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REVISÃO EXECUÇÃO PENAL

PECOCA (macete)

PE = Regime fechado = penitenciária (em cela individual)

CO = Regime semiaberto = colônia agrícola e industrial

CA = Regime aberto = casa de albergado

E a cadeia pública? Para presos provisórios

A quem a LEP se aplica? CPI (mnemônico) = condenado, provisório e internado + presos da


justiça militar e eleitoral, quando estiverem sujeitos à jurisdição ordinária (cumprindo pena em
presídio comum).

Classificação do Preso (princípio da individualização da pena)

Ocorre com base nos antecedentes e personalidade (“ap”)

Também com base no sexo, idade e natureza do crime.

O preso provisório é separado do preso condenado (provisório = cadeia pública)

Quem realiza a classificação? CTC = A comissão técnica de classificação (1 diretor; 1 chefe de


serviço; 1 assistente social; 1 psicólogo; 1 psiquiatra).

ATENÇÃO: centro de observação = faz o exame criminológico (identifica a personalidade do


indivíduo). O exame criminológico será feito pela CTC na falta do centro de observação.  O
exame criminológico é obrigatório para o preso em regime fechado e é uma possibilidade para
o preso em regime semiaberto, SEGUNDO O TEXTO DA LEP. CONTUDO, o STF e o STJ
entendem que o exame é facultativo para quaisquer presos e que o juiz deve motivar o seu
pedido.

Não confunda exame criminológico com identificação do perfil genético!

A identificação do perfil genético pode ser feita para quem cometeu:

- crime contra a vida

- crime com violência grave contra a pessoa

- crime contra a liberdade sexual

- crime contra a liberdade sexual de vulnerável

Proibido: fenotipagem e busca familiar por meio da identificação do perfil genético.

Se recusar a fazer a identificação de perfil genético gera falta grave para o preso.

Assistência ao Preso:

MESS JR (mnemônico)
M aterial (vestuário, alimentação, instalações higiênicas = “vah”)

E ducacional (1º grau obrigatório; 2º grau implementado; biblioteca)

S ocial

S aúde (farmacêutica; odontológica; médica) (se o médico particular do preso e o médico do


oficial divergirem, quem decide é o juiz)

J urídica (somente para presos sem condições; será prestada pela defensoria pública)

R eligiosa

PERMISSÃO DE SAÍDA X SAÍDA TEMPORÁRIA

(ambas são espécies de autorização de saída)

PERMISSÃO DE SAÍDA:

“PDF” = permissão + doença (do preso ou de familiar em estado grave – familiar = CCADI =
cônjuge, companheiro, ascendente, descendente e irmão) + falecimento (CCADI também)

Quem autoriza a permissão? Diretor do presídio. Ele é obrigado a conceder? Não. Trata-se de
um ato discricionário.

Há escolta.

Qualquer tipo de preso pode obter.

SAÍDA TEMPORÁRIA:

Visitar a família; estudar; atividades do convívio social (VAE).

Quem concede a saída temporária? O juiz da execução.

Só se aplica aos presos do regime semiaberto e que tenham cumprido: se primário 1/6 da
pena, se reincidente ¼ da pena.

Crime hediondo com resultado morte = não tem direito a saída temporária.

Prazo da saída temporária = 7 dias, 5x ao ano. Entre uma saída temporária e outra deve ser
respeitado um prazo de 35 dias. Exceção: quem estuda poderá sair o tempo necessário para
realizar as atividades estudantis.

Podem ser estabelecidas saídas programadas.

TRABALHO DO PRESO:

Direito-dever

O mínimo que o preso pode receber por seus salários é ¾ do salário-mínimo.

O produto do trabalho do preso serve para RIPA (mnemônico):

R essarcir o estado
I ndenizar danos

P equenas despesas pessoais

A assistência à família

O que restar é o pecúlio (é o dinheiro que será colocado em uma poupança para o preso)

O trabalho é facultativo para o preso político e obrigatório para o preso comum.

O trabalho do preso não é regido pela CLT.

Preso trabalha no mínimo 6h e no máximo 8h. O deficiente e o maior de 60 anos vão ter um
trabalho adequado à sua condição. Aquele que trabalha com manutenção e limpeza pode ter
um horário diferenciado.

Quais trabalhos podem ser feitos fora do presídio? Obras e serviços públicos.

Preso em regime fechado pode fazer trabalho externo? Pode, mas precisa cumprir o mínimo
da pena = 1/6.

Quem autoriza o trabalho externo? Diretor.

Precisa de escolta.

Somente 10% dos trabalhadores da obra podem ser presos.

REMIÇÃO DA PENA

3 dias de trabalho = 1 dia de remição

12h de estudo num intervalo de 3 dias = 1 dia de pena remido

Conclusão de ensino fundamental, médio ou superior = acrescenta 1/3 ao tempo de remição

* decisão STJ ENEM

Falta grave = juiz pode descontar 1/3 dos dias de remição

SANÇÕES DISCIPLINARES

ARIS RDD (mnemônico)

A dvertência verbal

R epreensão

I solamento

S uspensão ou restrição de direitos (“convite” = contato com exterior, visitas e tempo =


direitos que podem ser suspensos)

RDD = regime disciplinar diferenciado

O “aris” quem aplica é o diretor e deve motivar o ato. O isolamento, além de ser motivado,
deve ser comunicado ao juiz.
O RDD quem aplica é o juiz.

O “ar” é aplicado para faltas leves e médias (regulamentado por lei local). Falta grave é
regulamentada pela própria LEP.

O “is RDD” é aplicado para faltas graves.

O isolamento pode ser de no máximo 30 dias e não pode ser em cela escura ou insalubre.

A suspensão de direitos também tem o limite máximo de 30 dias.

RDD

Em presídio de segurança máxima.

Para que o preso passe a cumprir pena em RDD o diretor (ou outra autoridade administrativa)
precisa requerer ao juiz.

Isolamento preventivo: isolar o preso até que o juiz decida sobre o RDD. Prazo de 10 dias. Não
é uma sanção administrativa. Não confundir com o isolamento na própria cela, etc.

Quem pode ir para o RDD? Preso que comete falta grave que constitui crime e faz subversão
da ordem. Também aquele preso que tem participação em organização criminosa. Ou seja,
pode ir para o RDD sem ter cometido falta grave nenhuma, apenas por ter participado da
organização criminosa.

Prazo RDD: até 2 anos, prorrogável sucessivas vezes por 1 ano. Quem prorroga é sempre o juiz.

Características do RDD:

- toda correspondência do preso será fiscalizada

- preso terá direito a visitas quinzenais por 2 pessoas da família e elas devem ser gravadas por
áudio ou áudio e vídeo. Não pode ter contato físico, nem passagem de objetos. Para alguém
que não seja da família visitar o preso será necessária autorização judicial.

- passados 6 meses e o preso não recebe visitas = terá direito à 2 ligações no mês por 10
minutos cada com uma pessoa da família.

- banho de sol de 2h na companhia de pessoas que não pertençam a sua facção.

- audiências PREFERENCIALMENTE por videoconferência. Advogado deve estar no mesmo local


do preso.

Em regra, o RDD é cumprido em presídio de segurança máxima ESTADUAL.

Quem vai para presídio de segurança máxima FEDERAL?

- sujeito que exercia liderança em organização criminosa

- sujeito que tem participação em organização criminosa que tenha atuação em 2 ou mais
estados.

PROGRESSÃO DE REGIME
* decorar as porcentagens

Prima de 16 sem violência (ou grave ameaça)

Prima de 25 com violência (ou grave ameaça)

Rei sem violência (sem cinco) 20

Rei com violência (com cinco) 30

HEDIONDOS OU EQUIPARDOS

Primo hediondo 40

Primo hediondo com resultado morte ou comando de organização criminosa ou participação


em milícia armada 50

Rei hediondo 60

Rei hediondo com resultado morte 70

ÓRGÃOS DA EXECUÇÃO PENAL

1. CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA

13 membros: professores; profissionais da área; representantes da sociedade.

Designados pelo Ministério da Justiça.

Mandato: 2 anos. Renovação de 1/3 a cada ano.

2. CONSELHO PENITENCIÁRIO (não confundir)

Executa e fiscaliza a execução da pena

Está ligado ao Estado. Cada Estado tem o seu.

Composto por professores; profissionais da área e representantes da comunidade.

Mandato = 4 anos

Decorar art. 70

Inciso I muitas pegadinhas! INDULTO E COMUTAÇÃO apenas (exceto estado de saúde)

Inciso III TRImestre

3. CONSELHO DA COMUNIDADE

Cada COMARCA terá a sua.

4 membros (composição mínima)


- 1 representante do comércio ou indústria

- 1 advogado

- 1 defensor público

- 1 assistente social

Na falta de algum desses membros, o juiz escolhe o membro.

Juiz compõe e instala esse conselho

Só esse conselho faz visitas e elas são MENSAIS

4. PATRONATO

“PAE” pai dos albergados e egressos (vai dar assistência para essas pessoas)

5. MP

6. DEFENSORIA PÚBLICA

7. JUIZ DA EXECUÇÃO

8. DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO

Existe o departamento penitenciário NACIONAL (ligado a União Federal)

E o Departamento penitenciário LOCAL (ligado ao ESTADO)

DA DIREÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS

Quem pode ser diretor? Precisa ser formado em um desses cursos:

- direito

- psicologia

- pedagogia

- ciências sociais

- serviços sociais

ESTABELECIMENTOS PENAIS

PE = penitenciária para regime fechado (o LEP não fala em presídio; as leis locais costumam
usar esse termo para penitenciárias de grande porte)

CO = colônia agrícola ou industrial para regime semiaberto


CA = casa de albergado para regime aberto

Quem está preso em penitenciária deve ficar em cela INDIVIDUAL (nos termos da LEP) de no
mínimo 6m², com iluminação natural

CUIDADO: dentro do mesmo conjunto arquitetônico pode haver vários estabelecimentos


penais (penitenciária feminina e masculina; cadeia pública, etc)

PENITENCIÁRIA FEMININA

Somente mulheres podem fazer a segurança interna; homens podem fazer a segurança
externa

Deve haver um local destinado as gestantes e as parturientes; também deve ter um berçário
para que as detentas possam amamentar seus filhos até, no mínimo, os 6 meses de idade (a
criança fica junto com a mãe nesse período)

Deve haver também creches para crianças maiores de 6 e menores de 7 anos de idade que não
tenham com quem ficar além da mãe (crianças desamparadas)

PENITENCIÁRIA MASCULINA

Deve ser afastada do centro urbano, mas que não restrinja a visitação

CASA DE ALBERGADO

LEP diz que em cada REGIÃO deverá ter uma

Não pode ter obstáculos que impeçam o preso de ir e vir

CADEIA PÚBLICA

Presos provisórios

Não deve ser distante dos centros urbanos

Cada COMARCA deve ter a sua

MONITORAÇÃO ELETRÔNICA (art. 146-B)

Usa-se quando o juiz “tem dó” (macete) = saída temporária e prisão domiciliar
REVISÃO PENAL

Pena máxima

- crimes: 40 anos

- contravenções penais: 5 anos

Criação de normas penais:

Competência da União por lei ordinária ou complementar

Pode criar crimes ou penas por meio de decreto? Não.

Atenção: o direito penal somente retroage para beneficiar o réu. O PROCESSO penal não
retroage nem para beneficiar o réu.

Ultratividade da Lei Penal: usar lei anterior (mais antiga) que seja mais benéfica ao réu mesmo
com o surgimento de lei nova mais gravosa – desde que o crime tenha sido cometido na
vigência da lei antiga.

Lei temporária e Lei excepcional: trabalham com a ultratividade maléfica.

ABOLITIO CRIMINIS

Quando um crime deixa de existir, extinguem-se todos os efeitos penais, mas persistem os
extrapenais.

TEMPO DO CRIME

LUTA
LUGAR DO CRIME

Teoria Mista ou da Ubiquidade = pode ser o local da ação, omissão, resultado ou onde o
resultado deveria acontecer.

TERRITORIALIDADE

TAM – território terrestre aéreo e marítimo

Território terrestre = todos os estados + DF

Território Marítimo = até 12 milhas náuticas alto mar

Território aéreo = espaço aéreo correspondente ao território terrestre e marítimo (não tem
limite para cima)

Extensão do território nacional = embarcações ou aeronaves públicas ou à serviço do governo


brasileiro + aeronaves brasileiras privadas ou mercantes em alto mar ou no espaço aéreo
correspondente (princípio da bandeira – representação).

EXTRATERRITORIALIDADE

Possibilidade de aplicar a Lei Brasileira ao crime praticado fora do Brasil.

DETRAÇÃO PENAL

Art. 8, CP

Homologação da sentença estrangeira = STJ

TEORIA DO CRIME

Critério Tripartite: Fato típico, antijurídico e culpável

Fato típico: conduta, resultado, nexo causal, tipicidade e elemento subjetivo

Antijurídico: excludentes de ilicitude = legitima defesa, estado de necessidade, estrito


cumprimento do dever legal e exercício regular de direito (legais) + consentimento do
ofendido em bens jurídicos disponíveis (supralegal)

Culpável: impoex (macete) = imputabilidade penal, potencial consciência da ilicitude e


exigibilidade de conduta diversa

CONDUTA

Ação e Omissão

Omissão = dever agir + poder agir

RESULTADO
Material (naturalístico) ou formal (jurídico)

ELEMENTO SUBJETIVO

Dolo e culpa

Dolo direto = teoria da vontade – pode ser de 1º, 2º e já se fala até em 3º grau (resultados
indiretos devido à conduta)

Dolo indireto = assentimento/consentimento = assume o risco (foda-se)

Culpa = negligência, imprudência ou imperícia

TIPICIDADE = previsão em lei

CULPABILIDADE

Exigibilidade de conduta diversa

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