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Φ𝐸 = ∫ 𝑬 · d𝐀
𝑆
†caiomatheus.phy@gmail.com
07/02/2021
Faraday (1791-1867) em experimento com cargas elétricas e linhaças de ferro para ilustrar
como as linhas de campo se comportam.
Figura 1 - Desenho ilustrativo do fluxo de um campo vetorial por uma superfície. Na figura as setas
vermelhas correspondem ao Campo Elétrico E (ou a nossa plantação de alecrim) e o laço circular a
superfície que nós criamos (ou o laço do vaqueiro).
O quanto mais cargas elétricas tivermos mais linhas teremos, e maior será o fluxo
Φ𝐸 . Isso nos leva a pensar que o fluxo elétrico será proporcional a quantidade de carga
elétrica dentro da superfície S. Isso é a essência da Lei de Gauss. De fato, vemos que se
considerarmos uma superfície fechada (escolheremos uma esfera de raio r para facilitar o
cálculo) e o campo elétrico de uma carga puntiforme, temos que o fluxo será:
1 𝑄
∮ 𝑬 · d𝐀 = ∫ ( 2 𝒓̂ ) 𝑑𝑨
4𝜋𝜖0 𝑟
O elemento de área de uma esfera corresponde ao ângulo solido formado por ela, que
é dado por 𝑑𝑨 = 𝒓̂ 𝑟2 sin(𝜃) 𝑑𝜃𝑑𝜙, onde 𝜃 corresponde ao ângulo azimutal que vai de 0 até 𝜋 e 𝜙
é o ângulo polar, que vai de 0 até 2𝜋. Portanto nossa integral será:
𝜋 2𝜋
1 𝑄 1 𝑄 𝑄
∫ ( 2 𝒓̂ ) 𝑑𝑨 = ∫ ∫ ( 2 𝒓̂ ) 𝒓̂ 𝑟2 sin(𝜃) 𝑑𝜃𝑑𝜙 =
4𝜋𝜖0 𝑟 4𝜋𝜖0 0 0 𝑟 𝜖0
Note que a lei de Gauss é um caso particular de campos que decaem como 1⁄𝑟 2 , pois
se não fosse isso, a integral acima iria depender do formato da superfície escolhida. Usando
o teorema de Stokes para formas diferencias (nesse caso, o chamado teorema de Gauss),
podemos transformar essa equação integral em uma equação diferencial, para o caso geral:
07/02/2021
∮ 𝑬 · d𝐀 = ∫ ∇ ∙ 𝑬𝑑𝑉
𝑆 𝑉