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CATIANE WEBBER
MAICON FABRIS
CONTROLE DE ESTOQUES:
Um estudo de caso na Cooperativa da
Agricultura Familiar de Floriano Peixoto Ltda.
GETÚLIO VARGAS
2008
FOLHA DE APROVAÇÃO APRESENTADA A BANCA EXAMINADORA
AMARILDO ROMANZZINI
CATIANE WEBBER
MAICON FABRIS
Aprovada por:
Data da Aprovação: / /
Dedicamos esse Trabalho de
Conclusão de Curso as nossas
famílias, por tudo o que
representam para nós.
AGRADECIMENTOS
A Deus, que nos deu paz, proteção, orientação e coragem para buscar e encarar novos
desafios.
As nossas famílias, que durante essa jornada de quatro anos sempre estiveram a nossa
disposição, incentivando e apoiando para alcançarmos mais uma importante meta de nossas
vidas.
A nossa professora orientadora, Denise Michael dos Santos, pela sua paciência,
disponibilidade, amizade, e que no passar dos dias, não mediu esforços para repassar os
conhecimentos fundamentais para a efetivação de nosso trabalho.
Ao corpo docente da Faculdade Ideau, que nas suas funções são verdadeiros mestres
na arte de ensinar, e toda a equipe da Faculdade Ideau.
Aos colegas, que com o passar dos dias criamos um vínculo de amizade, que para
sempre serão lembrados.
“O sucesso nasce do querer, da determinação e
persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo
não atingindo o alvo, quem busca e vence
obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis.”
José de Alencar
RESUMO
Atividade hoje levada com grande relevância dentro das empresas é o estoque, e para isso
torna-se notável a necessidade de um controle bem estabelecido desse setor. É com o intuito
de se verificar o que realmente acontece dentro do setor de estoques da Cooperativa da
Agricultura Familiar de Floriano Peixoto Ltda que foi realizado um estudo de caso, através de
pesquisa bibliográfica, documental, observações e entrevistas. Este estudo proporcionou
analisar situações que acontecem dentro do setor, além de terem sido verificados problemas
de layout e disposição de produtos em seu interior, pontos falhos na organização e até mesmo
com o sistema utilizado pela empresa para realizar cadastros de produtos e atendimento dos
clientes. Visto todos esses fatores, é de extrema importância após a realização do estudo a
necessidade de implantação de alguns métodos de controle de estoques, modificação do
layout, além de estabelecer algumas estratégias de favorecer o atendimento aos clientes da
cooperativa.
Activity today carried with great importance within companies is the stock, and for this it is
remarkable the need of a well-established control of this sector. It is with the aim of verifying
what really happens within the stocks sector of Cooperative of Family Agriculture Floriano
Peixoto Ltda that was realized a case, through literature and document researches,
observations and interviews. This study has examined situations that happen within the sector,
in addition to, having been checked problems of layout and provision of products in its
interior, failures points in the organization and even with the system used by the company to
carry out registration of products and customers service. Since all these factors, it is extremely
important after the study the need of deployment of some methods of stock controlling,
modification of the layout, and establish some strategies to promote the customers service of
the cooperative.
3 METODOLOGIA................................................................................................................33
3.1 Procedimentos metodológicos......................................................................................34
3.2 Unidades de estudo.......................................................................................................36
3.3 Coletas de dados............................................................................................................36
3.4 Tratamento e análise de dados.....................................................................................37
4 DESENVOLVIMENTO.......................................................................................................38
4.1 Controle de estoques.....................................................................................................38
4.2 Estoques de segurança..................................................................................................39
4.3 Classificações dos estoques...........................................................................................39
4.4 Previsão de consumo.....................................................................................................40
4.5 Sistemas de controle de estoque...................................................................................41
4.6 Custo de pedido e estocagem........................................................................................41
4.7 Ponto de pedido.............................................................................................................42
4.8 Localização de materiais..............................................................................................42
4.9 Classificação, codificação de materiais.......................................................................43
4.10 Serviço ao cliente.........................................................................................................43
4.11 Sugestões......................................................................................................................44
5 CONCLUSÃO......................................................................................................................47
6 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................49
1 INTRODUÇÃO
Uma empresa tem por objetivo maximizar seu lucro sobre o seu capital investido,
tendo por sua vez facilitar no andamento da empresa investindo em equipamentos, matéria-
prima e estoques, isto para que a empresa mantenha a sua capacidade de produção, e o
atendimento das vendas.
As empresas fabricantes têm a função de converter matérias-primas em algo de valor,
que proporcione ao consumidor interesse e satisfação ao adquirir este bem. Para que haja o
total aproveitamento dos recursos agregados faz se necessária a projeção dos processos
produtivos, para produzir de maneira mais econômica enfatiza-se a maneira de como a
administração efetua o planejamento e o controle levando em consideração o fluxo dos
materiais.
Se o material a ser usado na produção não estiver correto, em quantidades suficientes
ou não estiver disponível em tempo hábil na fábrica para dar início a produção de
determinado produto, comprometerá todo o processo produtivo sendo que não seriam
confeccionados o número de unidades necessárias, mão-de-obra, maquinários seriam mal
utilizados sendo que o tempo de aproveitamento seria relativamente menor comparado com a
sua real capacidade de produção.
O comércio é outro ramo afetado pela falta de produtos em estoque, a competição é
extremamente acirrada, oriunda de todo o mundo devido à globalização o que resulta em
clientes muito mais exigentes, que primam por qualidade, bom atendimento, preços justos,
flexibilidade e prazos de entrega adequados a cada cliente.
Administrar de forma eficiente e exata a movimentação das entradas e saídas dos
materiais fundamentais para a empresa, saber o quê, quanto, quando e como comprar é uma
tarefa bem complexa que exige um controle bem rígido dos materiais. Sendo de extrema
importância a implantação de um método para controlar a movimentação dos produtos
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estocados. Para mostrar a real necessidade do controle de estoques e a influência que tem na
empresa Dias (2005) afirma em relação ao controle de estoques, em que o mesmo é
necessário para que o processo de produção/vendas da empresa opere com um mínimo de
preocupações e desníveis. Da mesma maneira o setor de controle de estoques acompanha e
controla o nível de estoque e o investimento envolvido.
1.2 Objetivos
1.3 Justificativa
O referencial teórico tem por objetivo esclarecer e expor com maiores detalhes o
tema abordado, além de oferecer informações sobre os processos indicados para a coleta de
dados e informações. A composição desse referencial teórico constitui-se de uma
especificação simplificada dos conceitos de logística e sua utilidade perante as organizações,
além de especificar diretamente o objetivo principal do estudo que envolve o sistema de
estoques, especificando passos e modelos que venham a facilitar administração das
organizações na tomada de decisões.
A própria logística especifica-se como sendo um conjunto de atividades, que por sua
vez se encarregam de direcionar a matéria-prima aos processos de elaboração até o seu ponto
final, sendo que esse produto se agrega valor, e se propõe então ao consumidor como uma
14
tempo certo, para o cliente, este cria uma nova imagem que até o momento não existia em
relação à empresa (BALLOU, 2006). A partir disso, então que a empresa cria uma relação de
valor e tempo, tudo isso torná-se um meio facilitador para conquistar o cliente e demonstrar a
importância da logística nas organizações.
Fluxo de estoque
Empresa
Fornecedores Clientes
Apoio à Distribuição
Suprimento
manufatura física
Fluxo de informação
Dessa forma podemos ver (Figura 1) como que o serviço ao cliente é prestado e
como ele se ampara sobre vários processos, onde os clientes influenciados pelos fornecedores
através de um fluxo de informações criam uma nova visão sobre determinado produto.
Através disto o cliente busca um representante, que ao mesmo tempo busca um fornecedor,
buscando atender essa necessidade cria-se um fluxo de estoque com a cadeia de suprimentos
até o mercado. Depois com uma equipe de apoio realiza o atendimento dos pedidos realizando
a distribuição ao cliente. Isso para conseguir atender as necessidades dos clientes fazendo com
que os mesmos se sintam satisfeitos com o atendimento proporcionando, assim propiciando o
andamento das atividades da empresa.
Vimos então que o serviço ao cliente tem por finalidade o atendimento de uma
maneira que propicie ao cliente a satisfação por ter seu pedido atendido, portanto um serviço
de boa qualidade serve como um meio de ligação e estreitamento de relações entre
empresa/cliente. Favorecendo isso Arnold (1999) diz que os centros de distribuição buscam
melhorar o atendimento, fornecendo assim utilidade de local. Dessa maneira os produtos são
colocados próximos aos mercados, de modo que tanto o mercado, quanto o cliente possam ser
atendidos rapidamente.
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Assim, a cadeia de suprimentos deve ter uma gestão eficiente que possa atender as
necessidades empresariais, mantendo a produção, a distribuição, mantendo o mercado,
atendendo as necessidades dos clientes e como é visto que mantenha a empresa em relação à
concorrência com vantagens competitivas, possibilitando manter a real atividade da empresa,
visando assim atender metas em longo prazo.
Simplificando toda a gestão da cadeia de suprimentos Philippe (2000) cita que é a
gestão das atividades que transformam as matérias-primas em produtos intermediários, ou em
produtos finais, e que entregam esses produtos ao mercado ou ao cliente.
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2.2 Estoques
Estoques são todos os materiais que uma empresa ou qualquer que seja a instituição
mantém isto seja para vender ou para fornecer insumos ou suprimentos para o processo de
produção ou ao mercado. Os estoques em sua relação com as empresas constituem entre 20%
e 60% dos ativos totais das empresas. Isso diz que no momento em que os estoques vão sendo
utilizados, como insumos para produção ou para o mercado, os mesmos vão se convertendo
em dinheiro, isso faz com que ocorra todo um giro de ativos da empresa (DIAS, 2005).
Os estoques têm em sua proposta separar o suprimento da demanda, além de servir
de intermediário entre a oferta e a demanda de produtos, demanda causada por clientes em
relação aos produtos acabados, e a disponibilidade de componentes para a sua produção,
exigência de uma operação em relação aos resultados da operação realizada anteriormente, e
além de poder suprir a necessidade de peças e materiais responsáveis pelo inicio da produção
e os fornecedores desses materiais (ARNOLD, 1999)
Seja então, em qualquer meio de processamento de materiais, como na indústria, no
comércio ou em qualquer forma de prestar um serviço, nota-se que manter o estoque é uma
forma de garantir o ritmo de produção, tornando assim o processo produtivo mais ágil,
possibilitando o aumento da produção sem necessidade de esperar pelo processamento de
novos pedidos ou pelas entregas a serem atendidas. Já no comércio os estoques de produtos
prontos permitem o aumento de nível vendas, atendendo aos pedidos como previsto em
negociação, com isso podendo tornar a empresa mais competitiva no mercado atuante
(SENAC,1998).
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A empresa por sua vez mantém um estoque que é responsável por suprir as
necessidades tanto de produção, como atendimento de pedidos portanto é necessário se ter um
rígido controle de estoques, e para isso devemos saber o que realmente vem a se referir.
Segundo Dias (2005), no que se refere ao controle de estoques o mesmo é necessário
para que o processo de produção/vendas da empresa opere com um mínimo de preocupações
e desníveis. O setor de controle de estoques acompanha e controla o nível de estoque e o
investimento envolvido.
Então, o setor de compra quase que é dependente do setor de estoque no que se refere
aos dados repassados ao setor de compras na qual é responsável em assegurar que não venha
faltar matéria-prima para a produção e produtos para a venda estejam disponíveis em
quantidades e períodos desejados.
Enfatizando e complementando esta idéia BAILY (2000), nos diz que o planejamento
e o controle de estoques são políticas diversas e procedimentos que tornam possível
determinar e regular sistematicamente os itens e que devem ser mantidos em estoque e as suas
referidas quantidades, além de regular os programas de fabricação e com isso estabelecer um
planejamento para suprir as exigências de peças e materiais necessários para apoiar a
produção.
Definições propostas por Chiavenato (2005) diz que o controle de estoque como
sendo a composição de materiais em processamento, semi-acabados ou acabados o qual não
está sendo utilizado no momento, mas é extremamente importante para suprir a demanda caso
haja necessidade.
O controle de estoques exerce total influência na rentabilidade de uma organização,
os estoques absorvem capital que poderia estar sendo investido de outras maneiras, desviando
fundo que poderiam ser investidos em outros setores da empresa, e que geralmente tem o
mesmo custo de qualquer outro projeto (CARA, 2004).
Portanto, o controle de estoques tem grande influência na produtividade das
empresas, por isso torna-se necessário verificar a quantidade de materiais que estão a ser
solicitadas e que o pedido possa ser atendido no prazo e estar disponível no ponto de
processamento sem parar o processo de qualquer forma produtivo da empresa, vê-se
necessário ficar cauteloso a passo de qualquer descuido poder causar prejuízos (SENAC,
1998).
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Como qualquer outro setor das organizações o setor de estoques tem uma
classificação, onde determina uma forma de facilitar o manuseio desses materiais. Existem
diversos aspectos que são definidos antes de se efetivar um controle de estoques, entre se
encontram a identificação do tipo de estoques que estão na empresa (DIAS, 2005).
Definições propostas por Chiavenato (2005) os estoques podem ser classificados da
seguinte forma, estoque de matérias-primas (MPs), os estoques de MPs são os insumos
básicos para o processo produtivo da empresa. Portanto, a produção é totalmente dependente
da entrada de MPs, que geralmente são adquiridas de produtores, fornecedores e fabricantes;
Estoques de Materiais em Processo ou em Via, os estoques de Materiais em Processo são
aqueles materiais que entraram no estoque e estão transitando pelas diversas fases do processo
de fabricação e processamento e que ainda não se constitui como um produto acabado;
Estoque de Materiais Semi-Acabados são os materiais que estão ainda em processo de
fabricação ou processamento, mas já em fase final de processo produtivo, se encontrando
quase acabado, apenas faltando algumas fases para se tornar produto acabado; Estoque de
Materiais Acabados ou Componentes são materiais acabados, peças isoladas ou simplesmente
componentes acabados, prontos para serem anexados a outras peças ou partes para se
tornarem um produto acabado; Estoque de Produtos Acabados (PAs) refere-se especialmente
aos produtos já acabados, prontos ou em último estágio de processo produtivo. Já passou por
todas as fases de estoque e estão a partir desse momento prontos para a liberação.
Muitas empresas trabalham com uma grande diversidade de estoques, assim
complicando o sistema de Administração de Materiais. Com isso deve-se empenhar em cada
item de uma forma personalizada.
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Os estoques tendem a ter flutuações, sendo assim torna-se difícil efetuar um controle,
isto, pois, todos os materiais se transformam rapidamente, e a cada momento se encontram
classificados de uma forma diferente. Sendo assim torna-se necessário executar um
planejamento e executar o controle dos estoques e dimensioná-lo para não afetar o processo
produtivo e sem aumentar os custos financeiros. Dimensionando os estoques se estabelece os
níveis adequados para suprir as necessidades de produção e mercado, evitando assim se ter
estoque excessivo ou em falta (CHIAVENATO, 2005).
Para sabermos a real necessidade do local onde será o referido setor de estoques deve
ser realizado um planejamento e um dimensionamento do mesmo. No que diz Dias (2005),
para organizar um setor de controle de estoques, é preciso inicialmente descrever as suas
funções principais:
a) Determinar os itens que devem permanecer em estoque;
b) Determinar a periodicidade com que deve ser reabastecido o estoque;
c) Determinar a quantidade das compras;
d) Comunicar ao setor de compras para efetuar a reposição de estoque;
e) Receber, armazenar e alojar os materiais conforme a necessidade;
f) Verificar as quantidades e valores de estoque informando sua posição;
g) Realizar contagem periódica para verificar a quantidade a situação dos
estoques;
h) Identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados
Ao longo de um dito período, o produto em si, passa por todas as fases de introdução
no mercado, na qual enfrentam a demanda sazonal, influências políticas conjunturais e a
própria demanda do consumidor, lançamentos, alterações, preços. Concluindo, esses são
fatores que interferem na demanda dos produtos, na qual facilitam ou prejudicam a entrada
dos mesmos no mercado.
Da mesma forma Dias (2005) em relação a esse assunto afirma que dimensionar e
controlar os estoques é um tema muito importante e ao mesmo tempo preocupante, devemos,
portanto saber analisar e estruturar o estoque. Para isso existem alguns sistemas que podem
nos ajudar neste sentido:
Duas gavetas é um sistema que toma o seguinte método de controle, devemos ter
dois meios de estocagem com quantias já determinadas, num desses meios temos
a quantia suficiente para estarmos abastecidos até o momento de fazermos o
pedido, no momento em que esse meio vier a não ter mais quantia se realiza
então o pedido e se parte então para o outro meio que deve ter quantia suficiente
para suprir até a reposição do estoque.
Máximos e mínimos consiste na determinação dos consumos previstos para o
item desejado, fixação do período de consumo previsto; cálculo do ponto do
pedido em função do tempo de reposição do item do fornecedor; cálculos dos
estoques mínimos e máximos; e cálculo dos lotes de compra.
Revisões periódicas nesse sistema são programadas as datas em que deverão ser
realizadas as reposições de materiais, e os intervalos são iguais. Considerando o
estoque físico existente no consumo do período, o tempo de reposição e o saldo
de pedido no fornecedor.
Os custos relativos aos pedidos são aqueles associados à emissão tanto para fábrica
ou para o fornecedor em si. O custo não varia de acordo com o valor do pedido ou da
quantidade pedida. O custo é sempre em relação ao número de pedidos emitidos, pois isso
inclui preparação do pedido, o seguimento, a expedição, o recebimento e o pagamento da
fatura (ARNOLD, 1999).
Para Chiavenato (2005), diz que o custo do pedido é todo o valor em moeda corrente
dos custos incorridos de todo o processo de emissão de cada pedido de compra. O custo do
pedido pode ser calculado com a divisão dos custos de pedidos do período pelo número de
pedidos do ano. Demonstra-se isso na fórmula a seguir, onde CP = custo de pedido, CAP =
custo no período dos pedidos e N = número de pedidos no ano.
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CP = CAP
N
Os custos de estocagem incluem todas as despesas que a empresa tem isso em função
do volume que é mantido em estoque, para isso o armazenamento de estoque requer espaço,
funcionários e equipamentos. E para se manter um estoque sem riscos, que se devem ser
admitidos como custos para a organização, entre esses riscos se encontram na obsolência,
perda do valor do produto resultante de uma mudança no modelo no estilo, ou do
desenvolvimento tecnológico; nos danos, estoque danificado enquanto é manuseado ou
transportado; Pequenos furtos, mercadorias perdidas ou furtadas; Deterioração, estoque que
apodrece ou se dissipa no armazenamento, ou cuja vida de prateleira é limitada (ARNOLD,
1999).
é o tempo que leva entre o pedido e a entrega efetiva, que é considerado o estoque de
segurança (BAILY, 2000).
Percentual C
do Valor de
Consumo
Anual B
% Número de itens
Após coleta de dados e análise do local foi então visto a necessidade de se realizar
uma entrevista estruturada, a partir disso foi se levado em consideração alguns fatores que
poderiam ser levantados como pontos importantes para essa etapa. Os resultados, para que se
tenham seu valor científico, devem reunir condições que envolvam a coerência, consistência,
originalidade e a objetivação, constituindo então, aspectos da verdade interna do sistema
estudado, e deve conter contribuições para as ciências humanas (TRIVIÑOS, 2007).
Foram seguidos passos como a elaboração do roteiro para a entrevista, o estudo das
questões propostas, isto para que as respostas recebidas pudessem ser interpretadas com a
idéia de buscar instrumentos para aplicação da teoria na prática em si. Após a entrevista
realizada foi analisada as respostas, se enfatizando a retirada dos seus principais pontos, a
classificação de respostas para se reunir pontos de interesse que servirá de apoio à proposta de
transformação. O tratamento desses dados vai enfatizar a análise dos resultados alcançados
com a pesquisa, a fim de se elaborar ou estruturar e recomendar uma proposta coerente com a
situação.
4 DESENVOLVIMENTO
Como qualquer outro setor das organizações o setor de estoques tem uma
classificação, o que determina a classificação desses materiais. Existem diversos aspectos que
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Chambers apud Cara (2004) comenta que o ponto de pedido, é uma das abordagens
mais comuns para se decidir quanto de determinado item deve-se realizar pedido, isto quando
o estoque necessita ser reabastecido. Esse sistema encontra o melhor equilíbrio entre as
vantagens e desvantagens de manter materiais e estoques.
Para isso foi questionado o entrevistado como são feitos os pedidos, obtendo-se
assim a seguinte resposta, “os pedidos são identificados através da necessidade, verificando a
quantidade e através disso, você entra em contato com os fornecedores, faz uma análise de
preço, também uma tomada de preço de certos produtos, e depois disso são encaminhado os
pedidos”, visto esse fator foi questionado se a cooperativa tem algum sistema que realiza esse
tipo de operação, ou se verifica se há necessidade de compra para repor o estoque, afirmou
que possui um sistema para os estoques, mas não realiza essa operação, com isso foi
questionado se ao menos existe algum responsável para realizar essa operação, de análise e
realização de compras, para isso afirmou que cada setor existe um responsável para realizar
essa operação, e quando é realizado pedido maiores, (onde não especificou o volume), a
compra é realizada por um supervisor. Também foi questionado se existe algum limite de
compra, ou fica a critério do comprador, em relação a isso afirmou que as compras dependem
da necessidade e da condição oferecida.
Da mesma forma, se entendendo da necessidade de se manter um estoque foi
perguntado se a cooperativa tem um controle de tempo de reposição de mercadorias, isso
desde o momento em que se consta a necessidade da emissão do pedido até a entrega do
produto pelo fornecedor, o entrevistado afirmou que não possui um sistema que realiza esse
controle de tempo de reposição.
Viana (2006) afirma que as empresas sempre se preocupam com a identificação dos
materiais em estoques, e a solução encontrada foi à codificação por meio de um conjunto de
símbolos, sendo eles numéricos, alfanuméricos, que geralmente transmitem dados ou
características dos produtos, isto de maneira simples, fácil de entender, se transformando em
uma linguagem universal de materiais na empresa.
Em relação às formas de classificação e codificação foi questionado se é utilizado
algum sistema de codificação para facilitar na identificação, movimentação e contagem dos
próprios produtos, para essa obtivemos uma resposta negativa, onde nada está implantado
nesse sentido.
A logística por meio de seus atributos tem a capacidade de contribuir para o sucesso
das organizações fornecendo aos clientes entregas de produtos precisas e dentro dos prazos
determinados pela negociação. Independente dos motivos e da finalidade da entrega, o cliente
que está sendo atendido é o foco principal e a real força motriz do mercado e para o
estabelecimento de requisitos de análise e implementação do desempenho logístico
(BOWERSOX, CLOSS, 2001).
Em relação à logística e o atendimento ao cliente foi questionado se a cooperativa
utiliza o serviço de entrega aos clientes, o entrevistado afirmou que para alguns produtos,
quando há a necessidade de efetuar a entrega é realizado esse serviço. Da mesma forma foi
44
4.11 Sugestões
se analisando com a informação disponível no sistema, isso para que no momento que vier a
acontecer alguma frustração venha a ser identificada com antecedência, assim evitando
maiores transtornos. Também no final de cada exercício, salienta-se que a Coperflor deve
inventariar seus estoques de materiais, se analisando com todas as informações disponíveis.
Visando a extinção de problemas relacionados com o prazo de validade dos produtos,
a perda de mercadorias por esse fator é um prejuízo que a Cooperativa tende a assumir, para
isso, questões de vencimento de produtos podem ser evitados. Propondo assim, no momento
em que os produtos são cadastrados, coloca-se a data do vencimento de cada produto, já que o
sistema de controle que a Coperflor trabalha possibilita que seja efetuado esse tipo de
procedimento, também é indicado o uso da rotatividade dos produtos, como foi citado o
método PEPS.
Em relação ao ponto de pedido verifica-se a necessidade de realização de um estudo
para verificar o tempo de reposição dos produtos, para que haja informações precisas na hora
da verificação da necessidade do pedido, e a emissão do mesmo, dessa forma corre-se menos
riscos de ficar sem produtos em estoque.
Um fator de grande relevância no estudo foi à classificação, codificação e localização
de materiais, então, para facilitar o manuseio, transporte e movimentação dos produtos é de
fundamental importância a localização e codificação dos itens. Neste sentido, a cada item
destina-se um número cadastrando-se por categoria e após por produto, isso dentro do sistema
de controle de estoque. Esse sistema seria também utilizado no local onde ficam armazenados
os produtos facilitando assim a identificação dos mesmos.
De tal forma sugere-se a estruturação de um novo layout do setor de armazenagem,
como pode ser visto na figura 3, permitindo uma melhor separação e organização,
possibilitando uma melhor visualização e aproveitamento do espaço, onde cada produto é
organizado conforme a freqüência da saída. Com isso, têm-se facilidades na hora da entrega
dos mesmos. Para confirmar essa sugestão, está disponível no Apêndice B algumas fotos do
setor de estoques da Coperflor.
46
P F
I
A T
S O
S
T SEMENTES DE S
FERTILIZANTES A MILHO A
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FERTILIZANTES FERTILIZANTES RAÇÕES Õ S T
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S D
E
Fonte: Os autores.
BAILY, Peter. et al. Compras: princípios e administração; tradução Ailton Bonfim Brandão. –
São Paulo: Atlas 2000. Título original: Purchasing principles and management.
CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 5. ed.- São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2002.
GIL, Antõnio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. – 5.ed. – São Paulo: Atlas.
1999.
MINAYO, Maria Cecilia de Souza. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 19. ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.
PHILIPPE, Pierre Dornier. Logística e operações globais: textos e casos. Tradução: Arthur
Itakagi Utiyama. 1 ed. – São Paulo: Atlas, 2007. Título original: Global Operations and
Logistics.
SENAC. DN. Administração de material e patrimônio. 2 ed./ Ana Maria F. Garcia; Heloísa
M. C. Machado; Sonia Kritz. – Rio de Janeiro: Ed SENAC Nacional, 1998.
VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas,
2006.
YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman,
2001.
APÊNDICES
Apêndice A – Questionário elaborado para a elaboração da entrevista
9. O sistema permite a emissão de notas fiscais caso não possua em estoque os itens
estabelecidos para o faturamento?
13. A cooperativa tem uma pessoa responsável por todas as compras, ou em cada setor há
um encarregado?
15. Como as mercadorias ficam armazenadas, tem um local próprio para cada tipo de
produto?
17. É realizado um levantamento para saber qual o custo para manter a mercadoria
armazenada por um determinado período?
20. Baseando-se pelo fato da concorrência que há entre as empresas o tempo da entrega é
considerado como um fator importante para proporcionar maior satisfação aos
clientes?
28. A localização dos materiais é fundamental para o bom andamento dos processos?
30. A cooperativa deixou de vender algum produto por erro na previsão de demanda?
31. Em relação às compras, produtos permanecem armazenados por muito tempo a ponto
de serem descartados devido o prazo de validade?
Apêndice B – Fotos do setor de estoques da Coperflor
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