutrina, consignada no pre-
sente artigo, e sobre a sua verdadeira applicação
4s variadas liypotheses do direito civil.
O nosso traballio, com quanto nRo tenha divi-
scies geraes, pode todavia considerar-se dividido eni
duas partes. Na primeira tractainos do erro de di-
reito segundo os principios geraes da sciericia, c
segundo alguns dos principaes Codigos antigos e
modernos; e na segunda procuramos expor rr doutri-
na do nosso Codigo sobre esta importante materia.
Se este trabalho tem lacunas, como cremos, pos-
sam ellas ao menos ser suppridas pela discuss8o
oral, a que elle 8 destinado, assim como pela bene-
volencia de nossos julgadores e leitores.
DA IGNORANCIA OU ERRO DE DIREITO
Direito positivo
Direito romano
XII
Contractos
FIM.
INDICE
Pag .
J Da ignorancia oii rrro em geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1J Da ignorancin do Direito Natiiral ................ 9
111 Direito positivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
JV Direito romano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
V Codigo Civil Franccz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
VI Codigo Civil da 1.iiisiana....................... 25
VI1 Projecto do Codigo C i ~ i lIlespanhol . . . . . . . . . . . . . . 28
VI11 Codigo Civil Italiano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
IX Codigo Civil Portiigiiez . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
X Ignorancia das ot>rigaròes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
XI Jgnorancia dos nossos direitos ................... 45
XJI Contractos .................................. 53