CÁLCULO I
Documento de apoio à disciplina de Cálculo I
PARTE 1
Capítulo I – Matrizes
Tipos de matrizes
1. Matriz quadrada:
Tem-se uma matriz quadrada quando o seu número de linhas (L) é igual ao seu
número de colunas (C).
1 −1 2
[6 2 4] (Número de L = Número de C = 3)
3 0 5
A forma de uma matriz é representada por LxC. Tem-se uma matriz quadrada de
ordem n quando nºL = nºC. Assim, a matriz acima representada é uma matriz de
forma 3x3, ou seja, uma matriz quadrada de ordem 3.
2. Matriz retangular:
Tem-se uma matriz retangular quando o seu número de linhas difere do seu número
de colunas.
3 6
[−4 1]
1 2
2
[−5] [0 7 −1]
3
4. Matriz nula:
Tem-se uma matriz nula quando todos os seus elementos são iguais 0.
0 0 0
[0 0 0]
0 0 0
Aos elementos a11, a22, a33, … , ann, dá-se o nome de elementos diagonais. À
sequência ordenada, constituída por estes elementos, dá-se o nome de diagonal
principal.
𝑎11 4 1 1 4 1
[ 2 𝑎22 3 ] → [ 2 6 3]
−2 0 𝑎33 −2 0 5
À sequência ordenada constituída pelos elementos a13, a22, a31, dá-se o nome de
diagonal secundária.
1 4 𝑎13 1 4 1
[ 2 𝑎22 3 ] → [ 2 6 3]
𝑎31 0 5 −2 0 5
5. Matriz diagonal:
Tem-se uma matriz diagonal quando todos os elementos não pertencentes à
diagonal principal são 0 (o que não implica que a diagonal principal não possa
conter zeros).
4 0 0
[0 1 0]
0 0 0
7. Matriz identidade:
Tem-se uma matriz identidade quando todos os elementos da diagonal principal
são iguais a 1, e os restantes elementos da matriz iguais a 0. É uma matriz quadrada
de ordem n, normalmente representada por In.
1 0 0
[0 1 0] = I3
0 0 1
8. Matriz transposta:
Tem-se uma matriz transposta quando se trocam as linhas pelas colunas, e as
colunas pelas linhas, de uma determinada matriz.
1 2
1 3 5
A = [3 4] AT = [ ]
2 4 6
5 6
Para que a adição e subtração entre matrizes seja possível, a forma das matrizes
envolvidas tem de ser igual. O primeiro elemento da matriz A é adicionado ao
primeiro elemento da matriz B, resultando do primeiro elemento da matriz
resultante da soma entre A e B. O mesmo se dá na subtração.
4 0 5 1 1 0 5 1 5
A+B=[ ] + [ ]=[ ]
−1 2 1 7 2 −3 6 4 −2
2x3 2x3 2x3
▪ Comutatividade: A + B = B + A
▪ Associatividade: (A + B) + C = A + (B + C)
▪ Elemento neutro: A + 0 = 0 + A = 0 (matriz nula)
▪ Elemento simétrico: A + (-A) = -A + A = 0
1 0 7 3 0 21
A x 3 = [2 3 6 ] x 3 = [6 9 18 ]
4 −2 −1 12 −6 −3
Multiplicação de matrizes
Sejam A e B duas matrizes. Duas matrizes são multiplicáveis se o número de colunas
da primeira for igual ao número de linhas da segunda. A matriz resultante terá o
número de linhas da primeira e o número de colunas da segunda.
A x B = C
NxM MxP NxP
0 1
1 2 −1
AxB=[ ] x [2 3 ] =
3 0 4
4 −1
(2 x 3) (3 x 2)
2x2
1 0 −2
A= [ 0 2 7 ]
−2 7 3
2. Matriz antissimétrica:
Se a matriz oposta de uma matriz quadrada A for igual à sua matriz transposta, isto
é, se AT = -A, esta diz-se antissimétrica (a diagonal principal da matriz antissimétrica
é composta por zeros, e os elementos da matriz situados em posições simétricas,
relativamente à diagonal principal, são opostos).
0 2 −7
A = [−2 0 5]
7 −5 0
▪ (AT)T = A
▪ (A + B)T = AT + BT
▪ (𝛼A)T = 𝛼 • AT, 𝛼 ∈ IR
▪ (A • B)T = BT • AT
▪ (AT)-1 = (A-1)T
Matriz inversa
Seja A uma matriz quadrada de ordem n. Se existir uma matriz B tal que AB = BA = In,
B diz-se a inversa de A, representada por A-1 (aconselhável para matrizes 2x2).
A • A-1 = A-1 • A = In
Neste método, recorre-se aos pivôs, ou seja, aos elementos da diagonal principal, a
fim de conseguir transformar a matriz numa matriz triangular superior.
∗ ∗ ∗
[0 ∗ ∗] * são os pivôs
0 0 ∗
1 2 3
[−2 5 1]
3 0 7
1 2 3 1 2 3 1 2 3
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐿2 → 𝐿2 + 2𝐿1 [0 9 7 ] 𝐿3 → 𝐿3 + 𝐿1(−3) [0 9
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 7 ] 𝐿2 → 𝐿2(9) [0 1 7/9 ]1
3 0 −7 0 −6 −16 0 −6 −16
1 2 3
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐿3 → 𝐿3 + 6𝐿2 [0 1 7/9 ]
42
0 0 9 − 16
Determinado - SPD
(1 solução)
Sistema Possível
Sistemas de
Indeterminado - SPI
equações
Sistema (infinitas soluções)
lineares
Impossível (CS
= {})
- Sistema Possível Determinado (SPD) (quando existe uma equação para todas as
incógnitas);
x y z
1 −1 2 0
[2 1 −1 | 0 ]
−1 −1 1 0
Assim que for pedido para discutir um sistema, ou resolvê-lo em função a α, siga-se
os seguintes passos:
A título de exemplo:
Discuta-se o sistema:
𝑥+𝑦−𝑧 =1
{2𝑥 + 3𝑦 + 𝑎𝑧 = 3
𝑥 + 𝑎𝑦 + 3𝑧 = 2
1º/2º passos:
x y z
1 −1 2 0 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 1 1 −1 1
𝐿2 → 𝐿2 + 𝐿1(−2)
[2 1 −1 | 0 ] [0 1 2 + 𝑎 | 1 ] 𝐿3
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
→ 𝐿3 + 𝐿2(1 − 𝑎)
𝐿3 → 𝐿3 + 𝐿1(−1)
−1 −1 1 0 0 𝑎−1 4 1
1 1 −1 1
[0 1 2+𝑎 | 1 ]
2
0 0 −𝑎 − 𝑎 + 6 2−𝑎
3º passo:
−𝑎2 − 𝑎 + 6 = 0
𝑎 = −3 v 𝑎 = 2
4º passo:
▪ Considerando 𝑎 = −3
1 1 −1 1 1 1 −1 1
[0 1 2 + (−3) | 1 ] → [0 1 −1 | 1 ]
0 0 −(−3)2 − (−3) + 6 2 − (−3) 0 0 0 5
▪ Considerando 𝑎 = 2
1 1 −1 1 1 1 −1 1
[0 1 2+2 | 1 ] → [ 0 1 4 | 1 ]
2
0 0 −(2) − 2 + 6 2−2 0 0 0 0
[ 𝐴 | 𝐼 ] MEG [ 𝐼 | 𝐴 ]
Com este método, não é permitido trocar colunas. É aconselhável para matrizes de
forma 3x3 ou mais. Este funciona do seguinte modo:
1 0 0 1 0 0 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
1 0 0 1 0 0
𝐿2 → 𝐿2 + 𝐿1(−2)
[2 −1 3 | 0 1 0] 𝐿3 → 𝐿3 + 𝐿1(−4)
[0 −1 3 | −2 1 0] ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐿3 → 𝐿3 + 𝐿2
4 1 8 0 0 1 0 1 8 −4 0 1
1 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
0] 𝐿3 → 𝐿3(11) [0 −1 3 | −26 1 0 ] ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
1
[0 −1 3 | −2 1 𝐿2 → 𝐿2 + 𝐿3(−3)
1 1
0 0 11 −6 1 1 0 0 1 − 11 11 11
1 0 0 1 0 0
1 0 0 4 8 3 1 0 0 4 8 3
[0 −1 0 | − 11 11
− 11] ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐿2 → 𝐿2(−1) [0 1 0 | 11 − 11 11]
6 1 1 6 1 1
0 0 1 − 0 0 1 −
11 11 11 11 11 11
1 0 0
4 8 3
Assim sendo, A-1 = [ 11 − 11 11]
6 1 1
− 11 11 11
Considere-se o sistema:
3𝑥 + 5𝑦 = 1
{ 2𝑥 + 𝑧 = 3
5𝑥 + 𝑦 − 𝑧 = 0
Este sistema pode ser representado numa matriz, e, a essa representação, dá-se o
nome de forma matricial do sistema. A sua forma matricial é, portanto:
A x b
3 5 0 𝑥 1
𝑦
[2 0 1 ] • [ ] = [3]
5 1 −1 𝑧 0
A = matriz do sistema;
A𝑥 = b
A-1 • A𝑥 = A-1 • b (multiplicação pela inversa à esquerda)
I𝑥 = A-1 • b (A-1 • A = I, sendo I = matriz identidade)
𝑥 = A-1 • b (qualquer matriz multiplicada pela matriz identidade = ela própria).
1 0 2 1
A = [0 5 0 3], logo Car(A) = 2.
0 0 0 0
Uma matriz quadrada é invertível (admite inversa) quando a sua característica for
igual à sua ordem.
1 0 7
Seja A = [0 −1 2].
0 0 3
Nota:
- Matriz regular é uma matriz que admite inversa.
- Matriz singular é uma matriz que não admite inversa.
▪ (A-1)-1 = A
▪ (A-1)T = (AT)-1
▪ (A • B)-1 = B-1 • A-1 (desde que exista B-1)
▪
(An)-1 = (A-1)n
Capítulo II – Determinantes
Cálculo de determinantes
𝑎 𝑏
|A|=| | = a • d – (b • c),
𝑐 𝑑
sendo a, d os termos positivos e b, c os termos negativos. Por exemplo:
1 2
|A|=| | = 1 x 4 – (2 x 3) = 4 – 6 = -2
3 4
Nota: só se podem calcular matrizes quadradas.
▪ |A+B|≠|A|+|B|
▪ |A•B|=|A|•|B|
▪ | AT | = | A |
𝟏
▪ | A-1 | = ,|A|≠0
|𝑨|
▪ | α • A | = αn • | A |, sendo n = ordem da matriz
𝟏
▪ | 2A-1 | = ,|A|≠0
𝟐| 𝑨 |
▪ | A | = 0 quando, no determinante,
𝑎 𝑏 𝑐 𝑎 𝑏 𝑎 𝑏 𝑐 𝑎 𝑏
|A|=| 𝑑 𝑒 𝑓| 𝑑 𝑒| e | 𝑑 𝑒 𝑓| 𝑑 𝑒 |, ou seja:
𝑔 ℎ 𝑖 𝑔 ℎ 𝑔 ℎ 𝑖 𝑔 ℎ
1 1 2
A = [0 3 −4]
1 0 −2
3 −4
A11 = [ ]
0 −2
3 −4
Então, ã11 = det(A11) x (-1)1+1 = [ ] x (-1)² = -6 x (-1)² = -6
0 −2
NOTA: Dada uma matriz A, (ãij)-1 = ãji. Por exemplo, ã12-1 = ã21
- Método de Condensação;
- Teorema de Laplace.
Considere-se a matriz:
1 −1 2
A = [0 3 −4]
1 0 −2
1 −1 2
A = 0 3 −4]
[
1 0 −2
T.I. y z
3 2 1 3 2 1 3 2
|2 1 1 | |2 1 1 |2 1|
1 1 −4 1 1 −4 1 1 6
x= = =3=2
∆ 3
x T.I. z
1 3 1 1 3 1 1 3
|1 2 1 | |1 2 1 |1 2|
1 1 −4 1 1 −4 1 1 1
y= = =
∆ 3 3
x y T.I.
1 2 3 1 2 31 2
|1 1 2| |1 1 2|1 1|
1 1 1 1 1 11 1 1
z= = =3
∆ 3
Método Misto
Por exemplo:
Se uma matriz quadrada A admite inversa, então é possível determinar a sua inversa
através dos determinantes. Para isto, siga-se a fórmula:
-1
(adj A)T
A =
|A|
3 2 −1
A = [1 6 3]
2 −4 0
| A | = 64
6 3 1 3 1 6
| | • (−1)1+1 | | • (−1)1+2 | | • (−1)1+3
−4 0 2 0 2 −4
2 −1 3 −1 3 2
(adj A) = | | • (−1)2+1 | | • (−1)2+2 | | • (−1)2+3
−4 0 2 0 2 −4
2 −1 3+1 3 −1 3 2
[ |6 3 | • (−1) | | • (−1)3+2 | | • (−1)3+3 ]
1 3 1 6
12 6 −16
=[4 2 16 ] = adj A
12 −10 16
12 4 12
(adj A) = [ 6
T
2 −10]
−16 16 16
12 4 12 12 4 12 3 1 3
[ 6 2 −10] 64 64 64 16 16 16
(adj A)T
A-1 = = −16 16 16
= 6 2 10
− 64 =
3 1 5
− 32
|A| 64 64 64 32 32
16 16 16 1 1 1
[− 64 64 64 ] [− 4 4 4 ]
3 1 3
16 16 16
3 1 5
A inversa de A é 32 32
− 32 .
1 1 1
[− 4 4 4 ]
A•V=λ•V
Então λ designa-se por valor próprio, associado a A, e V, vetor próprio associado a
λ (esta fórmula utiliza-se sempre que houver um valor próprio ou um vetor próprio).
1 0 −2
A= 0 0 0 ]
[
−2 0 4
−λ3 + 5λ2 = 0
λ2 (−λ + 5) = 0
λ2 = 0 v −λ + 5 = 0
λ = 0 v λ = 5 → VALORES PRÓPRIOS ASSOCIADOS A A
1. [𝐴 − λI | 0]
2. Substituir, na matriz determinada em 1, o valor próprio, para o qual se quer
descobrir qual o vetor que lhe está associado. Condensar a matriz, de forma
a que dê um SPI (Sistema Possível Indeterminado);
3. Transformar a matriz em sistema. O segundo membro das equações tem de
ter sempre a mesma incógnita, se possível. Caso alguma incógnita não tenha
equação definida, determine-se apenas que esta pertence a IR;
4. Determinar os vetores próprios associados ao valor próprio em questão.
1. [𝐴 − λI | 0]
1−λ 0 −2 0
[ 0 −λ 0 | 0]
−2 0 4−λ 0
2. Substituir, na matriz determinada em 1, o valor próprio, para o qual se quer
descobrir qual o vetor que lhe está associado. Condensar a matriz, de forma
a que dê um SPI (Sistema Possível Indeterminado);
1 0 −2 0 1 0 −2 0
[ 0 0 0 | 0] ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐿3 → 𝐿3 + 𝐿1(2) [0 0 0 | 0] → SPI
−2 0 4 0 0 0 0 0
3. Transformar a matriz em sistema. O segundo membro das equações tem de
ter sempre a mesma incógnita, se possível. Caso alguma incógnita não tenha
equação definida, determine-se apenas que esta pertence a IR;
𝑥 − 2𝑧 = 0 𝑥 = 2𝑧
{ (=) {
− 𝑦 ∈ IR
Matriz diagonalizável
Seja A uma matriz quadrada de ordem n. A diz-se diagonalizável se existir uma
matriz diagonal D e uma matriz invertível P, tais que:
D = P-1 • A • P
λ 0 0
D = [0 λ 0], onde D é a matriz diagonal dos valores próprios;
0 0 λ
𝑉1 𝑉2 𝑉3
P= [𝑉1 𝑉2 𝑉3 ], onde P é a matriz dos vetores próprios por coluna.
𝑉1 𝑉2 𝑉3
PARTE 2
Capítulo III – Estruturas Algébricas
Uma estrutura algébrica consiste num conjunto associado a uma ou mais operações
sobre o conjunto que satisfazem certos axiomas. Dependendo das operações e
axiomas, as estruturas algébricas podem ser:
Seja E um conjunto não vazio. Diz-se que uma operação 𝜃, definida em E, é uma lei
de composição interna se 𝜃 é uma aplicação de ExE em E. (𝜃: ExE → E, 𝑥𝜃𝑦 = 𝑧 ∈ E).
1. GRUPÓIDE
Diz-se que (E, 𝜃) é um grupoide se se verificar que:
∀𝑥, 𝑦 ∈ 𝐸 ∃1 𝑧 ∈ 𝐸: 𝑥𝜃𝑦 = 𝑧
2. SEMIGRUPO
A um grupóide associativo, dá-se o nome de semigrupo.
∀𝑥, 𝑦 ∈ 𝐸 ∃1 𝑧 ∈ 𝐸: 𝑥𝜃𝑦 = 𝑧
∀𝑥, 𝑦, 𝑧 ∈ 𝐸, (𝑥𝜃𝑦)𝜃𝑧 = 𝑥𝜃(𝑦𝜃𝑧)
ou seja, para ser um semigrupo, a estrutura terá de ser um grupóide e terá de
satisfazer a associatividade.
Utilizando o primeiro exemplo 𝑥𝜃𝑦 = 𝑥 + 𝑦 + 1, ∀𝑥, 𝑦 ∈ IR, sabe-se que (IR, θ)
é um grupóide. Resta saber se é associativo:
(𝑥𝜃𝑦)𝜃𝑧 = 𝑥𝜃(𝑦𝜃𝑧)
Começando pelo 1º membro (𝑥𝜃𝑦)𝜃𝑧:
(𝑥𝜃𝑦)𝜃𝑧 = (𝑥 + 𝑦 + 1)𝜃𝑧
𝑥 𝑦
Substitui-se, agora, (𝑥 + 𝑦 + 1) pelo 𝑥 da expressão original, e 𝑧 pelo 𝑦.
(𝑥 + 𝑦 + 1)𝜃𝑧 = (𝑥 + 𝑦 + 1) + 𝑧 + 1 = 𝑥 + 𝑦 + 𝑧 + 2 → para
que a estrutura seja associativa, o resultado do segundo membro tem de ser
igual a esta expressão.
http://ganuff.weebly.com/uploads/1/9/2/5/19255685/estruturas_algbricas_uma
_introduo_breve.pdf para as restantes estruturas.