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Pedro empresta a quantia de 10.000,00 (dez mil reais) reais a Maria, e combina de passar na
Universidade dia 18/02/2014 para receber a quantia.
Entre Pedro e Maria existe uma relação jurídica onde uniu duas partes e dois direitos encontrando abrigo
no ordenamento jurídico. Existe uma relação Creditícia, onde Pedro é o credor e Maria a devedora.
Houve então um conflito de interesses qualificado pela pretensão de uma parte e resistência de
outra = Lide = Litígio = contenda
Irresignado Pedro me procura no escritório, conta toda a história e pergunta, como o Sr. Pode me ajudar?
R: A solução para Pedro será promover uma ação. Agora ele é o autor da ação e Maria a ré.
Conflito de interesse
Para que o Estado exerça a atividade jurisdicional é preciso que alguém o provoque por meio do direito
de ação, uma vez que o estado é provocado, ele exercerá a atividade jurisdicional por meio do
processo.
Exemplos:
Direito Administrativo
Direito Penal = Somente o Estado tem o Ius Puniend
Direito Privado:
Direito trabalhista é um ramo do direito misto, pois guarda aspectos tanto do direito público quanto do
privado.
Conceito de Direito Processual CivilÉ o ramo do direito público que tem por objetivo regular a função
jurisdicional do Estado.
Função JurisdicionalÉ o poder do Estado de dizer e aplicar o direito ao caso concreto. Trata-se de
monopólio do Estado.
DenominaçãoDireito Processual CivilAntes era chamado Direito Judiciário, mas era vago, restrito,
pois dava-se a entender que era só o judiciário, mas o objeto de estudo é mais amplo. Futuramente será
chamado de Direito Jurisdicional.
ATENÇÃO
Súmula Vinculante Foi criada pela emenda constitucional n°45 em 2004 e regulamentada em 2006
pela lei 11.417. Esta súmula é editada somente pelo STF. Uma vez que o tema é tratado como Súmula
Vinculante, vincula, obriga os tribunais inferiores e os órgãos administrativos a decidirem de acordo com a
súmula vinculante.
Obs.: Súmula vinculante não é lei, pois para ser lei, tem que ser editada pelo pode legislativo e tem que
obedecer ao processo legislativo. Súmula vinculante tem força de lei, pois ela vincula, ela obriga. Por
possuir efeito de lei, a Doutrina Majoritária entende que por possuir força de Lei, a Súmula Vinculante é
uma fonte formal.
Ex: Cheque é uma ordem de pagamento á vista, mas devido ao costume da sociedade em utiliza-lo como
cheque á prazo, o STJ sumulou a favor do cheque a prazo, ou seja, se o comerciante depositar o cheque
antes da data pré-estabelecida, terá que indenizar o consumidor, pois houve uma quebra na relação de
confiança, na transparência que deve existir na relação de consumo. O STJ fez uma jurisprudência a
partir de um costume, de uma fonte material do direito. STJ Súmula nº 370 Caracteriza dano moral a
apresentação antecipada de cheque pré-datado.
Fenômeno da IntegraçãoOcorre quando o juiz aplica as fontes materiais para solucionar o caso
concreto diante de lacuna na lei ( artigo 126 CPC).
Art. 126 - O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No
julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos
costumes e aos princípios gerais de direito.
3° parteNão havendo as normas legais, deve recorrer à fonte material (analogia, costume, princípios
gerais do direito).
EX: Art. 513 - Da sentença caberá apelação (arts. 267 e 269). Professora
Como o próprio nome já diz, leva em consideração o significado literal das palavras que formam a norma.
O intérprete utiliza-se, tão somente, de sua sintaxe. Em virtude de sua precariedade, consiste em
pressuposto interpretativo mais que um método propriamente dito. Humberto Dalla Bernadina de Pinho.
EX: Art. 155 - Os atos processuais são públicos./ Correm, todavia, em segredo de justiça os processos:
II - que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio,
alimentos e guarda de menores. As ações que tramitam frente ao juízo de família (para preservar a
intimidade das partes).
Se cair um caso concreto, temos que observar se a situação está na regra ou na exceção. Professora
A norma é interpretada em conformidade com as demais regras do ordenamento jurídico, que devem
compor um sistema lógico e coerente. O intérprete jamais pode se esquecer de que a norma objeto da
atividade interpretativa não é algo isolado do restante do ordenamento jurídico, devendo ser interpretada
de acordo com o sistema, evitando-se paradoxos. Um dos aspectos mais importantes desse método
reside na relação entre a Constituição e as leis infraconstitucionais. A coerência do sistema estabelece-se
a partir da Constituição. Isso significa que a interpretação da lei infraconstitucional está condicionada pela
interpretação da Constituição. Assim, adquire especial importância para a atividade hermenêutica o
reconhecimento do fenômeno de constitucionalização do direito infraconstitucional. Humberto Dalla
Bernadina de Pinho.
Obs.: O direito surgiu dos fatos sociais, logo, temos que analisar a história para compreender melhor o
caso. Professora
A norma é interpretada em consonância com os seus antecedentes históricos, resgatando as causas que
a determinaram. Humberto Dalla Bernadina de Pinho.
4. Método ComparadoBusca na Lei estrangeira e procura adequá-la ao ordenamento jurídico
pátrio. Ao buscar métodos do exterior, temos que verificar se é possível adequá-la ao ordenamento
jurídico pátrio, caso contrário, essa lei estrangeira padece de vício.
Ex: Art. 1.102-A do CPC- A ação monitória compete a quem pretender, com base em prova escrita sem
eficácia de título executivo, pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungível ou de
determinado bem móvel.
A ação monitória introduzida ao Código de Processo Civil, por força da Lei n. 9.079, de 14-07-95, criando
um procedimento intermediário, que na realidade e a princípio têm características sumárias, viabiliza a
antecipação dos efeitos da execução, eis que permite que alguém com base em prova escrita, sem
eficácia de título executivo, obtenha de plano, um mandado de pagamento ou de entrega da coisa objeto
do pedido, sem ter que aguardar uma sentença que reconheceria seu direito.
O primeiro modelo de ação monitória que o Brasil teve em seu ordenamento jurídico, foi o advindo da
ação decendiária, herdada do direito português, assemelhando-se aos monitórios documentais e tendo
por finalidade prestações de dar dinheiro ou coisa certa, desde que demonstrada a obrigação por prova
escrita. Professora
b) restritiva: limitando a aplicação da lei a um âmbito mais estrito, quando o legislador disse mais do que
pretendia;
c) extensiva: conferindo-se uma interpretação mais ampla que a obtida pelo seu teor literal, hipótese em
que o legislador expressou menos do que pretendia;
5. Método Teleológico O Juiz busca o fim social da norma para obter justiça, ou seja, se preocupa
com a finalidade da norma. Professora
Objetiva buscar o fim social da norma, a “ mens legis”, conforme determina o art. 5º, LICC. Diante de duas
interpretações possíveis, o intérprete deve optar por aquela que melhor atenda às necessidades da
sociedade. Humberto Dalla Bernadina de Pinho.
Art. 1° A jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida pelos juízes, em todo o território nacional,
conforme as disposições que este Código estabelece.
Art. 1.211 - Este Código regerá o processo civil em todo o território brasileiro. Ao entrar em vigor, suas
disposições aplicar-se-ão desde logo aos processos pendentes.
O princípio, com fundamento na soberania nacional, determina que a lei processual pátria é aplicada em
todo o território brasileiro (não sendo proibida a aplicação da lei
processual brasileira fora dos limites nacionais), ficando excluída a possibilidade de
aplicação de normas processuais estrangeiras diretamente pelo juiz nacional.
No tocante à eficácia temporal, aplica-se o art. 1.211, 2ª parte, CPC, segundo o qual a lei processual tem
aplicação imediata (princípio da imediatidade), alcançando os atos a serem realizados e sendo vedada
a atribuição de efeito retroativo.
Art. 1.211 - Este Código regerá o processo civil em todo o território brasileiro. Ao entrar em vigor, suas
disposições aplicar-se-ão desde logo aos processos pendentes.
Obs.: podemos citar a audiência de instrução e julgamento; imagine que o Juiz inicia o ato, colhe os
esclarecimentos do perito, facultando indagações aos assistentes técnicos (art. 452, I, CPC). Em razão do
adiantado da hora, suspende o ato e designa a continuação para a semana seguinte, oportunidade em
que ouvirá as testemunhas arroladas pelas partes (art. 452, II). Nesse meio tempo, surge nova lei,
alterando a ordem e a mecânica dos atos na audiência. Uma vez que o ato complexo se iniciou sob a
vigência da primeira lei, deve ser finalizado dessa forma, pois caso contrário haveria a combinação de
leis, o que, inexoravelmente, levaria à aplicação involuntária de uma terceira, não prevista pelo legislador,
bem como surpreenderia as partes e seus advogados que não haviam se preparado para aquela
situação.
Se confunde também com o princípio tempus regit actum = tempo rege o ato, no sentido de que os
atos jurídicos se regem pela lei da época em que ocorreram.
Devido ao sistema federativo por nós adotado, compete privativamente à União legislar sobre matéria
processual, conforme determina o art. 22, I, da CF. Não ocorre, pois, como nos EUA, em que as leis
processuais divergem de um Estado para outro. Não obstante, as normas procedimentais estaduais
brasileiras podem variar de Estado para Estado, uma vez que o art. 24, XI, da CF, outorgou competência
concorrente à União, aos Estados-membros e ao Distrito Federal, para legislar sobre “procedimentos em
matéria processual” que, segundo Vicente Greco Filho, seriam os procedimentos de apoio ao processo, e
não o procedimento judicial.
Ex: A assembleia legislativa do Rio de Janeiro elaborou um projeto de lei alterando o prazo de recurso de
apelação para 10 dias no intuito de atender os princípios da celeridade e efetividade. Este projeto de lei é
constitucional?
R: É inconstitucional, pois o artigo 22, I da CF. diz que a competência de legislar sobre matéria processual
é privativa da União.
Princípio do acesso à Justiça Art. 5º, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário
lesão ou ameaça a direito;
Princípio do Devido processo legal (artigo 5°, LIV CF) Sem dúvida um dos mais importantes
princípios processuais foi introduzido em nosso ordenamento de forma expressa pela Constituição de
1988, em seu art. 5º, LIV, segundo o qual “ninguém será privado da liberdade ou dos seus bens sem o
devido processo legal”.
Artigo 5°, LIV da CF - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
Princípio do Contraditório e ampla defesa (art. 5º, LV, CF/88) Previsto no art. 5º, LV, CF/88, o
referido princípio é tão importante no direito processual a ponto de renomados doutrinadores como Elio
Fazzalari e Cândido Rangel Dinamarco afirmarem que “sem contraditório, não há processo”.
Esse princípio impõe que, ao longo do procedimento, seja observado verdadeiro diálogo, com
participação das partes, que é a garantia não apenas de ter ciência de todos os atos processuais, mas de
ser ouvido, possibilitando a influência na decisão. Desse modo, permite que as partes, assim como
eventuais interessados, participem ativamente da formação do convencimento do juiz, influindo, por
conseguinte, no resultado do processo.
Princípio da Publicidade dos atos processuais (art. 5º, LX, e 93, IX, CF/88) Inserto nos art. 5º, LX, e
93, IX, CF/88, constitui projeção do direito constitucional à informação e suporte para a efetividade do
contraditório, garantindo o controle da sociedade sobre a atividade jurisdicional desenvolvida.
Significa que, em regra, o processo deve ser público e, apenas excepcionalmente, sigiloso – quando
houver expressa previsão legal, notadamente, quando a defesa da intimidade ou do interesse público o
exigirem.
Art. 155 - Os atos processuais são públicos. Correm, todavia, em segredo de justiça os processos:
I - em que o exigir o interesse público;
II - que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio,
alimentos e guarda de menores.
Obs.: A defensoria pública tem prazo em dobro para os atos processuais, pois eles não tem como dar
conta de toda demanda – O STF decidiu a favor.
Princípio da celeridade e duração razoável do processo (art. 5° LXXVIII da CF) LXXVIII - a todos,
no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que
garantam a celeridade de sua tramitação.
Acesso a Justiça
Celeridade Efetividade
Princípio da fundamentação ou motivação das decisões judiciais (art. 93, IX) IX - todos os
julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob
pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus
advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado
no sigilo não prejudique o interesse público à informação;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
As decisões judiciais precisam ser fundamentadas para responder as perguntas da decisão tomada. A
ausência de fundamentação torna a decisão NULA.
Aula 04
Supremo Tribunal Federal (STF) → Alta corte de justiça do país, guardião da CF.
Superior Tribunal de Justiça (STJ) → é o guardião da uniformidade da interpretação das leis federais.
Desempenha esta tarefa ao julgar as causas, decididas pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos
Tribunais dos estados, do Distrito Federal e dos territórios, que contrariem lei federal ou dêem a lei federal
interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro Tribunal.
Justiça Federal → São órgãos da Justiça Federal os Tribunais Regionais Federais (TRF) e os juízes
federais. A Justiça Federal julga, dentre outras, as causas em que for parte a União.
Justiça do Trabalho → Os órgãos da Justiça do Trabalho são o Tribunal Superior do Trabalho (TST),
os Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) e os juízes do Trabalho. Compete-lhe julgar as causas
oriundas das relações de trabalho.
Justiça Eleitoral → São órgãos da Justiça Eleitoral o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os Tribunais
Regionais Eleitorais (TRE), os Juízes Eleitorais e as Juntas Eleitorais. Compete-lhe julgar as causas
relativas à legislação eleitoral.
Justiça Militar→ A Justiça Militar compõe-se do Superior Tribunal Militar (STM) e dos Tribunais e juízes
militares, com competência para julgar os crimes militares definidos em lei.
Justiça Estadual→ A Constituição Federal determina que os estados organizem a sua Justiça Estadual,
observando os princípios constitucionais federais. Como regra geral, a Justiça Estadual compõe-se de
duas instâncias, o Tribunal de Justiça (TJ) e os Juízes Estaduais.
Classificação dos órgãos do Poder Judiciário quanto à matéria e quanto ao número de julgadores.
Órgão colegiado
Mais de um julgador – aqui temos um Acórdão.
Quanto ao número de julgadores:
A função jurisdicional é exercida pelo Poder Judiciário (art. 2° CF) Art. 2º São Poderes da União,
independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Características:
Inércia O Estado Juiz só age se for devidamente provocado e esta provocação se dá por meio
do exercício do direito de Ação.
Art. 2º - Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a
requerer, nos casos e forma legais.
Art. 262 - O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial.
Obs.: O artigo 262 parte B do CPC também fala do princípio do impulso oficial, ou seja, este princípio
estabelece que embora o processo tenha início somente após a iniciativa da parte, seu desenvolvimento
ocorrerá por impulso oficial, ou seja, do juiz.
Obs.: Existe no Princípio da Inércia estabelecido no artigo 989 do CPC, que é a possibilidade de abertura
do inventário de ofício pelo juiz.
Art. 989 - O juiz determinará, de ofício, que se inicie o inventário, se nenhuma das pessoas
mencionadas nos artigos antecedentes o requerer no prazo legal.
Substitutividade O Estado Juiz substitui a vontade das partes. O que não podemos fazer
sozinho, o Juiz assume e determina.
Indeclinabilidade O Juiz não pode recusar o exame de um caso concreto. O Estado Juiz não
pode de recusar a examinar o caso concreto.
Art. 126 - O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No
julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos
costumes e aos princípios gerais de direito.
Obs.: Se for para outro Juiz, não se trata de delegar, pois os dois estão investidos da mesma autoridade.
Princípio do duplo grau de jurisdição É o princípio que garante a revisão das decisões
judiciais por meio do recurso.
Classificação
Quanto ao grau
De equidadeO juiz se preocupa com a função social da norma (Método teleológico de interpretação).
A Jurisdição é contenciosa quando há lide entre as partes (autor e réu), logo, para resolver o problema
existe o processo.
Na Jurisdição voluntária não há lide, ou seja, os interessados buscam o mesmo direito, como por exemplo
o divórcio. Esse problema se resolve através do procedimento.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente
os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Ação ou omissão
Agente causador
Dano
Nexo de causalidade
Culpa do agente
(Exceto na responsabilidade objetiva – teoria do risco)
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a
existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no
juízo criminal.
Ex: Sentença penal condenatória transitada em julgado serve para a indenização do valor na esfera Civil
– Título executivo judicial (Art. 475 CPC)
Art. 475. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada
pelo tribunal, a sentença:
Obs.: Alguns dispositivos do CPP permitem que o juiz criminal fixe o valor da indenização na esfera civil
na própria sentença criminal com o intuito de atender os princípios da celeridade e efetividade. Discute-se
na doutrina acerca da constitucionalidade do dispositivo Alexandre Câmara diz que é inconstitucional.
Acesso a Justiça
Celeridade Efetividade
FunçãoFiscaliza os tribunais para ver se o atendimento é efetivo e célere. (Quem compõe o CNJ são os
membros do Poder Judiciário, logo, não existe controle externo).
Juizados Especiais:
Juizados estaduais (9.099/1995)
Federais (10.259/2001)
Fazendários (12.153/2009)
Gratuidade de Justiça.
Prioridade na tramitação de processos de idoso.
Defensoria públicaQuem dela necessita (hipossuficiente).
CDC (8.078/1990).
3. Meios alternativos de acesso à justiçaOs meios alternativos tem por objetivo à composição dos
conflitos de forma a evitar a propositura de demandas judiciais.
Estes meios foram privilegiados com o projeto de lei do novo CPC.
Os mais importantes são:
Obs.: Se existir uma cláusula arbitral no contrato de adesão, essa clausula é NULA, pois só uma das
partes teve ingerência à essa cláusula.
Conciliação (Pode ser feito a qualquer tempo, antes ou durante)É muito comum e faz parte do
procedimento sumaríssimo dos juizados especiais, a chamada Audiência de conciliação, que é
presidida pelo conciliador que tem como função alcançar o acordo entre as partes.
Tutela JurisdicionalSempre que estivermos diante de lesão ou ameaça de direito é possível provocar
através do exercício do direito de ação o Estado Juiz para que este então através do processo exerça a
Tutela Jurisdicional, ou seja, diga e aplique o direito ao caso concreto.
1. Tutela de UrgênciaUm provimento que o Juiz tem que entregar com uma certa urgência para
não perder a utilidade.
Ex: Uma pessoa com grave doença que precisa urgentemente de uma cirurgia.
Antecipação dos efeitos da tutela(273 CPC)A antecipação visa como o próprio nome já diz,
antecipar o provimento que somente seria concedido ao final do processo com a sentença.
É preciso apontar os seguintes requisitos:
Art. 273 - O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido
inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e: (Alterado pela L-008.952-1994)
§ 2º - Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado.
a) Fumus boni iuris ('fumaça do bom direito'): Isso significa que há indícios de que quem está
pedindo a liminar tem direito ao que está pedindo. O nome estranho desse elemento vem do ditado
popular de que ‘onde há fumaça, há fogo’. Em outras palavras, o magistrado não está julgando se
a pessoas tem direito (isso ele só vai fazer na sentença de mérito, quando decidir o processo), mas
se ela parece ter o direito que alega.
b) Periculum in mora ('perigo na demora'): Isso significa que se o magistrado não conceder a
liminar imediatamente, mais tarde será muito tarde, ou seja, o direito da pessoa já terá sido
danificado de forma irreparável.
2. Tutela InibitóriaVisa inibir / coibir a prática do ato ou a sua omissão (art. 461, §4° CPC).
Nesta situação o juiz impõe as astreintes ou multa diária.
Art. 461 - Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela
específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente
ao do adimplemento. (Alterado pela L-008.952-1994)
§ 4º - O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de
pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito.
(Acrscentado pela L-008.952-1994)
Ex: O juiz impõe uma tutela inibitória para coibir a pessoa de ligar o Som alto após as 22:00 hs.
3. Tutela de remoção do ilícito São as medidas mais graves determinadas pelo juiz para
assegurar o resultado prático equivalente.
Art. 461 - Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela
específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente
ao do adimplemento. (Alterado pela L-008.952-1994)
§ 5º - Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a
requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão,
remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de
força policial. (Alterado pela L-010.444-2002)
Ex: Sem o autor pedir, o juiz pode determinar o fechamento de uma boate até que o réu cumpra a
determinação do isolamento acústico.
4. Tutela RessarcitóriaOcorre quando buscamos o ressarcimento de prejuízos sofridos.
Ex: Indenização por perdas e danos e lucros cessantes.
Aula 10Ação
DefiniçãoAção é o direito subjetivo da parte de provocar o Estado Juiz para que este exerça a
atividade jurisdicional. Todos tem o direito de ação assegurado em virtude do princípio do acesso à justiça
previsto no artigo 5°, XXXV do CF.
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
O que é natureza jurídicaÉ a posição que o instituto ocupa dentro do ordenamento jurídico.
Ao longo da evolução do Direito Processual, muitas teorias foram desenvolvidas para que chegássemos a
conclusão que a ação tem natureza jurídica de direito subjetivo.
1. Teoria CivilistaÉ também chamado de teoria imanentista, defendida por SAVINI. Não existiam
normas processuais a época, mas somente normas de direito material.
2. Teoria ConcretaEsta teoria inaugurou a fase científica de evolução do Direito Processual,
consagrando a autonomia da matéria, ou seja, o direito processual civil passa a contar com normas
próprias reunidas em um código.
3. Teoria da ação como direito potestativoPara esta teoria a Ação tinha natureza Jurídica de direito
potestativo.
4. Teoria da Ação como direito abstratoPara esta teoria a Ação quando promovida pelo autor é
dirigida contra o Estado e não contra o réu. Hoje observamos que a Ação é dirigida contra o réu e o
Estado é tão somente provocado para exercer a atividade jurisdicional (dizer e aplicar o direito ao
caso concreto).
5. Teoria Eclética(art. 267, VI do CPC)É a teoria adotada atualmente na doutrina brasileira. Para
exercermos o direito de Ação é necessário o fiel cumprimento das chamadas condições de Ação
(Legitimidade ad causam, Interesse de agir e possibilidade jurídica do pedido). Caso essas
condições não sejam preenchidas o juiz vai extinguir o processo sem resolução de mérito na forma
do artigo 267 do CPC.
6. Teoria da AsserçãoPara essa teoria ao reconhecer a ausência das condições da Ação o juiz
deveria extinguir o processo com resolução de mérito na forma do artigo 269 do CPC evitando
assim a propositura de uma nova ação. Essa teoria não encontra previsão no direito brasileiro.
Características da Ação:
AbstrataÉ o mesmo que subjetivo.
AutonomaIndepende da existência de direito material.
Condições da Ação:
a) Legitimidade ad Causam
b) Interesse de agir
c) Possibilidade Jurídica do pedido
Elementos da Ação:
a) Partes
b) Objeto
c) Causa de pedir
Interesse de agirÉ o interesse na obtenção de uma decisão judicial favorável. Não se confunde com o interesse meramente
econômico. (O interessado pode ajuizar uma ação para que o juiz declare o demandado como devedor, ou seja, é uma ação de
declaração, não de cobrança sem interesse econômico).
Possibilidade jurídica no pedidoO pedido deve ser físico e materialmente possível também não pode ser vetado por lei.
Obs.: As condições da Ação devem ser observadas conjuntamente. A falta de uma ou mais geram um fenômeno da carência
de Ação que leva a extinção do processo sem resolução de mérito conforme artigo 267, VI do CPC.
As condições da Ação constituem matéria de ordem pública e portanto podem ser reconhecidas de ofício a qualquer tempo ou
grau de jurisdição.
Elementos da ação:
PartesAutor e Réu
ObjetoPedido
Causa de pedirMotivo
Aula 12 (continuação)
Concurso de Ações Ocorre quando diante de um fato a parte pode propor duas ou mais ações. Ação
de indenização por danos morais / Ação de indenização por danos materiais (dois pedidos).
Ex: Não é possível unir em única Ação como por exemplo, Ação de dissolução de sociedade e dissolução
de matrimônio.
Cumulação SimplesOcorre quando os pedidos não guardam relação de dependência entre si.
Ex: Dano material e Dano moral Não guardam dependência, ou seja, pode ganhar o dano material e
perder o dano moral.
Ex: Abatimento no preço ou Troca do produto ou devolução do dinheiroA ordem é decidida pelo
autor do pedido.
Aula 13Processo
ConceitoÉ o conjunto de atos processuais que se desenvolvem regularmente para compor a lide.
Espécies de processo:
Processo de ExecuçãoOcorre quando estamos diante de um título executivo que pode ser
Judicial (475-N do CPC) ou extra judicial (585 CPC). Quando estamos diante em regra de um título
judicial a execução se dá por meio de cumprimento de sentença, ou seja, como mera fase do
processo de conhecimento. Quando estamos diante de um título extrajudicial, a execução se dá de
forma autônoma (ação de execução).
Ex.: Processo não se confunde com procedimento. O procedimento é a forma, a maneira como os atos
processuais se desenvolvem.
Acesso à Justiça
Ação
Condições da Ação
VI - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a
legitimidade das partes e o interesse processual;
Exclusiva quando a lei atribui legitimidade um único sujeito, que em regra é ao próprio titular do direito.
Concorrente quando a lei atribui legitimidade a mais de um sujeito, também chamada de co-
legitimação ou legitimação disjuntiva.
Ordinária quando a lei atribui legitimidade ao titular da relação jurídica discutida, ou seja, a parte
corresponde com o legitimado, que defenderá em nome próprio direito próprio.
Extraordinária conforme previsto no art 6º, CPC,26 quando se defende em nome próprio interesse
alheio. Um bom exemplo é a ação de investigação de paternidade proposta pelo MP em favor do menor,
na forma da Lei n. 8.560/92. Nesse caso, o titular do direito material é o menor, que deseja saber quem é
o seu pai. Entretanto, muitas vezes, quem deduz essa pretensão em juízo é o MP, na condição de
legitimado extraordinário.
Interesse de agir O interesse de agir é verificado pela reunião de duas premissas: a utilidade e
a necessidade do processo. A utilidade está em se demonstrar que o processo pode propiciar
benefícios; a necessidade do processo se constata quando o proveito de que se precisa só é
possível alcançar por meio do Judiciário.
Possibilidade jurídica do pedido É a aptidão de um pedido, em tese, ser acolhido. Se, em tese,
o pedido é possível, está preenchida esta primeira condição da ação.
Previsibilidade pelo direito objetivo da pretensão manifestada pelo autor, ou seja, é a admissibilidade, em
abstrato, do provimento demandado.
1. positivo: pode-se pedir tudo aquilo que esteja expressamente previsto em lei.
2. negativo: só se pode pleitear o que não seja vedado por lei. O silêncio da lei é interpretado em
favor da parte. Essa é a posição do direito brasileiro.
Um exemplo clássico de impossibilidade jurídica do pedido existiu, entre nós, até 1977. Tratava-se
do pedido de divórcio, que, então, era vedado pelo ordenamento jurídico. Com a aprovação da Lei
do Divórcio (Lei n. 6.515/77) deixou de existir a vedação antes existente.
Validade – são requisitos que tornam o processo viável e que, ausentes, não permitem a efetivação de
eventual sentença de mérito, muito embora o processo tenha existido:
Obs.: Os requisitos de ordem formal devem ser cumpridos, pois dependendo do tipo de ação, a
inicial não segue...
Outro Exemplo:
Ajuízo uma ação de divórcio na vara criminal, logo, o processo é extinto sem resolução de mérito
por falta de validade (incompetência para julgar).
Obs.: Todos os pressupostos devem ser observados. A falta de qualquer pressuposto pode levar a
extinção do processo sem resolução de mérito nos termos do artigo 267, IV do CPC. No entanto,
para evitar a extinção em nome do Princípio do aproveitamento dos atos processuais pode o
magistrado determinar a correção da questão sanando portanto o vício.
Aula 15Procedimentos
A escolha do procedimento não é feita de forma livre pelo autor, deve obedecer ao disposto em lei.
Obs.: Para saber qual procedimento devemos adotar, usamos o critério de exclusão de baixo para
cima, ou seja, primeiro verificamos se é um Procedimento Especial ( 1° Jurisdição Voluntária / 2°
Jurisdição contenciosa).
Se não for Procedimento Especial, passamos então para o Procedimento Comum (3° sumário / 4°
Ordinário).
EX:
Hipóteses de procedimentos:
Procedimento Comum
Ordinário (Se não for nenhum dos procedimentos anteriores, adotaremos esse)É aquele
reservado as questões de maior complexidade, pois permite maior dilação probatória.
Sumário (terceiro a ser verificado)Previsto no artigo 275 do CPC , é marcado pela brevidade
nos procedimentos, pela impossibilidade da intervenção de terceiros, salvo a assistência e pela
impossibilidade do uso da reconvenção que foi substituída pelo pedido contraposto (atenção aos
artigos 278 e 280 do CPC).
Existem casos que tem menor complexidade probatória, sem grandes dificuldades.
Valor I - nas causas cujo valor não exceda a 60 (sessenta) vezes o valor do salário mínimo;
Jurisdição Contenciosa (segundo a ser verificado)São indicados entre os artigos 890 a 1.102
do CPC e regulam situações que em razão de sua especificidade merecem um procedimento
próprio.
Ex: Tem lide Em suma, a Jurisdição contenciosa "tem por objetivo a composição e solução de um
litígio." (BORGES, p. 211).
Ação de consignação de pagamento (890 CPC)A referida ação decorre da manifestação de vontade do
devedor de pagar ao credor em juízo, extinguir uma obrigação e, consequentemente, a mora accipiendi
que dela decorra.
Art. 1.103 - Quando este Código não estabelecer procedimento especial, regem a jurisdição voluntária
as disposições constantes deste Capítulo.
Ex: divórcio consensual.
Aula 01
1ª Questão.
César promove uma execução em face de Joaquim, objetivando receber uma nota promissória. Ao
despachar a inicial, o juiz determinou que o oficial de justiça cumprisse o mandado de penhora e
avaliação. Ato contínuo, foi penhorado o único imóvel do devedor, que se constitui na residência
de sua família. No entanto, após ter sido realizada esta penhora, foi editada a Lei nº 8.009/90,
estabelecendo que o imóvel residencial passou a ser impenhorável. Indaga-se: a penhora realizada
sobre este bem antes da criação da Lei nº 8.009/90 pode permanecer ou a nova lei, de natureza
processual, aplica-se imediatamente?
R: A nova lei de natureza processual é aplicada imediatamente atingindo o processo em curso, conforme
estabelece o artigo 1.211 do CPC. Registra-se que a penhora é um ato de constrição (imposição) judicial
de natureza processual.
2ª Questão. Assinale a alternativa correta, que diga respeito à natureza das leis processuais:
Aula 02
1ª Questão. Artur promoveu ação de conhecimento em face de Gabriel para postular a condenação
do réu a pagar o valor de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais) em razão de descumprimento de
contrato e a título de multa compensatória. Citado o réu oferece contestação, no prazo legal, e
alega em preliminar a ilegitimidade da parte réu, em conta que com o autor nunca celebrou
contrato de qualquer natureza.
Indaga-se:
a) O juiz ao determinar a manifestação do autor, em réplica, sobre a preliminar arguida pelo réu em
sua peça de resistência, aplicou qual princípio de direito processual.
R: O princípio do contraditório, seu pressuposto é que a verdade só pode ser evidenciada pelas teses
contrapostas das partes.
2ª Questão.
a) elas são de natureza pública e, de regra, não podem ser afastadas pela vontade particular, se
essencialmente voltadas para o interesse público; Correta
b) são de interesse público, mas podem ser alteradas somente pela vontade do autor da ação;
c) são de interesse público ou particular, mas podem ser desconsideradas pelo juiz ao aplicá-las em um
caso concreto;
d) são genuinamente de interesse particular, pelo que podem ser desconsideradas pela vontade das
partes.
Aula 03
1ª Questão.
Sílvio promove ação de conhecimento em face de Francisco postular do réu indenização por dano
material no valor de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais). Citado, o réu oferece contestação e
alega a incapacidade do autor, por ser relativamente incapaz, bem como, no mérito que já ocorreu
a prescrição, considerando que o prazo previsto na lei civil para cobrança do crédito já esgotou
quando da propositura da ação. O juiz, ao examinar os autos constata que o autor já adquiriu a
maioridade e, então, acolhe a defesa do réu, reconhecendo a prescrição, proferindo sentença de
improcedência do pedido. Indaga-se:
Foi correta a decisão do juiz, diante da forma como se deve interpretar a lei processual?
Justifique.
R: Sim, considerando que a prescrição pode ser reconhecida de ofício pelo Juiz e também a parte
alcançou a maior idade.
2ª Questão. Assinale a alternativa incorreta, que diga respeito a aplicação da lei no espaço:
a) a jurisdição civil, contenciosa e voluntária (não contenciosa), é exercida pelos juízes em todo o território
nacional, conforme determina o CPC;
b) em todos os processos que correm no território nacional devem-se respeitar as normas do CPC;
c) a norma do art. 1º do CPC é válida mesmo que o direito material a ser aplicado seja oriundo do
estrangeiro;
d) os processos que correm fora do território nacional tem eficácia no Brasil. Explicação: Porque
a decisão estrangeira precisa ser homologada.
Aula 04
Questão nº 1.
Gustavo ajuíza demanda em face da União cujo pedido tem conteúdo econômico equivalente a 40
(quarenta) salários mínimos. A ação foi distribuída perante a 1ª Vara Federal do Rio de Janeiro
cujo magistrado, de ofício, proferiu decisão interlocutória declinando da sua competência em prol
de um dos Juizados Especiais Federais localizados na mesma cidade. Vale dizer que esta decisão
foi objeto de recurso, ocasião em que o impugnante objetou que é amplamente admitida, tanto na
doutrina quanto na jurisprudência, a possibilidade conferida ao demandante de optar entre o juízo
comum ou o juizado especial. Indaga-se:
R: Não, considerando que ações de competência da Justiça Federal de até 60 salários mínimos devem
ser propostos junto aos juizados especiais federais (artigo 3°, §3° da Lei 10.259/01)
B) Eventual conflito de competência entre Vara Cível Federal e Juizado Especial Federal,
localizados na mesma cidade, deve ser decidido por qual Tribunal? Justifique as respostas.
Questão nº 2.
Acerca da Lei dos Juizados Especiais Cíveis (JEC), Lei n.º 9.099/1995, assinale a opção correta:
b) O pedido do autor e a resposta do réu podem ser feitos por escrito ou oralmente; as provas orais
produzidas em audiência, entretanto, devem ser necessariamente reduzidas a termo escrito, pois nessas
demandas não se exige a obediência ao princípio da identidade física do juiz; Não é obrigatório a
presença do Juiz
c) Como regra, deve ser decretada a revelia do réu que não compareça à audiência de instrução e
julgamento, ainda que compareça o seu advogado ou que seja apresentada defesa escrita, pois a
presunção de veracidade dos fatos alegados no pedido inicial decorre da ausência do demandado
à sessão de conciliação ou à audiência de instrução; Correta
d) No sistema recursal dos juizados especiais, contra as decisões interlocutórias é cabível o agravo na
forma retida, que impede a interrupção da marcha do processo, atendendo aos princípios da celeridade e
concentração dos atos processuais, com a finalidade de assegurar a rápida solução do litígio. Não cabe
recursos das decisões interlocutórias – Só pedido de reconsideração, pois não está na lei como recurso.
SUCEDANIO RECURSAL
Aula 05
Questão nº 1.
Fábio instaura processo em face de Carlos, perante um órgão integrante da Justiça Estadual,
requerendo a desconstituição de uma obrigação representada em um título de crédito. O
demandante, na própria petição inicial, postula ao magistrado a antecipação dos efeitos da tutela
para que o seu credor seja impedido de executar em juízo esta dívida enquanto perdurar a
presente demanda. Este pleito se afigura possível? Justifique a resposta.
R: Não e possível o pleito retratado no caso porque uma decisão dessa natureza violaria o princípio da
inafastabilidade do controle jurisdicional art. 5 xxxv da CF além do mais o art. 585 §1 do CPC dispõe
expressamente que o ajuizamento de uma ação visando anular o título não impede a execução.
Questão nº 2.
a) o juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questões, não
suscitadas, a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte;
b) não é justo que a Fazenda Pública tenha prazo em dobro para recorrer e em quádruplo para contestar;
d) o juiz pode ter iniciativa probatória desde que a mesma seja correlacionada aos fundamentos de
defesa constantes na contestação. CORRETA
Aula 06
1ª Questão.
O Ministério Público Federal ofereceu denúncia em face de Alan Cunha, em virtude do mesmo ter
supostamente praticado o crime previsto no art. 171, parágrafo 3º do CP, já que vinha recebendo
benefício previdenciário manifestamente indevido. O processo criminal tramitou perante uma das
Varas Federais Criminais da Seção Judiciário do Rio de Janeiro, culminando pela prolação de uma
sentença penal condenatória. Neste mesmo ato decisório, o magistrado determinou que o
denunciado deve ressarcir o INSS (autarquia federal) da importância de R$ 122.820,00, que seria o
montante indevidamente recebido em virtude da sua conduta criminosa. Indaga-se: pode o
magistrado, lotado em juízo especializado em matéria criminal, efetuar a liquidação dos prejuízos
cíveis sofridos? Justifique a resposta.
R: Sim, a lei 11.719/08 modifica o art.383, IV, do CPP, em sua nova redação impôs ao magistrado o dever
de fixar o valor mínimo da reparação dos danos causados pela infração, para permitir que o juiz ao
proferir a sentença penal condenatória fixe um valor mínimo para a indenização dos prejuízos causados
pelo crime praticado.
2ª Questão.
b) se tiver sido proferida sentença absolutória no juízo criminal, por qualquer que seja o seu fundamento,
não se afigura possível o ajuizamento de qualquer ação civil objetivando a reparação do dano;
c) a sentença penal condenatória não é título executivo hábil a permitir a instauração de uma execução
perante o juízo de competência cível;
d) a responsabilidade civil é independente da criminal e por este motivo é possível questionar sobre a
existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, ainda que estas questões já tenham sido decididas no
juízo criminal.
Aula 07
1a Questão.
Foi proposta uma determinada demanda decorrente de litígio oriundo da compra e venda de bem
móvel. O magistrado, ao analisar os autos, verifica que as partes ajustaram entre si um
compromisso arbitral sobre o referido negócio jurídico. Assim, considerando a obrigatoriedade da
arbitragem, o juiz imediatamente prolata sentença, extinguindo o processo sem resolução de
mérito (art. 267, VII do CPC).
R: SIM. O Art. 475N do CPC declara que a sentença arbitral é um título executivo.
2ª Questão.
Carlos realiza negócio jurídico com Gustavo, pagando uma determinada soma em dinheiro por um
videogame. Ocorre que o aparelho eletrônico, uma vez ligado, apresentou uma série de problemas.
Como Carlos não estava mais conseguindo realizar contato com Gustavo, o mesmo se dirigiu
diretamente a sua residência e, ato contínuo, levou consigo um aparelho de televisão de valor
compatível com o que pagou para ressarcimento do seu prejuízo. Esta postura adotada por Carlos
configura:
a) Autotutela;
b) Autocomposição;
c) Mediação;
d) Arbitragem.
Aula 08
Antes da correção, vale saber o significado da expressão REVELIA.
O que é Revelia:
Revelia é um termo jurídico que expressa o estado ou qualidade de revel, ou seja, é alguém que não comparece em
julgamento (ou comparece e não apresenta defesa), após citação. Em sentido figurado, revelia também pode ser um
sinônimo de rebeldia.
1ª Questão.
R: No caso concreto, não devemos considerar a revelia da Fazenda, uma vez que esse ente possui
privilégio. Ademais a questão versa sobre direito indisponível, portanto não se aplicam os efeitos da
revelia conforme artigo 320, II do CPC. Sendo assim, não está autorizado a tutela de evidência
respaldada no julgamento antecipado da lide.
Art. 330 - O juiz conhecerá diretamente do pedido, proferindo sentença: (Alterado pela L-005.925-1973)
2ª Questão.
Guilherme propõe uma demanda em face de Rodolfo. Ocorre que o magistrado ao analisar a
petição inicial percebe que a questão trazida nos autos é exclusivamente de direito, também já
tendo sido anteriormente proferidas pelo mesmo juízo várias outras sentenças de total
improcedência em casos semelhantes. Por este motivo, o mesmo profere sentença liminar,
julgando improcedente o pedido antes mesmo de determinar a citação do demandado. Assinale a
alternativa correta:
a) O juiz se equivocou, pois não poderia sentenciar com resolução do mérito sem antes determinar a
citação do demandado;
b) O juiz acertou, pois se trata de uma hipótese de tutela de evidência, o que motiva resolução
liminar do mérito do processo; Tutela de evidência 285-A do CPC
c) O juiz acertou em parte, pois somente poderia ter resolvido o mérito liminar se fosse hipótese de
procedência do pedido;
Carlos Alberto promove demanda em face de uma empresa jornalística, requerendo a concessão
de liminar para que a mesma publique uma retratação de notícia divulgada na semana anterior que
lhe envolvia. O magistrado determinou a citação do réu para, somente após, analisar o
requerimento de antecipação dos efeitos da tutela. Em resposta, a empresa aduziu que não seria
possível a concessão da liminar, dado ao caráter da irreversibilidade dos seus efeitos. Indaga-se:
como o magistrado deverá decidir? Justifique a resposta.
2ª Questão.
César, no curso de processo cautelar, pleiteia a concessão de medida liminar contrária a União,
que foi indeferida pelo juiz, ao argumento de que existe vedação no art. 1° da Lei n° 8.437/92. De
acordo com o narrado, assinale a alternativa correta:
a) a lei acima mencionada, ao proibir ou limitar a concessão de medidas de urgência em face da Fazenda
Pública, viola o princípio da inafastabilidade, além de permitir que o Poder Legislativo possa se imiscuir na
atividade jurisdicional;
b) a lei sobredita é inconstitucional, pois ao restringir a concessão de liminares apenas contra a Fazenda
Pública viola o princípio da isonomia;
d) a lei em epígrafe é flagrantemente inconstitucional, devendo ser realizado sempre, em qualquer grau
de jurisdição, o mecanismo de controle previsto nos arts. 480/482 do CPC.
Obs.: Fazenda pública= União, Estados, DF, Territórios, Municípios, Autarquias e Fundação Autárquicas.
Aula 10
1ª Questão.
Em demanda promovida por Marcos em face de Associação dos Idosos Brasileiros, o juiz profere
o despacho saneador afastando a preliminar de ilegitimidade passiva suscitada pela parte
demandada.
Indaga-se:
R: Com base na Teoria Eclética vigente no Brasil, de acordo com o artigo 267, VI do CPC, o juiz deveria
extinguir o processo sem resolução de mérito.
Art. 267 - Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:
VI - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade
das partes e o interesse processual;
No entanto, para a teoria da asserção, diante da ausência das condições da ação o juiz poderia julgar
improcedente o pedido extinguindo o processo com resolução de mérito na forma do artigo 269 CPC.
Preclusão ≠ Prescrição
Pode ser:
A. TemporalQuando perdemos o prazo para praticar o ato.
B. LógicaQuando pretendo praticar um ato absolutamente incompatível com o que acabo de
praticar.
ConsumativaQuando praticamos um ato diz-se que ele se consuma.
R: Não, pois as condições da ação configuram matéria de ordem pública e portanto podem ser
reconhecidas a qualquer tempo ou grau de jurisdição.
2ª Questão.
Fabrício promove uma demanda objetivando a cobrança de valores em face de Flávio. O réu, ao
ser citado, apresenta contestação e suscita, em preliminar, a falta de interesse de agir do autor, eis
que, até a presente data, a dívida questionada ainda não tinha vencido. Ocorre que, tão logo foi
apresentada a peça de defesa, os autos seguiram conclusos ao magistrado, tendo neste ínterim
ocorrido o vencimento do débito. Indaga-se: como o magistrado deverá proceder?
a) deverá julgar o pedido improcedente, pois as condições da ação devem ser analisadas no momento da
propositura da demanda;
b) deverá designar uma audiência preliminar, para tentar viabilizar uma composição amigável entre as
partes;
c) deverá permitir a continuidade do processo, uma vez que o vencimento da dívida no curso do processo
tornaria a via eleita realmente adequada para o acolhimento da pretensão deduzida;
d) deverá reconhecer a ausência de uma das condições da ação e extinguir o processo sem
resolução do mérito. 267,VI
VI - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade
das partes e o interesse processual;
Possibilidade jurídica Materialmente possívelNão é possível fazer uma cobrança antes da data do
vencimento.
Aula 11
Para resolver o caso concreto, temos que saber o que significa a palavra Litispendência.
Litispendência Ocorre quando estão em curso Ações idênticas. Uma ação é idêntica à outra quando
forem comuns os elementos da Ação, ou seja, as mesmas partes, o mesmo objeto e a mesma causa de
pedir. Em caso de Litispendência, uma das Ações deve ser extinta sem resolução de mérito na forma do
artigo 267, V do CPC.
1ª Questão.
Luciano impetra mandado de segurança apontando como autoridade coatora o gerente regional de
arrecadação da Receita Federal, que presenta a União. Como teve negada a liminar pretendida pelo
magistrado, o seu advogado resolve instaurar um novo processo de conhecimento, mas em rito
ordinário, envolvendo as mesmas partes, pedido e causa de pedir. Há litispendência neste caso,
mesmo tratando-se de processos que observam procedimento distinto? Justifique a resposta.
R: Não, no caso concreto não há no que se falar em Litispendência, pois o objeto do Mandado de
Segurança não é idêntico ao pretendido na Ação de conhecimento.
2ª Questão.
a) trata-se de matéria que pode ser conhecida de ofício pelo juiz; Correta.
b) trata-se de matéria que somente pode ser conhecida pelo magistrado após ter sido ventilada
diretamente pela própria parte interessada;
c) trata-se de matéria que o juiz somente poderá pronunciar após ter intimado previamente as partes e o
Ministério Público para que se manifestassem a respeito;
Aula 12
1ª Questão.
Paulo promove ação de conhecimento em face de Valdo. Postula na petição inicial o
reconhecimento da paternidade e, ainda, pleito de condenação do réu a pagar alimentos, em conta
que deles está necessitado, por ser menor impúbere em idade escolar e por ser portador de
deficiência física que exige utilização de aparelho mecânico para se movimentar, o que exige
gastos constantes de manutenção, sem contar a necessidade de ser suprido para sustento
próprio.
Indaga-se:
a) O caso manifesta um concurso de ações ou uma cumulação de ações ou de pedidos?
Justifique.
R: Cumulação de Ações, pois o autor promoveu uma única ação para solicitar o reconhecimento de
paternidade e os alimentos. Para existir cumulação de Ações é preciso existir o Concurso de Ações.
2ª Questão.
Assinale a alternativa incorreta, que diga respeito à perempção:
A perempção ocorre diante da extinção do processo sem resolução de mérito por três vezes.
Não será portanto possível ajuizar a quarta ação em virtude da perempção.
b) se apresenta quando o autor dá causa a três extinções do processo por abandoná-los por mais de 30
dias;
Aula 13
1ª Questão.
Gustavo promove demanda em face de Fabiano, perante o juízo da 1ª Vara Cível, tendo sido
proferida sentença que lhe foi favorável, com a condenação do demandado a lhe pagar a quantia
de R$ 100.000,00. Não foram interpostos recursos e a sentença transitou em julgado. Ocorre que o
devedor não honrou o pagamento fixado na sentença.
Indaga-se:
Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não o
efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de dez
por cento e, a requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á
mandado de penhora e avaliação.
b) Haverá necessidade de instauração de um novo processo? Justifique.
R: Ocorre quando no processo de conhecimento temos duas fases sendo delas a execução.
FGV afirma-se ser processo sincrético aquele que une as funções cognitiva (conhecimento) e
executiva, para declarar e satisfazer o direito em um processo apenas, contribuindo para a economia,
celeridade e instrumentalidade processuais, tendências do direito moderno para atender a efetividade
alcançando, finalmente, o verdadeiro sentido do acesso à justiça.
CONHECIMENTO
ETAPA/FASE DO
TIT. JUDICIAL CUMPRIMENTO DE
PROCESSO DE
(ART.475-N) SENTENÇA (ART. 475 -J)
CONHECIMENTO
PROCESSO EXECUÇÃO
TIT. EXTRAJUDICIAL EXECUÇÃO AUTÔNOMA
(ART.585) (AÇÃO DE EXECUÇÃO)
CAUTELAR
PROCEDIMENTO
2ª Questão.
Indique a alternativa correta sobre o processo de busca e apreensão, previsto no Decreto Lei nº
911/69:
a) de conhecimento; Correta Só nesse caso deixa de ser cautelar e passa a ser de
conhecimento, pois trata-se de Alienação fiduciária em garantia.
b) de execução;
c) cautelar;
d) sui generis.
Aula 14
1ª Questão.
Humberto promoveu ação de conhecimento em face de Jurandir. No curso do processo, o
advogado do demandante renuncia o seu mandato e o autor, intimado para regularizar a
capacidade postulatória não constituir outro procurador judicial.
Indaga-se:
Qual será a consequência processual? A resposta seria a mesma caso esta situação envolvesse o
demandado? Justifique as respostas.
R: O autor diante da renúncia do seu advogado deve constituir novo mandatário sob pena de extinção do
processo sem resolução de mérito (art. 265, §2°). Se o caso concreto se referisse ao réu o juiz decretaria
a revelia.
Revelia: Revelia é um termo jurídico que expressa o estado ou qualidade de revel, ou seja, é alguém que
não comparece em julgamento (ou comparece e não apresenta defesa), após citação. Em sentido
figurado, revelia também pode ser um sinônimo de rebeldia.
2ª Questão.
A incompetência do Juízo usualmente é considerada como pressuposto processual de validade do
processo. No entanto, como o magistrado deve proceder quando reconhece a incompetência
absoluta. Indique a alternativa correta:
a) deve extinguir o processo pela ausência de pressuposto processual, na forma do art. 267, inciso IV,
CPC;
b) deve declinar da incompetência absoluta em prol do órgão jurisdicional competente; Art. 113
CPC.
Art. 113 - A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício e pode ser alegada, em qualquer tempo
e grau de jurisdição, independentemente de exceção.
c) deve intimar a parte contrária para informar se renuncia a prerrogativa de tramitação do processo de
acordo com as normas constitucionais e processuais;
Aula 15
1ª Questão.
Geisa promove demanda com o objetivo de obter a revogação da doação de um bem avaliado em
R$ 500.000,00, valor este que, por sinal, foi atribuído a causa. A petição inicial foi distribuída
perante um dos juízos integrantes da Justiça Estadual do Rio de Janeiro, observando o
procedimento ordinário. Só que, ao analisar a petição inicial, o magistrado determina que a autora
promova a sua emenda, de modo a adequá-la ao procedimento correto.
Indaga-se:
R: Sim, pois a questão deve obedecer ao procedimento sumário previsto no artigo 275, II, G do CPC.
2ª Questão.
Rodrigo, com 61 anos de idade, propõe demanda perante uma das Varas Cíveis da Comarca da
Capital. Na petição inicial o demandante narra e comprova a sua idade, requerendo a concessão
de prioridade de tramitação do processo por este motivo. Como o magistrado deve se posicionar a
respeito? Indique a alternativa correta:
a) deve indeferir, pois tal benefício somente é possível aos maiores de 70 anos;
b) deve deferir, já que a prioridade é dada aos maiores de 60 anos; Estatuto do idosoA prioridade
é dada as pessoas com m ais de 60 anos.
Aula 16
1ª Questão.
Bruno promove uma demanda de cobrança em face de Flávio para reclamar o cumprimento de
prestação que afirma estar vencida. O magistrado considera presentes as condições da ação e os
pressupostos processuais, e determina a citação do réu. Citado, o réu apresenta sua resposta, sob
a modalidade de contestação, e argui, em sede preliminar, a falta de interesse de agir de Bruno por
se tratar, até a presente data, de dívida não vencida, conforme os documentos acostados à inicial
pelo próprio autor. Após a abertura de prazo para o autor se manifestar sobre a preliminar arguida,
este permaneceu inerte, e os autos foram então conclusos ao magistrado. Considerando que
quando da propositura da demanda a dívida ainda não se encontrava vencida, mas entre o
oferecimento da contestação e a data da conclusão ela venceu, como deverá proceder o
magistrado? Resposta fundamentada, em especial quanto à presença ou ausência das condições
para o regular exercício do direito de ação.
R: O processo deverá ser extinto sem resolução de mérito por ausência das condições da Ação nos
termos do artigo 267, VI do CPC. Aplica-se a teoria eclética da ação.
A) Se o autor renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, haverá a extinção do processo, sem
resolução do mérito.
B) Falecendo o advogado do réu, o juiz marcará o prazo de 20 dias para que seja constituído novo
mandatário. Se, transcorrido esse prazo, o réu não tiver constituído novo advogado, o processo
prosseguirá à sua revelia. 265 CPC.
C) O juiz não poderá conferir ao autor a possibilidade de emendar a petição inicial quando esta não
contiver o pedido, devendo, nesse caso, extinguir o processo, sem resolução do mérito.