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Mestre Moa do Katendê: O triste e

covarde fim de um capoeira.
Mestre Moa do Katendê: O triste e covarde
fim de um capoeira. Mestre Moa do
Katende, um dos maiores mestres da nossa

por: Luciano Milani

Mestre Moa do Katendê: O triste e
covarde fim de um capoeira.
Mestre Moa do Katende, um dos maiores mestres da nossa
cultura popular, foi covardemente assassinado por sua
postura antifascista.

Esfaqueado pelas costas, numa discussão política, Mestre Moa,
que sempre esteve a frente do seu tempo, nos deixa em um
momento social e político extremamente delicado.

Um pouco de cada capoeirista morre esfaqueado hoje! Mas
negra e da postura política necessária.

História
Mestre Moa do Katendê nasceu em Salvador, em 29 de outubro de
1954, no Bairro Dick do Tororó, Vasco da Gama, próximo ao
Estádio Fonte Nova. Teve o privilégio de vir ao mundo, justamente,
na terra que também é berço de grandes mestres da capoeira, tais
como; Mestre Pastinha, Mestre Bimba, Mestre Gato, Mestre
Canjiquinha, Mestre Valdemar e tantos outros. Mestre Moa foi
aluno diplomado pelo mestre Bobó. Iniciou­se na arte da capoeira
aos 8 oito anos de idade na Academia Capoeira Angola 5 estrelas.

Entretanto, às vezes, é necessário a um mestre, sair de sua terra,
deixar as sementes de suas origens, para plantá­las em outras
terras. Misteriosos: assim são os caminhos da vida. No momento
não compreendemos porque uma coisa tem que ser de um jeito e
não de outro, mas depois, com o decorrer do tempo, tudo se torna
claro como as cristalinas águas que se abrem em véus ao cair das
cachoeiras, no meio das matas.

Isso  também  aconteceu  com  o  capoeirista


baiano,  como  conta  o  site  Angola  Angoleiro
Sim Sinhô:
“Aos  16  anos  Môa  do  Katendê  se  afastou  da
capoeira  angola  e  desenvolveu  diversos
trabalhos em grupos folclóricos, como o “Viva
Bahia” e o “Katendê”. O desejo de disseminar
seu  trabalho  com  a  cultura  afro  brasileira  o
levou a viajar para o Sul do país. Em 1984 foi
para  o  Rio  de  Janeiro  onde  começou  a
ensinar  a  capoeira  angola  para  não  parar  de
treinar.  De  lá  viajou  para  Porto  Alegre  e
ajudou  a  implantar  a  dança  afro  no  Rio
Cumprida essa missão, Moa retornou à Bahia
para  dar  continuidade  aos  trabalhos  em  sua
terra natal.

Desde que foi chamado pelas forças astrais superiores para
defender para defender os valores e a cultura de seu povo, Mestre
Moa tem se esforçado por ser um facho que brilha sobre o mundo
das culturas, cujo berço tem origem na Mãe África. Imbuído dessa
missão, Mestre Moa seguia pelo Brasil e pelo mundo
desenvolvendo palestras, workshops e cursos no Brasil e no
exterior, nos quais mostrava as riquezas da cultura afro­brasileira.

Mestre Moa do Katendê: “A capoeira me ensinou
tudo isso e um pouco mais”

Capoeira  é  tudo  que  move  para  mim.  É  uma


cultura  rica,  uma  cultura  dos  ancestrais  que
eu  procuro,  sempre  que  posso,  cultuar,  zelar,
transmitir  conhecimentos.  Na  verdade,  o
conhecimento  foi  dado  pelo  meu  mestre,  daí
eu  sigo  pelo  mundo,  sempre  que  posso,
divulgando.

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