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O centro da cidade está cheio sentei -me na escada de um banco de frente para
padaria. Dentro da padaria tinha 4 pessoas, um moço sai de la com uma sacola de
pão, um senhor que esta la dentro pede um pedaço de bolo para a funcionária e as
outras duas pessoas saem de la sem nada. Ao lado da padaria tem uma loja de
sapatos, uma mulher com uma criança no colo fica olhando a vitrine de sapatos por
um tempo e vai embora, as vendedoras ficam conversando, a loja esta vazia. Vou
para outro lugar, para rua de cima do centro da cidade, passo pelo calçadão onde tem
uma tabacaria, outra loja de sapatos, perfumaria, lanchonete e pra cima da loja de
sapatos tem umas pessoas que vendem colares, brincos, pulseiras e pedras, essas
pessoas são hippies, também tocam flauta e violão, as pessoas que por ali passam
sempre dão moedas a eles e compram suas artes. Chegando na parte de cima tem
uma lotérica, um mercado enfrente a lotérica e várias outras lojas. Tem uma fila
enorme na lotérica, as pessoas que estão na fila conversam, umas estão comendo e
tem crianças correndo dentro do local. Uma moça falando no celular, um homem
mexendo no celular e falando alguma coisa, parece estar falando sozinho. Pessoas
impacientes xingando as funcionárias de lerdas e dizendo que precisam trabalhar e
não tem o dia todo para ficar na fila. Uma mulher vai buscar a criança que esta
correndo dentro local, ela pega a criança pelo braço e começa a gritar com ela. A
criança bate na mãe e volta a correr dentro local. A mãe fica muito brava e vai
novamente buscar a criança, e dessa vez bate na criança, ela começa a chorar e senta
no chão. As outras pessoas começam a rir da situação e um homem sai da fila e vai
embora. As pessoas voltam a conversar, uma cruza o braço, encosta na parede e fica
olhando pra cima mexendo a perna constantemente. Vou para dentro do mercado,
tem muita gente la dentro, começo a andar pelos corredores, uma mulher lendo o
rotulo do requeijão na gondola e o devolve, um senhor andando lentamente
empurrando um carrinho com uma criança andando atrás dele, ele conversa com a
criança e vai para o corredor onde fica o hortifrúti, la tem uma mulher escolhendo
batatas e mexendo no celular ao mesmo tempo, ela derruba o celular no chão e faz
cara de espanto. Vou caminhando até a saída o mercado. Caminho pela cidade e vou
até o mercadão, la tem um ponto de ônibus onde ficam muitas pessoas observo
algumas com fones de ouvido, conversando, uma mulher sentada na escada do
mercadão comendo pastel e conversando com um homem, ele a beija e acaricia seus
cabelos, tira foto com ela e continuam conversando. A mulher termina de comer e
levanta, pega a mão do homem que também levanta e os dois vão para o ponto de
ônibus. Entram no ônibus que acaba de chegar. Um senhor sentado ao lado de uma
moça no banco que fica ao lado do mercadão e ao lado de um bar, eles conversam,
o senhor de braços cruzados e a moça dando risada. Uma criança sentada no chão
na frente deles brincando com seu carrinho, a moça conversa com a criança. Ando
até a praça onde tem varios adolescentes sentados conversando.
REGISTRO DE OBSERVAÇÕES
É hora do intervalo, o patio esta cheio sentei -me no andar de cima no chão do
corredor onde tive visão do patio todo. As pessoas sentadas comendo, conversando,
jogando uno, truco, caxeta. No fundo do pátio, perto da minha sala tem umas pessoas
sentadas mexendo no notebook, estão fazendo trabalho parecem bem concentradas
e conversam pouco. Na mesa ao lado tem quatro pessoas jogando truco, elas gritam
muito, batem na mesa dão risada e percebem que as pessoas que estão fazendo
trabalho estão bravas por conta do barulho, mas um integrante fala que no patio não
é lugar de fazer trabalho e sim na sala de estudos. Eles ignoram e continuam fazendo
o trabalho. Na mesa a frente das pessoas jogando truco tem uma menina escrevendo
em seu caderno e comendo pão de queijo, junto dela tem um menino com fones de
ouvido cantando e batendo levemente na mesa. Na outra fileira da frente tem mais
quatro pessoas jogando truco, duas pessoas estão com fones de ouvido e rindo, estão
cantando e mexendo os braços, os outros dois estão rindo e conversando. Ao lado
deles tem vários meninos conversando, uns estão de pé e outros sentados. Eles dão
bastante risada, uns se abraçam e depois empurram o outro, fazem gestos obscenos,
batem na mesa e falam muito alto. Logo a segurança vai até eles e fala que não pode
bater na mesa e sai. Eles a imitam rindo e param de bater. No corredor onde eu estou
tem uma menina lendo um livro na sala de estudos, ela mexe constantemente no
cabelo e nas pernas enquanto lê. Na cantina no andar de baixo um menino pede um
café e espera até que chegue, enquanto isso ele mexe no celular e nos saches de
açúcar que tem no balcão. Ele pega um sache e fica alguns segundos olhando, em
seguida coloca onde estava e debruça os ombros sobre o balcão e continua mexendo
no celular, a funcionária da cantina trás o café dele, ele agradece e vai até a mesa de
frente a cantina e se senta. Na mesa ao lado tem um menino sozinho, ele esta olhando
ao seu redor, coloca os pés no banco por debaixo da mesa e fica balançando os pés,
roe as unhas e começa a falar sozinho. Boceja e olha no relógio, inclina a cabeça para
trás e se espreguiça. Tempo depois ele se levanta e vai embora. Pessoas na fila do
xerox conversando com muitos papéis na mão, uma menina mexendo no computador
e conversando com um menino ao seu lado, ela pega a bolsa que esta com ele, abre
e pega a carteira, pega moedas e uma nota e entrega para um dos funcionários que
estava atendendo-a, espera alguns minutos, o funcionário lhe entrega algumas folhas
e ela guarda tudo em sua bolsa vai embora. Levantei e andei até a frente do corredor
onde pude ver mais detalhes da parte da frente do patio e a parte de fora das catracas.
Tinha algumas pessoas sentadas nos degrais da escada na frente das catracas
conversando, abraçadas, um casal se beijando de mãos dadas rindo, algumas
pessoas sozinhas apenas olhando para fora.
REGISTRO DE OBSERVAÇÕES
O local é bem grande, na entrada tem uma placa de boas vindas do local e
ilustrações de uma trilha que tem lá. Entrando no local tem um palco do lado esquerdo
de quem entra e no direito varios quiosques, onde se encontra varias pessoas
sentadas conversando, tocando violão, cantando, jogando alguns jogos, namorando
e dentadas na grama no espaço que tem entre um quiosque e outro. No primeiro
quiosque tem sete adolescentes conversando, um menino tocando violão e outro ao
seu lado esquerdo cantando, todos estavam sentados no banco, uma menina abraça
com outra menina, uma ao lado delas também cantando e outras duas conversando
entre elas. No outro quiosque havia um casal se beijando, no terceiro três meninas
estão conversando e rindo muito, uma delas esta falando algo muito engraçado e as
outras duas estão prestando atenção e fazendo gestos, elas estão brincando de
mímica, uma delas imita porco e ri mais ainda. Mais pra frente tem uma ponte de
madeira, atravessando a área onde fica os brinquedos que são balança, escorredor e
uma casinha com escadas e uma rede para escalar. Fui até a casinha e subi até lá,
dava pra ver até o lago que tem no parque de la de cima. Logo chega mais crianças
e correm para o balanço, tem três balanços, cada criança senta em um e uma empurra
todas as outras três, elas gritam bastante falando que é pra empurrar mais alto. Logo
elas saem do balanço e vão paro o escorregador, la elas sobem de pressa a escada
e escorregam, uma delas cai, mas levanta não se importando e vai escorregar
novamente. Elas vão saem de la, passam para o outro lado da ponte e vão embora.
Chega uma menina e deita na grama ao lado dos balanços, fica la por um tempo
olhando para o céu, em seguida pega seu celular e conecta o fone de ouvido, fecha
os olhos e coloca os braços atrás da cabeça. Começa a passar varias pessoa por ali
e seguem o caminho para trilha. Desço da casinha pelo escorregador e caminho frente
ao lago, la tem bancos para se sentar e ficar olhando o lago. Do outro lado do lago
tem um casal sentado em um dos bancos, o rapaz esta deitado no colo da moça que
acaricia seus cabelos, atrás deles passam varias pessoas que saem do outro lado da
trilha. Dois senhores sentam no banco ao lado do meu e começam a conversar, falam
de como era o parque antigamente, que tinha peixes la e agora não tem mais pois
morreram todos por descuido dos funcionários do local. Levanto-me e vou em direção
a trilha, no começo dela escuto pessoas gritando e rindo, vou chegando perto e
quando estou atravessando a ponte que há no local me deparo com criança subindo
no cipó e balançando de um lado para o outro, eles pararam um pouco para eu poder
passar e depois continuaram. Ando pela trilha e vejo adolescentes fumando e
conversando, passo por outra ponte e encontro pessoas voltando, chego no final e me
deparo com vários adolescente conversando e gesticulando. Saio da trilha e tenho
visão dos bancos ao redor do lago, tem uma moça sentada tomando sorvete com seu
cachorro, do lado dela tem um senhor olhando para o lago de costas para mim, no
banco ao lado do senhor tem duas crianças sentadas com as pernas cruzadas em
cima do banco brincando de pegar o dedo uma da outra, elas começam a gritar e rir,
o senhor vira de frente para elas e fica um tempo olhando-as e depois vai para outro
lugar. Ao lado das crianças estão dois homens mexendo no celular, eles ficam
bastante tempo mexendo, não trocam nenhuma palavra só fica digitando até que um
deles levanta e sai, o outro continua na mesma posição. Fui para o outro lado do lago
novamente e me sentei na grama, e um pouco mais a frente tem crianças e adultos
jogando bola, as crianças correm atrás da bola e chutam para os adultos no gol. Ao
lado dos balanços sentadas na grama tem três mulheres com um bebê, elas estão
fazendo piquenique, tem uma toalha no chão a qual estão sentadas em cima, alguns
potes de plástico com bolo e mais alguma coisa que não pude ver. Tinha também uma
sacola com coxinhas e esfirras, refrigerante, suco de caixinha e outros tipos de doces.
Elas estavam olhando as crianças jogar, uma delas apontou para uma das crianças
falando algo para as outras que escutei pois estava muita gritaria, depois todas
começaram a rir e comer as coxinhas que ali estava. A mulher com o bebê cortou com
os dedos um pedaço bem pequeno, deu para ele e a outra mulher ao lado dela
começou a bater palma e acariciar os pés da criança. Levantei-me de la e atravessei
a ponte novamente indo para o começo do parque. Fui até onde esta os quiosque e
fiquei por lá, chegou varias outras pessoas que estavam conversando, todas sentadas
na grama ao lado dos quiosques. Uma delas estava tocando gaita e as outras olhando,
uma menina ao lado começa a bater palmas e todos acompanham. As pessoas que
estão nos quiosques e no palco mais a frente ficam olhando o moço tocar, algumas
pessoas até saem de onde estão para ir mais perto dele para ouvir. O moço para de
tocar e todos batem palmas. Vou até o palco e fico sentada por lá, mais pessoas
chegam. Uma mulher com um bebê dentro do carrinho e dando a mão para outra
criança já mais velha. A mulher senta no palco onde estou, mas um pouco afastada
de mim, ela tira da parte de baixo do carrinho do bebê uma garrafa de água, toma e
oferece para a criança maior, ele também toma e fala que vai encher mais e vai até o
bebedouro que tem enfrente ao palco. Ele enche a garrafa, fica por um tempo
brincando de espirrar água no bebedouro depois desliga a torneira e volta todo
molhado. A mulher não diz nada de ele ter se molhado, só agradece de ter enchido a
garrafa. Ela descobre o bebê que estava coberto com um cobertor fino, pois estava
muito calor. O bebê acorda e ela o carrega no colo, beija-o e conversa com ele olhando
nos olhos da criança. Depois o coloca novamente no carrinho e a outra criança
balança o carrinho devagar para o bebê voltar a dormir. Depois de um tempo o bebê
dorme novamente, a mulher o cobre, levanta e anda até outro lugar. No quiosque
próximo ao palco tem um menino sozinho sentado, ele esta lendo um livro, por algum
tempo ele olha ao seu redor, vira a cabeça para trás, olha para frente de novo e volta
a ler, fica mexendo as pernas arruma a barra da calça com a mão, põe o livro na mesa,
abre a mochila e tira um pacote de salgadinho de dentro, coloca na mesa, tira um
refrigerante de dentro da mochila e a fecha. Abre o refrigerante, toma um pouco e
depois abre o salgadinho e come, limpa as mãos na calça e com seu dedo indicador
passa sobre o livro lendo novamente. Ele lê por um tempo, cruza as pernas, coça a
orelha, mexe no cabelo e volta a comer novamente.
No quiosque ao lado o casal que estava se beijando quando chegue ainda
continua la. Eles estão um de frente para o outro jogando um jogo de empurrar um
disco parecido com uma moeda, não sei o nome do jogo. Ele pergunta ao a ela e ela
responde, ela acerta e empurra o disco, ele empurra para trás novamente o disco e
ela rindo segura a mão dele dizendo não fazendo gestos com a cabeça de um lado e
do outro. Naquela hora chega um menino e se junta a eles, senta do lado da moça e
a cumprimenta, da a mão para o rapaz e olha eles jogar. O menino que estava lendo
no quiosques ao lado do casal se levanta, abre sua mochila, fecha seu livro marcando-
o com o marcador de páginas, coloca dentro e fecha a mochila. Ele pega o pacote de
salgadinho e o refrigerante, toma e tampa a garrafa, amassa o pacote e anda até o
lixo próximo a entrada do parque, joga dentro e vai embora. Levanto-me de la e vou
andando sentido ao lago, passo pela ponte novamente, passo pelas crianças jogando
bola, as moças do piquenique e sigo em frente. Vou para o outro lado do lago, la tem
outras crianças brincando com uma corda, uma delas corre atrás das outras tentando
laça-las com a corda, ela consegue laçar uma das crianças que estava correndo. Essa
criança que foi laçada pega a corda e sai correndo atrás das outras enquanto que
aquela que laçou senta- se no chão. Tem dois senhores sentados no banco em frente
ao lago rindo das crianças e apontando. Uma das crianças sorri para os senhores e
eles acenam para ela. Passo pelas crianças vou andando até um grupo de
adolescentes sentados na grama feito uma roda, eles estão conversando e alguns
riem bem alto. Uma menina deita no colo do menino e fica mexendo no celular, ele
coloca a mão na tela do celular dela passando os dedos rapidamente e ela abaixa o
celular dizendo para ele parar e começa a rir. Outro menino tira os sapatos e levanta,
outro do lado dele faz a mesma coisa. Um deles se afasta da roda, senta no chão e o
outro senta de frente dando as mãos, o outro deita e ele sobe em cima, eles começam
a rolar como se fosse uma bola, é muito engraçado, eles fizeram isso por bastante
tempo. A menina que esta deitada no colo do menino estava filmando os dois rolarem.
Eles param, calçam os sapatos e voltam para a roda, deitam no chão e descansam.
Os senhores que estavam sentados no banco olhando as crianças brincarem se
levantaram, passaram pelos adolescentes e foram embora.
REGISTRO DE OBSERVAÇÕES
Sentei-me num banco enfrente a escola, do outro lado da calçada, onde pude
ver o portão de entrada, tem algumas árvores a minha frente e mais dois bancos ao
meu lado direito. Os adolescentes saem, andam fora da calçada, no meio da rua,
saem na frente dos carros, ficam parados conversando e alguns ocupando o espaço
da calçada toda. Vários carros passam e buzinam, uns xingam, outros apenas
desviam dos alunos. Um grupo de alunos conversando no portão, uma mulher que
trabalha na escola, ( estava com o uniforme de trabalho) pede para eles saírem do
portão para que os outros alunos possam passar para o lado de fora, ele fazem careta
para ela e mostram o dedo do meio, mas saem de la. Atravessam a rua e se dirigem
em direção onde eu estou, ficam de pé encostados numa árvore enfrente ao banco
onde estou e começam a conversar. São 5 pessoas, três meninas e dois meninos.
Eles se sentam na grama em volta da árvore, uma menina senta de costas para a
árvore apoiando-se nela e os outros em volta. Essa menina que esta apoiada na
árvore começa a contar piadas, e os outros começam a rir. Uma menina sentada
enfrente a que esta contando fala “Nossa, cê devia fazer stand up e quando eu for no
seu show vou gritar – como essa menina é burraaa” SIC. Todos começam a rir, menos
a que foi ofendida. O menino que esta ao lado esquerdo da menina que a ofendeu
pergunta “ Porque vc não passa menos essa farinha ai que passa na cara?” SIC. A
menina fica em silêncio e abaixa a cabeça. A mesma menina que a ofendeu fala “Você
não chora quando chega em casa? Eu acho que sim porque você é bem zoada!” SIC.
E a menina diz que chora pois é um fracasso e muito incompetente, em seguida todos
perguntam se ela quer que parem de zoar ela, e ela diz que já se acostumou com isso.
Por algum tempo eles começam a conversar sobre alguém que não esta com eles.
Em seguida passa pessoas do outro lado da calçada as quais eles falam da aparência.
Um menino do grupo fala “ A velha atravessando, parece uma marmota, coisona
gorda, tem cara de chata” SIC, e todos começam a rir, menos a menina a qual foi
ofendida pelos demais do grupo. E eles continuam, passa um homem e eles falam
que deve ser “viado”, uma moça com o braço quebrado, eles falam que ela “
escorregou no pau e caiu”. Falam de uma adolescente, que tem seios fartos, falam de
uma integrante do grupo a chamando de “ biscatinha, pedaço de bosta” e a menina
rebate com os mesmo xingamentos. Levantam-se todos e caminham em direção a
uma padaria que tem um pouco mais pra frente da escola, lá um integrante do grupo
entra na padaria enquanto os demais esperam. Algum tempo depois ele sai com um
pacote de bolacha e da uma para cada um do grupo, eles comem, conversam entre
si e vão andando até chegar no portão da escola. Em seguida a menina que foi
ofendida vai embora, ficam só 4 pessoas. Eles olham a menina ir embora e começam
a rir falando algo que não pude ouvir. O menino que estava com o pacote de bolacha
pega o celular do bolso de seu shorts e começa a mexer, ele coloca musica e as duas
meninas começam a dançar na calçada. Passa um carro e mexe com as duas, a
mulher do carro buzina e diz algo a elas rindo. Logo em seguida as meninas começam
a rir e os meninos também, eles ficam olhando para o corpo delas a todo momento.
Depois de um tempo a rua fica vazia e a padaria se fecha, os funcionários vão embora
e os adolescentes também. Alguns carros e ciclistas passam. Os ciclistas param,
tomam água, conversam um pouco e continuam seu trajeto.
NOME: ELISA VIEIRA BRANCO
A rua esta bem movimentada, muitos carros, motos e pedestres circulando. Três
pessoas estão sentadas no banco do ponto de ônibus, as três em silêncio, uma mulher
no celular, um senhor olhando o movimento e uma senhora ao lado dele mexendo em
sua bolsa. A senhora abre o zíper da bolsa e coloca a mão dentro, começa a mexer e
tira uma carteira de dentro, pega um cartão, fecha a carteira, coloca novamente em
sua bolsa e fecha o zíper. O senhor pergunta a ela que horas são, ela vê em seu
relógio e fala para ele. A senhora se levanta e fica parada olhando em direção aos
carros, passa um ônibus e não para, logo em seguida passa outro e para, a senhora
vai até a porta e entra nele. O ônibus sai, o senhor levanta e fica um tempo de pé, ele
fala sozinho, olha os carros passando, olha para a mulher que esta mexendo no
celular, olha para o chão anda para frente, volta e senta. Um ônibus para e a mulher
se levanta e entra nele, o ônibus sai e o senhor levanta novamente. Um menino
entrega panfletos para o senhor, ele pega, olha e sai do ponto de ônibus, caminha até
o final da rua onde não pude mais vê-lo. Duas senhoras chegam, se sentam nos
bancos e começam a conversar, elas reclamam que as sacolas estão muito pesadas
e que o calor esta demais, colocam as sacolas no chão, uma delas tira o sapato e
coloca ao lado de sua sacola. A outra tira um doce do bolso da saia e abre, ela come
e joga o papel no chão. Elas conversam, começam a rir, fazem gestos com as mãos.
Duas meninas chegam uma delas senta perto da senhora que jogou o papel no chão,
a senhora olha para a menina da cabeça aos pés, levanta as sobrancelhas e fala para
outra senhora “ tem gente que não tem jeito.” SIC, a outra concorda e elas ficam em
silêncio. Uma das meninas fica o tempo todo no celular, a outra fica mexendo em sua
calça rasgada, ela puxa os fios e enrola com os dedos. So outro lado da rua tem um
rio e uma ponte que da acesso ao outro lado da avenida. Um homem começa a andar
sobre a ponte, esta alcoolizado com uma lata de cerveja na mão, ele para no meio da
ponte e começa a falar sozinho, faz gestos e começa a gritar. As pessoas que por ali
passam ficam olhando para o homem e rindo. Depois de algum tempo parado na ponte
ele começa a andar e vai até o final, atravessa a avenida e sobe as escadas que da
acesso a outra rua. O ônibus chega, as duas mulheres e as meninas se levantam e
caminham até o ônibus, entram e o ônibus sai. Ao lado do ponto de ônibus tem um
lava-rápido de carros, três funcionários estão lavando o carro e um senhor esta
conversando com eles. Um dos funcionários pega uma mangueira e liga, tira o sabão
do carro, desliga a mangueira e a coloca no chão. O outro funcionário limpa os vidros
com um pano e o terceiro entra dentro do carro para limpar os bancos. O senhor que
estava conversando com eles vai até o portão, sai e fica do lado de fora encostado no
muro. Ele coloca a mão no bolso da calça e tira um maço de cigarro, abre e pega um
cigarro, coloca na boca, pega o isqueiro dentro do bolso de sua camisa e acende o
cigarro, em seguida guarda o isqueiro e o maço novamente nos bolsos. Uma mulher
com 5 crianças pequenas passando do outro lado da rua, ela estava carregando duas
sacolas grandes e empurrando um bebê no carrinho, e as outras crianças estavam
andando atrás dela. Uma das crianças (uma menina) sai correndo na frente da mulher,
ela para e volta a andar devagar na frente da mulher.
NOME: ELISA VIEIRA BRANCO
Uma mulher sentada no banco do ponto de ônibus, ela esta com uma calça com
estampas de flor azul marinho, camisa branca com listras vermelhas, bolsa marrom
clara, fones de ouvido e mexendo no celular. Ela olha para o celular e começa a rir,
passa rapidamente os dedos sobre a tela, começa a cantar e bater levemente com a
mão nas pernas, faz gestos com os dedos, olha para ambos os lados, levanta e fica
olhando para os carros. Ela senta novamente no banco e volta a mexer no celular,
coloca no ouvido e começa a falar. Uma outra mulher passa do outro lado da rua
andando rapidamente e mexendo no celular, chega mais 4 pessoas no ponto de
ônibus, 3 mulheres e um homem, elas se sentam e ele fica de pé. Uma mulher esta
com um cartão na mão olhando para os carros que estavam passando e as outras
duas conversando com o homem. Um carro passa e buzina para a moça que esta
com o cartão na mão, ela sorri e levanta, vai até o carro, entra e vai embora. Mais um
homem chega e fica de pé ao meu lado esquerdo, ele esta com duas sacolas,
camiseta listrada de preto, branco e cinza e com uma botina caramelo. Ele fica por um
tempo olhando o movimento dos carros anda de um lado para o outro, encosta no
muro e fica olhando novamente. Chega uma senhora, ela esta com uma calça cinza
e uma blusa de manga cumprida roxa com desenhos na cor verde escuro e um boné
preto. Ela fica parada falando no celular com as mãos apoiando no poste vira de frente
para mim e cruza as pernas, descruza e anda para direita, vira de costas, desliga o
celular, abre a bolsa e guarda. O ônibus chega, todos sobem, subo atrás, sento- me
na ultima fileira de trás do ônibus, todos se sentam em lugares aleatórios. No banco a
minha frente uma mulher e um homem sentados, eles conversam e a mulher mexe
em seus cabelos enquanto fala, ela separa um fio de cabelo do outro e enrola com os
dedos. Faz isso por um bom tempo. Um senhor aperta o botão do ônibus e ele para,
o senhor desce, o motorista fecha a porta e continua o trajeto. Uma criança pequena
que esta sentada no banco ao meu lado direito levanta, anda até os bancos da frente
do ônibus, ela quase cai várias vezes ao tentar chegar na frente, segura na catraca e
senta no chão. Logo ela levanta e correm em direção onde estava sentada,
esbarrando em todos que estão sentados pois o ônibus esta em movimento, ela chega
até o fundo do ônibus e se senta novamente onde estava. Um adolescente aperta o
botão e o ônibus para, ele desce e eu também desço pois o ponto onde iria descer é
o mesmo que o dele. A porta do ônibus se fecha e ele vai embora, o adolescente entra
em uma rua contraria de onde vou. Caminho pela rua, um cachorro me segue
abanando o rabo, faço carinho nele e continuo andando , passo por um mercado que
tem no bairro, tem uma mulher na porta com uma lata de cerveja ela esta parada
tomando e conversando com uma atendente que esta no balcão. Um pouco mais pra
baixo da rua um homem lavando um trator e um caminhão de pequeno porte, ele esta
com uma maquina de lavar automóveis um pouco diferente das convencionais.
Continuo descendo a rua, passo por uma ponte atravessando um pequeno rio que
tem no bairro, chego do outro lado, passo por uma igreja evangélica, tem dois homens
tirando uma grande caixa de som do carro, eles tiram e levam para dentro da igreja,
conversam e chegam a um acordo para ver onde irão coloca-la. Continuo andando,
passo em frente a outro mercado onde tem três homens conversando, eles estão do
lado de fora do mercado, um deles esta sentado em uma mesa e os outros dois estão
em uma moto sentados. Ando mais um pouco e encontro crianças brincando na terra,
estão sentadas no chão cavando um buraco com a mão e um pedaço de piso de chão.
São duas crianças, um menino e uma menina, ele é um pouco maior que ela. Os dois
estão um de frente para o outro cavando o buraco quando a menina pega um punhado
de terra e coloca na boca, ela começa a rir e cospe toda a terra no menino. Ele diz a
ela que não pode fazer aquilo, mas ela continua. Logo em seguida ele levanta e há
deixa sozinha, ela começa a chorar e puxar seu próprio cabelo, ele olha para trás e
vê a cena, volta e pega na mão dela falando para parar com aquilo. Carrega a menina
no colo e seguem em frente. Ando mais e vejo dois senhores conversando na porta
de uma casa do meu lado esquerdo eles falam bem alto e gesticulam bastante com
as mãos. Um pouco mais para frente tem um contêiner e um cadador de reciclagem,
ele sobe encima de um pedaço grande de madeira para alcançar o contêiner e coloca
as mãos dentro pegando varias garrafas de refrigerante vazias entre outras coisas.
No outro lado da rua tem uma escola, observo 5 meninos pulando o muro, um deles
pula primeiro e espera os outros, um deles fica com a camiseta presa em algo que
tem no muro, ele se contorce e tira a camiseta desenrosca ela e a coloca novamente.
Os outros começam a rir, e saem correndo para em minha direção, passam por mim
e entram em uma rua estreita onde não consigo vê-los mais. Ando um pouco mais e
logo vejo alguns bancos e umas mesas, sento-me no mais próximo onde tenho visão
de muitas pessoas em um mercado do outro lado da rua. Ao lado do mercado
encontra-se um cabeleireiro, é um salão pequeno e com porta de vidro. La dentro
pude ver dois homens, um esta com jaleco preto com dois bolsos, um de cada lado e
alguns acessórios dentro. Outro esta sentado na cadeira de frente para o espelho, ele
esta com um pano abotoado no pescoço, o pano cobre o corpo até seu joelho. Eles
conversam e o homem que esta de jaleco vai até uma mesa que tem ao seu lado
esquerdo e pega uma maquina de cortar cabelo, ele volta para perto do homem que
esta sentado, fica atrás dele, liga a maquina e começar a passar sobre o cabelo do
homem. Na rua passam várias pessoas, algumas delas entram no mercado, algumas
outras não, uma senhora passa com um carrinho oferecendo sorvete para as pessoas
comprarem, ela consegue vender para três pessoas. Depois disso segue em frente
oferecendo para outras pessoas. Um morador de rua entra no mercado, e pede algo
as pessoas, algumas ignoram, uma mulher lhe da um pacote de biscoito e um
refrigerante, ele agradece, começa a chorar e sai do mercado.