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A Hipótese Kurgan
Com o tempo, estes grupos guerreiros Indo-Arianos invadiram a Europa e mudaram o perfil
genético, lingüístico e cultural europeu que passou de matriarcal a patriarcal. Foi agregado ao
aspecto agrícola um outro aspecto: o guerreiro. A cultura da velha Europa não desapareceu
totalmente, foi sincretizada em um panteão de Deuses arianos e Deusas européias, com
predominância de deuses masculinos. Esta cultura localizou-se principalmente ao redor do
Mediterrâneo, mas, com o fim da Idade do Gelo, ela expandiu-se em direção norte até a Escócia e
nordeste até os confins da Sibéria.
Os povos primitivos em geral tinham um comportamento religioso motivado pelo medo de
fenômenos além da compreensão deles. Não davam grande importância a fenômenos corriqueiros
ou repetitivos como o sol e a lua. Acreditavam em um poder divino terrível que se manifestava
através das tempestades, de catástrofes, e a este poder divino eles oravam e sacrificavam, visando
acalmá-lo.
Com o passar do tempo e com a evolução cultural, aumentou a capacidade de abstração e o Homo
Sapiens começou a procurar causa e efeito para os fenômenos do mundo. Neste momento surgem as
primeiras religiões.
A Carruagem de Apolo – Helios
Uma das primeiras manifestações religiosas teve como objeto o Sol. Talvez por sua beleza e por seu
papel na sobrevivência, logo foi transformado em um dos principais deuses do panteão dos povos
primitivos.
Entre os indo-arianos, havia uma entidade maior – Dyaeus, que representava o Universo, não uma
individualidade divina. Existia uma série de “filhos” desta entidade maior, entre eles o Sol,
representado por um deus guerreiro que cruzava os céus em uma carruagem puxada por cavalos.
Assim é, que este mito solar evolui e atinge sua maior expressão na Grécia com o culto a Apolo.
5.000 anos atrás, Mithra ou Mitra era venerado como Itu (Mitra-Mitu-Itu) em cada casa de
Hindus na Índia. Itu (derivado de Mitu ou Mitra) era considerado um deus da vegetação.
Acreditava-se que este Mithra ou Mitra (Deus Sol) fosse um mediador entre Deus e o
homem, entre o Céu e a Terra. Diz-se que este Mithra ou [o] Sol nasceu em uma Caverna
em 25 de Dezembro. Também é uma crença que Mithra ou o Deus-Sol nasceu de uma
Virgem. Ele viajou muito. Ele tinha doze satélites considerados seus discípulos… Os
maiores festivais mitraicos eram observados no Solstício de Inverno e no Equinócio Vernal
– o Natal e a Páscoa. Seu símbolo era o cordeiro… (Swami Prajnanananda)
Matrix, a Trilogia
Em 1999, foi lançado pelos Irmãos Wachowski o primeiro Matrix, de uma trilogia cujo último filme
foi lançado em 2003. A trilogia conta a epopéia high-tech de uma personagem, Neo, e a salvação do
povo de Sião.
Interpretações psicanalíticas vêm sendo dadas ao filme que já se tornou um clássico da filmografia
de Holywood. Trata-se de uma produção com inúmeras referências e citações que apelam a uma
audiência de alto nível cultural. Minha interpretação é apenas uma das possíveis.
Uma série de índices incluídos na estória orienta o espectador para a identificação da estória de Neo
com a estória de um herói solar como Cristo.
Os nomes das personagens: Trinity (a santíssima trindade) que desempenha o papel de Madalena
esposa e Madalena apóstolo; Anderson (o filho do homem – nome real de Neo); a nave
Nabucodonosor (o rei da Babilônia que escravizou os judeus); o povo de Zion (Sião); os nomes das
pessoas que habitam Zion são geralmente nomes hebraicos; o Merovíngio (dinastia que alega ser
descendente de Jesus); na primeira cena da nave Nabucodonosor, aparece em uma placa no deck da
nave: Mark III – 11 (Evangelho de Marcos, capítulo 3, versículo 11) – “Os espíritos imundos,
quando o viam prostravam-se diante dele e gritavam ’Tu és o filho de Deus’.”
Chapa em aeronave no filme
Neo teria sido clonado pelas máquinas, logo foi concebido sem o pecado original; sua vinda foi
anunciada pelo Oráculo (a Bíblia?); havia um precursor (Morfeus – João Batista); Neo desafia o
poder, ressuscita Trinity (Lázaro) é tentado, torturado, traído por um de seus discípulos e,
finalmente, morre crucificado na presença do Dyaeus ex-machina e salva Sião (a humanidade). Soa
familiar?
Um aspecto nos interessa particularmente: o grupo de Morfeu, ele próprio, Trinity e Neo envergam
longas vestes talares negras
Ascendeu à luz…
Em um certo ponto de sua trajetória, ao receber a chave do Chaveiro, Neo abre uma porta, vê a luz e
se encontra com o Grande Arquiteto da Matrix.
Estes elementos não parecem ser coincidência, visto que Larry, um dos irmãos Wachowski, autores
da história seria membro da Ordem Maçônica, além de serem filhos de maçom. Curiosamente, um
dos produtores é Andrew Mason…. e o outro irmão Wachowski se chama Andrew.
Cartaz do Filme
Outra obra, Branca de Neve e os Sete Anões de 1937, uma produção Walt Disney Productions é
uma fábula tradicional na cultura européia reinterpretada pelo De Molay Walt Disney em um
desenho animado que povoa nossas infâncias.
Em resumo, trata-se da Natureza (Branca de Neve) que morre com o Inverno (a Bruxa),
A bruxa-má
aqui existe um elemento de interferência religiosa, na medida em que a maçã, motivo da desgraça
de Eva também é a desgraça de Branca de Neve. Depois de ser velada pelos anões, ela é reavivada
pelo beijo do Sol (O príncipe). Mais um exemplo de mito solar, tratando da ressurreição da
Natureza no Solstício de Inverno.
E maçã de Eva?
Mas, o pitoresco nisso tudo é que Disney, De Molay e maçom, portanto, tinha uma vivência em
nosso meio, colocou na estória um grupo de sete anões.
Hummmm!
Estes anões trabalham em uma mina onde retiram pedras preciosas.
A Loja
Hummmm!
Disney teria atribuído nomes a cada um dos anões que refletem o comportamento de irmãos em
Loja ou características de personalidade de irmãos ?
Assim temos:
Mestre
Feliz
Zangado
Dengoso
Soneca
Atchim
E, finalmente
o Mudinho Dunga
Também soa familiar?
Vemos, assim, que nada há de novo sob o Sol. Nossas crenças são recicladas e preservadas,
modernizadas e transmitidas. E cabe a nós preservar e transmitir esta sabedoria que não mais
encontra lugar no mundo moderno. Cabe a Maçonaria preservar a chama das tradições humanas, ao
mesmo tempo em que age como a confraria de Morfeus, resgatando aqueles que se encontram presa
da ignorância e da alienação da vida moderna.
Libertá-los é nossa missão!
*
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Bibliografia:
Matrix, a trilogia – Warner Bros Pictures – direção Andy e Larry Waschowski- 1999 – 2003
A Bíblia – tradução do Pe. João Ferreira d’Almeida – edição 1877
Kelmer, Ricardo. Matrix e o despertar do herói, Ed. Miragem, 2006
Diversos sites na Internet:
http://users.cyberone.com.au/myers/gimbutas.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Genetic_history_of_Europe
https://www3.nationalgeographic.com/genographic/index.html
http://www.truthbeknown.com/mithra.htm