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UNIÃO DA VITÓRIA
2010
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Dimensão Política
É necessária para ressaltar a importância de sujeitos comuns na História e
corrigir a “injustiça histórica” do ensino tradicional da História pautada nos grandes
“heróis”, grandes guerras, etc.
Dimensão Econômico-Social
Essa dimensão propõe superar a abordagem economicista e reducionista que
tem marcado o ensino de História. Através da busca de seu referencial teórico
metodológico, e também o intercâmbio com a antropologia, e o uso de fontes orais
que possibilitem o resgate do passado de sujeitos excluídos da história tradicional.
Dimensão Cultural
Ao longo dos tempos a humanidade criou conjuntos de significados para
explicar o mundo a seu redor. As Ciências Sociais ampliaram o conceito de cultura
nos séculos XIX e XX e contribuíram às novas leituras. Com isso cada comunidade
pode ser notada como resultado da cultura de cada indivíduo. Cultura não é mais só
a cultura das elites.
Prova disso foi a tentativa de aproximação da produção acadêmica da
História com o ensino desta disciplina no Primeiro Grau, fundamentada na
pedagogia histórico-crítica, por meio do Currículo Básico para a Escola Pública do
Estado do Paraná (1990). Essa proposta tinha como pressupostos teóricos a
historiografia social, pautada no materialismo histórico dialético e alguns elementos
da Nova História.
Com o fortalecimento do neoliberalismo nos anos 1990 o Ministério da
Educação divulgou os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino
Fundamental e Médio. E o Estado do Paraná, de uma forma autoritária, apesar da
autonomia das escolas ser garantida na LDBEN/96, implantou os PCNs.
A partir de 2003, a secretaria Estadual do Paraná -SEED - trabalha na
elaboração das diretrizes curriculares para o ensino de História buscando superar os
problemas diagnosticados na organização curricular da disciplina e ainda atender ás
demandas dos movimentos sociais organizados, como a aprovação da Lei 13381/01
que torna obrigatória no Ensino Fundamental e médio da rede pública de ensino
os conteúdos de História do Paraná, além da lei 10639/036 que obriga inserção dos
estudos da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. E a Lei 11.645/08,
que inclui no currículo a obrigatoriedade do ensino da Historia e da cultura dos
povos indígenas do Brasil.
5ª SÉRIE
DAS ORIGENS DO HOMEMAO SÉCULO XVI – DIFERENTES TRAJETÓRIAS,
DIFERENTES CULTURAS.
Diáspora Africana
6ª SÉRIE
DAS CONTESTAÇÕES A ORDEM COLONIAL AO PROCESSO DE
INDEPENDÊNCIA DO BRASIL – SÉCULO XVII AO XIX
CONTEÚDOS CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS COMPLEMENTARES
A construção da Nação Revolução Industrial e relações de
Governo de D. Pedro II; trabalho (XIX e XX)
Criação do IHGB; O cercamento das terras;
Lei de Terras, Lei Euzébio Ludismo;
de Queiroz – 1850; Socialismos;
C Divisão social e territorial; Anarquismo;
O Início da imigração
N europeia; Relacionar: Taylorismo, Fordismo,
T Definição do território; Toyotismo.
E Movimento Abolicionista e Reflexões: o homem do campo;
Ú DIMENSÕES emancipacionista.
D POLÍTICA Emancipação política do
O ECONOMICO Paraná (1853)
-SOCIAL E Economia;
E CULTURAL Organização social;
S Manifestações culturais;
T Organização político-
R administrativa;
U Migrações: internas
T (escravizados, libertos e
U homens livres pobres) e
R externas (europeus);
A Os povos indígenas e a
N política de terras.
T A Guerra do Paraguai e/ou a Guerra da Tríplice Aliança
E O processo de abolição da Colonização da África e da Ásia
escravidão A Guerra do Ópio: prevenção ao
Legislação; uso indevido de drogas
Resistência e negociação;
Abolição; Guerra Civil e Imperialismo
Imigração – senador estadunidense;
Vergueiro; Valorização do afro-brasileiro
Branqueamento e
miscigenação (Oliveira Carnaval na América Latina:
Vianna, Nina Rodrigues, entrudo, murga e candomblé;
Euclides da Cunha, Silvio
Romero, no Brasil,
Sarmiento na Argentina).
Os primeiros anos na Questão Agrária na América
República Latina
Idéias positivas; Revolução Mexicana
Imigração asiática; Questão da reforma agrária no
Oligarquia, coronelismo e Brasil;
clientelismo;
Movimentos de
contestação: campo e Primeira Guerra Mundial
cidade;
Movimentos messiânicos;
Revolta da vacina e
urbanização do Rio de Revolução Russa
Janeiro;
Movimento operário:
anarquismo e comunismo;
Guerra do contestado;
Greve de 1917 – Curitiba; Comemoração dos 100 anos de
Paranismo: movimento acontecimento da Guerra do
regionalista – Romário Contestado.
Martins, Zaco Paraná,
Langue de Morretes, João
Tutim.
8ª SÉRIE
REPENSANDO A NACIONALIDADE BRASILEIRA: DO SÉCULO XX AO
SÉCULOXXI – ELEMENTOS CONSTRUTIVOS DA CONTEMPORANEIDADE
CONTEÚDOS CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS COMPLEMENTARES
A Semana de 22 e o Crise de 29
repensar da nacionalidade
Economia;
Organização social;
Organização político-
administrativa;
Manifestações culturais;
C Coluna Prestes.
O
M A “Revolução” de 30 e o Ascensão dos regimes totalitários
T período Vargas (1930 a na Europa
E DIMENSÕES 1945)
Ú POLÍTICA Leis trabalhistas;
D ECONOMICO- Voto feminino; Movimentos populares na América
O SOCIAL E Ordem e disciplina no Latina
CULTURAL trabalho;
E Mídia e divulgação do
S regime; Segunda Guerra Mundal
T Criação do SPHAN,
R IBGE;
U Futebol e carnaval;
T Contestações a ordem;
U Integralismo;
R Participação do Brasil na
A II Guerra Mundial.
N Populismo no Brasil e na Independência das colônias afro-
T América Latina asiáticas
E Cárdenas – México;
Perón – Argentina;
Vargas, JK, Jânio Guerra Fria
Quadros e João Goulart –
Brasil.
Construção do Paraná atual Guerra Fria
Governos: Manoel Ribas,
Moyses Lupion, Bento
Munhoz da Rocha Netto e
Ney Braga;
Frentes de colonização
do Estado, criação da
estrutura administrativa;
Copel, Banestado,
Sanepar, Codepar...
Movimentos Culturais;
Movimentos sociais no
campo e na cidade;
Ex.: Revolta dos
colonos década de 50 –
Sudoeste;
Os xetá.
RELAÇÕES DE TRABALHO:
“Expressa a relação que o ser humano estabelece entre si e a natureza”. A
execução do trabalho requer o emprego físico e mental. Estes esforços transformam
elementos natureza em bens que satisfazem as necessidades humanas.
A investigação sobre as relações de trabalho, a partir de problemáticas do
presente tais como: impactos ambientais, movimentos sociais e culturais,
desemprego, desigualdade social, fome, violência e articulações aos demais
conteúdos estruturantes, permitem aos alunos e professores entender como as
relações de trabalho forma construídas no decorrer do processo histórico’.
RELAÇÕES DE PODER
“O poder não possui forma de coisa ou de objeto, mas se manifesta como
relações sociais e ideológicas, estabelecidas entre aquele que exerce e aquele se
submete. Portanto, o que existe são relações de poder”.
O estudo das relações de poder geralmente remete à idéia de poder político.
Porém as relações de poder não se limitam somente à dimensão política. Essas
relações encontram-se também na dimensão econômico-social e na dimensão
cultural, ou seja, em todo o corpo social.
O entendimento que as relações de poder são exercidas nas diversas
instâncias sócio-históricas, como o mundo do trabalho, as políticas públicas e as
diversas instituições permitem ao aluno perceber que estas relações fazem parte de
seu cotidiano. Assim ele poderá identificar onde se localizam as arenas decisórias,
porque determinada decisão foi tomada e de que forma ela foi executada ou
implantada, para que ele entenda como, quando e onde reagir nas medidas do
processo em definição.
RELAÇÕES CULTURAIS
“O conceito de cultura“ aqui proposto, parte de Raymond Williams (2003), o
qual afirmava que esta é comum a todos os seres humanos, na medida em que
existe uma estrutura comum de modos de pensar, agir e perceber o mundo que leva
à constituição de organizações sociais diferentes.
Assim, na forma de organizar a vida político-econômica, as sociedades
contemporâneas não são tão diferentes, pois são poucas as sociedades que
destoam de padrão cultural imposto pelo capitalismo contemporâneo. Em outras
palavras, as classes dominadas, existem numa relação de poder com as classes
dominantes, de tal modo que ambas partilham um processo social comum, portanto
de uma experiência histórica comum, produto dessa história coletiva. No entanto, os
benefícios produzidos por esta sociedade e seu controle se repartem desigualmente.
O estudo das relações culturais deve considerar a especificidade de cada
sociedade e relações entre elas. O processo histórico constituído na relação entre as
diversas sociedades é o que pode ser chamado de cultura comum.
OBJETIVO
O principal objetivo do estudo de História é contribuir na formação do sujeito
histórico, uma vez que permite a análise, a crítica e o debate em torno dos diversos
aspectos da sociedade humana, podendo estabelecer relações com a realidade
atual e tirar conclusões a partir dela para buscar a solução de problemas de sua
realidade.
Promover práticas pedagógicas que conduzam ao desenvolvimento do
espírito crítico do aluno.
Favorecer a produção do conhecimento histórico pela utilização de
metodologias diferenciadas.
Refletir historicamente os conteúdos apresentados pela ação dos homens, do
cotidiano, sua mentalidade e as relações do presente e passado.
AVALIAÇÃO:
A avaliação deve estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os
alunos, de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas, e não como um
elemento externo ao processo.
O professor não deve avaliar o aluno como uma pratica de caráter
classificatório, autoritário, que se desvincula da função da aprendizagem, que não se
ocupam dos conteúdos conforme a concepção pedagógica expressa no projeto
político pedagógico da escola. “A avaliação deverá ser assumida como um
instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o
aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa
avançar no seu processo de aprendizagem” (Luckesi), 2002, p.8l).
Como parte do processo avaliativo o professor poderá fazer uso dos mais
variados instrumentos de avaliação entre eles provas escritas, trabalhos, pesquisas
bibliográficas ou demais formas de pesquisas, debates, seminários trabalhos orais
com apresentação na classe e, produção de narrativas históricas com ou sem o
auxilio do professor.
Assim, a partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos
poderão revisar as práticas desenvolvidas e juntos verificar as lacunas no processo
de ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos
que visem superar os obstáculos encontrados. Para o pleno êxito dessa avaliação é
necessário um diálogo entre os alunos e o professor, envolvendo questões relativas
aos critérios adotados, a função de avaliação e a necessidade de tomada de
decisões a partir do que foi constatado, tanto individualmente ou coletivamente,
dando um caráter de avaliação compartilhada, contínua, processual e diversificado,
permitindo uma análise crítica das práticas do professor, que podem constantemente
serem retomadas e reorganizadas.
Caso se perceba que não houve um satisfatório aproveitamento dos
conteúdos a recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples:
osconteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno,
então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele
aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao
conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a
possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples
decorrência da recuperação de conteúdo(DCE História 2009).
Deseja-se que, ao final do trabalho na disciplina de História, os alunos tenham
condições de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações
de poder neles existentes, bem como intervirem no mundo histórico em que vivem,
de modo a se fazerem sujeitos da própria História. Neste sentido as DCEs de
História propõe que ao final do Ensino Fundamental os alunos sejam capazes de
principalmente de:
Terem experiências no estabelecimento de limites históricos, como antes de
Cristo e depois de Cristo, geração, década e século. Serem capazes de estabelecer
sequência de datas e períodos, determinar sequência de objetos e imagens e
relacionar acontecimentos com uma cronologia.Serem capazes de compreender
tipos de testemunho que o historiador utiliza. Distinguirem fontes primárias de
secundárias.
Serem conscientes da necessidade de serem críticos na análise de
documento. Terem consciência de como os historiadores empregam os testemunhos
para chegarem a uma explicação do passado. Analizarem as diferentes conjunturas
históricas a partir das relações de trabalho, de poder e culturais. Compreenderem o
significado de determinadas palavras num contexto histórico. Apropriarem-se de
conteúdos e conceitos históricos.Empregar conceitos históricos para analisarem
diferentes contextos.
Compreenderem que o conhecimento histórico é produzido com base no
método da problematização de distintas fontes documentais e textos historiográficos
a partir dos quais o pesquisador produz a narrativa histórica. Compreenderem que a
produção do conhecimento histórico pode validar, refutar ou complementar a
produção historiográfica já existente. Estabelecerem “comparações” simples entre
passado e presente, com diferenças referência a uma diversidade de períodos,
culturas e contextos sócio-históricos. Entendem que a História é tanto um estudo da
continuidade como da mudança e da simultaneidade. Compreenderem que um
acontecimento histórico pode responder a uma multiplicidade de causas.
Serem capazes de se identificar como sujeitos que viveram no passado e
cujas opiniões, atitudes, culturas e perspectivas temporais são diferentes das suas.
Explicitarem o respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e econômica, a
partir do conhecimento dos processos históricos. Compreenderem a História como
experiência social de sujeitos que constroem e participam do processo histórico.
(Adaptado de SCHMIDT e CAINELLI, 2004, p. 149-150 apud PLUCKAROSE, 1996).
DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO
O ensino de História visa desenvolver o senso crítico, rompendo com a
valorização do saber enciclopédico, socializando a produção da ciência histórica,
passando da reprodução do conhecimento à compreensão das formas como esse
se reproduz, formando um homem político, capaz de compreender a estrutura do
mundo, da produção, onde ele se insere e nela interfere.
O aluno que será motivado a desenvolver e a expressar seu pensamento,será
colocado em situações que o conduzirão ao levantamento das hipóteses, à coleta de
dados e à reflexão do seu conhecimento prévio. Segundo Rüsen, a consciência
histórica se caracteriza pela percepção das experiências do passado dos seres
humanos, investigado por historiadores ou por professores de história e seus alunos,
e realiza-se por interpretações feitas no presente à luz de uma expectativa de futuro.
Nesse sentido, as noções de tempo e espaço devem compor os procedimentos
metodológicos, pois articulados aos Conteúdos Estruturantes, possibilitam a
delimitação e a contextualização das relações humanas a serem problematizadas.
Essa reflexão partirá da produção individual para a coletiva, na qual serão
valorizados o debate, a discussão e a troca de idéias e informações. Desse
aprendizado será realizada a síntese que pode ser apresentada por meio de várias
linguagens: produção de textos, desenhos, interpretações de texto, dramatizações,
história em quadrinhos, charges, vídeos, estudos de gravuras e fotografias.
CONTEÚDOS - 1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
3º bimestre
ONU, OTAN,e o PACTO DE
VASSÓVIA; Acordos de Paz,
Descolonização e Guerra Fria, Leis Trabalhistas, Voto feminino,
4º bimestre: Ordem e Disciplina;
Pós-Guerra; Participação do Brasil na 2ª Guerra
Populismo no Brasil; Mundial;
Constituição do Paraná Moderno:
Frentes de colonização do Repressão;
Estado, movimentos culturais, Resistência Armada
movimentos sociais no campo e Tropicalismo;
na cidade; Jovem Guarda
Ditadura Militar: O regime militar Enfrentamento á violência
no Paraná e no Brasil;
Neoliberalismo;Globalização;
Movimentos populares rurais e
urbanos: MST, MNLM, CUT,
MERCOSUL, ALCA.
REFERÊNCIAS