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DNIT

MANUAL DE CUSTOS DE
INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

VOLUME 10
MANUAIS TÉCNICOS

CONTEÚDO 07
OBRAS DE ARTE ESPECIAIS

2017

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES, PORTOS E AVIAÇÃO CIVIL


_______________________________________________________________
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES
____ DIRETORIA GERAL
DIRETORIA1EXECUTIVA
COORDENAÇÃO-GERAL DE CUSTOS DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES
MINISTRO DOS TRANSPORTES, PORTOS E AVIAÇÃO CIVIL
Exmo. Sr. Maurício Quintella Malta Lessa

DIRETOR GERAL DO DNIT


Sr. Valter Casimiro Silveira

DIRETOR EXECUTIVO DO DNIT


Eng.º Halpher Luiggi Mônico Rosa

COORDENADOR-GERAL DE CUSTOS DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES


Eng.º Luiz Heleno Albuquerque Filho
MANUAL DE CUSTOS DE
INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

VOLUME 10
MANUAIS TÉCNICOS

CONTEÚDO 07
OBRAS DE ARTE ESPECIAIS
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 10 - Conteúdo 07 - Obras de Arte Especiais

MANUAL DE CUSTOS DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

A. VERSÃO ATUAL

EQUIPE TÉCNICA:

Revisão e Atualização: Fundação Getulio Vargas (Contrato nº 327/2012)

Revisão e Atualização: Fundação Getulio Vargas (Contrato nº 462/2015)

MANUAL DE CUSTOS DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

A. VERSÃO ATUAL

FISCALIZAÇÃO E SUPERVISÃO DO DNIT:


MSc. Eng.º Luiz Heleno Albuquerque Filho
Eng.º Paulo Moreira Neto
Eng.º Caio Saravi Cardoso

B. PRIMEIRAS VERSÕES

EQUIPE TÉCNICA (SINCTRAN e Sicro 3):


Elaboração: CENTRAN
Eng.º Osvaldo Rezende Mendes (Coordenador)

SUPERVISÃO DO DNIT:
Eng.º Silvio Mourão (Brasília)
Eng.º Luciano Gerk (Rio de Janeiro)

Brasil, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.


Diretoria Executiva. Coordenação-Geral de Custos de Infraestrutura
de Transportes.
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes. 1ª Edição -
Brasília, 2017.

12v. em 74.

Volume 10: Manuais Técnicos


Conteúdo 07 - Obras de Arte Especiais

1. Rodovias - Construções - Estimativa e Custo - Manuais. 2. Ferrovias -


Construções - Estimativa e Custo - Manuais. 3. Aquavias - Construções -
Estimativa e Custo - Manuais. I. Título.

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 10 - Conteúdo 07 - Obras de Arte Especiais

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES, PORTOS E AVIAÇÃO CIVIL


DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES
DIRETORIA GERAL
DIRETORIA EXECUTIVA
COORDENAÇÃO-GERAL DE CUSTOS DE INFRAESTRUTURA DE
TRANSPORTES

MANUAL DE CUSTOS DE
INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

VOLUME 10
MANUAIS TÉCNICOS

CONTEÚDO 07
OBRAS DE ARTE ESPECIAIS

1ª Edição - Versão 3.0

BRASÍLIA
2017

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 10 - Conteúdo 07 - Obras de Arte Especiais

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES, PORTOS E AVIAÇÃO CIVIL


DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES
DIRETORIA GERAL
DIRETORIA EXECUTIVA
COORDENAÇÃO-GERAL DE CUSTOS DE INFRAESTRUTURA DE
TRANSPORTES

Setor de Autarquias Norte, Bloco A, Edifício Núcleo dos Transportes, Edifício Sede do
DNIT, Mezanino, Sala M.4.10
Brasília - DF
CEP: 70.040-902
Tel.: (061) 3315-8351
Fax: (061) 3315-4721
E-mail: cgcit@dnit.gov.br

TÍTULO: MANUAL DE CUSTOS DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

Primeira edição: MANUAL DE CUSTOS DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES, 2017

VOLUME 10: Manuais Técnicos


Conteúdo 07 - Obras de Arte Especiais

Revisão:
Fundação Getulio Vargas - FGV
Contrato 327/2012-00 e 462/2015 (DNIT)
Aprovado pela Diretoria Colegiada em 25/04/2017
Processo Administrativo nº 50600.096538/2013-43

Impresso no Brasil / Printed in Brazil

Direitos autorais exclusivos do DNIT, sendo permitida reprodução parcial ou total, desde que citada a
fonte (DNIT), mantido o texto original e não acrescentado nenhum tipo de propaganda comercial.

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 10 - Conteúdo 07 - Obras de Arte Especiais

APRESENTAÇÃO

O Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes constitui a síntese de todo o


desenvolvimento técnico das áreas de custos do extinto DNER e do DNIT na formação
de preços referenciais de obras públicas.

Em consonância à história destes importantes órgãos, o Manual de Custos de


Infraestrutura de Transportes abrange o conhecimento e a experiência acumulados
desde a edição das primeiras tabelas referenciais de preços, passando pelo
pioneirismo na conceituação e aplicação das composições de custos, até as mais
recentes diferenciações de serviços e modais de transportes, particularmente no que
se refere às composições de custos de serviços ferroviários e hidroviários.

Outras inovações relevantes no presente Manual de Custos de Infraestrutura de


Transportes referem-se à metodologia para definição de custos de referência de
canteiros de obras e de administração local e à diferenciação das taxas referenciais
de bonificação e despesas indiretas em função da natureza e do porte das obras.
Também merece registro a proposição de novas metodologias para o cálculo dos
custos horários dos equipamentos e da mão de obra e para definição dos custos de
referência para aquisição e transporte de produtos asfálticos.

O Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes encontra-se organizado nos


seguintes volumes, conteúdos e tomos:

Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Volume 02 - Pesquisa de Preços

Volume 03 - Equipamentos

Volume 04 - Mão de Obra


 Tomo 01 - Parâmetros do CAGED
 Tomo 02 - Encargos Sociais
 Tomo 03 - Encargos Complementares
 Tomo 04 - Consolidação dos Custos de Mão de Obra

Volume 05 - Materiais

Volume 06 - Fator de Influência de Chuvas


 Tomo 01 - Índices Pluviométricos - Região Norte
 Tomo 02 - Índices Pluviométricos - Região Nordeste
 Tomo 03 - Índices Pluviométricos - Região Centro-Oeste
 Tomo 04 - Índices Pluviométricos - Região Sudeste
 Tomo 05 - Índices Pluviométricos - Região Sul

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Volume 10 - Conteúdo 07 - Obras de Arte Especiais

Volume 07 - Canteiros de Obras


 Tomo 01 - Módulos Básicos e Projetos Tipo (A3)

Volume 08 - Administração Local

Volume 09 - Mobilização e Desmobilização

Volume 10 - Manuais Técnicos


Conteúdo 01 - Terraplenagem
Conteúdo 02 - Pavimentação / Usinagem
Conteúdo 03 - Sinalização Rodoviária
Conteúdo 04 - Concretos, Agregados, Armações, Fôrmas e Escoramentos
Conteúdo 05 - Drenagem e Obras de Arte Correntes
Conteúdo 06 - Fundações e Contenções
Conteúdo 07 - Obras de Arte Especiais
Conteúdo 08 - Manutenção e Conservação Rodoviária
Conteúdo 09 - Ferrovias
Conteúdo 10 - Hidrovias
Conteúdo 11 - Transportes
Conteúdo 12 - Obras Complementares e Proteção Ambiental

Volume 11 - Composições de Custos

Volume 12 - Produções de Equipes Mecânicas

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 10 - Conteúdo 07 - Obras de Arte Especiais

RESUMO

O Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes apresenta as metodologias, as premissas e as


memórias adotadas para o cálculo dos custos de referência dos serviços necessários à execução de
obras de infraestrutura de transportes e suas estruturas auxiliares.

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 10 - Conteúdo 07 - Obras de Arte Especiais

ABSTRACT

The Transport Infrastructure Costs Manual presents the methodologies, assumptions and calculation
sheets adopted for defining the required service referential costs to implement transport infrastructure
ventures and its auxiliary facilities.

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 10 - Conteúdo 07 - Obras de Arte Especiais

LISTA DE FIGURAS

Figura 01 - Lábios poliméricos em pavimento de concreto ....................................... 11


Figura 02 - Junta de dilatação com perfil extrudado de borracha.............................. 12
Figura 03 - Rolos de cordoalhas ............................................................................... 15
Figura 04 - Detalhe da bainha metálica utilizada nos serviços de protensão ............ 16
Figura 05 - Fabricação das bainhas metálicas .......................................................... 16
Figura 06 - Detalhe do tensionamento de cordoalhas ............................................... 17
Figura 07 - Detalhe de uma ancoragem ativa para 12 cordoalhas ............................ 18
Figura 08 - Bomba de protensão ............................................................................... 18
Figura 09 - Macaco de protensão.............................................................................. 18
Figura 10 - Cunhas e blocos utilizados na ancoragem ativa ..................................... 19
Figura 11 - Ancoragem ativa para 4 cordoalhas aderentes ....................................... 19
Figura 12 - Ancoragem ativa para cordoalhas engraxadas ....................................... 20
Figura 13 - Detalhe da ancoragem passiva do tipo laço ........................................... 20
Figura 14 - Detalhe da ancoragem passiva do tipo bulbo ......................................... 21
Figura 15 - Nicho de madeira para dispositivo de ancoragem de protensão ............ 21
Figura 16 - Detalhe da bainha metálica circular posicionada na fôrma (1) ................ 23
Figura 17 - Detalhe da bainha metálica circular posicionada na fôrma (2) ................ 23
Figura 18 - Detalhe da bainha metálica com purgador.............................................. 23
Figura 19 - Lançamento de vigas com utilização de guindastes ............................... 29
Figura 20 - Treliça lançadeira .................................................................................... 30
Figura 21 - Processo de lançamento de viga com treliça lançadeira ........................ 31
Figura 22 - Detalhe do carrelone utilizado para transporte das vigas ....................... 31
Figura 23 - Detalhe de um chumbador tipo espera ................................................... 35
Figura 24 - Ponte Anita Garibaldi, na rodovia BR-101/SC ........................................ 41
Figura 25 - Componentes estruturais da ponte estaiada ........................................... 41
Figura 26 - Esquema de montagem dos estais ......................................................... 42
Figura 27 - Cordoalha galvanizada CP-177-RB - D = 15,7 mm ................................ 43
Figura 28 - Detalhe do carretel utilizado para acondicionamento da cordoalha ........ 44
Figura 29 - Tubo de polietileno de alta densidade - PEAD........................................ 44
Figura 30 - Detalhe do tubo forma e tubo antivandalismo ......................................... 45
Figura 31 - Detalhe da placa separadora da ancoragem .......................................... 46
Figura 32 - Detalhe da preparação das cordoalhas .................................................. 47
Figura 33 - Lançamento das cordoalhas no estai...................................................... 47

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Volume 10 - Conteúdo 07 - Obras de Arte Especiais

Figura 34 - Junção de tubos PEAD por termofusão ................................................. 48


Figura 35 - Tubo forma regulável em instalação ....................................................... 49
Figura 36 - Tampão de proteção das ancoragens .................................................... 52
Figura 37 - Detalhe de parte da ancoragem regulável .............................................. 52
Figura 38 - Tensionamento com macaco monocordoalha ........................................ 53
Figura 39 - Jumbo de perfuração .............................................................................. 66
Figura 40 - Plataforma pantográfica ......................................................................... 68
Figura 41 - Enfilagem tubular injetada no sistema AT .............................................. 69
Figura 42 - Execução de enfilagens tubulares .......................................................... 69
Figura 43 - Enfilagem com martelo de topo DTH ...................................................... 70
Figura 44 - Sistema de Ring Bit Permanente Symmetrix para DTH ......................... 70
Figura 45 - Dimensões referenciais de uma perfuratriz rotopercussiva .................... 71
Figura 46 - Perfuratriz rotopercussiva ....................................................................... 71
Figura 47 - Execução de enfilagem de coluna de CCPH .......................................... 72
Figura 48 - Detalhe da cambota treliçada ................................................................. 73
Figura 49 - Vista tridimensional da cambota treliçada .............................................. 74
Figura 50 - Membrana de polietileno utilizada na drenagem do túnel ...................... 76
Figura 51 - Posição dos drenos filtrantes e não filtrantes no túnel ........................... 76
Figura 52 - Utilização de grua em obra de ponte estaiada ....................................... 81
Figura 53 - Elevador de cremalheira ......................................................................... 82
Figura 54 - Esquema de escada tubular ................................................................... 83

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Dimensões padronizadas dos aparelhos de apoio de neoprene fretado.. 9


Tabela 02 - Produção dos serviços de instalação de aparelho de apoio metálico
esférico fixo .............................................................................................. 9
Tabela 03 - Produção dos serviços de instalação de aparelho de apoio metálico
elastomérico fixo .................................................................................... 10
Tabela 04 - Produção dos serviços de instalação das juntas de dilatação ............... 12
Tabela 05 - Características técnicas das cordoalhas ................................................ 15
Tabela 06 - Características e parâmetros dos serviços de bainha metálica circular . 22
Tabela 07 - Características e parâmetros dos serviços de bainha metálica ovalizada
............................................................................................................... 24
Tabela 08 - Relação das composições de custos de corte e posicionamento de
cordoalhas ............................................................................................. 24
Tabela 09 - Especificações técnicas da cordoalha CP-177-RB - D = 15,7 mm ......... 43
Tabela 10 - Produção dos serviços de tubos PEAD em função do diâmetro ............ 49
Tabela 11 - Relação das composições de custos de tubos forma ............................ 50
Tabela 12 - Produção dos serviços de tubos forma em função da quantidade de
cordoalhas ............................................................................................. 50
Tabela 13 - Produção dos serviços de tubos antivandalismo em função da
quantidade de cordoalhas ...................................................................... 51
Tabela 14 - Relação das composições de custos de ancoragem de estais .............. 53
Tabela 15 - Tempos para execução dos serviços de ancoragem de estais no lado
regulável em função da quantidade de cordoalhas ................................ 54
Tabela 16 - Tempos para execução dos serviços de ancoragem de estais no lado
fixo em função da quantidade de cordoalhas......................................... 54
Tabela 17 - Consumo de cera por quantidade de cordoalhas ................................... 55
Tabela 18 - Classificação NATM ............................................................................... 59
Tabela 19 - Guia para escavação e suporte de túneis (Bieniawski, 1976) ................ 60
Tabela 20 - Parâmetros de escavação da calota em rocha ...................................... 61
Tabela 21 - Parâmetros de escavação do rebaixo em rocha .................................... 62
Tabela 22 - Categorias profissionais com adicional de periculosidade ..................... 63
Tabela 23 - Parâmetros de escavação em solos ...................................................... 64

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 3
2. APARELHOS DE APOIO............................................................................. 7
2.1. Descrição dos Serviços ............................................................................. 8
2.1.1. Aparelho de Apoio de Neoprene Fretado ..................................................... 8
2.1.2. Aparelho de Apoio Metálico Esférico ............................................................ 9
2.1.3. Aparelho de Apoio Metálico Elastomérico .................................................. 10
2.1.4. Lábios Poliméricos 2 x 20 x 30 mm em Junta de Pavimento de Concreto . 11
2.1.5. Junta de Dilatação em Perfil Extrudado de Borracha Vulcanizada............. 12
2.2. Critérios de Medição ................................................................................ 12
3. PROTENSÃO ............................................................................................. 15
3.1. Descrição dos Serviços ........................................................................... 17
3.1.1. Ancoragens ................................................................................................ 17
3.1.2. Nicho de Madeira para Dispositivo de Ancoragem de Protensão ............... 21
3.1.3. Bainhas Metálicas ...................................................................................... 22
3.1.4. Cordoalhas ................................................................................................. 24
3.2. Critérios de Medição ................................................................................ 25
4. LANÇAMENTO DE ELEMENTOS PRÉ-MOLDADOS............................... 29
4.1. Descrição dos Serviços ........................................................................... 29
4.1.1. Lançamento de Viga Pré-Moldada ............................................................. 29
4.1.2. Lançamento de Pré-Laje ............................................................................ 32
4.2. Critérios de Medição ................................................................................ 32
5. ESTRUTURA METÁLICA .......................................................................... 35
5.1. Descrição dos Serviços ........................................................................... 35
5.1.1. Estrutura em Chapa de Aço ASTM A36 - Corte, Solda e Montagem ......... 35
5.1.2. Chumbador Tipo Espera ............................................................................ 35
5.1.3. Jateamento de Chapa de Aço com a Utilização de Granalhas de Aço ...... 35
5.1.4. Jateamento Abrasivo em Chapa de Aço por Esteira Contínua................... 36
5.1.5. Pintura Epóxi em Chapa de Aço com Pistola a Ar Comprimido ................. 36
5.1.6. Pintura Shop Primer em Chapa de Aço por Esteira Contínua .................... 36
5.1.7. Solda Elétrica de Perfis Metálicos e Chapas de Aço .................................. 36
5.2. Critérios de Medição ................................................................................ 36
6. PONTE ESTAIADA .................................................................................... 41
6.1. Materiais .................................................................................................... 43

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6.1.1. Cordoalha para Estais CP-177-RB - D = 15,7 mm..................................... 43


6.1.2. Tubo PEAD para Estais ............................................................................. 44
6.1.3. Tubo Forma ............................................................................................... 45
6.1.4. Tubo Antivandalismo.................................................................................. 45
6.1.5. Ancoragens Reguláveis e Fixas ................................................................. 45
6.2. Equipamentos .......................................................................................... 46
6.3. Descrição dos Serviços ........................................................................... 47
6.3.1. Cordoalha para Estais CP-177-RB - D = 15,7 mm..................................... 47
6.3.2. Tubo PEAD para Estais ............................................................................. 48
6.3.3. Tubo Forma ............................................................................................... 49
6.3.4. Tubo Antivandalismo para Estais ............................................................... 51
6.3.5. Ancoragem para Estais .............................................................................. 52
6.4. Critérios de Medição ................................................................................ 55
7. TÚNEIS ...................................................................................................... 59
7.1. Metodologia de Execução ....................................................................... 61
7.1.1. Parâmetros Adotados para o Cálculo das Produções das Escavações em
Rocha......................................................................................................... 61
7.1.2. Parâmetros Adotados para o Cálculo das Produções das Escavações em
Solos .......................................................................................................... 64
7.2. Cálculo das Produções ........................................................................... 65
7.2.1. Etapas de Execução .................................................................................. 65
7.2.2. Produção da Perfuratriz ............................................................................. 66
7.2.3. Produção da Carregadeira ......................................................................... 66
7.2.4. Produção dos Caminhões .......................................................................... 67
7.2.5. Produção da Plataforma Pantográfica ....................................................... 68
7.2.6. Produção da Escavadeira com Martelo Hidráulico .................................... 68
7.3. Escoramento e Revestimento ................................................................. 68
7.3.1. Enfilagens Tubulares ................................................................................. 69
7.3.2. Enfilagem em Coluna de CCPH ................................................................. 72
7.3.3. Cambotas................................................................................................... 73
7.3.4. Tela Metálica.............................................................................................. 74
7.4. Elementos Lineares de Reforço.............................................................. 74
7.4.1. Pregagem da Frente de Escavação ........................................................... 74
7.4.2. Pré-Fissuramento ...................................................................................... 75
7.4.3. Concreto Projetado e Tirantes ................................................................... 75

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7.5. Drenagem .................................................................................................. 75


7.5.1. Coluna de Jet Grouting Vertical .................................................................. 75
7.5.2. Membrana de Polietileno de Alta Densidade e Geotêxtil ............................ 76
7.5.3. Drenos Filtrantes e Não Filtrantes .............................................................. 76
7.5.4. Dreno Horizontal Profundo a Vácuo ........................................................... 77
7.6. Critérios de Medição ................................................................................ 77
8. EQUIPAMENTOS ESPECIAIS DE APOIO ................................................ 81
8.1. Descrição dos Serviços ........................................................................... 81
8.1.1. Grua Fixa .................................................................................................... 81
8.1.2. Elevador de Cremalheira ............................................................................ 82
8.1.3. Escada Tubular em Aço Galvanizado ........................................................ 82
8.1.4. Plataforma de Trabalho em Madeira .......................................................... 83
8.1.5. Plataforma de Trabalho Suspensa sob Tabuleiro de Pontes...................... 84
8.1.6. Plataforma Mecanizada de Inspeção sob Pontes ....................................... 84

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1. INTRODUÇÃO

1
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Volume 10 - Conteúdo 07 - Obras de Arte Especiais

1. INTRODUÇÃO

O presente volume do Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes tem por


objetivo apresentar as premissas e as memórias de cálculo adotadas na elaboração
das composições de custos referentes aos serviços de obras de arte especiais.

As obras de arte especiais podem ser definidas como toda estrutura que, pelas suas
proporções e características peculiares, requerem um projeto específico.

O presente volume do Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes apresenta


os conceitos relacionados à elaboração das composições de custos dos aparelhos de
apoio, da protensão, do lançamento de elementos pré-moldados de concreto, de
estrutura metálica, de pontes estaiadas, de túneis e de conservação, manutenção,
reforço e alargamento de obras de arte especiais.

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Volume 10 - Conteúdo 07 - Obras de Arte Especiais

2. APARELHOS DE APOIO

5
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 10 - Conteúdo 07 - Obras de Arte Especiais

2. APARELHOS DE APOIO

Os aparelhos de apoio são dispositivos que fazem a transição entre a superestrutura


e a mesoestrutura ou a infraestrutura, no caso das pontes não aporticadas.

As três principais funções dos aparelhos de apoio nas obras de arte especiais são:

 Transmitir as cargas da superestrutura à mesoestrutura ou à infraestrutura;


 Permitir os movimentos longitudinais da superestrutura, devidos à retração
própria da superestrutura e aos efeitos da temperatura, expansão e retração;
 Permitir as rotações da superestrutura, motivadas pelas deflexões provocadas
pela carga permanente e pela carga móvel.

Os aparelhos de apoio podem ser classificados em três grandes classes, a saber:

 Elastoméricos;
 Metálicos esféricos;
 Metálicos elastoméricos.

Os aparelhos de apoio elastoméricos têm comportamento vertical elástico e


acomodam movimentos horizontais e rotações, comprimindo e deslocando as
camadas de material vulcanizado.

Estes aparelhos de apoio são constituídos de um bloco de elastômero vulcanizado,


mais conhecido como neoprene, que podem ser de quatro tipos:

 Neoprene simples;
 Neoprene fretado, quando reforçado por uma ou mais chapas de aço carbono
estrutural;
 Neoprene deslizante, quando possui uma placa de PTFE (politetrafluoretileno)
ou de aço inox fixado ao elastômero fretado, permitindo deslizamento da
superestrutura;
 Neoprene com abas, desenvolvido para permitir o nivelamento do aparelho
com preenchimento de grout (epóxi).

Os aparelhos de apoio metálicos esféricos têm comportamento vertical rígido e podem


suportar movimentos horizontais e rotações por deslizamentos, rotações e
movimentos pendulares e são classificados em:

 Aparelhos de apoio esféricos fixos, que transmitem esforços em todas as


direções;
 Aparelhos de apoio esféricos multidirecionais, que se movimentam em todas
as direções;
 Aparelhos de apoio esféricos unidirecionais, que se movimentam em uma só
direção e podem transmitir forças na direção perpendicular ao seu eixo.

7
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 10 - Conteúdo 07 - Obras de Arte Especiais

Os aparelhos de apoio metálicos elastoméricos podem permitir à estrutura mobilidade


por translação, segundo um ou dois eixos ortogonais entre si e por rotação em torno
de um, dois ou três eixos. A peça central dos aparelhos de apoio é um elastômero que
fica confinado dentro da base de cada aparelho e acompanha a sua rotação, como se
fosse um fluído viscoso.

Para garantir o funcionamento adequado do elastômero, existe um anel elástico de


vedação preso no próprio elastômero. O anel, feito de plástico duro, desliza na parede
interna da base do aparelho sem se desgastar e se adapta facilmente a eventuais
deformações. Além disso, elimina o atrito gerado pelo contato de metal com metal,
prejudicial à durabilidade do aparelho de apoio.

Em virtude sua capacidade de translação e rotação, os aparelhos de apoio metálicos


elastoméricos são classificados em:

 Aparelhos de apoio metálicos elastoméricos fixos, que transmitem os esforços


em todas as direções e não permitem movimentos de translação;
 Aparelhos de apoio metálicos elastoméricos unidirecionais, que se
movimentam em uma só direção e podem transmitir esforços na direção
perpendicular ao eixo de movimento;
 Aparelhos de apoio metálicos elastoméricos multidirecionais, que se
movimentam nas direções longitudinal e transversal.

O SICRO disponibiliza composições de custos para os seguintes serviços de


aparelhos de apoio:

 Aparelho de apoio de neoprene fretado;


 Aparelho de apoio metálico esférico (fixo, unidirecional e multidirecional);
 Aparelho de apoio metálico elastomérico (fixo, unidirecional e multidirecional);
 Lábios poliméricos 2 x 20 x 30 mm em junta de pavimento de concreto;
 Junta de dilatação em perfil extrudado de borracha vulcanizada.

2.1. Descrição dos Serviços

2.1.1. Aparelho de Apoio de Neoprene Fretado

O SICRO apresenta composições de custos para os serviços de fornecimento e


instalação do aparelho de apoio neoprene fretado para estruturas moldadas no local
ou pré-moldadas, com unidade definida em volume (dm3).

No primeiro caso, encontra-se prevista a utilização de isopor para servir de apoio às


formas de madeira, com um consumo de 7,5 dm3 de isopor para cada dm3 de
neoprene. A produção do serviço é definida em 2 dm3 de neoprene por hora de
trabalho de pedreiro, no caso de vigas moldadas no local, e de 6 dm3 de neoprene por
hora de trabalho de pedreiro, para aparelhos de apoio de vigas pré-moldadas.

A Tabela 01 apresenta as dimensões padronizadas dos aparelhos de apoio de


neoprene fretado.

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Tabela 01 - Dimensões padronizadas dos aparelhos de apoio de neoprene fretado

Dimensões Padronizadas

100 x 100 x 28 mm

150 x 200 x 35 mm

300 x 400 x 85 mm

350 x 450 x 99 mm

2.1.2. Aparelho de Apoio Metálico Esférico

2.1.2.1 Fixo

O SICRO apresenta composições de custos para os serviços de fornecimento e


instalação de aparelhos de apoio metálicos esféricos fixos com capacidades de carga
de 1.000 kN até 10.000 kN.

A Tabela 02 apresenta as produções da equipe de instalação, formada por um


montador e quatro ajudantes, em função das capacidades de carga dos aparelhos de
apoio metálicos esféricos fixos.

Tabela 02 - Produção dos serviços de instalação de aparelho de apoio metálico esférico fixo
Capacidade de Carga do Produção do
Aparelho de Apoio (kN) Serviço (un/h)
1.000 2,00

1.500 1,90

2.000 1,80

2.500 1,75

3.000 1,70

3.500 1,65

4.000 1,60

4.500 1,55

5.000 1,50

5.500 1,45

6.000 1,40

6.500 1,35

7.000 1,30

7.500 1,25

8.000 1,20

8.500 1,15

9.000 1,10

9.500 1,05

10.000 1,00

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2.1.2.2 Unidirecional

O SICRO apresenta composições de custos para os serviços de fornecimento e


instalação de aparelhos de apoio metálicos esféricos unidirecionais com capacidades
de carga de 1.000 kN até 10.000 kN.

Em virtude de similaridade executiva, as produções da equipe de instalação dos


aparelhos de apoio unidirecionais, formada por um montador e quatro ajudantes, são
as mesmas dos aparelhos de apoio fixos, conforme apresentado na Tabela 02.

2.1.2.3 Multidirecional

O SICRO apresenta composições de custos para os serviços de fornecimento e


instalação de aparelhos de apoio metálicos esféricos multidirecionais com
capacidades de carga de 1.000 kN até 10.000 kN.

Em virtude de similaridade executiva, as produções da equipe de instalação dos


aparelhos de apoio multidirecionais, formada por um montador e quatro ajudantes,
são as mesmas dos aparelhos de apoio fixos, conforme apresentado na Tabela 02.

2.1.3. Aparelho de Apoio Metálico Elastomérico

2.1.3.1 Fixo

O SICRO apresenta composições de custos para os serviços de fornecimento e


instalação de aparelhos de apoio metálicos elastoméricos fixos com capacidades de
carga de 700 kN, 1.500 kN, 2.500 kN, 4.000 kN, 5.500 kN, 7.500 kN e 10.000 kN.

A Tabela 03 apresenta as produções da equipe de instalação, formada por um


montador e quatro ajudantes, em função das capacidades dos aparelhos de apoios.

Tabela 03 - Produção dos serviços de instalação de aparelho de apoio metálico elastomérico


fixo

Capacidade de Carga do Produção do


Aparelho de Apoio (kN) Serviço (un/h)

700 2,5

1.500 2,0

2.500 1,75

4.000 1,60

5.500 1,45

7.500 1,25

10.000 1,00

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2.1.3.2 Unidirecional - TU

O SICRO apresenta composições de custos para os serviços de fornecimento e


instalação de aparelhos de apoio metálicos elastoméricos unidirecionais com
capacidades de carga de 700 kN, 1.500 kN, 2.500 kN, 4.000 kN, 5.500 kN, 7.500 kN
e 10.000 kN.

Em virtude de similaridade executiva, as produções da equipe de instalação dos


aparelhos de apoio metálicos elastoméricos unidirecionais, formada por um montador
e quatro ajudantes, são as mesmas dos aparelhos de apoio fixos, conforme
apresentado na Tabela 03.

2.1.3.3 Multidirecional - TM

O SICRO apresenta composições de custos para os serviços de fornecimento e


instalação de aparelhos de apoio metálicos elastoméricos multidirecionais com
capacidades de carga de 700 kN, 1.500 kN, 2.500 kN, 4.000 kN, 5.500 kN, 7.500 kN
e 10.000 kN.

Em virtude de similaridade executiva, as produções da equipe de instalação dos


aparelhos de apoio metálicos elastoméricos multidirecionais, formada por um
montador e quatro ajudantes, são as mesmas dos aparelhos de apoio fixos, conforme
apresentado na Tabela 03.

2.1.4. Lábios Poliméricos 2 x 20 x 30 mm em Junta de Pavimento de Concreto

O serviço consiste no tratamento de borda de juntas novas ou antigas em pavimentos


de concreto, por meio da utilização de argamassa epoxídica ou polimérica, com
propriedades autonivelantes, de elevada dureza, desenvolvida especialmente para
esse tipo de tratamento.

A Figura 01 apresenta detalhes da execução de lábios poliméricos em juntas de


pavimento de concreto.

Figura 01 - Lábios poliméricos em pavimento de concreto


argamassa polimérica 30 mm

20 mm

junta de construção

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2.1.5. Junta de Dilatação em Perfil Extrudado de Borracha Vulcanizada

O SICRO apresenta composições de custos para juntas de dilatação em perfil


extrudado de borracha vulcanizada para as seguintes dimensões:

 20 mm x 40 mm;
 25 mm x 50 mm;
 35 mm x 60 mm;
 40 mm x 70 mm;
 50 mm x 80 mm.

A Figura 02 apresenta um modelo de junta de dilação em perfil extrudado de borracha.


Figura 02 - Junta de dilatação com perfil extrudado de borracha

A Tabela 04 apresenta as produções da equipe de instalação, formada por um


montador e um servente, em função das dimensões das juntas de dilatação.
Tabela 04 - Produção dos serviços de instalação das juntas de dilatação

Dimensões da Junta Produção dos


de Dilatação Serviços (m/h)

20 mm x 40 mm 2,5

25 mm x 50 mm 2,2

35 mm x 60 mm 2,0

40 mm x 70 mm 1,8

50 mm x 80 mm 1,7

2.2. Critérios de Medição

A medição dos serviços dos aparelhos de neoprene fretado deve ser realizada em
função do volume, por decímetros cúbicos ou por unidade, quando houver indicações
de dimensões. Os demais aparelhos de apoio devem ser medidos por unidade,
incluindo todos os serviços e insumos necessários a sua execução.

A medição dos lábios poliméricos e das juntas de dilatação deve ser realizada em
função de seu comprimento, incluindo todos os serviços e insumos necessários a sua
execução, conforme as descrições das composições de custos.

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3. PROTENSÃO

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3. PROTENSÃO

A protensão consiste em aumentar a resistência do concreto aos esforços que o


solicitarão na sua vida útil por meio da aplicação de tensões prévias.

Estas tensões são obtidas mediante a utilização de armaduras de fios ou cabos de


aço que são tracionados e restringidos, pelo elemento estrutural, de retornar ao seu
comprimento primitivo. O aço de protensão considerado é o CP-190-RB.

O SICRO apresenta composições de custos para os serviços de protensão


considerando a utilização de cabos com cordoalhas de 7 fios com diâmetros de 12,7
mm e 15,2 mm, em cabos com 4, 6 ,7, 8, 9, 10, 12, 15, 19, 22, 27 e 31 cordoalhas.

As cordoalhas são normalmente fornecidas em rolos com mais de 600 metros,


conforme apresentado na Figura 03.

Figura 03 - Rolos de cordoalhas

No caso específico de lajes, o SICRO disponibiliza ainda composições de custos


considerando a utilização de cordoalhas plastificadas e engraxadas.

A Tabela 05 apresenta as principais características técnicas das cordoalhas nuas.

Tabela 05 - Características técnicas das cordoalhas

Aço 190 RB Seção Peso Carga Mínima


Diâmetro (mm) (mm2) (kg/m) de Ruptura (kN)

12,7 101,4 0,792 187,3

15,2 143,5 1,126 265,8

As cordoalhas nuas são introduzidas em bainhas metálicas, conforme detalhe destes


elementos apresentados na Figura 04. As bainhas são resistentes para suportar o
peso dos respectivos cabos e garantir sua fixação e posicionamento.

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Figura 04 - Detalhe da bainha metálica utilizada nos serviços de protensão

Fonte: Freyssinet

As bainhas metálicas são normalmente fabricadas em barras de 6 metros e com


espessura mínima de 0,3 mm, conforme apresentado na Figura 05.

Figura 05 - Fabricação das bainhas metálicas

Fonte: Alga

As bainhas metálicas utilizadas preferencialmente em vigas têm seção transversal


circular, enquanto que, em lajes, conforme o caso, são utilizadas bainhas chatas. A
escolha é realizada essencialmente em função da quantidade de cordoalhas do cabo.

As peças protendidas podem ser moldadas “in loco” ou nos canteiros utilizados para
fabricação de peças pré-moldadas em escala industrial.

As peças de concreto protendido são empregadas na confecção de estruturas de


obras de arte especiais, tais como vigas, lajes, vigas em caixão moldadas “in loco”,
peças pré-moldadas de concreto e tirantes de ancoragem.

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As principais vantagens do concreto protendido quando comparado ao concreto


armado convencional são:

 Comportamento mais favorável às solicitações dinâmicas e maior durabilidade


na construção, tendo em vista a redução de fissuras, em virtude de toda a
seção trabalhar à compressão;
 Maior economia no consumo de concreto e aço;
 Possibilidade de se obter maiores vãos livres;
 Maior rapidez de execução;
 Possibilidade de utilização em seções mais esbeltas;
 Possibilidade de maior controle das deformações elásticas;
 A operação de protensão consiste em uma verdadeira prova de carga em
virtude das tensões introduzidas nessa fase serem maiores que as de serviço.
Dessa forma, a estrutura é testada antes mesmo de entrar em uso efetivo.

Já as principais desvantagens do concreto protendido são:

 Maior resistência do concreto exige um melhor controle de sua execução;


 Exigência de equipamentos e pessoal especializados na protensão;
 Exigência de controles superiores aos necessários para o concreto armado
convencional.

As etapas construtivas das estruturas de concreto protendido moldadas “in loco” são
as mesmas de uma estrutura convencional de concreto armado, acrescentando-se
apenas a etapa referente ao processo de injeção e protensão das peças.

3.1. Descrição dos Serviços

3.1.1. Ancoragens

A ancoragem é o elemento que realiza o travamento da cordoalha e distribui as


tensões geradas pela peça estrutural. A protensão ocorre pelas extremidades ativas,
sendo a ancoragem ativa aquela em que se acoplam os macacos de protensão. A
ancoragem passiva é a extremidade à qual não se acopla o macaco.

A Figura 06 apresenta o detalhe do tensionamento das cordoalhas na protensão.


Figura 06 - Detalhe do tensionamento de cordoalhas

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3.1.1.1 Ancoragem Ativa

A ancoragem ativa é aplicável a vigas e a outros elementos construtivos. A Figura 07


apresenta o detalhe de uma ancoragem ativa para 12 cordoalhas. A protensão das
cordoalhas propriamente encontra-se incluída nesse serviço.
Figura 07 - Detalhe de uma ancoragem ativa para 12 cordoalhas

Fonte: Alga

Os equipamentos utilizados nos serviços de ancoragem ativa consistem em uma talha


manual e conjuntos de bomba e macaco hidráulico com capacidades equivalentes às
requeridas para a protensão, conforme apresentado nas Figuras 08 e 09.
Figura 08 - Bomba de protensão

Fonte: Alga

Figura 09 - Macaco de protensão

Fonte: Alga

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Os demais componentes são a ancoragem ativa propriamente dita (com placa de


ancoragem, bloco, cunhas tripartidas e trombeta), parafusos, nicho de madeira e
mangueira de cristal, conforme apresentado na Figura 10.

Figura 10 - Cunhas e blocos utilizados na ancoragem ativa

Fonte Alga

A mangueira de cristal tem a função de servir de purgador para a nata de cimento de


injeção das bainhas.

A armação de fretagem na região das ancoragens deve ser incluída no quadro de


ferros da estrutura.

3.1.1.2 Ancoragem Ativa para Cordoalhas Aderentes em Lajes

A ancoragem ativa para cordoalhas aderentes apresenta características específicas


para lajes, por serem elementos notadamente de pequena espessura, conforme
detalhe apresentado na Figura 11.

Figura 11 - Ancoragem ativa para 4 cordoalhas aderentes

Fonte: Protende

O SICRO disponibiliza composições de custos para ancoragem ativa para cabos com
1, 2, 3 ou 4 cordoalhas aderentes de diâmetro de 12,7 mm ou 15,2 mm, já estando
incluso no custo dos serviços a ancoragem e a protensão das cordoalhas.

Os serviços envolvem conjuntos de bomba e macaco hidráulico, com capacidades


equivalentes às requeridas para a protensão. Os demais componentes são
ancoragem ativa (com placa de ancoragem, bloco, cunhas tripartidas e trombeta),
nicho de madeira e mangueira de cristal.

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3.1.1.3 Ancoragem Ativa para Cordoalhas Engraxadas

O SICRO disponibiliza composições de custos para ancoragem ativa para cabos com
1 cordoalha engraxada de diâmetro de 12,7 mm ou 15,2 mm, já estando incluso no
custo dos serviços a ancoragem e a protensão das cordoalhas

As cordoalhas engraxadas são envolvidas por uma graxa especial, que permite o
deslizamento livre no interior de uma bainha extrudada de polietileno reticulado de alta
densidade, conforme apresentado na Figura 12.

Figura 12 - Ancoragem ativa para cordoalhas engraxadas

Fonte: Protende

A graxa atua como um elemento protetor e inibidor da corrosão, além de servir como
lubrificante entre a cordoalha e a bainha.

Utiliza-se como ancoragem passiva uma ancoragem igual à ativa, pré-blocada. O


tempo necessário à pré-blocagem encontra-se incluso na protensão ativa.

Os serviços envolvem conjuntos de bomba e macaco hidráulico, com capacidades


equivalentes às requeridas para a protensão. Além da ancoragem, as composições
de custos incluem uma forma de plástico para o nicho da placa de ancoragem.

3.1.1.4 Ancoragem Passiva

O SICRO disponibiliza composições de custos para ancoragem passiva para cabos


com 4, 6, 7, 8, 9, 10, 12, 15, 19, 22, 27, 31 cordoalhas de diâmetro 12,7 ou 15,2 mm.

As Figuras 13 e 14 apresentam os detalhes de ancoragens passivas do tipo laço e do


tipo bulbo.

Figura 13 - Detalhe da ancoragem passiva do tipo laço

Fonte: Alga

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Figura 14 - Detalhe da ancoragem passiva do tipo bulbo

Fonte: Alga

As composições de custos dos serviços encontram-se estruturadas em função da


utilização de ancoragem passiva, de massa de vidraceiro, de arame recozido, de
purgador e de mangueira de cristal.

3.1.1.5 Ancoragem Passiva Aderente para Lajes

A ancoragem passiva para cordoalhas aderentes apresenta características


específicas para lajes, por serem elementos notadamente de pequena espessura.

O SICRO disponibiliza composições de custos para ancoragem passiva para cabos


com 1, 2, 3 ou 4 cordoalhas aderentes de diâmetro de 12,7 mm ou 15,2 mm.

3.1.2. Nicho de Madeira para Dispositivo de Ancoragem de Protensão

Por razões construtivas e estéticas, as ancoragens ativas das estruturas protendidas


ficam normalmente reentrantes à superfície acabada do concreto. Por essa razão, são
previstos em projeto a execução de nichos nos elementos de concreto, que, após a
protensão, são fechados, formando-se uma superfície plana que protege ancoragens
e cordoalhas contra corrosão, conforme detalhe apresentado na Figura 15.

Figura 15 - Nicho de madeira para dispositivo de ancoragem de protensão

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3.1.3. Bainhas Metálicas

3.1.3.1 Bainha Metálica Circular

O SICRO disponibiliza composições de custos para serviços de bainhas metálicas


circulares em função da quantidade e do diâmetro das cordoalhas e do diâmetro
interno das bainhas, o que resulta em diferentes consumos de nata para injeção,
conforme detalhamento apresentado na Tabela 06.

Tabela 06 - Características e parâmetros dos serviços de bainha metálica circular

Consumo de Nata para


Diâmetro Interno (mm)
Quantidade de Injeção (l/m)
Cordoalhas
12,7 mm 15,2 mm 12,7 mm 15,2 mm

2 30,0 35,0 0,5 0,7

3 35,0 40,0 0,7 0,9

4 40,0 45,00 0,9 1,1

5 45,0 50,0 1,2 1,3

6 50,0 60,0 1,5 2,1

7 55,0 65,0 1,8 2,5

8 55,0 65,0 1,7 2,3

9 60,0 70,0 2,1 2,8

10 65,0 75,0 2,5 3,2

11 65,0 75,0 2,4 3,1

12 65,0 80,0 2,3 3,6

15 70,0 85,0 2,5 3,8

16 75,0 90,0 3,0 4,4

18 75,0 90,0 2,8 4,1

19 80,0 95,0 3,4 4,7

20 80,0 95,0 3,3 4,6

21 85,0 100,0 3,8 5,2

22 85,0 100,0 3,7 5,1

24 85,0 100,0 3,5 4,8

25 85,0 100,0 3,4 4,7

27 90,0 110,0 3,9 6,1

30 100,0 120,0 5,2 7,6

31 100,0 120,0 5,1 7,4

37 110,0 130,0 6,2 8,6

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As Figuras 16 e 17 apresentam detalhes das bainhas metálicas circulares


posicionadas na fôrma de um elemento estrutural a ser protendido.
Figura 16 - Detalhe da bainha metálica circular posicionada na fôrma (1)

Fonte: Alga

Figura 17 - Detalhe da bainha metálica circular posicionada na fôrma (2)

Fonte: Alga

Os serviços de bainha metálica incluem o de injeção da calda de cimento, realizada


após a protensão dos cabos. As luvas metálicas das bainhas também encontram-se
incluídas no fornecimento da bainha.

As composições de custos dos serviços de bainhas metálicas circulares consideram


a utilização de cimento Portland CP 2E, de aditivo plastificante e retardador, de arame
recozido, de fita de PVC, de purgador plástico e de mangueira de cristal para o
purgador, conforme detalhe apresentado na Figura 18.
Figura 18 - Detalhe da bainha metálica com purgador

Fonte: Alga

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3.1.3.2 Bainha Metálica Ovalizada

O SICRO disponibiliza composições de custos para serviços de bainhas metálicas


ovalizadas em função da quantidade e do diâmetro das cordoalhas, o que resulta em
diferentes seções da bainha e consumos de nata para injeção, conforme
detalhamento apresentado na Tabela 07.
Tabela 07 - Características e parâmetros dos serviços de bainha metálica ovalizada

Diâmetro da Quantidade de Seção da Consumo de Nata


Cordoalha (mm) Cordoalhas Bainha (mm²) para Injeção (l/m)

12,7 1 19 x 36 0,6

12,7 2 19 x 36 0,5

12,7 3 19 x 48 0,6

12,7 4 19 x 62 0,8

15,2 1 22 x 32 0,6

15,2 2 22 x 32 0,4

15,2 3 22 x 55 0,8

15,2 4 22 x 73 1,1

As composições de custos dos serviços de bainhas metálicas ovalizadas consideram


a utilização de cimento Portland CP 2E, de aditivo plastificante e retardador, de arame
recozido, de fita de PVC, de purgador plástico e de mangueira de cristal.

3.1.4. Cordoalhas

3.1.4.1 Corte e Posicionamento de Cordoalhas

Os serviços compreendem o corte, o posicionamento e a introdução das cordoalhas


nas bainhas metálicas.

O SICRO disponibiliza composições de custos para os serviços de corte e


posicionamento em função do tipo de cordoalha e de seu diâmetro, conforme
detalhamento apresentado na Tabela 08.
Tabela 08 - Relação das composições de custos de corte e posicionamento de cordoalhas

Tipo de Cordoalha Diâmetro (mm)

Aderente 12,7

Aderente 15,2

Engraxada 12,7

Engraxada 15,2

O consumo de aço no serviço inclui 5% de perdas, em relação ao consumo nominal,


para contemplar o comprimento adicional na região das ancoragens e o equipamento
utilizado compreende uma máquina policorte, disco de corte e gaiola metálica.

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O SICRO disponibiliza ainda uma composição de custo para confecção da gaiola


metálica em cantoneira para contenção, utilizada para armazenamento e manipulação
de cordoalhas de protensão no canteiro de obra.

3.2. Critérios de Medição

A medição dos serviços de ancoragens ativas e passivas deve ser realizada em


função das unidades efetivamente ancoradas.

A medição dos serviços de bainhas metálicas deve ser realizada em função do


comprimento efetivamente utilizado, desconsiderando eventuais perdas.

A medição dos serviços de cordoalhas deve ser realizada em função da massa dos
elementos efetivamente utilizados, desconsiderando eventuais perdas.

Todos os serviços aqui apresentados contemplam o fornecimento dos equipamentos,


dos materiais e da mão de obra necessária, incluindo todos os encargos
correspondentes e a sua completa execução.

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4. LANÇAMENTO DE ELEMENTOS PRÉ-MOLDADOS

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4. LANÇAMENTO DE ELEMENTOS PRÉ-MOLDADOS

Os serviços de lançamento de elementos pré-moldados são essenciais para a


construção, o reforço e o alargamento de obras de arte especiais.

4.1. Descrição dos Serviços

4.1.1. Lançamento de Viga Pré-Moldada

Com o objetivo de garantir a padronização e o controle de qualidade, as vigas de


concreto pré-moldada são produzidas em canteiro de pré-moldagem. No lançamento
das vigas foram admitidos dois processos executivos, a saber: lançamento com
utilização de guindaste e lançamento com utilização de treliça lançadeira.

4.1.1.1 Lançamento com Utilização de Guindaste

O serviço de lançamento de vigas é realizado com a utilização de dois guindastes que


devem trabalhar em conjunto, conforme apresentado na Figura 19.

Figura 19 - Lançamento de vigas com utilização de guindastes

Fonte: Dilip Buildcon

O SICRO disponibiliza composições de custos para os seguintes serviços de


lançamento de vigas com a utilização de guindastes:

 Para vigas até 500 kN são empregados guindastes móveis sobre pneus com
capacidade de 10.500 kNm;
 Para vigas de 501 a 750 kN são empregados guindastes móveis sobre pneus
com capacidade de 10.500 kNm;
 Para vigas de 750 a 1.000 kN são empregados guindastes móveis sobre pneus
com capacidade de 15.000 kNm;
 Para vigas de 1.000 a 1.250 kN são empregados guindastes móveis sobre
pneus com capacidade de 15.000 kNm.

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Na central de pré-moldagem, podem ainda ser considerados dois guindastes para a


carga das vigas no veículo transportador (não incluso nas composições), ou quaisquer
outros instrumentos a critério do projetista (paus-de-carga, macacos, tifores, etc.).

Na composição de custo do lançamento de viga, foi ainda considerado o emprego de


um técnico especializado (rigger), responsável pelo plano de içamento, além de mão
de obra auxiliar composta por 6 serventes.

4.1.1.2 Lançamento com Utilização de Treliça Lançadeira

A treliça lançadeira é um equipamento automotor, fabricado em perfis de aço e que


possui diversos componentes, tais como: torres, binários, carrinhos inferiores, esquis,
contrapeso, tesoura dos módulos, viga travessa do guincho de elevação e conjunto
do guincho com gerador, conforme apresentado na Figura 20. Os componentes da
treliça lançadeira são montados de acordo com a necessidade de sua utilização.

Figura 20 - Treliça lançadeira

Fonte: Valec

A treliça lançadeira adotada como referência nas composições de custos do SICRO


suporta um peso de até 150 toneladas, em um vão máximo entre dois apoios
consecutivos de até 45 metros, com inclinação máxima de lançamento de até 6%.

O comprimento total da treliça varia de acordo com o fabricante, entretanto, o


comprimento mínimo do corpo da treliça deve ser à distância entre dois vãos, ou seja,
deve operar apoiando-se em três apoios.

O transporte rodoviário é realizado com o equipamento desmontado em módulos.


Entretanto, deve-se observar que o tamanho dos referidos módulos varia de acordo
com os modelos fabricados, podendo acarretar em um número maior ou menor de
viagens para o transporte deste equipamento.

O lançamento das vigas com treliça pode ser realizado conforme sequência executiva
apresentada na Figura 21.

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Figura 21 - Processo de lançamento de viga com treliça lançadeira

Fonte: Rohr

A viga deve estar posicionada a uma distância que possibilite a treliça buscá-la, sem
que haja a necessidade de utilização de equipamentos auxiliares. Entretanto, caso
isso não seja possível, o deslocamento pode ocorrer com o emprego de carrelones.

O carrelone é um equipamento composto por dois pórticos móveis, montados sobre


pneus e desprovido de motor para a sua movimentação. Dessa forma, necessita
obrigatoriamente de um equipamento para a tração do conjunto e transporte
longitudinal das vigas, conforme apresentado na Figura 22.

Figura 22 - Detalhe do carrelone utilizado para transporte das vigas

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Volume 10 - Conteúdo 07 - Obras de Arte Especiais

O carrelone utilizado como referência possui ainda um sistema hidráulico para o


direcionamento do conjunto e para o içamento das vigas no canteiro de pré-moldados.
Sua capacidade de carga é de até 70 toneladas para cada pórtico.

O SICRO disponibiliza composições de custos para os seguintes serviços de


lançamento de vigas de até 1.225 kN com a utilização de treliça lançadeira:

 Lançamento de viga pré-moldada com a utilização de treliça lançadeira;


 Lançamento de viga pré-moldada com a utilização de treliça lançadeira e
carrelone.

4.1.2. Lançamento de Pré-Laje

As pré-lajes produzidas em central de pré-moldagem são transportadas e lançadas


sobre as vigas das obras de arte especiais com a utilização de um caminhão
carroceria com guindauto.

4.2. Critérios de Medição

A medição dos serviços de lançamento de vigas com utilização de guindastes ou


treliças lançadeiras deve ser realizada em função das unidades e das características
das vigas efetivamente lançadas.

A medição do serviço de lançamento de pré-laje deve ser realizada em função da


massa efetivamente lançada.

O custo unitário dos serviços remunera a utilização dos equipamentos, os materiais e


a mão de obra com seus respectivos encargos.

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5. ESTRUTURA METÁLICA

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5. ESTRUTURA METÁLICA

5.1. Descrição dos Serviços

5.1.1. Estrutura em Chapa de Aço ASTM A36 - Corte, Solda e Montagem

A composição de custo do serviço considerou como referência a instalação completa


da estrutura metálica de um galpão, compreendendo as operações de corte, solda e
montagem dos elementos metálicos e não incluindo as estruturas de fundações.

A composição de custo do referido serviço considera a utilização de um caminhão


guindauto para auxiliar no posicionamento dos elementos metálicos.

5.1.2. Chumbador Tipo Espera

O chumbador tipo espera é fabricado em aço CA-25, em diâmetros variando entre 10 mm


a 50 mm, e tem a finalidade de permitir a fixação da estrutura metálica em concreto,
conforme demonstrado na Figura 23.

Figura 23 - Detalhe de um chumbador tipo espera

5.1.3. Jateamento de Chapa de Aço com a Utilização de Granalhas de Aço

O jateamento consiste em uma técnica de tratamento superficial por impacto, com o


objetivo de permitir a limpeza e simultaneamente um correto acabamento superficial,
em etapa anterior à aplicação de revestimento.

O jateamento caracteriza-se pelo bombardeio de partículas abrasivas em alta


velocidade (65 - 110 m/s), que após o impacto com a peça remove os contaminantes
de sua superfície.

O SICRO considera a utilização do equipamento jateador pressurizado multiabrasivo,


com capacidade para 280 litros, e utiliza granalhas de aço esféricas ou angulares com
diâmetros que variam entre 0,3 a 2mm.

O serviço de jateamento exige ainda a necessidade de utilização dos seguintes


equipamentos acessórios:

 Compressor de ar portátil 197 PCM - 55 kW;


 Um bico Venturi longo de 8 mm.

35
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5.1.4. Jateamento Abrasivo em Chapa de Aço por Esteira Contínua

A execução deste serviço mostra-se bastante similar ao item anteriormente descrito,


diferenciando-se do mesmo em função da previsão de uma jateadora estacionária
com mesa transportadora, o que proporciona o aumento da produção do serviço.

Esta técnica de jateamento é utilizada principalmente na fabricação de embarcações


e flutuantes, uma vez que requer uma instalação industrial (estaleiro) para operar.

5.1.5. Pintura Epóxi em Chapa de Aço com Pistola a Ar Comprimido

O serviço consiste na pintura de chapas de aço com a utilização de um equipamento


a ar comprimido, compreendendo uma pistola com caneca de 1.000 ml e um
compressor de 1,5 kW, acionado por um grupo gerador de 2,5/3 KVA.

A execução do serviço compreende as seguintes etapas:

 Limpeza prévia da chapa com a utilização de lixa para ferro;


 Aplicação de uma demão de primer epóxi fundo branco;
 Aplicação de duas demãos de tinta epóxi com a utilização de 20% de diluente
sobre a tinta.

5.1.6. Pintura Shop Primer em Chapa de Aço por Esteira Contínua

O serviço de pintura shop primer é normalmente utilizado na fabricação de


embarcações, com objetivo de proteger as chapas metálicas ao contato com a água,
em especial no ambiente marinho.

De maneira divergente ao item anterior (pintura manual), a execução do serviço de


shop primer requer a utilização de um equipamento estático, incluindo esteira
transportadora e cabine de pintura.

5.1.7. Solda Elétrica de Perfis Metálicos e Chapas de Aço

O serviço consiste na soldagem com a utilização de eletrodo revestido E60XX, para o


aço ASTM-A570 grau 40, e E70XX, para o aço ASTM-A570 grau 4%, conforme
especificações técnicas requeridas em projeto.

O referido serviço utiliza uma máquina de solda elétrica, acionada por um grupo
gerador, cuja produção definida consiste em um valor médio obtido para soldas de
topo, de chanfro ou de filete.

5.2. Critérios de Medição

A medição dos serviços de estrutura metálica, incluindo todos os serviços e insumos


necessários a sua execução, inclusive o lançamento e a montagem, deve ser
realizada em função da massa de aço efetivamente utilizada, em quilogramas, de
acordo com as informações disponibilizadas nas composições de custos e nas
especificações de projeto.

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A medição dos serviços com chumbadores, incluindo todos os serviços necessários à


sua execução, devem ser medidos em função da massa de aço já dobrada e colocada
nas fôrmas, em quilogramas, de acordo com as especificações de projeto.

A medição dos serviços de jateamento, incluindo todos os serviços e insumos


necessários a sua execução, deve ser realizada em função da área efetivamente
jateada, em metros quadrados, de acordo com as informações disponibilizadas nas
composições de custos e nas especificações de projeto.

A medição dos serviços de pintura, incluindo todos os serviços e insumos necessários


a sua execução, deve ser realizada em função da área efetivamente pintada, em
metros quadrados, de acordo com as informações disponibilizadas nas composições
de custos e nas especificações de projeto

A medição dos serviços de solda elétrica de perfis metálicos e chapas de aço,


incluindo todos os serviços e insumos necessários a sua execução, deve ser realizada
em função da massa de eletrodos efetivamente aplicada, em quilogramas, em
consonância às informações disponibilizadas na composição de custo e nas
especificações de projeto.

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3806422 Lançamento de viga pré-moldada de 981 a 1225 kN com a utilização de treliça lançadeira - un

6. PONTE ESTAIADA

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6. PONTE ESTAIADA

A ponte estaiada consiste em uma obra de arte especial caracterizada por tabuleiros
suspensos por cabos de sustentação retos e inclinados (estais), que por sua vez são
ancorados a uma ou mais torres (mastros), formando-se, dessa forma, apoios
intermediários ao longo do vão do tabuleiro, conforme apresentado na Figura 24.

Figura 24 - Ponte Anita Garibaldi, na rodovia BR-101/SC

Fonte: DNIT

A ponte estaiada mostra-se particularmente eficiente quando se deseja vencer


grandes vãos com estruturas mais leves e de grande efeito arquitetônico.

O sistema constituinte da solução de estaiamento pode ser subdividido em tabuleiro


(vigas de rigidez e a laje), sistema de cabos (estais) que suportam o tabuleiro e as
torres que suportam os cabos (mastros), conforme apresentado na Figura 25.

Figura 25 - Componentes estruturais da ponte estaiada

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O cabo ou estai consiste no elemento estrutural de uma ponte estaiada responsável


pela transferência dos carregamentos atuantes no tabuleiro diretamente para o
mastro/torre.

Os estais são constituídos de feixes de cordoalhas paralelos entre si. As cordoalhas


de estais, normalmente fabricadas em aço CP-177-RB, são produzidas com três
camadas protetoras contra corrosão, a saber:

 Galvanização dos fios a quente;


 Filme de cera de petróleo;
 Encapadas na cor preta, com polietileno de alta densidade.

O feixe de cordoalhas fica protegido dentro de um duto de polietileno de alta densidade


(PEAD) preto ou colorido, resistente aos raios ultra violeta.

Todo esse sistema protege os cabos da corrosão, do fogo, do sol e da chuva.

Os estais são constituídos por cinco partes principais, a saber:

 Cordoalhas;
 Tubo forma;
 Tubo antivandalismo;
 Tubo HDPE;
 Ancoragem.

A Figura 26 apresenta em detalhe os principais elementos constituintes de um estai.

Figura 26 - Esquema de montagem dos estais

Fonte: Protende

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6.1. Materiais

6.1.1. Cordoalha para Estais CP-177-RB - D = 15,7 mm

As cordoalhas utilizadas para estais são produzidas com três camadas protetoras
contra a corrosão, a saber:

 Galvanização dos fios a quente, com gramatura de 200 g a 400 g de zinco por
m², antes do encordoamento e da estabilização;
 Filme de cera de petróleo - 12 g/m (mínimo);
 Encapadas na cor preta, com polietileno de alta densidade, resistente aos raios
ultravioleta, não deslizante sobre a cordoalha, com espessura mínima de 1,5
mm.

A Figura 27 apresenta os detalhes das camadas protetoras utilizadas na produção da


cordoalha galvanizada CP-177-RB.

Figura 27 - Cordoalha galvanizada CP-177-RB - D = 15,7 mm

As cordoalhas para estais devem apresentar relaxação máxima de 2,5% após 1.000
horas, para carga inicial de 70% da carga de ruptura, e módulo de elasticidade nominal
igual a 195 kN/mm².

A Tabela 09 apresenta as principais especificações técnicas da cordoalha CP-177-RB


utilizada como referência nos estais.

Tabela 09 - Especificações técnicas da cordoalha CP-177-RB - D = 15,7 mm

Massa Carga Mínima


Diâmetro Área Nominal Carga de Alongamento
Nominal a 1% de
Produto Nominal de Aço Ruptura sob Carga
Aproximada Alongamento
(mm) Mínima (mm²) Mínima (kN) (em 610 mm)
(g/m) (kN)

Cordoalha CP-177-RB 15,70 147,00 1.290,00 229,70 261,00 3,50


Fonte: Arcelor Mittal

O acondicionamento das cordoalhas é realizado em carretéis de madeira com


diâmetro de um metro e podem conter até 3,0 toneladas de material, conforme
apresentado na Figura 28.

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Figura 28 - Detalhe do carretel utilizado para acondicionamento da cordoalha

6.1.2. Tubo PEAD para Estais

O tubo, ou bainha que reveste o estai, é fabricado em polietileno de alta densidade -


PEAD, também conhecido por sua sigla em inglês HDPE - high density polyethylene.
A principal função desse tubo é proteger o estai das ações das intempéries.

Os tubos HDPE são alocados entre os tubos antivandalismo e o tubo forma da torre,
conforme apresentado na Figura 29.

Figura 29 - Tubo de polietileno de alta densidade - PEAD

O SICRO disponibiliza composições de custos para tubos PEAD nos diâmetros 110
mm, 140 mm, 160 mm, 180 mm, 200 mm, 225 mm, 250 mm, 280 mm e 315 mm.

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6.1.3. Tubo Forma

O tubo forma consiste em uma peça construída em aço galvanizado e fixada a partir
das placas de ancoragem. Sua função relaciona-se à proteção do trecho inicial das
cordoalhas, fixando as ancoragens e tubos antivandalismo, além de definir o ângulo
de partida e chegada do estai.

De forma similar às ancoragens, os tubos forma podem ser classificados em


reguláveis ou ativos e fixos ou passivos.

O SICRO disponibiliza composições de custos para os tubos forma reguláveis e fixas


para estais com 12, 19, 22, 31, 37, 43, 55, 61, 73, 85 e 91 cordoalhas de D = 15,7 mm.

6.1.4. Tubo Antivandalismo

O tubo antivandalismo, também usinado em aço galvanizado, é fixado na extremidade


superior do tubo forma localizado no tabuleiro na estrutura. Sua função consiste na
proteção do estai de agressões externas que podem danificar a estrutura, bem como
na fixação do tubo PEAD, conforme apresentado na Figura 30.

Figura 30 - Detalhe do tubo forma e tubo antivandalismo

O SICRO disponibiliza composições de custos para os tubos antivandalismo para


estais com 12, 19, 22, 31, 37, 43, 55, 61, 73, 85 e 91 cordoalhas de D = 15,7 mm.

6.1.5. Ancoragens Reguláveis e Fixas

A ancoragem consiste no dispositivo responsável por transferir as cargas dos cabos


aos apoios onde esta encontra-se ancorada, seja o tabuleiro ou a torre, conforme
apresentado na Figura 31.

As ancoragens podem ser classificadas em reguláveis ou ativas, onde ocorrem as


atividades de tensionamento, e fixas ou passivas, onde não ocorre.

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Figura 31 - Detalhe da placa separadora da ancoragem

O SICRO disponibiliza composições de custos para as ancoragens reguláveis e fixas


para estais com 12, 19, 22, 31, 37, 43, 55, 61, 73, 85 e 91 cordoalhas de D = 15,7 mm.

6.2. Equipamentos

As composições de custos do SICRO consideram os seguintes equipamentos para a


execução dos serviços relativos ao estaiamento:

 Solda elétrica de perfis metálicos e chapas de aço com eletrodo E70XX;


 Máquina de solda por termofusão para tubos HDPE com gerador de 5,5 kVA -
através de solda por termofusão permite a junção dos tubos HDPE;
 Bomba de protensão com leitura digital para tensionamento de estais - 3 kW;
 Macaco hidráulico monocordoalha para tensionamento de estais;
 Equipamento para regulagem final de estais com até 37 cordoalhas D = 15,7
mm - 20 kW;
 Equipamento para regulagem final de estais de 38 a 55 cordoalhas D = 15,7
mm - 30 kW;
 Equipamento para regulagem final de estais de 56 a 73 cordoalhas D = 15,7
mm - 40 kW;
 Equipamento para regulagem final de estais de 74 a 91 cordoalhas D = 15,7
mm - 50 kW;
 Caldeira para aquecimento e injeção de cera - 1 kW;
 Tracionador de cordoalhas - 7,5 kW - para lançamento das cordoalhas;
 Máquina policorte - 2,2 kW - para corte das cordoalhas;
 Grupo geradores.

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6.3. Descrição dos Serviços

6.3.1. Cordoalha para Estais CP-177-RB - D = 15,7 mm

Os serviços de cordoalha para estai envolvem o fornecimento, desbobinamento, corte,


desencape, grapeamento e a colocação da cordoalha metálica, considerando 5% de
perdas, máquina policorte, disco de corte, tracionador de cordoalhas e grupo gerador.

As Figuras 32 e 33 ilustram a preparação das cordoalhas, com destaque para sua


parte desencapada, e o lançamento no estai, respectivamente.

Figura 32 - Detalhe da preparação das cordoalhas

Figura 33 - Lançamento das cordoalhas no estai

A composição de custo do serviço de cordoalha foi estruturada considerando uma


equipe de trabalho composta por 1 especialista em estais, 1 armador e 6 serventes,
e, que, em 25 horas, desbobinam, cortam, desencapam a ponteira, grampeiam e
posicionam 60 cordoalhas de 40 metros.

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A produção horária do serviço de cordoalha pode ser definida em função dos


seguintes parâmetros:

 Comprimento do cabo = 40 m;
 Número de cordoalhas = 60;
 Peso cordoalha = 1,27 kg/m;
 Peso total = 40 x 60 x 1,27 = 3.048 kg;
 Tempo total = 25 horas.

3.048
Produção = ( ) = 121,92 kg/h
25

6.3.2. Tubo PEAD para Estais

As composições de custos dos serviços consideram o fornecimento e a aplicação do


tubo PEAD e a utilização de uma máquina de solda por termofusão, conforme
apresentado na Figura 34.

Figura 34 - Junção de tubos PEAD por termofusão

O SICRO disponibiliza composições de custos para os tubos PEAD para estais com
diâmetros de 110 mm, 140 mm, 160 mm, 180 mm, 200 mm, 225 mm, 250 mm, 280
mm e 315 mm.

A composição de custo do serviço de tubo PEAD foi estruturada considerando uma


equipe de trabalho composta por 1 especialista em estais, 2 carpinteiros e 8 serventes.

A Tabela 10 apresenta as produções dos serviços de tubos PEAD para estais em


função da diferenciação dos diâmetros e considerando 22 unidades com 40 metros
de comprimento cada um.

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Tabela 10 - Produção dos serviços de tubos PEAD em função do diâmetro

Diâmetro Comprimento Quantidade de Tempo Produção


(mm) (m) Tubos PEAD (h) (m/h)

110 40 22 168 5,24

140 40 22 177 4,97

160 40 22 183 4,81

180 40 22 191 4,61

200 40 22 198 4,44

225 40 22 205 4,29

250 40 22 215 4,09

280 40 22 224 3,92

315 40 22 233 3,78

6.3.3. Tubo Forma

As composições de custos dos serviços consideram o fornecimento e a aplicação do


tubo forma, conforme apresentado na Figura 35.

Figura 35 - Tubo forma regulável em instalação

O SICRO disponibiliza composições de custos para os tubos forma em função do tipo


(regulável ou fixa) e da quantidade de cordoalhas, conforme relação apresentada na
Tabela 11.

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Tabela 11 - Relação das composições de custos de tubos forma

Lado Regulável Lado Fixo

Tubo forma lado regulável para 12 cordoalhas Tubo forma lado fixo para 12 cordoalhas

Tubo forma lado regulável para 19 cordoalhas Tubo forma lado fixo para 19 cordoalhas

Tubo forma lado regulável para 22 cordoalhas Tubo forma lado fixo para 22 cordoalhas

Tubo forma lado regulável para 31 cordoalhas Tubo forma lado fixo para 31 cordoalhas

Tubo forma lado regulável para 37 cordoalhas Tubo forma lado fixo para 37 cordoalhas

Tubo forma lado regulável para 43 cordoalhas Tubo forma lado fixo para 43 cordoalhas

Tubo forma lado regulável para 55 cordoalhas Tubo forma lado fixo para 55 cordoalhas

Tubo forma lado regulável para 61 cordoalhas Tubo forma lado fixo para 61 cordoalhas

Tubo forma lado regulável para 73 cordoalhas Tubo forma lado fixo para 73 cordoalhas

Tubo forma lado regulável para 85 cordoalhas Tubo forma lado fixo para 85 cordoalhas

Tubo forma lado regulável para 91 cordoalhas Tubo forma lado fixo para 91 cordoalhas

A composição de custo do serviço de tubo forma foi estruturada considerando uma


equipe de trabalho composta por 1 especialista em estais, 1 armador, 1 carpinteiro e
2 serventes.

A Tabela 12 apresenta as produções horárias dos serviços de tubos forma em função


da quantidade de cordoalhas e considerando tubos de 3 metros de comprimento.

Tabela 12 - Produção dos serviços de tubos forma em função da quantidade de cordoalhas

Quantidade de Tempo Produção


Cordoalhas (h) (m/h)

12 1,30 2,31

19 1,38 2,17

22 1,41 2,13

31 1,49 2,01

37 1,54 1,95

43 1,61 1,86

55 1,73 1,73

61 1,80 1,67

73 1,92 1,56

85 2,05 1,46

91 2,12 1,42

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6.3.4. Tubo Antivandalismo para Estais

As composições de custos dos serviços consideram o fornecimento e a aplicação do


tubo antivandalismo.

O SICRO apresenta composições de custos para os serviços de tubo antivandalismo


em função da quantidade de cordoalhas por estai, conforme apresentado abaixo:

 Tubo antivandalismo para 12 cordoalhas D = 15,7 mm;


 Tubo antivandalismo para 19 cordoalhas D = 15,7 mm;
 Tubo antivandalismo para 22 cordoalhas D = 15,7 mm;
 Tubo antivandalismo para 31 cordoalhas D = 15,7 mm;
 Tubo antivandalismo para 37 cordoalhas D = 15,7 mm;
 Tubo antivandalismo para 43 cordoalhas D = 15,7 mm;
 Tubo antivandalismo para 55 cordoalhas D = 15,7 mm;
 Tubo antivandalismo para 61 cordoalhas D = 15,7 mm;
 Tubo antivandalismo para 73 cordoalhas D = 15,7 mm;
 Tubo antivandalismo para 85 cordoalhas D = 15,7 mm;
 Tubo antivandalismo para 91 cordoalhas D = 15,7 mm.

A composição de custo do serviço de tubo forma foi estruturada considerando uma


equipe de trabalho composta por 1 especialista em estais, 2 carpinteiros e 2 serventes.

A Tabela 13 apresenta as produções dos serviços de tubos antivandalismo em função


da quantidade de cordoalhas e considerando tubos de 3 metros de comprimento.
Tabela 13 - Produção dos serviços de tubos antivandalismo em função da quantidade de
cordoalhas

Quantidade de Tempo Produção


Cordoalhas (h) (m/h)

12 2,40 1,25

19 2,50 1,20

22 2,55 1,18

31 2,70 1,11

37 2,75 1,09

43 2,85 1,05

55 3,00 1,00

61 3,05 0,98

73 3,20 0,94

85 3,35 0,90

91 3,40 0,88

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6.3.5. Ancoragem para Estais

O tensionamento é realizado nas ancoragens reguláveis, com a utilização de macacos


para monocordoalhas. A ancoragem da cordoalha junto à placa é realizada de forma
isolada com o emprego de cunhas de aço, dispositivo semelhante ao empregado nos
serviços de protensão.

Finalizada a operação de tensionamento, a força pode ser ajustada precisamente por


meio de um macaco compacto multicordoalha, aplicado no anel rosqueado de
regulagem da ancoragem móvel.

A capa de PEAD e a cera que envolvem a cordoalha após a galvanização são


removidas da região da ancoragem para permitir a pretensão dos cabos. A
durabilidade das cordoalhas nesta região é garantida por intermédio da inserção de
um tampão na extremidade das ancoragens e posterior injeção de cera, preenchendo
os vazios entre cordoalhas, conforme apresentado na Figura 36.
Figura 36 - Tampão de proteção das ancoragens

Nas ancoragens fixas, os serviços envolvem o fornecimento e a aplicação da peça


usinada, da injeção de cera e de sua caldeira de aquecimento.

Nas ancoragens reguláveis, apresentada em detalhe na Figura 37, os serviços


envolvem o fornecimento e a aplicação das ancoragens reguláveis, da cera, da
caldeira para aquecimento e da injeção de cera.
Figura 37 - Detalhe de parte da ancoragem regulável

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A execução do serviço de ancoragem dos estais requer ainda a utilização do macaco


hidráulico para monocordoalha, da bomba de protensão com leitura digital e do
equipamento para regulagem final de estais, conforme apresentado na Figura 38.

Figura 38 - Tensionamento com macaco monocordoalha

Fonte: Alga

O SICRO disponibiliza composições de custos para as ancoragens em função do tipo


(regulável ou fixa) e da quantidade de cordoalhas, conforme relação apresentada na
Tabela 14.

Tabela 14 - Relação das composições de custos de ancoragem de estais

Ancoragem Lado Regulável Ancoragem Lado Fixo

Ancoragem para estais, regulável para 12 cordoalhas Ancoragem para estais, fixa para 12 cordoalhas

Ancoragem para estais, regulável para 19 cordoalhas Ancoragem para estais, fixa para 19 cordoalhas

Ancoragem para estais, regulável para 22 cordoalhas Ancoragem para estais, fixa para 22 cordoalhas

Ancoragem para estais, regulável para 31 cordoalhas Ancoragem para estais, fixa para 31 cordoalhas

Ancoragem para estais, regulável para 37 cordoalhas Ancoragem para estais, fixa para 37 cordoalhas

Ancoragem para estais, regulável para 43 cordoalhas Ancoragem para estais, fixa para 43 cordoalhas

Ancoragem para estais, regulável para 55 cordoalhas Ancoragem para estais, fixa para 55 cordoalhas

Ancoragem para estais, regulável para 61 cordoalhas Ancoragem para estais, fixa para 61 cordoalhas

Ancoragem para estais, regulável para 73 cordoalhas Ancoragem para estais, fixa para 73 cordoalhas

Ancoragem para estais, regulável para 85 cordoalhas Ancoragem para estais, fixa para 85 cordoalhas

Ancoragem para estais, regulável para 91 cordoalhas Ancoragem para estais, fixa para 91 cordoalhas

A composição de custo do serviço de ancoragem foi estruturada considerando uma


equipe de trabalho composta por 2 especialistas em estais e 4 serventes.

As Tabelas 15 e 16 apresentam os tempos necessários à execução dos serviços de


ancoragem de estais, para o lado regulável e para o lado fixo, respectivamente, por
unidade, em função da quantidade de cordoalhas.

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Tabela 15 - Tempos para execução dos serviços de ancoragem de estais no lado regulável em
função da quantidade de cordoalhas

Ancoragem Regulável

Quantidade de Posicionamento da Protensão Regulagem Injeção de Tempo


Cordoalhas Ancoragem (h) (h) (h) Cera (h) Total (h)

12 3,00 0,52 3,00 0,78 7,3

19 3,16 0,59 3,00 0,885 7,6

22 3,22 0,62 3,00 0,93 7,8

31 3,27 0,71 3,00 1,065 8,0

37 3,53 0,77 3,00 1,155 8,5

43 3,45 0,83 3,50 1,245 9,0

55 3,65 0,95 3,50 1,425 9,5

61 4,00 1,01 4,00 1,515 10,5

73 4,22 1,13 4,00 1,695 11,0

85 4,42 1,25 4,50 1,875 12,0

91 4,55 1,31 4,50 1,965 12,3

Tabela 16 - Tempos para execução dos serviços de ancoragem de estais no lado fixo em
função da quantidade de cordoalhas

Ancoragem Fixa

Quantidade de Posicionamento da Regulagem Injeção de Tempo


Cordoalhas Ancoragem (h) (h) Cera (h) Total (h)

12 3,00 1,00 0,78 4,78

19 3,16 1,00 0,885 5,05

22 3,22 1,00 0,93 5,15

31 3,27 1,00 1,065 5,34

37 3,53 1,00 1,155 5,69

43 3,45 1,25 1,245 5,95

55 3,65 1,25 1,425 6,33

61 4,00 1,35 1,515 6,87

73 4,22 1,35 1,695 7,27

85 4,42 1,50 1,875 7,80

91 4,55 1,50 1,965 8,02

A Tabela 17 apresenta as quantidades de cera necessárias à ancoragem de estais


nos lados fixo e regulável em função da quantidade de cordoalhas.

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Tabela 17 - Consumo de cera por quantidade de cordoalhas

Consumo de Cera
(kg)
Quantidade de
Cordoalhas
Ancoragem Ancoragem
Fixa Regulável

12 4,4 8,7

19 6,0 12,0

22 9,0 18,1

31 12,2 24,3

37 12,2 24,3

43 14,1 28,1

55 14,1 28,1

61 19,7 39,4

73 23,8 47,5

85 31,1 62,2

91 31,1 62,2

6.4. Critérios de Medição

A medição dos serviços de cordoalha deve ser realizada em função da quantidade de


aço efetivamente utilizada, em quilogramas, estando inclusos no custo o fornecimento,
o desbobinamento, o corte, o desencape, o grapeamento e o posicionamento no estai.

A medição dos serviços de tubos PEAD para estai deve ser realizada em função do
comprimento dos tubos efetivamente utilizados, em metros, estando incluso no custo
o fornecimento, a solda e o posicionamento.

A medição dos serviços de tubos forma para estai deve ser realizada em função do
comprimento dos tubos efetivamente utilizados, em metros, estando incluso no custo
o fornecimento, a solda e o posicionamento.

A medição dos serviços de tubos antivandalismo para estai deve ser realizada em
função do comprimento dos tubos efetivamente utilizados, em metros, estando incluso
no custo o fornecimento, a solda e o posicionamento.

A medição dos serviços de ancoragens reguláveis ou fixas para estai deve ser
realizada em função da unidade efetivamente executada, estando incluso no custo o
fornecimento e o posicionamento. Importa destacar que, especificamente para a
ancoragem regulável, as operações de protensão das cordoalhas encontram-se
também inclusas no custo do serviço.

Todos os serviços aqui apresentados contemplam o fornecimento dos equipamentos,


dos materiais e da mão de obra necessária, incluindo todos os encargos
correspondentes para sua completa execução.

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7. TÚNEIS

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7. TÚNEIS

A escavação subterrânea pode ser realizada em solos ou em rochas.

A escavação de um túnel em rocha é realizada por meio da abertura de um certo


número de furos na cabeceira, do carregamento com explosivos e posterior detonação
em ordem pré-determinada. A locação e a direção dos furos, a quantidade ou razão
de carga dos explosivos e a sequência de detonação constituem o chamado
"esquema de fogo".

A escavação subterrânea em solo é realizada com a utilização de equipamentos


normais de terraplenagem e com o auxílio de elementos de sustentação e de reforço,
provisórios ou permanentes.

O SICRO disponibiliza composições de custos para os serviços de escavação de


túneis elaboradas de acordo a metodologia NATM (New Austrian Tunnelling Method)
e apresentadas em conformidade com as classificações descritas na Tabelas 18 e 19.

Tabela 18 - Classificação NATM

Classificação NATM

Maciços de rocha sã, sem alterações, coesos e autoportantes,


Classe I com ausência de planos (famílias) de fraturas ou diáclases, que
no entanto poderão ocorrer de forma isolada.

Maciços de rocha sã, sem alterações, coesos e autoportantes,


Classe II porém já apresentando pelo menos um plano (família) de
diáclases ou de fraturas.

Maciços de rocha sã, fraturada, ainda com um certo grau de


autossuporte e coesão, porém entrecortado por planos (famílias)
de fraturas orientados segundo diferentes direções e mergulhos,
Classe III
podendo ocorrer faixas milimétricas a centimétricas de alterações
nestas fraturas, associadas a maiores concentrações de água
subterrânea.

Maciços de rocha mais fraturada e apresentando faixas


intercaladas de rocha alterada, com coesão mais reduzida,
Classe IV
autossuporte e estabilidade temporários, quadro que pode se
agravar na presença de água subterrânea.

Maciços formados por solo de alteração (saprólitos) ou rocha


totalmente alterada, com pouca ou nenhuma coesão, ausência de
Classe V autossuporte e estabilidade quando escavados; na presença de
água subterrânea estes maciços passarão a ser classificados
como de Classe VI.

As escavações realizadas em solo são classificadas como de classe VI.

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Tabela 19 - Guia para escavação e suporte de túneis (Bieniawski, 1976)

Classe do Classe Suporte


Maciço Geomecânica Escavação Concreto
Rochoso RMR Ancoragens Cambotas
Projetado

I 81 a 100 Seção total; 3 m de avanço Geralmente não requer suporte com a exceção de ancoragens ocasionais

Ancoragens com 3 m de
Seção total; 1 a 1,5 m de
comprimento, espaçadas de 50 mm no teto
II 61 a 80 avanço; suporte completo a Nenhuma
2,5 m, ocasionalmente com quando necessário
20 m da frente
malha em certas zonas do teto

Seção parcial (frente e Ancoragens sistemáticas com


rebaixo); 1,5 a 3 m de 4 m de comprimento 50 a 100 mm no
III 41 a 60 avanço; início do suporte a espaçadas de 2 m nas teto, 30 mm nas Nenhuma
cada fogo; suporte completo paredes e teto, com malha no paredes
a 10 m teto

Seção parcial (frente e


Ancoragens sistemáticas com
rebaixo); 1a 1,5 m de 100 a 200 mm no
4 a 5 m de comprimento, Cambotas leves
IV 21 a 40 avanço; instalação do teto, 100 mm nas
espaçadas de 1 a 1,5 m com espaçadas de 1,5 m
suporte concomitantemente paredes
malha no teto e paredes
com a escavação

Seções múltiplas; 0,5 a 1,5 Ancoragens sistemáticas com


Cambotas médias a
m de avanço; instalação do 5 a 6 m de comprimento, 150 a 250 mm no
pesadas espaçadas de
V < 20 suporte concomitantemente espaçadas de 1 a 1,5 m com teto, 150 mm nas
0,75m; fechamento na
com a escavação; concreto malha no teto e paredes; paredes
soleira
projetado logo após o fogo ancoragem na soleira

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7.1. Metodologia de Execução

7.1.1. Parâmetros Adotados para o Cálculo das Produções das Escavações em


Rocha

7.1.1.1 Escavação da Calota

a) Parâmetros Básicos

A elaboração das composições de custos para escavação em rochas foi realizada


considerando as premissas apresentadas a seguir:

 Túnel rodoviário com seções de referência de 20 a 40 m 2, de 41 a 60 m², de


61 a 90 m² e acima de 90 m². Para seções acima de 90 m² foi considerada
como referência a seção de 100 m²;
 Extensão de referência de 400 m;
 Turno de trabalho de 12 horas. Um avanço de perfuração por turno;
 Os parâmetros de escavação da calota em rocha encontram-se
apresentados na Tabela 20.
Tabela 20 - Parâmetros de escavação da calota em rocha

Furos do Velocidade de
Seção Profundidade Sobrefuração Furos da
Classe Contorno e Perfuração
(m2) dos Furos (m) (m) Seção
do Pilão (m/min)

I 100 4,0 0,50 110 40 1,0

II 100 3,5 0,40 110 40 1,0

III 100 3,0 0,30 110 40 1,0

IV 100 2,4 0,20 110 40 1,0

I 75 4,0 0,50 90 30 1,0

II 75 3,5 0,40 90 30 1,0

III 75 3,0 0,30 90 30 1,0

IV 75 2,4 0,20 90 30 1,0

I 50 4,0 0,50 80 30 1,0

II 50 3,5 0,40 80 30 1,0

III 50 3,0 0,30 80 30 1,0

IV 50 2,4 0,20 80 30 1,0

I 30 4,0 0,50 50 30 1,0

II 30 3,5 0,40 50 30 1,0

III 30 3,0 0,30 50 30 1,0

IV 30 2,4 0,20 50 30 1,0

A velocidade de perfuração inclui os tempos gastos com troca de hastes, afiação e


posicionamento do furo.

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b) Equipamentos

 Perfuração
- Jumbo eletro-hidráulico com 3 braços para seções acima 75 m²;
- Jumbo eletro-hidráulico com 2 braços para seções inferiores a 75 m².
 Limpeza:
- Carregadeira de pneus com capacidade de 3,3 m³;
- Caminhão basculante para rocha com capacidade de 12 m³ para seções
acima de 40 m²;
- Caminhão basculante para rocha com capacidade de 8 m³ para seções de
20 a 40 m²;
- Plataforma pantográfica montada em caminhão;
- Escavadeira hidráulica com martelo hidráulico de 1.700 kg;
- Grupo gerador 310/340 kVA;
- Ventilador axial para ventilação forçada - 30 kW;
- Bomba submersível com capacidade de 75 m³/h.

7.1.1.2 Escavação do Rebaixo

a) Parâmetros Básicos

Os parâmetros de escavação do rebaixo encontram-se apresentados na Tabela 21.


Tabela 21 - Parâmetros de escavação do rebaixo em rocha
Malha de Velocidade
Profundidade Sobrefuração Número
Classe Perfuração de Perfuração
dos Furos (m) (m) de Furos
(m2) (m/min)

I a IV 2,0 m x 2,5 m 2,0 0,6 21 0,25

b) Equipamentos

 Perfuração
- Perfuratriz hidráulica sobre esteiras - 145 kW.
 Limpeza
- Carregadeira de pneus com capacidade de 3,3 m³;
- Caminhão basculante para rocha com capacidade de 12 m³;
- Compressor de ar portátil - 748 PCM - 154 kW;
- Martelete perfurador/rompedor a ar comprimido de 28 kg;
- Grupo gerador 100/110 kVA;
- Ventilador axial para ventilação forçada - 30 kW.

A técnica de escavação do rebaixo é similar àquela utilizado em céu aberto.

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7.2.1.1. Adicional de Periculosidade

Em virtude da natureza dos serviços, O SICRO considerou necessária a aplicação de


adicionais de periculosidade para alguns serviços e/ou equipamentos, de acordo com
o previsto nas normas regulamentadoras do trabalho.

No que se refere ao adicional de periculosidade, em observância à Norma


Regulamentadora nº 16, estabeleceu-se a necessidade de se aplicar o referido
adicional, em percentual de 30% (trinta por cento) sobre o salário de referência, aos
trabalhadores que atuam em áreas nas quais ocorra manipulação regular de
explosivos, particularmente nos serviços de túneis, derrocagem (inclusive para os
mergulhadores) e nas atividades de blaster.

A Tabela 22 apresenta a relação de categorias profissionais de túneis cujos adicionais


de periculosidade são incluídos diretamente no custo da mão de obra.

Tabela 22 - Categorias profissionais com adicional de periculosidade

Código Categoriais Profissionais com


Unidade
SICRO Adicional de Periculosidade

9852 Blaster h

9892 Auxiliar de blaster h

9927 Frentista de túnel com periculosidade h

9928 Servente com periculosidade h

Bombeiro hidráulico com


9929 h
periculosidade

9930 Eletricista com periculosidade h

Operador de equipamento pesado com


9932 h
periculosidade

Motorista de veículo especial com


9934 h
periculosidade

Operador de equipamento leve com


9938 h
periculosidade

Operador de equipamento leve com


9939 h
insalubridade

Operador de equipamento especial


9944 h
com periculosidade

Motorista de caminhão com


9956 h
periculosidade

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7.1.2. Parâmetros Adotados para o Cálculo das Produções das Escavações em Solos

a) Parâmetros Básicos

A elaboração das composições de custos para escavação em solos foi realizada


considerando as premissas apresentadas a seguir:

 Túnel rodoviário com seções de referência de 20 a 40 m2, de 41 a 60 m², de 61


a 90 m² e acima de 90 m². Para seções acima de 90 m² foi considerada como
referência a seção de 100 m²;
 Extensão de referência de 400 m;
 Turno de trabalho de 12 horas;
 Os parâmetros de escavação em solo encontram-se apresentados na Tabela
23.
Tabela 23 - Parâmetros de escavação em solos

Profundidade Capacidade da Tempo de


Classe do Avanço Escavadeira Ciclo
(m) (m3) (min)

V 0,8 0,4 0,28

VI 0,6 0,4 0,24

b) Equipamentos

 Perfuração
- Escavadeira hidráulica sobre esteira com capacidade de 0,4 m³;
- Escavadeira hidráulica com martelo hidráulico 550 kg para seções de 20 a
40 m³ em túneis de classe V.
 Limpeza
- Caminhão basculante com capacidade de 10 m³ para seções acima de 40
m²;
- Caminhão basculante com capacidade de 5 m³ para seções de 20 a 40 m²;
- Carregadeira de pneus com capacidade de 1,3 m³ para seções de 20 a 40
m²;
- Grupo gerador 100/110 kVA;
- Ventilador axial para ventilação forçada - 30 kW.

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7.2. Cálculo das Produções

7.2.1. Etapas de Execução

A atividade de escavação em ambiente confinado não permite que os equipamentos


trabalhem de forma contínua. Os diversos equipamentos que constituem a equipe
mecânica ficam em espera, em função das seguintes etapas de execução:

a) Escavações em Rocha (Classes I a IV)

 Topografia e mapeamento geológico;


 Deslocamento de utilidades;
 Perfuração;
 Carregamento dos furos e detonação;
 Ventilação;
 Recomposição de utilidades;
 Bate-choco e limpeza;
 Concreto projetado;
 Tirantes;
 Enfilagens;
 Cambotas metálicas leves.

b) Escavações em Solos (Classes V e VI)

 Topografia e mapeamento geológico;


 Deslocamento de utilidades;
 Enfilagens;
 Tirantes;
 Pregagem da frente;
 Escavação;
 Limpeza;
 Cambotas metálicas;
 Concreto projetado;
 Colocação de armação de tela.

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7.2.2. Produção da Perfuratriz

O equipamento líder é o jumbo de perfuração, conforme apresentado na Figura 39,


cujo tempo produtivo ocorre apenas durante o tempo de perfuração. O tempo
improdutivo ocorre em função da produção da equipe durante um turno de trabalho.
Figura 39 - Jumbo de perfuração

A produção do jumbo de perfuração é definida em função dos seguintes parâmetros,


conforme exemplo apresentado abaixo para escavação em rochas de classe I:

 Maciço Classe I;
 Produção da equipe = 100 x 4 / 12 = 33,33 m³/h;
 Tempo de perfuração = (110 + 40) x (4 + 0,5) / (3 x 1) = 225 min;
 Fator de eficiência = 0,83;
 Produção do jumbo = 60 x 100 x 4 / 225 = 106,67 m3/h;
 Número de horas trabalhadas = 225 / 60 = 3,75 h;
 Utilização produtiva = 3,75 / 12 = 0,31;
 Utilização improdutiva = 0,69.

7.2.3. Produção da Carregadeira

As composições de custos de escavação subterrânea do SICRO contemplam apenas


a parcela de transporte no interior do túnel. A distância média de transporte
considerada foi de até 200 metros. Em túneis com maiores extensões, deve-se
considerar o acréscimo da distância por momento de transporte apenas durante a
elaboração do orçamento do projeto.

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A produção da carregadeira determina a quantidade de caminhões necessários e


pode ser calculada conforme exemplo abaixo:

 Capacidade da carregadeira = 3,3 m3;


 Fator de eficiência = 0,83;
 Fator de carga = 0,7;
 Fator de conversão = 0,57;
 Tempo de ciclo = 0,5 min;
 Produção = 60 x 3,3 x 0,7 x 0,57 x 0,83 / 0,5 = 131,14 m 3/h;
 Número de horas trabalhadas = 100 x 4 / 131,14 = 3,05 h;
 Utilização produtiva = 3,05 / 12 = 0,25;
 Utilização improdutiva = 0,75.

7.2.4. Produção dos Caminhões

A produção dos caminhões pode ser calculada conforme exemplo abaixo:

 Capacidade = 12 m3;
 Distância média = 100 m;
 Fator de carga = 0,9;
 Fator de eficiência = 0,83;
 Fator de conversão = 0,57;
 Tempo de carga, descarga e manobras = 3,5 min;
 Velocidade média carregado = 89,61 m/min;
 Velocidade média descarregado = 166,42 m/min;
 Tempo de ciclo = (100 / 89,61 + 100 / 166,42) + 3,5 = 5,22 min;
 Produção do caminhão = 60 x 12 x 0,9 x 0,83 x 0,57 / 5,22 = 58,73 m3/h;
 Número de horas trabalhadas = 100 x 4 / 58,73 = 6,81 h;
 Número de caminhões necessários = 131,14 / 58,73 = 3;
 Utilização produtiva = 6,81 / (3 x 12) = 0,19;
 Utilização improdutiva = 0,81.

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7.2.5. Produção da Plataforma Pantográfica

A plataforma pantográfica, conforme apresentado na Figura 40, atende ao


carregamento dos furos e bate-choco e a ocupação da plataforma ocorre em apenas
30% do tempo de limpeza, o qual é definido em função da produção da carregadeira.

Figura 40 - Plataforma pantográfica

7.2.6. Produção da Escavadeira com Martelo Hidráulico

A escavadeira com martelo hidráulico de 1.700 kg permanece produtiva durante toda


a operação de bate-choco que ocorre durante 30% do tempo de limpeza.

7.3. Escoramento e Revestimento

Após a escavação, dependendo das condições da rocha (fraturadas e/ou alteradas),


as paredes e a abóbada do túnel podem se mostrar instáveis, de imediato ou a prazo,
e consequentemente necessitar de escoramento.

A escolha dos métodos de escoramento nos túneis é diretamente condicionada à


geologia do maciço. As escavações podem ser escoradas com um método ou com
uma combinação de métodos. As intervenções mais comuns são indicadas a seguir:

 Tirantes;
 Concreto projetado;
 Tirantes + concreto projetado;
 Cambotas metálicas;
 Concreto estrutural;
 Enfilagens.

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O SICRO disponibiliza composições de custos para diferentes serviços de execução


de ancoragens, a saber: enfilagem tubular (sistema AT, sistema Symmetrix e com
tubos metálicos SCH 40) e em coluna de CCPH.

7.3.1. Enfilagens Tubulares

As enfilagens tubulares injetadas formam uma capa protetora ao redor da seção do


túnel, consolidando o solo e permitindo um avanço mais seguro da escavação,

7.3.1.1 Enfilagens no Sistema AT

As Figuras 41 e 42 apresentam detalhes das enfilagens tubulares injetadas no sistema


AT e de sua respectiva execução no interior de um túnel.

Figura 41 - Enfilagem tubular injetada no sistema AT

Figura 42 - Execução de enfilagens tubulares

69
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O SICRO disponibiliza as seguintes composições de custos para a execução de


enfilagens tubulares injetadas no sistema AT:

 Enfilagem tubular injetada no sistema AT, D = 76 mm, em túnel classe VI;


 Enfilagem tubular injetada no sistema AT, D = 76 mm, em túnel classe V.

7.3.1.2 Enfilagens no Sistema Symmetrix

As Figuras 43 e 44 apresentam detalhes dos dispositivos utilizados para execução


das enfilagens tubulares injetadas no sistema Symmetrix.
Figura 43 - Enfilagem com martelo de topo DTH

Figura 44 - Sistema de Ring Bit Permanente Symmetrix para DTH

O SICRO disponibiliza as seguintes composições de custos para a execução de


enfilagens tubulares injetadas no sistema Symmetrix:

 Enfilagem tubular injetada no sistema Symmetrix, D = 76 mm, túnel classe VI;


 Enfilagem tubular injetada no sistema Symmetrix, D = 76 mm, túnel classe V.

7.3.1.3 Enfilagens em Aço SCH 40

O SICRO disponibiliza as seguintes composições de custos para a execução de


enfilagens tubulares injetadas em aço SCH 40:

 Enfilagem tubular injetada em aço SCH 40, D = 50 mm, com perfuração D =


100 mm, em túnel classe VI;
 Enfilagem tubular injetada em aço SCH 40, D = 50 mm, com perfuração D =
100 mm, em túnel classe V;

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 Enfilagem tubular injetada em aço SCH 40, D = 65 mm, com perfuração D =


100 mm, em túnel classe VI;
 Enfilagem tubular injetada em aço SCH 40, D = 65 mm, com perfuração D =
100 mm, em túnel classe V.

7.3.1.4 Equipamentos de Perfuração das Enfilagens

As enfilagens são executadas com perfuratrizes hidráulicas rotopercussivas,


conforme detalhes apresentados nas Figuras 45 e 46.

Figura 45 - Dimensões referenciais de uma perfuratriz rotopercussiva

Figura 46 - Perfuratriz rotopercussiva

7.3.1.5 Equipamentos de Injeção de Nata de Cimento

A injeção da calda de cimento é realizada por meio de um misturador de alta


turbulência dotado de bomba para grouteamento.

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7.3.2. Enfilagem em Coluna de CCPH

A enfilagem em coluna para escoramento de escavações subterrâneas pode ser


realizada por meio de jet grouting horizontal (CCPH).

O jet grouting horizontal (CCPH) consiste em um processo onde um jato da calda de


cimento é introduzido no terreno a alta pressão e elevada velocidade por meio de
bicos injetores, num raio bem determinado, de tal modo que desagrega o solo e
mistura-se a este formando colunas de solo-cimento, conforme processo executivo
apresentado na Figura 47.

Figura 47 - Execução de enfilagem de coluna de CCPH

Fonte: Brasfond

A perfuração do terreno é realizada por processo rotativo, com o emprego de injeção


d’água sob pressão.

Na extremidade inferior da haste de perfuração, antecedendo a ferramenta de corte,


encontra-se instalado um dispositivo especial, denominado hidromonitor, no qual são
alojados os bicos de injeção.

A calda de injeção de cimento é preparada num conjunto misturador agitador de alta


turbulência e de grande volume.

O SICRO disponibiliza composições de custos para enfilagens em coluna de CCPH


para diâmetros de 40, 50 e 60 cm, a serem utilizadas nos emboques dos túneis.

72
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7.3.3. Cambotas

As cambotas metálicas são normalmente utilizadas para escoramento e revestimento


em solo ou em rocha alterada, quando não é possível o emprego de tirantes. As
cambotas podem ser constituídas de perfis metálicos com seção em I ou H,
padronizados ou em treliças metálicas, conforme detalhes e vista tridimensional
apresentados nas Figuras 48 e 49, ou calandradas.

Em perfis, as dimensões de alma mais comumente utilizadas em túneis são de 25 cm


ou de 30 cm. O espaçamento entre as cambotas pode ser variável dependendo do
empuxo do maciço e do possível avanço.

Figura 48 - Detalhe da cambota treliçada

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Figura 49 - Vista tridimensional da cambota treliçada

7.3.4. Tela Metálica

O escoramento e revestimento de escavações subterrâneas pode ser realizado com


o auxílio de telas metálicas aplicadas em conjunto como o concreto projetado.

A colocação das telas metálicas no teto e nas paredes exige o apoio de uma
plataforma pantográfica montada em um caminhão.

O SICRO disponibiliza uma composição de custo para o serviço de armação de tela


de aço eletrosoldada em túneis com auxílio de plataforma pantográfica.

7.4. Elementos Lineares de Reforço

Nas escavações de túneis em solo, a frente de escavação pode ser reforçada com a
utilização de elementos lineares.

7.4.1. Pregagem da Frente de Escavação

O SICRO disponibiliza duas composições de custos para os serviços de pregagem da


frente de escavação, conforme processos apresentados abaixo:

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 O primeiro processo consiste na cravação de tubos de PVC de 50 mm com 20


m de comprimento, introduzidos no solo com uma perfuratriz rotopercussiva e
injetadas com argamassa de cimento e areia 1:1;
 O segundo processo consiste na cravação de vergalhões de fibra de vidro de
25 mm de diâmetro e com 20 m de comprimento, introduzidos no solo com uma
perfuratriz rotopercussiva e injetadas com calda de cimento.

7.4.2. Pré-Fissuramento

Após a escavação da calota de túnel em rocha, ocorre a operação de pré-fissuramento


das laterais de modo a liberar o maciço e permitir a escavação em bancada, de cima
para baixo, similar à técnica de escavação a céu aberto.

O serviço de pré-fissuramento consiste em uma linha reta de furos acompanhando as


paredes laterais do túnel. Esses furos devem ser coplanares e com afastamento
reduzido. As cargas explosivas são também reduzidas, distribuídas e espaçadas ao
longo do furo. A perfuração dos furos é realizada com marteletes.

O SICRO disponibiliza apenas uma composição de custo para o serviço de pré-


fissuramento em túneis.

7.4.3. Concreto Projetado e Tirantes

Os serviços relacionados à execução de concreto projetado e de tirantes e suas


respectivas composições de custos encontram-se apresentados em capítulos
específicos de outros volumes do Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes.

7.5. Drenagem

7.5.1. Coluna de Jet Grouting Vertical

A execução de coluna de jet grouting vertical é realizada em processo similar ao


descrito para enfilagem em coluna CCPH, utilizado para escoramento do solo. O furo
é realizado verticalmente com uma perfuratriz e um jato da calda de cimento é
introduzido no terreno a alta pressão e elevada velocidade por meio de bicos injetores,
num raio bem determinado, de tal modo que desagrega o solo e mistura-se a este
formando colunas de solo-cimento.

A perfuração do terreno é realizada por processo rotativo, com o emprego de injeção


d’água sob pressão.

Na extremidade inferior da haste de perfuração, antecedendo a ferramenta de corte,


encontra-se instalado um dispositivo especial, denominado hidromonitor, no qual são
alojados os bicos de injeção.

A calda de injeção de cimento é preparada num conjunto misturador agitador de alta


turbulência e de grande volume.

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O SICRO disponibiliza composições de custos para execução de colunas de jet


grouting com diâmetros de 80 cm, 90 cm, 100 cm, 110 cm e 120 cm.

7.5.2. Membrana de Polietileno de Alta Densidade e Geotêxtil

O SICRO disponibiliza uma composição de custo para o serviço de captação e


condução ordenada das águas do lençol freático e criação de manta impermeável,
com a utilização de uma membrana de polietileno de alta densidade e revestida com
geotêxtil em uma das faces, conforme apresentado na Figura 50.

Figura 50 - Membrana de polietileno utilizada na drenagem do túnel

7.5.3. Drenos Filtrantes e Não Filtrantes

A execução desses serviços é realizada por meio de perfuração e introdução de tubos


de PVC filtrantes e não filtrantes com diâmetro de 40 mm, conforme detalhes
apresentados na Figura 51.

Figura 51 - Posição dos drenos filtrantes e não filtrantes no túnel

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O SICRO disponibiliza duas composições de custos para os serviços de drenagem do


maciço em contato com o teto e as paredes do túnel.

7.5.4. Dreno Horizontal Profundo a Vácuo

O serviço de esgotamento foi estruturado considerando o custo horário de uma bomba


centrífuga e de uma bomba com câmara de vácuo e o custo da mão de obra de apoio.

O SICRO disponibiliza composições para drenos sub-horizontais e uma composição


de custo para o esgotamento do DHP a vácuo, medido em kWh.

7.6. Critérios de Medição

A medição dos serviços de túneis deve ser realizada em função das quantidades e
das unidades estabelecidas nas respectivas composições de custos, de acordo com
as informações constantes das especificações de projeto.

Todos os serviços aqui apresentados contemplam o fornecimento dos equipamentos,


dos materiais e da mão de obra necessária, incluindo todos os encargos
correspondentes para sua completa execução.

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8. EQUIPAMENTOS ESPECIAIS DE APOIO

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8. EQUIPAMENTOS ESPECIAIS DE APOIO

A construção ou conservação, manutenção, reforço e alargamento de obras de arte


especiais pode requerer a utilização de equipamentos especiais de apoio que, de
acordo com as características do projeto e da obra, podem ser alocados diretamente
nas composições de custos dos serviços ou, em virtude da sua transversalidade e
importância em diferentes frentes de serviços, incorporado diretamente ao orçamento
como item de planilha em função de seu tempo de permanência na obra.

8.1. Descrição dos Serviços

8.1.1. Grua Fixa

A grua fixa, também conhecida como guindaste de torre, consiste em um equipamento


utilizado para o transporte vertical e horizontal de cargas e materiais, desde o ponto
de carregamento até o seu ponto de aplicação. Este equipamento é indicado para
construções envolvendo grandes alturas ou lanças de grande alcance, conforme
apresentado na Figura 63.

Figura 52 - Utilização de grua em obra de ponte estaiada

As gruas são inicialmente montadas com auxílio de guindastes, existindo a


possibilidade de aumento da altura por meio da inserção de elementos estruturais
modulares, operação a qual denominamos de telescopagem.

A medição dos serviços relacionados à utilização da grua fixa deve ser realizada das
seguintes formas:

 Grua fixa com altura de 60 a 198 m, com alcance de 60 m e capacidade de


1.500 kg na ponta da lança - A utilização do equipamento deve ser medida por
tempo de permanência na obra, limitado a 220 horas por mês;
 Montagem e desmontagem de grua fixa, exclusive fundações - O serviço deve
ser medido por unidade de grua montada e desmontada;
 Ancoragem e telescopagem de grua com cada elevação de até 20 m - O serviço
deve ser medido por unidade, a cada elevação de até 20 metros, excetuando-
se os 60 metros iniciais.

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8.1.2. Elevador de Cremalheira

O elevador de cremalheira permite o transporte de pessoas e cargas em níveis mais


elevados de maneira rápida e segura, conforme apresentado na Figura 64.

Figura 53 - Elevador de cremalheira

A medição dos serviços relacionados à utilização do elevador de cremalheira deve ser


realizada das seguintes formas:

 Elevador de cremalheira com cabine simples, capacidade de 1.500 kg e altura


de até 100 m de lança - A utilização do equipamento deve ser medida por tempo
de permanência na obra, limitado a 220 horas por mês;
 Montagem e desmontagem de elevador de cremalheira com cabine simples,
exclusive fundações - O serviço deve ser medido por unidade de elevador de
cremalheira montada e desmontada;
 Ancoragem e ascensão de torre de elevador de cremalheira com cada elevação
de até 9 m - O serviço deve ser medido por unidade, a cada ascensão de até 9
metros, excetuando-se os 9 metros iniciais.

8.1.3. Escada Tubular em Aço Galvanizado

A escada tubular é confeccionada com tubos de aço galvanizado de classe leve, com
diâmetro de 40 mm. Além desses elementos, a escada é constituída por degraus,
patamares e guarda-corpos, conforme detalhamento apresentado na Figura 65.

O custo da escada tubular em aço galvanizado foi concebido considerando-se o


consumo médio equivalente de 200 kg de tubo por metro de tubo, com peso específico
de 3,5 kg/m, incluindo-se nesta taxa todas as peças componentes da escada
(patamares, degraus, etc.) e sua utilização por dez vezes.

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Figura 54 - Esquema de escada tubular

A medição da escada tubular em aço galvanizado deve ser realizada em função de


sua projeção vertical, em metros, incluso o fornecimento, a montagem e a
desmontagem da estrutura.

8.1.4. Plataforma de Trabalho em Madeira

As plataformas de trabalho são compostas de peças e tábuas de madeira


devidamente contraventadas, formando módulos superpostos de 1 x 1 x 1 m, sendo
utilizadas para serviços de inspeção ou de conservação, manutenção, reforço e
alargamento de obras de arte especiais.

As peças de madeira verticais são compostas por caibros de 7,5 x 7,5 cm e o


travamento horizontal e diagonal é realizado com peças de madeira de 2,5 x 7,5 cm,
formando com as peças verticais quadros triarticulados.

A base é apoiada diretamente no solo e no topo são colocadas tábuas de madeira de


2,5 x 30 cm.

O SICRO apresenta duas composições de custos para o serviço de montagem de


plataforma de trabalho, com a utilização de 5 vezes, sendo uma para altura de até 6
metros e outra para altura entre 6 e 12 metros.

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A medição da plataforma de trabalho em madeira deve ser realizada em função de


seu volume, em metros cúbicos, incluso o fornecimento, a montagem e a
desmontagem da estrutura.

8.1.5. Plataforma de Trabalho Suspensa sob Tabuleiro de Pontes

O serviço consiste na montagem de uma plataforma de madeira suspensa, com a


finalidade de permitir o trabalho sob o tabuleiro da ponte. A estrutura é formada por
treliças metálicas, espaçadas a do metro no sentido longitudinal da ponte. As treliças
são apoiadas em cintas de elevação fixadas na superfície inferior do tabuleiro por meio
de chumbadores para concreto.

Sobre as treliças são apoiadas tábuas de madeira medindo 2,5 x 30 cm, fixadas com
parafusos. No perímetro da plataforma são fixadas por 3 cordas de nylon D = 10 mm,
para segurança do pessoal, espaçadas de 30 cm.

Os apoios das cintas de elevação são formados por chapas de aço perfuradas e
fixadas no concreto com 4 chumbadores. As cintas de elevação são dimensionadas
para a capacidade de 5.000 kg, com um fator de segurança de 7:1.

Para a montagem da plataforma não foram inseridos apoios. Segure-se ao


orçamentista, para as obras sem acesso por terra, a utilização da plataforma
mecanizada em caminhão, apropriando seus custos e tempos de utilização. Caso o
acesso seja possível por terra, o orçamentista poderá utilizar as plataformas de
trabalho em madeira.

A medição da plataforma de trabalho suspensa sob tabuleiro de pontes deve ser


realizada em função de sua área de projeção, em metros quadrados, incluso o
fornecimento, a montagem e a desmontagem da estrutura.

8.1.6. Plataforma Mecanizada de Inspeção sob Pontes

O serviço consiste na montagem de uma plataforma, montada em caminhão, com


largura de 1,3 m e alcance sob o tabuleiro de 14 m. A capacidade de carga útil da
plataforma é de 600 kg.

A finalidade principal da plataforma é permitir a inspeção sob pontes, viadutos e


passarelas e eventualmente realizar reparos localizados.

A medição da plataforma mecanizada de inspeção sob pontes deve ser realizada em


função do custo horário do equipamento.

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Volume 02 - Pesquisa de Preços

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