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Universidade Estadual de Londrina

Redes Industriais de
Comunicação
Redes Industriais
 Classificação
Classificação

 Redes de controle
 Interligam o equipamentos e sistemas inteligentes de controle, como
por exemplo: CLP´s, SDCD´s, etc.

 Entre os principais tipos tem-se: Profibus HSE, Microsoft (Ethernet,


TCP/IP)

 Fazem troca de dados entre equipamentos e o sistema administrativo


 Redes de dispositivos
 subordinadas a um equipamento inteligente de controle, como por
exemplo SDCD, CLP ou computador com software adequado.

 Redes de processos
 para comunicação entre equipamentos de campo (sensores, atuadores,
etc.) e sistemas inteligentes (SDCD, CLP). Exemplos: HART,
Foudantion Field Bus, Profibus PA, etc.
 Redes abertas
 são redes que suportam equipamentos e dispositivos de diferentes
fabricantes.
Vantagens: não gera dependências ou limitações, é mais versátil para
controlar o processo.
Desvantagens: possibilidade de falhas de comunicação, velocidades
variáveis de comunicação, domínio do protocolo de cada fabricante

 Redes proprietárias
 são redes utilizadas pelos fabricantes para estabelecer a conectividade
entre seus equipamentos.
Vantagens: estabilidade de comunicação, facilidade de
instalação de novos equipamentos
Desvantagens: utiliza um único fabricante, dependência de
upgrades dedicados
Meios Físicos de Transmissão
 Par trançado
 Possui dois tipos de construção: com blindagem (shielded) e sem
blindagem (unshielded)

 Cabos par trançado sem blindagem (UTP – Unshielded Twisted Pair)


- aplicados em telefonia e em redes de alta velocidade
- quanto mais apertado o enrolamento, maior a taxa de transmissão.
 Cabos par trançado com blindagem (STP – Shielded Twisted
Pair)
- Para ambientes sujeitos a interferências

 Cabos coaxial
- Em algumas aplicações é mais eficiente que o par trançado

 Fibra ótica
- Constituída por um núcleo de fibra de vidro, envolvido por várias
camadas de material isolante
- Ideal para grandes distâncias
Tipos de Controle

 Controle centralizado
 Controle ponto a ponto
 Controle produtor-consumidor
 Sistema digital de controle distribuído (SDCD)
A escolha das tecnologias de redes de comunicação a
serem utilizadas
depende dos requisitos de cada aplicação.
IEC 61158 Fieldbus Standard
 A IEC 61158 Comunicação Digital para Medição e Controle Fieldbus
para Uso em Sistemas de Controle Industrial, considerou um padrão
multi-opção, que inclui oito protocolos de campo:

 (Type 1) - Fieldbus Foundation H1,


 (Type 2) - ControlNet;
 (Type 3) – PROFIBUS (PROcess FIeld BUS)
 (Type 4) - P-Net;
 (Type 5) - Fieldbus Foundation High-Speed Ethernet;
 (Type 6) - SwiftNet;
 (Type 7) - WorldFIP; e
 (Type 8) - Interbus-S.
 Pirâmide da Automação
DataBus
Modbus

FieldBus

DeviceBus

SensorBus
Aplicações nas Plantas Industriais

Dispositivos Redes
Nível 4
Administração Corporativa Nível 2 - DataBus
Computadores (Hosts)
Nível 3
Gerenciamento de Produção Nível 1 - FieldBus
Dispositivos Inteligentes
Nível 2
Sistemas de Supervisão Nível 0.5 - DeviceBus
E/S e Periféricos
Nível 1
Dispositivos de Controle Nível 0 - SensorBus
Dispositivos
Nível 0
Sensores / Atuadores
Nível 0 - SensorBus

 Sensores e Atuadores
tipicamente discretos
 Mensagens de dados de
alguns bits
 Frequência de comunicação
de dezenas de milisegundos
 Distância de dezenas de
metros
 Concepção determinística
Nível 0.5 - DeviceBus

 Distribuição de periféricos de
controle
 Mensagens de dados de
bytes ou words
 Frequência de comunicação
de dezenas de milisegundos
 Distância de centenas de
metros
 Concepção determinística
Nível 1 - FieldBus

 Integração entre unidades


inteligentes
 Mensagens de dados de
words ou blocos
 Frequência de comunicação
de centenas de milisegundos
 Distância de centenas de
metros

Modbus+
Nível 2 - DataBus

 Transferência maciça de
dados entre equipamentos
 Mensagens de dados de
blocos ou arquivos
 Frequência de comunicação
de segundos ou minutos
 Grandes distâncias (LAN /
WAN / Internet)

ETHERNET FDDI MAP


Estrutura das Redes - Modelo OSI (Open System Interconnection)

Exemplo

Utilização da Rede Assunto a ser tratado


Aplicação (serviços)
Formatação e codificação de Linguagem comum
Apresentação dados

Alocação de recursos para Enquanto um fala o outro


Sessão a aplicação e sincronização escuta

Transferência de informações Central telefônica


Transporte
Roteamento de informações Sistema de comunicação
Rede
Estruturação, acesso e Conversão da voz em
Ligação checagem de erros sinal modulado
Transmissão de dados binários
através do meio de comunicação Sinal elétrico e linha telefônica
Física
Estrutura da Rede Ethernet TCP/IP (DataBus)

 A Ethernet foi criada antes do modelo OSI

Aplicação

Apresentação

Sessão

Transporte Transmission Control Prot.

Rede Internet Protocol

Ligação CSMA - CD

Física Par Trançado / Coaxial / FO


Estrutura Típica Sensor/Device/FieldBus

 As camadas estão implementadas em componentes padronizados e


intrínsecos aos dispositivos simplificando a estrutura a apenas três
níveis.

Aplicação

Apresentação
Drivers / Software
Sessão

Transporte

Rede ASIC / Chip Set

Ligação

Física Multiplos Meios Físicos


Critérios para Dimensionamento

 Meio Físico de Comunicação


 Cobertura Geográfica (Topologia e Distância)
 Método de Acesso
 Desempenho (Velocidade x Throughput)
 Confiabilidade (Determinística x Probabilística)
 Protocolo de Comunicação
Meios Físicos de Comunicação

 Elemento físico utilizado para a propagação de dados

Jacket of PVC or Teflon

Jacket made of PVC or Teflon


Cabo de Par Trançado

Cabo Coaxial

Fibra Óptica
Radio Frequência
Cobertura Geográfica

 Topologia: forma de interligação dos elementos na Rede

ÁRVORE
ANEL
(TREE)
(RING)

ESTRELA
(STAR)
BARRAMENTO
(BUS)

 Distância: espaço máximo coberto pelo meio físico de comunicação


utilizado pela Rede.
Método de Acesso

 Polled Access
 Pergunta-Resposta (Query - Response)
 Mestre-Escravo
 Token Access
 Equalização de Acesso à Rede
 Redes Peer-to-Peer
 Carrier Sense Multiple Access (CSMA)
 Acesso Aleatório
 Cliente-Servidor
Método de Acesso

Mestre / Escravo

Pergunta

Resposta
Método de Acesso

Token Ring
Método de Acesso
Desempenho da Rede

 Velocidade:
 Taxa de transferência total de dados por unidade de tempo. bps
 Considera informações (dados úteis) e o envelope de comunicação
(dados de controle do protocolo).

 Throughput:
 Taxa de transferência de informações por unidade de tempo.
 Considera apenas os dados efetivamente úteis para os integrantes
da rede.
Confiabilidade

 Redes Probabilísticas:
 Permite apenas calcular a probabilidade da transferência de
informações ocorrer em um determinado intervalo de tempo.

 Redes Determinísticas:
 Permite determinar com precisão o tempo necessário para a
transferência de informações entre os integrantes da rede.
Confiabilidade

 Checagem de erros:
 É feita por meio de algoritmo utilizado para garantir a integridade
dos dados transferidos na rede.

 Exemplos:
 Paridade:

 Probabilidade de 50 %

 CRC-16 (Ciclical Redundant Check 16 bits):

 Probabilidade de 10-15 %
Considerações Adicionais
 Compatibilidade Rede - Ambiente (Física / Elétrica)
 Baixo Custo (Projeto / Instalação / Produtos)
 Fácil Instalação / Configuração / Expansão
 Procedimento de Manutenção Simples
 Quantidade de Dispositivos
 Tecnologia Consolidada
 Disponibilidade de Produtos
Protocolos de Comunicação
 AS-i (Actuator Sensor Interface)

 PROFIBUS (PROcess FIeld BUS)

 Foudation Field Bus


Protocolo ASI (Actuator Sensor Interface)

 ASI surgiu em 1990, quando empresas se uniram em um consórcio para


tornar seus equipamentos compatíveis

 Foi concebida como um sistema monomestre com comutação Cyclic polling


(processo de varredura), neste sistema somente o mestre insere dados nos
escravos em intervalos de tempo definidos.

 Foi desenvolvida para atender aos requisitos de comunicação a nível de


“chão-de-fábrica”.
Características

 Classificação: SensorBus
 Ampla oferta de produtos
 Topologia:Barramento / Anel / Estrela / Arvore
 Tempo de Ciclo c/ 256 Discretas (16 Nós c/ 16 E/S): 4.7ms
 Max. número de nós 248 E/S (31 dispositivos)
 Distância Máxima: 100 metros / 300 c/ repetidor
 Mestre-Escravo c/ pooling cíclico
Níveis de Aplicação
 Nível de gerenciamento: computadores são conectados uns
com os outros, às vezes fábricas inteiras via Ethernet; o volume
de dados é da ordem de megabyte e não precisa ser em tempo
real;

 Nível de produção e processo: cada vez mais o PROFIBUS está


se difundindo; o tipo DP com 12Mbit/s é perfeito para altas
exigências;

 Nível de atuadores e sensores: a rede AS-i consagrou-se com


mais de um milhão de pontos já instalados;
Arquitetura Típica

Gateway

Máquina

Sensores

Interfaces de Operação

Interfaces Fonte

Painel
Sensores Partida de
Inteligentes Motores
Processo com Rede ASi
Acessórios

Cabo

Derivador para Derivador para dispositivo


convencional
dispositivo ASi
Conectividade

Cabo plano
AS-i
Interoperabilidade
Interoperabilidade
Protocolo PROFIBUS

 PROFIBUS desenvolvido na Alemanha, inicialmente pela Siemens em


conjunto com a Bosch e Klockner-Moeller em 1987.

 Em 1988 tornou-se um "Trial Use Standard" no contexto da norma DIN


(DIN V 19245, parte 1), que define as camadas Física e Enlace.

 Posteriormente, grupo de 13 empresas e 5 centros de pesquisa


propuseram alterações nas camadas Física e Enlace e definiram a camada
de Aplicação (norma DIN V 19245, parte 2).

 Esta proposta é atualmente apoiada por mais de 300 empresas européias e


internacionais.
Protocolo PROFIBUS

 É uma rede de campo aberta, independente dos fabricantes, ao alcance de


uma larga variedade de aplicações de manufatura e processos de
automação

 A sua independência e a garantia de ser uma rede aberta é assegurada


pelas normas internacionais

 A comunicação entre dispositivos de diferentes fabricantes ocorre sem


ajustes especiais

 Pode ser usado em tarefas que requerem comunicação em tempo real, alta
velocidade e de comunicação complexa
Protocolo PROFIBUS

 Perfis de comunicação
 PROFIBUS – DP (Distribuited Process)
 PROFIBUS – PA (Process application)
 PROFIBUS – FMS (Fieldbus Massage Especification)
Protocolo PROFIBUS

 PROFIBUS DP
 É o perfil de comunicação mais utilizado
 Otimizado para velocidade, eficiência, baixos custos de ligação e está
projetado para comunicações entre sistemas de automação e
periféricos distribuídos

 PROFIBUS PA
 Permite conectar sensores e atuadores até mesmo em um barramento
comum em áreas intrinsicamente seguras
 Pode ser usado com tecnologia 2 fios de acordo com o padrão
internacional IEC 1158-2
Protocolo PROFIBUS

 PROFIBUS – FMS
 Solução de propósito geral para comunicação de tarefa ao nível de
célula
 Os recursos FMS poderosos abrem um amplo alcance de aplicações
com grande flexibilidade
 Pode ser usado para tarefas de comunicação extensas e complexas
Profibus DP / PA

 Classificação: Devicebus
 Mais de 300 fornecedores de equipamentos
 Topologia:Linha / Estrela / Anel
 Velocidade de transmissão: DP - Máx: 12 Mbps ; PA - Max: 31.25 kbps
 Tempo de Ciclo c/ 256 Discretas (16 Nós c/ 16 E/S): < 2.0 ms (dependente
da configuração)
 Max. número de nós: 127
 Distância Máxima: 100m entre segmentos (12Mbaud) ; 24Km (Dependente
do meio e do Baudrate)
 Mestre-Escravo - “peer to peer”
Configuração Profibus DP/PA

• Inserindo Mestre • Inserindo Escravos


Configuração Profibus DP/PA

• GSD - Identificador do dispositivo


Profibus DP / PA
• Configuração do sistema via software
Foundation Fieldbus - H1

 Classificação: Fieldbus
 Crescente número de fornecedores de equipamentos
 Topologia: Barramento / Estrela
 Velocidade de transmissão: 31.25 kbps
 Tempo de Ciclo c/ 256 Discretas (16 Nós c/ 16 E/S): < 100 ms
 Max. número de nós: 240 /segmento - 65.000 segmentos
 Distância Máxima: 1900m (31.25 K)
 Cliente / Servidor - Notificação de eventos
Arquitetura Típica Foundation Fieldbus H1
Arquitetura Típica Foundation Fieldbus HSE

 HSE – high speed ethernet trabalha a 100 Mbits/s e fornece integração de


controladores de alta velocidade (CLP´s) e subsistemas
Principais Tecnologias Existentes

Modbus

ETHERNET

Não existe uma solução única que atenda


a todas as necessidades de comunicação de dados
em automação industrial.
Conclusões
 As linguagens de programação de CLP´s já seguem um padrão, sendo que
as mais utilizadas são Ladder e Grafcet;
 As outras linguagens estão difundindo-se;
 Atualmente, as redes industriais são aplicadas, na maioria das vezes, em
processos de grande porte;
 Os protocolos mais aplicados, ultimamente, são o Profibus e ASi;
 Em pequenos processos, o custo da instalação de redes é razoavelmente
alto;
 A tendência é de que as redes sejam mais utilizadas, mesmo em processos
de pequeno porte.
 Não existe uma solução única que atenda a todas as necessidades de um
processo de comunicação de dados em automação industrial.

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