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Lei de Gauss – Capítulo 23

Prof. Gustavo Rebouças1

1 UFERSA - Angicos

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Índice

1 Fluxo

2 Lei de Gauss

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Antes – Problema 33 – Revisão
Página 46

Na figura, uma carga positiva q = 7, 81 pC está


distribuída uniformemente em uma barra fina,
não-condutora, de comprimento L = 14, 5 cm.
Determine (a) o módulo e (b) a orientação (em
relação ao semi-eixo x positivo) do campo elétrico
produzido no ponto P, situado sobre a mediatriz da
barra. a uma distância R = 6, 00 cm da barra.
Dados: ~|= q √ 1
|E 2πε0 R L2 +4R 2 = 12, 4 N/C
dx
= a2 √xx2 +a2 + C Para um barra infinita, ou seja,
R
(x 2 +a2 )3/2
L >> R
~|= λ
|E 2πε0 R

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Introdução
O que é Física

Um dos principais objetivos da física é descobrir formas


simples de resolver problemas aparentemente complexos.
Um dos instrumentos usados pela física para conseguir esse
objetivo é a simetria. Assim, por exemplo, para determinar
o campo elétrico E~ do anel carregado e da barra carregada
consideramos os campos dE (= kdq/r 2 ) criados por
elementos de carga do anel e da barra. Em seguida,
simplificamos o cálculo de E
~ usando a simetria para
descartar as componentes perpendiculares dos vetores d E ~, o
que nos poupou algum trabalho.

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Introdução
O que é Física

Para certas distribuições simétricas de cargas, podemos


poupar muito mais trabalho usando uma lei conhecida como
Lei de Gauss, descoberta pelo matemático e físico Carl
Friedrich Gauss (1777-1855).
Em vez de considerar os campos d E ~ criados pelos elementos
de carga de uma dada distribuição de cargas, a lei de Gauss
considera uma superfície fechada imaginária que envolve a
distribuição de cargas.
Esta superfície gaussiana, como é chamada, pode ter qualquer forma, mas
a forma que facilita o cálculo do campo elétrico é a que reflete a simetria
da distribuição de cargas.

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Introdução
O que é Física

Assim, por exemplo, se a carga está distribuída


uniformemente em uma esfera podemos usar uma superfície
gaussiana esférica como a da figura para envolver a esfera e,
em seguida, como discutimos neste capítulo, determinar o
campo elétrico na superfície usando o fato de que

A lei de Gauss relaciona os campo elétricos nos pontos de uma superfície


gaussiana à carga total envolvida pela superfície.

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Introdução
O que é Física

Podemos também usar a lei de Gauss no sentido inverso: se


conhecemos o campo elétrico em uma superfície gaussiana
podemos determinar a carga total envolvida pela superfície.
Para dar um exemplo simples, suponha que todos os vetores
campo elétrico da figura apontem radialmente para longe do
centro da esfera e tenham o mesmo módulo.
A lei de Gauss nos diz imediatamente que a superfície
esférica está envolvendo uma carga positiva pontual ou uma
distribuição esférica de cargas positivas.
Entretanto, para calcular o valor da carga precisamos calcular a quantidade
de campo elétrico que é interceptada pela superfície gaussiana da figura. A
medida da quantidade de campo interceptada, conhecida como fluxo, é
discutida a seguir.

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Fluxo

Fluxo

Seja Φ a vazão (volume por unidade de tempo) do ar através da espira.


Essa vazão depende do ângulo entre ~v e o plano da espira. Se ~v é paralelo
ao plano da espira, a vazão Φ é igual a vA.
Se ~v é perpendicular ao plano da espira, o ar não passa pela espira e,
portanto, Φ é zero.
Para um ângulo intermediário θ a vazão Φ depende da componente de ~v
normal ao plano.
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Fluxo

Fluxo

Como essa componente é vcosθ , a vazão através da espira é dada por

Φ = (v cos θ )A
Esta vazão através de uma área é um exemplo de fluxo; nessa situação,
trata-se de um fluxo volumétrico
Definindo um vetor A,
~ cujo módulo é igual a uma área e a direção é
perpendicular a área. Podemos escrever:

~
Φ = vA cos θ = ~v · A
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Fluxo

Fluxo de um Campo Elétrico

Os quadrados são arbitrariamente pequenos,


o campo elétrico E
~ pode ser considerado
constante no interior de cada quadrado;
assim, para cada quadrado, os vetores ∆A e
~ fazem um certo ângulo θ .
E
Podemos definir provisoriamente o fluxo do
campo elétrico como sendo:

~ · ∆A
Φ = ∑E ~

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Fluxo

Fluxo de um Campo Elétrico

A definição exata do fluxo do campo elétrico


através de uma superfície fechada é obtida
fazendo a área dos quadrados da tender a
zero, tornando-se uma área diferencial dA.
Nesse caso, os vetores área se tornam vetores
diferenciais d A.
~ O somatório do slide
anterior se torna uma integral e temos, para
a definição de fluxo elétrico:
I
Φ= ~ · dA
E ~

O círculo no sinal de integral indica que a


integração deve ser realizada para uma
superfície fechada. O fluxo do campo elétrico
é um escalar, e sua unidade no SI é N m2 /C.
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Fluxo

Fluxo de um Campo Elétrico

I
Φ= ~ · dA
E ~

O fluxo elétrico através de uma superfície


gaussiana é proporcional ao número de linhas
de campo elétrico que atravessam a
superfície.

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Fluxo

Fluxo de um Campo Elétrico – Teste 1


Página 54

A figura mostra um cubo gaussiano cujas


faces têm área A imerso em um campo
elétrico uniforme E
~ orientado no sentido
positivo do eixo z. Determine, em termos de
E e A, o fluxo através
(a) da face frontal do cubo (a face situada
no plano xy );
(b) da face traseira;
(c) da face superior;
(d) do cubo como um todo.

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Fluxo

Fluxo de um Campo Elétrico – Exemplo 23 – 1


Página 54

A Figura mostra uma superfície gaussiana


com a forma de um cilindro de raio R imersa
em um campo elétrico uniforme E ~ , com o
eixo do cilindro paralelo ao campo. Qual é o
fluxo Φ do campo elétrico através dessa
superfície
I fechada?
Φ= E ~ · dA
~

Z Z Z
Φ= ~ · dA
E ~+ ~ · dA
E ~+ ~ · dA
E ~
a b c

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Fluxo

Teste – Qual o fluxo do campo magnéticos em cada uma


das superfícies indicadas?

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Lei de Gauss

Lei de Gauss

A lei de Gauss relaciona o fluxo total Φ de um campo elétrico através de


uma superfície fechada (superfície gaussiana) à carga total qenv que é
envolvida por essa superfície.
Em notação matemática:

ε0 Φ = qenv
ou
I
ε0 ~ · dA
E ~ = qenv

As equações são válidas apenas se a carga está situada no vácuo ou no ar


(que, para efeitos práticos, quase sempre pode ser considerado equivalente
ao vácuo). No Capítulo 25 a lei de Gauss será modificada para permitir sua
aplicação a materiais como a mica, o óleo e o vidro.

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Lei de Gauss

Lei de Gauss e Lei de Coulomb

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Lei de Gauss

Lei de Gauss e Lei de Coulomb

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Lei de Gauss

Um Condutor Carregado
A lei de Gauss permite demonstrar um teorema importante a respeito dos
condutores:
Se uma carga em excesso é introduzida em um condutor, a carga se
concentra na superfície do condutor: o interior do condutor continua a ser
neutro.
Este comportamento dos condutores é razoável, já que cargas de mesmo
sinal se repelem.A ideia é que ao se acumularem na superfície as cargas em
excesso se mantêm afastadas o máximo possível umas das outras. Podemos
usar a lei de Gauss para demonstrar matematicamente essa afirmação

A figura mostra uma vista de perfil de um


pedaço de cobre, pendurado por um fio
isolante, com uma carga em excesso q.
Colocamos uma superfície gaussiana logo
abaixo da superfície do condutor.
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Lei de Gauss

Um Condutor Carregado
O campo elétrico no interior do condutor deve ser nulo: se não fosse assim
o campo exerceria uma força sobre os elétrons de condução (elétrons
livres), que estão sempre presentes em um condutor, e isso produziria uma
corrente.
Como não pode haver uma corrente perpétua em um condutor que não faz
parte de um circuito elétrico, o campo elétrico deve ser nulo. (Um campo
elétrico interno existe durante um certo tempo, enquanto o condutor está
sendo carregado.

Entretanto, a carga adicional logo se distribui


de tal forma que o campo elétrico interno se
anula e as cargas param de se mover.
Quando isso acontece, dizemos que as cargas
estão em equilíbrio eletrostático.

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Lei de Gauss

Um Condutor Carregado

Se E~ é zero em todos os pontos do interior do pedaço de cobre, deve ser


zero em todos os pontos da superfície gaussiana.
De acordo com a lei de Gauss, portanto, a carga total envolvida pela
superfície de Gauss deve ser nula. Como o excesso de cargas não está no
interior da superfície de Gauss, só pode estar na superfície do condutor.

A figura mostra uma vista de perfil de um


pedaço de cobre, pendurado por um fio
isolante, com uma carga em excesso q.
Colocamos uma superfície gaussiana logo
abaixo da superfície do condutor.

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Lei de Gauss

Um Condutor Carregado com uma Cavidade Interna


A figura mostra o mesmo condutor, mas agora com uma cavidade interna.
É talvez razoável supor que quando removemos material eletricamente
neutro para formar a cavidade não mudamos a distribuição de cargas nem
de campos elétricos, que continua a ser a mesma da figura do slide anterior.
Mais uma vez, vamos usar a lei de Gauss para demonstrar
matematicamente essa afirmação.
Colocamos uma superfície gaussiana envolvendo a cavidade, próximo da
superfície, mas no interior do condutor.
Como E ~ = 0 no interior do condutor, o fluxo através dessa superfície
também é nulo. Assim, a superfície não pode envolver nenhuma carga.

A conclusão é que não existe carga em


excesso na superfície da cavidade; toda a
carga em excesso permanece na superfície
externa do condutor.
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Lei de Gauss

Remoção do Condutor

Suponha que, por um passe de mágica, fosse possível “congelar” as cargas


em excesso na superfície do condutor, talvez revestindo-as com uma fina
camada de plástico, e que o condutor pudesse ser removido totalmente.
Isso seria equivalente a aumentar a cavidade até que ocupasse todo o
condutor. O campo elétrico não sofreria nenhuma alteração: continuaria a
ser nulo no interior da fina camada cargas e permaneceria o mesmo em
todos os pontos do exterior.

Isso mostra que campo elétrico é criado pelas


cargas, e não pelo condutor. O condutor
constitui apenas um veículo para que as
cargas assumam suas posições de equilíbrio.

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Lei de Gauss

O Campo Elétrico Externo – Superfície Condutora

O campo elétrico E ~ na superfície e logo acima da superfície


também é perpendicular à superfície. Se não fosse, teria uma
componente paralela à superfície do condutor que exerceria
forças sobre as cargas superficiais, fazendo com que se
movessem.(O condutor esta em equilíbrio eletrostático)
A carga qenv envolvida pela superfície gaussiana está na
superfície do condutor e ocupa uma área A. Se a é a carga por
unidade de área, qenv é igual a σ A. Quando substituímos qenv
por σ A e Φ por EA, a lei de Gauss se torna

~ = q ⇒E σA
I I
Φ= ~ · dA
E dA cos 0 =
ε0 ε0
σA σ
EA = ⇒E =
ε0 ε0
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Lei de Gauss

O Campo Elétrico Externo – Superfície Condutora

σ
E=
ε0
Assim, o módulo do campo elétrico logo acima da
superfície de um condutor é proporcional à
densidade de cargas superficiais do condutor. Se a
carga do condutor é positiva, o campo elétrico
aponta para fora do condutor, se é negativa, o
campo elétrico aponta para dentro do condutor.

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Lei de Gauss

Exemplo 23-5
Página 61

A figura mostra uma seção reta de uma casca metálica esférica de raio
interno R. Uma carga pontual de −5, 0 µC está situada a uma distância
R/2 do centro da casca. Se a casca é eletricamente neutra, quais são as
cargas (induzidas) na superfície interna e na superfície interna? Essas
cargas estão distribuídas uniformemente? Qual é a configuração do campo
elétrico do lado de dentro e do lado de fora da casca?

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Lei de Gauss

Exemplo 23-5
Página 61

A figura mostra uma seção reta de uma casca metálica esférica de raio
interno R. Uma carga pontual de −5, 0 µC está situada a uma distância
R/2 do centro da casca. Se a casca é eletricamente neutra, quais são as
cargas (induzidas) na superfície interna e na superfície interna? Essas
cargas estão distribuídas uniformemente? Qual é a configuração do campo
elétrico do lado de dentro e do lado de fora da casca?

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Lei de Gauss

Aplicando a Lei de Gauss: Simetria Cilíndrica

A figura mostra uma parte de uma barra de plástico


cilíndrica de comprimento infinito com uma
densidade linear uniforme de cargas positivas λ .
Vamos obter uma expressão para o módulo do
campo elétrico E ~ a uma distância r do eixo da barra.
Para facilitar os cálculos, a superfície gaussiana
escolhida deve ter a mesma simetria do problema,
que no caso é cilíndrica. Assim, escolhemos um
cilindro circular de raio r e altura h, coaxial com a
barra. Como a superfície gaussiana deve ser fechada,
incluímos duas bases como parte da superfície.
Se alguém gire a barra de plástico de um ângulo
qualquer em torno do eixo ou imprima à barra uma
rotação de 180° em torno do centro. Nos dois casos,
você não notaria nenhuma mudança.
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Lei de Gauss

Aplicando a Lei de Gauss: Simetria Cilíndrica

Assim, em todos os pontos da parte lateral da


superfície gaussiana E deve ter o mesmo módulo E
~ e
(no caso de uma barra carregada positivamente)
apontar para longe da barra.

~ = qenv
I
Φ= ~ · dA
E
ε0

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Lei de Gauss

Aplicando a Lei de Gauss: Simetria Cilíndrica

qenv
I I I
EdA cos θ + EdA cos θ + EdA cos θ =
a b c ε0

λh
I I I
E dA cos 90 + E dA cos 0 + E xdA cos 90 =
a b c ε0

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Lei de Gauss

Aplicando a Lei de Gauss: Simetria Cilíndrica

λh
I
E dA =
b ε0
λh
E (2πrh) =
ε0
λ
E=
2πε0 r
(campo elétrico de uma linha de cargas)

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Lei de Gauss

Simetria Planar – Placa Não-condutora

A figura mostra uma parte de uma placa fina,


infinita, não-condutora, com uma densidade
superficial de cargas positivas σ . Uma folha de
plástico, com uma das superfícies uniformemente
carregada, pode ser um bom modelo. Vamos
calcular o campo elétrico E~ a uma distância r da
placa.
Uma superfície gaussiana adequada para esse tipo de
problema é um cilindro com o eixo perpendicular à
placa e com uma base de cada lado da placa, como
mostra a figura. Por simetria, E~ deve ser
perpendicular à placa e, portanto, às bases do
cilindro.

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Lei de Gauss

Simetria Planar – Placa Não-condutora

Além disso, como a carga é positiva E ~ deve apontar


para longe da placa e, portanto, as linhas de campo
elétrico atravessam as duas bases do cilindro no
sendo de dentro para fora.
Como as linhas de campo são paralelas à superfície
lateral do cilindro, o produto E ~ é nulo nessa
~ · dA
parte da superfície gaussiana.

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Lei de Gauss

Simetria Planar – Placa Não-condutora

Assim, E ~ é igual a EdA nas bases do cilindro e é


~ · dA
igual a zero na superfície lateral. nesse caso, a lei de
Gauss

~ = qenv
I
~ · dA
E
ε0
σA
EA + EA =
ε0
σ
E=
2ε0
(placa de cargas)

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Lei de Gauss

Simetria Planar – Duas Placas condutora

σ
E=
ε0
(Duas placa de cargas na região entre as placas)

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Lei de Gauss

Aplicando a Lei de Gauss: Simetria Esférica

Vamos agora usar a lei de Gauss para demonstrar os dois teoremas das
cascas que foram apresentados na Seção 21-4:

Uma casca uniforme de cargas atrai ou repele uma partícula carregada


situada do lado de fora da casca como se toda a carga da casca estivesse
situada no centro

Se uma partícula carregada está situada no interior de uma casca uniforme


de cargas a casca não exerce nenhuma força eletrostática sobre a partícula.

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Lei de Gauss

Aplicando a Lei de Gauss: Simetria Esférica

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Lei de Gauss

Aplicando a Lei de Gauss: Simetria Esférica

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Lei de Gauss

Aplicando a Lei de Gauss: Simetria Esférica

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Lei de Gauss

Aplicando a Lei de Gauss: Simetria Esférica

E = 0 (r < R)

Se uma partícula carregada está situada no interior de uma casca uniforme


de cargas a casca não exerce nenhuma força eletrostática sobre a partícula.
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Lei de Gauss

Aplicando a Lei de Gauss: Simetria Esférica

1 q
E= (r ≥ R)
4πε0 r 2

Uma casca uniforme de cargas atrai ou repele uma partícula carregada


situada do lado de fora da casca como se toda a carga da casca estivesse
situada no centro
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Lei de Gauss

Comportamento do campo Elétrico – Condutor Esférico ou


Casca esférica

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Lei de Gauss

Aplicando a Lei de Gauss: Simetria Esférica – Distribuição


de cargas ou Isolante uniformemente carregado

(r ≤ R)
Para uma distribuição uniforme de cargas (isolante ou a distribuição)
temos, a densidade volumétrica de cargas igual a:
qenv na esfera de raio r q
σ = volume da esfera de raio r = Volume total

q0 q
4 3
= 4 3
3 πr 3 πR
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Lei de Gauss

Aplicando a Lei de Gauss: Simetria Esférica – Distribuição


de cargas ou Isolante uniformemente carregado

(r ≤ R)

q0 q
4 3
= 4 3
3 πr 3 πR

r3
q0 = q
R3
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Lei de Gauss

Aplicando a Lei de Gauss: Simetria Esférica – Distribuição


de cargas ou Isolante uniformemente carregado

(r ≤ R)

0
~ = q →E r3 1
I I
~ · dA
E dA cos θ = q
ε0 R 3 ε0

r3 1
 
2 q
E (4πr ) = q 3 → E = r
R ε0 4πε0 R 3
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Lei de Gauss

Aplicando a Lei de Gauss: Simetria Esférica – Distribuição


de cargas ou Isolante uniformemente carregado

(r > R)

~ = qenv → E (4πr 2 ) = q
I
~ · dA
E
ε0 ε0
1 q
E=
4πε0 r 2
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Lei de Gauss

Comportamento do campo Elétrico – Isolante Uniformemete


Carregado

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Lei de Gauss

Problema 22, página 69

A figura mostra uma seção de um tubo longo de metal, de paredes finas,


com um raio R = 3, 00 cm e uma carga por unidade de comprimento
λ = 2, 00 × 10−8 C/m. Determine o módulo E ~ do campo elétrico a uma
distância radial (a) r = R/2, 00; (b) r = 2, 00 R. (c) Faça um gráfico de E
em função de r para 0 < r < 2, 00R.

[R.(a) E = 0; (b) 5, 99 × 103 N/C; (c) ]


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Lei de Gauss

Problema
Tipler Problem 21.74, page 726)

Duas partículas pontuais, cada uma de massa m e carga q estão suspensas


em um ponto comum por um fio de comprimento L. O fio faz um ângulo θ
com a vertical como mostrado na Figura. Considerando o sistema em
equilíbrio
(a) Mostre que:
p
q = L sin θ mg πε0 tan θ
(b) Encontre se a carga, sendo m = 10, 0 g, L = 50 cm e θ = 10, 0.

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