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NBR 8404

Indicação de estado de superfícies em


desenho técnicos
DESENHO TÉCNICO
NBR 8404 – Indicação de estado de superfície
1. Introdução
Transformação de uma peça
Matéria prima Fundido
Forjado
Laminado
Trefilado
Extrudado
Injetado

Produto acabado
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1. Introdução - Fundido
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1. Introdução – Laminação
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1. Introdução – Matéria prima
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1. Introdução

Matéria prima
Transformação de uma peça

Torneamento
Fabricação
Fresagem
Caminho...

Tratamento Têmpera
térmico Recozimento
Cromagem
Revestimento
Galvanização

Produto acabado
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1. Introdução – Considerações iniciais

➢ Quanto melhor o acabamento a ser obtido, maior o


custo de execução da peça.
➢ Assim, para não onerar o custo de transformação, as
peças devem apresentar o grau de acabamento
adequado à sua função.
➢ No desenho técnico, informações sobre o estado da
superfície das peças concebidas, são indispensáveis ao
resultado final de um projeto, pois garantem a
funcionalidade, economia e até a produtividade do
mesmo.
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1. Introdução – Considerações iniciais

➢ Para que seja possível especificar ou indicar o estado de


superfície das peças em desenho técnico faz-se
necessário conhecer:
✓ Simbologia básica;
✓ Informações relevantes à indicação do estado de
superfície (o que indicar afinal);
✓ Processos de fabricação (transformação em geral);
✓ Rugosidade (características de rugosidade).
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1. Introdução – Considerações iniciais

➢ Ao fim da aula, será possível compreender:


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2. Simbologia
➢NBR 6402 – Norma antiga – permaneceu até 1984.

SÍMBOLO SIGNIFICADO
A superfície deve permanecer BRUTA.

Superfície DESBASTADA.

Superfície ALISADA.

Superfície RETIFICADA ou POLIDA.


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NBR 8404 – Indicação de estado de superfície
2. Simbologia – condições básicas

SÍMBOLO SIGNIFICADO
Símbolo básico, necessita de indicação /
informação complementar.
Utilizado quando a remoção de material é
exigida.
Utilizada quando a remoção de material não
é permitida.
Utilizada quando preciso
indicar características específicas.
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3. Simbologia – Condições específicas


Características especiais

b
Valor de
rugosidade
Ra [μm]
ou
Classe de
a c (f) Outros parâmetros
de rugosidade
rugosidade
[N1 até N12]
e d Comprimento de
amostra [mm]

Sobremetal para Direção


usinagem [mm] das estrias
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3. Simbologia – Condições específicas
3.1 Indicação da rugosidade da superfície

a
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3. Condições específicas
3.1 Indicação da rugosidade da superfície
➢ Mas, o que é rugosidade?

Perfil geométrico
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3. Condições específicas
3.1 Indicação da rugosidade da superfície

➢ Mas, o que é rugosidade?

Perfil geométrico

Perfil real
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3. Condições específicas
3.1 Indicação da rugosidade na superfície

➢ É claramente observável que a superfície real


apresenta irregularidades.
➢ São as chamadas irregularidades microgeométricas.
➢ Ou, Rugosidade...
➢ “A grosso modo, consiste nas marcas deixadas por
ferramentas utilizadas para produzir a peça”.
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3. Condições específicas
3.1 Indicação da rugosidade da superfície
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3. Condições específicas
3.1 Indicação da rugosidade da superfície
➢ Avaliação da rugosidade:
✓ A norma brasileira adota o sistema de linha média

A1 A2

A3 A4
Linha
média c
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3. Condições específicas
3.1 Indicação da rugosidade da superfície

➢ Avaliação da rugosidade:
Ra= desvio médio aritmético

Soma das áreas superiores (A1 +A2)


Ra

Soma das áreas inferiores (A3 +A4)


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3. Condições específicas
3.1 Indicação da rugosidade da superfície
➢ Valor de Ra e as classes de rugosidade

Desvio médio aritmético (Ra)


Classe de rugosidade
[μm]
N 12 50
N 11 25 Não esqueçam!
N 10 12,5
N9 6,3
N8 3,2 A indicação da
N7 1,6
N6 0,8 rugosidade pode
N5 0,4 ser feita de ambas
N4 0,2
N3 0,1
as formas.
N2 0,05
N1 0,025
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3. Condições específicas
3.1 Indicação da rugosidade da superfície
➢ Correspondência entre símbolos antigos e classes de
rugosidade

Simbologia antiga Classe de rugosidade

N10 a N12

N7 a N9

N4 a N6
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3. Condições específicas
3.1 Indicação da rugosidade da superfície
➢ São duas as opções para indicar a rugosidade

Valor da
característica
principal da
rugosidade

Limites mínimos e máximos da


característica principal de
rugosidade (a1 limite máximo
acima).
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3. Condições específicas
3.1 Indicação da rugosidade da superfície
➢ Exemplos de indicação de rugosidade

Valor da característica
principal da rugosidade

=
Classe Ra
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3. Condições específicas
3.1 Indicação da rugosidade da superfície
➢ Exemplos de indicação de rugosidade
Limites mínimos e máximos
da característica principal
de rugosidade

N9
N7
=
Classe Ra
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3. Simbologia – Condições específicas
3.2 Indicação das características especiais

b
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3. Condições específicas
3.2 Indicação de características especiais

➢ Em algumas situações é necessário especificar


exigências adicionais em relação ao estado de
superfície.
➢ Processos específicos de fabricação/transformação
exigidos na produção, relativos ao estado final da
superfície devem ser indicados em linguagem não
abreviada.
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3. Condições específicas
3.2 Indicação de características especiais

➢ Lembre:
Diferentes graus
de acabamento
Distintos Maior
processos custo
Melhor grau
de acabamento

Único Mesmo grau


processo de acabamento
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3. Simbologia – Condições específicas
3.2 Indicação das características especiais
Fresado
Qual a diferença? Cementado
N7 Pintado
N9
1,6

Indispensável à
indicação das
características
especiais.
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3. Simbologia – Condições específicas
3.3 Símbolos para direção de estrias

d
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3. Simbologia – Condições específicas
3.3 Símbolos para direção de estrias

Símbol Interpretação
o

Paralela ao plano de
projeção da vista sobre o
qual o símbolo é aplicado.

Perpendicular ao plano de
projeção da vista sobre o
qual o símbolo é aplicado.
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3. Simbologia – Condições específicas
3.3 Símbolos para direção de estrias

Símbolo Interpretação

Cruzadas em duas direções


oblíquas em relação ao plano de
projeção da vista.

Muitas direções.
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3. Simbologia – Condições específicas
3.3 Símbolos para direção de estrias
Símbol Interpretação
o

Aproximadamente central
em relação ao ponto médio
da superfície ao qual o
símbolo é referido.

Aproximadamente radial em
relação ao ponto médio da
superfície ao qual o símbolo é
referido.
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3. Simbologia – Condições específicas
3.4 Indicação do sobremetal para usinagem

➢ Utilizado quando necessário prever o “sobremetal”, metal


“a mais” indispensável à posterior usinagem (remoção de
material).

➢ Normalmente utilizado em peças fundidas.


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3. Simbologia – Condições específicas
3.5 Comprimento de amostra

➢ O comprimento de amostra diz respeito à dimensão


necessária para a leitura (medição) de rugosidade quando
fazê-lo é pertinente.

➢ Esta indicação é realizada conforme a NBR 6405.

➢ Ações dessa natureza, trazem ao projeto a ideia de maior


precisão no desenvolvimento.
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3. Simbologia – Condições específicas
3.5 Comprimento de amostra
➢ Lembre do comprimento já observado.
Ra
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4. Aplicação – Exemplo 1

Normalizado
6,3
1,6
2 C R
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4. Aplicação – Exemplo 2

Fresado

N8 2,5

5
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5. Indicação nos desenhos
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5. Indicação nos desenhos
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5. Indicação nos desenhos
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5. Indicação nos desenhos
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5. Indicação nos desenhos
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5. Indicação nos desenhos
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5. Indicação nos desenhos
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REFERÊNCIAS

✓ ABNT. NBR 10067. Princípios gerais de representação em


desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1995.

✓ ABNT. NBR 8404. Indicação de estado de superfícies em


desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1984.

✓ RIBEIRO, A.C; PERES, M. P.; IZIDORO, N. Apostila de


desenho técnico. [S. l.]: [s. n.], [200?].

✓ TELECURSO 2000. Curso Profissionalizante: mecânica


– Leitura e interpretação de desenho técnico. Rio de
Janeiro: 1995.

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