Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
3
DIREITO ADMINISTRATIVO
AULA 6
1.1 Conceito: as pessoas que mantém vinculação profissional com o Estado, ainda que temporária e sem
remuneração.
1. agentes políticos: ingressam sobre eleições para o exercício de mandatos fixos, após os quais a relação
jurídica com o Estado é desfeita, exerce uma parcela da soberania estatal e são responsáveis pela alta direção
do Estado. Ex: parlamentares e chefes do Executivo (Presidente, Governador e Prefeito).
Atenção: para uma corrente minoritária, os magistrados também seriam agentes políticos (na OAB é melhor
classificar os magistrados como servidores estatutários vitalícios).
Importante: segundo orientação do STF, a súmula vinculante 13 (anti-nepotismo) não se aplica aos agentes
políticos do Poder Executivo (Ministros e Secretários do Estado).
2. cargos em comissão (cargos de confiança) e funções de confiança: são de livre nomeação e livre exoneração
(exoneração “ad nutum”), sendo providos sem concurso e exclusivos para atividades de chefia, direção e
assessoramento.
Atenção: segundo recente julgado do STF, ocupantes de cargos em comissão tem direito a estabilidade
constitucional da gestantes.
Dica: todas as categorias de agentes públicos, incluindo os agentes honoríficos, podem ser processados pela
prática de ato de improbidade administrativa.
4. contratados temporários: situação de excepcional interesse público. Ingressam sem concurso. Realização de
processo seletivo simplificado é dispensado nos casos de calamidade pública.
5. empregados públicos: ingressam por concurso público para ocupar empregos públicos, tendo uma
vinculação contratual regida pela CLT. São conhecidos como celetista. São contratados para trabalhar nas
empresas estatais (direito privado), são as empresas públicas e sociedades de economia mista.
Embora, a doutrina não concorde, os tribunais superiores admitem decisão imotivada e sem processo
administrativo para empregados públicos.
Sua relação com o Estado é não contratual, mas estatutária, razão pela qual as regras que disciplinam o vínculo
não podem ser alteradas por livre vontade das duas partes.
Validade de concurso público: até 02 anos, prorrogável uma vez por igual período.
Atenção: o cidadão (pessoa física) nunca pode propor ação de improbidade, mas pode representar o MP. Se
tiver ciência sobre a prática de improbidade (pode também propor ação popular).
2.3 Prazo para propositura de ação de improbidade: 05 anos. Contados do encerramento do mandato.
2.4 Sujeito ativo: do ato de impropridade é quem prativa o ato e pode sofrer ação judicial punitiva. Ato de
improbidade pode ser praticado por qualquer tipo de agente público e particulares que concorreram ou se
beneficiaram com a prática do ato.
Muito importante: o particular isoladamente nunca pratica improbidade (só em consórcio com agente público).
Cuidado: segundo entendimento do STF, agentes políticos submetidos a lei dos crimes de responsabilidade não
podem ser punidos pela lei de improbidade. O objetivo é evitar a dupla punição. Isto vale para o Presidente da
República, Ministros do STF, Ministros de Estado, Procurador Geral da República, Governadores e Secretários.
3. multa civil.
Atenção: tais penas não são restritivas de liberdade, razão pela qual a LIA não tipifica crimes. Assim são “tipos
abertos” e o juiz pode punir por improbidade condutas não previstas na lei (rol exemplificativo).
2. atos de improbidade que causam lesão financeira ao erário. Comportamento doloso ou culposo.
3. atos de improbidade que atentam contra princípios. Não causam lesão financeira ao erário. Só ato doloso.