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Aula 05

Noções de Contabilidade p/ Polícia Federal - 2017/2018 (Agente) - Com videoaulas

Professores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa

64803368368 - LUIZ GONZAGA


CONTABILIDADE GERAL PARA POLÍCIA FEDERAL - AULA 05
PROF. GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA/JULIO CARDOZO

AULA 05: CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO E DO PASSIVO (PARTE 1)

SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO ........................................................................................................... 1
2 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO E DO PASSIVO ....................................................... 2
3 – MENSURAÇÃO DOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS ............................................................ 2
4 – A PREMISSA DA CONTINUIDADE ................................................................................. 9
5 DEFINIÇÃO DE ATIVO: ................................................................................................. 10
6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO ............................................................................ 11
6.1 – DISPONIBILIDADES ........................................................................................... 12
6.2 – CONTAS A RECEBER/ DUPLICATAS A RECEBER/CLIENTES ....................................... 12
6.3 PERDAS ESTIMADAS COM DEVEDORES DUVIDOSOS ................................................. 14
6.4 – ATIVOS DECORRENTES DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS .......................................... 19
6.5 - ESTOQUES ........................................................................................................ 29
6.5.1 – AVALIAÇÃO SEGUNDO O CPC 16 ............................................................... 29
6.5.2 - DESCONTO COMERCIAL OU INCONDICIONAL X DESCONTO FINANCEIRO OU
CONDICIONAL 34
6.5.3 - ABATIMENTO: .......................................................................................... 34
6.5.4 - FRETE E ARMAZENAGEM ........................................................................... 35
6.6 – AVALIAÇÃO SEGUNDO A LEI 6.404/76.................................................................. 35
6.7 - ESTOQUE DE PRODUTOS ACABADOS (FABRICAÇÃO PRÓPRIA). ................................ 36
6.8 - ESTOQUE DE MATÉRIAS PRIMAS .......................................................................... 38
6.9 - ESTOQUES DE MERCADORIAS FUNGÍVEIS ............................................................. 40
7 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO NÃO CIRCULANTE .................................................. 41
8 AJUSTE A VALOR PRESENTE NA LEI 6.404/76 ................................................................. 41
8.1 POR QUE UTILIZAR O AJUSTE A VALOR PRESENTE? .................................................. 42
8.2 CONTABILIZAÇÃO DO AJUSTE A VALOR PRESENTE ................................................... 45
8.2.1 - EXEMPLO 1 – CONTABILIZAÇÃO DO AVP – VENDA A PRAZO: ......................... 45
8.2.2 - EXEMPLO 2 – COMPRA A PRAZO: ............................................................... 48
9 RESUMO DOS PONTOS ABORDADOS NESTA AULA ........................................................... 52
10 MAPAS MENTAIS ELABORADOS NESTA AULA (*PROF. JULIO CARDOZO) ......................... 55
11 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA....................................................................... 57
11.1 QUESTÕES COMENTADAS – PDD E DUPLICATAS ................................................... 57
11.2 QUESTÕES COMENTADAS – INSTRUMENTOS FINANCEIROS ................................... 59
11.3 QUESTÕES COMENTADAS – ESTOQUES ............................................................... 60
12 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA....................................................................... 92
13 GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA .............................................. 103

1 APRESENTAÇÃO

Olá, meus amigos. Como estão?! Agradecemos por estarem aqui, em mais
um encontro conosco, no curso de Contabilidade Geral.

Hoje, falaremos sobre os critérios de avaliação do ativo e do passivo. O


tema é, sem dúvida, campeão de cobrança atualmente quando falamos em
contabilidade geral, já que envolve uma mistura de lançamentos contábeis,
balanço patrimonial e os Pronunciamentos Contábeis editados pelo CPC.

É isso! Vamos começar a nossa batalha?!

Forte abraço!

Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo.


Instagram: @contabilidadefacilitada

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2 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO E DO PASSIVO

3 – MENSURAÇÃO DOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS

A primeira coisa que você deve saber é que inicialmente os ativos e passivos
são registrados pelo chamado custo histórico, isto é, pelo valor que foi
pago ou que vamos receber, no caso dos ativos, ou pelo valor que teremos
de desembolsar, no caso de passivos.

Ocorre que estes itens podem variar. A economia não para, existem uma
série que fatores que influenciam nos valores dos bens, direitos e
obrigações de uma entidade. Daí a importância de estudar os critérios de
avaliação do ativo e passivo.

Após o registro inicial, diferentes bases de mensuração podem ser


utilizadas, ao longo do tempo, a depender da natureza do item registrado
na contabilidade.

Depois: Podem sofrer


Valores Iniciais: Custo
Componentes variações de diversos
histórico
tipos

Depois do registro inicial, o custo histórico pode sofrer uma série de


variações, já que, como dissemos, o dinheiro não é constante no
tempo e os bens estão sujeitos a uma série de variações em suas
características, como desgaste, ação da natureza. Pode ser que uma parte
de uma venda não seja recebida. Enfim, há uma série de variáveis. Essas
variáveis formam os critérios de avaliação do ativo e do passivo.

Com isso, ocorre uma variação do custo histórico. O CPC 00 – Estrutura


Conceitual Básica da Contabilidade traz as seguintes possibilidades de
variação:

4.55. Um número variado de bases de mensuração é empregado em


diferentes graus e em variadas combinações nas demonstrações contábeis.
Essas bases incluem o que segue:

(a) Custo histórico. Os ativos são registrados pelos montantes pagos em


caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos entregues
para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos
montantes dos recursos recebidos em troca da obrigação ou, em algumas
circunstâncias (como, por exemplo, imposto de renda), pelos montantes

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em caixa ou equivalentes de caixa se espera serão necessários para liquidar


o passivo no
curso normal das operações.

(b) Custo corrente. Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou


equivalentes de caixa que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos ou
ativos equivalentes fossem adquiridos na data do balanço. Os passivos são
reconhecidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não
descontados, que se espera seriam necessários para liquidar a obrigação
na data do balanço.

(c) Valor realizável (valor de realização ou de liquidação). Os ativos são


mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que poderiam
ser obtidos pela sua venda em forma ordenada. Os passivos são mantidos
pelos seus montantes de liquidação, isto é, pelos montantes em caixa ou
equivalentes de caixa, não descontados, que se espera serão pagos para
liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações.

(d) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente,


descontado, dos fluxos futuros de entradas líquidas de caixa que se espera
seja gerado pelo item no curso normal das operações. Os passivos são
mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos futuros de saídas
líquidas de caixa que se espera serão necessários para liquidar o passivo no
curso normal das operações.

O primeiro, como já dissemos, é o custo histórico. Podemos esquematizar


do seguinte modo:

(a) Custo histórico. Os ativos são registrados pelos montantes pagos em


caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos entregues
para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos
montantes dos recursos recebidos em troca da obrigação ou, em algumas
circunstâncias (como, por exemplo, imposto de renda), pelos montantes
em caixa ou equivalentes de caixa se espera serão necessários para liquidar
o passivo no curso normal das operações.

Custo histórico
Valores pagos
Ativo
Valores a serem pagos
Recursos receb. em troca da obrigação
Passivo
Valor para liquidar

Para os ativos o custo histórico é o valor pago ou a ser pago. Por exemplo,
se a companhia adquire uma mercadoria por R$ 1.000,00, à vista ou a
prazo, esse será o valor constante da contabilidade. Custo histórico para os
ativos é só isso!

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Para os passivos, seguimos a mesma lógica. Se você adquiriu um veículo


por R$ 30.000,00 e financiou, esse financiamento ficará registrado por este
valor. Se tiver um valor a pagar ao Fisco de R$ 100.000,00, este é o valor
histórico que constará no passivo.

Visto o custo histórico, temos algumas variações, como custo corrente,


valor realizável, valor presente e valor justo. Falemos um pouco sobre cada
um deles.

Custo corrente
Valor a ser pago na data das demonstrações
Valor para liquidar a obrigação na data das demonstrações
Valor realizável
Valor obtido em uma venda de forma ordenada
Valor pago para liquidar obrigação no curso normal do negócio
Valor presente
Ativos: Valor presente descontado pelo fluxo de entrada líquida
Passivos: Valor presente descontado pelo fluxo de saída líquida

Esses são tipos de variações do custo histórico. Vejamos um pouco cada


um deles.

(b) Custo corrente. Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou


equivalentes de caixa que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos ou
ativos equivalentes fossem adquiridos na data do balanço. Os passivos são
reconhecidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não
descontados, que se espera seriam necessários para liquidar a obrigação
na data do balanço.

O que vem a ser o custo corrente? Vejamos através de um exemplo.

Os estoques são contabilizados pelo valor de compra (valor original).


Depois, devem ser avaliados pela regra custo ou mercado, dos dois o
menor. Atualmente, o “valor de mercado” é chamado de “valor realizável
líquido”. Mas vamos chamar temporariamente esse valor realizável líquido
de valor justo. Então agora temos custo ou valor justo, dos dois o
menor.

Pois bem. Imagine-se que uma empresa comprou matéria prima, digamos,
comprou ácido sulfônico para usar em alguns produtos químicos.

Chegado a época de fechar o balanço, a empresa ainda tem ácido sulfônico


em estoque. Assim como para os diversos itens que compõem o balanço,
ela deve fazer uma avaliação dos componentes que irão para as
demonstrações.

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Então, para o estoque, ela deverá perguntar: curso ou valor justo, qual dos
dois é menor? O que seria o valor justo para o ácido sulfônico?

Se a empresa não costuma vender esse material no mercado, não


podemos usar o valor que a empresa conseguiria numa eventual
venda de ácido sulfônico. Se ela não tem tradição, não fabrica ácido
sulfônico, não conhece ou não tem relacionamento comercial com possíveis
compradores desse produto, então o preço que ela poderia estimar numa
eventual venda não é o valor justo (provavelmente seria menor que o valor
justo). Ela não consegue estimar esse valor com confiança, pois não
é participante deste mercado.

O que ela tem de ácido sulfônico é para utilizar em sua produção, tão-
somente.

Assim, para as matérias primas, o valor justo é o valor que a empresa iria
gastar para comprar o produto dos fabricantes/vendedores de ácido
sulfônico. O preço pelo qual ela poderia repor o ácido sulfônico em
seu estoque, mediante compra no mercado. Essa é a palavra chave
para custo corrente: preço de reposição ou valor nas demonstrações
contábeis. Grave e não esqueça!

Veja o texto da lei 6404/76:

§ 1o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo: (Redação dada pela
Lei nº 11.941, de 2009)

a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser
repostos, mediante compra no mercado;

O que isso tem a ver com o custo corrente?

Veja a definição de custo corrente: os ativos são reconhecidos pelos valores


em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses
ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período
das demonstrações contábeis.

Ou seja, o custo corrente é o custo de reposição, ou melhor, o valor que a


empresa pagaria hoje pela matéria prima, se fosse comprá-la (repor) na
data das demonstrações contábeis.

Os estoques destinados à venda (estoques de produtos acabados) só podem


gerar dinheiro (futuros benefícios econômicos) para a empresa com a
venda.

No caso de matéria prima, elas podem ser vendidas ou podem ser usadas
na fabricação de produtos acabados.

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Vamos voltar ao exemplo do ácido sulfônico: se o valor do estoque for de


R$ 10.000, e o custo corrente (custo de reposição, o preço que vai custar
para comprar mais ácido sulfônico) cair e for de R$ 9.500, em princípio,
deveríamos reconhecer uma perda (debita “despesa com perda em estoque
– resultado” e credita “ajuste para perdas prováveis em estoque –
retificadora do ativo).

Mas se os produtos nos quais o ácido sulfônico não tiver queda de preço,
então não há perda.

(c) Valor realizável (valor de realização ou de liquidação). Os ativos são


mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que poderiam
ser obtidos pela sua venda em forma ordenada. Os passivos são mantidos
pelos seus montantes de liquidação, isto é, pelos montantes em caixa ou
equivalentes de caixa, não descontados, que se espera serão pagos para
liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações.

Suponha que a empresa Alfa tenha mercadorias registradas por R$ 100,00.


O CPC 16, que trata sobre estoques, prescreve:

9. Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo


valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

O próprio CPC traz uma noção do que diz ser valor realizável:

Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos


negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos
estimados necessários para se concretizar a venda.

Se, por exemplo, este estoque só puder ser vendido por R$ 90,00, com
despesas de vendas de R$ 5,00, nosso valor realizável líquido será,
portanto, de R$ 85,00.

Nesta hipótese, reconheceremos uma perda no estoque no valor de R$


15,00, já que há uma desvalorização deste item.

O valor realizável é um valor de mercado específico para a entidade.


É por quanto eu conseguiria vender esse item hoje. Não necessariamente
este é o valor de mercado genérico, que chamamos de valor justo. O
mercado pode, por exemplo, para o barril de petróleo, praticar um preço de
R$ 50,00 e a minha empresa praticar preços de R$ 40,00. O primeiro, R$
50,00, é o valor justo, já o segundo, R$ 40,00, é o valor realizável.

A palavra chave aqui é venda em uma forma ordenada.

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(d) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente,


descontado, dos fluxos futuros de entradas líquidas de caixa que se espera
seja gerado pelo item no curso normal das operações. Os passivos são
mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos futuros de saídas
líquidas de caixa que se espera serão necessários para liquidar o passivo no
curso normal das operações.

Em lição comezinha, valor presente, como o próprio nome sugere, é quanto


vale hoje um ativo ou passivo pertencente à empresa. O ajuste a valor
presente está previsto na Lei 6.404/76 para ativos e passivos de longo
prazo e para os de curto prazo (estes apenas quando houver efeito
relevante) – artigo 183, VIII e artigo 184, III, do seguinte modo:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:

VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão


ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver
efeito relevante.

Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo


com os seguintes critérios:

III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não


circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais
ajustados quando houver efeito relevante.

Se tenho um ativo de longo prazo, uma duplicata a receber, por exemplo,


no valor de R$ 200.000,00, com juros sobre este valor de R$ 50.000,00.
Qual o seu valor presente? É no valor de R$ 150.000,00.

Portanto, valor presente é o fluxo de caixa descontado.

Há ainda o valor justo.

Valor justo, em síntese, o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um
passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma
transação sem favorecimentos; e

Valor justo

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Ativo Ativo pode ser trocado em transação sem favorecimentos


Passivo Passivo pode ser liquidado em transação sem favorecimentos

Valor justo de um ativo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado
entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre
si, com ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação
ou que caracterizem uma transação compulsória. A norma diz a palavra
“trocado”.

Lembre-se, contudo, que essa troca do ativo pode ser realizada entre ativo
x dinheiro, o que configuraria uma venda.

Geralmente esse valor justo vai corresponder ao valor de mercado. Uma


pessoa quer comprar algo, procura alguém que tenha esse algo e
tenha também interesse na venda, fecham um negócio
naturalmente, sem influências um sobre o outro. Esse é o valor
justo.

E qual a diferença entre custo corrente, valor realizável e valor justo?


Resumidamente, as seguintes:

- Custo corrente: Valor na data das demonstrações contábeis


(palavra chave).
- Valor realizável: Valor de venda específico para a entidade (palavra
chave: de forma ordenada).
- Valor justo: Transação sem influências. É uma transação sem
favorecimentos (palavra chave). Por exemplo, Tabela FIPE para
veículos.
- Valore presente: fluxo de caixa descontado.

Gravem essa sutil diferença entre custo corrente, valor realizável e


valor justo:

Observação: nós fizemos um vídeo e disponibilizamos no YouTube que


discrimina bem essa diferença entre os itens. Você pode assistir
https://www.youtube.com/watch?v=foN7lBWYCAg

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4 – A PREMISSA DA CONTINUIDADE

Ainda, segundo a Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade, há uma


premissa subjacente para o funcionamento das entidades. A premissa da
continuidade. Não entendeu? Continue lendo...
Premissa subjacente

Continuidade

4.1. As demonstrações contábeis normalmente são elaboradas


tendo como premissa que a entidade está em atividade (going
concern assumption) e irá manter-se em operação por um futuro previsível.
Desse modo, parte-se do pressuposto de que a entidade não tem a
intenção, nem tampouco a necessidade, de entrar em processo de
liquidação ou de reduzir materialmente a escala de suas operações.

Há uma premissa de que as entidades são feitas para terem um futuro


contínuo, duradouro, e a avaliação dos elementos patrimoniais é feita
levando isso em consideração.

Por outro lado, se essa intenção ou necessidade existir, as demonstrações


contábeis podem ter que ser elaboradas em bases diferentes e, nesse caso,
a base de elaboração utilizada deve ser divulgada.

A continuidade está diretamente ligada à avaliação dos ativos e passivos da


empresa.

Basicamente, todo o ativo fica registrado por valores de entrada. Por


exemplo, as máquinas e equipamentos ficam registrados pelos valores que
a empresa pagou, menos a depreciação acumulada e eventual ajuste para
perdas. Esse critério de avaliação é válido em função da continuidade
esperada da empresa.

Se não houver continuidade (se a empresa for fechar as portas), aí não


importa mais quanto a empresa pagou pelas máquinas; interessa saber por
quanto elas serão vendidas.

Assim, na ausência de continuidade, saímos de


uma contabilidade basicamente a preços de
entrada para uma contabilidade a preços de
saída.

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Continuidade: Sem
Preços de continuidade:
entrada Preços de saída

No caso do passivo, se a empresa tiver dívidas a longo prazo e houver


descontinuidade, as dívidas passam a ter vencimento antecipado (ninguém
vai ficar com dívidas de uma empresa fechada; se houver falência, os
credores irão se habilitar junto à massa falida, enfim, vão tomar as
providências necessárias para receber a dívida).

Já foi cobrado em prova:

(FCC/TRF 4ª região/Analista Contabilidade/2010/Adaptada) A


premissa contábil subjacente que se relaciona diretamente à quantificação
dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, além de constituir
dado importante para aferir a capacidade futura de geração de resultados
é o Princípio

(A) da Continuidade.
(B) do Registro pelo valor original.
(C) da Oportunidade.
(D) da Entidade.
(E) da Prudência.

Gabarito  A.

5 DEFINIÇÃO DE ATIVO:

O pronunciamento CPC 00 – Pronunciamento Conceitual Básico – apresenta


a seguinte definição de Ativo:

Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos


passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos
para
a entidade;

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Já conversamos anteriormente sobre a definição de ativo.

Vamos examinar mais detidamente essa parte: do qual se espera que


resultem futuros benefícios econômicos para a entidade.

Um ativo pode produzir benefícios para a empresa de duas maneiras:

1) Sendo usado para produzir outros bens e serviços, que serão vendidos;
ou
2) Através da venda direta do ativo.

Venda de Venda do Benefícios


mercadorias ativo econômicos

Vamos supor que determinada empresa compre uma máquina que serve
apenas para produzir vídeos cassetes. Dois anos após a compra, e empresa
decide encerrar a produção de vídeos cassetes e produzir aparelhos de DVD.

Nesse caso, se não for possível adaptar a máquina para produzir aparelhos
de DVD e nem a vender (supondo que os outros fabricantes de vídeo
cassetes já mudaram para DVD), então o valor da máquina na contabilidade
deverá ser zero (que é o valor dos seus benefícios futuros.)

Assim, chegamos num importante conceito geral para a avaliação do ativo:

Nenhum ativo pode estar registrado na contabilidade por um valor


superior ao seu futuro benefício econômico. Este conceito é a base
para o teste de recuperabilidade, que veremos adiante.

Agora, vamos estudar os critérios de avaliação para o Ativo, para as


principais contas.

6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO

As contas do ativo precisam ser avaliadas periodicamente! Você se lembra


qual o principal objetivo da contabilidade? É fornecer informações úteis aos
seus usuários, não é? Assim, de nada vale uma informação se ela não diz
respeito à realidade. Uma informação contábil deve ser completa, neutra
e livre de erro. Esses três atributos compõem o que chamamos de
represetanção fidedigna, uma característica qualitativa fundamental
prevista no CPC 00 – Estrutura Conceitual Básica.

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6.1 – DISPONIBILIDADES

Principais contas: Caixa e Bancos conta Movimento.

Estas contas ficam registradas pelo valor original.

Resumo - Critérios de avaliação do ativo e passivo


Contas Critério
Disponibilidade Valor original

O caixa é o caixa! Se você tem R$ 100,00, enquanto você não realizar


transações, este montante permanecerá. Você não faz atualização, os seus
R$ 100,00 não se transformarão em R$ 110,00.

Portanto, você não faz qualquer atualização ou variação do dinheiro que


está no caixa. Ainda que sofra efeitos da inflação, uma nota de R$ 100,00
vai ser sempre uma nota de R$ 100,00.

O mesmo vale para o dinheiro em conta corrente. Lembrando que a conta


corrente, diferentemente das aplicações financeiras, não possui atualização
automática do seu valor.

Disponibilidades Valor original

6.2 – CONTAS A RECEBER/ DUPLICATAS A RECEBER/CLIENTES

Principais contas: Clientes, duplicatas a receber, contas a receber.

Ficam registrados pelo valor original (por quanto vendeu), menos


estimativas de perdas para reduzi-las ao valor provável de
realização.

Assim, se a empresa realizou uma venda de R$ 50.000,00, esse é o valor


original de registro. Posteriormente, há uma estimativa de que R$ 3.000,00
não serão recebidos. Então, faremos um registro em conta de despesa, para
ajustar o montante a melhor estimativa técnica disponível.

Normalmente, em provas, as estimativas de perdas nessas contas são


chamadas de provisão para devedores duvidosos, embora esta não seja
a denominação mais correta tecnicamente. O correto seria perdas
estimadas com devedores duvidosos.

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Mas, como já está consagrada a denominação de provisão para devedores


duvidosos (PDD), se aparecer assim na prova, aceite normalmente. Apenas
saiba que a expressão provisão é tecnicamente adequada para contas do
passivo, que, por seu turno, representam obrigações.

As contas registradas no ativo não circulante devem ser ajustadas a


valor presente. As contas do ativo circulante apenas são ajustadas
a valor presente se os efeitos forem relevantes.

Contas do Ativo Contas do ANC


Circulante - RLP

Efeito
Sempre
relevante
Confira o texto da Lei 6404/76:

Art. 183 - VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo


prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando
houver efeito relevante. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

Ok, dissemos que para as contas do circulante deve haver efeito relevante.
Mas o que seria efeito relevante?

Não há qualquer número ou percentual indicando quando um ajuste


passa a ser relevante ou não. O Pronunciamento técnico CPC 00 –
Pronunciamento Conceitual Básico – fornece a seguinte definição:

Relevância

QC6. Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer


diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários.

Portanto, os elementos do ativo circulante devem ser ajustados quando


puderem influenciar as decisões econômicas dos usuários, ou seja, quando
forem relevantes.

Com efeito, os direitos derivados de vendas ficam assim avaliados:

Clientes/Duplicatas a receber
(-) Perdas estimadas com devedores duvidosos
(-) Ajuste a valor presente (LP: sempre; CP: se relevante)

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Veremos o Ajuste a Valor Presente quando estudarmos o Ativo Realizável a


Longo Prazo, adiante.

Resumo - Critérios de avaliação do ativo e passivo


Contas Critério
Disponibilidade Valor original
Clientes/Duplicatas a receber - CP Valor original - Perdas ao valor de realização - AVP (relevante)

Vamos falar um pouco sobre as perdas estimadas com devedores


duvidosos?

6.3 PERDAS ESTIMADAS COM DEVEDORES DUVIDOSOS

Registra as perdas esperadas com as contas a receber. Embora não


seja mais dedutível para imposto de renda, deve continuar sendo calculada
e contabilizada, para que as contas a receber não constem no balanço por
valores superiores aos futuros benefícios econômicos.

Embora continue sendo chamada de Provisão para devedores duvidosos, o


nome tecnicamente mais correto seria “Perdas Estimadas com devedores
duvidosos”, ou, se formos mais rigorosos, “Perdas Estimadas com Créditos
de Liquidação Duvidosa”.

A PDD não é mais dedutível para efeito de Imposto de Renda. Atualmente,


só as perdas efetivas são dedutíveis, conforme o disposto pela Lei
9.430/1996, artigo 9º.

Assim, se você supõe que terá uma perda de R$ 100.000,00, você não
poderá abater esse valor para cálculo do IR. Todavia, se tem uma perda
efetiva de R$ 40.000,00, esse valor sim poderá ser deduzido do cálculo,
afinal, você não recebeu. Não teve receita.

Contabilmente, a empresa deve continuar reconhecendo as perdas


prováveis pela melhor estimativa técnica, ainda que não seja dedutível para
o IR. Tais valores são ajustados no LALUR.

Vamos trabalhar esta conta com exemplos.

Façam os razonetes!

Uma empresa vendeu R$ 100.000,00 a prazo, e constitui provisão para


devedores duvidosos de 3%.

Na venda dos R$ 100.000,00:

D – Clientes (ativo) 100.000,00


C – Receita de vendas (resultado) 100.000,00

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Clientes Receita
100000 100000

Na constituição da provisão para devedores duvidosos:

D – Despesa com provisão para devedores duvidosos (despesa) 3.000,00


C – Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 3.000,00

Despesa com PDD PDD (Ret. Ativo)


3000 3000

Primeira hipótese: perdeu exatamente os R$ 3.000,00 e recebeu R$


97.000,00.

D – Bancos (ativo) 97.000,00


D - Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 3.000,00
C – Clientes (ativo) 100.000,00

Clientes Receita Despesa com PDD PDD (Ret. Ativo)


100000 100000 100000 3000 3000 3000

Bancos
97000

Nesta hipótese, demos baixa em toda a conta clientes. Entrou R$ 97.000,00


no banco e liquidamos a PDD, como era esperado. O calote foi totalmente
absorvido pela provisão.

Segunda hipótese: perdemos somente R$ 2.000,00, recebendo R$


98.000,00.

D – Bancos (ativo) 98.000,00


D - Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 2.000,00
C – Clientes (ativo) 100.000,00

Clientes Receita Despesa com PDD PDD (Ret. Ativo)


100000 100000 100000 3000 2000 3000

Bancos
98000

Vejam que sobrou na conta provisão para devedores duvidosos o valor de


R$ 1.000,00. Assim, restam duas possibilidades para a empresa:

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1 – Método da complementação:

Complementar o valor que faltar no próximo exercício. Assim, se ela


vender R$ 50.000,00 no exercício seguinte, terá de constituir PDD
de R$ 1.500,00 (3% de 50.000,00). Como já temos R$ 1.000,00 na
conta PDD, constituiremos somente R$ 500,00.

D – Despesa com provisão para devedores duvidosos (despesa) 500,00


C – Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 500,00

2 – Método da reversão:

Reverter o valor que sobrou. Nesta hipótese, havendo sobra no


período, revertemos todo o montante, constituindo nova provisão
no exercício subsequente.

D - Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 1.000,00


C – Reversão da PDD (receita) 1.000,00

E no exercício subsequente

D – Despesa com provisão para devedores duvidosos (despesa) 1.500,00


C – Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 1.500,00

Terceira hipótese: perdeu R$ 5.000,00, recebendo somente R$


95.000,00.

Neste caso, a conta provisão para devedores duvidosos revela-se


insuficiente para absorver o calote. Teremos de lançar uma perda, no
resultado do exercício, no valor de R$ 2.000,00.

D – Bancos (ativo) 95.000,00


D – Perdas com clientes (despesa) 2.000,00
D - Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 3.000,00
C – Clientes (ativo) 100.000,00

Clientes Receita Despesa com PDD PDD (Ret. Ativo)


100000 100000 100000 3000 3000 3000

Bancos Perdas com clientes


95000 2000

Tudo bem? Estas são as hipóteses existentes para o caso da provisão para
devedores duvidosos – PDD.

Mais uma coisa...

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Quando a provisão é constituída, nós lançamos:

D – Despesa com PCLD


C – PCLD (redutora ativo)

Posteriormente, se a perda for reconhecida como efetiva, quando o cliente


é considerado incobrável, nós fazemos o seguinte:

D – PCLD
C – Duplicatas a receber

Vejam que, neste lançamento, a conta foi considerada como incobrável.


Ocorre que, posteriormente, o cliente que havia sido considerado
incobrável, efetuou o pagamento. Mas já havíamos dado baixa na conta. O
que fazer? Nesta hipótese, lançamos o valor na conta caixa, o montante
recebido, e a contrapartida será uma conta de receita (outras receitas
operacionais).

D – Disponível
C – Outras receitas operacionais

(FCC/Contabilidade/ARTESP/2017) A empresa Só Luxo S.A. possuía


R$ 100.000,00 na conta de Clientes e uma estimativa de perda com créditos
de liquidação duvidosa (EPCLD) no valor de R$ 10.000,00 no Balanço
Patrimonial de 31/12/2016. Em março de 2017, o cliente A, que devia R$
9.000,00, se tornou incobrável. Ao registrar este evento na contabilidade,
a empresa Só Luxo S.A.

a) reconheceu uma Perda com Clientes, no resultado, no valor de R$


9.000,00.
b) diminuiu em R$ 9.000,00 o total do Ativo.
c) aumentou em R$ 9.000,00 o Passivo.
d) diminuiu em R$ 1.000,00 o Patrimônio Líquido.
e) diminuiu o saldo da EPCLD em R$ 9.000,00.

Comentários:

Quando a provisão é constituída, nós lançamos:

D – Despesa com PCLD


C – PCLD (redutora ativo)

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Posteriormente, se a perda for reconhecida como efetiva, quando o cliente


é considerado incobrável, nós fazemos o seguinte:

D – PCLD
C – Duplicatas a receber

Portanto, o nosso gabarito é letra E.

Gabarito  E.

(FCC/Analista/TRF 3/2014) Em 31/12/2012, a empresa Credora S.A.


possuía R$ 150.000,00 em duplicatas a receber de clientes e uma
estimativa de perdas com créditos de liquidação duvidosa (EPCLD) no valor
de R$ 7.500,00. Em fevereiro de 2013, o cliente Caloteiro, que devia R$
4.000,00, se tornou incobrável. Ao registrar este evento na contabilidade,
a empresa Credora S.A.:

a) reduziu o total do Ativo.


b) reconheceu um Passivo.
c) reduziu o Patrimônio Líquido.
d) reduziu o saldo da estimativa (EPCLD).
e) reconheceu uma Perda com Clientes, no resultado.

Comentários:

O balanço estava do seguinte modo:

Clientes 150.000,00
(-) PCLD (7.500,00)
Saldo líquido 142.500,00

Quando a provisão é constituída, nós lançamos:

D – Despesa com PCLD 7.000


C – PCLD (redutora ativo) 7.000

Posteriormente, se a perda for reconhecida como efetiva, quando o cliente


é considerado incobrável, nós fazemos o seguinte:

D – PCLD 4.000
C – Duplicatas a receber 4.000

Com esse lançamento, o ativo ficará:

Clientes 146.000,00
(-) PCLD (3.500,00)

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Saldo líquido 142.500,00

Portanto, houve redução do saldo da estimativa da PCLD.

Gabarito  D.

6.4 – ATIVOS DECORRENTES DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS

Muitos alunos têm dúvidas sobre este tema, então, preste atenção.

Uma empresa pode investir em outras. Sem problema algum. Quando isso
acontece, nós temos de olhar para que tipo de aplicação ela está realizando.
Se é uma aplicação de curto prazo, com caráter especulativo, se é uma
aplicação de longo prazo ou mesmo se é uma participação que não se tem
a intenção de alienar, uma participação permanente.

Essas aplicações podem ser através de ações (quando você compra uma
fatia da companhia e passa a se tornar sócio dela), debêntures, opções,
títulos do Tesouro, enfim, uma série de aplicações. A Lei 6.404 não fez uma
restrição do que pode entrar neste rol.

Vamos dar uma varrida geral no assunto. De acordo com o artigo 183 da
Lei das S/A:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:

I – As aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em


direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no
realizável a longo prazo:

a) Pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à


negociação ou disponíveis para a venda; e
b) Pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado
conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável
de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e
os direitos e títulos de crédito.

Mapa dos investimentos/aplicações financeiras:

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SIM SIM
É coligada, controlada, Método da
É uma Ativo não
Aplicação sociedade do mesmo equivalência
participação circulante -
financeira grupo ou sob controle patrimonial
permanente? Investimentos
comum? (MEP)

NÃO NÃO

É de curto ou de
Método de custo
longo prazo?

Longo prazo:
Curto prazo:
Ativo não
Ativo circulante
cirulante
Destinadas à
negociação imediata
Valor justo
Demais casos: ou disponível para
Valor de venda futura?
aquisição ou de
emissão (-)
Perda ao valor

Os instrumentos financeiros são classificados em quatro grandes grupos:

1) Empréstimos realizados e recebíveis normais de transações


comuns: como contas a receber de clientes, fornecedores, contas e
impostos a pagar etc.

É o que lei cita como demais aplicações e direitos e títulos de crédito (artigo
183, I, b). Títulos de crédito são, por exemplo, documentos como cheques,
nota promissórias, cheques, duplicatas.

São registrados pelos seus valores originais, sujeitos às provisões para


perdas e ajuste a valor presente.

Não estão destinados à negociação e a entidade fica com eles até seu
vencimento. A apropriação de receita ou despesa para esses instrumentos
se dá pela taxa efetiva de juros, ou seja, pelo valor a receber de juros,
geralmente através do cálculo de juros compostos.

2) Investimentos mantidos até o vencimento: aqueles para os quais a


entidade demonstre essa intenção e mostre, objetivamente, que tem
condições de manter essa condição, que continuam também como antes:
registrados pelo valor original mais os encargos ou rendimentos financeiros
(ou seja, ao “custo amortizado”, “pela curva”).

A apropriação de receita ou despesa para esses instrumentos se dá pela


taxa efetiva de juros.

São títulos que a entidade compra sem a intenção de especular. Mas não
se trata de um investimento permanente. Pode ser, por exemplo, um título
do Tesouro Nacional, com vencimento no curto prazo, hipótese em que

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ficará no ativo circulante, ou de longo prazo, quando ficará no ativo não


circulante realizável a longo prazo.

Agora, falaremos sobre os grupos previstos no artigo 183, I, a.

3) Ativos financeiros destinados à negociação imediata: Ativo


financeiro ou passivo financeiro mensurado ao valor justo por meio
do resultado, composto pelos ativos e passivos financeiros
destinados a serem negociados e já colocados nessa condição de
negociação, a serem avaliados ao seu valor justo (normalmente valor de
mercado), com todas as contrapartidas das variações nesse valor
contabilizadas diretamente no resultado.

Destinados Já são colocados como negociáveis


à
negociação
imediata
Avaliados ao valor justo (de mercado)

Variações são computadas no resultado

4) Ativos financeiros disponíveis para venda futura: Constituído pelos


que serão negociados no futuro, a serem registrados pelo custo
amortizado (valor principal + rendimentos) e, após isso, ajustados ao valor
justo.

As contrapartidas do ajuste pela curva (encargos e rendimentos financeiros)


vão ao resultado e, após isso, os ajustes ao valor justo ficam na conta
de patrimônio líquido ajustes de variação patrimonial até que os
ativos e passivos sejam reclassificados como destinados à negociação
imediata ou efetivamente negociados, o que ocorrer primeiro.

Empréstimos/Recebíveis normais
Valor original - Ajuste perda - AVP

Inv. mantidos até o vencimento


Valor original + Encargos ou rendimentos

Instrumentos financeiros - dest. neg. imediata


Valor Justo + Variações no resultado

Instrumentos financeiros - dispon. para venda futura


Encargos: resultado; Ajustes ao valor justo: ajuste de avaliação patrimonial: PL

Entenderam?

Basicamente, os que mais aparecem em prova são os instrumentos


financeiros destinados à negociação imediata e os disponíveis para venda

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futura. Ambos são registrados inicialmente pelo preço de aquisição e,


posteriormente, ficam a valor justo, que é o valor de mercado. Pode ser,
por exemplo, o valor pelo qual essa aplicação, uma ação, por exemplo, está
cotada na bolsa.

(CONSULPLAN/Analista/TRF 2/2017) “A companhia Solda S/A, que


atua exclusivamente no ramo de serviços de solda, quando do fechamento
de seu balanço patrimonial do ano de 2016, ficou com uma dúvida ao avaliar
as aplicações em instrumentos financeiros e contratou uma consultoria para
ajudá la. A auditoria contratada verificou que estas se tratavam de
aplicações destinadas à negociação e disponíveis para venda.” De acordo
com a Lei nº 6.404/76 e alterações posteriores, estes ativos devem ser
avaliados pelo:

a) Valor justo.
b) Custo líquido.
c) Custo histórico.
d) Custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na
realização do seu valor.

Gabarito  A.

Como a denominação dos tipos de instrumentos financeiros é uma tradução


do original em inglês, fica difícil entender a diferença entre “destinados à
negociação” e “disponíveis para venda”.

O FIPECAFI, através do Suplemento do “Manual de Contabilidade das


Sociedades por Ações”, 1a. Edição, sugere que tais instrumentos sejam
chamados de “destinados à negociação imediata” e “disponíveis para
venda futura”, o que destaca bem a diferença entre eles.

Vamos examinar a avaliação e a contabilização, através do seguinte


exemplo:

Suponha que uma determinada empresa adquiriu 3 títulos do


Governo, ao valor unitário de 10.000 cada um, com a seguinte
finalidade:

Título 1 - será mantido até o vencimento.


Título 2 – classificado como “destinado à negociação imediata”
Título 3 – classificado como “disponível para venda futura”.

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Contabilização no momento da compra:

D – Instrumentos financeiros “mantidos até o vencimento” 10.000


D – Instrumentos financeiros “ destinados à negociação imediata” 10.000
D – Instrumentos financeiros “disponíveis para venda futura” 10.000
C – Caixa 30.000

IF - Mantidos venc. IF - Dest. neg. imed. IF - Disp. venda fut.


10000 10000 10000

Caixa
30000

SITUAÇÃO 1: VALOR JUSTO MAIOR QUE O VALOR DO TÍTULO

No final do ano, tais títulos apresentam um rendimento de juros de 600


reais, os quais serão pagos no vencimento do título, e o seu valor justo
(valor de mercado) é de 11.000 reais.

Contabilização:

1 – Mantido até o vencimento:

D – Instrumentos financeiros “mantidos até o vencimento” 600


C – Receita de juros (resultado) 600

IF - Mantidos venc. Rec. de juros


10000 600
600

Neste caso, não há avaliação a valor justo. O título fica registrado “pela
curva”, ou “pelo custo amortizado”, ou seja, pelo valor pago mais os
rendimentos apropriados por competência.

2 – Destinado à negociação imediata:

Pelo rendimento:

D – Instrumentos financeiros “destinados à negociação imediata” 600


C – Receita de juros (resultado) 600

Com este lançamento, o título fica registrado pelo valor de 10.600. Mas,
como o valor justo é de 11.000, precisamos reconhecer uma receita de 400
reais, também no resultado (como um ganho extra):

Pela avaliação a valor justo:

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D – Instrumentos financeiros “destinados à negociação imediata” 400


C – Ajuste a valor justo (resultado) 400

IF - Dest. neg. imed. Rec. de juros Ajuste a valor justo


10000 600 400
600
400

3 - Disponível para venda futura

Pelo rendimento:

D – Instrumentos financeiros “disponíveis para venda futura” 600


C – Receita de juros (resultado) 600

Pela avaliação a valor justo:

D – Instrumentos financeiros “disponíveis para venda futura” 400


C – Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL) 400

IF - Disp. venda fut. Rec. de juros AAP (PL)


10000 600 400
600
400

Vejam que nesta hipótese, a diferença vai para a conta ajuste de avaliação
patrimonial no PL.

Portanto, você pegará o valor principal, somará com os encargos e


rendimentos. Feito isso, se o valor de mercado é maior do que o custo
amortizado, você debita o título (aumentando o ativo) e credita a conta
ajuste de avaliação patrimonial, que pertence ao patrimônio líquido.

SITUAÇÃO 2: VALOR JUSTO MENOR DO QUE O VALOR DO TÍTULO.

O valor justo pode ser menor que o valor do título. Por exemplo, vamos
supor que o valor justo do exemplo anterior seja 10.500.

1 – Mantidos até o vencimento:

Não há alteração, pois esta categoria não é avaliada pelo valor justo.

2 - Destinado à negociação imediata:

Pelo rendimento:

D – Instrumentos financeiros “ destinados à negociação imediata” 600


C – Receita de juros (resultado) 600

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Com este lançamento, o título fica registrado pelo valor de 10.600. Mas,
como o valor justo é de 10.500, precisamos reconhecer uma despesa de
100 reais, também no resultado:

Pela avaliação a valor justo:

D – Despesa de ajuste a valor justo (resultado)


100
C – Instrumentos financeiros “destinados à negociação imediata” 100

IF - Dest. neg. imed. Rec. de juros Ajuste a valor justo


10000 100 600 100
600

3 – Disponível para venda futura:

Pelo rendimento:

D – Instrumentos financeiros “disponíveis para venda futura” 600


C – Receita de juros (resultado) 600

Pela avaliação a valor justo:

D – Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL) 100


C – Instrumentos financeiros “disponíveis para venda futura” 100

IF - Disp. venda fut. Rec. de juros AAP (PL)


10000 100 600 100
600

Resumo - Critérios de avaliação do ativo e passivo


Contas Critério
Disponibilidade Valor original
Clientes/Duplicatas a receber – CP Valor original - Perdas ao valor de realização - AVP (relevante)
Aplicações mantidas até vencimento Valor original + Juros (Obs: não há ajuste a valor justo)
Aplicações dest. à negociação imed. Valor original + Juros +/- Ajuste a valor justo (resultado)
Aplicações disponíveis venda futura Valor original + Juros +/- Ajuste de avaliação patrimonial (PL)

(FCC/TRE-SP/Analista Judiciário/Contabilidade/2017) A empresa


Manequim Challenger S.A. fez uma aplicação financeira em 30/11/2016,
adquirindo um título no mercado financeiro no valor de R$ 5.000,00, que
remunera à taxa de 10% ao mês. Este título, conforme orientação da

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controladoria da empresa, foi classificado na data da aquisição como


“mantido até o vencimento” e o seu valor de mercado 30 dias após a sua
aquisição era R$ 5.450,00. De acordo com estas informações, em
30/12/2016, a empresa reconheceu

a) receita financeira no valor de R$ 500,00.


b) receita financeira no valor de R$ 450,00.
c) receita financeira no valor de R$ 500,00 e ajustes de avaliação
patrimonial, no patrimônio líquido, no valor de R$ 50,00 (saldo devedor).
d) receita financeira no valor de R$ 450,00 e ajustes de avaliação
patrimonial, no patrimônio líquido, no valor de R$ 50,00 (saldo credor).
e) no patrimônio líquido, em ajustes de avaliação patrimonial, o valor de R$
500,00.

Comentários:

Questão já comentada em nosso canal do YouTube. Confira:

https://www.youtube.com/watch?v=1aXZRnidRFs&t=389s

Os títulos classificados como “mantidos até o vencimento” ficam avaliados


pela “curva do papel” ou “custo amortizado”, que corresponde ao valor do
título mais os rendimentos (juros). Os rendimentos são classificados como
Receita Financeira, no Resultado do Exercício.

Esses títulos não são ajustados pelo valor justo. Portanto, o valor de
mercado está ai só para confundir, pois não será usado.

Assim, temos:

Valor do título $5.000 x juros 10% = $500

Classificado como Receita financeira.

Gabarito  A

(FGV/Analista de Controle Interno/Recife/2014) Determinada


empresa possuía, em 31/12/2013, instrumentos financeiros avaliados em
R$ 200.000,00 e classificados como disponíveis para a venda. Na data, foi
verificado que o valor justo destes era de R$ 180.000,00.

A variação deve ser reconhecida, contabilmente, como

a) ajuste no patrimônio líquido.


b) receita financeira.
c) receita a apropriar.
d) variação monetária.

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e) despesa.

Comentários:

A empresa comprou títulos e os classificou como “disponível para venda”.


Os títulos disponíveis para venda são atualizados pelos juros (“curva do
papel”), os quais são contabilizados no resultado.

Depois, sofrem o ajuste para o valor justo, e a diferença entre o valor justo
e o valor atualizado pelos juros (“curva do papel”) vai para o Patrimônio
Líquido, na conta Ajuste de Avaliação Patrimonial.

Gabarito  A.

(FCC/Julgador Administrativo Tributário/SEFAZ PE/2015) Em


01/12/2014, a Cia. Bull & Dog adquiriu 8 títulos no mercado financeiro para
aplicar suas disponibilidades de caixa. O valor pago foi R$ 2.000,00 por
título e a Cia. os classificou do seguinte modo: 3 títulos como ativo
financeiro destinado para negociação imediata e 5 títulos como ativo
financeiro mantido até o vencimento. Sabendo-se que a taxa de juros
contratual de todos os títulos era 1% ao mês e que o valor justo de cada
título, em 31/12/2014, era R$ 2.010,00, a Cia. Bull & Dog reconheceu, no
mês de dezembro de 2014, receita relativa aos 8 títulos no valor, em reais,
de

(A) 160,00.
(B) 130,00.
(C) 80,00.
(D) 110,00.
(E) 160,00 e ajustes de avaliação patrimonial no valor de 80,00 (saldo
devedor).

Comentários

- Classificação inicial:

D – Instrumentos financeiros destinados à negociação imediata 6.000,00


D – Instrumentos financeiros mantidos até o vencimento 12.000,00
C – Caixa 18.000,00

- Reconhecimento da receita de juros

D – Instrumentos financeiros destinados à negociação imediata 60,00


D – Instrumentos financeiros mantidos até o vencimento 100,00
C – Receita de juros 160,00

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As receitas reconhecidas, para ambos os títulos, portanto, são de R$


160,00. Os títulos mantidos até o vencimento não sofrem ajuste ao valor
justo. Por seu turno, os instrumentos financeiros destinados à negociação
imediata terão um ajusto a valor justo de natureza devedora, já que é
menor que o valor justo é menor que o valor dos juros reconhecidos (2.020
– 2010 = 10 por título):

D – Despesa com ajuste a valor justo 30,00


C – Instrumentos financeiros destinados à negociação imediata 30,00

Portanto, 160 – 30 = 130,00.

Gabarito  B.

(FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ/PE/2014) Uma empresa aplicou R$


120.000,00 em ativos financeiros, sendo R$ 50.000,00 em títulos
classificados como mantidos até o vencimento, e R$ 70.000,00 em títulos
classificados como disponíveis para venda futura. As aplicações foram
efetuadas no dia 31/12/2012 e todos os títulos remuneram a taxa de juros
compostos de 10% ao ano. Em 31/12/2013, os valores justos de negociação
dos dois títulos no mercado eram os seguintes:

Classificação dos títulos Valor Justo em 31/12/2013 (R$)


Mantido até o vencimento 52.000
Disponível para venda futura 80.000

Os valores em reais que deveriam ser apresentados no Balanço Patrimonial,


em 31/12/2013, para os títulos que a empresa manterá até o vencimento
e para os títulos disponíveis para venda, eram, respectivamente,

a) 52.000,00 e 77.000,00.
b) 52.000,00 e 80.000,00.
c) 55.000,00 e 80.000,00.
d) 55.000,00 e 77.000,00.
e) 55.000,00 e 70.000,00.

Comentários

1 – Mantido até o vencimento:

Neste caso, não há avaliação a valor justo. O título fica registrado “pela
curva”, ou “pelo custo amortizado”, ou seja, pelo valor pago mais os
rendimentos apropriados por competência.

Portanto, os mantidos até o vencimento serão avaliados por R$ 55.000,00


(50.000,00 + 10% de juros)

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3 - Disponível para venda futura:

Pelo rendimento:

D – Instrumentos financeiros “disponíveis para venda futura” 7.000


C – Receita de juros (resultado) 7.000

Pela avaliação a valor justo:

D – Instrumentos financeiros “disponíveis para venda futura” 3.000


C – Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL) 3.000

Portanto,

Mantidos até o vencimento: 55.000,00


Disponível para venda futura: 80.000,00

Gabarito  C.

6.5 - ESTOQUES

6.5.1 – AVALIAÇÃO SEGUNDO O CPC 16

Os estoques, de modo geral, compreendem as mercadorias que a


empresa possui para revenda, matéria-prima, etc. Hoje, há um
Pronunciamento Técnico específico para tratar do assunto, o CPC 16.

Conforme o Pronunciamento CPC 16 (R1) – Estoques:

Mensuração de estoque

9. Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo


valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

Valor realizável líquido


Menor Custo

Esta é a regra básica de mensuração dos estoques, que anteriormente era


chamada de: “custo ou mercado, dos dois o menor”.

(FBC/Exame de Suficiência/2017.1) De acordo com a NBC TG 16 (R1)


– ESTOQUES, após o reconhecimento inicial, os Estoques devem ser
mensurados pelo:

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a) custo de reposição futura ou preço bruto de venda, dos dois o maior.


b) custo de reposição futura ou preço bruto de venda, dos dois o menor.
c) valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o maior.
d) valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

Gabarito  D.

Lembre-se de que o valor realizável líquido é o valor de venda específico


para a entidade.

Vamos ver algumas definições do pronunciamento CPC 16(R1) – Estoques,


e, a seguir, orientações mais específicas para cada diferente tipo de
estoque.

O primeiro deles é a definição do que vem a ser estoques:

Estoques são ativos:

(a) mantidos para venda no curso normal dos negócios;


(b) em processo de produção para venda; ou
(c) na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou
transformados no processo de produção ou na prestação de serviços.

Estoques

Ativos

Venda curso
Produção para Materiais ou
normal dos
venda suprimentos
negócios

Portanto, estoques são as mercadorias que a empresa revende ou mesmo


as que ela produz para vender.

Segundo o CPC 16:

8. Os estoques compreendem bens adquiridos e destinados à venda,


incluindo, por exemplo, mercadorias compradas por um varejista para
revenda ou terrenos e outros imóveis para revenda. Os estoques também
compreendem produtos acabados e produtos em processo de produção pela
entidade e incluem matérias-primas e materiais aguardando utilização no
processo de produção, tais como: componentes, embalagens e material de
consumo. No caso de prestador de serviços, os estoques devem incluir os

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custos do serviço, tal como descrito no item 19, para o qual a entidade
ainda não tenha reconhecido a respectiva receita (ver o Pronunciamento
Técnico CPC 30 - Receita).

Embora pareça estranho, consta no pronunciamento os “estoques do


prestador de serviços, que devem incluir os custos do serviço”.

Assim como outros ativos, inicialmente o estoque é registrado inicialmente


pelo custo histórico. Posteriormente, a sua avaliação é pelo custo ou valor
realizável líquido.

Mas o que é compreendido neste custo inicial? Segundo o texto do


Pronunciamento CPC 16 (R1) – Estoques:

Custos do estoque

10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de


aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos
para trazer os estoques à sua condição e localização atuais.

Custos de aquisição (O item abaixo despenca em provas de


concursos!)

11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os


impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao
fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros
diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e
serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes
devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição. (NR) (Nova
Redação dada pela Revisão CPC nº. 1, de 8/01/2010)

Todos os custos de aquisição e transformação e outros incorridos para


trazer o estoque à sua condição e localização atuais são incluídos no valor
do custo histórico!

Assim, o custo de aquisição dos estoques compreende:

1) Preço de compra
2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis). Os
tributos recuperáveis são:
a) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na
modalidade não cumulativa)

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b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois


últimos na modalidade não cumulativa)
3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis
à aquisição.

Custo do estoque inclui:


Preço de compra
Impostos de importação e outros tributos (exceto recuperáveis)
Custo de transportes (Frete sobre compra)
Seguro
Manuseio
Custos diretamente atribuíveis
Não inclui
Tributos recuperáveis (MP: IPI, ICMS, PIS, COFINS não cumulativos.
Revenda: ICMS, PIS, COFINS não cumulativos)
Descontos comerciais
Abatimentos

(CESPE/MPU/Finanças e Controle/2015) Julgue o item que se segue,


relativo à contabilização dos itens do ativo e do passivo.

O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de


transformação bem como outros custos incorridos para trazer os estoques
à sua condição e à sua localização atuais.

Comentários:

Cópia do Pronunciamento Técnico CPC 16 (R1) – Estoque:

Custos do estoque

10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e


de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os
estoques à sua condição e localização atuais.

Gabarito  Correto.

(FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ/RJ/2014) A Cia. Comerciante adquiriu, em


01/07/2013, mercadorias para serem revendidas. As mercadorias foram
adquiridas, à vista, por R$ 150.000,00, sendo que neste valor estavam
inclusos os tributos recuperáveis de R$ 22.000,00 e os tributos não
recuperáveis de R$ 15.000,00.

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Adicionalmente, a Cia. Comerciante contratou e pagou frete e seguro, para


transporte das mercadorias adquiridas até a empresa, no valor de R$
5.000,00, sendo que neste valor estavam inclusos tributos recuperáveis de
R$ 600,00. Em 31/07/2013, a empresa Comerciante revendeu todas estas
mercadorias por R$ 300.000,00, à vista. Sobre o valor da venda houve
incidência de ICMS − Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação
de Serviços no valor de R$ 45.000,00 e pagamento de comissão para os
vendedores no valor de R$ 9.000,00.

Com base nestas informações, o valor do lucro bruto apurado pela Cia.
Comerciante no mês de julho de 2013 foi

(A) R$ 100.000,00.
(B) R$ 122.600,00.
(C) R$ 113.600,00.
(D) R$ 150.000,00.
(E) R$ 127.000,00.

Comentários

Compra bruta 150.000,00


(-) Tributos recuperáveis (22.000,00)
+ Frete 5.000,00
- Tributos recuperáveis (600,00)
Compras líquidas 132.400,00

Lucro bruto = 300.000,00 – 45.000,00 – 132.400,00 = 122.600,00.

A comissão sobre venda é despesa operacional.

Gabarito  B.

Algumas considerações importantes sobre o frete!

1) ICMS sobre frete: para a contabilidade, só destacamos ICMS sobre


frete se a questão mencionar expressamente. Do contrário, não. Não é um
aspecto muito usual em questões de contabilidade, somente em questões
de legislação tributária do ICMS.

2) Há diferença no tratamento contábil se o transporte for do


fornecedor ou de transportadora? Não. O frete sobre compras entra no
custo do produto transportado, seja por transportadora ou pelo fornecedor.

3) Qual o lançamento correto relativo à parte que acerta o frete na


devolução de mercadorias? O frete referente às unidades devolvidas
deve ser retirado do estoque e vai para o resultado, como despesa.

D – Despesa com frete (Resultado)

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C - Estoque

4) Este raciocínio vale também para despesas de manuseio,


seguros, já que o CPC 16 dá a elas o mesmo tratamento? Sim. Do
contrário, a empresa ficaria com o estoque maior indevidamente.

6.5.2 - DESCONTO COMERCIAL OU INCONDICIONAL X DESCONTO


FINANCEIRO OU CONDICIONAL

Os descontos comerciais, devoluções e os abatimentos devem ser


deduzidos do custo de aquisição.

Descontos comerciais ou incondicionais são aqueles que são


negociados no momento da compra, sem nenhuma condição. Esses são
deduzidos do preço de aquisição!

Exemplo: determinada mercadoria custa 100 reais a unidade, mas, na


negociação, acaba saindo por 95 reais. O vendedor concede um desconto
de 5 reais, para realizar a venda. Esse tipo de desconto deve ser deduzido
do custo do produto.

Já que falamos em descontos, vamos mencionar também o desconto


financeiro ou condicional.

Ocorre quando o vendedor oferece um desconto para antecipar o


pagamento. Por exemplo, numa determinada venda, com vencimento em
30 dias, o vendedor pode oferecer um desconto de 2% para pagamento em
15 dias.

Esse tipo de desconto é contabilizado como receita financeira, para


o comprador, e não afeta o custo do estoque.

Desconto comercial ou incondicional

Deduzido do valor da mercadoria

Desconto financeiro ou condicional

Receita financeira

6.5.3 - ABATIMENTO:

O abatimento ocorre num momento posterior à compra. Por exemplo, uma


loja fecha um pedido de cadeiras por 100 reais a unidade e, quando recebe
a mercadoria, a cor está diferente do que foi pedido. Nesse caso, o vendedor
pode conceder um abatimento para que a mercadoria não seja devolvida.
Digamos, um abatimento de 3 reais por unidade. Nesse caso, a Nota Fiscal

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é emitida por 100 reais a unidade, mas deverá entrar para o estoque apenas
97 reais (sem considerar impostos ou outros custos).

6.5.4 - FRETE E ARMAZENAGEM

Frete e Armazenagem: Já mencionamos que o frete integra o custo das


compras de estoque.

Mas vale ressaltar o seguinte ponto: o frete sobre as vendas da empresa


(ou seja, o valor gasto para enviar os produtos acabados aos clientes) deve
ser tratado como despesa.

Com relação à armazenagem, ocorre a seguinte distinção: quando a


empresa compra matéria prima, pode ser necessário armazená-la por
algum tempo, antes de utilizá-la na produção. Tais gastos com
armazenagem são incluídos no custo da produção.

Mas, quando uma empresa adquire mercadoria para revenda, os gastos


com armazenagem são considerados despesas. Pois a mercadoria já está
pronta, já foi produzida.

O tempo de estocagem não ocorre para colocá-las em condições de venda.


Portanto, tais gastos vão para a despesa.

6.6 – AVALIAÇÃO SEGUNDO A LEI 6.404/76

A lei das SA (Lei 6.404/76) estabelece o seguinte, sobre esse assunto:

Critérios de avaliação do ativo

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Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:

(...)

II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio


da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens
em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de
provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

O que? Avaliação (Art. 183, II)


Mercadorias
Produtos do comércio
Custo de aquisição ou (-) Ajuste ao valor de
Matérias-primas
produção mercado, se for inferior
Produtos em fabricação
Bens em almoxarifado

Então...

Resumo - Critérios de avaliação do ativo e passivo


Contas Critério
Disponibilidade Valor original
Clientes/Duplicatas a receber - CP Valor original - Perdas ao valor de realização - AVP (relevante)
Aplicações mantidas até vencimento Valor original + Juros (Obs: não há ajuste a valor justo)
Aplicações dest. à negociação imed. Valor original + Juros +/- Ajuste a valor justo (resultado)
Aplicações disponíveis venda futura Valor original + Juros +/- Ajuste de avaliação patrimonial (PL)
Estoque Custo ou valor realizável líquido, dos dois o menor

Estas são as determinações gerais sobre avaliação de estoque. Veremos


agora alguns pontos específicos.

6.7 - ESTOQUE DE PRODUTOS ACABADOS (FABRICAÇÃO


PRÓPRIA).

1) Os custos dos produtos fabricados incluem a alocação sistemática de


todos os custos, diretos e indiretos de produção, fixos e variáveis, que
sejam incorridos para transformar os materiais em produtos acabados.

Repetindo. Todos os custos necessários para transformar os


materiais em produtos acabados são incluídos no custo do produto.

2) A alocação de custos fixos indiretos de fabricação às unidades produzidas


deve ser baseada na capacidade normal de produção. Ou seja, as perdas
normais de produção são apropriadas aos custos; as perdas
excepcionais devem ser apropriadas diretamente no resultado do
período.

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A ESAF já cobrou:

(ESAF) No processo produtivo da empresa Desperdício S.A., no mês de


julho de 2005, ocorreram perdas com rebarbas decorrentes do corte de
tecidos da linha de produção. Em virtude da contratação de funcionário sem
experiência houve a perda de 100 itens por mau uso de equipamentos. De
acordo com os conceitos contábeis, devem ser registradas essas perdas:

a) ambas como custo dos produtos vendidos.


b) respectivamente, como despesa operacional e custo.
c) ambas como despesas não-operacionais no resultado.
d) ambas como despesas operacionais no resultado.
e) respectivamente, como custo e despesa operacional

Comentários:

A perda normal entra no custo dos produtos; a perda excepcional é


classificada diretamente como despesa do período.

Gabarito  E.

3) Construção de ativo qualificável:

O Pronunciamento CPC 20 – Custos de Empréstimos – estabelece que ativo


qualificável é um ativo que, necessariamente, demanda um período de
tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos.
Pode ser estoque, imobilizado, ativo intangível, plantas para manufaturas,
e outros.

Os custos de empréstimos incorridos para financiar a construção de


ativos qualificáveis são apropriados ao custo do ativo. Outros custos
de empréstimos são reconhecidos como despesa no período em que são
incorridos.

Custos de empréstimos são juros e outros custos que a entidade incorre


em conexão com o empréstimo de recursos.

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6.8 - ESTOQUE DE MATÉRIAS PRIMAS

É registrado pelo valor original, e deve incluir todos os custos de aquisição,


bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição
e localização atuais.

Assim, o custo dos estoques de matéria-prima compreende o preço


de compra, os impostos de importação e outros tributos, bem como
os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente
relacionados com a aquisição dos materiais.

No caso de compra a prazo, os juros e despesas financeiras não devem


integrar o custo do estoque. Devem ser apropriados como despesas
financeiras proporcionalmente ao prazo, exceto no caso de financiamento
de ativos qualificáveis.

Descontos comerciais e abatimentos não integram o custo.

No caso de estoques importados, a variação cambial incorrida até a data da


entrada da matéria prima no estabelecimento do comprador será integrada
ao custo; a partir daí, será apropriada como despesa financeira.

Segundo a Lei das S.A.s (lei 6404/76):

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:

II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio


da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens
em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de
provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

§ 1o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo:


(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

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a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual


possam ser repostos, mediante compra no mercado;

Os estoques de matérias-primas, via de regra, não se destinam a ser


vendidos. Serão usados na fabricação de produtos acabados. É por isso que
o preço de reposição é considerado o valor justo; é o preço pelo qual o
fornecedor das matérias-primas irá vendê-la.

Há ainda outro ponto na avaliação das matérias-primas. Conforme o CPC


16 – Estoques:

32. Os materiais e os outros bens de consumo mantidos para uso na


produção de estoques ou na prestação de serviços não serão reduzidos
abaixo do custo se for previsível que os produtos acabados em que eles
devem ser incorporados ou os serviços em que serão utilizados sejam
vendidos pelo custo ou acima do custo. Porém, quando a diminuição no
preço dos produtos acabados ou no preço dos serviços prestados indicar
que o custo de elaboração desses produtos ou serviços excederá seu valor
realizável líquido, os materiais e os outros bens de consumo devem ser
reduzidos ao valor realizável líquido. Em tais circunstâncias, o custo de
reposição dos materiais pode ser a melhor medida disponível do seu valor
realizável líquido.

Os produtos acabados e as mercadorias destinam-se, apenas, à venda. A


empresa só pode ganhar dinheiro com tais estoques através da venda.
Assim, quando o valor realizável líquido fica abaixo do custo, o
estoque deve ser ajustado, reconhecendo-se uma perda.

No caso das matérias-primas, além de comparar o custo com o preço de


reposição, devemos também verificar se os produtos acabados nos quais
eles serão incorporado possui preço igual ou superior ao custo. Nesse caso,
não ajustamos o estoque de matérias-primas, eis que seu valor será
recuperado pelo uso nos produtos acabados.

Por exemplo, a empresa KLS fabrica a mercadoria Y, que tem como um de


seus insumos a matéria-prima X. No final do exercício, a empresa deve
fazer uma avaliação do seu estoque, incluindo a matéria-prima X. Como já
dissemos, por não ter um mercado ativo, por não ser revendedora da
matéria-prima X, a KLS deve se utilizar do preço de reposição na data das
demonstrações contábeis (custo corrente).

Suponha que o custo da matéria-prima X seja de R$ 10,00 a unidade.


Todavia, no encerramento, a companhia nota que o valor de reposição é de
R$ 8,00. Bem, teoricamente, ela deveria reduzir o valor da MP.

Mas o CPC 16 diz o seguinte: você deve chegar e olhar para a mercadoria
como um todo! Se a mercadoria Y for vendida por preço superior ao seu
custo, então não é necessário fazer o ajuste da matéria-prima.

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Todavia, se for provável que a mercadoria não seja vendida por valor
superior ao custo, nesta hipótese, faremos a redução do valor da matéria-
prima ao preço de reposição.

Valor de venda da
Mercadoria Y, Custo mercadoria Y, R$ 50,00
R$ 40,00
Matéria-prima X,
Valor de reposição,
Custo R$ 10,00
MP X, R$ 8,00

Como o valor de venda da mercadoria supera o valor do custo, nada há que ser feito, ainda
que o valor de reposição da MP seja inferior ao seu custo!

6.9 - ESTOQUES DE MERCADORIAS FUNGÍVEIS

Vamos examinar a avaliação de mais um tipo de estoque. Conforme a Lei


6404/76:

Art. 183, § 4° Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda


poderão ser avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume
mercantil aceito pela técnica contábil.

As mercadorias fungíveis são as commodities, ou seja, soja, suco de


laranja, café, etc.

As commodities possuem cotação na bolsa de mercadoria. Portanto,


normalmente ficam registradas na contabilidade pela cotação da
bolsa.

Se uma empresa possui um estoque de, digamos, cem toneladas de soja,


ela conseguirá vender esse estoque pela cotação atual da soja na bolsa de
mercadorias.

Repare que isso tira a necessidade de negociação. E esta é a diferença entre


as mercadorias fungíveis e as outras mercadorias.

Vamos examinar os outros produtos. Uma determinada empresa pode usar


aço, borracha, tinta e outras matérias primas que custaram 10.000 e
construir um carro que será vendido por 20.000.

Depois de construído, o carro continua avaliado na contabilidade ao preço


de custo de 10.000.

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E porque não podemos avaliar o carro em estoque pelo seu preço de venda,
no caso, de 20.000? Afinal, a empresa já finalizou o esforço de fabricação
do produto.

Mas falta uma parte essencial, que é a validação do mercado. Se a


empresa conseguir vender o carro por 20.000, irá reconhecer uma receita
de venda e um lucro, pois o mercado aceitou esse preço.

Mas se ninguém quiser comprar o carro por 20.000, será necessário


negociar e eventualmente diminuir o preço.

Assim, por prudência, o carro, apesar de já construído, fica


registrado pelo custo, até que o mercado aceite o preço estabelecido pela
empresa.

Com as commodities, não há necessidade de negociação. O preço já


está estabelecido pela cotação em bolsa.

Resumo - Critérios de avaliação do ativo e passivo


Contas Critério
Disponibilidade Valor original
Clientes/Duplicatas a receber - CP Valor original - Perdas ao valor de realização - AVP (relevante)
Aplicações mantidas até vencimento Valor original + Juros (Obs: não há ajuste a valor justo)
Aplicações dest. à negociação imed. Valor original + Juros +/- Ajuste a valor justo (resultado)
Aplicações disponíveis venda futura Valor original + Juros +/- Ajuste de avaliação patrimonial (PL)
Estoque Custo ou valor realizável líquido, dos dois o menor
Estoque de mercadorias fungíveis Valor de mercado, quando aceito

7 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO NÃO CIRCULANTE

8 AJUSTE A VALOR PRESENTE NA LEI 6.404/76

O ajuste a valor presente, chamaremos de AVP, é inovação da Lei


11.638/2007 (que modificou a contabilidade)? Na verdade, não! A Instrução
CVM 64 (hoje sem eficácia) já previa a sua utilização para companhias
abertas. A Lei 11.638/07 incluiu o tema na Lei 6.404/76 da seguinte
forma:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:

VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão


ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver
efeito relevante. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)

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Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo


com os seguintes critérios:

III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não


circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais
ajustados quando houver efeito relevante. (Redação dada pela Lei nº
11.941, de 2009)

Elementos Período AVP?


Não circulante Ajustados a valor presente
Ativo
Circulante Se houver efeito relevante
Não circulante Ajustados a valor presente
Passivo
Circulante Se houver efeito relevante

(FCC/Auditor Fiscal/ISS SP/2012) As obrigações de curto prazo com


fornecedores devem ser ajustadas ao seu valor presente, quando houver
efeito relevante.

Gabarito  Correto.

(CESPE/Contador/CADE/2014) Quando houver efeito relevante, os


itens do ativo e do passivo decorrentes de operações de curto prazo devem
ser ajustados a valor presente.

Gabarito  Correto.

8.1 POR QUE UTILIZAR O AJUSTE A VALOR PRESENTE?

As vendas e as compras, quando feitas a prazo, inserem no valor da


operação, juros e encargos financeiros referentes à remuneração
de um capital no futuro.

Assim, a contabilização pelo valor nominal faz com que essas


operações sejam demonstradas de forma superavaliada no Balanço
Patrimonial. Fica difícil, também, diferenciar o resultado financeiro
(de juros) do resultado realmente apurado com operações da
atividade empresarial. O ajuste a valor presente (AVP) veio para que
possamos dirimir esse problema.

Assim, se determinada empresa compra mercadorias para pagar daqui a


três anos, no montante de R$ 150.000,00, com encargos de R$ 25.000,00,

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qual o seu valor presente, isto é, hoje? Resposta: R$ 150.000,00 – R$


25.000,00 = R$ 125.000,00. Lógico que não é tão simples assim, mas
segue esta linha.

Objetivos do ajuste a valor presente:

- Evitar que as demonstrações sejam superavaliadas.


- Diferenciar o resultado financeiro do resultado com as operações da
atividade.

Vamos a um exemplo.

Uma empresa pode adquirir um equipamento pelo preço à vista de


100.000 ou em 12 prestações de 10.000, no total de 120.000.

Sem o ajuste a valor presente (ou seja, segundo a contabilização anterior),


teríamos a seguinte contabilização:

Compra à vista:

D – Imobilizado (equipamento) 100.000


C – Caixa/bancos 100.000

Imobilizado Caixa
100000 100000

Compra a prazo:

D - Imobilizado (equipamento) 120.000


C – Fornecedores (passivo) 120.000

Imobilizado Fornecedores
120000 120000

No segundo caso, a contabilização inclui uma parcela financeira, devido ao


pagamento parcelado. Com isso, o preço do equipamento ficou inflado por
despesas financeiras.

Em diversos pronunciamentos do CPC (estoque, imobilizado, intangível),


encontramos a seguinte determinação:

No caso de venda a prazo, os juros e despesas financeiras não devem


integrar o custo do estoque (ou imobilizado, ou intangível). Devem ser
apropriados como despesas financeiras proporcionalmente ao prazo, exceto
no caso de financiamento de ativos qualificáveis.

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É isso o que conseguimos com o ajuste a valor presente. No exemplo acima,


supondo que o ajuste seja relevante, a contabilização seria a seguinte:

Compra a prazo (com ajuste a valor presente)

D - Imobilizado (equipamento) 100.000


D – Encargos a transcorrer (Retificadora do Passivo) 20.000
C – fornecedores (passivo) 120.000

Imobilizado Fornecedores Encargos a transc.


100000 120000 20000

Compare essa contabilização com a realizada para a compra a vista. O ativo


fica registrado pelo mesmo valor, nos dois casos, e a diferença é apropriada
como despesa financeira, mês a mês (supondo uma despesa financeira de
5.000, no primeiro mês):

D – Despesa financeira 5.000


C - Encargos a transcorrer (Retificadora do Passivo) 5.000

Encargos a transc. Despesa finan.


20000 5000 5000

A mensuração contábil a valor presente deve ser aplicada no


reconhecimento inicial de ativos e passivos. Depois disso, não mais se
altera, a não ser que haja alguma renegociação, modificando as condições
iniciais.

Faz-se necessário observar que a aplicação do conceito de ajuste a valor


presente nem sempre equipara o ativo ou o passivo a seu valor justo. Por
isso, valor presente e valor justo não são sinônimos.

Por exemplo, a compra financiada de um veículo por um cliente especial


que, por causa dessa situação, obtenha taxa não de mercado para esse
financiamento, faz com que a aplicação do conceito de valor presente com
a taxa característica da transação e do risco desse cliente leve o ativo, no
comprador, a um valor inferior ao seu valor justo; nesse caso prevalece
contabilmente o valor calculado a valor presente, inferior ao valor justo, por
representar melhor o efetivo custo de aquisição para o comprador. Em
contrapartida o vendedor reconhece a contrapartida do ajuste a valor

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presente do seu recebível como redução da receita, evidenciando que,


nesse caso, terá obtido um valor de venda inferior ao praticado no mercado.

Lembramos que Valor justo é valor pelo qual um ativo pode ser negociado
entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre
si, com ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação
ou que caracterizem uma transação compulsória. (definição usada nos
pronunciamentos do CPC)

Vamos ver como é feita a contabilização do AVP?

8.2 CONTABILIZAÇÃO DO AJUSTE A VALOR PRESENTE

Aprenderemos a fazer essa contabilização e a entender esses itens através


de um pequeno exemplo. Vejamos:

8.2.1 - EXEMPLO 1 – CONTABILIZAÇÃO DO AVP – VENDA A PRAZO:

A empresa KLS vendeu mercadorias para receber após 24 meses,


no valor de 50.000,00.

Informações adicionais:

Taxa de juros: 2% ao mês = 1,0224 = 1,6084


Valor presente: 50.000/1,6084 = 31.086

Observação: 1,02^24  leia-se “um virgula zero dois elevado à vigésima quarta
potência”.

Que operação é essa? É o chamado juros compostos! E qual a fórmula da


matemática financeira para calcular as variáveis:

Valor nominal = Valor presente x (1 + i)n

Onde:

Valor nominal = Valor futuro


Valor presente = Valor hoje
i = Taxa de juros
n = Prazo

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Atenção! A regra é a utilização do método exponencial, composto.


O mercado dificilmente utilizará juros simples. Então, só o faça se a
questão assim exigir.

Passo a passo para a resolução:

1) Encontrar o valor nominal (valor de venda), que conterá os juros.


2) Encontrar juros e prazo (que devem estar na mesma unidade).
3) Trazer a valor presente pela fórmula de juros compostos, da matemática
financeira: Valor nominal = Valor presente x (1 + i)n
4) Fazer os lançamentos:

Contabilização:

No momento inicial

D – Contas a Receber (RLP) 50.000


D – Despesa com ajuste a valor presente (Resultado) 18.914
C – Ajuste a VP (ANC – Realizável a LP) 18.914
C – Receita de Vendas (resultado) 50.000

Contas a receber AVP s/ clientes (Desp) AVP (Ret. Ativo)


50.000,00 18.914,00 18.914,00

Receita de vendas
50.000,00

Mês a mês

Passado um mês, há a contabilização de uma receita financeira, apropriada


por competência, e seguindo o método exponencial:

D – Ajuste a VP (RLP) 622


C – Receita Financiamento de vendas (Resultado) 622

AVP (Ret. Ativo) Receita financeira


622,00 18.914,00 622,00

E assim mês a mês, até o recebimento.

Podemos calcular estes juros, para reconhecê-los mês a mês, da seguinte


forma:

No mês 1: 31.086,00 x 0,02 = 622.


No mês 2: 31.708 x 0,02 = 634.

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Mês Principal Juros Total


1 31.086 622 31.708
2 31.708 634 32.342
3 32.342 647 32.989

E assim por diante, até reconhecer toda a receita. Essa tabela, ou pelo
menos os dados para seu cálculo, tem que ser fornecida em prova, não se
preocupem.

Vamos supor que, após um ano, as condições de mercado se alterem e a


taxa de juros passe para 1% ao mês.

Nesse caso, devemos alterar a taxa de juros que será utilizado no restante
desta operação? Não. A taxa de juros é definida no início da operação,
e não mais se altera, a não ser que haja uma renegociação.
Naturalmente, as novas operações serão calculadas pela taxa de juros mais
adequada na época do seu reconhecimento.

(FGV/Auditor Fiscal da Receita Estadual) A Cia. Esmeralda apresenta


os seguintes saldos referentes ao ano de 2008:

Considerando que a Cia. Esmeralda não é contribuinte do IPI, mas é


contribuinte dos impostos estaduais e municipais, e considerando que a Cia.
Esmeralda adota o CPC 12, aprovado pelo CFC, assinale a alternativa que
indique o valor da Receita Líquida apurada em 2008.

(A) $ 70.000.
(B) $ 56.000.
(C) $ 68.000.
(D) $ 64.000.

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(E) $ 60.000.

Comentários

Na nossa questão, a venda foi efetivada num valor bruto de R$ 90.000,00


(inclui juros e principal). Os juros equivalem a R$ 8.000,00 nesta operação.

D - Duplicatas a Receber 90.000 AC


D - Redução de Vendas (AVP) 8.000 Dedução de Receita
Bruta
C - Receita Bruta de Vendas 90.000 Receita
C - AVP de Dup. a Receber 8.000 Dedutora do AC

Sendo assim, na nossa questão:

Receita bruta de vendas 90.000,00


(-) Devolução (2.000,00)
(-) ICMS sobre vendas (20.000,00)
(-) Ajuste a valor presente sobre clientes (8.000,00)
Receita líquida de vendas 60.000,00

Gabarito  Letra E.

(CESPE/Contador/Ministério da Justiça/2013)O ajuste a valor


presente de duplicatas a receber no longo prazo implica registro a crédito
da própria conta de duplicatas a receber e registro a débito de uma conta
de despesa.

Comentários:

O item está incorreto. Os lançamentos são:

D – Contas a Receber (RLP) 50.000


D – Despesa com ajuste a valor presente (Resultado) 18.914
C – Ajuste a VP (ANC – Realizável a LP) 18.914
C – Receita de Vendas (resultado) 50.000

D – Ajuste a VP (RLP) 622


C – Receita Financiamento de vendas (Resultado) 622

Gabarito  Errado.

8.2.2 - EXEMPLO 2 – COMPRA A PRAZO:

A empresa KLS comprou mercadorias para pagar após 24 meses, no


valor de R$ 50.000,00.

Informações adicionais:

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Taxa de juros: 2% ao mês = 1,0224 = 1,6084


Valor presente: 50.000/1,6084 = 31.086

Contabilização:

No momento inicial:

D – Mercadoria (AC) 31.086


D – Ajuste a valor presente sobre fornecedores (PNC - ELP) 18.914
C – Fornecedores (PNC - ELP) 50.000

Mercadorias (AC) AVP - Fornecedores (Ret. P) Fornecedores (Passivo)


31.086,00 18.914,00 50.000,00

Mês a mês

Após um mês, apropriamos os encargos financeiros:

D – Despesa Financeira – financiamento de compras (resultado) 622


C - Ajuste a valor presente sobre fornecedores (PNC - ELP) 622

AVP - Fornecedores (Ret. P) Despesa financeira


18.914,00 622,00 622,00

Ao final dos 24 meses, a conta “ajuste a valor presente sobre fornecedores”


estará zerada, e todo o seu valor terá sido transferido para resultado.

Notem que não podemos calcular 18.914/24 = R$ 788, e apropriar este


valor para todos os meses. Devemos usar o método exponencial, pois
o mercado dificilmente utilizará juros simples para uma operação de
financiamento.

Se alguma banca cobrar este assunto, deverá fornecer a tabela de controle,


ou pedir uma informação que possa ser calculada facilmente (por exemplo,
qual o valor apropriado como receita financeira no segundo mês? Segundo
a tabela acima, será 634. Cálculo: 31.086 x 1,02 = 31.708; 31.708 x 0,02
= 634).

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(FCC/SEFAZ PI/Auditor/2015) A Cia. Vende & Recompra adquiriu, em


30/04/2014, mercadorias para serem comercializadas. Em função de sua
situação financeira, a Cia. fez essa aquisição a prazo, para pagamento em
30/06/2016. O valor a ser pago na data do vencimento é R$ 380.000,00,
mas se a Cia. tivesse adquirido estas mercadorias à vista teria pagado R$
330.000,00.

Em 20/05/2014, a Cia. Vende & Recompra vendeu 80% dessas mercadorias


por R$ 820.000,00, para serem recebidos integralmente em 15/07/2016.
Se o cliente tivesse adquirido as mercadorias à vista teria pagado R$
730.000,00.

Com base nestas informações, é correto afirmar que o resultado bruto com
vendas que a Cia. Vende & Recompra reconheceu, na data da venda, foi,
em reais,

A) 400.000,00.
B) 466.000,00.
C) 516.000,00.
D) 426.000,00.
E) 556.000,00.

Comentários:

No caso de compra e venda a prazo, com juros incluídos, temos que


considerar o valor à vista. A regra é a seguinte:

- Ativo não circulante e passivo não circulante = ajusta a valor presente


- Ativo circulante e passivo circulante = só ajusta se produzir efeito
relevante.

Lançamento da compra:

D – Mercadorias 330.000,00
D – Ajuste a valor presente 50.000,00
C – Fornecedores 380.000,00

Lançamento da venda:

Pela venda:

D – Clientes 820.000,00
D – Ajuste a valor presente sobre clientes (despesa) 90.000,00
C – Receita de vendas 820.000,00
C – Ajuste a valor presente sobre clientes (red. Ativo) 90.000,00

Pela baixa das mercadorias:

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D – CMV (80% x 330.000,00) 264.000,00


C – Estoque 264.000,00

Demonstração do resultado

Receita de vendas 820.000,00


(-) AVP (90.000,00)
(-) CMV (264.000,00)
Lucro bruto 466.000,00

Gabarito  B

Resumo - Critérios de avaliação do ativo e passivo


Contas Critério
Disponibilidade Valor original
Clientes/Duplicatas a receber - CP Valor original - Perdas ao valor de realização - AVP (relevante)
Aplicações mantidas até vencimento Valor original + Juros (Obs: não há ajuste a valor justo)
Aplicações dest. à negociação imed. Valor original + Juros +/- Ajuste a valor justo (resultado)
Aplicações disponíveis venda futura Valor original + Juros +/- Ajuste de avaliação patrimonial (PL)
Estoque Custo ou valor realizável líquido, dos dois o menor
Estoque de mercadorias fungíveis Valor de mercado, quando aceito
Clientes/Duplicatas a receber - LP Valor original - Perdas ao valor de realização - AVP

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9 RESUMO DOS PONTOS ABORDADOS NESTA AULA

- Inicialmente os ativos e passivos são registrados pelo chamado custo


histórico.

Custo histórico
Valores pagos
Ativo
Valores a serem pagos
Recursos receb. em troca da obrigação
Passivo
Valor para liquidar

- Ativos e passivos podem sofrer variações no custo histórico (de um ou


mais tipos).

- As principais prescritas no CPC 00 são: custo corrente, valor realizável,


valor presente e valor justo.

Custo corrente
Valor a ser pago na data das demonstrações
Valor para liquidar a obrigação na data das demonstrações
Valor realizável
Valor obtido em uma venda de forma ordenada
Valor pago para liquidar obrigação no curso normal do negócio
Valor presente
Ativos: Valor presente descontado pelo fluxo de entrada líquida
Passivos: Valor presente descontado pelo fluxo de saída líquida
Valor justo
Ativo pode ser trocado em transação sem favorecimentos
Passivo pode ser liquidado em transação sem favorecimentos

- Premissa subjacente da continuidade: Há uma premissa de que as


entidades são feitas para terem um futuro contínuo, duradouro, e a
avaliação dos elementos patrimoniais é feita levando isso em consideração.
Na ausência de continuidade, saímos de uma contabilidade basicamente a
preços de entrada para uma contabilidade a preços de saída.

- Critérios de avaliação do ativo:

- Disponibilidade: registradas pelo valor original.

- Contas a receber/clientes/duplicatas a receber: valor original – perdas


estimadas com devedores duvidosos – ajuste a valor presente (LP: sempre,
CP: efeito relevante).

- Instrumentos financeiros, direitos e títulos de crédito:

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Empréstimos/Recebíveis normais
Valor original - Ajuste perda - AVP

Inv. mantidos até o vencimento


Valor original + Encargos ou rendimentos

Instrumentos financeiros - dest. neg. imediata


Valor Justo + Variações no resultado

Instrumentos financeiros - dispon. para venda futura


Encargos: resultado; Ajustes ao valor justo: ajuste de avaliação patrimonial: PL

- Estoques:

- Avaliação inicial: custo histórico.

- Mensuração subsequente: Custo ou valor realizável líquido, dos dois o


menor.

- O valor do custo inicial do estoque deve incluir todos os custos de aquisição


e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os
estoques à sua condição e localização atuais.

Custo do estoque inclui:


Preço de compra
Impostos de importação e outros tributos (exceto recuperáveis)
Custo de transportes (Frete sobre compra)
Seguro
Manuseio
Custos diretamente atribuíveis
Não inclui
Tributos recuperáveis (MP: IPI, ICMS, PIS, COFINS não cumulativos.
Revenda: ICMS, PIS, COFINS não cumulativos)
Descontos comerciais
Abatimentos

- Descontos comerciais ou incondicionais são aqueles que são negociados


no momento da compra, sem nenhuma condição. Esses são deduzidos do
preço de aquisição!

- Desconto financeiro ocorre quando o vendedor oferece um desconto para


antecipar o pagamento. Por exemplo, numa determinada venda, com
vencimento em 30 dias, o vendedor pode oferecer um desconto de 2% para
pagamento em 15 dias. Esse tipo de desconto é contabilizado como receita
financeira, para o comprador, e não afeta o custo do estoque.

- Atenção ao tratamento no frete:

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- Atenção também aos gastos com armazenagem:

- Estoque de produtos acabados:

Perdas normais  Custo


Perdas anormais  Despesa

- Ativo qualificável: aquele que demanda período substancial de tempo para


ficar pronto. Custos de empréstimos para construção de um ativo
qualificável: custo do ativo.

- Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser


avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil
aceito pela técnica contábil.

- Ajuste a valor presente:

Elementos Período AVP?


Não circulante Ajustados a valor presente
Ativo
Circulante Se houver efeito relevante
Não circulante Ajustados a valor presente
Passivo
Circulante Se houver efeito relevante

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10 MAPAS MENTAIS ELABORADOS NESTA AULA (*PROF. JULIO CARDOZO)

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11 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

11.1 QUESTÕES COMENTADAS – PDD E DUPLICATAS

1) (CESPE/SUFRAMA/Técnico Contabilidade/2014) No que se


refere às noções básicas de contabilidade, julgue o item que se segue.

O fato contábil consistente no desconto de duplicatas junto a um banco


resulta em redução da situação patrimonial líquida da empresa.

Comentários:

No momento inicial, não há alteração na situação líquida:

D – Caixa (Ativo)
D – Encargos a transcorrer (Retificadora do Passivo)
C – Duplicata Descontada (Passivo)

Os encargos devem ser apropriado para despesa (resultado) por


competência, conforme o passar do tempo:

D – Despesa financeira (Resultado)


C - Encargos a transcorrer (Retificadora do Passivo)

Assim, no momento inicial, não há alteração na situação líquida; com o


passar do tempo, os encargos são apropriados ao resultado e ocorre a
variação (diminuição ) na situação líquida.

Aparentemente, a banca considerou que a redação “ ...resulta em redução


... “ refere-se ao final da operação, quando ocorre alteração na situação
líquida.

Gabarito  Correto

2) (CESPE/SUFRAMA/Técnico Contabilidade/2014) Julgue o item


subsequente, relativo à contabilização de operações contábeis diversas.

O desconto de uma duplicata em banco, além de gerar um débito em caixa


ou equivalentes de caixa e um crédito em duplicatas descontadas, gera um
débito em despesas do período na demonstração do resultado do exercício
(DRE) relativo aos juros pagos na data da liberação do crédito.

Comentário:

A contabilização, no momento inicial, é a seguinte (supondo que uma


duplicata de 1.000 foi descontada por 900):

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D – Caixa (Ativo) 900


D – Encargos a transcorrer (Retificadora do Passivo) 100
C – Duplicatas descontadas (Passivo) 1.000

Os encargos devem ser apropriados ao resultado por competência:

D – Despesas financeiras (Resultado) 100


D – Encargos a transcorrer (Retificadora do Passivo) 100

Assim, a questão está errada, pois não ocorre um débito em despesas do


período na data da liberação do crédito. A contabilização da despesa ocorre
posteriormente, por competência, conforme a passagem do tempo.

Gabarito  Errado.

3) (CESPE/Analista/Área 2/ANP/2013) A baixa de uma duplicata


cujo valor está totalmente provisionado não impactará o resultado contábil
da empresa, que deverá lançar um débito na conta retificadora de ativo em
que está registrado o valor acumulado da provisão.

Comentários

Imagine-se que a sociedade KLS realize venda de R$ 100,00, em


01.08.2013, para recebimento em 15.01.2014.

Em 31.12.2013 faz uma estimativa de que destes valores teremos uma


perda por conta de possíveis calotes no montante de R$ 5,00. Faz, então,
para se precaver, um registro, em homenagem ao princípio da prudência,
antevendo a possível perda.

Os lançamentos são os seguintes:

Quando da venda

D – Clientes (ativo) 100,00


C – Receita de vendas (receita) 100,00

Quando do lançamento da provisão, em 31.12.2013

D – Despesa com provisão para devedores duvidosos (despesa) 5,00


C – Provisão para devedores duvidosos (retificadora ativo) 5,00

Imagine-se, agora, que, chegado 15.01.2014 a empresa constate que,


realmente, não recebeu os R$ 5,00. O que devemos fazer?

Vamos lá! Quanto entrou no caixa? R$ 95,00. A obrigação de R$ 100,00 do


cliente continuará a existir? Não! Devemos, então, baixa-la. Mas, ora, se

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recebemos somente R$ 95,00 dos R$ 100,00, devemos deixar os outros R$


5,00 lá? Não! Por quê? Pois havíamos feito uma previsão de que esse valor
seria perdido.

Então, faremos:

D – Caixa (ativo) 95,00


D – Provisão para dev. duvidosos (zerando o valor provisionado)5,00
C – Clientes (ativo) 100,00

Vê-se, então, que a baixa de uma duplicata cujo valor está totalmente
provisionado não impactará o resultado contábil da empresa, que deverá
lançar um débito na conta retificadora de ativo em que está registrado o
valor acumulado da provisão.

Gabarito  Correto.

4) (CESPE/Contador/FUB/2011) As contas a receber devem ser


avaliadas pelo valor dos títulos que as compõe menos as devidas
estimativas de perdas prováveis na realização.

Comentários

O item está correto. Segundo a Lei 6.404:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:

I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em


direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no
realizável a longo prazo: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado


conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável
de realização, quando este for inferior, no caso das demais
aplicações e os direitos e títulos de crédito; (Incluída pela Lei nº
11.638,de 2007)

Gabarito  Correto.

11.2 QUESTÕES COMENTADAS – INSTRUMENTOS FINANCEIROS

5) (CESPE/CADE/Contador/2014) A respeito do reconhecimento, da


mensuração e da evidenciação dos instrumentos financeiros, julgue o item
a seguir.

Um ativo ou um passivo financeiro é classificado como mantido para

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negociação se tiver sido adquirido ou originado principalmente com a


finalidade de venda ou de recompra no curto prazo.

Comentário:

Segundo o CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e


Mensuração:

Um ativo financeiro ou um passivo financeiro é classificado como mantido


para negociação se for:

(i) adquirido ou incorrido principalmente para a finalidade de venda


ou de recompra em prazo muito curto;

ii) no reconhecimento inicial é parte de carteira de instrumentos financeiros


identificados que são gerenciados em conjunto e para os quais existe
evidência de modelo real recente de tomada de lucros a curto prazo; ou

(iii) derivativo (exceto no caso de derivativo que seja contrato de garantia


financeira ou um instrumento de hedge designado e eficaz);

Gabarito  Correto

11.3 QUESTÕES COMENTADAS – ESTOQUES

6) (CESPE/Perito Criminal–Ciências Contábeis/PC/PE/2016) Os


itens que podem ser reconhecidos como custo dos estoques incluem:

a) lote de matérias-primas danificado por queda durante seu deslocamento


até a área produtiva.
b) salários e encargos do almoxarife responsável pelo estoque de produtos
em processamento.
c) custos de telefonia e salários e encargos do departamento de compra de
matérias-primas industrializáveis.
d) fretes e seguros relativos aos produtos acabados comercializados.
e) encargos financeiros cobrados em aquisição de matérias primas a prazo.

Comentários:

Vamos lá!

a) lote de matérias-primas danificado por queda durante seu


deslocamento até a área produtiva.

Não é custo do estoque. Trata-se de perda anormal e, portanto, deverá ir


para despesa no resultado.

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b) salários e encargos do almoxarife responsável pelo estoque de


produtos em processamento.

Com relação à armazenagem, ocorre a seguinte distinção: quando a


empresa compra matéria prima, pode ser necessário armazená-la
por algum tempo, antes de utilizá-la na produção. Tais gastos com
armazenagem são incluídos no custo da produção.

Gabarito!

c) custos de telefonia e salários e encargos do departamento de


compra de matérias-primas industrializáveis.

Como se trata se atividade administrativa, não é considerado custo, mas


sim despesa.

d) fretes e seguros relativos aos produtos acabados


comercializados.

Portanto, o frete sobre venda é considerado despesa.

e) encargos financeiros cobrados em aquisição de matérias primas


a prazo.

18. A entidade geralmente compra estoques com condição para pagamento


a prazo. A negociação pode efetivamente conter um elemento de
financiamento, como, por exemplo, uma diferença entre o preço de
aquisição em condição normal de pagamento e o valor pago; essa diferença
deve ser reconhecida como despesa de juros durante o período do
financiamento.

Gabarito  B.

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7) (CESPE/TC-DF/ACE/2014) Com relação à contabilização dos itens


patrimoniais e de resultado, bem como aos seus efeitos, julgue o item que
se segue.

Considere que um item de estoque destinado à venda esteja contabilmente


registrado por R$ 100,00, possua custos estimados de negociação de R$
8,00 e seja normalmente negociado pelos participantes do mercado por R$
90,00. Nesse caso, o valor realizável líquido do item deverá ser ajustado, o
que produzirá impacto negativo na demonstração do resultado do exercício.

Comentário:

Devemos aplicar, nesse caso, a regra “custo ou mercado, dos dois o menor”.

Conforme a Lei 6404/76:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:

II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio


da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens
em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de
provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

§ 1o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor


justo: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual


possam ser repostos, mediante compra no mercado;

b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização


mediante venda no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas
necessárias para a venda, e a margem de lucro;

O inciso II menciona “valor de mercado”; o § 1º fala em “valor justo” e


“preço líquido de realização”. São coisas diferentes; mas, para efeito do
artigo 183, considere sinônimos.

Portanto, temos:

Custo = $100,00

Valor de realização = $90,00 - $ 8,00 = $82,00

A contabilização do ajuste fica assim:

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D – Despesa com ajuste do estoque (resultado)...18,00


C – Ajuste para redução do estoque (Ret. Ativo)..18,00

Gabarito  Correto

8) (CESPE/Contador/Eletrobrás/2013) Os estoques devem ser


mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, devendo-
se escolher aquele que for menor.

Comentários

Segundo o CPC 16:

Mensuração de estoque

9. Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo


valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

Gabarito  Correto.

9) (CESPE/Analista/Área 2/ANP/2013) Os itens de estoques que,


normalmente, não são intercambiáveis são avaliados pelos seus custos
individuais, os quais devem ser ajustados aos seus valores realizáveis
líquidos sempre que eles se revelarem superiores ou inferiores a esses
custos.

Comentários

A CESPE costuma elaborar questões com duas afirmações. Vamos examiná-


las separadamente:

“Os itens de estoques que, normalmente, não são intercambiáveis são


avaliados pelos seus custos individuais, ...”

Essa parte é cópia do CPC 16 – Estoques, e está correta:

23. O custo dos estoques de itens que não são normalmente


intercambiáveis e de bens ou serviços produzidos e segregados para
projetos específicos deve ser atribuído pelo uso da identificação específica
dos seus custos individuais.

Continuando...

“...os quais devem ser ajustados aos seus valores realizáveis líquidos
sempre que eles se revelarem superiores ou inferiores a esses custos.”

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Essa assertiva está errada. Estaria correta se a questão mencionasse


apenas “inferiores”.

Dissemos durante a aula que:

9. Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo


valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

Portanto, o ajuste ao valor realizável líquido somente se dará quando este


for menor que o valor de custo.

Reforçando, diz o CPC 16 – Estoques:

28. O custo dos estoques pode não ser recuperável se esses estoques
estiverem danificados, se se tornarem total ou parcialmente obsoletos ou
se os seus preços de venda tiverem diminuído. O custo dos estoques pode
também não ser recuperável se os custos estimados de acabamento ou os
custos estimados a serem incorridos para realizar a venda tiverem
aumentado. A prática de reduzir o valor de custo dos estoques (write down)
para o valor realizável líquido é consistente com o ponto de vista de que os
ativos não devem ser escriturados por quantias superiores àquelas que se
espera que sejam realizadas com a sua venda ou uso.

Gabarito  Errado.

10) (CESPE/Analista/Área 2/ANP/2013) Os impostos recuperáveis


não compõem o custo de aquisição de estoques e não são reconhecidos
como ativos na contabilidade.

Comentários

A primeira parte da questão está correta: os impostos recuperáveis não


compõem o custo de aquisição de estoques.

Contudo, são reconhecidos, sim, como ativos na contabilidade.

Os impostos recuperáveis, como o ICMS, são aqueles em que a entidade


terá o direito de compensar a carga tributária que “veio junto” com a
mercadoria quando da compra, com o montante do valor incidente sobre a
venda.

Assim, imagine-se que uma empresa compre uma mercadoria por R$


100,00, em que neste valor, temos embutido R$ 10,00 de ICMS. Ela irá
revender esta mercadoria por R$ 150,00, pagando R$ 15,00 de imposto.

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Assim, uma vez que o imposto é recuperável, isto é, incide somente sobre
o valor agregado, ela deverá arcar com o ônus de R$ 5,00, que é a exata
diferença entre R$ 15,00 – R$ 10,00.

Portanto, quando realizar a compra de um estoque que possui tributo


recuperável, deverá segregar este montante, classificando-o como um
direito no ativo, para compensá-lo posteriormente, quando da saída da
mercadoria.

Lembre-se, porém, que a companhia pode compensar os saldos devedores


e credores a que tiver direito. Portanto, se houver R$ 100,00 de ICMS a
recolher (passivo) e R$ 70,00 de ICMS a recuperar (ativo), fará a
compensação, restando somente a conta ICMS a recolher (passivo) no valor
de R$ 30,00.

Gabarito  Errado.

11) (CESPE/Contador/FUB/2011) Os estoques devem ser avaliados


pelo custo de aquisição ou de fabricação, reduzido por estimativas de
perdas para ajuste ao preço de mercado, quando este for inferior, vedado
qualquer outro critério.

Comentários

Segundo a Lei 6.404/76:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:

II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio


da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens
em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de
provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

Ainda, de acordo com o mesmo artigo: § 4° Os estoques de mercadorias


fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor de
mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica
contábil.

As mercadorias fungíveis são as commodities, ou seja, soja, suco de


laranja, café, etc.

As commodities possuem cotação na bolsa de mercadoria. Portanto,


normalmente ficam registradas na contabilidade pela cotação da bolsa. Se
uma empresa possui um estoque de, digamos, cem toneladas de soja, ela
conseguirá vender esse estoque pela cotação atual da soja na bolsa de
mercadorias.

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Repare que isso tira a necessidade de negociação. E esta é a diferença entre


as mercadorias fungíveis e as outras mercadorias.

Vamos examinar os outros produtos. Uma determinada empresa pode usar


aço, borracha, tinta e outras matérias primas que custaram 10.000 e
construir um carro que será vendido por 20.000.

Depois de construído, o carro continua avaliado na contabilidade ao preço


de custo de 10.000.

E porque não podemos avaliar o carro em estoque pelo seu preço de venda,
no caso, de 20.000? Afinal, a empresa já finalizou o esforço de fabricação
do produto.

Mas falta uma parte essencial, que é a validação do mercado. Se a empresa


conseguir vender o carro por 20.000, irá reconhecer uma receita de venda
e um lucro, pois o mercado aceitou esse preço.

Mas se ninguém quiser comprar o carro por 20.000, será necessário


negociar e eventualmente diminuir o preço.

Assim, por prudência, o carro, apesar de já construído, fica registrado pelo


custo, até que o mercado aceite o preço estabelecido pela empresa.

Com as commodities, não há necessidade de negociação. O preço já está


estabelecido pela cotação em bolsa.

Gabarito  Errado.

12) (CESPE/Analista Judiciário/TRE/ES/2011) Quando o preço


corrente dos bens destinados à alienação ou dos produtos e artigos da
indústria e do comércio da empresa estiver acima do valor do custo de
aquisição, a diferença constituirá receita não operacional, mas somente
poderá ser usada para a constituição de reservas de contingência.

Comentários:

Conforme a Lei 6404/76:

II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio


da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens
em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de
provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

Ou seja, os estoques ficam registrados pelo custo de aquisição, deduzidos


de provisão para ajuste ao valor do mercado, quando este for inferior. Se o

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valor de mercado for superior ao custo de aquisição, a empresa irá apurar


lucro apenas quando realizar a venda.

Portanto, está incorreta a frase “a diferença constituirá receita não


operacional, mas somente poderá ser usada para a constituição de reservas
de contingência.”.

Gabarito  Errado

13) (CESPE/Contador/STF/2008) O montante pago a título de


seguros e transportes sobre compras de mercadorias será incorporado ao
valor do estoque de mercadorias disponíveis para revenda.

Comentários

O custo de aquisição dos estoques compreende:

1) Preço de compra
2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis).
Os tributos recuperáveis são:
a) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade
não cumulativa)
b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na
modalidade não cumulativa)
3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente
atribuíveis à aquisição.
4) Os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos do
custo de aquisição.

Gabarito  Correto.

14) (CESPE/Contador/STF/2008) O montante pago ao fornecedor a


título de tributos recuperáveis será incorporado ao valor do estoque de
mercadorias adquiridas para revenda.

Comentários

O custo de aquisição dos estoques compreende:

1) Preço de compra
2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis).
Os tributos recuperáveis são:
a) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade
não cumulativa)
b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na
modalidade não cumulativa)

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3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente


atribuíveis à aquisição.
4) Os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos do
custo de aquisição.

Gabarito  Errado.

15) (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012) Nas operações


de mercadorias, o valor dos gastos com transportes, quando estes são
feitos sob a responsabilidade do comprador,

a) aumentam o valor das mercadorias compradas.


b) são registrados a débito de uma conta de despesa.
c) diminuem o valor dos estoques de mercadorias.
d) não geram efeitos no custo das mercadorias vendidas quando estes são
realizados.
e) não afetam o valor dos estoques de mercadorias.

Comentários

Conforme dissemos à aula:

CUSTOS DO ESTOQUE

10. O VALOR DE CUSTO DO ESTOQUE DEVE INCLUIR TODOS OS


CUSTOS DE AQUISIÇÃO E DE TRANSFORMAÇÃO, BEM COMO
OUTROS CUSTOS INCORRIDOS PARA TRAZER OS ESTOQUES À SUA
CONDIÇÃO E LOCALIZAÇÃO ATUAIS.

CUSTOS DE AQUISIÇÃO

11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os


impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao
fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros
diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e
serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes
devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição. (NR) (Nova
Redação dada pela Revisão CPC nº. 1, de 8/01/2010)

Assim, o custo de aquisição dos estoques compreende:

4) Preço de compra

5) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis).


Os tributos recuperáveis são:
c) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade
não cumulativa)

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d) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na


modalidade não cumulativa)

6) Custos de transporte (frete), seguro, manuseio e outros diretamente


atribuíveis à aquisição.

Gabarito  A.

16) (ESAF/CVM/Analista Mercado de Capitais/2010) Ao fim do


exercício social, a empresa Mel & Doces Ltda., ao inventariar três dos seus
produtos para venda, apurou a seguinte situação em quantidades e custos
de aquisição:

Item ALFA = 500 unidades ao custo unitário de R$ 3,00;


Item BETA = 100 unidades ao custo unitário de R$ 12,00;
Item ZETA = 300 unidades ao custo unitário de R$ 20,00.

As despesas estimadas com a venda equivalem a 10% do preço de custo.


O preço de venda em vigor no dia do balanço era o seguinte: R$ 3,50 para
o item ALFA; R$ 10,00 para o item BETA e R$ 20,00 para o item ZETA.

Em face da situação descrita, após registrar os ajustes e provisões


necessárias ao cumprimento das normas, a empresa levará a balanço, como
saldo representativo desses três estoques, o valor de

a) R$ 7.780,00
b) R$ 7.880,00
c) R$ 8.500,00
d) R$ 8.750,00
e) R$ 8.700,00

Comentários

Lembre-se de que os estoques devem ser avaliados pelo valor de custo ou


pelo valor realizável líquido, dos dois o menor. Valor realizável líquido é o
preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos
estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se
concretizar a venda.

Basta que comparemos o custo dos produtos e façamos o ajuste a valor


justo:

Alfa

Custo = 500,00 x 3,00 = 1.500,00.


Valor realizável = 3,5 x 500,00 – 10% x 1.500,00 = 1750,00 – 150,00 =
1.600,00.
Deve ser avaliado pelo custo, uma vez que menor.

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Beta

Custo = 100,00 x 12,00 = 1.200,00.


Valor realizável = 10 x 100 – 10% x 1.200 = 1.000 – 120 = 880,00.
Deve ser avaliado pelo valor realizável líquido, uma vez que menor.

Zeta

Custo = 300,00 x 20,00 = 6.000,00.


Valor realizável = 20 x 300 – 10% x 600 = 6.000 – 540,00 = 5.400,00.
Deve ser avaliado pelo valor realizável líquido, uma vez que menor.

Portanto, no balanço teremos os seguintes valores líquido para Alfa, Beta e


Zera: 1.500 + 880 + 5.400 = 7.780,00.

Gabarito  A.

(ESAF/Analista Tributário da Receita Federal/2012) A empresa


Confiante Ltda. apresenta a seguinte movimentação com créditos a receber
e clientes:

No balanço de 2010, em 31/12: tinha créditos a receber de R$ 2.800,00 e


provisão para perdas prováveis de R$ 84,00. Durante o exercício de 2011,
contabilizou o recebimento de créditos R$ 980,00; a baixa por não
recebimento R$ 120,00; a incorporação de novos créditos a receber R$
1.700,00; o desconto de duplicatas no banco R$ 500,00. Em 31/12/2011,
para fins de balanço, deverá fazer um nova provisão para perdas prováveis,
no montante de:

a) R$ 51,00.
b) R$ 84,00.
c) R$ 87,00.
d) R$ 102,00.
e) R$ 171,00.

Comentários

1 – Não há percentual para o cálculo da provisão. Basta dividirmos R$


84,00/R$ 2.800,00, o que dará um percentual de 3%.

2 - Agora, esquematizemos a questão.

Créditos a receber ao final de 2010 R$ 2.800,00


Créditos recebidos em 2011 (R$ 980,00)
Créditos não recebidos em 2011 (R$ 120,00)
Novos créditos a receber em 2011 R$ 1.700,00

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Portanto, fazendo todas essas operações, chegamos ao valor de créditos a


receber ao final de 2011 de R$ 3.400,00.

A baixa por não recebimento representa crédito que a empresa tinha a


receber e levou um calote. Assim, dá baixa do crédito por não recebimento.

Contabilização:

D - Despesa com créditos incobráveis (resultado)


C - Créditos a receber (Ativo)

3 – Atenção! Todavia, em provas da ESAF (tão-somente), para fins de


cálculo da provisão para devedores duvidosos, devemos excluir o valor das
duplicatas descontadas da base de cálculo, na questão em tela, R$ 500,00.

A ESAF, aparentemente, confunde "desconto de duplicata" com "factoring".

No desconto de duplicata, a empresa que descontou é responsável pela


liquidação. Ou seja, se o comprador não pagar a duplicata, o banco vai tirar
o dinheiro da conta da empresa que descontou.

Assim, as duplicatas descontadas deveriam fazer parte da base de


cálculo da PDD.

Existe também o “factoring", em que uma financeira ou banco ou empresa


de fomento assume o setor de crédito de outra empresa. Nesse caso, a
empresa de factoring assume o risco da venda a prazo, se o comprador não
pagar a empresa que produziu a mercadoria também não paga ao banco ou
financeira.

4 – Assim, temos: 3.400 – 500 = 2.900 x 3% = R$ 87.

Gabarito  C.

18) (ESAF/Contador/Ministério do Turismo/2014) Em 2012 a


Empresadenada S.A. tinha créditos a receber no valor de R$ 150.000,00 e
mandou provisionar 3% deles para prevenir possíveis perdas na sua
liquidação que, àquele momento, já era duvidosa. Entretanto, durante o
exercício de 2013, só foram confirmadas perdas de 2% daqueles créditos.

Em 31 de dezembro de 2013, a empresa possuía créditos a receber no


montante de 120% do valor anterior e mandou fazer a provisão para perdas
prováveis em 2014 à mesma taxa de 3%.

Mesmo reconhecendo eventual reversão ou complementação, o saldo da


provisão para perdas, no balanço de 2013, deverá ser de

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a) R$ 2.400,00
b) R$ 3.600,00
c) R$ 3.900,00
d) R$ 4.500,00
e) R$ 5.400,00

Comentários

Em 2012

Créditos a receber 150.000,00


(-) Provisão para devedores duvidosos (4.500,00)

Valor a receber em 2013 (120% x 150.000,00) 180.000,00


(-) Provisão para devedores duvidosos (5.400,00)

Cuidado! Muitos alunos perguntam qual o valor devem levar em


consideração para o cálculo da provisão, pois ora precisam calcular “nova
provisão”, ora somente precisam complementar o valor anteriormente
existente.

1) Se a questão pedir a despesa com PDD, ou o valor que irá afetar o


resultado, devemos usar o valor da complementação. Usamos o saldo já
existente na conta provisão para devedores duvidosos (método que a
ESAF utiliza).
2) Se a questão pedir o valor que irá aparecer no balanço patrimonial, aí
devemos usar o valor total da provisão para devedores duvidosos.

Exemplo: Uma empresa tem saldo de PDD no valor de 3.000, e a nova PDD
é de 10.000.

Usando a complementação, temos:

D - Despesa de PDD (Resultado) 7.000


C - PDD (Retificadora do ativo) 7.000

Valor da despesa ou valor que afeta a demonstração do resultado 7000


Valor que aparece no Balanço Patrimonial 10.000.

Gabarito  E.

19) (ESAF/Ministério da Fazenda/Contador/2013) A firma


Pipiripaco S/A, prevendo prováveis perdas no recebimento de seus créditos
que, no balanço de 2011, eram de R$ 85.000,00, mandou fazer provisão
de 3% desse valor, mas, durante o exercício seguinte, contabilizou perdas
de apenas R$ 1.300,00. Em dezembro de 2012, pretendendo fazer provisão
nos mesmos moldes anteriores, para proteger o valor de R$ 100.000,00

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que tem a receber, vai contabilizar uma despesa com devedores duvidosos
no valor de

A) R$ 3.000,00.
B) R$ 2.550,00.
C) R$ 1.750,00.
D) R$ 1.300,00.
E) R$ 1.250,00.

Comentários

Em 2011
Créditos a receber 85.000,00
(-) Provisão para devedores duvidosos (3%) (2.550,00)

Como as perdas contabilizadas foram de $1.300,00, restou o valor de


$2.550 - $1.300 = $1.250 na provisão.

Créditos a receber em 2012 100.000,00


(-) Provisão para devedores duvidosos (3%) (3.000,00)

A empresa deverá contabilizar como despesa o valor que falta para


completar a provisão, ou seja, $3.000 - $1.250 = $ 1.750

Gabarito  C.

20) (ESAF/Ministério da Fazenda/Contador/2013) A companhia


emprsária Hélvia & Pélvia Limitada costuma precaver-se de prejuízos no
recebimento de seus créditos, provisionando as perdas prováveis. Em 2012,
com créditos a receber no montante de R$ 400.000,00, ela mandou fazer
provisão de R$ 12.000,00, mas, durante o exercício, contabilizou perdas de
apenas R$ 7.000,00. Agora, no fim do exercício de 2013, a empresa
pretende fazer provisão nos mesmos moldes anteriores. Por isto, como tem
no balanço R$ 300.000,00 a receber, vai contabilizar em 2013 uma despesa
com devedores duvidosos no valor de

A) R$ 12.000,00.
B) R$ 9.000,00.
C) R$ 7.000,00.
D) R$ 5.250,00.
E) R$ 4.000,00.

Comentário:

Nesta questão, a banca não informou o percentual para constituir a PDD.


Mas podemos calcular, usando os dados de 2012:

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PDD / créditos a receber = 12.000 / 400.000 = 0,03 ou 3%

Como a empresa contabilizou perdas de $7.000, temos:

$12.000 - $ 7.000 = $ 5.000, que sobrou da provisão de 2012.

Vamos aos cálculos de 2013:

Créditos a receber 300.000 x 3% = $9.000


Despesa: $9.000 - $5.000 = $4.000

Gabarito  E

21) (ESAF/Receita Federal/Analista/2009) No encerramento do


exercício social, quando ainda resta saldo não utilizado na conta Provisão
para Devedores Duvidosos, necessário se faz contabilizar a reversão desse
saldo. Nesse caso, o lançamento de ajuste a ser feito deverá ser:

A) creditando-se a conta de Provisão e debitando-se a conta de Lucros


Acumulados.
B) creditando-se a conta de Provisão e debitando-se a conta de Resultado
do Exercício.
C) debitando-se a conta de Provisão e creditando-se a conta de Lucros
Acumulados.
D) debitando-se a conta de Provisão e creditando-se a conta de Resultado
do Exercício.
E) debitando-se a conta de Provisão e creditando-se a conta de Despesa.

Comentários

É interessante que a ESAF, que costuma cobrar o método da


complementação da PDD nas questões de cálculo, tenha considerado
correta a letra D. Aparentemente, foi copiado diretamente do Imposto de
Renda – perguntas e resposta:

Quando a provisão constituída não chegar a ser utilizada ou for utilizada só


parcialmente, o seu saldo, por ocasião da apuração dos resultados do
período de apuração seguinte, deverá ser revertido a crédito de resultado
desse período de apuração e, se for o caso, constituída nova provisão para
vigorar durante o período de apuração subseqüente.

Gabarito  D

22) (ESAF/STN/AFC/2008) A empresa Dúbias Cobranças S/A tinha


créditos no valor de R$ 160.000,00 em 31.12.06 e de R$ 110.000,00 em
31.12.07. Durante o exercício de 2007, houve a baixa de perdas no valor
de R$ 3.200,00, referente a créditos já existentes em 2006 e de R$

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1.100,00, referente a créditos de 2007. A conta provisão para créditos de


liquidação duvidosa foi a balanço em 2006 com saldo de R$ 4.800,00 e
deverá ir a balanço em 2007 com saldo equivalente a 3% dos créditos
cabíveis. Após a contabilização dos ajustes para o balanço de 2007, pode-
se dizer que essa empresa contabilizou, no exercício de 2007, perdas com
créditos de liquidação duvidosa no valor de

A) R$ 2.800,00.
B) R$ 3.300,00.
C) R$ 3.900,00.
D) R$ 7.100,00.
E) R$ 7.600,00.

Comentários:

Apesar da questão mencionar “perdas com créditos de liquidação duvidosa”,


a resposta refere-se ao valor da complementação da PDD. As perdas seriam
as baixas, no valor de R$ 3.200 + R$ 1.100 = R$4.300.

Como não havia essa resposta, fica mais simples para deduzir o que a banca
queria.

Saldo inicial PDD 4.800


(-) Baixa.(2006) (3.200)
(-) Baixa (2007) (1.100)
Saldo PDD após baixas 500

Novo valor da PDD:

R$ 110.000 x 3% = R$ 3.300

Complementação contabilizadas em 2007:R$ 3.300 – R$ 500 = R$ 2.800

Gabarito  A

23) (ESAF/Natal/Auditor/2008) A empresa Fastfood Ltda., com


contas a receber no valor de R$ 800.000,00, em 31.12.2007, tinha também
uma conta de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa com saldo
remanescente de R$ 13.000,00. No encerramento do exercício de 2007,
mandou fazer nova provisão baseada numa estimativa de perdas de 3,5%,
igual às perdas efetivas ocorridas no recebimento de créditos nos últimos
três exercícios. Feitos os lançamentos cabíveis, a empresa levará ao
resultado do exercício uma despesa provisionada de:

A) R$ 15.000,00.
B) R$ 13.000,00.

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C) R$ 11.000,00.
D) R$ 24.000,00.
E) R$ 28.000,00.

Comentários

Esta questão gerou alguma polêmica, quando foi lançada, pois alguns
professores entenderam que a frase “Feitos os lançamentos cabíveis”, no
plural, indicava que deveria ser usado o método de reverter o saldo inicial
da provisão e constituir novo saldo.

Nesse caso, os lançamentos ficariam assim:

Cálculo: 800000 x 3,5 % = 28.000 ( valor da nova provisão)

Saldo da conta PDD: 13.000

Pela reversão do saldo:

D – PDD (Retificadora Ativo) 13.000


C – Reversão de provisão (Resultado) 13.000

Pela constituição da nova PDD:

D – Despesa com PDD (resultado) 28.000


C – PDD (retificadora do Ativo) 28.000

Por esse método, a resposta seria a letra E.

Ocorre que a ESAF, conforme já mencionamos, costuma usar o método da


complementação, nas questões de PDD. Assim, temos:

Nova provisão 28.000


(–) saldo anterior (13.000)
= complementação PDD 15.000

Gabarito A

24) (ESAF/SEFAZ-CE/AFC/2007) A empresa Mercearia Merck S/A,


baseada em sua experiência de perdas no recebimento de clientes, no
exercício de 2005, constituiu uma provisão para perdas no valor de R$
1.350,00. No exercício de 2006, a empresa deu baixa em créditos no valor
de R$ 930,00 e chegou ao fim do exercício com valores a receber no
montante de R$ 60.000,00. Considerando-se a necessidade da constituição
de nova provisão à base de 3% dos créditos que vão a balanço, pode-se
dizer que, com a adoção dessa medida, o lucro da empresa será reduzido
em

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A) R$ 2.310,00.
B) R$ 1.800,00.
C) R$ 1.380,00.
D) R$ 870,00.
E) R$ 450,00.

Comentários

Vamos calcular o valor da nova provisão e complementar a provisão


anterior.

Nova PDD: R$ 60.000 x 3% = R$ 1.800


Pdd anterior: R$ 1.350 – R$ 930 = R$ 420
Valor da complementação: R$ 1.800 – R$420 = R$ 1.380

Gabarito  C.

25) (ESAF/SEFAZ-CE/AFRE/2007) Com base na experiência de


perdas efetivas no recebimento de seus créditos, a Microempresa Satélite
S/A, constituiu no exercício de 2005 uma provisão no valor de R$ 2.700,00.

No exercício de 2006, a empresa deu baixa em créditos no valor de R$


1.860,00 e chegou ao fim do exercício com valores a receber no montante
de R$ 120.000,00.

Considerando-se a necessidade da constituição de nova provisão à base de


3% dos créditos existentes, mesmo levando em conta o saldo não utilizado
da provisão anterior, pode-se dizer que os referidos créditos devem ir a
balanço, deduzidos de provisão no valor de

A) R$ 4.440,00.
B) R$ 2.760,00.
C) R$ 3.600,00.
D) R$ 900,00.
E) R$ 1.740,00.

Comentários:

Esta questão tem uma pegadinha. Apesar de fornecer o valor da PDD


anterior, da forma como estamos acostumados, a pergunta muda. Não é o
valor da complementação ou o quanto reduziu o lucro que devemos
calcular; é o valor total da provisão.

Embora o cálculo seja mais simples, devemos ficar atentos, na prova. Pois
se calcularmos o valor da complementação da provisão, vamos chegar na
resposta B. Mas o gabarito oficial é a Letra C.

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R$ 120.000 x 3% = R$ 3.600 Valor da PDD que irá ao balanço.

Gabarito  C

26) (ESAF/SUSEP/Analista/2006) A empresa Comércio Limitado,


tendo créditos a receber no valor de R$ 32.000,00, em 31.12.05, e com
experiência de perda efetiva no recebimento de itens dessa espécie,
comprovada em 4% nos últimos três exercícios sociais, precisa mandar
constituir uma provisão para devedores duvidosos, antes de elaborar o seu
balanço anual. Considerando que, no livro Razão, já existe uma conta de
provisão com essa finalidade, com saldo anterior de R$ 520,00, não
utilizado, e que a empresa quer contabilizar o evento com um único
lançamento no livro Diário, o Contador deverá mandar fazer na conta
Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa um registro de

A) R$ 1.280,00, a crédito.
B) R$ 960,00, a crédito.
C) R$ 760,00, a crédito.
D) R$ 520,00, a débito.
E) R$ 440,00, a débito.

Comentários

R$ 32.000 x 4% = R$ 1.280 Valor da nova provisão


R$ 1.280 – R$ 520 = R$ 760 valor da complementação

Contabilização:

D – Despesa com PDD 760


C – PDD (retificadora do ativo) 760

Gabarito  C.

27) (ESAF/RN/Auditor Fiscal/2005) A firma Linhas de Comércio Ltda.


tem no livro razão uma conta intitulada "Provisão para Créditos de
Liquidação Duvidosa" com saldo credor de R$ 9.000,00, oriundo do balanço
patrimonial de 2002, mas que permanece inalterado ao final do exercício
de 2003.

No balanço patrimonial, que será elaborado com data de 31.12.03, a


empresa deverá demonstrar as contas "Duplicatas a Receber" e "Clientes",
com saldo devedor de R$ 350 mil e R$ 200 mil, respectivamente.

Considerando-se que está comprovada a expectativa de perda provável de


3% dos créditos a receber, a empresa deverá contabilizar uma provisão.

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Este fato, aliado às outras informações constantes do enunciado, fará com


que o lucro da empresa, referente ao exercício de 2003, seja reduzido no
valor de

A) R$ 7.500,00.
B) R$ 9.000,00.
C) R$ 16.290,00.
D) R$ 16.500,00.
E) R$ 25.500,00.

Comentários:

É o mesmo cálculo:

Valores a receber: 350.000 + 200.000 = R$ 550.000

R$ 550.000 x 3% = R$ 16.500 Valor da PDD

R$ 16.500 – saldo inicial PDD R$ 9.000 = R$ 7.500 Complementação

Gabarito  A

28) (ESAF/CVM/Analista normas contábeis e auditoria/ 2010) A


empresa Modistas da Moda S/A, tem um histórico de perdas no recebimento
de seus créditos, por isto, não costuma negligenciar a utilização de provisão
para riscos de crédito.

Sob esse aspecto, verificamos que do balanço patrimonial de 2008 constou


a conta Provisão para Devedores Duvidosos com saldo de R$ 2.300,00.

Ao longo do exercício de 2009 foram comprovadas perdas efetivas no


recebimento de créditos, no valor de R$ 1.100,00, e a estimativa de perdas
que se faz para 2010, monta a R$ 1.800,00.

Com base nessas informações, pode-se dizer que a empresa deverá lançar
na Demonstração do Resultado do Exercício, relativa a 2009, uma despesa
provisionada para risco de crédito no montante de

a) R$ 3.000,00
b) R$ 2.900,00
c) R$ 1.800,00
d) R$ 1.100,00
e) R$ 600,00

Comentários:

Outra questão de complementação, a ESAF adora isso. Vamos lá:

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Saldo da PDD: R$ 2.300 – R$ 1.100 = R$ 1.200

Complementação da Provisão: R$ 1.800 – R$ 1.200 = R$ 600

Gabarito  E

29) (FGV/Auditor Fiscal da Receita Estadual/ICMS RJ 2009) A Cia.


Esmeralda apresenta os seguintes saldos referentes ao ano de 2008:

Considerando que a Cia. Esmeralda não é contribuinte do IPI, mas é


contribuinte dos impostos estaduais e municipais, e considerando que a Cia.
Esmeralda adota o CPC 12, aprovado pelo CFC, assinale a alternativa que
indique o valor da Receita Líquida apurada em 2008.

(A) $ 70.000.
(B) $ 56.000.
(C) $ 68.000.
(D) $ 64.000.
(E) $ 60.000.

Comentários

Segundo a Lei 6.404/76:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:
VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão
ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver
efeito relevante.

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Ajustar algo a valor presente é, em lição comezinha, trazer um valor que


está previsto para se realizar em data futura a termos monetários de hoje.

Valor presente também pode ser definido como o montante ajustado em


função do tempo a transcorrer entre as datas da operação e do vencimento,
de crédito ou obrigação de financiamento, ou de outra transação usual da
entidade, mediante dedução dos encargos financeiros respectivos, com
base na taxa contratada ou na taxa média de encargos financeiros,
praticada no mercado.

As vendas e as compras, quando feitas a prazo, inserem no valor da


operação, juros e encargos financeiros referentes à remuneração de um
capital no futuro. Assim, a contabilização pelo valor nominal faz com que
essas operações sejam demonstradas de forma superavaliada no Balanço
Patrimonial. Fica difícil, também, diferenciar o resultado financeiro do
resultado realmente apurado com operações da atividade empresarial. O
ajuste a valor presente (AVP) veio para que possamos dirimir esse
problema.

Assim, se determinada empresa vende mercadorias para receber daqui a


três anos, no montante de R$ 150.000,00, com encargos de R$ 25.000,00,
qual o seu valor presente, isto é, hoje? Resposta: R$ 150.000,00 – R$
25.000,00 = R$ 125.000,00. O lançamento nesta ocasião é o seguinte:

D – Clientes 150.000 (Afinal, receberemos o valor principal + juros)


C – Receita de vendas 125.000 (+ Resultado)
C – Ajuste a valor presente 25.000 (Redutora do ANC – RLP)

No ativo ficará assim:

Ativo não circulante realizável a longo prazo

Clientes 150.000
(-) ajuste a valor presente de contas a receber (25.000)
Valor presente da conta clientes 125.000,00.

Grave-se a regra: o longo prazo deve ser sempre ajustado. Já o curto prazo,
apenas quando houver efeito relevante.

Na nossa questão, a venda foi efetivada num valor bruto de R$ 90.000,00


(inclui juros e principal). Os juros equivalem a R$ 8.000,00 nesta operação.

Vamos ver como fica o lançamento de ajuste:

D – Duplicatas a receber 90.000 (Ativo Circulante)


C – Receita de vendas 82.000 (Resultado)
C – Ajuste a valor presente de clientes 8.000 (Ret. da conta duplicatas)

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Alternativamente, pode ser feito o seguinte, o resultado é o mesmo:

D - Duplicatas a Receber 90.000 (AC)


D - Redução de Vendas (AVP) 8.000 (Dedução de Receita Bruta)
C - Receita Bruta de Vendas 90.000 (Receita)
C - AVP de Dup. a Receber 8.000 (Dedutora do AC)

Sendo assim, na nossa questão:

(=) Receita Bruta de Vendas 90.000


(-) Devoluções (2.000)
(-) ICMS s/ Vendas (20.000)
(-) Red. de RBV (AVP) (8.000)
(=) Receita Líquida de Vendas (60.000)

Gabarito  E.

30) (FGV/Auditor da Receita Estadual/SEFAZ/AP/2010) As regras


contábeis e societárias vigentes determinam que os elementos do ativo
decorrentes de operações de longo prazo serão:

a) ajustados a valor custo.


b) ajustados a valor futuro.
c) ajustados aos parâmetros da moeda.
d) ajustados a juros de mercado.
e) ajustados a valor presente.

Comentários:

Segundo a Lei 6.404/76:

Art. 183. VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo


prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando
houver efeito relevante. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

Gabarito  E.

31) (FGV/Auditor Fiscal/ISS Cuiabá/2014) Em 01/01/2013, uma


empresa apresentava os seguintes saldos em seu balanço patrimonial:
Caixa: R$ 10.000,00 Estoques: R$ 200.000,00 Terreno: R$ 30.000,00
Capital Social: R$ 240.000,00 No mês de janeiro, a empresa vendeu
metade de seu estoque por R$ 160.000,00, o que é considerado relevante.
Do valor, metade será recebida em 30 dias, e a outra metade, em 60 dias.
A empresa considera a taxa para desconto a valor presente de 4% ao mês.
Além disso, estima o risco de inadimplência de 2%. Considerando que essa
foi a única transação de janeiro, o valor do Patrimônio Líquido da empresa

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em 31/01/2013, de acordo com a legislação societária, era,


aproximadamente, de

(A) R$ 56.800,00.
(B) R$ 287.688,00.
(C) R$ 287.870,00.
(D) R$ 290.888,00.
(E) R$ 296.800,00.

Comentário:

O gabarito preliminar foi a letra C.

Apresentamos, a seguir, o cálculo da Douta Banca:

Receita a valor presente (arredondando centavos):

30 dias = $80.000 / 1,04 = $ 76.923,00


60 dias = $80.000 / (1,04 x 1,04) = $ 73965,00

Receita total: $ 76.923,00 + $ 73965,00 = $ 150.888,00


(-) Custo mercadoria vendida: ($ 100.000,00)
(-) Ajuste para perdas com clientes ($ 3.018,00)

Resultado $ 47.870,00

Patrimônio Líquido: $240.000,00 + $ 47.870,00 = $ 278.870,00

Portanto, letra B.

Ocorre que esse cálculo é válido apenas se a venda ocorresse no dia 31 de


janeiro.

Se a venda ocorresse, por exemplo, no dia 01/01/2013 (única data


mencionada na questão), no dia 31/01/2013 a primeira parcela já teria sido
recebida (30 dias após a venda), e os juros referentes ao mês de janeiro
deveriam ser apropriados ao resultado, o que iria alterar o valor do
Patrimônio Líquido.

A questão menciona que “No mês de janeiro, a empresa vendeu metade do


seu estoque…”. Mas em que dia ocorreu a venda?

Se foi em qualquer outro dia que não o dia 31/01/2013, a empresa deveria
apropriar ao resultado o valor dos juros transcorridos em janeiro. Assim, a
venda em 15/01/2013 (por exemplo) iria ocasionar a apropriação do
resultado de juros no valor de $ 2.988,00, o que alteraria o valor do
Patrimônio Líquido:
$150.888 x (Raiz quadrada de 1,04) = $ 2.988.

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Caso a questão solicitasse “O valor do Patrimônio Líquido no momento


inicial da venda” ou mencionasse que a venda ocorreu no dia 31/01/2013,
o problema nessa parte do enunciado seria resolvido.

Mas, tendo em vista a redação do enunciado, solicitamos a ANULAÇÂO da


questão, por não informar o dia da venda, o que é essencial à resolução.

Há outro problema nessa questão, que passamos a analisar a seguir.

A questão informa que “…estima o risco de inadimplência de 2%”.

E considera, na resposta preliminar, o Ajuste para Perdas Prováveis com


Clientes no valor de $3.018,00.

Se a empresa tivesse muitos clientes, o cálculo poderia ser aceito.

Mas o enunciado informa que “essa foi a única transação de janeiro”.

Assim, a empresa tem UM cliente, com 2% de possibilidade de risco de


inadimplência e 98% de chance de quitar seu débito.

Nessa situação, não tem o menor sentido constituir o ajuste. Ou bem o


único cliente paga ou bem o único cliente não paga o débito.

Como o risco de inadimplência do único cliente é pequeno (2%), o ajuste


não deve ser contabilizado, sob pena de constituir “reserva oculta”,
incompatível com a neutralidade da informação contábil, conforme o
Pronunciamento Conceitual Básico do CPC (R1):

“A característica prudência (conservadorismo) foi também retirada da


condição de aspecto da representação fidedigna por ser inconsistente com
a neutralidade. Subavaliações de ativos e superavaliações de passivos,
segundo os Boards mencionam nas Bases para Conclusões, com
consequentes registros de desempenhos posteriores inflados, são
incompatíveis com a informação que pretende ser neutra.”

Nesse caso, considerando que a venda ocorreu em 31/01/2013 e sem


constituir o ajuste para perdas, a resposta seria a letra E.

Apesar dos erros de enunciado da questão, a Turrona Banca não aceitou os


recursos e manteve o gabarito.

Gabarito  C.

32) (FGV/Agente de Fiscalização/TCM SP/2015) A Cia. Eta adquiriu,


em 01/07/x2, 10.000 Letras do Tesouro Nacional (LTN), a um custo de

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R$811,62 cada, com vencimento em 01/07/x4, quando o Tesouro Nacional


pagará R$1.000,00 pelo resgate de cada uma. Esses títulos foram
designados pela Cia. Eta como ativos financeiros disponíveis para venda.
Sabendo que a taxa efetiva de juros desses títulos é de 11% a.a., que a
companhia encerra seus exercícios sociais em 30/06, e que em 30/06/x3
essas mesmas LTN estavam cotadas a R$910,00 cada, o impacto desses
títulos no resultado da companhia durante o exercício encerrado em
30/06/x3 será:

(A) nulo;
(B) de uma receita de R$811.620;
(C) de uma receita de R$892.782;
(D) de uma receita de R$973.944;
(E) de uma receita de R$983.800.

Comentário:

A empresa comprou títulos e os classificou como “disponível para venda”.


Os títulos disponíveis para venda são atualizados pelos juros (“curva do
papel”), os quais são contabilizados no resultado.

Depois, sofrem o ajuste para o valor justo, e a diferença entre o valor justo
e o valor atualizado pelos juros (“curva do papel”) vai para o Patrimônio
Líquido, na conta Ajuste de Avaliação Patrimonial.

Os títulos foram comprados em 01/07/X2; a companhia encerra seu


exercício social em 30/06; e a questão pede o impacto no resultado da
companhia durante o exercício encerrado em 31/06/X3.

Portanto, só precisamos calcular o valor dos juros de um ano, referente ao


exercício social de 01/07X2 a 31/06/X3.

Fica assim:

10.000 títulos x $811,62 = $ 8.116.200


Juros = $ 8.116.200 x 11% = $ 892.782

Não precisamos calcular o efeito do ajuste a valor justo, pois não irá afetar
o Resultado do Exercício. Irá para o Patrimônio Líquido, como Ajuste de
Avaliação Patrimonial.

Gabarito  C

33) (FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS/SP /2013) Determinada


empresa adquiriu mercadorias para revenda, cujo valor total da nota fiscal
foi R$ 123.000,00, estando incluso neste valor: ICMS: R$ 20.000,00 IPI:
R$ 12.000,00, Frete: R$ 8.000,00 Seguro: R$ 3.000,00 Sabendo que a

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empresa é contribuinte do ICMS, mas não contribuinte do IPI, o valor das


mercadorias adquiridas reconhecido nos estoques foi, em reais,

A) 123.000
B) 92.000
C) 103.000
D) 112.000
E) 80.000

Comentário:

Conforme o Pronunciamento CPC 16 (R1) – Estoques:

11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os


impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao
fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros
diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e
serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes
devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição.

(NR) (Nova Redação dada pela Revisão CPC nº. 1, de 8/01/2010

A questão menciona que a empresa é contribuinte do ICMS, mas não do


IPI. Assim, o ICMS será recuperado (e portanto não integra o custo do
estoque).

Quanto ao frete e seguro, são incluídos no custo do estoque.

Assim, temos:
Valor total da nota fiscal 123.000,00
(-) ICMS a recuperar (20.000,00)
Valor do estoque 103.000,00

Gabarito  C

34) (FCC/ Fiscal de Rendas/ICMS/SP/2013) Considere:

I. O valor anormal de desperdício de materiais, mão de obra ou outros


insumos de produção.
II. Gastos com armazenamento de produtos em fase de processo,
aguardando próxima etapa.
III. Despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos bens e
serviços aos clientes.

Deve compor os estoques das empresas o que consta em

A) I, II e III.

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B) II, apenas.
C) III, apenas.
D) I, apenas.
E) II e III, apenas.

Comentário:

Texto do Pronunciamento CPC 16 (R1) – Estoques:

CUSTOS DO ESTOQUE

10. O VALOR DE CUSTO DO ESTOQUE DEVE INCLUIR TODOS OS


CUSTOS DE AQUISIÇÃO E DE TRANSFORMAÇÃO, BEM COMO
OUTROS CUSTOS INCORRIDOS PARA TRAZER OS ESTOQUES À SUA
CONDIÇÃO E LOCALIZAÇÃO ATUAIS.
==d72a7==

CUSTOS DE AQUISIÇÃO

11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os


impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao
fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros
diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e
serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes
devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição. (NR) (Nova
Redação dada pela Revisão CPC nº. 1, de 8/01/2010)

Assim, o custo de aquisição dos estoques compreende:

1) Preço de compra
2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis).
Os tributos recuperáveis são:
e) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade
não cumulativa)
f) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na
modalidade não cumulativa)

3) Custos de transporte (frete), seguro, manuseio e outros diretamente


atribuíveis à aquisição.

Os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos do custo


de aquisição.

Assim, a assertiva II entra no custo dos estoques.

O valor anormal de desperdícios não compõe o custo dos estoques, sendo


contabilizada diretamente no resultado do exercício.

E as despesas de comercialização entram em Despesas Comerciais.

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Gabarito  B

35) (FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ/MA/2016) Uma empresa importou


um lote de mercadorias para comercialização no Brasil, sendo que a compra
foi realizada em outubro de 2013 e o preço pago à vista ao fornecedor no
exterior foi R$ 3.000.000,00.

Os gastos descritos a seguir foram necessários para a empresa dispor das


mercadorias em condições de venda, e foram todos pagos à vista: − Gasto
de R$ 300.000,00 para transportar as mercadorias do país de origem até o
Brasil. − Taxas e tarifas no valor de R$ 120.000,00 para o ingresso e
regularização das mercadorias no Brasil. − Imposto de importação no valor
de R$ 30.000,00. Este imposto é definitivo e não é compensável pela
empresa. − Gasto de R$ 50.000,00 para transporte das mercadorias até o
depósito da empresa. − Impostos locais no valor de R$ 45.000,00 que
podem ser compensados com os impostos incidentes no momento da venda
das mercadorias. Sabe-se que não havia saldo de estoque antes desta
compra e que, em dezembro de 2013, a empresa vendeu oitenta por cento
(80%) das mercadorias que haviam sido importadas.

O valor evidenciado pela empresa no Balanço Patrimonial de 31/12/2013,


exclusivamente em relação às mercadorias importadas remanescentes, foi,
em reais:

(A) 630.000,00.
(B) 606.000,00
(C) 600.000,00.
(D) 709.000,00.
(E) 700.000,00.

Comentários:

Essa questão trata do CPC 16 –Estoques, mais especificamente, sobre a


contabilização inicial. O referido pronunciamento reza que o custo de
aquisição dos estoques compreende:

1) Preço de compra
2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis). Os
tributos recuperáveis são:

a) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade
não cumulativa)
b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na
modalidade não cumulativa)
3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis
à aquisição.

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Vamos analisar cada item apresentado na questão para verificarmos o que


entrará no custo do estoque:

✓ Pagamento à vista ao fornecedor R$ 3.000.000,00(entra como custo)


✓ Gasto de R$ 300.000,00 para transportar as mercadorias do país de
origem até o Brasil (entra como custo)
✓ Taxas e tarifas no valor de R$ 120.000,00 para o ingresso e
regularização das mercadorias no Brasil (entra como custo)
✓ Imposto de importação no valor de R$ 30.000,00. Este imposto é
definitivo e não é compensável pela empresa. (entra como custo)
✓ Gasto de R$ 50.000,00 para transporte das mercadorias até o
depósito da empresa. (entra como custo)
✓ Impostos locais no valor de R$ 45.000,00 que podem ser
compensados com os impostos incidentes no momento da venda das
mercadorias. (aqui é exceção pessoal! O imposto é recuperável e nesse
caso, não deve ser considerado como custo)

Deste modo, temos=

3.000.000+300.000+120.000+30.000+50.000=R$ 3.500.000

A questão afirma que 80% desse estoque foi vendido, ou seja, permaneceu
somente 20%=> 3.500.000*0,2=R$ 700.000

Gabarito E

36) (FCC/Julgador Administrativo Tributário/SEFAZ PE/2015) Em


01/12/2014, a Cia. Bull & Dog adquiriu 8 títulos no mercado financeiro para
aplicar suas disponibilidades de caixa. O valor pago foi R$ 2.000,00 por
título e a Cia. os classificou do seguinte modo: 3 títulos como ativo
financeiro destinado para negociação imediata e 5 títulos como ativo
financeiro mantido até o vencimento. Sabendo-se que a taxa de juros
contratual de todos os títulos era 1% ao mês e que o valor justo de cada
título, em 31/12/2014, era R$ 2.010,00, a Cia. Bull & Dog reconheceu, no
mês de dezembro de 2014, receita relativa aos 8 títulos no valor, em reais,
de

(A) 160,00.
(B) 130,00.
(C) 80,00.
(D) 110,00.
(E) 160,00 e ajustes de avaliação patrimonial no valor de 80,00 (saldo
devedor).

Comentários

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- Classificação inicial:

D – Instrumentos financeiros destinados à negociação imediata 6.000,00


D – Instrumentos financeiros mantidos até o vencimento 12.000,00
C – Caixa 18.000,00

- Reconhecimento da receita de juros

D – Instrumentos financeiros destinados à negociação imediata 60,00


D – Instrumentos financeiros mantidos até o vencimento 100,00
C – Receita de juros 160,00

As receitas reconhecidas, para ambos os títulos, portanto, são de R$


160,00. Os títulos mantidos até o vencimento não sofrem ajuste ao valor
justo. Por seu turno, os instrumentos financeiros destinados à negociação
imediata terão um ajusto a valor justo de natureza devedora, já que é
menor que o valor justo é menor que o valor dos juros reconhecidos (2.020
– 2010 = 10 por título):

D – Despesa com ajuste a valor justo 30,00


C – Instrumentos financeiros destinados à negociação imediata 30,00

Portanto, 160 – 30 = 130,00.

Gabarito  B.

37) (FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ/PE/2014) Uma empresa aplicou R$


120.000,00 em ativos financeiros, sendo R$ 50.000,00 em títulos
classificados como mantidos até o vencimento, e R$ 70.000,00 em títulos
classificados como disponíveis para venda futura. As aplicações foram
efetuadas no dia 31/12/2012 e todos os títulos remuneram a taxa de juros
compostos de 10% ao ano. Em 31/12/2013, os valores justos de negociação
dos dois títulos no mercado eram os seguintes:

Classificação dos títulos Valor Justo em 31/12/2013 (R$)


Mantido até o vencimento 52.000
Disponível para venda futura 80.000

Os valores em reais que deveriam ser apresentados no Balanço Patrimonial,


em 31/12/2013, para os títulos que a empresa manterá até o vencimento
e para os títulos disponíveis para venda, eram, respectivamente,

a) 52.000,00 e 77.000,00.
b) 52.000,00 e 80.000,00.
c) 55.000,00 e 80.000,00.
d) 55.000,00 e 77.000,00.
e) 55.000,00 e 70.000,00.

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Comentários

1 – Mantido até o vencimento:

Neste caso, não há avaliação a valor justo. O título fica registrado “pela
curva”, ou “pelo custo amortizado”, ou seja, pelo valor pago mais os
rendimentos apropriados por competência.

Portanto, os mantidos até o vencimento serão avaliados por R$ 55.000,00


(50.000,00 + 10% de juros)

3 - Disponível para venda futura:

Pelo rendimento:

D – Instrumentos financeiros “disponíveis para venda futura” 7.000


C – Receita de juros (resultado) 7.000

Pela avaliação a valor justo:

D – Instrumentos financeiros “disponíveis para venda futura” 3.000


C – Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL) 3.000

Portanto,

Mantidos até o vencimento: 55.000,00


Disponível para venda futura: 80.000,00

Gabarito  A.

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12 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1) (CESPE/SUFRAMA/Técnico Contabilidade/2014) No que se


refere às noções básicas de contabilidade, julgue o item que se segue.

O fato contábil consistente no desconto de duplicatas junto a um banco


resulta em redução da situação patrimonial líquida da empresa.

2) (CESPE/SUFRAMA/Técnico Contabilidade/2014) Julgue o item


subsequente, relativo à contabilização de operações contábeis diversas.

O desconto de uma duplicata em banco, além de gerar um débito em caixa


ou equivalentes de caixa e um crédito em duplicatas descontadas, gera um
débito em despesas do período na demonstração do resultado do exercício
(DRE) relativo aos juros pagos na data da liberação do crédito.

3) (CESPE/Analista/Área 2/ANP/2013) A baixa de uma duplicata


cujo valor está totalmente provisionado não impactará o resultado contábil
da empresa, que deverá lançar um débito na conta retificadora de ativo em
que está registrado o valor acumulado da provisão.

4) (CESPE/Contador/FUB/2011) As contas a receber devem ser


avaliadas pelo valor dos títulos que as compõe menos as devidas
estimativas de perdas prováveis na realização.

5) (CESPE/CADE/Contador/2014) A respeito do reconhecimento, da


mensuração e da evidenciação dos instrumentos financeiros, julgue o item
a seguir.

Um ativo ou um passivo financeiro é classificado como mantido para


negociação se tiver sido adquirido ou originado principalmente com a
finalidade de venda ou de recompra no curto prazo.

6) (CESPE/Perito Criminal–Ciências Contábeis/PC/PE/2016) Os


itens que podem ser reconhecidos como custo dos estoques incluem:

a) lote de matérias-primas danificado por queda durante seu deslocamento


até a área produtiva.
b) salários e encargos do almoxarife responsável pelo estoque de produtos
em processamento.
c) custos de telefonia e salários e encargos do departamento de compra de
matérias-primas industrializáveis.
d) fretes e seguros relativos aos produtos acabados comercializados.
e) encargos financeiros cobrados em aquisição de matérias primas a prazo.

7) (CESPE/TC-DF/ACE/2014) Com relação à contabilização dos itens


patrimoniais e de resultado, bem como aos seus efeitos, julgue o item que
se segue.

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Considere que um item de estoque destinado à venda esteja contabilmente


registrado por R$ 100,00, possua custos estimados de negociação de R$
8,00 e seja normalmente negociado pelos participantes do mercado por R$
90,00. Nesse caso, o valor realizável líquido do item deverá ser ajustado, o
que produzirá impacto negativo na demonstração do resultado do exercício.

8) (CESPE/Contador/Eletrobrás/2013) Os estoques devem ser


mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, devendo-
se escolher aquele que for menor.

9) (CESPE/Analista/Área 2/ANP/2013) Os itens de estoques que,


normalmente, não são intercambiáveis são avaliados pelos seus custos
individuais, os quais devem ser ajustados aos seus valores realizáveis
líquidos sempre que eles se revelarem superiores ou inferiores a esses
custos.

10) (CESPE/Analista/Área 2/ANP/2013) Os impostos recuperáveis


não compõem o custo de aquisição de estoques e não são reconhecidos
como ativos na contabilidade.

11) (CESPE/Contador/FUB/2011) Os estoques devem ser avaliados


pelo custo de aquisição ou de fabricação, reduzido por estimativas de
perdas para ajuste ao preço de mercado, quando este for inferior, vedado
qualquer outro critério.

12) (CESPE/Analista Judiciário/TRE/ES/2011) Quando o preço


corrente dos bens destinados à alienação ou dos produtos e artigos da
indústria e do comércio da empresa estiver acima do valor do custo de
aquisição, a diferença constituirá receita não operacional, mas somente
poderá ser usada para a constituição de reservas de contingência.

13) (CESPE/Contador/STF/2008) O montante pago a título de


seguros e transportes sobre compras de mercadorias será incorporado ao
valor do estoque de mercadorias disponíveis para revenda.

14) (CESPE/Contador/STF/2008) O montante pago ao fornecedor a


título de tributos recuperáveis será incorporado ao valor do estoque de
mercadorias adquiridas para revenda.

15) (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012) Nas operações


de mercadorias, o valor dos gastos com transportes, quando estes são
feitos sob a responsabilidade do comprador,

a) aumentam o valor das mercadorias compradas.


b) são registrados a débito de uma conta de despesa.
c) diminuem o valor dos estoques de mercadorias.

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d) não geram efeitos no custo das mercadorias vendidas quando estes são
realizados.
e) não afetam o valor dos estoques de mercadorias.

16) (ESAF/CVM/Analista Mercado de Capitais/2010) Ao fim do


exercício social, a empresa Mel & Doces Ltda., ao inventariar três dos seus
produtos para venda, apurou a seguinte situação em quantidades e custos
de aquisição:

Item ALFA = 500 unidades ao custo unitário de R$ 3,00;


Item BETA = 100 unidades ao custo unitário de R$ 12,00;
Item ZETA = 300 unidades ao custo unitário de R$ 20,00.

As despesas estimadas com a venda equivalem a 10% do preço de custo.


O preço de venda em vigor no dia do balanço era o seguinte: R$ 3,50 para
o item ALFA; R$ 10,00 para o item BETA e R$ 20,00 para o item ZETA.

Em face da situação descrita, após registrar os ajustes e provisões


necessárias ao cumprimento das normas, a empresa levará a balanço, como
saldo representativo desses três estoques, o valor de

a) R$ 7.780,00
b) R$ 7.880,00
c) R$ 8.500,00
d) R$ 8.750,00
e) R$ 8.700,00

17) (ESAF/Analista Tributário da Receita Federal/2012) A empresa


Confiante Ltda. apresenta a seguinte movimentação com créditos a receber
e clientes:

No balanço de 2010, em 31/12: tinha créditos a receber de R$ 2.800,00 e


provisão para perdas prováveis de R$ 84,00. Durante o exercício de 2011,
contabilizou o recebimento de créditos R$ 980,00; a baixa por não
recebimento R$ 120,00; a incorporação de novos créditos a receber R$
1.700,00; o desconto de duplicatas no banco R$ 500,00. Em 31/12/2011,
para fins de balanço, deverá fazer um nova provisão para perdas prováveis,
no montante de:

a) R$ 51,00.
b) R$ 84,00.
c) R$ 87,00.
d) R$ 102,00.
e) R$ 171,00.

18) (ESAF/Contador/Ministério do Turismo/2014) Em 2012 a


Empresadenada S.A. tinha créditos a receber no valor de R$ 150.000,00 e
mandou provisionar 3% deles para prevenir possíveis perdas na sua

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liquidação que, àquele momento, já era duvidosa. Entretanto, durante o


exercício de 2013, só foram confirmadas perdas de 2% daqueles créditos.

Em 31 de dezembro de 2013, a empresa possuía créditos a receber no


montante de 120% do valor anterior e mandou fazer a provisão para perdas
prováveis em 2014 à mesma taxa de 3%.

Mesmo reconhecendo eventual reversão ou complementação, o saldo da


provisão para perdas, no balanço de 2013, deverá ser de

a) R$ 2.400,00
b) R$ 3.600,00
c) R$ 3.900,00
d) R$ 4.500,00
e) R$ 5.400,00

19) (ESAF/Ministério da Fazenda/Contador/2013) A firma


Pipiripaco S/A, prevendo prováveis perdas no recebimento de seus créditos
que, no balanço de 2011, eram de R$ 85.000,00, mandou fazer provisão
de 3% desse valor, mas, durante o exercício seguinte, contabilizou perdas
de apenas R$ 1.300,00. Em dezembro de 2012, pretendendo fazer provisão
nos mesmos moldes anteriores, para proteger o valor de R$ 100.000,00
que tem a receber, vai contabilizar uma despesa com devedores duvidosos
no valor de

A) R$ 3.000,00.
B) R$ 2.550,00.
C) R$ 1.750,00.
D) R$ 1.300,00.
E) R$ 1.250,00.

20) (ESAF/Ministério da Fazenda/Contador/2013) A companhia


emprsária Hélvia & Pélvia Limitada costuma precaver-se de prejuízos no
recebimento de seus créditos, provisionando as perdas prováveis. Em 2012,
com créditos a receber no montante de R$ 400.000,00, ela mandou fazer
provisão de R$ 12.000,00, mas, durante o exercício, contabilizou perdas de
apenas R$ 7.000,00. Agora, no fim do exercício de 2013, a empresa
pretende fazer provisão nos mesmos moldes anteriores. Por isto, como tem
no balanço R$ 300.000,00 a receber, vai contabilizar em 2013 uma despesa
com devedores duvidosos no valor de

A) R$ 12.000,00.
B) R$ 9.000,00.
C) R$ 7.000,00.
D) R$ 5.250,00.
E) R$ 4.000,00.

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21) (ESAF/Receita Federal/Analista/2009) No encerramento do


exercício social, quando ainda resta saldo não utilizado na conta Provisão
para Devedores Duvidosos, necessário se faz contabilizar a reversão desse
saldo. Nesse caso, o lançamento de ajuste a ser feito deverá ser:

A) creditando-se a conta de Provisão e debitando-se a conta de Lucros


Acumulados.
B) creditando-se a conta de Provisão e debitando-se a conta de Resultado
do Exercício.
C) debitando-se a conta de Provisão e creditando-se a conta de Lucros
Acumulados.
D) debitando-se a conta de Provisão e creditando-se a conta de Resultado
do Exercício.
E) debitando-se a conta de Provisão e creditando-se a conta de Despesa.

22) (ESAF/STN/AFC/2008) A empresa Dúbias Cobranças S/A tinha


créditos no valor de R$ 160.000,00 em 31.12.06 e de R$ 110.000,00 em
31.12.07. Durante o exercício de 2007, houve a baixa de perdas no valor
de R$ 3.200,00, referente a créditos já existentes em 2006 e de R$
1.100,00, referente a créditos de 2007. A conta provisão para créditos de
liquidação duvidosa foi a balanço em 2006 com saldo de R$ 4.800,00 e
deverá ir a balanço em 2007 com saldo equivalente a 3% dos créditos
cabíveis. Após a contabilização dos ajustes para o balanço de 2007, pode-
se dizer que essa empresa contabilizou, no exercício de 2007, perdas com
créditos de liquidação duvidosa no valor de

A) R$ 2.800,00.
B) R$ 3.300,00.
C) R$ 3.900,00.
D) R$ 7.100,00.
E) R$ 7.600,00.

23) (ESAF/Natal/Auditor/2008) A empresa Fastfood Ltda., com


contas a receber no valor de R$ 800.000,00, em 31.12.2007, tinha também
uma conta de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa com saldo
remanescente de R$ 13.000,00. No encerramento do exercício de 2007,
mandou fazer nova provisão baseada numa estimativa de perdas de 3,5%,
igual às perdas efetivas ocorridas no recebimento de créditos nos últimos
três exercícios. Feitos os lançamentos cabíveis, a empresa levará ao
resultado do exercício uma despesa provisionada de:

A) R$ 15.000,00.
B) R$ 13.000,00.
C) R$ 11.000,00.
D) R$ 24.000,00.
E) R$ 28.000,00.

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24) (ESAF/SEFAZ-CE/AFC/2007) A empresa Mercearia Merck S/A,


baseada em sua experiência de perdas no recebimento de clientes, no
exercício de 2005, constituiu uma provisão para perdas no valor de R$
1.350,00. No exercício de 2006, a empresa deu baixa em créditos no valor
de R$ 930,00 e chegou ao fim do exercício com valores a receber no
montante de R$ 60.000,00. Considerando-se a necessidade da constituição
de nova provisão à base de 3% dos créditos que vão a balanço, pode-se
dizer que, com a adoção dessa medida, o lucro da empresa será reduzido
em

A) R$ 2.310,00.
B) R$ 1.800,00.
C) R$ 1.380,00.
D) R$ 870,00.
E) R$ 450,00.

25) (ESAF/SEFAZ-CE/AFRE/2007) Com base na experiência de


perdas efetivas no recebimento de seus créditos, a Microempresa Satélite
S/A, constituiu no exercício de 2005 uma provisão no valor de R$ 2.700,00.

No exercício de 2006, a empresa deu baixa em créditos no valor de R$


1.860,00 e chegou ao fim do exercício com valores a receber no montante
de R$ 120.000,00.

Considerando-se a necessidade da constituição de nova provisão à base de


3% dos créditos existentes, mesmo levando em conta o saldo não utilizado
da provisão anterior, pode-se dizer que os referidos créditos devem ir a
balanço, deduzidos de provisão no valor de

A) R$ 4.440,00.
B) R$ 2.760,00.
C) R$ 3.600,00.
D) R$ 900,00.
E) R$ 1.740,00.

26) (ESAF/SUSEP/Analista/2006) A empresa Comércio Limitado,


tendo créditos a receber no valor de R$ 32.000,00, em 31.12.05, e com
experiência de perda efetiva no recebimento de itens dessa espécie,
comprovada em 4% nos últimos três exercícios sociais, precisa mandar
constituir uma provisão para devedores duvidosos, antes de elaborar o seu
balanço anual. Considerando que, no livro Razão, já existe uma conta de
provisão com essa finalidade, com saldo anterior de R$ 520,00, não
utilizado, e que a empresa quer contabilizar o evento com um único
lançamento no livro Diário, o Contador deverá mandar fazer na conta
Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa um registro de

A) R$ 1.280,00, a crédito.
B) R$ 960,00, a crédito.

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C) R$ 760,00, a crédito.
D) R$ 520,00, a débito.
E) R$ 440,00, a débito.

27) (ESAF/RN/Auditor Fiscal/2005) A firma Linhas de Comércio Ltda.


tem no livro razão uma conta intitulada "Provisão para Créditos de
Liquidação Duvidosa" com saldo credor de R$ 9.000,00, oriundo do balanço
patrimonial de 2002, mas que permanece inalterado ao final do exercício
de 2003.

No balanço patrimonial, que será elaborado com data de 31.12.03, a


empresa deverá demonstrar as contas "Duplicatas a Receber" e "Clientes",
com saldo devedor de R$ 350 mil e R$ 200 mil, respectivamente.

Considerando-se que está comprovada a expectativa de perda provável de


3% dos créditos a receber, a empresa deverá contabilizar uma provisão.
Este fato, aliado às outras informações constantes do enunciado, fará com
que o lucro da empresa, referente ao exercício de 2003, seja reduzido no
valor de

A) R$ 7.500,00.
B) R$ 9.000,00.
C) R$ 16.290,00.
D) R$ 16.500,00.
E) R$ 25.500,00.

28) (ESAF/CVM/Analista normas contábeis e auditoria/ 2010) A


empresa Modistas da Moda S/A, tem um histórico de perdas no recebimento
de seus créditos, por isto, não costuma negligenciar a utilização de provisão
para riscos de crédito.

Sob esse aspecto, verificamos que do balanço patrimonial de 2008 constou


a conta Provisão para Devedores Duvidosos com saldo de R$ 2.300,00.

Ao longo do exercício de 2009 foram comprovadas perdas efetivas no


recebimento de créditos, no valor de R$ 1.100,00, e a estimativa de perdas
que se faz para 2010, monta a R$ 1.800,00.

Com base nessas informações, pode-se dizer que a empresa deverá lançar
na Demonstração do Resultado do Exercício, relativa a 2009, uma despesa
provisionada para risco de crédito no montante de

a) R$ 3.000,00
b) R$ 2.900,00
c) R$ 1.800,00
d) R$ 1.100,00
e) R$ 600,00

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29) (FGV/Auditor Fiscal da Receita Estadual/ICMS RJ 2009) A Cia.


Esmeralda apresenta os seguintes saldos referentes ao ano de 2008:

Considerando que a Cia. Esmeralda não é contribuinte do IPI, mas é


contribuinte dos impostos estaduais e municipais, e considerando que a Cia.
Esmeralda adota o CPC 12, aprovado pelo CFC, assinale a alternativa que
indique o valor da Receita Líquida apurada em 2008.

(A) $ 70.000.
(B) $ 56.000.
(C) $ 68.000.
(D) $ 64.000.
(E) $ 60.000.

30) (FGV/Auditor da Receita Estadual/SEFAZ/AP/2010) As regras


contábeis e societárias vigentes determinam que os elementos do ativo
decorrentes de operações de longo prazo serão:

a) ajustados a valor custo.


b) ajustados a valor futuro.
c) ajustados aos parâmetros da moeda.
d) ajustados a juros de mercado.
e) ajustados a valor presente.

31) (FGV/Auditor Fiscal/ISS Cuiabá/2014) Em 01/01/2013, uma


empresa apresentava os seguintes saldos em seu balanço patrimonial:
Caixa: R$ 10.000,00 Estoques: R$ 200.000,00 Terreno: R$ 30.000,00
Capital Social: R$ 240.000,00 No mês de janeiro, a empresa vendeu
metade de seu estoque por R$ 160.000,00, o que é considerado relevante.
Do valor, metade será recebida em 30 dias, e a outra metade, em 60 dias.
A empresa considera a taxa para desconto a valor presente de 4% ao mês.
Além disso, estima o risco de inadimplência de 2%. Considerando que essa
foi a única transação de janeiro, o valor do Patrimônio Líquido da empresa

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em 31/01/2013, de acordo com a legislação societária, era,


aproximadamente, de

(A) R$ 56.800,00.
(B) R$ 287.688,00.
(C) R$ 287.870,00.
(D) R$ 290.888,00.
(E) R$ 296.800,00.

32) (FGV/Agente de Fiscalização/TCM SP/2015) A Cia. Eta adquiriu,


em 01/07/x2, 10.000 Letras do Tesouro Nacional (LTN), a um custo de
R$811,62 cada, com vencimento em 01/07/x4, quando o Tesouro Nacional
pagará R$1.000,00 pelo resgate de cada uma. Esses títulos foram
designados pela Cia. Eta como ativos financeiros disponíveis para venda.
Sabendo que a taxa efetiva de juros desses títulos é de 11% a.a., que a
companhia encerra seus exercícios sociais em 30/06, e que em 30/06/x3
essas mesmas LTN estavam cotadas a R$910,00 cada, o impacto desses
títulos no resultado da companhia durante o exercício encerrado em
30/06/x3 será:

(A) nulo;
(B) de uma receita de R$811.620;
(C) de uma receita de R$892.782;
(D) de uma receita de R$973.944;
(E) de uma receita de R$983.800.

33) (FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS/SP /2013) Determinada


empresa adquiriu mercadorias para revenda, cujo valor total da nota fiscal
foi R$ 123.000,00, estando incluso neste valor: ICMS: R$ 20.000,00 IPI:
R$ 12.000,00, Frete: R$ 8.000,00 Seguro: R$ 3.000,00 Sabendo que a
empresa é contribuinte do ICMS, mas não contribuinte do IPI, o valor das
mercadorias adquiridas reconhecido nos estoques foi, em reais,

A) 123.000
B) 92.000
C) 103.000
D) 112.000
E) 80.000

34) (FCC/ Fiscal de Rendas/ICMS/SP/2013) Considere:

I. O valor anormal de desperdício de materiais, mão de obra ou outros


insumos de produção.
II. Gastos com armazenamento de produtos em fase de processo,
aguardando próxima etapa.
III. Despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos bens e
serviços aos clientes.

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Deve compor os estoques das empresas o que consta em

A) I, II e III.
B) II, apenas.
C) III, apenas.
D) I, apenas.
E) II e III, apenas.

35) (FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ/MA/2016) Uma empresa importou


um lote de mercadorias para comercialização no Brasil, sendo que a compra
foi realizada em outubro de 2013 e o preço pago à vista ao fornecedor no
exterior foi R$ 3.000.000,00.

Os gastos descritos a seguir foram necessários para a empresa dispor das


mercadorias em condições de venda, e foram todos pagos à vista: − Gasto
de R$ 300.000,00 para transportar as mercadorias do país de origem até o
Brasil. − Taxas e tarifas no valor de R$ 120.000,00 para o ingresso e
regularização das mercadorias no Brasil. − Imposto de importação no valor
de R$ 30.000,00. Este imposto é definitivo e não é compensável pela
empresa. − Gasto de R$ 50.000,00 para transporte das mercadorias até o
depósito da empresa. − Impostos locais no valor de R$ 45.000,00 que
podem ser compensados com os impostos incidentes no momento da venda
das mercadorias. Sabe-se que não havia saldo de estoque antes desta
compra e que, em dezembro de 2013, a empresa vendeu oitenta por cento
(80%) das mercadorias que haviam sido importadas.

O valor evidenciado pela empresa no Balanço Patrimonial de 31/12/2013,


exclusivamente em relação às mercadorias importadas remanescentes, foi,
em reais:

(A) 630.000,00.
(B) 606.000,00
(C) 600.000,00.
(D) 709.000,00.
(E) 700.000,00.

36) (FCC/Julgador Administrativo Tributário/SEFAZ PE/2015) Em


01/12/2014, a Cia. Bull & Dog adquiriu 8 títulos no mercado financeiro para
aplicar suas disponibilidades de caixa. O valor pago foi R$ 2.000,00 por
título e a Cia. os classificou do seguinte modo: 3 títulos como ativo
financeiro destinado para negociação imediata e 5 títulos como ativo
financeiro mantido até o vencimento. Sabendo-se que a taxa de juros
contratual de todos os títulos era 1% ao mês e que o valor justo de cada
título, em 31/12/2014, era R$ 2.010,00, a Cia. Bull & Dog reconheceu, no
mês de dezembro de 2014, receita relativa aos 8 títulos no valor, em reais,
de

(A) 160,00.

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(B) 130,00.
(C) 80,00.
(D) 110,00.
(E) 160,00 e ajustes de avaliação patrimonial no valor de 80,00 (saldo
devedor).

37) (FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ/PE/2014) Uma empresa aplicou R$


120.000,00 em ativos financeiros, sendo R$ 50.000,00 em títulos
classificados como mantidos até o vencimento, e R$ 70.000,00 em títulos
classificados como disponíveis para venda futura. As aplicações foram
efetuadas no dia 31/12/2012 e todos os títulos remuneram a taxa de juros
compostos de 10% ao ano. Em 31/12/2013, os valores justos de negociação
dos dois títulos no mercado eram os seguintes:

Classificação dos títulos Valor Justo em 31/12/2013 (R$)


Mantido até o vencimento 52.000
Disponível para venda futura 80.000

Os valores em reais que deveriam ser apresentados no Balanço Patrimonial,


em 31/12/2013, para os títulos que a empresa manterá até o vencimento
e para os títulos disponíveis para venda, eram, respectivamente,

a) 52.000,00 e 77.000,00.
b) 52.000,00 e 80.000,00.
c) 55.000,00 e 80.000,00.
d) 55.000,00 e 77.000,00.
e) 55.000,00 e 70.000,00.

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13 GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

QUESTÃO GABARITO QUESTÃO GABARITO


1 C 20 E
2 E 21 D
3 C 22 A
4 C 23 A
5 C 24 C
6 B 25 C
7 C 26 C
8 C 27 A
9 E 28 E
10 E 29 E
11 E 30 E
12 E 31 C
13 C 32 C
14 E 33 C
15 A 34 B
16 A 35 E
17 C 36 B
18 E 37 A
19 C

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