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21 de novembro de 2009

LEI DE EXECUÇÃO
PENAL - LEP
(lei 7.210/1984)
FINALIDADE DA LEI DE EXECUÇÕES PENAIS
Art. 1º, LEP - A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença
ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do
condenado e do internado.

São as duas maiores finalidades da lei de execuções penais encontradas


neste art. 1º:

1) PROPICIAR MEIOS PARA QUE A SENTENÇA SEJA


INTEGRALMENTE CUMPRIDA;

Afere-se por meio desta finalidade que são as sentenças que terão meios
propostos na LEP para que sejam integralmente cumpridas:

a) Sentença condenatória;

b) Sentença absolutória imprópria;

c) Decisão homologatória de transação penal, quando não cumprida


espontaneamente pelo transator. Mas não é correto este
entendimento.

Observação: STF já decidiu que transação penal não cumprida permite


que o Ministério Público possa oferecer denúncia. Como não houve contraditório,
não é possível que se execute esta decisão de pronto, ela não veicula a imposição
de penas.

2) REINTEGRAÇÃO DO SENTENCIADO AO CONVÍVIO SOCIAL


(RESSOCIALIZAÇÃO).
O que está disposto no art. 1º da lei de execução penal consagra no
sistema executório penal brasileiro o entendimento de Roxin. Para este penalista,
as finalidades da pena são:

Pena em
Prevenção geral
abstrato

Prevenção
especial
Pena em
Finalidades da concreto
pena
Retribuição

Concretização da
pena em
Pena na abstrato
execução
Ressocialização

A pena em abstrato culmina no preceito secundário do tipo penal. A


prevenção geral estabelece que a pena deve atuar antes da ocorrência do crime e
também por sua instituição quer evitar que a sociedade pratique infrações penais.
Já a pena em abstrato será dada na sentença, com a finalidade da
prevenção especial (atua depois do crime e quer evitar a reincidência) e a
retribuição (retribui com um mal um mal causado).
Por fim, a pena imposta em execução possui a idéia de concretização das
finalidades da pena que foram impostas na sentença (pena em concreto) e
também promover a ressocialização.
As finalidades da pena na execução, para Roxin, coincidem do mesmo
modo com os objetivos que estão expostos no artigo 1º da lei de execução penal.

PRINCÍPIOS DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL


É preciso que sejam adequados os princípios que são gerais a todo o
procedimento penal para especificamente a seara da execução penal:

1) PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Art. 3º, LEP - Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não
atingidos pela sentença ou pela lei. (...)

2) PRINCÍPIO DA IGUALDADE

Art. 3º, LEP


Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa
ou política.

É possível a distinção de natureza sexual? SIM, não somente homem e


mulher cumprem as suas penas em estabelecimentos diferentes, como também o
regime de execução penal será diverso.

E distinção de natureza etária? Também se faz possível esta espécie de


distinção sobre estabelecimento prisional com base na idade do condenado.

E quanto a distinção sobre a natureza cultural? Também novamente se


faz possível a diferenciação. O sistema proporciona prisão especial, ainda que
provisória, para os portadores de diploma de curso superior.

Observação: como será visto posteriormente a lei de execução penal


também se aplica ao preso provisório.

3) PRINCÍPIO DA PERSONALIZAÇÃO DA PENA OU PRINCÍPIO DA


INDIVIDUALIZAÇÃO DA EXECUÇÃO PENAL
Art. 5º, LEP - Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e
personalidade, para orientar a individualização da execução penal.

Quando a Constituição Federal determina a individualização da pena, ela


quer o respeito a este princípio em três momentos distintos:

a) Pena em abstrato: legislador quando cria determinado crime deve


individualizar a sua pena;

b) Pena em concreto: o Juiz no momento da sentença


individualizará esta pena;

c) Pena na execução: é a comissão técnica de classificação que


individualiza a pena neste caso, vide o art. 6º, LEP, sua antiga
redação e a nova.

ANTES DA LEI 10.792/2003 DEPOIS DA LEI 10.792/2003


A comissão técnica de classificação (CTC)
acompanhava a execução das: Hoje, a comissão técnica de classificação
a) Penas privativas de liberdade; (CTC) acompanha apenas a execução das
b) Restritivas de direitos. penas privativas de liberdade.
Poderia a CTC propor junto à execução:
a) Progressão de regime;
b) Regressão de regime;
c) Conversão de regime de pena.

Art. 6º, LEP - A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que
elaborará o programa individualizador e acompanhará a execução das penas
privativas de liberdade e restritivas de direitos, devendo propor, à autoridade
competente, as progressões e regr essões dos regimes, bem como as conversões .

Art. 6 o , LEP - A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que
elaborará o programa individualizador da pena privativa de liberdade adequada ao
condenado ou preso provisório. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

Houve esta modificação em virtude da falência do sistema prisional


brasileiro. A CTC é composta de acordo com o conjunto de profissionais expostos
no art. 7º:

Art. 7º, LEP - A Comissão Técnica de Classificação, existente em cada


estabelecimento, será presidida pelo diretor (do presídio) e composta, no mínimo,
por 2 (dois) chefes de serviço, 1 (um) psiquiatra, 1 (um) psicólogo e 1 (um)
assistente social, quando se tratar de condenado à pena privativa de liberdade.
Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará junto ao Juízo da Execução e
será integrada por fiscais do serviço social.

4) PRINCÍPIO DA JURISDICIONALIDADE/ JURISDICIONARIEDADE/ DA


JURISDIÇÃO

Art. 194, LEP - O procedimento correspondente às situações previstas nesta Lei será
judicial, desenvolvendo -se perante o Juízo da execução.

Os incidentes da LEP serão decididos pelo Poder Judiciário (art. 194, LEP).
A autoridade administrativa somente pode determinar pontos secundários da
execução da pena, tais como, horário do banho de sol, condições da cela do
preso, alimentação, etc.

Observação: mesmo nos casos dos pontos secundários resguarda-se


sempre o acesso do preso ao Poder Judiciário, podendo ele peticionar ao Juiz das
Execuções, manifestando-se contra qualquer das determinações que lhe foram
impostas.

Há projeto de lei querendo transformar a natureza das execuções penais,


para que seus procedimentos tramitem em cartório, obedecendo a uma natureza
meramente administrativa. Professor Rogério Sanches critica bastante este projeto
de lei, já que as concessões de benefícios e punições não são meramente
objetivas, devendo passar as questões pelo crivo do Juiz.

5) PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL


São englobados no princípio do devido processo legal também os princípios
do contraditório e da ampla defesa e são princípios de guarida constitucional.
Art. 5º, CF
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo
legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral
são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes;

6) PRINCÍPIO REEDUCATIVO

Busca-se a ressocialização do sentenciado. A lei de execução penal


proporciona a assistência, ou seja, modos e instrumentos voltados a auxiliar o
sentenciado à sua ressocialização. O art. 11, LEP os enuncia e os demais
demonstram as espécies de assistência.

Art. 11, LEP - A assistência será:

I - material;
II - à saúde;
III -jurídica;
IV - educacional;
V - social;
VI - religiosa.

SEÇÃO II
Da Assistência Material

Art. 12, LEP - A assistência material ao preso e ao internado consistirá no


fornecimento de alimentação, vestuário e instalações higiênicas.

Art. 13, LEP - O estabelecimento disporá de instalações e serviços que atendam aos
presos nas suas necessidades pessoais, além de locais destinados à venda de
produtos e objetos permitidos e não fornecidos pela Administração.

SEÇÃO III
Da Assistência à Saúde

Art. 14, LEP - A assistência à saúde do preso e do internado de caráter preventivo e


curativo, compreenderá atendimento médico, farmacêutico e odontológico.

§ 1º (Vetado).
§ 2º Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a
assistência médica necessária, esta será prestada em outro local, mediante
autorização da direção do estabelecimento.
§ 3 o Será assegurado acompanhamento médico à mulher, principalmente no pré -
natal e no pós-parto, extensivo ao recém-nascido. (Incluído pela Lei nº 11.942, de
2009)

SEÇÃO IV
Da Assistência Jurídica
Art. 15, LEP - A assistência jurídica é destinada aos presos e aos internados sem
recursos financeiros para constituir advogado.

Art. 16, LEP - As Unidades da Federação deverão ter serviços de assistência jurídica
nos estabelecimentos penais.

SEÇÃO V
Da Assistência Educacional

Art. 17, LEP - A assistência educacional compreenderá a instrução escolar e a


formação profissional do preso e do internado.

Art. 18, LEP - O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando -se no sistema escolar
da Unidade Federativa.

Art. 19, LEP - O ensino profissional será ministrado em nível de iniciação ou de


aperfeiçoamento técnico.
Parágrafo único. A mulher condenada terá ensino profissional adequado à sua
condição.

Art. 20, LEP - As atividades educacionais podem ser objeto de convênio com
entidades públicas ou particulares, que instalem escolas ou ofereçam cursos
especializados.

Art. 21, LEP - Em atendimento às condições locais, dotar -se-á cada estabelecimento
de uma biblioteca, para uso de todas as categorias de reclusos, provida de livros
instrutivos, recreativos e didáticos.

SEÇÃO VI
Da Assistência Social

Art. 22, LEP - A assistência social tem por finalidade amparar o preso e o internado
e prepará-los para o retorno à liberdade.

Art. 23, LEP - Incumbe ao serviço de assistência social:

I - conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames;

II - relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os problemas e as


dificuldades enfrentadas pelo assistido;

III - acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias;

IV - promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a recreação;

V - promover a orientação do assistido, na fase final do cumprimento da pena, e do


liberando, de modo a facilitar o seu retorno à liberdade;

VI - providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios da Previdência Social e


do seguro por acidente no trabalho;

VII - orientar e amparar, quando necessário, a fam ília do preso, do internado e da


vítima.

SEÇÃO VII
Da Assistência Religiosa
Art. 24, LEP - A assistência religiosa, com liberdade de culto, será prestada aos
presos e aos internados, permitindo-se-lhes a participação nos serviços organizados
no estabelecimento penal, bem como a posse de livros de instrução religiosa.

§ 1º No estabelecimento haverá local apropriado para os cultos religiosos.

§ 2º Nenhum preso ou internado poderá ser obrigado a participar de atividade


religiosa.

SEÇÃO VIII
Da Assistência ao Egresso

Art. 25, LEP - A assistência ao egresso consiste:


I - na orientação e apoio para reintegrá -lo à vida em liberdade;
II - na concessão, se necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento
adequado, pelo prazo de 2 (dois) meses.
Parágrafo único. O prazo estabelecido no inciso II poderá ser prorrogado uma única
vez, comprovado, por declaração do assistente social, o empenho na obtenção de
emprego.

Art. 26, LEP - Considera-se egresso para os efeitos desta Lei:


I - o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da saída do
estabelecimento;
II - o liberado condicional, durante o período de prova.

Art. 27, LEP - O serviço de assistência social colaborará com o egresso para a
obtenção de trabalho.

Qual é a única assistência que se preocupou também com o ofendido?


É a assistência social, prevista no art. 23, VII, LEP, proporcionando o serviço do
de acompanhamento social para a família da vítima.

7) PRINCÍPIO DA HUMANIDADE

Através do princípio da humanidade proíbe-se a pena cruel a pena


desumana e a pena degradante.

PARTES NA EXECUÇÃO PENAL


1) EXEQUENTE

Não obstante a possibilidade de o particular, em casos expressos em lei,


perseguir a pena (por meio da ação penal de iniciativa privada) sua execução é
monopólio do Estado. Afere-se tal entendimento dos artigos 105 e 171 da lei de
execução penal.

Art. 105, LEP - Transitando em julgado a sentença que aplicar pena privativa de
liberdade, se o réu estiver ou vier a s er preso, o Juiz ordenará a expedição de guia
de recolhimento para a execução.
Art. 171, LEP - Transitada em julgado a sentença que aplicar medida de segurança,
será ordenada a expedição de guia para a execução.

2) EXECUTADO

Será como executado dentro de uma execução final os seguintes


indivíduos:

a) Preso (definitivo ou provisório);


b) Sujeito à medida de segurança.
Art. 2º, LEP
Parágrafo único. Esta Lei aplicar -se-á igualmente ao preso provisório e ao
condenado pela Justiça Eleitoral ou Militar, quando recolhido a estabe lecimento
sujeito à jurisdição ordinária.

Quem é o preso provisório? Poderá ser o preso em flagrante, o preso


temporário e o preso preventivo. Aplicam-se as normas da lei de execução penal
no que couber a estas figuras.

EXECUÇÃO PROVISÓRIA

É possível a execução provisória no Brasil? o seguinte quadro deve ser


analisado:

CONDENADO NÃO DEFINITIVO PRESO CONDENADO NÃO DEFINITIVO SOLTO


Não cabe execução provisória por ferir o
Caberá a execução provisória desde que princípio da presunção de inocência ou de
transitada em julgado a condenação para o não-culpa. Mesmo que condenado, se
Ministério Público. solto, pode aguardar a resolução de seu
recurso ordinário em liberdade.
PENDÊNCIA DE RECURSO ESPECIAL/ EXTRAORDINÁRIO
1ª corrente
Cabe a execução provisória para este
entendimento, com base no artigo 637,
CPP, já que diz que os recursos
extraordinários não possuem efeito
suspensivo e os autos serão baixados para
Cabe a execução provisória normalmente que haja a execução da sentença.
também neste caso.
2ª corrente
Para este entendimento não cabe
execução provisória porque o art. 637, CPP
foi revogado implicitamente pela LEP (art.
84) e pela CF/1988 que previu o princípio
da presunção de inocência. É a corrente
adotada pelo STF.
Art. 637, CPP - O recurso extraordinário não tem efeito suspensivo, e uma vez
arrazoados pelo recorrido os autos do traslado, os originais baixarão à primeira
instância, para a execução da sentença.

Art. 84, LEP - O preso provisório ficará separado do condenado por sentença
transitada em julgado.
§ 1° O preso primário cumprirá pena em seção distinta daquela reservada para os
reincidentes.
§ 2° O preso que, ao tempo do fato, era funcionário da Administração da Justiça
Criminal ficará em dependência separada.

São os seguintes fundamentos que baseiam a execução provisória no


Brasil:

1. Preso provisório previsto no art. 2º, p. único, LEP, transcrito


anteriormente;

2. Súmula 716, STF: admite-se progressão de regime para o condenado


provisório;

Súmula 716, STF - ADMITE-SE A PROGRESSÃO DE REGIME DE CUMPRIMENTO


DA PENA OU A APLICAÇÃO IMEDIATA DE REGIME MENOS SEVERO NELA
DETERMINADA, ANTES DO TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA
CONDENATÓRIA.

3. Resolução 19 do CNJ: foi modificada pela resolução 57, CNJ.


Art. 1º, Resolução 57, CNJ - O caput do artigo 1º da Resolução nº 19, de 29 de
agosto de 2006, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art.1º, Resolução 19, CNJ - A guia de recolhimento provisório


será expedida quando da prolação da sen tença ou acórdão
condenatório, ressalvada a hipótese de possibilidade de
interposição de recurso com efeito suspensivo por parte do
Ministério Público, devendo ser prontamente remetida ao Juízo
da Execução Criminal.

Observação: é importante a observância das resoluções, pois ressalva o


professor Rogério Sanches que elas possuem natureza normativa.

COMPETÊNCIA
A competência do Juiz da Execução inicia-se com o trânsito em julgado da
sentença condenatória ou absolutória imprópria.

Observação: para a maioria, a execução provisória também se processa


perante o Juiz da Execução. Mas, não é um entendimento unânime. É essa
posição do CNJ, conforme se afere com a leitura do art. 1º transcrito
anteriormente.
É importante ressaltar que a competência na LEP não é ditada pelo local
onde transitou em julgado o processo de conhecimento:

1. A pena privativa de liberdade será executada no local onde o condenado


estiver preso. A sua execução penal vai para onde o preso for;

2. Se o sentenciado tiver sido condenado pela Justiça Federal, porém


estiver preso em estabelecimento estadual, a competência é do juízo da
execução penal estadual (súmula 192, STJ).

Súmula 192, STJ - COMPETE AO JUIZO DAS EXECUÇÕES PENAIS DO ESTADO A


EXECUÇÃO DAS PENAS IMPOSTAS A SENTENCIADOS PELA JUSTIÇA FEDERAL,
MILITAR OU ELEITORAL, QUANDO RECOLHIDOS A ESTABELECIMENTOS
SUJEITOS A ADMINISTRAÇÃO ESTADUAL.

Esta regra é extraída do art. 2º e 3º da lei 11.671/2008, lei que trata sobre
as transferências dos presos em presídios federais.

3. Em se tratando de sursis e pena restritiva de direitos, a comarca


competente é a do domicílio do sentenciado.

4. A execução pena de multa possui muita divergência na doutrina (rever).

5. No caso de sentenciado por foro por prerrogativa de função, a execução


será de competência do próprio Tribunal que o processou e julgou.

Observação: não se pode confundir a competência do juízo da execução,


que se dá com o trânsito em julgado da sentença, com o início da execução, o
qual depende da prisão do sentenciado, expedindo-se em seguida, a guia de
recolhimento (peça processual que formaliza o início da execução).

“ESTATUTO DO PRESO”
A doutrina chama o rol de direitos, deveres e a disciplina que deve ser
observados pelo sentenciado de estatuto do preso.
Com base no artigo 3º, LEP entende-se que os deveres do preso
encontram-se como rol taxativo e os direitos do preso são entendidos como um rol
exemplificativo.
Art. 3º, LEP - Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não
atingidos pela sentença ou pela lei.
Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa
ou política.

CAPÍTULO IV
Dos Deveres, dos Direitos e da Disciplina
SEÇÃO I
Dos Deveres

Art. 38, LEP - Cumpre ao condenado, além das obri gações legais inerentes ao seu
estado, submeter-se às normas de execução da pena.

Art. 39, LEP - Constituem deveres do condenado:

I - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença;

II - obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar -


se;

III - urbanidade e respeito no trato com os demais condenados;

IV - conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de


subversão à ordem ou à disciplina;

V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas ;

VI - submissão à sanção disciplinar imposta;

VII - indenização à vitima ou aos seus sucessores ;

VIII - indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua
manutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho;

IX - higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento;

X - conservação dos objetos de uso pessoal.

Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no q ue couber, o disposto neste


artigo.

O trabalho penitenciário está inserido dentro do rol de deveres, conforme


acima grifado. Com o valor que receberá deste trabalho indenizará a vítima e seus
sucessores, o Estado, e o que sobrar irá para uma poupança.
Professor Rogério Sanches diz que não há como sobrar nada porque eles
ganham no máximo parcialmente um salário mínimo.

SEÇÃO II
Dos Direitos

Art. 40, LEP - Impõe-se a todas as autoridades o respeito à integridade física e


moral dos condenados e dos presos provisórios.

Observação: professor Rogério Sanches diz que existem três direitos mais
importantes dispostos neste rol. Macete utilizado: são os incisos que são múltiplos
de cinco. São os únicos direitos que poderão ser restringidos ou suspensos, por
decisão motivada do diretor do estabelecimento prisional.
Art. 41, LEP - Constituem direitos do preso:

I - alimentação suficiente e vestuário;


II - atribuição de trabalho e sua remuneração;

III - Previdência Social;

IV - constituição de pecúlio;

V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a


recreação;

Observação: macete do professor Rogério Sanches – o preso trabalha um


pouquinho, descansa um pouquinho e brinca um pouquinho. Há proporcionalidade
entre as atividades.
VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas
anteriores, desde que compatíveis com a exec ução da pena;

VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa


(instrumentos de ressocialização) ;

VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;

IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado;

X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados ;

XI - chamamento nominal;

XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da


pena;

XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento;

XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito;

XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e


de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes .

XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da


responsabilidade da autoridade judiciária competente. (Incluído pela Lei nº 10.713,
de 13.8.2003)

Este inciso reflete o combate do legislador à hipertrofia da punição.


Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos
ou restringidos mediante ato motivado do diretor do estabelecimento.

Art. 42, LEP - Aplica-se ao preso provisório e ao submetido à medida de segurança,


no que couber, o disposto nesta Seção.

Art. 43, LEP - É garantida a liberdade de contratar médico de confiança pessoal do


internado ou do submetido a tratamento ambulatorial, por seus familiares ou
dependentes, a fim de orientar e acompanhar o tratamento.
Parágrafo único. As divergências entre o médico oficial e o particular serão
resolvidas pelo Juiz da execução.
É importante que não se confunda o excesso de execução com o desvio de
execução:

EXCESSO DE EXECUÇÃO DESVIO DE EXECUÇÃO


Relacionado à quantidade da pena. Relacionado à qualidade da pena.

Preso continua tendo seu direito ao voto? Preso com condenação


definitiva não vota. No entanto, o preso provisório, segundo entendimento do CNJ
e TSE, continuando com seu direito de voto. Estas autoridades estão viabilizando
a possibilidade de realização da votação para as próximas eleições.

SANÇÕES DISCIPLINARES
As prisões são verdadeiros agrupamentos humanos. E como todo grupo
humano, necessita de ordem e disciplina.
A disciplina é conquistada com recompensas para o bom comportamento e
aplicação de sanções disciplinares para a falta de disciplina. É alterando entre a
recompensa e as sanções é que o estabelecimento terá a disciplina que tanto
almeja.
A lei de execução penal, ao tratar das recompensas para o bom
comportamento só faz previsão ao elogio e a concessão de regalias. Na verdade
não instrumentos extra-penais que tratam destas recompensas.
Como está na resolução 14 do Conselho Nacional de Político Criminal e
Penitenciária que trata em seu artigo 55 sobre estas recompensas:
Art. 55, RESOLUÇÃO 14 - Em cada estabelecimento prisional será instituído um
sistema de recompensas, conforme os diferentes grupos de presos e os diferentes
métodos de tratamento, a fim de motivar a boa conduta, desenvolver o sentido de
responsabilidade, promover o interesse e a cooperação dos presos.

O decreto 6049/2007 aprova o regulamento penitenciário federal e traz em


seu bojo o sistema de recompensas.
A lei de execução penal somente trata das faltas graves (art. 50 a 52, LEP)
enquanto as faltas leves e médias devem ser tratadas dentro da legislação local.
Art. 50, LEP - Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:

I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina;

II - fugir;

Há doutrina que menciona que, se praticada sem violência ou grave


ameaça, não é considerada como falta grave, apenas o homem buscando seu
instinto de liberdade. Mas não é o entendimento que prevalece, embora seja um
bom entendimento para a prova da Defensoria Pública.

III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de


outrem;
IV - provocar acidente de trabalho (dolosamente, por óbvio);

V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas;

VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do a rtigo 39, desta Lei.

VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar,
que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo. (Incluído
pela Lei nº 11.466, de 2007)

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica -se, no que couber, ao preso
provisório.

É importante que seja observada esta mais nova falta grave que foi inserida
no inciso VII do art. 50, LEP.

• Preso surpreendido com aparelho celular


ou aparelho de comunicação similar.
Falta grave
• Diretor de penitenciária ou agente deixa
art. 319-A, entrar no estabelecimento com aparelho
celular ou aparelho de comunicação similar.
CP
• Particular entra no estabelecimento com
art. 349-A, aparelho celular ou aparelho de
comunicação similar, para dar ao preso.
CP
Observação: por falha do legislador não são abrangidos os objetos
acessórios ao uso do celular ou de qualquer outro aparelho de comunicação
similar

Art. 51, LEP - Comete falta grave o condenado à pena restritiva de direitos que:

I - descumprir, injustificadamente, a restrição imposta;

II - retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta;

III - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.
REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO (RDD)

O regime disciplinar diferenciado não é regime de cumprimento de pena.


Somente são considerados como regimes de cumprimento de pena o regime
fechado, o regime semi-aberto e o regime aberto. Desta feita, o regime disciplinar
diferenciado é considerado como a forma mais grave de sanção disciplinar.
Estão sujeitos à sanção disciplinar o RDD tanto o preso definitivo quanto o
preso provisório. Apesar de somente o §1º mencionar o “estrangeiro”, também
eles poderão ser presos de acordo com o cabimento disposto no caput, art. 52,
LEP.
São as características do regime disciplinar diferenciado que são dispostas
no art. 52, LEP:

Art. 52, LEP - A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e,
quando ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso
provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar
diferenciado, com as seguintes características : (Redação dada pela Lei nº 10.792, de
1º.12.2003)

I - duração máxima de trezentos e sessenta dias , sem prejuízo de repetição da


sanção por nova falta grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena
aplicada; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

PRAZO DE DURAÇÃO DO RDD Até 360 dias.


PRAZO NA REPETIÇÃO DA FALTA Até 1/6 do prazo aplicado para a duração
GRAVE do RDD imposto anteriormente.
PRAZO PARA MAIS UMA VEZ Até 1/6 do prazo aplicado para a duração
PRATICADA A FALTA GRAVE do RDD imposto na repetição.

II - recolhimento em cela individual; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

É apenas colocado em uma cela individual, não é a colocação do preso em


uma cela insalubre ou escura, conforme é vedado pelo art. 45, LEP. Seriam
consideradas formas de prestação da pena de forma cruel.

III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas
horas; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

Os poucos doutrinadores que comentam esta lei dizem que não há


contagem de visitas das crianças ligadas ao preso, neste mínimo de duas
pessoas. É o que prevalece.
No entanto, professor Rogério Sanches entende que não é compatível o
ambiente do RDD com o crescimento e o desenvolvimento de uma criança. Deve
haver preocupação e proteção para com a criança.
Regras mínimas de execução penal que foram criadas pela ONU em 1975,
afirma em seu enunciado 79 de que a visita tem de ser benéfica para o preso e
para seus familiares.
IV - o preso terá direito à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol.
(Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

§ 1 o O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou


condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a
segurança do estabelecimento penal ou da sociedade. (Incluído pela Lei nº 10.792,
de 1º.12.2003)

§ 2 o Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório


ou o condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou
participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando.
(Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

São as hipóteses de cabimento e aplicação da sanção grave do regime


disciplinar diferenciado:

1. Art. 52, caput, LEP: crime doloso quando ocasione subversão da ordem
e disciplina internas do estabelecimento prisional.

2. Art. 52, §1º, LEP: presos de alto risco.

Para evitar o direito penal do autor, não basta ser considerado o preso de
alto risco. Só irá o sujeito para o RDD se este alto risco se materializar em algum
fato. Exemplo: descoberta de plano de fuga arquitetado por este preso de alto
risco.

3. Art. 52, §2º, LEP: desdobramento lógico do §1º.

Professor Rogério Sanches critica a expressão de “fundadas suspeitas”.


Para o indivíduo ir para o RDD deverá haver prova que consubstancie os atos
descritos.

É preciso que seja observada a judicialização que envolva o regime


disciplinar diferenciado:
Art. 54, LEP - As sanções dos incisos I a IV do art. 53 serão aplicadas por ato
motivado do diretor do estabelecimento e a do inciso V (RDD), por prévio e
fundamentado despacho do juiz competente . (Redação dada pela Lei nº 10.792, de
1º.12.2003)

§ 1 o A autorização para a inclusão do preso em regime disciplinar dependerá de


requerimento circunstanciado elaborad o pelo diretor do estabelecimento ou outra
autoridade administrativa. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

§ 2 o A decisão judicial sobre inclusão de preso e m regime disciplinar será precedida


de manifestação do Ministério Público e da defesa e prolatada no prazo máximo de
quinze dias (observância do devido processo legal para que o preso seja incluído no
RDD). (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Na verdade não é dado um despacho pelo Juiz, mas uma decisão que irá
impor o regime disciplinar diferenciado, que é inclusive sujeita a recurso ou
habeas corpus.
O Juiz não pode incluir o preso no regime disciplinar diferenciado de ofício,
dependendo sua decisão de requerimento dos interessados e dispostos no §1º do
art. 54, LEP.

O membro do Ministério Público pode requerer a o deslocamento de


um detento para se submetê-lo à sanção do RDD? SIM, mas de acordo com o
fundamento legal do art. 68, II, “a”, LEP:

Art. 68, LEP - Incumbe, ainda, ao Ministério Público:


II - requerer:
a) todas as providências necessárias ao desenvolvimento do processo executivo;

Há observância da individualização da sanção disciplinar dentro do art. 57,


LEP. E está vedada a aplicação da sanção disciplinar de forma coletiva (art. 45,
§3º, LEP. Cada preso deve individualmente receber sua sanção disciplinar.

Art. 57, LEP - Na aplicação das sanções disciplinares, levar -se-ão em conta a
natureza, os motivos, as circunstâncias e as conseqüências do fato, bem como a
pessoa do faltoso e seu tempo de prisão. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de
1º.12.2003)
Parágrafo único. Nas faltas graves, aplicam -se as sanções previstas nos incisos III a
V do art. 53 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

Art. 45. Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão
legal ou regulamentar.
§ 3º São vedadas as sanções coletivas.

O art. 60, LEP permite a imposição e inclusão do preso no RDD preventivo


de forma provisória:

Art. 60, LEP - A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo


do faltoso pelo prazo de até dez dias. A inclusão do preso no regime disciplinar
diferenciado, no interesse da disciplina e da averiguação do fato, d ependerá de
despacho do juiz competente. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Parágrafo único. O tempo de isolamento ou inclusão preventiva no regime disciplinar
diferenciado será computado no período de cumprimento da sanção disciplinar
(espécie de detração aplicada no RDD) . (Redação dada pela Lei nº 10.792, de
1º.12.2003)

Deve também ser averiguada neste momento a discussão sobre a


constitucionalidade do regime disciplinar diferenciado (RDD):

ARGUMENTOS PARA A ARGUMENTOS PARA A


INCONSTITUCIONALIDADE DO RDD CONSTITUCIONALIDADE DO RDD
O RDD fere a dignidade da pessoa O RDD não represente a submissão do
humana, constituindo-se como sanção preso a padecimentos físicos e psíquicos, o
cruel, desumana e degradante. que somente restaria caracterizado nas
hipóteses em que houvesse, por exemplo,
celas insalubres, escuras ou sem
ventilação.
O sistema penitenciário, em nome da
ordem e da disciplina, há que se valer de
O RDD configura sanção desproporcional medidas disciplinadoras e o RDD atende
aos fins da pena. ao primado da proporcionalidade entre a
gravidade da falta e a severidade da
sanção. Não é qualquer falta que enseja a
aplicação do RDD.
O RDD ofende a coisa julgada O RDD não é regime de cumprimento de
representando quarta modalidade de pena, mas sanção disciplinar cabível nesta
regime de cumprimento de pena. nova relação formada entre o Estado e o
executado.
O RDD configura bis in idem, pois além da Não se trata de violação do bis in idem,
sanção disciplinar o executado fica sujeito pois se constituem em frações e
à sanção penal. ordenamentos jurídicos diversos (de direito
penal e de execução penal).

Observação: Rogério Greco, examinador do MP/MG entende que o RDD é


considerado como uma medida inconstitucional. Apesar de o STF não possuir
nenhuma decisão a respeito, o STJ tem decidido que o RDD é constitucional, e diz
o professor Rogério Sanches que os argumentos trazidos sobre a
constitucionalidade são retirados destes julgados do STJ.

Os crimes e a pena, em regra, podem prescrever segundo as regras do art.


109, CP. Também o ato infracional/ medida socioeducativa prescrevem do mesmo
modo (súmula 338, STJ).

A sanção disciplinar do RDD prescreve? O STF aplica o art. 109, CP


para este caso da aplicação da sanção disciplinar por analogia. E o prazo
prescricional é sempre de dois anos, não importando a sanção disciplinar ou a
falta que é cometida durante a execução da pena (HC 92000/SP).
EMENTA: EXECUÇÃO PENAL. HABEAS CORPUS. FALTA GRAVE.
PRESCRIÇÃO DE INFRAÇÃO DISCIPLINAR DE NATUREZA GRAVE. ART. 109,
VI, COMBINADO COM ART. 111, III, DO CÓDIGO PENAL. ILEGALIDADE.
INOCORRÊNCIA. ORDEM DENEGADA. I - Diante da ausência de norma
específica quanto à prescrição da infração disciplinar, utiliza-se, por analogia, o
Código Penal. II - Abandonar o cumprimento do regime imposto configura infração
permanente, aplicando-se as regras do art. 111, III, do Código Penal. III - Ordem
denegada. (HC 92000, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira
Turma, julgado em 13/11/2007, DJe-152 DIVULG 29-11-2007 PUBLIC 30-11-2007
DJ 30-11-2007 PP-00078 EMENT VOL-02301-03 PP-00563 LEXSTF v. 30, n. 353,
2008, p. 447-451)
Preso foge Recapturado
(20/10/2000) (10/06/2007)

Falta grave Poderá aplicar


(art. 50, II, LEP) sanção
disciplinar
(09/06/2009)

STF já decidiu que, enquanto o preso está foragido, é encarada a situação


como uma falta permanente, possuindo neste caso, prazo de até 09/06/2009 para
aplicar a sanção disciplinar. Isto também foi decidido no HC transcrito acima.

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