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CURITIBA
2011
DIMENSIONAMENTO DE UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO
DE ESGOTO. ESTUDO DE CASO PARA O MUNICÍPIO DE
ITAPERUÇU/PR
CURITIBA
2011
1
Rogério Wolff Karasek
CURITIBA
2011
2
TERMO DE APROVAÇÃO
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado para obtenção do título de Engenheiro
Ambiental do curso de Engenharia Ambiental da Universidade Tuiuti do Paraná.
______________________________________________________
Engenharia Ambiental
Universidade Tuiuti do Paraná
_____________________________________________________
Orientador: Prof. Msc. Helder de Godoy
UTP – Departamento Acadêmico de Engenharia Ambiental
______________________________________________________
Profa. Msc Fernanda Paes de Barros
UTP – Departamento Acadêmico de Engenharia Ambiental
______________________________________________________
3
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha esposa, Sarah Ortiz, que com seu apoio e amor
foi sempre a minha maior incentivadora na busca de minha realização, mesmo tendo,
para isso, que deixar de lado seus próprios sonhos e aspirações.
4
AGRADECIMENTOS
A minha orientadora, Profa. Msc Carolina Fagundes Caron (in memorian), por sua
paciência, sua dedicação e sua amizade. Sua partida tão prematura faz com que sua
falta tenha sido sentida durante toda a realização deste trabalho, e ainda depois.
A meu orientador, Prof. Msc Helder de Godoy, pelo grande auxílio e pela
tranquilidade que me passou para que eu seguisse adiante.
Ao Prof. Helio Botto, por seu auxílio para a execução da parte técnica deste trabalho.
A meus pais, pelo apoio e pelo estudo, que sempre fizeram essencial em minha vida, e
tão importante foi para a conclusão deste curso.
5
RESUMO
6
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 11
1.1 JUSTIFICATIVA 12
1.2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA 14
1.3 OBJETIVOS 14
1.3.1 Objetivo geral 14
1.3.2 Objetivos específicos 14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 16
2.1 IMPORTÂNCIA DA ÁGUA 16
2.2 LEGISLAÇÕES APLICÁVEIS 18
2.3 SANEAMENTO E SAÚDE 21
2.3.1 A situação do saneamento no Brasil, no Paraná e em Itaperuçu 22
2.3.2 Saúde no Brasil 24
2.4 ORIGEM DO ESGOTO 24
2.4.1 Esgoto doméstico 25
2.4.1.1 Características das excretas 25
2.4.1.2 Características da qualidade do esgoto 26
2.4.2 Vazão de Infiltração 28
2.4.3 Esgoto industrial 29
2.5 TRATAMENTO DE ESGOTOS 29
2.5.1 Níveis de tratamento 30
2.5.2 Métodos de tratamento 33
2.5.3 Sistemas de tratamento – Nível secundário 34
2.5.3.1 Lagoas de estabilização 34
2.5.3.2 Lodos ativados 36
2.5.3.3 Sistemas anaeróbios 37
2.5.3.4 Disposição no solo 38
2.6 FILTROS BIOLÓGICOS 39
2.6.1 Componentes de um filtro biológico 41
7
2.6.2 Tipos de filtro biológico 47
2.7 O MUNICÍPIO DE ITAPERUÇU 52
3 MATERIAIS E MÉTODOS 56
4 RESULTADOS 61
4.1 CÁLCULO DA VAZÃO AFLUENTE MÉDIA DE ESGOTO 61
4.2 CÁLCULO DAS VAZÕES MÁXIMA E MÍNIMA 63
4.3 DIMENSIONAMENTO DAS GRADES 64
4.4 DIMENSIONAMENTO DO MEDIDOR DE VAZÃO 66
4.5 DIMENSIONAMENTO DO DESARENADOR 68
4.6 DIMENSIONAMENTO DOS DECANTADORES 70
4.7 CÁLCULO DA EFICIÊNCIA DO SISTEMA 71
4.8 CÁLCULO DA CARGA ORGÂNICA VOLUMÉTRICA 72
4.9 DIMENSIONAMENTO DO FILTRO BIOLÓGICO 73
4.10 PRODUÇÃO DE LODO 74
5 CONCLUSÃO 75
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 76
8
LISTA DE TABELAS
9
LISTA DE FIGURAS
10
1. INTRODUÇÃO
coleta de esgoto no estado atende apenas 48,6% da população. Deste valor, apenas
2011)
lei No 11445/07, a qual rege em seu Art. 2º que os serviços públicos de saneamento
básico deverão ser prestados com base na integralidade das atividades e componentes
realizado pelo Instituto Trata Brasil com colaboração da Fundação Getulio Vargas:
11
Na cidade de Itaperuçu, está em fase de construção a ETE Buquerinho, e está
prevista para o mês de junho/2001 a licitação para a construção da rede coletora. Após
gerado na cidade.
1.1 JUSTIFICATIVA
população, entre as quais podem ser citados os maiores gastos com atendimento
hospitalar e a menor produtividade, devido a ausências, dos trabalhadores que não têm
12
Sabe-se que 80% das doenças e 65% das internações hospitalares estão
dessas doenças, que podem ser evitadas caso haja o fornecimento de serviços de
poderia atender a população por completo ou complementar a que hoje vem sendo
lançada diretamente nas águas do Rio Ribeira ou nas galerias de águas pluviais
bastante antigo, sendo usado na Inglaterra desde o século XIV, no Brasil sua utilização
exigido pela legislação vigente no Brasil, ou seja, trata-se de uma alternativa que deve
13
1.2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
1.3 OBJETIVOS
foram estabelecidos:
Itaperuçu, PR;
biológico.
15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
preciosos da humanidade, sendo um bem utilizado para grande parte das atividades
ligadas aos seres humanos. Entre os principais usos relacionados à água pode-se citar o
Londres (Rio Tâmisa), Paris (Rio Sena), Nova Iorque (Rio Hudson), São Paulo (bacia
oceanos. Já, os 2,5% restantes são de água doce, sendo que desta água doce 68,9%
encontra-se nas calotas polares e geleiras; 29,9% são águas subterrâneas; 0,9% em
16
1,7 bilhões de pessoas já sofrem com a escassez de água, sendo este um valor que
Segundo Guedes (2009, citado por Depoli, 2011), a água não se trata de um
bem finito, pelo menos não em sua quantidade. Calcula-se que sejam 1,4 bilhões de
15% da água doce do planeta, este é um país que, conforme Campos et al (1991) pode
vir a apresentar problemas com a falta de água em qualidade, ou seja, pode vir a
localizado na região norte e o maior consumo ocorre nas regiões sul e sudeste, que,
juntas, possuem apenas 12% do total disponível. (BORSOI E TORRES, 1997) Este
facilmente disponível.
17
2.2 LEGISLAÇÕES APLICÁVEIS
preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua utilização racional
propício à vida”.
18
São estabelecidas, por esta lei, a constituição do Sistema Nacional do Meio
CONAMA.
dotado de valor econômico. Seu Art. 2º define que, entre os objetivos da Lei, está
esgotos e demais resíduos, líquidos ou gasosos, tratados ou não, com o fim de sua
diluição, transporte ou disposição final, está sujeito à outorga pelo Poder Público.
saneamento básico podem ser exercidas diretamente pelo município, por meio de
Resolução 357 de 17 de março de 2005, trata, em seu Capítulo IV, das condições e
19
qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados, direta ou indiretamente, nos
corpos de agua, apos o devido tratamento e desde que obedeçam as condições, padrões
para rios de classe especial, nos quais é vedado o lançamento de quaisquer efluentes,
ainda que tratados, o lançamento nas demais classes deverá, além de atender às
lançamento de efluentes:
I. pH entre 5 e 9;
III. materiais sedimentáveis: ate 1 ml/l em teste de 1 hora em cone Imhoff. Para o
IV. regime de lançamento com vazão máxima de ate 1,5 vezes a vazão media do
período de atividade diária do agente poluidor, exceto nos casos permitidos pela
autoridade competente;
V. óleos e graxas: óleos minerais ate 20mg/L e óleos vegetais e gorduras animais:
ate 50mg/L; e
20
Já o § 5º do Art. 34 trata dos parâmetros orgânicos e inorgânicos de
lançamento de efluentes.
pública ou privada, dos usuários, dos direitos de uso dos recursos hídricos, entre os
final.
Óleos e graxas;
dos dejetos, pode levar o homem a inatividade ou reduzir sua potencialidade para o
trabalho.
22
atendimento a 70% da população urbana e 50% da população rural com serviços de
litros de esgoto bruto são lançados diariamente nos rios, córregos, praias e lagos
atendidos por essa coleta. Do total coletado, quase 75% são despejados in natura,
esgoto gerado no estado passa por tratamento antes de sua disposição final
população.
23
2.3.2 Saúde no Brasil
2007 foram 1.639 mortes, no Brasil, de menores de 5 anos por doença diarreica.
milhões. Ainda conforme o estudo do Instituto Trata Brasil, foi gasto, no mesmo ano,
o valor de R$ 547 milhões, pelas empresas, com remunerações relativas a horas não
24
separador de esgotamento sanitário, seguindo por linhas de drenagem independentes e
(FUNASA, 1991)
Desta forma, uma maior ou menor demanda de água terá como resultado, de forma
(proteínas). Tanto as fezes como a urina contêm grande quantidade de água, além de
matéria orgânica e inorgânica. No que se refere à matéria orgânica, esta compõe cerca
25
Os microrganismos eliminados nas fezes são de diversos tipos, com destaque
que podem atingir a quantidade de um bilhão por grama de fezes. (FUNASA, 1991)
Características físicas
(FUNASA,1991)
26
Variação de vazão: depende dos costumes dos habitantes e é calculada em
Características químicas
Matéria orgânica: origem de 70% dos sólidos no esgoto, sendo geralmente uma
(FUNASA,1991)
27
Características biológicas
quente (mamíferos). São de simples determinação, razão pela qual são adotadas
(FUNASA, 1991)
quantidade de água infiltrada, como o tipo de solo, extensão da rede coletora, área
não haja dados locais específicos disponíveis, pode-se expressar a taxa de infiltração
28
em termos de vazão por extensão da rede coletora, sendo usualmente utilizados valores
industriais que contribuem à rede pública, visto que os despejos podem exercer grande
como lagoas, rios, oceanos, é uma alternativa que foi, e ainda é, empregada de forma
degradação do ambiente (solo, água e ar) ou, em outros casos, o meio demonstra ter
circunvizinho.
dos esgotos, desde que não ocorra sobrecarga e que haja boas condições ambientais
matéria orgânica.
29
Uma estação de tratamento de esgotos é, em essência, um sistema que explora
detenção hidráulica (tempo médio que o esgoto fica retido no sistema) e aumentar a
outra série de aspectos negativos. Assim sendo, em cada caso, devem-se ponderar
ambas as possibilidades para que se chegue realmente à solução mais apropriada para
que seja escolhida a solução que corresponda a uma eficiência e a custos compatíveis
níveis e métodos.
2.5.1Níveis de tratamento
30
Conforme Von Sperling (1996), os níveis de tratamento são comumente
classificados em:
Preliminar
Primário
Secundário
Terciário
sólidos sedimentáveis suspensos e de parte da matéria orgânica. Esses dois níveis têm,
sido insuficiente.
31
Tabela 1 – NÍVEIS DO TRATAMENTO DOS ESGOTOS
Nível Remoção
Preliminar sólidos em suspensão grosseiros (areia e materiais de maiores dimensões)
Primário sólidos sedimentáveis suspensos
DBO em suspensão (matéria orgânica dos sólidos em suspensão
sedimentáveis)
Secundário DBO em suspensão (matéria orgânica suspensa fina, não removida em
tratamento primário)
DBO solúvel (matéria orgânica em forma de sólidos dissolvidos)
Terciário Nutrientes
Patogênicos
Compostos biodegradáveis
Metais pesados
Sólidos inorgânicos dissolvidos
Sólidos suspensos remanescentes
DBO e de coliformes.
remoção de nutrientes, podendo atingir eficiência ainda superior caso haja alguma
32
2.5.2 Métodos de tratamento
SPERLING, 1996)
Metcalf & Eddy (1991 citado por Von Sperling, 1996), da seguinte forma:
reações químicas.
33
TABELA 2 – OPERAÇÕES, PROCESSOS E SISTEMAS DE TRATAMENTO
FREQUENTEMENTE UTILIZADOS PARA REMOÇÃO DE POLUENTES
Lagoas de estabilização
Lodos ativados
Matéria orgânica
Filtro Biológico
biodegradável
Tratamento anaeróbio
Disposição no solo
Lagoas de maturação
Disposição no solo
Patogênicos
Desinfecção com produtos químicos
Desinfecção com radiação ultravioleta
Nitrificação e desnitrificação biológica
Nitrogênio Disposição no solo
Processos físico-químicos
Remoção biológica
Fósforo
Processos físico-químicos
Fonte: Von Sperling (1996)
sistema de filtros biológicos, que, por se tratar do sistema com o qual se relaciona este
34
no fundo da lagoa. O oxigênio requerido pelas bactérias aeróbias é fornecido
no fundo.
35
removidos antes do lançamento no corpo receptor. A lagoa de decantação, à
etapa anterior, devendo haver uma unidade de decantação primária para esse
fim.
menor DBO disponível lpara as bactérias, fazendo com que estas usem a
36
Fluxo intermitente: O sistema é operado de forma intermitente. Desta forma, no
primária.
37
2.5.3.4 Disposição no solo
vala.
fundo poroso, e percola pelo solo. Há uma menor perda de líquido por
mais comuns.
38
Escoamento superficial: O esgoto é distribuído na parte superior de terrenos
com certa declividade, escoando através dos mesmos até serem coletados por
encontrar uma grande aplicabilidade no Brasil, dada a sua simplicidade e baixo custo
século XIV, sendo originado da evolução dos então chamados filtros de contato, que
eram tanques preenchidos com pedras e alimentados com esgoto pela superfície até
ET AL, 2001)
preenchido com pedras, madeira ou material plástico, sobre o qual os esgotos são
rotativos movidos pela própria carga hidráulica dos esgotos. O esgoto percola, então,
39
bacteriano na superfície da pedra ou do material de enchimento, na forma de uma
filtração, e sim uma oxidação biológica, mas o termo tal como é usado é consagrado.
40
O meio suporte é normalmente composto de pedras, cujo diâmetro permite um grande
espaço de vazios, não permitindo peneiramento, e assim sua função é fornecer suporte
Ao atingir certa velocidade, esta causa uma tensão de cisalhamento que desaloja parte
do material aderido, o que funciona como uma forma natural de controle da população
na FIGURA 2:
A – Tubulação do afluente
B – Sistema de drenagem
C – Parede do tanque
D – Meio suporte
41
E – Distribuidor rotativo
por uma câmara de dosagem. Estes dispositivos, similares aos tanques fluxíveis,
uma coluna central que gira sobre uma base ligada à tubulação afluente.
42
FIGURA 3 - DISTRIBUIDOR ROTATIVO – ETE PEIXINHOS, RECIFE/PE
por meio de caixas dosadoras de funcionamento intermitente. Uma série de bocais nos
braços efetua a distribuição uniforme do esgoto a tratar. Estes bocais estão localizados
sempre de um mesmo lado dos braços, de modo a permitir o movimento dos braços
43
FIGURA 4 – BRAÇO DISTRIBUIDOR DO AFLUENTE
Recentemente o plástico tem sido utilizado como meio filtrante, com bons
à das pedras. Também se trata de um material muito mais leve, o que facilita o
os plásticos têm sido usados em torres de filtração, que atingem até 12 metros
44
entanto, aspectos econômicos têm restringido sua maior utilização. (KAWANO
E TORRES, 2008)
drenantes possuem orifícios cuja área total não deverá ser inferior a 20 % da
46
FIGURA 8 – EXEMPLO DE FILTRO BIOLÓGICO – DETALHE DA ENTRADA DE AR
classificação empregada é:
47
ativados, com a vantagem de, por sua menor mecanização, ser mais simples de
mais elevadas que as dos filtros de baixa carga, e mais baixas que os de alta
48
Filtros biológicos de alta carga: Conceitualmente, os filtros biológicos de alta carga são
similares aos de baixa carga (ver FIGURA 10), entretanto, por receberem uma maior carga de
DBO por unidade de volume de leito, requerem uma área menor. Ocorre uma ligeira redução
menor vazão no período da noite poderia fazer com que os braços distribuidores não rodem,
e o leito poderia secar), equilibrar a carga afluente, e possibilitar um novo contato da matéria
orgânica efluente a fim de garantir uma maior eficiência. A recirculação nos filtros biológicos
49
possuem profundidades entre 03 e 12 metros, o que é possível devido à baixa
Filtros biológicos grosseiros: São um tipo de filtro de alta carga usado para pré-
(1991), seu uso mais comum é para despejos com concentrações de DBO mais
altas, superiores a 1,6 kg/m³.d. Uma vantagem desse sistema é a baixa energia
50
Na tabela 3 são resumidas as principais características dos diferentes tipos de
filtros biológicos.
51
Superfície
Densidade Esdpaços
Tamanho específica
Material aproximada vazios Aplicação
(cm) aproximada
(kg/m³) (%)
(m²/m³)
Localizada a 25° 13' 12" S de latitude, e longitude 49° 20' 52" O, a cidade de
52
Fonte: Prefeitura Municipal de Itaperuçu, 2011
de 2001, 84% residia em área urbana, proporção que se manteve de acordo com o
refere ao tipo de instalações sanitárias, apenas 3,73% do esgoto são lançados na rede
geral de esgoto ou pluvial. No entanto, em planilha obtida junto ao SNIS, que trata dos
53
população não possui nenhum tipo de instalação sanitária. Os 3,46% restantes são
produzidas pelas mesmas, o que possibilitaria estimar sua faixa de vazão, o presente
município de Itaperuçu não conta, atualmente, com rede coletora de esgoto e, por
54
O IDH do município, conforme o PNUD/Atlas de Desenvolvimento Humano
fundamental. Este índice cai para 45,96% quando se verifica a população entre 15 e 17
anos que frequenta a escola de nível médio; e apenas 0,51% da população com idade
ITAPERUÇU, 2011)
321,39. Essas rendas são referentes ao ano de 2000, e informadas pela Prefeitura
no período compreendido entre os anos de 1991 e 2000 (32,27%), porém, foi superior
55
3 MATERIAIS E MÉTODOS
(3.1)
Onde:
Pt = População final
P0 = População inicial
de 30.748 habitantes.
segundo divulgado pela empresa, terá capacidade para tratamento do esgoto gerado
56
Diante disso, a estação de tratamento de esgoto dimensionada neste trabalho
habitantes).
demais cursos d’agua da bacia do rio Ribeira, de domínio do Estado do Paraná, está
enquadrado como “Classe 2”, exceção feita aos cursos d’água utilizados para
abastecimento público e seus afluentes, desde suas nascentes até a seção de captação
para abastecimento público, quando a área desta bacia de captação for menor ou igual
a 50 (cinquenta) quilômetros quadrados, como o Rio Sete Barras, Rio Turvo e seus
afluentes, Rio São João, Córrego dos Veados, Córrego Poço Grande, Rio João Surrá e
57
O lançamento de efluentes em corpos d’agua, no Estado do Paraná, deverá
Óleos e graxas:
que apresenta, tem sido pouco empregado no Brasil, possivelmente devido à pouca
difusão dessa tecnologia no país. A opção desse sistema para a realização deste
respeito desse sistema, que em virtude de sua simplicidade e de seu baixo custo
operacional, podem encontrar uma grande aplicabilidade no Brasil, país que apresenta
sistemas anaeróbios, os quais usualmente não são capazes de produzir efluentes com
Para a escolha do sistema a ser empregado em uma ETE, vários fatores devem
58
econômicos e ecológicos. A capacidade de depuração do corpo receptor e o uso que se
faz da água nos locais à jusante do ponto de lançamento são critérios que devem ser
observados.
qualificação da equipe que vai operar o sistema, clima e temperatura da região e locais
constituintes do efluente a ser tratado, dado a complexidade das análises que seriam
potencial poluidor dos despejos. Desta forma, como alternativa à realização de análises
unidades dependerá das características do efluente a ser tratado e dos objetivos que se
59
sistemas de tratamento de efluentes. Conforme Von Sperling (1996), a eficiência desse
sistema na remoção da DBO é superior a 80%, chegando a 93% nos filtros de baixa
carga, eficiência inferior apenas à do sistema de lodos ativados. Estes dois sistemas
sistema de lagoas, a qual tem uma menor eficiência quando comparada a remoção da
DBO.
é menos oneroso que o de lodos ativados e, embora mais caro que os demais sistemas,
esses, por apresentarem o risco de gerarem efluentes com padrões fora dos requisitos
lagoa. Como maior inconveniente do sistema de filtro biológico está a geração de lodo
que deverá ser tratado posteriormente, similar à quantidade gerada pelo sistema de
quanto a eficiência, custos e quantidade de lodo a tratar, tem uma menor simplicidade
60
para sua operação, e a elevadíssima área demandada para sua implantação torna
alta carga que, embora apresente eficiência menor, em comparação aos filtros de baixa
carga, demandam uma menor área, não apresentam problemas com proliferação de
61
4 RESULTADOS
Para o cálculo da vazão média do esgoto a ser tratado, deverá ser considerada a
fração de água fornecida que adentra a rede coletora na forma de esgoto (VON
SPERLING, 1996)
De acordo com Von Sperling (1996), para pequenas localidades, ou seja, com
população ente 10 e 50 mil habitantes, o consumo per capita de água (QPC) situa-se na
faixa de 110 a 180 litros diários. Para este estudo será adotado um QPC médio de 150
l/hab.dia.
62
Deste total, parte adentrará a rede coletora de esgoto, em uma quantidade entre
(4.1)
pode-se adotar que a relação entre a vazão mínima e a vazão média é de 0,5. Assim, a
(4.2)
63
Assim, para uma população de 4.748 habitantes, a relação entre Qmax e Qmed
será:
Aplicando-se a razão obtida, tem-se que a vazão máxima de esgoto gerado será
m³/d e l/s.
Campinas, elaborado pelo Prof. Dr. Ariovaldo José da Silva, grades de barras paralelas
de limpeza manual têm espessura mínima de 10 mm, e seu comprimento não pode
64
Com base no volume de efluente a tratar, considerando a vazão máxima de
(4.3)
V = velocidade
Au = Área útil
Assim:
sistema, calcula-se a área da seção transversal do canal, por meio da fórmula abaixo,
(USP, 2011):
(4.4)
Au = área útil
65
A = espaçamento entre as barras
Assim:
Tendo sido definida a altura de 10 cm para cada barra, resulta que a base da
seção deverá ser de, pelo menos, 16,4 cm. Assim, com o espaçamento definido de 4
cm, serão utilizadas três barras, na espessura de 1 cm (ou 10 mm), ficando a base da
Para manter uma velocidade de escoamento constante, uma vez que pode haver
como a calha Parshall, a qual será utilizada neste trabalho (VON SPERLING, 1996),
66
TABELA 8 – RELAÇÃO ENTRE A VAZÃO E A LARGURA NOMINAL DA
CALHA PARSHALL
Para a vazão máxima de 7,86 l/s calculada, a largura nominal da calha Parshall
(4.5)
considerando:
PARSHALL
Vazão
H (m)
(l/s)
Mínima 3,3 0,076
Máxima 7,86 0,134
67
O rebaixo à entrada da calha é calculado a seguir, de acordo com fórmula do
(4.6)
Assim:
Logo, Z = 0,034 m
objetivo de remover areia através de sedimentação, sem que haja remoção conjunta de
líquido.
68
A velocidade do efluente no canal deverá ser de 0,3 m/s, a fim de evitar
passagem do efluente seja muito baixa (até 0,15 m/s), ou o arraste de material
fórmula:
(4.7)
(4.8)
69
4.6 DIMENSIONAMENTO DOS DECANTADORES
com uma taxa de escoamento superficial (q) entre 20 e 30 m³/m².d. Para o presente
decantador primário como para o secundário, assim, ambos deverão ter as mesmas
dimensões.
(4.9)
= 5,5 m
passar pelo decantador, deve ser igual ou superior a uma hora, sendo que o TDH
decantador:
(4.10)
70
Assim, para a altura do decantador deverá ser de 2 metros:
SEMA 021/09 será empregada a DBO. Considerando que, de acordo com Von
esgotos no corpo receptor com uma DBO de até 90 mg/l, deverá ter uma eficiência (E)
mínima de 74,3%.
(4.11)
71
4.8 CÁLCULO DA CARGA ORGÂNICA VOLUMÉTRICA
recomendada para o projeto de filtros biológicos de alta carga deve ser entre 0,5 e 1,0
(4.12)
F: fator de recirculação
= 0,61
72
4.9 DIMENSIONAMENTO DO FILTRO BIOLÓGICO
(4.13)
= m
73
4.10 PRODUÇÃO DE LODO
(4.14)
(4.15)
74
5 CONCLUSÃO
Embora não tenha sido considerada a remoção da DBO das unidades à jusante
efluentes, e que a eficiência necessária para que o sistema alcance para tal finalidade é
população do município.
Assim, fica como sugestão para futuros trabalhos a apresentação de alternativas para o
75
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Acessado em 15/03/2011.
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/saneamento/definicoes/saneamento_ambiental.
http://www.bndespar.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arqui
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2001.
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