Commodities (do inglês mercadoria) podem ser definidas como mercadorias,
principalmente: os combustíveis fósseis, produtos agrícolas e minerais. Que são produzidas em larga escala e comercializadas em nível mundial. As commodities são negociadas em bolsas mercadorias (departamentos específicos das bolsas de valores), portanto seus preços são definidos em nível global, pelo mercado internacional, as commodities são produzidas por diferentes produtores e possuem características uniformes. Geralmente, são produtos que podem ser estocados por um determinado período de tempo sem que haja perda de qualidade. As commodities também se caracterizam por não ter passado por processo industrial ou por baixo refinamento, ou seja, são geralmente matérias-primas.
Existem quatro tipos de commodities:
Commodities agrícolas: soja, suco de laranja congelado, trigo, algodão e borracha.
Commodities minerais: minério de ferro, alumínio, petróleo, ouro e níquel.
Commodities financeiras: moedas negociadas em vários mercados, títulos públicos
de governos federais.
Commodities ambientais: créditos de carbono, (o mais recente a ser considerado).
Por se tratarem de matérias-primas, as commodities são produtos de baixo valor
agregado, portanto, geralmente os países que vivem de exportar commodities e importar produtos industrializados (com maior valor agregado), saem em desvantagem na sua balança comercial em relação aos países que vivem do ponto de vista econômico oposto, pois os produtos do segundo setor (industrializados e com carga tecnológica) são de alto valor e custo, na situação internacional financeira, essa relação cria dependência das exportadoras de commodities aos países altamente tecnológicos, o modo de subordinação que se cria, varia das dividas públicas criada para suprir as necessidades de alto valor até perda da autonomia diplomática internacional. O Brasil possui um papel importante no mercado mundial de commodities, sendo um dos maiores exportadores que existe, sendo uma condição histórica que se construiu além da questão de ser uma colônia tropical, tendo no desenvolvimento do Império e da República Velha a sua firmação de exportadora de “produto base”. A soja, o café, a laranja, a cana de açúcar e a carne brasileira tem um papel considerável no mercado mundial, quando há aumento da demanda internacional, os preços sobem e as empresas produtoras lucram muito. Porém, num quadro de crise ou baixo crescimento mundial, as commodities se desvalorizam, prejudicando os lucros das empresas e o valor de suas ações negociadas em bolsa de valores. Quando uma matéria-prima ou mercadoria é considerada como uma commodity, ela passa a ter o seu preço gerido não pelo valor estipulado na produção, mas sim pela sua cotação no mercado. Assim, se o preço do café subir no mercado externo por escassez na produção mundial, o Brasil, por exemplo, mesmo que a produção seja elevada, verá os seus preços altos, principalmente para a exportação. Consequentemente, o mercado interno, nesse caso, também será afetado, pois a maioria dos produtores preferirá exportar, provocando uma alta nos preços internos conforme a menor oferta do produto. Com isso, os produtos derivados sofrerão um rápido aumento que, muitas vezes, não é compreendido pelo consumidor, haja vista que foi motivado pela dinâmica econômica internacional, de cunho globalizado.
Commodities lideram exportações do país em julho, diz FGV.
Agência Brasil O crescimento de 16,5% nos preços e de 21,9% no volume comercializado levaram as commodities a liderarem o volume das exportações brasileiras em julho, na comparação mensal, e foram as grandes responsáveis pelo saldo da balança comercial do país no mês passado, que fechou positivo em US$ 4,2 bilhões. A informação consta do Indicador de Comércio Exterior (Icomex), divulgado hoje (14), pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre FGV). Com o resultado, o indicador fecha os sete primeiros meses do ano com um saldo acumulado de US$ 34 bilhões, resultado inferior em US$ 18,5 bilhões na comparação com igual período de 2017, segundo a publicação da FGV, em julho, “o crescimento das exportações está associado ao bom desempenho das commodities, enquanto o das importações foi influenciado pelas importações de plataformas de petróleo por parte da Petrobras e de parceiros para os campos do pré-sal da Bacia de Santos”. No saldo comercial do país em julho, os economistas da FGV destacam o aumento no volume exportado do complexo da soja, que na comparação mensal chegou a crescer 40%; petróleo e derivados (41,5%) e carnes (16,2%). Além disso, aumentos de preços acima de 2 dígitos foram registrados no complexo soja (11%), minério de ferro (34%) e petróleo e derivados (50%). Eles ressaltam ainda o papel relevante da China nos resultados. As exportações de soja em grão para o país asiático aumentaram 65%, seguida de petróleo com 154%, além do crescimento acima de 100% nas vendas de carnes bovina e suína. A publicação da FGV indica que, em termos de valores, a variação das importações foi de 49,5%, resultado 22% acima da variação das exportações – na comparação entre julho deste ano com o mesmo mês do ano passado. No acumulado dos sete primeiros meses do ano, em relação aos de 2017, as importações cresceram 22% e as exportações 7,9%.