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RETA FINAL DPMG e DPES

Execução Penal
Prof. Fernando Antunes Soubhia

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RETA FINAL DPMG e DPES

Assistência e Trabalho e
Princípios
Direitos Estudo

Sistema Autorizações
Disciplina
Progressivo de Saída

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Princípios
Legalidade

Humanidade

Isonomia

Jurisdicionalidade

Individualização da Pena

Intranscendência

Estado de Inocência

Devido Processo Legal

Contraditório e Ampla Defesa

Numerus Clausus

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Humanidade
• CF, art. 5, XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84,
XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis;
• CADH, art; 5, 2 - Ninguém deve ser submetido a torturas, nem a penas ou tratos cruéis, desumanos ou
degradantes. Toda pessoa privada da liberdade deve ser tratada com o respeito devido à dignidade inerente
ao ser humano.

• Caso Instituto Penal Plácido de Sá Carvalho (e complexo do Curado) – Resolução da CIDH de 22 de Novembro
de 2018 - Remição Compensatória
– Ainda que impostas licitamente, as penas são executadas ilicitamente e, por conseguinte, dada a situação que persiste, e que nunca
devia ter existido, mas existe, ante a emergência e a situação real, o mais prudente é reduzi-las de forma que seja computado como
pena cumprida o excedente antijurídico de sofrimento não disposto ou autorizado pelos juízes do Estado.
– Estado deverá arbitrar os meios para que, no prazo de seis meses a contar da presente decisão, se compute em dobro cada dia de
privação de liberdade cumprido no IPPSC, para todas as pessoas ali alojadas, que não sejam acusadas de crimes contra a vida ou a
integridade física, ou de crimes sexuais, ou não tenham sido por eles condenadas.
– No caso de acusados de crimes contra a vida e a integridade física, ou de natureza sexual, ou por eles condenados, deverá se sujeitar,
em cada caso, a um exame ou perícia técnica criminológica que indique, segundo o prognóstico de conduta que resulte e, em
particular, com base em indicadores de agressividade da pessoa, se cabe a redução do
tempo real de privação de liberdade, na forma citada de 50%, se isso não é aconselhável, em virtude de um prognóstico de conduta
totalmente negativo, ou se se deve abreviar em medida inferior a 50%

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• 3. Esta Corte tem entendido que a Resolução da eg. Corte Interamericana de Direitos
Humanos (CIDH) de 28/11/2018 reconheceu inadequado apenas o Complexo do Curado
para a execução de penas, aos reeducandos que se encontram em situação degradante e
desumana, determinando o cômputo, em dobro, de cada dia de pena privativa de liberdade
lá cumprida.

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Intranscendência ou Transcendência Mínima

CF, art. 5, XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de
reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

• O que é intranscendente é a pena (inclusive a de multa). A obrigação de reparar o dano e o


perdimento de bens podem ser uma das consequências da condenação.
– Habeas Corpus Coletivo 143641 / SP- prisão provisória de mães e grávidas (Leitura indispensável)
– AgRg no AREsp 1227471 / DF – visita
– REsp 1789330 / RS - Revista Vexatória

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Revista Vexatória
• STF - Repercussão Geral reconhecida – TEMA 998 - ARE 959620 RG, Relator(a): EDSON FACHIN
– Provimento, fixando a seguinte tese pelo Relator: É inadmissível a prática vexatória da revista íntima em visitas sociais nos estabelecimentos de
segregação compulsória, vedados sob qualquer forma ou modo o desnudamento de visitantes e a abominável inspeção de suas cavidades
corporais, e a prova a partir dela obtida é ilícita, não cabendo como escusa a ausência de equipamentos eletrônicos e radioscópicos
– Desprovimento, fixando a seguinte tese: “A revista íntima para ingresso em estabelecimentos prisionais será excepcional, devidamente motivada
para cada caso específico e dependerá da concordância do visitante, somente podendo ser realizada de acordo com protocolos preestabelecidos e
por pessoas do mesmo gênero, obrigatoriamente médicos na hipótese de exames invasivos. O excesso ou abuso da realização da revista íntima
acarretarão responsabilidade do agente público ou médico e ilicitude de eventual prova obtida. Caso não haja concordância do visitante, a
autoridade administrativa poderá impedir a realização da visita
– Placar atual: 3 (Fachin, Rosa, Barroso) x 4 (Moraes, Toffoli, Mendonça e Nunes Marques) – Pedido de Destaque feito pelo Gilmar Mendes.

• STJ –Ante fundadas suspeitas de o visitante do presídio estar portando material ilícito, é possível a
realização de revista íntima, com fins de segurança, o que, por si só, não ofende a dignidade da pessoa
humana, notadamente se for feita dentro dos parâmetros legais e constitucionais, sem nenhum
procedimento invasivo (REsp n. 1.681.778/RS)
– Ilicitude da prova obtida por revista íntima ‘com base, tão somente, em uma denúncia anônima feita ao presídio no dia dos fatos informando que
ela tentaria entrar no presídio com drogas, sem a realização, ao que tudo indica, de outras diligências prévias para apurar a veracidade e a
plausibilidade dessa informação.’ - REsp 1789330 / RS

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Devido Processo Legal
• Qualquer alteração na execução no sentido de agravar a sanção deverá ser precedida de um processo onde todos os
direitos serão garantidos.

Contraditório e Ampla Defesa


• Sempre que necessário, o condenado poderá apresentar provas e questionar as provas que foram apresentadas pela
acusação (!)

• SV 5 - A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.
• STF, Tema 941 da repercussão geral: A oitiva do condenado pelo Juízo da Execução Penal, em audiência de
justificação realizada na presença do defensor e do Ministério Público, afasta a necessidade de prévio Procedimento
Administrativo Disciplinar (PAD), assim como supre eventual ausência ou insuficiência de defesa técnica no PAD
instaurado para apurar a prática de falta grave durante o cumprimento da pena”

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Material

Religiosa Saúde

Assistência

Social Jurídica;

Educacional
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Assistência
Material
Art. 12. A assistência material ao preso e ao internado consistirá no fornecimento de alimentação,
vestuário e instalações higiênicas.

– Res. 03/2017, CNJ - Número mínimo de 05 refeições diárias

– CIDH, Caso Vélez Loor vs. Panamá – ausência de disponibilidade de água potável é uma falta grave do Estado

– Regras de Mandela
• 18. 1. Deve ser exigido a todos os reclusos que se mantenham limpos e, para este fim, ser-lhes-ão fornecidos água e os artigos de higiene
necessários à saúde e limpeza
• Regra 16 - As instalações de banho e duche devem ser suficientes para que todos os reclusos possam, quando desejem ou lhes seja
exigido, tomar banho ou duche a uma temperatura adequada ao clima, tão frequentemente quanto necessário à higiene geral, de acordo
com a estação do ano e a região geográfica, mas pelo menos uma vez por semana num clima temperado. - STJ, REsp 1537530 / SP –
fornecimento de banhos quentes em SP

– Regras de Bangkok
• Regra 5 - A acomodação de mulheres presas deverá conter instalações e materiais exigidos para satisfazer as necessidades de higiene
específicas das mulheres, incluindo absorventes higiênicos gratuitos e um suprimento regular de água disponível para cuidados pessoais
das mulheres e crianças, em particular mulheres que realizam tarefas na cozinha e mulheres gestantes, lactantes ou durante o período da
menstruação.

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Assistência RETA FINAL DPMG e DPES
à Saúde
Art. 14. A assistência à saúde do preso e do internado de caráter preventivo e curativo, compreenderá atendimento médico,
farmacêutico e odontológico.
§ 2º Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a assistência médica necessária, esta será prestada em
outro local, mediante autorização da direção do estabelecimento.

• Portaria interministerial nº 1, de 2 de janeiro de 2014 - Institui a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das
Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

• Prisão Domiciliar Humanitária - concedida aos apenados acometidos de moléstias graves, exigindo a comprovação da
debilidade do condenado e a constatação de que o tratamento adequado ao restabelecimento de sua saúde encontra-se
comprometido, diante da inexistência de assistência necessária no interior do estabelecimento prisional (STJ, HC 646490 /
SP).
– CIDH, Caso Chinchila Sandoval vc. Guatemala – pessoas com enfermidades graves, crônicas ou terminais não devem
permanecer na prisão salvo quando os Estados possam assegurar que tem unidade adequada de atenção médica,
atestada por servidor externo ao sistema prisional.

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Assistência RETA FINAL DPMG e DPES
à Saúde
Art. 14. § 3o Será assegurado acompanhamento médico à mulher, principalmente no pré-natal e no pós-parto, extensivo ao recém-
nascido.
§ 4º Será assegurado tratamento humanitário à mulher grávida durante os atos médico-hospitalares preparatórios para a realização
do parto e durante o trabalho de parto, bem como à mulher no período de puerpério, cabendo ao poder público promover a
assistência integral à sua saúde e à do recém-nascido.

• Regras de Bangkok - 23. 1) Nos estabelecimentos penitenciários para mulheres devem existir instalações especiais para o
tratamento das reclusas grávidas, das que tenham acabado de dar à luz e das convalescentes. Desde que seja possível, devem ser
tomadas medidas para que o parto tenha lugar num hospital civil. Se a criança nascer num estabelecimento penitenciário, tal fato não
deve constar do respectivo registro de nascimento

• Prisão Domiciliar mulheres grávidas


– Prisão Provisória - CPP, art. 318, IV e V | STF, HC 143.641 - tendo em vista a proteção integral e a prioridade absoluta conferidas
pela Constituição Federal às crianças e às pessoas com deficiência, a substituição da prisão preventiva pela domiciliar, nos casos
dos incisos III e VI do artigo 318 do CPP, deve ser a regra | STF, HC 165704 – ampliação do entendimento para todos os
responsáveis
– Prisão Definitiva – É possível a extensão do benefício de prisão-albergue domiciliar às sentenciadas gestantes e mães de
menores de até 12 anos, ainda que em regime semiaberto ou fechado, nos termos dos arts. 318, V, do CPP e 117, IV, da LEP,
desde que presentes os requisitos legais. (STJ, AgRg no HC 731648 / SC)

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Relação Regime de Pena x Estudo e Remição

Regime Fechado Regime Semiaberto Regime Aberto

Intramuros ou instituições Intramuros ou instituições


Intramuros
externas externas

Remição Remição Remição

Art. 126, § 6o O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade condicional poderão
remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional, parte do tempo de execução da pena ou do
período de prova, observado o disposto no inciso I do § 1o deste artigo.

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Particularidades
É possível a cumulação da remição por estudo e trabalho

A remição pelo estudo pressupõe a frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional,
presencial ou EAD, independentemente da sua conclusão ou do aproveitamento satisfatório.

Normas sobre remição são de caráter penal – STF, HC 110.337

Carga horária que excede 4h diárias deve ser computada para remição – HC 461.047

‘bônus’ pelo ENCCEJA (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos) – Rec.
CNJ 44/2013 – 26 dias remidos para cada uma das cinco áreas do conhecimento completadas – HC 602.425

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Obrigatório Preso Definitivo

Trabalho
Interno Preso Provisório

Facultativo Preso Político

Prisão Simples <


Externo Preso definitivo
15 dias

Art. 28. O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, terá finalidade educativa e produtiva.
§ 1º Aplicam-se à organização e aos métodos de trabalho as precauções relativas à segurança e à higiene.
§ 2º O trabalho do preso não está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho.

Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas aptidões e capacidade.
Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só poderá ser executado no interior do estabelecimento.

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Atribuição de postos Remuneração – art.
Jornada – art. 33 Gestão – art. 34 Produção – art. 35
– art. 32 28
•habilitação, a •não será inferior a 6 •fundação, ou empresa •não inferior a 3/4 • Pode ser adquirida, com
condição pessoal e as nem superior a 8 pública, com (três quartos) do dispensa de
necessidades futuras horas, com descanso autonomia salário mínimo. concorrência, pela
do preso, bem como nos domingos e administrativa, que Administração Direta
ou Indireta da União,
as oportunidades feriados. promoverá e Estados, Territórios,
oferecidas pelo •horário especial de supervisionará a Distrito Federal e dos
mercado trabalho aos correria produção, encarregar- Municípios adquirirão,
•maiores de 60 se de sua sempre que não for
(sessenta) anos, comercialização, bem possível ou
doentes ou deficientes como suportar recomendável a venda a
físicos somente despesas, inclusive particulares.
exercerão atividades pagamento de • as importâncias
apropriadas ao seu remuneração arrecadadas com as
adequada. vendas reverterão em
estado. favor da fundação ou
•Excepcionalidade do •possibilidade de empresa pública a que
artesanato convênio com a alude o artigo anterior
iniciativa privada, ou, na sua falta, do
para implantação de estabelecimento penal.
oficinas de trabalho

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Remuneração – Art. 29
Indenização 7. A legitimidade da diferenciação entre o trabalho do preso e o dos empregados em
dos danos geral na política pública de limites mínimos de remuneração é evidenciada pela distinta
causados pelo lógica econômica do labor no sistema executório penal, que pode até mesmo ser
crime subsidiado pelo Erário, de modo que o discrímen promove, em vez de violar, o
mandamento de isonomia contido no artigo 5º, caput, da Constituição, no seu aspecto
material. 8. A autorização legal para a percepção de remuneração inferior ao salário
Constituição mínimo no trabalho do preso é acompanhada de medidas compensatórias, quais sejam:
do pecúlio, em Assistência (i) é fixado um patamar mínimo de três quartos do salário mínimo, percentual razoável
Caderneta de à família para configurar uma justa remuneração pelo trabalho humano, nos termos definidos

¾
Poupança democraticamente pelo Parlamento; (ii) são impostos ao Estado deveres de prestação
material em relação ao interno, a fim de garantir o atendimento de todas as suas
carências básicas; e (iii) concede-se ao preso o benefício da remição da pena, na
proporção de 1 (um) dia de redução da sanção criminal para cada 3 (três) dias de
trabalho. 9. O salário mínimo, na dicção do artigo 7º, IV, da Constituição, visa satisfazer
as necessidades vitais básicas do trabalhador e as de sua família “com moradia,
alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social”,
ao passo que o preso, conforme previsão legal, já deve ter atendidas pelo Estado boa
Pequenas parte das necessidades vitais básicas que o salário mínimo objetiva atender, tais como
Ressarcimento educação (artigos 17 e seguintes da LEP), alojamento (artigo 88 da LEP), saúde (artigo
ao Estado despesas
pessoais 14 da LEP), alimentação, vestuário e higiene (artigo 12 da LEP). (ADPF 336, Relator(a):
LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 01/03/2021)

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Regime fechado
ou Semiaberto

Cumprimento
de 1/6 da pena

Aptidão e
Disciplina Do Preso

Consentimento
do preso

Remuneração

Disciplina e
garantias contra
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fuga
Do empregador

Limite de 10%
Requisitos – Autorização do diretor +
Trabalho Externo

da obra
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Prática de fato
definido como crime

Punição por falta


grave
Revogação

Comportamento
inadequado
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Particularidades
Tema 917 - É possível a remição de parte do tempo de execução da pena quando o condenado,
em regime fechado ou semiaberto, desempenha atividade laborativa extramuros.
Gravidade do crime não influi na concessão do trabalho externo – HC 45392/DF

Trabalho em empresa da família / Microempresário / – possibilidade – STJ, HC 480.348/MG /


STF, HC 110.605
Trabalho externo em regime semiaberto independentemente do cumprimento de 1/6 da pena
ou de qualquer outro lapso temporal - HC 708859/SP
Possibilidade de suplementação da autorização do diretor – inafastabilidade da jurisdição HC
416.682/SP
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Remição
Leitura
Trabalho Estudo
Res. 391/2021- CNJ

Regime Fechado e Regime Fechado, Semiaberto ou Aberto ou Regime Fechado ou Semiaberto


Semiaberto liberdade condicional

cada obra lida


Acréscimo de 1/3 (um 21 (vinte e um) a 30 (trinta) corresponderá a 4 (quatro)
1 dia de pena por 12 horas terço) no caso de conclusão dias para a leitura dias de pena
1 dia de pena por 3 dias de
de estudo, divididas, no do ensino fundamental, + -
trabalho
mínimo, em 3 (três) dias médio ou superior durante
relatório a respeito da obra, limitando-se a até 48
o cumprimento da pena
em até 10 (dez) dias (quarenta e oito) dias a cada
período de 12 (doze) meses.

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Particularidades
Preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a
beneficiar-se com a remição (art. 126, §4);

Não há remição da pena na hipótese em que o condenado deixa de trabalhar ou estudar em


Particularidades
virtude da omissão do Estado em fornecer tais atividades - HC 124.520/RO

Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observado o
disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar (Art. 127).

O reconhecimento de falta grave justifica a perda de até 1/3 do total de dias trabalhados pelo
apenado até a data do ato de indisciplina, ainda que não haja declaração judicial da remição -
HC 541649/SP
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• Súmula 40 do STJ - Para obtenção dos benefícios de saída temporária e trabalho externo, considera-se o tempo de
cumprimento da pena no regime fechado.

• Súmula 562 do STJ: É possível a remição de parte do tempo de execução da pena quando o condenado, em regime
fechado ou semiaberto, desempenha atividade laborativa, ainda que extramuros.

• Súmula 341 do STJ - A frequência a curso de ensino formal é causa de remição de parte do tempo de execução de
pena sob regime fechado ou semiaberto.

• STJ, Tema Repetitivo 917 - É possível a remição de parte do tempo de execução da pena quando o condenado, em
regime fechado ou semiaberto, desempenha atividade laborativa extramuros.

• Súmula Vinculante n. 9 - O disposto no artigo 127 da Lei 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) foi recebido pela
ordem constitucional vigente, e não se lhe aplica o limite temporal previsto no caput do artigo 58.

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Tema 1120: Nada obstante a interpretação restritiva que deve ser conferida ao art. 126, §4º, da LEP, os princípios da
individualização da pena, da dignidade da pessoa humana, da isonomia e da fraternidade, ao lado da teoria da
derrotabilidade da norma e da situação excepcionalíssima da pandemia de covid-19, impõem o cômputo do período de
restrições sanitárias como de efetivo estudo ou trabalho em favor dos presos que já estavam trabalhando ou estudando e
se viram impossibilitados de continuar seus afazeres unicamente em razão do estado pandêmico. (REsp n. 1.953.607/SC,
Súmulas e
relator Ministro Ribeiro Dantas, Terceira Seção, julgado em 14/9/2022, DJe de 20/9/2022.)

Julgados
DERROTABILIDADE DA LEI:
Nas palavras de Uadi Lammêgo Bulos, a "Derrotabilidade é o ato pelo qual uma norma jurídica deixa de ser aplicada,
vinculantes
mesmo presentes todas as condições de sua aplicabilidade, de modo a prevalecer a justiça material no caso concreto"
(BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de direito constitucional, 13ª ed. São Paulo: Saraiva, 2020, p. 133).

Nessa linha, negar aos presos que já trabalhavam ou estudavam antes da pandemia de covid-19 o direito de continuar a
remitir sua pena se revela medida injusta, pois: (a) desconsidera o seu pertencimento à sociedade em geral, que padeceu,
mas também se viu compensada com algumas medidas jurídicas favoráveis, o que afrontaria o princípio da
individualização da pena (art. 5º, XLVI, da CR), da isonomia (art. 5º, caput, da CR) e da fraternidade (art. 1º, II e III, 3º, I
e III, da CR); (b) exige que o legislador tivesse previsto a pandemia como forma de continuar a remição, o que é
desnecessário ante o instituto da derrotabilidade da lei.

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A consideração do trabalho não remunerado para fins de remição de pena

• Tema 917 - 2. O art. 126 da Lei de Execução Penal não fez nenhuma distinção ou referência, para
fins de remição de parte do tempo de execução da pena, quanto ao local em que deve ser
desempenhada a atividade laborativa, de modo que se mostra indiferente o fato de o trabalho ser
exercido dentro ou fora do ambiente carcerário. Na verdade, a lei exige apenas que o condenado
esteja cumprindo a pena em regime fechado ou semiaberto. (...) 4. Em homenagem, sobretudo, ao
princípio da legalidade, não cabe restringir a futura concessão de remição da pena somente àqueles
que prestam serviço nas dependências do estabelecimento prisional, tampouco deixar de
recompensar o apenado que, cumprindo a pena no regime semiaberto, exerça atividade laborativa,
ainda que extramuros. (...) 6. A ausência de distinção pela lei, para fins de remição, quanto à espécie
ou ao local em que o trabalho é realizado, espelha a própria função ressocializadora da pena,
inserindo o condenado no mercado de trabalho e no próprio meio social, minimizando suas chances
de recidiva delitiva. (REsp n. 1.381.315/RJ, relator Ministro Rogerio Schietti Cruz, Terceira Seção,
julgado em 13/5/2015, DJe de 19/5/2015.)

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Disciplina
• Princípio da Legalidade, Anterioridade e Tipicidade das Infrações
– As faltas graves estão todas dispostas na LEP
– O legislador local só pode tratar das faltas médias e leves (STJ, HC 150.813)
– As sanções estão limitadas àquelas previstas na LEP

Art. 45. Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão legal ou regulamentar.

Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e graves. A legislação local especificará as leves e médias, bem assim as respectivas
sanções.

• Limites ao poder disciplinar


Art. 45. (...)
§ 1º As sanções não poderão colocar em perigo a integridade física e moral do condenado.
§ 2º É vedado o emprego de cela escura.
§ 3º São vedadas as sanções coletivas.

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Faltas Graves no cumprimento de PPL
I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina;

II - fugir;

III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem;

IV - provocar acidente de trabalho;

V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas;

VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.

VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o
ambiente externo.

VIII - recusar submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético.

art;. 52, caput, A prática de fato previsto como crime doloso

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Faltas Graves no cumprimento de PRD

I - descumprir, injustificadamente, a restrição imposta;

II - retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta;

III - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.

art;. 52, caput, A prática de fato previsto como crime doloso

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Os presos provisórios submetem-se ao mesmo regime disciplinar que os definitivos (art. 50, parágrafo único)

Pune-se a tentativa com a sanção correspondente à falta consumada (art. 49, parágrafo único).

A direção do estabelecimento deverá comunicar o Juízo a prática de infrações disciplinares graves e que possam acarretar a regressão de
regime, perda de benefícios como a saída temporária e a perda de dias remidos ou a conversão da PRD em PPL (art. 48, parágrafo único)

A fuga configura falta grave de natureza permanente, porquanto o ato de indisciplina se prolonga no tempo, até a recaptura do apenado
- HC 527625/SP

O marco inicial da prescrição para apuração da falta grave em caso de fuga é o dia da recaptura do foragido - HC 527625/SP

Súmula 660 – A posse, pelo apenado, de aparelho celular ou de seus componentes essenciais constitui falta grave.

Súmula 661 – A falta grave prescinde da perícia do celular apreendido ou de seus componentes essenciais.

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Procedimento Administrativo Disciplinar


Art. 59. Praticada a falta disciplinar, deverá ser instaurado o procedimento para sua apuração, conforme
regulamento, assegurado o direito de defesa.
Parágrafo único. A decisão será motivada.

• A apuração das faltas se dará, prioritariamente, por Procedimento Administrativo Disciplinar,


garantidos o contraditório e ampla defesa.
– STF, Tema 941 da repercussão geral: A oitiva do condenado pelo Juízo da Execução Penal, em audiência
de justificação realizada na presença do defensor e do Ministério Público, afasta a necessidade de prévio
Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD), assim como supre eventual ausência ou insuficiência de
defesa técnica no PAD instaurado para apurar a prática de falta grave durante o cumprimento da pena”
– STF, Súmula 526 - O reconhecimento de falta grave decorrente do cometimento de fato definido como
crime doloso no cumprimento da pena prescinde do trânsito em julgado de sentença penal condenatória
no processo penal instaurado para apuração do fato.
• Absolvição judicial - As esferas criminal e administrativa são independentes, estando a Administração vinculada apenas à decisão do
juízo criminal que negar a existência do fato ou a autoria do crime. (AgRg no AgInt no AREsp n. 2.018.238/TO)

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Particularidades

A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez dias. (Art. 60).
Aplicável apenas para as faltas graves cometidas no interior do estabelecimento penitenciário (STJ, Resp 61570/RJ)

É necessária a individualização da conduta para reconhecimento de falta grave praticada pelo apenado em autoria
coletiva, não se admitindo a sanção coletiva a todos os participantes indistintamente - AgRg no HC 557417/SP

O isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não poderão exceder a trinta dias, ressalvada a hipótese do regime
disciplinar diferenciado. (Art. 58. ). O prazo de isolamento preventivo deverá ser computado no prazo máximo

Enquanto as demais sanções podem ser aplicadas diretamente pela direção e apenas informadas ao Juízo da Execução,
a inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado dependerá de despacho do juiz competente.

A falta disciplinar prescreve no menor prazo prescricional do CP: 03 anos

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Sistema Progressivo

Cumprimento
Requisito
de uma fração
Objetivo
Progressão de da pena
Regime Bom
Requisito
comportament
Subjetivo
o carcerário

Regressão de Requisito Cometimento


Regime Objetivo de Falta Grave

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Requisito Objetivo: Cumprimento de uma fração da pena
I - 16% da pena (1/6) apenado primário + crime sem violência à pessoa ou grave ameaça;

II - 20% da pena (1/5) apenado for reincidente em crime cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça;

III - 25% da pena (1/4) apenado for primário + crime tiver sido cometido com violência à pessoa ou grave ameaça;

IV - 30% da pena apenado for reincidente em crime cometido com violência à pessoa ou grave ameaça

V - 40% da pena (2/5) apenado primário condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado

Primário condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário;

exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para a prática de crime
VI - 50% da pena (1/2) hediondo ou equiparado; ou

crime de constituição de milícia privada;

VII - 60% da pena (3/5) apenado for reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado;

VIII - 70% da pena apenado for reincidente em crime hediondo ou equiparado com resultado morte

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Cagada legislativa
• Nos casos em que se exige REINCIDÊNCIA ESPECÍFICA, se o condenado for apenas
reincidente, aplica-se o fator de progressão equivalente ao do condenado primário
– Condenado por crime hediondo ou equiparado, reincidente não específico em hediondo –
progressão com 40% (e não 60%) → Novatio legis in mellius
• STJ, Repetitivo Tema nº 1084 - É reconhecida a retroatividade do patamar estabelecido no art. 112, V, da Lei n.
13.964/2019, àqueles apenados que, embora tenham cometido crime hediondo ou equiparado sem resultado morte,
não sejam reincidentes em delito de natureza semelhante (REsp n. 1.910.240/MG, Terceira Seção, Rel. Min. Rogerio
Schietti Cruz, DJe de 31/5/2021).
• STF, ARE 1.327.963 (Tema 1.169)

– Condenado por crime hediondo ou equiparado com resultado morte, reincidente não específico
em hediondo com resultado morte– progressão com 50% (e não 70%)

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Requisito Subjetivo

• Boa conduta carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a
progressão.
– STJ, Súmula 439 - Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada.
– O cometimento de falta disciplinar de natureza grave no curso da execução penal justifica a exigência de exame criminológico para
fins de progressão de regime.- HC 556422/SP

• O ‘bom comportamento’ é readquirido após 1 (um) ano da ocorrência do fato, ou antes, após o cumprimento do
requisito temporal exigível para a obtenção do direito.

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Progressão Especial - mulher gestante ou que for mãe ou
responsável por crianças ou pessoas com deficiência
Fração 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior

Requisitos
Positivos
ser primária

Não ter cometido crime com violência ou grave Presume-se a


ameaça a pessoa; imprescindibilidade
da mãe – STF, HC
Requisitos Não ter cometido o crime contra seu filho ou 169406 AgR
Negativos dependente;

Não ter integrado organização criminosa.

Requisito Bom comportamento carcerário, comprovado pelo


Subjetivo diretor do estabelecimento;
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Progressão per saltum
• Trata-se da passagem direta do regime fechado para o aberto.
– STJ, Súmula 491– É inadmissível a chamada progressão per saltum de regime prisional.

– Não confundir com o caso de Ausência de Vagas em Regime Semiaberto


– STF, Súmula Vinculante n. 56 - A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime
prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS.
• São aceitáveis estabelecimentos que não se qualifiquem como “colônia agrícola, industrial” (regime semiaberto) ou “casa de
albergado ou estabelecimento adequado” (regime aberto) (art. 33, § 1º, b e c). No entanto, não deverá haver alojamento
conjunto de presos dos regimes semiaberto e aberto com presos do regime fechado
• Havendo déficit de vagas, deverão ser determinados:
– (i) a saída antecipada de sentenciado no regime com falta de vagas;
– (ii) a liberdade eletronicamente monitorada ao sentenciado que sai antecipadamente ou é posto em prisão domiciliar por
falta de vagas;
– (iii) o cumprimento de penas restritivas de direito e/ou estudo ao sentenciado que progride ao regime aberto. Até
que sejam estruturadas as medidas alternativas propostas, poderá ser deferida a prisão domiciliar ao sentenciado.

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Regressão
Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos,
quando o condenado:
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime (artigo 111).
§ 1° O condenado será transferido do regime aberto se, além das hipóteses referidas nos incisos anteriores, frustrar os fins da execução ou não pagar,
podendo, a multa cumulativamente imposta.
§ 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido previamente o condenado.

• Audiência de Justificação - Antes de proceder a Regressão, o condenado deverá ser ouvido em


• Regressão Cautelar – "A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de ser possível a regressão cautelar,
inclusive ao regime prisional mais gravoso, diante da prática de infração disciplinar no curso do resgate da
reprimenda, sendo desnecessária até mesmo a realização de audiência de justificação para oitiva do
apenado, exigência que se torna imprescindível somente para a regressão definitiva - AgRg no HC
743857 / SP

• Regressão per saltum - O cometimento de falta grave durante a execução penal autoriza a regressão do regime
de cumprimento de pena, mesmo que seja estabelecido de forma mais gravosa do que a fixada na sentença
condenatória (art. 118, I, da Lei de Execução Penal - LEP), não havendo falar em ofensa à coisa julgada - AgRg
no REsp 1778649/PA
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Autorizações de Saída

Saída • Mais ampla – atividades variadas


• Mais requisitos, menos segurança
Temporária • Deferida pelo Juiz, ouvidos MP e Diretor

• Mais restrita – questões médicas ou

Permissão de morte
• Duração flexível

Saída • Menos requisitos, mais segurança


(escolta)
• Deferida pelo Diretor

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Visita à família

Hipóteses curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do 2º grau ou superior

atividades que concorram para o retorno ao convívio social.


Saída Temporária

comportamento adequado;
1/6, se primário
Requisitos cumprimento de fração da pena
1/4, se reincidente;
compatibilidade do benefício com os objetivos da pena.

condenados que cumprem pena em regime semi-aberto


Beneficiários
VEDAÇÃO - hediondo com resultado morte (irretroativo)

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Não superior a 7 (sete) dias, podendo ser renovada por mais 4 (quatro) vezes durante o ano, com intervalo de, no
mínimo, 45 dias.
Duração
Quando se tratar de frequência a curso profissionalizante, o prazo será o necessário para o cumprimento das
atividades discentes.

I - fornecimento do endereço onde reside a família a ser visitada ou onde poderá ser encontrado durante o gozo do
Saída Temporária

benefício;

Condições II - recolhimento à residência visitada, no período noturno;

II - proibição de frequentar bares, casas noturnas e estabelecimentos congêneres.

Competência Juízo da Execução

Segurança sem vigilância direta, com possibilidade de monitoração eletrônica

praticar fato definido como crime doloso, for punido por falta grave, desatender as condições impostas na
Revogação autorização ou revelar baixo grau de aproveitamento do curso.

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Particularidades
A restrição à saída temporária trazida pela Lei 13.964/19 aos crimes dolosos com resultado morte
é irretroativa. Norma de natureza penal - STF, HC 193.371

STJ, Súmula 520 - O benefício de saída temporária no âmbito da execução penal é ato jurisdicional
insuscetível de delegação à autoridade administrativa do estabelecimento prisional.
Particularidades
A prática de falta grave não acarreta a alteração da data-base para fins de saída temporária

O atraso no retorno da saída temporária configura falta grave consistente na inexecução das
ordens recebidas – HC 390.313

A gravidade em abstrato do crime, a quantidade de pena a cumprir e faltas graves muito antigas
não são fundamentos idôneos para negativa da saída temporária – HC 477.838

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Calendário de Saídas
Repositório de Recurso Repetitivo – Tema 445

Primeira tese: É recomendável que cada autorização de saída temporária do preso seja precedida de decisão judicial
motivada. Entretanto, se a apreciação individual do pedido estiver, por deficiência exclusiva do aparato estatal, a
interferir no direito subjetivo do apenado e no escopo ressocializador da pena, deve ser reconhecida,
excepcionalmente, a possibilidade de fixação de calendário anual de saídas temporárias por ato judicial único,
observadas as hipóteses de revogação automática do art. 125 da LEP.
Segunda tese: O calendário prévio das saídas temporárias deverá ser fixado, obrigatoriamente, pelo Juízo das
Execuções, não se lhe permitindo delegar à autoridade prisional a escolha das datas específicas nas quais o apenado
irá usufruir os benefícios. Inteligência da Súmula n. 520 do STJ.
Terceira tese: Respeitado o limite anual de 35 dias, estabelecido pelo art. 124 da LEP, é cabível a concessão de maior
número de autorizações de curta duração.
Quarta tese: As autorizações de saída temporária para visita à família e para participação em atividades que
concorram para o retorno ao convívio social, se limitadas a cinco vezes durante o ano, deverão observar o prazo
mínimo de 45 dias de intervalo entre uma e outra. Na hipótese de maior número de saídas temporárias de curta
duração, já intercaladas durante os doze meses do ano e muitas vezes sem pernoite, não se exige o intervalo previsto
no art. 124, § 3°, da LEP.
(REsp n. 1.544.036/RJ, relator Ministro Rogerio Schietti Cruz, Terceira Seção, julgado em 14/9/2016, DJe de
19/9/2016.)
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falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente,
descendente ou irmão;
Hipóteses
tratamento médico
Permissão de saída

Beneficiários condenados em regime fechado ou semi-aberto e os presos provisórios

Duração Duração necessária à finalidade

Competência Diretor do Estabelecimento

Segurança Mediante Escolta

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