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Curso Regular Teórico

Aula 01 - Ortografia e Semântica


Profª.Claudia Kozlowski

Aula 01 –– Ortografia
Aula 01 Ortografia ee Semântica
Semântica

Olá, pessoal,
Animados para o início do nosso curso?
Antes, porém, um aviso: nosso material já se encontra adaptado à
nova ortografia oficial, em vigor a partir de janeiro de 2009. Contudo,
decidimos manter a grafia original das questões apresentadas, de
modo a não modificar os gabaritos que porventura envolvessem
ortografia vigente à época da prova. Assim, caso você encontre
alguma palavra grafada de forma “antiga”, saiba que foi assim
reproduzida propositalmente.
Além disso, estou travando um verdadeiro embate contra o corretor
ortográfico do Word. Por isso, desculpo-me antecipadamente caso
alguma palavra se encontre com a grafia “antiga” fora das questões
de prova – a culpa será do Bill Gates..rs...
Na aula passada, tecemos alguns comentários do que seria estudado
em relação a ORTOGRAFIA.
Hoje, vamos “colocar a mão na massa”.
Bem, o estudo da ORTOGRAFIA abrange:
1 - EMPREGO DE LETRAS (s/z; sc/sç/ss; j/g; izar/isar; etc);
2 - ACENTUAÇÃO GRÁFICA;
3 - USO DE OUTROS SINAIS DIACRÍTICOS (principalmente o HÍFEN e
o TREMA).

EMPREGO DE LETRAS
O alfabeto da língua portuguesa compõe-se de 26 letras, já que, além
das que já existiam, incluíram-se K, W e Y a partir de janeiro de 2009
(fruto do Acordo Ortográfico mencionado na aula demonstrativa).
Essas três novas letras serão usadas:

a) Em antropônimos (nomes de pessoas) originários de outras


línguas e seus derivados: Franklin, frankliniano; Kant, kantistno;
Darwin, darwinismo: Wagner, wagneriano, Byron, byroniano; Taylor,
taylorista;

b) Em topônimos (nomes de lugares) originários de outras línguas e


seus derivados: Kwanza; Kuwait, kuwaitiano; Malawi, malawiano;

c) Em siglas, símbolos e mesmo em palavras adotadas como


unidades de medida de curso internacional: TWA, KLM; K-potássio

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(de kalium), W-oeste (West); kg-quilograma, km-quilômetro, kW-


kilowatt, yd-jarda (yard); Watt.

A letra h é usada apenas:


a) no início, quando etimológico: herbívoro (derivada de herba =
erva).
b) nos dígrafos CH, LH, NH: chave, malha, minha.
c) no final, em interjeições: ah! ih!
d) quando o segundo elemento, iniciado por h, se une ao primeiro
(prefixo) por meio de hífen: anti-higiênico. Palavras com prefixo
sem hífen perdem o h desonesto, desabitado, inábil.
A seguir, vamos apresentar alguns empregos específicos de letras,
que podem auxiliar o aluno na identificação da grafia correta.
O USO DO...
¾ - ês/- esa e - ez/- eza
- ês/esa: vocábulo que indica naturalidade, procedência ou formam
título de nobreza. Exemplos: camponês, holandês, princesa, inglesa,
calabresa (Calábria), milanesa (Milão)
- ez/eza: substantivos abstratos derivados de adjetivos. Exemplos:
acidez (ácido), polidez (polido), moleza (mole).
Por isso, a partir de agora, escolha o restaurante a partir do cardápio.
Se uma das opções for “pizza CALABREZA”, você poderá ter uma
indigestão vocabular!
¾ - isar/ - izar
Nesses casos, segue a regra da PALAVRA ORIGINÁRIA / PALAVRA
DERIVADA. Se o vocábulo já apresenta a letra “s”, essa letra é
mantida no sufixo.
- isar: pesquisa/pesquisar; análise/analisar; paralisia/paralisar;
improviso/improvisar.
Se não havia a letra “s” na palavra originária, o sufixo recebe a letra
“z”.
- izar: ameno/amenizar; concreto/concretizar.
A exceção fica por conta da palavra: catequizar, que é derivada de
catequese.

¾ s:
a) nos sufixos nominais “-OSO(A)” (indicativo de “cheio de”, “relativo
a” ou “que provoca algo”) e “-ISA” (gênero feminino): gostoso,
apetitoso, afetuoso, papisa, poetisa;

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b) verbos formados de vocábulos terminados em s, em decorrência


da regra “PALAVRA ORIGINÁRIA / PALAVRA DERIVADA”:
pesquisa/pesquisar; análise/analisar.
c) após ditongo: coisa, deusa.
d) nos adjetivos pátrios terminados em ÊS: regra já mencionada no
item “a”: inglês, francês.
e) nas flexões dos verbos PÔR e QUERER e seus derivados: quiser,
pus, quis.
f) quando a um verbo com a letra d no infinitivo corresponder um
substantivo com som de /z/: iludir/ilusão; defender/defesa;
aludir/alusão

¾ x:
a) depois de ditongo: feixe, peixe, frouxo.
b) geralmente depois da sílaba inicial EN (exceto nos casos em que se
aplica a regra “PALAVRA ORIGINÁRIA / PALAVRA DERIVADA” – ver o
próximo caso): enxugar, enxovalhar, enxoval, enxofre.
c) em palavras de origem indígena ou africana: abacaxi;
d) após sílaba inicial me- (exceção: mecha): mexerica, mexer.

¾ ch: após sílaba inicial en- + palavra iniciada por ch: encher
(cheio), encharcado (charco)

¾ ç:
a) substantivos e verbos relacionados a adjetivos e substantivos que
têm “to” no final: direto /direção; exceto /exceção; correto
/correção;
b) Substantivos e adjetivos relacionados ao verbo TER (e derivados):
detenção (deter), retenção (reter), contenção (conter);

Esses dois últimos casos nos levam à apresentação da regra do


paradigma (que funciona na maior parte das vezes).
Na dúvida com relação à grafia de uma palavra que sofreu algum
processo de transformação (substantivo derivado de verbo ou
substantivo derivado de adjetivo), busque a grafia de outra palavra
conhecida sua (que servirá de paradigma), tomando o cuidado de
observar se esta sofreu o mesmo processo daquela. Aquilo que
aconteceu com uma irá acontecer com a outra também.

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Veja os exemplos.
compreender -> compreensão / pretender -> pretensão
permitir -> permissão / emitir -> emissão
conceder -> concessão / retroceder -> retrocessão
Cuidado!!! EXCEÇÃO é derivado de EXCETUAR – e não de
EXCEDER. Deve ser esse o motivo de tanta gente fazer confusão.

EMPREGO DO HÍFEN
Muita coisa mudou em relação ao emprego do hífen com a entrada
em vigor das novas regras ortográficas, como já comentamos na aula
demonstrativa. Por enquanto, usa-se o hífen:
1. nas palavras compostas em que os elementos da composição têm
acentuação própria e formam uma unidade significativa: guarda-
roupa, beija-flor, bem-te-vi, água-viva;
2. com a partícula denotativa eis seguida de pronome pessoal átono:
eis-me, eis-vos, eis-nos, ei-lo (com a queda do s);
3. nos adjetivos compostos: surdo-mudo, afro-brasileiro, sino-
luso-brasileiro;
4. em vocábulos formados por prefixos, em alguns casos: pré-
história, micro-ondas, anti-inflamatório.
O Acordo Ortográfico de 1990 (data em que começaram as
discussões, entrando em vigor somente em 2009) buscou simplificar
o emprego do hífen. Basicamente, são duas as regras para emprego
com prefixos:
- quando o segundo elemento iniciar por H (anti-higiênico /
super-homem);
- quando houver coincidência de vogais ou consoantes entre o
fim do prefixo e o início do segundo elemento, ou seja, se as
letras forem iguais, usa-se o hífen para separá-las: anti-
inflamatório (antes era junto) / micro-ondas (idem) / contra-
almirante.
Há algumas situações especiais que serão vistas em separado. Fora
isso, se o prefixo terminar com uma letra (consoante ou vogal) e o
segundo elemento iniciar com outra, junta-se tudo e, se este começar
por R ou S, será necessário dobrar a consoante (contrarregra /
minissaia / antiesportividade).
Com os prefixos “in” e “des” junto a palavras iniciadas por “h”, esta
consoante “cai” e não se emprega hífen: INÁBIL / DESUMANO.

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Emprega-se hífen com os prefixos PRÉ / PÓS / PRÓ sempre que o


segundo elemento conservar autonomia vocabular: PRÉ-HISTÓRICO /
PÓS-MODERNO / PRÉ-DATADO
Caso contrário, ocorre a aglutinação: PREDETERMINAR / PREVER.

Nas formações com os prefixos CIRCUM e PAN, quando o segundo


elemento começar por vogal, M, N ou H (este já mencionado na regra
geral), usa-se hífen: PAN-AMERICANO / CIRCUM-ESCOLAR / PAN-
NEGRISMO / CIRCUM-HOSPITALAR.
Prefixos que indicam procedência (indo, sino, franco, euro)
dispensam o hífen quando funcionam como adjetivos junto a
elemento mórfico (EUROCOMUNISTA / LUSÓFONOS); quando se
tratar da soma de duas ou mais identidades, usa-se o sinal: ANGLO-
AMERICANO / FRANCO-SUÍÇO.

Observações:
a) Com os advérbios BEM e MAL, emprega-se hífen quando estes
formam com o segundo elemento nova unidade significativa e esse
elemento começa por vogal ou H. No entanto, o advérbio BEM, ao
contrário de MAL, pode não se aglutinar com palavras iniciadas por
consoante.
Exemplos: BEM-AVENTURANÇA / BEM-AMADO / MAL-AMADO / BEM-
HUMORADO / MAL-HUMORADO / BEM-CRIADO (mas MALCRIADO) /
BEM-ME-QUER (mas MALMEQUER).
Esses adjetivos são formados a partir da contração do MAL/BEM com
o adjetivo no particípio. Em poucos vocábulos, ocorre a aglutinação
de BEM com o segundo elemento (BENQUISTO / BENQUERENÇA /
BENFEITOR). Na maior parte das vezes, a união dos elementos é
marcada pelo emprego do hífen (bem-humorado, bem-nascido).
Há, todavia, casos em que não ocorre a contração ("Aquele imóvel é
muito bem situado."), o que demonstra que não foi formado um
novo vocábulo e "bem" permanece como advérbio.
Em todos esses casos, se o adjetivo estiver precedido do advérbio
“mais”, a norma culta não admite a transformação destes em
“melhor” ou “pior”, mantendo-os separados (“mais bem”, “mais
mal”):
“Ele é o mais bem-vestido da seção.”
“Ronaldinho Gaúcho é o jogador mais bem pago da atualidade.”
“Os candidatos mais mal preparados são divertimento garantido no
horário eleitoral.”

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No uso coloquial, contudo, notam-se muitos registros dessa


contração: “O time que for melhor colocado na competição
disputará a Libertadores da América.”.
O linguista Celso Pedro Luft distingue essas duas estruturas em:
(1) mais + bem + particípio;
(2) mais + [bem+particípio].
No primeiro caso, o advérbio MAIS modifica o advérbio BEM, que,
junto com o primeiro, pode modificar o adjetivo participial. Admitem-
se, pois, as duas formas. Havendo a contração, os dois advérbios
modificam o adjetivo (“casas melhor construídas”); mantendo-os
separados, o advérbio “bem” modifica o adjetivo, enquanto que o
advérbio “mais” modifica o outro advérbio (“bem”): “casas mais bem
construídas”.
Já na segunda estrutura, o advérbio BEM forma uma unidade
semântica com o particípio, a ponto de, em alguns casos, estarem
ligados por hífen. Neste caso, o advérbio MAIS não pode se contrair
com o outro advérbio, devendo permanecer fora da locução: “mais
bem-humorado”.
Infelizmente o uso do hífen não é regular o bastante para nos trazer
tranquilidade.
Parece que ouvi alguém gritando do outro lado do computador:
“Socorro, Claudia!!! O que eu devo fazer na hora da
prova????”.
Na prova, todo cuidado é pouco. Primeiramente, observe se o
enunciado faz menção a “norma culta”, caso em que devemos manter
os vocábulos separados (“mais bem”). Caso negativo, verifique se há
outra opção que atenda de forma mais adequada ao que se pede. Só
em último caso, considere incorretas construções como “melhor
colocado” ou “melhor preparado”.
Em 2005, a banca do Cespe, por sua vez, considerou ERRADA a
seguinte afirmação:
De acordo com as normas gramaticais, a expressão “mais
bem” (R.5)[“... e que só poderão ser mais bem observadas no
médio prazo. ...”] deveria ser substituída pela forma adjetiva
melhor.
Ou seja, para o Cespe, não poderia ocorrer a contração de “mais”
com “bem”, formando “melhor” antes de particípio com valor
adjetivo.
A Fundação Carlos Chagas também abordou esse tópico (Prova de
Analista – MPU 2007). A questão se encontra em nossa lista de
fixação, ao fim da aula de hoje.

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Posteriormente, a ESAF apresentou uma questão seguindo o


posicionamento de não contrair “mais” com “bem”. Contudo, no
gabarito após os recursos, anulou a questão, ou seja, considerou as
duas formas corretas (mais bem preparados / melhor preparados).
Volto a afirmar: esse é um ponto polêmico que deve ser visto com
bastante atenção pelo candidato. Antes de assinalar “certo / errado”,
veja as demais opções.
b) “Antigamente”, o prefixo co era seguido de hífen quando tinha o
sentido de "a par" ou "juntamente" (ou seja, união) e o segundo
elemento, vida autônoma.
Agora, em Nota Explicativa ao Vocabulário Ortográfico da Língua
Portuguesa (5a edição), definiu-se que o prefixo “co-” não se
enquadra na regra geral, ligando-se diretamente ainda que o segundo
elemento inicie por H ou O (coerdeiro, coabitar, cooperar,
coordenação, corredator, cossanguíneo). Contrariando o VOLP (5ª
edição), o novo HOUAISS, já adaptado à reforma ortográfica,
registrou as duas formas: com e sem hífen (coerdeiro / co-herdeiro).
c) Ainda nessa Nota Explicativa, ficou definido que os vocábulos
quase e não, ainda que funcionem como prefixos, dispensam o
hífen.
Exemplos: não conformismo, não pagamento.
d) Em palavras compostas, foi mantida a grafia das palavras
compostas por justaposição cujos elementos constituem uma unidade
sintagmática e semântica (em outras palavras, possuem um
significado próprio, diferente daquele dos elementos que lhe deram
origem): BEIJA-FLOR / CONTA-GOTAS.
Em alguns casos, por se ter perdido o sentido das palavras
originárias, ocorre a aglutinação: PARAQUEDISMO / PARAQUEDAS
(essas com novas grafias).
Até o lançamento do novo VOLP, muita especulação foi feita, mas
posteriormente tivemos o posicionamento da ABL: a regra de retirada
de hífen em relação às palavras compostas por “para” (verbo parar)
só se aplica a “paraquedas” e derivadas (paraquedismo /
paraquedista). Não se aplica aos demais vocábulos (para-brisas /
para-choque / para-raios), ou seja, fez-se uma interpretação restrita,
e não extensiva, como alguns queriam.
e) Emprega-se hífen nos compostos com os elementos AQUÉM, ALÉM,
RECÉM, SEM: ALÉM-MAR / SEM-NÚMERO / RECÉM-CASADOS / SEM-
VERGONHA.
f) Mantém-se o hífen das palavras compostas que designam espécies
botânicas e zoológicas (em resumo, o Acordo não mexeu nem com as
plantas nem com os bichos...rs...)

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Exemplos: ARARA-AZUL / COUVE-FLOR / ERVA-DOCE / LOUVA-A-


DEUS / BEM-TE-VI.
Em resumo, só não mexeram com as plantas e com os bichos – o
resto é polêmico...rs...
Com isso, o vocábulo “pé de galinha”, no sentido de “ruga em volta
dos olhos”, não recebe mais hífen, pois não há chances de se
entender diferente quando alguém fala que “está cheio de pés de
galinha”. Ou será que você imaginou que se tratava mesmo dos pés
da ave? Sem chances, não é?
Contudo, se procurar no HOUAISS (já adaptado) esse vocábulo,
também encontrará sua grafia com hífen, mas sabe por quê? Porque
existe uma planta com esse nome. Trata-se do “capim pé-de-
galinha”. Como o Acordo não mexeu com as plantas, não modificou
esse “pé-de-galinha”, mas o outro (o da ruga), sim – perdeu o hífen.
Veja outra modificação: antigamente “dia a dia” (sem hífen)
significava “diariamente” (um advérbio) e “dia-a-dia” (com hífen)
representava o substantivo “cotidiano”. Com a 5ª edição do VOLP,
esse hífen foi retirado, ou seja, quer na função de advérbio, quer na
de substantivo, a palavra é “dia a dia”.
Então, o raciocínio é o seguinte: se houver risco de ambiguidade (por
mais remota que seja), mantém-se o hífen na palavra composta.
Caso contrário, nada de hífen (o objetivo é simplificar a grafia).
Assim, “pé de moleque” (o doce) perdeu o hífen, pois não há como se
entender diferente quando alguém diz que “está doido para comer
um pé de moleque” (a não ser que seja um pedófilo podólatra
canibal...rs...). Contudo, há ambiguidade na frase “Estou fazendo um
pé de meia.”. E aí? O que quero dizer? Que estou juntando minhas
economias ou costurando o pé de uma meia? Ficou ambígua a frase.
Então, no sentido de “economia”, usamos o hífen: pé-de-meia.

A lacuna do Acordo Ortográfico


O Acordo nada prevê sobre o emprego de hífen com os prefixos AB /
OB / AD / SOB / SUB seguidos de consoante R. Em função disso, a
Academia Brasileira de Letras manteve a grafia original, ou seja, com
hífen: AB-ROGAR / AD-RENAL / SUB-RAÇA
Apesar de também não mencionada no Acordo, indicou-se a
manutenção do hífen quando houver também encontro de consoantes
com esses prefixos: SUB-BASE / AD-DIGITAL.
O novo quadro de hífen em formação de palavras por prefixação
passou a ser (já deixei sozinho na página para você imprimir, se
quiser):

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Primeiro elemento Segundo elemento iniciado por


aero, agro (terra), alfa, ante, anti, - “h”
arqui, auto, bio, contra, entre,
- vogal igual à vogal final do primeiro
extra, foto, geo, hetero, hidro, hipo,
elemento
homo, infra,intra, iso, lipo, macro,
micro, mini, mono, multi, neo,
paleo, pluri, poli, proto, pseudo,
psico, retro, semi, sobre, supra,
tele, tetra, ultra
ad d, h, r
ab, ob, sob, sub b, h, r
Obs.: O novo VOLP registra de duas formas o
encontro de “sub” com “humano” (e
derivados): subumano e sub-humano
co, pre(*), pro(*), re Configuram exceções à regra geral, ou seja,
registram-se sem hífen ainda que o segundo
elemento iniciar com a mesma vogal
terminativa do prefixo ou com H (preencher,
proótico, reeleição, coordenar, coabitar,
coerdeiro)
circum - vogal
- h, m, n
(Obs.: Aceita algumas formas aglutinadas
com adaptação do primeiro elemento para
“circu” ou “circun”)

hiper, super, inter h, r

pan - vogal
- h, m, n
pós, pré (*), pró (*) Sempre que se conservar a autonomia
vocabular do segundo elemento

além, qualquer palavra (sempre com hífen)


aquém,
recém,
sem,
sota,
soto,
vice,
ex(= anterioridade)

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(*) Os prefixos pré- e pró- podem empregar hífen quando o segundo


elemento mantiver a autonomia vocabular ou dispensá-lo, grafando-
se de forma aglutinada.

ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Enquanto que, nos primeiros pontos do estudo da Ortografia
(“Emprego de Letras” e “Hífen”), nós não pudemos fugir muito da
“decoreba”, agora, em “Acentuação Gráfica”, vamos dar o “pulo do
gato”!
Será apresentado um esquema que ajuda (e muito!) a identificar
qualquer erro na acentuação das palavras.
De uma maneira geral, a regra é ACENTUAR O MÍNIMO DE
PALAVRAS. Então, acentua-se o que há em menor número.
Se buscarmos nos dicionários, bem menor é a quantidade de
proparoxítonas. A maior parte das palavras da língua portuguesa é
composta de paroxítonas e oxítonas (neste último caso, por exemplo,
classificam-se todos os verbos no infinitivo impessoal – fazer, comer,
estabelecer, etc.).
Por isso, uma das regras de acentuação é: T O D A S A S
P R O P A R O X Í T O N A S S Ã O A C E N T U A D A S (como são poucas,
põe acento em todas elas).
Por sua vez, é pequeno o número de oxítonas que terminam em
A/E/O/EM, e seus respectivos plurais. Por isso, essas serão
acentuadas.
De acordo com essa regra, as oxítonas terminadas por R ficaram de
fora e, com isso, todos os verbos no infinitivo impessoal.
Mas o que é, afinal, uma sílaba tônica??? É a sílaba da palavra
pronunciada com maior intensidade, com mais força. Todas as
palavras com duas ou mais sílabas apresentam sílaba tônica e
outra(s) átona(s).
Já os monossílabos (uma sílaba) podem ser:
a) átonos: não possuem acentuação própria, isto é, são pronunciados
com pouca intensidade. Normalmente, são pronomes oblíquos (quase
todos os monossílabos), preposições e conjunções monossilábicas: o,
e, se, a, de.
b) tônicos: possuem acentuação própria, isto é, são pronunciados
com muita intensidade: lá, pá, mim, pôs, tu, lã.
Os vocábulos átonos NUNCA são acentuados. Já os tônicos podem
receber acento ou dispensá-los.

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Vejamos, agora, os casos em que os vocábulos, sendo tônicos, são


acentuados. Vou deixar por sua conta o preenchimento dessas
lacunas. Ao fim do material, estão algumas sugestões.
a) Monossílabos tônicos - são acentuados os terminados em -
A(S), - E(S), - O(S).
Exemplos:______________________________________.

b) Oxítonos - são acentuados os terminados em - A(S), - E(S), -


O(S), - EM (-ENS).
Exemplos:_____________________________________.

c) Paroxítonos - acentuam-se os que NÃO terminam em -A(S), -


E(S), - O(S), - EM (- ENS), AM - exceto ditongos crescentes e
palavras terminadas em –ão.
Exemplos:______________________________________.

NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO


O acento circunflexo em “oo” deixa de existir: abençoo / perdoo / voo

d) Proparoxítonos - todos são acentuados.


Exemplos:______________________________________.

e) Grupos vocálicos :
Hiatos - I e U, 2ª vogal tônica após hiato, sozinhos na sílaba ou com
-S, desde que não seguidos de -NH ou outra letra, na mesma sílaba,
que não o s.
Exemplo:______________________________________.
Se as vogais forem iguais, não haverá acento. (essa eu quero ver
se alguém vai conseguir lembrar um exemplo!)
Exemplo:______________________________________.
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
Nas palavras PAROXÍTONAS, quando a segunda vogal for “i” ou “u”
APÓS UM DITONGO, não se coloca acento agudo: BAIUCA / FEIURA
Nada muda quando as vogais “i” ou “u” vierem após ditongo nas
OXÍTONAS (Piauí, tuiuiú) nem nos demais casos de “i” ou “u” como

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segunda vogal do hiato, sozinho na sílaba ou com a letra “s” (viúva,


país etc.).

Ditongos – nas palavras OXÍTONAS, são acentuados os orais abertos


tônicos -ÉI, -ÉU, -ÓI:
Exemplo:______________________________________.
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
Com o advento das mudanças, perderam o acento as PAROXÍTONAS
que possuam “éi” e “ói", passando a se grafar IDEIA, MOCREIA,
HEROICO.
Contudo, nada muda em relação às palavras com o ditongo aberto
“éu" (já que não existe paroxítona com esse ditongo), nem com as
OXÍTONAS que possuam os demais: CÉU, CRÉU (olha a dança...rs...),
HERÓI, DESTRÓI, PASTÉIS.

O acento circunflexo da 3ª pessoa do plural dos verbos LER, CRER,


VER e DAR, e seus derivados (lêem, crêem, vêem, dêem), antes
usado por clareza ortográfica, deixou de existir com o Acordo
Ortográfico. As conjugações verbais passaram a ser: leem, veem,
creem, deem.
Ressalte-se que nada muda em relação à conjugação dos verbos TER
e VIR, e seus derivados, conservando-se o acento da 3ª pessoa do
plural do presente do indicativo: eles têm / eles vêm / eles contêm /
eles provêm (do verbo PROVIR).

O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa inclui os


monossílabos na mesma regra dos oxítonos e os vocábulos
terminados em ditongo crescente (série, tênue), na regra dos
proparoxítonos.
Nesse ponto, algumas bancas, como a Fundação Carlos Chagas, já
deixaram claro seu posicionamento, a partir de questões de prova,
como veremos nos exercícios de fixação. Outras ainda não. Por isso,
antes de afirmar que “Cláudia” é paroxítona terminada em ditongo
crescente ou é proparoxítona, o candidato deve verificar as demais
opções.
Para consulta sobre a grafia de qualquer palavra, acesse o sítio da
Academia Brasileira de Letras (www.academia.org.br), Vocabulário
Ortográfico – Sistema de Buscas. Nessa página, você poderá verificar
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a existência de qualquer vocábulo da língua portuguesa, sua grafia e


a classe gramatical correspondente.
Essas lições podem ser resumidas no seguinte esquema:

SÃO ACENTUADOS:

Proparoxítonos Paroxítonos Oxítonos Monossílabos


tônicos
TODOS NÃO terminados em Terminados em Terminados em
A(S) A(S) A(S)
E(S) E(S) E(S)
O(S) O(S) O(S)
EM(ENS) EM(ENS)
AM

E terminados em:
. ditongo crescente;
. -ão;

Encontros vocálicos:
- hiato – as vogais “i” e “u”, como segunda vogal do hiato, sozinhas na sílaba ou
acompanhadas da letra “s”, recebem acento agudo. Não são acentuadas essas vogais
em hiato quando seguidas de ditongo ou repetidas (ii / uu)
- ditongo aberto – éi, éu ou ói – nas oxítonas, recebem acento; nas paroxítonas,
deixam de ser acentuadas (azaleia, assembleia, Andreia).

Todas essas regras de acentuação devem ser aplicadas, inclusive, nas


formas verbais, quando houver a colocação de pronomes oblíquos
(ÊNCLISE OU MESÓCLISE, ou seja, o pronome oblíquo após o verbo
ou no meio dele, respectivamente). A análise para a acentuação recai
exclusivamente na forma verbal. Por exemplo: em “analisá-las-ei”,
como tonicidade recai na última sílaba de “analisa”, há necessidade
de ser acentuada a vogal para essa indicação (acentuamos as
oxítonas terminadas em A(S), E(S), O(S), EM(ENS).). Outro exemplo
mais “cabeludo”: contrabandeá-las-íamos (= iríamos
contrabandear as mercadorias) - na primeira parte do vocábulo,
acentua-se pela mesma regra do exemplo anterior (oxítona

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terminada em “A”); a segunda parte cai na regra das proparoxítonas;


mais dois exemplos, agora terminados em “i”:
1) parti-lo – a sílaba tônica é “ti”. Não recebe acento, pois só
acentuamos as oxítonas terminadas em A(S), E(S), O(S), EM(S);
2) distribuí-lo – agora, apesar de também ser o caso de uma
oxítona terminada em “i” – como no exemplo 1 -, a regra de
acentuação é outra: o “i” fica sozinho na sílaba e é a segunda vogal
do hiato (bu-i). Por esse motivo, esse “i” deve ser acentuado.
Foi suprimido o acento agudo das formas tônicas do U na
conjugação verbal de ARGUIR, AVERIGUAR e outros – argui,
averigue
Agora, há duas maneiras de se conjugar verbos terminados em –
GUAR:
a) com a pronúncia do “u”, sem acento: a-ve-ri-GU-e / en-xa-GU-e /
de-lin-QU-em (com força no “u”, como se fosse escrita com “c”);
b) com acento (e pronúncia tônica) nas vogais “a” e “i” dos radicais:
a-ve-rí-gue / en-xá-gue / de-lín-quem

ACENTOS DIFERENCIAIS
- DE TIMBRE: vogal aberta ou fechada - pôde (pret.perf) / pode
(pres.indicativo)
- DE INTENSIDADE OU TONICIDADE - pôr (verbo), para
diferenciar de por (preposição)
Todos os demais acentos diferenciais de tonicidade foram abolidos
(agora, escrevemos que “Ele para para ver a banda passar.” ou “O
gato solta pelo pelo sofá.”.
- DE NÚMERO - Alguns gramáticos classificam o acento circunflexo
dos verbos ter e vir (e derivados) na 3ª pessoa do plural (têm, vêm,
contêm, entretêm, detêm, retêm etc.) como ACENTO DIFERENCIAL
DE NÚMERO.
As formas verbais singulares tem e vem são monossílabos tônicos e,
por isso, dispensariam a acentuação (a regra é acentuar somente os
monossílabos tônicos terminados em A / E / O).
A conjugação na 3ª pessoa do singular dos verbos derivados recebe
acentuação (detém, contém, entretém etc.) em atendimento à regra
dos oxítonos terminados por “EM”.
Esses gramáticos consideram, então, que o acento circunflexo (têm,
vêm, detêm, contêm, entretêm) serve tão-somente para indicar que
o verbo está no plural.

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Dessa forma, a regra de acentuação, segundo eles, é:


têm (acento diferencial de número)
vêm (acento diferencial de número)
detém (oxítona terminada em EM)
detêm (acento diferencial de número c/c oxítona terminada em
EM).
Lembramos que não houve mudança nenhuma em relação à
acentuação da conjugação dos verbos VIR e TER.
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
Em relação às palavras “forma” e “fôrma”, admite-se
FACULTATIVAMENTE o acento circunflexo na acepção de “vasilha”
(fôrma de bolo) para diferenciar-se da homógrafa de timbre aberto
equivalente a “formato” (forma física) ou relativa à conjugação do
verbo FORMAR (ele forma).
A conjugação do verbo DAR no presente do subjuntivo da 1 a pessoa
do plural pode ser grafada com acento circunflexo (uso
facultativo) (“Eles esperam que nós DÊMOS as mãos.”) para
diferenciar da conjugação do mesmo verbo no pretérito perfeito do
indicativo (“Ontem, nós demos a má notícia ao rapaz.”).
TREMA
O trema deixou de existir, conservando-se apenas nas palavras
derivadas de nomes próprios que possuem este sinal: “mülleriano”
(derivado de “Müller”).
Cuidado, pois os verbos DISTINGUIR, EXTINGUIR, ADQUIRIR já não
registravam a pronúncia do U e por isso sempre foram (e serão)
grafados sem trema.
Atente para o fato de que o que mudou foi a GRAFIA e não o som.
Assim, ainda que não exista mais aqueles dois pontinhos sobre a letra
U, você continuará a pronunciar essa vogal de forma átona (do
mesmo jeitinho que antigamente).
Exemplo:______________________________________.
Antes de passarmos para os exercícios de fixação, vamos falar um
pouco sobre Semântica, assunto que tem uma grande relação com
Ortografia.

SEMÂNTICA
É o estudo do sentido das palavras de uma língua. Estuda
basicamente os seguintes aspectos: sinonímia, paronímia, antonímia,
homonímia, polissemia, conotação e denotação.

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Sinonímia
É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que
apresentam significados iguais ou semelhantes - SINÔNIMOS.
Ex.: Cômico - engraçado
Débil - fraco, frágil
Distante - afastado, remoto
Antonímia
É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que
apresentam significados diferentes, contrários - ANTÔNIMOS.
Ex.: economizar / gastar; bem / mal; bom / ruim
É nesse ponto – HOMONÍMIA E PARONÍMIA – que verificamos
a importância da ortografia – a depender do significado, a
grafia da palavra pode ser alterada.
Homonímia
É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem
significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica -
HOMÔNIMOS.
As homônimas podem ser:
Homógrafas heterofônicas (ou homógrafas) - são as palavras
iguais na escrita e diferentes na pronúncia.
Ex.: gosto (substantivo) - gosto (1ª pess. sing. pres. ind. - verbo
gostar)
Conserto (substantivo) – conserto (1ª pess. sing. pres. ind. - verbo
consertar)

Homófonas heterográficas (ou homófonas) - são as palavras


iguais na pronúncia e diferentes na escrita.
Ex.: cela (substantivo) - sela (verbo)
Cessão (substantivo) – sessão (substantivo)
Cerrar (verbo) - serrar (verbo)

Homófonas homográficas (ou homônimos perfeitos) - são as


palavras iguais na pronúncia e na escrita.
Ex.: cura (verbo "curar", no presente do indicativo) - cura
(substantivo)
Verão (verbo "ver", no futuro do presente do indicativo) - verão
(substantivo)

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Cedo (verbo "ceder", no presente do indicativo) - cedo (advérbio)

Na tirinha a seguir, veremos alguns casos de "homônimos perfeitos".

No primeiro quadrinho, temos o substantivo "brinco" e, em seguida, a


forma verbal "brinco", do verbo BRINCAR. No terceiro quadro, o
substantivo "amo" (= senhor), contrapondo-se à forma verbal "amo",
do verbo "amar". Por fim, do verbo "suspirar", temos tanto a forma
verbal "suspiro" (presente do indicativo) quanto o substantivo (o ato
de suspirar", que possui como correspondente o delicioso doce,
apresentado na última cena.

Paronímia
É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que
possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na
pronúncia e na escrita - PARÔNIMOS.
Ex.: cavaleiro - cavalheiro
Absolver - absorver
Comprimento cumprimento
Abaixo, apresentamos uma relação com alguns homônimos e
parônimos, acompanhados de seus significados.
A nossa intenção, ao apresentar essa lista, é mostrar as diferentes
formas de grafia, a depender do sentido do vocábulo. Não quero ver
ninguém decorando a lista na frente do espelho. O aluno deve ter
ciência da existência dessas palavras e, na medida do possível,

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incorporá-las ao seu próprio vocabulário. Esse é o melhor método de


memorização.

ACENDER: iluminar; por fogo em;


ASCENDER: subir; elevar (daí: ASCENSÃO, ASCENSORISTA,
ASCENDENTE).
ACIDENTE: ocorrência casual grave;
INCIDENTE: episódio casual sem gravidade, sem importância.
AFERIR: conferir ("Ele aferiu o relógio de luz.");
AUFERIR: colher, obter ("Ele auferiu bons resultados").
AMORAL: ausência de moral, que ignora um conjunto de princípios;
IMORAL: Que é contrário, que desobedece a um conjunto de princípios.
ÁREA: dimensão, espaço;
ÁRIA: peça musical para uma só voz.
ARREAR: colocar arreios em;
ARRIAR: abaixar.
ACÉTICO: relativo ao vinagre;
ASCÉTICO: relativo ao Ascetismo;
ASSÉPTICO: relativo à assepsia.
BROCHA: prego curto, de cabeça larga e chata;
BROXA: tipo de pincel.
CAÇAR: perseguir, capturar a caça;
CASSAR: anular.
CACHOLA: cabeça;
CAIXOLA: caixa pequena.
CEGAR: tirar a visão de;
SEGAR: ceifar, cortar.
CELA: aposento de religiosos ou de prisioneiros;
SELA: arreio de cavalo, 3ª p. s., pres. ind., v. selar.
CENSO: recenseamento;
SENSO: juízo claro.
CÉ(P)TICO: que ou quem duvida;
SÉ(P)TICO: que causa infecção.

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CERRAR: fechar;
SERRAR: cortar.
CERVO: veado;
SERVO: servente, escravo.
CESTA: utensílio geralmente de palha para se guardar coisas;
SESTA: hora de descanso, normalmente após o almoço;
SEXTA: ordinal feminino de seis.
COMPRIDO: longo;
CUMPRIDO: particípio passado do verbo CUMPRIR.
COMPRIMENTO: uma das medidas de extensão (largura e altura);
CUMPRIMENTO: ato de cumprimentar alguém, saudação, ou de
cumprir algo.
CONCERTAR: harmonizar, conciliar.
CONSERTAR: pôr em boa ordem; dar melhor disposição a; arrumar,
arranjar".
CONCERTO: apresentação ou obra musical;
CONSERTO: ato ou efeito de consertar, reparar algo.
CORINGA: tipo de vela que se coloca em algumas embarcações;
CURINGA: carta de baralho.
COSER: costurar;
COZER: cozinhar.
DEFERIMENTO: concessão, atendimento;
DIFERIMENTO: adiamento; (Assim também: DEFERIR = CONCEDER;
DIFERIR = ADIAR, DIVERGIR)
DELATAR: denunciar (delação);
DILATAR: retardar, adiar (dilação).
DESCRIÇÃO: ato de descrever, tipo de redação, exposição;
DISCRIÇÃO: qualidade daquele que é discreto.
DESCRIMINAR: inocentar, absolver (DESCRIMINAÇÃO);
DISCRIMINAR: distinguir, diferenciar, separar (DISCRIMINAÇÃO).
DESMITIFICAR: fazer cessar a mitificação, ou seja, a conversão em
mito de alguma coisa ou alguém;
DESMISTIFICAR: livrar ou tirar da mistificação, que significa burla,
engano, abuso de credulidade.

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DESPENSA: compartimento para se guardar alimentos;


DISPENSA: demissão.
DESTRATAR: insultar;
DISTRATAR: romper um trato, desfazer um contrato.
EMINENTE: que se destaca, excelente, notável;
IMINENTE: que está prestes a ocorrer, pendente.
EMITIR: expedir, emanar, enunciar, lançar fora de si;
IMITIR: fazer entrar, investir.
EMPOÇAR: formar poça;
EMPOSSAR: dar posse a alguém.
ESPECTADOR: aquele que vê, que assiste a alguma coisa;
EXPECTADOR: o que está na expectativa de, à espera de algo.
ESPIAR: espreitar, olhar;
EXPIAR: redimir-se, pagar uma culpa.
ESPREMIDO: particípio do verbo ESPREMER;
EXPRIMIDO: particípio do verbo EXPRIMIR (também EXPRESSO).
FLAGRANTE: evidente, fato que se observa no momento em que
ocorre;
FRAGRANTE: que exala cheiro agradável, aromático (fragrância).
FLUIR: correr (líquido), passar (tempo);
FRUIR: desfrutar, gozar.
INCIPIENTE: iniciante, inexperiente;
INSIPIENTE: ignorante.
INFLAÇÃO: ato de inflar, aumento de preços;
INFRAÇÃO: desobediência, violação, transgressão.
INFLIGIR: aplicar ou determinar uma punição, um castigo;
INFRINGIR: desobedecer, violar, transgredir.
MEAR: dividir ao meio;
MIAR: dar mios (voz dos gatos).
RATIFICAR: confirmar, corroborar;
RETIFICAR: alterar, corrigir.
RUÇO: grisalho, desbotado (gíria: "difícil");
RUSSO: relativo à Rússia.
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SEÇÃO (ou SECÇÃO): parte, divisão, departamento, ato de seccionar;


SESSÃO: espaço de tempo, programa;
CESSÃO: doação, ato de ceder.
SOAR: emitir determinado som;
SUAR: transpirar.
SORTIR: abastecer, prover;
SURTIR: ter como consequência, produzir, alcançar efeito.
TACHAR: censurar, acusar, botar defeito em; só pode ser empregado
em ideias pejorativas;
TAXAR: estabelecer um preço, um imposto, tributar; estipular o preço,
o valor de algo - acaba, por analogia, significando também "avaliar,
julgar". Pode, por isso, ser usado tanto para os atributos bons como
para os ruins.
VESTIÁRIO: local para trocar de roupa em clubes, colégios, etc;
VESTUÁRIO: é o traje, a indumentária, as roupas que usamos.
VULTOSO: de grande vulto, nobre, volumoso;
VULTUOSO: sofre de inchaço, especialmente na face e nos lábios.
USUÁRIO: o que desfruta o direito de usar alguma coisa;
USURÁRIO: o que pratica a usura ou agiotagem.

Conotação e Denotação
Conotação é o uso da palavra com um significado diferente do
original, criado pelo contexto.
Ex.: Você tem um coração de pedra.
Denotação é o uso da palavra com o seu sentido original.
Ex.: Pedra é um corpo duro e sólido, da natureza das rochas.
Polissemia
É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários
significados.
Ex.: Ele ocupa um alto posto na empresa.
Abasteci meu carro no posto da esquina.
Resolva, agora, as questões de fixação.
Elas servem tanto para gravar os conceitos, quanto para você
observar como as bancas exploram esses conhecimentos.

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Felizmente, há farto material sobre o assunto e pudemos selecionar


muitas questões. O mesmo pode não acontecer com determinados
pontos do programa.
Nessa parte, você encontrará dois tipos de questão: as reproduzidas
na íntegra, caso em que você deverá indicar a letra referente à opção
correta; e as adaptadas, em que apenas um ou alguns itens foram
selecionados – nesses casos, você deverá analisar a correção
gramatical da passagem (item correto ou incorreto). Neste caso, o
item apresentado não necessariamente será o gabarito da questão.
Ele pode estar certo ou errado – você deve avaliar a sua correção.
O gabarito está no fim do material.
Assim como em todas as aulas, foi mantida a grafia original da prova
em que foi aplicada a questão. Nos comentários, se houver alguma
palavra porventura modificada em função do advento das novas
regras de ortografia, faremos a correspondente citação.
Bons estudos e até a próxima.

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QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1 - (Fundação Carlos Chagas / TRT 24ª Região – Analista Judiciário /
2004)
Todas as palavras estão corretamente grafadas na frase:
(A) A obsolecência das instituições constitue um dos grandes desafios
dos legisladores, cuja função é reconhecer as solicitações de sua
contemporaneidade.
(B) Ao se denigrirem as boas reputações, desmoralizam-se os bons
valores que devem reger uma sociedade.
(C) A banalisação dos atos anti-sociais é um sintoma da doença do
nosso tempo, quando a barbárie dissimula-se em rotina.
(D) Quando, numa mesma ação, converjem defeitos e méritos,
confundimo-nos, na tentativa de discriminá-los.
(E) Os hábitos que medeiam as relações sociais são louváveis,
quando eticamente instituídos, e odiosos, quando ensejam privilégios.

2 - (Fundação Carlos Chagas /Assistente de Defesa Agropecuária


MA/ Março 2004)
Há palavras escritas de modo INCORRETO na frase:
(A) A expansão da fronteira agrícola no país mobiliza interesses
conflitantes entre o necessário aumento da produção e a preservação
dos recursos naturais.
(B) A crecente colaboração entre órgãos do governo e entidades
privadas pode garantir o hêsito de ações diversas contra doenças na
agricultura.
(C) Vários cientistas dedicam-se a pesquisar formas eficazes de
controlar a disseminação de pragas em lavouras espalhadas por todas
as regiões.
(D) É essencial, na busca de excelência do agronegócio, a
transmissão de conhecimento ao homem do campo, além do uso
intensivo de tecnologia.
(E) A explosão do contingente populacional em todo o planeta exige
produção cada vez maior de alimentos, o que justifica investimentos
e pesquisas.

3 - (Fundação Carlos Chagas /TRT 8ª Região – Técnico Judiciário /


Dezembro 2004)
Há palavras escritas de maneira INCORRETA na frase:

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(A) Recursos científicos e tecnológicos devem oferecer possibilidade


de inserção social à população carente e desassistida das grandes
cidades.
(B) Um regime de crescente colaboração entre governo, instituições
privadas e sociedade garantirá o hêsito de diversos programas
direcionados a adolecentes mais pobres.
(C) Ao atribuir excessivo valor ao consumo de bens supérfluos, a
sociedade passa a exigir que as pessoas aparentem poder econômico,
mesmo falso.
(D) Em várias regiões, o inchaço urbano, resultante do intenso êxodo
rural, é responsável pelo crescimento desmedido do número de
favelados.
(E) Extensas áreas, em todo o mundo, encontram-se ocupadas por
populações que vivem em situação de miséria, destituídas dos
direitos básicos da cidadania.

4 – (Fundação Carlos Chagas / Analista TRT 23ª.Região / Outubro


2004)
A mesma regra que justifica a acentuação no vocábulo início aplica-
se em
(A) técnica.
(B) idéia.
(C) possível.
(D) jurídica.
(E) vários.

5 - (Fundação Carlos Chagas /TRT 3ª Região – Técnico Judiciário /


Janeiro 2005)
As palavras do texto que recebem acento gráfico pela mesma razão
que o justifica nas palavras ofício e idéias, respectivamente, são
(A) único e história.
(B) salários e Níger.
(C) inteligências e notável.
(D) período e memória.
(E) agência e heróicas.

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6 - (CESPE UnB /PCDF/ 1998)


Assinale a opção correta.
(a) Uma mesma regra oriente a acentuação de “lá”, “Tamanduá”,
“aí” e “através”.
(b) Os vocábulos “notaríamos”, “estirávamos” e “supúnhamos”
recebem acento gráfico por serem formas verbais na primeira
pessoa do plural.
(c) Uma única regra justifica o acento gráfico dos vocábulos
“lençóis” e “róseo”.
(d) O ditongo nasal /ãw/ pode ser escrito “am”, como em
“perturbam”, ou “ão", como em “levarão”: com a primeira
grafia escrevem-se sílabas átonas; com a segunda, sílabas
tônicas ou átonas, a exemplo do que ocorre em “órfão”.

7 - (Fundação Getúlio Vargas SP/ Fiscal MS/ 2000)


Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente
acentuadas.
(a) juízes, propôr, acórdão
(b) ávaro, deságua, caráter
(c) papéis, hífen, debênture
(d) polícia, gratuíto, saúva

8 - (ESAF / IPEA/ 2004 -adaptada)


Em relação ao texto, julgue a assertiva abaixo.
- A palavra “estereótipos” é acentuada pela mesma regra gramatical
que exige acento em “metáfora” e em “científica”.

9 - (ESAF / TTN/ 1997 -adaptada)


Julgue a correção gramatical dos itens abaixo.
I - As palavras “genérica”, “públicos” e “excluídos” são acentuadas
com base na mesma regra gramatical.
II - Acentuam-se as palavras “precários”, “previdenciárias”,
“tributários” porque são paroxítonas terminadas em ditongo
crescente.
III - Em “A perda de receita fiscal” ( .11), admite-se como língua
padrão escrita também a forma erudita “perca”.

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Está (ão) correto(s):


a) I e II, somente.
b) II, somente.
c) III, somente.
d) II e III, somente.
e) todos os itens.

10 - (ESAF / TTN/ 1998 -adaptada)


1 Na última terça-feira, fiscais da Receita Federal fizeram uma blitz
no Porto de Santos com resultados surpreendentes. Eles apreende-
ram 122 contêineres com uma carga de 1500 toneladas de
mercadoria importada de maneira fraudulenta. Num deles, mochilas
5 chinesas, dessas que a criançada usa na escola, por um preço
declarado de 70 centavos de dólar a dúzia – ou 5 centavos a
unidade, o que é um valor impraticável mesmo na China. Em outro,
que deveria carregar "peças diversas" segundo o documento de
importação, acharam uma perua van. No total, os produtos
10 confiscados valem 41 milhões de reais. Essa foi a maior apreensão
feita pela Receita Federal em sua história e aponta para um
problema que está crescendo à sombra da abertura comercial. Na
gíria dos fiscais, ele se chama "importabando". Nessa operação, o
importador malandro declara à Receita um valor muito menor do
15 que realmente pagou por aquilo que está trazendo. O objetivo é
recolher menos impostos e concorrer em posição de vantagem com
o comerciante que importou de maneira legal.
Não há um cálculo oficial sobre o volume de contrabando, ou de
importações com documentação fraudada, que está ingressando no
país, mas apenas uma estimativa feita pela Confederação Nacional
de Comércio. Ela calcula que, no ano passado, produtos no valor de
15 bilhões de dólares foram importados irregularmente, causando
uma perda fiscal de 4 bilhões.
(Roger Ferreira e Leonel Rocha - Veja - 21/1/98, adaptado)
Analise a seguinte afirmação.
- "perca" é uma variante da palavra "perda" (l.18) na norma culta.

11 - (FUNDEC / TRT RJ / 2003)


Assim como os verbos amenizar (linha 3), sinalizar (linha 36) e
protagonizar (linha 12), escrevem-se com a letra Z todos os
relacionados abaixo, porque são derivados com o sufixo -izar. Numa
das relações, entretanto, há um verbo com erro de grafia, pois pelas
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normas ortográficas deve ser escrito com S. Este verbo encontra-se


na opção:

A) minimizar / politizar / pulverizar / catequizar;


B) amortizar / arborizar / hipnotizar / preconizar;
C) avalizar / cotizar / indenizar / exorcizar;
D) enfatizar / polemizar / paralizar / arcaizar;
E) contemporizar / fiscalizar / sintonizar / entronizar.

12 - (Fundação Carlos Chagas /Procurador BACEN/ Janeiro 2006 -


adaptada) Julgue os itens:
(I) incipiente tem o mesmo significado da palavra análoga
insipiente.
(II) ganhos mais vultosos – o adjetivo grifado admite a forma
variante vultuosos.

13 - (VUNESP/ BACEN/ 1998)


Assinale a alternativa em que a palavra grifada escreve-se de acordo
com o significado expresso pelo contexto geral da frase.
(A) Aqui por estas paragens encantadoras, os bons momentos
fluem como as águas cristalinas de um riacho.
(B) Não me parece muito prudente a estadia das meninas, por
muito tempo, naquele hotel mais do que suspeito.
(C) Era fragrante sua intenção de disputar nas próximas eleições a
presidência do clube.
(D) Vultuosa soma de dinheiro dói desviada dos cofres públicos, na
última campanha municipal.

14 - (CESPE UnB /Câmara dos Deputados / 2002)


Julgue o item abaixo.

- Na língua portuguesa brasileira atual, a palavra estadia tem seu


emprego como uma opção correta para o contexto de estada, pois
ambas se equivalem semanticamente, assim como as formas
melhora e melhoria, morada e moradia.

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15 - (ESAF / AFRF / 2003) Indique o item em que todas as palavras


estão corretamente empregadas e grafadas.
a) A pirâmide carcerária assegura um contexto em que o poder de
infringir punições legais a cidadãos aparece livre de qualquer excesso
e violência.
b) Nos presídios, os chefes e subchefes não devem ser exatamente
nem juízes, nem professores, nem contramestres, nem suboficiais,
nem “pais”, porém avocam a si um pouco de tudo isso, num modo de
intervenção específico.
c) O carcerário, ao homogeinizar o poder legal de punir e o poder
técnico de disciplinar, ilide o que possa haver de violento em um e de
arbitrário no outro, atenuando os efeitos de revolta que ambos
possam suscitar.
d) No singular poder de punir, nada mais lembra o antigo poder do
soberano iminente que vingava sua autoridade sobre o corpo dos
supliciados.
e) A existência de uma proibição legal cria em torno dela um campo
de práticas ilegais, sob o qual se chega a exercer controle e aferir
lucro ilícito, mas que se torna manejável por sua organização em
delinqüência.

16 – (Fundação Carlos Chagas / Auditor Fiscal Paraíba / 2006)


Nas frases
I. O mau julgamento político de suas ações não preocupa os
deputados corruptos. Para eles, o mal está na mídia impressa
ou televisiva.
II. Não há nenhum mau na utilização do Caixa 2. Os recursos
não contabilizados não são um mau, porque todos os políticos o
utilizam.
III. É mau apenas lamentar a atitude dos políticos. O povo
poderá puni-los com o voto nas eleições que se aproximam.
Nesse momento, como diz o ditado popular, eles estarão em
mal lençóis.
o emprego dos termos mal e mau está correto APENAS em
(A) I.
(B) I e II.
(C) II.
(D) III.
(E) I e III.

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17 - (ESAF /AFRF /2002-1 - adaptada)


Analise se ambos os períodos estão gramaticalmente corretos.
- O incitamento à discriminação não afasta a possibilidade de
cometimento também de injúria, motivada pela discriminação ou
qualquer outro crime contra a honra, previsto no CPB ou mesmo na
Lei de Imprensa. / O incitamento à descriminação não afasta a
possibilidade de cometimento também de injúria, motivado pela
descriminação ou quaisquer outro crime contra a honra, previsto no
CPB ou mesmo na Lei de Imprensa.

18 - (ESAF /AFC CGU 2003/2004)


Assinale a opção que corresponde a palavra ou expressão do texto
que contraria a prescrição gramatical.
No século XX, a arte cinematográfica introduziu um novo conceito de
tempo. Não mais o conceito linear, histórico, que perspassa(1) a
Bíblia e, também, as pinturas de Fra Angelico ou o Dom Quixote, de
Miguel de Cervantes. No filme, predomina a simultaneidade(2).
Suprimem-se(3) as barreiras entre tempo e espaço. O tempo adquire
caráter espacial, e o espaço, caráter temporal. No filme, o olhar da
câmara e do espectador(4) passa, com toda a liberdade, do presente
para o passado e, desse, para o futuro. Não há continuidade
ininterrupta(5).
(Adaptado de Frei Betto)
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

19 - (CESPE UnB / Câmara dos Deputados / 2002)


A maioria dos primeiros textos que foram escritos para descrever
terra e homem da nova região levam a assinatura de portugueses.
Respondem às próprias perguntas que colocam, umas atrás das
outras, em termos de violentas afirmações eurocêntricas. A
curiosidade dos primeiros colonizadores é menos uma instigação ao
saber do que a repetição das regras de um jogo cujo resultado é
previsível. Os nativos eram de carne-e-osso, mas não existiam como
seres civilizados, assemelhavam-se a animais. Na Carta de Pero Vaz
de Caminha, escrita a el-rei D. Manuel, observam-se melhor as
obsessões dos portugueses, intrusos assustados e visitantes

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temerosos, que desembarcam de inusitadas casas flutuantes, do que


as preocupações dos indígenas, descritos como meros espectadores
passivos do grande feito e do grande evento que é a cerimônia
religiosa da missa, realizada em terra. Não é, pois, por casualidade
que a primeira metáfora para descrever a condição do indígena
recém-visto é a “tábula rasa”, ou o “papel branco”. Eis uma boa
descodificação das metáforas: eles não possuem valores culturais ou
religiosos próprios e nós, europeus civilizados, os possuímos; não
possuem escrita e eu, português que escrevo, possuo. Mas da tábula
rasa e do papel branco trazia o selvagem, ainda dentro do raciocínio
etnocêntrico, a inocência e a virtude paradisíacas, indicando que, no
futuro, aceitariam de bom grado a voz catequética do missionário
jesuíta que, ao impô-los em língua portuguesa, estaria ao mesmo
tempo impondo os muitos valores que nela circulam em
transparência.
Avalie a afirmação a seguir.
- A palavra “espectadores” (l.12), em relação à forma expectadores,
exemplifica, em língua portuguesa, um dos casos em que há
flutuação ortográfica, com formas homônimas que podem se alternar
no mesmo contexto e com o mesmo significado.

20 - (ESAF / TCU / 2006 - adaptada)


As barreiras regulatórias vão da dificuldade burocrática de abrir um
empreendimento ao custo tributário de mantê-lo em funcionamento.
No Brasil, representam 11% da muralha antidesenvolvimento e
resultam, na maioria das vezes, da mão pesada do Estado – criador
de labirintos burocráticos, de onerosa e complexa teia de impostos e
de barreiras comerciais.
(Adaptado de Revista Veja, 7 de dezembro de 2005.)

Em relação ao texto, analise as assertivas abaixo.


I - A expressão “mão pesada” (l. 5) está sendo empregada em
sentido conotativo.
II - A expressão “teia” (l. 6) está empregada em sentido denotativo.

21 - (VUNESP/ BACEN/ 1998)


Assinale a alternativa que contém palavras empregadas
conotativamente.
(A) A filosofia desce finalmente da torre de marfim em direção à
praça pública.

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(B) Filosofia se diz de muitas maneiras: um livro de especialista,


uma tese de doutorado, um texto didático.
(C) Atitudes excêntricas do filósofo acabaram por popularizar suas
idéias.
(D) O sucesso de debates garante a manutenção dos programas de
estudos filosóficos.
(E) Passagens dos escritos dos filósofos, apesar de arbitrários, são
responsáveis pelo entusiasmo dos debatedores.

22 - (NCE UFRJ/ ANAC – Analista /2007)


TEXTO – MAQUIAGEM
Nesta época, no ano passado, começou a se constatar nas prateleiras
dos supermercados uma “maquiagem” de produtos. Consistia,
basicamente, em reduzir a quantidade de mercadoria embalada,
mantendo o preço de venda.
O assunto despertou celeuma entre associações de consumidores,
fábricas e autoridades governamentais. O Ministério da Justiça
acabou por reagir, multando empresas que, segundo seu
entendimento, haviam ludibriado a boa-fé dos consumidores. Um ano
depois, pode-se dizer que houve alguma melhora na situação.
Houve alguma confusão acerca do que estava errado na prática da
“maquiagem”. Uma empresa tem todo direito de diminuir, quando e
quanto quiser, o volume contido na embalagem de seus produtos. O
que estava errado na prática da “maquiagem”, e que configura um
desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor, era que as
empresas mudaram os seus produtos sem avisar clara e
antecipadamente o consumidor do que estavam fazendo.
Nem todas as “maquiagens” foram desfeitas, mas o resultado
daqueles embates, um ano depois, serviu para fortalecer ainda mais
a cultura de que o cidadão, enquanto consumidor, tem uma série de
direitos que têm de ser respeitados.
Folha de São Paulo, dezembro de 2002
O termo “maquiagem” aparece entre aspas, no primeiro período do
texto, porque:
(A) se trata de um estrangeirismo de origem francesa;
(B) está empregado fora de seu sentido habitual;
(C) tem valor irônico;
(D) representa uma grafia portuguesa de palavra estrangeira;
(E) é um arcaísmo, ou seja, palavra que caiu em desuso.

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23 - (ESAF / IPEA/ 2004 - adaptada)


Depois da Independência, o Brasil e os demais países latino-
americanos se transformaram, no século XIX, nos primeiros estados
nacionais nascidos fora da Europa. Uma exceção notável, no
momento em que alguns países europeus começavam sua segunda
e veloz expansão colonial, na África e na Ásia.
Naquele momento, entretanto, esses estados eram centros de poder
muito frágeis e não tinham capacidade de exercer suas soberanias,
dentro e fora dos seus territórios. Além disso, não dispunham de
economias ou mercados nacionais. Por isso, a América Latina ficou
marginalizada dentro do sistema interestatal de competição entre as
Grandes Potências, e pôde ser transformada em um laboratório de
experimentação do "imperialismo de livre-comércio", defendido por
Adam Smith, e praticado pela Inglaterra, na primeira metade do
século XIX.
(Adaptado de José L. Fiori Brasil: Inserção Mundial e
Desenvolvimento)
Julgue a seguinte afirmação:
- Seria gramaticalmente correta, sem necessidade de outras
alterações no texto, a substituição de “latino-americanos” por
latinoamericanos.

24 - (ESAF/Analista Comércio Exterior/2002)


Entre os males que afligem a sociedade brasileira o contrabando é,
sem dúvida, um dos mais sérios, sobretudo porque dele decorrem
inúmeros outros. Observa-se, no dia-a-dia, que o contrabando já faz
parte da rotina das cidades, tanto nas atividades informais quanto no
suprimento da rede formal de comércio, tomando o lugar de produtos
legalmente comercializados. Os altos lucros que essas atividades
ilícitas proporcionam, aliados ao baixo risco a que estão sujeitas,
favorecem e intensificam a formação de verdadeiras quadrilhas, até
mesmo com participação de empresas estrangeiras. São organizações
de caráter empresarial, estruturadas para promover tais práticas nos
mais variados ramos de atividade.
(Adaptado de www.unafisco.org.br, 30/10/2000)
Com base no texto acima, julgue a afirmação que segue.
- A expressão “dia-a-dia”(l.3) corresponde à idéia de “o viver
cotidiano”, e dia a dia corresponde à idéia de passagem do tempo,
ou seja, dia após dia.

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25 - (ESAF / IPEA / 2004)


Assinale a opção que apresenta erro de morfologia, grafia das
palavras ou emprego de vocabulário inadequado.
a) É possível gerar desenvolvimento em curto prazo. O ganho real de
salários aumenta o consumo. Logo, o comércio cresce e gera
empregos. A indústria, reativada, gera mais empregos. Os serviços
aumentam e criam empregos.
b) Novos empregos geram consumo e, então, está formada a aspiral
desenvolvimentista do crescimento sustentado. O reverso da medalha
é que o achatamento salarial representa uma queda brutal na
economia do país.
c) Uma das estratégias do neoliberalismo é manter alto o nível de
desemprego para que os trabalhadores percam, entre outros, o poder
de pressão e de negociação, os salários baixem e o lucro das
empresas aumente.
d) Achatar salários significa concentrar renda. O Brasil é hoje um dos
países mais injustos e de maior concentração de renda do mundo.
e) O achatamento salarial beneficia fortemente as corporações
transnacionais. Elas conseguem pagar cada vez menores salários,
lucrar cada vez mais e remeter mais lucros para o exterior,
empobrecendo o nosso País dia a dia.
(Fernando Siqueira, Para Gerar Emprego e Desenvolvimento)

26 - (ESAF /AFC /2002 - adaptada)


Julgue a correção gramatical do segmento abaixo.
- Nem os primeiros merecem inteiramente o epíteto de apocalípticos,
pois não são em geral niilistas ou utópicos, nem os últimos fazem juz
à designação de integrados, posto que proclamam querer reagir
contra o pior da "desordem estabelecida".

27 – (FCC / MPU Analista / 2007)


Julgue a assertiva abaixo.

- O emprego de melhor, em Não há exemplo melhor, está em


conformidade com as normas gramaticais, assim como o do
segmento assinalado em “Foram os exemplos mais bem escolhidos”.

28 - (UnB CESPE/ PRF / 2008)


Considerando que os fragmentos de texto incluídos nas opções
abaixo, na ordem em que são apresentados, são partes sucessivas de

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um texto adaptado de Marcelo Gleiser, analise se, no fragmento


adaptado a seguir, foram atendidos plenamente os preceitos de
clareza e correção gramatical.
- A novidade do novo trabalho é a confluência de outros eventos
astronômicos, já anteriormente mencionados e ocorridos, que apoiam
a tese de que Homero tinha o eclipse, em mente, quando escreveu as
famosas linhas: “O Sol sumiu do céu e uma escuridão funesta cobriu
tudo!”

29 - (UnB CESPE/SECAD TO – Nível Médio/2008)


Julgue o item a seguir
- A palavra “microcontista” também poderia ter sido grafada
corretamente com hífen (micro-contista).

30 – (FUNRIO/SÃO PAULO TURISMO – NÍVEL MÉDIO/2009)


Assinale a alternativa que preenche corretamente o trecho abaixo:
Falou muito tempo ___(1)___ sua última reunião de negócios,
enquanto esperava o frentista encher o tanque do seu carro com
___(2)___ 60 reais em álcool. O auditório para o qual se dirigia
estava repleto de pessoas esperando por suas considerações
___(3)___ crise econômica ___(4)___ duas horas. Naquele simpósio
houve ___(5)___ oito oradores proferindo suas teorias ___(6)___
crise econômica atual e do sistema financeiro nacional. Esse evento
aconteceu ___(7)___ dez anos.
a) acerca de/ cerca de/ acerca da/ há cerca de/ cerca de/ acerca da/
há cerca de.
b) cerca de/ acerca de/ há cerca da/ há cerca de/ cerca de/ cerca da/
há cerca de.
c) há cerca de/ a cerca de/ cerca da/ a cerca de/ acerca de/ há cerca
da/ há cerca de.
d) a cerca de/ cerca de/ acerca da/ há cerca de/ cerca de/ acerca da/
a cerca de.

31 – (FUNRIO/SÃO PAULO TURISMO – NÍVEL MÉDIO/2009)


Assinale a alternativa que preenche corretamente o trecho abaixo:
Foi um __(1)__ negócio a compra desse hotel, justamente agora que
o __(2)__ tempo acabou com a temporada de férias. Mas, como
dizem as nossas avós: “Não há __(3)__ que sempre dure e bem que
nunca acabe”. __(4)__ chegando os hóspedes, já começaram a

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reclamar do __(5)__ tempo, além de perceberem o __(6)__ que a


geada fez às parreiras de uvas que enfeitam os jardins de nosso
hotel.
a) mau/ mau/ mal/ mal/ mau/ mal.
b) mal/ mal/ mau/ mau/ mal/ mau.
c) mau/ mal/ mau/ mal/mau/ mal.
d) mau/ mau/ mau/ mal/ mal/ mal.

32 - (FUMARC/ PREF.NOVA LIMA – MG – PROCURADOR/2011)


Assinale a proposição CORRETA a respeito dos homônimos perfeitos:
a) “...O acordo será firmado através de palavras orais e escritas”.
“Acordo sempre no horário previsto”.
b) “Os juízes e os tribunais, em suas sentenças, acórdão e arestos,
decidem mediante palavras”.
“A mãe não soube ensinar as sentenças à filha”.
c) “O que se critica, de agora em diante, não pode ficar impune”.
“A crítica que ela fez ao tribunal não tinha respaldo”.
d) “O estudante tropeça nas palavras, durante o discurso de
paraninfo”.
“O tropeço do advogado, quando discursava, o levou ao chão”.

33 - (FUNRIO – ADVOGADO – PREFEITURA BANDEIRANTES -


SP/2007)
Os vocábulos farmácia, chapéu, coroa e Saara, possuem
respectivamente:
a) ditongo decrescente, ditongo crescente, tritongo e hiato
b) ditongo decrescente, ditongo crescente, ditongo crescente e hiato
c) ditongo crescente, ditongo decrescente, hiato e hiato
d) ditongo crescente, ditongo decrescente, ditongo crescente e hiato

34 – (FUNRIO – ADVOGADO – PREFEITURA BANDEIRANTES -


SP/2007)
Assinale a alternativa em que ocorre um ditongo crescente em todas
as palavras:
a) série, degrau
b) régua, vácuo

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c) história, beijo
d) fauna, breu

35 – (FUNRIO/SÃO PAULO TURISMO – NÍVEL MÉDIO/2009)


A respeito do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinale
alternativa que contém a resposta correta para as proposições
seguintes:
I – Palavras paroxítonas com ditongos abertos "ei" e "oi" como
"idéia", "heróico" e "assembléia" deixam de levar o acento agudo.
II - Deixa de existir o acento circunflexo em paroxítonas com duplos
"e" ou "o", em formas verbais como "vôo", "dêem" e "vêem".
III - Em algumas palavras proparoxítonas cuja entonação entre
brasileiros e portugueses é diferente, com inflexão mais aberta ou
fechada, ambas as grafias serão aceitas, como em "fenômeno" ou
"fenómeno", "tênis" e "ténis".
IV - Palavras oxítonas como "caratê" e "crochê" também poderão ser
escritas "caraté" e "croché".
a) todas as proposições são verdadeiras.
b) todas as proposições são falsas.
c) as proposições I e II são verdadeiras e III e IV são falsas.
d) as proposições III e IV são verdadeiras e I e II são falsas.

::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

Agora que você resolveu todas as questões (espero...), veja o


gabarito e leia os comentários.
Se houver dúvidas, estarei à disposição no fórum.
Abraço, bons estudos e até a próxima.

Sugestão de exemplos:
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Monossílabos tônicos terminados em - A(S), - E(S), - O(S): fé,
pá, rés, pó, nós
Oxítonos terminados em - A(S), - E(S), - O(S), - EM (-ENS):
café, chaminé, Pará, dominó, freguês, vintém, também, reféns

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Paroxítonos que NÃO terminam em - A(S), - E(S), - O(S), - EM


(- ENS), AM: fácil, caráter, tórax, órgão, bônus, táxi, ímã (note que
foneticamente esse vocábulo termina com “am”, o que justifica a
acentuação). Como a regra é acentuar o que for em menor número,
não se acentuam as paroxítonas terminadas em “am” por englobarem
TODOS os verbos de primeira conjugação (-AR) na 3ª pessoa do
plural do presente do indicativo – cantam, pensam, brincam – e do
pretérito perfeito do indicativo dos verbos de todas as conjugações (-
AR, -ER, -IR): cantaram, beberam, partiram. Mais sobre esse
assunto, veremos no comentário à questão 6 deste material.
Paroxítonos terminados em ditongo crescente: Cláudia, glória,
imundície, história, congruência
Paroxítonos terminados em ão: bênção, órfão
Proparoxítonos – oxítona, Matemática, crítico
Hiatos - I e U, 2ª vogal tônica após hiato, sozinhos na sílaba
ou com -S, desde que não seguidos de –NH – viúvo, raízes,
veículo, baú, contraí-la, Itaú, faísca, campainha, Raul, ainda, ruim
Hiatos - I e U - se as vogais forem iguais, não há acento –
sucuuba, xiita, niilismo
Ditongos orais abertos tônicos -ÉI, -ÉU, -ÓI – chapéu, destróis,
réus, cartéis.

TREMA
Com o Acordo Ortográfico, o trema foi ABOLIDO – cinquenta,
linguiça, averiguei, tranquilo, quinquelíngue, quiproquó

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GABARITOS COMENTADOS DAS QUESTÕES DE FIXAÇÃO


1–E
Os erros de ortografia das demais opções são:
(A) obsolescência (com “sc”) e constitui (veremos na aula sobre
verbos a forma de conjugação verbal dos verbos terminados em
‘uir’).
(B) O vocábulo denegrir é derivado da palavra negro, mantendo a
grafia do original, com a letra “e”.
(C) O que significa “banalizar”? Tornar algo banal. Perceba que o
adjetivo não apresenta a letra “s”, devendo o sufixo formador do
verbo ser grafado com a letra “z” (“izar”). O substantivo
correspondente guarda a mesma forma do verbo: banalização. Na
época, o vocábulo “anti-social” exigia hífen. Essa regra foi alterada
com o advento do Acordo Ortográfico. Agora, o hífen foi suprimido e
se dobra a consoante “s”.
(D) O verbo convergir, bem como seus derivados convergente,
convergência, são grafados com “g”. Essa consoante é mantida na
conjugação antes das vogais “e” (convergem) e “i” (convergimos). A
alteração gráfica só se dá nas formas irregulares, antes das vogais
“a” (convirja) e “o” (convirjo), para que seja mantido o fonema /j/,
(como em jarro).

2–B
Os erros estão presentes nos vocábulos: crescente (com “sc”) e
êxito.
Está correta a grafia de “agronegócio” (D), vocábulo formado a partir
da união do radical agro (equivalente a “agri”, de “agricultura”) com
negócio, assim como acontece em “agronomia, agroindústria,
agroecologia”.

3-B
Note como as questões se repetem. Mais uma vez, a Fundação Carlos
Chagas apresentou erro na ortografia da palavra êxito e omitiu o
dígrafo de adolescentes.

4-E
Desta vez, a banca deixou claro que segue a mesma linha de
classificação da maioria dos gramáticos - apresentou “início” e a ela
associou o vocábulo “vários”, segundo o gabarito.

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Se classificasse esses vocábulos na regra das palavras proparoxítonas


(seguindo a posição do V.O.L.P.), a questão seria anulada, pois
haveria três respostas igualmente válidas – além de “vários”,
também “técnica” e “jurídica”, que, indubitavelmente, são
proparoxítonas.
Então, ATENÇÃO!!! A partir dessa questão, podemos identificar o
posicionamento da banca da FCC para esta polêmica – “início” e
“vários” são paroxítonas terminadas em ditongo crescente.
Assim, se você estiver se preparando para algum concurso a ser
realizado por essa instituição, pode ficar tranquilo – pelo menos, essa
resposta você poderá marcar de olhos fechados.
As demais palavras são acentuadas de acordo com as seguintes
regras:
(A) “técnica” – proparoxítona;
(B) “idéia” – ditongo aberto (éi) – NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO:
Este acento foi retirado;
(C) “possível” – paroxítona não terminada em a(s), e(s), o(s),
em(ens), am;
(D) “jurídica” – proparoxítona.

5-E
“Ofício” segue a mesma regra de acentuação que “história” (A),
“salários” (B), “inteligências” (C), “memória” (D) e “agência” (E).
Já “idéias” era acentuado por se tratar de um ditongo aberto (éu/ éi /
ói), o mesmo ocorrendo em “heróicas”. Por isso, a resposta é a letra
E.
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO: As palavras IDEIA e HEROICO
são grafadas sem acento.
As demais palavras são acentuadas de acordo com as seguintes
regras:
- “único” e “período” – proparoxítonas;
- “Níger” e “notável” – paroxítonas não terminadas em a(s), e(s),
o(s), em(ens), am.

6-D
A opção que foi o gabarito da questão é uma verdadeira aula sobre
acentuação.
Tanto “am” quanto “ão" formam o fonema /ãw/.

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Os vocábulos terminados por “ão" são oxítonos (coração, paixão), o


mesmo não ocorrendo com os que terminam por “am” (cantam,
destrancaram). Os primeiros só deixam de ser oxítonos em virtude
de acentuação, como ocorre em “órfão”, “acórdão”, por exemplo.
Por isso, está correta a afirmação de que as sílabas que registram
“am” são átonas (a tonicidade recai em outra sílaba), enquanto que
as em que se apresenta a forma “ão" podem ser tônicas (regra) ou
átonas (exceção – veja no quadro das paroxítonas).
Alguns exemplos facilitam a compreensão deste conceito:
acordam (presente do indicativo do verbo acordar – sílaba tônica:
“cor”)
acórdão (decisão de um colegiado – sílaba tônica: “cór” em virtude
do acento agudo, que, se não fosse empregado, formaria “acordão”,
pronúncia parecida com a de “cordão”)
acordarão (futuro do presente do indicativo do verbo acordar – sílaba
tônica: “rão”)
cordão (corrente que se leva no pescoço – sílaba tônica: “dão”)
As incorreções das demais opções são:
(a) “lá” é monossílabo tônico; “tamanduá” e “através” são oxítonas
terminadas em a(s), e(s), o(s) ou em(ens); “aí” recai na regra de
acentuação do hiato – a letra “i”, como segunda vogal de um hiato,
sozinha na sílaba ou acompanhada da letra “s” recebe acento agudo.
Portanto, não há uma única regra para a acentuação gráfica desses
vocábulos.
(b) não existe essa regra de acentuação (“formas verbais de primeira
pessoa do plural”). Tais vocábulos são acentuados por serem
proparoxítonos.
(c) “lençóis” recebe o acento agudo por ser um ditongo aberto; já
“rósea” é um dos casos de paroxítona terminada em ditongo
crescente (ou, segundo o V.O.L.P., proparoxítona).

7-C
Estão corretas as formas dos três vocábulos desta opção.
“Papéis” recebe acento agudo em decorrência do ditongo aberto “éi”.
Nada muda na grafia dessa palavra, por ser uma OXÍTONA (a
alteração afeta apenas as PAROXÍTONAS que possuem o
ditongo aberto ÉI).
“Hífen” termina com “en”, e não “em”, o que justifica o acento por ser
uma paroxítona não terminada em a(s), e(s), o(s), em(ens), am. Já
as duas formas plurais possíveis são: hífenes (proparoxítona) ou

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hifens (sem acento, por ser uma paroxítona terminada em “ens” – e


você acredita que o Word ainda marca como “errada” essa grafia???
Ai, Bill Gates...! Precisa participar de um curso de Português
correndo…rs…).
Os erros das demais opções são:
a) O acento diferencial do verbo pôr não alcança as formas derivadas
desse verbo. Assim, está incorreto o emprego do acento circunflexo
em propor.
Estão corretas as formas: juízes (regra do hiato) e acórdão
(paroxítona terminada em “ão”)
b) A palavra “avaro” é paroxítona, recaindo a sílaba tônica em “va”. A
forma apresentada na questão constitui um erro de pronúncia,
chamado “silabada”, como ocorre em formas diferentes de rubrica
(rúbrica está errado!), cateter (catéter está errado!) e necropsia
(não é necrópsia!!!).
Estão corretas: deságua (paroxítona terminada em ditongo
crescente) e caráter (paroxítona não terminada em
a(s)/e(s)/o(s)/em(ens)/am).
d) A palavra “gratuito” forma um ditongo em “ui”. A pronúncia dela
se assemelha à de “muito”. Há, nesses casos, uma vogal (u) e uma
semivogal (i). A força tônica recai na vogal (gratuito, muito). Por
isso, não existe acento agudo na letra “i”.
Está correta a acentuação gráfica em: polícia (paroxítona terminada
em ditongo crescente) e saúva (regra do hiato).

8 – ITEM CORRETO
Alguém aí achou que não caía esse assunto nas provas da ESAF?
Quem pensou assim está redondamente enganado.
Os três vocábulos são acentuados por serem proparoxítonas e, como
vimos, todas as proparoxítonas recebem acento.

9-B
Somente a assertiva II está correta. Os erros dos demais itens são os
seguintes:
I – Enquanto que “genérica” e “públicos” são proparoxítonas,
“excluídos” é acentuado segundo a regra do hiato – letra “i”, como
segunda vogal de um hiato, sozinha na sílaba ou acompanhada da
letra “s” recebe acento.

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III – Não há registro formal do substantivo “perca”. Essa forma só é


admitida como conjugação do verbo “perder” no modo subjuntivo
(“Tomara que você perca pontos.”).

10 – ITEM INCORRETO
Como visto na questão anterior, não existe registro dessa forma
como substantivo equivalente a “perda”.

11 - D
“PARALISAR” deriva de “paralisia”, que já apresenta a letra “s”. As
demais palavras apresentam a seguinte origem ou formação:
A) minimizar (mínimo) / politizar (política)/ pulverizar (A formação
desse verbo deriva da junção do radical latino pulver-, que significa
“pó, poeira”, com o sufixo “izar”) / catequizar (catequese – vimos
que é a exceção);
B) amortizar (que, por incrível que possa parecer, deriva de morte) /
arborizar (radical latino arbor(i), relativo a árvore, que dá origem a
palavras como “arbusto”, acrescido do sufixo “izar”) / hipnotizar
(hipnose) / preconizar (conserva a grafia da forma latina
praeconizare);
A essa altura, você pode ter se perguntado: ué, hipnose possui “s”;
por que, então, que “hipnotizar” é com “z”?
Falamos que a palavra derivada conserva a grafia da palavra
primitiva. Pois bem. A palavra “hipnose” já é uma palavra
DERIVADA – a origem é HIPNO, elemento de composição grego que
significa “sonho”. Como “hipno” não possui “s”, o verbo
correspondente recebe a letra “z” = hipnotizar.
C) avalizar (aval) / cotizar (cota) / indenizar (indene, adjetivo que
significa “o que não sofreu prejuízo”, acrescido do sufixo “izar”) /
exorcizar (equivalente a exorcismar, de exorcismo ou exorcista);
D) enfatizar (enfático) / polemizar (polêmica) / arcaizar (arcaico);
E) contemporizar (tempo) / fiscalizar (fiscal) / sintonizar (sintonia)
/ entronizar (trono).

12 – ITENS INCORRETOS
O assunto a partir de agora é “homônimos e parônimos”. Enquanto
que “incipiente” (com “c”) significa “iniciante” ou “principiante”,
“insipiente” (com “s”) tem o sentido de “ignorante”, “não sapiente”
(sapiência é sabedoria).

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Uma boa dica para memorizar é lembrar que “incipiente” tem a letra
“C” de “começo”.
A segunda “dupla de parônimos” é vultoso, assim grafado por
derivar de vulto, e vultuoso (o que apresenta a face vermelha e os
olhos salientes). Assim, não são vocábulos equivalentes.

13 - A
O verbo “fluir” quer dizer “correr em estado fluido”, e é exatamente
esse o significado apropriado ao contexto. Seu parônimo “fruir” (com
“r”) equivale a “gozar”, “desfrutar”, “tirar proveito” ou “possuir”.
(B) O registro formal de “estadia” é de permanência de um navio em
um porto. O dicionário Aurélio indica, como outra acepção, o mesmo
sentido de “estada”, “permanência”, com o seguinte comentário:
“Muitos condenam o uso, frequentíssimo, da palavra nesta última
acepção”.
(C) O adjetivo “fragrante” deriva de “fragrância” (perfume). No
texto, deveria ser empregado o vocábulo “flagrante”, que, na
acepção utilizada, significa “evidente, patente, manifesta”.
(D) Como se refere a uma soma de grande vulto, o adjetivo
adequado seria “vultoso”. O significado de “vultuoso” já foi
apresentado na questão anterior.

14 – ITEM CORRETO
A banca tomou o cuidado de deixar clara a referência à linguagem
atualmente em vigor, ou seja, a forma como se usa nos dias de
hoje. Como vimos, é frequente o uso da palavra estadia no sentido
de estada.
Apresentamos essa questão para que você perceba como diferentes
bancas podem adotar posicionamentos opostos em relação a um
mesmo assunto, o que reforça a necessidade de se fazer provas
anteriores da entidade responsável pelo concurso para o qual se
prepara o candidato.

15 - B
Nessa questão, foi a vez da ESAF testar o conhecimento de alguns
parônimos. Estão incorretas:
a) INFRINGIR – cometer infração / INFLIGIR (correto) – aplicar uma
pena

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c) Está incorreta a grafia da palavra HOMOGENEIZAR


(HOMOGÊNEO + IZAR). Sobe esse processo de formação da palavra,
reveja as observações iniciais deste ponto.
d) IMINENTE – prestes a acontecer / EMINENTE (correto) –
importante
e) AFERIR – medir / AUFERIR (correto) – ganhar, obter.

16 - A
Mau – adjetivo antônimo de bom.
Mal – advérbio (“Eu dirijo mal”), substantivo (“Não há mal que
sempre dure nem bem que nunca se acabe.”) ou conjunção (“Mal
botou os pés para fora da casa, começou a chover.”). Nos dois
primeiros casos, é antônimo de bem.
I – “O mau julgamento político...” pode ser substituído por “O bom
julgamento político...” – é mesmo um adjetivo e está corretamente
empregado. Na sequência, em “o mal está na mídia...”, está sendo
usado o substantivo, tanto que o acompanha um artigo definido
masculino.
II – As duas ocorrências de “mau” devem ser substituídas pelo
substantivo “mal”. Note que em ambas as passagens, o vocábulo
vem acompanhado de um determinante – primeiramente um
pronome indefinido (nenhum) e, adiante, por um artigo indefinido
(um).
III – A primeira oração está correta. Responda como ficaria melhor:
“isso é bom” ou “isso é bem”? Acredito que você tenha escolhido a
primeira forma. Logo, na ordem direta, a oração é “lamentar a
atitude dos políticos é MAU.”. Já na sequência, o vocábulo acompanha
o substantivo “lençóis”, indicando se tratar de um adjetivo. Assim,
“eles estarão em maus lençóis.”.
d) “Mandato” é a autorização que se concede a alguém para que este
represente o outorgante. Não é isso exatamente o que ocorre em
uma eleição? Aurélio define mandato como o “poder político
outorgado pelo povo a um cidadão, por meio de voto, para que
governe a nação, estado ou município, ou o represente nas
respectivas assembleias legislativas”. Mas também apresenta a
acepção de procuração, missão ou incumbência.
Já “mandado de segurança” você já viu em Direito Constitucional,
não é mesmo?

17 – ITEM INCORRETO

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Enquanto que “discriminação”, no texto, significa o ato ou efeito de


discriminar, distinguir ou segregar, “descriminação” é o ato ou efeito
de “descriminar”, “excluir a criminalidade”. Está correta somente a
primeira construção. Além disso, no segundo período o pronome
“quaisquer”, que está no plural, acompanha outro pronome e um
substantivo no singular, causando prejuízo gramatical. Deve ser
substituído por “qualquer”. Curiosidade: qualquer é a única palavra
da língua portuguesa que se flexiona no meio, e não no fim, em
função de sua formação (qual + quer / quais + quer).

18 - A
Aurélio define o verbo perpassar (olha a grafia), como transitivo
direto, com o sentido de “postergar, preterir”. Talvez, a intenção da
banca tenha sido promover uma “contaminação” desse verbo com
outros mais comuns, com o transpassar, ou até com os substantivos
perspectiva, perspicácia.
A grafia desse vocábulo foi objeto de questão da mesma banca na
prova para o MPOG, em 2003.
Item (2) registra a forma correta do substantivo derivado de
“simultâneo”.
Se houvesse dúvida com relação à sua grafia, o candidato poderia
buscar uma outra palavra parecida (ou seja, um paradigma) que
tivesse passado pelo mesmo processo:
IDÔNEO -> IDONEIDADE
ESPONTÂNEO -> ESPONTANEIDADE
SIMULTÂNEO -> SIMULTANEIDADE
O item (3) explora conceitos de sintaxe de concordância, assunto a
ser estudado posteriormente. Por ora, vamos afirmar que essa
construção está correta, uma vez que o sujeito da forma verbal é “as
barreiras”. Só isso, está bem?
Item (4) - “Espectador” é o que vê ou testemunha, enquanto que
seu parônimo expectador é o que está na expectativa. O uso daquele
vocábulo está certinho de acordo com o contexto.
Por fim, está correta a forma “ininterrupta” (item 5), com o prefixo de
negação “in” antecedendo o adjetivo correspondente a “interrupção”.

19 – ITEM INCORRETO.
Viu só? Novamente foi explorado o emprego dos parônimos
expectador e espectador, dessa vez pela CESPE UnB.
Relembrando:

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- “expectador” é o que está em expectativa (esperança fundada em


supostos direitos, probabilidades ou promessas, segundo Aurélio). A
grafia é idêntica – ambas com a letra “x”.
- “espectador” é o que vê ou testemunha.
Ao contrário do que se afirma na opção, não podem se alternar sem
que haja prejuízo ao texto.

20 – I - ITEM CORRETO
II - ITEM INCORRETO
Continuamos no campo da Semântica, agora falando sobre o sentido
das palavras.
É bem fácil memorizar: DENOTATIVO, com D de Dicionário, é o
sentido literal das palavras. O outro, conotativo, é o sentido figurado.
Guarde o significado do primeiro e lembre o outro por lógica – é o
oposto daquele.

O item I está CORRETO – sentido conotativo. Está sendo usada uma


expressão figurada, equivalente a afirmação de que Estado é rígido,
extremamente exigente no que se refere aos trâmites na
regularização de empresas e manutenção de suas atividades.
Já o item II está ERRADO – “teia”, em sentido denotativo, ou seja,
no sentido do “dicionário”, significa emaranhado de fios, trama. No
texto, é equivalente a “conjunto”. Por isso, seu emprego também é
conotativo.

21 - A
Outra banca (desta vez, a VUNESP) está a exigir o mesmo
conhecimento. Já percebeu como esse ponto é importante, não é?
O que se deseja afirmar com a frase da letra A é que a filosofia se
tornou popular. Usou-se, assim, a linguagem figurada de “descer da
torre de marfim” (privilégio de alguns) “em direção à praça pública”
(domínio público).

22 - B
A palavra foi usada em seu sentido conotativo, figurado, e as aspas
deixam isso claro.

23 – ITEM INCORRETO

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Em latino-americano, há dois adjetivos que se unem formando um


só. Contudo, houve a manutenção da unidade gráfica e fonética de
cada um deles, a partir do emprego do hífen.
Nesse caso, como em qualquer adjetivo composto, somente o último
elemento varia.
Uma característica dos adjetivos pátrios é que o menor deles deve
iniciar a construção (anglo-hispânico, sino-coreano).
Nesses casos, somente o segundo elemento irá se flexionar em
gênero e número com o substantivo correspondente (países latino-
americanos / cidades latino-americanas).
Não houve mudança nenhuma em relação ao emprego de hífen em
casos como esse.

24 – ITEM CORRETO
“Dia-a-dia”, com hífen, era um substantivo equivalente a cotidiano,
enquanto que “dia a dia”, sem hífen, era uma locução adverbial que
significa “diariamente”.
Percebia-se, assim, a alteração semântica em virtude do emprego
desse sinal diacrítico.
Essa palavra sofreu significativa mudança. A nova edição do
Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP – 5ª edição),
lançada após a entrada em vigor do Acordo Ortográfico, retirou o
hífen de várias palavras compostas que não apresentariam
ambiguidade. Foi isso o que aconteceu com “dia a dia” que, a partir
de 2009, se registra apenas SEM HÍFEN, quer como substantivo, quer
como advérbio.

25 - B
As últimas questões exploram um pouco de vocabulário e,
consequentemente, ortografia.
Não existe o vocábulo “aspiral”, mas “espiral”, termo empregado
conotativamente no texto que, sob aspecto econômico, significa um
processo cumulativo em que novos empregos levam a um aumento
de consumo, que, por sua vez, faz aumentar os preços e,
consequentemente, uma demanda de reajuste salarial, realizando,
assim, um processo sob a forma espiral.

26 – ITEM INCORRETO

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O erro está na grafia do substantivo “jus”, proveniente do latim jus,


cujo significado é “direito”. Assim, “fazer jus a algo” equivale a “ser
merecedor de algo”.
Em tempo: niilista significa o que tudo nega, detém descrença
absoluta.

27 – ITEM CORRETO

‘Melhor’ é forma comparativa de superioridade tanto do adjetivo


“bom” (usado na questão) quanto do advérbio “bem” (ex. Ele dirige
melhor que seu pai.).
No entanto, antes de adjetivos de base participial, ou seja, adjetivos
formados a partir do particípio de um verbo, o advérbio “mais” não se
contrai com “bem” – “Ela foi a aluna mais bem colocada da
turma.”. Esse assunto foi tratado no início da aula.
A assertiva está correta por ter afirmado que os dois empregos estão
em conformidade com a norma culta gramatical.

28 – ITEM ERRADO
Essa questão nos dá a oportunidade de rever um caso de acentuação
gráfica que sofreu alteração com o Acordo Ortográfico.
Como a prova foi aplicada em 2008, na vigência da ortografia
“anterior”, esse item foi considerado ERRADO, por falta de acento na
forma verbal “apoiam”. “Antigamente”, os ditongos abertos “ei”, “oi”,
“eu” recebiam acento em todas as palavras. A partir de 2009, com a
nova ortografia, as paroxítonas que possuam em sua sílaba tônica os
ditongos abertos “oi” e “ei” perderam o acento. Com isso, toda a
conjugação do verbo APOIAR se escreve sem o acento agudo: no
presente do indicativo - “eu apoio, tu apoias, ele apoia, eles apoiam.”
– e no presente do subjuntivo - “eu apoie, tu apoies, ele apoie, eles
apoiem”.

29 – ITEM ERRADO
Agora, vamos relembrar o emprego de hífen em prefixação.
O Acordo Ortográfico procurou simplificar as regras de emprego do
hífen. Em regra, usa-se o sinal quando:
1) houver coincidência de vogal ou consoante entre o fim do prefixo e
o início do segundo elemento – letras iguais devem ser separadas:
micro-ondas, anti-inflamatório, super-resistente.
2) o segundo elemento iniciar por H: anti-higiênico; micro-hábitat.

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Como vimos, há algumas exceções que devem ser estudadas, como o


emprego do hífen com o prefixo “co-” (sempre sem hífen), “pré”,
“re”, “pró” (conserva-se o hífen quando se mantiver a autonomia
vocabular do segundo elemento e aglutina-se quando assim estiver
consagrado), dentre outros.
No caso de “microcontista”, registra-se tudo junto, sem hífen.

30 – A
Sempre que pudermos substituir a palavra por SOBRE, devemos
registrar “acerca de”. Quando o sentido for “APROXIMADAMENTE”, o
correto é “cerca de”.
Lembre-se de que, na indicação de tempo decorrido, usamos o verbo
HAVER (há dois anos, há duas horas...) e para indicação de tempo
futuro, distância, usamos a preposição a (Estamos a dez quilômetros
da próxima cidade. / Daqui a dez minutos, a votação será
encerrada.), formando as expressões “há cerca de” (= há
aproximadamente) e “a cerca de” (= a aproximadamente): “Há cerca
de (= há aproximadamente) dez minutos foram enceradas as
votações.”; “A cerca de (= A aproximadamente) dez minutos será
encerrada a votação.”.
Usando esses conceitos, vamos às lacunas:
- “Falou muito tempo SOBRE sua última reunião...” Î acerca de
Com isso, já sabemos que a resposta seria a opção A (única que
registra essa possibilidade). De qualquer forma, vamos continuar a
nossa análise.
- “... enquanto esperava o frentista encher o tanque do seu carro
com APROXIMADAMENTE 60 reais em álcool.” Î cerca de
- “O auditório para o qual se dirigia estava repleto de pessoas
esperando por suas considerações SOBRE A crise econômica...”Î
acerca da
- “... considerações acerca da crise econômica HÁ
APROXIMADAMENTE duas horas.” Î há cerca de
- “Naquele simpósio houve APROXIMADAMENTE oito oradores...”Î
cerca de
- “... proferindo suas teorias SOBRE A crise econômica...” Î acerca
da
- “Esse evento aconteceu HÁ APROXIMADAMENTE dez anos...” Î há
cerca de

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31 – A
Como vimos em questão anterior, usamos MAU em oposição a BOM e
MAL em contraste com BEM (tanto advérbio quanto substantivo).
Também registramos com L a conjunção temporal “mal”, no sentido
de “assim que”: “Mal cheguei (assim que cheguei), recebi a triste
notícia.”.
Então, vamos preencher as lacunas:
“Foi um BOM/MAU negócio a compra desse hotel, justamente agora
que o BOM/MAU tempo acabou com a temporada de férias. Mas,
como dizem as nossas avós: “Não há BEM/MAL que sempre dure e
bem que nunca acabe”. (Assim que = MAL) chegando os hóspedes,
já começaram a reclamar do BOM/MAU tempo, além de perceberem
o BEM/MAL que a geada fez às parreiras de uvas que enfeitam os
jardins de nosso hotel.”
A ordem seria, portanto: mau / mau / mal / mal / mau / mal Î
opção A

32 – B
São homônimos perfeitos as palavras com mesma grafia e pronúncia,
mas com significados diferentes.
Na primeira construção, “sentença” indica “decisão prolatada por uma
autoridade. Já na segunda, indica uma frase ou oração (gramática)
ou uma equação, por exemplo (sentença matemática).
a) Há diferença entre a pronúncia da palavra “acordo”: a vogal “o” é
pronunciada de forma aberta na primeira e fechada na segunda
construção.
c) Também há diferença fonética entre “critica”, verbo CRITICAR no
presente do indicativo (é uma palavra paroxítona: CRITICA), e
“crítica”, substantivo (proparoxítona: CRÍTICA).
d) São apenas parecidas as formas “tropeça” (verbo) e “tropeço”
(substantivo).

33 – C
Cada sílaba só comporta UMA VOGAL (pronunciada de forma tônica,
forte). Se houver “outra coisa” na mesma sílaba, será uma
SEMIVOGAL (pronunciada de forma átona, fraca).
Quando se parte da semivogal para a vogal (fraca Î forte), temos
um ditongo crescente (o som “cresce”, torna-se mais forte depois);
se a ordem for vogal + semivogal, temos, então, um ditongo
decrescente (parte do mais forte para o mais fraco = decresce).

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Quando duas vogais se encontram, precisam se separar – isso é o


HIATO.
Então, vamos analisar cada uma das palavras:
Farmácia – segundo a maior parte dos gramáticos, a separação
silábica seria “far-má-cia”. Então, como a ordem é SEMIVOGAL (SV)
+ VOGAL, temos um ditongo crescente (iA). Com essa resposta,
podemos concluir que a FUNRIO também segue a classificação de
paroxítona terminada em ditongo crescente em relação àquela
polêmica entre gramáticos e Academia Brasileira de Letras (VOLP).
Chapéu – agora, primeiro vem a vogal (forte, acentuada) para, em
seguida, vir a semivogal (fraca, átona). Temos um ditongo
decrescente. Esse acento agudo permanece após o Acordo
Ortográfico, pois a mudança só atingiu as paroxítonas com ditongos
abertos “oi” e “ei”.
Coroa – a separação silábica é co-ro-a. Pronunciamos com a mesma
tonicidade tanto a vogal “o” quanto a vogal “a”. Por isso, as duas não
podem ficar na mesma sílaba: formam um hiato.
Saara - duas vogais iguais, quando se juntam, formam um hiato. É
o caso de Sa-a-ra. Com o Acordo Ortográfico, o hiato formado pelo
encontro de “ee” e “oo” deixaram de ser acentuados: veem, creem,
leem, deem, voo, enjoo, abençoo, perdoo. Aliás, só eram acentuados
para clareza textual, mas nunca se acentuou o hiato de “aa”, “ii”
(niilista) ou “uu” (sucuuba). Então, o acento já vai tarde..rs...!

34 – B
Extraímos da mesma prova outra questão que aborda o mesmo
assunto. Vejamos.
São ditongos crescentes (SV + V) as seguintes palavras: série,
história, vácuo, régua. Todas essas palavras foram acentuadas por
serem paroxítonas terminadas em ditongos crescentes.
São decrescentes (V + SV) os ditongos em: degrau, beijo, fauna,
breu.
Se você prestar bastante atenção, notará que as letras “i” e “u”,
quando não acentuadas, ao lado de outra vogal, atuam como
semivogais.
A resposta foi, portanto, opção B.

35 – A
Encerramos a aula de hoje com “chave de ouro”. A questão trata
diretamente das alterações advindas do Acordo Ortográfico.

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Vejamos cada uma das opções:


I – Nas paroxítonas que apresentem em sua sílaba tônica os ditongos
abertos “ei” e “oi”, foi retirado o acento agudo (ideia, assembleia,
apoia, paranoia). Contudo, esses acentos permaneceram nas
palavras oxítonas (cartéis, anéis, constróis). Item I está certo.
II – Não há muito a acrescentar à proposição, que está certíssima.
Nos verbos terminados em –OAR, bem como nos substantivos deles
derivados, não se emprega acento circunflexo no encontro do duplo
“o” (voo, abençoo, perdoo), bem como na conjugação dos verbo LER,
VER, CRER e DAR (leem, veem, creem, deem), e derivados (reveem,
descreem). Nada mudou em relação à acentuação dos verbos TER
(têm) e VIR (vêm), e derivados (mantém/mantêm; provém/provêm).
Item II correto.
III – Há diferença de pronúncia (e consequentemente de grafia) de
algumas palavras entre Portugal (e países africanos lusófonos) e
Brasil. Para isso, houve respeito às tradições de cada país, mantendo-
se a grafia original. Veja o que prevê a Nota Explicativa ao Acordo
Ortográfico, expedida pela Academia Brasileira de Letras na edição do
Vocabulário Ortográfico de 2009:
“Nota Explicativa ao Acordo Ortográfico
“5.2 – Casos de dupla acentuação
5.2.1 – Nas proparoxítonas (Base XI)
Verificou-se assim que as divergências, no que respeita às
proparoxítonas, se circunscrevem praticamente (...) ao caso
das vogais tônicas E e O, seguidas das consoantes nasais M e
N, com as quais aquelas não formam sílabas (v. Base XI, 3º).
Estas vogais soam abertas em Portugal e nos países africanos
recebendo, por isso, acento agudo, mas são de timbre fechado
em grande parte do Brasil, grafando-se por conseguinte com
acento circunflexo: acadêmico / académico , cômodo / cômodo,
fenómeno/fenômeno...
Existe uma ou outra exceção a esta regra, como, por exemplo,
cômoro e sêmola, mas estes casos não são significativos.
(...)
5.2.2 – Nas paroxítonas (Base IX)
Também nos casos especiais de acentuação das paroxítonas ou
graves (v.Base IX, 2º), algumas palavras que contêm as vogais
tônicas E e O em final de sílaba, seguidas das consoantes
nasais M e N, apresentam oscilação de timbre, nas pronúncias
cultas da língua.

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Tais palavras são assinaladas com acento agudo, se o timbre da


vogal tônica é aberto, ou com acento circunflexo, se o timbre é
fechado: fêmur ou fémur, (...) pônei ou pónei, tênis ou ténis.
No total, estes são pouco mais de uma dúzia de casos.”.”
Há uma impropriedade, sem dúvida, em incluir a palavra
"ténis/tênis" no texto que trata de proparoxítonas, mas note
que em momento algum o autor afirmou: "ténis/tênis é
proparoxítona" - o que ele colocou é que algumas palavras
proparoxítonas possuem entonação diferente no Brasil e em
Portugal, como “fenómeno/fenômeno” e “ténis/tênis”.
Considerando que os itens I, II e IV estavam certos e que não
havia opção em prova para somente o item III estar incorreto
Destacamos, também, que os verbos terminados em –IAR –
ligados a substantivos terminados em “-ia” e “-io”, admitem
variação na conjugação: “premeio” (comum em Portugal) e
“premio” (popular no Brasil); “negoceio” (Portugal) e “negocio”
(Brasil).
Assim, o item III está certo.
IV – Como vimos, as oxítonas são acentuadas quando
terminam em A, E, O e EM (e seus plurais). O Acordo, no
entanto, observa que “em algumas (poucas) palavras oxítonas
terminadas em –e tônico, geralmente provenientes do francês,
esta vogal, por ser articulada nas pronúncias cultas ora como
aberta ora como fechada, admite tanto o acento agudo como o
acento circunflexo: bebé/bebê; bidé/bidê; caraté/caratê;
croché/crochê (...)”.
Por isso, a assertiva IV também está correta.
Como todas as proposições estão certas, a resposta é A.

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