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FRANCISCO ZORZANELLI
FREDERICO RAFAEL VECCHI
RENATO GUERRA MARQUES JUNIOR
Orientador:
Prof. JOSÉ RODRIGUES DE FARIAS FILHO, D.Sc.
Niterói
2007
ANDRÉ MENDONÇA DE SOUZA
FRANCISCO ZORZANELLI
FREDERICO RAFAEL VECCHI
RENATO GUERRA MARQUES JUNIOR
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________
Prof. José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. – Orientador
__________________________________________________
Profª. Isa Gomes da Costa Azevedo, M.Sc.
__________________________________________________
Prof. Luiz Cláudio Botelho Meuren, PMP, Esp.
Para nossos pais,
pelo apoio que sempre nos deram em mais esta jornada.
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 10
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..................................................................................10
1.2 FORMULAÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA .....................................................11
1.3 OBJETIVOS DO ESTUDO ........................................................................................12
1.3.1 Objetivo Geral .............................................................................................................. 12
1.3.2 Objetivos Específicos ................................................................................................... 12
1.4 QUESTÕES .................................................................................................................12
1.5 METODOLOGIA .......................................................................................................13
1.6 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO .................................................................................14
1.7 IMPORTÂNCIA DO ESTUDO .................................................................................14
4 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 61
4.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 61
4.2 ANÁLISE DAS QUESTÕES ....................................................................................... 61
4.3 RECOMENDAÇÕES DE TRABALHOS FUTUROS ................................................ 62
Representações do PMI em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande de
Sul, Distrito Federal, Bahia, Pernambuco, Amazonas e em Santa Catarina.
No Brasil, o cenário do setor de Telecomunicações mostra-se muito dinâmico, fazendo
com que as empresas tenham muitas iniciativas cujo objetivo é minimizar o diferencial
competitivo buscando a inovação tecnológica e de produtos.
Em função dessa dinâmica de mercado e a quantidade de projetos existentes, não basta
realizá-los no cronograma estabelecido, dentro do orçamento, de acordo com o escopo e com
qualidade se eles não estão alinhados com os objetivos estratégicos da organização. Dessa
maneira, o Gerenciamento de Portfolio surge como uma metodologia para auxiliar as grandes
corporações para gerir sua carteira de projetos.
1.4 QUESTÕES
1.5 METODOLOGIA
A maioria das empresas tende a escolher, sem critérios bem definidos e robustos, os
projetos que estão implementando. Desta maneira, torna-se necessário uma metodologia para
que as empresas possam, de maneira padronizada, alinhar os seus projetos à estratégia
corporativa.
Esta metodologia auxiliará a gestão do portfolio de projetos para que as empresas
possam dar mais foco nos projetos que tragam maiores retornos e ela evitará que projetos
sejam aprovados com base em dados e informações que não estejam alinhados com a
estratégia corporativa.
15
Desta forma, este trabalho possui relevância para a organização, na medida em que
pretende, entre outras questões, agregar valor ao Gerenciamento de Portfolio, buscando
melhorar a confiabilidade e a qualidade.
Outra relevância para este trabalho é fornecer informações e ferramentas de
gerenciamento de portfolio para todas as pessoas que tenham interesse em pesquisar sobre
seleção, priorização e balanceamento de projetos em um portfolio.
Para o grupo a realização deste trabalho proporcionou a ampliação de conhecimento
na área de gerenciamento de portfolio, tendo em vista que novos métodos, técnicas e
ferramentas foram pesquisadas. Além disso, comprovamos o funcionamento do modelo,
através de simulação com projetos reais, onde se torna viável a sua aplicação no mercado de
trabalho.
O presente capítulo inicia este trabalho, que será desenvolvido em três outros,
apresentando aspectos introdutórios sobre o assunto abordado e descrevendo o objetivo e a
justificativa do tema. Em seguida define-se a situação problema, os objetivos do trabalho, a
relevância da metodologia e a formulação das questões pertinentes ao processo de seleção,
priorização e balanceamento.
O capítulo 2 inicia a revisão bibliográfica do trabalho apresentando o panorama da
gerência de projetos no Brasil e no mundo, a utilização do gerenciamento de portfolio para
organizações do setor de telecomunicação.
O capítulo 3 apresenta a empresa ressaltando o ramo de atuação, sua localidade no
Brasil e os produtos oferecidos, buscando apresentar fatos relevantes ao bom entendimento e
desenvolvimento do trabalho. Em seguida é apresentado o Escritório de Projetos da empresa,
onde será o foco do trabalho a ser realizado. Neste ponto é apresentada a contextualização do
problema em questão e, enfim o trabalho apresenta, passo a passo, o plano integrado de
projeto proposto, o qual se considera como fundamental para que os projetos sejam
priorizados, selecionados e balanceados corretamente.
O capítulo 4 apresenta as conclusões, referentes aos dados analisados, as
considerações finais, a análise das questões de estudo propostas e as recomendações e
sugestões para trabalhos futuros.
2 FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA
2.1.1 Conceito
Ainda segundo Miccoli (2004), os projetos são também muitas vezes divididos em
componentes, subdivisões ou elementos mais facilmente gerenciáveis ou simplesmente
subprojetos. Subprojetos são muitas vezes contratados, ou até mesmo subcontratados, de outra
empresa ou outra unidade funcional dentro da mesma organização. Podem ser citados como
exemplos de subprojetos: uma fase de um projeto propriamente dito, uma instalação de
acessórios hidráulicos ou elétricos em um projeto de construção civil, testes de campo e de
durabilidade em um projeto de desenvolvimento de veículos e uma fabricação em série de alto
volume para sustentar ensaios clínicos de um medicamento a ser lançado durante um projeto
farmacêutico de pesquisa e desenvolvimento.
O ciclo de vida de um projeto se presta para estipular o início e o fim de um projeto.
Se uma organização pode identificar uma oportunidade no escopo de sua linha de atuação,
quase que sempre ela solicitará um estudo de viabilidade para decidir se deve desenvolver ou
não o projeto. A determinação do ciclo de vida de um projeto específico também determinaria
os procedimentos de transição do ambiente de design para o ambiente de operação, que
seriam incluídos ao final do projeto, diferenciando-os dos que não seriam considerados. Desta
forma, o ciclo de vida de um projeto pode ser usado para ligar o projeto aos processos
operacionais contínuos da organização executora. A seqüência das fases, definida pela
maioria dos ciclos de vida de projeto, tais como “solicitações e pré-avaliações” para “design”,
“construção para operações” ou “especificação para manufatura”, geralmente envolve alguma
forma de transferência de tecnologia.
A maioria das descrições de ciclo de vida de projeto pode apresentar algumas
características em comum:
a) O custo e a quantidade de pessoas integrantes da equipe são normalmente baixos no
início do projeto, e sofre posteriormente incrementos no decorrer do mesmo e decrescem de
forma drástica em direção ao seu término. Este modelo é ilustrado na Figura 2;
20
pinturas. O termo começou a ser utilizado, pelas empresas, primeiramente na área de finanças
para definir uma seleção de investimentos realizados por uma pessoa ou instituição com
objetivo de diluir o risco total do investimento.
Segundo o site Wikipedia, “Portfolio” pode também ser considerado um material
acumulado pelo desenvolvimento de um conjunto de ações de sucesso voltado para o melhor
resultado de uma pesquisa ou de um trabalho. São situações interpessoais que individualmente
agregam valores ao processo, através de experiência desenvolvida dentro de um determinado
período de tempo, por uma análise contínua durante a evolução de um projeto, identificando
possíveis potenciais problemas que possam ocorrer no decorrer do processo.
De acordo com a revista Mundo PM (2007), a qual é especializada no assunto
Gerenciamento de Portfolio e Projetos, o Portfolio é uma coletânea de Projetos e/ou
Programas e/ou outros trabalhos agrupados para facilitar o gerenciamento efetivo dos mesmos
e atingir os objetivos estratégicos do negócio. Os projetos ou programas do portfolio não
precisam ser necessariamente interdependentes ou diretamente relacionados. E o
Gerenciamento de Portfolio é um gerenciamento centralizado de um ou mais portfolios, que
inclui identificação, priorização, autorização, gerenciamento e controle de projetos, programas
e outros trabalhos relacionados para alcançar objetivos estratégicos específicos do negócio.
Segundo ARCHER (1999), portfolio de projetos é um conjunto de projetos
desenvolvidos sob patrocínio ou gerenciamento de uma organização. Todos os projetos deste
grupo concorrem por recursos limitados (sejam humanos, materiais ou financeiros), são
interdependentes (uma vez que podem compartilhar mesmas tecnologias) e podem possuir
objetivos conflitantes.
WHEELWRIGHT e CLARK (1992) argumentam que a estruturação de um portfolio
de projetos é um processo de alocação de recursos e de planejamento da evolução e do papel
de cada projeto no esforço integrado de desenvolvimento.
MCGRATH et alli (1992) conceituam gestão de portfolio de projetos como “o
processo para gerenciar diferentes tipos de projetos, visando atingir uma combinação
estratégica de tecnologias, escalas de tempo, riscos, mercados e segmentos de negócio”.
COOPER (1998) define a gestão de portfolio como um “processo de decisão
dinâmico, onde uma lista dos projetos de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos é
constantemente atualizada e revisada. Neste processo novos projetos são avaliados,
selecionados e priorizados; projetos existentes podem ser acelerados, cancelados ou
despriorizados e recursos são alocados e realocados para os projetos ativos”.
22
Segundo COOPER (2000), existem duas maneiras nas empresas para que um negócio
suceda em novos produtos: fazer corretamente os projetos e fazer projetos certos. A maioria
das receitas de novos produtos foca na primeira alternativa - por exemplo, na gerência eficaz
do projeto, usando equipes multifuncionais e construindo na voz do cliente.
Gerenciamento de Portfolio é baseado na segunda alternativa, ou seja, em fazer
projetos corretos.
Apesar de todo o destaque em torno do tópico da Gerência de Portfolio e dos métodos
inumeráveis do portfolio proposto, identificaram-se os principais problemas e levantaram-se
preocupações sobre eficácia de técnicas do portfolio.
Primeiramente, para que um projeto possa estar apto a ser avaliado, ele tem que ter a
sua proposta de projeto corretamente preenchida e avaliada pela equipe de projetos. Este
trabalho inicial é de grande importância, pois evita que projetos com estimativas e dados não
confiáveis passem para a fase seguinte – ou fase de seleção.
Este tipo de filtro define os entregáveis dessa fase, ou seja, aquilo que é requerido para
que se tome a decisão de continuar com o projeto ou devolvê-lo a área solicitante. Dessa
maneira, essas áreas solicitantes ficam atentas com o que elas devem entregar. Isso acaba se
tornando o objetivo central dessa fase.
3.1 A EMPRESA
A grande questão é se o modelo atual da TIM Brasil é adequado para hoje em dia, ou
melhor, se este modelo atende as suas necessidades. É necessária uma análise mais ampla e
com um maior numero de critérios, com o objetivo de que sejam escolhidos aqueles que mais
benéficos trazem para a organização.
O modelo atual não utiliza critério de custo, investimento, retorno, já que os projetos
são selecionados em função fatores críticos de sucesso e peso do projeto para a diretoria
solicitante. A pontuação dos projetos é dada em função da multiplicação do peso atribuído ao
fator critico de sucesso e o peso da diretoria.
3.4.1 Fundamentos
Com uma estratégia clara e objetivos definidos, a empresa pode prosseguir com a
definição formal do portfolio. O primeiro processo que é executado é denominado
Identificação. É aí que os componentes do portfolio são inventariados inicialmente e, então,
documentados. A documentação incluirá o nome do componente e suas descrições-chave
específicas, as quais podem englobar:
Identificação do componente – número, nome, descrição, etc;
Objetivos estratégicos apoiados;
Benefícios quantitativos e qualitativos;
Recursos requeridos;
Cliente;
Patrocinador;
Stakeholders (ou partes interessadas);
Cronograma;
Resultados tangíveis;
Riscos.
Quando os detalhes dos componentes estiverem documentados, inicia-se o segundo
processo, que é a Categorização. É aí que os componentes são combinados em grupos de
negócio relevantes conforme o plano estratégico. Isso possibilita consistência na avaliação,
seleção, priorização e balanceamento posteriores no processo de gerenciamento de portfolio.
Algumas categorias comuns podem englobar:
Crescimento das vendas;
Aumento da participação de mercado;
Melhorias de eficiência ou de processos;
Obrigações regulamentares;
Satisfação do cliente.
Este ponto de ajuste do portfolio é um momento oportuno para contatar todos os
interessados-chave, patrocinadores do portfolio e gerentes executivos a fim de validar que os
componentes tenham sido identificados, definidos e categorizados apropriadamente. A vasta
lista de stakeholders em um portfolio pode incluir:
Gerentes executivos;
Corpo para revisão de portfólio;
Gerentes de portfólio;
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Patrocinadores;
Gerentes de programas;
Gerentes de projetos;
Programa/Escritório para gerenciamento de projetos;
Time de projetos;
Gerenciamento de operações;
Gerentes funcionais;
Gerentes de finanças;
Clientes;
Vendedores/Parceiros de negócios.
Uma vez que se está seguro de que todos os componentes do portfolio tenham sido
corretamente identificados, documentados e categorizados, já está pronto o processo de
avaliação. É aqui que se juntam todas as informações disponíveis sobre cada componente e
começa-se a organizá-las e analisá-las baseadas em critérios múltiplos com o intuito de
determinar o seu posicionamento relativo dentro do portfolio. Esta é a posição de cada
componente em relação aos demais dentro do portfolio, baseada em um modelo de
ranqueamento. Estes critérios de avaliação podem incluir negócios, finanças, riscos,
regulamentos e áreas ou foco técnico. Estas informações podem ser tanto qualitativas quanto
quantitativas e serão obtidas da proposta de projeto.
A qualidade das informações preenchidas nas propostas de projeto será fundamental
para uma análise do portfolio, garantindo assim um melhor alinhamento dos projetos da
empresa aos objetivos estratégicos.
A seleção é a próxima etapa no processo de alinhamento. A meta aqui é produzir uma
lista breve de componentes do portfolio representando os componentes que atingiram as
metas dos critérios da empresa listados antes e alinhá-los com a estratégia organizacional. É
neste ponto que outros fatores são considerados, tais como capacidade de recursos (pessoal),
capacidade financeira (orçamento aprovado), capacidade do patrimônio (necessidades físicas,
prédios e equipamentos).
No próximo passo, no processo de alinhamento, precisa-se assegurar que o
balanceamento do portfolio seja feito para que as metas estratégicas estejam sendo atendidas
pelo grupo de projetos selecionados para compor o portfolio.
Durante o balanceamento do portfolio, irá se verificar se as metas estratégias estão
sendo atendidas. Caso contrário, o grupo de projetos selecionados será revisto e, caso
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A
160% Meta
Real
140%
120%
100%
80%
60%
E B
40%
20%
0%
D C
Com a lista de projetos analisada, a pontuação dos projetos será feita de acordo com os
valores preenchidos na proposta de projeto, também conhecido como business case. Esta
pontuação poderá ser entendida de acordo com o Quadro abaixo:
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Política Importância da Diretoria Importância dada pela diretoria para cada projeto
Os projetos serão avaliados com relação aos eixos do Quadro 1. Abaixo segue a
explicação de cada um deles.
O Eixo ROI, ou Return on Investment, representa um indicador que demonstra quanto
que o projeto dá de retorno em relação ao quanto foi investido. Neste modelo de priorização,
este indicador obedece a seguinte pontuação:
ROI menor do que 30%: Projeto assume valor 1
ROI de 30% a 50%: Projeto assume valor 3
ROI de 50% a 70%: Projeto assume valor 5
ROI acima de 70%: Projeto assume valor 7
O peso deste eixo com relação aos outros seis eixos é de 15%.
39
7
Pontuação
O Eixo Esforço retrata um indicador que mostra qual o esforço necessário da área de
TI para executar um projeto. Neste modelo de priorização, este indicador obedece a seguinte
regra:
Esforço acima de 600 mandays: Projeto assume valor 1
Esforço entre de 200 e 600 mandays: Projeto assume valor 3
Esforço abaixo de 200 mandays: Projeto assume valor 5
O peso deste eixo com relação aos outros seis eixos é de 21%.
7
Pontuação
O Eixo Duração se refere a um indicador que mede quanto tempo demora para um
projeto ser finalizado. Neste modelo de priorização, este indicador obedece a seguinte regra:
Duração acima de 9 meses: Projeto assume valor 1
Duração acima de 3 e 9 meses: Projeto assume valor 3
Duração abaixo de 3 meses: Projeto assume valor 5
O peso deste eixo com relação aos outros seis eixos é de 30%.
7
Pontuação
0 3 6 9 12
Meses
O Eixo Recursos esta alinhado a um indicador que mede quantas pessoas cada projeto
demanda. Neste modelo de priorização, este indicador obedece a seguinte regra:
Recursos acima de 80 pessoas: Projeto assume valor 1
Recursos entre 20 e 80 pessoas: Projeto assume valor 3
Recursos abaixo de 20 pessoas: Projeto assume valor 5
O peso deste eixo com relação aos outros seis eixos é de 14%.
41
7
Pontuação
0 20 40 60 80 100
Pessoas
O Eixo Risco desenvolve um indicador que avalia qual o risco que é inerente a este
projeto caso ele não seja realizado. Neste modelo de priorização, este indicador obedece a
seguinte regra:
Risco de Baixo Impacto, caso projeto não seja executado: Projeto assume valor 1
Risco de Médio Impacto, caso projeto não seja executado: Projeto assume valor 3
Risco de Alto Impacto, caso projeto não seja executado: Projeto assume valor 5
O peso deste eixo com relação aos outros seis eixos é de 10%.
priorização, como por exemplo, projetos de campanha de promoção para o Natal ou Dia das
Crianças e não como manobra para tentar priorizar algum projeto por interesses políticos.
Neste modelo de priorização, este indicador obedece a seguinte regra:
Projeto Normal: Projeto assume valor 0 (zero)
Projeto Importante: Projeto assume valor 5
Projeto Indispensável: Projeto assume valor 25
O peso deste eixo com relação aos outros seis eixos é de 10%.
25
De posse da lista de projetos que deverão ser selecionados, pontua-se cada um deles
com base nos eixos de avaliação. A lista prévia da priorização final é obtida segundo a
seguinte fórmula:
E i Pi
6 2
i 1
Onde:
da Diretoria
Essa fórmula é aplicada para cada projeto, de acordo com a pontuação que ele recebeu
na proposta de projeto. Através dessa fórmula, têm-se os projetos priorizados, ou seja, aquele
que obteve a maior pontuação fica em primeiro, seguido dos outros com menor pontuação.
43
CP
i 1
i
Onde:
o Qualidade dos Produtos: qual o nível de qualidade dos produtos oferecidos pela
TIM Brasil.
Como cada categoria possui três indicadores, estes mesmos indicadores possuem
alguns outros, os quais estão listados abaixo:
Atual: é onde o indicador se encontra no momento. O avanço atual dele;
Meta: é a meta definida pela alta gerência para o indicador;
45
Rotina: a definição deste indicador é que se nada for feito, este indicador estará em
qual nível daqui a determinado tempo;
Desafio: este indicador é o módulo da diferença entre a rotina menos a meta. Ou
seja, este indicador é quanto a empresa tem que alcançar com os projetos.
Como os projetos estão agrupados por categoria e obedecendo a ordem de priorização
– que foi feita na etapa anterior pela Lista Prévia de Priorização – então o avanço de cada
indicador se dará pela soma acumulada do benefício de cada projeto para cada indicador. Ou
seja, quando o Desafio for alcançado, há o corte na quantidade de projetos.
O avanço final de cada indicador é definido pela fórmula a seguir:
Benefícios
100%
Desafio
Onde:
Benefícios soma acumulada dos benefícios dos projetos de cada categoria
Desafio é quanto os projetos têm que alcançar
O avanço de cada categoria é a média aritmética do avanço de cada indicador. O
avanço dessa categoria é que irá para o gráfico radar, onde será analisado o perfil de cada
categoria, ou seja, o perfil do Portfolio de Projetos.
3.6 SIMULAÇÃO
Para completar o atual estudo, foi feita uma simulação baseada no modelo acima
proposto.
Foram postados dezoito propostas de projetos. A partir daí, iniciou um processo de
análise para verificação de duplicidade de projetos e em seguida foi inserida a pontuação com
relação aos eixos de critérios de avaliação (ROI, Esforço, Duração, Recursos, Risco e
Importância da Diretoria). Abaixo, temos a lista com todos os projetos a serem selecionados
Quadro 2: Lista de Projetos do portfolio inicial
Fonte: o autor
47
Em seguida, foi feita a categorização dos projetos. A partir dessa análise foi-se obtida a
Lista de Priorização Inicial, ordenados pela pontuação.
Tempo Pontuação
Ordem de Execução Projeto Categoria
Execução Final
1. Projeto 14 C 1.000 mandays 2,950712
2. Projeto 1 A 400 mandays 2,136501
3. Projeto 6 E 600 mandays 2,033917
4. Projeto 16 A 600 mandays 2,004804
5. Projeto 4 E 1.000 mandays 1,994216
6. Projeto 12 D 200 mandays 1,918214
7. Projeto 15 E 400 mandays 1,879718
8. Projeto 13 B 1.000 mandays 1,846507
9. Projeto 7 A 600 mandays 1,811502
10. Projeto 5 B 400 mandays 1,799106
11. Projeto 11 C 400 mandays 1,767711
12. Projeto 17 B 400 mandays 1,767308
13. Projeto 10 A 400 mandays 1,762403
14. Projeto 8 C 800 mandays 1,730509
15. Projeto 3 D 800 mandays 1,724913
16. Projeto 18 D 800 mandays 1,656315
17. Projeto 2 B 800 mandays 1,582805
18. Projeto 9 C 1.000 mandays 1,371010
Quadro 3: Lista de Projetos ordenados por pontuação
Fonte: o autor
Com os projetos agrupados é possível montar um gráfico radar para auxiliar a analise de
balanceamento do portfolio com a estratégia.
Meta
Foco no
Real Cliente
160%
140% 114%
120%
100%
80%
Redução de 60%
Branding
Perdas 40%
123% 100%
20%
0%
32%
90%
Gestão de
Receita
Custos
Dessa lista final, verificou-se que o avanço do Portfolio estava em 92%. Analisando os
projetos agrupados no gráfico radar está ilustrado o desbalanceamento do portfolio. Já que os
projetos selecionados não estão atendendo as metas estabelecidas, é necessário o balanceamento
deste portfólio.
O painel de resumo representado abaixo ilustra a situação do portfolio com os projetos
propostos inicialmente.
Figura 4: Simulação - Avaliação Inicial – Resumo
Fonte: os autores
51
Pelo gráfico na página anterior, percebe-se que a categoria D – Gestão de Custos – estava
com um avanço muito baixo – 32% apenas. Por causa disso, partiu-se para tentar o
balanceamento do Portfolio. Como a categoria E – Redução de Perdas – e a categoria A – Foco
no Cliente – estavam com um avanço acima do esperado, será feito corte nos projetos que estão
acima da meta. Os projetos cortados liberam recursos que passam a ser utilizados pelas categorias
que não estão alcançando a meta. A categoria D – Gestão de Custos – como estava com avanço
muito baixo teve novos projetos selecionados até que a meta fosse alcançada ou até o corte de
capacidade de 8.400 mandays. Abaixo segue a lista de projetos agrupados na sua categoria já com
análises se a metas estão sendo atendidas.
Figura 5:Simulação - Avaliação Inicial - Análise da Categoria A
Fonte: os autores
Figura 6: Simulação - Avaliação Inicial - Análise da Categoria B
Fonte os autores
Figura 7: Simulação - Avaliação Inicial - Análise da Categoria C
Fonte: os autores
Figura 8: Simulação - Avaliação Inicial - Análise da Categoria D
Fonte : os autores
Figura 9: Simulação - Avaliação Inicial - Análise da Categoria E
Fonte: os autores
57
88% 90%
Após a elaboração da metodologia, foi-se necessário criar uma planilha para que a
priorização fosse executada. A planilha em questão recebe os projetos candidatos a serem
executados e, em seguida, a sua pontuação é inserida. Automaticamente, obtemos uma prévia da
lista de priorização. Em seguida os projetos são agrupados em categorias e, a partir daí, obtém-se
a lista final de priorização, por categoria. O programa utilizado foi o Microsoft Excel.
A grande vantagem desta planilha é que precisamos definir apenas uma premissa, que é a
capacidade de execução de Projetos da TIM Brasil (atualmente em 8.400 mandays para trabalhar
com projetos). Todo o cálculo é feito automático pela planilha, não necessitando intervenção do
usuário.
A única parte na qual o usuário interfere na planilha é na hora de avaliar se o
balanceamento do Portfolio está correto. Caso não esteja, é necessária uma análise do avanço das
categorias e a necessidade de se eliminar um projeto que havia sido escolhido e a inclusão de
outro que não estava na priorização, com o objetivo de deixar tanto o avanço das categorias e o
perfil do Portfolio mais homogêneos.
4 CONCLUSÃO
A segunda questão:
Qual é a capacidade de execução dos projetos?
Resposta: É dada em função das variáveis de restrição que limitam a capacidade de
execução de um portfólio. Elas podem ser elas financeiras e humanas.
62
As recomendações de trabalhos futuros são referências dos autores aos temas, assuntos
e/ou problemas que puderam ser encontrados, observados e, até por vezes, analisados, mas que
não faziam parte do escopo definido para este trabalho.
Novas técnicas: Elaborar método que defina em qual momento a empresa deve fazer o
projeto e qual a melhor relação de precedência entre eles.
Mapeamento de processos: é preciso realizar um mapeamento de processos, pois existem
muitos impactos em diversas áreas.
Gerenciamento de Rotinas: existem atividades rotineiras, as quais podem ser mais bem
executadas com a implementação das técnicas referentes a este tipo de gerenciamento;
Gestão do Conhecimento: foi observado durante a execução deste trabalho, na fase de
análise e apreciação do departamento em estudo, que a empresa como um todo carece de um
estudo mais aprofundado em busca da conservação e divulgação de acesso ao acervo histórico da
empresa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COOPER, Robert G. Winning at new products: accelerating the process from idea to launch,
Reading (MA); Addison-Wesley, 1993.
COOPER, Robert G.; EDGETT, Scott J.; KLEINSCHMIDT, Elko J. Portfolio management for
new products. New York: Perseus Books, 1998.
COOPER, Robert G.; EDGETT, Scott J.; KLEINSCHMIDT, Elko J. Research Technology
Management; mar/apr. 2000; ABI/INFORM Global pg. 18.
MUNDO PM, Revista sobre Project and Portfolio Management, mar. 2007.