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5ª aula de Odontologia Pediátrica – 28/02/2014

ASPECTOS PSICOLÓGICOS NA CLÍNICA ODONTOPEDIÁTRICA

A relação do dentista com a criança é a base para a profilaxia do medo. Por que? As
situações que a gente trata no consultório causam um certo medo, ansiedade. A criança e o
ser humano, de modo geral, tem medo do desconhecido, então a gente tem que ter alguns
cuidados na abordagem da criança. A gente precisa estabelecer uma relação de confiança
com a criança.
O odontopediatra, de um modo geral, é um educador para promoção de saúde bucal.
É ele que vai despertar nessa criança o interesse e a responsabilidade pela sua saúde
bucal, não que esta seja uma responsabilidade exclusiva da criança e também não é só dos
pais, é do núcleo familiar.
A relação entre o dentista e a criança está em volta de interações. A princípio, a
relação entre a criança e o dentista se dá num formato triangular: dentista, criança e família.
Por que? Às vezes, a gente atende crianças que são muito pequenas e não conseguimos
estabelecer uma comunicação, então a gente tem um intermediador que é a mãe ou o
responsável pela criança. A mãe é a interlocutora. Essa relação também sofre influência de
um meio externo que seria a sociedade. O que a gente costuma escutar das mães falando
para as crianças? “Se você não se comportar, eu vou levar você para o dentista ou para
tomar injeção!”. Essas influências que o meio determina na relação dentista-criança também
deve ser levada em consideração.
Algumas forças são descritas na literatura como influências para o desenvolvimento
psicológico da criança. A primeira delas seria a força de maturação do sistema nervoso
central, em que há uma interação da maturação do SNC da criança com o meio, o que vai
influenciar no seu comportamento. E a gente não pode esquecer de características
genéticas da criança que também estarão envolvidas no desenvolvimento dela. Tem ainda
as características externas, que seria a terceira força. Essas três forças principais é que
estariam norteando o desenvolvimento dessa criança. A maturação do SNC é julgada como
a força mais importante.
Algumas posturas vão influenciar na relação do dentista com a criança. Tem três
posturas básicas dentro da odontopediatria:
• Superidentificação do profissional em relação à criança, na qual o
profissional se identifica muito com a criança e deixa a parte emocional dele tomar
conta da situação e isso não é legal porque nós acabamos colocando a culpa na mãe,
não que não seja, mas temos que ser imparciais;
• Dominação em que a gente vê somente o dente, esquecemos a parte
emocional e trabalhamos somente com nosso conhecimento técnico e científico,
como se a criança que estivesse ali fosse só um dente e a gente esquece de um todo;
• Empatia, a postura mais ideal que o odontopediatria deveria ter, em que
a gente consegue ter um equilíbrio entre o conhecimento técnico-científico e a parte
emocional porque a gente não pode esquecer que ali tem um ser humano. Não
esquecendo que as reações da criança também vão influenciar no comportamento do
odontopediatra.
A psicologia e a medicina traçaram alguns princípios gerais que regulam o
desenvolvimento humano:
• O desenvolvimento é multidimensional, ele se dá várias
dimensões; Físico-motor, a criança começa a adquirir a habilidade de se
mover, de se deslocar de um lugar para o outro e também cresce em altura e
peso; Cognitivo, que é o intelectual. A criança está crescendo
intelectualmente, tem relações emocionais, afetivas e o social que engloba
todos os outros.
• O desenvolvimento é integral, o emocional, físico-motor, social e
cognitivo estão interligados;
• O desenvolvimento é contínuo, ele se dá a partir da concepção,
passa pelo período pré-natal, período pós-natal, adolescência, até o fim da
vida;
• O desenvolvimento ocorre com interação, a criança interage
com o mundo que está ao seu redor. Tem uma interação e nós não podemos
excluí-la, para isso, ela precisa ser estimulada. Por isso que a criança vai para
a escola e brinca com os amigos.
• O desenvolvimento é único, segue um padrão, mas é único em
cada criança. Por exemplo: aos dois anos de idade, uma criança deve ter um
vocabulário de aproximadamente 300 palavras, mas tem criança que tem o
vocabulário muito mais vasto, então temos que respeitar isso.

DESENVOLVIMENTO DE ACORDO COM AS FAIXAS ETÁRIAS


Faixa etária 9 até 18 meses: observamos a erupção da dentição decídua, a
criança começa a pronunciar determinadas palavras (papai, mamãe), tem medo de pessoas
estranhas e tem uma forte ligação afetiva com a mãe ou com a babá.
Tratamento odontológico: deve ser rápido, pois a criança não tem paciência. A
criança deve estar no colo da mãe para ela se sentir protegida e tem muito choro.
Faixa etária 18 meses até 3 anos: a criança está crescendo fisicamente,
começa a pular, correr, fazer umas gracinhas e já tem capacidade de atenção, ela já
consegue entender algumas coisas que o adulto fala para ela. Ela tem medo de pessoas,
ruídos, movimentos bruscos e devido à modernidade (mãe tem que trabalhar, criança vai
para a creche), ela começa a ter ligação afetiva com outras pessoas.
Tratamento odontológico: a criança pode até colaborar com o tratamento, mas
ela não aguenta ficar muito tempo na cadeira e a linguinha dela não para. É um pouco difícil,
mas não é impossível. E ainda tem aqueles meios externos que geram um preconceito em
relação ao dentista. Nessa faixa etária, obrigatoriamente, é exigida a presença dos pais para
o atendimento.
Faixa etária 3 a 7 anos: capacidade maior de atenção, já é possível
estabelecer uma comunicação e o entendimento dessa criança em relação ao que você está
falando. Eles estão entrando na fase do “faz de conta”, eles gostam de fantasia de super-
herói, mas ao mesmo tempo eles continuam com aquele medo e nessa fase o paciente
gosta de elogios. Eles tem medo do desconhecido, de pessoas estranhas, mas começam a
ter um aumento da sociabilização. Tem crianças com 7 de anos de idade que já tem o seu
grupinho, seus amigos do condomínio.
Tratamento odontológico: pode ser tranquilo, desde que a criança não tenha
tido nenhum trauma anterior. A criança presta atenção em tudo, pergunta tudo e você tem
que responder de uma forma que ela entenda.
Faixa etária 7 a 12 anos: crescimento físico lento. Por volta dos 9-10 anos de
eles, em que eles estão quase na pré-adolescência, eles não gostam de ser tratados como
criança. Prestem atenção nisso quando forem atender as crianças! Tendo o conhecimento, a
gente sabe mais ou menos qual postura tomar. Eles começam a ter ligações com os
amiguinhos e deixam de lado o egocentrismo em que eles pensam que o universo gira em
torno deles. Eles conseguem administrar os medos, desde que tenha aquele apoio,
condicionamento na família.
Tratamento odontológico: tranquilo (desde que seja um paciente condicionado)
e ele vai prestar em tudo que for dito para ele. Não é porque estamos atendendo que não
vamos manter uma comunicação com o paciente. A gente consegue, principalmente a
mulher, fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo.
MEDO
O medo faz parte da infância normal. É tido por muitos autores da psicologia
como um parâmetro de até onde você pode ir. É um sentimento de grande inquietação
diante de uma noção de perigo, que pode ser um perigo real ou imaginário. Faz parte da
nossa formação, principalmente na infância.
CLASSIFICAÇÃO DOS MEDOS DE ACORDO COM A FAIXA ETÁRIA:
1º ano de vida – tem dois elementos básicos que norteiam o medo da criança:
a vulnerabilidade, a criança “sabe” que precisa de alguém que a proteja, ela tem a noção de
que não pode se defender sozinha; e tem a questão da biologia, a criança ainda é muito
pequena então ela tem limitações. A criança tem medo de estranhos, de queda, de animais,
de jaleco branco porque geralmente vão muito ao médico nesse primeiro ano de vida. Teme
afastar-se da mãe, então no primeiro ano a gente não deve submeter a criança a isso.
2º e 3º ano de vida – essa criança começa a andar e começamos a treinar a
criança a tirar a fralda e fazer o uso do banheiro (o que causa angústia em muitas das
crianças). Tem medo de escuro, ruídos altos, de banho, de separação, de odontopediatra.
Nessa fase, ela está “testando seus poderes”, ela sabe andar, mas quer correr, mundo de
descobertas.
4º ao 6º ano de vida – ela tem medo de animais, dos monstros, do escuro, de
se perder, medo de perder o controle daquela situação, de ferimentos físicos, de perder os
pais.
6º ao 12º ano de vida – basicamente, a criança tem medo de novas situações,
de coisas que elas não estão acostumadas, da rejeição na escola, de críticas, de ser isolado
do grupo dele, é aquela fase em que a gente precisa se impor e alcançar o nosso espaço
dentro daquela sociedade em que a gente vive.
CHORO
É a primeira forma de comunicação da criança, ela chora porque está com
fome, porque a fralda está suja, porque está com cólica, porque está com sono, porque ela
está estressada porque ela teve um dia estressante (tomar vacina, ir ao médico).
No consultório odontológico, o choro poderá ser gerado por apreensão por
passar pelo atendimento odontológico, birra (chora para ganhar aquilo que quer, acompanha
chutes e mordidas), medo, medo do desconhecido.
Elboch classificou alguns tipos de choro:
• Choro obstinado – está relacionado com o choro da birra. É motivado
pela ansiedade e pode vir acompanhado de chutes, mordidas, esperneio, etc.
Geralmente, não tem uma lágrima no olho. Quando nos deparamos com essa
criança, o manejo deve ser sem a presença dos pais (os pais ficam atrás, mas a
criança não tem a visão dos pais);
• Choro por medo – é um choro real, lágrimas em abundância, prende a
respiração por descontrole emocional. O manejo da criança deve ser dado através do
diálogo, vamos conversar e tentar acalmar essa criança. Voz branda, voz calma e
tenta cuidar da criança fazendo com que ela se acalme. E de preferência, na
presença dos pais.

• Choro por dor – chorinho calado com a lágrima caindo no canto do


olho. Às vezes, a criança nem emite um som ou então o choro é bem baixinho.
Temos que tentar descobrir o que está causando a dor, eliminá-la para poder tratar.
Prestem atenção no paciente de vocês! Manejo da criança é através da remoção do
agente causador da dor para dar continuidade ao tratamento.

• Choro compensatório – costumamos chamar de “lamúria”, choro tipo


sirene, mas não tem nada, não tem lágrima, não tem dor, a criança só estar tentando
desviar a atenção dela daquela situação que ela não gosta. Ela não está interromper
o tratamento, às vezes é só para disfarçar o barulho da broca. Então você tem que
identificar para poder administrar a situação, conversando, deixando a criança mais
calminha.
ATITUDES PATERNAS E COMPORTAMENTO INFANTIL
As atitudes dos pais influenciam no comportamento da criança dentro do
consultório:
• Pais superprotetores com superindulgência: são aqueles pais que
dão muita liberdade para a criança, não impõem limites, então a criança acha que ela
é a dona da situação. Geralmente, esses pais foram abandonados pelos próprios pais
e eles não querem aquilo para os filhos deles ou então está relacionado com pais que
tiveram uma melhora da situação econômica e acham que podem “liberar geral” ou
está relacionado com pais que tem filhos únicos ou filhos caçulas. A criança que tem
pais superprotetores é uma criança mimada, tem uma característica de ser
dominadora, ela quer dominar a situação, ela vai no teu consultório e acha que pode
mandar em você. É uma criança egoísta e indisciplinada, birrenta (vai chorar para
tentar conseguir o que ela quer), ela vai resistir ao tratamento. Ela chora e geralmente
é uma criança agressiva, é aquela que chama palavrão, morde e chuta o dentista.
Tudo isso é culpa dos pais!

• Pais superprotetores com dominação: a criança não tem liberdade


nenhuma de se expressar, os pais tomam conta da vida da criança, falam e agem
pela criança. Geralmente, são pais que também foram abandonados ou rejeitados
pelos próprios pais ou são filhos de pais que tiveram um casamento mais tardio, que
esperam muito daquela criança. Então temos uma criança que é tímida,
extremamente dependente dos pais, insegura e obediente (em termos). Ela vai
resistir ao tratamento por medo porque ela acha que está sendo ameaçada. O
comportamento dos pais influencia muito no tratamento dos filhos no consultório.

• Pais ansiosos: preocupação exacerbada, tudo é muito grave, o que é


uma cárie oclusal de esmalte, para um pai desse a criança vai estar quase fazendo
um tratamento endodôntico. Temos uma criança tímida, insegura e que também vai
resistir ao tratamento.

• Rejeição: é a incapacidade que o pai tem de manter uma relação com


os filhos, eles os tratam com hostilidade. Geralmente, foram aqueles filhos que saíram
por descuido.
• Abandono: existem também pais que abandonam, até quiseram ter
esse filho, mas eles abandonam e quem toma conta é a babá e a creche. Nessas
duas situações, a criança é agressiva, rebelde, completamente antissocial e ela vai
ser desconfiada, pois não está acostumada a receber carinho então ela vai ser
completamente desconfiada da situação. Ela não vai ser agressiva, mas é que ela
não vai participar, ela vai ser indiferente à você pois ela é tratada com indiferença.

• Pais superautoritários: são pais superexigentes, eles não aceitam o


fracasso dos filhos, eles se projetam nos filhos. É uma criança ultra disciplinada,
complexada e vive sob tensão porque ela tem que suprir as exigências impostas
pelos pais. É submissa e o tratamento no consultório não vai ser diferente, pois ela
vive em um mundo onde não pode se expressar.
MANEJO DO COMPORTAMENTO
Primeiramente, é preciso estabelecer uma relação de confiança entre o
profissional e o paciente. Temos que tentar diminuir a ansiedade e o medo dessa criança.
Para isso, em Odontopediatria, nós temos técnicas comunicativas e as técnicas restrição
física e farmacológicas (a farmacológica não utilizamos na graduação).
A técnica que mais utilizamos na Odontopediatria é a técnica do Dizer, Mostrar
e Fazer, na qual utilizamos uma explicação verbal, a gente explica numa linguagem que a
criança possa entender tudo aquilo que vamos fazer e vamos mostrar o maior número de
instrumentais ou equipamentos que a gente vai usar e mostrar as sensações que esses
instrumentais causam na criança para poder executar esse procedimento. Pode ser uma
linguagem besta, mas a criança vai entender. Vamos fazer o uso do eufemismo, fazer
comparações para que a gente possa se comunicar com a criança. Significa que ele vai
deixar? Talvez sim, talvez não, mas eu fiz a minha parte.
Reforço positivo: é quando a criança tem um comportamento legal ou não, mas
eu consegui fazer aquele procedimento e eu vou reforçar que essa atitude que ela teve foi
legal. Posso fazer uso de prêmios simbólicos ou posso dar um abraço ou palmas para a
criança, mesmo ela não tendo se comportado bem. Não é permitido o uso de punições ou
subornos.
CONTROLE DA VOZ OU DESSENSIBILIZAÇÃO
A dessensibilização, basicamente, é uma técnica de relaxamento que você
procura falar com a criança numa voz mais mansa, colocar uma musiquinha para tentar
fazer com que ela relaxe naquela situação. O controle da voz já é um controle de modulação
do tom e do volume da voz, e isso vai influenciar e direcionar o comportamento que a gente
quer que a criança tenha.
Objetivo: obter a atenção do paciente para que ele se localize em relação ao
que a gente vai fazer e afastar os comportamentos negativos. É também com o controle da
voz que procuramos estabelecer autoridade.
Indicações: crianças cooperativas, que sejam capazes de estabelecer uma
comunicação.
Contraindicações: crianças incapazes de estabelecer uma comunicação ou que
tenham um grau de imaturidade que não permita entender o que você está falando.
DISTRAÇÃO
A distração é você procurar desviar a atenção daquilo que você realmente quer
fazer, do que você tem para fazer. A gente começa com a educação de escovação utilizando
macromodelos, podemos distrair a criança na hora da anestesia usando aquelas capinhas
para carpule, podemos colocar vídeos para a criança assistir e desviar a atenção daquilo
que você vai fazer. Não é obrigatório, se a criança colaborar, não precisa utilizar essa
técnica. Se a criança não colaborar, essa é uma das técnicas de devem ser utilizadas.
TÉCNICAS COMUNICATIVAS
Técnica de modelagem: usamos um modelo que serve de parâmetro para
aquela criança do que ela vai fazer. O maior modelo que nós temos são os pais. Na clínica,
até uma outra criança pode servir de modelo para o comportamento de uma criança que não
está querendo aceitar o procedimento. A experiência do outro vai servir de modelo para
aquela criança.
TÉCNICAS DE RESTRIÇÃO FÍSICA
A restrição física busca diminuir ou eliminar aqueles movimentos bruscos que
podem gerar alguma injúria para o paciente. Visa a proteção do paciente e da própria
equipe. Eu vou segurar para fazer porque precisa ser feito! Ex: criança com dor, abscesso.
Não vai causar trauma para a criança, desde que seja mantido um diálogo com o paciente,
explicar que precisa cuidar dele.
O começo da restrição física é deixar a cabeça do paciente imóvel e é feita
pelo auxiliar. Uma outra técnica é quando você tem o auxiliar imobilizando a cabeça para
você, mas os pais participam do atendimento, eles fazem a contenção física com o próprio
corpo. Posição de sela: os pais ficam na cadeira como montado num cavalo e seguram os
pés e as mão da criança que estão esticadas ao lado do corpo. Imobilizar de forma que não
cause hematomas! Outra posição: a mãe se deita por cima da criança e segura as perninhas
e os bracinhos. Posição de joelho a joelho: senta o dentista com os joelhos grudados nos
joelhos da mãe e a gente deita a criança e os pezinhos ficam do lado ou na mãe que
consegue conter a criança para o dentista poder trabalhar.
TÉCNICAS FARMACOLÓGICAS
Anestesia geral: nos casos de pacientes que são incapazes de colaborar com o
tratamento por terem doença mental, tem paralisia cerebral. Ou então a sedação que é com
óxido nitroso. A sedação é um procedimento extremamente seguro em que você seda a
criança e depois que você tira a máscara do óxido nitroso, a criança já volta para casa
bacana. A criança fica consciente, mas fica curtindo uma “vibe”, fica “zen”. É bem seguro, o
único incomodo é a máscara, que às vezes são muito grandes e atrapalham porque ficam na
frente da boca.
PAIS
Os pais são grandes colaboradores, mas podem ser grandes empecilhos,
podem interferir negativamente no tratamento daquela criança. Alguns autores preconizam
que os pais estejam presentes apenas no primeiro atendimento, pois vamos fazer a
anamnese e precisamos de informações que só os pais são capazes de dar. Tem pais que
querem mais atenção do que você consegue dar para a criança. E tem pais que atrapalham,
pois você fala e eles repetem ou tentam dar comando suprindo a tua autoridade. E tem
aqueles pais que ameaçam as crianças, tornando o ambiente tenso.
PROFISSIONAL
O profissional tem que estar seguro do que ele tem que fazer, a nossa atenção
é redobrada e a nossa gentileza e delicadeza tem que estar acima de tudo. O dentista tem
que ser delicado, mas tem que ter uma postura mais rude tanto com o pai quanto com a
criança quando é preciso, pois tem crianças que de 20 dentes, 21 são cariados, então eu
vou ter que chamar a atenção da mãe de uma forma mais ríspida, pois ela está
negligenciando a saúde bucal da criança.

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